Exegese _ o Que é e Como Fazer

8
Exegese: O que é e como fazer? 1 João Paulo Thomaz de Aquino 2 A palavra exegese tem duas acepções que nos interessam: (1) a pesquisa empreendida por alguém, visando extrair de um texto antigo o seu significado correto; e (2) o trabalho acadêmico produzido como fruto da referida pesquisa. Quando um professor de seminário ensina exegese, o que se tem em vista é o primeiro significado. O objetivo é que os alunos aprendam a ler corretamente os escritos de um determinado autor bíblico ou de um gênero literário específico, a fim de saberem ensinar e aplicar aquele texto. A forma que os professores usam para verificar se os alunos apreenderam o conteúdo ensinado, é pedindo uma exegese, na segunda acepção citada do termo. Evidentemente, há diversas outras definições, cada qual com sua ênfase específica. Recomendo ao leitor que gaste um tempo, tentando encontrar as características principais de cada uma das definições abaixo e então tente fazer uma definição que abarque aquilo que parece realmente essencial a uma exegese. Exegese é, pois, o trabalho de explicação e interpretação de um ou mais textos bíblicos (WEGNER, 2009, p. 11). Uma explicação que procura fazer uso de vários recursos e instrumentos científicos para entender o texto das Sagradas Escrituras (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira in WEGNER, 2009, p. 11). Exposição de uma palavra, sentença, parágrafo, ou de um livro inteiro, levando ao significado verdadeiro e exato do texto (GRASSMICK, 2009, p. 10) 1 A metodologia exegética aqui apresentada é fruto de diversas influências e de anos de aprimoramento, embora certamente ainda tenha as suas limitações e espaço para desenvolvimento. Em primeiro lugar gostaria de tributar minha gratidão aos professores Revs. Sebastião Arruda e João Alves dos Santos, que me ensinaram com maestria o método exegético que haviam aprendido com o Dr. Gerard Van Groningen. Certamente o texto a seguir tem como core aquele método. Depois dos anos do seminário, ministério pastoral, livros e cursos acadêmicos também foram dando forma ao método. A docência no Seminário JMC e, especialmente, o convívio com os colegas professores e a docência no Centro Presbiteriano de Pós Graduação Andrew Jumper tem tido impacto significativo no desenvolvimento da metodologia exegética aqui esboçada. Por fim, agradeço aos participantes grupo exegético do Encontro de Coordenadores de Área dos Seminários Presbiterianos, organizado pela JET-IPB. Alguns dos resultados das discussões daquele encontro também podem ser encontrados nestas páginas. Sugestões e críticas para [email protected]. 2 Mestre em Antigo Testamento pelo Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper (2007) e mestre em Novo Testamento pelo Calvin Theological Seminary (2009). Doutorando em ministério pelo CPAJ. É professor de Novo Testamento no Centro Presbiteriano de Pós- Graduação Andrew Jumper e no Seminário Teológico Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição. É ministro da Igreja Presbiteriana do Brasil, atuando na plantação da Igreja Presbiteriana Estação Luz e na Igreja Presbiteriana Emaús, ambas em São Paulo. Editor do website www.issoegrego.com.br.

Transcript of Exegese _ o Que é e Como Fazer

  • Exegese: O que e como fazer?1

    Joo Paulo Thomaz de Aquino2

    A palavra exegese tem duas acepes que nos interessam: (1) a pesquisa empreendida por algum,

    visando extrair de um texto antigo o seu significado correto; e (2) o trabalho acadmico produzido como

    fruto da referida pesquisa.

    Quando um professor de seminrio ensina exegese, o que se tem em vista o primeiro significado.

    O objetivo que os alunos aprendam a ler corretamente os escritos de um determinado autor bblico ou

    de um gnero literrio especfico, a fim de saberem ensinar e aplicar aquele texto. A forma que os

    professores usam para verificar se os alunos apreenderam o contedo ensinado, pedindo uma exegese,

    na segunda acepo citada do termo.

    Evidentemente, h diversas outras definies, cada qual com sua nfase especfica. Recomendo ao

    leitor que gaste um tempo, tentando encontrar as caractersticas principais de cada uma das definies

    abaixo e ento tente fazer uma definio que abarque aquilo que parece realmente essencial a uma

    exegese.

    Exegese , pois, o trabalho de explicao e interpretao de um ou mais textos bblicos (WEGNER, 2009, p. 11).

    Uma explicao que procura fazer uso de vrios recursos e instrumentos cientficos para entender o texto das Sagradas

    Escrituras (Aurlio Buarque de Holanda Ferreira in WEGNER, 2009, p. 11).

    Exposio de uma palavra, sentena, pargrafo, ou de um livro inteiro, levando ao significado verdadeiro e exato do

    texto (GRASSMICK, 2009, p. 10)

    1 A metodologia exegtica aqui apresentada fruto de diversas influncias e de anos de aprimoramento, embora certamente ainda tenha as suas limitaes e espao para desenvolvimento. Em primeiro lugar gostaria de tributar minha gratido aos professores Revs. Sebastio Arruda e Joo Alves dos Santos, que me ensinaram com maestria o mtodo exegtico que haviam aprendido com o Dr. Gerard Van Groningen. Certamente o texto a seguir tem como core aquele mtodo. Depois dos anos do seminrio, ministrio pastoral, livros e cursos acadmicos tambm foram dando forma ao mtodo. A docncia no Seminrio JMC e, especialmente, o convvio com os colegas professores e a docncia no Centro Presbiteriano de Ps Graduao Andrew Jumper tem tido impacto significativo no desenvolvimento da metodologia exegtica aqui esboada. Por fim, agradeo aos participantes grupo exegtico do Encontro de Coordenadores de rea dos Seminrios Presbiterianos, organizado pela JET-IPB. Alguns dos resultados das discusses daquele encontro tambm podem ser encontrados nestas pginas. Sugestes e crticas para [email protected]. 2 Mestre em Antigo Testamento pelo Centro Presbiteriano de Ps-Graduao Andrew Jumper (2007) e mestre em Novo Testamento pelo Calvin Theological Seminary (2009). Doutorando em ministrio pelo CPAJ. professor de Novo Testamento no Centro Presbiteriano de Ps-Graduao Andrew Jumper e no Seminrio Teolgico Presbiteriano Rev. Jos Manoel da Conceio. ministro da Igreja Presbiteriana do Brasil, atuando na plantao da Igreja Presbiteriana Estao Luz e na Igreja Presbiteriana Emas, ambas em So Paulo. Editor do website www.issoegrego.com.br.

  • A hermenutica bblica designa mais particularmente os princpios que regem a interpretao dos textos; a exegese

    descreve mais especificamente as etapas ou os passos que cabe dar em sua interpretao (WEGNER, 2009, p. 11).

    No sentido amplo, exegese o cuidadoso, estudo metodologicamente autoconsciente de um texto, empreendido com

    a finalidade de produzir uma interpretao acurada e til do mesmo. Falando de forma mais estrita, o termo exegese

    frequentemente usado para denotar o esforo de estabelecer o sentido filolgico e histrico de um texto bblico (o que

    significou), em contraste com seu sentido aplicativo (o que significa) (SOULEN; SOULEN, 2001, p. 57).

    Uma exegese um estudo analtico completo de uma passagem bblica, feito de tal forma que se chega sua

    interpretao til. Uma exegese uma tarefa teolgica, mas no mstica. Existem certas regras e padres sobre como

    faz-la, embora os resultados possam variar em aparncia, uma vez que as prprias passagens bblicas variam bastante

    entre si (STUART, 2008, p. 23).

    Do ponto de vista estrito, portanto, a pesquisa exegtica visa trazer tona o significado de um texto

    antigo, conforme o autor original pretendeu transmiti-lo aos seus leitores originais. Como cremos,

    entretanto, que a Bblia a palavra de Deus escrita para todas as poca, logo, temos o dever de atualizar

    o significado do texto para a nossa poca e, luz dos demais textos das Escrituras, transformar este ensino

    em regra de f (teologia, ortodoxia) e regra de prtica (ortopraxia).

    Focalizando, agora, na exegese como trabalho, podemos propor uma definio operacional:

    Exegese um trabalho acadmico no qual o autor expe a sua interpretao de uma poro bblica que

    contenha uma ideia completa (percope) e estabelece como a sua interpretao se relaciona com outras

    interpretaes do mesmo texto. Para produzir uma exegese necessrio: 1) fazer a prpria interpretao

    do texto em sua lngua original e 2) comparar a sua interpretao com a de outros exegetas (comentrios,

    artigos), estabelecendo um dilogo com tais interpretaes. Alm disso, tambm intentamos que o

    trabalho escrito contenha a compreenso do estudante de como aquele texto coopera com a teologia e

    com a prtica crist.

    O trabalho exegtico , portanto, o relatrio escrito da pesquisa exegtica empreendida pelo

    estudioso. Como em outros trabalhos acadmicos, evidente que nem tudo o que foi pesquisado e

    produzido durante o processo da pesquisa deve aparecer no trabalho escrito, mas somente o contedo

    importante compreenso e explicao do texto, aquilo que for relevante, desconhecido ou original e as

    concluses da pesquisa, ou seja, as respostas para os problemas que o texto oferece.

    Quanto metodologia, a exegese feita no Brasil deve seguir as regras metodolgicas da ABNT

    (Associao Brasileira de Normas Tcnicas), encontradas em qualquer livro atualizado de Metodologia da

    Pesquisa.

  • Existem diferentes modelos de trabalho exegtico escrito. Livros e textos como Manual da Exegese

    Bblica; Exegese do Novo Testamento e o Manual de Exegese Bblica do SPBC, juntamente com diversos

    outros e somados ainda aos manuais no publicados de professores de seminrios tornam evidente a falta

    de padro dos passos exegticos a serem relatados. Em que pesem as diferenas, entretanto, existem

    diversos passos exegticos que se repetem na maioria dos livros. O que pretendemos fazer a seguir,

    apresentar uma proposta de trabalho exegtico. O estudante no deve se sentir preso a pesquisar e

    escrever nesta mesma ordem. A pesquisa dinmica e deve ser empreendida com liberdade de ir de um

    passo para outro e produzir vrios ao mesmo tempo. A apresentao escrita dos resultados da pesquisa

    exegtica, entretanto, precisam ter uma estrutura. essa que propomos a seguir.

    O trabalho exegtico dividido em trs partes principais: o estudo contextual, o estudo textual e o

    estudo teolgico. Ao mtodo hermenutico que rege a produo de um trabalho como este podemos

    chamar de mtodo histrico-gramatical-teolgico informado. Este mtodo tem por base os pressupostos

    de inspirao divina e proposicional das Escrituras, mas ao mesmo tempo utiliza informaes oriundas de

    abordagens que no compartilham este pressuposto.

    A estrutura da exegese a seguinte:

    CAPA FOLHA DE ROSTO SUMRIO INTRODUO TEXTO BBLICO 1 ESTUDO CONTEXTUAL

    1.1 Contexto Histrico 1.2 Contexto Literrio 1.2.1 Contexto do Livro Todo 1.2.2 Contexto Remoto 1.2.3 Contexto Prximo 1.2.4 Estrutura do Contexto Prximo 1.3 Contexto Cannico 1.3.1 Antigo Testamento 1.3.2 Novo Testamento

    2 ESTUDO TEXTUAL

    2.1 Texto Grego 2.2 Traduo Literal 2.3 Traduo Dinmica 2.4 Esboo Mecnico 2.5 Defesa da percope e divises 2.6 Comentrio 2.7 Mensagem para a poca da Escrita

    3 ESTUDO TEOLGICO

    3.1 Mensagem para hoje 3.2 Teologia do Texto

    3.2.1 Implicaes para a Teologia Bblica 3.2.2 Implicaes para a Teologia Sistemtica

    NotebookHighlight

    NotebookHighlight

    NotebookHighlight

    NotebookHighlight

    NotebookHighlight

    NotebookHighlight

  • 3.2.3 Implicaes para a Teologia Prtica 3.3 Sermo

    CONCLUSO REFERNCIAS

    Expliquemos, agora, as partes acima que carecem de explicao.

    INTRODUO O objetivo principal de uma introduo apresentar o teu trabalho, de tal forma que desperte

    a ateno do leitor. Em suma, voc deve convencer o leitor que valer a pena gastar tempo para ler o seu

    trabalho, ou seja, voc apresentar a relevncia do mesmo. Parte disso, ser a apresentao de uma

    declarao clara, explcita e concisa da ideia exegtica do seu texto. A ideia exegtica a proposio (tese,

    afirmao principal) do texto, ou seja, o que o texto ensina. A relevncia pode ser justificada nas reas

    pessoal (importncia para voc), eclesistica (para a igreja), acadmica (para os estudos), missional (para

    os no cristos) e doxolgica (como o texto contribui para a glria de Deus).

    TEXTO BBLICO Nesta seo voc vai transcrever o texto escolhido, utilizando a verso bblica mais utilizada

    pelos leitores para o quais voc est escrevendo, sugerimos a ARA ou a NVI.

    1 ESTUDO CONTEXTUAL

    Nesta seo voc apresentar as informaes contextuais que forem importantes para a

    compreenso da sua percope. Este estudo vai abordar aspectos histricos, literrios e teolgicos que

    lancem mais luz sobre o texto estudado.

    1.1 Contexto Histrico da Passagem nesta seo voc vai apresentar informaes histricas,

    geogrficas, econmicas, polticas, religiosas e culturais que sejam relevantes para a interpretao

    do texto escolhido. No se tem em vista, aqui, a priori, informaes sobre autoria, destinatrios e

    local de escrita, peculiares da introduo e anlise de cada livro, mas informaes especificamente

    relacionadas percope em tela.

    1.2 Contexto Literrio da Passagem voc dever analisar o contexto literrio a partir de vrios

    nveis. Deve comear com o contexto literrio do livro como um todo, demonstrando como a sua

  • percope se relaciona com a mensagem de todo o livro. Em seguida, aps adotar um esboo do livro

    como um todo ou de criar o seu, voc deve demonstrar a importncia de sua percope na grande

    seo qual ela pertence e vice-versa, ou seja, voc analisar a relao entre o contexto remoto e

    o seu texto. Na terceira parte desta seo, voc analisar o contexto literrio prximo, ou seja, o

    papel de seu texto na pequena seo qual pertence. A ltima parte desta seo ser a elaborao

    de um grfico do contexto literrio prximo, que mostre graficamente aquilo que voc descreveu

    no ponto 1.2.3.

    1.3 Contexto Cannico A ltima parte do estudo contextual a apresentao sucinta do contexto

    cannico, ou seja, os textos bblicos mais diretamente relacionados ao teu texto. Este tpico dever

    ser dividido em passagens do Antigo Testamento e do Novo Testamento. Este tpico remete quilo

    que os reformadores chamavam de analogiae scripturae (analogia das Escrituras) ou analogia da f

    e est relacionado com a regra hermenutica magna de que a Bblia a melhor intrprete de si

    mesma. Em vez de simplesmente fazer uma lista de textos, voc dever demonstrar brevemente

    qual a relao do texto citado com o seu texto. No necessrio transcrever o texto, mas apenas

    referenci-lo.

    2 Estudo Textual

    A prxima parte do trabalho o estudo textual, em que o estudante vai analisar o texto

    propriamente dito e sob diversos aspectos. O estudante dever evidenciar a sua pesquisa do estudante,

    bem como seu prprio trabalho de aplicao de tcnicas ao texto. Apenas para relembrar, embora no se

    espere do estudante interao com todas essas escolas, mas algumas das escolas e tcnicas de anlise do

    texto com as quais o estudante pode interagir criticamente so as seguintes: Crtica Textual; Crtica de

    Fontes; Crtica de Forma; Crtica da redao; Crtica da Tradio; Crtica Radical; Crtica Cannica; Crtica

    [Scio] Retrica; Crtica da narrao; Exegese Feminista; Crtica semitica (estruturalismo) e Anlise do

    Discurso.

    2.1 Texto Grego aqui o estudante vai copiar um texto grego, disponvel em software ou na

    Internet. Por meio de notas de rodap, o estudante vai comentar as suas escolhas com relao ao

    melhor texto e analisar de forma introdutria o aparato crtico da verso escolhida. Alguns sites

    onde o estudante pode encontrar edies do Novo Testamento Grego so o Laparola, o SBLGNT e

    o Perseus.

    NotebookHighlight

    NotebookHighlight

    NotebookHighlight

    NotebookHighlight

  • 2.2 Traduo Literal do Texto - Depois de colocar o texto grego, o aluno dever fazer a sua prpria

    traduo literal do mesmo, explicando em notas de rodap suas opes gramaticais, sintticas e

    semnticas. A traduo dever dialogar com as verses existentes em portugus: ARA, ARC, NVI,

    BJ, Edio Contempornea, verses catlicas, NTLH, etc. O que queremos dizer com isto que,

    quando a traduo divergir de uma destas ou quando as verses divergirem entre si, o aluno dever

    justificar a sua opo de traduo em nota de rodap. Confira no site Isso Grego um passo a passo

    para a traduo literal.

    2.3 Traduo Dinmica Depois de fazer a traduo literal, o aluno dever apresentar a sua

    prpria traduo dinmica da passagem. O desafio dessa traduo ser to precisa quanto possvel

    com relao ao significado, comunicando ao mesmo tempo em bom portugus.

    2.4 Esboo Mecnico do Texto O aluno dever apresentar um esboo mecnico do texto, tanto

    em grego, quanto de sua traduo literal para o portugus, sendo sensvel s divises principais do

    texto. O grfico dever demonstrar como as partes do texto se inter-relacionam. Confira no site Isso

    Grego um passo a passo de como fazer o esboo mecnico. Alguns modelos que podem ser

    seguidos so, os grficos do www.opentext.com; Cascadia Syntax Graph of the New Testament

    (Logos Software), Lexham Syntactic Greek New Testament (Logos Software) ou The Lexham Clausal

    Outlines of the Greek New Testament (Logos Software).

    2.5 Defesa da percope e divises voc vai explicar os motivos literrios (gramtica, convenes

    epistolares, aspectos narrativos, palavras-chave, convenes retricas, quiasmos, inclusios, etc.)

    que o levaram a definir os limites da percope e as suas principais divises internas.

    2.6 Comentrio Explique a passagem, no como em um sermo ou estudo bblico, mas como em

    um comentrio bblico, seguindo a estrutura proposta por voc. Nesta seo voc deve responder

    s questes levantadas pelos problemas do texto e comentar tudo aquilo que relevante a um

    melhor entendimento da passagem, fazendo, inclusive, referncia, quando propcio, ao contedo

    anterior do seu prprio trabalho.

    2.7 Mensagem para a poca da Escrita o que o autor quis transmitir aos leitores originais? Que

    fim ele queria atingir atravs deste texto? Como os leitores/ouvintes originais devem ter recebido

    esta parte do documento? Voc vai responder essas perguntas em suas prprias palavras,

    evidentemente, levando em considerao as informaes que voc levantou no contexto histrico.

  • 3 ESTUDO TEOLGICO

    A ltima parte de nosso trabalho, o estudo teolgico do texto, acontece em decorrncia de uma

    pressuposio assumida pela f de que a Bblia a Palavra inspirada de Deus e, consequentemente, regra

    de f e de prtica (CFW 1.2) para todos os homens, embora muitos no a reconheam como tal. Esta parte

    do estudo visa responder de forma acadmica e profunda a pergunta: e o que esse texto antigo tem a ver

    conosco hoje?

    3.1 Mensagem para hoje Excluindo do ensino e das aplicaes do texto aquilo que era

    circunstancial poca da escrita e considerando a situao contexto do estudante, qual a lio

    deste texto para hoje? esta pergunta que dever ser respondida nesta seo.

    3.2 Teologia do Texto Qual a contribuio teolgica deste texto, ou seja, seu ensino para todas as

    pocas?

    3.2.1 Implicaes para a Teologia Bblica nos termos tcnicos e categorias da Teologia Bblica.

    Voc demonstrar qual a contribuio de sua percope para os assuntos da TB, como, por

    exemplo, reino, pacto e mediador; promessa e cumprimento; revelao de Deus como sendo

    orgnica, progressiva, histrica e adaptvel; teologia joanina, paulina, lucana, petrina; histria de

    Deus: criao, queda, redeno e consumao; entre outros.

    3.2.2 Implicaes para a Teologia Sistemtica com as categorias da Teologia Sistemtica:

    Prolegmenos; Teontologia; Antropologia; Cristologia, Soteriologia, Pneumatologia e Escatologia e

    as doutrinas especficas de cada uma dessas reas como, por exemplo, pessoa teantrpica de Cristo,

    unio com Cristo, angelologia; kenosis, decreto, lapso, etc.

    3.2.3 Implicaes para a Teologia Prtica implicaes e aplicaes da passagem estudada para o

    aconselhamento cristo e suas reas especficas, educao crist, misses urbanas e transculturais,

    conceito de Missio Dei, discipulado, edificao pessoal e comunitria, homiltica e poimnica.

    CONCLUSO

    Na concluso o aluno apresentar um resumo das principais concluses de seu trabalho, falar

    sobre sua relevncia e apresentar novamente a ideia exegtica de texto. bom que alm de

    NotebookHighlight

    NotebookHighlight

    NotebookHighlight

    NotebookHighlight

    NotebookHighlight

    NotebookHighlight

    NotebookHighlight

    NotebookHighlight

    NotebookHighlight

    NotebookHighlight

  • consideraes finais o aluno apresente tambm formas pelas quais o estudo poderia ser melhor

    desenvolvido no futuro e impactos que o mesmo causa em outras reas da teologia.

    REFERNCIAS

    Como rezam as regras da ABNT, o trabalho deve conter uma lista das obras efetivamente referidas

    naquele trabalho acadmico.

    Palavras Finais

    Fazer uma pesquisa exegtica e produzir o trabalho exegtico so empreendimentos extenuantes,

    que demandam um grande trabalho por parte dos estudantes. No deve haver desnimo, entretanto. Com

    dedicao, envolvimento pessoal com o texto e competncia para pesquisar pesquisa possvel produzir

    bons trabalhos exegticos. A paga o grande prazer de compreender bem uma poro das Sagradas

    Escrituras, ao ponto de poder ensin-la e aplica-la adequadamente.

    Uma exegese bem feita , praticamente, uma obrigao daqueles que creem que a Bblia a Palavra

    Inspirada de Deus, regra infalvel de f e de prtica. Aqueles que tem o dever de ensinar o povo de Deus

    no tem o direito de pregar suas prprias ideias, mas somente aquilo que o texto realmente diz e com a

    mxima preciso possvel. Assim, fazer exegese imperativo para aqueles que se prope a ensinar o texto

    bblico.

    evidente que no possvel fazer todo esse trabalho antes de cada sermo a pregar. Mas o

    domnio de uma boa metodologia exegtica e a aplicao dos passos sempre que possvel e na medida

    possvel, habilitaro aquele que ensina o dominar o texto cada vez melhor.

    , ,

    ... , , , ,

    , .

    Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que no tem de que se envergonhar, que maneja

    bem a palavra da verdade... prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer no, corrige, repreende,

    exorta com toda a longanimidade e doutrina.

    (2 Timteo 2.15 e 4.2)