Ilustração dIgItal na moda

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Design, Arte, Moda e Tecnologia. São Paulo: Rosari, Universidade Anhembi Morumbi, PUC-Rio e Unesp-Bauru, 2010 244 ILUSTRAÇÃO DIGITAL NA MODA Gabriela Coutinho Pinheiro; Graduanda de Design de Moda: UFC Adriana Leiria Barreto Matos; Docente do Curso de Design de Moda: UFC [email protected] [email protected] Resumo O presente artigo tem o propósito de apresentar um estudo sobre Ilustração Digital em Moda. Para isto, o artigo se inicia fazendo um levantamento sobre a história da Ilustração em si, chegando a um conceito de Ilustração de Moda, fazendo um paralelo com a criação do próprio computador pessoal. Em seguida, foram apresentados os principais softwares utilizados no processo criativo de Ilustrações de Moda, como o CorelDRAW®, o Adobe Photoshop® e o Illustrator®, visando expor as suas principais aplicações. Após abordar os principais softwares, por fim serão discutidas as técnicas fundamentais usadas por Ilustradores, relacionando-as com os softwares, expondo as suas características e aplicações. Espera-se assim contribuir com essa área de estudo na formação de ilustradores de moda. Palavras-Chave: ilustração; moda; digital

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Ilustração dIgItal na moda

Gabriela Coutinho Pinheiro; Graduanda de Design de Moda: UFC

Adriana Leiria Barreto Matos; Docente do Curso de Design de Moda: [email protected]

[email protected]

resumoO presente artigo tem o propósito de apresentar um estudo sobre

Ilustração Digital em Moda. Para isto, o artigo se inicia fazendo

um levantamento sobre a história da Ilustração em si, chegando

a um conceito de Ilustração de Moda, fazendo um paralelo com

a criação do próprio computador pessoal. Em seguida, foram

apresentados os principais softwares utilizados no processo

criativo de Ilustrações de Moda, como o CorelDRAW®, o Adobe

Photoshop® e o Illustrator®, visando expor as suas principais

aplicações. Após abordar os principais softwares, por fim serão

discutidas as técnicas fundamentais usadas por Ilustradores,

relacionando-as com os softwares, expondo as suas características

e aplicações. Espera-se assim contribuir com essa área de estudo

na formação de ilustradores de moda.

Palavras-Chave: ilustração; moda; digital

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Ilustração digital na moda

IntroduçãoO presente artigo aborda o tema Ilustração Digital em Moda, visando esclarecer a

importância dos recursos disponíveis para esse campo e também expor as técnicas que os

ilustradores profissionais utilizam a partir destes programas. A ilustração digital teve o seu início

recentemente, a partir dos anos 1990, portanto ainda carece de maiores investigações a seu

respeito.

Buscou-se levantar informações quanto à origem da Ilustração Digital de Moda, visando

compreender a sua importância para as ilustrações criadas hoje. Também foi analisada a

utilização das novas tecnologias em comunhão com os procedimentos tradicionais, assim

como buscou-se estudar a influência do uso desses aparatos no resultado final do processo

de criação de ilustrações.

Breve história da ilustração de modaA história da ilustração de confunde com a própria história da escrita, já que as primeiras

formas de manifestação de comunicação humana deram-se através de figuras rupestres. Mais

tarde, no Egito antigo, surge a primeira versão do que viria a ser um livro ilustrado – o Rev Nu

Pert Em Hru, ou Livro dos Mortos. Inicialmente, os escribas dividiam o espaço do papiro para

fazer a narrativa em hieróglifos, deixando espaços em branco a serem futuramente preenchidos

pelos artistas. Gradativamente, as ilustrações passaram a ter mais importância, e coube aos

artistas iniciarem a produção, invertendo o processo e deixando espaços pequenos para os

escribas preencherem.

Por volta de 1450, surgem os primeiros impressos, denominados de “Manuscritos

Iluminados”. Profissionais adornavam esses manuscritos, contribuindo para a riqueza e

iluminação das páginas folheadas a ouro. Daí surgiu o termo ilustrador – ou iluminador.

A ilustração de moda teve a sua primeira manifestação no século XVII, com as gravuras

detalhadas de Wenceslaus Hollar, um artista inglês que produzia também gravuras de formas

arquitetônicas e plantas de edifícios e igrejas na Londres de 1600. Até então, a percepção de

moda só era possível através das pinturas e esculturas. De acordo com Gragnato: “quando

olhamos para a história da moda, percebemos que seus registros estão atrelados à história da

arte, principalmente em pinturas, esculturas e gravuras” (2009, p.32)

No século XVIII, a moda passou a ser disseminada em diversos jornais e revistas, e

então surgiram os primeiros fashion platesi – ilustrações que mostravam o que havia de novo

na moda, e usado como referência pelas mulheres interessadas (Figura 1).

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Figura 1“Evening and Walking dress”, 1827.

Originalmente publicado por J. B. Whittaker, Londres.

De acordo com Lever,

The Lady’s Magazine começou a publicá-los [os fashion plates] a partir de 1770. E, de repente, figurinos semelhantes estavam sendo publicados em toda a Europa. Para nós, acostumados às ilustrações de moda, é difícil compreender que, antes da invenção do fashion plate, obter informações sobre a última moda era [...] trabalhoso. (1989, p. 147)

Durante toda a evolução dos desenhos de moda, as técnicas se aperfeiçoaram desde

as gravuras, passando por técnicas mais tradicionais como guache e aquarela. As ilustrações

continuaram evoluindo nos anos 1920, e nas décadas 1960 e 1970 se intensificou a utilização

da estilização do traço, e a ilustração seguiu a sua história até o princípio dos anos 1990 –

época em que a ilustração digital entrou em cena. Com ela, tornou-se possível alcançar um

nível maior de realismo nas criações.

Uma ilustração de moda, ao contrário de um desenho de moda ou de um desenho

técnico, tem a preocupação de mostrar mais do que somente uma roupa. Como cita Esteves

(2009), “Ilustrações podem mostrar o ambiente no qual o produto será usado e sua interação

com o usuário”. Então, mais do que representar graficamente a criação de um estilista, a

ilustração de moda deve transmitir um conceito.

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O ilustrador, na maioria das vezes, tem que se comunicar com o público leigo, provavelmente o usuário do produto. Por isso, a imagem criada tem que ser facilmente interpretada e ter um grande apelo visual, não importando detalhes de um desenho (ESTEVES, 2009)ii.

Nas ilustrações, a representação real da forma deixa de ser crucial, e não é necessária

a sua reprodução fiel para que o produto em questão tenha o seu destaque. De acordo com

Carvalho (2010, p.31): “O ilustrador é, antes de tudo, um leitor e sua ilustração dá visibilidade

à sua interpretação”. Cabe ao ilustrador projetar as suas impressões, interpretá-las de acordo

com a sua visão.

Cardeal e Pedrini (2007) contribuem para essa linha de pensamento, e acrescentam

que, com as facilidades tecnológicas, a ilustração tornou-se uma forma eficaz e rápida de

comunicar, de expor uma ideia. Para Dawber (2003, p. 08) a ilustração proporciona uma

expressão artística que “apela mais ao coração que ao cérebro”.

A ilustração de moda obteve notoriedade nos últimos anos devido à sua utilização na

mídia, em campanhas publicitárias e lançamentos de produtos ilustrados. Nos anos 1990,

surge um dos artistas ilustradores contemporâneos mais importantes: Jason Brooks (Figura

2). Suas ilustrações lhe renderam o prêmio Vogue/Sotheby’s Cecil Beaton por ilustração de

moda ainda na mesma década, e suas criações estabeleceram um novo conceito a respeito da

ilustração vetorizada, antes tomada por rígida e desprovida de vivacidade. O artista produziu

várias ilustrações computadorizadas em flyers para casas de entretenimento.

Outro artista notório da época foi Graham Rounthwaite, que produziu uma série de

outdoors para a marca jeans Levi’s, o que voltou os olhos do público para a ilustração digital.

Figura 2Ilustração de Jason Brooks

Fonte: Portfolio Online, disponível em: http://www.jason-brooks.com

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O interesse atual por ilustração digital de moda se deve, em parte, à popularização de

softwares como o Adobe Photoshop®, Adobe Illustrator® e CorelDRAW®. A internet causou

reconhecimento do público em relação a esses programas, e até mesmo quem não possui

informações técnicas sobre o referido assunto já tomou conhecimento da existência dos

softwares de edição de imagem, como o Adobe Photoshop®.

As proporções nos desenvolvimentos tecnológicos sociais e globais são reflexo da contemporaneidade que vivemos. A rapidez de informações, a efemeridade de comportamentos sociais, necessita de uma expressão artística que envolva os elementos atuais de subjetividade comportamentais; a ilustração acompanha essa mutação em que se encerra a sociedade atual. Por isso ela é um campo que atua com grande requisito em propagandas, livros, cartazes, revistas, todos os meios midiáticos massivos em que ela possa se destacar. (FREITAS, 2009, p. 3)

Hoje, com acesso à internet, pode-se encontrar com facilidade referências e conteúdos

que orientam o manuseio desses programas, compondo uma verdadeira biblioteca de efeitos,

recursos e imagens. Torna-se possível para um ilustrador aperfeiçoar as suas habilidades

técnicas e expressividade plástica através do compartilhamento de informações que a rede

mundial de computadores disponibiliza, constituindo-se no que Gomes (2010, p.52) chama de

“um vasto arquivo poético visual e objectual”.

O avanço tecnológico expandiu as possibilidades da ilustração. Com o auxilio de

computadores e de softwares especializados, tornou-se viável adicionar texturas e movimentos

com mais realidade e praticidade. Para o ilustrador, isso também significou o contato direto

e imediato com o público. Entretanto, após o surgimento e rápida propagação dessas novas

tecnologias, os ilustradores que antes trabalhavam com técnicas tradicionais tiveram que

adaptar-se:

O ilustrador encontra tantas facilidades técnicas que acaba tendo esvaziado seu esforço frente a enorme concorrência com os ilustradores insurgentes, apoiados sobre as facilidades dos atuais softwares de criação gráfica (a máquina é a artista, o engenheiro, o médico e assim por diante). Nesse maravilhoso novo mundo, o computador criou, principalmente, a possibilidade de experimentar. (MILAGRE, 2008)iii

Um dos maiores desafios do ilustrador que presenciou a transição da arte tradicional

para a arte digital, mas que também é uma questão pertinente para os ilustradores iniciantes,

é o de compreender a transformação gerada pela revolução tecnológica sobre a produção

imagética. Com o decorrer do tempo, o repertório tecnológico amplia-se, assim como a

diversidade de informações proeminentes do mundo inteiro, que são compartilhadas a todo

instante numa rede de cooperação:

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Alguns ilustradores, vencido o impacto inicial, mantiveram a calma e compraram computadores para utilizá-los sempre que necessário sem jamais dispensar o lápis, o guache, o papel e outros materiais tradicionais. Há, também, a nova geração de ilustradores que, deslumbrados com o computador, estão esquecendo de aprimorar a parte artística. (NAKATA, 2010, p. 41)

Continuando o raciocínio de Nakata (2010), torna-se imprescindível para um bom

ilustrador associar as técnicas nas quais tenha maior segurança com as crescentes inovações

tecnológicas, procurando expressar-se e mostrar a sua individualidade. Veremos como alguns

ilustradores fazem esse tipo de associação a seguir, mas antes se torna necessário introduzir

as ferramentas e softwares mais difundidos para a ilustração de moda.

Ferramentas utilizadas para ilustrar

A ilustração de moda pode ser produzida com técnicas que vão desde aquelas com materiais artísticos como aquarela, giz, carvão, pastel, nanquim, tintas, canetas, grafites, até as consideradas mais sofisticadas em função do uso de softwares como Photoshop® e CorelDRAW®. Pode-se ainda mesclar essas técnicas (manuais e digitais) buscando enriquecer e personalizar ainda mais o resultado final do desenho. (AMORIM, 2008, p. 01)

A ilustração digital teve a oportunidade de surgir com o advento de computadores a

preços mais acessíveis. Nos anos 1980 já existiam os personal computers, ou PCs, mas a

criação do mouse incorporou a gestualidade do artista aos processos digitais.

De acordo com Tallon (2008, p. 12), um ilustrador precisa de instrumentos digitais para

desenho e pintura, a exemplo da mesa digitalizadora, ou pen tablet. Este recurso possibilita

a digitalização imediata do traço composto diretamente sobre uma superfície plana com tela

sensível (a tablet, ou mesa digitalizadora propriamente dita) e uma caneta ótica. Em algumas

marcas, a tecnologia que transmite o desenho para a tela do computador está situada na

caneta; entretanto, a tecnologia em que a superfície da tela é sensível permite um melhor

desempenho. A tablet possibilita uma pintura digital superior à obtida com o mouse, por sua

precisão e pela capacidade de alteração de pressão. Com ela, pode-se também desenhar

diretamente na tela do computador, sem a necessidade de um rascunho prévio digitalizado.

Outra inovação que viabilizou digitalizar esboços foi o scanner, imprescindível para

a transposição do desenho traçado com instrumentos tradicionais para o computador. Um

ilustrador também necessita de métodos de captura de imagens. Tallon (2008, p.12) frisa que

se deve dispor de um scanner de qualidade, que servirá para as possíveis digitalizações no

dia-a-dia.

Um dado bastante significativo em relação à introdução do computador como ferramenta nas editorias de arte, a partir da década de 90, diz respeito ao

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formato dos originais dos desenhos. [...] Os desenhos realizados na década de 80 são de diferentes tamanhos e materiais. Eram fotografados no estúdio do jornal, sem impedimento de dimensões. Desde a década de 90 as redações ou os estúdios dos ilustradores dispõem de escaners tamanho A-4 (o tamanho maior é muito caro), o que acarreta numa limitação evidente em termos de gestualidade e textura. (GUIRALDO, 2006, p. 10)

Um scanner de alta qualidade detém um custo elevado, então, caso o artista necessite

de uma qualidade superior, é mais viável terceirizar as digitalizações em gráficas especializadas.

Outros recursos disponíveis são as câmeras digitais, tanto para composições quanto para

eventuais aquisições de imagens que irão compor o banco de imagens do ilustrador com a

finalidade nortear futuros trabalhos.

Softwares utilizadosPode-se considerar que as imagens no meio digital podem ser classificadas em vetoriais

ou bitmaps. Imagens vetoriais são compostas de linhas e pontos, objetos matemáticos,

definidos por vetores. Já a imagem no formato de bitmap (mapa de bits) é constituída por uma

sequência de bits que formam uma figura que consiste em centenas de linhas e colunas de

pequenos elementos, chamados pixelsiv. Dependendo da quantidade de ampliação da imagem

trabalhada, o pixel não pode ser visualizado individualmente, resultando em uma percepção

da imagem em suaves gradações de cor.

A imagem vetorial, por sua vez mantém a sua nitidez quando redimensionada, ao

contrário das imagens em bitmap, que necessitam de um número considerável de pixels para

obter uma imagem nítida. Alguns softwares só produzem imagens vetoriais, como é o caso

do CorelDRAW® que por definição de Canto (2002, p. 5), são desenhos matematicamente

ligados por vários pontos unidos por linhas. Dessa forma, é possível alterar o tamanho e o

formato de um objeto vetorial sem que ele perca as suas definições – ao redimensioná-lo, ele

é recalculado matematicamente para o novo formato, sem que haja perda na qualidade final.

No tocante à edição de imagem, a criação de softwares como Adobe Photoshop®

e CorelDRAW® coincidiram com a criação de máquinas capazes de executá-los. Em 1988

foi lançada a primeira versão do programa CorelDRAW®, mas apenas em 1995 surgiu a

primeira versão do programa em 32 bits, ou seja, em cores. Este programa facilitou em muito

a criação de desenhos técnicos de moda, que é a expressão gráfica primordial do ambiente

industrial, sendo assim de significativa importância. Além da maior rapidez com que as peças

são desenhadas, a utilização desse software possibilita uma imagem perfeitamente simétrica,

dentre outros padrões de exigência específicos da representação técnica, que costumavam

requerer mais tempo e atenção para serem atingidos com ferramentas tradicionais.

Houve uma evolução gradativa em que as ferramentas vetoriais do CorelDRAW®

passassem a ser utilizadas não somente para desenhos técnicos, mas também para desenhos

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estilizados e ilustrações. Para isso, torna-se necessário não somente dominar as principais

ferramentas do programa, como também possuir conhecimento também sobre o desenho

de moda. Além de linhas retas e desenhos planificados, o CorelDRAW® também permite a

criação de traços mais fluidos, transparências e outros efeitos que auxiliam na suavização da

imagem.

Outro programa da Corel Corporation é o Corel® PHOTO-PAINT, um software voltado

para edições de imagens em bitmap. Através dele é possível aplicar efeitos em imagens, como

alterar seu brilho e contraste, redimensioná-las e, assim, aprimorar o seu feitio. Também há

o Corel® Paint Shop Pro®, criado em 1991, inicialmente apenas para auxiliar usuários de

computador a modificar o formato das imagens, com alterações básicas na cor e algumas

manipulações, como alterações em brilho e contraste das imagens.

O CorelTRACE®, por sua vez, permitia converter bitmaps em gráficos vetoriais. O

programa transforma uma imagem escaneada num vetor, que pode ser editado futuramente no

CorelDRAW®, viabilizando assim o processo de vetorização de imagem. Hoje o programa foi

incorporado como ferramenta dentro do CorelDRAW®, sob o nome de Corel PowerTRACE®.

Também desenvolvido pela Corel Corporation o programa Corel Painter® destaca-se

na ilustração digital, especialmente no quesito de pintura. De acordo com Grossman (2010,

p. 11): “O Painter foi o primeiro programa de emulação de mídias naturais, criado por artistas

para artistas”. Ele tem a capacidade de imitar virtualmente qualquer técnica tradicional, e

possui uma vasta quantidade de estilos de ferramentas que permitem uma pintura digital

com muitos atributos. Grossman (2010) compara o programa com o Adobe Photoshop®,

que também é voltado para imagens com pixels, declarando que enquanto o Photoshop®

é ideal para manipulação de imagens, o Painter é mais completo em termos de ferramentas

para a pintura digital; ainda de acordo com Grossman(2010), com o passar dos anos, os dois

programas têm se tornado cada vez mais compatíveis, tornando-se assim possível criar uma

imagem utilizando os melhores recursos dos dois programas.

O Adobe Photoshop® surgiu há mais de 20 anos, e tem o seu uso geralmente ligado à

edição e retoques de imagens. Com ele torna-se possível alterar cores, ajustar a luz, adicionar

texturas e estampas e mais uma infinidade de ferramentas. Com o auxílio de um scanner e a

ajuda de uma mesa digitalizadora, pode-se finalizar um croqui feito à mão, adicionando cor

e aperfeiçoando o traço. Também é possível criar uma ilustração ou desenho de moda sem

a necessidade de um esboço inicial digitalizado: na sua área de trabalho é possível a criação

espontânea, com ajuda dos recursos do programa e da tablet:

O programa oferece inúmeras facilidades para designer e produtores gráficos criarem imagens sofisticadas, que poderão ser impressas ou colocadas na Web. [...] Apresenta diversas ferramentas específicas para alterar brilho, contraste e cores de uma imagem; preparar uma foto para ser utilizada por um software de paginação, como o InDesign, ou de ilustração digital, como o Illustrator®; otimizar uma imagem para a Web, a ser utilizada em um programa como o

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Dreamweaver; realizar um gerenciamento avançado de camadas; ferramentas de desenho vetorizado; entre outras funções. (ANDRADE, 2007, p. 11)

Todas as imagens produzidas no Adobe Illustrator® são criadas em vetor, incluindo as

fontes. Uma imagem vetorial, como já foi dito antes, é feita através da união de pontos unidos

por retas – isso faz com que a sua resolução seja independente, tornando a imagem capaz de

ser redimensionada para qualquer tamanho e impressa em qualquer mídia. Isso faz com que

gráficos vetoriais, de acordo com Centner e Vereker (2007), possam ser considerados como o

formato ideal para criar desenhos técnicos detalhados e ilustrações de moda.

A Adobe não batizou o seu produto como Illustrator® sem razão. Artistas podem criar ilustrações para livros infantis, capas de revistas e artigos e uma enorme variedade de produtos, e eles utilizam o Illustrator® para aproveitar a alta qualidade e precisão disponíveis no programa. Uma variedade de instrumentos, [...] permitem que os ilustradores possam traduzir as imagens que vêem em suas mentes para a realidade. (GOLDING, 2009, pág. 17)

No universo da moda também são utilizados outros softwares, de cunho mais

especializado e integrado com o ambiente fabril, a exemplo dos programas de CAD ou CAM

(Computer-Aided Design e Computer-Aided Manufacturing), como o Audaces. O CAD / CAM

foi introduzido na indústria da moda na década de 1980 como um sistema autônomo. Ele foi

originalmente desenvolvido para a Indústria Têxtil e de Vestuário, no âmbito do processo de

fabricação e produção, que incluiu a criação de produtos têxteis, a elaboração e classificação

de modelagens.

Há uma série de softwares de moda e desenho especificamente para as pequenas empresas e designer freelancer, mas as grandes empresas de vestuário são mais propensas a usar o poderoso CAD para vestuário e programas têxteis produzidos pela Lectra e Gerber. Estes programas têm sido desenvolvidos para integrar todas as áreas do processo de vestuário e design têxtil, fazendo modelagens, classificações, e criação de vestuário através do merchandising e gerenciamento de dados. Consequentemente, estes programas são caros, mas permitem que as empresas grandes possam obter economias de escala. (BURKE, 2006, p. 157)

Há também o Lectra Kaledo, um software recomendado para a área de criação; e ainda

programas como o Digital Fashion Pro, My Label 3D, Fashion Tool Box e Virtual Fashion. Este

último é o primeiro programa em 3D voltado especialmente para a moda, destacando-se dos

demais por suas várias possibilidades e efeitos. Nele, torna-se possível criar modelos com

mais veracidade, alcançados com os recursos disponíveis para a representação automática

de textura e de caimento de tecidos.

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técnicas e ilustradoresNo campo da ilustração digital, constata-se que, apesar de inúmeras possibilidades de

ferramentas e efeitos que podem ser criados com o auxilio de softwares, algumas técnicas se

destacam.

A técnica mais utilizada pelos ilustradores é a de fazer um esboço a lápis, escaneá-lo

e então aperfeiçoá-lo em softwares específicos. A artista espanhola Carmen Garcia Huerta é

adepta a esse método: ela produz um rascunho a lápis e o digitaliza, então faz o traçado da

imagem inteira no Adobe Illustrator®. Neste ponto, são escolhidas as cores que virá a utilizar,

e então utiliza o Photoshop® para adicionar volumes, luzes, suavizar a pele (Figura 3).

Figura 3:Ilustração de Carmen Garcia Huerta

Fonte: Portfolio Online, disponível em: http://www.cghuerta.blogspot.com/

A ilustradora Yuko Shimizu utiliza o Adobe Photoshop® como “uma máquina

computadorizada de silk-screen” (MORRIS, 2009, p. 117): após fazer a ilustração à mão com

tinta nanquim, utilizando pincéis de bambu, ela então digitaliza o desenho final e somente

adiciona a cor por intermédio dos recursos digitais. (Figura 4)

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Figura 4Ilustração de Yuko Shimizu

Disponível em: http://koikoikoi.com

O trabalho de Miles Donovan (Figura 5) se destaca por ser digital, mas ao mesmo aliado

a recursos tradicionais, como a fotografia e a colagem. Inicialmente ele utiliza uma foto, que

é escaneada e manipulada no Adobe Photoshop®. A partir da imagem manipulada, utiliza

então o Illustrator® para separar as cores da imagemv, criando estênceis individuais, que serão

impressos. Os estênceis são cortados e pintados com spray em imagens individuais, que

serão mais uma vez digitalizadas e montadas em camadas no Photoshop®. É um processo

longo e trabalhoso, mas que garante que o artista possua controle absoluto nas formas e nas

cores de todos os elementos de seu trabalho.

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Figura 5:Ilustração de Miles Donovan

Fonte: Portfolio Online, disponível em: http://www.milesdonovan.co.uk/

Já Stephen Campbell (Figura 6) cria as suas ilustrações diretamente no Adobe

Illustrator®, sem um rascunho prévio. Ele utiliza o mouse para criar linhas grossas que lembram

marcadores permanentes, e aprecia o momento de “brincar com as cores durante o processo

criativo” (MORRIS, 2009, p. 132). O ilustrador Marcos Chin também cria diretamente na área

de trabalho do Adobe Illustrator®, mas se diferencia de Stephen Campbell por planejar a sua

ilustração com papel e lápis antes, e usá-la como guia durante todo o seu processo.

Figura 6:Ilustração de Stephen Campbell

Fonte: Portfolio Online, disponível em: http://www.art-dept.com/illustration/campbell/index.html

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Nice Lopes é uma ilustradora brasileira que recentemente teve seu trabalho publicado

no livro Illustration Now, vol. 2 (TASCHEN, 2007). Ela utiliza o CorelDRAW® em conjunto com

o Adobe Photoshop® para criar as suas ilustrações vetorizadas (Figura 7). A argentina Evelyna

Callegari também produz as suas ilustrações utilizando o CorelDRAW®, criando bonecas

estilizadas e com um ar infantil, além de também produzir ilustrações mais complexas que

retratam a mulher moderna. Já o designer de moda praia e ilustrador Roger Hahn também

utiliza o CorelDRAW® para compor as suas ilustrações vetorizadas, utilizando as ferramentas

dos programas para alterar as cores dos trajes de banho das modelos com maior facilidade e

fidelidade ao modelo original.

Figura 7:Ilustração de Nice LopesFonte: Portfolio Online,

disponível em: http://nicelopes.blogspot.com

discussão

A despeito da vasta produção imagética de nosso país, no que diz respeito à formação visual ainda persistem valores românticos como “ter ou não ter talento”, “saber ou não saber desenhar”, descuida-se da necessidade de

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educação para a linguagem visual e de um entendimento menos obscuro acerca da elaboração mental envolvida na produção de imagens. (GUIRALDO, 2006, p. 01)

Mesmo depois de discussões referentes ao surgimento da Ilustração de Moda, e o

momento da sua união com a era dos computadores, gerando assim a Ilustração Digital, ainda

existem dúvidas pertinentes ao tema. A primeira é a diferenciação de uma Ilustração de Moda

e de um desenho de moda.

Como comenta Gragnato:

Entendida aqui também como linguagem de representação visual, a ilustração de moda traz elementos próprios deste universo e vai mais além, incorporando e interpretando elementos culturais e sociais. Isto significa dizer que a ilustração de moda traz o “pulsar do tempo”, pois carrega traços desse tempo, valores e comportamentos, mudanças e oscilações, que influenciam a percepção e a concepção de novas estéticas, bem como análise e interpretação do espírito do tempo, da época em que ela foi realizada. Por isso mesmo, a diferença entre desenho e ilustração é muito sutil e suas nuances se entrelaçam e se misturam, dificultando a percepção de limites (2008, p. 63)

Um dos maiores obstáculos de um ilustrador de moda é diferenciar o seu trabalho de

um desenho de moda comum; atribuir a ele significados subjetivos, passar sensações e criar

um contexto dê destaque a ilustração. Gomes (2010, p.54) menciona que Couchot considera

o computador e suas funcionalidades detentores de vantagens no que diz respeito à recepção

do expectador ao objeto de visual. Ou seja, a transformação tecnológica na produção imagética

não se restringe somente aos métodos de trabalho do ilustrador, mas também a quem aprecia

e experimenta o processo de fruição dessas imagens.

Sobre a importância das ilustrações, Freitas discorre que:

Talvez por ser uma expressão artística mais midiática e popular, tenha sido excluída do campo artístico durante muito tempo e hoje ela faça parte do campo de artes visuais. Esteticamente ela se compõe de vários elementos significativos que colaboram com o resultado final. (2009, p. 2)

Outro questionamento pertinente é que, até pouco tempo atrás, se considerava a

Ilustração Digital como uma forma de ilustração menor, atribuída a imagens rígidas e sem a

vivacidade conferida às artes tradicionais; hoje, cabe ao ilustrador e aos pesquisadores do

assunto quebrar esses paradigmas. Gomes (2010, p.53) justifica que “[...]‘um novo’ paradigma

no desenvolvimento dessas imagens [...]” torna-se objeto de investigação e análise sob o

ponto de vista técnico-científico. Percebe-se que, a Ilustração Digital amplia as possibilidades

de criação e representação plástica de objetos, contextos e tendências socioculturais através

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de seus inúmeros recursos. Para isso, o ilustrador pode ampliar o seu repertório expressivo

através da utilização dos softwares, para assim poder aplicá-los em seus trabalhos da melhor

forma possível. Entretanto, torna-se necessário ressaltar a importância de um conhecimento

prévio em estilos e técnicas de representação tradicionais, para que a utilização dos meios

digitais sirva para aperfeiçoar todo o processo de composição das ilustrações.

ConclusãoCom a utilização de softwares e demais recursos digitais, torna-se possível criar

ilustrações com um grau de complexidade que só seria alcançada no desenho tradicional

através de muita habilidade técnica e detalhamento. Com o auxilio desses programas, pode-

se retocar, alterar e colorir as ilustrações digitalizadas, atribuindo tanto mais vivacidade quanto

mais uniformidade ao desenho. Também se podem incorporar tecidos e texturas, sobrepondo-

as ao traço, e também representar estampas com mais precisão.

O universo dos recursos digitais enriquece o trabalho, valorizando o traço manual.

Existem inúmeras possibilidades de utilização, tanto na criação direta da ilustração quanto na

combinação entre o desenho digital e outras técnicas tradicionais. Torna-se assim necessário

deter conhecimento abrangente a respeito das ferramentas e programas existentes, assim como

adquirir referências para compor o processo. Todas essas ferramentas auxiliam na elaboração

de uma ilustração autoral, com significação e impacto, diferindo-se dos desenhos de moda.

Uma ilustração que seja capaz de refletir a contemporaneidade, atingindo o expectador por

meio da sensibilidade e da experimentação:

Um possível ponto de referência que permite a diferenciação entre o desenho e ilustração é a própria idéia de comunicação do produto de moda. Se em ambos há a representação gráfica de peças de roupa ou acessório, o desenho ou croqui preocupa-se com seu detalhamento e características envolvidas em sua fabricação e na ilustração concentra-se na mensagem de moda intrínseca a este produto. A partir dessa perspectiva, podemos entender que a ilustração de moda está no campo experimental: novas estéticas, conceitos e técnicas de comunicação tanto de moda como de estilos de vida (GRAGNATO, 2008, p. 63)

A popularização dos computadores e criação de novos softwares, aliados à enorme

quantidade de informações encontradas na internet, livrarias, grupos de estudo e de discussão,

eventos e encontros, fez com que hoje a quantidade de designers e ilustradores expondo o

seu trabalho aumentasse consideravelmente. A disseminação de bons trabalhos através de

portfólios online e websites pessoais tornaram-se um desafio para o ilustrador iniciante. Agora,

cada artista pode digitalizar seus trabalhos e expô-los em sites especializados ou pessoais.

Assim, não somente todo o público pode apreciar, como também amplia-se a visibilidade e,

assim, há uma maior difusão da produção de ilustrações.

Ilustração digital na moda

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Design, Arte, Moda e Tecnologia. São Paulo: Rosari, Universidade Anhembi Morumbi, PUC-Rio e Unesp-Bauru, 2010 259

Não obstante possuir domínio das mídias artísticas tradicionais, como também

conhecimento abrangente sobre as ferramentas disponíveis dos softwares, o ilustrador

possui o desafio também de se diferenciar dos demais. A inclusão digital permite que muitos

outros artistas exponham o seu trabalho, gerando assim uma rede vasta de ilustrações,

ilustradores e imagens. Pode-se considerar que um dos maiores obstáculos para o ilustrador

na contemporaneidade é atingir a identidade visual de sua produção imagética.

Por outro lado, é exatamente o caráter personalizado e diversificado da ilustração que

têm lhe conferido o prestígio perdido para a fotografia. As imagens de moda retratadas através

dos ilustradores refletem além das inovações digitais, uma longa tradição pictórica, aliada ao

seu poder de comunicação. As ilustrações digitais fazem parte de nosso contexto cultural e

unem arte e tecnologia na busca da representação da expressividade contemporânea.

notasi Termo em inglês que significa, em tradução livre, tela de moda. As fashion plates eram imagens

que circulavam em revistas especializadas e através de costureiras, expondo o que havia de novo no

mundo da moda em forma de ilustração.

ii Disponível em: http://www.cadesign.com.br/artigos/comunicacao-entre-o-projetista-e-o-ilustrador.

html

iii Disponível em: http://www.webartigos.com/articles/3892/1/Cefetinho---A-Ilustracao-Pedagogica/

pagina1.html#ixzz16mcCZnn1

iv Pixel: abreviatura de picture element - elemento da imagem.

v As imagens na tela do computador são formadas por camadas de cores sobrepostas, chamadas de

RGB (a abreviatura do sistema de cores aditivas formado por Vermelho - Red, Verde - Green e Azul -

Blue). A união dessas camadas dá a cor da foto.

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