Introdução à Transformada de Laplace Pt1

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Análise de Circuitos Elétricos III Prof. Danilo Melges ([email protected]) Depto. de Engenharia Elétrica Universidade Federal de Minas Gerais

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Análise de Circuitos Elétricos III

Prof. Danilo Melges

([email protected])

Depto. de Engenharia Elétrica

Universidade Federal de Minas Gerais

Page 2: Introdução à Transformada de Laplace Pt1

Introdução à Transformada de

Laplace

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A Transformada de Laplace (TL)

• TL: técnica para análise de circuitos de parâmetros

concentrados

• Facilita a análise de circuitos com elevado número

de nós e/ou de malhas

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A Transformada de Laplace em

Circuitos Elétricos

• Determinar a resposta transitória de circuitos;

• Encontrar a função de transferência: descrição da resposta em

regime permanente;

• Relacionar os comportamentos de um circuito nos domínios do

tempo e da freqüência;

• Transformar um conjunto de equações integro-diferenciais

(tempo) em equações algébricas (freqüência).

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���� = ℒ����

A Transformada de Laplace Bilateral

Representação alternativa:

A Transformada de Laplace Bilateral da função f(t) é dada por:

Ou seja, a TL é uma função da variável s.

Domínio do tempoDomínio da

freqüênciaTransf. Laplace

ℒ���� = � ����−� �∞−∞

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A Transformada de Laplace Unilateral (TLU)

• A TLU envolve uma integral imprópria

• Condição de existência da TL: a integral tem de convergir

• Funções sem TL: tt, exp(t2)

A Transformada de Laplace Unilateral da função f(t) é dada por:

���� = ℒ���� = � ����−� �∞0

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• A TLU “ignora” informações para t<0

• O que ocorre antes de t=0 é “traduzido” nas condições iniciais.

A Transformada de Laplace Unilateral da função f(t) é dada por:

A Transformada de Laplace Unilateral (TLU)

���� = ℒ���� = � ����−� �∞0

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• Se houver uma descontinuidade na origem?• limite inferior 0+: exclui a descontinuidade• limite inferior 0-: inclui a descontinuidade

���� = ℒ���� = � ����−� �∞0

A Transformada de Laplace Unilateral (TLU)

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A função degrau

• Descontinuidade na origem (t=0)=> e.g.: chaveamento

• Se K=1: função degrau unitário

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A função degrau

• Assume-se transição linear de 0- para 0+.

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A função degrau deslocada

• Degrau ocorrendo em t=a (a>0):

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A função degrau

• Função igual a K para t<a (a>0):

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Outras funções

Page 14: Introdução à Transformada de Laplace Pt1

��� = 2���� − �� − 1� +

�−2 + 4���� − 1� − �� − 3� +

�2 − 8���� − 3� − �� − 4�

Outras funções

• Pode-se formar outras funções a partir da função degrau:

Page 15: Introdução à Transformada de Laplace Pt1

��� = 2���� − �� − 1� +

�−2 + 4���� − 1� − �� − 3� +

�2 − 8���� − 3� − �� − 4�

Outras funções

• Pode-se formar outras funções a partir da função degrau:

Page 16: Introdução à Transformada de Laplace Pt1

��� = 2���� − �� − 1� +

�−2 + 4���� − 1� − �� − 3� +

�2 − 8���� − 3� − �� − 4�

Outras funções

• Pode-se formar outras funções a partir da função degrau:

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A função impulso (ou Delta de Dirac)

• A função impulso permite definir a derivada em uma descontinuidade � permite definir a TL dessa derivada.

Quando há descontinuidade finita em f(t), a derivada não é definida no ponto de descontinuidade.

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“Características” da função impulso

• Possui amplitude infinita e duração zero

• Não existe na natureza

• Modelo matemático se aproxima de alguns casos práticos

e.g.: operações de chaveamento e excitação com fontes impulsivas

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Derivada de uma função em uma descontinuidade

• Assume-se variação linear na descontinuidade: derivada=1/2 ϵ

• Quando ϵ→0, ocorre descontinuidade abrupta em t=0.

• Quando ϵ→0, f’(t) →∞

• A área sob a curva Af

permanece constante (igual a 1, neste caso)

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A função impulso

• Quando ϵ→0, f’(t)aproxima-se de um impulso unitário, δ(t)

f’(0) → δ(t), quando ϵ→0

• Quando Af≠1, a função impulso é denotada por Kδ(t), onde K é a área ou intensidade da função impulso.

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A função impulso

• Pode ser obtida a partir de uma função de parâmetro εque apresenta as seguintes características, quando ε→0:

• a amplitude tende a infinito;

• a duração tende para zero;

• a área sob a função permanece constante.

• Há muitas funções que apresentam esta característica.

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� �����∞−∞

= �

A função impulso: definição

• A função impulso é matematicamente definida por:

• Impulso que ocorre em t=a é denotado por K δ(t-a)

��� = 0, ≠ 0

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�� − �� = 0, ≠ ��� − �� = 1, = �

Propriedade de amostragem do impulso

Decorre de:

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A Transformada de Laplace da impulso

• Esta propriedade nos permite determinar a TL do impulso:

• Propriedade de amostragem do Impulso:

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Derivada do impulso

• A função f(t) gera um impulso quando ϵ→0:

• Derivada da função geradora do impulso (doublet):

δ’(t), quando ϵ→0

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TL da derivada do impulso

• Calculando a TL de f’(t):

Aplicando L’Hôpital

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TL da derivada n-ésima do impulso

• Pode ser obtida de forma semelhante ao procedimento realizado para a primeira derivada:

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Relação entre degrau e impulso unitário

• A função impulso pode ser considerada a derivada da função degrau:

Aproxima-se de uma função degrau unitário quando ϵ→0

Aproxima-se de uma função impulso unitário quando ϵ→0

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Transformadas Funcionais

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Transformada de Laplace do

Degrau unitário

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Transformada de Laplace do

Degrau unitário

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Transformada de Laplace da função

exponencial decrescente

���� = ℒ���� = � ����−� �∞0

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Transformada de Laplace da função

exponencial decrescente

���� = ℒ���� = � ����−� �∞0

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Transformada de Laplace do seno

ℒ����� = � �������−� �∞0−

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Transformada de Laplace do seno

ℒ����� = � �������−� �∞0− = � �� � − �− �

2 ! �−� �∞0−

= � �−��− �� − �−��+ ��2 �∞

0− = 12 " 1

� − � − 1� + �#

= ��2 + �2

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Tabela de Transformadas

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Propriedades da Transformada

de Laplace

(“Transformadas Operacionais”)

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Multiplicação por uma constante

Se

���� = ℒ���� = � ����−� �∞0

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Adição (subtração) no domínio do tempo

Se

���� = ℒ���� = � ����−� �∞0

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Diferenciação• Diferenciar no tempo corresponde a multiplicar F(s) por s e subtrair o valor inicial:

Ou seja, a diferenciação no tempo reduz-se a uma subtração na freqüência.

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Diferenciação

• Demonstração:

• Integrando por partes: u=e-st e dv=df(t)

• Assumindo que a Transformada existe, então: e-stf(t)=0 para t=∞:

−��0−� + � � ����−�∞0− � = ����� − ��0−�

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Transformada da Derivada de

segunda ordem

• A Transformada de Laplace de g(t) é dada por:

• Vamos tomar a 1ª derivada de f(t):

�2����2

• Desejamos calcular:

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�$��� = �2���

�2

Transformada da Derivada de

segunda ordem

• Mas desejamos:

Transf. Laplace

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Transformada de Laplace da

Derivada de ordem n

• TL da Derivada de ordem n:

• TL da Derivada de ordem 2:

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Integração

• Integrando por partes:

• TL da Integral:u dv

vdu

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• Integrando por partes: 0

• Logo:

Integração

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Deslocamento no tempo

• Como u(t-a)=0 para t<a:

���� = ℒ���� = � ����−� �∞0

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Deslocamento no tempo

• Mudando a variável de integração: x=t-a (t=x+a)

ℒ��� − ���� − �� = � ��%��−��%+��∞0

�% = �−�� � ��%��−�%∞0

�%

• Logo:

ℒ��� − ���� − �� = �−�� ����

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Deslocamento na freqüência

Demonstrar...

• O deslocamento na freqüência corresponde a uma multiplicação por uma exponencial no tempo:

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Mudança de escala

Demonstrar...

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ℒ�&'� � = ��2 + �2

Usando as propriedades da TL

• Sabendo que

• E, dada a propriedade do deslocamento na freqüência:

• Temos: ℒ��−� &'� � = � + ��� + ��2 + �2

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Propriedades da TL

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Aplicação da TL à análise de

circuitos

• Descrevemos o circuito por meio de uma equação integro-diferencial em v(t) (equação nodal):

Não há

energia inicial

armazenada no circuito

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Aplicação da TL à análise de

circuitos

Abertura da chave=degrau de corrente

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Aplicação da TL à análise de

circuitos

• Transformar a equação para o domínio da freqüência: equação algébrica em s

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Aplicação da TL à análise de

circuitos

• Transformar a equação para o domínio da freqüência: equação algébrica em s

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Aplicação da TL à análise de circuitos

• Resolvemos a eq. Algébrica (vc(0-)=0):

Não há

energia inicial armazenada

no circuito

0

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Aplicação da TL à análise de circuitos

• Calcular a Transformada Inversa de Laplace para obter v(t) a partir de V(s):

• Verificamos a validade da expressão no domínio do tempo.