PORTUGUÊS - 1o ANOMÓDULO 37

FONÉTICA E FONOLOGIA

Fixação

Assomando à porta, levantou o reposteiro e deu entrada a uma mulher, que caminhou para o centro da sala. Não era uma mulher, era um sílfide, uma visão de poeta, uma criatura divina.

Era loura; tinha os olhos azuis, como os de Cecília, extáticos, uns olhos que buscavam o céu ou pareciam viver dele. Os cabelos, desleixadamente penteados, fazima-lhe em volta da cabeça, um sorriso que lhe desabrochara os lábios era um sorriso de bem-aventurança, como raras vezes há de ter tido a terra.

Um vestido branco, de finíssima cambraia, envolvia-lhe castamente o corpo, cujas formas aliás, desenhava pouco para os olhos, mas muito para a imaginação.

(Machado de Assis)1) Classifique os encontros de letras sublinhadas de:a) assomando.b) buscavam.c) desleixadamente.d) resplendor.

Fixação

2) (PUC-Adaptada)Para dizerem milho dizem mioPara melhor dizem mióPara pior dizem pióPara telha dizem teiaPara telhado dizem teiadoE vão fazendo telhados.

(Oswald de Andrade - Vício na fala)Com relação ao que ocorre nas falas reproduzidas do poema, é correto afirmar que:

a) no 1o verso, a pronúncia “mio” omite o dígrafo, criando um ditongo oral crescente;b) no 2o verso, a pronúncia “mió” omite o dígrafo e cria um hiato no final da palavra;c) no 4o verso, a pronúncia “teia” omite o encontro consonantal e cria um tritongo no final da palavra;d) no 5o verso, a pronúncia “teiado” omite o dígrafo, criando um tritongo no meio da palavra;e) n.d.a.

Fixação

Assomando à porta, levantou o reposteiro e deu entrada a uma mulher, que caminhou para o centro da sala. Não era uma mulher, era um sílfide, uma visão de poeta, uma criatura divina.

Era loura; tinha os olhos azuis, como os de Cecília, extáticos, uns olhos que buscavam o céu ou pareciam viver dele. Os cabelos, desleixadamente penteados, fazima-lhe em volta da cabeça, um sorriso que lhe desabrochara os lábios era um sorriso de bem-aventurança, como raras vezes há de ter tido a terra.

Um vestido branco, de finíssima cambraia, envolvia-lhe castamente o corpo, cujas formas aliás, desenhava pouco para os olhos, mas muito para a imaginação.

(Machado de Assis)1) Classifique os encontros de letras sublinhadas de:a) assomando.b) buscavam.c) desleixadamente.d) resplendor.

Fixação

2) (PUC-Adaptada)Para dizerem milho dizem mioPara melhor dizem mióPara pior dizem pióPara telha dizem teiaPara telhado dizem teiadoE vão fazendo telhados.

(Oswald de Andrade - Vício na fala)Com relação ao que ocorre nas falas reproduzidas do poema, é correto afirmar que:

a) no 1o verso, a pronúncia “mio” omite o dígrafo, criando um ditongo oral crescente;b) no 2o verso, a pronúncia “mió” omite o dígrafo e cria um hiato no final da palavra;c) no 4o verso, a pronúncia “teia” omite o encontro consonantal e cria um tritongo no final da palavra;d) no 5o verso, a pronúncia “teiado” omite o dígrafo, criando um tritongo no meio da palavra;e) n.d.a.

Fixação

3) Analise os encontros vocálicos, dígrafos e encontros consonantais:a) descontente; c) matavam;b) contrário; d) alguém.

Fixação

4) Classifique os encontros vocálicos nas palavras abaixo:· ditongo crescente oral a) vácuo;· ditongo crescente nasal b) averiguei;· ditongo decrescente oral c) mão;· ditongo decrescente nasal d) lençóis;· tritongo oral e) terminação.· tritongo nasal f) saguão;· hiato g) mágoa; h) navio; i) moído; j) quando.

Fixação

4) Classifique os encontros vocálicos nas palavras abaixo:· ditongo crescente oral a) vácuo;· ditongo crescente nasal b) averiguei;· ditongo decrescente oral c) mão;· ditongo decrescente nasal d) lençóis;· tritongo oral e) terminação.· tritongo nasal f) saguão;· hiato g) mágoa; h) navio; i) moído; j) quando.

Fixação

5)(PUC) Nas palavras anjinho, carrocinhas, nossa e recolhendo podemos detectar oralmente a seguinte quantidade de fonemas:a) Três, quatro, dois, quatro.b) Cinco, nove, quatro, oito.c) Seis, dez, cinco, oito.d) Três, seis, dois, cinco.e) Sete, onze, cinco dez.

Fixação

6) (UERJ) Com base na propaganda abaixo, responda às próximas duas questões:

(22º anuário. São Paulo: Clube de Criação de São Paulo, 1997. p.203.)

O anúncio, concebido para uma campanha contra drogas, utiliza pouco a linguagem verbal. Entretanto, o elemento verbal utilizado nes e anúncio ganha força pela seguinte razão:a) explora o campo sonoro da língua, desvinculando a imagem do som.b) é ambivalente, evocando a designação de uma droga e as consequências de seu uso.c) constitui um neologismo, levando ao estranhamento do receptor e à aversão às drogas.d) apresenta clareza, evidenciando as marcas do desolamento e da solidão no rosto da pes-soa retratada.

Fixação

6) (UERJ) Com base na propaganda abaixo, responda às próximas duas questões:

(22º anuário. São Paulo: Clube de Criação de São Paulo, 1997. p.203.)

O anúncio, concebido para uma campanha contra drogas, utiliza pouco a linguagem verbal. Entretanto, o elemento verbal utilizado nes e anúncio ganha força pela seguinte razão:a) explora o campo sonoro da língua, desvinculando a imagem do som.b) é ambivalente, evocando a designação de uma droga e as consequências de seu uso.c) constitui um neologismo, levando ao estranhamento do receptor e à aversão às drogas.d) apresenta clareza, evidenciando as marcas do desolamento e da solidão no rosto da pes-soa retratada.

Fixação

7) O emprego de ponto ao final da palavra crack, no anúncio, é um recurso utilizado para mostrar que:a) a legenda constitui enunciado completo, expressando ideia de princípio, meio e fim.b) a mensagem tem caráter moralizante, ressaltando o potencial destrutivo das drogas.c) a construção fere a norma padrão da língua, enfatizando o impacto da mensagem.d) a palavra adquire valor onomatopeico, reproduzindo o som da fratura presente na imagem.

Fixação

8) Observe o poema a seguir, em que se exploram as possibilidades fonéticas das palavras. A respeito do poema, responda às questões:a) Que figura de linguagem destaca-se no poema?b) Como essa figura relaciona-se , no plano do conteúdo, ao verso “sopra sopros soprados”c) De que modo o texto não verbal dialoga com o verbal?

Aliteração em sssss sibilinos soprando sonoros ssss

sopram sopros soprados

Fixação

8) Observe o poema a seguir, em que se exploram as possibilidades fonéticas das palavras. A respeito do poema, responda às questões:a) Que figura de linguagem destaca-se no poema?b) Como essa figura relaciona-se , no plano do conteúdo, ao verso “sopra sopros soprados”c) De que modo o texto não verbal dialoga com o verbal?

Aliteração em sssss sibilinos soprando sonoros ssss

sopram sopros soprados

sob sóis sem sanguesorvendo somas simétricas

sentida sobre sádicassílabas silvestres silvossem saber sem sonhar

sáficos sonetos silábicossobre sândalos safiras

sedas sedosas sedentassaudosas salinas salsugens

ssss sibilinos soprando sonoros sssssopram sopranos sentidossem sul sem sol sem sal.

(Nambiano Ferreira)Glossário: 1) sibilino: enigmático2) sorvendo: bebendo3) sádico: que tem prazer em causar dor.4) silvo: assovio5) sáfico: relativo a Safo, poetisa grega.6) sândalo: planta aromática.7) salsugem: lodo que contém substâncias salinas.

Proposto

ApeloAmanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a

verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.

Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos, a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo. Para não dar parte de fraco, ah, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa, calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolhas? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.”

(DALTON TREVISAN. Apelo, em O Conto Brasileiro Contemporâneo [seleção de textos, introdução e notas bibliográficas por Alfredo do Bosi], 2a ed., São Paulo, Cultrix, 1977, p. 190)

1) Assinale a opção em que o vocábulo apresenta ao mesmo tempo, um encontro consonantal, um dígrafo consonantal e um ditongo fonético.a) ninguém; d) nenhum;b) coalhou; e) murcham.c) iam;

Proposto

ApeloAmanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a

verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.

Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos, a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo. Para não dar parte de fraco, ah, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa, calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolhas? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.”

(DALTON TREVISAN. Apelo, em O Conto Brasileiro Contemporâneo [seleção de textos, introdução e notas bibliográficas por Alfredo do Bosi], 2a ed., São Paulo, Cultrix, 1977, p. 190)

1) Assinale a opção em que o vocábulo apresenta ao mesmo tempo, um encontro consonantal, um dígrafo consonantal e um ditongo fonético.a) ninguém; d) nenhum;b) coalhou; e) murcham.c) iam;

Proposto

2) Julgue os itens abaixo como verdadeiros ou falsos:I) Como contraria as regras de divisão silábica, não se pode separar o encontro vocálico exis-tente na última sílaba da palavra NOTÍCIA. ( )II) Na palavra VEIO existem, foneticamente, duas semivogais.( )III) Os ditongos existentes em “ninguém” e “debaixo” possuem a mesma classificação de acordo com a posição da vogal. ( )

Proposto

3) O texto reproduz um trecho da conversação entre dois locutores, L1 e L2.L1: Repita o que você disse.L2: Bom... eu disse que pra mim... bem... pra mim... é lucro. Não assim um luuucro,

entende?L1: Claro, claro!L2: Ahan ahn. Em suma, acho que... bem, é bom ter uma margem de lucro, mas não um

lucro assiiim exagerado, certo?A afirmação correta a respeito da interlocução é:

a) Não ocorre comunicação entre os interlocutores porque as falas são muito fragmentadas.b) Os truncamentos das frases de L2 provocam uma súbita suspensão do entendimento, pois prejudicam a coompreensão de L1.c) Os enunciados de L2 estão repletos de exploração fonética; o interlocutor evidencia, com esse recurso, pontos de sua explicação.d) Não ocorre comunicação entre os interlocutores porque há muita repetição fonética.e) A presença de frases incompletas e a digressão tópica prejudicaram por completo a inter-locução.

Proposto

3) O texto reproduz um trecho da conversação entre dois locutores, L1 e L2.L1: Repita o que você disse.L2: Bom... eu disse que pra mim... bem... pra mim... é lucro. Não assim um luuucro,

entende?L1: Claro, claro!L2: Ahan ahn. Em suma, acho que... bem, é bom ter uma margem de lucro, mas não um

lucro assiiim exagerado, certo?A afirmação correta a respeito da interlocução é:

a) Não ocorre comunicação entre os interlocutores porque as falas são muito fragmentadas.b) Os truncamentos das frases de L2 provocam uma súbita suspensão do entendimento, pois prejudicam a coompreensão de L1.c) Os enunciados de L2 estão repletos de exploração fonética; o interlocutor evidencia, com esse recurso, pontos de sua explicação.d) Não ocorre comunicação entre os interlocutores porque há muita repetição fonética.e) A presença de frases incompletas e a digressão tópica prejudicaram por completo a inter-locução.

Proposto

4) Observe a tira a seguir, que se refere a determinados tipos de relação com o nosso país.

(VERÍSSIMO, Luiz Fernando. As cobras. O Estado de S.Paulo, 03/08/98)

O humor de L. F. Verissimo nesta tira é construído a partir do seguinte recurso gramatical:a) sintático, pelo uso do verbo “ter” em lugar de “haver”.b) morfossintático, pelo emprego da locução verbal “estão loando”.c) fonético-ortográfico, pela omissão de sílaba da palavra “leiloando”.d) morfológico, pela criação por derivação regressiva do verbo “loar”.

Proposto

5) (ESPM) Das propagandas abaixo, assinale aquela em que a mensagem opera um trocadilho no plano fonético:a) Mash que eu gostob) Casas Bahia: dedicação total a você;c) Extra — onde tudo é mais barato;d) Grant’s. Sinta a diferença;e) Skol — a cerveja que desce redondo.

Proposto

5) (ESPM) Das propagandas abaixo, assinale aquela em que a mensagem opera um trocadilho no plano fonético:a) Mash que eu gostob) Casas Bahia: dedicação total a você;c) Extra — onde tudo é mais barato;d) Grant’s. Sinta a diferença;e) Skol — a cerveja que desce redondo.

Proposto

6) Frequentemente, a propaganda explora semelhanças explícitas entre segmentos (palavras, partes das palavras etc.) para sugerir a existência de relações de sentido entre esses segmen-tos. A estratégia é visível em algumas propagandas que mantiveram a sua eficácia por muito tempo, como “Melhoral, melhoral, é melhor e não faz mal” e “Tomou doril, a dor sumiu”.a) Transcreva, dentre os slogans abaixo, aqueles em que esse procedimento é utilizado.b) Analise um dos slogans que você terá apontado na resposta à questão a, explicitando o tipo de relação que se estabelece através do processo acima descrito.I) Vista seu filho como ele gostaria de ser visto.

(Propaganda da Petystil, cadeia de lojas de roupas infantis)

II) Igual a todos os outros de sua categoria. Juntos.(Propaganda do carro Chrysler Neon LE)

III) Philips Energy Saver. A iluminação inteligente.IV) O mercado evolui, a Xerox revoluciona.

Proposto

Tiro ao ÁlvaroDe tanto levar frechada do teu olharMeu peito até parece, sabe o quê?Táubua de tiro ao Álvaro, não tem mais onde furáTeu olhar mata mais do que bala de carabinaQue veneno estriquininaQue peixeira de baianoTeu olhar mata maisQue atropelamento de automóverMata mais que bala de revórver

(Adoniran Barbosa e Oswaldo Moles)

7) A música acima apresenta uma variante linguística diferente da norma padrão, o que se percebe pela representação gráfica de algumas alterações fonéticas. Identifique as palavras em que se deram tais alterações, indicando suas correspondentes na norma dita culta.

Proposto

Tiro ao ÁlvaroDe tanto levar frechada do teu olharMeu peito até parece, sabe o quê?Táubua de tiro ao Álvaro, não tem mais onde furáTeu olhar mata mais do que bala de carabinaQue veneno estriquininaQue peixeira de baianoTeu olhar mata maisQue atropelamento de automóverMata mais que bala de revórver

(Adoniran Barbosa e Oswaldo Moles)

7) A música acima apresenta uma variante linguística diferente da norma padrão, o que se percebe pela representação gráfica de algumas alterações fonéticas. Identifique as palavras em que se deram tais alterações, indicando suas correspondentes na norma dita culta.

Proposto

8) (UFC) O quadro a seguir apresenta pares de palavras nos quais as alterações gráficas indicam as alterações sonoras das respectivas variantes dialetais.acredita → credita alemão → alamãoassim → ansim brava → brabahaverá → havéra metade → ametadepântanos → pantanos precisão → percisãorastro → rasto sedutor → sudutor

Transcreva os pares de palavras no espaço em que se descrevem as alterações sonoras ocorridas entre a forma culta e a variante di-aletal. Todos os pares deverão ser transcritos; portanto, em algumas células, haverá mais de um par.

Acréscimo de fonema:

Supressão de fonema:

Deslocamento de fonema:

Deslocamento de acento tônico:

Transformação de fonema oral em nasal:

Transformação de fonema vocálico oral em outro fonema vocálico oral:

Transformação de consonantal em outro fonema consonantal: