Fusões, aquisições, alavancadas e falências das empresas
-
Upload
universidade-pedagogica -
Category
Economy & Finance
-
view
519 -
download
2
Transcript of Fusões, aquisições, alavancadas e falências das empresas
1
Índice
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 2
2. FUSÕES DAS EMPRESAS .................................................................................................. 3
2.1 TIPOS DE FUSÕES DAS EMPRESAS.............................................................................. 3
2.1.2 CLASSIFICAÇÃO DE FUSÕES DAS EMPRESAS ...................................................... 3
3. AQUISIÇÃO DAS EMPRESAS ........................................................................................... 4
4. Sinergias de fusão e aquisição ............................................................................................... 4
5. Metodologia de fusões e aquisições....................................................................................... 5
5.1 Analise Financeira................................................................................................................ 5
5.2 Acordo de confidencialidade ............................................................................................... 6
6. ALAVANCADAS DAS EMPRESAS .................................................................................. 7
6.1 Índices de Endividamento .................................................................................................... 8
6.2 Formas de conseguir alavancadas ........................................................................................ 9
6.3 Recompensas e Riscos das alavancadas das empresas ...................................................... 10
6.4 Grau das alavancadas das empresas................................................................................... 11
7. FALÊNCIAS DAS EMPRESAS ......................................................................................... 12
7.1 Motivos da falência ............................................................................................................ 13
8. Conclusão............................................................................................................................. 15
9. Referências bibliográficas.................................................................................................... 16
2
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como tema: Fusões, aquisições, alavancadas e falências das
empresas
OBJECTIVO ESPECIFICO
Vamos debruçar acerca dos tipos e classificação de fusões. No que tanger a aquisição onde é
auditada. Fizemos uma busca das sinergias e metodologias de fusões e aquisições.
OBJECTIVO CIENTIFICO
Nas alavancadas iremos mostrar como calcular o indice de endividamento e o grau de
endividamento,como calcular os lucros por acçao, as rendibilidades e o grau das alavancadas
das empresas.
Analisaremos a falência e os seus motivos.
ESTRUTURA DO TRABALHO
Introdução, desenvolvimento, conclusão e as referências bibliográficas.
3
2. FUSÕES DAS EMPRESAS
Conceitualmente a operação de Fusões é a união de duas ou mais companhias que forma uma
única empresa, geralmente sob controlo administrativo da maior ou a mais próspera.
A fusão determina a extinção das organizações que se unem, para formar organização nova,
que a elas sucederá nos direitos e obrigações.
2.1 TIPOS DE FUSÕES DAS EMPRESAS
Existem dois tipos de fusões:
Fusões por Concentração: mediante a constituição de uma nova organização, para a qual se
transferem os patrimónios das empresas fundidas;
Fusões por Incorporação: quando um grupo transfere todo o património de uma ou mais
organizações para outra empresa, que se designa de empresa incorporante. Ocasionando com
isso um aumento de capital, o qual será subscrito pelos quotizas ou accionistas da empresa
incorporada. Os quotizas/accionistas das sociedades dissolvidas receberão quotas/acções da
nova organização, pois que o capital desta corresponderá à soma dos património das
organizações visionadas.
2.1.2 CLASSIFICAÇÃO DE FUSÕES DAS EMPRESAS
Dependendo da estratégia a ser adoptada, a fusão poderá ser classificada em;
Horizontal - Quando a aquisição ocorre entre empresas que possuem o mesmo foco
de actuação. Visando basicamente o aumento de participação de mercado.
Vertical - Refere-se a uma aquisição ocorrida entre empresas que se encontram em
estágios distintos no processo produtivo. Busca ganho de competitividade.
Congénere - As empresas envolvidas não actuam no mesmo ramo. Porém pode haver
alguma complementaridade em suas linhas a médio e longo prazo.
4
Conglomerado -envolve a aquisição de participação em companhias com foco de
actividades completamente diferentes, objectivando a diversificação das actividades.
3. AQUISIÇÃO DAS EMPRESAS
A aquisição é a compra do controlo de acções de uma empresa por outra empresa, sendo que,
no caso de aquisição global do património da empresa adquirida, a compradora assume o
controlo total e a empresa adquirida deixa de existir.
Em um processo de Aquisição, a empresa é plenamente auditada, o que significa tornar
acessíveis e dignas todas as informações relevantes para a sua avaliação, controlo e
planeamento. Assim pode causar deficiências ou diferenciais competitivos que não devem,
para sua subsistência, ser divulgadas ao mercado em geral, ocasião em que terceiros não
interessados poderão ter acesso privilegiado às informações confidenciais, suscitando uma
grande cautela para que concorrentes, consumidores ou autoridades fiscais não tomem
conhecimento do que deve ser protegido, preservado ou inatingível para a organização em
geral.
4. Sinergias de fusão e aquisição
A razão para uma Fusão e Aquisição está na busca de sinergias entre as empresas
envolvidas, que podem ser divididas em Sinergias de Custos, Sinergias de Receitas e
Sinergias Financeiras.
As Sinergias de Custos podem ocorrer quando há uma eficácia operacional, adquirida
através de uma melhor utilização dos processos operacionais, ou ainda através de um
aumento no poder de negociação com seus fornecedores, devido a um grande aumento no
volume de compras. Já quanto aos custos administrativos, pode ocorrer um overhead, ou seja,
dois gestores com o mesmo cargo, executando as mesmas funções. Esta sinergia de custos
administrativos pode ocorrer também pela eliminação da duplicidade de funções,
compreendendo directoria, planeamento, marketing, pesquisa e desenvolvimento, recursos
humanos, jurídico, tecnologia da informação e controle de qualidade.
5
Quanto às Sinergias de Receitas, ocorrerá a soma das receitas das empresas envolvidas, cujo
resultado será uma optimização na maneira de distribuição e comercialização, possibilitando
que os produtos e soluções resultantes da fusão ou aquisição consigam gerar receitas maiores
do que as duas empresas geravam isoladamente.
No que se refere às Sinergias Financeiras, podem ocorrer quando as empresas envolvidas se
beneficiam com a redução dos impostos pagos ou ainda conseguem uma estrutura de capital
melhor, através de acessos a recursos financeiros de custos mais baixos, pelo menor risco da
utilização da capacidade de endividamento da empresa combinada. Além disso, as empresas
podem utilizar os prejuízos fiscais e um melhor planeamento tributário, acarretando em um
ganho fiscal.
5. Metodologia de fusões e aquisições
5.1 Analise Financeira
O processo de avaliação financeira de uma empresa é algo bastante complexo. Ele exige
fortes conhecimentos de análise de balanços, economia e matemática financeira, seja por
parte de um analista ou investidor. De entre as técnicas de avaliação, destacamos as
seguintes:
I. Análise de Transacções Comparáveis: São utilizados índices derivados de
transacções consumadas dentro da mesma indústria da aquisição em potencial.
O objectivo da metodologia em apreço é identificar relações entre preços:
idealmente, as relações preço/lucro e ou os preços pagos, acima do valor de
mercado ou do valor de contabilidade, nas transacções realizadas.
II. Análise de Empresas Comparáveis: Da mesma forma que o método anterior,
utiliza a avaliação dos preços de mercado de empresas de capital aberto,
sujeitas a tendências económicas e riscos semelhantes.
III. Fluxo de Caixa Descontado: Trata-se da metodologia mais utilizada em
Fusões e Aquisições. Leva em conta as seguintes variáveis, para se avaliar
uma empresa:
6
Vendas Líquidas Projectadas
Custos Projectados
Lucros Operacionais Projectados
Lucros Operacionais Após os Impostos Projectados
Investimento Líquido Projectado
Taxa de Descontos
Fluxo de Caixa Livre Projectado
Valor Residual
Valor do Fluxo de Caixa Descontado
Ajustes
Valor Líquido do Património
A técnica do Fluxo de Caixa Descontado captura a maioria dos elementos que afectam o
valor da empresa de maneira abrangente e encontra forte sustentação em pesquisas e
projecções sobre como os mercados realmente avaliam as empresas.
5.2 Acordo de confidencialidade
Os termos do Acordo de Confidencialidade devem prever que toda e qualquer informação de
carácter técnico, financeiro ou comercial, que se relacione com a pesquisa, desenvolvimento,
invenções, serviços, produtos, produção, aplicação, consumo, finanças, comercialização ou
planos de negócios de qualquer uma das partes, inclusive, dentre outros, segredos comerciais,
dados, fórmulas, processos, outras propriedades intelectuais privadas e comunicações
sigilosas, reveladas por uma parte à outra, constituem Informações Confidenciais e que,
durante a vigência do acordo, bem como por um prazo residual após a rescisão contratual.
Cada uma das partes deverá:
Proteger e manter em sigilo as Informações Confidenciais;
Não utilizar as Informações Confidenciais para outra finalidade que não a prevista
no acordo, sendo vedado o seu emprego tanto em benefício próprio das partes,
quanto de terceiros não autorizados;
7
Tomar, às suas expensas, as precauções e providências necessárias para assegurar
o sigilo das Informações Confidenciais e para restringir ao máximo o uso não
autorizado das mesmas, inclusive requerendo eventuais medidas administrativas;
Especialmente não revelar, nem usar, ou fazer com que as Informações
Confidenciais sejam discutidas ou usadas por qualquer terceiro, sem que para isso
tenha o consentimento prévio e escrito da parte proprietária da Informação
Confidencial;
Manusear, preservar e proteger as Informações Confidenciais no mínimo com o
mesmo cuidado com que cuidaria de suas próprias Informações Confidenciais;
Divulgar as Informações Confidenciais apenas para os seus funcionários,
directores, agentes, representantes, prestadores de serviço, contratados que tenham
extrema necessidade de conhecer essas informações;
Envidar esforços diligentes para assegurar que cada um de seus funcionários,
directores, representantes, prestadores de serviço, contratados, preserve e proteja o
sigilo das Informações Confidenciais.
6. ALAVANCADAS DAS EMPRESAS
Alavancadas significa investir mais do que a nossa capacidade financeira permitiria.
Portanto, o termo designa o uso de vários instrumentos financeiros ou recursos de terceiros,
tais como empréstimos de capital, com o intuito de aumentar o retorno potencial das
operações financeiras, aumentado consequentemente também o seu risco. As alavancadas
têm, portanto, um efeito ampliador tanto dos ganhos como das perdas.
As alavancadas podem tomar a forma de um financiamento ou outro tipo de empréstimo, o
qual é investido com a intenção de ganhar uma maior taxa de retorno do que o custo do juro
desse financiamento ou empréstimo. Outra forma de alavancada é a tomada de posições
longas ou curtas através de instrumentos derivados, cuja dimensão no subjacente, o valor
nacional da posição, é superior à que seria possível ter-se de forma directa no activo
subjacente.
Em finanças, alavancadas são técnicas aplicadas para multiplicar a rentabilidade através de
endividamento. O incremento proporcionado através da alavancada também aumenta os
riscos da operação e a exposição da falência.
8
6.1 Índices de Endividamento
Os índices de endividamento medem a formação da composição do activo total da empresa,
considerando a parcela de capital de terceiros. Quanto maior esse indicador, maior será a
vulnerabilidade da empresa á oscilações de juros sobre o capital de terceiros, e mostrará o
quanto a empresa está alavancada.
Quantidade da dívida
QtD = 𝐏𝐂+𝐄𝐋𝐏
𝐏𝐂+𝐄𝐋𝐏+𝐏𝐋
Este índice mostra a quantidade de dívidas que a empresa possui, e a relação entre o capital
de terceiros (passivo circulante e exigível a longo prazo) e o total de passivo (Passivo e
Património Líquido). Este índice informa se a empresa se utiliza mais recursos de terceiros do
que recursos dos proprietários. Uma participação do capital de terceiros exagerada em relação
ao capital próprio torna a empresa vulnerável.
Qualidade da dívida
QlD = 𝐏𝐂
𝐏𝐂+𝐄𝐋𝐏
Este índice mostra a qualidade da dívida, ou seja, a relação entre as dívidas de curto prazo
com as de longo prazo. Geralmente o endividamento de curto prazo é utilizado para financiar
o activo circulante, enquanto que o endividamento a longo prazo utilizado para financiar o
activo permanente.
9
6.2 Grau de Endividamento
GE = 𝐏𝐂+𝐑𝐋𝐏
𝐏𝐋
O grau de endividamento mostra a relação entre o total das dívidas e o Património Líquido,
ou seja, o total de capital de terceiros em relação ao total de capital próprio.
6.3 Formas de conseguir alavancadas
Formas comuns de conseguir alavancadas são: tomar dinheiro emprestado, comprar activos
fixos e usar derivativos. Exemplos importantes são:
Uma organização pode alavancar seu património líquido tomando dinheiro
emprestado. Quanto mais ela toma empréstimos, menos capital próprio ela precisa.
Assim, a empresa apresentará uma relação lucros (ou perdas) / capital
proporcionalmente maior (porque a base será menor).
Uma empresa pode alavancar suas receitas comprando activos fixos. Isso vai
alavancar a proporção de custos fixos, em relação aos custos variáveis, da empresa, e
a variação da receita resultará de maior variação nas receitas operacionais, isto é, nas
receitas decorrentes da actividade principal da empresa.
Alavancadas das empresas corresponde à relação entre capital próprio e créditos aplicados
em uma operação financeira. É o uso de activos ou recursos com encargos financeiros fixos,
para aumentar os efeitos de variações do lucro antes de juros e imposto de renda sobre o lucro
por acção, ou seja, para aumentar o retorno dos accionistas das empresas. Assim, a empresa
usa recursos de terceiros (basicamente, empréstimos, acções preferenciais, etc.) para
maximizar os efeitos da variação do lucro operacional (LAJIR) sobre os lucros por acções
(L/A). Lucros por acção é a relação entre lucro liquido após imposto de rendimento (LLIR) e
o numero de acções ordinários (AO). Geralmente, elevações das alavancadas resultam em
aumentos de risco e de retorno; reduções das alavancadas resultam em menor risco e menor
retorno.
10
Lucros por acção
L/A = 𝑳𝑳𝑰𝑹
𝑨𝑶
As alavancadas das empresas é positiva quando capitais de longo prazo de terceiros
produzem efeitos positivos sobre o património líquido. Os capitais de terceiros de longo
prazo só têm vantagens para uma empresa quando o retorno sobre o património líquido for
superior ao retorno sobre o activo. De nada adiantaria a uma empresa captar recursos a longo
prazo, se estes fizessem com que o retorno sobre o património líquido recuasse à sua posição
anterior à da captação. Assim esta captação produz (ou não) no retorno aos accionistas.
6.4 Recompensas e Riscos das alavancadas das empresas
As alavancadas permite então aos investidores ou empresas aumentar o seu investimento mas
com um risco maior.
Se o investidor usar alavancadas para fazer um determinado investimento e esse investimento
resultar mal, a sua perda será tanto maior quando maior for o grau de alavancada.
Se uma empresa usar alavancadas com o intuito de potenciar os seus ganhos e gerar mais
riqueza para o accionista, mas falhar em concretizá-lo, os custos com os juros e o risco de
crédito destroem valor para o accionista. Assumindo que tudo o resto se mantém constante, se
a rendibilidade dos activos (ROA) da empresa é maior do que a taxa de juro dos seus
financiamentos, então a rendibilidade dos capitais próprios (ROE) vai ser maior do que
seria se a empresa não estivesse alavancada. De forma inversa, assumindo-se tudo o resto
constante, se o ROA da empresa é menor do que a taxa de juro dos seus financiamentos,
então o ROE vai ser menor do que seria se a empresa não estivesse alavancada.
Rendibilidade dos activos (ROA) ou taxa de retorno do activo total é a relação entre os
lucros disponíveis aos accionistas ordinários (LDAO) ou lucros líquidos após imposto de
rendimento (LLIR) e activo total.
ROA = 𝐋𝐃𝐀𝐎
𝐀𝐓 ROA =
𝐋𝐋𝐈𝐑
𝐀𝐓
11
Rendibilidade dos capitais próprios (ROE) ou taxa de retorno de capital próprio é
capital investida. Relação existente entre lucros líquidos após imposto de rendimento
(LLIR) e Património liquido (PL).
ROE = 𝐋𝐋𝐈𝐑
𝐏𝐋
6.5 Grau das alavancadas das empresas
A medida do grau de alavancadas financeiras (GAF) de uma empresa é um importante
indicador do grau de risco a que empresa está submetida. Se existe a presença de capital de
terceiros de longo prazo na estrutura de capital, a empresa estará "alavancada", ou seja, corre
risco financeiro.
Uma das fórmulas para calcular o GAF é:
GAF = RPL/RAT
Sendo:
RPL= Retorno sobre o Património Líquido = Lucro líquido/Património Líquido
RAT= Retorno sobre o Activo Total = Lucro antes dos juros e do imposto de renda/Activo
Total
Se o GAF = 1,0 a alavancada financeira será considerada nula. Nesse caso, não há despesas
financeiras, ou seja, não há capital de terceiros (geralmente instituições financeiras) na
estrutura de capital. Se o grau de alavancada financeira é igual a 1, o risco financeiro é baixo.
Se o GAF> 1,0 a alavancada financeira será considerada favorável: o retorno do Activo Total
(conjunto de bens e direitos da empresa, expressos em moeda) será razoavelmente maior que
a remuneração paga ao capital de terceiros.
Se o GAF <1,0 a alavancada financeira será considerada desfavorável. Neste caso, há risco
financeiro. Se o RPL é menor do que o RAT, o capital de terceiros está consumindo parte do
património líquido. Mesmo se o Activo Total gerar um retorno, parte desse retorno está sendo
financiada por capital de terceiros, o qual é, neste caso, remunerado a uma taxa superior à
12
taxa de retorno sobre o Activo Total. Diz-se então que o capital de terceiros está exercendo
alavancada negativa.
7. FALÊNCIAS DAS EMPRESAS
Falência é um estado em que o devedor é responsável por mais dívidas do que os bens que
possui.
O processo de falência consiste na avaliação da situação económica da empresa. Por um lado,
esta pode encontrar-se em situação de falência, isto é, pode estar incapaz de cumprir algumas
das suas obrigações por falta de meios financeiros e acesso a crédito, ou seja, o seu activo é
insuficiente para satisfazer o passivo exigível. Por outro, a empresa pode ter apenas
dificuldades financeiras que a impedem de cumprir as suas obrigações.
O processo de falência pode ser requerido pela própria empresa 60 dias depois de não ter
cumprido com pelo menos uma obrigação relevante passível de a declarar incapaz para
resolver a generalidade dos seus deveres.
Além dos próprios, também os credores podem dar início ao processo de falência de uma
empresa que se encontre em situação de incapacidade económica para resolver os seus
problemas financeiros, em caso de fuga dos seus titulares ou abandono da sede do negócio,
ou ainda em situação de dissipação ou extravio de bens. Também o Ministério Público, por
todos os motivos atrás referidos, pode abrir um processo de falência de uma empresa.
O tribunal da situação do estabelecimento em que a empresa tem a sede ou exerce a sua
principal actividade é o responsável pelo processo de falência. Porém, caso não exista, o
tribunal competente é o do domicílio ou da sede do empresário devedor.
Para que o pedido de processo de falência avance é necessário fazer uma petição escrita.
Depois, seguem-se as fases da citação, da oposição, em que todos os citados têm dez dias
para deduzir oposição ou justificar os seus créditos, do despacho de prosseguimento da acção,
do julgamento, da sentença e, finalmente, da oposição por embargos.
Uma vez declarada falida por sentença, o liquidatário judicial pode proceder à liquidação do
activo dentro do prazo de seis meses.
13
O endividamento é o principal factor. Os Quadros de Pessoal e a central de
responsabilidades de crédito numa empresa com o dobro da dívida de outra tem uma
probabilidade anual de saída por falência 25%maior, enquanto que para a saída por
liquidação voluntária a probabilidade cai para 5%". Mais dívida torna as empresas mais
expostas às flutuações dos juros e os proprietarios mais propensos a avançarem para a
falência.
Em média as empresas que vão à falência apresentam endividamento elevado em relação ao
patrimônio líquido, e isto acontece porque normalmente as instituições financeiras não estão
dispostas a conceder financiamento para empresas que apresentarem essa situação
desfavorável.
7.1 Motivos da falência
Os principais motivos que provocam a falência de um negócio são relacionados com falta de
planeamento e com erros estratégicos nas pesquisas de mercado:
Falta de conhecimento do ramo de actividade: Não saber direito como agir no seu ramo de
actividade é um dos erros mais comuns na hora de começar um negócio próprio. Este tipo de
problema acontece quando o empresário busca se aventurar em uma área na qual não tem
experiência. Com franquias e surgimento de novos negócios (como os ligados à internet), isto
tem prejudicado muitas empresas. A solução para isto é buscar conhecimento aprofundado
sobre a área. Pesquisas de mercado ajudam nisso.
Falta de conhecimento do público-alvo de seu negócio: Este problema acontece na maioria
dos empreendimentos. Organizações inexperientes no mundo dos negócios (e algumas
experientes também) acabam esquecendo de buscar quem é o público dos seus produtos e
serviços. O resultado disso é trágico: sem conhecer para quem quer vender, não acaba
descobrindo como vender. Não dá para pensar nas estratégias de imagem e divulgação dos
seus produtos sem saber quem atingir.
Felizmente, organizações mais visionárias têm percebido a importância de saber qual é o
público-alvo do seu negócio. Pesquisas são importantíssimas neste pormenor. As pesquisas
utilizadas neste caso servem para ver qual é o perfil dos prováveis consumidores do seu
produto. Isto é feito através de pesquisas qualitativas com consumidores de produtos
14
concorrentes. Por sinal, não conhecer as empresas que actuam no seu ramo é mais uma falha
que pode ser fatal.
Falta de conhecimento dos concorrentes: será preciso saber como está o mercado e que
lugar quer atingir. Por tanto, é preciso saber quais são os erros e acertos das empresas que
estão no seu ramo de actuação. Pesquisas de opinião pública e também pesquisas de
marketing (monitorar marcas) ajudam muito a esclarecer o panorama do mercado. E com
estas informações estará muito mais próximo do sucesso.
15
8. Conclusão
Concluímos que para uma empresa conseguir ter sucesso no competitivo mercado que
pretendem actuar, profissionais que militam no sector de Fusões e Aquisições deve ter
mínimas noções legais, financeiras, e administrativas.
Individualmente, o desemprego parece ser uma das grandes preocupações, a fusão costuma
vir acompanhada de uma racionalização dos serviços, via processo de enxugamento de
pessoal, o que implica necessariamente a dispensa de empregados, individual ou
colectivamente.
Uma operação alavancada é aquela em que o investidor movimenta montante financeiro
superior ao seu património empenhado. Numa operação alavancada o lucro ou prejuízo
potencial sejam proporcionalmente maiores do que sem a alavancada.
As bolsas de valores e as corretoras participantes permitem aos investidores que executem em
seus ambientes de negociação operações alavancadas, permitindo assim que os investidores
aumentem sua exposição ao risco de variação dos preços dos activos.
A falência de uma empresa é causada por falta de planeamento e com erros estratégicos nas
pesquisas de mercado. Neste sentido, as pesquisas têm papel decisivo no sucesso de uma
empresa. Pode ter certeza as chances de falir são muito menores quando se pensa e pesquisa
antes de colocar uma ideia em prática. As pesquisas devem ser feitas antes de abrir um
negócio.
16
9. Referências bibliográficas
1. GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7ª Edição, São
Paulo, Editora Harbra Lda., 1997. Capítulo 11, p. 418.
2. VIEIRA, José Carlos. Gestão Financeira II. 2ª Edição revista e actualizada.
Universidade do Sul de Santa Catarina. UnisulVirtual, 2007.
3. PADOVEZE, Clóvis, Luís. Introdução à administração financeira. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2005.
4. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 4.ed. rev. – São Paulo: Atlas, 1990.
5. IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial, 4.ed. São Paulo: Atlas, 1986.
6. COELHO, Fábio Ulhoa. Comentários à nova lei de falências e de recuperação
de empresas. 3ª Ed., São Paulo: Saraiva, 2005.
7. PERROTTI E BARRUECO. Manual de aquisições e fusões das empresas. São
Paulo.2003
17
BIOGRAFIA DO AUTOR
Nome Completo: Sérgio Alfredo Macore / Helldriver Rapper
Nascimento: 22 de Fevereiro de 1993
Especialização: Gestão de Empresas e Finanças
Pais / Cidade: Moçambique / Pemba
Contacto: +258 846458829 ou +258 826677547
E-mail: [email protected] ou [email protected]
Facebook: Helldriver Rapper ou Sergio Alfredo Macore