Fichamento de Educação Matemática Alane 2015-2

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TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014. Que o saber docente se compõe, na verdade, de vários saberes provenientes de diferentes fontes. Esses saberes são os saberes disciplinares, curriculares, profissionais (incluindo os das ciências da educação e da pedagogia) e experienciais. (p. 33) Saber plural, saber formado de diversos saberes provenientes das instituições de formação, da formação profissional, dos currículos e da prática cotidiana, o saber docente é, portanto, essencialmente heterogêneo. (p.54) Se uma pessoa ensina durante trinta anos, ela não faz simplesmente alguma coisa, ela faz também alguma coisa de si mesma: sua identidade carrega as marcas de sua própria atividade, e uma boa parte de sua existência é caracterizada por sua atuação profissional. Em suma, com o passar do tempo. Ela vai-se tornando – aos seus próprios olhos e aos olhos dos outros – um professor, com sua cultura, seu ethos, suas ideias, suas funções, seus interesses, etc. (p. 57) O objetivo deste capítulo era estudar as relações entre os saberes profissionais dos professores, o tempo e o aprendizado do trabalho. Partimos da ideia de que o tempo é um fator importante na edificação dos saberes que servem de base ao trabalho docente. (p. 102) ¹Acadêmica do 7º período do curso de Licenciatura em Matemática do Centro Universitário Ages. Disciplina de Educação Matemática sob o direcionamento da Professora Mestranda Amanda Maria Rabelo Souza.

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TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

Que o saber docente se compõe, na verdade, de vários saberes provenientes de diferentes

fontes. Esses saberes são os saberes disciplinares, curriculares, profissionais (incluindo os das

ciências da educação e da pedagogia) e experienciais. (p. 33)

Saber plural, saber formado de diversos saberes provenientes das instituições de formação, da

formação profissional, dos currículos e da prática cotidiana, o saber docente é, portanto,

essencialmente heterogêneo. (p.54)

Se uma pessoa ensina durante trinta anos, ela não faz simplesmente alguma coisa, ela faz também alguma coisa de si mesma: sua identidade carrega as marcas de sua própria atividade, e uma boa parte de sua existência é caracterizada por sua atuação profissional. Em suma, com o passar do tempo. Ela vai-se tornando – aos seus próprios olhos e aos olhos dos outros – um professor, com sua cultura, seu ethos, suas ideias, suas funções, seus interesses, etc. (p. 57)

O objetivo deste capítulo era estudar as relações entre os saberes profissionais dos

professores, o tempo e o aprendizado do trabalho. Partimos da ideia de que o tempo é um

fator importante na edificação dos saberes que servem de base ao trabalho docente. (p. 102)

O objetivo almejado aqui é usar os diferentes recursos conceituais e empíricos proporcionados

por esses numerosos trabalhos para tentar repensar a natureza da pedagogia e,

consequentemente, do ensino no ambiente escolar. (p.113)

(...): aquilo que se costuma chamar de “pedagogia”, na perspectiva da análise do trabalho

docente, é a tecnologia utilizada pelos professores. (p.117)

O que é a prática educativa? Essa pergunta se refere à natureza do agir educativo e equivale a

perguntar: O que fazemos quando educamos? Que forma ou que tipo de atividade é a

educação? (p. 134)

O educador não é um cientista, pois seu objetivo não é conhecer o ser humano, mas agir e

formar, no contexto específico de uma situação contingente, seres humanos concretos,

indivíduos. (p.159)

¹Acadêmica do 7º período do curso de Licenciatura em Matemática do Centro Universitário Ages. Disciplina de Educação Matemática sob o direcionamento da Professora Mestranda Amanda Maria Rabelo Souza.

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Nas ciências da educação, várias concepções atuais do saber docente, da atividade docente e

da formação de professores se apoiam num modelo do ator ao qual elas atribuem uma

racionalidade definida como um repertório de competências e de desempenhos pensados (...).

(p.191)

Pode-se chamar de saber o juízo verdadeiro, isto é, o discurso que afirma com razão alguma

coisa a respeito de alguma coisa. O juízo é, portanto, por assim dizer, o “lugar” do saber. (p.

195)

(...) o que se propõe é considerar os professores como sujeitos que possuem, utilizam e

produzem saberes específicos ao seu ofício, ao seu trabalho. (p. 228)

Ao sustentar que os professores são atores competentes, sujeitos do conhecimento, tais

considerações permitem recolocar a questão da subjetividade ou do ator no centro das

pesquisas sobre ensino e sobre a escola, de maneira geral. (p.229)

Chamamos e de epistemologia da prática profissional o estudo do conjunto dos saberes

utilizado realmente pelos profissionais em seu espaço de trabalho cotidiano para desempenhar

todas as suas tarefas. (p. 255)

Uma consequência direta dessa definição é que não se deve confundir os saberes profissionais

com os conhecimentos transmitidos no âmbito da formação universitária. (p.257)

As escolas tornaram-se, assim, lugares de formação, de inovação, de experimentação e de

desenvolvimento profissional, mas também, idealmente, lugares de pesquisa e de reflexão

crítica. (p. 280)

Constata-se, portanto, que o ofício de universitário e o ofício de professor se realizam em

instituições que fazem do saber o princípio de sua existência e de seu funcionamento o que

não ocorre com outras profissões. (p. 296)

¹Acadêmica do 7º período do curso de Licenciatura em Matemática do Centro Universitário Ages. Disciplina de Educação Matemática sob o direcionamento da Professora Mestranda Amanda Maria Rabelo Souza.

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Ser professor é saber de alguma coisa e saber isso para alguém, em outras palavras, o

sujeito que disponibiliza a fazer parte desta profissão sabe que o seu papel é ensinar e o seu

dever é possuir saberes necessários para si, e para outros sujeitos os quais fazem parte dessa

dinâmica que move o saber. Nisto, será preciso que o Tal seja revestido de variados

conhecimentos: disciplinar, curricular, ético, profissional e experimental, tornando-o um

indivíduo composto de vários saberes específicos ou não de sua área de atuação.

É inevitável viver um papel de professor sem possuir marcas dessa profissão, pois a

experiência adquirida leva o professor a se apresentar com sua própria identidade, ou seja, sua

cultura social, suas crenças seu modo singular de se expressar e o método próprio de levar os

conhecimentos ao seu público, as ferramentas que o professor em sua prática, utiliza para

efetuar o seu ofício podem ser chamadas de tecnologias, o que é necessário é entender que

não importa as técnicas que serão usadas, mas sim seu objetivo e sua eficácia. Ser educador

não é ver o ser humano como um objeto de pesquisa que serão experimentados testes para ver

o que vai acontecer, mas, é educar formalizando sujeitos pensantes e definido naquilo que se

pretende ser. Quando se leva em consideração que o papel do professor é ser um ator, logo o

torna o centro do saber, isentando com o isso toda a escola da sua responsabilidade enquanto

local de ensino aprendizagem.

Existe um pensamento atribuído pela Ciência em Educação em achar que ser professor

é saber atuar como um personagem com um modelo formal e racional cheios de indicadores

para desempenhar esta profissão. Os saberes adquiridos com a prática pedagógica, bem como

sua metodologia de ensino e a formação do professor é considerado como a ciência do

conhecimento, a qual movimenta e faz acontecer esta profissão. As escolas de hoje não são

apenas para ensinar, mas, sobretudo lugar de realizar uma dinâmica relacionada a dar e

receber, ou seja, o professor ensina, mas também aprende. A escola abre as portas para dar

condição ao ensino, mas também abre a porta para receber novas descobertas de pessoas

empenhadas em pesquisas voltadas à educação que serve para auxiliá-la em momentos de

necessidade.

O autor desta obra foi feliz em conceber este estudo aprofundado sobre a classe dos

professores. Pois, é comum perceber que a cada dia vai aumentando uma preocupação para os

profissionais docentes já atuantes como também os que estão se preparando para atuar no

futuro. Logo, é inevitável observar que existe uma cobrança relacionada ao papel do professor

e a sua eficiência quando se trata do ensino nas escolas. Neste sentido, ele traz algumas

¹Acadêmica do 7º período do curso de Licenciatura em Matemática do Centro Universitário Ages. Disciplina de Educação Matemática sob o direcionamento da Professora Mestranda Amanda Maria Rabelo Souza.

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pesquisas realizadas aos docentes de vários lugares e as suas perspectivas como educador.

Ainda, aborda alguns capítulos importantes para o leitor entender, sobre os saberes

direcionados ao docente e os de fato necessários à sua profissão. Também, traz um

esclarecimento em dizer que o trabalho do professor é uma relação que ocorre entre o sujeito

(docente) e o objeto (aluno), porém com um diferencial de outras profissões. Assim, a

perspectiva de ser professor é entender o seu papel. Possuir o conhecimento do saber ser,

saber fazer, saber estar e também de se relacionar numa dinâmica de dar e receber na

¹Acadêmica do 7º período do curso de Licenciatura em Matemática do Centro Universitário Ages. Disciplina de Educação Matemática sob o direcionamento da Professora Mestranda Amanda Maria Rabelo Souza.