Hoje Macau 28 JAN 2013 #2781

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MUITO NUBLADO MIN 13 MAX 18 HUM 55-90% EURO 10.7 BAHT 0.2 YUAN 1.2 AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ SEGUNDA-FEIRA 28 DE JANEIRO DE 2013 ANO XII Nº 2781 PUB PUB PUB Ter para ler LIGA DE ELITE Ka I vence Benfica com golo no último minuto do jogo PÁGINA 12 ECONOMIA AMCM pode vir a comprar mais dívida portuguesa PÁGINA 4 EVOLUÇÃO HUMANA Académico defende perda de inteligência CENTRAIS Minoria sem expressão VENHAM MAIS CINCO (SÉCULOS) MANGAL DA TAIPA CARÁCTER URGENTE DO PROJECTO NÃO PRECISOU DE AUSCULTAÇÃO, DIZ IACM PÁGINA 10 AUMENTO DE PROPINAS VOZES ACUSAM MUST DE AGIR DE MODO “ILEGAL” PÁGINA 2 Grupo de advogados quer Assembleia-Geral. Paulino Comandante responde à letra LEITE EM PÓ Governo vê falta como questão de saúde pública PÁGINA 5 A questão continua a ser a mesma, por parte da lesma: o acesso à profissão e os repetidos chumbos no exame de admissão. Mas agora os jornais em língua chinesa dão conta de 24 causídicos que se queixam do regulamento ter sido alterado sem lhes terem dado qualquer cavaco. O problema é que nem sequer conseguiram reunir o número suficiente de assinaturas para convocar uma Assembleia-Geral. O vice-presidente da Associação de Advogados, Paulino Comandante, diz estar “triste e desanimado” pelo facto do assunto ter caído na praça pública. Contudo, não hesita: “Querem enganar o público”. PÁGINA 3

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Edição do Hoje Macau de 28 de Janeiro de 2013 • Ano X • N.º 2781

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muito nublado min 13 max 18 hum 55-90% • euro 10.7 baht 0.2 yuan 1.2

AgênciA comerciAl Pico • 28721006 Mop$10 Director carlos Morais josé • segunda-feira 28 de janeiro de 2013 • Ano Xii • nº 2781

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Ter para ler

liga de elite

Ka I vence Benfica com golo no último minuto do jogo

página 12

eConomia

AMCM pode vir a comprar mais dívida portuguesa

página 4

evolução humana

Académico defende perdade inteligência

CentraiS

Minoria sem expressão

VenhaM Mais cinco (séculos)

mangal da taipa

CaráCter urgente do projeCto não preCiSou de auSCultação, diz iaCm

página 10

aumento de propinaS

vozeS aCuSam muSt de agir

de modo “ilegal” página 2

Grupo de advogados quer assembleia-Geral. paulino comandante responde à letra

leite em pó

Governo vê falta como questão de saúde pública

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A questão continua a ser a mesma, por parte da lesma: o acesso à profissão e os repetidos chumbos no exame de admissão. Mas agora os jornais em língua chinesa dão conta de 24 causídicos que se queixam do regulamento ter sido alterado sem lhes terem dado qualquer cavaco. O problema é que nem sequer conseguiram reunir o número suficiente de assinaturas para convocar uma Assembleia-Geral. O vice-presidente da Associação de Advogados, Paulino Comandante, diz estar “triste e desanimado” pelo facto do assunto ter caído na praça pública. Contudo, não hesita: “Querem enganar o público”. página 3

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segunda-feira 28.1.2013política2 www.hojemacau.com.mo

Rita Marques [email protected]

No próximo ano lectivo, o aumen-to das propinas na Universidade

de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST, na sigla in-glesa) vai sofrer um aumento de quase 10% para os alunos residentes do território e de 20% para os não residentes. Ainda não se sabe que parte deste aumento é suportado pela Fundação da MUST [indirectamente pela Fun-dação Macau (FM)], mas tal foi já garantido pela institui-ção académica. Contactada ontem pelo Hoje Macau, a Fundação Macau disse não dispor dessas informações fora dos dias úteis.

Ao Hoje Macau, Perei-ra Coutinho definiu este aumento como “mais um

Cecília [email protected]

AU Kam San acredita que os altos cargos do Governo,

incluindo alguns secretários, de-vem ser sujeitos a uma avaliação anual no seu desempenho, segun-do o artigo 14º da lei de 15/2009, que inclua conhecimentos sobre a legislação vigente. Tal deveria depois ter impacto directamente na renovação ou rescisão do contrato de trabalho dos fun-cionários. “Se alguns chefes [de direcção, departamento e secretá-rios] não sabem bem a lei, como podem passar nas avaliações?”, questionou o deputado, pondo em causa o tipo de avaliação feita. “o presidente do Tribunal

de Última Instância (TUI), Sam Hou Fai, disse na Sessão Solene da Abertura do Ano Judicial que o aumento do número de recursos administrativos pelo Tribunal de Segunda Instância (TSI) mostra que os residentes não concordam com os regulamentos administra-tivas e interpretações dos mesmos feitos por alguns dirigentes do Governo e daí o crescente aumen-to de recursos”, revela o deputado da ala democrática.

“Sam Hou Fai apontou fenó-menos anormais nos julgamen-tos nos últimos anos, quando alguns departamentos causam contradições ou conflitos por não actuarem em conformidade com a lei, recusando-se a assumir responsabilidade, mas simples-

mente empurrar os problemas e contradições ao Judiciário, e disse que isso é tratado de acordo com a lei.” Só no último ano, o Tribu-nal de Segunda Instancia (TSI) recebeu 277 casos, enquanto no ano anterior o número ficou-se pelos 62 casos.

Au Kam San avança que a sociedade deve ter um ambiente de desenvolvimento mais aberto, precisa de promover e imple-mentar o corpo administrativo de acordo com a lei de órgãos governamentais, para evitar ou minimizar a origem das disputas. “Segundo o presidente da AAM, [Neto Valente], a capacidade de tomada de decisão em alguns sectores das autoridades da admi-nistração pública está degradada,

a maioria dos departamentos tem demasiada responsabilidade mas não tem capacidade de tomar decisões. Para piorar a situação, esses departamentos estão com medo de tomar uma decisão ou tomar uma decisão errada, porque não sabem como interpretar as leis, regulamentos ou contrato”, verifica Au Kam San.

“Todos os anos o Governo tem muitas formações para os funcionários públicos, mas para os altos cargos entende-se que estas não são precisas, ou seja, o Governo da RAEM deve rever a possibilidade de proceder a acções de formação especifica, a fim de compensar a falta de consciência jurídica”, avalia o deputado.

Deputado quer regulamento para carros abandonados Ho Ion San fez uma interpelação escrita na sexta-feira sobre o facto dos stands de automóveis deixarem carros abandonados ou para vender a ocupar os lugares de estacionamento, o que leva a que haja mais escassez de espaços vagos para os residentes. O deputado aponta a falta de um regulamento que regularize essa situação, segundo o jornal Ou Mun. A falta de estacionamento público é um dos problemas que Ho Ion San espera que seja uma falha a suprimir, até porque o número de veículos no território também não pára de aumentar. - C.L.

Deputado e académico dizem que aumentos de propinas da MUST são “ilegais” e devem ser “fiscalizados”

Erário público serve privado

Au Kam San acusa a Administração de nada saber sobre a legislação vigente

Sai uma avaliação para a mesa dos responsáveis

O deputado Pereira Coutinho é taxativo. Os aumentos de propinas, quando financiados em parte por fundos públicos, têm de ser “fiscalizados” pelo Governo. O académico Bill Chou avalia a situação como “ilegal” dado que houve uma promessa com os alunos que foi quebrada. Liu Liang, reitor da MUST, explica que “alunos em dificuldades vão ser subsidiados”

Acima disto, e em con-formidade com Pereira Coutinho, o académico refere que o centro do pro-blema está em não haver qualquer política de regula-mentação sobre o aumento de propinas das instituições privadas. E indica que no caso das universidades pú-blicas, “as propinas estão estáveis há já muitos anos” e, por isso, “a MUST não pode subir as propinas como quer porque usam os fundos públicos”.

o actual reitor da MUST, Liu Liung disse este fim-de--semana que os aumentos estão relacionados com a subida dos custos opera-cionais e com a taxa de câmbio do yuan. “Isso não é justificável. Há uma grande falta de transparência, não há comunicação com os estudantes e pode mesmo ser ilegal”, refere Bill Chou. “o que tem a ver o renminbi com uma universidade que está sediada em Macau?”, questiona Pereira Coutinho.

No entanto, o responsá-vel da instituição privada revela haver apoios para alu-nos em dificuldades. “Não vamos permitir que nenhum aluno desista de estudar por causa deste aumento que pode impossibilitá-los de pagar as propinas. Vamos apoiar os estudantes em dificuldades. Podem can-didatar-se e vamos garantir os subsídios” afirmou Liu Liang, reitor da MUST.

escândalo” envolvendo a MUST que, nos últimos anos, tem vindo a ficar cada vez mais bem posicionada no ranking das instituições que receberam apoios públi-cos. Só no ano passado, entre Julho e Setembro, recebeu mais de cem milhões de pa-tacas. “o erário público deve ser bem distribuído e bem gerido, se a MUST recebeu o dinheiro do erário público então o Governo de Macau tem de intervir em qualquer tipo de aumento”, entende o tribuno. Algo que o Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES) disse já não ter “poderes e funções” para “intervenção nas universi-dades”, embora garantisse vir a “analisar a situação”, explicou o coordenador Sou Chio Fai ao canal chinês da Rádio Macau.

“O GAES deve fiscalizar

os seus estudos em mais 10 mil patacas, subindo de 50 mil para 60 mil o valor anual das propinas. Para Coutinho trata-se de “utilizar dinheiro do erário público para subsi-diar propinas dos residentes do continente, que não pa-gam impostos em Macau”, revela.

ALunoS SuRpREEndidoSos alunos não residentes, por sua vez, também se reve-laram surpreendidos com a notícia. “As propinas devem ser ajustadas de forma razoá-vel. É um aumento de quase 20% relativamente aos 50 mil dólares de Hong Kong que costumamos pagar. É inaceitável”, disse à TDM uma rapariga do continente. “É suposto que o preço se mantenha durante os quatro anos de licenciatura. Mas anunciaram o aumento de repente. Surpreendeu-me”, adiantou outro aluno.

A mesma ideia tem Bill Chou. “Houve uma quebra de promessa para com os estudantes actuais, de que não se aumentariam as pro-pinas”, evidencia o professor de Administração Pública da Universidade de Macau. “Pode até ser ilegal acrescer as propinas e assim parece sob o olhar dos estudantes.” No entanto, no comunicado lançado pela MUST aos alu-nos, dizia que os alunos são alertados para essa eventuali-dade, neste que foi o primeiro aumento em 12 anos.

todas as universidades supe-riores que recebem dinheiro do Governo. Embora não tendo poderes pode intervir solicitando informações adi-cionais quanto ao uso do di-nheiro que foi subsidiado”,

exaltou Pereira Coutinho.os estudantes residentes

vão passar a pagar propinas no valor de 32 800 patacas (acrescendo um aumento de 2800). Por outro lado, os não residentes vão custear

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3políticasegunda-feira 28.1.2013 www.hojemacau.com.mo

Cerca de 24 causídicos continuam a pedir uma Assembleia-Geral Extraordinária à Associação dos Advogados por criticarem o processo de revisão do novo regulamento de acesso à profissão, afirmando que nem todos foram ouvidos. Mas o vice-presidente da associação afirma que está tudo decorre segundo a lei e que a direcção “não vai ceder” a eventuais pressões externas

Andreia Sofia [email protected]

Cecília Lincecí[email protected]

NA edição de ontem o diá-rio de língua chinesa ou Mun noticiava as críti-cas de um grupo de 24

advogados que estão contra a forma como tem sido feita a revisão do regulamento de acesso à advocacia, anunciada em Dezembro último. Os juristas em causa afirmam que nem todos os associados foram ouvidos quanto às alterações, que dizem poder prejudicar os interes-ses dos advogados.

Para além disso, os advogados em causa continuam a pedir a rea-lização de uma Assembleia-Geral Extraordinária, tendo recolhido assinaturas para o efeito há algum tempo. Contudo, não foram além de um quinto dos nomes necessá-

o número de turistas que Macau pode ainda

receber está dependente das políticas a adoptar no futuro, nomeadamente ao nível de trânsito, disse Lao Pun Lap, coordenador do Gabinete de Estudo das Políticas do Governo numa conferência sobre a consulta pública das Políticas Demográficas.

Por outro lado, Lao Pun Lap reconhece que é neces-sário criar novos motivos de interesse para que os

Advogado Vice-presidente reage às críticas de grupo de advogados

“não cedemos a pressões porque estamos a proceder legalmente”

número de turistas depende das políticas de trânsito a adoptar

Diversificar ofertasvisitantes não se concentrem apenas nos bairros antigos e no centro histórico.

A uma semana do fim da auscultação sobre as políticas demográficas, o também ex-deputado diz que as opiniões recebidas são “construtivas”. Lao Pun Lap referiu que algumas pessoas apontaram insuficiências no documento da consulta, mas também não explicou o que esteve na origem das queixas.

Numa conferência de imprensa realizada sábado à tarde, o líder do think-tank de Chui Sai on não revelou quantas foram as opiniões recebidas até agora.

Recorde-se que em con-sulta estão três opções: até 2036, a população de Macau pode crescer num cenário baixo até 754 mil habitantes, até 802 mil pessoas num cenário médio, e até 852 mil residentes, de máxima.

os resultados desta con-

sulta vão ser analisados durante o próximo meio ano. Depois, explica Lao Pun Lap, vai ser feito um estudo aprofundado sobre as políticas demográficas. O objectivo, diz o responsável pelo ‘think-tank’, é garantir resposta às necessidades do desenvolvimento social. Por essa razão, Lao Pun Lap espera que os residentes fa-çam chegar mais sugestões. opiniões que devem ser en-viadas até ao próximo dia 3.

recorrem à força política. É uma pressão que poucos advogados sentem, e nem eu nem a direcção está a sentir essa pressão. Uma coisa é política, outra é um assunto interno da classe, que deve ser resolvido e discutido no seio da classe. Mas misturam as coisas e infelizmente é assim.”

Recorde-se que Ung Choi Kun considerou ser injusto e “contra a Lei Básica” o facto de durante cinco anos um licenciado não poder fazer novo exame após três chumbos. Pouco depois foi tornado público de que o deputado teria um amigo, com o mesmo apelido, que já tinha chumbado quatro vezes no exame de acesso.

rias para que, segundo os estatutos, se realize tal iniciativa.

o Hoje Macau contactou Pau-lino Comandante, vice-presidente da Associação dos Advogados de Macau (AAM), que se mostrou “triste e desanimado” por este assunto estar nas páginas dos jornais. “Como não conseguiram convencer mais associados para subscrever o peditório e encontrar o número suficiente de assinaturas, vão falar através dos meios de co-municação para fazer mais pressão e enganar o público.”

E acrescenta: “Quem não con-cordou foi uma baixa percentagem, não é como se diz nos jornais chi-neses que foram muitos advogados.

opiniões diferentes há sempre, mas não é como se diz nesses jornais. Não chega a um quinto, num uni-verso de 300 lugares.”

Para Paulino Comandante, tudo está a ser feito segundo a lei. “Quando algum associado não concorda com esta decisão deve reagir legalmente. Não cedemos porque estamos a proceder legal-mente em termos estatuários, não faz sentido”, acrescenta.

pRESSõES poLítiCAS? A revisão do regulamento prevê que os estagiários que chumbem três vezes no exame de acesso fiquem cinco anos sem poder realizar nova prova. Este é um

ponto de discordância, tal como o facto de um advogado sénior não poder coordenar três estagiários ao mesmo tempo.

A questão dos chumbos no exame de acesso foi levantada na Assembleia Legislativa (AL) e tornou-se objecto de polémica entre o deputado Ung Choi Kun e Jorge Neto Valente, presidente da AAM. Mas Paulino Comandante garantiu que não há pressões ex-ternas no seio da direcção, muito menos divisões na associação. “Concordem ou não, [o assunto] deve ser discutido no seio da classe em vez de se usarem forças políticas. Há outros mecanismos, mas em vez de recorrerem a eles

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segunda-feira 28.1.2013

Andreia Sofia [email protected]

A Autoridade Monetária e Cambial de Macau (AMCM) pode vir a adquirir mais títulos

de dívida portuguesa, depois do bem sucedido regresso de Portugal aos mercados financeiros, feito na última terça-feira.

Numa resposta enviada ao Hoje Macau, a entidade diz que está atenta ao futuro. “Como sempre, a AMCM vai continuar a olhar de forma persistente para todas as oportunidades viáveis

Joana [email protected]

As ambulâncias do Corpo de Bombeiros (CB) de

Macau responderam a mais 1473 pedidos de ajuda no ano passado, comparativamente ao ano anterior. No geral, todas as situações que exigem a presença das autoridades de salvamento aumentaram, com os salvamentos a subirem em 15% e os incêndios a subirem 0.64%.

De acordo com o Chefe de Primeira do CB, que na sexta-feira apresentou os da-dos de 2012 aos jornalistas, o aumento de 4,32% na saída de ambulâncias deveu-se, sobretudo, ao aumento da população e dos turistas, mas também a ter havido “abuso de pedidos de ambulância” pela parte das pessoas. Lam Io Fan disse não ter dados nem sobre a quantidade de abusos que

O número de trabalha-dores não residen-

tes em Macau continua a bater recordes, ao fixar-se, em 2012, em 110.552, segundo dados oficiais divulgados.

Dados da Polícia de segurança Pública, pu-blicados no portal do Ga-binete para os Recursos Humanos, mostram que, no final de Dezembro, integravam o univer-so laboral do território 110.552 trabalhadores, os quais representam quase um quinto (19,1%) da população.

só num intervalo de um ano, a mão-de-obra importada deu um salto de 17,5%, com a entrada no mercado do trabalho de uma média mensal de 1.377 trabalhadores oriundos do exterior.

Face a Novembro,

Economista diz que há “condições para investir de forma consciente”

AMCM não rejeita comprar mais dívida pública portuguesa

Mais população e turistas leva bombeiros a responder a mais pedidos de ajuda

Chamadas de ambulâncias abusivas aumentam

Número de trabalhadores não residentes continua a bater recordes em Macau

De onde vêm e o que fazem

Depois das compras feitas em 2011, a Autoridade Monetária e Cambial não põe de parte regressar aos leilões e voltar a investir em Portugal. Numa resposta enviada ao Hoje Macau, a entidade afirma que “vai continuar a olhar para as oportunidades viáveis de investimento nos mercados financeiros”, onde consta a Europa, Ásia-Pacífico e até América

xado esta possibilidade em aberto. “Temos estado a acompanhar de perto a evolução do mercado inter-nacional, incluindo o mercado eu-ropeu. Quando encontrarmos boas oportunidades vamos analisá-las, para decidirmos avançar ou não.”

BoM pArA diverSiFiCAr Ao Hoje Macau, o economista José Morgado vê com bons olhos a possibilidade da AMCM poder a investir em títulos de dívida portu-guesa. “[A ida aos mercados] teve bastante sucesso, com uma procura excedente à oferta e uma taxa de juro inferior. Portugal está melhor face aos mercados internacionais. A AMCM ou qualquer investidor estrangeiro tem de conhecer a si-tuação e obviamente que conhece. Houve presidentes que estiveram no Banco de Portugal e que têm informações sobre a evolução da dívida portuguesa e europeia.”

Além disso, José Morgado acredita que investir em Portugal pode trazer benefícios a Macau. “É uma boa alternativa para a di-versificação, porque a AMCM tem investimentos em todo o mundo e até na China, e seria bom para diversificar a aplicação de fundos. Quanto maior a diversificação menor o risco, que acaba por ficar diluído. Mas a AMCM tem todas as condições para investir de forma consciente.”

de investimento nos mercados financeiros em diferentes regiões, incluindo a América, Europa, Ásia-Pacífico, e que no essencial se adaptem ao nosso perfil de alocação de activos.”

Quanto aos investimentos feitos até ao momento, o balan-ço é positivo. “A AMCM tem um conjunto de directrizes pré--estabelecidas para o investimento, que têm vindo a ser bem aplicadas e analisadas, com um forte ênfase colocado na preservação de capital e na provisão de liquidez.”

Já em 2011, Anselmo Teng, presidente da AMCM, tinha dei-

sociedade4 www.hojemacau.com.mo

houve nem sobre as situações consideradas como abuso de ambulância – dados que descartou para os serviços de saúde -, mas assegura que vão ser divulgados pedidos para que a população não continue no mesmo esquema. “Temos de prevenir os cidadãos a não abusarem da ambulância, por isso vamos mostrar nos jornais que não o devem fazer.”

Em dados gerais, o CB teve mais 3309 casos em que foi

requerido estar presente, com os números a aumentarem de 35215 em 2011 para 38524 eventos no ano passado. Lam Io Fan explica que os dados incluem, por exemplo, situa-ções de salvamento em casos de tufão e pós-tufão. O ano passado, Macau foi assolado pelo Vicente, um tufão que atingiu categoria 9 na escala de 10.

Apesar das palestras e serviços de propaganda contra incêndios, houve um ligeiro au-mento deste problema, pelo que o CB afirma que vai reforçar a fiscalização no ano novo chinês devido aos foguetes e vai ainda estar atento aos templos de Macau, onde há mais turistas e incenso. Ainda assim, referiu o Chefe de Primeira, a maioria dos incêndios que aconteceram o ano passado – houve 1105 – deu-se em apartamentos por causa de as pessoas se terem es-quecido de desligar os fogões.

registaram-se mais 413 trabalhadores do exte-rior, o equivalente a uma média diária superior a 13 pessoas.

O número de traba-lhadores não residentes superou a barreira psi-cológica dos 100.000 pela primeira vez na história da Região Ad-ministrativa Especial em setembro de 2008, e voltou a ser superada em Maio do ano passa-do, numa tendência não mais invertida.

O interior da China

continua a figurar como a principal fonte de tra-balhadores recrutados ao exterior (66.845 ou 60,4%), sobretudo para o sector da hotelaria, restaurantes e similares, construção e comércio, enquanto as Filipinas (16.297) e Vietname (10.176) ocupam, res-pectivamente, o segundo e terceiro lugares da lista.

A maioria dos cida-dãos de nacionalidade portuguesa que integra o mercado laboral de Macau detém Bilhete de Identidade de Residente (BIR), atribuído após a autorização de residência em Macau.

Já os trabalhadores não residentes têm ape-nas uma autorização de permanência, cuja vali-dade está ligada ao con-trato de trabalho. - Lusa

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segunda-feira 28.1.2013

Joana [email protected]

REsIDENTEs que tenham crianças até um ano de idade vão poder

comprar leite em pó direc-tamente a fornecedores, já a partir de hoje. Esta foi a medida escolhida pelo Exe-cutivo para tentar resolver provisoriamente o problema da escassez do produto, que tem assolado Macau nas últimas semanas.

A falta do leite em pó foi encarada como um problema de saúde pública pelo Exe-cutivo, que na sexta-feira reuniu com os serviços de saúde (ss) e com o Conse-lho de Consumidores (CC). Recorde-se que, na sema-na passada, farmacêuticos, famílias e fornecedores disseram ao Hoje Macau ser fundamental o acesso prioritário por parte dos pais de Macau. A escassez de leite em pó deve-se, sobretudo, ao facto de o produto ser comprado pelos turistas do continente, devido não só ao preço atractivo praticado no território, mas também pela falta de confiança que têm das marcas da China continental.

A ideia agora é dar prioridade aos residentes de Macau que tenham crianças até um ano de idade, fazendo com que possam comprar directamente o produto a sete fornecedores. Para isso, os pais devem registar-se em sete centros de saúde

Stanley Ho anuncia aumentos salariais até 6% na SJMA Sociedade de Jogos de Macau (SJM) anunciou aumentos salariais para os seus trabalhadores entre 5 a 6%, com efeitos retroactivos a 1 de Janeiro. Num comunicado, a empresa, fundada pelo magnata de jogo Stanley Ho, refere que as actualizações dos vencimentos oscilam entre os 5 e os 6%, com a percentagem a ser baseada nos seus salários. A SJM, que salienta ser a primeira operadora de jogo de Macau a avançar oficialmente com uma actualização salarial, adianta ainda que todos os funcionários da empresa vão receber um bónus referente a 2012. “Os trabalhadores com um salário mensal igual ou inferior a 11.000 patacas vão receber o equivalente a 175% do seu ordenado. Os outros terão direito a um prémio de 125% do salário, cujo montante mínimo será de 19.250 patacas”, refere a mesma nota. A SJM, que gere 20 dos 35 casinos de Macau, anunciou também melhorias noutro tipo de benefícios, prometendo, entre outros, elevar o subsídio de alimentação e estender o programa de recompensas aos empregados que não ficaram de baixa. - Lusa

Falta de leite em pó encarada como “contingência de saúde pública” pelo Governo

residentes podem comprar a fornecedores

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Logo após o anúncio da medida provisória para a venda de leite em pó, uma reportagem nos média locais dava conta de uma marca deste produto neo-zelandesa continha dicioanodiamida, uma matéria-prima de fabrico industrial e utilizada em fertilizantes, tóxica e que, apesar de não ser conhecido qualquer risco para a segurança alimentar, pode ser prejudicial ao organismo humano se ingerida em altas quantidades. No território têm sido muitas as queixas de fornecedores que dizem que a venda de uma determinada marca no hospital público influencia os pais a comprar apenas os produtos dessa

marca. Tem sido contestada pelos farmacêuticos a acção do Executivo, com estes a pedir que se garanta à população que todos as marcas são recomendáveis. Os Serviços de Saúde garantem que estão a prestar atenção ao problema do leite em pó da Nova Zelândia e admitem mesmo ser provável que uma quantidade muito limitada dos produtos lácteos do país contenham o químico, mas “muito pouco”. O Governo da Nova Zelândia ordenou a proibição de venda dos produtos lácteos que contenham dicianodiamida, mas não foram divulgadas as marcas de leite em pó afectadas, não se sabendo se estas são vendidas em Macau.

Nova estação elevatória da ETAR vai custar mais de 30 milhões de patacasA construção da nova estação elevatória na Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Macau pode vir a custar entre os 32 milhões de patacas e os 50 milhões de patacas. Estes são, pelo menos, os valores que as dez empresas a concorrer ao concurso público para a obra projectam. O Gabinete de Desenvolvimento de Infra-Estruturas (GDI) realizou, na sexta-feira, o acto público da abertura do concurso. O organismo admitiu todas as dez propostas das dez empresas concorrentes e as obras têm um prazo previsto de 360 dias. A construção da estação elevatória da ETAR vai ser necessário devido à parte marítima da ETAR actual se localizarem na área da zona A dos novos aterros urbanos. “Existe a necessidade de desviar condutas existentes para o extremo sul dessa zona, ou seja, a zona marítima em frente ao canal do Porto Exterior”, explica o GDI. A nova estação abrange ainda um tanque para a condução das águas tratadas, para que estas sejam conduzidas pelo tanque e lançadas no alto mar através de conduta pressurizada. Prevê-se que a empreitada possa vir a criar cerca de 80 postos de trabalho. - J.F.

CENTRoS dE SAúdE pARA o REgiSToCentro de Saúde Tap Seac 6300 9270

Centro de Saúde Fai Chi Kei 6300 9238

Centro de Saúde de Areia Preta 6300 9089

Centro de Saúde de São Lourenço 6300 9237

Centro de Saúde do Porto Interior 6300 9140

Centro de Saúde de Taipa 6300 9337

Posto de Saúde de Coloane 6300 9305

(ver caixa), apresentando o Bilhete de Identidade de Macau. Podem comprar um máximo de seis latas de leite por mês, o que, dizem os ss, é suficiente para 31 dias.

Na sexta-feira, ss e CC reuniram-se para debater o assunto, que, recorde-se, chegou mesmo a ter lugar na agenda do Chefe do Execu-tivo aquando da sua visita a Pequim. O CC garante que vai fiscalizar a flutuação

de preços, para evitar que sejam aumentados devido à nova medida. Ainda não se sabe onde podem ser ad-quiridas as latas, mas os ss asseguram informar os pais de Macau oportunamente. “Não estamos envolvidos nem na venda, nem no fornecimento, mas iremos garantir que eles realmente efectuam a venda”, explicou Lei Chin Ion, director do organismo. “Depois dos

registos dos pais, daremos a lista aos fornecedores.”

O Chefe do Executivo garante ainda que há vários serviços a acompanhar de perto a situação e diz tam-bém que se está a manter contacto com os fornecedo-res e vendedores a retalho, para garantir estabilidade na oferta. Os serviços de Alfandega prometem mais atenção às saídas de Macau com este produto.

Já começou o medo do leite em pó

Tiago alcânTara

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segunda-feira 28.1.2013nacional6 www.hojemacau.com.mo

Maria João BelchiorEm Pequim

Depois de ter vivido um dos piores meses de sempre no que se refere à qualidade do

ar, Pequim teve no final da semana passada os primeiros dias de céu azul do mês. Tímidos mesmo assim e poucos, antes de voltar no fim--de-semana à mesma concentração de partículas considerada muito perigosa. A abertura nas nuvens e na falta de visibilidade das primei-ras semanas do ano não é suficiente para descansar os habitantes da capital, quem mais sofre com uma qualidade do ar onde ninguém sabe o que se respira.

Como efeitos perigosos para a saúde dos mais frágeis como as crianças, os idosos e pessoas com problemas respiratórios, o nível que atingiu a concentração de partículas no ar no passado dia 14 de Janeiro, levou a organização Mundial de saúde a lançar um alerta. “Cheirava a metal assim que se saía do avião” disse uma habitante da cidade que chegou a pequim naquele que foi conside-rado o pior dia do ano.

Reticente durante muitos anos em medir as partículas 2.5, consi-deradas as mais nocivas para os pulmões, o governo de pequim teve finalmente que assumir a situação de crise que se vivia a meio do mês e lançar um alerta. A desculpa de nevoeiro deixou de ser suficiente.

QueM faz o QuêA medição das partículas 2.5 pela embaixada dos estados Unidos em pequim há muito que dá valores mais elevados do que os publica-dos na medição feita pelo governo municipal. No final do ano passado, pequim anunciou depois de alguma polémica que iria começar a medir

AinDA falta tempo até que o Renminbi se tor-

ne uma moeda internacional. ou talvez não.

Tema de uma das sessões em Davos na suíça onde decorre o Fórum económico Mundial, a moeda chinesa volta a aparecer como opção ao dólar americano como moeda de referência.

para o professor de Harvard Charles W. eliot, antigo secretário de estado do Tesouro, a internaciona-lização do Renminbi ainda está longe de acontecer. “o dólar não será substituído pelo Renminbi como moeda de reserva internacional a não ser a longo prazo” disse o professor numa reunião que foi transmitida pela tele-visão. Referindo uma inércia que existe ao nível das lín-guas que são escolhidas para

Pequim saúde, economia e qualidade de vida

Quanto custa a poluição?

Diferentes visões sobre a internacionalização da moeda

Renminbi falado em Davosque funcionam à parte do sistema financeiro nacional onde a divisa chinesa não está cotada.

A China continua a ser o país com maiores reservas em moeda estrangeira num momento em que, tanto o Dólar americano como o euro representam também os problemas económicos dos estados Unidos e da União europeia. para o go-verno central este excesso de liquidez em divisa estrangei-ra também começa a ser uma fonte de alguma apreensão.

na sessão Kevin Rudd, antigo primeiro-ministro australiano, disse que mais do que tentar entender Washington como se fazia antigamente, agora chegou a altura de “estudar quais são as intenções de pe-quim”. - M.J.B.

comunicação, o professor de Harvard salientou a outra inércia que existe no que se refere a meios de troca.

o Renminbi passou nos últimos dez anos de ser uma

moeda quase desconhecida, inclusive nos meios finan-ceiros, para uma moeda que está a ser observada por todos.

As queixas sobre a mani-

pulação do valor do Renm-nbi por parte do governo central continuam a criar alguma desconfiança sobre o verdadeiro valor da mo-eda chinesa. para Charles W. eliot é preciso entender as verdadeiras intenções de pequim antes de deixar a moeda tornar-se central nos mercados da reserva financeira.

Recentemente o secre-tário-geral Xi Jinping visi-tou shenzhen onde numa zona especial se iniciou o projecto-piloto de ter o Renminbi como moeda para as trocas comerciais. no entanto apesar de alguns

países aceitarem esta ideia, ao nível do grosso das tro-cas comerciais ainda pode levar muito tempo até que a moeda tenha mais do que a estabilidade, a credibilidade necessária.

Apesar do crescente papel da China a nível eco-nómico, em muitos países, inclusive vários na União europeia mas que se esten-dem também a outros como a nova Zelândia, continua a ser impossível comprar ou trocar Renminbi nos principais bancos. na nova Zelândia a troca da moeda chinesa só pode ser feita em quiosques autorizados

lado, que seja a única. o carvão, principal fonte energética para o aquecimento central da cidade, entra na lista das razões, assim como, as fábricas à volta da cidade.

para quem vive na capital, torna-se particularmente estranho que em épocas de altos encontros do governo e do partido, o céu se apresente sempre azul como aconteceu nos dias do último Congresso. pequenas incoerências que começam agora a ser cada vez mais faladas pelos chineses.

num passo para acalmar os âni-mos, o governo lançou a primeira aplicação chinesa para medir a qualidade do ar através dos ‘smar-tphones’. Um passo único e que já informa sobre a concentração das partículas 2.5, as verdadeiramente perigosas.

Quando há cerca de um ano as medições entre a embaixada do estados Unidos e os medidores oficiais da cidade não coincidiam, pela diferença do tamanho das partí-culas medidas, pequim considerava uma “interferência estrangeira” a publicação de data online pelos estados Unidos. embora o serviço Twitter tenha o acesso bloqueado, era a conta da embaixada que mais visualizações tinha.

Agora a visão tornou-se turva demais para ignorar que anda alguma coisa no ar. e pequim já assumiu que é preciso aumentar a qualidade de vida na capital. nas ruas multiplicam-se as pes-soas com máscaras e a venda dos purificadores de ar não pára de crescer. Mas são pequenos passos tomados pelos contribuintes e que não chegam para descansar quem paga impostos. Respira-se um ar incómodo, neste momento de escrita ao final do dia com uma concentração de 370 por metro quadrado. são 345 acima do valor considerado saudável.

as partículas mais pequenas. e os valores frequentemente perigosos, que em vários dias superam os 300 por metro quadrado, ultrapassaram o limite psicológico de 900 a meio do mês. Um valor a que nunca nin-guém pensou ser possível chegar. o pior até então tinha sido 500. A organização Mundial de saúde considera que a concentração por metro quadrado não deve ultra-passar os 25.

para muitos já faz sentido falar em crise embora o governo abstém--se de utilizar a palavra crise.

o custo de tratamentos médi-cos para doenças causadas pela poluição do ar já equivale a 1.2 por cento do produto nacional Bruto anual. Um valor que foi anunciado recentemente por ana-listas ambientais e pelo Banco de Desenvolvimento Asiático.

De onde vem a cor cinzenta

que caracteriza tão frequentemen-te o céu da cidade? A pergunta fundamental para reduzir a alta concentração de partículas no ar parece não ter uma resposta apenas.

A China ocupa um primeiro lugar que não deseja ao ter sete das dez cidades mais poluídas do mundo. se o aumento do número de carros a circular em pequim parece ser uma razão para o mau ar que se respira, é impossível por outro

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7segunda-feira 28.1.2013 www.hojemacau.com.mo região

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1. Faço saber que, o prazo de concessão por arrendamento dos terrenos da RAEM abaixo indicados, encontra-se terminado, e, que de acordo com o artigo 3.º da Lei n.º 8/91/M de 29 de Julho, conjugado com o artigo 2.º e o artigo 4.º da Portaria n.º 219/93/M, de 2 de Agosto, foi o mesmo automaticamente renovado por um período de dez anos a contar da data do seu termo, pelo que, deverão os interessados proceder ao pagamento da contribuição especial liquidada pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes.Localização dos terrenos:- Travessa Norte do Patane, n.ºs 2 a 76, Rua do Asilo, n.ºs 3 a 19, Travessa das Pedrinhas n.ºs 3 a 77 e Avenida da

Concórdia, n.ºs 211 a 225, em Macau, (Edifício Mayfair Garden);- Avenida da Concórdia, n.ºs 237 a 287, Avenida do Conselheiro Borja, n.ºs 477 a 527, Rua do Asilo, n.ºs 83 a 109

e Travessa das Pedrinhas, n.ºs 2 a 28, em Macau, (Edifício Mayfair Garden – Sunrise Court e Vincent Court);- Avenida do General Castelo Branco, n.ºs 115 a 121, Avenida do Conselheiro Borja, n.ºs 309 a 435, Avenida da Concórdia,

n.ºs 216 a 278 e Travessa da Concórdia, n.ºs 5 a 97A, em Macau, (Edifício Mayfair Garden – Ka Ying Court).2. Agradecemos aos contribuintes, no prazo de 30 dias subsequentes à data da notificação, se dirijam ao Núcleo da

Contribuição Predial e Renda, situado no rés-do-chão do Edifício “Finanças”, ao Centro de Serviços da RAEM, ou, ao Centro de Atendimento da Taipa, para levantamento da guia de pagamento M/B, destinado ao respectivo pagamento nas Recebedorias dos referidos locais.

3. Na falta de pagamento da contribuição no prazo estipulado, proceder-se-á à cobrança coerciva da dívida, de acordo com o disposto no artigo 6.º da Portaria acima mencionada.Aos, 9 de Janeiro de 2013.

A Directora dos Serviços de Finanças Vitória da Conceição

AVISOCOBRANÇA DA CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL

o líder norte-corea-no, Kim Jong-un, tomará “medidas importantes de es-

tado” perante os “movimentos anti-pyongyang” liderados pelos estado Unidos e que resultaram em novas sanções da onU, revelou ontem a KCNA, a agência oficial da Coreia do norte.

Kim transmitiu a firme de-terminação de tomar medidas durante uma reunião com altos dirigentes da segurança estatal e dos negócios estrangeiros, re-velou a agência sem, contudo, especificar a data do encontro.

o Conselho de segurança da onU aprovou na última semana uma resolução que reforça as sanções contra a Coreia do norte pelo lança-mento, em Dezembro, de um foguete de longo alcance que consegui colocar, pela primeira

o Japão lançou ontem com êxito do foguete

H-2ª com dois satélites de vigilância, um óptico e ou-tro dotado de radar, a partir da base de Tanegashima, sudoeste do país, revelou a agência Kyodo.

o lançamento aconte-ceu, como previsto pela Agência Aeroespacial nipó-nica (JAXA) e o fabricante aeroespacial Mitsubishi Heavy industries, às 13:40 locais.

Nove mortos em ataque a carrinha da polícia no centro das FilipinasPelo menos nove pessoas morreram e duas ficaram feridas ontem no centro das Filipinas numa emboscada contra uma carrinha onde viajavam polícias e agentes locais de segurança, revelou a imprensa. O assalto teve lugar de madrugada no município de La Castellana, na província de Negros Ocidental, quando alguns homens armados abriram fogo contra um veículo e provocaram a morte a um polícia, vários guarda e alguns civis. Uma fonte policial explicou que as vítimas regressavam ao quartel depois de terem cumprido uma missão de vigilância da segurança num festival na localidade de Puso.

Passar fome melhora a memória, indica estudo de cientistas japonesesPassar fome melhora o resultado da memória, segundo um estudo realizado com moscas da fruta encetado por cientistas japoneses e peritos do Instituto Metropolitano de Ciências Médicas de Tóquio. Os testes, realizados com dois grupos de moscas, um sem ser alimentado e outro com alimento, demonstrou que a fome desperta uma hormona que reduz o açúcar no organismo e activa uma proteína no cérebro capaz de melhorar a memória, revela uma notícia da cadeia NHK. Os resultados, que segundo a equipa podem ser extrapolados para os seres humanos já que contam com a mesma proteína no cérebro também revelaram que nos casos em que as moscas passaram até 20 horas sem comer, o resultado é inverso e resulta numa redução da memória.

Kim Jong-un tomará “medidas importantes de estado”

Contra-ataque

Japão lançou com êxito dois satélites de vigilância

Distinguir pequenos objectos na Terradepois da Coreia do norte iniciar os primeiros lança-mentos de mísseis.

na actualidade, o país está empenhado no seu programa de satélites de-pois de vários lançamentos frustrados que atrasaram o programa numa dezena de anos.

o sistema de vigilância terá sido utilizado após o sis-mo e tsunami de 11 de Março de 2011 para avaliar os danos na região, mas as imagens nunca foram mostradas para não revelar a capacidade dos mecanismos. o custo do sistema espacial ascende a cerca de 70.430 milhões de patacas.

o satélite dotado de radar é capaz de detectar objectos na terra, inclusivamente durante a noite e através das nuvens, enquanto que o óptico está desenhado para mostrar uma maior resolu-ção e é, supostamente, capaz de distinguir um objecto com 40 centímetros em terra, acrescenta a Kyodo.

os satélites irão juntar--se a um conjunto de outros quatro aparelho de obser-vação que o Japão mantém

em órbita com o objectivo de fotografar, pelo menos uma vez por dia, qualquer ponto da terra.

o H-2ª é o principal modelo de lançamento de satélites do Japão e é cons-truído na sua totalidade com tecnologia nacional tendo já protagonizado mais de duas dezenas de lançamentos desde 2001.

o Japão começou a colocar em órbita satélites espiões em 2003, cinco anos

vez, um satélite da Coreia do norte em órbita.

pyongyang garante que a operação integrar o plano desenvolvimento espacial do país, mas para o Conselho de segurança, tal como para a comunidade internacional liderada pelos estados Unidos e pela Coreia do sul, tratou-se de um teste simulado de um míssil balístico.

Depois de conhecidas as novas sanções, a Coreia do norte revelou que iria continu-ar lançamentos de foguetes de longo alcance e que iria reali-zar um novo teste nuclear, mas não detalhou qualquer data.

A informação ontem re-velada pela KCnA, que não indica em concreto um novo teste nuclear, assinala, contu-do, que na reunião de Defesa, o líder norte-coreano instruiu com “tarefas específicas” os

oficiais perante a “grave situ-ação criada”.

A agência atribuiu esta situação a “movimentos anti--norte-coreanos das forças hostis que arbitrariamente e de forma provocadora fabri-caram a ‘resolução’ do Con-selho de segurança da onU para o reforço das sanções”. “Tanto Washington como

seul acreditam que a Coreia do norte terá concluído os preparativos técnicos para re-alizar um novo ensaio nuclear na base punggye-ri, nordeste do país, num teste que poderá acontecer em semanas ou dia. Caso se realize, o teste será o terceiro ensaio da Coreia do norte, depois dos que foram concretizados em 2006 e 2009.

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segunda-feira 28.1.2013www.hojemacau.com.mo8 evolução

Andreia Sofia [email protected]

Primeiro apareceu o fogo para cozinhar e proteger os hu-manos dos ataques

dos animais, depois aparece-ram maravilhas tecnológicas como o iPhone ou o iPad para tornar o nosso dia-a-dia cada vez mais prático, conciso, menos complicado. Pelo meio destas duas épocas passaram--se muitos séculos de desco-bertas, fruto da inteligência e imaginação humanas.

Contudo, corremos o ris-

co de ficar cada vez menos inteligentes face aos nossos antepassados. Pelo menos é esta a ideia defendida pelo académico Gerald Crabtree, professor de genética e de-senvolvimento biológico da Universidade de Stanford, Califórnia.

em diversos trabalhos aca-démicos, citados numa repor-tagem do diário britânico The Guardian, Crabtree dá conta de que a perda da inteligência poderá ser uma realidade, em grande parte devido ao facto da sua base biológica ser frágil e demasiado complexa, com

muitos componentes genéti-cos. o facto desta necessitar de muitos genes para funcionar só faz com que fique mais exposta a mutações genéticas aleatórias, que trazem efeitos destrutivos com o passar dos anos.

Segundo contas feitas pelo académico, a base da inteligência humana é com-posta por cerca de dois a cinco mil genes, sendo que o ser humano já terá passado por duas ou mais mutações nos últimos três mil anos, ou 120 gerações, que causaram mu-danças significativas ao nível

da estabilidade emocional ou do lado intelectual.

QuAndo A eStupidez erA iguAl A morteA ideia, já intitulada de teoria especulativa da inteligência humana, necessita, segundo Crabtree, de ser testada. Apesar disso, ele defende que os seres humanos dos primór-dios da civilização estavam sujeitos a maiores testes e pressões a este nível do que nos tempos actuais. No fundo, o académico acredita que os idiotas distanciavam-se com maior facilidade perante os

inteligentes que conseguiam sobreviver. “Um caçador que não conseguisse providenciar uma solução para ter comida provavelmente morreria, juntamente com os seus pro-genitores, enquanto que se um moderno executivo da Wall Street fizer um erro se-melhante vai ter algum bónus substancial. Claramente que a selecção extrema é uma coisa do passado”, afirma, citado pelo jornal britânico.

“Nós, enquanto espécies, somos surpreendentemente frágeis a nível intelectual, e muito provavelmente atingi-

mos o nosso pico há dois ou seis mil anos atrás. Podemos concluir que quase todos nós estamos comprometidos em relação aos nossos ancestrais de há três ou seis mil anos atrás”, acrescentou.

Num outro trabalho pu-blicado no website redorbit.com – Yout Universe online, assinado por Jedidiah Becker, Gerald Crabtree é também ci-tado, dando outro exemplo de comparação com os nossos an-tepassados. “estaria disposto a apostar que se um cidadão da Atenas de 1000 a.c. aparecesse subitamente no meio de nós,

ideia é defendida pelo professor Gerald Crabtree, da Universidade de Stanford, Califórnia

estaremos a ficar cada vez menos inteligentes?

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9segunda-feira 28.1.2013 www.hojemacau.com.mo evolução

ele ou ela seria um dos mais vi-vos a nível intelectual de entre os colegas ou companheiros, com um amplo conjunto de ideias e com grandes pontos de vista quanto às coisas mais importantes. Creio ainda que estaria de entre os mais está-veis a nível emocional.”

A civilizAção tAmbém influenciouNo mesmo website, é ainda citada outra declaração do académico de Stanford, que dirige um laboratório com o seu nome. Para Crabtree, o meio civilizacional e a

vida em sociedade ajudou a deteriorar, de certa forma, as nossas bases genéticas ao longo dos muitos séculos de existência. As descobertas tornaram a vida humana mais fácil, mas acabou por tornar a inteligência com estruturas base mais frágeis do que no inicio da humanidade. “os nossos antecessores triun-fantes do Norte de África não tinham uma agricultura organizada que lhes permi-tisse viver nas cidades mais densas ou em sociedades. A selectividade das pressões a que estavam sujeitos deu-

-lhes a capacidade de terem um pensamento abstracto ou de terem capacidades mentais face aos caçadores dispersos.”

Contudo, à medida que essas pressões ao nível da inteligência se foram tornan-do menos frequentes, dado o acesso mais facilitado aos alimentos, por exemplo, o ser humano foi ficando mais apto para outras coisas. A resistên-cia a doenças infecciosas é um desses exemplos, tendo-se tornado muito importante para conseguir sobreviver dentro de um grande número de pessoas, defende o académico.

ideia é defendida pelo professor Gerald Crabtree, da Universidade de Stanford, Califórnia

estaremos a ficar cada vez menos inteligentes?Seremos menos inteligentes do que os seres humanos de há dois mil anos? Segundo o académico Gerald Crabtree, não só tinham um maior domínio emocional do que nós, como hoje estamos condenados a uma perda progressiva da inteligência, tudo porque a sua complexidade genética a torna frágil e potencialmente sujeita a mudanças genéticas que poderão ser destrutivas

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segunda-feira 28.1.2013vida10

Joana [email protected]

O Instituto para os As-suntos Cívicos e Mu-nicipais (IACM) não consultou a popula-

ção nem especialistas ambientais sobre as obras no mangal porque este é um problema “regular e urgente”, que dispensa consulta. A justificação é do próprio IACM que, em conferência de imprensa na sexta-feira, afirmou que há trabalhos que cabem apenas a um departamento do Executivo, de forma individual. Isto, depois de a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) também deu a conhecer que foi pedido ao organismo um parecer por parte do IACM, que não chegou a ser entregue antes de serem iniciadas as obras.

A polémica em torno da construção do mangal tem vindo a agravar-se. Recorde-se que, na semana passada, activistas pró-

O Governo brasileiro prepara um inventário minucioso

das árvores da Amazónia, uma das maiores florestas tropicais do planeta. O objectivo é fazer um levantamento das suas riquezas, mas também avaliar a qualidade das florestas e das áreas degradadas, informou na sexta-feira o Ministé-rio do Meio Ambiente.

O inventário, que será feito durante quatro anos, inclui as es-pécies de árvores da Amazónia, o que “nos permitirá ter um panorama amplo de qualidade e as condições do que se conhece como cobertura florestal” e ajudará a “melhorar a implementação de políticas públi-cas”, informa o ministério.

“Vamos conhecer a selva por dentro”, disse o director do serviço florestal, António Carlos Hummel. O último inventário florestal do país foi realizado na década de 1970.

“Saberemos que tipo de flo-restas temos, a sua qualidade, descobriremos espécies, saberemos mais sobre as espécies em vias de

extinção”, afirma a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, citada pela estatal Agência Brasil. Os resultados deste inventários serão publicados anualmente.

Entre Agosto de 2011 e Julho de 2012, a superfície desmatada da Amazónia foi de 4656 quiló-metros quadrados, a menor desde que existem registos oficiais. Esta área é 27% menor em relação aos 12 meses anteriores.

O Brasil, um dos maiores responsáveis pelo aquecimento global devido à destruição das suas florestas, comprometeu-se em 2009 a reduzir o desmatamento da Amazónia em 80% até 2020, quando a destruição da floresta não deve superar os 3925 quilómetros quadrados.

No entanto, nos últimos meses de 2012 o desmatamento da floresta poderá ter aumentado, indica a Reuters citando um relatório do Imazon, uma instituição brasileira que monitoriza o desmatamento através de imagens de satélite.

IACM não fez auscultação para obras no mangal devido a “carácter regular e urgente do projecto”

As lagoas são só deleshoje no prato

Erva-cidreira

Paula BichoNaturopata e Fitoterapeuta • [email protected]

Nome botânico: Melissa officinalis L.Família: Lamiaceae (Labiatae).Nomes populares: Anafa; Anafe; Chá-de-França; Citronela-menor; Limonete; Melissa.

A Erva-cidreira é uma planta herbácea de pequenas flores brancas ou rosadas que pode atingir os 70 cm de altura. Originária dos países mediterrânicos é atualmente cultivada na Europa e regiões temperadas da América do Norte. Planta melífera, foi muito utilizada pelos antigos apicultores para atrair as abelhas para as colmeias vazias. E deste costume parece ter derivado o seu nome, Melissa, em honra à ninfa grega Melona, protetora das abelhas.Utilizada em medicina há mais de 2000 anos, foi referida por vários autores idó-neos desde a Antiguidade. Em fitoterapia são usadas as folhas e as flores, frescas ou secas. O óleo essencial é usado em aromaterapia além de servir para o fabrico de perfumes e desodorizantes. A Erva-cidreira é ainda um ingrediente de diversos licores e digestivos, inclusive do Bénédictine, considerado o licor mais antigo do mundo.

COMPOsiçãOÓleo essencial (com citral, citronelal, ci-tronelol, geraniol e linalol), flavonoides, ácidos fenólicos (cafeico, rosmarínico), mucilagens e taninos. O seu aroma é intenso e faz lembrar o do Limão.

AçãO tErAPêUtiCAA Erva-cidreira tem uma ação complexa sobre o sistema nervoso (atua sobre alguns neurotransmissores e acalma o neurovegetativo) de que resulta um suave efeito sedativo e simultaneamente tónico dos nervos. Com propriedades tranquilizantes combate o stress, a ansiedade e a depressão, e favorece o sono e o relaxamento; é ainda indicada em casos de nervosismo e inquietação, confusão, irritabilidade, histeria, senti-mentos de pânico, hiperatividade das crianças e dores de cabeça de origem nervosa. Como tónico cerebral melhora a agitação e a função cognitiva em doentes com Alzheimer. A sua ação equilibradora do sistema nervoso beneficia igualmente situações de palpitações cardíacas,

hipertensão, taquicardia, perturbações associadas à menopausa, enxaquecas e asma.Esta erva estimula a digestão, ativa o funcionamento do fígado, combate os vómitos e alivia os espasmos favore-cendo a eliminação de gases; é útil na falta de apetite, digestões difíceis, náuseas, sensação de enfartamento, hiperacidez do estômago, flatulência, cólicas gastrintestinais, gastrites, colites e diarreias, sobretudo quando associadas ao stress.

OUtrAs PrOPriEdAdEstradicionalmente tem sido utilizada para induzir a menstruação quando atrasada, acalmar as dores menstruais ou as dores de parto, auxiliar na expulsão da placen-ta e facilitar a saída do leite materno.Utilizada topicamente, a Erva-cidreira é anti-inflamatória e cicatrizante e tem propriedades antisséticas atuando contra fungos e vírus. Vários estudos comprovam a sua eficácia no tratamento do herpes labial diminuindo o tempo de cura e a recorrência desta infeção. Pode ainda ser utilizada nas picadas de insetos ou para os repelir antes que piquem.

AdMiNistrAçãOUso interno• Infusão: 1 colher de chá por chávena de água fervente, 5 a 10 minutos de infusão. • Tomar 3 chávenas por dia.• Na forma de gotas ou cápsulas, de acordo com a posologia indicada. É muito utilizada em fórmulas com outras plantas sedativas potenciando o seu efeito.• Em culinária: As folhas frescas são usadas para dar um aroma a limão aos pratos de peixe e estufados e a saladas de vegetais.

Uso externo• Topicamente pode ser aplicada a infusão, a tintura diluída em água ou o creme com o óleo essencial.• Banho relaxante: 60 a 100 gramas para 2 litros de água. Adicionar a infusão à água do banho.

PrECAUçõEsA Erva-cidreira é comprovadamente uma planta segura podendo ser administrada às crianças. O seu perfil de efeitos adversos é idêntico ao placebo.

Desmatamento da floresta amazónica tem vindo a diminuir nos últimos anos

Governo brasileiro vai fazer um inventário das árvores

-ambiente de Macau entregaram uma carta ao Chefe do Executivo para travar a construção das cinco lagoas artificiais que o Governo planeia fazer na zona do mangal da Taipa, junto às Casas-Museu.

Os activistas afirmam estar preocupados com o ambiente e acusam o Governo de nunca ter feito uma avaliação profissional à obra. Por essa razão, insta-o a que a interrompa, explique o projecto e oiça as propostas dos residentes. “Obviamente a obra é um mistério deste Governo ‘transparente’, um trabalho onde se modifica os recursos naturais e habitat natural das aves através

de dinheiro público. Claro que a população deve ser consultada”, revelou Joe Chan, vice-presiden-te da Associação de Ecologia, no início da semana passada.

Para o IACM, a construção nada tem a ver com a opinião da população porque “limpar o lodo e drenar a água é um trabalho normal e de rotina”. O responsável do IACM que falou na conferência em frente aos jornalistas, Leong Kun Fong, questionou mesmo se, para isso, “seria sempre necessário auscul-tar a opinião antes de se darem início aos trabalhos”. As obras, diz, “são de carácter urgente, regular e necessário”.

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segunda-feira 28.1.2013

PUB

11www.hojemacau.com.mo cultura

AS traduções chinesas dos romances “Ensaio sobre a Cegueira” e “Ensaio sobre a

Lucidez”, de José Saramago, anunciadas no verão passado, sairão no primeiro semestre de 2013, disse sexta-feira à agência Lusa fonte da editora.

Na versão chinesa, ambos os títulos têm os caracteres “ming zheng” (“visão”, em português), mas no primeiro, sobre a ce-gueira, trata-se de uma perda e o segundo, dedicado à lucidez, corresponde a uma recuperação, contou o tradutor, Fan Weixin. “Só varia o verbo. Num caso é perder (‘shi’), noutro é recuperar (‘fu’)”, precisou.

Fan Weixin, que já traduziu também “Memorial do Conven-to”, gostaria que os dois livros fossem lançados ao mesmo tem-po, mas a editora, a Thinkingdom Media Group, tem outros planos. “Ensaio sobre a Cegueira” sai-rá depois da passagem do ano lunar, em meados de Fevereiro, e “Ensaio sobre a Lucidez” em

O restaurante “Robuchon Au Dôme”, em Macau, com a

assinatura do chefe francês Joël Robuchon, lidera o guia anual dos vinte melhores restaurantes asiáticos editado pela marca de electrodomés-ticos alemã Míele, noticia a AFP.

Localizado no 43.º andar do hotel casino Grand Lisboa, o “Robuchon Au Dôme” ascendeu ao primeiro lugar do Guia Míele para o continente asiático (The Miele Guide to Asia’s Finest Restaurants), ao destronar o res-taurante “Iggy’s” em Singapura, que liderava a tabela anterior.

Anteriormente designado “Ro-buchon à Galera”, o “Robuchon au Dôme” - comandado por Francky Semblat - tem sido uma figura constante na lista dos 20 melho-res restaurantes asiáticos do guia Míele, desde a primeira edição publicada em 2008.

O “Robuchon au Dôme” é tam-bém o único restaurante em Macau a ostentar três estrelas Michelin desde 2009, título que mantém pelo quinto ano consecutivo.

O chefe francês Joël Robuchon

INSTITuíDO desde 2002, o Prémio Jovem Investiga-

dor do Instituto Internacional de Macau visa reconhecer o trabalho de investigação feito por pessoal das instituições académicas de Macau ou do sector privado, com menos de trinta anos de idade. O prémio conta com a atribui-ção de um cheque de 25.000 que segundo a organização tem como objectivo motivar estes investigadores para continuarem a desenvolver novos trabalhos numa área e tema de interesse para a RAEM.

Em 2012, foi aberto concurso para a área de

Ciências Aplicadas e de Ciências Sociais. Após a análise dos trabalhos apre-sentados pelos candidatos os júris decidiram atribuir o prémio na área de Ci-ências Aplicadas a Chan Weng Kin, pelo trabalho intitulado “Effect of Heat Treatment and Laser Surfa-ce Treatment on the Corro-sion Behavior of Stainless Steel”, e na categoria de Ciências Sociais o prémio foi para Wong Wei Chin, pelo trabalho “ʻMacaoʻin British Malaya: The Emi-gration and the Formation of Chinese Community in Malaya, 1810-1870”.

A cerimónia da entrega dos prémios teve lugar na sede do IIM, no dia 22 de Janeiro. O IIM, em virtude de uma das cláusulas do concurso, vai poder dar es-tampa a qualquer dos traba-lhos podendo, no presente caso, ser uma co-edição conjunta com a universida-de de Macau, informa ainda a organização.

Para o corrente ano, o IIM irá anunciar em bre-ve a abertura do Prémio Jovem Investigador para outras duas áreas, a saber de Economia e Gestão e de Identidade e Património Cultural de Macau.

A Oficina Cerâmica da Escola de Artes e Ofícios da CPM inaugurou este sábado, na Livraria Portuguesa, a exposição “Vamos construir um jardim zoológico”. Os mais jovens ceramistas de Macau, com destaque para a representação do Orfanato Berço da Esperança, apresentaram os seus trabalhos realizados durante um workshop no verão de 2012. A inauguração contou com uma série de actividades dirigidas aos mais novos: animação de marionetas por Maria Elisa

Rocha Vilaça, pinturas faciais por Paula Cristina Bernardino Figueira, e ainda um grande lanche. O jardim zoológico em barro inclui animais, cercas, vendedor de gelados, pessoas que visitam o jardim zoológico, a entrada monumental entre muitas outras coisas. A construção desta mostra contou com o apoio do professor de cerâmica Paulo Valentim e dos seus colaboradores Fernando Simões e Margarida Parreira Sérgio Rolo foi o responsável pelos “sons” dos animais.

Dois livros em chinês para serem lançados em 2013

Os ensaios de Saramago“Robuchon Au Dôme” em Macau ocupa

primeira posição do Guia Míele

O melhor de todos

IIM atribui Prémio Jovem Investigador 2012

Novas áreas em 2013

jardim zoológico de barro na Livraria portuguesa

conseguiu ainda que outro restau-rante com a sua assinatura em Hong Kong, o “L’Atelier”, ocupe agora a terceira posição do guia da Miele.

Na segunda posição do guia Míele para a Ásia surge o restau-rante localizado em Singapura “Waku Ghin”.

Três outros chefes franceses estão listados nos vinte primeiros lugares da tabela, com Pierre Gagnaire na 6.ª posição com o seu restaurante de assinatura em Seul, na Coreia do Sul.

Já Vincent Thierry, chefe do “Ca-price” - primeiro restaurante francês em Hong Kong a obter três estrelas Michelin - ocupa a 7.ª posição e Ni-colas Tourneville surge no 19.º lugar com “Métis”, restaurante situado na ilha indonésia de Bali. - Lusa

Abril, indicou a mesma fonte. Em Portugal, os dois livros fo-ram publicados com quase uma década de intervalo, em 1995 e 2004, respectivamente.

A Thinkingdom Media Group, uma editora privada cujo catálogo inclui obras de Gabriel Garcia Marquez, Murakami Haruki, Toni Morrison e Paulo Coelho, tencio-na também reeditar “Memorial do Convento”, o primeiro livro de Saramago traduzido e publicado no país, em 1997. “Comparando com ‘Memorial do Convento’, que tinha muitos termos religiosos, os outros dois foram mais fáceis”, disse o tradutor.

“Quando traduzi o ‘Ensaio sobre a Lucidez’ já estava refor-mado. Para mim foi um passa-tempo”, acrescentou.

Fan Weixin, 72 anos, já traduziu também mais de uma dezena de obras de outros autores portugueses e brasileiros, entre os quais Jorge Amado, Erico Veríssimo, Eça de Queiroz e Miguel Torga.

Antigo jornalista da secção portuguesa da Rádio Internacio-nal da China, Fan Weixin fez parte da primeira turma de português criada na Republica Popular da China, em 1960.

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segunda-feira 28.1.2013desporto12

Marco [email protected]

Era o embate de maior nomeada da terceira ronda da Liga de Elite e um dos desafios mais

apetecidos do principal campeo-nato de futebol do território, mas o encontro entre o campeão Ka I e o onze da Casa do Sport Lisboa e Benfica de Macau deixou mais dúvidas do que certezas. Tidos por muitos como os principais candi-datos ao triunfo na competição, os dois emblemas reforçaram-se amplamente no período de defeso mas o investimento de parte a parte não tornou mais espectacular o desafio ontem disputado no cam-po da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau.

Numa partida muito táctica, a formação agora orientada por Bruno Álvares mostrou-se li-geiramente menos conformada e foram do Benfica as primeiras grandes oportunidades do desafio, primeiro de bola parada e depois

lam Pak, 4 – Chao Pak Kei, 0Foram quatro, mas podiam ter sido bem mais que uma dúzia. O Lam Pak goleeou ao início da noite de sexta-feira a frágil formação do Chao Pak Kei por quatro bolas a zero, numa partida de sentido único em que Lok Ka On deu nas vistas com uma mão cheia de grandes defesas. O guarda-redes do C.P.K foi uma das figuras de proa do desafio inaugural da terceira ronda do principal Campeonato de futebol da RAEM, ao manter o nulo no marcador durante mais de 45 minutos, não obstante a avalanche ofensiva com que o grupo de trabalho às ordens de Chan Man Kin brindou os campeões da II Divisão. O Lam Pak entrou no desafio com os olhos postos na baliza adversária e Alexsandro Sampaio foi o primeiro a colocar à prova Lok Ka On no último reduto do Chao Pak Kei. Na segunda incursão à baliza do C.P.K, o onze azul e branco conseguiu marcar, mas o golo de William Gomes acabou por ser inviabilizado por fora-de-jogo. A formação orientada por Chan Man Kin continuou a massacrar a baliza adversária, mas o primeiro golo do desafio só surgiu aos quatro minutos da segunda parte. William Gomes recebe a bola na frente de ataque, tira Lok Ka On do caminho e remata de calcanhar para o primeiro tento da partida. O Chao Pak Kei não acusou o rombo e continou a criar muitas dificuldades à linha ofensiva adversária. O segundo golo do encontro surge a oito minutos do fim, numa boa jogada do ataque do Lam Pak. Sio Ka Un liberta Loi Wai Long no lado esquerdo do ataque, o extremo tira do caminho um adversário e cruza para o remate vitorioso de Ho Man Hou. O terceiro tento do Lam Pak surge sete minutos depois, numa iniciativa concluída por Lee Keng Pan. O dianteiro, que substituiu Sio Ka Un aos 82 minutos, isolou-se na frente de ataque e bateu Lok Ka On com um remate colocado. William Gomes encerrou a contagem já em período de descontos, com um chapéu bem tirado ao guarda-redes do Chao Pak Kei. O golo é o quarto do avançado brasileiro na corrente edição da Liga de Elite.

liga de Elite Windsor Arch Ka I, 1 – Benfica, 0

Golo de Mayckol atrasa Benfica

Equipa J V E D GM-GS Pontos

Lam Pak 3 3 0 0 9-0 9

Ka I 3 3 0 0 8-0 9

Monte Carlo 3 3 0 0 7-1 9

Benfica 3 2 0 1 6-1 6

Polícia 3 1 1 1 3-1 4

Lam Ieng 3 1 1 1 4-6 4

Kuan Tai 3 1 0 2 4-7 3

Kei Lun 3 0 0 3 2-8 0

Sub-23 3 0 0 3 0-7 0

Chao Pak Kei 3 0 0 3 0-12 0

Lam Pak 4 – 0 Chao Pak Kei

Monte Carlo 1 – 0 Sub-23

Kuan Tai 3 – 1 Kei Lun

Ka I 1 – 0 Benfica

Polícia 0 – 0 Lam Ieng

rEsultados

Monte Carlo, 1 – selecção sub-23, 0O Monte Carlo manteve intactas as aspirações ao principal título do desporto-rei da RAEM, com um triunfo tangencial sobre a Selecção de Sub-23. Os vice-campeões do território partiam para o desafio como favoritos, mas a inesperada solidez defensiva da formação da Associação de Futebol de Macau quase fez tropeçar o onze “canarinho”. O grupo de trabalho orientado por Tam Iao San - que reencontrou alguns dos atletas que treinou na temporada passada nos Sub-18 – só a dois minutos do fim conseguiu respirar de alívio, com o reforço brasileiro Francisco Rafael a garantir os três pontos na cobrança segura de uma grande penalidade. A partida pautou a estreia do dianteiro chinês Du Zhiqiang com a camisola do Monte Carlo, mas nem a aposta numa linha avançada com três homens facilitou a tarefa da formação presidida por Firmino Mendonça. Confrontado com uma Selecção de Sub-23 que apostou declaradamente na defesa, o onze “canarinho” revelou muitas dificuldades para incomodar Ho Man Fai no último reduto da formação adversária. Descaído sobre o lado esquerdo do ataque do Monte Carlo, Francisco Rafael criou uma das primeiras ocasiões do encontro, acabando por rematar à malha lateral da baliza da formação do organismo que chama a si a tutela do futebol no território. O brasileiro voltou a mostrar trabalho pouco depois, mas nem por isso mostrou pontaria mais afinada, falhando o enquadramento com o último reduto adversário. A segunda parte trouxe ao relvado um Monte Carlo mais expedito em termos ofensivos, mas os jovens atletas da Selecção do Lótus não comprometeram e aguentaram a pressão quase até ao final. A dois minutos dos 90 regulamentares, uma falta na área de Ho Man Fai facultou aos vice-campeões do território uma oportunidade de ouro para resolver a partida. Chamado a cobrar a grande penalidade, Francisco Rafael não falhou, garantindo o terceiro triunfo consecutivo do Monte Carlo na edição de 2013 da Liga de Elite.

em acções de jogo corrido. Pio Júnior beneficia de uma ocasião de luxo para inaugurar o marcador antes ainda do primeiro quarto de hora da partida, mas acaba por não conseguir dar a melhor direcção à bola e por falhar o enquadramento com a baliza do Ka I, num lance em que o guarda-redes Tam Heng Wa pouco ou nada podia fazer para impedir o que parecia ser o golo certo das águias do território.

O falhanço acabou por não roubar ânimo à linha avançado dos encarnados e Jardel até conseguiu

abalroar as redes dos campeões do território, mas o lance que poderia ter garantido ao Benfica o primeiro golo da partida acabou por ser inviabilizada por fora de jogo do antigo dianteiro do alcochetense, numa decisão muito contestada por parte do banco do Benfica.

Num encontro morno e muito disputado ao meio-campo, foi a

formação orientada por Bruno Álvares quem mais perto esteve do golo durante os primeiros 45 minutos. a predisposição ofen-siva demonstrada pelas águias do território durante a primeira parte permitia supôr que o Ben-fica pudesse chegar ao golo nos segundos 45 minutos, mas aca-baram por ser os campeões do

território a marcar e a garantir a vitória. antes de chegar ao golo, o Ka I viu ainda assim o árbitro inviabilizar por fora-de-jogo uma jogada em que Bruno Martinho parte de posição irregular para bater Tam Heng Wa. Com dois golos anulados, o Benfica acabou por ser surpreendido pelo adver-sário no último minuto do tempo regulamentar, com o substituto Mayckol a garantir o triunfo da formação orientada por Joseclér com um remate de primeira sem hipóteses de defesa para o luso--brasileiro Juan de Castro.

Com a derrota frente aos campeões do território, o Benfica perdeu terreno face aos eventuais candidatos ao triunfo na edição de 2013 da Liga de Elite. A principal prova do futebol do território é liderada à terceira jornada por Ka I, Lam Pak e Monte Carlo. Nos encontros de menor nomeada da terceira ronda do Campeonato, o Kuan Tai derrotou o Kei Lun por três bolas a uma e o Grupo Des-portivo da Polícia de Segurança Pública empatou sem golos com o Lam Ieng no desafio que encerrou a jornada.

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Sala 1THE GRaND MaSTER [B](Falado em cantonês e mandarim legendado em chinês)Um filme de: Kar Wai Wongcom: tony leung chiu Wai, Ziyi Zhang, chen chang14.30

THE iMpoSSiBlE [C]Um filme de: issara nadee, patchanon thumjira, Kirati nakintanoncom: apinya sakuljaroensuk, peter Knight, ray macdonald16.45, 21:30

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Sala 3THE laST STaND [C]Um filme de: Kim Jee-Wooncom: arnold schwarzenegger, Zach gilford, Forest Whitaker14.15, 16.05, 17:55, 19.50

THE GRaND MaSTER [B](Falado em cantonês e mandarim legendado em chinês)Um filme de: Kar Wai Wongcom: tony leung chiu Wai, Ziyi Zhang, chen chang21:45

segunda-feira 28.1.2013 13www.hojemacau.com.mo futilidades

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Sudoku [ ] Cruzadas

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VERTICAIS:1-apertta com laçada. o m. q. galveta. 2-nordeste (abrev.). proprietários, senhores. rio de França. 3-relativo à orquite. 4-Umas (arc.). rabino. 5-alces, ergas. casaco comprido, desportivo, impermeável e com capuz (pl.). 6-imensidão (Fig.). nota musical (pl.). letra grega. 7-dar cor de anil. 6-género típico das aceráceas. 8-deixe para outro dia. o m. q. alna. 9-Que tem todas as formas conhecidas. 10-sigla automobilística da Urss. desterrrava. amerício (s.q.) 11-Que se impôs. remoinho de água (prov.).

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REGRAS |insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

solUçÃo do problemado dia anterior

aqui há gatoCOITaDa Da HELLO KITTyMacau tem destas coisas inexplicáveis. Tem problemas na área da educação. Tem problemas na área ambiental. Tem problemas na área do imobiliário. Tem problemas na área da saúde. E tem problemas com bonecada “falsa” da Hello Kitty apreendida no território.a polícia alfandegária colocou ontem, em conferência de imprensa, uma alta patente da instituição a falar da apreensão de centenas de bonecos e outros materiais dedicados àquela boneca criada pela empresa japonesa Sanrio.É caso para perguntar: não haverá outras coisas mais importantes que preocupem quem é responsável pelos desígnios desta terra? E mesmo na área daquilo que é da competência dos serviços alfandegários não haverá algo mais importante do que a Hello Kitty? Droga? Tráfico humano? Tabaco? Álcool?Duvido que, em Macau, o contrabando e a contrafacção de restrinja apenas a meros bonecos. É surreal como o Governo, através da sua policia fronteiriça, dá a conhecer uma apreensão de material Hello Kitty falso. É, no mínimo, gozar com o povo quando, na verdade, o que mais importa neste momento é resolver outros assuntos bem mais prementes.Macau não tem uma saúde como deve ser. Macau não cuida dos seus prédios podres. Macau não cuida do seu património. Macau não investe no desporto nem ajuda aqueles que o querem praticar. Macau não cria um conjunto de medidas que ajudem a travar a especulação imobiliária e a atenuar a inflação. Macau em vez de cuidar do ambiente, de comprar autocarros eléctricos, de comprar táxis eléctricos, de cuidar dos poucos habitats existentes, está preocupada em fazer lagoinhas no mangal da Taipa. Lagoinhas essas que, para quem não entende nada da poda, só vão prejudicar o habitat das espécies que ali vivem ou nidificam.Macau não entende o que a rodeia, porque o Governo de Macau não entende o que anda a fazer. E o que entende acaba por, na prática, não o fazer correctamente. Existe sempre a sensação de que algo mais podia ter sido feito. Não existe uma única situação, uma única decisão, uma única lei, uma única obra que eu não pense isto: “Parece que podia ter sido feito mais”. A meu ver, Macau fica sempre a meio caminho de algo. aqui fazem-se coisas incompletas, coisas estranhas. Tomam-se decisões “non sense” e continua tudo bem. Lá vem o chequezinho e ficam todos contentes…É preciso meter a mão na consciência e perceber o que, de facto, estes governantes andam aqui a fazer. O Governo tem de parar para pensar e rever as suas prioridades. Com tanto trabalho a meio, outro mal feito, a harmonia de Macau não é mais do que uma “paz podre” entre quem nos Governa e nós, os governados. assim, com tanto atraso em obras fundamentais, com tanta derrapagem financeira, com auscultações desnecessárias, com choques de competências, Macau nunca será centro internacional de nada. a sorte é termos o jogo, porque se não fosse isso Macau seria hoje menos que zero. E, por favor, não chateiem a Hello Kitty. Vocês até gostam tanto dela. Miau…

BAKu - ÚLTIMOS DIAS • Olivier RolinEm 2003, regressando do Afeganistão, tive de parar em Baku, no Azerbaijão. Fiquei num hotel chamado apcheron, nome da península sobre a qual a cidade foi construída. Escrevia na altura Suite no Hotel Crystal, um livro composto por umas quarenta histórias passadas em quartos de hotel do mundo inteiro. O nome Apcheron, tão próximo do rio dos mortos grego, sugeriu-me a ideia de aí encenar o meu próprio suicídio. A nota biográfica na capa do livro viria a mencionar a minha data de nascimento e de morte: Boulogne-Billancourt, 1947 - Baku, 2009. A partir de 2004, eu tinha pois morrido em Baku em 2009, no quarto 1123 do Hotel Apcheron. À medida que esse fatídico ano de 2009 se ia aproximando, as recomendações dos amigos tornavam-se mais insistentes: se fores convidado para ir a Baku em 2009, não vás! Estes alertas fizeram naturalmente nascer em mim a ideia de que, pelo contrário, devia mesmo ir a Baku, para honrar uma espécie de promessa e aí permanecer o tempo suficiente para dar à ficção da minha morte à beira do Cáspio uma razoável hipótese de se concretizar. Este livro é, em certa medida, o diário da minha estada na cidade onde era suposto morrer.

QuATRO CONTOS DISPERSOS • Sophia de Mello Breyner AndresenEste livro reúne quatro contos escritos entre 1985 e 2004. O adjectivo “disper-sos” incluído no título indica que foram primeiramente editados em publica-ções diversas e em diferentes datas, concordando com a ausência de ligação entre as várias narrativas. Estes Quatro Contos Dispersos apresentam-nos, assim, histórias com enredos bem distintos: os preparativos para a execução de um homem; um encontro insólito durante uma viagem de comboio; as deambulações de um músico cego na Lisboa pós-revolucionária; e as histórias de vida e morte de ana Bote, a mulher do banheiro de uma praia atlântica. Pu yi

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segunda-feira 28.1.2013opinião14 www.hojemacau.com.mo

Lembro-me bem do primeiro dia em que tive de fazer a minha acreditação académica na universidade. A acreditação académica é um processo que liga a nossa universidade a outras por todo o mundo. Quando o processo é concluído com sucesso quer dizer que temos equivalência com as outras universidades. Por outra palavras é a forma de obter reconhecimento universal das outras universidades de todo o mundo

Asemana passada falámos dos no-mes dos escritórios de advoga-dos. Os termos legais “barrister” “大律師” e “solicitor” “律師” devem ser usados com muita cautela para evitar confusões. Os

nomes das firmas em português e chinês têm ambos muita importância visto que Macau possui actualmente uma legislação bilingue. Abordámos também a política de “não restrição” para a entrada e saída dos advogados portugueses de Macau. Os exa-mes para os advogados do exterior são uma necessidade porque existe uma desconfiança generalizada na população em relação ao conhecimento que os advogados portugue-ses têm da Lei Básica de Macau e das leis locais, particularmente daquelas que foram promulgadas depois da reunificação. Hoje vamos abordar outras questões relacionadas com a Associação dos Advogados de Macau.

IdIomAsO recente desenvolvimento de Macau fez com que cada vez mais estrangeiros viessem para o território da RAEM. A maior parte de-les utiliza a língua inglesa e não o português para comunicar. Quando discuto assuntos legais com advogados portugueses, estes utilizam tanto o inglês como o português para responder. Apercebo-me que o nível dos seus conhecimentos legais é bastante elevado. Por outro lado, a maioria dos ad-vogados chineses em Macau fala cantonense e português preenchendo os requerimentos idiomáticos indicados no artigo 9 da Lei Básica de Macau; i.e. Chinês e Português. Será que estas duas línguas podem ser usadas nas comunicações internacionais? A resposta é óbvia. A implementação da política idiomática Chinês-Português para os advogados chineses de Macau resulta no atraso do sistema legal de Macau em acompanhar as mudanças globais e apenas o aproxima do sistema legal de Portugal. Os advogados portugueses ao usarem o inglês como meio de comunicação conseguem falar para todo o mundo o que tem implicações no

macau v is to de hong kongdavid Chan*

Reunificação de Macau 2013Segundo tema – Advogados estrangeiros (continuação)

desenvolvimento da lei de Macau, mesmo após a reunificação. Será que isto é bom para Macau? Será que é bom Macau desenvolver--se como uma cidade internacional? Será que é bom que Macau funcione como uma porta para a China para estar mais envolvida a nível global? As respostas a estas perguntas são óbvias.

desenvolvImento ProfIssIonAl Contínuo (dPC) Não sei se a Associação de Advogados de Macau impõe aos seus membros alguns requisitos relacionados com o

desenvolvimento profissional contínuo. Nos dias de hoje, todas as profissões no mundo, e não apenas aquelas relacionadas com o Direito, deveriam ter exigências de DPC. As razões são simples e óbvias. Tem de se ser responsável perante a população.

O trabalho dos advogados mexe com a população dia após dia. Tem de haver respon-sabilidade. As leis antigas são emendadas de tempos a tempos e as novas leis promulgadas dia após dia. Sem cumprir exigências do DPC como é que os advogados garantem à popu-lação que estão actualizados? Como é que provam à população que têm conhecimentos suficientes sobre as mudanças das leis?

Como todos sabemos, o desenvolvi-mento profissional contínuo não se limita às salas de aula. Não se pode, no entanto, negar que a leitura de artigos de professores universitários seja uma das ferramentas do DPC. De qualquer forma, o que estamos a requerer é um sistema digno de confiança que faça com que a população saiba que os padrões legais dos profissionais do sector são dos mais elevados. O exemplo acima citado – ler artigos em casa - é abonatório mas não pode não contar muito para o DPC porque é difícil de provar. Em linguagem simples, o DPC é um sistema que, por um lado, serve para sustentar as capacidades e os conhecimentos dos profissionais em exercício, e por outro, serve para assegurar e aumentar a confiança da população em relação a esses mesmos profissionais.

a secção 31 do Crime Ordinance Cap. 200, Laws of Hong Kong, está sujeito a uma pena de prisão que pode ir até sete anos, no máximo. Alguns “solicitors” no passado foram considerados culpados deste crime e tiveram problemas com os seus certificados de actividade i.e. “licence of solicitor” .

Lembro-me bem do primeiro dia em que tive de fazer a minha acreditação académica na universidade. A acreditação académica é um processo que liga a nossa universidade a outras por todo o mundo. Quando o pro-cesso é concluído com sucesso quer dizer que temos equivalência com as outras uni-versidades. Por outra palavras é a forma de obter reconhecimento universal das outras universidades de todo o mundo. Todos os professores e leitores têm de ter cumprido os requisitos do DPC quando fazem a acre-ditação. Alguns dos meus colegas pergun-taram: “Porque é que temos de apresentar as exigências do DPC? Somos professores e leitores, somos todos entendidos na ma-téria, somos especialistas das nossas áreas. Querem que voltemos para a escola? Estão a brincar connosco.”

A resposta que o perito na acreditação académica deu foi simples e directa. “ Esta-mos a estabelecer um sistema credível para assegurar a confiança da população. Este sistema também nos ajuda a actualizar os nossos conhecimentos e as nossas capaci-dades. Se não tiver os requisitos do DPC, daqui em diante não vai poder usar notas de outros leitores até ao fim da sua carreira. Não se vai actualizar.” Posto desta maneira, os apontamentos que utiliza hoje, serão exactamente os mesmos que usará daqui a dez ou vinte anos. Será que estes professores ou leitores universitários são de confiança?

Os benefícios decorrentes do DPC não são apenas aqueles que aqui abordámos. Macau a pouco e pouco vai ser uma cidade internacional se adoptar o DPC. Como? Leiam o artigo da próxima semana.

Deixem-me partilhar a minha experiên-cia de Hong Kong. A Law Society of Hong Kong impõe requisitos de DPC a todos os “solicitors”. Usa uma escala de “pontos” para estabelecer uma classificação. Cada “solicitor” tem de obter pelo menos 15 pontos por ano. Cada ponto corresponde aproximadamente a uma hora de estudo na sala de aula, perfazendo um total de cerca de 15 horas. No final de cada ano todos os “solicitors” têm de jurar em “affidavit” que cumpriram este requisito. “Affidavit” é um documento legal que se submete ao tribu-nal. Como jurar é um dever que tem de ser cumprido antes de se apresentar o “affidavit” perante a Law Society of Hong Kong, quem afirma que cumpriu os requisitos do DPC, sem o ter feito, comete o crime de perjúrio. Se for considerado culpado e de acordo com

*Professor Associadono Instituto Politécnico de Macau

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15opiniãosegunda-feira 28.1.2013 www.hojemacau.com.mo

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editor Gonçalo Lobo Pinheiro Redacção Andreia Sofia Silva; Cecilia Lin; Joana Freitas; José C. Mendes; Rita Marques Ramos Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Fernando Eloy; Hugo Pinto; José Simões Morais; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Arnaldo Gonçalves; Boi Luxo; Carlos M. Cordeiro; Correia Marques; David Chan; Gonçalo Alvim; Helder Fernando; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; José Pereira Coutinho, Leocardo; Maria Alberta Meireles; Mica Costa-grande; Paul Chan Wai Chi; Vanessa Amaro Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

Chavez e o mundo às avessasJosé Goulão

mundo não tem a noção da manei-ra ansiosa e dorida como a maior parte dos venezuelanos acom-panham a luta do seu presidente Hugo Chavez contra uma doença difícil de derrotar.

O mundo não tem a noção disso porque a realidade que emerge e percorre as auto--estradas main stream, depois de passada pelos filtros censórios de várias espécies com que tentam formatar-nos a opinião, é incompleta, manipulada, difamatória e, não raras vezes, mentirosa. Acresce que essa realidade é apresentada de forma tão indiscutível que chega a ser intimidatória, transformando qualquer um que se atreva a pô-la em causa, recorrendo ao mais ele-mentar sentido crítico, em parte da temível teia terrorista que desafia a ordem universal estabelecida. Veja-se a ligeireza com que o pretensamente intocável El País publicou sem se dar ao trabalho de verificar a auten-ticidade uma fotografia de uma operação cirúrgica a um suposto Chavez para horas depois ter que retirar grande parte da edição de circulação e a foto da internet por ser falsa – o que se percebia a olho nu. É um escândalo, sim… Mas já passou, que não se fale mais disso…

Nada disso apaga a realidade que existe para a maioria dos venezuelanos mesmo não existindo, por lhes ser sonegada, para a maioria dos cidadãos do mundo. Os vene-zuelanos não se manifestam por Chavez, não rezam por Chavez, não choram por Chavez por um qualquer culto de personalidade, por uma irracional deificação de um líder, pelo carisma de alguém que seja considerado insubstituível.

A razão da empatia da maioria dos venezuelanos com o seu presidente mani-festada neste momento difícil e decisivo é simples de explicar, é a mesma que fez dele o dirigente político mais vezes sufragado em eleições gerais e presidenciais, em re-ferendos cuja legitimidade e transparência ninguém ousou pôr em causa, nem mesmo os temíveis fiscais do Norte do continente, que pregam e impõem aos outros o que não praticam em casa.

Chavez ganhou sucessivas eleições, com percentagens que chegaram a ultrapassar várias vezes os sessenta por cento, porque ele e as instituições constitucionais do país governam democraticamente, isto é, para a maioria do povo. Aprovam as leis que fazem chegar a saúde aos que a não tinham, o ensino a quem não lhe podia aceder, a casa a quem vivia em barracas, aumentaram salários, pensões, subsídios, instauraram

direitos sociais e humanos. Pouco ainda para a dimensão colossal da obra que está pela frente, mas a Revolução Bolivariana tem menos de vinte anos e as eras de corrupção, delapidação e governos das elites estran-geiradas prolongaram-se durante décadas, e décadas, e décadas…

O mundo tem olhado para Chavez às avessas porque esse é o ângulo de visão estreito que lhe é imposto pelos podero-sos meios de comunicação cujos méritos democráticos, os galões éticos e o respeito pela informação livre podem e devem ser discutidos, postos em causa.

Chavez e a ordem democrática e cons-titucional da Venezuela não representam um regime ditatorial, autoritário, de índole militar, mesmo sendo o presidente um gene-ral, o que como se sabe, e é justo que assim seja, não ofende a democracia desde que os mecanismos desta funcionem.

O que não é legítimo é considerar “democrático” tudo quanto se intitula anti--Chavez e depois fica reduzido a minorias quando se apresenta às urnas; o que é im-próprio é tolerar como arautos da liberdade de informação meios de comunicação que violam deliberadamente as leis para seguir se apresentarem no exterior como vítimas de uma perseguição de regime, colocando-se a si mesmos acima das instituições do país.

Chavez não é um ditador sul-americano como se atrevem a insinuar os que criaram e sustentaram Pinochets, Banzers, Videlas e até “sociais democratas” de mão no coldre como Andrés Perez na própria Venezuela. Chavez não foi escolhido em Washington, foi eleito pelo povo, por isso o povo espera com ansiedade o seu regresso porque ele simboli-za a mudança a favor dos mais necessitados, mesmo acreditando estes que aquela possa continuar ainda que ele não volte.

Chavez tem governado em sentido inverso ao da ordem mundial dominante, o que não representa, antes pelo contrário, qualquer problema com a democracia. To-dos sabemos de onde partem atualmente os grandes ataques aos valores e mecanismos democráticos.

A situação instaurada na Venezuela pela Revolução Bolivariana não tem a ver, é verdade, com o que sucede por exemplo no Paraguai, nas Honduras, onde golpes político-militares recentes subverteram os resultados eleitorais fazendo com que estes países tenham regressado ao redil dos regi-mes democráticos à medida dos parâmetros balizadores de Washington e dos governos da União Europeia.

Se o mundo e a democracia andam às avessas a culpa não é de Hugo Chavez nem da maioria dos venezuelanos.

SHINzo (DIS)ABEpor antónio conceição Júnior

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Page 16: Hoje Macau 28 JAN 2013 #2781

segunda-feira 28.1.2013www.hojemacau.com.mo

Incêndio em discoteca causa 245 mortosPelo menos 245 mortos – as autoridades esperam mais -, além de dezenas de feridos ligeiros confirmados. É este o balanço mais recente de um incêndio numa discoteca em Santa Maria, no Estado do Rio Grande do Sul (Brasil), na madrugada deste domingo, avança o Globo. “Já conseguimos controlar o incêndio e começámos a retirar os corpos do local”, afirmou o chefe dos bombeiros locais, Sílvio Fucks, citado pela France Presse. O incêndio começou cerca das 2h30 horas locais, na discoteca Kiss, quando o vocalista de uma banda, em plena actuação, resolveu recorrer a um espectáculo pirotécnico, na coreografia. As faíscas atingiram a espuma do isolamento acústico do estabelecimento, as chamas espalharam-se e instalou-se a confusão. Muitos dos 400 jovens presentes, com o pânico instalado, não conseguiram chegar à saída de emergência, relata o diário brasileiro, na sua edição online. O prédio onde se localiza a discoteca ficou destruído e corre o risco de desabar.

Morreu o Capitão de Abril Jaime NevesO major general Jaime Neves, um dos militares que teve papel preponderante no 25 de Abril de 1974 e no 25 de Novembro de 1975, faleceu neste domingo. Contava 73 anos. Jaime Alberto Gonçalves das Neves desempenhou um papel decisivo nas operações que levaram ao fim do Processo Revolucionário em Curso liderando o ataque dos comandos a um quartel da Calçada da Ajuda, em Lisboa, onde obteve a rendição das chefias da Polícia Militar, no 25 de Novembro. Foi agraciado por Mário Soares, então Presidente da República, em 1995, com a mais elevada condecoração portuguesa a um militar: a Ordem da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito. Estava na reserva desde 1981.

Grave acidente de viação na Sertã11 mortos, 32 feridos, sendo que seis estão em estado considerado grave. Este é o último balanço do acidente que envolveu na manhã deste domingo um autocarro de passageiros. Além das 11 vítimas mortais (9 delas com óbito declarado no local), 43 pessoas ficaram feridas (sete são crianças), das quais seis em estado considerado grave. O sinistro ocorreu numa ravina no IC8, junto à saída do Carvalhal, na Sertã, distrito de Castelo Branco. De acordo com a Protecção Civil de Castelo Branco, 323 bombeiros dos distritos de Leiria, Castelo Branco e Santarém estão no local, que contam com o auxílio de 124 viaturas e de duas máquinas de desencarceramento. O grupo de 43 pessoas mais o motorista seguiam viagem para Santa Maria da Feira. Os ocupantes do veículo sinistrado, que tinha matricula espanhola, iniciaram o trajecto em Portalegre.

Morrissey hospitalizado devido a infecçãoO cantor britânico Morrissey, ex-vocalista dos The Smiths, está hospitalizado no estado do Michigan, nos Estados Unidos, por suspeitas de uma infecção na bexiga. De acordo com a revista Billboard, que cita o representante de Morrissey, o cantor de 53 anos está internado no hospital William Beaumont onde está a realizar exames médicos, suspeitando-se de uma infecção na bexiga. Morrissey está actualmente em digressão para promover o mais recente disco, “Years of refusal”, tendo cancelado um concerto marcado para dia 24 de Janeiro e adiou outros dois, por motivos de saúde.

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car toon Boneco de neve aBominável

por Steff

Sector imobiliário preocupado com aprendizagem

Onde páram os formadores Cecília [email protected]

com a entrada em vigor da nova lei da mediação imo-

biliária a partir de Julho deste ano, já há vozes do sector preocupadas com a falta de recursos humanos da parte do Governo para dar formação aos funcio-nários do ramo imobiliá-rio. Segundo o diploma, os portadores de uma licença provisória para trabalhar e que possuem o ensino secundário têm de fazer um curso de 30 horas. os que não têm o ensino secundário mas já trabalham na área há mais de cinco anos, podem também fazer tal curso. Quem não possui as duas valências deve tirar um curso de 90 horas.

Recorde-se que o executivo já começou a aceitar formalmente o pedido de licenças provi-sórias dos intermediários e empresas do ramo imo-biliário, e que possuem um prazo de três anos.

o presidente da as-sociação Geral do Sector imobiliário de macau, ip Kin Wa, disse que exis-

tem em macau oito mil funcionários do sector imobiliário, sendo que cerca de seis mil não completaram sequer o ensino secundário. ip Kin Wa, citado pela imprensa chinesa, não exclui a pos-sibilidade de pessoas de fora poderem frequentar os cursos e ter a licença, e por isso mostra-se pre-ocupado com a situação. o responsável afirma que o Governo não tem recursos suficientes para a formação, e espera que se possa reduzir as horas do curso para aqueles que, sem a formação escolar, já trabalham na área há cinco anos.

Um trabalhador da área, de nome chok, disse ao canal chinês da Tdm que a carga horária é pesa-da. “Trabalhamos muitas horas por dia. Por exem-plo, eu começo a trabalhar às nove ou dez da manhã e termino tudo por volta das 20 horas. Só consigo ter, no máximo, três horas de aulas por dia. Se precisar de tirar mais um curso de 90 horas, vai ser muito duro.” muitos intermedi-ários consideram mesmo que um curso de 90 horas é “um fardo extra”.