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1 Manuel Adriano Tiano

Introduo de um Currculo Sensvel ao HIV/SIDA na Universidade Pedaggica Nampula, 2006

Monografia Universidade

Cientfica Pedaggica

apresentada Delegao

ao de

Departamento de Cincias Pedaggicas, da Nampula, para obteno do grau acadmico de Licenciado em Pedagogia e Psicologia.

Supervisor: Prof. Dr. Laurindo Caetano

Universidade Pedaggica Nampula, 2006

NDICE

2 CONTEDO...........................................................................................................................PGINA I. OBJECTO E OBJECTIVOS DA PESQUISA....................................................................4 1.1 OBJECTO .............................................................................................................................4 1.2 PROBLEMA ...........................................................................................................................4 1.3 OBJECTIVOS .........................................................................................................................6 1.4 HIPTESES E VARIVEIS .........................................................................................................6 HIPTESE......................................................................................................................7 1.5 JUSTIFICATIVA.......................................................................................................................8 CAPTULO II........................................................................................................................10 II. DESENHO METODOLGICO .....................................................................................10 2.1 REA DE PESQUISA .............................................................................................................10 2.2 TIPO DE PESQUISA ...............................................................................................................10 2.3 UNIVERSO (POPULAO) E AMOSTRA .....................................................................................10 2.4 TCNICAS E INSTRUMENTOS DE COLECTA DE DADOS ..................................................................11 CAPTULO IV.......................................................................................................................13 IV. ANLISE E INTERPRETAO DE RESULTADOS DA PESQUISA....................13 4.1 1 HIPTESE: A INTRODUO DE UM CURRCULO SENSVEL AO HIV/SIDA NA UNIVERSIDADE PEDAGGICA AUMENTAR O DESENVOLVIMENTO DE QUADROS CONCEPTUAIS SOBRE A PANDEMIA. ..........13 4.1.1 A abordagem de temticas sobre o HIV/SIDA na Universidade ............................13 4.1.2 O aumento da conscincia sobre o HIV/SIDA nos estudantes................................16 4.1.3 Incremento do ndice de pesquisas e palestras na rea do HIV/SIDA ....................19 4.1.4 Rompimento com esteretipos e mudana de comportamento ...............................20 4.2 2 HIPTESE: A INTRODUO DE UM CURRCULO SENSVEL AO HIV/SIDA NA UP-NAMPULAPODER PERMITIR UM MELHOR DESEMPENHO PROFISSIONAL DOS GRADUADOS NO ENSINO BSICO E

.............................................................................................................................22 4.2.1 Competncia comunicativa sobre o HIV/SIDA ......................................................22 4.2.2 Abordagem consequente sobre o HIV/SIDA...........................................................25 4.3 3 HIPTESE: A INTRODUO DE UM CURRCULO SENSVEL AO HIV/SIDA NA UP-NAMPULA POSSIBILITAR UMA VIGILNCIA INSTITUCIONAL DO FENMENO..........................................................26 4.3.1 Encorajamento da realizao de testagens voluntrias e aderncia ao TAARV......27 4.4 VERIFICAO DAS HIPTESES ................................................................................................29 4.4.1 Introduo de um currculo sensvel ao HIV/SIDA na Universidade Pedaggica ao HIV/SIDA.........................................................................................................................29 4.4.2 Desenvolvimento de quadros conceptuais sobre o HIV/SIDA................................30 4.4.3 Melhor desempenho profissional dos graduados no ensino bsico e secundrio .. .32 4.4.4 Vigilncia institucional do fenmeno de HIV/SIDA...............................................34SECUNDRIO

APNDICES...........................................................................................................................37 BIBLIOGRAFIA..............................................................................................................................76

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I. OBJECTO E OBJECTIVOS DA PESQUISA

1.1 Objecto O presente trabalho tem como objecto de estudo, a abordagem sobre o HIV/SIDA no ensino Superior Caso da Universidade Pedaggica (UP) Delegao de Nampula. 1.2 Problema No conjunto das estratgias globais de preveno e combate pandemia do HIV/SIDA, a educao tambm constitui um sector e espao privilegiado devido maior probabilidade de eficcia e sucesso nas suas aces. E foi dentro desse pressuposto que: O Banco Mundial (2002:ix), na apresentao dos dados globais de sero-prevalncia no mundo, que se estimavam em cerca de 40 milhes de infectados, elegeu a educao, de entre vrios sectores de actividade como sendo uma rea chave para um processo global de actuao, comprometendo-se assim a apoiar esse sector como aco estratgica de alcance de uma parte dos Objectivos de Desenvolvimento do Milnio at 2015. Ao nvel nacional constata-se que o Plano Estratgico Nacional de Combate ao HIV/SIDA (PEN, 2004:132 e 161) contm misses especficas para o sector da educao superior, incentivando-se a realizao de pesquisas em vrias vertentes do HIV/SIDA nas universidades, como forma de potenciar o conhecimento existente sobre este fenmeno, recomendado tambm a introduo de contedos sobre HIV/SIDA nos currcula. Dentro das recomendaes acima referidas e, ou pela compreenso da necessidade duma aco enquadrada, o Ensino Bsico atravs do currculo que vigora desde 2003, faz abordagens sobre temticas relativas ao HIV/SIDA, numa altura em que ao nvel do secundrio a reviso curricular em curso prev tambm fazer uma integrao temtica sobre o assunto. Particularmente, ao nvel da UP-Nampula, at altura da realizao desta pesquisa no havia dados exaustivos sobre quantos estudantes, professores ou mesmo funcionrios eram ou teriam sido vtimas directas do HIV/SIDA, mas adiantava-se o dado de que a instituio de ensino localiza-se na cidade, cujo respectivo posto sentinela possui a taxa mais alta de seropositividade, 10.7%. (Grupo Tcnico Multisectorial1, 2005)1

O Grupo Tcnico Multisectorial constitudo por indivduos provenientes das seguintes instituies:

5 Indicaes referidas s abordagens sobre o HIV/SIDA na Universidade Pedaggica estavam circunscritas escassas pesquisas e palestras ento realizadas. Tomando ainda por base a anlise efectuada aos planos temticos dos 12 cursos ministrados2 e a experincia vivida pelo pesquisador que estudante da UPN desde 2002, pode-se afirmar que em termos curriculares, tanto no antigo currculo (ora em extino), como no novo em vigor desde 2003, no esto integradas temticas relacionadas ou afins com fenmeno HIV/SIDA, muito menos alguma constncia de abordagens de carcter transversal pelos docentes. Conjugados os factos se constatava que, tanto por via das recomendaes do Banco Mundial, como pelas do Plano Estratgico Nacional (PEN), solicitava-se da UP - Nampula, instituio vocacionada para a formao de professores e servidora nata dos subsistemas de educao bsica e secundria, profundas aces sobre as abordagens transversais, como tambm sobre o seu currculo, tendo em conta a problemtica do HIV/SIDA. De igual modo, a ateno que se perspectiva dar s crianas e jovens atravs da educao bsica requer de entre vrios recursos, professores qualificados na percepo e comunicao do flagelo que o HIV/SIDA. E esta necessidade est muito dependente da existncia de uma resposta baseada no currculo e numa abordagem planificada e obrigatria no ensino superior, de modo que o nvel actual de conhecimento, provavelmente estereotipado, possa ser ampliado, permitindo a realizao de mais pesquisas e a melhoria dos nveis de abordagem que se efectuam nos subsistemas de educao anteriores ao superior. Portanto, em funo dos aspectos acima descritos questionava-se: como se podia alcanar uma formao integral e consequente em atitudes face ao HIV/SIDA, para os estudantes da Universidade Pedaggica atravs de uma abordagem baseada num currculo sensvel ao HIV/SIDA?

Ministrio da Sade (MISAU), Instituto Nacional de Estatstica (INE), Ministrio de Planificao e Desenvolvimento (MPD), Ministrio das Finanas (MF), Centro de Estudos da Populao da UEM (CEP), Conselho Nacional de Combate ao HIV/SIDA (CNCS), Ministrio da Educao e Cultura (MEC), Ministrio da Agricultura (MINAG) e Faculdade de Medicina da UEM. 2 At 2006 eram ministrados na UP Nampula os cursos de Pedagogia e Psicologia, Psicologia Escolar, Educao de Adultos, Planificao e Administrao da Educao, Lngua Portuguesa, Lngua Inglesa, Lngua Francesa, Biologia, Qumica, Histria, Geografia e Matemtica.

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1.3 Objectivos Para esclarecer as metas a que se pretendiam atingir com a realizao da pesquisa apresentamse neste ponto os respectivos objectivos orientadores, os quais so desdobrados em duas categorias, sendo a primeira, o objectivo geral e a segunda os objectivos especficos. Objectivo Geral Propor uma abordagem curricular sensvel ao HIV/SIDA na formao integral dos estudantes da UP-Nampula. Objectivos Especficos Analisar o quadro de percepo sobre HIV/SIDA que caracteriza os estudantes da UPNampula; Alargar o conhecimento existente sobre o HIV/SIDA, no seio dos estudantes da UPNampula; Sugerir uma abordagem do HIV/SIDA assente no currculo para formao de professores pela Universidade Pedaggica Nampula. 1.4 Hipteses e variveis Pelo melhor ajustamento que a classificao das hipteses toma no presente trabalho, se recorre a Lakatos e Marconi(1992:104) que classificam-nas em bsica e secundrias. A hiptese bsica a principal resposta ao problema e as secundrias so afirmaes complementares daquela. Referindo-se ainda as hipteses secundrias as autoras destacam que estas podem:- abarcar em detalhes o que a hiptese bsica afirma em geral; - englobar aspectos no especificados na bsica; - indicar relaes deduzidas da primeira; - decompor em pormenores a afirmao geral; - apontar outras relaes possveis de serem encontradas etc.

E para ausncia de uma abordagem sobre temticas do HIV/SIDA baseada no currculo da UPNampula, associada falta de uma implementao contnua do carcter transversal do HIV/SIDA no processo de ensino e aprendizagem (PEA) na UP, e consequentemente na respectiva formao de professores haviam sido propostas as seguintes hipteses:

7 A introduo de um currculo sensvel ao HIV/SIDA na Universidade Pedaggica aumentar o desenvolvimento de quadros conceptuais sobre a pandemia. A introduo de um currculo sensvel ao HIV/SIDA na UP-Nampula poder permitir um melhor desempenho profissional dos graduados no ensino bsico e secundrio. A introduo de um currculo sensvel ao HIV/SIDA na UP-Nampula possibilitar uma vigilncia institucional do fenmeno. Tabela 1: Hipteses, Variveis e indicadores HIPTESEIndependente

VARIVEISintroduo sensvel de ao um currculo na

INDICADORES

HIV/SIDA

- abordagem de temticas sobre o HIV/SIDA.

A

introduo de ao

um currculo na

Universidade Pedaggica. - aumento da conscincia sobre o fenmeno; - Incremento do ndice de pesquisas e palestras na desenvolvimento de quadros conceptuais. rea do HIV/SIDA; - rompimento com esteretipos; - mudana de comportamento.

sensvel o

HIV/SIDA de

Universidade Pedaggica aumentar desenvolvimento quadros Dependente conceptuais sobre a pandemia.

Independente

introduo Nampula.

de

um

currculo - abordagens de temticas sobre o HIV/SIDA .

A

introduo de

um currculo

sensvel ao HIV/SIDA na UP-

sensvel ao HIV/SIDA na UPNampula poder permitir um melhor desempenho graduados secundrio. no profissional ensino bsico dos e

- competncia comunicativa sobre o HIV/SIDA; Dependente Independente Melhor desempenho profissional dos graduados no ensino bsico e secundrio. - abordagem consequente sobre o HIV/SIDA.

introduo Nampula.

de

um

currculo - abordagens de temticas sobre o HIV/SIDA

sensvel ao HIV/SIDA na UP-

A

introduo de

um currculo uma do

sensvel ao HIV/SIDA na UPNampula vigilncia fenmeno. possibilitar institucional

Dependente Possibilidade de uma vigilncia institucional do fenmeno.

encorajamento

da

realizao

de

testagens

voluntrias; - mobilizao e disponibilizao de recursos para o TAARV3.

Fonte: adaptada pelo autor

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TAARV Tratamento Antiretroviral, que retarda os efeitos do vrus (HIV) causador de SIDA.

8 1.5 Justificativa O fenmeno HIV/SIDA na actualidade, um dos problemas que afecta o mundo e particularmente a sociedade moambicana sob diversos prismas de observao. Analisando-o como doena, o SIDA uma pandemia ainda sem cura, existindo apenas tcnicas sociais de alvio e escassos medicamentos retardantes dos efeitos devastadores do vrus causador da doena. Ao mesmo tempo, e devido o seu carcter particular de afectar muitos sectores sociais, o fenmeno suscita por corolrio, intervenes multisectoriais. Porm, s mltiplas intervenes antepe-se a existncia de determinantes comportamentais e ecolgicos cujos esteretipos explicativos sobre a sua gnese, evoluo e propagao do fenmeno, podem estar a contribuir para o nvel insatisfatrio que a maioria das estratgias at ento adoptadas alcanaram. Saliente-se que a nvel nacional as estratgias largamente implementadas se resumem em palestras, encontros de sensibilizao, produo de material informativo e educativo sobre a problemtica do HIV/SIDA. Atendendo que a abordagem desta problemtica tem sido redimensionada dia aps dia, acontece que na actualidade ela toma o mbito multissectorial, abrindo-se assim, ao sector da educao, um espao de actuao, usando deste modo, instrumentos apropriados para a rea. Mesmo assim, a produo e disponibilidade de conhecimento ao nvel da educao superior no nosso pas ainda escassa, seno mesmo inexistente, diante duma clara necessidade de um saber integral e consequente, factor que por suspeita pode estar associado ao quadro lacnico que caracteriza o sector em termos de ensino e pesquisa. O quadro das actividades desenvolvidas neste mbito , na maioria das vezes classificado como estando margem das actividades principais do sector, ou seja, fora do currculo. Portanto, na perspectiva de multiplicar os instrumentos de preveno e combater, bem como aumentar a vigilncia sobre a situao do HIV/SIDA no ensino superior e ao mesmo tempo contribuir em conhecimento til para a manuteno da vida humana, propunha-se a realizao de uma pesquisa. Esta necessidade fundamenta-se ainda na constatao imediata de que o sector da educao tem no currculo um espao potente para uma melhor abordagem preventiva e diminuio dos efeitos da problemtica do HIV/SIDA a nvel sectorial, podendo os resultados repercutirem-se a outros sectores sociais, pela participao activa dos nestes sectores.

9 Outro elemento fulcral que tornava imperiosa a realizao da pesquisa subordinada ao HIV/SIDA no ensino superior, foi a anlise do impacto superavitrio e deficitrio que isso suscitaria, ou seja, at que o indivduo chegue universidade e de l saia graduado, h uma srie de elementos intervenientes como sendo: tempo transcorrido (pelo menos 17 anos de estudos); expectativa individual e familiar; investimento individual; investimento do Estado em material e, provavelmente, por via de bolsas de estudo ou outros mecanismos. Estas premissas demonstram quo prejudicial seria a perca precoce dos investimentos efectuados devido pandemia do HIV/SIDA. Da que, baseando-se na co-responsabilidade sectorial em relao ao HIV/SIDA encontrava-se justificava para empreendimento de esforos realizao da pesquisa nesta componente da vida humana. na

10 CAPTULO II II. DESENHO METODOLGICO

2.1 rea de pesquisa A pesquisa foi realizada na Universidade Pedaggica- Nampula, que uma das quatro instituies de ensino superior4 que funcionam na cidade de Nampula. uma instituio pblica e funciona desde 1995 recebendo anualmente estudantes de todos os quadrantes do pas, subdivididos entre graduados do ensino mdio, funcionrios em exerccio do Ministrio da Educao e Cultura (MEC), do Ministrio da Defesa Nacional (MDN) entre outros, facto que pode ser um indicador de convergncia de segmentos sociais, profissionais e econmicos diversos na instituio. 2.2 Tipo de pesquisa Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal com uma abordagem qualitativa. Para Richardson (1999:71), a pesquisa descritiva aquela que se efectua, quando o pesquisador deseja obter melhor entendimento do comportamento de diversos factores e elementos que influem em determinado fenmeno. Em adio, fazendo referncia aos estudos de corte transversal, sustenta que estes se caracterizam por os respectivos dados reportarem-se descrio do fenmeno em estudo no momento da realizao da pesquisa. Portanto, conduziu o esprito do pesquisador compreender a provvel influncia da introduo de um currculo sensvel ao HIV/SIDA na formao acadmica integral dos estudantes da UP Nampula em 2006, e posteriormente na probabilidade de maior competncia sobre o objecto de estudo, no desempenho profissional daqueles como professores do ensino bsico e secundrio. 2.3 Universo (populao) e amostra Para a realizao da pesquisa escolheu-se como universo, os estudantes do Curso de Psicologia Escolar. Este universo foi constitudo por 279 estudantes inscritos no primeiro,4

At finais de 2006 funcionavam em Nampula as seguintes Instituies de Ensino Superior: Universidade Pedaggica; Universidade Catlica de Moambique; Universidade Mussa Bin Mbique; Academia Militar Samora Machel. Igualmente havia sido criada a Universidade Lrio, prevendo iniciar seu funcionamento em 2007.

11 segundo e terceiro anos, no ano acadmico 2006 na Universidade Pedaggica - Nampula. Em relao amostra, parte de elementos da populao, foi probabilstica aleatria simples ou ao acaso e foi extrada directamente das listas dos estudantes matriculados nos anos referidos. E para seu clculo tomou-se como base a recomendao de Gil(2002:124) , para que os dados num levantamento sejam significativos, necessrio que a amostra seja constituda por um nmero adequado de elementos, tendo sido usada a frmula seguinte: n=.p.q.N e ( N 1) + 2 . p.q2

Onde: n= tamanho da amostra 2 =nvel de confiana escolhido p = percentagem com a qual o fenmeno se verifica q =percentagem complementar de p N= tamanho da populao e2= erro mximo permitido

Ainda no processo do clculo da amostra para a pesquisa realizada se desejava ter um nvel de confiana de 95% (dois desvios) nos resultados. Estabeleceu-se 80% como probabilidade de sucesso e uma margem de erro de 3% sobre a populao de 279 estudantes. Como resultado, 100 estudantes foram seleccionados para a referida amostra. n =.p.q.N = e 2 ( N 1) + 2 . p.q2.80.20.279 = 3 2 ( 279 1) + 2 2.80 .202.1600.20.27 9 9( 278 ) + 4.1600

=

892800 = 8902

100,29 2.4 Tcnicas e instrumentos de colecta de dados Para a colecta de dados necessrios para anlise dos respectivos resultado e posterior comprovao ou no das hipteses propostas ao problema, foram administradas duas tcnicas: o inqurito e a entrevista semi-estruturada, as quais permitiram recolher informaes a partir dos vrios segmentos pesquisados (docentes, especialistas e estudantes), conforme ilustra a tabela abaixo. Tabela 2: Distribuio da amostra pela respectiva tcnica de recolha de dados Amostra seleccionada Director Adjunto da UPN5 Docentes (Cincias . Pedaggicas) Especialistas/Entendidos em Currculo EstudantesFonte: Autor

Tamanho 1 4 1 100

Tcnica de recolha de dados Entrevista semi-estruturada Entrevista semi-estruturada Entrevista semi-estruturada Inqurito

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A esta entidade no foi possvel entrevistar devido sua indisponibilidade durante o perodo da colecta de dados.

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CAPTULO IV IV. ANLISE E INTERPRETAO DE RESULTADOS DA PESQUISA A presente parte do trabalho exclusivamente reservada para a anlise e interpretao dos resultados colhidos atravs das tcnicas de colecta de dados anunciadas no Captulo II. Especificamente so resultados do inqurito administrado aos 100 estudantes do Curso de Psicologia Escolar, das entrevistas concedidas por 4 docentes do Departamento de Cincias Pedaggicas e tambm da entrevista concedida pelo Especialista em Currculo. Os resultados foram analisados e interpretados a partir dos indicadores extrados de cada uma das varveis que constituem as hipteses levantadas para o problema da pesquisa. 4.1 1 HIPTESE: A introduo de um currculo sensvel ao HIV/SIDA na Universidade Pedaggica aumentar o desenvolvimento de quadros conceptuais sobre a pandemia. Para esta hiptese foram extradas duas variveis sendo: Varivel independente Introduo de um currculo sensvel ao HIV/SIDA na Universidade Pedaggica Varivel dependente Desenvolvimento de quadros conceptuais sobre a pandemia. Para a varivel independente colocaram-se como indicador nico, abordagens de temticas sobre o HIV/SIDA, que desenvolvido a seguir, sendo os restantes que se seguem especificamente, Aumento da conscincia sobre o fenmeno HIV/SIDA, Incremento do ndice de pesquisas e palestras, Rompimento com esteretipos e Mudana de comportamento, tambm referidos 1, mas construdos a partir da respectiva varivel dependente. 4.1.1 A abordagem de temticas sobre o HIV/SIDA na Universidade Com o indicador abordagem de temticas sobre o HIV/SIDA foram dois objectivos se colocavam. Com o primeiro se pretendia saber como se faziam ao nvel da universidade as abordagens relacionadas com o HIV/SIDA e com o segundo, buscar nos sujeitos pesquisados proposta sobre como que estas podiam ser efectuadas de modo melhorado.

14 Em relao forma como as abordagens sobre o HIV/SIDA so efectuadas na Universidade, do universo de 100 estudantes inquiridos, 36% referiu que estas se circunscreviam a palestras, 8% a aulas enquanto 56% afirmou que no se efectuava nenhuma abordagem conforme ilustra a tabela 5. Tabela 5: Formas de abordagem sobre o HIV/SIDA na UP Nampula.Palestras Frequncia % Fonte: Autor 36 36 Aulas 8 8 No se aborda 56 56 No respondeu 0 0

Porque a pesquisa se realizava a partir de uma suposio de no haver nenhuma ou significativas abordagens sobre o HIV/SIDA includas no projecto pedaggico da instituio, se questionou ainda aos estudantes sobre a sua favorabilidade ou no, em os temas relacionados ao HIV/SIDA fossem discutidos em ambiente similar ao de outros temas de conhecimento e, ou de prtica pedaggica. Respondendo a questo, dos 100 estudantes inquiridos, 87% achou ser boa e pertinente a inovao, contra 10% que considerou a ideia absurda enquanto 3% no respondeu questo. Provavelmente habituados ao modo como muitas matrias so tratadas ao questiona-los sobre as melhores modalidades de abordagem de temas relacionados ao HIV/SIDA, estes mostraram preferncia em uma, ou na combinao entre a pesquisa, ensino e estudo de casos conforme ilustra a tabela 6. Tabela 6: Formas de abordagem sobre o HIV/SIDA recomendadas para a UP Nampula.No Pesquisa Frequncia % Fonte: Autor 45 45 Aulas 37 37 Demonstraes respondeu 33 33 0 0

Por seu turno, os 4 docentes ao serem questionados se abordavam o HIV/SIDA nas suas aulas e ou em algum momento relacionado a sua prtica pedaggica, todos eles (100%) foram unnimes em afirmar que no o faziam. Como justificativa acrescentaram o carcter e natureza das disciplinas leccionadas e o facto de os respectivos programas no visualizarem alguma possibilidade de fazer abordagens relacionadas ou mesmo afins ao HIV/SIDA. No que se referia relevncia e pertinncia de se falar do HIV/SIDA por via de um plano curricular dos 4 docentes entrevistados, 75% mostrou-se favorvel introduo dos referidos

15 contedos no currculo, sugerindo como estratgia de fundo a combinao entre o ensino, pesquisa e palestras, tal como havia sido apontado pelos estudantes. Entretanto 25% dos mesmos anteps questo colocada uma outra: Porque o HIV/SIDA e no a malria por exemplo? Ao responder questo julgou ser necessrio incentivar e maximizar as campanhas de sensibilizao dentro da universidade. Ao especialista em Currculo colocou-se uma questo sobre a pertinncia da concepo e introduo de um currculo sensvel ao HIV/SIDA na universidade. Respondendo comeou por dizer que o currculo no uma pista de corrida, na qual podemos encontrar um ponto de partida e de chegada. Frisou ainda que h factores inerentes ao Homem que devem ser levados em conta para tal procedimento de introduo curricular. Factores que segundo o entrevistado centram-se na componente scio econmica, cultural e biopsicolgica. Para o entrevistado o HIV/SIDA um tema que est implicado nas relaes econmicas e sociais do Homem. E ele (HIV/SIDA) deve ser pensado tambm no contexto da Educao, tanto que esta tambm uma produo social do Homem. Props a esfera ligao Escola, Educao e a Comunidade como campo sobre o qual o tema pode ser explorado. Referiu ainda que pela componente biopsicolgica o mesmo, HIV/SIDA, devia ser reflectido no campo das necessidades e interesses humanas, o HIV/SIDA assunto do nosso interesse, mas observo que o currculo no uma pista de atletismo. Em funo da resposta anterior, colocou-se uma outra relacionada com as estratgias de implementao que lhe pareciam ser mais adequadas para as reflexes aludidas. Nesta questo o entrevistado identificou o HIV/SIDA como um paradigma cultural, e uma aco orientada no seu combate deve necessariamente implicar um debate com a sociedade. O respectivo currculo deve ser aberto e no baseado somente em contedos, pois o entrevistado cr que todos sabem algo sobre o HIV/SIDA. Defendeu tambm o recurso a palestras contnuas e programadas, mas de contedo no padronizado, pois que este ser definido em funo dos resultados do debate com a sociedade, interesses dos indivduos e resultados das pesquisas na rea. Guiando-se pelos resultados acima expostos fica-se com a percepo de que os temas relacionados ao HIV/SIDA, nas vrias relaes entre os docentes e estudantes, so abordados de modo ocasional e provavelmente sem o devido aprofundamento, o que confirma que os mesmos no fazem parte do projecto pedaggico curricular que a UPN segue. Esta ocasionalidade de abordagem do HIV/SIDA na UPN, confirmada pela taxa de 8%, de um universo de 100 estudante referidos na tabela 5, como sendo a percentagem do tratamento

16 do tema em aulas, facto que leva constatao de que o carcter transversal do HIV/SIDA ou no conhecido no seio dos docentes, ou no colocado em prtica por estes. De um modo geral, os resultados tambm indiciam um favoritismo em o HIV/SIDA constituir uma temtica de abordagem curricular, havendo ao nvel metodolgico pretenses de se efectuar uma combinao entre o ensino, pesquisa, palestras e estudos de casos. Sobre o contedo, devido ao facto de se assumir a existncia de pr-requisitos nos sujeitos entende-se que este dever ser definido atravs do dilogo entre os interessados, para que o mesmo responda as suas necessidades de crescimento e competncia na matria do HIV/SIDA. Acresce-se ainda o facto de que os hbitos culturais esto implicados na compreenso da gnese, propagao e efeitos do SIDA, situao que acautela ao observao na definio do contedo a incluir no correspondente currculo, devendo nesse caso ser combinado com alguns aspectos da cultura do grupo alvo. Entende-se que, a ideia no necessariamente a de combater a cultura para fazer prevalecer o HIV/SIDA, mas sim, a necessidade de se efectuar uma coexistncia das variveis culturais e do HIV/SIDA, pois se assume que ambas so concorrenciais para o alcance de uma qualidade de vida aceitvel. 4.1.2 O aumento da conscincia sobre o HIV/SIDA nos estudantes Para o indicador que passamos de agora em diante a analisar, aumento da conscincia sobre o HIV/SIDA, foram elaboradas questes com objectivo de saber se na populao pesquisada havia despertada alguma conscincia sobre o HIV/SIDA. Era objectivo constatar da mesma populao, em que medida efectuar abordagens curriculares subordinadas ao HIV/SIDA culminaria com significativa melhoria do nvel de conscincia presente na populao pesquisada. Para o efeito, 7 questes foram administradas por via do inqurito aos 100 estudantes. De um modo geral procurava-se saber se acreditavam no HIV/SIDA; se haviam nos ltimos meses manifestado algum comportamento julgado de risco para a preveno do HIV; como que avaliavam os seus conhecimentos em relao ao HIV/SIDA. Na srie das mesmas questes se procurou saber se o HIV/SIDA era ou no uma preocupao pessoal e as respectivas razes em caso afirmativo. Questionou-se tambm se introduzir temas sobre o HIV/SIDA na universidade mudaria por si s o comportamento dos estudantes em relao a este. E por ltimo pediu-se tambm a apresentao das razes porque se mostraram favorveis abordagem de temas relacionados ao HIV/SIDA na universidade j apresentada no ponto

17 4.1.1. Variantes destas questes foram tambm dirigidas aos 4 docentes entrevistados no mbito do mesmo trabalho. Em relao questo sobre a crena na existncia do HIV/SIDA dos 100 estudantes inquiridos, 93% respondeu crer na sua existncia, 6 % no admitiu e 1% no respondeu questo colocada. Ainda o mesmo universo, no que se refere manifestao de algum comportamento julgado de risco nos ltimos meses, 79% admitiu no o ter manifestado conforme ilustrado na tabela 7 a seguir. Tabela 7: Manifestao de comportamento de riscoSim Frequncia % Fonte: Autor 7 7 No 79 79 Indiferente 13 13 No respondeu 1 1

Entretanto, j na auto-avaliao sobre conhecimentos relacionados ao HIV/SIDA 65% dos 100 estudantes inquiridos, indicou que seus conhecimentos se encontram na escala suficiente. Outros estudantes, na mesma questo, auto-avaliaram-se como possuindo bons conhecimentos correspondendo a respectiva taxa a 28%. Finalmente 7% consideram maus os seus conhecimentos sobre o HIV/SIDA. Vide tabela 8. Tabela 8: Auto-avaliao sobre domnio de conhecimentos sobre HIV/SIDA.Bons Frequncia % Fonte: Autor 28 28 Suficientes 65 65 Maus 7 7 No respondeu 0 0

Com os mesmos 100 estudantes, na segunda srie das questes, respondendo questo se o HIV/SIDA era ou no preocupao pessoal, todos asseguraram ser algo que lhes preocupa. As razes e ou circunstncias apontadas para tal, destaca-se a constatao de haver muita gente infectada e a morrer, perca de parentes, amigos prximos, pela maior responsabilidade individual na preveno, pela falta de cura, ter visto imagens de doentes entre outras. questo relacionada com o impacto da introduo de temas sobre o HIV/SIDA no comportamento dos estudantes, dos 100 estudantes inquiridos, registou-se que 36% so favorveis relao, 32% negou que a introduo de temas sobre o HIV/SIDA implique necessariamente a mudana de comportamento, enquanto 29% se mostrou indecisa tal como se ilustra na tabela 9.

18 Tabela 9: Introduzir temas sobre o HIV/SIDA mudaria por si s comportamento dos estudantesSim Frequncia % Fonte: Autor 36 36 No 32 32 No sei dizer 29 29 No respondeu 5 5

No que respeita justificao da favorabilidade mostrada para a introduo de temas relacionados ao HIV/SIDA na universidade destacaram-se respostas como: consolidao de conhecimentos, incentivao da liberdade em abordar o HIV/SIDA, factor de mudana, combate ignorncia, consciencializar as pessoas, o HIV/SIDA ser tambm uma preocupao cientfica entre outras. J com os 4 docentes, se questionou, se constatavam alguma viso de percepo da situao do HIV/SIDA por parte de seus estudantes, tendo 75% dos entrevistados observado que no constatou de modo objectivo alguma percepo de preocupao todavia, acreditava que seus estudantes devem andar sensibilizados e conscientes. Por outro lado, 25% se mostrou cptico em relao ao nvel de conscincia que seus estudantes tm em relao ao HIV/SIDA. Numa questo relacionada com a posse de conhecimento e auto-avaliao da evoluo dos factos relacionados ao HIV/SIDA ao longo do tempo, os 4 docentes (100%) foram todos confessos afirmando no ter informao bastante aprofundada sobre o HIV/SIDA. Entretanto 50% dos mesmos conseguem fazer referncia ao acompanhamento da evoluo das taxas de seroprevalncia e mortes associadas ao SIDA por intermdio da imprensa, tendo destacado o facto de o SIDA ainda no ter cura disponvel. Fazendo uma interpretao dos resultados neste indicador, aumento da conscincia sobre o HIV/SIDA, pode-se afirmar que sobre o HIV/SIDA h um grau de conscincia construdo no seio dos pesquisados. E esta conscincia traduzida pela revelao de uma srie de boas prticas, como as baixas taxas de exposio deliberada ao risco. Mesmo assim, o cepticismo parece dominar o binmio ensino sobre o HIV/SIDA vs. mudana de comportamento em relao ao mesmo, o que por si s prenuncia que ensinar sobre o HIV/SIDA no tem necessariamente por consequncia a sua preveno ou erradicao, como alis havia se referido o especialista em Currculo no ponto 4.1.1. Caracterizando esta conscincia pode-se afirmar que de alarme, dado que parece ter sido construda a partir da perca de um parente, amigo ou algum conhecido por alguma doena suspeitada como SIDA ou a ela relacionada, e no devido ao desenvolvimento de um

19 conhecimento interior isento de estmulos exteriores, como so as situaes descritas acima. Com este tipo de conscincia corre-se o risco dela gerar comportamento de relutncia, como o caso da no manuteno das boas prticas preventivas incluindo a de levar os indivduos testagem voluntria. Ante a conscincia de alarme, a percepo da dinmica evolutiva dos factos relacionados ao HIV/SIDA e a sua constante busca so factores justificativos da aceitao da incluso deste tema junto aos outros abordados na universidade, o que d indicao de haver clara inteno de ter a conscincia actual aumentada e melhorada. 4.1.3 Incremento do ndice de pesquisas e palestras na rea do HIV/SIDA O indicador, incremento do ndice de pesquisas e palestras sobre o HIV/SIDA, foi escolhido com objectivo de verificar em que medida uma abordagem do HIV/SIDA assente no currculo pode proporcionar um incremento das pesquisas e palestras. Esta induo derivou do facto de que a pesquisa e as palestras serem um dos canais de dilogo que as universidades adoptam nas vrias comunicaes que decorrem dentro destas. As modalidades de abordagem do HIV/SIDA j apresentadas no ponto 4.1.1 assinalavam que na UPN a actividade mais comum era a ministrao de palestras, isto , guiando-se pela taxa de 36%, referida pelos estudantes, num universo de 100 inquiridos e por 3 docentes (75%), de um total de 4 entrevistados. E diante destes resultados, havia se solicitado aos vrios elementos da amostra, para que apresentassem propostas metodolgicas mais convenientes para abordagem do mesmo assunto, o HIV/SIDA. Mesmo j referidos em 4.1.1 e ilustrado na respectiva tabela 6, os resultados pela parte dos 100 estudantes inquiridos, sugeriram uma tendncia de equilbrio nas metodologias de abordagem, sendo que 45% recaiu para a pesquisa, 37% para as aulas 37% e 33% para a demonstrao de casos concretos. Numa questo similar, feita aos 4 docentes entrevistados, 3(75%) sugeriu a combinao entre o ensino, pesquisa e palestras como aces estratgicas de preveno e combate ao HIV/SIDA na Universidade. Por seu turno, o especialista em Currculo entrevistado destacou como aces estratgicas na abordagem do HIV/SIDA, o recurso ao dilogo com a comunidade, bem como a ministrao de palestras de contedo no padronizado. Referiu-se tambm pesquisa como sendo a base sobre a qual se iria paralelamente com o dilogo definir o contedo das palestras.

20 Assim, partindo do princpio de que at a actualidade muito poucas pesquisas subordinadas ao HIV/SIDA foram efectuadas na UPN, e simultaneamente as palestras tambm no tem caracterizado o dia-a-dia, pode-se afirmar que pela indicao dos resultados o tratamento contnuo do HIV/SIDA em conformidade com as propostas dos pesquisados pode impulsionar um aumento significativo das actuais taxas de pesquisa e ou de palestras at ento verificados. Estes factos trazem naturalmente consigo outras mais valias, para alm dos actos em si de pesquisar e ou palestrar os temas. Est-se a referir clarificao por via da pesquisa, de alguns determinantes intimamente relacionados com a viso das pessoas sobre o HIV/SIDA, para alm da intrnseca possibilidade de divulgao tanto por outros mecanismos, como por via das prprias palestras, dos principais resultados dessas pesquisas. 4.1.4 Rompimento com esteretipos e mudana de comportamento Com a realizao desta pesquisa procurou-se tambm verificar em que medida a concepo que os sujeitos tinham sobre o HIV/SIDA podia conter ou no esteretipos. E nessa base colocava-se a possibilidade de verificar em que medida a educao em HIV/SIDA podia propiciar o combate dos mesmos esteretipos e permitir a uma mudana de viso face pandemia. Assim, com o indicador, rompimento com esteretipos e mudana de comportamento, tm-se como objectivos: verificar a existncia de alguma indicao de esteretipos na percepo dos sujeitos pesquisados e ainda avaliar em que medida a educao pode exercer poder combativo sobre os mesmos. Das questes relativas ao indicador em anlise para os 100 estudantes, na administrao do inqurito se questionou o que julgavam serem factores chaves para a descrena na existncia do HIV/SIDA bem como das provveis razes da provvel fraca aderncia realizao do teste de HIV. Para a descrena na existncia do HIV/SIDA 74% apontou os hbitos culturais, sendo que outros factores referidos so a informao disponvel, e a educao que no est a desempenhar seu papel. No que se refere a relutncia em aderir ao teste voluntrio de HIV, os 100 estudantes apontaram diversos factores, destacando-se a falta de sigilo com 40%, a fraca educao sanitria com 39% e ainda a falta de cura do SIDA com 19%, conforme ilustrado na tabela 10. Tabela 10: Factores de no aderncia ao teste de HIVSigilo Frequncia % Fonte: Autor 40 40 Falta de cura 19 19 Fraca educao sanitria 39 39 No respondeu 5 5

21 Na perspectiva de verificar em que medida a educao podia agir como factor de mobilidade ao teste, questionou-se aos 100 estudantes se esta podia levar os indivduos a tal procedimento. Os resultados deram uma forte indicao positiva com 46%, apesar de uma tendncia tambm forte, mas negativa com 39% conforme a tabela 11 a seguir. Tabela 11: Possibilidade de a educao ser factor mobilizador testagem do HIVPode ser Frequncia % Fonte: Autor 46 46 No pode 12 12 Nem sempre 39 39 No respondeu 3 3

Ao especialista do Currculo foi pedido para tecer o seu comentrio em relao a razoabilidade ou no da forte crtica que estudiosos do HIV/SIDA fazem aos hbitos culturais de alguns povos africanos, e particularmente dos moambicanos, como sendo factores chave para a propagao do HIV/SIDA. Este destacou que o HIV/SIDA um novo paradigma cultural de resistncia, e que as crticas imputadas cultura so uma denncia de que os promotores de campanhas e estudos para o combate do HIV/SIDA no debatem com a sociedade as modalidades de que esta pretende ouvir sobre o HIV/SIDA, continuando com um discurso de imposies. Fazendo uma interpretao dos resultados acima apresentados pode-se dizer que tal como se supunha, de facto a percepo do HIV/SIDA encontra barreiras maioritariamente vinculadas aos hbitos culturais em grande medida. Entretanto h tambm uma indicao dada pelo especialista em Currculo, de que a informao veiculada pelas campanhas de preveno e combate no cuidada em funo dos seus destinatrios, havendo mesmo uma necessidade de se negociar ou dialogar sobre o que chamaramos de boas modalidades de dilogo sobre o HIV/SIDA, de modo a evitar a tendncia actual de discurso imposto ou ofensivo, como este slogan: SIDA mata, que deixa questionar por exemplo se o tabaco, a malria, a clera no matam? E provavelmente ao chegarem s mesmas concluses as pessoas no chegam a perceber de facto a razo de maiores gritos e apelos volta do HIV/SIDA. A confirmar ainda os esteretipos e a conscincia incipiente so tambm as razes porque no se adere bastante ao teste de HIV, que indiciam que, o nvel de percepo ainda insignificante ou reciprocamente a qualidade da explicao que se d sobre esta boa prtica no satisfaz ainda os seus destinatrios. Apesar de ser atribuda total confiabilidade a educao sanitria d indcios de gerar novas concepes e mobilizar as pessoas a prticas como testagem e combate ao estigma e

22 discriminao. Observa-se que ela tem de ser combinada com mais algo pois os indicadores de dvida sobre os seus resultados tambm so altos. 4.2 2 HIPTESE: A introduo de um currculo sensvel ao HIV/SIDA na UP-Nampula poder permitir um melhor desempenho profissional dos graduados no ensino bsico e secundrio Da hiptese 2 extraram-se tambm duas variveis sendo: Varivel independente Introduo de um currculo sensvel ao HIV/SIDA na UPNampula. Varivel dependente Melhor desempenho profissional dos graduados no ensino bsico e secundrio. Da varivel independente foi construdo o indicador, abordagens de temticas sobre o HIV/SIDA, j desenvolvido na hiptese 1 em virtude de a respectiva varivel independente coincidir em todas hipteses. Na varivel dependente foram identificados dois indicadores sendo, competncia comunicativa sobre o HIV/SIDA e abordagens consequentes sobre o HIV/SIDA. Desenvolvem-se a seguir os dois indicadores atravs da anlise e interpretao dos resultados relacionados com as questes especficas colocadas aos pesquisados em trabalho de campo. 4.2.1 Competncia comunicativa sobre o HIV/SIDA A formulao do indicador, competncia comunicativa sobre o HIV/SIDA tinha como objectivos: espelhar se os estudantes entre eles e ou com seus docentes dialogavam ou no sobre o HIV/SIDA e tambm diagnosticar indicaes da existncia de alguma capacidade nos estudantes para eventualmente ensinarem temticas sobre o HIV/SIDA no ensino bsico, luz do novo currculo em implementao desde 2003 e ou, no secundrio ainda em perspectiva. Tomando por base os objectivos acima mencionados foram elaboradas questes no inqurito administrado aos estudantes, bem como outras inseridas na entrevista concedida pelos docentes. questo relacionada com as aces realizadas pelos 100 estudantes desde que o HIV/SIDA se tornou uma preocupao pessoal 75% apontou a preveno enquanto 22% destes focalizou mais a sensibilizao.

23 Questo similar colocada anteriormente aos estudantes foi feita a 4 docentes, as suas respostas situaram-se na preveno em 50%, enquanto outra fasquia de 25%, no conseguir classificar alguma atitude especfica, sendo a parte restante, 25%, distinguia para alm da preveno tambm promovia aces de sensibilizao. Aos mesmos 100 estudantes se pediu para apresentarem uma avaliao sobre o

comportamento sexual dos seus colegas da universidade, tanto que podiam ser colegas mais prximos ou no. Variante da mesma questo foi feita para os 4 professores em relao aos seus estudantes. Os estudantes mostraram total indiferena com o comportamento de seus pares em 57%, enquanto 25% julga ser mau e os restantes 13% bom, conforme dados ilustrados na tabela 12. Tabela 12: Classificao do comportamento sexual dos estudantes da UP Nampula pelos inquiridosBom Frequncia % Fonte: Autor 13 13 Mau 25 25 Sou indiferente 57 57 No respondeu 5 5

Naquilo que constitui seu ponto de vista, os 4 professores mesmo sem o rigor objectivo, acreditam que seus estudantes so pessoas conscientes sobre o fenmeno (75%), sendo que 25% no tem certeza do modo como que estes lidam com as vrias situaes relacionadas pandemia. Ainda na perspectiva da competncia comunicativa, foram colocadas outras questes que procuravam conhecer as principais fontes de que os 100 estudantes se serviam para se informar sobre o HIV/SIDA, e adicionalmente quais as que julgavam necessrio potenciar para tal funo. Sobre as principais fontes de informao, conforme ilustrado na tabela 13, dos 100 estudantes, 56% referiu-se imprensa, seguida da leitura com 54%, os amigos com 20% e os professores com 2%. Tabela 13: Principais fontes de informao sobre o HIV/SIDA dos inquiridosLeitura Frequncia % Fonte: Autor 54 54 Professores 2 2 Imprensa 56 56 Amigos 20 20 GATVs 3 3 No respondeu 1 1

24 Sobre as fontes necessrias e ou a potenciar, os mesmos estudantes indicaram com maior referncia, os professores (32%), seguidos da Imprensa com 30% e a leitura com 23%. Tabela 14. Tabela 14: Fontes de informao sobre o HIV/SIDA a potenciar ou necessrias.Leitura Frequncia % Fonte: Autor 23 23 Professores 32 32 Imprensa 30 30 Amigos 20 20 GATVs 25 25 No respondeu 5 5

No que respeita capacidade de ensinar temas relacionados com o HIV/SIDA quando graduados, dos 100 estudantes 36%, acredita que o pode fazer, entretanto uma outra parte significativa, calculada em 32% afirmou ser incapaz de ensinar os referidos temas. Tabela 15. Tabela 15: Capacidade de ensinar temticas relacionadas ao HIV/SIDA.Sim Frequncia % Fonte: Autor 36 36 No 32 32 No sei dizer 29 29 No respondeu 5 5

Tal como j se fez referncia em 4.1.1 os docentes no falam habitualmente com os seus estudantes sobre o HIV/SIDA, salvo algumas vezes que isso ocorre de modo ocasional. A tendncia dos resultados indica que os estudantes e os docentes nas relaes que mantm entre si, e ou com seus amigos no tem falado muito sobre o HIV/SIDA. Esta leitura assenta na maior acentuao que estes do preveno, que parece ter um enfoque mais pessoal do que a sensibilizao que implica o sujeito e o outrm. Outro factor de peso nessa leitura a indiferena com o comportamento de outrm demonstrado pelos estudantes, pois que de modo diferente, do interesse se desenvolveria uma tendncia para se capitalizar o dialogo, o aconselhamento mtuo e a partilha de experincias relacionadas ao HIV/SIDA. Por seu turno o facto de os docentes nas suas relaes de vria ordem com os estudantes no abordarem o HIV/SIDA, facto por estes confirmado e reconfirmado pelos estudantes nas tabelas 5 e 13, indicando que esta classe profissional no tem ainda uma competncia comunicativa em actividade sobre o HIV/SIDA e ou, a Educao ou mesmo a Universidade esto ainda num forte silncio estranho.

25 Mesmo assim, e diante desta falta de comunicao os estudantes apresentam um julgamento de posse de uma competncia comunicativa e conhecimentos para ensinar agora e ou quando graduados, temas relacionados com o HIV/SIDA. Entretanto mesmo assim como vimos no ponto 4.1.1. estes sujeitos no demonstraram oposio a uma eventual abordagem de aspectos relacionado ao HIV/SIDA no projecto curricular e pedaggico da instituio de que so estudantes, facto que sugere a percepo de que o que sabem sobre o HIV/SIDA advm da sua experincia quotidiana e que por via do ensino e ou pesquisa na Universidade pode-se caminhar para uma consolidao do que sabem, beneficiando-se a si e tambm a comunidade, pois profissionalmente estaro ao servio desta. 4.2.2 Abordagem consequente sobre o HIV/SIDA O indicador abordagens consequentes foi construdo com objectivo de procurar saber junto populao pesquisada sobre seu parecer, sobre tendncia de as abordagens subordinadas ao HIV/SIDA se traduzirem em atitudes e prticas julgadas boas ou seguras no mbito de preveno e combate ao HIV/SIDA. Em torno do mesmo indicador a 100 estudantes se questionou, se a introduo de contedos sensveis ao HIV/SIDA mudaria por si s produziria prticas julgadas boa e positivas em oposio aos comportamentos e prticas julgados de risco. A segunda questo procurava saber se estes estavam seguros sobre o efeito modificador do seu magistrio, quando graduados e se tornarem professores, particularmente no que se refere ao ensino de temticas relacionadas com o HIV/SIDA. Respondendo primeira questo, de um universo de 100 estudantes, 36% acredita na adopo de comportamento e prticas seguras, devidos introduo de contedos sensveis no currculo, 32% no cr nessa mudana enquanto 29% se mostra cptica, no sabendo portanto se pode ou no haver mudana em funo da introduo dos referidos contedos. Para a segunda questo, 76% dos referidos estudantes defende que por consequncia de suas abordagens haver mudana de atitude face ao HIV/SIDA no seio dos alunos, enquanto que 19% dos estudantes, no cr na eficcia do seu ensino, conforme ilustrado na tabela 16. Tabela: 16: Acredita que o seu ensino iria implicar mudanas de atitude face ao HIV/SIDA nos teus alunos?Sim 76Fonte: Autor

% 76

No 19

% 19

No respondeu

5

% 5

26 Aos 4 docentes tambm foi colocada uma questo similar, Integrar temas sobre o HIV/SIDA na Universidade implicaria uma mudana de atitude face ao HIV/SIDA, nos estudantes e professores?. Respondendo a questo dos 4 docentes, 25% acredita na possibilidade de mudana de atitude. Outra parte, tambm correspondente a 25% mostrou-se indecisa, situando-se entre o sim e no. A parte correspondente a 50% condicionou a possibilidade de mudana de atitude face ao HIV/SIDA, a uma srie de factores correlacionados, como os temas a abordar, a metodologia e ao perfil dos docentes orientadores. Tomando por base estes resultados v-se que de facto a aluso feita em 4.1.2 sobre a relao do binmio, ensino sobre o HIV/SIDA vs. mudana de comportamento em relao ao mesmo, persistente, ou seja, ensinar sobre o HIV/SIDA no ter necessariamente por consequncia a mudana radical das atitudes face a ele, porm j um avano no sentido da sua preveno ou mesmo erradicao. Entretanto, mesmo que a leitura geral seja a de que o ensino de temas sobre o HIV/SIDA no implica necessariamente a mudana de comportamento face ao mesmo, preciso crer que uma parte dos beneficiados pelas abordagens podero experimentar alguma consolidao do assunto e traduzi-lo em prticas de vida, isto tomando por base da quota de 36% dos 100 estudantes e de 25% dos 4 docentes entrevistados respectivamente, que acreditam na estratgia. Ao mesmo tempo, tal como os docentes destacam a tomada em ateno de outros determinantes ecolgicos ou individuais, a tendncia de equilbrio na resposta dos estudantes parece tambm exigir tais observaes, uma vez que a questo lhe teria sido colocada sem fazer incluso dos possveis determinantes.

4.3 3 HIPTESE: A introduo de um currculo sensvel ao HIV/SIDA na UP-Nampula possibilitar uma vigilncia institucional do fenmeno. Para esta hiptese tambm extraram-se as duas variveis sendo: Varivel independente Introduo de um currculo sensvel ao HIV/SIDA na UP-Nampula Varivel dependente Vigilncia institucional do fenmeno Para a varivel independente foi construdo o indicador, abordagens de temticas sobre o HIV/SIDA, j desenvolvido na hiptese 1 e vlido tambm para a hiptese 2 e 3, em virtude de o mesmo coincidir em todas elas.

27 Na varivel dependente foram identificados dois indicadores, encorajamento da realizao de testagens voluntrias e aderncia ao TAARV. A seguir faz-se a anlise e interpretao dos respectivos resultados. 4.3.1 Encorajamento da realizao de testagens voluntrias e aderncia ao TAARV Com os indicadores, encorajamento da realizao de testagens voluntrias e aderncia ao TAARV ,colocavam-se como objectivos: diagnosticar a frequncia com que se procuram os servios prestados pelos GATVs, sobretudo a componente aconselhamento e testagem, e analisar em que medida a educao pode ser factor de mobilidade para o teste e aderncia ao tratamento antiretroviral. A questo sobre a procura dos servios dos GATV foi focalizada para os 100 estudantes, tendo 44% destes, admitido ter visitado alguma vez um GATV, 41% nunca o fez e 12% admite que nunca precisou destes servios. Vide tabela 17 a seguir. Tabela 17: Frequncia ao GATVJ Frequncia % Fonte: Autor 44 44 Nunca fui 41 41 Nunca precisei 12 12 No respondeu 3 3

Tomando por base que um dos possveis actos derivados da visita ao GATV realizar ou no o teste de HIV, procurou-se tambm verificar no seio dos 100 estudantes, qual era o nvel de submisso ao teste de HIV. Foi assim que, do universo de 100 estudantes, 45% respondeu nunca o ter feito, 35% j ter sido submetido ao teste de HIV e 15% julga no ter ainda necessidade de efectuar o teste, conforme ilustra a tabela 18. Tabela 18: Submisso ao teste de HIVJ Frequncia % Fonte: Autor 35 35 Nunca fui 45 45 Nunca precisei 15 15 No respondeu 5 5

Ainda com o mesmo universo de 100 estudantes, no que se refere s razes da no aderncia testagem, 40% aponta para a falta de sigilo dos rgos que realizam os testes, 39% relaciona o facto com a fraca educao em HIV/SIDA, enquanto 19% faz referncia falta de cura do HIV/SIDA conforme visualiza a tabela 10.

28 E ao questiona-los sobre o papel da educao como factor de mobilizao das pessoas para a testagem, 46% atribui-na maior preponderncia, 39% diz que ela nem sempre pode funcionar como mobilizador enquanto 12% no v nela nenhuma significncia para tal papel como alis j se constatou anteriormente na tabela 11. De igual modo na entrevista concedida pelos 4 docentes do Departamento de Cincias Pedaggicas, pergunta que procurava saber em que medida a massificao na testagem voluntria do HIV seria factor mobilizador para o tratamento antiretroviral, 25% destacou a necessidade de se comear pela situao inversa, que se disponibilize em primeiro plano o tratamento e depois massificar as testagens. Como justificao do pensamento foi colocada a premissa de que no basta conhecer o estado de sade, sem saber que passo seguinte dever ser tomado. Por seu turno 50% dos entrevistados foi coincidentes em afirmar que, quando se ultrapassar a barreira do medo de saber o estado de cada um, as pessoas por si prprias iro fazer o teste e procurar os medicamentos. A parte restante, 25%, acredita nessa relao, mas salienta que em Moambique as pessoas no sabem o valor da sade, pior quando ainda a gozam. Concluiu que mesmo com a educao no seria possvel as pessoas testarem-se antes de adoecer gravemente, quando j no podem procurar os medicamentos. Mas mesmo assim v na testagem voluntria como um bom ponto de partida para mobilizao do tratamento necessrio, tal como acontece com outras enfermidades. Aglutinada questo anterior, se perguntava tambm, se a educao em HIV/SIDA no serviria como um instrumento de vigilncia interna da Universidade sobre os dados do HIV/SIDA internamente, possibilitando apoios e at o controlo do fenmeno em si. As respostas dos 4 entrevistados foram de comunho com o pensamento da questo, entretanto adicionalmente 50% destes destacaram outros nveis e mbitos de reflexo, tendo o maior mbito referido, a poltica interna da UP em relao pandemia. Os resultados da questo relacionada com a frequncia ao GATV deixam verificar que mais da metade dos 100 inquiridos, ou seja, 60% nunca esteve em um GATV, o que implica naturalmente que a parte que os frequenta tambm bastante nfima cerca de 40%. Mesmo que tal no tenha sido objecto da pesquisa realizada, tem-se por presuno que a no frequncia deste local, ande associado com o medo, estigma e discriminao. nfima percentagem de 40% sobre o universo 100 estudantes, que frequentam os GATV contrapem-se elevada percentagem que no usa os servios a prestados at culminar com a testagem, 60%.

29 Dando um exemplo demonstrativo, se em cada 100 indivduos, somente 40 vo ao GATV e s 40% destes realizam o teste, significa que somente 16 pessoas se submete ao teste. Por corolrio e baseando-se mais nos resultados sobre o indicador em anlise, pode-se dizer que os resultados sobre a frequncia ao GATV, conduzem a afirmao de que pouca gente frequenta o local at efectuar o teste, a educao por si s, sem a combinao de outras aces sociais possa ser vector de testagem e de mobilizao de tratamento antiretroviral contra os efeitos do vrus HIV.

4.4 Verificao das hipteses A seguir passa-se verificao das hipteses apresentadas ao problema do trabalho. A comprovao das mesmas efectua-se a partir da anlise e estabelecimento de relaes entre os resultados referentes s respectivas variveis. Observa-se ainda que na comprovao da 2 e 3 hiptese descreve-se somente as respectivas variveis dependentes dado que pela coincidncia da respectiva varivel independente com a da 1 hiptese, est apresentada somente no ponto 4.4.1. 1 HIPTESE 4.4.1 Introduo de um currculo sensvel ao HIV/SIDA na Universidade Pedaggica ao HIV/SIDA Na varivel independente, Introduo de um modelo curricular em temticas sobre o HIV/SIDA, em descrio foi definido o indicador, abordagens de temticas sobre o HIV/SIDA, tendo sido a partir do mesmo que se elaboraram as questes administradas no inqurito e nas entrevistas. Foi assim possvel saber junto dos 100 estudantes que apenas 8% daqueles admitiu haver ao nvel da Universidade Pedaggica abordagens do HIV/SIDA baseadas em aulas. Outros estudantes situados em 36% asseguraram que as palestras eram a aco mais evidente quando o assunto era referido ao HIV/SIDA. Entretanto 56% dos mesmos estudantes disse no haver abordagem nenhuma na UPN subordinada ao HIV/SIDA. Por seu turno, os 4 docentes entrevistados, no que respeita forma por eles empregue na abordagem do HIV/SIDA, referiram todos (100), que no o faziam.

30 E no que respeita pertinncia, favorabilidade e propostas metodolgicas de se introduzir no currculo da UP temas relacionados com o HIV/SIDA encontrou-se o seguinte: Dos 100 estudantes inquiridos, 87% julgou ser boa e pertinente a iniciativa, 10% foi discordante, enquanto 3% no se pronunciou a volta da questo. Em relao metodologia de abordagem, o segmento estudantil mostrou-se mais favorvel realizao de pesquisas, 45%, bem como o recurso a aulas, 37%, enquanto outros preferem mais a demonstrao de casos em 33%. Os 4 docentes entrevistados, na mesma questo, mostraram-se tambm favorveis iniciativa, 75%, tendo sugerido como metodologia a combinao entre o ensino, pesquisas e palestras. Ainda neste grupo, 25% no se mostrou muito concordante com a restrio das abordagens somente para o campo do HIV/SIDA, tendo vincado a necessidade de englobar outros problemas mais comuns de sade pblica, todavia incentivou a promoo de campanhas de sensibilizao no ambiente universitrio. O especialista em Currculo entrevistado, destacou tambm o HIV/SIDA como assunto de interesse no contexto da prtica educativa, tal como o noutros contextos de actividade humana. Vincou a necessidade de explorar o tema na perspectiva da ligao Escola, Educao e Comunidade a partir do dilogo, palestras contnuas de contedo no padronizado e pesquisa. De um modo geral defendeu a adopo do que designou de currculo aberto no baseado somente em contedos. 4.4.2 Desenvolvimento de quadros conceptuais sobre o HIV/SIDA Da 1 hiptese, extraiu-se tambm a varivel dependente, desenvolvimento de quadros conceptuais. Esta varivel foi analisada a partir dos respectivos 3 indicadores: aumento da conscincia sobre o HIV/SIDA, incremento do ndice de pesquisas e palestras sobre o HIV/SIDA e rompimento com esteretipos e mudana de comportamento. Em cada um dos indicadores as questes colocadas aos inquiridos e entrevistados tinham por objectivo: saber da populao pesquisada o que havia ou se fazia no momento da pesquisa relacionado com o indicador e ainda verificar em que medida ao se efectuar abordagens sobre o HIV/SIDA ajudaria a consolidar aspectos inerentes ao prprio indicador. Em relao ao primeiro objectivo no indicador, aumento da conscincia sobre o HIV/SIDA, verificou-se que em relao aos 100 estudantes h admisso e manifestao por actos de uma conscincia sobre o HIV/SIDA, na medida em que 93% afirmou acreditar na existncia do

31 HIV/SIDA, e a acrescentar este facto 65% faz uma avaliao suficiente dos conhecimentos relacionados com a pandemia, 28% bons e 7% maus. Outro aspecto a destacar a taxa de 79% de ausncia de manifestao entre os inquiridos de algum comportamento julgado de risco no mbito da preveno e combate ao HIV/SIDA, para alm de terem admitido que era de facto uma preocupao pessoal. Por seu turno, os docentes mostraram deter conscincia aceitvel apesar de no muito aprofundada, sobre o HIV/SIDA, isto pela capacidade mostrada em reportar informaes relativas ao objecto de anlise, como o caso dos ndices de seroprevalncia, indisponibilidade de cura e destaque da preveno e sensibilizao como algumas aces estratgicas na luta contra o flagelo. Ainda no objectivo inicial, e no que toca ao indicador, incremento do ndice de pesquisas e palestras sobre o HIV/SIDA, a populao pesquisada afirmou que o HIV/SIDA tem sido quase que exclusivamente abordado ao nvel da Universidade Pedaggica-Nampula por via de palestras 36% de 100 estudantes inquiridos e 75% de 4 docentes entrevistados. Em relao ao indicador, rompimento com esteretipos e mudana de comportamento, no objectivo inicial, verificou-se que da parte dos 100 estudantes, existem algumas vises estereotipadas como se v na viso de que os hbitos culturais so uma barreira percepo e melhor compreenso do HIV/SIDA com a taxa de 74%, para alm das razes apontadas para a relutncia em efectuar o teste de HIV, falta de sigilo com 40%, falta de cura da doena com 19%. No que toca ao segundo objectivo, verificar em que medida ao se efectuar abordagens sobre o HIV/SIDA ajudaria a consolidar os referidos nveis de percepo do fenmeno HIV/SIDA de entre os 100 estudantes, 36% admitiu que a aco culminaria com a mudana de comportamento, como tambm lhes permitiria consolidao de conhecimentos, incentivar a liberdade em abordar o HIV/SIDA, combate ignorncia, consciencializar outros, constituir o HIV/SIDA numa preocupao cientfica entre outras. Todavia, 32% negou a possibilidade de os resultados da introduo da introduo do currculo sensvel ao HIV/SIDA tomarem o aspecto referido pela taxa de 36%. Tanto com os 100 estudantes inquiridos, como com os 4 docentes entrevistados e ainda com o especialista do currculo entrevistado, pelo segundo indicador, incremento do ndice de pesquisas e palestras sobre o HIV/SIDA, constata-se que pode haver de facto o referido incremento, pois todos apresentaram opes na abordagem do HIV/SIDA, de combinao e, ou de opo por uma: 45% pesquisa, (estudantes), 75% combinao ensino, pesquisas e

32 palestras (docentes), pesquisas, dilogo e palestras contnuas de contedo no padronizado (Especialista de Currculo). Em relao ao indicador, rompimento com esteretipos e mudana de comportamento, ao se verificar em que medida a educao podia agir como factor de mobilidade ao teste, 46% dos 100 estudantes julga que de facto a educao pode mobilizar os indivduos testagem. O especialista em Currculo, para o combate ao que se assume como esteretipos, recomendou o dilogo entre as partes interessadas no objecto como forma de harmonizao dos discursos. Tendo se constatado que para o preenchimento da lacuna que existe na abordagem de contedos sensveis ao HIV/SIDA, no currculo da UPN, existe uma aceitao nos sujeitos pesquisados e um avano com propostas metodolgicas que indicam poderem culminar com uma melhorada conscincia, para alm do incremento de pesquisas e palestras na rea do HIV/SIDA. Adicionalmente, a estas constataes se junta tambm uma tendncia de por via dessas abordagens ser possvel romper com esteretipos. Portanto, por corolrio das constataes havidas julga-se comprovada a 1 hiptese, que postulava que a introduo de um currculo sensvel ao HIV/SIDA na Universidade Pedaggica aumentaria o desenvolvimento de quadros conceptuais sobre a pandemia. 2 HIPTESE 4.4.3 Melhor desempenho profissional dos graduados no ensino bsico e secundrio Para a varivel dependente da 2 hiptese, melhor desempenho profissional dos graduados no ensino bsico e secundrio, encontramos dois indicadores sendo, competncia comunicativa sobre o HIV/SIDA e abordagens consequentes sobre o HIV/SIDA. No que se refere competncia comunicativa sobre o HIV/SIDA foram efectuadas vrias questes que procuravam verificar da populao pesquisada, a existncia de algum indcio de dilogo contnuo subordinado ao HIV/SIDA e ainda auscult-la em relao possibilidade de melhoria das comunicaes como fruto de uma eventual abordagens curricular do HIV/SIDA. Das questes colocadas aos 100 estudantes destaque vai para as respostas cujas aces esto mais orientadas preveno, 75%, contra 22% de sensibilizao. Quando pedidos para avaliar o comportamento sexual de seus colegas, 57% mostrou-se indiferente, 25% julgou-o mau enquanto 13%, bom. Nas principais fontes de informao sobre o HIV/SIDA os estudantes apresentam uma taxa de 2% para os professores e 20%, para amigos.

33 Sobre a sua capacidade de ensinar temas relacionados com HIV/SIDA quando graduados, dos 100 estudantes inquiridos, 36% acredita que pode faz-lo, contra 32% que se julga incapaz. No que respeita ao impacto da introduo do currculo sensvel, dos 100 estudantes, 36% acredita na mudana de comportamentos atentatrios, 32% no vislumbra mudanas significativas e 29% mostrou-se cptica. Respondendo a mesma questo os 4 docentes entrevistados, 50% condicionou o impacto em termos de mudana comportamental a observncia de alguns aspectos como, escolha de temas, mtodos de abordagem e perfil dos professores orientadores. Da parte restante, 25% optimista na mudana para adopo de comportamentos positivos, enquanto 25% indecisa. Com os mesmos objectivos, na entrevista com os 4 docentes foram colocadas questes similares s colocadas aos estudantes. Estes, tambm optam mais pela preveno, 50%, do que a sensibilizao, com 25%. Sendo a parte restante, 25%, optar mais pela combinao entre a preveno e a sensibilizao. E tal como j se fez meno em 4.1.1, todo universo de 4 docentes entrevistados, admitiu que no fala habitualmente com seus estudantes sobre o HIV/SIDA, talvez pela crena em 75% de que os estudantes esto conscientes e so competentes sobre o assunto. Partindo do principio de que na UPN do momento no h nenhuma abordagem curricular do HIV/SIDA, e entretanto verificou-se que com a sua abordagem se inauguraria um exerccio de dilogo e comunicao sobre o HIV/SIDA entre os membros da comunidade universitria e que simultaneamente isso criaria condies de que as abordagens viessem a ser mais consequentes tem-se comprovada a hiptese 2 do presente estudo que postulava que a introduo de um currculo sensvel ao HIV/SIDA na UP-Nampula poder permitir um melhor desempenho profissional dos graduados no ensino bsico e secundrio.

34 3 HIPOTESE 4.4.4 Vigilncia institucional do fenmeno de HIV/SIDA Para 3 hiptese e atravs da respectiva varivel dependente, vigilncia institucional do fenmeno, foram colocadas questes aos elementos da amostra, cuja base destas foram os indicadores, encorajamento para a realizao de testagens voluntrias e aderncia ao TAARV. Paro o efeito, ao se procurar saber se alguma vez tinham visitado um GATV, dos 100 estudantes resultou que, 44% j efectuou uma visita, 41%, nunca o fez, e 12% ainda no precisou de o fazer. Ainda com o mesmo grupo procurou-se saber algum teria se submetido ao teste de HIV, para conhecer o seu estado serolgico, tendo, 35% admitido a submisso pelo menos uma vez ao teste, 45% nunca e 15% ainda no precisou o fazer. Como razes apontadas para no submisso ao teste, estes apontaram em 40% a falta de sigilo que parece rodear em que vo efectuar os testes, outros em 39% apontam a fraca educao em HIV/SIDA e outros ainda a falta de cura da SIDA, 19%. Entretanto, sobre o papel da educao como mbil para a realizao de testes, os mesmos estudantes, 46% atribui-na papel preponderante, 39% julga que nem sempre ela pode funcionar e 12% no v nenhuma fora nela para o propsito em referncia. Por seu turno aos 4 docentes questionou-se em que medida a massificao dos testes e educao sobre o HIV/SIDA facilitaria a disponibilidade a disponibilidade dos medicamentos antiretrovirais, que aliviam os efeitos do HIV no organismo e at um pleno controlo do fenmeno na universidade. As respostas indicam que 50% dos entrevistados destacou o medo como uma forte barreira e que todas aces educativas sobre o HIV/SIDA devem tambm centrar em aspectos afins ao problema. Outros respondentes, 25% focalizaram a necessidade de haver em primeiro plano a disponibilidade de medicamentos e posteriormente mobiliza-se os testes enquanto 25% foi discordante preferindo a situao inversa. Sobre a vigilncia do fenmeno por via da educao, os 4 entrevistados so concordantes com a ideia, quando levada a aco, mas salientam em 50% que tal se faa com recurso a outros instrumentos operativos da instituio, incluindo a sua poltica interna do tratamento do HIV/SIDA se esta existir. Em funo dos resultados acima apresentados, comprovou-se que atravs das abordagens sobre o HIV/SIDA na UPN se acentuaria a probabilidade de encorajar os beneficirios testagem voluntria e tambm em paralelo mobilizao de recursos para o tratamento de

35 alvio dos efeitos do HIV/SIDA. Todavia no foi possvel verificar em que medida essas abordagens permitiriam uma vigilncia institucional do fenmeno HIV/SIDA. Diante destes elementos a hiptese 3, sustentando que, a introduo de um currculo sensvel ao HIV/SIDA na UP-Nampula possibilitar uma vigilncia institucional do fenmeno, foi parcialmente comprovada, devido no verificao uma parte dos indicadores que a compem.

36

APNDICES

Caro Estudante! A vida humana est sendo ameaada pelo SIDA. H muita gente infectada, boa parte j morreu, e muita ainda vai morrer. A cura ainda no est disponvel, podendo-se at agora fazer algum controlo da doena e seus efeitos. E essa tarefa exige uma busca de conhecimento e experincias que cada um vive e, ou viveu. Como contributo para essa misso, pela vida humana, assinale com um X a opo(es) com as quais mais se identifica o seu pensamento actual. Lembra-se que nenhuma opo a mais certa ou errada, seno maneiras diferentes de ver a mesma realidade, neste caso, o HIV/SDA. 1. Acredita na existncia do HIV/SIDA? Sim No

Se assinalou "No". Justifique.

2. Na sua opinio, qual destes elementos contribui para a falta de crena no HIV/SIDA? Hbitos culturais comportamento de professores 3. Qual destes assuntos relacionados com o HIV/SIDA constituem seu interesse? Palestras Estatsticas Generalidades GATVs Nenhum Informao disponvel Educao comportamento de activistas

4. Como que avalia os teus conhecimentos sobre o HIV/SIDA? Bons Suficientes Maus

5. Ter nos ltimos seis meses manifestado algum comportamento de risco? e.g sexo inseguro... Sim No Sou indiferente a isso

6. Acha que o comportamento sexual dos indivduos em relao ao HIV/SIDA depende dos seus conhecimentos? Sim No _______________________________________________

7. Para alm da informao que factor chave julga necessrio para mudana de comportamento sexual dos indivduos? Educao sexual Testagens obrigatrias Mostrar doentes de SIDA

8. Quais tm sido as fontes de informao sobre o HIV/SIDA a que mais usa ou tem acesso? Leitura Professores Imprensa GATVs Amigos

9. Qual destas fontes ou outras no mencionadas julgas mais eficazes, ou necessrias? Leitura Professores Imprensa GATVs Amigos

A.1.1

10. Alguma vez se sentiu equivocado com a informao que recebe de uma das fontes? Sim Que equvoco foi? 11. Quando que: (Especifique o ano se possvel/ ou a circunstncia. Ouviu pela primeira vez falar-se de HIV/SIDA Sentiu ser uma preocupao pessoal. No Se sim qual fonte?

12. Porque que se tornou preocupao pessoal?

13. Desde que se tornou preocupao pessoal o que habitualmente faz? Nada Previno-me Sensibilizo

____________________________

14. Em 2002 estimava-se existir na frica Subsahariana, que inclui a frica Austral cerca de 30,000,000 de infectados por HIV/SIDA, distribuindo-se os restantes 10,000,000 pelo resto do mundo. Que soluo prope?

15. Ao nvel da Universidade como so feitas as abordagens sobre o HIV/SIDA? Palestras Aulas No se faz nenhuma abordagem

16. Aps o curso, vai leccionar nos nveis bsico ou secundrio. Seria capaz de leccionar matrias sobe o HIV/SIDA? Sim No _____________________________________________

17. Acredita que o seu ensino iria implicar mudanas de atitude face ao HIV/SIDA nos seus alunos? Sim No

18. O que acha da proposta de se introduzir temas sobre HIV/SIDA nas aulas da Universidade? Boa Justifique. 19. Como classifica o comportamento sexual dos estudantes da Universidade? Bom Mau Sou indiferente a isso M No faz sentido

20. Na sua opinio que falta aos estudantes em relao ao HIV/SIDA?

A.1.2

21. Ainda sobre os temas relativos ao HIV/SIDA na Universidade. Como acha que devia ser? Aulas Pesquisa Demonstrao de casos reais

22. Introduzir temas sobre o HIV/SIDA mudaria por si s o comportamento dos estudantes? Sim No No sei dizer 15. J fez alguma vez o teste de HIV? Nunca precisei Sim No Nunca precisei

23. J procurou alguma vez visitar um GATV? Sim No

24. Fazer o teste de HIV a maneira eficaz de manter boa vigilncia sobre o HIV/SIDA em ns. Como se explica que as pessoas no adiram testagem voluntria? Falta de sigilo Falta de cura do HIV/SIDA Fraca Educao sobre o HIV/SIDA 25. Ser que a educao pode levar as pessoas a fazerem testes e no discriminar seropositivos? Sim No Nem sempre Muito obrigado!

A.1.3

TABULAO DE DADOS DO INQURITO1. Acredita na existncia do HIV/SIDA?Sim 93 % 93 No 6 % 6 No respondeu 1 % 1

2. Na sua opinio qual destes elementos contribui para a falta de crena no HIV/SIDA.Hab. Culturais 74 Comportamento de activistas 7 % 74 Inform. disponvel 18 % 18 Comportamento de Prof. 2 % 2 Educao 14 % 14

% 7

No respondeu 5

% 5

3. Qual destes assuntos relacionados com o HIV/SIDA constituem seu interesse?Palestras 55 46 Nenhum 9 % 9 % 55 Estatsticas 8 7 GATV 22 % 22 % 8 Generalidades 9 % 9 No respondeu 4 % 4

4. Como que avalia os teus conhecimentos sobre o HIV/SIDA?Bons 28 % 28 Suficientes 65 % 65 Maus 7 % 7 No respondeu % 0

5. Ter nos ltimos seis meses manifestado algum comportamento de risco? e.g sexo inseguro...Sim 7 % 7 No 79 % 79 Sou indiferente 13 % 13 No respondeu 1 % 1

6. Acha que o comportamento sexual dos indivduos em relao ao HIV/SIDA depende dos seus conhecimentos?Sim 50 % 50 No 45 % 45 Outra 3 % 3 No respondeu 4 % 4

7. Para alm da informao que factor chave julga necessrio para mudana de comportamento sexual dos indivduos?Educao Sexual 75 % 75 Testagens 9 % 9 Mostrar doentes 19 % 19 No respondeu 3 % 3

8. Qual tm sido as fontes de informao sobre o HIV/SIDA a que mais usas ou tens acesso? Leitura % Professores % % Imprensa No respondeu 54 54 2 2 56 56 1Amigos 20 % 20 GATVs 3 % 3

%

1

A.2.1

9. Qual destas fontes ou outras no mencionadas julgas mais eficazes, ou necessrias? Leitura % Professores % % Imprensa 23 23 32 32 30 30Amigos 20 % 20 GATVs 25 % 25

No respondeu

%

5

5

10. Alguma vez se sentiu equivocado com a informao que recebe de uma das fontes? Sim % No % % No respondeu 35 35 59 59 6 6 Que equvoco foi? 11. Quando que: (Especifique o ano se possvel/ ou a circunstncia.

Ouviu pela primeira vez falar-se de HIV/SIDA

12. Porque que se tornou preocupao pessoal?

13. Desde que tornou-se preocupao pessoal o que habitualmente faz? Nada % Previno-me % Sensibilizo 3 3 75 75 22

% 22

No respondeu

%

10

10

14. Em 2002 estimava-se existir na frica Subsahariana, que inclui a frica Austral cerca de 30,000,000 de infectados por HIV/SIDA, distribuindo-se os restantes 10,000,000 pelo resto do mundo. Que soluo prope? 15. Ao nvel da Universidade como so feitas as abordagens sobre o HIV/SIDA? Palestras % Aulas % % No se faz 36 36 8 8 56 56

No respondeu

%

1

1

16. Aps o curso, vai leccionar no bsico ou secundrio. Seria capaz de leccionar sobe o HIV/SIDA? Sim % No % % No respondeu 80 80 17 17 3 3 17. Acredita que o seu ensino iria implicar mudanas de atitude face ao HIV/SIDA nos teus alunos? Sim % No % % No respondeu 76 76 19 19 5 5 18. O que acha da proposta de se introduzir temas sobre HIV/SIDA nas aulas da Universidade? Boa % Ma % % No faz sentido No respondeu 87 87 0 10 10 3 19. Como classifica o comportamento sexual dos estudantes da Universidade? Bom % Mau % % Sou indiferente 13 13 25 25 57 57 20. Na tua opinio que falta aos estudantes em relao ao HIV/SIDA?

%

3

No respondeu

%

5

5

A.2.2

21. Ainda sobre os temas sobre o HIV/SIDA na Universidade. Como acha que devia ser? Aulas % Pesquisa % % Demonstraes No respondeu 37 37 45 45 33 33 5 22. Introduzir temas sobre o HIV/SIDA mudaria por si s comportamento dos estudantes? Sim % No % % No sei dizer No respondeu 36 36 32 32 29 29 5 23. J procurou alguma vez visitar um GATV? Sim % No 44 44 41 24. J fez alguma vez o teste de HIV? Sim % No 35 35 45

%

5

%

5

% 41

Nunca precisei

12

% 12

No respondeu

%

3

3

% 45

Nunca precisei

15

% 15

No respondeu

%

5

5

25. Fazer o teste de HIV a maneira eficaz de manter boa vigilncia sobre o HIV/SIDA em ns. Como se explica que as pessoas no adiram testagem voluntria? Sigilo % Falta de cura % Fraca educao % No respondeu 40 40 19 19 39 39 5 26. Ser que a educao pode levar as pessoas a fazerem testes e no discriminar seropositivos? Sim % No % % Nem sempre No respondeu 46 46 12 12 39 39 3

% 5

% 3

A.2.3

Senhor Director Adjunto! A problemtica do HIV/SIDA suscitou a realizao de uma pesquisa para compreender a provvel influncia que um currculo sensvel ao HIV teria na atitude dos estudantes universitrios. assim que o convido para um dilogo a volta de alguns aspectos a este tema relacionados.

1. Ser que os estudantes acreditam no flagelo do HIV/SIDA?

2. Sendo, na sua maioria jovens, que avaliao faz dos conhecimentos disponveis sobre o HIV/SIDA tanto em professores como em estudantes? Ser que so conhecimentos consequentes?

3. Acha que o comportamento sexual dos indivduos em relao ao HIV/SIDA depende dos seus conhecimentos?

4. Na maioria dos casos assiste-se que para alm da informao as pessoas denunciam ainda alguma necessidades em um saber mais melhorado. Qual a sua opinio.

5. Voltando questo dos estudantes e professores, existe oficialmente uma partilha das preocupaes sobre o HIV/SIDA?

6. E ao nvel da Universidade como so feitas as abordagens sobre o HIV/SIDA?

7. H pesquisas na rea? Na actualidade muito defendido o papel da educao em HIV/SIDA. O que lhe parece que significaria a ideia de se integrar temas sobre o HIV/SIDA na Universidade? Ser que implicaria uma mudana de atitude face ao HIV/SIDA, nos estudantes e professores?

8. Ainda sobre os temas sobre o HIV/SIDA na Universidade. Como acha que deviam ser abordados?

9. Ser que introduzir temas sobre o HIV/SIDA mudaria por si s comportamento dos estudantes?

10. Existe uma poltica institucional sobre o HIV/SIDA?

A.3.1

11. Fazer o teste de HIV a maneira eficaz de manter boa vigilncia sobre o HIV/SIDA em ns e Provavelmente, seja at um meio de aproximar apoios em medicamentos AAVR. (Como se explica que as pessoas no adiram testagem voluntria?)

Muito obrigado!

A.3.2

Senhor Professor! A problemtica do HIV/SIDA suscitou a realizao de uma pesquisa para compreender a provvel influncia que um currculo sensvel ao HIV teria na atitude dos estudantes universitrios. assim que o convido para um dilogo a volta de alguns aspectos a este tema relacionados.

1. Como v a questo do HIV/SIDA no passado e na actualidade?

2. Identifica-se como combatente desta pandemia? O que exactamente faz e aonde?

3. Que viso tem da preocupao dos (seus) estudantes em relao ao HIV/SIDA?

4. E na Universidade, o que se faz no mbito do HIV/SIDA?

5. No contacto com seus estudantes seja por aulas ou dilogo aberto fala do HIV/SIDA? (Com que frequncia e que barreiras encontra?)

6. Julgaria pertinente falar-se do HIV/SIDA por via dum Plano Curricular? Que estratgias sugere?

7. H pesquisas na rea? Na actualidade muito defendido o papel da educao em HIV/SIDA. O que parece significar a ideia de se integrar temas sobre o HIV/SIDA na Universidade? Ser que implicaria uma mudana de atitude face ao HIV/SIDA, nos estudantes e professores. 8. Fazer o teste de HIV a maneira eficaz de manter boa vigilncia sobre o HIV/SIDA em ns. Provavelmente, at um meio de aproximar apoios em medicamentos AAVR. Em que lhe parecem verdadeiras estas questes?

Muito obrigado!

A.4.1

Bibliografia World Bank. Education and HIV/AIDS: A window of hope. Washington, World Bank,2002. Baylor College of Medicine, Hiv Curriculum: For the Health Professional. Houston, BCM, 2006 CAMPOS, Judas Tadeu de. Tendncias da Educao para o Sculo XXI. Departamento de Pedagogia da Universidade de Taubat. [online] disponvel na Internet via : http://www.unitau.br/prppg/publica/humanas/download/tendenciaseducacao-N1-2001.pdf arquivo capturado a 15 de Novembro de 2006. DUBE, Musa. Currculo sobre VIH/SIDA :Instituies Teolgicas na frica. 5ed, Botswana, Oikoumene, 2001. Freire, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 23ed, So Paulo, Editora Paz e Terra, 1994 GALTER, Maria Inalva e MANCHOPE, Elenita Conegero Pastor. A Educao em mile Durkheim 2006. GIL, Antnio Carlos. Mtodos e Tcnicas de Pesquisa Social. 5ed, So Paulo, Atlas, 1999. ___________________. Como Elaborar Projectos de Pesquisa.4ed. So Paulo, Atlas,2002. GONALVES, V. M; FERNANDES, A. S. e SIMO, E. L.Currculo: Uma Abordagem Terico Prtica.Vila Real. Universidade de Trs Os Montes e Alto Douro.1997/8 Grupo Tcnico Multisectorial. Divulgao de Dados de Vigilncia Epidimiolgica do HIVRonda 2004; Maputo, 2005. Instituto Nacional de Estatstica-INE. II Recenseamento Geral da Populao e Habitao 1997: Indicadores Socio-Demogrficos. [online] disponvel na Internet via http://www.ine.gov.mz arquivo capturado em Agosto 2001. IVALA, Adelino Zacarias. Texto de Apoio Sobre Projecto de Pesquisa e Monografia. Nampula. 2001 [online] disponvel na Internet via: http://www.histedbr.fae.unicamp.br/art12_12.htm arquivo capturado em 15 de Novembro de

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