Introdução à Medicina Nuclear

60
Introdução a Medicina Nuclear Simone Brandão Médica Chefe do Serviço de Medicina Nuclear do HC-UFPE Professora Adjunta Depto. Medicina Clínica UFPE Doutora Medicina - USP DEPARTAMENTO DE MEDICINA CLÍNICA DISCIPLINA: MÉTODOS COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO 2014 [email protected]

description

nuclear

Transcript of Introdução à Medicina Nuclear

Page 1: Introdução à Medicina Nuclear

Introdução a Medicina Nuclear

Simone Brandão Médica Chefe do Serviço de Medicina Nuclear

do HC-UFPE Professora Adjunta Depto. Medicina Clínica – UFPE

Doutora Medicina - USP

DEPARTAMENTO DE MEDICINA CLÍNICA DISCIPLINA: MÉTODOS COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO

2014

[email protected]

Page 2: Introdução à Medicina Nuclear

Pierre Curie

Niels Henrik Bohr

(1885 - 1962)

Cientista dinamarquês. Rutherford

Enrico Fermi

Roentgen

(1845-1923)

Becquerel

JJ Thomson

Page 3: Introdução à Medicina Nuclear

1896 Henri Becquerel descobre "raios” de urânio

1897 Marie Curie deu o nome de "radioactivity" para os raios de urânio

1903 Alexander Graham Bell sugeriu colocação de fontes radioativas perto de tumores

1913 Frederick Proescher publicou o 1º estudo de injeção EV de radiação no tratamento de

várias doenças

1937 Saul Hertz, Arthur Roberts and Robley Evans estudou fisiologia tiroidiana com iodo-128

1938 John Livingood and Glenn Seaborg descobriram o Iodo-131

1938 Emilio Segre and Glenn Seaborg descobriram o Tecnécio-99m

1939 Charles Pecher observou captação de strontium-89 em metástases ósseas

1941 Saul Hertz deu a um paciente a primeira dose terapêutica de Iodo-131

1947 Benedict Cassen usou radioiodo para determinar quanto um nódulo acumula de iodo,

ajudando a diferenciar nódulos benignos de malignos

1947 George Moore usou radioiodo -131 labeled diiodofluorescein para localizar com "probe"

tumores cerebrais em cirurgias

EVOLUÇÃO DA MEDICINA NUCLEAR

Page 4: Introdução à Medicina Nuclear

1948 Abbott Laboratories começou a distribuir radioisótopos

1951 The U.S. Food and Drug Administration (FDA) aprovou iodeto-131 para

uso em pacientes com patologia de Tiróide

1951 Benedict Cassen, Lawrence Curtis, Clifton Reed and Raymond Libby

construiram um cintilógrafo para se mapear a glândula Tiróide

1959 Picker X-Ray Company lançou o 1º scanner retilíneo

1970 W. Eckelman and P. Richards desenvolveram a marcação de Kit . O 1º foi

o 99mTc-DTPA.

1973 Elliot Lebowitz introduziu Tálio-201 para perfusão miocárdica

1976 John Keyes desenvolveu a 1ª gama-câmara para SPECT

1978 David Goldenberg usou anticorpos marcados para Tumores em humanos.

EVOLUÇÃO DA MEDICINA NUCLEAR

Page 5: Introdução à Medicina Nuclear

1983 William Eckelman and Richard Reba realizaram o 1º SPECT cerebral com

neuroreceptor em humanos.

1995 ADAC Laboratories lança a 1ª gama-câmara para imagens com 18F-FDG PET

(imagens por coincidência)

1996 “Legitimidade” do PET cerebral

1999 Os estudos com Linfonodo Sentinela são aprovados para o diagnóstico e o

mapeamento de cânceres.

SÉCULO XXI – EQUIPAMENTOS HÍBRIDOS- SPECT-CT, PET-CT, PET-RM

INÚMEROS TRAÇADORES – MOLÉCULAS ESPECÍFICAS

MAPEAMENTO INDIVIDUALIZADO PARA CADA TIPO DE CÂNCER E DOENÇA

EVOLUÇÃO DA MEDICINA NUCLEAR

Page 6: Introdução à Medicina Nuclear

Histórico

Físico-Químico húngaro;

1943:Prêmio Nobel pelo

desenvolvimento dos radiotraçadores;

Estudou o chumbo e fósforo no

metabolismo de plantas e ratos;

“Pai dos radiotraçadores”.

George Charles de Hevesy

1859 -1906

Page 7: Introdução à Medicina Nuclear

Hermann Blumgart

Histórico

1926: pioneiro no uso de radiotraçador no homem;

Bismuto-214:avaliou a velocidade do fluxo sanguíneo

de um braço a outro

“Pai do uso diagnóstico dos

radiotraçadores”.

Page 8: Introdução à Medicina Nuclear

Frèdrèric Joliot Curie e Irène Curie

Histórico

Descobriram a radioatividade artificial;

1934:Direcionaram um feixe de partículas alfa de uma

fonte de rádio num alvo de alumínio.

Page 9: Introdução à Medicina Nuclear

Histórico

Ernest Lawrence

Físico americano;

1939:Prêmio Nobel de física

pela invenção do Cíclotron;

1901 -1958

Page 10: Introdução à Medicina Nuclear

Histórico

1905 -1989

Emílio Segre

Físico italiano;

1936/37:descobriu o Tc99m;

Page 11: Introdução à Medicina Nuclear

Histórico

Sam Seidlin

1949:Demonstrou a erradicação de metástase de CDT

pelo Iodo-131;

“Pai da radioiodoterapia”.

Page 12: Introdução à Medicina Nuclear

Histórico

Benedict Cassen

Inventor do cintilógrafo retilíneo (1950);

“Pai da imagem na Medicina

Nuclear”.

Page 13: Introdução à Medicina Nuclear

Histórico

1913 -1994

Marshall Brucer

Convenceu a Comissão de

Energia Atômica americana sobre

o benefício do uso de RF pelos

médicos;

Preconizou cursos de formação

médica;

1º presidente do SMN;

“Pai da estruturação da MN”.

Page 14: Introdução à Medicina Nuclear

Histórico

Hal Anger

1905 -1989

1957: câmara de cintilação;

Estudos dinâmicos e de corpo

inteiro;

“Pai da imagem dinâmica”.

Page 15: Introdução à Medicina Nuclear

O QUE É MEDICINA NUCLEAR?

Definida em 1972 pela OMS como especialidade médica que

abrange todas as aplicações do emprego de materiais

radioativos no:

DIAGNÓSTICO

TRATAMENTO

PESQUISA MÉDICA

Page 16: Introdução à Medicina Nuclear

Medicina Nuclear estuda fisiologia

dos órgãos Fins Diagnósticos

Traçadores RADIOATIVOS

99m

+

FÁRMACO

RADIOFÁRMACOS =

TC e RM Estudo Anatômico MNEstudo Funcional

Page 17: Introdução à Medicina Nuclear

Detecção da Radiação

RADIOATIVIDADE: núcleo muito energético, por ter excesso de partículas ou de

carga, tende a estabilizar-se, emitindo algumas partículas.

Page 18: Introdução à Medicina Nuclear

99

T1/2=66h.

99m

T1/2=06h.

Radioisótopos

Reator Cíclotron

Gerador

Page 19: Introdução à Medicina Nuclear

SPECT PET

Detecção da Radiação

Page 20: Introdução à Medicina Nuclear

Alfa 24

Beta -10

Gama 00

Próton 1p1

Deutério 1d2

Nêutron 0n1

Pósitron +10

Radiação ionizante

Isótopos Átomos de um mesmo elemento

químico com massas diferentes

H

A ENERGIA LIBERADA POR ÁTOMOS INSTÁVEIS (RADIOATIVOS) É

DENOMINADA DE RADIAÇÃO IONIZANTE

Page 21: Introdução à Medicina Nuclear

99

T1/2=66h.

99m

T1/2=06h.

Radioisótopos

Gerador

Boa disponibilidade

nos SMN

80% dos procedimentos em MN usam RF marcados com 99mTc

½ Vida relativamente curta (ótimo tempo para preparo do RF, fazer CQ,

injetar, fazer imagens e minimizar a dose de radiação absorvida)

Fóton de 140 keV (89% de abundância) ótima energia (gamacâmaras)

Page 22: Introdução à Medicina Nuclear

RADIOFÁRMACOS

Radioisótopo e Radiofármacos

Methylene diphosphonate

“ 99mTc- MDP ” Mercaptoacetyltriglycine

“ 99mTc - MAG3 ”

• Forma livre :

• Forma marcada:

99mTcO4-

Tecnécio-99m (99mTc)

RF são essenciais para o desempenho dos procedimentos em MN

Page 23: Introdução à Medicina Nuclear

“ in vitro “ - radioimunoensaio

- Provas funcionais: Fluxo Plasm Renal Efet (Hippuran- 131I)

Ritmo de Filtração Glomerular (EDTA-51Cr)

Sobrevida de hemácias (Cromato - 51Cr)

- Diagnóstico por imagem: CINTILOGRAFIA

anátomofuncional

metabólica

- Terapia

- tireóide - 131I

- dor óssea - 153 Sm

“in vivo”

MEDICINA NUCLEAR E IMAGEM MOLECULAR

Page 24: Introdução à Medicina Nuclear

RADIOFÁRMACOS

Vias de administração:

•Venosa

•Inalatória

•Oral

•Sondagem Vesical

•Sonda Naso Gástrica

Dosimetria: (Rad/3.5mCi)

corpo total 0.7

testículos 1.8

ovário 1.6

rins 4.2

intestino 0.9

Dose - Dosimetria

Cloreto de Tálio-201

Controles químicos, físicos e biológicos.

CINTILOGRAFIA

Page 25: Introdução à Medicina Nuclear

AGENTE ORGÃO-ALVO

99mTc-Pertechnetate

Estômago

99mTc-MDP

Bexiga

99mTc-DMSA

Rins

99mTc-Sestamibi

Cólon Proximal

99mTc-DTPA Aerosol

Fígado

201Thallium

Córtex Renal 67Gallium

Cólon Distal

F-18 FDG

Vias urinárias

N-13 Ammonia

CINTILOGRAFIA

Coração Cérebro

Baço

Osso

Pulmão

Tireoide

Page 26: Introdução à Medicina Nuclear

Câmara de Cintilação 1958 Anger

99mTc-Tecnécio

gama emissor

140 KeV

6 horas

Distribuição da luz

p/ posicionamento

De luz p/ carga

Energia-luz

(NaI)

Foco

Cintilografia

tempo

estatística de contagens

Page 27: Introdução à Medicina Nuclear

CINTILOGRAFIA

Estudo estático Estudo dinâmico

Estudo tomográfico Fusão de imagens

Page 28: Introdução à Medicina Nuclear

CINTILOGRAFIA Quantificação

apical médio basal

médio intensidade

extensão

volumes

FEVE

espessamento

motilidade

Page 29: Introdução à Medicina Nuclear

Medicina Nuclear e Imagem Molecular

Algumas aplicações clínicas

Page 30: Introdução à Medicina Nuclear

Avaliação da

Tireóide Diagnóstico

Terapia

Seguimento

99mTcO4- / 131I

Page 31: Introdução à Medicina Nuclear

Cintilografia

Osséa

Page 32: Introdução à Medicina Nuclear

Pesquisa de sangramento digestivo

99mTc Hemácias

Page 33: Introdução à Medicina Nuclear

Refluxo gastro-esofágico

Page 34: Introdução à Medicina Nuclear

Atresia biliar

Hepato-biliar

Normal 99mTc Disida

Page 35: Introdução à Medicina Nuclear

Cintilografia cerebral

99mTc ECD / 99mTc Ceretec

Page 36: Introdução à Medicina Nuclear

Infeccção - inflamação

Leucócitos 111In Gálio-67

Page 37: Introdução à Medicina Nuclear

Tumores

Gálio-67

Page 38: Introdução à Medicina Nuclear

Cintilografia renal

Dinâmica Estática 99mTc- DTPA

99mTc- DMSA

Page 39: Introdução à Medicina Nuclear

Cintilografia Pulmonar

Page 40: Introdução à Medicina Nuclear

Cintilografia pesquisa de shunt D-E

Page 41: Introdução à Medicina Nuclear

angiografia

radioisotópica

ventriculografia radioisotópica

FEVE = 52 % FEVE=40 %

Pós - QT Pré - QT

1

9

8 7 6

5

4 3 2

Page 42: Introdução à Medicina Nuclear

Perfusão miocárdica

Page 43: Introdução à Medicina Nuclear

OctreoScan (In -111 Pentetreotide)

análogo da somatostatina

tumores neuroendócrinos

IMAGEM MOLECULAR

MIBG (I-123 ou I-131metaiodobenzilguanidina)

derivado da guanidina

gastrinoma Feocromocitoma bilateral

Page 44: Introdução à Medicina Nuclear

Terapia molecular

Insulinoma maligno

Terapia com 90 Y-octreotide

Isotopos -emissores

153 Sm

90 Y

186 Re

177 Lu

32 P

89 Sr

Page 45: Introdução à Medicina Nuclear

proteína endógena de alta afinidade pela fosfatidilserine

APOPTOSE

99mTc-GLA

D-glucaric acid

NECROSE

Page 46: Introdução à Medicina Nuclear

IMUNOCINTILOGRAFIA

In-111 prostascint (anticorpo anti antígeno de membrana PSMA neo prostata)

In-111 oncoScint (CR/OV B72.3 MoAb) cancer colorectal e de ovário

Tc-99m CEA Scan ( Anti-CEA) cancer colorectal

In-111 antimyosin

Page 47: Introdução à Medicina Nuclear

Linfonodo Sentinela

Page 48: Introdução à Medicina Nuclear

PET Tomografia por emissão de pósitrons

511Kev

13N - 10 min 15O - 2 min 18F - 110 min 11C - 20 min

Produção dos

isótopos:

Cíclotron,

vários alvos,

produz 18F, 11C, 15O, 13N e outros

emissores de +

para aplicações

avançadas.

Síntese dos traçadores:

Módulos automáticos

para a produção de 11C-CO2,

11C-CH3I, 11C-HCN, 11C-acetate, 13N-NH3,

15O-O2, 15O-CO, 15O-CO2, 15O-H2O, 18F-FDG…

Outros traçadores devem

ser sintetizados « à mão »

em laboratório quente.

Page 49: Introdução à Medicina Nuclear

PET

Diagnóstico e estadiamento primário

LNH

>12000 detetores - resol 5 a 6 mm • Avanço para o diagnóstico, estadiamento e reestadiamento do câncer

• Detecta alterações bioquímicas das doenças antes das morfológicas

Page 50: Introdução à Medicina Nuclear

PET

colon

LH

Pré-tto Pós-tto

Page 51: Introdução à Medicina Nuclear

PET - quantificação

ativid (kBq)/ volume tecidual (ml)

dose iv (kBq) / peso (g) SUV=

SUV= 4.44 mg/ml SUV= 3.26 mg/ml

Page 52: Introdução à Medicina Nuclear

PET/CT

Fusão FDG CT

LH

Page 53: Introdução à Medicina Nuclear

SNC

Alzheimer

Page 54: Introdução à Medicina Nuclear

Perfusão

MIBI 99mTc

Metabolismo

FDG 18F

Viabilidade Miocárdica

Page 55: Introdução à Medicina Nuclear

PET/CT

Cardíaco

Rb-82

Angio Tc

Page 56: Introdução à Medicina Nuclear

Metabolismo de aminoácidos (incorporação a proteínas ou RNA)

11C- L methionine: gliomas

18F -tyrosina (FMT)(FET):tumores músculo esqueléticos

18F-FDopa: melanoma, tu carcinóide, ca medular, tu SNC

PET : outros traçadores

Proliferação celular (síntese ac nucleico)

18F-fluorothymidine (FLT): avaliação resposta terapêutica

Hipóxia

18F-fluoromisonidazole(FMISO): avaliação resposta terapêutica

Receptores de somatostatina

68Ga-DOTATOC: tumores neuroendócrinos

Receptores de estrógeno

18F-FES: mama

Angiogênese

18F-galacto-RGT: avaliação de terapia antiangiogênica

Apoptose

18F- annexin V

Page 57: Introdução à Medicina Nuclear

68Ga DOTATATE: TU neurendócrinos

Tumor carcinóide

18F FLT: proliferação celular

Ca sigmóide

Page 58: Introdução à Medicina Nuclear

Planejamento radioterápico

Page 59: Introdução à Medicina Nuclear

• High Sensitivity: >4% • High-resolution: 1.6mm • PET / CT Functionality Common Bed, Software Fusion

Pre-Clinical PET: eXplore

1) Courtesy: Indiana Univ., Gary Hutchins

1

Page 60: Introdução à Medicina Nuclear

OBRIGADA