Hoje Macau 29 AGO 2012 #2683

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TEMPO POUCO NUBLADO MIN 27 MAX 33 HUMIDADE 55-95% • CÂMBIOS EURO 9.8 BAHT 0.2 YUAN 1.2 AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 PUB MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ QUARTA-FEIRA 29 DE AGOSTO DE 2012 ANO XI Nº 2683 PUB Ter para ler TERCEIRA RONDA DA “BOLINHA” FC Porto continua sem perder ÚLTIMA ÁREAS INDUSTRIAIS China e Índia negoceiam acordo PÁGINA 7 A remodelação do edifício dos secretários, na sede do Governo da RAEM, foi adjudicada à Man Kan Lda.. Pereira Coutinho diz que todas as obras deste tipo têm sido atribuídas, desde a transição, à companhia de Fong Chi Keong. “São dezenas e dezenas de milhões de patacas.” PÁGINA 3 Governo adjudica empreitada de 44 milhões à empresa do deputado Fong Chi Keong. Sem concurso público. Mestre de obras PARA PREVENIR CRIMES LIGADOS AO JOGO Davis Fong defende operações com agentes infiltrados CENTRAIS PONTE SAI VAN Primeira semana da via especial deixa utentes confusos e insatisfeitos PÁGINA 4 INSPECTORES DE TRABALHO Remodelação causa polémica na DSAL PÁGINA 5

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Edição do Hoje Macau de 29 de Agosto de 2012 • Ano X • N.º 2683

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TEMPO POUCO NUBLADO MIN 27 MAX 33 HUMIDADE 55-95% • CÂMBIOS EURO 9.8 BAHT 0.2 YUAN 1.2

AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006

PUB

MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ • QUARTA-FEIRA 29 DE AGOSTO DE 2012 • ANO XI • Nº 2683

PUB

Ter para ler

TERCEIRA RONDA DA “BOLINHA”

FC Porto continuasem perder

ÚLTIMA

ÁREAS INDUSTRIAIS

China e Índianegoceiam acordo

PÁGINA 7

A remodelação do edifício dos secretários, na sede do Governo da RAEM, foi adjudicada à Man Kan Lda.. Pereira Coutinho diz que todas as obras deste tipo têm sido atribuídas, desde a transição, à companhia de Fong Chi Keong. “São dezenas e dezenas de milhões de patacas.” PÁGINA 3

Governo adjudica empreitada de 44 milhões à empresado deputado Fong Chi Keong. Sem concurso público.

Mestre de obras

PARA PREVENIR CRIMES LIGADOS AO JOGO

Davis Fong defende operações com agentes infiltrados

CENTRAIS

PONTE SAI VAN

Primeira semana da via especial deixa utentes confusose insatisfeitos

PÁGINA 4

INSPECTORES DE TRABALHO

Remodelação causa polémica na DSAL

PÁGINA 5

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2 política quarta-feira 29.8.2012www.hojemacau.com.mo

Joana [email protected]

A questão de cedência do espaço do edifício do jornal Ou Mun ainda não está totalmente esclare-

cida e por isso Pereira Coutinho quer que o Governo investigue. Em interpelação escrita, o deputado instiga a Direcção dos Serviços de Finanças a saber se o 12º andar do edifício-sede do jornal está a ser arrendado ou cedido ao Centro de Estudos do Desenvolvimento da Qualidade dos Cidadãos de Macau.

A polémica tem sido muita em torno da ocupação do espaço pelo centro, presidido pelo deputado Lee Chong Cheng, até porque o or-ganismo foi apoiado pela Fundação Macau em 10 milhões de patacas.

Na Assembleia, o Governo já tinha dito que tudo estaria em conformidade com o disposto no contrato celebrado entre a Admi-nistração e o Ou Mun, mas essa conclusão não surgiu depois de investigações. Foi o próprio jornal quem explicou que nada havia de errado. E o Governo acreditou. “Por meio de ofício, foi exigido a esta sociedade a entrega de uma explicação por escrito”, frisou Jai-me Carion, director dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Trans-portes, num plenário no início deste mês. “De acordo com a sua explicação, a finalidade do edifício foi rigorosamente prosseguida em conformidade com o contrato de concessão, sem infringir a finali-dade que fundamentou o pedido.”

Pereira Coutinho não está satis-feito e pretende que a investigação

Ho Ion Sang insatisfeito com multas a autocarrosHo Ion Sang está preocupado com a falta de transparência nas informações dos contratos celebrados entre as empresas de autocarros e o Governo. O deputado frisa, numa interpelação escrita, que isto poderá fazer com que a multa nunca ultrapasse as 999 mil patacas. “Isto é deixar que as empresas com problemas continuem a operar e continuem o seu negócio.” Ho Ion Sang quer que o Governo publique quais as empresas de autocarro que já foram multadas e qual o valor das multas acumuladas. O deputado considera que, apesar de o Governo ter dito repetidamente que ia regulamentar o trabalho dos autocarros, isso não está a ser feito de forma adequada. - C.L.

Chan Wai Chi atento ao caso das campasDepois de Au Kam San, outro deputado da Associação Novo Macau mostra-se atento ao chamado caso das campas. Agora, foi a vez de Paul Chan Wai Chi questionar o Executivo sobre se o caso já foi entregue ao Tribunal, uma vez que o Ministério Público afirmou que há um arguido constituído e que o caso é uma violação criminal. O deputado da bancada democrata propõe que os funcionários e oficiais do Governo envolvidos neste caso sejam levados à justiça, para assim se responder às dúvidas dos cidadãos. - C.L.

O Executivo diz estar atento, mas as preocu-

pações relativas ao prédio inacabado desde 2008 na Calçada de Gaio mantêm--se porque nada ainda foi feito. Ontem, o Governo emitiu um comunicado onde frisa que vai “em tempo oportuno, tornar público o resultado do consenso alcançado” entre o construtor do edifício e a Administração.

A construção do edifício

há cerca de quatro anos causou polémica devido aos seus 34 andares poderem afectar a visibilidade para o Farol da Guia, património mundial da UNESCO. A construção do prédio está suspensa desde 2008, ten-do sido fixada uma altura máxima de 52,5 metros para os edifícios da Calçada do Gaio.

Quatro anos depois da suspensão das obras, o Governo ainda não chegou

a acordo com a Empresa de Construção San Va. Os mo-radores queixam-se de acu-mulação de lixo, mosquitos e insegurança, por estarem no local pedaços de materiais de construção civil.

Só depois de mais uma manifestação o Governo voltou a tocar no assunto, para dizer o que há muito tem sido repetido: “a Ad-ministração acompanha atentamente o assunto, está a tentar encontrar uma

solução que vise preservar de forma mais alargada a paisagem do Farol da Guia e, para isso, foram também contratadas entidades pro-fissionais nesta matéria para a realização da avaliação, averiguação e análise destas questões”.

O Executivo assegura que foram já realizadas várias negociações com o promotor imobiliário no sentido de encontrar uma solução para o caso.

Cedência de espaço no edifício do Ou Muncontinua a inquietar deputado, que pede investigação oficial

Explicações do jornal não chegam

Prédio da Calçada do Gaio volta a causar protestos

Governo atento mas sem solução

oficial. Além disso, diz ainda, o Governo deveria rever o contrato de concessão porque poderá ter havido uma violação contratual. “À revelia das disposições con-tratuais, a empresa permitiu que associações privadas viessem a ser instaladas no edifício.”

O edifício tem 26 pisos, que deveriam ser destinados a uso próprio.

OU MUN E OS OUTROS Há mais uma situação que inquieta o membro do hemiciclo – fala em tratamento privilegiado dado ao Ou Mun, que recebeu um terreno sem concurso público. “O jornal alegou que o novo em-preendimento se destinava a criar melhores condições não só para o desenvolvimento da sua actividade jornalística, como também das suas tradicionais acções de cariz cul-tural, educacional e filantrópico”, explica Coutinho, lembrando que o Governo permitiu a presença do Centro de Estudos de Lee Chong Cheng por este se enquadrar no âmbito cultural.

Sem resposta ficou, contudo, por que teve o Ou Mun direito a uma concessão de terras especial. “Qual a política de apoio na conces-são de terrenos aos outros jornais diários, que lutam com enormes dificuldades no arrendamento de instalações?”

Até agora nenhuma destas questões foi respondida pelo Exe-cutivo, que também não mostrou intenção de investigar se há real-mente uma renda a ser paga ou se as 75 mil patacas que o centro paga ao jornal são mesmo para despesas.

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3políticaquarta-feira 29.8.2012 www.hojemacau.com.mo

Joana [email protected]

SEM concurso público, foi adjudicada à empresa de construção civil Man Kan Lda. a remodelação do

edifício dos secretários, na sede do Governo da RAEM. A empresa é presidida por Fong Chi Keong, deputado da Assembleia Legisla-tiva, e recebeu quase 44 milhões de patacas pelas obras.

Na segunda-feira, em Boletim Oficial, foi decretado num despa-cho assinado por Chui Sai On que as obras de remodelação dos quatro pisos deste edifício seriam adju-dicadas à Man Kan. Vão demorar um ano, tendo as despesas de ser repartidas entre 2012 e 2013, com 25 milhões de patacas a chegarem à conta da empresa já este ano. O total da remodelação vai custar aos cofres do Governo 43.986.295 de patacas.

Em resposta ao Hoje Macau – que questionou a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) sobre a ausência do concurso público para a adjudicação da obra, a porta-voz da entidade explica que se trata de uma questão especial. “As obras de renovação dizem respeito aos escritórios para a secretaria da Ad-ministração e Justiça e a secretaria para os Assuntos Sociais e Cultura. Por isso, estão localizados na sede do Governo da RAEM. Assim, o projecto é especial e tem de ter confidencialidade, ser seguro, não sendo apropriado remetê-lo para concurso público.”

A justificação chegou por comunicado da DSSOPT, que disse ter precedido a decisão de adjudicar as obras com uma con-sulta interna. A lei prevê que para o ajuste ser directo tenham de se cumprir determinados requisitos, conforme explicou ao Hoje Macau o advogado Ricardo Igreja. Dois podem encaixar-se, pela leitura da lei, na justificação da DSSOPT: “quando se trate de obras (...) cuja natureza especial de alguma das cláusulas a estipular no respectivo contrato tornem aconselhável ou particularmente vantajosa para os interesses do território a adjudica-ção a certa entidade” ou “quando a segurança pública interna ou externa o aconselhe”.

Os projectos entregues à Man Kan incluem a renovação de inte-riores, as construções relativas à segurança contra incêndios e os sistemas de ar condicionado.

A despesa referente a este ano será suportada pelo orçamento de 2012 e está incluída nas verbas destinadas a “Investimentos do Plano”.

OBRAS E MAIS OBRASAnteriormente, o prédio tinha quatro escritórios para as secre-tarias, mas em Setembro do ano passado a das Obras Públicas e a

A Man Kan recebeu quase 44 milhões de patacas por obras de remodelação no edifício dos secretários. Mais uma adjudicação sem concurso público para o historial da empresa de Fong Chi Keong

Executivo adjudica directamente obrasde remodelação da sua sede a empresa de deputado

Questão de segurança

da Economia mudaram-se para outro local. O destino escolhido para que Lau Si Io, secretário das Obras Públicas, e Francis Tam, secretário para a Economia e Finanças, se instalassem foi o prédio do Banco da China. Já aí, os dois escritórios tiveram de ser remodelados – obras que custaram mais 21 milhões e meio de patacas. Quanto às rendas mensais para a utilização dos espaços, nunca foram reveladas.

Mas as reconstruções não se ficaram por aqui. O edifício dos secretários foi alvo de uma grande remodelação para que fosse criado um gabinete para o Chefe do Exe-cutivo. Não se sabe ao certo qual o espaço que ocupa o escritório de Chui Sai On, nem qual o custo

destas obras, mas sabe-se que também não foram adjudicadas por concurso público.

Antes de Chui Sai On regressar à sede do Governo, o gabinete do Chefe do Executivo esteve loca-lizado em dois andares do Banco Chinês de Macau. Segundo o jornal chinês Cheng Pou, mesmo depois da saída de Chui Sai On, o Governo ainda mantém arrendados os andares e está a ser feita uma remodelação. Não se sabe qual a finalidade que vai ser dada ao espaço.

EMPRESA SORTUDAA adjudicação directa de obras não é novidade em Macau. Também não é ilegal, mas dentro de deter-minados parâmetros, que, ao que

parece, são sempre seguidos no que a remodelações do palácio do Governo diz respeito, apesar de não ser este o caso concreto. “A maioria das adjudicações directas de obras são feitas em circunstâncias urgen-tes”, explica ao Hoje Macau José Pereira Coutinho. “A lei diz isto. Mas, eles [Governo] abusivamente escolhem o ajuste directo evocando questões urgentes.”

O também deputado, colega do hemiciclo de Fong Chi Keong, assegura que, desde o estabeleci-mento da RAEM, todas as obras de remodelação na sede do Governo foram adjudicadas à Man Kan. Ou seja, desde 1999, “dezenas e deze-nas de milhões de patacas” foram entregues a Fong Chi Keong. Não é possível saber ao certo – através

de documentos oficiais – quantas obras de remodelação foram feitas, mas Pereira Coutinho fala em pelo menos quatro.

CARREIRA IMOBILIÁRIAFong Chi Keong é deputado eleito pela via indirecta, representando o sector imobiliário. É presidente do Conselho de Administração da Empresa de Construção Civil Man Kan e gerente-geral da Agência Imobiliária Wan Ou e da Compa-nhia Ou Lei Kou Internacional.

No que se pode recolher através de informações do Boletim Oficial, em 2003 foi adjudicada à Man Kan a execução da empreitada dos acabamentos da nova sede da Di-recção dos Serviços de Educação e Juventude – mais de 25 milhões de patacas que a empresa recebeu por esta adjudicação.

Em 2009, e no valor de 19.671.449 patacas, foi a empresa autorizada a construir um edifício na Estrada de D. João Paulina, ain-da que não seja possível perceber de que prédio se trata.

Em Janeiro deste ano, e se-gundo o site do Gabinete para o Desenvolvimento das Infra-Estru-turas, a empresa concluiu obras de remodelação do edifício de vidro da Tap Seac. Não há qualquer tipo de valores apresentados sobre o custo deste serviço.

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4 sociedade quarta-feira 29.8.2012www.hojemacau.com.mo

Rita Marques [email protected]

Cecília [email protected]

SEGUNDA-FEIRA por volta das seis da tarde ocorreu um acidente na via exclu-siva da ponte Sai Van. Um

motociclista caiu e ficou estendido na estrada, o que causou um engar-

AUMENTAR a frequência de partidas dos autocar-

ros é uma das medidas coor-denadas entre os serviços de tráfego e as transportadoras na primeira semana do regresso às aulas. “O tempo de frequên-cia será diminuído para cerca de quatro ou cinco minutos”, garantiu ontem Lo Seng Chi, chefe do departamento de gestão de tráfego da DSAT, ao apresentar as medidas de controlo de tráfego no novo ano escolar.

“Se o tempo de espera for muito longo, vai-se co-municar às companhias para reforçarem as carreiras.”

Tarifas de autocarrosnão aumentam em SetembroO aumento de 23% nas tarifas de autocarros das três operadoras não vai sofrer um aumento no próximo mês, assegura o chefe de departamento de gestão de tráfego da DSAT, Lo Seng Chi. E o aumento de carreiras só será efectuado, caso necessário, entre o 1º e 2º semestre do próximo ano, disse ao Hoje Macau. As “medidas de hardware”, ou de maior dimensão, demoram algum tempo. “Esperamos que consigam dar resposta antes de mais a quaisquer problemas de tráfego que possam acontecer no dia 1 de Setembro.” O responsável salienta que cada companhia tem diferentes áreas a serem melhoradas, pelo que os aumentos só serão expectáveis com mais tempo de actuação, de acordo com um aperfeiçoamento contínuo.

Em cima dos acidentesO Centro de Controlo e Informação de Tráfego funciona desde o ano passado no edifício onde se encontra a DSAT, na Estrada de D. Maria II. São 10 funcionários que estão diariamente, entre as 6h00 e as 12h00 em frente a um painel de ecrãs com imagens simultâneas de 229 câmaras a operar em Macau. Os serviços de Tráfego coordenam-se com o Corpo de Polícia de Segurança Pública, para dar conta de acidentes ao minuto, e o IACM. De outro modo, o centro ajuda ainda a dar informações sobre os caminhos alternativos para condutores em caso de acidentes. A Ponte Sai Van é onde estão instaladas mais câmaras de vigilância (CCTV), 52, seguidas da Amizade, 32, e da Nobre de Carvalho, com 10.

A partir de 1 de Setembro, motociclos que não entrem na via especial pagam 600 patacas

14 infracções na primeira semana

Regresso às aulas vai ter mais frequência de carreiras e fiscais

Autocarros de 5 em 5 minutosCaso as companhias não atinjam a meta fixada sobre a frequência de autocarros, haverá medidas para “in-centivar as concessionárias a cumprirem as novas medi-das lançadas pelo Governo”, assegura o responsável da DSAT. No entanto, acredita, esse problema não deverá acontecer, já que no último ano conseguiram aumentar a frequência em 10%.

Haverá 30 carreiras a aumentar a frequência, que passam nomeadamente por jardins-de-infância e esco-las, nomeadamente entre as 7h00 e as 11h00 da manhã e também entre as 16h00 e as 20h00.

MAIS POLICIAMENTOEm cooperação com os serviços de trânsito estão as forças policiais, pelo que ha-

verá apoio reforçado para a regulamentação de trânsito, com mais 40 fiscais, revela o comissário responsável pelo trânsito Sio Wai Nin, da Po-lícia de Segurança Pública. “Onde há mais movimento, haverá mais pessoal e mais policiamento para redução do trânsito.”

Haverá também mais 20 funcionários da DSAT, em relação ao ano passado, para

fiscalizar as paragens de au-tocarros, de modo a prestar apoio aos passageiros.

A DSAT está a preparar a abertura do novo ano lectivo desde Julho, tendo estabelecido contacto com o sector da educação, visitan-do mais de 10 escolas para preparar novas medidas. Destacam-se a renovação da sinalização horizontal e das passadeiras, a coloca-

ção de sinalização vertical de passagens de peões e sinalização luminosa desti-nada a peões, além de mais espelhos para aumentar a segurança de circulação de peões e veículos.

A par do ano passado, haverá zonas de embarque e desembarque de passageiros nas vizinhanças das escolas que tenham condições para tal. Além das oito habituais haverá pelo menos mais uma instalação de estacionamen-to provisória na intersecção da Rua do Almirante Costa Cabral e da Rua Afonso Albuquerque. - R.M.R.

rafamento com mais de 100 motas na via especial.

“Caso haja qualquer acidente na via exclusiva, precisamos de reservar uma das vias para a pas-sagem dos bombeiros e ambulân-cias”, explicou ontem Lo Seng Chi, chefe do Departamento de Gestão de Tráfego da DSAT, à margem da apresentação de novas medidas de tráfego no novo ano escolar. Ape-

sar de frisar que é preciso tempo para lidar com estas ocorrências, os serviços vão continuar a fazer estudos e a aperfeiçoar as formas de encurtar o período de assistência.

Por sua vez, o comissário Sio Wai Nin, em nome da Polícia de Segurança Pública (PSP), explicou que “poderá ser aberta a via exclu-siva para que as motas passem para as outras vias e vice-versa”, assim como os veículos ligeiros podem entrar na via especial, de acordo com a zona do acidente.

O responsável pelo departa-mento de trânsito da PSP refere ainda coimas a partir de dia 1 de Setembro, um período desafiante na manutenção da ponte, já que se espera grande engarrafamento. “Os que não usem a via exclusiva ou os veículos ligeiros e pesados que a usarem pagarão uma multa de 600 patacas. Na via exclusiva já houve 14 infracções por não terem entrado na via especial.”

CÂMARAS DE VIGILÂNCIAA DSAT falou ainda sobre outras medidas pensadas aquando de aci-dentes ocorridos na Ponte Sai Van. “Poderá haver informações sobre acidentes através de placards LCD, recomendando que se dirijam para a ponte da Amizade”, antecipou Lo Seng Chi.

Está-se também a pensar des-tacar mais polícias na entrada das pontes, além das 52 câmaras de controlo existentes na ponte sin-tonizadas com o novo Centro de Controlo e Informação de Tráfego. A velocidade dos carros, acredita o responsável, foi diminuída com a entrada em funcionamento da via e, para já, o balanço é positivo. “Conseguimos atingir as expecta-tivas que tínhamos fixado.”

As fotos do engarrafamento provocaram polémica na internet,

Acidentes e confusões na via especial para motociclos e ciclomotores na ponte Sai Van marcam a primeira semana de funcionamento da medida. A DSAT reconhece ser preciso melhorar a assistência mas faz um balanço positivo

com a maioria dos residentes a pôr em causa a utilidade da via exclusiva. No Facebook, mais de 563 utilizadores manifestaram-se sobre as condições de tráfego na

ponte, sendo que 272 pessoas pensam que a via exclusiva é des-necessária e outras 86 acreditam que põe os motociclos ainda mais em risco.

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BOCADO DE VARANDACAI DE APARTAMENTO

5sociedadequarta-feira 29.8.2012 www.hojemacau.com.mo

Andreia Sofia [email protected]

A associação que re-presenta os inspec-tores do trabalho soube em Julho que

a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) iria proceder a uma remode-lação nos serviços de inspec-ção. Raimundo Vizeu Bento, director do departamento, deixa de exercer funções a 16 de Setembro, depois de ter pedido a aposentação. Lurdes Sales, actualmente coordena-dora dos serviços administra-tivos e financeiros, é o nome escolhido para substituí-lo. Uma decisão que já terá sido tomada e comunicada dentro do organismo.

Contudo, a nova escolha está a incomodar muita gente, porque a sua experiência na área é pouca, como confir-mou ao Hoje Macau uma fonte próxima da associação dos inspectores, que preferiu não ser identificada. “Temos conhecimento da substituição. Este assunto já foi divulgado publicamente pelo director do serviço. Confirmo que há um nome escolhido. A pessoa que o irá substituir é chefe da divisão administrativa e financeira. Tem alguma expe-riência na área da inspecção, mas pouca.”

Contactada pelo Hoje Ma-cau, Lurdes Sales ficou-se por parcas palavras, tendo apenas dito que recebeu “um convite” para exercer essas funções. “Não posso confirmar porque não há nenhum documento oficial.” Por esclarecer ficou a sua experiência na inspecção do trabalho.

NO fim do segundo trimestre deste ano, mais de 35 mil

pessoas trabalhavam no comér-cio por grosso e a retalho, uma subida de 12% face ao período homólogo. Em Junho de 2012, a remuneração média destes trabalhadores cifrou-se nas 10 mil patacas, o que traduz um acréscimo de 4,9% em relação a Junho de 2011.

Os transportes, armazena-gem e comunicações tinham ao seu serviço 8.291 trabalhadores remunerados, que cresceram 9,1%, face ao idêntico trimestre de 2011. Aqui, a remuneração média foi de 16.450 patacas. A remuneração média dos condu-

tores de veículos de passageiros ou mercadorias pertencente ao ramo dos transportes terrestres alcançou as 17.800 patacas.

A área da segurança foi o terceiro sector a aumentar fun-cionários, com mais de cinco mil a exercerem funções neste campo – mais 5,6% em compara-ção com o segundo trimestre de 2011. Os guardas de segurança recebem cerca das 7.980 patacas.

No que diz respeito às vagas, 60,7% situaram-se nas activida-des de tratamento de resíduos sólidos públicos e 51,2% no comércio por grosso e a retalho e requeriam experiência profis-sional.

Suspeito de tráfico de droga na prisãoO Ministério Público (MP) concluiu mais uma investigação relativa a um caso onde existem suspeitas de tráfico de droga. O indivíduo envolvido, de apelido Hung, um residente local com 34 anos, viu ser-lhe aplicada a medida de prisão preventiva. Desempregado, Hung foi apanhado pela polícia no meio de uma transacção de estupefacientes, num restaurante na zona da Areia Preta. O suspeito foi detido pela polícia na posse de três sacos contendo ketamina e cocaína, com mais de sete quilos. Na sua residência tinha ainda mais de 15 quilos de ketamina, metanfetamina e cocaína. Foram ainda encontrados uma balança electrónica, sacos plásticos e “instrumentos usados no tráfico de droga”. O caso já foi entregue às autoridades policiais para mais investigação.

Ontem as 14:02, o Corpo de Bombeiros recebeu um

relatório sobre um bloco de cimento que caiu de uma

varanda do apartamento F do 9º andar sobre o tecto da

varanda do 8º andar do Edifício Tak Fong, que fica na

Avenida da Praia Grande nº 241. O Corpo de Bombeiros

usou um elevador para retirar o bloco de cimento com

12 centímetros de comprimento. Por sorte, não tombou

sobre a rua e ninguém foi ferido, tendo o caso sido

entregue à Direcção de Serviços de Solos, Obras Públicas

e Transportes (DSSOPT). A DSSOPT afirmou ao Hoje

Macau que “não é um caso grave”, causado por falta

de manutenção do lar, salientando que o proprietário

do apartamento F tinha dado o seu compromisso em

fazer a manutenção do apartamento, para evitar futuros

acidentes. - C.L.

Raimundo Bento com saída polémica da DSAL. Substituta, já escolhida, tem pouca experiência

Há mas é verdeO responsável pela inspecção do trabalho no Governo vai sair em Setembro, sendo substituído por Lurdes Sales, que desempenha funções administrativas. Fonte da associação dos inspectores confirmou ao Hoje Macau que a sua experiência na área é reduzida

Outra fonte próxima do processo falou também da pouca experiência no nome substituto de Raimundo Bento. “Há na DSAL muitos funcionários com mais de 25 anos de experiência, para além de terem o curso de for-mação e uma licenciatura em

Direito. A pessoa já pertence aos serviços da DSAL e foi escolhida por conveniência do director.”

INCOMPATIBILIDADESA explicação oficial para a saída de Raimundo Bento prende-se com o pedido de

aposentação do próprio. Contudo, o Hoje Macau sabe que a reforma foi uma das soluções encontradas pelo ainda director de inspectores, depois da direcção da DSAL ter recusado renovar-lhe a comissão para chefe do de-partamento. Tal recusa terá acontecido, soube o Hoje Macau, por incompatibilida-des com o actual director da DSAL, Wong Chi Hong.

Questionado sobre este assunto, Raimundo Bento limitou-se a dizer que vai re-formar-se, preferindo prestar mais esclarecimentos depois da sua saída ficar oficializada.

Noémia Lameiras, sub--directora da DSAL, falou da versão oficial, não tendo confirmado o nome de Lur-des Sales como substituta. “Ele pediu a aposentação porque completou 31 anos de serviço. No máximo, um funcionário público pode pedir a sua reforma com 30 a 36 anos de serviço. Penso que neste momento ainda não há ninguém para o lugar.”

Aumentam trabalhadores do comércio grosso e a retalho

Remunerações também sobem

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6 nacional quarta-feira 29.8.2012www.hojemacau.com.mo

PUB

Open Tender Notice

Request for Proposal – Replacement of Signage (RFQ-147)

1. Company: Macau International Airport Co. Ltd. (CAM)2. Tendering method: Open tendering3. Objective: To select a qualified Contractor to undertake complete replacement

of signage in Passenger Terminal Building and nearby areas in Macau Interna-tional Airport, to provide better directional guidance to passengers/airport users.

4. Request for tender documents: Tender Notice and Tender Document can be downloaded from the website www.macau-airport.com until 7 days prior to the deadline for submission of Bidders’ tenders. Please regularly check the website for any clarification or amendment of the Tender Document.

5. Location and deadline for submission of Bidders’ tenders:Macau International Airport Co. Ltd. (CAM)4th Floor, CAM Office Building, Av. Wai Long, Taipa, MacauBefore 12:00 noon on 08 October 2012 (Macau Time).The addressee of the tender shall be Ms. Suning Liu – Executive Director. The tenders received after the stipulated date and time will not be accepted.

6. CAM reserves the right to reject any tender in full or in part without stating any reasons.

-END-

O novo presidente egípcio, Mohamed Morsi, chegou ontem a Pequim, naquela que é a sua primeira via-

gem para fora do mundo árabe desde que assumiu o cargo, interpretada na capital chinesa como “uma valoriza-ção” do papel internacional da China.

A visita, de três dias, “significa uma grande mudança na política externa do Egipto”, que costuma-va estar firmemente colocada no campo de Washington, e que o país está a reafirmar-se “como um poder regional”, disse um investigador do Instituto de Estudos Internacionais da China, Li Guofu, citado pelo jornal Global Times. “E significa também que o Egipto valoriza o papel desempenhado pela China no mundo.”

Um analista egípcio citado pelo mesmo jornal afirmou que Mohamed Morsi “quer laços mais estreitos com a China no sector económico, mas também na área política”.

Além do homólogo chinês, Hu Jintao, o presidente egípcio vai também encontrar-se com o

primeiro-ministro, Wen Jiabao, com o presidente da Assembleia Nacional Popular, Wu Bangguo, e com o vice--presidente, Xi Jinping.

DELEGAÇÃO NUMEROSAMorsi viaja com uma delegação de 80 empresários. Segundo a imprensa chinesa, os visitantes esperam que o investimento chinês no Egipto quadruplique nos próximos três anos, passando de cerca de MOP 4 mil milhões para cerca de MOP 15 mil milhões.

Logística, telecomunicações e transportes são as principais áreas cobertas pelos projectados investi-mentos, adiantou o Global Times, uma publicação em língua inglesa do grupo Diário do Povo, o órgão central do Partido Comunista Chinês.

Primeiro presidente civil do Egipto, eleito por sufrágio directo, Mohamed Morsi assumiu o cargo em Junho passado. Depois da China, irá a Teerão para participar na Cimeira dos Países Não-Alinhados e a seguir irá à Assembleia-geral da ONU, em Nova Iorque.

O número de utilizadores de telemóveis na China

aumentou 75,78 milhões durante os primeiros sete meses de 2012, incluindo 55,34 milhões de assinan-tes de serviços de terceira geração (3G), segundo os dados oficiais divulgados esta segunda-feira.

O número de utilizadores de linha fixa registou uma

queda de 1,91 milhões du-rante o mesmo período, de acordo com um comunicado emitido pelo Ministério da Indústria e Informatização.

O sector de telecomuni-cações acumulou cerca de 260 mil milhões de patacas nas receitas dos principais negócios no período entre Janeiro e Julho deste ano, um aumento de 9,2% em

relação ao mesmo período do ano passado.

As receitas de negócios de telecomunicações móveis cresceram 11,3% em média anual durante os primeiros sete meses, representando 73,04% do total e um aumen-to de 1,4 ponto percentual em relação ao ano passado, en-quanto o restante das receitas foi de negócios de linha fixa.

O Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional (APN) da China,

encarregado da legislatura do país, iniciou a deliberação do projecto de lei sobre turis-mo, durante a manhã desta segunda-feira.

O projecto de lei conta com dez capítulos e 98 cláusulas. Além do princípio geral, res-ponsabilidade jurídica e princípio anexado, o documento inclui ainda as estipulações respectivas aos turistas, planificação e pro-moção da indústria, administração, contrato de serviço segurança e supervisão do turismo, compensações ao prejuízo do direito, etc..

O projecto de lei inclui um capítulo exclusivo sobre os direitos e deveres dos turistas. No que diz respeito aos direitos, o documento sublinha a protecção dos direitos e benefícios dos turistas. Quanto aos deveres, o documento exige que respeitem os costumes locais, protejam os recursos naturais e não ajam em prejuízo dos direitos e benefícios dos locais ou de outros turistas.

O projecto dá também especial atenção à estadia ilegal de turistas, aos deveres dos turistas chineses no exterior e aos direitos e deveres dos visitantes estrangeiros na China.

Visita do Presidente Morsi “valoriza” papel internacional de Pequim

Mudança na política externa do Egipto

Mais 76 milhões de utilizadores de telemóveis

Receitas chorudas

Nasce finalmente a primeira lei sobre o turismo

Acertar direitos e deveres

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7nacionalquarta-feira 29.8.2012 www.hojemacau.com.mo

A Índia convidou a China a investir nas suas no-vas áreas industriais, para atrair vínculos

comerciais e assim reduzir o deficit comercial com o país asiático.

O deficit comercial da Índia com a China cresceu 42% no últi-mo ano fiscal, para cerca de MOP 313 mil milhões, enquanto que o volume total negociado cresceu 27%, para cerca de MOP 590 mil milhões, informou esta segunda--feira a Folha de S. Paulo. “A re-acção chinesa às nossas propostas de investimento tem sido positiva e encorajadora”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Anand Sharma, em Nova Delhi, depois de falar com seu homólogo chinês, Chen Deming.

O novo programa indiano de industrialização pretende elevar a participação da indústria no Produ-to Interno Bruto (PIB) do país dos actuais 16% para 25%, uma acção que também faz parte do esforço do país em gerar empregos para os jovens.

Chen, por sua vez, reconheceu que as relações comerciais entre os dois países não estão em pé de igualdade. “Queremos comprar mais produtos da Índia para equili-brar as nossas relações comerciais.” Pequim exporta principalmente bens como equipamentos de en-genharia pesada.

Segundo Chen, a China e a Ín-dia têm a vantagem de possuírem

A China aprovou a divisão da joint-venture que a

Ford tem com a japonesa Mazda e a chinesa Chon-gqing Changan, informou esta segunda-feira a fabricante norte-americana.

“Estamos muito satisfeitos com a reestruturação e com a forma como está a acontecer”, disse o director-executivo da Ford, Alan Mulally, na cidade de Chongqing.

A Ford e a Mazda têm juntas duas grandes fábricas em Chongqing e Nanquim. Segundo o novo plano, a aliança vai dividir-se em duas joint-ventures, informou esta segunda-feira a Changan Ford Mazda.

As duas joint-ventures chamam-se por enquanto Changan Ford Automobile e Changan Mazda Automobile. As operações em Chongqing

vão pertencer à Ford e à Chang-nan, e as de Nanquim serão da Mazda e da fabricante chinesa.

MAIOR LIBERDADEAlguns executivos próximos da joint-venture das três fabri-cantes disseram que a divisão em duas se deve à decisão da Ford, em 2008, de levantar capital, diminuindo a partici-pação na Mazda de quase 30% para 13%. A Ford fez depois outra redução de capital e ac-tualmente tem menos de 3% da empresa japonesa.

As duas companhias sen-tem agora menos necessidade de coordenar a estratégia na China e tentam alcançar uma maior liberdade para aumentar, separadamente, a sua presen-ça no gigante asiático, que em 2009 superou os Estados Unidos como o maior mercado automóvel do mundo.

O sector industrial da China reportou uma

forte queda dos lucros em Julho, no mais recente sinal de que a desacelera-ção doméstica e externa está a afectar ainda mais os lucros corporativos e reforçando a atenção sobre novos estímulos monetá-rios para a economia.

O lucro industrial com-binado na China caiu 5,4% em Julho em relação ao ano anterior, depois do de-clínio de 1,7%, marcando a quarta redução mensal consecutiva, informou o Escritório Nacional de Estatísticas esta segunda--feira.

Os fracos dados de Julho despertaram temo-res de que a tendência de estabilização da economia pode não se confirmar e de

que possa haver o sétimo trimestre consecutivo de desaceleração da expan-são económica no período de Julho a Setembro.

Para o economista sé-nior e estratega do Credit Agricole CIB, Dariusz Kowalczyk, os números podem motivar o governo a revelar mais medidas de estímulo económico.

O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, disse no fim-de-semana que o governo lançará novas medidas para estabilizar o crescimento das exporta-ções no terceiro trimestre.

O crescimento anual da China teve a maior desaceleração em mais de três anos no segundo trimestre, para 7,6%. Um estudo de analistas da Reu-ters aposta numa previsão

da expansão da economia de 8% no ano de 2012.

TUDO A DESCERNos sete primeiros meses do ano, os lucros industriais na China caíram 2,7% face a igual período de 2011, para cerca de MOP 3,3 biliões.

Os lucros em Julho recuaram 5,4% na com-paração anual, para cerca de MOP 453 mil milhões, segundo os dados do go-verno chinês.

Os lucros das explo-rações de minério caíram 60,8% no acumulado de 2012 até Julho, enquanto o sector de materiais quími-cos e produtos industriais diminuiu 21,3%.

Os indicadores cobrem empresas industriais com receitas anuais de mais de cerca de MOP 24 milhões.

China e Índia negoceiam acordo na área industrial

“Vamos confiar uns nos outros”

Divisão de joint-venture entre Ford, Mazda e Chongqing Changan foi aprovada

Nova aliança para acelerar negócio

Lucro das indústrias cai, aumentando a atenção sobre novos estímulos à economia

Quarta queda consecutiva

mercados domésticos volumosos, que ajudam a reduzir os riscos de contágio da crise global.

RECESSÃO E TENSÕESAs duas economias, no entanto, têm sido afectadas pela recessão global e, no caso da Índia, há o entrave das altas taxas de juros, dos escândalos de corrupção e da para-lisia política do governo, que tem

travado a actividade empresarial. A China projecta um cresci-

mento à volta de 7,5% este ano, contra os 9,2% em 2011. Entre Janeiro e Março, o gigante asiáti-co apresentou um crescimento de apenas 5,3%, o seu desempenho trimestral mais baixo em quase dez anos.

As relações diplomáticas entre a China e a Índia também têm

ficado tensas devido à disputa de fronteiras e à presença do líder espiritual tibetano, o Dalai Lama, na Índia.

CRESCER A DOISApesar dos pontos divergentes, ambos os países pretendem atingir cerca de MOP 780 mil milhões no comércio bilateral em 2015.

Os dois ministros acordaram o

estabelecimento de um grupo de trabalho conjunto para promover formas de elevar os investimentos e o comércio entre as duas nações. “Vamos confiar uns nos outros”, disse o ministro indiano, que pediu ainda que Chen levasse à China uma mensagem positiva de com-prometimento da Índia. “Os dois países crescerão mais rapidamente através desta parceria.”

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8 publicidade quarta-feira 29.8.2012www.hojemacau.com.mo

Síntese do Relatório de Actividades de 2011

A economia de Macau em 2011, com o apoio do Governo Central da RPC, mantinha o crescimento continuado e a solicitação de seguro em geral aumentou devido ao lançamento de novos projectos de construção de infra-estruturas e obras públicas. Ao mesmo tempo, o aumento do lucro líquido do movimento commercial deste ano se deve ao princípio de avaliação com prudência adoptado pela nossa Companhia.

O movimento comercial de 2011 atingiu um montante de Mop$127.000.000,00, um aumento de 8% comparati-vamente com o ano anterior e o lucro líquido deste ano é de Mop$18.000.000,00, um aumento de 26% compara-tivamente com o ano anterior..

A nossa Companhia está muito confiante no crescimento das nossas actividades nos próximos anos, baseando no princípio de boa reputação, óptimo serviços prestados, desenvolvimento continuado e expanção das nossas actividades.

Relatório de Auditor Independente sobre Demonstrações Financeiras Resumidas

Para os administradores da Asia Insurance Company, Limited(sociedade de responsabilidade limitada, registado em Hong Kong)

Procedemos à auditoria das demonstrações financeiras da Asia Insurance Company, Limited, Sucursal de Macau relativas ao ano de 2011, nos termos das Normas de Auditoria e Normas Técnicas de Auditoria da Região Admin-istrativa Especial de Macau, e Normas de Auditoria Internacional. No nosso relatório, datado de 22 de Maio de 2012, expressámos uma opinião sem reservas relativamente às demonstrações financeiras das quais as presentes constituem um resumo.

As demonstrações financeiras a que se acima se alude compreendem o balanço, à data de 31 de Dezembro de 2011, a demonstração de resultados, a demonstração de alterações no capital próprio e a demonstração de fluxos de caixa relativas ao ano findo, assim como um resumo das políticas contabilísticas relevantes e outras notas explicativas.

As demonstrações financeiras resumidas preparadas pela gerência resultam das demonstrações financeiras anuais auditadas a que acima se faz referência. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras auditadas.

Para a melhor compreensão da posição financeira da Sucursal e dos resultados das suas operações, no período e âmbito abrangido pela nossa auditoria, as demonstrações financeiras resumidas devem ser lidas conjuntamente com as demonstrações financeiras das quais as mesmas resultam e com o respective relatório de auditoria.

Bao, King ToAuditor de ContasErnst & Young - AuditoresMacau, 22 de Maio de 2012

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9regiãoquarta-feira 29.8.2012 www.hojemacau.com.mo

Índia Homem decapitadoem comboio de passageirosA polícia indiana estava ontem no encalço de um grupo de jovens armados com facas, suspeito de ter decapitado um homem num comboio no leste da Índia, à frente dos passageiros. A vítima, Khokon Gosh, de 37 anos e vendedor de doces, foi atacado na segunda-feira perto da gare de Bazarshau, a cerca de 190 quilómetros de Calcutá, no Estado indiano de Bengala Ocidental. “Os agressores fugiram quando o condutor parou o comboio por ter ouvido os gritos dos passageiros”, explicou o comissário da polícia do distrito, Humayun Kabir, citado pela agência noticiosa AFP, ao salientar que esta morte está aparentemente relacionada com querelas na aldeia da vítima.

Filipinas Companhia aéreaadquiriu 54 aviões AirbusA companhia aérea Philippines Airlines (PAL) anunciou ontem a compra de 54 aviões da Airbus por cerca de 55 mil milhões de patacas. “O pedido realizado à Airbus terá um papel chave na revitalização da PAL e no crescimento do comércio e do turismo das Filipinas”, afirmou o presidente da companhia filipina, Ramon Ang, citado em comunicado. A Philippines Airlines adquiriu 34 aviões A321, 10 A321 Neo e outros 10 A330-300, que serão entregues em três anos, no âmbito do seu plano de modernização que implicará a aquisição de 100 novos aviões.

Coreia do Sul Tufãocausa 31 desaparecidosMais de 30 pescadores chineses estão dados como desaparecidos depois de dois barcos se terem afundado, em resultado de um forte tufão no mar da Coreia do Sul, noticiou ontem a AFP. Um total de 34 tripulantes estava nos dois barcos que se afundaram, por entre rajadas de vento e ondas elevadas, perto da ilha de Jeju, divulgou a agência Yonhap, citando guarda-costeiros sul-coreanos. Apenas três dos 34 pescadores chineses que seguiam nas duas embarcações foram resgatados, segundo as autoridades sul-coreanas. O acidente ocorreu a 1,8 quilómetros de Hwasun, em Jeju, cerca das 02h40.

Hong Kong Manifestação da Aliança Civil contra Educação NacionalMais de 30 membros da Aliança Civil Contra a Educação Nacional marcharam de olhos vendados nas ruas de Hong Kong, em protesto contra a introdução da controversa disciplina de Educação Nacional nas escolas do território, noticiou ontem a RTHK. A marcha decorreu entre Lai Chi Kok e Tsim Sha Tsui, indicou a rádio e televisão pública de Hong Kong. A aliança prevê marchas para 15 escolas primárias públicas em três dias, cobrindo uma distância de 23 quilómetros. Nas últimas semanas, a introdução da disciplina de Educação Nacional nas escolas de Hong Kong, de forma voluntária no próximo ano lectivo, e de forma obrigatória a partir de 2016, tem gerado um debate aceso entre vários sectores da sociedade de Hong Kong, com o sindicato dos professores a usar o termo “lavagem cerebral” e a levantar dúvidas sobre os materiais pedagógicos.

OS manifestantes acampados desde Outubro junto à sede do banco Hong

Kong and Shanghai Banking Corporation (HSBC), no cen-tro de Hong Kong, ignoraram o prazo de duas semanas para desocuparem o local, que ter-minou na noite de segunda-feira, informou ontem uma rádio local.

De acordo com a Rádio e Televisão Pública de Hong Kong (RTHK), os “indigna-dos” de Hong Kong ignoraram o prazo para abandonarem o

UM homem arrancou a bandeira japonesa do carro que transportava

o embaixador do Japão em Pequim, esta segunda-feira, provocando um protesto de Tóquio no meio das recentes tensões sobre o conflito territorial que levou aos piores protestos anti-japoneses dos últimos anos.

A embaixada do Japão emitiu um comu-nicado dizendo que o embaixador Uichiro Niwa saiu ileso do incidente em que dois veículos forçaram o carro do embaixador a parar. Um homem saiu de um deles, arrancou a bandeira japonesa e fugiu.

Mas o Ministério dos Negócios Estran-geiros do Japão relatou mais tarde que a bandeira tinha sido arrancada quando o carro do embaixador estava preso num engarrafamento. Um porta-voz do minis-

tério disse que seria exagero descrever o incidente como um ataque.

Os dois relatos deixaram claro que ninguém ficou ferido e o carro não foi danificado de outra forma.

A embaixada informou que “apre-sentou um protesto firme ao Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês”.

Este respondeu através de um alto funcio-nário, que classificou o incidente de “extrema-mente lamentável” e prometeu desenvolver todos os esforços para garantir a segurança de cidadãos e empresas japonesas na China.

Indignados em Hong Kong ignoraram prazopara desocupar área junto ao banco HSBC

Acampados desde Outubrolocal, que terminou às 21h00, e deram um concerto na noite de segunda-feira, que atraiu cerca de 40 pessoas.

Até à manhã de ontem, os oficiais de justiça não fizeram qualquer tentativa para retirar os acampados do local, mas o HSBC lançou um aviso ad-vertindo para a eventualidade de sanções para quem não desocupar a área, acrescentou a RTHK.

O grupo montou tendas junto à sede do HSBC, no distrito Central em Hong

Kong, em Outubro, após um protesto integrado no primeiro movimento global dos “indig-nados”, inspirado na iniciativa de ocupação de Wall Street em Nova Iorque.

POUCOS RESISTENTESDepois de os manifestantes terem “acampado” no local, o banco deu entrada com uma acção judicial, em Junho, para reivindicar a retirada dos “in-dignados”.

Um tribunal de Hong Kong decidiu a 13 de Agosto que não

havia qualquer razão legal para permitir que os participantes do movimento “Ocupar ‘Central’” permanecessem nas imediações da sede do HSBC sem autori-zação da instituição.

Testemunhas e funcio-nários do banco, ouvidos na altura em que foi conhecido o prazo de 14 dias para desocu-par a área, indicaram que eram poucos os manifestantes que continuavam a pernoitar no acampamento e que durante o dia raramente se encontravam mais de dez no local.

Japão protesta após homem arrancar bandeira de carro do embaixador

Incidente extremamente lamentável

Uichiro Niwa

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10 quarta-feira 29.8.2012www.hojemacau.com.moentrevista

Há 15 anos a segurança pública do território estava afectada por actividades criminosas e homicídios ligados ao jogo. O académico Davis Fong diz que com a mão de Pequim dificilmente o crime organizado regressará em força. Porém, sublinha que a polícia deve estender o seu raio de acção

Andreia Sofia [email protected]

O final da década de 90 em Macau ficou marcado por episódios de vio-lência, protagonizados por grupos criminosos. Quais as diferenças para hoje? Nessa altura, e especialmente antes da transferência de soberania, a ordem pública não era tão estável. Havia mais crime organizado que es-tava a destruir a segurança pública. O responsável da altura da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) foi assassinado, assim como alguns membros de associações. Havia muitos rumores e existia uma crise antes da passagem de Macau para a China. Além disso, muitos operadores das mesas VIP receavam que o futuro não seria assim tão seguro. Achavam que o seu reinado iria ser curto na industria do jogo, porque existiam muitas actividades criminosas a acontecer.

Mas houve melhorias.Claro que depois o Governo melhorou as suas acções. A primeira foi libera-lizar o jogo, o que permitiu introduzir figuras mais experientes no sector. Passámos também a ter um sistema policial neutro e o ambiente de segu-rança melhorou significativamente. NOS dois anos que antecederam

a passagem oficial de Macau para as mãos da China, e o estabe-lecimento da RAEM, o crime orga-nizado provocou destabilização nas ruas do território. Recentemente, as autoridades contabilizaram três homicídios. Um trabalho da agên-cia Reuters analisou a segurança do território 15 anos depois da violência que abalou a década de 90, numa altura em que o boom do jogo é cada vez mais visível e onde o mercado das actividades junket não pára de crescer.

A última grande operação rea-lizada pelas autoridades policiais de Macau, Hong Kong e Zhuhai, intitulada “Trovoada 12”, originou mais de 300 detidos, mas os crimes praticados centraram-se no tráfico de droga, a presença de ilegais e actividades ilegais transfronteiri-ças. Aos jornalistas, os Serviços de Policia Unitários admitiram que a situação estava controlada,

prometeram focar a sua atenção nas fronteiras e nem se mostraram especialmente preocupados pela saída da prisão, marcada para Dezembro, do famoso “Dente Partido”, líder da seita K14.

O crescimento dos casinos originou mais atenção das autori-dades no que ao crime diz respeito, mas os especialistas ouvidos pela Reuters garantem que a situação está estável porque a China tem a RAEM debaixo de olho.

À agência noticiosa, Davis Fong teve semelhante discurso face à conversa com o Hoje Macau. “Número um: o Governo chinês não irá tolerar (o aumento de vio-lência). Número dois: se olharmos para a estrutura das operações VIP nas mesas de jogo, é completamen-te diferente face a 1998.”

POPULAÇÃO CONFIANTEQuem também falou à Reuters foi Hoffman Ma, presidente do

Success Universe Group, que detém uma joint venture com a Sociedade de Jogos de Macau (SJM) para operar o resort Pon-te 16. “Os maiores junkets não querem mais violência. Muitos deles estão envolvidos noutras indústrias e têm mantido ligações com outros negócios em Hong Kong. Estão diversificados.”

Já o académico David Zweig, da Universidade de Ciências e Tecnologia de Hong Kong, acredita que da parte de Pequim poucos seriam os problemas para pôr fim a eventuais actividades criminosas. “Iriam fazer pressão ao Governo de Macau para re-primir a violência. Iriam enviar um ou outro conselheiro, mas não viria um fluxo de polícias do continente... isso iria assustar as pessoas.”

Tal como disse Davis Fong ao Hoje Macau, a profissionalização chegou à RAEM com a chegada

das operadoras americanas e os problemas diminuíram.

Quando a Reuters entrevistou pessoas na rua, segurança foi a palavra mais presente no diálogo dos cidadãos. “A polícia faz opera-ções frequentes nos casinos, bares de karaoke, discotecas e saunas”, disse um homem que preferiu não ser identificado.

Nem o mais re-cente caso de homi-cídio, no Grand Lapa, assusta. “Os homicí-dios em hotéis estão li-gados à indústria do jogo”, salientou um profissional de medicina chinesa. “Macau é um lugar seguro, no dia-a-dia as pessoas não têm preocupações.”

Resta então olhar para o futuro, como afirmou Davis Fong. - A.S.S.

Davis Fong acredita que crime organizado não é tendência para o futuro em Macau. Mas faz um alerta

Polícia deve apostar em agentes infiltrados

O crime em Macau 15 anos depois

A liberalização do jogo veio então contribuir para uma diminuição do crime. Sim, claro. Na altura da liberalização muitos investidores que chegaram tinham uma elevada reputação e uma forma mais profissional de fazer

cerca de cinco ou seis operadores que detém 70% do mercado, o que é um número significativo. Então é mais fácil para o Governo ter um controlo. Desse ponto de vista é também mais fácil as autoridades controlarem a segurança e garantirem a estabili-

negócios. A liberalização ajudou a trazer operações mais transparentes e ajudou-nos a ter modelos de gestão mais profissionais.

Afirmou que o modelo das salas VIP nos anos 90 era muito diferen-

te do actual. Quais as principais consequências dessa mudança em termos de segurança?Analisando o número de operadores das mesas VIP, antes da transferência de soberania existiam perto de 50. Hoje existem cerca de 200. Temos

Olhando para as situações de violência ocorridas há alguns meses, diria que são casos isolados. Não consigo encontrar qualquer ligação entre eles

Como explica a violência recente?Olhando para as situações de violên-cia ocorridas há alguns meses, diria que são casos isolados. Não consigo encontrar qualquer ligação entre eles. Não há nenhuma organização por detrás e estão longe dos casos ocorridos em 1997 e 1998, quando a maioria dos crimes estavam ligados entre si. Não vejo qualquer tendên-cia de violência organizada para os próximos tempos.

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11quarta-feira 29.8.2012 www.hojemacau.com.mo entrevista

A Sands China desceu em 19% os lucros relativos ao

primeiro semestre, mas nem isso demove a operadora de Sheldon Adelson de acreditar que haverá crescimento no próximo ano. Macau está a aumentar o número de quartos de hotel e de meios de transporte e isso vai impulsionar a que o território se mantenha o maior centro de jogo do mundo. Pelo menos é o que espera Edward Tracy, director-executivo da Sands China, que falou a um diário de Hong Kong.

A Sands China tem-se deparado com um enfraquecimento nas re-ceitas, não só pelo abrandamento da economia chinesa – principal mercado de Macau –, mas pelas recentes polémicas que têm envol-vido tanto a empresa-mãe, em Las Vegas, como a subconcessionária do território.

Tracy afirma que a operadora não coopera com actividades ilí-citas ou crimes e descarta-se de mais comentários, dizendo estar

“cautelosamente optimista” com o crescimento das receitas. Um crescimento que pode não estar apenas relacionado com Macau.

DESEJO DE EXPANSÃODepois de ter demonstrado interes-se em expandir-se para Vietname, Japão e Coreia do Sul, a Sands está agora de olho em Taipei. A operadora pretende construir um resort na capital da Formosa e até já tem “grandes” perspectivas. “Seria do tamanho do Venetian Macau, se o governo permitir”, diz Tracy.

Os casinos ainda não são per-mitidos em Taiwan. Só nas ilhas offshore, como as Kinmen, as Matsu e as Penghu, que recebe-ram a aprovação para que o jogo fosse legal em Janeiro de 2009. “Gostamos da demografia de Taipei e consideramos que existe população suficiente para construir um resort”, referiu Edward Tracy. “Não estamos à procura das ilhas de fora.” - J.F.

Davis Fong acredita que crime organizado não é tendência para o futuro em Macau. Mas faz um alerta

Polícia deve apostar em agentes infiltradosVietname, Japão, Coreia do Sul e... Taiwan

Sands de olho em Taipei

às mesas de jogo. Mas há junkets que funcionam como agiotas, actividade por norma associada ao crime organi-zado. Não acredito que os que estão focados nas mesas de jogo causem problemas sérios, mas os restantes podem prejudicar a ordem pública de Macau.

Como é que a policia deve res-ponder a um possível aumento da actividade criminosa?Para já, a situação está controlada. Mas num futuro próximo deve existir um foco nos crimes ligados ao jogo. E é importante olhar para os batoteiros a nível mundial, que praticam crimes muito ligados à alta tecnologia e ao crime organizado. Tanto a policia como a DICJ devem prestar atenção a estas áreas.

São necessários reforços humanos e materiais?Outro ponto é que não existe um grande historial de casos resolvidos pela policia através de operações especiais, embora o Governo e as autoridades tenham vindo a lidar com algumas ocorrências. Contu-do, a lei em Macau não permite à policia fazer operações com agen-tes infiltrados, que se fazem passar por jogadores. Este tipo de acções são permitidas na China, em Hong Kong e em Taiwan, mas não em Macau. Se a sociedade achar que a polícia tem de ter mais poder, então este tipo de operações são fundamentais.

dade do sector. Por outro lado, há diferentes mecanismos para lidar com esses casos. O sistema está mais limpo, não há muitas actividades escondidas. As mesas de jogo VIP têm vantagens, os jogadores e os junkets têm mais escolhas, e podem ser evitados problemas associados às operações VIP. Temos um sistema profissional.

Frisou também que o Governo chinês não vai permitir o aumen-to da violência. De que forma é que Pequim pode manter esse controlo?Na altura da transferência de so-berania, no que diz respeito às questões transfronteiriças, uma das acções mais importantes foi a pre-sença militar em Macau. O Governo

Central enviou alguns militares que permanecem no território, isso foi muito importante para manter um ambiente seguro. A reputação do sistema militar na China é elevada, é fácil para eles resolverem este tipo de problemas. Então os que estão envolvidos no crime organizado em Macau ficaram com receios dessa acção militar. Depois, se saltarmos para o mar, este pertence a Zhuhai. A polícia de Zhuhai tem vindo a ajudar-nos neste ponto, porque parte da nossa costa marítima pertence a Zhuhai. Em Hong Kong é diferente, porque a polícia de HK é responsável pelo mar. O Governo chinês tem-nos ajudado a proteger não só no mar mas também no espaço aéreo.

Podem vir a ser criadas mais res-trições nas fronteiras?Não é uma boa ideia criar mais restrições na emissão dos vistos. A tendência é abrir mais as fronteiras. Se olharmos para o caso de Hong Kong já foi anunciado que as pessoas do continente podem pedir um visto de um ano. Essa é a tendência, não devemos ir na direcção oposta.

Hoffman Ma afirmou que os junkets não querem mais violên-cia, estando envolvidos noutras áreas de negócio, apostando na diversificação. Concorda?Há diferentes tipos de junkets. Al-guns estão focados em trazer clientes

A lei em Macau não permite à policia fazer operações com agentes infiltrados, que se fazem passar por jogadores. Este tipo de acções são permitidas na China, em Hong Kong e em Taiwan, mas não em Macau. Se a sociedade achar que a polícia tem de ter mais poder, então este tipo de operações são fundamentais

Há junkets que funcionam como agiotas, actividade por norma associada ao crime organizado. Não acredito que os que estão focados nas mesas de jogo causem problemas sérios, mas os restantes podem prejudicar a ordem pública de Macau

Como é que olha para o ambiente de segurança no Cotai para os próximos anos, dada a abertura de mais empreendimentos?Não tenho quaisquer estatísticas, porque a polícia nunca revelou o número de crimes praticados na península, no Cotai ou em Colo-ane. Não me parece que as coisas tenham mudado muito no Cotai, mas vão existir cada vez mais tu-ristas a deslocarem-se a esta zona e isso pode atrair pessoas ligadas ao crime. O Governo e a polícia devem pensar urgentemente nesta questão e reforçar as patrulhas, ou mesmo colocar mais polícias dentro dos casinos.

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12 publicidade quarta-feira 29.8.2012www.hojemacau.com.mo

AVISOCOBRANÇA DA CONTRIBUIÇÃO PREDIAL URBANA

1. A única prestação da Contribuição Predial Urbana referente ao exercício de 2011, será cobrada nos meses de Junho, Julho e Agosto do ano corrente.2. No mês de pagamento, se os Srs. Contribuintes não tiverem recebido o conhecimento de cobrança, agradece-se que

se dirijam ao NÚCLEO DE INFORMAÇÕES FISCAIS, situado no r/c do Edifício “Finanças”, ao Centro de Atendimento Taipa ou ao Centro de Serviços da RAEM, trazendo consigo conhecimento de cobrança ou fotocópia do ano anterior, para efeitos de emissão de 2.ª via do conhecimento de cobrança.

3. O pagamento pode ser efectuado, até ao último dia do mês indicado no conhecimento de cobrança (Junho, Julho ou Agosto), nos seguintes locais: - Nas Recebedorias do Edifício “Finanças”, do Centro de Atendimento Taipa ou do Centro de Serviços da RAEM;

Os impostos/contribuições poderão ser pagos por intermédio de cartão de crédito ou de débito emitidos pelo Banco da China ou pelo Banco Nacional Ultramarino (incluindo “Maestro” e “UnionPay”). O montante total de pagamento não pode ser inferior a MOP$200,00 (duzentas patacas), nem superior a MOP$100 000,00 (cem mil patacas). O pagamento, através de cartão de crédito ou de débito, deve ser efectuado pelo montante total da dívida, sendo apenas permitido utilizar na operação um único cartão.

- Nos balcões dos Bancos a seguir discriminados: Banco da China; Banco Comercial de Macau; Banco Delta Ásia; Banco Industrial e Comercial da China; Banco Luso Internacional; Banco Nacional Ultramarino; Banco Tai Fung e Banco Weng Hang. - Nas máquinas ATM da rede Jetco de Macau, assinaladas com a indicação «Jet payment»; - Por pagamento electrónico [“banca-on-line”], no Banco da China, no Banco Nacional Ultramarino ou no Banco Tai Fung, através dos endereços: www.bocmacau.com, www.bnu.com.mo e www.taifungbank.com, respectivamente; - Por pagamento telefónico “banca por telefone”, no Banco da China ou no Banco Tai Fung.4. Se o pagamento for efectuado por meio de cheque, a data de emissão não poderá ser anterior, em mais de três dias, à

da sua entrega nas Recebedorias da DSF, e deve ser emitido a favor da «Direcção dos Serviços de Finanças», nos termos das alíneas 2) e 3) do n.º 1 do Artigo 4.º do Regulamento Administrativo n.º 22/2008.

Se o valor do cheque for igual ou superior a MOP$ 50 000.00, deverá o mesmo ser visado, nos termos da alínea 4) do Artigo 5.º do Regulamento Administrativo acima mencionado.

5. Os contribuintes podem também efectuar o pagamento através do envio de ordem de caixa, cheque bancário ou cheque por correio registado para a Caixa Postal 3030. Note-se que não se pode enviar dinheiro, mas apenas ordem de caixa, cheque bancário ou cheque, devendo incluir-se um envelope devidamente selado e endereçado ao próprio contribuinte, a fim de se enviar posteriormente o respectivo conhecimento, comprovando o pagamento. Lembra-se que devem ser respeitadas as regras descritas no ponto 4, relativamente aos cheques.

- O envio para a caixa postal deve ser feito 5 dias úteis antes do termo do prazo de pagamento indicado no conhecimento de cobrança.6. Nenhum dos métodos acima mencionados acarreta quaisquer encargos adicionais aos contribuintes pela prestação do serviço de cobrança.7. Para a sua comodidade, evite pagar os impostos nos últimos dias do prazo. Aos 23 de Maio de 2012. A Directora dos Serviços Vitória da Conceição

“Companhia de Investimento Comercial e Fomento Predial L & N, Limitada”com sede em Macau, na Rua de Pequim, nº 126, Edifício Comercial I Tak, 23º andar

registada na Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis de Macau sob o nº 5841, a folhas 29 verso, do Livro C15,

com capital social de MOP$100.000,00

É convocada por este meio uma assembleia geral extraordinária da sociedade comercial por quotas denominada “Companhia de Investimento Comercial e Fomento Predial L & N, Limitada”, com sede em Macau, na Rua de Pequim, nº 126, Edifício Comercial I Tak, 23º andar, registada na Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis de Macau sob o nº 5841, a folhas 29 verso, do Livro C15, com o capital social de MOP$100.000,00 (a “Sociedade”), para reunir na sua sede social, no dia 6 de Setembro de 2012, pelas 10H00, com a seguinte:

ORDEM DO DIA

a) aumento do capital social de MOP$100.000,00 (cem mil patacas) para MOP$900.000,00 (novecentas mil patacas), na modalidade de novas entradas no montante total de MOP$800.000,00 (oitocentas mil patacas), através do reforço das quotas detidas pelos seus sócios;

b) mudança da sede social da Sociedade;

c) exoneração e nomeação de administradores da Sociedade;

d) alteração consequente do pacto social; e

e) designação de representante da Sociedade na outorga de toda e qualquer documentação necessária à plena validade e eficácia dos actos jurídicos acima referidos.

Nos termos do nº 4 do artigo 222º do Código Comercial, é fixada desde já para o dia 14 de Setembro de 2012, pelas 10H00 horas, a data da Assembleia Geral Extraordinária em segunda convocação, a realizar na mencionada sede social, caso não compareça, na primeira reunião convocada, o quórum necessário para deliberar sobre os assuntos da ordem do dia acima mencionada, nos termos do artigo 382º, alínea a) do Código Comercial. Macau, aos 28 de Agosto de 2012

Os sócios

Lao Chi Fong

Ng Sao Cheng

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13vidaquarta-feira 29.8.2012 www.hojemacau.com.mo

AS Filipinas têm a única coruja-gavião conhecida em todo o mundo com olhos azulados (e ainda

com outras cores). Os cientistas encontraram diferenças tão grandes entre estas aves de rapina que confir-maram a existência de duas espécies novas, cita o jornal Público.

A ornitóloga norte-americana Pamela Rasmussen, especialista em aves do continente asiático, acabou de regressar das florestas das Filipinas. Durante várias noi-tes, esteve em Camiguin e Cebu à procura das corujas-gavião, que não mostram muito de si. “Quando começámos a estudar estas corujas, já sabíamos que aquela que era considerada há muito tempo uma

PORTUGAL continen-tal estava no final de Ju-

lho com 58% do território em seca extrema, 26% em severa, 15% em moderada e 1% em fraca, segundo o último relatório do minis-tério da Agricultura.

No nono relatório de acompanhamento dos im-pactos da seca, regista-se o aumento de 129% de importação de energia eléctrica e as previsões de quebras significativas nas produções das culturas forrageiras, dos prados e das pastagens.

O documento reporta--se à situação de Portugal continental a 31 de Julho, destacando o aumento dos incêndios florestais, “pese

embora que a sua ocorrên-cia não se deva, somente, à seca”.

Devido à altura do ano em que os valores médios mensais da chuva são re-duzidos, lê-se no texto que não se esperam “melhorias significativas da situação de seca”.

Em termos meteoro-lógicos, regista-se uma “certa estabilidade, com ligeira melhoria no Norte e no Centro interior”.

Quanto às disponi-bilidades hídricas das albufeiras para regas, há “problemas pontuais no Sul”, como Silves, La-goa e Portimão, além de Odivelas. Porém, têm-se encontrado “soluções”.

Descoberta coruja-gavião nas Filipinas com olhos azulados

Novas espécies com habitat ameaçadoúnica espécie – a coruja-gavião--filipina ou ninox philippensis – correspondia, na verdade, a três formas diferentes”, diz ao jornal Pamela Rasmussen, da Universi-dade Estadual do Michigan, nos EUA. Agora, além das duas novas espécies, a sua equipa classificou ainda uma nova subespécie.

Os investigadores procuraram exemplares destas corujas, guar-dados há anos, nalguns casos mais de um século, em 22 museus de história natural de vários países, desde Estados Unidos e Filipinas até Reino Unido, França e Alema-nha. Mediram asas, caudas e garras e observaram padrões de cor das penas. “A partir da sua morfologia, ou seja, características exteriores,

descobrimos que havia três formas ainda não descritas para a ciência.”

SOM AJUDOUNão havia, contudo, a prova defini-tiva de que aqueles animais eram, na verdade, de espécies distintas. A me-lhor maneira de distinguir estas aves foi apurar o ouvido. E foi esse estudo inédito que em 2011 se tornou possí-vel. “Recebemos gravações de muito boa qualidade das vocalizações que as corujas utilizam para reconhecer parceiros sexuais ou defender os seus territórios, graças a ornitólogos e guias locais”, acrescenta Pamela Rasmussen.

Ao estudar os sons, tornou-se claro que as corujas eram diferen-tes. Assim se identificaram as duas novas espécies: a coruja-gavião da ilha de Camiguin (Ninox leventisi), que é a da íris azulada, e a coruja--gavião da ilha de Cebu (Ninox rumpeseyi). Ao contrário de todas as outras corujas-gavião, que têm a íris amarela, a da ilha de Camiguin, além do azulado, pode ainda ter os olhos de outras cores. Os cientistas

descrevem também tons esbran-quiçados e esverdeados.

BENEFÍCIOS TURÍSTICOSDepois de ter percebido que havia corujas-gavião diferentes pelos sons gravados, Pamela Rasmussen viajou para as Filipinas, onde con-seguiu registar os sons das novas espécies.

O destino destas corujas-gavião é incerto. “Há poucos observadores

de aves que vão às Filipinas e ainda menos são aqueles que conseguem ver estes animais. Agora que se conhecem sete espécies, mais ornitólogos irão procurar as ilhas de Cebu, Camiguin ou Tablas.”

Isto pode trazer benefícios para a Natureza. “Mais visitantes podem ajudar os guias locais e hotéis a fazer dinheiro com a observação das aves e ajudá-los a perceber a importância da floresta.”

Julho com 58% do território continental afectado

Seca extrema atinge Portugal

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14 cultura quarta-feira 29.8.2012www.hojemacau.com.mo

A primeira versão au-torizada em man-darim de “Amor nos Tempos de Có-

lera”, um dos mais famosos romances do escritor Gabriel García Márquez, chegou final-mente à China, um mercado onde durante anos circularam versões ilegais de muitas obras do Nobel da Literatura colombiano.

A professora de espanhol Yang Ling foi encarregada da tradução da obra, de 1985, publicada pela editora Thinkingdom e lançada esta segunda-feira na estatal Aca-demia Chinesa de Ciências Sociais, em Pequim.

“Com o livro, cada um pode reencontrar o seu próprio sentimento do ‘primeiro amor’ e García Márquez aparece como um homem real, de carne e osso, e sentimos pro-fundamente o que ele sente”, descreveu Yang à Agência Efe ao comentar a obra, a sua primeira tradução de um romance latino-americano.

A professora acrescentou que enquanto “Cem Anos de Solidão” pode ser definido como um livro escrito com “a caneta de Deus”, em “Amor nos Tempos de Cólera”

Primeira versão autorizada de “Amor nos Tempos de Cólera” chega à China

Um tipo de amor diferente

Márquez “revela-se como Jesus – com um lado humano e um lado divino”. “O que mais me impressionou foi o amor. É um tipo de amor diferente. Os chineses não fa-lam tanto disso. Geralmente somos mais tímidos. García Márquez fala muito do amor. O amor que está no seu livro comoveu-me muito. E acaba

por nos mostrar que é a coisa mais importante da vida e que sem ele não podemos viver.”

PASSO EM FRENTEChen Zhongyi, investigador de Filologia Hispânica da Academia de Ciências So-ciais da China e que traduziu Marquez nos anos 1980, elogiou a tradução agora

lançada. “No plano de fundo há muito da história da socie-dade colombiana, mas o mais importante é a imaginação e o estilo de García Marquez.”

Por sua vez, a directora do Instituto Cervantes de Pequim (organismo que cola-bora com a editora do livro), Inmaculada González, decla-rou à Efe que a nova tradução

é admirável, porque durante muitos anos só se conheciam na China edições não reco-nhecidas nem por Marquez nem pelo seu agente. “É um grande passo em frente e também representa um novo momento da situação editorial na China, que cada vez adquire mais direitos de autores estrangeiros e também certamente significa que cada vez serão traduzidos mais autores chineses.”

OS PIRATASO primeiro-secretário da Embaixada da Colômbia na China, Luis Roa, encarrega-do dos Assuntos Culturais, declarou por sua vez que a obra “é um grande presente cultural e literário que Mar-quez dá ao povo chinês, um grande legado da literatura colombiana que finalmente se torna oficial”.

Em 1990, o Nobel da Li-teratura colombiano acusou

os chineses de serem “pira-tas” ao descobrir que as suas obras eram traduzidas sem autorização, e reza a lenda entre os hispânicos chineses que teria afirmado que “nem 150 anos após a sua morte autorizaria” a publicação.

A tradução agora publica-da, de Thinkingdom Media Group Ltd, é a terceira que a casa editorial apresenta de García Marquez, após ter lan-çado em Maio a versão oficial de “Cem Anos de Solidão” e pouco depois o ensaio “No He Venido a Dar un Discurso”.

“Anteriormente os seus trabalhos não tinham sido publicados formalmente, por isso achamos que temos a res-ponsabilidade de publicá-los para contribuir para a melhoria da literatura que existe na China e para que os leitores chineses possam conhecer o trabalho de García Marquez”, declarou à Efe Liu Cancan, representante da editora.

ANTÓNIO PEREIRA DE FARIA

Missa do 7o. Dia

A família FARIA comunica a todos OS familia-

res, amigos e pessoas das suas relações que vai

ser rezada a missa do sétimo dia para ANTÓNIO

PEREIRA DE FARIA , no dia 29 de Agosto, pe-

las 18h na Igreja Sé Catedral .

Page 15: Hoje Macau 29 AGO 2012 #2683

15culturaquarta-feira 29.8.2012 www.hojemacau.com.mo

José C. [email protected]

O Museu de Arte de Macau acolhe a partir de hoje o mais recente trabalho de Wong Cheng Pou, “Rolos de

Caligrafia de Huai Su”, numa exposição organizada pelo IACM e o Museu de Arte de Macau.

Wong Cheng Pou é o quarto ar-tista a mostrar-se na Montra de Artes de Macau. “Rolos de Caligrafia” é uma pintura a óleo de 12,8 metros de comprimento, inspirada pelo estilo do calígrafo da dinastia Tang, Huai Su. Seduzido pela grande beleza e pelo ritmo fluido entre as linhas dançantes de estilo cursivo livre, Wong Cheng Pou não perdeu tempo a conceptualizar o trabalho, numa tentativa de explorar, através da desconstrução da obra do grande mestre, os traços de tinta das pinceladas naquela obra-prima, diz a nota de imprensa da organização.

Wong Cheng Pou é natural de Macau e pinta desde criança. Depois de completar o ensino secundário prosseguiu os estudos no estrangeiro, primeiro em Hong Kong e mais tarde em Londres, onde estudou a arte de gravura, enquanto se interessava por educação artística e investigação.

PROMOTOR DAS ARTESPara além da sua carreira criativa, Wong também se tem dedicado à promoção da Arte Visual de Macau, através da Associação de Investiga-ção de Arte Visual de Macau, por ele fundada há várias décadas. Em 2010 foi seleccionado como um dos 30 fi-nalistas do Prémio de Arte Soberano da Ásia.

“Rolos de Caligrafia de Huai Su - Pintura de Wong Cheng Pou” estará patente ao público no Museu de Arte de Macau até 4 de Outubro. O preço de entrada é de 5 patacas. Entrada livre aos domingos e feriados.

CHIO Hoi Ian, Fan In Kuan e Lei Chin Kio foram os

três residentes que receberam a bolsa de estudo atribuída pelo Fundo da Art Gallery for All (AFA), apoiado por beneméri-tos locais. Os três alunos foram escolhidos entre 12 candidatu-ras recebidas pela associação.

O primeiro vai estudar o mestrado em Cultura e Ava-liação de Arte na Academia de Artes Nacional Chinesa, o se-gundo foi aceite pelo programa de mestrado em Escultura na capital de Taiwan, Taipé, e o terceiro realizará o mestrado em Prática Criativa para Ambientes Narrativos na Universidade de Artes de Londres. As despesas do terceiro grau de estudos

superiores serão total ou parcial-mente custeadas a estes alunos.

A bolsa da AFA é atribuída a residentes locais que queiram desenvolver programas de estu-do, como cursos certificados, licenciaturas ou mestrados em pintura, fotografia, escultura, vídeo, multimédia, instalações, história de arte e outras áreas ligadas à indústria criativa.

Até hoje, 12 estudantes vi-ram os seus estudos financiados por este fundo em diferentes áreas, para estudar na China continental e em Hong Kong, Taiwan, Reino Unido e Macau. A intenção da AFA é estimular jovens talentos a desenvolve-rem a sua paixão pela arte no território. - R.M.R.

O Centro Cultural de Macau (CCM) vai acolher 11

pinturas a óleo de Mel Cheong do seu livro artístico “Circus” (Circo, em português) e oito outros trabalhos antigos.

Além de 21 impressões trazidas de uma exposição em Évora, onde obteve o “Artist in Residence Award” na 6ª Competição Internacional de Impressões de Évora em 2009. No mesmo ano, expôs “Last Portrait”, a sua primeira exposição a solo.

A nova exposição, inaugu-rada a 1 de Setembro, faz uma analogia entre a vida e o circo, mostrando similaridades entre este palco de palhaços e a sociedade de hoje. Segundo o comunicado da artista, o circo é construído por humanos e de acordo com as suas regras e regulamentos. O director do teatro pretende levar a equipa de actores ao sucesso, no entanto estes tornam-se demasiado ocupados no seu trabalho infindável, explica. Trabalham para sobreviver no dia seguinte e não arranjam tempo para pensar na sua família, no mundo à sua volta e até mesmo em si próprios.

“Gradualmente supera as explorações técnicas e de estilo dos primeiros momentos de

Montra de Artes de Macau inaugura exposição de Wong Cheng Pou

Pintura a óleo com 12,8 metros de comprimento

AFA deu bolsas de estudo a três estudantes

Impulsionar talentos artísticos de Macau

“Circus” de Mel Cheong mostra no CCM impressões premiadas em Évora

A vida é um circotrabalho, chega até ao mundo emocional do mundo da arte, trazendo o deslumbramento e a excitação para a nova geração de gravura em Macau”, lê-se no comunicado sobre a expo-sição, em referência à artista.

Cheong estudou Comu-nicação na Universidade de Macau, onde adquiriu um olhar jornalístico para obser-var o mundo em mudança, que depois retrata através dos seus dotes artísticos. - R.M.R.

HOJE

MAC

AU

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16 desporto quarta-feira 29.8.2012www.hojemacau.com.mo

Marco [email protected]

DESPEDIRAM-SE de Macau a conta gotas, com a promessa – quem sabe? – de um eventual

regresso dentro de quatro anos. A delegação de atletas da República Popular da China que brilhou em Londres nos Jogos da Trigésima Olimpíada regressou ontem ao Continente, depois de uma pas-sagem de três dias pelo território.

Duzentas e cinquenta crianças da escola Kao Ip, em representação dos estabelecimentos de ensino da RAEM, marcaram presença na despedida aos campeões olímpicos, numa cerimónia informal presidida por Cheong U. O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura ofereceu a Liu Peng, presidente do Comité Olímpico da República Popular da China, um álbum de fotografias com alguns dos momentos mais emble-máticos da passagem da comitiva pelo território.

O regresso a casa dos atletas da República Popular da China

que deram nas vistas em Londres encerra um ciclo, a tempo de permitir que a atenção de Macau e do mundo se centre noutros pro-tagonistas. Desde hoje e até 9 de Setembro, a chama olímpica volta a brilhar no Estádio Olímpico de Stratford. A estrutura acolhe mais logo a cerimónia inaugural da 14ª edição dos Jogos Paralímpicos, com Isabel II a dar o pontapé de saída na mais ambiciosa con-cretização mundial do desporto adaptado.

Entre os 4.200 atletas na edi-ção de 2012 das Paraolimpíadas estão, já se sabe, dois representan-

tes de Macau. Lao In I vai com-petir na modalidade de esgrima em cadeiras de rodas, enquanto que o jovem Tong Hio Sam vai tentar brilhar no atletismo, nas provas de salto em comprimento e triplo salto.

Os dois atletas estreiam-se no principal evento mundial de desporto adaptado com uma participação pouco ambiciosa que constitui, ainda assim, um marco importante para o desporto do território, como sublinha José Tavares, vice-presidente do Insti-tuto do Desporto. “A presença de dois atletas de Macau nos Jogos é muito importante. Espero que, no futuro, Macau possa reforçar

a participação nos Paralímpi-cos, porque o desenvolvimento desportivo não se mede apenas pela quantidade de medalhas averbadas. O facto de estarmos nos Jogos Paralímpicos e de con-seguirmos levar o nome e as cores de Macau a este evento já é um factor de orgulho para o território e para as gentes de Macau.”

BILHETES VENDEM BEMO Comité Paralímpico Interna-cional anunciou que até ao início da presente semana tinham sido vendidos mais de dois milhões de ingressos para a competição. O valor deixa os responsáveis pela organização do evento entusias-

mados, até porque Londres está apostada em organizar os mais competitivos Jogos Paralímpicos de sempre.

No total, os Jogos da 14ª Parao-limpíada vão atribuir 499 medalhas de ouro. Lao In I e Tong Hio Sam dificilmente regressarão a Macau com uma ao peito, mas José Ta-vares lembra que os atletas estão em Londres por mérito próprio. “Sonhar não custa, mas é muito difícil esperar medalhas. Os Jogos Paralímpicos também são um even-to de alta competição e os nossos atletas paralímpicos já fizeram tudo o que estava ao seu alcance para estarem presentes nos Jogos Paralímpicos, porque há mínimos

de qualificação para a prova. A meu ver, a presença em Londres é já uma grande façanha.”

O ÊXITO DE PEQUIMA capital britânica tem pela frente a difícil tarefa de igualar o sucesso dos jogos organizados por Pequim em 2008. Há quatro anos, um total de 269 recordes mundiais foram superados durante os Jogos Para-límpicos.

A capital chinesa respondeu à ini-ciativa de uma forma nunca vista, com quase três milhões e meio de pessoas a acompanharem in loco o desenrolar de uma competição que fica a dever cada vez menos ao protagonismo dos Jogos Olímpicos. – M.C.

Delegação Olímpica despediu-se ontem do território

Adeus e voltem sempreDepois do breve encontro de

despedida, os atletas desfilaram um por um rumo aos autocarros que os transportaram de regresso ao conti-nente, num processo que se desenro-lou durante mais de meia hora. Para Cheong U, a recepção apoteótica com que os campeões olímpicos foram brindados quer em Macau, quer em Hong Kong prova que o país vibra com os feitos alcançados pelos seus melhores atletas e que o entusiasmo suscitado pelo sucesso obtido em Londres se estende com igual vitalidade às duas Regiões Administrativas Especiais.

CHUVA DE OBRIGADOSO Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura defende que

Lin Dan, Ye Shiwen, Sun Yang e companhia são acima de tudo bons exemplos para os jovens do território. “Acredito que os jovens de Macau vão olhar para a diligência, a persistência e o empenho dos atletas olímpicos e ver neles um exemplo. Estes atletas são um bom modelo para as gerações mais jovens e há muito que os jovens podem aprender, não apenas no que toca ao desporto, mas de um modo geral a todos os aspectos da vida.”

O responsável político despe-diu-se da delegação olímpica com um obrigado várias vezes repetido ao longo dos últimos dias. Um agradecimento que, sustenta, é partilhado de alma e coração pela

Jogos Paralímpicos arrancam hoje em Londres

Sonho das medalhas é apenas isso, um sonho

população da RAEM. “Uma vez mais, felicito a delegação olím-pica por ter conseguido obter em Londres os melhores resultados de sempre fora de portas.”

DESPERTAR CONSCIÊNCIASPresença notada no adeus aos mais conceituados atletas da China foi também a de José Tavares. Para o vice-presidente do Instituto do Desporto, o contacto directo dos jovens do território com as maio-res estrelas do desporto do outro lado das Portas do Cerco abre boas perspectivas de desenvolvimento pessoal às novas gerações.

Tavares diz que a troca de experiências efectuada ao longo dos últimos dias tem o poder

de despertar consciências para a importância do desporto e da prática desportiva: “A troca de experiência entre os atletas e os jovens de Macau, como sucedeu segunda-feira no Fórum, é exce-lente. A troca de impressões e de experiências de vida, a elucida-ção face a eventuais perspectivas no que toca à prossecução de uma carreira desportiva, são muito importantes não só para o de-senvolvimento desportivo, mas também para o desenvolvimento pessoal dos nossos jovens.”

Os responsáveis pelo Instituto do Desporto acreditam que a visita dos campeões olímpicos a Macau possa vir a ter um impacto positivo na relação que os residentes do território mantêm face à prática desportiva.

Após três efémeros dias no território, a comitiva regressou ao continente por volta das 11 da manhã de ontem, cruzando de autocarro a fronteira da Ponte Flor do Lótus.

Page 17: Hoje Macau 29 AGO 2012 #2683

TDM01:00 Telejornal (Repetição)01:30 RTPi DIRECTO13:01 TDM News - Repetição13:30 Jornal das 24h14:45 RTPi DIRECTO17:35 Liga dos Campeões: Udinese - Braga (Repetição)19:00 TDM Entrevista (Repetição)19:35 Resistirei20:30 Telejornal21:05 Tempos Modernos21:30 Brothers and Sisters (Irmãos e Irmãs)22:15 Hilda Furacão23:00 TDM News23:35 A Passagem da Noite

INFORMAÇÃO TDM

RTPi 8214:00 Telejornal Madeira 14:30 Viva Música - Realejo15:30 Cenas do Casamento - SIC 16:00 Bom Dia Portugal 17:30 Decisão Final 18:00 Vingança18:45 Destino: Portugal – Ericeira19:00 A Primeira Fronteira20:00 Jornal Da Tarde21:15 O Preço Certo 22:00 Ler +, Ler Melhor22:15 Verão Total - Caminha

30 - ESPN12:30 Stockholm Marathon15:30 MLB Regular Season 2012 Toronto Blue Jays vs. New York Yankees18:30 (Delay) Baseball Tonight International 2012 19:30 (LIVE) Sportscenter Asia 2012 20:00 Engine Block 2012 20:30 Geico PBA Summer Shootout 21:00 Beach Soccer Highlights 2012 22:00 Sportscenter Asia 2012 22:30 Chang World Of Football 2012/13 1 23:00 London 2012 Olympic Games Onc Highlights Day 14 31 - STAR Sports13:00 The S-League Show

13:30 Golf Focus 2012 14:00 Singha E-San Open 15:00 V8 Supercars Championship Series 201216:30 Engine Block 2012 17:00 The S-League Show17:30 Tiger Street Football 2012 19:30 Ladies Irish Open H/ls 20:30 Rebel TV 19 21:00 Smash 2012 21:30 (Delay) Score Tonight 2012 22:00 Mobil 1 The Grid 2012 22:30 Smash 2012 23:00 The S-League Show23:30 Rebel TV 19

40 - FOX Movies12:50 Monster House14:25 Who Killed The Electric Car?16:00 Are We Done Yet?17:35 Mr. Popper’S Penguins19:15 London Boulevard21:00 Big Mommas22:50 Underworld00:20 Cedar Rapids

41 - HBO12:00 The Bourne Supremacy13:55 The Tourist15:45 Babe17:20 The Messenger19:15 Trapped21:00 The Newsroom22:00 The Mummy00:05 Devil

42 - Cinemax11:55 Locusts13:25 Supershark15:00 Curb Your Enthusiasm16:00 The Time Machine18:15 The Flash19:45 Hollywood On20:10 Up In The Air22:00 Dante’S Peak23:50 Single White Female

17futilidadesquarta-feira 29.8.2012 www.hojemacau.com.mo

[Tele]visão

Aqui há gato

Sudoku [ ] Cruzadas

TRABALHAR É DIFÍCIL Têm sido complicados os dias cá na redacção para os meus donos. Pelo que me apercebi, eu que até sou um gato que gosta de tecnologias e tenho um catbook e tudo, estes meios de comunicação não funcionam muito bem para estes lados. Ora, há uns meses, a porcaria da internet da CTM voltou a falhar. Era ver o pessoal aqui a desesperar, tudo a recorrer aos iPhones para os utilizar como modem para os computadores.Nessa altura, para mim, até foi um momento de relaxamento, porque estava cansado das mensagens e e-mails que me enviavam e assim pude deixar de responder aos meus fãs, dando a desculpa que “era problema com a internet”. Mas para eles, meus caros, este problema de não ter internet num jornal diário é grave. Muito grave.A CTM é má, toda a gente sabe disso e já devem estar fartos de o ouvir, mas ainda pior é o desespero quando se liga para as linhas de apoio ao cliente e o que ouvimos é “ligue e desligue o modem” ou “agora não estamos a trabalhar, por favor ligue amanhã” e entretanto ponha tudo em stand by, deixe de lado as notícias e pare o jornal. Olhe, pronto, amanhã não há Hoje Macau.Entretanto, depois de o problema da internet ter sido finalmente resolvido – penso que por meio natural e não por milagre da CTM –, pimbas, foram-se os e-mails oficiais da redacção. Ora, nada de especial. Afinal o que interessam mensagens com press release ou agendas ou notícias ou outras coisas como respostas a questões enviadas há meses para fazer artigos? Nada. E-mail é uma coisa que ninguém precisa hoje em dia.Mas há mais. E agora, as coisas voltam aos monopólios. Quem falta? A Macau Cable TV. Há três dias que não temos acesso visual ao que se passa em Macau e no mundo. TV CABO – hello? –, um jornal precisa mesmo de televisão. E não, não podemos ouvir respostas como “ligue e desligue o aparelho” ou “agora não podemos ir, nem amanhã, nem depois”. Enfim. Trabalhar assim é difícil. E com a sorte que temos tido, a próxima a ir à vida vai ser a rádio. E depois, como ouvimos a Rua das Mariazinhas?

Pu Yi

SOLUÇÕES DO PROBLEMA

HORIZONTAIS: 1-Pedaço de ramo ou pernada de árvore, cepo. Natural da Etólia, região da antiga Grégia. 2-A vós, a si. Curvado. 3-Corpo que atria o ferro e outros metais. Caudal de água. Platina (s.q.). 4-Lago que comunica directamente com o mar. Um decâmetro quadrado. 5-O m. q. derrabar. 6-Giram sobre si mesmo. Inerente, nativa. 7-Em grande número, inumeráveis. 8-Generosa. Violai um direito. 9-Estás. Procedi. Não ignora. 10-Arrogante, contente. Igual, semelhante. 11-Irá, sera. Produz, origina.

VERTICAIS: 1-Voz imitativa do som da compainha. Debrum, regato. 2-Unidade prática de residtência eléctrica. Desejo de dormir (pl.). 3-Soberano, régio. Planeta que gira em volta da Terra. Antiga nota musical. 4-Boiam. Apre!. Arre!. 5-Ter duas gemas, gomos (a planta). 6-Moeda da Europa (pl.). Domina. Impera. 7-Soldado romano (pl.). 8-Forma rudimentar, Ensejos (Fig.). 9-Escumilha,. Ribanceira. Veleiro de recreio. 10-Metal branco, precioso. Móvel onde se guardam bebidas 11-Ganhará. Bola de trapos.

HORIZONTAIS: 1-TORO. ETOLIO. 2-LHE. CURVO. B. 3-IMAN. RIO. PT. 4-M. LAGOA. ARE. 5-S. DESRABAR. 6-ROLAM. INATA. 7-INUMEROS. A. 8-BOA. LESAI. P. 9-ES. AGI. SABE. 10-T. UFANO. TAL. 11-ESTARA. GERA.VERTICAIS: 1-TLIM. RIBETE. 2-OHM. SONOS. S. 3-REAL. LUA. 4-O. NADAM. AFA. 5-C. GEMELGAR. 5-EUROS. REINA. 7-TRIARIOS. O. 8-0VO. ANSAS. G. 9-LO. ABA. IATE. 10-I. PRATA. BAR. 11-OBTERA. PELA.

REGRAS |Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

SOLUÇÃO DO PROBLEMADO DIA ANTERIOR

[ ] Cinema Cineteatro | PUB

SALA 1RED LIGHTS [B]Um filme de: Rodrigo CortésCom: Robert De Niro, Sigourney Weaver, Cillian Murphy14.30, 16.30, 19.30, 21.30

PARANORMAN [3D] [B]LEGENDADO EM CHINÊSUm filme de: Chris Butler, Sam Fell14.30, 17.45

SALA 2MCDULL, THE PORK OF MUSIC [B]FALADO EM CANTONENSE, LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊSUm filme de: Brian Tse16.15, 19.30

THE DARK NIGHT RISES [B]Um filme de: Christopher Nolan

Com: Christian Bale, Gary Oldman,Anne Hathaway21.00

SALA 3SAMMY’S 2: ESCAPE FROM PARADISE [3D] [C]FALADO EM CANTONENSEUm filme de: Len WisemanCom: Ben Stassen14.30, 16.30

BRAVE [3D] [B]FALADO EM CANTONENSEUm filme de: Mark Andrews,Brenda Chapman19.30

THE BOURNE LEGACY [B]Um filme de: Tony GilroyCom: Jeremy Renner, Rachel Weisz, Edward Norton21.30

À VENDA NA LIVRARIA PORTUGUESA

RUA DE S. DOMINGOS 16-18 • TEL: +853 28566442 | 28515915 • FAX: +853 28378014 • [email protected]

TUDO SOBRE CACOFONIX • René Goscinny, Albert UderzoSenhor de uma voz mundialmente célebre (embora nem sempre apreciada...) e professor respeitado, o bardo Cacofonix é uma figura importante da Aldeia e um dos membros do Conselho. No entanto, se é verdade que todos o conhecem, isto deve-se ao facto de ser o eterno bode expiatório dos habitantes de uma aldeia da qual é o representante mais marginal, vivendo isolado numa cabana construída no cimo de uma árvore. Quanto à sua música, os comentários são unânimes: é um massacre para os tímpanos! O que não impede que seja considerado pelos seus amigos como um excelente companheiro, o qual libertam das garras dos leões do Circo Máximo ou vingam a sua exclusão do «Domínio dos Deuses». Embora não cante os feitos dos guerreiros da Aldeia, Cacofonix esteve na origem de muitos deles!

SOFÁ DAS ILUSÕES • Gonçalo Lobo Pinheiro“A poesia de Gonçalo Lobo Pinheiro é o rastreio do sentir do poeta, enquanto ser humano, registando um desenrolar límpido e consequente, permitindo que o leitor se deleite nos seus percursos, lendo-a e relendo-a.” (do Prefácio, António MR Martins)

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18 opinião quarta-feira 29.8.2012www.hojemacau.com.mo

carta ao director

Sr. Director do Hoje Macau, Agradeço a atenção que por certo não deixará de dispensar a estas minhas linhas e lamento ter que dirigir estas minhas palavras ao jornal que dirige, mas faço-o apenas na esperança que, através dele, a “carta chegue a Garcia”.

E a mensagem, em jeito de pergunta, é apenas uma: será que os falantes da língua portuguesa, espectadores da TDM-Canal em português têm que suportar ser tratados como atrasados mentais e calar?

A situação que quero referir (que não é virgem, infelizmente) é a seguinte: no domingo, dia 26 de Agosto, pelas 13h30, imediatamente após o TDM News (em língua inglesa) que foi apara o ar à hora programada, 13h00, esperava calmamente a transmissão, em diferido, do Jornal “24 Horas” da RTP, como aliás se encontrava programado e difundido através do oráculo da Macau Cable que anunciava “13h30 – 14h45 - RTP news delayed” ou qualquer coisa de semelhante. A passagem do jornal “24 Horas” da RTP a esta hora é, aliás, um facto largamente conhecido da comunidade portuguesa em Macau que disfruta desta “benesse” regularmente à hora de almoço.

Ora acontece que, nesta ocasião, e não sendo a primeira vez que tal acontece, o começo da emissão deste jornal “24 horas” da RTP começou com 30 minutos de atraso pelas, 14h00. Se tal situação já é frustrante quando ocorre em dias de semana, uma vez que o atraso no começo da emissão é preen-chido com telediscos de qualidade duvidosa (enfim... é o que têm e nunca me perguntaram o meu gosto!) normalmente impede quem, indo a casa almoçar, termine de ver as notícias emitidas naquele jornal, nesta ocasião a coisa teve requintes de maior mau gosto.

É que, chegados às 14h43 (dois minutos antes das programadas 14h45) e antes das notícias daquele jornal terem terminado, fomos brindados com um “slide” em que se comunicava que “devido a compromissos de programação anteriores se interrompia a emissão do Jornal 24 horas retomando-se a programação anunciada”!

Quer dizer: o atraso no início não teve que ser anunciado. Constatou-se!

(Será que o funcionário encarregado de carregar na tecla “Play” estava a dormir ou teve uma ida à casa de banho repentina?)

Mas a retoma da “programação ante-riormente anunciada” ocorreu, escrupu-

losamente, no horário programado. E, no meio disto tudo, o espectador... que se lixe.

Será que temos que nos resignar a tomar a atitude de “dar Graças a Deus porque ainda assim lá vamos tendo qualquer coisa”? Ou será que já é tempo de, à semelhança de qual-quer outra comunidade residente de Macau dizermos “Basta” e exigirmos um serviço com um mínimo de qualidade e, na impossibili-dade – orçamental ou outra – de o obtermos, exigirmos ao menos algum respeito?

Na esperança que, através do seu jornal, a voz deste burro chegue ao céu,

Atenciosamente,

Leitor identificado *

* A pedido do leitor a sua identificação não foi divulgada mas encontra-se devidamente comprovada. O leitor entende que o seu nome publicado “não é importante para o teor da reclamação apresentada”, uma vez que não pretende “quaisquer protagonismos mas antes, se possível, estimular outras vozes que se juntem a esta procura dum serviço com um mínimo de respeito pelos utilizadores por parte do canal em português da TDM Macau”.

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COMISSÃO DE REGISTO DOS AUDITORES E DOS CONTABILISTAS

Aviso

Torna-sepúblicoquejáseencontrafinalizadaacorrecçãodaprimeiraprestaçãodasprovasparaainscriçãoinicialerevalidaçãoderegistocomoauditordecontas,contabilistaregistadoetécnicodecontas,realizadasnoanode2012nostermosdodispostonaalíneac)doartigo1ºdoRegulamentodaComissãodeRegistodosAuditoresedosContabilistas,pelareferidaComissão.Osrespectivosresultadosserãonotificadosaosinteressadosatéaodia14deSetembro,solicitando-seaosmesmosquecontactemcomaSra.Wong,atravésdonº85990168ou85990139,casonãorecebamamencionadanotificação.

DirecçãodosServiçosdeFinanças,aos22deAgostode2012

OPresidentedoJúri, IongKongLeong

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19opiniãoquarta-feira 29.8.2012 www.hojemacau.com.mo

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores Nuno G. Pereira; Gonçalo Lobo Pinheiro Redacção Andreia Sofia Silva; Cecilia Lin; Joana Freitas; José C. Mendes; Rita Marques Ramos Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Fernando Eloy; Hugo Pinto; José Simões Morais; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Arnaldo Gonçalves; Boi Luxo; Carlos M. Cordeiro; Correia Marques; David Chan; Gonçalo Alvim; Helder Fernando; Jorge Rodrigues Simão; José Pereira Coutinho, Marinho de Bastos; Paul Chan Wai Chi; Pedro Correia; Peng Zhonglian; Vanessa Amaro Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

O

Como é que a UE, tão criticada pela sua tendência para as declarações e pareceres, pode ser omissa a respeito de um problema para o qual a sua voz não só faria sentido, como também poderia fazer a diferença?

AnA PAlAcio *In Público

alvoroço em torno da concessão de asilo político por parte do Equador ao fundador da WikiLe-aks, Julian Assange, encapotou inconsistências enormes. Apenas através da sua análise poderemos

entender o que está verdadeiramente em causa neste caso.

Para começar, um governo com um registo duvidoso em matéria de liberdade em geral e de liberdade de imprensa em particular, está a acenar a bandeira do Es-tado de direito e do respeito pela liberdade de expressão enquanto lança dúvidas sobre a Suécia, um país que lidera o mundo em termos do respeito das garantias processuais e do direito internacional.

E isto não é tudo. O chefe da equipa de advogados de Assange, Baltasar Garzón, tem sido um defensor fervoroso da interpretação mais restrita de asilo político, tendo obtido prestígio internacional com o êxito do pedido de extradição do ditador chileno Augusto Pinochet. Agora, porém, está a defender exactamente o oposto.

A rejeição da extradição de Assange para a Suécia, para ser interrogado sobre acusações de abuso sexual, tem por base a suposta interferência no caso por parte dos Estados Unidos. Mas tal interferência não se concretizou de forma alguma. Assim, enquanto o Equador acena a bandeira do anticolonialismo contra a Inglaterra, a conclusão que se retira é a de que Assange, Garzón e o presidente do Equador, Rafael Correa, estão simplesmente a jogar ao velho jogo de “culpar a América” para fugir a um Mandato de Detenção Europeu (MDE) regu-larmente emitido, aprovado pelo Supremo Tribunal do Reino Unido.

Além dos factos do caso Assange, o seu significado consiste na ascensão actual de uma forma de populismo que se refugia no Estado de direito, prejudicando invaria-velmente o âmbito e a aplicação da lei. A posição do Equador sobre o caso foi reiterada por outros membros da Aliança Bolivaria-na para as Américas (ALBA), incluindo Cuba e Venezuela. E no entanto, de acordo com os Repórteres sem Fronteiras (RSF), em 2011-2012, o Equador ocupou o 104.º lugar dos 179 países a favor da liberdade de imprensa. Da mesma forma, o Índice da Freedom House para 2012 (IFH) classifica o Equador como “parcialmente livre” e com tendência a decrescer.

É igualmente importante notar que a

O mau uso da lei no caso de Julian Assange

Venezuela, membro importante da ALBA, não regista melhor classificação (117.º na escala dos RSF, sendo também classificada como “parcialmente livre” pelo IFH para 2012). Numa posição de claro contraste, a Suécia lidera as classificações dos RSF e é um dos dois únicos estados com excelentes classificações da Freedom House em matéria de política e liberdades civis.

Além dos números, os RSF e a Freedom House constataram um declínio recente em termos de liberdade no Equador, apontando a campanha persistente de Correa contra os críticos nos meios de comunicação social, o uso de recursos estatais por parte do go-verno para influenciar o resultado de um referendo e a reorganização do poder judi-ciário em flagrante violação das disposições constitucionais. Entretanto, um relatório recente sobre a Venezuela, elaborado pelo Grupo Internacional de Crise, menciona a existência de condições injustas no período

pré-eleitoral para as eleições presidenciais e a ausência de condições equitativas para os meios de comunicação social.

As recentes declarações de Correa tornam visíveis estas contradições. Ainda no passado mês de Maio de 2012, Correa declarou que “os governos que tentam fazer alguma coisa pela maioria das pessoas são perseguidos pelos jornalistas, que pensam que por ter uma esferográfica e um microfone podem dirigir até o próprio ressentimento contra nós. Muitas vezes insultam e difa-mam por pura aversão. São os meios de comunicação social ao serviço dos interesses privados de alguém”.

E no entanto, esta declaração surgiu numa entrevista conduzida pelo próprio Assange, o autoproclamado guerreiro da liberdade de expressão, durante um progra-ma de televisão emitido recentemente por um canal russo controlado pelo governo do Presidente Vladimir Putin. Infelizmente, o

Estado de direito fictício promovido por Assange, Correa e outros populistas está a ganhar adeptos no mundo globalizado de hoje. Isto é perigoso, porque o seu método de abordagem consiste na aplicação selectiva e inconsistente de princípios e preceitos legais ou quase-legais, o que é exactamente o oposto da regra de dependência do Estado de direito na generalidade e na previsibili-dade. Ao distorcer a realidade e ao impug-nar o sistema jurídico sueco – um modelo exemplar em termos de segurança jurídica, justiça e profissionalismo – os defensores desta subversão estão a minar os alicerces de um sistema internacional que serve como um baluarte contra os impulsos totalitários.

No entanto, o aspecto mais estranho do caso Assange é o silêncio ensurdecedor por parte dos actores e instituições cuja existên-cia e legitimidade emanam da integralidade do Estado de direito. O silêncio da União Europeia é talvez o mais preocupante. O site oficial do Serviço Europeu de Acção Externa inclui uma infinidade de declara-ções e denúncias sobre questões que vão desde a Síria a Madagáscar e ao Texas, mas se efectuarmos uma pesquisa usando “Assange” como palavra-chave, o resultado será uma única entrada datada de Abril de 2012, sobre a reacção do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, ao WikiLeaks.

Na verdade, nenhum líder da UE – nem o prolífico presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, nem o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, sempre cinzento, ou a cautelosa Alta Repre-sentante da União para os Negócios Estran-geiros e a Política de Segurança, Catherine Ashton – considerou oportuno contrariar os ataques infundados a dois membros da UE. Também não se preocuparam em defender um instrumento fundamental da União amplamente proclamado – o Mandato de Detenção Europeu, ao abrigo do qual o Reino Unido deteve pela primeira vez Assange.

Como é que a UE, tão criticada pela sua tendência para as declarações e pareceres, pode ser omissa a respeito de um problema para o qual a sua voz não só faria sentido, como também poderia fazer a diferença? Seja qual for a razão, já é altura de os líderes da União quebrarem o silêncio e falarem, de forma clara e inequívoca, tomando uma iniciativa que possa, espera-se, ser ouvida e reproduzida por outros líderes e organi-zações internacionais.

* Ex-ministra dos Negócios Estrangeiros de Espanhae antiga Vice-Presidente do Banco Mundial

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quarta-feira 29.8.2012www.hojemacau.com.mo

car toon por Steff

Facebook Morte dá passo para a famaA fama é o grande prémio de um concurso organizado no Facebook, por uma empresa detentora de uma aplicação para esta rede social. Para ganhar o prémio basta… ser o primeiro a morrer. A macabra competição é a última campanha lançada pela empresa israelita dona da aplicação “If I Die” (se eu morrer), que oferece aos seus utilizadores a possibilidade de gravar uma mensagem a ser publicada no seu mural em caso de falecimento. Os requisitos para participar nesta corrida à popularidade, antes de chegar ao túmulo, são simples: estar vivo, ter uma conta no Facebook, instalar a aplicação, entrar na opção “For a chance to World Fame” (por uma oportunidade pela fama mundial) e deixar uma mensagem para a posteridade. O primeiro utilizador a morrer terá o seu testemunho póstumo publicado em revistas e outros media internacionais que colaborem com a campanha, assim como em websites.

Japão Cineasta portuguesa premiadaA curta-metragem de animação “Kali, o Pequeno Vampiro”, da realizadora Regina Pessoa, foi premiado no Festival de Cinema de Animação de Hiroshima, que terminou na segunda-feira no Japão, informou o produtor Abi Feijó. O filme, que integrou uma programação com cerca de 60 produções de todo o mundo, recebeu o prémio Hiroshima, de cerca de dez mil euros. “Kali, o Pequeno Vampiro”, que foi exibido em antestreia em Abril no festival Indie Lisboa, fecha uma trilogia de animação sobre a infância, juntando-se a “Noite” (1999) e “História Trágica com Final Feliz” (2005), sendo este um dos filmes mais premiados de sempre do cinema de animação em Portugal.

Austrália Ladrão leva vibrador giganteO roubo de um objecto sexual com 80 centímetros de comprimento, numa sex shop em North Geelong, Austrália, foi captado pela câmara de videovigilância. Agora, o ladrão é procurado pela polícia e por toda a comunidade local. Os funcionários da loja só deram pelo roubo quando encontraram uma embalagem aberta, que já não continha este enorme vibrador, que custa 150 dólares. A polícia não evitou a divulgação pública das imagens para que qualquer cidadão possa ajudar a encontrar este homem.

FC Porto e Ka I dividem pontos

Dragão está em alta

Portugal Troika foi roubadaO assalto ocorreu num passeio com turistas, tendo como vítima Albert Jaeger, representante do Fundo Monetário Internacional, a residir em Lisboa desde Outubro do ano passado. Numa viagem com os turistas ao Castelo de São Jorge, o austríaco foi roubado por um carteirista no eléctrico 28. Segundo o jornal i, os eléctricos 15 e 28 são os pontos preferidos pelos carteiristas para atacar os turistas. Os dados apontam para uma média de dois furtos por dia num desses transportes. No primeiro semestre deste ano, a polícia deteve 37 carteiristas.

Espanha Crepe com rosto de Ecce HomoO sucesso em torno da pintura adulterada pela idosa Cecília Gímenez, de 82 anos, continua a multiplicar-se: uma pastelaria de Madrid aproveitou a nova versão de Ecce Homo, fresco da igreja de Borja, para melhorar o negócio. Foi criado um crepe, decorado com chocolate e framboesa, com o rosto que se assemelha ao pintado pela idosa. O autor do doce é Mariano Olivera, que trabalha na casa Horno de San Onofre, no Mercado de San Miguel.

Brasil Tony Blair vai ser consultor O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair vai prestar serviços de consultoria em planeamento estratégico ao estado brasileiro de São Paulo, na sequência de uma parceria estabelecida entre o governo local e o Movimento Brasil Competitivo. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou na segunda-feira um acordo com o Movimento Brasil Competitivo, uma iniciativa civil criada em 2001 que procura melhorar a competitividade do Brasil, para a elaboração de um plano de modernização da gestão pública. Esta parceria vai contar com os serviços de consultoria do escritório de Tony Blair, que manifestou o seu compromisso com o projecto. “A proposta é ajudar a levantar os projectos que serão prioridade para São Paulo e a nossa equipa trabalhará de forma conjunta para ajudar a implementar esses programas”, disse Blair, citado num comunicado do Governo de São Paulo.

ATAQUE

Marco [email protected]

ERA o encontro grande da terceira ronda da Série A do Campeonato de Futebol de Sete de

Macau e Futebol Clube do Porto e Windsor Arch Ka I não deixaram créditos por mãos alheias. Empa-taram a uma bola, num desafio equilibrado em que o conjunto azul e branco impôs respeito ao actual campeão da Liga de Elite.

A formação orientada por Daniel Pinto divide o protagonis-mo na Série A da “Bolinha” com as mais conceituadas formações do desporto-rei do território, mas a presença no grupo de emble-mas como Ka I, Monte Carlo e Lam Pak em nada diminui a ambição dos dragões. O FC Porto chegou à terceira ronda da mais popular prova do futebol de Macau com o currículo imacula-do e apenas uma infelicidade do guarda-redes Juninho, na recta final da partida, impediu novo triunfo do grupo de trabalho orientado por Dani.

Fortalecido com reforços de peso – Christopher Nwarou, Taylor Gomes e Paulo Nakaga-wa são os nomes mais sonantes – o FC Porto não teve dificulda-des em chamar a si as rédeas do desafio e inaugurou o marcador ainda na primeira parte, num lance concluído por Nwarou. O nigeriano, que actuou com a camisola do Benfica de Macau na edição de 2012 da Liga de Elite, marcou pela terceira jor-

nada consecutiva, depois de ter ajudado os dragões a derrotar o Chang Wai e o Grupo Desportivo da Polícia de Segurança Pública nas duas primeiras rondas do Campeonato.

JOGO A JOGOEm desvantagem, o Ka I não baixou a guarda, passou à ofen-siva e tentou repor a igualdade, conseguindo chegar ao golo na recta final do desafio. Uma defesa incompleta de Juninho permitiu a recarga bem sucedida de Diego Borges, que garantiu assim o terceiro empate conse-cutivo do conjunto orientado por Joseclér.

Com a igualdade concedida no frente-a-frente com o Ka I, o FC Porto tropeça pela primeira vez na competição, mas a igual-dade não rouba optimismo aos

responsáveis pela equipa, como explica Dani. “O FC Porto pensa jogo a jogo e o nosso propósito passa por vencer o próximo desafio que temos pela frente. Contas feitas, o empate com o Ka I não é um mau resultado. Estamos a falar de uma equipa bem estruturada, que se posi-ciona bem em campo e o jogo, apesar de termos deixado fugir a vitória num lance infeliz, acabou por ser bem disputado.”

Noutro encontro ontem dis-putado, a formação da Casa de Portugal somou a terceira der-rota consecutiva noutros tantos jogos, ao não conseguir evitar a derrota pela margem mínima frente à equipa B da Selecção de Sub-23 da Associação de Futebol de Macau. O único golo do desafio foi apontado a sete minutos do final da partida.

GONÇ

ALO

LOBO

PIN

HEIR

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