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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Título: Atividades formativas: produção de recursos didáticos para educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental
Autora Janete Scheleder
Escola de Atuação Colégio Estadual Presidente Abraham Lincoln
Município da escola Colombo/PR
Núcleo Regional de Educação Área Metropolitana Norte
Orientadora Profª Dra. Sonia Maria Chaves Haracemiv
Instituição de Ensino Superior UFPR
Disciplina/Área PEDAGOGIA
Produção Didático-pedagógica Caderno Pedagógico
Público Alvo Alunos do Curso de Formação de Docentes
Localização
Colégio Estadual Presidente Abraham Lincoln Rua Zacarias de Paula Xavier, 561 Centro - Colombo – Paraná CEP: 83414-160 Fone: (041) 3656-4640 Fax: (041) 3656-4206
Apresentação:
Este Caderno Pedagógico visa orientar os futuros professores na pesquisa e produção de materiais didáticos, devendo os mesmos selecionar e avaliar a pertinência à realidade escolar. A referida produção de Material Didático abrangerá desde a concepção teórico-metodológica, confecção e utilização, voltada ao desenvolvimento cognitivo nas diferentes áreas do conhecimento da Educação Infantil e Anos iniciais. Buscar-se-á subsidiar os alunos do curso Formação de Docentes no desenvolvimento de ações que possam aprimorar a prática educativa, oportunizando a identificação das potencialidades de aplicação destes recursos na prática pedagógica. Serão criados espaços de reflexão e conhecimento sobre Tecnologias da Informação e Comunicação na escola. Será aplicado um instrumento de pesquisa visando identificar os recursos didáticos, como também serão realizadas oficinas de produção dos mesmos pelos alunos. O material produzido será aplicado na escola campo de estágio pelos alunos de Práticas de Ensino no Estágio Supervisionado, avaliando-se a aprendizagem das crianças. Haverá exposição dos trabalhos realizados visando socializar o conhecimento produzido.
Palavras-chave: Atividades Formativas; Produção de materiais didáticos; Prática docente: espaço de formação.
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Caderno Pedagógico
ATIVIDADES FORMATIVAS: PRODUÇÃO DE RECURSOS DIDÁTICOS
PARA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Janete Scheleder
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
JANETE SCHELEDER
ATIVIDADES FORMATIVAS: PRODUÇÃO DE RECURSOS DIDÁTIC OS PARA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL
Produção Didática entregue a Secretaria de Educação do Estado do Paraná, sob orientação da Professora Dra. Sonia Maria Chaves Haracemiv como atividade do PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional.
CURITIBA 2011
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“Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. Escolas que são
gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo.
Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu
dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm
um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o
vôo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas
amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem
para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já
nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser
encorajado.”
Rubem Alves
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ……………………………………………………………….. 6
OBJETIVO GERAL E ESPECÍFICOS …………………………………………… 7
UNIDADE I - Recursos Didáticos para Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental – Fundamentos teórico-metodológicos............................
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UNIDADE II - Produzindo recursos didáticos para Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental – Da organização ao trabalho pedagógico em sala de aula.................................................................................................
17 UNIDADE III - Avaliação da aprendizagem do ensinar com recursos didáticos............................................................................................................
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UNIDADE IV - Implementação....................................................................... 25
UNIDADE V – Proposta de avaliação da produção didático- pedagógica..... 26
REFERÊNCIAS …………………………………………………………………….
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APÊNDICE...................................................................................................... 30
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APRESENTAÇÃO
Durante os anos de trabalho com a disciplina de Prática de Ensino, do Curso
Formação de Docentes, observou-se que os planos de aula dos alunos não
apresentam estratégias didáticas no uso de materiais pedagógicos, necessários à
regência de classes de Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
O principal objetivo deste Caderno Pedagógico é desenvolver atividades
formativas para orientar os futuros professores na elaboração de instrumentos de
trabalho que poderão auxiliar na sua prática docente.
Os alunos serão levados a pesquisarem vários materiais, como também a
produção e utilização de maneira mais criativa e dinâmica, apresentando a
importância no processo ensino-aprendizagem como também, regras básicas para a
construção dos mesmos, como: cartazes, fantoches, jogos, portfólios, quadro de
pregas, slides, entre outros.
Para que isto se concretize, será necessária a produção de Material
Didático , o qual auxiliará na elaboração de vários materiais didático-pedagógicos,
desde a concepção teórico-metodológica, confecção e utilização, voltada ao
desenvolvimento cognitivo nas diferentes áreas do conhecimento da Educação
Infantil e Anos iniciais do Ensino Fundamental.
O desenvolvimento deste trabalho será de grande importância, pois há a
necessidade da exploração de diferentes recursos em sala de aula que permitam ao
aluno aprender de forma mais significativa e atraente.
Janete Scheleder
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OBJETIVO GERAL
Desenvolver Atividades Formativas na produção de materiais didático-
pedagógicos com alunos do Curso de Formação de Docentes, visando à
aprendizagem docente para o trabalho com crianças em diferentes áreas do
conhecimento da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Proporcionar aos alunos do curso Formação de Docentes subsídios teórico-
práticos no desenvolvimento de ações que possam aprimorar a prática educativa,
oportunizando a pesquisa e exploração de diferentes recursos didáticos tão
necessários ao cotidiano escolar.
Identificar os recursos didáticos existentes, características e utilização como
apoio ao processo de aprendizagem.
Orientar os alunos na produção de materiais didáticos e reflexão crítica sobre
os mesmos.
Identificar as potencialidades de aplicação destes recursos na prática
pedagógica.
Criar espaços de reflexão e conhecimento sobre Tecnologias da Informação e
Comunicação presentes na escola de Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino
Fundamental.
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UNIDADE I
RECURSOS DIDÁTICOS PARA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL – FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
Ser um educador nos dias de hoje é uma tarefa difícil, pois a sociedade exige
muito do profissional, e isto implica muita competência, atualização e criatividade.
O trabalho docente constitui o exercício profissional do professor e este é o
seu primeiro compromisso com a sociedade. “A responsabilidade do professor é
preparar os alunos para se tornarem cidadãos ativos e participantes na família, no
trabalho, nas associações de classe, na vida cultural e política” (LIBÂNEO, 1994,
p.47).
Segundo Rubem Alves (1995), “Professores, há aos milhares. Mas o
professor é profissão, não é algo que se define por dentro, por amor. Educador, ao
contrário, não é profissão; é vocação.” O que é então ser um Educador?
Eu diria que os educadores são como as velhas árvores. Possuem uma face, um nome, uma “estória” a ser contada. Habitam um mundo em que o que vale é a relação que os liga aos alunos, sendo que cada aluno é uma “entidade”, sui generis, portador de um nome, também de uma “história”, sofrendo tristezas e alimentando esperanças (ALVES, 1995, p.16).
Hoje em dia o professor precisa mais do que ensinar “Não cabe a ele
apenas organizar a aula, as atividades do dia-a-dia. É preciso fazer a criança refletir
e aprender. É com a reflexão que ocorre o verdadeiro aprendizado. A sala de aula
precisa ser prazerosa, ativa e energizada. E isso é resultado de muito trabalho”
(PEREIRA, 2006, p. 35).
Segundo Libâneo (1994),
Muitas pessoas acreditam que o desempenho satisfatório do professor na sala de aula depende da vocação natural ou somente de experiência prática, descartando-se a teoria. É verdade que muitos professores manifestam especial tendência e gosto pela profissão, assim como se sabe mais tempo de experiência ajuda no desempenho profissional. Entretanto o domínio das bases teórico-científicas e técnicas, e sua articulação com as exigências concretas de ensino, permitem maior segurança profissional, de
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modo que o docente ganhe base para pensar sua prática e aprimore sempre mais a qualidade do seu trabalho (p. 28).
Para se tornar um bom educador, conforme as exigências da sociedade e do
mercado de trabalho, o profissional deve
Ler e escrever (recorrer a fontes variadas / estabelecer critérios de escolha de textos); Localizar informações (ser curioso e olhar as coisas com mais atenção / utilizar fontes de pesquisa muito além da internet, livros, jornais, revistas e vídeos / consultar pessoas da comunidade); Apreciar a cultura (assistir filmes, peças teatrais, ir a shows e espetáculos de dança, festas populares, conhecer o artesanato da região, etc.); Trabalhar em grupo (saber pedir ajuda / ouvir os outros / oferecer informações/ trocar idéias); Tornar-se criativo (viver diferentes experiências / ter vários modelos / experimentar coisas e sensações / abrir possibilidades para solucionar questões / ficar atento para os fatos e estabelecer relações / procurar alternativas); Ser ético (refletir sobre as ações de ordem moral e atitudes do dia a dia / ser coerente e estabelecer critérios de avaliação justos na sua prática / entender pressupostos éticos como a solidariedade e a generosidade / conhecer alguns princípios e valores essenciais que estão presentes na Declaração Universal dos Direitos Humanos) (PELLEGRINI, 2002, p.54 - 55).
O que é imprescindível saber para ensinar bem numa sociedade em que o
conhecimento está cada vez mais acessível
1. Organizar e dirigir situações de aprendizagem; 2. Administrar a progressão das aprendizagens; 3. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação; 4. Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho; 5. Trabalhar em equipe; 6. Participar da administração da escola; 7. Informar e envolver os pais; 8. Utilizar novas tecnologias; 9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão; 10. Administrar sua própria formação contínua (PERRENOUD, 2000, p.14)
Se a informação entra através dos sentidos, importa que na escola a
aprendizagem estimule o maior número possível de sentidos da criança indo de
encontro à sua natureza multisensorial. É hoje consensual que um aluno que presta
atenção retém aproximadamente 10% do que lê, 20% do que ouve, 30% do que vê,
50% do que vê e ouve ao mesmo tempo, 80% do que diz e 90% do que diz fazendo
qualquer coisa a propósito da qual reflete e na qual se implica pessoalmente
(ROCHA, 1988, p. 176).
Em “Conversas com quem gosta de ensinar”, Rubem Alves (1995) diz:
(...) com que instrumentos trabalha o educador? Com a palavra. O educador fala. Mesmo quando o seu trabalho inclui as mãos, como o mestre que ensina o estudante a manejar o microscópio, todos os seus gestos são
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acompanhados de palavras. São as palavras que orientam as mãos e os olhos (ALVES, 1995. p.31- 32).
Marta Kohl de Oliveira (2005), em seu debate com outros autores, sobre as
contribuições de Piaget e Vygotsky, afirma que
(...) as relações entre desenvolvimento e aprendizagem propostas por Vygotsky, podemos dizer, em primeiro lugar, que desenvolvimento e aprendizagem são processos intimamente relacionados: imerso em um contexto cultural que lhe fornece a “matéria prima” do funcionamento psicológico, o indivíduo tem seu processo de desenvolvimento movido por mecanismos de aprendizagem acionados externamente. Por outro lado, embora processos de aprendizagem ocorram constantemente na relação do indivíduo com o meio, quando existe a intervenção deliberada de outro social nesse processo, ensino e aprendizagem passa a fazer parte de um todo único, indissociável, envolvendo quem ensina quem aprende e a relação entre essas pessoas (CASTORINA; FERREIRO; LERNER; KOHL. 2005. p.58).
No processo ensino-aprendizagem a motivação deve estar sempre presente.
A utilização de recursos didáticos apropriados para cada situação facilitará o trabalho
do professor. Cabe então ao professor, ao ministrar os conteúdos em sala de aula,
utilizar-se de vários recursos os quais devem ser interessantes e cumprir o papel de
facilitadores no dia a dia da escola.
Afinal o que é um recurso didático?
De acordo com SOUZA (2007), “recurso didático é todo material utilizado
como auxilio no ensino - aprendizagem do conteúdo proposto para ser aplicado pelo
professor a seus alunos”. E ainda comenta que
“O professor deve ter formação e competência para utilizar os recursos didáticos que estão a seu alcance e muita criatividade, ou até mesmo construir juntamente com seus alunos, pois, ao manipular esses objetos a criança tem a possibilidade de assimilar melhor o conteúdo. Os recursos didáticos não devem ser utilizados de qualquer jeito, deve haver um planejamento por parte do professor, que deverá saber como utilizá-lo para alcançar o objetivo proposto por sua disciplina (SOUZA, 2007, p.111).
Segundo Cervi e Filipak (2002), o processo ensino-aprendizagem
(...) se desenvolve em lugar especializado ou ambiente que, além de suas dimensões e condições de temperatura, iluminação, deve contar com outros recursos físicos e tecnológicos que apóiam, de modo restrito, o trabalho didático do professor. Tradicionalmente, os recursos didáticos se resumiram em quadro de giz, giz e meios figurativos (mapas e gravuras), além dos manuais escolares. O ambiente escolar, hoje, não só expandiu o seu acervo
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de meios multisensoriais, como a aprendizagem cruzou o muro da escola e os recursos didáticos podem ser considerados como infinitos (p. 370).
A utilização de recursos didáticos exigem alguns critérios para uma escolha
mais eficiente, dos quais se destacam os seguintes:
(...) a. adequação aos objetivos, ao conteúdo e ao grau de desenvolvimento dos alunos, aos seus interesses e necessidades; b. Adequação à função que se quer desenvolver (cognitiva afetiva ou psicomotora); c. Simplicidade: fácil manejo, baixo custo, manipulação acessível; d. Qualidade e exatidão; e. Atrativos: devem despertar interesse e curiosidade (HAYDT, 1997).
Segundo Nélio Parra (1985) os recursos didáticos se classificam em visuais e
auditivos, como expresso no Quadro abaixo.
Recursos visuais
Elementos ou códigos
• Códigos digitais escritos
• Códigos analógicos
• Icônicos
• Esquemáticos
• Abstrato-emocionais
Materiais ou veículos
Álbum de seriado, Cartazes, Diafilmes,
Diagramas, Diapositivos, Espécimes,
Exposição, Filmes, Flanelógrafo, Fotografias,
Gráficos, Gravuras, Imanógrafo, Mapas,
Modelos, Mural didático, Museus, Objetos,
Quadro de giz, Quadros, Transparências
Recursos auditivos
Elementos ou códigos
• Códigos digitais orais
• Códigos analógicos orais
Materiais ou veículos
Aparelho de som
Discos
Fitas k7
CDs
Rádio
Recursos audiovisuais
Diapositivos e diafilmes com som
Cinema sonoro
Televisão
Videocassete
Programas para computadores com som
QUADRO 1- Classificação Brasileira d e Recursos Audiovisuais. Fonte:
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O Quadro 2 apresenta os recursos didáticos mais conhecido.
1. ÁLBUM SERIADO
2. CARTAZES
3. COMPUTADOR
4. DATASHOW
5. DESENHOS
6. DIORAMA
7. DISCOS
8. EPISCÓPIO
9. FILME
10. FLANELÓGRAFO
11. FOLDERS
12. GRÁFICOS
13. GRAVADOR
14. GRAVURAS
15. HISTÓRIAS EM QUADRINHOS
16. ILUSTRAÇÕES
17. JORNAIS
18. LETREIROS
19. LIVROS
20. MAPAS
21. MAQUETE
22. MIMEÓGRAFO
23. MODELOS
24. MURAL DIDÁTICO
25. MUSEUS
26. QUADRO MAGNÉTICO
27. QUADRO DE GIZ
28. RÁDIO
29. REÁLIAS
30. RETROPROJETOR
31. REVISTAS
32. SLIDES
33. TELEVISÃO
34. TEXTOS
35. TRANSPARÊNCIAS
36. VARAL DIDÁTICO
37. VIDEOCASSETE
QUADRO 2 - Recursos Didáticos. Font e: Curso Normal a Distância. (CERVI & FILIPAK, 200 2, p.375)
É importante lembrar que a primeira regra para a utilização de qualquer
recurso didático é: se não estiver bem elaborado, construído, ou se você não souber
utilizar: não use! Se o recurso utilizado não der certo, o que fazer? Se o professor
domina o conteúdo encontrará com sua criatividade uma alternativa. Recursos e
técnicas de ensino devem auxiliar o trabalho do professor e não causar problemas!
O professor ao decidir pela utilização de audiovisuais, deverá considerar que
estes, apesar de serem atraentes e agradáveis, deveriam, em primeiro lugar,
estimular o interesse pela matéria e não despertar a atenção sobre si mesma. Uma
regra básica para sua utilização poderia ser assim enunciada: “A realização dos
objetivos da disciplina seria prejudicada se os recursos não fossem utilizados?” Se a
resposta for “não”, o recurso deverá ser reconsiderado, a fim de justificar sua
utilização. (GIL, 2009, p.96)
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Outros recursos tão utilizados na Educação Infantil e anos iniciais do Ensino
Fundamental, e que facilitam o processo ensino-aprendizagem, são os jogos e as
brincadeiras.
Segundo Sahda Marta Ide (2005), “O jogo não pode ser visto, apenas, como
divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o
desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo, social e moral” (p. 95).
Os recursos didáticos são de grande valia para o processo ensino-
aprendizagem. O esquema abaixo ilustra a função mediadora dos recursos
didáticos.
Aluno
Educador Conteúdo
ILUSTRAÇÃO 1 – Esquema representativo sobre a funçã o dos recursos didáticos nas relações didáticas (BRAVIN, 2005).
No Quadro 3 será apresentado alguns recursos didáticos importantes e que
podem ser utilizados na prática docente, tornando as aulas mais interessantes.
Recursos
didáticos
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RECURSO DIDÁTICO
DESCRIÇÃO APLICAÇÃO
ÁLBUM SERIADO Trata-se de um interessante recurso visual, formado por páginas em seqüência lógica, com informações sobre determinado assunto.
É utilizado para auxiliar em aulas, palestras, demonstrações, reuniões, etc.
CARTAZ O cartaz é um meio de comunicação de massa de natureza visual cuja finalidade é anunciar os mais diversos tipos de mensagens como: mensagens comerciais, políticas, religiosas, educativas, de utilidade pública, etc.
A utilização do cartaz em sala de aula é muito limitada e tem como objetivo informar e motivar os alunos.
FANTOCHE É um marionete animado por uma pessoa e que se distingue pela manipulação que resulta da introdução da mão numa espécie de luva em que o dedo indicador vai suportar a cabeça do boneco, o polegar e o anelar suportam e movem os braços.
Serve para animar e tornar as histórias mais atraentes, envolvendo o público e permitindo a interação com o personagem.
FLANELÓGRAFO O flanelógrafo é um material didático dos mais úteis em qualquer disciplina ou nível de ensino e para qualquer tipo de conteúdo.
Favorece a concretização do ensino, tornando idéias e conceitos mais próximos da realidade.
FILME Recurso tanto para trabalhar os conteúdos a serem ministrados com os estudantes, como para complementar sua própria formação.
Serve de motivação para os alunos, levando-os a um índice de concentração maior, bem como do desenvolvimento crítico e cultural.
JOGOS Material para fixação ou treino da aprendizagem. é uma variedade de exercício que apresenta motivação em si mesma, pelo seu objetivo lúdico.
Tem a finalidade de despertar o interesse da criança ou no final com o intuito de fixar a aprendizagem e reforçar o desenvolvimento de atitudes e habilidades
JORNAL O jornal é um material muito rico, por trazer muitos tipos de textos, apresenta informações atuais, assuntos variados, sendo uma ferramenta prática para a motivação do ensino.
Usado para trazer a realidade para as aulas e permitir que os alunos tomem ciência dos fatos, falem sobre eles, opinem e até desejem criar uma nova realidade para o mundo em que vivem. Oferece a possibilidade de entrar em contato com diferentes gêneros de textos. Permite à escrita e a leitura, mas também a compreender a importância social da escrita
MAQUETES Ela é a forma material de se trabalhar alguns conceitos da temática da geografia, proporcionando a ação do indivíduo sobre o objeto e, conseqüentemente, interferindo na sua formação e compreensão dos conteúdos e do mundo.
A maquete serve de base para explorar a projeção do espaço vivido para o espaço representado. Dá então a visibilidade e a conexão entre a ação do homem e o espaço físico.
MURAL DIDÁTICO
O mural didático é um quadro onde colocamos alguns textos e ilustrações que serão utilizados em sala de aula.
Despertar o interesse da turma, introduzir uma nova unidade de estudo, complementar aulas ou ainda para avaliar um tema estudado.
PORTFÓLIO É um instrumento que compreende a compilação de todos os trabalhos realizados pelos estudantes durante as atividades escolares, ou um curso, inclui registro de visitas, resumos de textos, projetos e relatórios de pesquisa, anotações de experiências, ensaios auto-reflexivos. Quaisquer tarefas que permitam aos alunos a discussão de como a experiência no curso ou disciplina mudaram sua vida, seus hábitos de estudo, e/ou seus comportamentos
O portfólio tem a finalidade de: -demonstrar suas habilidades específicas, competências e valores; - refletir e avaliar o seu próprio aprendizado; - observar o desenvolvimento de seu trabalho; - fornecer “feedback” aos estudantes, ao professor ou comitê que se responsabiliza pela avaliação do Portfólio.
QUADRO DE PREGAS
O quadro de pregas é um recurso visual versátil, de fácil confecção, pouco dispendioso e útil para o professor.
Serve como suporte de informações, apresentando-as de maneira progressiva e dinâmica. Pode ser usado em qualquer área de ensino, inclusive no ensino da leitura e da escrita.
SLIDES Apresentações com fins educacionais, que transmitem uma mensagem.
Elas contribuem de alguma forma com o envolvimento emocional ou com o conteúdo do material a ser apresentado.
QUADRO 3 - Recursos Didáticos utilizados na prática docente. Fonte: A autora.
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DICAS DE LEITURAS... Para saber mais
DATA SHOW
Técnica de Apresentação - Oratória Aplicada às Apre sentações com Data-show - Acompanha DVD JOSÉ CARLOS A. CINTRA - Editora Rima - 2007 Fonte: PortaldeLivros.com
FILMES
→ <http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/assim-nao-usar-tv-educacao-infantil-proposito-487229.shtml>
→ <http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=87> → <http://www.portalis.co.pt/tag/filmes-infantis/> → <http://www.iverdes.com.br/2011/03/agua-videos-para-educacao-
ambiental.html> →
JOGOS
Os Jogos e o Lúdico - Na Aprendizagem Escolar LINO DE MACEDO; ANA LÚCIA SÍCOLI PETTY E NORIMAR CHRISTE PASSOS - Editora Artmed , 2005 Fonte: PortaldeLivros.com
JOGOS
A matemática no cotidiano infantil: jogos e ativida des SÍLVIA MARINA GUEDES DOS REIS – Editora Papirus, 2006 Fonte: PortaldeLivros.com
JORNAL
O Jornal na Escola e a Formação de Leitores MOACIR GADOTTI - Editora Liber Editora – 2007 Fonte: PortaldeLivros.com
→ http://espacoeducar-liza.blogspot.com/2009/08/projeto-o-jornal-em-
sala-de-aula.html → http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/jornal-sala-aula.htm
ALVARENGA, Georfrávia Montoza. Portfólio: o que é e a que serve? Olho Mágico. 2001 Disponível em: <http://www.ccs.uel.br/olhomagico/v8n1/portfol.htm> Acesso em 04 de ago 2011 Manual de portfólio : um guia passo a passo para o professor. ELIZABETH SHORES; CATHY GRACE - Editora Artmed Porto Alegre: Artmed, 2001. Fonte: PortaldeLivros.com
LINKS DIVERTIDOS <http://www.santateresinha.com.br/ei/links.htm>
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ATIVIDADES
Responder o instrumento de pesquisa que visa identificar os recursos didáticos
mais utilizados na elaboração dos seus planos de aula. (APÊNDICE I)
Após os estudos realizados sobre os recursos didáticos, responda as seguintes
questões:
a. Dos recursos didáticos que você conhece, liste os mais indicados nos seus
planos de aula. Comente as razões da escolha.
b. Quais os critérios que determinam a utilização dos recursos didáticos?
c. Selecione um recurso didático e apresente aos colegas utilizando-o.
LEITURA COMPLEMENTAR:
→ COMO UTILIZAR RECURSOS AUDIOVISUAIS – Fernando Lincoln Mattos Disponível em:
<http://webspace.webring.com/people/xj/jtrevas/Modulo_VI/Como_utilizar_Recursos_Audiovisuais.htm>
Acesso em 06 de ago 2011
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UNIDADE II
PRODUZINDO RECURSOS DIDÁTICOS PARA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL – DA ORGANIZAÇÃO AO TRABALHO
PEDAGÓGICO EM SALA DE AULA
A aprendizagem do aluno no ensino fundamental desde muito tempo era
considerada passiva, sendo que o aluno apenas memorizava regras, conceitos,
procedimentos, fórmulas que eram repassadas pelo professor, o qual tinha o papel
de transmissor e expositor de conhecimentos.
O uso de materiais e recursos que reforçassem os conteúdos eram pouco
utilizados e considerados até perda de tempo, e até mesmo atrapalhavam o
transcurso da aula. Os professores que utilizavam recursos o faziam apenas para
auxiliar na visualização, exposição e memorização do conteúdo pelo aluno. Até hoje
existem escolas que trabalham desta forma, ignoram os vários recursos existentes
que auxiliam em muito a aprendizagem do aluno.
O quadro de giz, o livro, instrumentos muito utilizados na educação
tradicional, são instrumentos importantes, mas não o suficiente, diante de inúmeras
opções de materiais que se encontram a disposição do professor.
Hoje em dia, o uso das novas tecnologias, favorecem o ensino-aprendizagem
do aluno, mas também não podemos nos esquecer que, às vezes, nos deixam na
mão, isto quando, há falta de energia, ou mesmo quando o material que produzimos
não é aceito pelo sistema , e assim nosso trabalho foi em vão, e isto nos deixa muito
frustrados. Para momentos como este é importante que o professor tenha a mão
outro recurso disponível.
O trabalho com recursos como: jornais revistas, jogos, filmes, portfólios, são
instrumentos que facilitam o aprendizado e tornam nossas aulas mais interessantes.
Os recursos didáticos, quando bem escolhidos e adequados ao planejamento
do professor, são instrumentos de grande valia e apoio no processo ensino-
aprendizagem.
Segundo comenta FARIAS (2009)
A aula se constitui, por conseguinte, como um lugar privilegiado para a efetivação do processo de aprendizagem, pois, nesse espaço-tempo, professores e alunos podem desenvolver ações interativas, de forma a transformá-la em um campo de debates sobre os temas em foco (FARIAS et. al. 2009, p.156).
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É de suma importância que o professor torne a sua aula significativa e
prazerosa e, por conseguinte, utilize recursos que facilitem o aprendizado dos
alunos, o seu raciocínio lógico e que o torne um pesquisador.
Ao fazer a escolha de recursos didáticos o professor precisa observar os
seguintes aspectos:
• Tem-se domínio do recurso que vai utilizar;
• O local permite ou possibilita o uso do recurso escolhido;
• O tempo de aplicação é compatível com a programação;
• Apresentam visualização adequada;
• Motivam e despertam o interesse dos alunos;
• Favorecem o desenvolvimento da capacidade de observação;
• Permitem a fixação da aprendizagem;
• Oferecem informações e dados;
• Permitem a troca de diferentes saberes;
• Desenvolvem a criticidade;
• Dinamizam o trabalho pedagógico;
• Foram confeccionados dentro dos padrões;
• Foi produzido com antecedência;
• Estão de acordo com seus objetivos.
Para que o professor obtenha sucesso nas atividades desenvolvidas em sala
de aula ele deve ter a formação necessária para desenvolver o seu trabalho com
identidade docente, que pode ser definida como
(...) uma construção para a qual contribuem diversos fatores, dentre eles a história de vida do professor, a formação vivenciada em sua trajetória profissional e o significado que cada professor confere à atividade docente no seu cotidiano com base em seus saberes, em suas angústias e anseios. Esses elementos são contribuidores das maneiras como ele se faz e refaz, dialeticamente como profissional (FARIAS, et. al. 2009, p.60).
A formação do professor é responsável pela transformação das práticas
pedagógicas e a inserção de novas mídias traria uma sala de aula interativa que
seria
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(...) o ambiente em que o professor interrompe a tradição do falar/ditar, deixando de identificar-se como o contador de histórias, e adota uma postura semelhante a do designer de software interativo. Ele constrói um conjunto de territórios a serem explorados pelos alunos e disponibiliza coautoria e múltiplas conexões, permitindo que o aluno também faça por si mesmo. (...) O aluno, por sua vez, passa de espectador passivo a ator situado num jogo de preferências, de opções, de desejos, de amores, de ódios e de estratégias, podendo ser emissor e receptor no processo de intercompreensão. E a educação pode deixar de ser um produto para se tornar processo de troca de ações que cria conhecimentos e não apenas os reproduz (SILVA, 2002, p. 23).
No âmbito escolar,
(...) utilizar as redes para fins de formação nas diversas disciplinas escolares, impõe-se um mínimo de precauções. Todavia para que os alunos não se tornem escravos das tecnologias e façam escolhas lúcidas, o desenvolvimento do espírito crítico e de competências aguçadas parece mais eficaz do que as censuras (PERRENOUD, 2000, p.136).
Hoje em dia temos que aprender a viver no mundo da comunicação , estar
atento as novas tecnologias da informação que estão aí para proporcionar aos
alunos e professores um mundo de conhecimentos, e para isto é necessário
(...) que as estruturas educacionais proporcionem aos seus professores condições de se atualizarem, não apenas em seus conteúdos, mas didaticamente. Aprender não apenas os conteúdos e as metodologias de suas disciplinas, mas as possibilidades tecnológicas que a evolução do conhecimento humano torna acessível a toda sociedade (VEIGA org. 2000, p.144).
LEITURA COMPLEMENTAR: Para saber mais ...
→ MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. TVESCOLA. Materiais Didáticos: escolha
e uso. Boletim 14, Ano 2005. Disponível em: http://tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/151007MateriaisDidaticos.pdf
Acesso em 09 de ago 2011
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ATIVIDADES
Caro aluno (a), Você está recebendo um questionário para respondê-lo conforme a sua compreensão sobre o assunto. O objetivo desta pesquisa é verificar o conhecido ou desconhecido sobre recursos didáticos . Após o levantamento destas informações, será feita a análise dos dados, para que possamos direcionar o trabalho no curso de Formação de Docentes.
INFORMAÇÕES
INSTITUIÇÃO
EDUCAÇÃO INFANTIL
ENSINO FUNDAMENTAL (anos iniciais)
1.Turma pesquisada:
2.Recursos didáticos existentes em sala:
3 Recurso mais utilizado pelo (a) professor (a):
4.Frequência de uso :
5.Recurso que nunca foi utilizado:
6. Que recurso didático foi confeccionado pelo (a) professor (a)?
7. Qual a importância de um recurso didático para o professor (a)?
8. Sabe utilizá-lo corretamente?
9. Já participou de cursos para orientação e produção de recursos didáticos?
10. Utiliza as novas tecnologias?
2, Organize uma apresentação de slides com os resultados de sua pesquisa. Apresente aos colegas.
3.O professor indicará um recurso didático . Realize uma pesquisa sobre este recurso. 4.Confeccione este recurso em classe e apresente o trabalho realizado a toda a turma, desde a confecção até a sua utilização em sala de aula. 5.Elabore um plano de aula para a Educação Infantil utilizando este recurso com conteúdo a ser definido pelo professor. 6. Apresentar aos colegas o plano de aula elaborado. 7.A partir das observações feitas em sala de aula, e das experiências relatadas pelos (as) colegas durante as apresentações dos planos de aula, elabore um texto com uma lauda sobre as conclusões a que chegou sobre os recursos didáticos.
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UNIDADE III
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DO ENSINAR COM RECURSOS DIDÁTICOS
Antes de iniciarmos os estudos sobre avaliação é interessante entendermos
o que é avaliar. A palavra avaliar é originária do latim e provém da composição
a-valere, que significa "dar valor a...". No dicionário a palavra avaliação significa
“julgamento, credenciamento, análise, decomposição”.
O professor deve entender que a avaliação é um conjunto de ações que irá
auxiliá-lo a refletir sobre as condições de aprendizagem oferecida no ambiente
escolar sendo necessário readequá-las para atender às necessidades dos alunos.
Para LIBÂNEO (1994), a avaliação é
(...) um componente do processo de ensino que visa, através da verificação e qualificação dos resultados obtidos, determinar a correspondência destes com os objetivos propostos e, daí, orientar a tomada de decisões em relação às atividades didáticas seguintes.
Quase sempre o professor ao encontrar dificuldades em avaliar os alunos
individualmente, às vezes, atribui-lhes números, o que torna sua avaliação mais
prática e com menos chances de errar.
Segundo LIBÂNEO (1994), a avaliação precisa cumprir ao menos três
funções estratégicas instrumentais para que possa propiciar uma melhoria contínua
e reforçar o processo do aprendizado permitindo que o aluno cresça e realize suas
atividades. As funções fundamentais são:
• Pedagógico-didática: cumpre o papel da avaliação no cumprimento dos
objetivos gerais e específicos da educação;
• Diagnóstico: fundamenta-se na análise na evolução da aprendizagem;
• Controle: examinar o processo de interação professor-aluno observando as
características de apreensão dos conhecimentos.
É pela avaliação diagnóstica que podemos verificar e fazer o levantamento
dos pontos fracos e fortes do aluno nas áreas do conhecimento, e verificarmos como
eles se encontram no processo ensino-aprendizagem.
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O feedback feito pelo professor aponta os pontos onde os alunos sentem
mais dificuldades , tornando possível, assim, o avanço para a etapa seguinte do
processo.
Segundo Vasconcellos (1995), “enquanto o professor não mudar a forma de
trabalhar em sala de aula, dificilmente conseguirá mudar a prática de avaliação
formal”. E para tanto, trabalhar com criatividade utilizando todos os recursos
possíveis contribui, e muito, para a melhoria da aprendizagem.
De acordo com Carvalho (2005), no Programa 4, da TV Escola, para a
avaliação do resultado da utilização de um material didático, devem ser feitos os
seguintes questionamentos:
“O material foi fácil ou difícil para os alunos? A utilização do material transcorreu como previsto? O que funcionou bem? O que não funcionou? Os alunos pareciam interessados? O tempo previsto foi muito curto ou excessivo? O que deveria ser modificado para a próxima vez? O professor considera que os objetivos pretendidos foram alcançados? Em que grau? Como avaliar a contribuição do material para a aprendizagem, para o enriquecimento cultural ou para a prática da cidadania dos alunos?” (CARVALHO, 2005, p. 48)
A autora sugere que
(...) o professor, juntamente com seus colegas, criem uma ficha de avaliação de cada material utilizado na escola. Nessa ficha, podem constar, entre outros itens, as características do material, com que objetivos pode ser empregado, como deve ser utilizado, quais seus pontos fortes e fracos, como se deu sua utilização, como avaliar os resultados da utilização do material (CARVALHO, 2005).
Em decorrência, uma mudança no conceito do que é ensinar se torna urgente
e necessária. Sendo o professor o elemento responsável pela organização das
situações de aprendizagem, criar condições para que o aluno "aprenda a aprender"
é sua tarefa. Para isto é preciso desenvolver situações de aprendizagens
diferenciadas, estimulando a articulação entre saberes e competências. Em lugar de
continuar a decorar conteúdos, o aluno passará a exercitar habilidades, e através
delas, a aquisição de grandes competências, ou seja, desenvolvendo habilidades
através dos conteúdos. Mediar a construção do processo de conceituação a ser
apropriado pelos alunos, buscando a promoção da aprendizagem e desenvolvendo
condições para que eles participem da nova sociedade do conhecimento, é um
compromisso a ser assumido pelo professor.
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O papel do educador deve ser: aquele que prepara as melhores condições
para o desenvolvimento de competências, isto é, aquele que, em sua atividade, não
apenas transmite informações isoladas, mas apresenta conhecimentos
contextualizados, usa estratégias para o desenvolvimento de habilidades
específicas, utiliza linguagem adequada e contextualizada, respeita valores culturais
e ajuda a administrar o emocional do aprendiz. E o ato de ensinar como o processo
que proporciona a aquisição de recursos que possam ser mobilizados no momento
em que situações-problema se apresentem.
As habilidades desenvolvidas pelo professor exigem domínio de
conhecimentos. Eis algumas habilidades que devem ser utilizadas com competência
pelo professor: analisar situações-problema, compreender fenômenos correlacionar,
identificar variáveis, julgar, manipular, relacionar informações, sintetizar.
ATIVIDADES
Após as realizações de todas as atividades propostas feitas até o momento,
responda as questões a seguir:
1.Na Unidade II , você elaborou e apresentou aos colegas um plano de aula para a Educação Infantil com um recurso e conteúdo escolhido pelo professor. Aplicar o plano de aula no seu campo de Estágio.
2. Ao término das atividades, avaliar o seu trabalho respondendo as seguintes questões: a) Para os alunos qual o grau de dificuldade apresentado no uso do material?
b) Como transcorreu a utilização do material frente ao planejamento didático?
c) Qual o interesse dos alunos no material didático utilizado na aula?
d) Quanto ao tempo previsto foi adequado as atividades propostas?
e) Refletindo sobre a ação docente o que você sugere de mudança na utilização do
material didático?
f) Os objetivos cognitivos foram alcançados? Justifique.
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g) Como avaliar a contribuição do material na aprendizagem, enriquecimento cultural
e desenvolvimento da prática de cidadania dos alunos?
h) Quais os critérios que você utilizaria para avaliar o material didático produzido
pelo aluno do Curso de Formação Docente?
3.Assista ao vídeo: “ Novas Tecnologias, novas formas de ensinar e aprend er”,
disponível em:
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=15987
Comente sobre o uso das tecnologias apresentadas no vídeo e suas contribuições
para o ensino.
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UNIDADE IV IMPLEMENTAÇÃO
Este trabalho será realizado com os alunos do Curso Formação de docentes
de um estabelecimento de ensino do município de Colombo, Área Metropolitana
Norte, no segundo semestre do ano letivo de 2011.
A implementação deve ocorrer com base nas seguintes ações:
1ª AÇÃO - Reunião com à Direção ,Equipe Pedagógica e professores do
Curso de Formação de Docentes para apresentação do projeto.
2ª AÇÃO - Com os alunos do Curso Formação de Docentes.
� Organização das atividades e aplicação de questionário para análise
de dados;
� Estudos das concepções teórico-metodológicas sobre os recursos
didáticos pesquisados;.
� Realização de oficinas para produção de recursos didáticos.
� Aplicação na escola campo de estágio dos recursos produzidos
� Avaliação da postura pedagógica dos alunos de Prática de Ensino e da
aprendizagem das crianças. Análise dos registros do trabalho.
� Exposição dos trabalhos realizados visando socializar o conhecimento
produzido.
3ª AÇÃO - Com os professores da rede pública do estado do Paraná.
� Grupo de Trabalhos em rede (GTR) 2011.
4ª AÇÃO -
� Produção de Artigo Final com o parecer dos resultados alcançados
durante a implementação.
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UNIDADE V
PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
1. Como a Produção Didático-Pedagógica junto aos alunos do curso Formação de
Docentes poderá subsidiar o desenvolvimento de ações pedagógicas no cotidiano
escolar?
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__________________________________________________________________
2. Após os estudos, o aluno foi capaz de reconhecer os recursos didáticos
existentes, suas características e utilização como apoio ao processo de
aprendizagem?
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3. Como a produção de materiais didáticos e a reflexão crítica contribuem para
formação do professor dos anos iniciais?
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___________________________________________________________________
4. Você poderia identificar as potencialidades de aplicação dos recursos na prática
pedagógica?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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REFERÊNCIAS
ALVARENGA, Georfrávia Montoza. Portfólio: o que é e a que serve? Olho Mágico. 2001. Disponível em: http://www.ccs.uel.br/olhomagico/v8n1/portfol.htm Acesso em 04 de ago 2011 ALVES, Rubem Azevedo. Conversas com quem gosta de ensinar . São Paulo: Ars Poetica, 1995. BLOG PARA CRIANÇAS Disponível em: http://www.portalis.co.pt/tag/filmes-infantis/ Acesso em 10 de mai 2011 BRAVIN, Eliana. Esquema representativo sobre a função dos recursos didáticos nas relações didáticas , 2005. Disponível em: http://www.fae.ufmg.br/ebrapem/completos/11-14.pdf . Acesso em 15 de mar 2011. CARVALHO, João Bosco Pitombeira de. Impressos e outros materiais didáticos em sala de aula. Programa 4 .Boletim 14, Ano 2005. CASTORINA, José Antonio et. al. 6 ed. PIAGET-VYGOSTSKY: Novas contribuições para a o debate. São Paulo: Ática, 2005. FARIAS, Isabel Maria Sabino de. et. al. Didática e docência: aprendendo a profissão. Brasília; Liber Livro, 2009. 180p. GIL, Antonio Carlos. Metodologia do Ensino Superior . São Paulo: Atlas, 2009. IESDE BRASIL S/A. Curso normal . Curitiba: IESDE, 2002. (Módulo 2). KISHIMOTO, Tizuko Morchida (Org.) vários autores. Jogo, brinquedo, brincadeira e educação. São Paulo. Editora Cortez, 2005. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. (Coleção magistério. 2º grau. Série formação do professor) LINKS DIVERTIDOS: http://www.santateresinha.com.br/ei/links.htm LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 15ª ed., São Paulo: Cortez, 2003. MACHADO, João Luís de Almeida. Como podemos selecionar um filme para utilizar em aula? Disponível em: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=87 Acesso em: 15 de jun 2011 MATTOS, Fernando Lincoln. Como utilizar recursos audiovisuais. Disponível em: http://webspace.webring.com/people/xj/jtrevas/Modulo_VI/Como_utilizar_Recursos_Audiovisuais.htm Acesso em: 06 de ago 2011.
28
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. TVESCOLA. Materiais Didáticos: escolha e uso. Boletim 14, Ano 2005. Disponível em: http://tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/151007materiaisdidaticos.pdf Acesso em: 09 de ago 2011 MORETTO, Vasco P. Construtivismo, a produção do conhecimento em aula . 3ª ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. PARRA, Nélio; PARRA, Ivone C. da Costa. Técnicas audiovisuais de educação . 5. Ed. São Paulo: Pioneira, 1985. PEREIRA, Esther Cristina. Profissão Professor: novos horizontes. Curitiba: Editora
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PELLEGRINI, DENISE. Só ensina bem quem sabe fazer. Revista Nova Escola.
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PERRENOUD, Philippe. 10 Novas Competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. POLATO, Amanda. Um guia sobre o uso de tecnologias em sala de aula. Artigo da Revista NOVA ESCOLA. Edição 223/ junho 2009. SAD, Álvaro. Blog Ideias Verdes . Disponível em: http://www.iverdes.com.br/2011/03/agua-videos-para-educacao-ambiental.html Acesso em: 24 de jul 2011. SANTOMAURO, Beatriz. Usar a TV na Educação Infantil sem propósito. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/assim-nao-usar-tv-educacao-infantil-proposito-487229.shtml Acesso em 24 de jul 2011. SILVA, Marco. (2000) Sala de aula interativa. Rio de Janeiro, Quartet Editora, 2002. SOUZA, S. E. O USO DE RECURSOS DIDATICOS NO ENSINO ESCOLAR. In: I Encontro de Pesquisa em Educação, IV Jornada de Prática de Ensino, XIII Semana de Pedagogia da UEM: “Infância e Práticas Educativas”. Arq Mudi. 2007. Disponível em:http://www.pec.uem.br/pec_uem/revistas/arqmudi/volume_11/suplemento_02/artigos/019.pdf. Acesso em: 13 jul de 2011. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ. Sistema de Bibliotecas. Normas para a elaboração de trabalhos acadêmicos. Curitiba: Editora da UTFPR, 2009. VASCONCELLOS, Celso dos S. Avaliação: concepção dialético-libertadora do processo de avaliação escolar. São Paulo: Libertad, 1995. VEIGA, Ilma Passos Alencastro (Org,) vários autores. Didática: o ensino e suas relações. Campinas, SP: Papirus. 5ª Ed. 2000.
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ZABALA, Antoni. Como trabalhar os conteúdos procedimentais em aula. Porto Alegre: Artmed, 2007. 2ª edição. ZÓBOLI, Graziella. Práticas de Ensino: subsídios para a atividade docente. São Paulo: Ática, 2004.
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APÊNDICE I
SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
Caro aluno (a), Você está recebendo um questionário para respondê-lo conforme a sua compreensão sobre o assunto. O objetivo desta pesquisa é verificar o conhecido ou desconhecido sobre recursos didáticos . Após o levantamento destas informações, será feita a análise dos dados, para que possamos direcionar o trabalho no curso de Formação de Docentes. Seja sincero nas respostas!
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:
1.1 TURMA:_________________ 1.2 IDADE: _________________
1.3 SEXO: □ FEM □ MASC
2.O QUE VOCÊ RECONHECE COMO RECURSO DIDÁTICO?
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
3. NA SUA CONCEPÇÃO OS RECURSOS DIDÁTICOS...
□ FAVORECEM A APRENDIZAGEM.
□ NÃO CONTRIBUEM PARA A PRÁTICA EDUCATIVA.
□ ALGUNS DELES SÃO DIFÍCEIS DE CONFECCIONAR.
□ SUA PRODUÇÃO É MUITO CARA.
□ NECESSITAM DE TEMPO E DINHEIRO PARA SUA CONFECÇÃO, E POR ISTO NÃO SÃO UTILIZADOS. 4. NA ELABORAÇÃO DE PLANOS DE AULA, NECESSÁRIOS À REGÊNCIA, QUAIS RECURSOS DIDÁTICOS VOCÊ UTILIZA? MARQUE X
TELEVISÃO MAPAS CARTAZES COMPUTADOR
RÁDIO JORNAL MAQUETES ÁLBUM SERIADO
DATASHOW MURAL DVD REVISTAS
LIVROS GRAVURAS QUADRO DE GIZ FLANELÓGRAFO
JOGOS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS FANTOCHES QUADRO DE
PREGAS OUTROS. ESPECIFIQUE _________________________________________________________
OBRIGADA PELA COLABORAÇÃO! COLOMBO, ___/___/__