GAIAGAIAInformativo do Museu de Ciências da Terra

Cento e dez anos do Museu de Ciências da TerraO Museu de Ciências da Terra-MCTerdetém o maior acervo mineral e fóssilda América do Sul.

GAIAGAIAEDITORIAL

por Denise Pimentel de Assis

EquipeAmanda Paula da SilvaDenise Pimentel de AssisDiogenes de Almeida CamposIrinéa Barbosa da SilvaJéssica dos Santos GonçalvesNathalia Winkelmann Roitberg

Priscila Cris�na de Faria UrurahyRoberta Pereira da Silva de Paula

ColaboradoresLeonardo de Ascenção SoaresMayara Gomes do Rosário

Expediente

As Ciências da Terra são uma disciplina extremamente complexa e de fundamental importância na vida do homem. Delas, e em par�cular da Geologia, depende também uma parte importante da qualidade de vida de uma inteira comunidade.

E foi pensando na importância dos profissionais da área das geociências, que no dia 30 de maio comemora-se o Dia do Geólogo, o dia do cien�sta que observa e estuda o Planeta Terra, e que procura reconstruir a história de um território e sua evolução. Com o martelo, a bússola e a lente, o geólogo tenta fazer a carta geológica girando o mundo. É um apaixonado pelos segredos da natureza, e é através desta paixão, que ele nos ajuda a amar e respeitar o nosso planeta. Sobre esses cien�stas recai a grande responsabilidade de manter o Sistema Terra funcionando, garan�ndo a sobrevivência da humanidade – e da própria vida. Os geocien�stas são hoje essenciais na construção de um mundo sustentável e a geologia nos ensina a ter um profundo respeito pelo planeta em que vivemos: a nossa casa.

Nesse dia contamos com o apoio do Coffee Truck Meli�a, homenageando nossos empregados com degustação de café, trazendo um ambiente de confraternização e colaboração entre todos.

Comemoramos o Dia da Mulher, com os nossos colaboradores do Serafi que se empenharam em ensinar as técnicas de serviços gerais, sem deixar quebrar aquela unha recém-feita.

Precisamos destacar a homenagem feita pelo Diretor-Presidente Eduardo Ledsham aos colaboradores do Serafi, com café da manhã, pela inauguração do novo espaço do Deamp, melhorias realizadas no museu e almoço de confraternização. Na ocasião a equipe do museu inaugurou o Programa de Educação Patrimonial da CPRM/SGB coordenado pelo Museu, Direin e Coenarq.

Todos juntos unidos por um mesmo propósito. Foi um momento único que ressaltou a importância do trabalho em equipe e o reconhecimento do comprome�mento de cada um de nós dentro da CPRM.

E muito mais ações ainda acontecerão, serão novos capítulos e novas histórias que todos juntos ajudarão a escrever.

O Gaia está de cara nova!

Você está convidado para contribuir nas próximasedições e enviar as suas sugestões!

Saiba mais na Coluna "Prata da Casa»

urante o mês de maio, fui alvo de duas dis�nções. A menção honrosa dada pela direção Ddo Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) e a comenda outorgada pela Sociedade Brasileira de Cartografia.

Nunca procurei um protagonismo como decorrência de minhas a�vidades quer cien�ficas, quer administra�vas. Na verdade, nunca precisei trocar um prato de len�lhas para alcançar quaisquer direitos. A menção honrosa, dada pelo MAST, foi jus�ficada pela diretora Heloísa Maria Bertol Domingues pelo meu empenho junto à Academia Brasileira de Ciências para a transferência da biblioteca Aris�des Pacheco Leão para as novas dependências do MAST, onde, espera-se, será muito mais aproveitada, especialmente, pelo viés da história da ciência. Isso, sem falar do importante aspecto rela�vo à própria conservação daquele acervo. Na cerimônia na qual fui homenageado, ficou claramente demonstrado a importância do mesmo, a par�r de trabalhos realizados com cerca de dois mil volumes, nos quais se revela a grande riqueza da marginália, em obras comentadas por acadêmicos de renome.

Meu mérito consis�u em promover e es�mular as ações no caso da Academia, uma das partes, procurando cumprir as obrigações constantes do acordo de cooperação técnica entre as duas ins�tuições. Procurei, também, dar apoio, ao pessoal do MAST, principalmente no que diz respeito ao fornecimento de informações sobre os acadêmicos e suas coleções.

Quanto à condecoração no grau de Comendador da Ordem do Mérito Cartográfico da Sociedade Brasileira de Cartografia procura-se reconhecer no recipiendário um valor tal que permita o merecimento. O fato de já ter recebido a medalha da Ordem Nacional do Mérito Cien�fico, outorgada em 2000, pela Presidência da República deve ter ajudado muito. Agradeço muito à Sociedade e à Comissão da Medalha por tão subida homenagem.

Fato lamentável, no entanto, foi o falecimento do nosso amigo engenheiro Paulo César Teixeira Trino, Presidente da Sociedade e Grão Mestre da Ordem, falecido alguns dias após a cerimônia de entrega das comendas, que foi realizada no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro.

Recebi esse galardão entre outros, junto com meu colega de CPRM Placidino Machado Fagundes Júnior, que recebeu condecoração no grau de Cavaleiro, e do geólogo Carlos Eduardo Diniz Gonçalves Horta (1936), elevado ao mesmo. No passado, outros profissionais das geociências, inclusive da própria CPRM foram agraciados com a mesma condecoração pela Sociedade Brasileira de Cartografia, tais como a geógrafa Regina Celia Gimenez Armesto e o geólogo Cássio Roberto da Silva.

Na verdade, toda a minha a�vidade que vem a produzir reconhecimento público é o resultado de intenso trabalho de cooperação com os demais colegas e subordinados envolvidos na tarefa, não me cabendo de jeito nenhum um papel principal, mas, e olhe lá, apenas um deuteragonismo, ou seja, todas elas são a�vidades de equipe e, assim, qualquer condecoração deve ser dividida com a mesma.

Seguramente, o prêmio que busco – a verdadeira homenagem – é o de não perder aqueles que me foram dados, de não deixar ninguém para trás.

GAIAGAIA A verdadeira homenagempor Diogenes de Almeida Campos

GAIAGAIACento e dez anos do

Museu de Ciências da Terra

inves�gação do solo do Brasil exis�a antes da chegada dos primeiros Acolonizadores por meio de conhecimentos empíricos dos indígenas na u�lização de minerais como cristais, hema�ta e jade, para confeccionar ferramentas, ou objetos usados em rituais.

Os ca�vos provenientes da África, por sua vez, �veram um papel fundamental no desenvolvimento da mineração por meio do trabalho realizado na exploração do ouro e do diamante. Para além da produção de pedras preciosas, diversas regiões brasileiras tornaram-se, ao longo do tempo, fonte de importantes produções minerais, como a bauxita e o nióbio, igualmente preciosos porquanto a sua enorme demanda global.

A importância das Ciências da Terra no Brasil, devido a abrangência de sua fauna fóssil e de suas riquezas minerais, contrasta com a �mida divulgação desses conhecimentos e sua abordagem frágil na educação formal. Por isto, torna-se de grande interesse social o papel dos museus e centros de geociências. Criados, em sua maioria, após a década de 1980, são hoje em torno de vinte em todo país.

O Museu de Ciências da Terra-MCTer detem o maior acervo mineral e fóssil da América do Sul. O papel do MCTer na educação cien�fica exis�a anteriormente à sua ins�tucionalização. Tal a�vidade teve início em 1907 quando houve a formação dos seus acervos, sob a chefia do geólogo norte-americano, e considerado “pai da geologia brasileira”, Orville A. Derby.

As Exposições Nacionais no Brasil, foram planejadas à luz das Exposições Universais europeias (Londres 1851, Paris 1855), que se cons�tuíram em verdadeiros movimentos de divulgação cien�fica nos quais as nações afirmavam seu poder exibindo o seu desenvolvimento. Além de servirem como vitrines da produção agrícola, tecnológica e industrial, as exposições cumpriram também um importante papel na difusão das técnicas e da ciência.

O cenário que gerou a criação do Museu de Ciências da Terra, também um dos berços da ins�tucionalização das geociências no país, ocorreu exatamente na Exposição Nacional de 1908, na capital da República, que festejou o centenário da abertura dos portos.

O museu ao longo de 110 anos de história, se reposicionou de um espaço público, mas que muitas vezes afastava o visitante devido a sua grandiosidade e à pouca intera�vidade, para um lugar de inclusão social através da educação e da popularização.

Exposição Nacional de 1908 - Avenida dos Estados, prédio onde, hoje, está situado o Museu de Ciências da Terra. Fonte: Acervo iconográfico do MCTer

por Nathalia Roitberg

Mineração de Diamantes, XVII,Carlos Julião

GAIAGAIA

Museu de Ciências da Terra Oinaugurou, no dia 16 de maio, a exposição Imaginário, Ficção,

Ciência e Realidade, em homenagem a 15ª. Semana dos Museus, que é uma inicia�va do Ins�tuto Brasileiro de Museus, órgão do Ministério da Cultura.

Na abertura, o paleontólogo Diógenes Campos, Coordenador do Museu, explicou que este ano o tema gerou sobre museus e histórias controversas, dizer o indizível em museus, e convidou aos visitantes para viajarem sobre o que estava exposto. “Nós pegamos a relação entre a arte e a ciência e procuramos mostrar como o ar�sta interpreta a realidade, procurando manter a verossimilhança com o cien�fico correto”, concluiu.

Dentro desse imaginário o MCTer elegeu quatro assuntos em sua exposição. O primeiro tema é sobre a viagem ao centro da Terra, baseado na história de Julio Verne, fazendo comparação com o que a ciência diz e a ficção.

O segundo, discorre sobre a origem da vida, teoria bem controversa de que a vida teria vinda de outro planeta, de um meteorito. Então se faz uma brincadeira com a vida alienígena com essa teoria, para mostrar o que é ficção, o que é realidade, o que é que existe, e assim poder ter um compara�vo.

O terceiro tema seria sobre a evolução humana, saber se o homem veio do macaco, como é a evolução humana em relação a outros animais, que o homem é mais um na escala evolu�va.

E, finalmente, o que o cinema mostra sobre os dinossauros e o que se tem encontrado de fósseis, porque são encontrados fósseis com penas e no cinema não mostra isso por uma questão esté�ca. O cinema tem a liberdade de criar um mundo fantás�co, e n q u a nto a c i ê n c i a p ro c u ra - s e aproximar do que seria o bicho verdadeiro, mas no final não se saberá se é o real porque não tem como ver.

Para o paleontólogo Rodrigo Machado, “ É u m a ex p o s i ç ã o c o m m u i to s ques�onamentos e poucas respostas, buscando o que a ciência faz. A ciência se move com ques�onamentos. A ciência vai girando com a pergunta.”

A exposição contou com a presença do Diretor de Geologia e Recursos Minerais, José Carlos Garcia, que falou sobre a importância da exposição e agradeceu a toda a equipe do museu.

Denise Assis e Nathalia Roiteberg, integrantes da coordenação do museu, à época, ressaltaram a importância sóc io-educa�va do museu e a oportunidade de atrair o público para a história da geologia e da paleontologia, movimentando a cultura.

Exposição Imaginário, Ciência e Realidade

15ª Semana dos Museus

por Irinéa Barbosa da Silva

Galeria de fotos da Exposição

GAIAGAIA Bibliotecando por Roberta Silva e Jéssica Gonçalves

Aproveitando o dia da mulher, ocorrido no mês de março passado, trazemos abaixo uma seleção de documentos que podem ser encontrados na Biblioteca Octávio Barbosa da CPRM:

RONDÔNIA (ESTADO). SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO, COORDENAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - SEPLAD. PLANO AGROPECUÁRIO E FLORESTAL DE RONDÔNIA - PLANAFLORO. Farinha de Babaçu: pelas mulheres da reserva extra�vista da reserva Arariquara, comunidade dois de agosto. Porto Velho: SEPLAD, 2002. 11 p.

SCHUMAHER, Schuma; BRAZIL, Érico Vital (Orgs.). Dicionário mulheres do Brasil: de 1500 até a atualidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000. 567 p.; il.

RODRIGUES, Rita Maria. Mulheres de ouro: o trabalho feminino nos garimpos de Tapajós. Belém: [s.n.], 1994. 117 p. PROGRAMA CAMGA-TAPAJOS.

CASTILHOS, Zuleica Carmen; LIMA, Maria Helena Machado Rocha; CASTRO, Nuria Fernández (Org.). Gênero e trabalho infan�l na pequena mineração: Brasil, Peru, Argen�na, Bolívia. Rio de Janeiro: CETEM; CNPq, 2006. 208 p.; il.

SANT'ANNA, Wania et al. (Coord.). As mulheres e a PETROBRAS = Las mujeres y PETROBRAS. Rio de

Prata da CasaAbrimos essa coluna, para convidá-los a divulgar nas edições do Gaia seus poemas, textos em prosa, fotografias, desenhos etc.

Par�cipe!Envie os seus trabalhos para

mcter@cprm.gov.br

ETERNA CANDURA(Vilma Machado - DICONT/RJ)

AQUECE-ME,DEIXE-ME SENTIR O SEU CALORNA MINHA PELE QUE ENRUBECEA CADA GOTADE SUOR

AQUECE-ME,SEI QUE A CADA DIA É MAIORTUDO QUE SINTOPOR VOCÊ

AQUECE-ME,ACORDO IMPLORANDOQUE O AMANHECERSEJA MELHORDO QUE O ONTEM,AO ANOITECER

AQUECE-MEMAIS UMA VEZME EXPONHOSEM CENSURABUSCANDO A PAZQUE SÓNOS SEUS RAIOSSOL, MEU SOLLOUCURAENCONTRO A MAGIADA ETERNA CANDURAFoto de Vinicius Pontes - CSO/RJ

GAIAGAIA Aconteceu no semestreDia das Mulheres

Visita dosalunos da creche

Degustação de caféem homenagem aoDia do Geólogo