Gestão Financeira - Risco e Retorno
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Capítulo 5.
1) Risco: é a probabilidade de perda financeira, ou a variabilidade do retorno associado a
um dado ativo.
Carteira: é uma coleção ou grupo de ativo.
Retorno: é o ganho ou perda total em um investimento em certo período, é calculado
dividindo-se as distribuições em dinheiro durante o período, mais a variação do preço,
pelo valor do investimento no início do período.
Taxa de Retorno ou o Valor Esperado de um Retorno: é o retorno mais provável de
um ativo.
Amplitude: é a diferença entre a estimativa da taxa de retorno mais otimista e
pessimista.
Desvio-padrão: é o indicador estatístico mais comum do risco de um ativo; mede a
dispersão em torno do valor esperado.
Coeficiente de Variação: é uma medida de dispersão relativa, útil para comparar os
riscos de ativos com retornos esperados diferentes.
CAMP (Modelo de formação de preços de ativos): é a teoria fundamental que
relaciona o risco e o retorno de qualquer ativo.
2) É preferível o coeficiente de variação quando os retornos esperados forem diferentes.
Porque leva em conta o porte relativo, ou o retorno esperado.
3) Carteira eficiente é uma carteira que maximiza o retorno para um dado nível de risco,
ou minimiza o risco para um dado nível de retorno. É importante a correlação entre
retornos dos ativos em carteira porque mede o retorno e o desvio-padrão. Através do
coeficiente de correlação, que mede o grau entre duas séries, há a correlação positiva,
que descreve duas séries que variam na mesma direção; a correlação negativa, que
descreve duas séries que variam em direções opostas; a correlação positiva e perfeita,
que descreve duas séries positivamente correlacionadas, cujo coeficiente de correlação é
igual a +1 e a correlação negativa e perfeita, que descreve duas séries negativamente
correlacionadas, cujo coeficiente de correlação é igual a -1.
4) Há dois tipos de risco: Risco diversificável e o Risco não diversificável.
O Risco Diversificável é uma parte do risco de um ativo que é atribuível a
causas aleatórias e específicas a empresa, pode ser eliminando por meio da
diversificação. Também chamado de risco não sistemático.
O Risco não Diversificável é a porção relevante do risco de um ativo, atribuível
a fatores de mercado que afetam todas as empresas, não pode ser eliminado por
meio da diversificação. Também chamado de risco sistemático.
O beta é medido pelo risco não diversificável. Sendo ele um indicador do grau de
variação do retorno de um ativo em respostas a uma variação no retorno de mercado.
5) Chamamos a representação gráfica do modelo de formação de preços de ativos de Reta
do Mercado de Títulos (SML), que é na verdade, uma reta que reflete o retorno exigido
no mercado para cada nível de risco não diversificável (Beta).
6) A) Um aumento das expectativas de inflação resultaria num deslocamento paralelo e
para cima da SML. E os retornos exigidos de todos os ativos, a taxa livre de risco e o
retorno de mercado também aumentaria.
B) Se os investidores se tornarem menos avessos ao risco de retorno exigido de cada
nível diminuirá, logo a SML se deslocaria para baixo e o retorno exigido diminuiria
devido a menor aversão ao risco refletida no menor prêmio pela minoria do risco de
mercado.
7) O modelo baseia-se na hipótese de um mercado eficiente com as seguintes
características: muitos investidores pequenos, todos dispondo das mesmas informações
e expectativas a respeito dos títulos; ausência de restrições ao investimento, nenhum
custo de transação; e investidores racionais que encaram os títulos da mesma maneira
têm aversão ao risco, preferindo retornos mais altos e riscos mais baixos. Só que no
caso de ativos empresariais reais, como instalações e equipamentos, as pesquisas ainda
não provaram a aplicabilidade generalizada do CAPM em virtude da indisponibilidade,
do porte relativamente grande, do número limitado de transações e da ausência de um
mercado eficiente para esses ativos. Mas apesar de suas limitações, o CAPM fornece
um arcabouço conceitual útil para avaliar o risco e o retorno e relacionar um ao outro.
Entender essa associação e procurar considerar tanto um quanto o outro na tomada de
decisões financeiras pode ajudar os administradores financeiros a atingir seus objetivos.
Capítulo 7.
7-1 (pág.287)
As principais diferenças entre capital de terceiros e próprio são:
O capital de terceiros não influência nas decisões da administração, já o capital
próprio sim;
Em relação ao direito sobre resultados e ativos o capital de terceiros têm
preferência em relação ao capital próprio, e o capital próprio é subordinado ao
capital de terceiro.
Em relação ao tratamento fiscal no capital de terceiros há dedução de juros e no
capital próprio não há dedução.
E o prazo de vencimento do capital de terceiros é determinado e do capital
próprio é indeterminado.
7-2 (pág.296)
Os acionistas ordinários assumem riscos que os demais fornecedores de capital de longo
prazo não assumem. São os proprietários residuais porque recebem o que sobra – o
resíduo – depois de atendido todos os demais direitos sobre resultados e ativos da
empresa. Gozam de uma única garantia: não podem perder mais do que investiram na
empresa. Por causa dessa condição cheia de incertezas, os acionistas ordinários esperam
ser remunerados com dividendos condizentes e, afinal, com ganhos de capital.
7-3 (pág. 296)
A diluição de propriedade costuma resultar na diluição de ganhos, pois cada acionista
existente passa a ter direito menor do que antes sobre os lucros da empresa. Para
proteger seus acionistas a empresa promove uma oferta de direitos, onde ela outorga
direitos a seus acionistas. Esses instrumentos financeiros permitem aos acionistas
comprar mais ações a um preço inferior ao de mercado, na proporção direta do número
de ações que detém. Os direitos são usados sobretudo por pequenas empresas cujo
capital seja fechado, ou que tenham capital aberto, mas cujas ações não sejam
ativamente negociadas.
7-6 (pág.296)
As ações preferenciais conferem aos titulares privilégios que lhes dão prioridade em
relação aos acionistas ordinários. Aos preferenciais é prometido um dividendo periódico
fixo declarado como porcentagem ou como uma quantia em dinheiro. A especificação
do dividendo depende de ter ou não a ação preferencial valor nominal. As ações
preferenciais com valor nominal declaram seu valor, e o dividendo anual é especificado
como porcentagem desse valor. As ações preferenciais sem valor nominal não têm valor
declarado, e o dividendo anual é determinado como uma quantia em dinheiro.
7-12 (pág.296)
As primeiras fontes de cotação de ações são os jornais de negócio, como o Wall Street
Journal e o Investor’s Business Daily, e as seções de economia dos jornais em geral. As
informações contantes de uma cotação são na primeira coluna o nome da empresa, à
direita o seu símbolo. Na coluna seguinte, intitulada “CLOSE” (fechamento), contém o
ultimo preço que a ação foi vendida no dia em questão. A última coluna, “NET CHG”
(variação líquida) indica a variação do preço de fechamento em relação ao do pregão
anterior.
7-13 (pág.308)
Se o retorno esperado estivesse acima do retorno requerido (ȓ>r), os investidores
comprariam o ativo, elevando o preço e reduzindo o retorno esperado até o ponto em
que igualasse o retorno requerido. Buscaria assim um preço de equilíbrio – valor de
mercado.
7-14 (pág.308)
A hipótese de mercado eficiente é a teoria que descreve o comportamento de tais
mercados ‘perfeitos’, ela afirma que:
1. Os títulos costumam estar em equilíbrio, o que significa que têm preço justo e que
seus retornos esperados são iguais aos retornos requeridos.
2. Em qualquer ponto do tempo, os preços dos títulos refletem integralmente todas as
informações de domínio público a respeito da empresa e seus títulos, e esses preços
reagem rapidamente a novas informações.
3. Como as ações têm preço justo, os investidores não precisam perder tempo
buscando títulos de preço incorreto (subavaliados ou superavaliados).
As finanças comportamentais contestam a hipótese de mercado eficiente, porque suas
pesquisas revelam diversas anomalias – desvios em relação a crenças aceitas – nos
retornos das ações. Reconhece que emoções e outros fatores subjetivos afetam as
decisões de investimento.
7-15 (pág.309)
A) O Modelo de crescimento Nulo, supõe uma série de dividendos constantes e sem
perspectiva de crescimento.
B) O Modelo de crescimento Constante, supõe que os dividendos crescerão a uma taxa,
mas inferior ao retorno requerido/exigido.
C) O Modelo de crescimento Variável, permite a variação da taxa de crescimento dos
dividendos.
Os modelos de avaliação com crescimento nulo, constante e variável fornecem
abordagens úteis para a estimativa do valor da ação. Evidentemente, as estimativas
produzidas não podem ser muito precisas, dado que as próprias projeções de
crescimento futuro e taxas de desconto são necessariamente apropriadas.
7-16 (pág.309)
O Modelo de avaliação pelo fluxo de caixa livre é o modelo que determina o valor da
empresa como um todo pelo valor presente de seus fluxos de caixas livres esperados,
descontados ao custo médio ponderado de capital da empresa, o qual corresponde ao
seu custo esperado de fundos em longo prazo. Se difere do modelo de avaliação por
dividendos esperados da empresa, avalia-se seus fluxos de caixa livres esperados. Esses
representam o valor do fluxo de caixa disponível para os investidores – os fornecedores
de capital de terceiros (credores) e capital próprio (proprietários) – depois de satisfeitas
todas as demais obrigações.
Essa abordagem é interessante quando se trata de empresas sem histórico de dividendos
ou que sejam iniciantes ou, ainda, na avaliação de uma unidade ou divisão operacional
de uma companhia aberta de grande porte.
7-17 (pág.309)
A) O valor patrimonial por ação é o valor efetivo que seria recebido por ação ordinária,
se todos os ativos da empresa fossem vendidos por seu exato valor contábil
(escritural), os passivos (incluindo as ações preferenciais) fossem liquidados e o
valor restante fosse repartido entre os acionistas ordinários.
B) O valor de liquidação por ação é o valor efetivo que seria recebido por ação
ordinária se todos os ativos da empresa fossem vendidos por seu valor de mercado,
os passivos (incluindo as ações preferenciais) fossem quitados e qualquer saldo
remanescente fosse destinado aos acionistas ordinários.
C) A abordagem pelo múltiplo preço/lucro é uma técnica popularmente usada para
estimar o valor da ação das empresas, é calculado multiplicando-se o lucro por ação
(LPA) esperado pelo índice preço/lucro (P/L) médio do setor.
A abordagem (P/L) é considerada superior ao uso do valor patrimonial ou de
liquidação, porque leva em conta a expectativa de lucros.
7-18 (pág.310)
É incomum que uma decisão financeira afete de modo independente o risco e o retorno;
a maioria delas afeta os dois fatores. No que concerne às medidas apresentadas, com um
aumento do risco, seria de se esperar um aumento no retorno, admitindo que o retorno
requerido e retorno de mercado ficassem inalterados. O efeito líquido sobre o valor
depende da magnitude das oscilações das variáveis.
7-19 (pág.310)
A) Com o beta maior a ação da empresa fica mais arriscada, logo diminui de preço.
B) Se o retorno requerido diminuísse o preço da ação diminuiria.
C) Se houver uma redução dos dividendos esperados para o ano seguinte o preço da
ação diminuirá.
D) Se houver um aumento na taxa de crescimento dos dividendos o preço da ação
aumentará.
Capítulo 11
11-1 (pág.435)
O custo de capital é a taxa de retorno que uma empresa precisa obter nos projetos em
que investem para manter o valor de mercado de sua ação. Também pode ser
considerado a taxa de retorno exigida pelos fornecedores de capital no mercado, para
que seus fundos sejam atraídos para a empresa. Se o risco foi mantido constante, os
projetos com taxa de retorno superior ao custo de capital elevarão o valor da empresa, e
aqueles com taxa de retorno inferior reduzirão esse valor.
11-2 (pág.435)
Presumimos que o risco econômico – o risco de que a empresa seja incapaz de fazer
face aos custos operacionais – seja constante. Essa premissa implica que a aceitação de
um determinado projeto não afeta a capacidade da empresa da arcar com o custo
operacional.
Presumimos que o risco financeiro – o risco de eu a empresa seja incapaz de fazer face
às obrigações financeiras (juros, alugueis, dividendos preferenciais) – seja constante.
Essa, premissa maneira que a capacidade da empresa de honrar seus custos de
financiamento seja constante.
11-3 (pág.435)
Os custos relevantes são aqueles apurados após o Imposto de Renda. E m outras
palavras, o custo de capital é medido depois do imposto de renda. Essa premissa condiz
com o contexto pós-imposto de renda adotado na tomada de decisões de orçamento de
capital.
Ao ponderar o custo de cada fonte de financiamento por sua proporção ideal na sua
estrutura de capital da empresa, ela poderá obter um custo médio ponderado que reflita
como se inter-relacionam as decisões de financiamento. Já o custo específico de cada
fonte de financiamento é o de sua obtenção agora, após o imposto de renda, e não o
custo histórico refletido nos financiamentos registrados na estabilidade da empresa.
11-4 (pág.435)
Concordo com a afirmativa, pois, o retorno de um projeto deve ser maior que o custo da
dívida, senão o projeto não é vantajoso para a empresa. Pelo contrário, trará apenas
prejuízo.
11-6 (pág.438)
O custo do capital de terceiros antes do imposto de renda de uma obrigação pode ser
obtido de três maneiras: cotação, cálculo ou aproximação.
11-9 (pág.443)
A premissa adotada no Modelo de Avaliação com crescimento constante (modelo de
Gordon) é que se supõe que o valor de uma ação ordinária corresponde ao valor
presente de todos os dividendos futuros (que se supõe crescerem a uma taxa constante) e
que se espera obter por um período infinitamente longo.
11-10 (pág.443)
O custo de financiamento de um projeto com lucros retidos é menor do que o de
financiá-los com uma nova emissão de ações ordinárias, porque a emissão de novas
ações envolve o custo de lançamento pagos pela missão e venda de novas ações,
reduzindo assim, ainda mais os recebimentos líquidos pela empresa.
11-13 (pág.451)
O custo marginal ponderado de capital (CMgPC) é o custo médio ponderado de capital
(CMPC) da empresa associado ao seu próximo dólar de novo financiamento total. Esse
custo marginal é relevante para as decisões correntes.
A Escala de custo marginal ponderado de capital é o gráfico que relaciona o custo
médio ponderado de capital da empresa ao nível de financiamento novo total.
A Escala aumenta à medida que se atingem determinados níveis de novo financiamento
total.
11-14 (pág.451)
A Escala de oportunidade de investimento (EOI) é um ordenamento das possibilidades
de investimento, desde as melhores (retornos mais altos) até as piores (retornos mais
baixos).
Costuma ser representada como uma função decrescente, da melhor (maior retorno)
para a pior (menor retorno).
Porque o retorno sobre os investimentos diminuirá à medida que a empresa aceite mais
projetos.
11-15 (pág.451)
A regra da tomada de decisões seria: aceitar projetos até o ponto em que o retorno
marginal sobre um investimento seja igual ao custo marginal ponderado de capital. Para
além desse ponto, o retorno do investimento será inferior ao custo de capital.
Na prática a maioria das empresas opera sob condições de racionamento de capital. Ou
seja, a administração impõe restrições que mantêm os gastos de capital abaixo do ideal
(onde TIR = ra). Por isso, muitas vezes há uma lacuna, entre o orçamento de capital
ideal teórico e o nível efetivo de financiamento/ investimento da empresa.