INVESTIMENTO Japaratuba terá creche- · 2016-01-27 · 4 | MUNICÍPIOS Aracaju – SE, Ano 31,...

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4 | MUNICÍPIOS Aracaju – SE, Ano 31, Edição 1647 3 a 9 de novembro de 2014 www.cinform.com.br WhatsApp: (79) 9647-3370 E-mail: [email protected] GERAL 51698 51876 Com o objetivo de aproxi- mar os diversos elos da cadeia produtiva do leite da Região Nordeste, Aracaju vai abrigar a 12ª edição do Encontro Nordestino do Setor de Leite e Derivados - Enel -, entre os dias 5 e 7 de novembro, no Centro de Convenções de Sergipe. Criado em 2003 pelo Se- brae do Rio Grande do Norte, o Enel reúne produtores ru- rais, fornecedores, indústrias de derivados, queijarias arte- sanais, laboratórios de análi- se e mercado. Para fomentar a atividade leiteira em toda Região Nordeste, o evento é itinerante, contemplando um Estado a cada edição. Na ocasião, os produtores rurais sergipanos terão a oportunidade de conhecer o que há de novo no mercado, além da experiência vivida por produtores de leite de outras regiões. Entre os ex- positores, estará uma equipe do Instituto Biosistêmico - IBS - uma organização do terceiro setor que dissemina tecnologia e informação para o desenvolvimento sustentá- vel do homem do campo. Em parceria com o Sebrae, o IBS atua em projetos de fomento à pecuária leiteira nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste. Por meio desses projetos, os produ- tores recebem consultoria especializada de médicos veterinários, zootecnistas e engenheiros agrônomos, com foco na qualidade e aumento da produtividade. Atualmen- te, cerca de 1800 produtores rurais são atendidos pelo instituto, com acesso aos laboratórios móveis, como o Vaca Móvel e o Rufião Móvel que estarão expostos para visitação durante o Enel. TECNOLOGIA O Vaca Móvel dispõe de equipamentos para a reali- zação de diferentes testes que apresentam índices de quali- dade do leite. Com os resul- tados, é possível recomendar ajustes nutricionais, além de orientar medidas sanitárias para o rebanho. Já o Rufião Móvel é equi- pado com aparelho de ul- trassom para a realização de exames no gado. Permite a sincronização das matri- zes, diagnóstico de gestação, seleção e classificação de matrizes. De acordo com Daniel De- lefine, diretor de pecuária do IBS, o instituto também de- senvolve tecnologias de me- lhoramento genético como Gene Leite - com fertiliza- ção in vitro e transferência de embriões - e o CRIATF - Programa de reprodução inteligente com inseminação artificial por tempo fixo. “Cada região apresenta uma realidade específica a ser trabalhada. Desenvolvemos um plano de ações tendo em vista as condições da região e de cada propriedade. Os resultados têm sido satisfató- rios mesmo em meio as difi- culdades como a última seca que atingiu todo Nordeste, no período de 2011 a 2013”, afirma Daniel. RESULTADOS NA SECA Mesmo com a estiagem prolongada, o produtor de leite Saulo Wanderley da Nóbrega conseguiu manter a produtividade da Fazenda Mulungu, em São João do Sabogi, no Sertão do Rio Grande do Norte. “Num momento em que muitos produtores deixaram de produzir ou diminuíram a produção, eu não deixei de entregar o leite para o lati- cínio”, relata Saulo. Com 20 anos de experi- ência na atividade leiteira, ele atribui a constância na produção à consultoria que recebe, há dois anos, no projeto Leite e Genética, desenvolvido pelo Sebrae/ RN com execução da con- sultoria pelo IBS. Graças ao manejo de alimentação adequado, o rebanho per- maneceu numa condição corporal boa, sem perdas significativas. Foi necessário recorrer às cactáceas e com- prar alimento fora. “A parte reprodutiva ajus- tada, a partir do trabalho feito com o Rufião Móvel, foi fundamental para o nos- so planejamento e a cons- tância nas lactações. Antes, trabalhávamos com possi- bilidades, sem a certeza que hoje temos com os exames de ultrassom. Depois do Vaca Móvel, identificamos as falhas e conseguimos acabar com a mastite. Há cerca de dez meses, não tivemos mais nenhum caso da doença”, assegura Saulo Wanderley. Sergipe recebe a 12ª edição do Encontro Nordestino do Setor de Leite e Derivados EVENTO INVESTIMENTO Japaratuba terá creche- escola altamente moderna Nova escola de educação infantil possuirá um modelo padrão do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação e beneficiará cerca de 240 crianças A construção de uma nova unidade de ensino in- fantil, altamente moderna, deve começar em breve em Japaratuba, Região Leste do Estado. A edificação do prédio é fruto de um con- vênio entre o município e o Governo Federal, cujo recurso é proveniente do programa Proinfância, do Ministério da Educação. A creche-escola será er- guida no Conjunto Maria Madalena e receberá até 240 crianças, com idade até cinco anos. Com salas de aula, sala de informá- tica, biblioteca, sanitários, fraldários, recreio coberto, parque, refeitório, entre outros espaços, a creche permitirá a realização de atividades pedagógicas, recreativas, esportivas e de alimentação, além de ad- ministrativas e de serviço. A nova escola de educa- ção infantil possuirá um modelo padrão do Fundo Nacional do Desenvolvi- mento da Educação - FNDE -, nomeado de “tipo B”. Para a construção, segun- do o secretário de Obras de Japaratuba, Arnaldo Neto, serão utilizadas metodo- logias inovadoras, visando atender a três premissas básicas do programa: custo da construção, tempo de execução e qualidade. CONSTRUÇÃO “Isso implica um custo global, compatível ou me- nor que o preço referência do FNDE para estabeleci- mentos de ensino público; tempo reduzido de execu- ção da obra e ao mesmo tempo, garantindo a quali- dade do ambiente constru- ído”, analisa Arnaldo. De acordo com ele, o pro- cesso licitatório para a obra foi iniciado pelo Ministério da Educação, sendo aderido pela Prefeitura de Japaratuba. Dessa forma, a gestão adquiriu o terreno para a construção do prédio, está preparando a área, e a em- presa que venceu o proces- so licitatório do Ministério da Educação executará os serviços. Para que as obras sejam iniciadas o mais breve pos- sível, o secretário e os en- genheiros da empresa res- ponsável, Rogério Ribeiro e Roberto Jabur, visitaram o local onde a creche-escola será erguida. O engenheiro Rogério Ribeiro destaca que, após a liberação do terreno pre- parado, a obra começa a ser executada, com prazo para finalização de seis meses. “Os serviços serão reali- zados dentro desse período por causa da tecnologia utilizada pela nossa em- presa. Tudo altamente mo- derno e enquadrado nos parâmetros estabelecidos pelo programa”, explicou, informando também que a obra possibilitará a con- tratação de mão de obra no município. Satisfeito com a notícia, o prefeito de Japaratuba, Hélio Sobral, ressalta que a construção da nova uni- dade de ensino melhorará a Educação do município. “Nos esforçamos para inserir a cidade nesse pro- grama, porque vimos a importância dele para Ja- paratuba”, afirma, acres- centando que a creche- escola beneficiará a todos os moradores, em especial, os que residem no Conjunto Maria Madalena.

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Com o objetivo de aproxi-mar os diversos elos da cadeia produtiva do leite da Região Nordeste, Aracaju vai abrigar a 12ª edição do Encontro Nordestino do Setor de Leite e Derivados - Enel -, entre os dias 5 e 7 de novembro, no Centro de Convenções de Sergipe.

Criado em 2003 pelo Se-brae do Rio Grande do Norte, o Enel reúne produtores ru-rais, fornecedores, indústrias de derivados, queijarias arte-sanais, laboratórios de análi-se e mercado. Para fomentar a atividade leiteira em toda Região Nordeste, o evento é itinerante, contemplando um Estado a cada edição.

Na ocasião, os produtores rurais sergipanos terão a oportunidade de conhecer o que há de novo no mercado, além da experiência vivida por produtores de leite de outras regiões. Entre os ex-positores, estará uma equipe do Instituto Biosistêmico - IBS - uma organização do terceiro setor que dissemina tecnologia e informação para o desenvolvimento sustentá-vel do homem do campo.

Em parceria com o Sebrae, o IBS atua em projetos de fomento à pecuária leiteira nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste. Por meio desses projetos, os produ-tores recebem consultoria especializada de médicos veterinários, zootecnistas e engenheiros agrônomos, com foco na qualidade e aumento da produtividade. Atualmen-te, cerca de 1800 produtores

rurais são atendidos pelo instituto, com acesso aos laboratórios móveis, como o Vaca Móvel e o Rufião Móvel que estarão expostos para visitação durante o Enel.

TECNOLOGIAO Vaca Móvel dispõe de

equipamentos para a reali-zação de diferentes testes que apresentam índices de quali-dade do leite. Com os resul-tados, é possível recomendar ajustes nutricionais, além de orientar medidas sanitárias para o rebanho.

Já o Rufião Móvel é equi-pado com aparelho de ul-trassom para a realização de exames no gado. Permite a sincronização das matri-zes, diagnóstico de gestação, seleção e classificação de matrizes.

De acordo com Daniel De-lefine, diretor de pecuária do IBS, o instituto também de-senvolve tecnologias de me-lhoramento genético como Gene Leite - com fertiliza-ção in vitro e transferência de embriões - e o CRIATF - Programa de reprodução inteligente com inseminação artificial por tempo fixo.

“Cada região apresenta uma realidade específica a ser trabalhada. Desenvolvemos um plano de ações tendo em vista as condições da região e de cada propriedade. Os resultados têm sido satisfató-rios mesmo em meio as difi-culdades como a última seca que atingiu todo Nordeste, no período de 2011 a 2013”, afirma Daniel.

RESULTADOS NA SECAMesmo com a estiagem

prolongada, o produtor de leite Saulo Wanderley da Nóbrega conseguiu manter a produtividade da Fazenda Mulungu, em São João do Sabogi, no Sertão do Rio Grande do Norte. “Num momento em que muitos produtores deixaram de produzir ou diminuíram a produção, eu não deixei de entregar o leite para o lati-cínio”, relata Saulo.

Com 20 anos de experi-ência na atividade leiteira, ele atribui a constância na produção à consultoria que recebe, há dois anos, no projeto Leite e Genética, desenvolvido pelo Sebrae/RN com execução da con-sultoria pelo IBS. Graças ao manejo de alimentação adequado, o rebanho per-maneceu numa condição corporal boa, sem perdas significativas. Foi necessário recorrer às cactáceas e com-prar alimento fora.

“A parte reprodutiva ajus-tada, a partir do trabalho feito com o Rufião Móvel, foi fundamental para o nos-so planejamento e a cons-tância nas lactações. Antes, trabalhávamos com possi-bilidades, sem a certeza que hoje temos com os exames de ultrassom. Depois do Vaca Móvel, identificamos as falhas e conseguimos acabar com a mastite. Há cerca de dez meses, não tivemos mais nenhum caso da doença”, assegura Saulo Wanderley.

Sergipe recebe a 12ª edição do Encontro Nordestino do Setor de Leite e Derivados

EVENTO

INVESTIMENTO

Japaratuba terá creche-escola altamente modernaNova escola de educação infantil possuirá um modelo padrão do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação e beneficiará cerca de 240 crianças

A construção de uma nova unidade de ensino in-fantil, altamente moderna, deve começar em breve em Japaratuba, Região Leste do Estado. A edificação do prédio é fruto de um con-vênio entre o município e

o Governo Federal, cujo recurso é proveniente do programa Proinfância, do Ministério da Educação.

A creche-escola será er-guida no Conjunto Maria Madalena e receberá até 240 crianças, com idade até cinco anos. Com salas de aula, sala de informá-tica, biblioteca, sanitários, fraldários, recreio coberto, parque, refeitório, entre outros espaços, a creche permitirá a realização de atividades pedagógicas, recreativas, esportivas e de alimentação, além de ad-ministrativas e de serviço.

A nova escola de educa-ção infantil possuirá um modelo padrão do Fundo Nacional do Desenvolvi-mento da Educação - FNDE -, nomeado de “tipo B”.

Para a construção, segun-do o secretário de Obras de Japaratuba, Arnaldo Neto, serão utilizadas metodo-logias inovadoras, visando atender a três premissas básicas do programa: custo da construção, tempo de execução e qualidade.

CONSTRUÇÃO“Isso implica um custo

global, compatível ou me-

nor que o preço referência do FNDE para estabeleci-mentos de ensino público; tempo reduzido de execu-ção da obra e ao mesmo tempo, garantindo a quali-dade do ambiente constru-ído”, analisa Arnaldo.

De acordo com ele, o pro-cesso licitatório para a obra foi iniciado pelo Ministério da Educação, sendo aderido pela Prefeitura de Japaratuba.

Dessa forma, a gestão adquiriu o terreno para a

construção do prédio, está preparando a área, e a em-presa que venceu o proces-so licitatório do Ministério da Educação executará os serviços.

Para que as obras sejam iniciadas o mais breve pos-sível, o secretário e os en-genheiros da empresa res-ponsável, Rogério Ribeiro e Roberto Jabur, visitaram o local onde a creche-escola será erguida.

O engenheiro Rogério Ribeiro destaca que, após a liberação do terreno pre-parado, a obra começa a ser executada, com prazo para finalização de seis meses.

“Os serviços serão reali-zados dentro desse período por causa da tecnologia utilizada pela nossa em-

presa. Tudo altamente mo-derno e enquadrado nos parâmetros estabelecidos pelo programa”, explicou, informando também que a obra possibilitará a con-tratação de mão de obra no município.

Satisfeito com a notícia, o prefeito de Japaratuba, Hélio Sobral, ressalta que a construção da nova uni-dade de ensino melhorará a Educação do município.

“Nos esforçamos para inserir a cidade nesse pro-grama, porque vimos a importância dele para Ja-paratuba”, afirma, acres-centando que a creche-escola beneficiará a todos os moradores, em especial, os que residem no Conjunto Maria Madalena.

MUNICÍPIOS | 5Aracaju – SE, Ano 31, Edição 1647 3 a 9 de novembro de 2014 www.cinform.com.br

WhatsApp: (79) 9647-3370E-mail: [email protected]

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ESTÂNCIA

Cargos comissionados zombam de funcionários com salários em atraso

SEM NOÇÃO

Os servidores da Prefeitura de Rosário do Catete, no Leste sergipano, estão passando por dias ruins. Isso porque tem havido constantes atrasos nos pagamentos dos salários, que são repassados em duas vezes - 40% na primeira quinzena do mês e 60% no dia 30. No en-tanto, em praticamente todos os meses, eles têm recebido o valor integral no fim do mês, por causa do atraso.

Mas isso não é o pior. Na úl-tima semana, os funcionários foram surpreendidos com al-gumas imagens de pessoas que ocupam cargos comissionados “ostentando”, a fim de provocar aqueles que não estão com os salários em dia.

A pirraça rendeu. Muitos

servidores ficaram indignados, mas preferem se calar com medo de retaliações por parte da administração municipal.

SEM RECEBER“Os atrasos têm sido cons-

tantes para efetivos e con-tratados. Exceto para comis-sionados”, confirma Delson Leão, presidente da Câmara de Vereadores de Rosário.

Para Delson, o que os co-missionados fizeram foi uma afronta. “Uma verdadeira falta de respeitos com o cidadão que trabalha e não recebe seu salário no prazo”, critica.

De acordo com ele, a em-presa Via Norte, contratada para a limpeza da cidade, está com quatro meses atrasados.

Os funcionários, inclusive, fizeram uma paralisação das atividades.

“Alguns dentro do quadro receberam, enquanto que a maioria, principalmente os que atuam na linha de frente,está com débitos há tanto tempo. Fiquei indignado”, afirma.

O primeiro secretário Hélio dos Santos também critica os atrasos salariais. E vai além. De acordo com ele, há obras ina-cabadas, abandono de espaços públicos e festas exorbitantes gastas com o dinheiro público.

“Não podemos concordar com esse Governo fadado ao fracasso. O povo precisa acordar e não aceitar mais esse tipo de Governo aqui em Rosário”, diz.

CAOS

Prefeitura atrasa dois meses de salários Na cidade de Gararu, Alto Sertão sergipano, a única coisa que ainda parece orgulhar os moradores é a linda vista do rio São Francisco.

Fora isso, o que a reportagem viu foi uma cidade pobre, com povoados abandonados e um comércio parado. Esse quadro tem se agravado devido ao atra-so de dois meses nos salários dos servidores municipais.

De acordo com Karina Leão, presidente do Sindicato dos Funcionários Públicos do Mu-nicípio de Gararu, os servidores municipais estão sofrendo desde o início da atual gestão do pre-feito Antônio Andrade, mais conhecido como Toinho de Rol-lemberg, PROS. “O servidor pú-blico nunca foi prioridade para esse prefeito”, afirma Karina.

Os atrasos nos salários já vi-nham acontecendo com alguma regularidade, com pagamentos fora do dia estipulado. Mas, nesses últimos dois meses a situação se complicou.

“Estamos há dois meses sem receber. Trabalhadores que não moram na cidade não têm mais como pagar transporte ou combustível para vir trabalhar”, diz a presidente.

ALI BABÁSegundo Karina, as pessoas

em Gararu dependem muito dos salários da Prefeitura, visto que na maioria das famílias há sempre um membro que é servidor público.

“O servidor está todo endi-vidado e o comércio local está sofrendo com a falta de dinheiro nas mãos das pessoas”, revela.

“O prefeito diz que a Prefeitura não tem dinheiro, mas vive gas-tando dinheiro com festas públi-

cas. Noutro dia se fantasiou de Ali Babá e postou no Facebook. Isso é zombar com a cara do povo”, indigna-se a presidente.

Ainda segundo Karina, corre um boato na cidade de que o prefeito comprou um aparta-mento em Copacabana por R$ 2 milhões para a mulher - que é se-cretária da Assistência Social em Gararu - e que postou também na rede social, causando desconfian-ça e indignação no povo.

UM MAIS UM = A ZEROOutra voz descontente é a

do professor de Matemática Jâmisson Barros, que milita no Sintese. “É um descaso total com os servidores. Na campa-nha ele dizia que a cidade tinha dinheiro, mas não tinha admi-nistrador. E agora?”, interroga o professor. Segundo o docente, o atual prefeito cortou gratifica-ções e direitos adquiridos aos professores.

Jâmisson alertou que muitos professores já estão passando por dificuldades financeiras devido ao atraso no salário e que o Sintese estuda a possibilidade de fornecer cestas básicas.

“Vamos dar cestas básicas para os professores que esti-verem carenciados. Eu mesmo estou vivendo de uma poupan-ça e da ajuda familiar”, revela Jâmisson.

O Sintese já fez uma Carta Aberta à população de Gararu, explicando a situação deplo-rável em que se encontra a Educação e com uma lista de reivindicações que os professo-res julgam necessárias.

Outro acontecimento inu-sitado deu-se na rua do chefe de cozinha Edvaldo Freitas, no Povoado Lagoa Primeira. “Por

falta de pagamento, a dona de uma empresa de construção levou todos os paralelepípedos que serviriam para calçar a rua. Com isso, a obra ficou pela me-tade. E ainda ameaçou, dizendo que viria arrancar os que já estavam prontos”, diz Edvaldo.

SEM CHAFARIZA reportagem foi ao Povoado

da Palestina e se deparou com um lugar entregue às moscas. Lixo, casas caindo aos pedaços, população desempregada e crianças sem escola.

“Tem dois meses que não se faz a coleta de lixo aqui. Os fun-cionários não recebem salários e as ruas ficam imundas”, diz um morador que preferiu não se identificar.

“Até o chafariz, onde as pes-soas buscavam água, o prefeito fechou. Muitas casas não têm água encanada e ficam sem água. Nas que têm encanada, as pessoas, como são pobres, não conseguem pagar a conta e têm o fornecimento cortado. O cha-fariz servia à toda a população”, afirma o morador.

A casa do Centro de Convi-vência para os jovens da Pa-lestina foi invadida por uma moradora que se mudou para lá. Fátima Silva e os quatro filhos tiveram que abandonar a casa deles por razões de Segurança.

“Minha casa ia cair e a mu-lher do prefeito esteve aqui e mandou ao ir para o Centro até que a situação fosse resolvida”, afirma Fátima.

A EXPLICAÇÃOO prefeito Toinho de Rollem-

berg, confrontado com tantas acusações, defende-se dizendo que recebeu uma Prefeitura

falida e que está tendo trabalho em equilibrar as contas.

“Quando eu assumi, a Prefeitu-ra já tinha um atraso dois meses mais o 13º dos salários dos fun-cionários. Contratei uma empre-sa para fazer um estudo na folha de pagamentos e me deparei com uma situação insustentável. Fizemos um levantamento entre maio e junho do ano passado e mandamos ao Ministério Públi-co”, relatou o prefeito.

Toinho disse ainda que as-sinou um termo de ajuste dos salários atrasados da outra ges-tão e que conseguiu dividir em 17 parcelas.

“Estávamos conseguindo ir

pagando todas as dívidas, mas como não foi permitido um reajuste do aumento de 2% no Fundo de Participação, em julho de 2014 a Prefeitura já não conseguia mais suportar as contas”, conta.

DINHEIRO PRESOO prefeito revela que em agos-

to passado procurou a Justiça para explicar a situação das contas da Prefeitura e tentar achar uma solução. O Ministério Público bloqueou as contas e exi-giu que a Prefeitura criasse um cronograma de pagamento para que fosse feito o desbloqueio.

“Estava com o dinheiro dos

pagamentos de setembro na conta desde o dia 10 de outubro. Só foi liberado na última sexta, 31”, diz Toinho. “Eu mesmo es-tou sem salário há três meses”, revela o prefeito.

Ele diz que já demitiu cerca de 80% dos comissionados e contratados e que tirou as grati-ficações dos efetivos para que as contas diminuíssem. O prefeito ainda afirma que com essas medidas espera acertar todas as contas até 12 de janeiro de 2015.

Toinho lembra que fechou seis Secretarias por necessidade de diminuição de gastos e garante que desde que assumiu já dimi-nuiu a folha em torno de 20%.