GazetaNossawww.gazetanossa.com.br 8601.0345/9281.3580/9222.2122

ANO VI – NO 135 – 21 A 31 DE MAIO DE 2012 – NOTÍCIAS DE JABOATÃO, CABO DE SANTO AGOSTINHO, IPOJUCA E ZONA SUL DO RECIFE – NAS BANCAS: R$1,00

COLÉGIOMARIATEREZA

3341.0709

BOA VIAGEM

Debate em Jaboatão não teve Elias GomesOs cinco pré candidatos presentes no Hotel Dorisol aproveitaram para expor intenções e atacar a atual administração. Página 3

Dos seis suplentes que deveriam tomar posse, substituindo os vereadores afastados pela justiça,apenas cinco apareceram. Dorinha mandou um procurador, alegando estar “em viagem”. Página 3

OS NOVOS VEREADORES DE IPOJUCAAdeildo do Sindicato Amara Marchante Irmão Genival RoseaneFal Dorinha

PEDÁGIO DO PAIVA MAIS CARO

Sem PalavrasO melhor do chargista Humberto Araújo

Cabo aprova lei queregulamenta atividadesde mototaxistasLei faz exigências como tempo decarteira e idade mínima de 21 anos.Quem tiver antecedentes criminais estaráfora da seleção. Página 5Foto Charleston Noronha

Novas tarifas passam a valer a partir do dia 14 de junho,com aumento de 5,1% Página 7

EspaçoDemocrático

Jaboatão dos Guararapes tem410.394 eleitores, o Cabo tem

145.224 e Ipojuca 63.505Veja mais dados da RegiãoMetropolitana na página 4

Jaboatão tem410 mileleitores

Prefeito Elias Gomes fala dosdesafios do inverno em

Jaboatão dos GuararapesPágina 5

Não faltou beleza na inauguração. Foto Charleston Noronha

NOVA LOJA O BOTICÁRIOINAUGURADA NO CABO

Empreendimento é da empresária RobertaAraújo, que já comanda uma franquia da

marca no município. Página 7

GAZETA NOSSA 135 21 a 31 de maio de 2012 PÁGINA 2

GAZETA NOSSA é um jornal quinzenal voltado a divulgar e promover a cidade de Jaboatão dos Guararapes, a Zona Sul do Recife e Cabo do Santo Agostinho. Redação e Administração: Rua Rio Bonito, 86 – Ipsep – Recife/PE –51190490. – Fone 3034.1972 – Endereço em Jaboatão: Rua João Alves de Souza, 59 – Prazeres Publicidade: Paulo Gê – 8601.0345– e-mail: comercial@gazetanossa.com.br. – Editor: Paulo Rocha. E-mail:redacao@gazetanossa.com.br – Jornalista resp: Maria do Carmo de Andrade Lima – Reg. 3181. Uma publicação de Paulo Ricardo castro da Rocha ME – CNPJ 00.399.266/0001-59 – Impressão: Edições Bagaço – Tiragem destaedição: 9.000 exemplares. Não nos responsabilizamos pelo teor de artigos assinados, podendo ou não concordar com eles. Visite nosso site: www.gazetanossa.com.br

redacao@gazetanossa.com.br

GOSTCHEISim

GOSTCHEINão

Do início do plantio de árvoresnos canteiros centrais daEstrada da Batalha. Estou louco

para ver toda a avenida com overde das palmeiras. Aguardando

isso, dou os parabéns antecipados aoconsórcio responsável pela obra.

Parece piada. Jaboatão foi incluso naSemana Nacional de Museus “objeti-vando a reflexão da sociedade sobrea importância em preservar a históriada cidade”.Primeiro: não há um só imóvel históricorecuperado pela Prefeitura, muito pelocontrário. Segundo: Jaboatão simples-mente não tem museus!

Academia das cidades desati-vada em Barra de Jangada – Mora-dores de Barra de Jangada, estão re-voltados com o descaso com os espa-ços de lazer da comunidade.

Denúncia da Associação de Mora-dores do Conjunto Praia do Sol diz quea Academia da Cidade há um mês nãotem atividade de ginástica e esporti-vas por falta de segurança. Segundo opresidente da Associação, MarcioniloGuimarães, a Academia foi arromba-da pela terceira vez, e os vândalosdestroem tudo e nada é feito pelos

Instituto Histórico – O InstitutoHistórico de Jaboatão, parabeniza aGazeta Nossa pela excelente ediçãoespecial publicada no transcurso dos419 anos da cidade de Jaboatão dosGuararapes. Um verdadeiro docu-mento historico da cidade, que nosemociona e engrandece. Estamoshonrados e agradecidos pelas refe-rências nesse trabalho jornalístico,histórico e cultural, e faremos cons-tar em ata, na reunião de diretoria,votos de reconhecimento pela im-portância do trabalho, aos diretoresPaulo Rocha e Paulo Gehner

Agradecemos ainda pela cober-tura e divulgação, na edição 134, dasolenidade de 39o aniversário do IHJe posse da nova diretoria.

Ivaldo Montarroios – Jaboatão

Edição especial – A edição es-pecial da Gazeta Nossa em comemo-ração aos 419 anos da cidade de Ja-boatão fez-me relembrar da épocaem que trabalhava no Engenho Suas-suna, nos anos 90, quando ainda ti-nha um bom estado de conservação.

Mototaxistas – Não é com-paração, não. Mas enquanto oprocesso de legalização dos mo-totaxistas em Jaboatão ficou pa-rado num canto, desde outubrode 2011, na vizinha cidade doCabo de Santo Agostinho o pro-blema está sendo resolvido.

Moradores do entorno da Avenida Ayrton Sen-na reclamam da maneira como foi entregue aotrânsito o trecho do Habib’s em diante. Falta ilumi-nação, falta sinalização, faltam agentes de trânsitono local. Como foram retirados os canteiros cen-trais, aumentou a dificuldade para as pessoas atra-vessarem a via. Antes faziam isso em dois tempos.Primeiro até o canteiro central, depois até a outracalçada. Agora, com a duplicação, em certos horá-rios é simplesmente impossível atravessar de umlado a outro.

Vamos lá, pessoal do trânsito de obras! Va-mos sinalizar, instalar faixas e semáforos para opovo. E vamos iluminar a via, à noite está umperigo.

A difícil travessia na Ayrton Senna, em Piedade. Sem chances para o pedestre

Pedestres aguardam para atravessar a via, em frente ao Habib’s

Na Vila Maria Lúcia, no Ipsep – Dia 21 foi feita reunião sobrepoliciamento nas comunidades de Vila Maria Lúcia e Vila Aliança, nasede da Associação dos Moradores. Segundo o presidente Airton Guer-ra, esteve presente o Cap. Ricardo, comandante da 2ª CIA do 19º BPM,que falou sobre a união da Associação, Comunidade e Polícia Militar.

Porém o abandono deste prédio não

é simplesmente de uma estrutura fí-

sica, mas de uma parte do passado,

o que é de se lamentar.

Quero parabenizar a Gazeta Nos-

sa pelo espaço Fala, Leitor, que vem

obtendo muito êxito junto às comu-

nidades, onde é uma maneira de tor-

nar públicos problemas relacionados

à sociedade, pois os torna eviden-

tes, o que proporciona sua solução

mais rápida.Severino Gonçalves – Jaboatão

Cajueiro Seco – Aqui perto daestação de Cajueiro Seco não há ne-nhum local de lazer para os morado-res, e nem sequer um espaço paraas crianças brincarem. O pior é queficamos perto do Hospital MemorialGuararapes, e os carro e motos pas-sam em alta velocidade, não respei-tam ninguém e não tem lombadas.Na esquina da Igreja dos Mormons jáaconteceram vários acidentes, inclu-sive com morte, e nenhuma autori-dade toma providências

Joselane Belo – Cajueiro Seco

Barulho em Piedade– Somos vizinhos de um restau-

rante chamado Timoneiro, na Av. Ber-nardo Vieira Melo em Piedade.

Há mais de 60 dias, um dos com-pressores das unidades de ar condici-onado do restaurante (que fica em áreaque se comunica diretamente com osapartamenteos do edifício) passou aemitir um som estridente, em frequ-ência capaz de impedir o bem estardos moradores do prédio, impossibili-tando assistirmos TV, conversarmos eprincipalmente, dormirmos.

Os moradores procuraram o titu-lar do estabelecimento, que se com-prometeu em resolver o problema(imediata substituição do compres-sor) em diferentes datas, mas até ago-ra nada aconteceu.

Recorremos a Prefeitura Munici-pal, que anotou o pedido de verifica-ção e até o presente momento nãodeu resposta. Quando se liga pergun-tando, a informação é de que o pro-tocolo não é encontrado nem na Re-gional 06, nem na Secretaria de Fisca-lização para onde pedem para ligar.

Manoel Jose Ferreira de Brito

Mudando o curso das águas– Em Jaboatão, o que parece impos-sível acontece. O proprietário ouusuário deste terreno na Estrada daIntegração simplesmente mudou otrajeto de um riacho para poder ater-rar a área. Agora o riacho tem nadamenos que três esquinas de 90graus! E tudo isso nas barbas da ad-ministração e da inoperante Secre-

Em amarelo o provável curso anterior do riacho. Em vermelho, o atual curso

taria de Meio Ambiente. E aí ficamas perguntas: quem autorizou? Ondeestão as licenças, inclusive as ambi-entais? Cadê as placas com o nomeda empresa e dos engenheiros res-ponsáveis?

Vale lembrar que isto é área dealagados durante o inverno. Não éuma curva destas que vai segurar aágua nos próximos meses.

Leitora diz que Tribunal de Justiça deixa pessoas ao relento – Denúncia contra a Central de Queixacriada pelo Tribunal de Justiça em Jaboatão no 2º JEC de Piedade. As pessoas, para prestar queixa, têm quechegar às 5:00 hs da manhã (só atende 20 pessoas ao dia), ficando todos no meio da rua ao relento, pois só temdois funcionários da Justiça para atender as pessoas das queixas. Uma Cidade do grande Recife ter uma centralde queixa no juizado que funciona de forma precária. Solicitamos liberar a entrada das pessoas para não ficaremexpostas ao relento na rua. Espero a gentileza do atual do atual presidente do Tribunal de Justiça para resolveresse grande problema. A sociedade de Jaboatão, agradece.

Ivone – Jaboatão dos Guararapes

Bethoven – Enquanto sãoanunciadas atrações para o pró-ximo PEfolia, recebo pedido deum artista baiano que venceu oFestival da Canção 2011 em Ja-boatão: ele quer que alguem in-terceda para que ele receba oprêmio a que fez jus.

órgãos de segurança.Outro problema é a situação da

praça da comunidade. Brinquedosquebrados, telas da quadra de es-portes arrebentadas, grades destru-ídas. Marcionilo diz que protestos jáforam feitos, mas até o momentonenhuma medida foi tomada. “Seráque a única praça da comunidadesó vai ser recuperada às vésperasda eleição?”, diz o morador Marcelode Aquino.

Segundo ainda Marcionilo, já fo-ram encaminhados ofícios e uma co-

missão foi pessoalmente à Prefeiturapedir uma solução. “Estamos aguar-dando uma ação para a recuperaçãodos espaços, como também seguran-ça, pois estes são os únicos espaçosde lazer da comunidade.” Diz o presi-dente da associação.

Rua Sílvio Rabelo – Falar em se-gurança, os moradores da Rua SílvioRabelo também estão de bronca coma segurança pública. Estão fazendouma lista de assaltos na rua. Em umasemana contabilizaram três!

Marcas dos assaltos na Academia da Cidade e ação dos vândalos na praça: grade de proteção foi derrubada e levada embora.

GAZETA NOSSA 135 21 a 31 de maio de 2012 PÁGINA 3

Elias Gomes não participa do primeirodebate entre prefeituráveis de Jaboatão

MIRELLA MARTINS JABOATÃO

A oposição de Jaboatãomostrou sintonia ao participar,dia 21 de maio, do "CidadeDebate”, que iniciou seu ci-clo de discussões entre ospré-candidatos ao pleito mu-nicipal. O encontro foi promo-vido pela Associação Comer-cial de Pernambuco (ACP) epela Associação das Empresasde Planejamento e Consulto-ria Empresarial do Nordeste(Assemp) e reuniu cerca de120 pessoas no Hotel Dorisol,em Piedade. Estiveram pre-sentes os pré-candidatos JoãoFernando Coutinho (PSB),Luiz Carlos Matos (PTB), Elie-zer Costa (PPL), Cleiton Co-lins (PSC) e Fernando Rodo-valho (PRTB). Para mediar osdebates, foram convidadosprofessores da UniversidadeFederal de Pernambuco(UFPE), Universidade Católi-ca (Unicap) e Faculdade Mau-rício de Nassau (FMN) e do

Da esquerda para a direita: Eliezer Costa, Cleiton Collins, João Fernando Coutinho, Luiz Carlos Matos eFernando Rodovalho. Foto: Ademilton Barbosa

“Não sou pré-candidato, sou prefeito”, declarou o gestor de Jaboatão dos Guararapes, ao declinar do convite para participar do debate com outroscinco pré-candidatos. Também não compareceram Paulo Varejão, do PMN, Paulo Bartolomeu, do PRB e Cesar Ramos, do PSOL.

segmento político.Os prefeituráveis aprovei-

taram para criticar a gestão deElias Gomes (PSDB), que nãocompareceu, alegando não

participar de debates até asconvenções, em junho. "Nãosou pré-candidato. Sou prefei-to", argumentou.

O deputado João Fernan-

do Coutinho (PSB) foi o primei-ro a ser sorteado. O socialistaabriu seu discurso contandosua trajetória política e refor-çou o apoio que recebeu do

governador Eduardo Campos

(PSB), utilizando seu modelo

de gestão como referência.“Jaboatão é maior que muitas

cidades brasileiras, mas encon-

tra-se atrasada. Precisamos darritmo e pressa a Jaboatão, que

está localizada entre a Capital

do Estado e o maior polo dedesenvolvimento, o Porto de

Suape. Precisamos fazer com

que o desenvolvimento che-gue aqui” criticou Coutinho,

que mais recebeu palmas de

apoio.O deputado Cleiton Colins

(PSC) também teceu críticas:“

A atual gestão não está com acabeça aqui. É necessário

pensar em uma política de pri-

oridades e não fazer uma ma-quiagem urbana no período

eleitoral. Existem bairros in-

transitáveis”, reclamou. Outroque fez cobranças a Elias Go-

mes foi o ex-prefeito Fernan-

do Rodovalho (PRTB). “Eliasdeveria estar presente para

prestar contas sobre as pro-messas de calçar ruas. Ele

mente sobre a dívida de Ja-

boatão”, declarou.Luiz Carlos Matos (PTB)

apontou algumas propostas

que pretende fazer, caso elei-to. “É necessário formar uma

agência de desenvolvimento

econômico de Jaboatão paraprestar serviços. Na Saúde,

temos que ter um serviço

odontológico 24 horas”, fri-sou Matos. Por último, o ve-

reador Eliezer Costa (PPL)

apontou os gastos feitos pelaPrefeitura. “Jaboatão tem

gastos de R$ 100 milhões e

não vemos a cidade crescer.Precisamos elaborar novas

vias e dar espaços para as fá-

bricas. O prefeito não fezuma só casa para o povo”,

disse Eliezer Costa.

O Ciclo de Debates será re-alizado também nas cidades

de Ipojuca, Cabo de Santo

Agostinho, Olindae Recife.

PAULO ROCHA IPOJUCA

A Câmara Municipal deIpojuca empossou, dia 22 demaio, seis suplentes a vere-ador no cargo, em virtude doafastamento dos titulares,no início do mês, sob váriasacusações, como peculato eformação de quadrilha. As-sumiram a vereança cincointegrantes do Partido De-mocrático Trabalhista, o PDTe uma do PSL – Partido Soci-al Liberal. Foram eles Adeil-do do Sindicato (PDT), Ir-mão Genival (PDT), AmaraMarchante (PSL), Fal (PDT),Roseane (do PDT, ex-secre-tária de Turismo) e Dorinha(PDT). Esta última, que tevepouco mais de 200 votos naúltima eleição, sequer foi àposse, alegando “motivo deviagem” conforme informa-ções do jornalista BatistaNeto.

A decisão de afastar osvereadores foi tomada pelajuíza da Vara Criminal de Ipo-juca, Andréa Calado, aten-dendo solicitação do Minis-tério Público, que pediatambém a prisão dos acusa-dos, o que a juíza entendeunão ser necessário, pois osimples afastamento já per-mitiria o bom andamentodas investigações.

Os vereadores afastados(Júnior Alves (PSL), NemBatatinha (PDT), Paulo Lins(PDT), Fernando de Olivei-ra (PSL), Valter Pimentel(PMDB) e Carlos GuedesMonteiro (PMDB) entraramcom recursos. Até o fecha-mento desta edição, já se sa-bia que o recurso de NemBatatinha já havia sido ne-gado, estando os outros

Suplentes tomamposse em Ipojuca

para terem resposta da justi-ça a qualquer momento.

De olhoA população está de olho

nos novos representantes.Um movimento foi organiza-do para pressionar no senti-do de que não repitam e nemencubram atos de outros, se-gundo Fabiana Honório, umadas organizadoras. Os inte-grantes querem também pu-nição severa aos acusados,assim como a devolução aoscofre públicos de todo o di-nheiro que possa ter sido des-viado.

BensTambém na Internet pres-

são poderá ser constante. En-quanto o jornalista BatistaNeto já criticava a postura davereadora Dorinha, que me-nosprezou a própria posse, oblog Ipojuca transparente di-vulgou os bens declaradospelos suplentes ao TribunalEleitoral na eleição de 2008.Anote aí para cobrar nas fu-turas eleições:

Adeildo do Sindicato:uma casa no valor de 18 milreais; uma caminhonete 94no valor de 22 mil reais e umamoto no valor de 10 mil reais,totalizando 50 mil reais de pa-trimônio.

Roseane Maria Lins de Al-buquerque: uma casa emIpojuca no valor de 80 mil re-ais e um veículo 2003 no va-lor de 15 mil reais, totalizan-do 95 mil reais de patrimô-nio. Amara Marchante, Ir-mão Genival, Fal e Dorinhadeclararam não ter nenhumbem em 2008. Nerm casa,nem nem carro, nem dinhei-ro no banco, totalizando Zeroreais de patrimônio.

Apenas cinco suplentes foram tomar posse.Dorinha não foi e mandou um procurador

Da Secom Cabo – A Lei No

12.527/2011, que regulamentao direito constitucional deacesso dos cidadãos às infor-mações públicas, foi tema deuma reunião realizada nessaterça-feira (22/05) entre secre-tários municipais da Prefeitu-ra do Cabo de Santo Agosti-nho. O objetivo do encontrofoi regulamentar o acesso atodo e qualquer cidadão a do-cumentos e informações queestejam sob a guarda de ór-gãos públicos em todos ospoderes (executivo, legislati-vo e judiciário) e os níveis degoverno (união, estados, mu-n i c í p i -os, eDistritoF e d e -ral). Areuniãoaconte-ceu noCentroAdministrativo Municipal e foiuma iniciativa da Controlado-ria Geral do Município.

Durante a reunião, foi dis-cutida a normatização da Leide Acesso à Informação (LAI)– que entrou em vigor no âm-bito nacional dia 16 de maio –e as diretrizes que serão toma-das para assegurar a sua im-

Cabo discute a Lei deAcesso à InformaçãoLei entrou em vigor dia 16 de maio e prevêacesso a todos os documentos públicos

Foto: Divulgação Secom/Cabo

plementação no município.De acordo com o controladorGeral do Cabo, Maurício Ce-zar, a LAI tem um papel essen-cial no cumprimento do prin-cípio da publicidade, sendofundamental permitir que to-dos os atos, contratos e instru-mentos jurídicos da adminis-tração pública sejam conheci-dos por todos os cidadãos.“Esta lei permite que a socie-dade civil participe de formaeficaz de todas as esferas dogoverno, possibilitando que apopulação exerça ativamenteo controle social, agindo comofiscal direto do povo e, conse-

quentemen-te, colabo-rando parainibir a cor-rupção”, des-tacou.

A n t e c i -pando-se à leide Acesso à

Informação, a Prefeitura doCabo já disponibilizava em seuPortal da Transparência infor-mações de diversas áreas dagestão municipal, como licita-ções, receitas, despesas, legis-lação e outros. Para maiores in-formações, acesse o site(www.cabo.pe.gov.br) e cliqueem Portal da Transparencia.

www.blogdasppps.blogspot.com

Centro cultural – É com grande satisfação que estacoluna parabeniza a Caixa Econômica Federal pela inau-guração de seu Centro Cultural no antigo edifício da Bolsade Valores de Pernambuco, no Recife Antigo.

Mais um espaço do Recife dedicado à difusão da arte eda cultura se junta a outros já existentes, como o InstitutoSantander, o Centro dos Correios e futuros equipamentoscomo o Paço do Frevo e o espaço Do cais ao sertão.

Falta o Banco do Brasil desengavetar o seu projeto quehá muito foi anunciado e não saiu do papel ainda.

A Copa 2014 e as bebidas – Fico pensando nessaceleuma que esta gerando a aprovação da Lei Geral daCopa na autorização para vender bebidas nos estádiosdurante a mesma. Uns dizem que é uma afronta a nossaconstituição, outros que estamos deixando que uma enti-dade dite o que se deve ou não fazer no Brasil para quepossamos sediar esse evento que não acontece em nossopaís há 62 anos.

Essa é uma oportunidade única que exigências tão pe-quenas como esta não vai desestabilizar a nossa lei maior(que inclusive já é todo o dia rasgada pelos poderosos).Quem quiser beber nos estádios, que beba, já existe a LeiSeca, é só colocar blitz com bafômetro na saída dos está-dios, resolvido o problema.

Não vamos politizar algo que já sabíamos, seria umaexigência desde o começo da postulação da candidatura.

A Copa do Mundo é um evento muito maior que essaspolêmicas sem sentido. Já esta gerando milhares de em-pregos, espero que a infraestrutura necessária seja con-cluída a tempo e no fim todos sairão ganhando.

Endereço: Rua dos Prazeres, 258, CoelhosAtendimento: de segunda a sexta, das 8h às 12h e das14h às 17h30Contato: 3221.6206/9728.0623Doações (qualquer valor): Banco do BrasilAgência: 1839-2Conta Corrente: 1910-0

ONG Viva RachidUma instituição em apuros. É nessa situação que se

encontra a ONG Viva Rachid, que ajuda famílias de crian-ças portadoras do vírus da Aids. O prédio do grupo, locali-zado no bairro dos Coelhos, no Recife, sofre com proble-mas estruturais graves. Não bastasse isso, a instituição temtido dificuldades em conseguir recursos financeiros e oapoio de voluntários.

Esta coluna pede o apoio a todos os entes da socieda-de civil, iniciativa privada e comunidade em geral que nãopermitam que essa entidade deixe de existir. O legadodesta criança que lutou com dignidade até o fim de suacurta vida e a obstinação da sua mãe, não podem ser es-quecidos ou abandonados à própria sorte.

GAZETA NOSSA 135 21 a 31 de maio de 2012 PÁGINA 4

redacao@gazetanossa.com.br

blogdoroberto58.blogspot.com

O BLOG DA POLÍTICAEM JABOATÃO

www.edmarlyra.com

COLUNA REDIGIDA EM 16/05/2012

Do Blog do Roberto Santos

Apartes

MudançaDesejamos sucesso a Jor-

ge Lemos, que passou a co-mandar a Secretaria de Co-municação de Jaboatão.

DestaquesOs maiores destaques da

política este mês foram doisacontecimentos que mos-tram a força da democracia:o debate entre os pré-can-didatos em Jaboatão e o“imbroglio” na Câmara deVereadores de Ipojuca. Um,mostrando a possibilidadedo convívio pacífico de idéi-as. Outro, expondo as vísce-

Campeão também nas urnasQuando disputou sua primeira eleição para vereador

do Recife, Antonio Luiz Neto abriu uma dissidência contrao seu tio Aristófanes de Andrade que disputava reeleiçãopelo PFL. Obteve 1.675 votos em 1988 pelo PTB, enquan-to seu tio obteve apenas dois mil e poucos votos, apósexercer o cargo de vereador da capital por oito mandatos.Seu pai, Antônio Luiz Filho foi vereador do Recife e depu-tado estadual por cinco mandatos. E seu tio, Aristófanesfoi um grande presidente do Santa Cruz Futebol Clube.Em 1992 em mais uma disputa, dessa vez pelo PSC, obte-ve 3.482 votos e conquistou seu primeiro mandato. Já em1996, triplicou sua votação, sendo o mais votado do pleitoe começou a se consolidar como um dos vereadores maisvotados do Recife. Na última eleição, em 2008, ALN conse-guiu obter 12.364 figurando mais uma vez como um doscampeões de urnas da capital pernambucana. Na eleiçãode outubro, o petebista e presidente coral deve dobrar suavotação ou até mesmo triplicar. Considerando a sua grandeaceitação nas camadas mais populares que torcem peloSanta Cruz. O vereador depois do bicampeonato coral jácolocou seu nome na história do clube, e tem grandes chan-ces de entrar para a história do Recife como o vereadormais votado de todos, superando os campeões HumbertoCosta em 2000 e Gustavo Krause em 1988. O petebista seráum grande puxador de votos em outubro.

Olinda – Renildo Calheiros (PCdoB) será o candidatoúnico da Frente Popular e terá como vice o ex-deputadoAlvaro Ribeiro (PSB). Ricardo Costa (PTC) vai adiar o pro-jeto para não constranger o governador.

Tadeu Alencar – Secretário da Casa Civil com grandetrânsito político, apesar de ser técnico, Tadeu pode ser ocandidato de Eduardo a governador em 2014, sendo 'aDilma' do socialista pernambucano.

PSD – Sem fundo partidário e sem tempo de televi-são, o PSD de André de Paula deverá coligar com o chapãoda Frente Popular, ou pelo menos com o PSB nas eleiçõesdo Recife.

Carta branca – Segundo comenta-se no PSB, o depu-tado João Fernando Coutinho não seria candidato pra va-ler, mas como a candidatura agradou e ele tomou gostopela coisa, deve receber o apoio de Eduardo para o pleito.

Petistas – Está praticamente sacramentado o apoio doPartido dos Trabalhadores a reeleição do prefeito Elias Go-mes. O PT espera reeleger Robson Leite e Ricardo Valois.

Quem dança? – O PMDB mesmo com a candidaturade Raul Henry deverá eleger apenas dois vereadores. Bri-gam por duas vagas André Ferreira, Liberato Costa Júnior,Jarbas Filho e Jayme Asfora.

Não apoia – O deputado Gustavo Negromonte confir-mou a interlocutores que não apoiará a candidatura doprimo Jarbas Vasconcelos Filho a vereador. Inclusive dire-cionou suas lideranças para Augusto Carreras (PV).

Família – Carlos Santana (PSDB) aposta todas as suasfichas no namoro da sua filha com um filho do governadorEduardo Campos. O tucano considera que isso será fatordeterminante para o socialista apoiá-lo na disputa pelaprefeitura de Ipojuca.

Vereadores insatisfeitosIncertezas deixam a Câmara dos Vereadores do Ja-

boatão sem votar mais de 17 projetos do Executivo mu-nicipal. Tenho sido procurado por alguns vereadores queestão demonstrando muita insatisfação com o Executi-vo. Segundo um dos parlamentares, depois que a novaarticuladora política assumiu o lugar deixado provisoria-mente por Ronildo Albertin, a comunicação política en-tre os dois poderes ficou mais difícil. “Temos que me-lhorar e muito a relação entre os poderes do município,não podemos colocar em risco o nosso mandato, mui-tas coisas foram acertadas com o outro articulador eisso não pode ser simplesmente zerado. São obras queassumimos com a nossa base, manutenções de ruas,iluminação pública e outros compromissos que, paranós, é importante e fundamental para a nossa reelei-ção” Desabafou um vereador. “A única arma que temossão os projetos de interesse do Executivo que hoje seacumulam e que nós não vamos votar antes que oscompromissos sejam atendidos” Finalizou.

Abreu e Lima – 77.611Araçoiaba – 15.215Cabo – 145.224Camaragibe – 111.473Igarassu – 69.761Ilha de Itamaracá – 14.146Ipojuca – 63.505Itapissuma – 15.580Jaboatão – 410.394Moreno – 43.624Olinda – 306.772Paulista – 199.305Recife – 1.171.211São Lourenço – 73.890

Fonte: Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco

Pernambuco já tem quase6 milhões e meio de eleitores

O Tribunal Regional Eleito-ral de Pernambuco divulgou osnúmeros para a eleição de2012. São 6.463.495 (Seis mi-lhões, quatrocentos e sessen-ta e três mil e quatrocentos enoventa e cinco eleitores.

Em números arredonda-dos, a capital de Pernambuco,Recife, lidera em números,

com um milhão cento e seten-ta mil eleitores, seguida deJaboatão dos Guararapes, com410 mil. O terceiro colégio elei-toral é Olinda, com 306 mileleitores.

O município com o menornúmero de eleitores de Per-nambuco é Ingazeira, com3.724 eleitores.

Arrecadação no Cabo– Se depender do Portal daTransparência da Prefeiturado Cabo, a arrecadação domunicípio vem caindo. De-pois de arrecadar uma mé-dia mensal declarada em2011 acima de 346 mil reais,em 2012, passados 5 meses(até o dia 22/05) a médiamensal caiu para pouco maisde 316 mil. Estranho, porquea arrecadação do IPTU, con-centrada nos primeiros me-ses do ano, normalmenteeleva a média destes meses.

Renovação – O caso daCâmara de Vereadores deIpojuca é mais um sinal daresponsabilidade que temosquando votamos em umcandidato a vereador. Mos-

Candidatos e candidatos – É interessante obser-var as estratégias dos principais pré-candidatos em Ja-boatão (João Coutinho, Luiz Carlos Matos, Eliezer Costae César Ramos). Dois deles, Eliezer e César Ramos, se-guem a linha do Vale-Tudo, despejando golpes a torto ea direito no atual gestor, Elias Gomes. Já João Coutinhoe Luiz Carlos Matos fazem o estilo ponderado e a indis-pensável lição de casa. Mapear pessoalmente toda a pro-blemática social e geográfica de Jaboatão, indo literal-mente em todas as comunidades.

Não fossem as inevitáveis coligações cheias de coe-lhos nas cartolas, eu diria que estes dois meninos pode-riam dar dois excelentes vices. Enquanto os candidatosa prefeito cuidariam de conquistar votos, eles cuidariamda artilharia pesada.

ras doentes do oportunismoque muito se abriga por trásdos mantos obscuros dasinstâncias de poder público.Estivesse o Brasil em umaditadura, de esquerda ou dedireita, e não treríamos ne-nhuma das duas notícias emnossas páginas.

Kelly – O PPS de Ja-boatão pode eleger a primei-ra mulher representante dosCatadores de Lixo. O nomedela é Kelly Sales e ela de-senvolve um trabalho pelosdireitos dos catadores, epode surpreender.

O primeiro debateA rigor, nem podemos

dizer que houve um deba-te, uma vez que todos ospré-candidatos presentesno Hotel Dorisol dia 21 es-tão entrincheirados naoposição. Além disso, oque os une na aparência éa possibilidade de um se-gundo turno, só imaginávelcom pelo menos três ouquatro candidatos oposici-onistas. Se não for assim,Elias pode ser reconduzidoao poder com facilidade.

De qualquer forma, fo-ram proveitosos os 20 minu-tos dados a cada candidatopara expor suas idéias.

Rodovalho – Deu paraver que Fernando Rodova-lho vai continuar batendona inútil e desgastada teclado embate “olho no olho”,fruto de sua presunção deque é o único candidato deoposição com forças a me-dir com o atual prefeito.

Eliezer – O HomemBomba também corre pe-rigo de cantar o samba gos-pel de uma nota só. Suasdenúncias já tendem a serepetir, e as propostas nãoaparecem.

Cleiton Collins – Nãoconvence ao dizer que umpossível governo seu nãoterá viés religioso. Na ver-dade, não convence nemao dizer que é candidato,estando seu partido abole-tado nos ombros do podermunicipal.

João Fernando Couti-nho – Apesar de andar mui-to por Jaboatão, pareceque não fixou os proble-mas da cidade ou ainda nãosabe como resolvê-los.Tem discurso positivo masgenérico. Seu grande trun-fo ainda não é seu nome,

mas o nome do governador.Luiz Carlos Matos – Fora

a dificuldade em parecer sim-pático, é hoje o mais prepara-do, falando com conhecimen-to e colocando propostas fac-tíveis e simples. A idéia demais dois Distritos Industriaise um Centro de Convençõespor certo atrai os empresári-os. Falta incluir no discurso opovão, dono do voto.

Luiz Carlos Matos (PTB)

João Fernando Coutinho (PSB)

Eliezer Costa (PPL)

Elias e não-candidatura – Claro que todos sabemque o prefeito só disse que “não é candidato, é prefei-to”, para não se submeter a um desgastante debateonde ele seria o único a estar na berlinda.

Debates à parte, Elias não está parado nem despre-ocupado. Trabalha primeiro para garantir a permanên-cia da base aliada, ou pelo menos dos partidos maisrobustos, através deum sistema multi-mídia que docu-menta os represen-tantes instados a de-clarar e a redeclararseu apoio. Paraquem é o dono dabola e do campo, ébem mais fácil.Como ninguém querperder cargos devéspera, os aliados,mesmo com outroshorizontes à vista,vão lá e fazem o quetem de fazer, mesmo que a decisão soberana possa sedar em outras instâncias, e com rumos diferentes.

Exemplos do sucesso desta tática foram as recentesdeclarações de apoio do PPS, PSD e PMDB. Débora Al-buquerque saiu nas fotos abraçada com o chefe do exe-cutivo pouco tempo depois de abandonar o cargo queexercia no Procon Jaboatão. Um vídeo onde diz que as“reivindicações” avançaram ficou indelével no Youtubepara quem quiser ver, ontem, hoje ou amanhã.

A mesma tática já havia sido usada com PV e PDT eagora também com PSD e PMDB. Fotos e vídeos sãousados de maneira legítima, claro, mas fica o compro-metimento “gravado para a posteridade”. Quem quiserseguir outro rumo, terá no mínimo de dar explicações.

Dirigentes do PSD e do PMDB declaram apoio ao prefeitoElias Gomes. Foto: Divulgação

tra também que a necessi-dade de renovação dos le-gislativos é grande. Não sóem Ipojuca, mas na maioriadas cidades há um cartel vi-ciado e um sistema viciosoque permite a existência develhas práticas. Oportunis-mo, uso da máquina, venali-dade, falcatruas sem falar dopior dos crimes, que é a com-pra de votos, pagos em di-nheiro ou através de um des-carado assistencialismo.

É preciso renovar os le-gislativos e varrer estas prá-ticas horrorosas das câmarasmunicipais. Temos bons can-didatos e a internet e suasredes sociais se transforma-ram na melhor ferramentade avaliação destes preten-dentes.

Elias e Débora Albuquerque

Área Metropolitana do Recife:

GAZETA NOSSA 135 21 a 31 de maio de 2012 PÁGINA 5

Espaço aberto a quem queira se manifestar com relação às eleições 2012, com idéias, proposições oucríticas. Os artigos devem vir com no máximo 700 palavras, sem ofensas pessoais nem linguajar chulo.Enviar para redação@gazetanossa.com.br.

EspaçoDemocrático

Aprovada regulamentaçãode mototaxistas no CaboProjeto do executivo foi aprovado por unanimidade pelos vereadores

Luzarcos é um dos grandesexpoentes do Cabo de SantoAgostinho no campo das artes.Recebemos dele uma espé-cie de “carta aberta” ondequestiona o prefeito Lula Ca-bral sobre alguns problemas dacidade. Reproduzimos abaixo,deixando desde já o espaçoaberto para que qualquer pes-soa da administração cabense– preferencialmente o próprioprefeito – possa responder.

“A cidade do Cabo de San-to Agostinho, tem passadonestes últimos anos, por gran-des transformações, principal-mente no número de habitan-tes. Aumentamos em mais dequarenta mil novas pessoas,morando aqui na cidade; pes-soas vindas de várias localida-des do Brasil e até do exterior,como consequência dos inves-timentos do complexo portu-ário de Suape e da refinariaAbreu e Lima. Esse grande flu-xo de pessoas em nossa cida-de já era aguardado por todos,e as perguntas que eu faço são:

1 – Porque que o prefeitoe sua equipe de governo, com

quase oito anos, não preparoumelhor a cidade, sendo que averba do município hoje é demais de 2 bilhões e quinhen-tos milhões de reais, enquan-to na época do governo EliasGomes essa verba não chega-va a seiscentos milhões?

2 – Se existe essa verba,porque é que falta médico noshospitais e professores nasescolas, estando a cidade comuma deficiência de mais dedez mil estudantes fora da salade aula?

3 – Por que o nosso litoral

sofre tanto com o descasodesse governo municipal senós temos atrativos turistícosda mais alta importância parao nosso estado? Sabemos queo senhor prefeito prefere apraia de Porto de Galinhas; masabandonar a cidade que o se-nhor administra, assim é de-mais!

4 – Por que Lula Cabral,você está investindo numacandidatura que nem mesmovoce acredita, pois Vado daFarmácia já se mostrou contrá-rio a algumas ações de seu go-verno?

5 – Por fim, Lula Cabral,porque é que ninguém con-segue ligar pra sua rádio, (CaboFM), quando você, ou algumde seus secretários estão sen-do entrevistados? Será que ficacombinado com seus assesso-res de imprensa, ou é pormedo de gaguejar ou de nãosaber responder o que a ver-dadeira população quer e pre-cisa saber?

LuzarcosCabo de Santo Agostinho

CHARLESTON NORONHA CABO

Os mototaxistas do Cabode Santo Agostinho lotaram aCâmara de Vereadores domunicípio na manhã de quar-ta-feira (16) para acompanhara votação do projeto de leique regulamenta a profissãona cidade. O projeto de lei denúmero 0004/12, de autoria dopoder executivo, foi aprovadopor unanimidade pelos parla-mentares da casa e dita regrasque vão trazer organização evalorização para o serviço,além de mais segurança paracondutores e passageiros. Ago-ra, profissionais e usuários doserviço, aguardam a sanção doprefeito para que as regras dalei entrem em vigor.

Atualmente a cidade pos-sui cerca de 500 mototaxistasdistribuídos em nove pontos.O valor da corrida custa emmédia R$ 3,00. Legalizados,eles poderão emitir nota fiscal

e prestar serviços às empre-sas públicas e privadas. Seráexigido do condutor possuirresidência no município, tercompletado 21 anos, possuirhabilitação há pelo menos doisanos na categoria, não possuirantecedentes criminais e tersido aprovado em curso espe-cializado, ministrado por órgãocredenciado pelo Detran comcarga horária mínima de 30horas.

Os mototaxistas legaliza-dos serão identificados porcoletes padronizados e serãodivididos em vários pontospela cidade, obedecendo dis-tâncias de um para o outro enúmero de profissionais emcada um. Quem trabalha naprofissão ficou satisfeito coma aprovação do projeto. “Vaiser bom, pois vai ficar mais or-ganizado, vai levar mais segu-rança para o usuário e, alémdisso, trata-se da valorização danossa classe”, disse Itamar

Márcio que é mototaxista hátreze anos.

O projeto de regulamenta-ção da profissão de mototaxis-ta já havia sido indicado em1998 pelo então vereador ca-bense José Fernandes, mas naépoca não existia regulamen-tação da profissão no Brasil. Alei n° 12.009 que regulamen-tou essa profissão em todo opaís só foi homologada em2009 pelo Governo Federal.

Mototaxistas acompanhando a sessão na câmara. Foto Charleston Noronha

Josenildo Valetim, presidente doSindicado dos Mototaxistas doCabo discursa na câmara.

O inverno está chegan-do e com ele esvai-se a tran-quilidade de milhares dehabitantes do Grande Reci-fe. Em Jaboatão, as chuvasatingem proporções aindamais desafiadoras. E elassão preocupantes em to-dos os bairros. JaboatãoCentro e Cavaleiro enfren-tam sérias dificuldadescom as áreas de morro,Muribeca, o entorno da La-goa Olho-d’água e a áreadas praias sofrem com osalagamentos, e as enchen-tes do Rio Jaboatão casti-gam uma grande regiãobanhada pelo rio. Além dacombinação desses fato-res, o município foi vítimade quase três décadas dedescaso e inoperância dopoder público municipalperíodo em que o Recife,por exemplo, reduziudrasticamente o problemados morros.

Nem obras paliativas fo-ram suficientemente reali-zadas nem se cuidou de to-mar providências estrutu-rantes para mais longo pra-zo. Este ano, porém, em quepesem os problemas queainda são muitos, o municí-pio se prepara para enfren-tar o inverno de forma dife-rente. Culminando três anosde muito esforço, o proble-ma será enfrentando emduas vertentes: na DefesaCivil, através de operaçãocomandada pela Secretariade Serviços públicos masque envolve todo o gover-

Questionando o prefeito do Cabo de Santo AgostinhoLuzarcos, artista plástico

O desafio do invernoElias Gomes, prefeito de Jaboatão dos Guararapes

no. No que se refere àsobras, Jaboatão conclui amais ampla intervenção desua história na limpeza ereurbanização de 20 canais,alguns com obras de reves-timento como o de Rio dasVelhas e Garapeira, no de-sentupimento de galeriasnos bairros, na pavimenta-ção e drenagem das princi-pais vias de tráfego com pri-oridade para as que fazemparte do corredor de trans-porte coletivo – o que nãopuder ser pavimentado atempo será drenado e rece-berá reforço de brita ou cas-calho para evitar a formaçãode buracos – e nos morros,com obras de muro de arri-mo e escadarias.

Entre fevereiro desteano e o mês de junho estãosendo gastos mais de R$ 50milhões de recursos domunicípio para que sejamreduzidos ao mínimo pos-sível os transtornos causa-dos por um inverno mais

rigoroso. Nos morros, alémdas obras, cuida-se da dis-tribuição de lonas para co-locação nas encostas emáreas onde os moradoresainda não puderam seratendidos em obras decontenção, além de esta-rem sendo retirados dasregiões mais críticas famíli-as que se encontram emrisco devido ao perigo dedeslizamentos. No final deabril, mais de 80% das açõesprevistas para serem reali-zadas até junho já estavamconcluídas, o que mostra oempenho de todos paraevitar o pior. Embora este-ja cuidando do que é ur-gente, o município tam-bém se mobiliza para queo principal problema deenchentes seja resolvidocom a construção da Bar-ragem do Pereira, em Mo-reno, obra que deverá sertocada pelo governo doEstado, com o apoio de to-dos os municípios metro-politanos.

Não estamos tranquilos,apesar de todo o esforçoque está sendo feito pois sa-bemos da grande dimensãoe da enorme demanda porprovidências que, como fa-lamos, não foram adotadasde forma permanente e inin-terrupta ao longo dos anosde abandono. O que estásendo realizado, porém,nos dá a certeza de que osproblemas estão sendo en-frentados com a seriedadeque o momento exige..

PARC

EIRO

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HERBERT FERNANDES JABOATÃO

(Publicado inicialmente no BlogLagoa Olho D’água) – Muita gentenão sabe, mas Jaboatão possui umgrupo de voluntárias que se dedicama cuidar de animais que são abandona-dos nas ruas. Elas são administradoras, en-fermeiras, advogadas, estudantes, donas decasa... pessoas comuns, que sem qualquerajuda do poder público, dedicam parte doseu tempo recolhendo, cuidando e tenta-do encontrar um lar para animais de esti-mação que são abandonados nas ruas deJaboatão.

E para facilitar o processo de adoção des-ses animais, essas mulheres criaram o "Pro-jeto Mãos e Patas". Um web site foi desen-volvido, onde o internauta pode ajudar comdoações, comprar produtos para seu bichi-nho ou até mesmo encontrar um animalpara adotar. Super legal a ideia para quemquer ter um animal de estimação mas nãosabe como!

E para adotar, basta o internauta entrar

no site, verificar os animais disponíveis para aadoção e ligar para os telefones que constamnos anúncios. Existe ainda a possibilidade dese cadastrar para que o grupo entre em con-tato com você. Como existem vários animaisque são abandonados e precisam de cuida-dos, geralmente o tempo de espera é curto.

O trabalho é tão bacana que o grupo já foitema de reportagem do Programa Viver e Pre-servar, da TV Globo.

Ficou curioso para conhecer o ProjetoMãos e Patas? Basta acessar o site do grupo:www.maosepatas.com.br

Que tal adotar um animal de estimação pela internet?

GAZETA NOSSA 135 21 a 31 de maio de 2012 PÁGINA 7

CHARLESTON NORONHA CABO

Foi inaugurada dia 15 demaio a quarta loja O Boticá-rio no Cabo de Santo Agos-tinho. A nova unidade ficalocalizada na Av. HistoriadorPereira da Costa, no centroda cidade, em frente à es-cola estadual Luiza Guerra,e veio ampliar a oferta dosprodutos de qualidade quehá 35 anos fazem da marcauma das mais respeitadasdo país no segmento per-fumaria e beleza.

Para comemorar o iníciodos trabalhos, a empresá-ria Roberta Araújo, respon-sável pelas unidades da lojaO Boticário no Cabo, ofere-ceu um coquetel para ami-gos, funcionários e impren-sa local. Em seu discurso,ela destacou o sucesso dosprodutos no município.“Inauguramos a primeiraloja há 21 anos, pois sem-pre acreditamos na respon-sabilidade da marca”, disse.“A inauguração de maisessa loja é importante paraque possamos atender aopúblico que está crescendoa cada dia em nossa cida-de”, complementou.

Entre os convidados docoquetel estavam o presi-

Cabo de Santo Agostinho ganhamais uma loja O Boticário

dente da Câmara de Diri-gentes Lojistas do Cabo deSanto Agostinho (CDL-Cabo) Paulo Caminha Juni-or, e a jornalista, empresá-ria e assessora de impren-sa da marca O Boticário, Flá-via Jordão.

HistóriaA marca O Boticário

Segunda loja da marca no Cabo traz mais uma vez a assinatura da empresária Roberta Araújo

surgiu no ano de 1977 comuma pequena farmácia demanipulação no centro dacidade de Curitiba, no Pa-raná, e em pouco tempoconquistou público pelaqualidade de seus produ-tos. Em 35 anos de existên-cia tornou-se uma das maisrespeitadas em todo o Bra-sil no segmento perfuma-

ria e beleza. Hoje, somentena região Nordeste, exis-tem 800 lojas O Boticário,sendo 134 delas em Per-nambuco e 34 no Recife.Além disso, outras 250 de-vem ser inauguradas aindaesse ano no país, elevandopara mais de 1.000 o núme-ro de unidades em todo oBrasil.

A empresária Roberta Araújo, durante o seu discurso para a imprensa local, ao lado da jornalista e assessorade imprensa da marca O Boticário, Flávia Jordão. Foto Charleston Noronha

O pedágio da Rota dosCoqueiros, que dá acesso àluxuosa e quase privatizadaPraia do Paiva, subiu maisuma vez. A partir de junho(dia 14) as tarifas cobradasnas duas praças de pedágio,uma em Barra de Jangada,Jaboatão, e outra em Itapua-ma, Cabo de Santo Agosti-nho, sofrerão um aumentode 5,1%. Nos dias de sema-na, os cerca de 8 mil veículosdiários que passam pela Pon-te do Paiva, a maioria rumoao complexo de Suape, te-rão de desembolsar R$ 4,10em vez dos atuais R$ 3,90. Nosfins de semana, a tarifa pas-sará de R$ 5,90 para R$ 6,20

Segundo reportagem doJornal do Commercio, o per-centual é de acordo com o Ín-dice de Preços ao Consumi-dor Amplo (IPCA) e é autori-zado pela Agência de Regu-lação de Pernambuco (Arpe).O reajuste será aplicado a to-das as categorias.

Pedágio do Paiva mais caroMais caro do Brasil?Um estudo do economista

Carlos Campos, coordenadorde infraestrutura econômica doIpea, publicado em abril pelarevista Exame diz que o brasi-leiro paga em média R$ 9,04 re-ais a cada 100 km rodados emrodovias pedagiadas.

Se fizermos esta conta parao novo preço no trecho da Rotados Coqueiros, temos, arre-dondados, 13 quilômetros (idae volta) ao valor de R$ 4,10, te-remos um valor por quilôme-tro de R$ 0,31 (trinta e um cen-tavos). Multiplicado por 100quilômetros, o valor do pedá-gio do Paiva é mais que o triploda média nacional e mais queo dobro do estado campeão depreços altos, o Rio de Janeiro.A cada 100 quilômetros percor-ridos na via, o trabalhador deSuape ou o turista terão pagos,nos dias de semana, R$ 31,00.Nos finais de semana este va-lor subirá para R$ 47,60 a cada100 quilômetros somados.

Praça de pedágio de Barra de Jangada/Divulgação

GAZETA NOSSA 135 21 a 31 de maio de 2012 PÁGINA 8

Dia 20 de maio a comunidade do Zumbi do Pacheco promo-veu o "Bingo da Mamãe".

O evento, em seu segundo ano de realização, contou com apresença de mais de 100 pessoas do bairro, e fez a alegria demuitos sortudos.

O Bingo é mais uma ação das diversas atividades que vemsendo desenvolvidas pela Associação Guardiões do Saber, sobcomando da idealizadora do projeto, Rosane Correia. "O bingo éapenas uma das diversas ações que estamos promovendo paratrazer alegria e inclusão para esta comunidade", ressaltou.

No dia 05 de maio o bairro já havia vivenciado o "Dia daComunidade". Em breve, estará realizando uma grande festajunina.

Da assessoria – Foi inaugu-rada dia 17 de maio, a Unida-de de Saúde da Família (USF)na comunidade da Integraçãoda Muribeca. A obra contoucom investimentos do muni-cípio e do Ministério da Saúde(MS) que, juntos, somarammais de R$ 560 mil.

A nova estrutura passa aser a sede da Equipe de Saúdeda Família, que é formada pormédico, enfermeiro, odonto-logista, técnico de enferma-gem, auxiliar de saúde bucal e

agentes comunitários de saú-de. Cerca de duas mil pesso-as, distribuídas em cinco mi-cro-áreas, já são acompanha-das pelas equipes.

A USF conta com recepção,sala de vacina, farmácia, sala decoleta, sala de nebulização, salade curativo, três consultórios(médico, enfermagem e odon-tológico), sala de reunião, cin-co banheiros (masculino, femi-nino e adaptado para pessoasportadoras de deficiências) eescovódromo.

Bingo da Mamãe no Zumbi do Pacheco

Inaugurado Posto de Saúde da Famíliana Integração Muribeca

Foto Marcelo Ferreira/PMJG

O Aeroporto dos Guararapes voltará a expor obras dos escri-tores pernambucanos, em um quiosque cedido pela Infraero. Aprática já existia em anos anteriores; posteriormente, foi aboli-da e agora é resgatada, dando maior visibilidade aos autoreslocais.

A reunião da decisão aconteceu dia 21 de maio, no gabineteda superintendente Elenilda Cunha, sensível ao movimento emdefesa do livro pernambucano, liderado pelos escritores CarlosBezerra Cavalcanti, Jaques Ribemboim e Waldênio Porto.

Aeroporto dos Guararapes volta a exporobras literárias de autores pernambucanos

Legenda da Foto: Jaques Ribemboim, Sidrack Braz, Elenilda Cunha,Carlos Bezerra Cavalcanti e Waldênio Porto (Foto: Cortesia Infraero)

Maria Flor repaginada na Galeria Santo AntônioMarcelle dá toque pessoal na loja que abriga os calçados de sua mar-

ca Maria Flor, além de bolsas e acessórios. Atenção revendedores, diri-jam-se ao 13º andar. Na foto, Marcelle com sua família, por ocasião dainauguração recente.

Ponto da Locação – O empresário Ricar-do Nascimento, da Ponto da Locação, especi-alizada na locação de equipamentos para cons-trução, se mostra satisfeito com o número declientes fidelizados a cada dia. A demanda égrande, tanto para empresas como para autô-nomos, ou até pessoas fazendo pequenas re-formas em casa. Ricardo destaca que dispõede equipamentos de última geração, com ma-nutenção constante, apropriados para cadaetapa da obra, com a comodidade de serementregues no local, em todo estado de Per-nambuco. A perspectiva para 2014 é a abertu-ra de franquias.

PauloGenehrO NEGÓCIO É O SEGUINTE

comercial@gazetanossa.com.br

Sindicom do Cabo – No dia 15 de maio,o Sindicato das Empresas do Comércio deBens e Serviços do Cabo de Santo Agosti-nho deliberou sobre negociação relativa àConvenção Coletiva de Trabalho, discutin-do a pauta de reivindicações apresentadapelo Sindicato dos Empregados no Comér-cio do Cabo de Santo Agostinho.

Bode Sertanejo climatizado – “Investi-mentos constantes na melhoria da casa". AssimDamião resume a trajetória de sucesso de seuBode Sertanejo. Com esta filosofia, resolveu cli-matizar o salão, deixando as mesas externascomo opção para os que preferem um ambien-te "ao natural".

GAZETA NOSSA 135 21 a 31 de maio de 2012 PÁGINA 10

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Me compre esse rádio

Passageiros do tempo

cassiocavalcante21@gmail.com

Entrevista

Secretário Geral da União Brasileira de Escritores em Pernambuco.Ocupa a cadeira de nº 01 na Academia Recifense de Letras

Perfil de Thales GalhardoOlindense da gema, filho dos tradicionais Galhardos da Cidade Alta, da Marim dos

Caetés, criado nos velhos casarões, menino pelas ladeiras, jogando bola nas praias do

Carmo e Milagres. Batizado e crismado na paróquia de São Pedro Mártir onde foi coroinha

e fez sua primeira comunhão.

Thales Galhardo teve uma educação regular passando pelo tradicional Grupo Escolar

Duarte Coelho e pelo antigo Ginásio Olindense Dom Vital. Depois Academia de Comércio

do Recife e Aliança Francesa do Recife. Na faculdade, optou pelas letras e pelo turismo.

Começou a trabalhar como artesão (1970) da cerâmica e do batik; músico das noites

olindenses (1970-1978); tornou-se professor, escritor e especialista em Turismo e Patrimô-

nio. Como guardião da história da cidade tem nas suas publicações o cuidado no trato com

as peculiaridades do seu povo. É um autêntico folião e criador de animação que na sua

sociose embriaga-se de pernambucanidade e revela-se como um pesquisador das mani-

festações da cultura popular. É uma personalidade atuante no cenário cultural e educaci-

onal com serviços prestados, há mais de 30 anos, na rede oficial e particular de ensino do

estado de Pernambuco, além de professor universitário.

Thales é um libriano de 21 de outubro de 1951. Seus pais eram Dr. Alcides de Oliveira

Rodrigues Galhardo e Helena Pereira Galhardo. Casado com Maria Aline Ferreira Galhardo

com um filho: Lucas Fabiano Rodrigues Galhardo e um neto: Matheus Siqueira Galhardo.

Cássio Cavalcante –Sendo professor, comovocê vê a importância daliteratura nos dias dehoje?

Thales Galhardo – Aliteratura é um dos prin-cipais instrumentos daeducação. A gramaticida-de do texto literário, dife-rentemente dos demaisgêneros, leva o indivíduoa conhecer profunda-mente a língua maternadevido à complexidadegramatical e a riqueza devocábulos. A literaturanos ensina a ver a histó-ria com outro olhar; en-xergar a sociedade poroutro ângulo; leva-nos aquestionamentos diver-sos. Infelizmente, os livrosdescartáveis ainda domi-nam as salas de aula comtextos fragmentados, àsvezes sem sentido e forada periodologia literária,geralmente escolhidos aobel prazer das editoras.

Cássio Cavalcante –Como você avalia o inte-resse dos jovens pela lite-ratura?

Thales Galhardo – OBrasil concorre com os pi-ores índices mundiais naqualidade de ensino; nos-sos jovens são os que me-nos lêem no mundo Oci-dental. Mesmo com a ba-dalação das bienais (do li-vro) e outros projetos ins-titucionais ainda é poucoo interesse da populaçãobrasileira pelos livros.

Cássio Cavalcante –Você acha que o Brasil dáo devido valor a Olinda,como um dos principaisberços da civilização Bra-sileira?

Thales Galhardo:Pernambuco foi a Capita-nia Hereditária que deucerto, em sua sede nasceo mais importante núcleoreligioso da colônia: jesu-

Thales Antônio Rodrigues Galhardo

ítas, franciscanos, carme-litas e beneditinos se ins-talaram na Vila d’Olindaainda no alvorecer danossa história. A civiliza-ção do açúcar surge emOlinda inaugurando oprimeiro modelo econô-mico das Américas. Pio-neira na literatura, na po-esia e no teatro. A Câma-ra de Olinda remonta aoprimeiro exercício de ci-dadania do Brasil. Portudo isso e muito mais acidade Mater deveria teruma maior atenção dosgovernos através de polí-ticas públicas. Melhorar aqualidade de vida, dos ci-dadãos, proporcionarmaior preservação ambi-ental, em todo municípioe cuidar do patrimôniomaterial com mais deter-minação.

Cássio Cavalcante –Conte-nos sobre o proje-to Arrecifes dos Navios.

Thales Galhardo – Ar-recifes dos Navios é umalmanaque da memóriapernambucana. É umaproposta de resgate his-tórico, artístico e culturalreveladora cujo foco é

Pernambuco. Do alvore-cer da colônia até nossosdias, singrando todos osmomentos da vida dospernambucanos, atravésdos séculos, empenha-seesse projeto que é produ-zido e publicado em sé-rie. Outro importante focodesse trabalho é o turis-mo para o qual se expõeo patrimônio material eimaterial através de rotei-ros (com imagens) e arti-gos de colaboradores.

Cássio Cavalcante –Em relação ao seu ingres-so na Academia Olinden-se de Letras, como vocêavalia este na sua produ-ção literária?

Thales Galhardo:Esse reconhecimento sãoos frutos do meu inces-sante trabalho voltadopara Olinda. É também oreconhecimento daque-les que fazem a AcademiaOlindense de Letras. Aimortalidade simbólica,no campo das letras, nãoé apenas um título, é umcompromisso com a edu-cação e a cultura onde omais importante é imor-talizar valores.

Somos todos passageiros de um tremchamado tempo. O roteiro é definido pelomaquinista chefe, lá de cima, do topo domundo, em meio às nuvens branquinhasque brincam de ser o que não são e queparecem ser a fumaça daquela Maria queandarilha sobre trilhos. A viagem, com suasparadas, subidas, descidas e solavancos, osenhor destino vai impondo, direta e silen-ciosamente, da estação central. Esse trem,com carregamentos de alegrias e de triste-

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Cumpade me faça essa caridadeMe compre este rádio por quanto valerMode eu não ter raiva e não ficar roxoDepois ficar chocho, mode eu não morrerMe diga cumpade pelas caridadeQue quer esse rádio pra sua famíliaEu dou de agrado uma dúzia de pilhaQue junto com ele mandaram eu comprarAndava comigo pra todo lugar:Pra feira, novena, açude e roçadoInté um retrato com o peste do ladoTodo abestaiado me pus a tirar.

Mas tive um desgosto depois do RepórterMode uma notícia que o peste me deuFalou que mataram cumpade NenêuPertou o meu peito, me deu um sobroço

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Os povo correram foi um alvoroçoE o rádio danado a falar e dizer:Dizer que foi tiro. Seis tiro de dozePro riba dum coice dum tal caratêFalou que os povo pagaram pra verQue foi briga boa, bem afuleimadaNo bom da notícia, fez uma zoadaNão deu quem matou e nem disse o porquê.

zas e que também tem vagões com cargasde saudades, risos e lágrimas, parte célereem direção à estação da paz, para um cantoqualquer de um lugar desconhecido, talvezpróximo à Ilha de Abrolhos ou, quem sabe,para um gramado ao leste do céu. A todos,uma boa viagem.

TPra tibungar na cultura, pule na piscina devinte e cinco mil livros da Biblioteca deJosé Mindlin. Cabôco tibungador.

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17ª Mocaspe leva para o palco talentos da arte cênica do CaboForam 22 peças de temas variados em uma semana de apresentações, num verdadeiro painel da dramaturgia exercida no município

CHARLESTON NORONHA CABO

Iniciou dia 21 e segue atéo dia 27 de maio, no Teatro Mu-nicipal Barreto Júnior no Cabode Santo Agostinho a 17ª edi-ção da Mostra Cabense deSketes e Poesias Encenadas(Mocaspe). O evento é promo-vido pelo movimento teatralda cidade e reúne todos osanos dezenas de grupos locaiscom o objetivo de mostrar ostalentos da região na arte cê-nica. Esse ano serão apresen-tadas 22 peças, entre elas, aparticipação de espetáculosconvidados, produções inde-pendentes, grupos de inicia-ção teatral e mostra infantilque esse ano ganhou maisdestaque. "Percebemos que

as crianças compareciam sem-pre aos espetáculos, entãohouve esse interesse em uniros dois públicos", explicou osecretário de Cultura do mu-nicípio, Rinaldo da Costa.

As apresentações tiveraminício dia 19 e seguem até odia 27 de maio, quando have-rá a entrega dos troféus aosgrupos vencedores. Os espe-táculos começam sempre apartir das 19:30h, com entradaao preço de R$ 5.00 e encer-ram com debate.

O ator cabense Luiz deLima Navarro destacou a im-portância do evento. “A Mo-caspe é o mais importante es-paço para a arte cênica doCabo de Santo Agostinho, porisso eu convido a todos para

comparecer e prestigiar asnossas produções e conferirde perto não só o talento dosnossos veteranos, mas tam-bém as nossas revelações”,disse o artista que também é

um dos organizadores.Dia 21 foram apresentados

os esquetes Despedaçados(Cia. Teatral Sobre o Palco),Poesia para vagabundos –(InsPirados – Grupo de TeatroMadre Iva), e Capa de Revista– Produção Independente. Dia22, o público viu Laços (Cia.Teatral Barreto Júnior), O Autoda Camisinha (GTAZP) e An-gião e Dulipa (Companhia Te-atral Charte)

Posteriormente ainda seapresentaram a Trupe Art Mo-vimento, Pequenos JovensAtores do Cabo, Trupe Cara &Coragem, Ousados & Abusa-dos, Ministério do Riso e Cia.Teatral Minutos de Arte. Emnossa próxima edição a rela-ção dos vencedores. Público presente na abertura, em foto de Charleston Noronha

Luiz de Lima Navarro