Fichamento de Antropologia
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Transcript of Fichamento de Antropologia
AGES
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
BACHARELADO EM PSICOLOGIA
ELENILDE DA SILVA CONCEIÇÃO CRUZ
O SAGRADO E O PROFANO
Fichamento apresentado no curso de Psicologia da
Faculdade AGES como um dos pré-requisitos para a
obtenção da nota parcial da disciplina Antropologia no
6º período, sob a orientação do Professor. Francisco
Barbosa da Silva
Paripiranga
Outubro de 2015
ELIADE, MERCEA O Sagrado e o Profano [Tradução Rogério Fernandes]. - São Paulo:
Martins Fontes, 1992
Discussão reflexiva sobre a questão do Sagrado e o Profano onde tais se apresentam
como os fatores que define a classificação da concepção que as pessoas arcaicas têm sobre a
realidade obsoluta que é o sagrado. Este por sua vez é tudo aquilo que é obsoluto diante dos
homens perante os Deuses reais, dentro do mundo ao qual vivem.
Os “Cósmicos” já o Profano se mostra diante aquilo que não é realmente o real do
mundo sagrado e que não faz parte do encontro total com o “Cosmos”. Entretanto o homem
religioso é aquele que vive no mundo de significados, no qual as coisas existentes neste
mundo é para ele o total encontro com real, que é onde existe vida e tem que ser uma vida de
santidade, porque foi criado pelos Deuses, que é quem dar vida “cósmica” aos seres humanos.
Os ritos de passagem que existentes no mundo é o nascimento das crianças e o
crescimento físico e intelectual. Assim a comunicação entre os seres fica mais visível perante
os transcendentes, como o casamento e a morte é realidade sagrada das sociedades, as quais
possuem um começo e um fim de toda uma vida preparada simbolicamente diante da criação
do mundo.
Dessa forma, é notório que exista dentro de um espaço sacralizado o fenômeno do
sagrado e profano, pois existe toda uma complexidade, sobre a definição primordial da
oposição entre sagrado e profano, quanto ao desenvolvimento aprofundado do estudo dos
seres humanos que se revelam em seu mundo religioso.
A história da humanidade é o conhecimento do sagrado e do profano, pois estes se
fazem presentes na Sociedade porque são realidades que se manifestam por causa das suas
ramificações no mundo, e pela forma como o homem moderno passa por certo mal-estar,
constrangimento, por não compreender totalmente como um objeto revela o divino.
Nesse sentido, por não ser sensível a dois modos de ser no mundo, o homem moderno
permanece em posição desconfortante existencialmente, por conta das posições existenciais,
sagrado/profano, assumidas pelo homem ao longo da história, pois são conquistas humanas e
patrimônio da cultura universal. O comportamento humano se revela tanto o religioso quanto
o não religioso, portanto está intrinsecamente conectada a humanidade e ao seu
desenvolvimento histórico.
Vemos, portanto, em que medida a descoberta - ou seja, a relação do espaço –
sagrado tem um valor existencial para o homem religioso; porque nada pode
começar, nada se pode fazer sem uma orientação previa – e toda orientação implica
a aquisição de um ponto fixo. (p.26)
“O interior do recinto Sagrado, o mundo profano é transcendido. Nos níveis mais arcaicos de
cultura, essa possibilidade de transcendência exprime-se pelas diferentes imagens de uma
abertura:”. [...] (p.29)
Seja qual for a estrutura de uma sociedade tradicional- seja uma sociedade de
caçadores, pastores, agricultores, ou uma Sociedade que já se encontre no estágio da
civilização urbana-, a habitação é sempre santificada, pois constitui uma imago
mundi, e o mundo é criação divina. (p.50)
Considerações finais
O significado da religião perante um mundo em que os seres humanos vivem sobre
suas crenças religiosas determina tudo o que eles devem fazer ou não com suas vidas, pois a
Ciência religiosa para o homem que habita num espaço onde tudo é sagrado se revela de
forma transcendente, pela qual se transforma no mundo dos deuses através da comunicação e
dos rituais aos quais fazem para alcançar a consagração e a cosmização perante o encontro
consagrado.
Entretanto, existe um efeito na transformação do homem civilizado diante do mal-estar
por causa da divergência que se situa na condição de posição histórica que habita no recinto
religioso pela experiência produzida entre os seres ocidentais. Dessa maneira, o discurso da
ciência religiosa apresenta-se como uma busca de desejos que vão além do alvo ao qual o
individuo quer encontrar como obsoluto em seu mundo religioso.