Farrazine #26

57
VOLTAMOS! E nesta esperada edição de outono, temos: Direto do Quadrinhos na Sargeta: Silêncio Inumano Quem vence: O Reino do Amanhã Contra Terra X Conheça a Fossa das Almas Nós Homenageamos Millor Fernandes e Al Rio... Estivemos no Pará, no evento Gibi Mais! Entrevistamos o desenhista Brão Barbosa E ainda mais: Jack Kirby nas passarelas, Cowboys & Aliens, Buraco Negro - Parte 5 e muitas novidades.

description

E nesta esperada edição de outono, temos: Direto do Quadrinhos na Sargeta: Silêncio Inumano; Quem vence: O Reino do Amanhã Contra Terra X ; Conheça a Fossa das Almas; Nós Homenageamos Millor Fernandes e Al Rio... Estivemos no Pará, com a Paloma, no evento Gibi Mais! E Entrevistamos o desenhista Brão Barbosa. Além disso, muitas outras novidades!

Transcript of Farrazine #26

Page 1: Farrazine #26

VOLTAMOS!E nesta esperada edição

de outono, temos:

Direto do Quadrinhos na Sargeta: Silêncio Inumano

Quem vence: O Reino do Amanhã Contra Terra X

Conheça a Fossa das Almas

Nós Homenageamos Millor Fernandes e Al Rio...

Estivemos no Pará, no evento Gibi Mais!

Entrevistamos o desenhista Brão Barbosa

E ainda mais: Jack Kirby nas passarelas, Cowboys & Aliens, Buraco Negro - Parte 5 e muitas novidades.

Page 2: Farrazine #26

O Recomeço

Não importa onde você parou, em que momento da vida você cansou, o que importa é que sempre é possível e ne-cessário “recomeçar”.

São com as palavras do poeta que começo este editorial, o recomeçar no nosso caso se faz necessário, um recomeçar que vem cheio de novidades e mudanças. A começar por este que vos escreve, o mestre e coman-dante Kio não pôde continuar capitaneando a tripulação da “nau de insensatos” chama-da Farrazine, como ele mesmo já chamou, então acabei por assumir esta função. Até quando me for possível, estarei aqui auxilian-do os amigos na tarefa de continuar nave-gando nestas águas incertas.

Entre as outras novidades do novo Farrazi-ne, está o fato de que agora nós possuímos um domínio próprio na net, isso mesmo, ago-ra nós somos farrazine.com.E dentro desta nova filosofia, o site será uma extensão mais ativa da revista, com diversas e variadas ma-térias especiais. Mas não deixaremos de lado a revista, que também trará uma sensível no-vidade, passará a ser publicada no charmoso e saudoso formato conhecido como formati-nho. Quem mais sentiu saudades das revis-tas da Abril dos anos 80, aí?

Ah, mas as mudanças não pararão por aí... aguardem as próximas edições.

Vida longa ao FARRAZINE!

Cleson Cruz

EDITORIALExpediente

Edição & RevisãoCleson cruz Bruno Romero

DiagramaçãoAdilson Santos - Silêncio Inumano, Millor Fernandes, Jack Kirby nas Passarelas e Al Rio.

Bruno Romero - Buraco Negro, O Reino do Amanhã Contra Terra X, Imelda may, Cowboys & Aliens, Memórias e a arte-finalização da capa

Cleson Cruz - Editorial e edição final da revista

Paloma Diniz - Evento Gibi Mais! e a arte da capa

RedaçãoAdilson Santos - Entrevista com Brão Barbosa

Alexandre Linck - Quadrinhos na Sargeta: Silêncio Inumano

Beto Potyguara - Jack Kirby nas Passarelas

Bruno Romero - Red Baron Blues Bar: Imelda may

Cadorno Teles - Resenha: Cowboys & Aliens

Cleson Cruz - Editorial

Felipe Moreno & Herick Zerunian - HQ: Fossa das Almas

Fernanda Coelho - Memórias

Leonardo Vidal - Millor Fernandes: à maneira de...

Pablo Grilo - Buraco Negro - Parte 5

Paloma Diniz - Evento Gibi Mais!

Rafael Martins Páros - Distopias em disputa: O Reino do Amanhã Contra Terra X

ÍNDICE

02 Resenha: Cowboys & Aliens05 Distopias em disputa: O Reino do Amanhã Contra Terra X15 Memórias17 Entrevista com Brão Barbosa22 Jack Kirby nas Passarelas24 Evento Gibi Mais 26 Al Rio28 Red Baron Blues Bar: Imelda may30 Millor Fernandes: à maneira de...19 Buraco Negro - Parte 534 HQ: Fossa das Almas 54 Quadrinhos na Sargeta: Silêncio Inumano

Page 3: Farrazine #26
Page 4: Farrazine #26

1853, A r i -

zona, dois aven-tureiros, os co-wboys Zeke e Verity, escoltam uma caravana de colonos para estabelecerem a posse dos terre-nos que compra-ram em Silver City e trabalharem nas minas de prata da região. Próximo do seu destino são inesperada-mente atacados por apaches. Em meio ao clássico e cinematográfi-co conflito, uma estranha máqui-na voadora cai próximo do em-bate. De repente ambas as partes descobrem que estão em meio a uma invasão…alienígena!? Isso mesmo mais uma, e agora no Velho Oeste. Como no release da edito-ra diz: “quando um homem só podia contar com seu cavalo e com sua pistola, onde índios travavam uma batalha per-

dida contra colo-nos europeus, um inimigo novo es-tava prestes a en-trar na equação. Um invasor que via os humanos como inimigos, e estava decidido a conquistar o nos-so mundo. Será que vão conse-guir?”

Esse é o enredo de Cowboys & Aliens (tradução de André Gor-dirro), graphic novel publicada originalmente em 2006 concebida por Scott Rosem-berg, criador dos quadrinhos Men in Black, com a ideia de uma adaptação para a telona, meta al-cançada com o filme homônimo de Jon Fravreau, lançado recente-mente.A distinção entre os dois gêneros, sci-fi e western, é tamanha que recebi a história com certas ressal-vas. Atrevido ou original, Rosem-

berg consegue in-terpor a narrativa perante um públi-co ávido por novi-dades. A graphic após o disparo doplot, tem o ro-teiro assinado por dois autores que são promessas lá fora: Andrew Fo-ley (Age of Kings, Threads, Return of the Wraith, Je-remiah: The Last Empire, todas iné-ditas no Brasil) e Fred Van Lente (Homem-Aranha, Hulk, Marvel Zom-bies, Filósofos em ação). Cons-truindo um roteiro simples e honesto com elementos e personagens que vão conectando--se de maneira satisfatória, Foley e Van Lente fazem uma storyline rá-pida, sem muitos rodeios, entre-tanto com perso-nagens não tão desenvolvidos. O ritmo da ação é o que importa e o que leva os per-sonagens àquele momento é deixa-do de escanteio,

Page 5: Farrazine #26

dando a Cowboys & Aliens um senti-do de espetáculo, cumprindo sua missão. Como toda franquia que se preze, no fim da narrativa deixa no ar uma possi-bilidade de conti-nuação.

Cowboys & Aliens é ilustrada por Dennis Calero, só o prólogo e Lucia-no Lima, as de-mais páginas. As quatro primeiras do Calero, enri-quecidas por An-drew Elder (que também segue na arte de Lima), são épicas, por mostrar com-parativamente a conquista euro-péia na América com o que ocor-ria em outros mundos, além de um outro pa-ralelo entre a in-

dependência dos EUA e a conquista do oeste com os movimentos em idêntico sentido da raça alieníge-nas que chegarão na história que segue este prólo-go. Lima, por sua parte, parece meio que contraditório, as formas e pro-porções são evita-das ao longo das páginas, meio que estáticos da forma épica iniciada por Calero. Entretanto, a arte-final de Lu-ciano Kars, J. Wil-son e Silvio Spot-ti da Magic Eye Studios ajudam a compor melhor os desenhos.

Lançado por aqui pela Galera Re-cord, em edição caprichada, capa dura, lombada costurada, 112 páginas em papel

couché, e traduzi-da. Bem lembrado é que a editora não tem o costume de lançar quadrinhos e faz um belo tra-balho em suas empreitadas pelo gênero. Espero ver mais lançamentos da editora.

O que mais chama a atenção na HQ é seu amalgama de gêneros, mesclan-do uma paródia breve que envolve faroeste e ficção científica. Desta-cando o prólogo que traz uma re-flexão bastante in-teressante sobre a condição humana e a história norte--americana. Vale pelo entretenimen-to.

Cowboys & Aliens (Graphic Novel) Rosenberg, Van Lente, Foley, Calero, Lima ISBN: 8501094242 Editora Record, 2011 112 páginas, formato 18×27 R$42,00

Por Cadorno Teles

Page 6: Farrazine #26
Page 7: Farrazine #26
Page 8: Farrazine #26
Page 9: Farrazine #26
Page 10: Farrazine #26
Page 11: Farrazine #26
Page 12: Farrazine #26
Page 13: Farrazine #26
Page 14: Farrazine #26
Page 15: Farrazine #26
Page 16: Farrazine #26

Se a vida nos permi-te levar algum patrimônio conosco por onde quer que vamos, esse bem são as memórias. Só elas nos per-mitem saber, de fato, quem somos, do que somos feitos e por que motivo nosso co-ração continua trabalhan-do. As lembranças nos sinalizam nossa trajetória aqui nesse mundão velho sem porteira, como dizem as pessoas no meu querido estado de Goiás. Elas nos permitem traçar paralelos entre o que somos hoje e o que um dia fomos, de ma-neira que possamos cor-rigir algumas rotas erra-das e projetar as próximas paradas. Elas nos guiam, como um retrovisor, nos avisando se algo ruim pode estar perigosa-mente perto, bem como nos fazem ver que algo importante está ficando para trás.

Mas não acredito que seja só essa a sua função: memórias nos fazem sentir prazer. Como não suspirar à lembrança de um momento feliz, de um dia de glória, de uma sensação inesquecível? Como não sentir novamente o gosto do sucesso, a emo-ção de um encontro, a felici-dade de se ter alguém queri-do nos braços? Algumas memórias, por outro lado, conseguem nos fazer lamentar. Note--se que, aqui, trato tanto de memórias tristes, quanto daquelas que simplesmen-

Page 17: Farrazine #26

te poderiam ter sido me-lhores. E é nesse ponto que entra uma das piores coisas que já tive a opor-tunidade de experimentar: o ressentimento. Porque ressentir é re-sentir. É sen-tir novamente a mesma coisa, mas com a tendên-cia a torná-la pior. E, con-venhamos, isso não com-pensa. As pessoas têm fa-lado muito em manter a au-toestima, em reconhecer a própria aparência e em beleza interior. Acho tudo isso válido, mas quantas dessas pessoas realmente se aceitam? Estou falando de aceitar suas memórias, como quem aceita uma es-tria ou um nariz meio fora do eixo. Estou tratando de olhar-se com olhos mais compassivos e acolher os fatos da própria vida como uma cadeia de fatos, sem os quais não se chegaria ao mesmo resultado. E é aí que entram novamente as memórias. Vale a pena retirar do baú algumas delas, espaná--las, lustrá-las, colocá-las todas em ordem e – em al-guns casos, com um pou-

co de esforço – reconhecer a beleza que elas contêm. Compensa olhar a coleção adquirida, de bens inaliená-veis e preciosos. E, princi-palmente, compensa se per-doar pelos ítens arranhados, quebrados ou por aqueles que talvez não devessem ter entrado para a coleção, mas que uma vez lá, são parte de quem você é.

Re-sentir uma situação não faz com que ela aconteça de maneira diferente: ape-nas faz com que o dono do ressentimento sinta-se mi-serável por algum (ou muito) tempo. Não há nobreza na lamúria. Não há glamour al-gum no “ai de mim”.

Memórias são seus bens, sua essência, seu guia, seu prêmio e seu aprendizado. Respeite-as, admire-as, re-viva as que merecerem esse ato. Respeite suas memó-rias, mas não se torture por nenhuma delas. Assim fica mais fácil seguir sendo feliz.

Por Fernanda Coelho

http://aencantadoradepalavras.blogspot.com/

Page 20: Farrazine #26
Page 21: Farrazine #26
Page 22: Farrazine #26
Page 24: Farrazine #26
Page 25: Farrazine #26
Page 26: Farrazine #26
Page 27: Farrazine #26
Page 28: Farrazine #26
Page 29: Farrazine #26
Page 30: Farrazine #26
Page 31: Farrazine #26
Page 32: Farrazine #26
Page 33: Farrazine #26
Page 34: Farrazine #26
Page 35: Farrazine #26
Page 36: Farrazine #26
Page 37: Farrazine #26
Page 38: Farrazine #26
Page 39: Farrazine #26
Page 40: Farrazine #26
Page 41: Farrazine #26
Page 42: Farrazine #26
Page 43: Farrazine #26
Page 44: Farrazine #26
Page 45: Farrazine #26
Page 46: Farrazine #26
Page 47: Farrazine #26
Page 48: Farrazine #26
Page 49: Farrazine #26
Page 50: Farrazine #26
Page 51: Farrazine #26
Page 52: Farrazine #26
Page 53: Farrazine #26
Page 54: Farrazine #26
Page 55: Farrazine #26
Page 56: Farrazine #26
Page 57: Farrazine #26