Farm a Cog Nosia

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BOLDO Boldo folium NOMENCLATURA BOTÂNICA OFICIAL Peumus boldus Molina. NOMENCLATURA POPULAR Boldo, boldo do Chile. FAMÍLIA Monimiaceae. PARTE UTILIZADA DA PLANTA Folhas. INFORMAÇÕES Atua como estimulante digestivo. Apresenta efeito colagogo, no estímulo à secreção da bile pela vesícula biliar para o duodeno, e colerético, no estímulo à produção de bile pelo fígado, auxiliando a digerir os alimentos gordurosos. Promove diminuição das contrações leves da musculatura intestinal, apresentando atividade antiespasmódica. Não devem ser utilizadas doses superiores às recomendadas. Indicado para o tratamento de distúrbios digestivos leves, atuando na redução de espasmos intestinais e tratamento de distúrbios hepatobiliares, com ação colagoga e colerética. Pacientes com obstrução das vias biliares, cálculos biliares, quadros de inflamação ou câncer no ducto biliar ou no pâncreas, não deverão fazer uso desta planta. As folhas de Peumus boldus contêm não menos que 0,2% de alcaloides totais calculados em boldina e, no mínimo, 1,5% de óleo essencial. Este medicamento atua no tratamento de dispepsia leve. Os preparados contendo boldo aumentam a secreção biliar e fluidificam a bile, sem alterar a composição da mesma. Os alcaloides constituintes da espécie vegetal são aparentemente os responsáveis pela atividade colerética. De

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BOLDOBoldo folium

NOMENCLATURA BOTÂNICA OFICIALPeumus boldus Molina.

NOMENCLATURA POPULARBoldo, boldo do Chile.

FAMÍLIAMonimiaceae.

PARTE UTILIZADA DA PLANTAFolhas.

INFORMAÇÕESAtua como estimulante digestivo. Apresenta efeito colagogo, no estímulo à secreção da bile pela vesícula biliar para o duodeno, e colerético, no estímulo à produção de bile pelo fígado, auxiliando a digerir os alimentos gordurosos. Promove diminuição das contrações leves da musculatura intestinal, apresentando atividade antiespasmódica. Não devem ser utilizadas doses superiores às recomendadas.Indicado para o tratamento de distúrbios digestivos leves, atuando na redução de espasmos intestinais e tratamento de distúrbios hepatobiliares, com ação colagoga e colerética.Pacientes com obstrução das vias biliares, cálculos biliares, quadros de inflamação ou câncer no ducto biliar ou no pâncreas, não deverão fazer uso desta planta.As folhas de Peumus boldus contêm não menos que 0,2% de alcaloides totais calculados em boldina e, no mínimo, 1,5% de óleo essencial.Este medicamento atua no tratamento de dispepsia leve. Os preparados contendo boldo aumentam a secreção biliar e fluidificam a bile, sem alterar a composição da mesma.Os alcaloides constituintes da espécie vegetal são aparentemente os responsáveis pela atividade colerética. De acordo com estudos realizados em órgãos isolados, a boldina age como relaxante da musculatura lisa intestinal.Além da atividade antiespasmódica, as ações colagoga e colerética são amplamente relatadas pela literatura científica para esta planta. A extração dos alcalóides é feita por processos descritos na farmacopéia.

Determinação de alcalóides por CCD

Solução amostra:

- Pesar 5g de folhas de boldo secas trituradas;

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- Adicionar 5mL de hidróxido de amônio diluído a 25%(V/V);- Deixar em repouso por 10-30 minutos até inturmecer a droga;- Adicionar 50mL de éter etílico e diclorometano (3:1) até cobrir a droga inturmecida;- Agitar no Shakeer por 2h, filtrar e transferir o conteúdo do erlenmeyer após agitação para o funil de separação;- Observar a separação de duas fases, sendo a fase superior de menor densidade a que contem a solução de hidróxido de amônio, e a fase inferior de maior densidade contendo clorofórmio + alcalóides + impurezas.Fazer a coleta da fase inferior em um erlenmeyer e descartar a fase superior;- Verter o conteúdo do erlenmeyer novamente em um funil de separação e adionar 10mL de ácido clorídrico 1%; - Ocorre a formação de duas fases, sendo a fase superior, menos densa, contendo o complexo formado entre alcalóides e ácido clorídrico.A fase inferior, mais densa, contendo clorofórmio e impurezas;- A fase inferior será descartada e a superior coletada em um erlenmeyer;- O processo deve ser repetido três vezes gastando 10mL de ácido clorídrico; - Adicionar hidróxido de amônio 25% (V/V) até o pH atingir o valor 9;- Adicionar solução de cloreto de sódio saturada;- Verter o conteúdo do erlenmeyer em um funil de separação;- Adicionar 2 vezes 5mL de clorofórmio no funil;- Ocorre a formação de duas fases;- Fase superior contendo água e íons OH- e a fase inferior contendo clorofórmio e alcalóides;- A fase superior é descartada e a inferior coletada;- Dessecar com sulfato de sódio anidro, filtrar e concentrar até secura em banho-maria;- Adicionar 0,5mL de metanol no produto do banho-maria.

Solução d ereferência:- Dissolver 10mg de boldina na mistura de 1mL de diclorometano e 1mL de metanol.

Preparação da CCD- Aplicar separadamente sobre a placa cromatográfica 50 microlitros da solução amostra e da solução de referência;- Fazer duas placas separadas, sendo uma colocada no recipiente contendo o eluente hexano-acetato de etila-dietilamina (70:20:10), e outra no recipiente contendo hexano-acetato de etila (70:20);- Observar que na primeira placa ocorreu uma “corrida” do alcalóide boldina, o que não ocorre na segunda placa. Isso se deve ao fato de que no eluente utilizado na primeira existe a presença de dietilamina, a qual apresenta caráter básico competindo com o alcalóide (que também tem caráter básico) pela ligação com o grupo silanol da placa de sílica gel (fase fixa);- Na segunda placa, como não há presença do composto dietilamina, o alcalóide se liga fortemente ao grupo silanol da placa, impedindo assim sua “corrida”.Revelação:

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- Utilizar U.V e nebulização com Dragendorff (coloração do alcalóide variando de alaranjado a castanho).

Doseamento

Alcalóides totais: Umedecer 10g de folhas secas e pulverizadas de boldo com 6 mL de hidróxido de amônio 25% (V/V). Deixar em contato com o hidróxido de amônio por quinze minutos e então, adicionar a amostra em um pequeno percolador e adicionar 150 mL de acetato de etila e deixar macerar por 12 horas. Lixiviar com acetato de etila até a extração completa dos alcalóides, ou seja, quando algumas gotas do percolado com ácido sulfúrico 0,25 M não apresentem mais turvação pela adição de uma gota de reagente de Mayer SR. Transferir o percolato para o funil de separação e agitar sucessivamente com 100 mL e depois duas vezes 60 mL de ácido sulfúrico a 2% ou até reação de Mayer negativa. Alcalinizar com hidróxido de amônio SR as fazes aquosas ácidas reunidas e extrair os alcalóides sucessivamente com 100 mL e depois duas vezes com 60 mL de diclorometano. Reunir as soluções orgânicas, transferir para funil de separação e lavar com água destilada até a neutralidade. Dessecar a solução orgânica com sulfato de sódio anidro, decantar e lavar o sulfato de sódio três vezes com 10 mL de diclorometano. Evaporar as frações orgânicas reunidas, sob vácuo, até a secura. Dissolver o resíduo em 15 mL de etanol previamente neutralizado em presença de vermelho de metila SI. Adicionar 20 mL de ácido sulfúrico 0,005 M SV. Titular o excesso de ácido com hidróxido de sódio 0,01M SV em presença de vermelho de metila SI.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBRUNETON, J. Pharmacognosy, phytochemistry, medicinal plants. Paris: Lavoisier Publishing. 1995.NEWALL, C. A.; ANDERSON, L. A.; PHILLIPSON, J. D. Herbal medicines: a guide for health care professionals. London: The Pharmaceutical Press. 1996.SALATI, R.; LUGLI, R.; TAMBORINO, E. Valutazione delle proprietà coleretiche di due preparati contenete estratti di boldo e cascara. Minerva Dietol. Gastroenterology. 1984. Vol. 30, n3, pp. 269-72.