Ética em Intervenção Neuropsicologica

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Ética em Intervenção Neuropsicológic a Deontologia Mestrado em Neuropsicologia Clínica 30 de Novembro de 2013 Prof.ª Joana Castelo Branco

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Ética em Intervenção Neuropsicológica

Deontologia

Mestrado em Neuropsicologia Clínica

30 de Novembro de 2013

Prof.ª Joana Castelo Branco

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Deontologia

deon (dever) Logus

(estudo)

Bentham – 1934

ciência dos deveres, especialmente dos deveres profissionais

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Deontologia

Constitui o Código de Ética Profissional, onde estão expressos os direitos, deveres e responsabilidades dos membros de uma determinada categoria profissional.

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O que é ética? O que é ser ético?

• “[...] filosofia moral, isto é, uma reflexão que discuta, problematize e interprete o significado dos valores morais” (CHAUÍ, 1995, p. 339).

• “[...] a moral consiste nos valores concernentes ao bem e ao mal, ao permitido e ao proibido, e à conduta correta, válida para todos” (CHAUÍ, 1995, p. 339).

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Ética?

• Reflexão crítica sobre a moral;

• Pensar naquilo que se faz;

• Repensar os costumes, normas e regras vigentes na sociedade.

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Ética Profissional

• do latim – professione – Profissão significa acto ou efeito de professar e quem professa explicita o que acredita: uma crença, valores, compromissos, etc;

• É por meio do exercício profissional que as pessoas realizam os seus objectivos, colocam em prática as suas habilidades, tornando-se úteis à sociedade.

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Ética Profissional

“A ética profissional é a aplicação da ética no campo das atividades profissionais; a pessoa tem que estar imbuída de certos princípios ou valores próprios do ser humano para vivê-los nas suas atividades de trabalho.”

(Camargo, 1999, p. 31-32; Passos, 2007, p. 79).

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Importância Da Ética Profissional

• Compromisso com os interesses e as necessidades sociais, por que o trabalho é um fazer social, [...] no sentido ético de promoção da harmonia, respeito à diferença, tolerância, altruísmo, solidariedade, etc;

• O profissional não deve acomodar-se diante da formação básica recebida, a sua formação deve ser encarada como um processo contínuo.

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Princípios gerais do código deontológico

• Aspiracionais;

• Orientações - guiar e inspirar para uma actuação

centrada nos ideais da intervenção psicológica.

“Mesmo quando não decisivos, os princípios devem ser tomados em consideração, uma vez que

providenciam uma coerência intelectual que torna as normas morais mais flexíveis.”

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Princípios gerais do código deontológico

Quais os 5 princípios gerais do código deontológico?

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Princípios gerais do código deontológico

Princípio A. Respeito pela dignidade e direitos da pessoa

Princípio B. Competência

Princípio C. Responsabilidade

Princípio D. Integridade

Princípio E. Beneficência e Não-maleficência

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Problemas Éticos Que Envolvem A Psicologia

O psicólogo ao lidar com o ser humano irá enfrentar dilemas éticos que perpassarão a sua prática, tais como:

• o sigilo; • atendimento de pessoas portadoras de doenças

contagiosas; • o valor a ser cobrado pelo serviço prestado;• prática anti-ética de um colega de profissão.

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Dilemas éticos na relação do psicólogo com a pessoa atendida e/ou familiares desta, ou na

relação com a equipa de trabalho

• Até onde manter o sigilo profissional?• É possível quebrar o sigilo? Em quais situações?• Como agir frente a atitudes anti-éticas de colegas de

trabalho?• Quais as informações sobre o paciente que devem constar

na ficha clínica?• Deve-se quebrar o sigilo em casos de violência física, abuso

sexual ou negligência contra menores?• Qual a atitude do psicólogo frente a um paciente portador

do HIV positivo que está a contaminar deliberadamente os seus parceiros?

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A Neuropsicologia tem um papel fundamental na compreensão do funcionamento cerebral e das suas respectivas alterações. Estuda a relação entre a actividade nervosa superior e o comportamento, a cognição, as emoções, a motivação e a vida em relação (Silva, 2010).A intervenção Neuropsicológica caracteriza-se por ser um processo activo que visa capacitar as pessoas com défices cognitivos causados por lesões ou ainda doenças; para que possam adquirir um bom nível de funcionamento social, físico e psíquico (Ávila e Miotto, 2002).

Neuropsicologia: teoria e pratica

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A intervenção Neuropsicológica permite também programar e executar um plano de reabilitação/estimulação cognitiva adequado ao indivíduo e às suas necessidades específicas.

Perspectivando a recuperação dos défices ou a estabilização de um processo de deterioração, pretendendo tornar os pacientes mais autónomos.

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Consiste num conjunto de procedimentos e técnicas de fácil aprendizagem e utilização, em suporte informático, técnicas de lápis e papel ou mediação lúdica, que têm como objectivo promover o desempenho cognitivo e a adaptação familiar e social dos pacientes, através de uma abordagem integrativa com o doente e a sua família.

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Esta intervenção é especificamente direccionada para as dificuldades de cada indivíduo, adequando-se a todos os tipos de população.

Maia, Correia e Leite (2009) enfatizam que o processo de reabilitação é um tratamento biopsicossocial que envolve o paciente e os seus familiares, tendo em consideração as alterações físicas e cognitivas dos pacientes, o ambiente em que vive, os factores subjectivos etc.

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Haase e Lacerda (2003), enunciaram três princípios válidos para reabilitação Neuropsicológica: Restituição, substituição e compensação.

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A substituição funcional esta relacionada com o principio de Kennard que sugere que, quanto mais precoce a lesão, maior probabilidade de recuperação funcional.

O princípio de substituição comportamental ou funcional consiste em realizar o mesmo comportamento recorrendo a outros meios.

A restituição funcional baseia-se na prescrição de treinos funcionais específicos com vários graus de complexidade.

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Caso 1

Miguel

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Caso 2

Pro Bono/ao domicílio

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Bibliografia Ávila, R. e Miotto, E. (2002). Reabilitação

Neuropsicológica de deficits de memória em pacientes com demência de alzheimer. Revista de psiquiatria clinica, 29 (4), 190-196.

• Ávila, R. (2003). Resultados da reabilitação Neuropsicologica em pacientes com doenças de alzheimer leve. Revista de psiquiatria clinica, 30 (4), 139-149.

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• Haase, V.G. e Lacerda, S. (2003). Neuroplasticidade, variação interindividual e recuperação funcional em neuropsicologia: temas em psicologia da SBP,11 (1): 28-42.

• Maia, Correia e Leite (2009). Avaliação e intervenção Neuropsicológica: Estudos de Casos e Instrumentos. Ed, Lidel - edições técnicas, Lda.

• Silva, A. (2010). Avaliação Neuropsicologica, disponível em: http://www.hslouis.pt/especialidades/indice-deespecialidades/neuropsicologia/. Acessado aos 26/11/2013.

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Um trabalho realizado por

Afonso Arribança

Emanuel da Conceição