gastrectomia
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Estômago1. Vascularização:
6 pedículos irrigam o estômago, e se somente 1 estiver ativo não há problema devido à rica rede
anastomótica transmural.
Arcada Marginal da Pequena Curvatura = anastomose g. esq + g. dir --- a gástrica
esquerda vem do tronco celíaco e se anastomosa com a gástrica direita que parte da hepática
comum (tronco celíaco).
Arc. Marginal da Grande Curvatura = anastomose da gastroepip. Esq. com a dir. A
gastroepiplóica direita vem da gastroduodenal (hepática comum) e se anastomosa com a
gastroepiplóica esquerda (lienal – do celíaco) formando a arcada da grande curvatura. O fundo
gástrico é irrigado pelas artérias gástricas curtas (ramo lienal).
2. Inervação:
Vago esquerdo – torna-se anterior (ao esôfago) no hiato. Ao nível do »ângulo de Hiss se divide em ramo
hepático e gástrico proximal (Latarjet), mandando ramos para céls parietais (secreção) e ângulo de Hiss
(motricidade).
Vago direito – torna-se posterior (ao esôfago) no hiato. Se divide em ramos gástricos e celíaco (inerva
todo o intestino exceto o reto).
3. Úlceras:
Condição básica para a existência de úlcera: presença de ácido.
Secreção Espontânea: ocorre na ausência de qualquer estímulo gástrico externo como aroma, visão ou
ingestão de alimentos. Relacionada com a secreção de gastrina e acetilcolina em peqs qtides.
Secr. Prancial ou Digestiva ou Estimulada: dividida nas fases:
a) Cefálica: 5 sentidos – vago – estimula céls parietais (HCl) e principais (pepsina), estimula a
mucosa antral a secretar gastrina.
b) Gástrica: contato dos alimentos com a mucosa gástrica libera acetilcolina por estímulo vagal.
Distensão gástrica libera gastrina.
c) Intestinal: alimentos no intestino delgado estimula a secreção gástrica.
Úlcera gástrica: exacerbação da fase cefálica mediada pelo vago, excesso de subst. secretagogas
(pimenta, refri). Tratam: clínico. Qdo não responde, gastrectomia parcial. Na úlcera gástrica não se
recomenda vagotomia pois geralmente a causa é a diminuição da barreira mucosa de defesa e não a
acidez.
Úlcera duodenal: excesso de HCl. Tratam clínico de longa duração - só opera se complicar. Tratam:
aumentar o pH do estômago - retirada do fundo gástrico (céls parietais produzem secreção ácida) ou
retirada do antro (onde tem ação a gastrina) ou vagotomia (diminui secreção ácida nas fases cefálica e
gástrica).
Indicações de cirurgia de úlcera: perfuração, hermorragia, estenose e intratibilidade clínica.
Tipos: Conceito: Indicações:
Gastrostomia
comunicação direta do
estômago com o
exterior.
Descompressão gástrica (principalm pós-oper),
alimentação (em pctes em coma prolongado
ou TCE) e esofagoplastia pré-torác.
Gastrectomia
a) Subtotal
b) Total
Ressecção de parte ou
de todo o estômago.
Câncer gástrico.
a) Úlcera gástrica e duodenal, câncer no
antro, Tu benignos, gastrite biliar ou
hipertrófica grave.
b) neoplasias malignas de corpo ou fundo
gástrico. Síndrome de Zollinger-Ellison,
Gastrite Hemorrágica Difusa.
Gastro-
duodenostomia
(manobra de
Jaboulay).
Comunicação entre
estômago e a 2ª porção
do duodeno.
Operações de drenagem gástrica associada a
vagotomia; tratamento de úlcera duodenal;
atresia ou imperfuração da 1ª porção do
duodeno.
Gastro-
jejunostomia.
Comunic. entre
estômago e jejuno.
Drenagem gástrica + vagotomia.
Ultrapassagem pilórica - devido estenose
pilórica (por úlcera, câncer irressecável).
Gastro-
duodenectomia
Parcial
Retirada de parte do
estômago e duodeno.
Úlcera péptica duodenal (qdo estenose,
perfuração e hemorragia) e gástrica (quando
não cura com tratamento clínico). Neoplasmas
Gástricos (Adenomas ou malignos).
Vagotomias
a) trocular
b) seletiva
c) proximal
Secção dos nervos
vagos, ou de seus
ramos, para diminuir a
produção ácida.
Hipercloridria. Para úlcera duodenal, nas
gastroduodenectomias com reconstrução em
“Y” de Roux.
a) Piloro – plastia
b) Piloro-miotomia
a) Incisão longit na
trans gastroduod e
sutura transversal.
b) incisão da camada
muscular do piloro
preservando a mucosa.
a) para alargar o piloro, usada na drenagem
gástrica após vagotomia (total ou seletiva) e
em estenose pilórica (contra-ind. nas
estenoses cerradas).
b) estenose hipertrófica congênita do piloro e
estonose pilórica da doença de Chagas. Qdo
não houver nenhum processo fibrótico.
GASTROSTOMIA:
1. Usar sonda de Foley nº 22 na drenagem.
GASTRECTOMIA:
1. Reconstituição após gast. Parcial:
- Bilroth 1: Gastro-duodeno-anastomose.
- Bilroth 2: Gastro-jejuno-anastomose.
- “Y” DE ROUX: SECCIONA-SE O JEJUNO E UNE O COTO DISTAL AO
ESTÔMAGO. O COTO PROXIMAL ANASTOMOSA.SE À ALÇA EFERENTE
DO JEJUNO, DEIXANDO O DUODENO LIVRE. EVITA GASTRITE DE
REFLUXO ALCALINA E SÍNDROME DA ALÇA EFERENTE LONGA. (SERVE
PRA SUBSTITUIR ESÔFAGO, ESTÔMAGO, URETER E BEXIGA).
- KRONTEIN: GASTRO-JEJUNO-ANASTOMOSE.
- BRAUM: GASTRO-JEJUNO-ANASTOMOSE COM JEJUNO-JEJUNO-
ANASTOMOSE.
2. Rec. Após gastrectomia total:
- Y de Roux.
- Anastomose em alça de Houffman – jejuno+esôfago deixando duodeno livre e fazendo
Braum.
- Hunt ou Lima Bastos: secciona-se o jejuno e liga-se a coto distal no esôfago e coto
proximal no jejuno.
- Longmire-Bell: corta-se segmento do jejuno e interpõem-se entre o duodeno e esôfago.
VAGOTOMIA:
1. O princípio fisiológico da vagotomia é a interrupção do nervo vago impedindo a estimulação
neurogênica da secreção ácida (fase cefálica: 90%, fase gástrica: 60%) que é direta, sobre as
células parietais ou indireta, sobre as céls G.
2. Se cortar o ramo celíaco (do vago posterior), corta a inervação de todo o intestino exceto o reto,
ocasionando diarréia devido estase jejunal e insuficiência pancreática.
3. Se cortar o ramo hepático (do vago anterior), ocorre estase biliar, podendo formar litíase.
4. V. Troncular : isolamento do tronco vagal; ligadura dupla com fio inabsorv.; seccionar acima da
cárdia; dissecar cranialmente a partir deste ponto + 8cm = secção dos ramos que se dirigem a
peq. Curvatura.
5. V. Seletiva : procura-se conservar o ramo hepático (vago anterior) e o celíaco (vago posterior).
Pode ser a nível do hiato esofágico ou intra-hiatal.
6. V. Gástrica Proximal ou Superseletiva: pouca os ramos para piloro e antro. Só se secciona os
ramos para o corpo e fundo. Não necessita piloroplastia. Não causa acloridria, pois o HCl ainda é
produzido em virtude da distensão gástrica e de certas substâncias secretagogas, que estimulam
a gastrina.
7. Após vagotomia troncular ou seletiva, é obrigatória a DRENAGEM GÁSTRICA, pois a
função da bomba de esvaziamento desempenhada pelo antro foi anulada pela
vagotomia. Além disso, evita estase antral, que causaria aumento da produção de
gastrina e recidiva ulcerosa.
GASTROENTEROANASTOMOSE
Há 2 tipos:
A) GASTRODUODENOSTOMIA – Jaboulay
B) GASTROJEJUNOSTOMIA
A) É feita anastomose da 2ª porção do duodeno com o estômago, pq a 1ª é retroperitoneal. A1)
Manobra de Kocher: mobilização da 2ª porção do duodeno. A2) Ressecção do grande omento,
desinserindo-o da grande curvatura e do antro gástrico. A3) Ponto de Aproximação entre a 2ª
p. duodeno e a grande curvatura do antro para facilitar a anastomose. A4) sutura sero-muscular
posterior com fio absorv. A5) Sutura Total com categute. A6) Sutura sero-muscular anterior
com fio inabsorv.
B) Tipos de gastrojejunoanastomose:
B1. Pré-cólica:
- Lahey – na grande curvatura;
- Woefler – na parede anterior;
Passagem da alça pela frente do cólon transverso, fazendo com que a alça fique +
longa, podendo causar síndrome da alça aferente. Usado para câncer por ser +
longe e evitar metástase.
B2. Trans-mesocólica:
- Von Haecker: verticalizada na parede posterio – passagem da alça por dentro
do mesocólon, tornando a alça aferente curta.
PILOROPLASTIA:
1. Drenagem gástrica – evita a estase alimentar causada pela elevação dos níveis séricos de
gastrina (o q causa recidiva das úlceras). Técnicas: piloroplastia, anastomose do antro com a
2ª porção do duodeno, gastrojejunostomia.
2. Conduta na estenose congênita do piloro: piloromiotomia – corta a camada muscular do
piloro, mas não a mucosa.
Complicações:
Gastrostomia
?
Gastrectomia
a) Subtotal
b) Total
Degastrectomia: outra gastrectomia após uma gastrectomia, devido à recidiva ulcerosa,
tumoral, por CA ou úlcera na linha anastomótica.
a) Precoce: hemorragia, deiscência do coto duodenal, obstrução e retenção gástrica. Tardia:
síndrome de Dumping, gastrite biliar, úlcera péptica pós-oper., carências nutricionais, abscesso
subfrênico, recidiva ulcerosa, síndrome da alça aferente longa, necrose isquêmica do coto
gástrico, estenose pilórica
b) dificuldade em ganhar peso; falta de fator intrínsico (anemia), esofagite alcalina de refluxo.
Gastro-duodenostomia (manobra de Jaboulay) e Gastro-jejunostomia
Mau funcionamento da boca anastomótica;
obstáculo mecânico (torção, aderências ou bridas, hérnias internas),
deiscência de anastomose (qdo há peritonite ou fístula),
úlcera péptica pós-operatória,
gastrite biliar,
síndrome de Dumping (esvaziamento sem ritmo),
curto-circuito – retorno do conteúdo alimentar ao estômago.
Gastro-duodenectomia Parcial
?
Vagotomias
Precoces: lesão de vasos diafragmáticos inferiores, lesão de veia hepática esquerda. Tardias:
deficiência de esvaziamento gástrico – maior chance de câncer gástrico pela falta de HCl.
Troncular, Seletiva
e Prox
Troncular Proximal
Intra-
operatória
lesão esplênica,
perfur do esôfago.
Abertura inadvertida da pleura. perfuração gástrica,
lesão do nervo Latarjet.
Pós-
operatória
disfagia, estase
gástrica.
diarréia (pós-estase, transitória),
colelitíase (atonia da vesícula biliar
pós desnervação do vago ant)
necrose da pequena
curvatura (raro), recidiva
ulcerosa.
Piloroplastia
Grandes deformações de bulbo duodenal com estenose do piloro. Aderências às vias biliares
com edema intenso da parede duodenal. Perfurações bloqueadas das úlceras duodenais.
1. Por que a gastroentereroanastomose e a gastrectomia parcial são cirurgias
ulcerogênicas ?
Porque a derivação do suco alcalino pancreática afasta o fator da regulação extragástrica da
acidez. Com o advento da vagotomia não é mais necessário a neutralização extragástrica pois
a hipoacidez é resultado da interrupção vagal completa.
2. O que é síndrome da alça aferente ?
Ocorre quando a alça aferente fica muito longa, permitindo a estase do suco pancreático e
biliar no seu trajeto, facilitando a contaminação bacteriana. Diminui os efeitos neutralizantes
das secreções duodenais e possibilidade de refluxo alcalino.