Fusões, aquisições, alavancadas e falências das empresas

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1 Índice INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 2 2. FUSÕES DAS EMPRESAS .................................................................................................. 3 2.1 TIPOS DE FUSÕES DAS EMPRESAS .............................................................................. 3 2.1.2 CLASSIFICAÇÃO DE FUSÕES DAS EMPRESAS ...................................................... 3 3. AQUISIÇÃO DAS EMPRESAS ........................................................................................... 4 4. Sinergias de fusão e aquisição ............................................................................................... 4 5. Metodologia de fusões e aquisições ....................................................................................... 5 5.1 Analise Financeira ................................................................................................................ 5 5.2 Acordo de confidencialidade ............................................................................................... 6 6. ALAVANCADAS DAS EMPRESAS .................................................................................. 7 6.1 Índices de Endividamento .................................................................................................... 8 6.2 Formas de conseguir alavancadas ........................................................................................ 9 6.3 Recompensas e Riscos das alavancadas das empresas ...................................................... 10 6.4 Grau das alavancadas das empresas ................................................................................... 11 7. FALÊNCIAS DAS EMPRESAS ......................................................................................... 12 7.1 Motivos da falência ............................................................................................................ 13 8. Conclusão ............................................................................................................................. 15 9. Referências bibliográficas .................................................................................................... 16

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Índice

INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 2

2. FUSÕES DAS EMPRESAS .................................................................................................. 3

2.1 TIPOS DE FUSÕES DAS EMPRESAS.............................................................................. 3

2.1.2 CLASSIFICAÇÃO DE FUSÕES DAS EMPRESAS ...................................................... 3

3. AQUISIÇÃO DAS EMPRESAS ........................................................................................... 4

4. Sinergias de fusão e aquisição ............................................................................................... 4

5. Metodologia de fusões e aquisições....................................................................................... 5

5.1 Analise Financeira................................................................................................................ 5

5.2 Acordo de confidencialidade ............................................................................................... 6

6. ALAVANCADAS DAS EMPRESAS .................................................................................. 7

6.1 Índices de Endividamento .................................................................................................... 8

6.2 Formas de conseguir alavancadas ........................................................................................ 9

6.3 Recompensas e Riscos das alavancadas das empresas ...................................................... 10

6.4 Grau das alavancadas das empresas................................................................................... 11

7. FALÊNCIAS DAS EMPRESAS ......................................................................................... 12

7.1 Motivos da falência ............................................................................................................ 13

8. Conclusão............................................................................................................................. 15

9. Referências bibliográficas.................................................................................................... 16

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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como tema: Fusões, aquisições, alavancadas e falências das

empresas

OBJECTIVO ESPECIFICO

Vamos debruçar acerca dos tipos e classificação de fusões. No que tanger a aquisição onde é

auditada. Fizemos uma busca das sinergias e metodologias de fusões e aquisições.

OBJECTIVO CIENTIFICO

Nas alavancadas iremos mostrar como calcular o indice de endividamento e o grau de

endividamento,como calcular os lucros por acçao, as rendibilidades e o grau das alavancadas

das empresas.

Analisaremos a falência e os seus motivos.

ESTRUTURA DO TRABALHO

Introdução, desenvolvimento, conclusão e as referências bibliográficas.

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2. FUSÕES DAS EMPRESAS

Conceitualmente a operação de Fusões é a união de duas ou mais companhias que forma uma

única empresa, geralmente sob controlo administrativo da maior ou a mais próspera.

A fusão determina a extinção das organizações que se unem, para formar organização nova,

que a elas sucederá nos direitos e obrigações.

2.1 TIPOS DE FUSÕES DAS EMPRESAS

Existem dois tipos de fusões:

Fusões por Concentração: mediante a constituição de uma nova organização, para a qual se

transferem os patrimónios das empresas fundidas;

Fusões por Incorporação: quando um grupo transfere todo o património de uma ou mais

organizações para outra empresa, que se designa de empresa incorporante. Ocasionando com

isso um aumento de capital, o qual será subscrito pelos quotizas ou accionistas da empresa

incorporada. Os quotizas/accionistas das sociedades dissolvidas receberão quotas/acções da

nova organização, pois que o capital desta corresponderá à soma dos património das

organizações visionadas.

2.1.2 CLASSIFICAÇÃO DE FUSÕES DAS EMPRESAS

Dependendo da estratégia a ser adoptada, a fusão poderá ser classificada em;

Horizontal - Quando a aquisição ocorre entre empresas que possuem o mesmo foco

de actuação. Visando basicamente o aumento de participação de mercado.

Vertical - Refere-se a uma aquisição ocorrida entre empresas que se encontram em

estágios distintos no processo produtivo. Busca ganho de competitividade.

Congénere - As empresas envolvidas não actuam no mesmo ramo. Porém pode haver

alguma complementaridade em suas linhas a médio e longo prazo.

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Conglomerado -envolve a aquisição de participação em companhias com foco de

actividades completamente diferentes, objectivando a diversificação das actividades.

3. AQUISIÇÃO DAS EMPRESAS

A aquisição é a compra do controlo de acções de uma empresa por outra empresa, sendo que,

no caso de aquisição global do património da empresa adquirida, a compradora assume o

controlo total e a empresa adquirida deixa de existir.

Em um processo de Aquisição, a empresa é plenamente auditada, o que significa tornar

acessíveis e dignas todas as informações relevantes para a sua avaliação, controlo e

planeamento. Assim pode causar deficiências ou diferenciais competitivos que não devem,

para sua subsistência, ser divulgadas ao mercado em geral, ocasião em que terceiros não

interessados poderão ter acesso privilegiado às informações confidenciais, suscitando uma

grande cautela para que concorrentes, consumidores ou autoridades fiscais não tomem

conhecimento do que deve ser protegido, preservado ou inatingível para a organização em

geral.

4. Sinergias de fusão e aquisição

A razão para uma Fusão e Aquisição está na busca de sinergias entre as empresas

envolvidas, que podem ser divididas em Sinergias de Custos, Sinergias de Receitas e

Sinergias Financeiras.

As Sinergias de Custos podem ocorrer quando há uma eficácia operacional, adquirida

através de uma melhor utilização dos processos operacionais, ou ainda através de um

aumento no poder de negociação com seus fornecedores, devido a um grande aumento no

volume de compras. Já quanto aos custos administrativos, pode ocorrer um overhead, ou seja,

dois gestores com o mesmo cargo, executando as mesmas funções. Esta sinergia de custos

administrativos pode ocorrer também pela eliminação da duplicidade de funções,

compreendendo directoria, planeamento, marketing, pesquisa e desenvolvimento, recursos

humanos, jurídico, tecnologia da informação e controle de qualidade.

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Quanto às Sinergias de Receitas, ocorrerá a soma das receitas das empresas envolvidas, cujo

resultado será uma optimização na maneira de distribuição e comercialização, possibilitando

que os produtos e soluções resultantes da fusão ou aquisição consigam gerar receitas maiores

do que as duas empresas geravam isoladamente.

No que se refere às Sinergias Financeiras, podem ocorrer quando as empresas envolvidas se

beneficiam com a redução dos impostos pagos ou ainda conseguem uma estrutura de capital

melhor, através de acessos a recursos financeiros de custos mais baixos, pelo menor risco da

utilização da capacidade de endividamento da empresa combinada. Além disso, as empresas

podem utilizar os prejuízos fiscais e um melhor planeamento tributário, acarretando em um

ganho fiscal.

5. Metodologia de fusões e aquisições

5.1 Analise Financeira

O processo de avaliação financeira de uma empresa é algo bastante complexo. Ele exige

fortes conhecimentos de análise de balanços, economia e matemática financeira, seja por

parte de um analista ou investidor. De entre as técnicas de avaliação, destacamos as

seguintes:

I. Análise de Transacções Comparáveis: São utilizados índices derivados de

transacções consumadas dentro da mesma indústria da aquisição em potencial.

O objectivo da metodologia em apreço é identificar relações entre preços:

idealmente, as relações preço/lucro e ou os preços pagos, acima do valor de

mercado ou do valor de contabilidade, nas transacções realizadas.

II. Análise de Empresas Comparáveis: Da mesma forma que o método anterior,

utiliza a avaliação dos preços de mercado de empresas de capital aberto,

sujeitas a tendências económicas e riscos semelhantes.

III. Fluxo de Caixa Descontado: Trata-se da metodologia mais utilizada em

Fusões e Aquisições. Leva em conta as seguintes variáveis, para se avaliar

uma empresa:

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Vendas Líquidas Projectadas

Custos Projectados

Lucros Operacionais Projectados

Lucros Operacionais Após os Impostos Projectados

Investimento Líquido Projectado

Taxa de Descontos

Fluxo de Caixa Livre Projectado

Valor Residual

Valor do Fluxo de Caixa Descontado

Ajustes

Valor Líquido do Património

A técnica do Fluxo de Caixa Descontado captura a maioria dos elementos que afectam o

valor da empresa de maneira abrangente e encontra forte sustentação em pesquisas e

projecções sobre como os mercados realmente avaliam as empresas.

5.2 Acordo de confidencialidade

Os termos do Acordo de Confidencialidade devem prever que toda e qualquer informação de

carácter técnico, financeiro ou comercial, que se relacione com a pesquisa, desenvolvimento,

invenções, serviços, produtos, produção, aplicação, consumo, finanças, comercialização ou

planos de negócios de qualquer uma das partes, inclusive, dentre outros, segredos comerciais,

dados, fórmulas, processos, outras propriedades intelectuais privadas e comunicações

sigilosas, reveladas por uma parte à outra, constituem Informações Confidenciais e que,

durante a vigência do acordo, bem como por um prazo residual após a rescisão contratual.

Cada uma das partes deverá:

Proteger e manter em sigilo as Informações Confidenciais;

Não utilizar as Informações Confidenciais para outra finalidade que não a prevista

no acordo, sendo vedado o seu emprego tanto em benefício próprio das partes,

quanto de terceiros não autorizados;

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Tomar, às suas expensas, as precauções e providências necessárias para assegurar

o sigilo das Informações Confidenciais e para restringir ao máximo o uso não

autorizado das mesmas, inclusive requerendo eventuais medidas administrativas;

Especialmente não revelar, nem usar, ou fazer com que as Informações

Confidenciais sejam discutidas ou usadas por qualquer terceiro, sem que para isso

tenha o consentimento prévio e escrito da parte proprietária da Informação

Confidencial;

Manusear, preservar e proteger as Informações Confidenciais no mínimo com o

mesmo cuidado com que cuidaria de suas próprias Informações Confidenciais;

Divulgar as Informações Confidenciais apenas para os seus funcionários,

directores, agentes, representantes, prestadores de serviço, contratados que tenham

extrema necessidade de conhecer essas informações;

Envidar esforços diligentes para assegurar que cada um de seus funcionários,

directores, representantes, prestadores de serviço, contratados, preserve e proteja o

sigilo das Informações Confidenciais.

6. ALAVANCADAS DAS EMPRESAS

Alavancadas significa investir mais do que a nossa capacidade financeira permitiria.

Portanto, o termo designa o uso de vários instrumentos financeiros ou recursos de terceiros,

tais como empréstimos de capital, com o intuito de aumentar o retorno potencial das

operações financeiras, aumentado consequentemente também o seu risco. As alavancadas

têm, portanto, um efeito ampliador tanto dos ganhos como das perdas.

As alavancadas podem tomar a forma de um financiamento ou outro tipo de empréstimo, o

qual é investido com a intenção de ganhar uma maior taxa de retorno do que o custo do juro

desse financiamento ou empréstimo. Outra forma de alavancada é a tomada de posições

longas ou curtas através de instrumentos derivados, cuja dimensão no subjacente, o valor

nacional da posição, é superior à que seria possível ter-se de forma directa no activo

subjacente.

Em finanças, alavancadas são técnicas aplicadas para multiplicar a rentabilidade através de

endividamento. O incremento proporcionado através da alavancada também aumenta os

riscos da operação e a exposição da falência.

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6.1 Índices de Endividamento

Os índices de endividamento medem a formação da composição do activo total da empresa,

considerando a parcela de capital de terceiros. Quanto maior esse indicador, maior será a

vulnerabilidade da empresa á oscilações de juros sobre o capital de terceiros, e mostrará o

quanto a empresa está alavancada.

Quantidade da dívida

QtD = 𝐏𝐂+𝐄𝐋𝐏

𝐏𝐂+𝐄𝐋𝐏+𝐏𝐋

Este índice mostra a quantidade de dívidas que a empresa possui, e a relação entre o capital

de terceiros (passivo circulante e exigível a longo prazo) e o total de passivo (Passivo e

Património Líquido). Este índice informa se a empresa se utiliza mais recursos de terceiros do

que recursos dos proprietários. Uma participação do capital de terceiros exagerada em relação

ao capital próprio torna a empresa vulnerável.

Qualidade da dívida

QlD = 𝐏𝐂

𝐏𝐂+𝐄𝐋𝐏

Este índice mostra a qualidade da dívida, ou seja, a relação entre as dívidas de curto prazo

com as de longo prazo. Geralmente o endividamento de curto prazo é utilizado para financiar

o activo circulante, enquanto que o endividamento a longo prazo utilizado para financiar o

activo permanente.

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6.2 Grau de Endividamento

GE = 𝐏𝐂+𝐑𝐋𝐏

𝐏𝐋

O grau de endividamento mostra a relação entre o total das dívidas e o Património Líquido,

ou seja, o total de capital de terceiros em relação ao total de capital próprio.

6.3 Formas de conseguir alavancadas

Formas comuns de conseguir alavancadas são: tomar dinheiro emprestado, comprar activos

fixos e usar derivativos. Exemplos importantes são:

Uma organização pode alavancar seu património líquido tomando dinheiro

emprestado. Quanto mais ela toma empréstimos, menos capital próprio ela precisa.

Assim, a empresa apresentará uma relação lucros (ou perdas) / capital

proporcionalmente maior (porque a base será menor).

Uma empresa pode alavancar suas receitas comprando activos fixos. Isso vai

alavancar a proporção de custos fixos, em relação aos custos variáveis, da empresa, e

a variação da receita resultará de maior variação nas receitas operacionais, isto é, nas

receitas decorrentes da actividade principal da empresa.

Alavancadas das empresas corresponde à relação entre capital próprio e créditos aplicados

em uma operação financeira. É o uso de activos ou recursos com encargos financeiros fixos,

para aumentar os efeitos de variações do lucro antes de juros e imposto de renda sobre o lucro

por acção, ou seja, para aumentar o retorno dos accionistas das empresas. Assim, a empresa

usa recursos de terceiros (basicamente, empréstimos, acções preferenciais, etc.) para

maximizar os efeitos da variação do lucro operacional (LAJIR) sobre os lucros por acções

(L/A). Lucros por acção é a relação entre lucro liquido após imposto de rendimento (LLIR) e

o numero de acções ordinários (AO). Geralmente, elevações das alavancadas resultam em

aumentos de risco e de retorno; reduções das alavancadas resultam em menor risco e menor

retorno.

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Lucros por acção

L/A = 𝑳𝑳𝑰𝑹

𝑨𝑶

As alavancadas das empresas é positiva quando capitais de longo prazo de terceiros

produzem efeitos positivos sobre o património líquido. Os capitais de terceiros de longo

prazo só têm vantagens para uma empresa quando o retorno sobre o património líquido for

superior ao retorno sobre o activo. De nada adiantaria a uma empresa captar recursos a longo

prazo, se estes fizessem com que o retorno sobre o património líquido recuasse à sua posição

anterior à da captação. Assim esta captação produz (ou não) no retorno aos accionistas.

6.4 Recompensas e Riscos das alavancadas das empresas

As alavancadas permite então aos investidores ou empresas aumentar o seu investimento mas

com um risco maior.

Se o investidor usar alavancadas para fazer um determinado investimento e esse investimento

resultar mal, a sua perda será tanto maior quando maior for o grau de alavancada.

Se uma empresa usar alavancadas com o intuito de potenciar os seus ganhos e gerar mais

riqueza para o accionista, mas falhar em concretizá-lo, os custos com os juros e o risco de

crédito destroem valor para o accionista. Assumindo que tudo o resto se mantém constante, se

a rendibilidade dos activos (ROA) da empresa é maior do que a taxa de juro dos seus

financiamentos, então a rendibilidade dos capitais próprios (ROE) vai ser maior do que

seria se a empresa não estivesse alavancada. De forma inversa, assumindo-se tudo o resto

constante, se o ROA da empresa é menor do que a taxa de juro dos seus financiamentos,

então o ROE vai ser menor do que seria se a empresa não estivesse alavancada.

Rendibilidade dos activos (ROA) ou taxa de retorno do activo total é a relação entre os

lucros disponíveis aos accionistas ordinários (LDAO) ou lucros líquidos após imposto de

rendimento (LLIR) e activo total.

ROA = 𝐋𝐃𝐀𝐎

𝐀𝐓 ROA =

𝐋𝐋𝐈𝐑

𝐀𝐓

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Rendibilidade dos capitais próprios (ROE) ou taxa de retorno de capital próprio é

capital investida. Relação existente entre lucros líquidos após imposto de rendimento

(LLIR) e Património liquido (PL).

ROE = 𝐋𝐋𝐈𝐑

𝐏𝐋

6.5 Grau das alavancadas das empresas

A medida do grau de alavancadas financeiras (GAF) de uma empresa é um importante

indicador do grau de risco a que empresa está submetida. Se existe a presença de capital de

terceiros de longo prazo na estrutura de capital, a empresa estará "alavancada", ou seja, corre

risco financeiro.

Uma das fórmulas para calcular o GAF é:

GAF = RPL/RAT

Sendo:

RPL= Retorno sobre o Património Líquido = Lucro líquido/Património Líquido

RAT= Retorno sobre o Activo Total = Lucro antes dos juros e do imposto de renda/Activo

Total

Se o GAF = 1,0 a alavancada financeira será considerada nula. Nesse caso, não há despesas

financeiras, ou seja, não há capital de terceiros (geralmente instituições financeiras) na

estrutura de capital. Se o grau de alavancada financeira é igual a 1, o risco financeiro é baixo.

Se o GAF> 1,0 a alavancada financeira será considerada favorável: o retorno do Activo Total

(conjunto de bens e direitos da empresa, expressos em moeda) será razoavelmente maior que

a remuneração paga ao capital de terceiros.

Se o GAF <1,0 a alavancada financeira será considerada desfavorável. Neste caso, há risco

financeiro. Se o RPL é menor do que o RAT, o capital de terceiros está consumindo parte do

património líquido. Mesmo se o Activo Total gerar um retorno, parte desse retorno está sendo

financiada por capital de terceiros, o qual é, neste caso, remunerado a uma taxa superior à

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taxa de retorno sobre o Activo Total. Diz-se então que o capital de terceiros está exercendo

alavancada negativa.

7. FALÊNCIAS DAS EMPRESAS

Falência é um estado em que o devedor é responsável por mais dívidas do que os bens que

possui.

O processo de falência consiste na avaliação da situação económica da empresa. Por um lado,

esta pode encontrar-se em situação de falência, isto é, pode estar incapaz de cumprir algumas

das suas obrigações por falta de meios financeiros e acesso a crédito, ou seja, o seu activo é

insuficiente para satisfazer o passivo exigível. Por outro, a empresa pode ter apenas

dificuldades financeiras que a impedem de cumprir as suas obrigações.

O processo de falência pode ser requerido pela própria empresa 60 dias depois de não ter

cumprido com pelo menos uma obrigação relevante passível de a declarar incapaz para

resolver a generalidade dos seus deveres.

Além dos próprios, também os credores podem dar início ao processo de falência de uma

empresa que se encontre em situação de incapacidade económica para resolver os seus

problemas financeiros, em caso de fuga dos seus titulares ou abandono da sede do negócio,

ou ainda em situação de dissipação ou extravio de bens. Também o Ministério Público, por

todos os motivos atrás referidos, pode abrir um processo de falência de uma empresa.

O tribunal da situação do estabelecimento em que a empresa tem a sede ou exerce a sua

principal actividade é o responsável pelo processo de falência. Porém, caso não exista, o

tribunal competente é o do domicílio ou da sede do empresário devedor.

Para que o pedido de processo de falência avance é necessário fazer uma petição escrita.

Depois, seguem-se as fases da citação, da oposição, em que todos os citados têm dez dias

para deduzir oposição ou justificar os seus créditos, do despacho de prosseguimento da acção,

do julgamento, da sentença e, finalmente, da oposição por embargos.

Uma vez declarada falida por sentença, o liquidatário judicial pode proceder à liquidação do

activo dentro do prazo de seis meses.

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O endividamento é o principal factor. Os Quadros de Pessoal e a central de

responsabilidades de crédito numa empresa com o dobro da dívida de outra tem uma

probabilidade anual de saída por falência 25%maior, enquanto que para a saída por

liquidação voluntária a probabilidade cai para 5%". Mais dívida torna as empresas mais

expostas às flutuações dos juros e os proprietarios mais propensos a avançarem para a

falência.

Em média as empresas que vão à falência apresentam endividamento elevado em relação ao

patrimônio líquido, e isto acontece porque normalmente as instituições financeiras não estão

dispostas a conceder financiamento para empresas que apresentarem essa situação

desfavorável.

7.1 Motivos da falência

Os principais motivos que provocam a falência de um negócio são relacionados com falta de

planeamento e com erros estratégicos nas pesquisas de mercado:

Falta de conhecimento do ramo de actividade: Não saber direito como agir no seu ramo de

actividade é um dos erros mais comuns na hora de começar um negócio próprio. Este tipo de

problema acontece quando o empresário busca se aventurar em uma área na qual não tem

experiência. Com franquias e surgimento de novos negócios (como os ligados à internet), isto

tem prejudicado muitas empresas. A solução para isto é buscar conhecimento aprofundado

sobre a área. Pesquisas de mercado ajudam nisso.

Falta de conhecimento do público-alvo de seu negócio: Este problema acontece na maioria

dos empreendimentos. Organizações inexperientes no mundo dos negócios (e algumas

experientes também) acabam esquecendo de buscar quem é o público dos seus produtos e

serviços. O resultado disso é trágico: sem conhecer para quem quer vender, não acaba

descobrindo como vender. Não dá para pensar nas estratégias de imagem e divulgação dos

seus produtos sem saber quem atingir.

Felizmente, organizações mais visionárias têm percebido a importância de saber qual é o

público-alvo do seu negócio. Pesquisas são importantíssimas neste pormenor. As pesquisas

utilizadas neste caso servem para ver qual é o perfil dos prováveis consumidores do seu

produto. Isto é feito através de pesquisas qualitativas com consumidores de produtos

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concorrentes. Por sinal, não conhecer as empresas que actuam no seu ramo é mais uma falha

que pode ser fatal.

Falta de conhecimento dos concorrentes: será preciso saber como está o mercado e que

lugar quer atingir. Por tanto, é preciso saber quais são os erros e acertos das empresas que

estão no seu ramo de actuação. Pesquisas de opinião pública e também pesquisas de

marketing (monitorar marcas) ajudam muito a esclarecer o panorama do mercado. E com

estas informações estará muito mais próximo do sucesso.

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8. Conclusão

Concluímos que para uma empresa conseguir ter sucesso no competitivo mercado que

pretendem actuar, profissionais que militam no sector de Fusões e Aquisições deve ter

mínimas noções legais, financeiras, e administrativas.

Individualmente, o desemprego parece ser uma das grandes preocupações, a fusão costuma

vir acompanhada de uma racionalização dos serviços, via processo de enxugamento de

pessoal, o que implica necessariamente a dispensa de empregados, individual ou

colectivamente.

Uma operação alavancada é aquela em que o investidor movimenta montante financeiro

superior ao seu património empenhado. Numa operação alavancada o lucro ou prejuízo

potencial sejam proporcionalmente maiores do que sem a alavancada.

As bolsas de valores e as corretoras participantes permitem aos investidores que executem em

seus ambientes de negociação operações alavancadas, permitindo assim que os investidores

aumentem sua exposição ao risco de variação dos preços dos activos.

A falência de uma empresa é causada por falta de planeamento e com erros estratégicos nas

pesquisas de mercado. Neste sentido, as pesquisas têm papel decisivo no sucesso de uma

empresa. Pode ter certeza as chances de falir são muito menores quando se pensa e pesquisa

antes de colocar uma ideia em prática. As pesquisas devem ser feitas antes de abrir um

negócio.

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9. Referências bibliográficas

1. GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7ª Edição, São

Paulo, Editora Harbra Lda., 1997. Capítulo 11, p. 418.

2. VIEIRA, José Carlos. Gestão Financeira II. 2ª Edição revista e actualizada.

Universidade do Sul de Santa Catarina. UnisulVirtual, 2007.

3. PADOVEZE, Clóvis, Luís. Introdução à administração financeira. São Paulo:

Pioneira Thomson Learning, 2005.

4. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 4.ed. rev. – São Paulo: Atlas, 1990.

5. IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial, 4.ed. São Paulo: Atlas, 1986.

6. COELHO, Fábio Ulhoa. Comentários à nova lei de falências e de recuperação

de empresas. 3ª Ed., São Paulo: Saraiva, 2005.

7. PERROTTI E BARRUECO. Manual de aquisições e fusões das empresas. São

Paulo.2003

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BIOGRAFIA DO AUTOR

Nome Completo: Sérgio Alfredo Macore / Helldriver Rapper

Nascimento: 22 de Fevereiro de 1993

Especialização: Gestão de Empresas e Finanças

Pais / Cidade: Moçambique / Pemba

Contacto: +258 846458829 ou +258 826677547

E-mail: [email protected] ou [email protected]

Facebook: Helldriver Rapper ou Sergio Alfredo Macore