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Irmãs Beneditinas da Divina Providência Província da Divina Providência Março/ Abril e Maio- Ano 2012

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Irmãs Beneditinas da Divina Providência Província da Divina Providência

Março/ Abril e Maio- Ano 2012

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Editorial .............................................................................................................................................................................3

Palavras de Esperança

“Maria guardava tudo no coração”.........................................................................................................................4

Especial

Lembrança de Irmã Maria Valcidineis..................................................................................................................5

Missa da Esperança.......................................................................................................................................................6

Momento de Espiritualidade

Alegria da doação..........................................................................................................................................................7

Aconteceu virou notícia

Encontro de Superioras...............................................................................................................................................9

“Mestre eu te seguirei por onde quer que fores.............................................................................................10

Um sonho se fez realidade.......................................................................................................................................11

Paixão de Cristo............................................................................................................................................................12

Jesus, o bom Pastor.....................................................................................................................................................14

IX Jornada da Diocesana da Juventude Católica Guineense......................................................................15

Que Deus abençoe.......................................................................................................................................................17

Cerne ................................................................................................................................................................................17

Serviço de Animação Vocacional

Missão em Maranguape – Fortaleza...................................................................................................................18

Semana de oração pelas vocações......................................................................................................................19

A vocação , dom do amor de Deus.......................................................................................................................21

Formação em foco

Aspirantado..................................................................................................................................................................22

Noviciado......................................................................................................................................................................22

Juniorato .......................................................................................................................................................................27

Experiência Partilhada

Formação Permanente............................................................................................................................................34

Formação Permanente em Vinhedo .................................................................................................................35

Carisma em ação.......................................................................................................................................................36

Culinária........................................................................................................................................................................39

Fique por dentro

Comunicados ..............................................................................................................................................................39

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“A comunidade é o lugar privilegiado para a formação e deve estar sempre em estado de

formação permanente”.

Estamos vivenciando um tempo privilegiado de graça. Tempo de Capítulos

Provinciais e de preparação para o Capítulo Geral. Tempo de refletir, rever

nossas raízes e de renovar nosso modo de ser e viver.

E como não poderia ser diferente, nesses meses tivemos a oportunidade de

nos encontrarmos e de juntas partilharmos nossas vidas, nossa caminhada e

nossas esperanças para o presente e o futuro (como verão em alguns artigos).

É muito gratificante constatar que apesar dos desafios que o mundo atual nos coloca, temos forte dentro de nós a

marca do nosso Carisma, e é justamente ele que nos impulsiona a continuar nossa missão, procurando ser

testemunhas do Cristo com o coração alegre e esperançoso.

Refletindo sobre nossas Constituições, pudemos experimentar de uma forma nova, como os discípulos de Emaús,

nosso coração arder, vibrar por aquilo que é nosso, pela expressão concreta da vivência de nossa consagração

como Irmãs Beneditinas da Divina Providência. Também tivemos a oportunidade de pedir perdão a Deus Pai

Providente pelas vezes que não buscamos em nossa “regra” de vida e em sua Palavra o alimento necessário para

alimentar a chama da nossa vocação e consagração. Pelas vezes que nos deixamos influenciar pela sociedade que

têm como valores o individualismo, o ativismo, o infantilismo, o comodismo, e tantas outras coisas que de forma

camuflada vai adentrando também em nossas vidas.

Sem dúvida somos filhas da Providência e Deus Pai Providente tem um olhar especial por cada uma de nós. Nossa

formação, já começou aí, quando fomos desejadas e pensadas pela Providência antes mesmo de nascermos. E ela

se prolonga por toda a nossa vida à medida que vamos nos deixando modelar pelo Divino Oleiro.

Assim podemos testemunhar e constatar o quanto é importante a nossa formação, pois é ela que nos dá a base, é

ela que nos leva a ter os mesmos sentimentos de Jesus, que nos ajuda a nos renovarmos, a termos a capacidade

de viver a comunhão fraterna, a aumentar a nossa liberdade interior, não uma liberdade mal compreendida, mas

uma liberdade que nos leva a autotranscedência teocêntrica.

Com isso, compreendemos o quanto é importante para comunidade, pois ela é o lugar privilegiado da formação.

São Bento compreendeu isso e abandonou a vida eremítica para viver a vida em comunidade.

Que nós saibamos, a exemplo de nosso pai e protetor, dar o devido valor à vida comunitária, e fazer dela

instrumento de crescimento e entreajuda. E que nós possamos vivenciar cada momento deste tempo de graça,

para crescermos no amor a Cristo, à nossa Família Religiosa e à Igreja. Para que possamos ser, de fato, sinais da

Providência, como nossas Fundadoras e Servas de Deus, Maria e Giustina Schiapparoli.

Nosso abraço fraterno a todas e a recordação de que “a coragem não vem da força física e sim de uma vontade

consciente”.

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Queridas Irmãs, Formandas e Oblatos,

A Divina Providência nos quer como humildes instrumentos em suas mãos.

Deixemo-nos guiar por Deus que sabe do que de fato necessitamos para completar

sua obra em nós e em toda a humanidade.

Tenhamos o olhar atento para a realidade ao nosso redor. Acolhamos em nós o

tempo da graça, que está passando em nossa vida neste exato momento. Sejamos

sensíveis às manifestações de Deus através de suas mediações.

Com alegria e generosidade, queremos vivenciar esse tempo de graça a nós

ofertado pelo Senhor da História. Num espírito de fé, com o coração agradecido ao

Senhor da vida, por seus inúmeros benefícios derramados sobre toda a

humanidade, fazemos memória de todas as MÃES e de NOSSA SENHORA, NOSSA

MÃE E MÃE DE DEUS, neste mês a elas dedicado.

João Paulo Dantas, Seminarista Consagrado na Comunidade de Vida Shalom em seu artigo sobre Nossa Senhora

nos diz: “Que grande mistério: uma mulher, uma criatura, tornou-se a Mãe de Deus! Através desse mistério,

podemos perceber até onde vai o amor de Deus, que não “calcula”, que não se guia meramente pelas “lógicas” e

“sabedorias” humanas e que, muitas vezes, parece, aos olhos do mundo, loucura (cf. 1 Cor 1,17-25)”.

Maria recebeu, sem dúvida, imensa honra da parte de Deus, mas, é preciso que nos atenhamos à seguinte

verdade: em Maria, toda a humanidade recebeu o privilégio sem igual de acolher o próprio Deus Eterno, que

entrando na história se fez Homem, como eu, como você, como Maria... Deus se tornou um de nós, Deus se

tornou um conosco (Emanuel – Is 7,14), e nós nos tornamos um com Ele. Você já meditou sobre isso? Você já

mergulhou em oração neste mistério?

A Maternidade Divina de Maria é um grande convite que Deus nos faz para que descubramos, ainda que já o

tenhamos feito, a imensidade de seu amor por nós. Ele que nos amou tanto, que quis se tornar um de nós, quis

ser gerado no seio de uma mulher, como todos nós, quis ser amamentado, educado, ajudado, amado... Por uma

mãe, como nós... E se Ele a amou de todo coração, aos moldes de um bom filho, como não amá-la? Como é que

nós, que somos cristãos, que fomos salvos por Cristo, que, pelo Batismo, nos tornamos partícipes de seu corpo,

podemos não amar Maria? Ela que é mãe de Cristo, cabeça da Igreja, é mãe de todos nós que somos membros de

Cristo (1 Cor 12,12-30).

Dizer que Maria é mãe de Deus é dizer que Maria é Mãe nossa, minha mãe, sua mãe, nossa mãe... e João nos

deixa isso claro em seu Evangelho: “Jesus então, vendo a sua mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse à

sua mãe: ‘Mulher, eis o teu filho’. Depois disse ao discípulo: ‘Eis a tua mãe’. E a partir dessa hora, o discípulo a

recebeu em sua casa”(Jo 19,26-27).

Sabemos que a Palavra de Deus é Eterna e que você é muito amado por Jesus, portanto, escute o Filho de Maria

que te diz: “João, Maria, Fernando, Francisca... eis aí tua Mãe, EIS AÍ NOSSA MÃE!!!”.

Palavras de Esperança

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Meditando sobre essas palavras profundas, a nós cabe o silêncio, que nos auxilia a acolher o mistério de Deus em

nossa vida. Silêncio fecundo que nos reporta para o papel importante de Nossa Senhora na história da salvação.

Faz-se necessário destacar o que Maria nossa Mãe, nos ensina com sua vida e com seus gestos, no seu silencio

frutuoso. Devemos seguir o seu exemplo: ela não se contentava apenas em ver as coisas, meditava-as. Mas além

de meditar, Nossa Senhora agia. De sua ação, brotam virtudes que devemos imitar, para que nossa vida gere vida

para muitas outras pessoas:

Humildade: “Eis a serva do Senhor. “Faça-se em mim, segundo Tua Palavra”. O serviço/doação: Nossa Senhora

deixa sua casa e vai às pressas ajudar sua prima Isabel já idosa e grávida de João Batista. Com ela permanece três

meses.

Sensibilidade: Nas Bodas de Caná percebe que não há mais vinho e diz aos serviçais: “Fazei tudo o que Ele vos

disser”.

Escuta da Palavra: "Maria conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração”.

Fortaleza diante do sofrimento: “Perto da Cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe...”

Que Nossa Senhora, Mãe da Divina Providência, interceda a Deus por todas as mães, por todos nós, pelo

mundo inteiro. Que sejamos prolongamento da Divina Providência onde quer que estejamos.

Um abençoado mês de maio para todos nós.

Com carinho e preces,

Irmã Bárbara Cristina Ferreira Britto

Superiora Provincial

O meu último encontro com Irmã Maria Valcidineis

Ghisolfi aconteceu num momento delicado em sua vida

pessoal e comunitária, ao ponto que, logo depois, ela

pediu um ano de ausência da vida comunitária, que se

prolongou em exclaustração.

E, exatamente no dia em que despachamos o Indulto

para um segundo ano de exclaustração, recebemos a

notícia de que ela estava passando muito mal.

Com aquela doença (leucemia) repentina, inesperada,

Deus estava chamando a nossa jovem Irmã para a

última, definitiva, obediência.

A sua família, que estava contando com sua ajuda, teve

que assistir à sua morte e organizar os seus funerais.

Esta é a nossa existência humana, no seu mistério de vida e de morte.

Especial

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Como cristãos sabemos que a morte não é a última palavra, não é a conclusão do jogo, mas, como escreveu um

jornalista italiano, comentando a morte de um cantor, que aconteceu no mesmo dia 29 de fevereiro, somente a

conclusão do primeiro tempo.

Pela Fé na Ressurreição, sabemos que a morte não tem mais poder, temos certeza de que a nossa Irmã

Valcidineis está viva, está feliz, e continua nos acompanhando.

Como religiosas, sabemos que ela está celebrando as núpcias eternas com o Deus sempre fiel, aquelas núpcias

que testemunhamos com a Profissão religiosa e na nossa vida de cada dia.

Reza por nós, querida Irmã Valcidineis, perdoa quem talvez te feriu, reza pela nossa Congregação, para que

possamos entender o valor da vida, mas estando sempre prontas ao chamado de Deus.

Madre Maria Luisa Contotti

7º Dia de falecimento de Irmã Maria Valcidineis Ghisolfi -

Carolina, 07.03.2012

Foi uma religiosa que doou sua vida em prol do Reino de Deus.

Desde 1996 percorreu este Brasil afora, a serviço dos mais

necessitados.

Como religiosa, trabalhou com os idosos nas Casas de Repouso

em Minas Gerais, dedicou-se à Pastoral Catequética em Santa

Cruz, no Rio de Janeiro; acariciou os prediletos de Jesus, no

Educandário Anjo da Guarda em Cabeceira Grande, aqui no

Maranhão e acolheu, assistiu e educou muitas crianças

desamparadas e colocadas à margem da sociedade, na Casa

da Criança em Santa Rosa de Viterbo, estado de São Paulo.

Aqui em Carolina, por duas vezes, Ir. Valcidineis trabalhou, doando a sua vida, sem medir esforços na Paróquia de

São Pedro de Alcântara e no nosso Colégio Divina Providência, deixando o seu testemunho, a sua marca e o seu

Carisma. Foi uma pessoa iluminada e especial para todos. A bondade era estampada no seu rosto. Foi muito

querida por todas as pessoas que a cercavam.

Hoje, Ir. Valcidineis deixa saudades. Saudades essas que permanecerão para sempre nos corações tristes e

sofridos de cada um. A Igreja de Carolina, alunos, professores, funcionários, pais e todo o povo Carolinense chora

pela perda de uma pessoa tão ilustre que é a Ir. Valcidineis.

Era marcada, sempre, pela sua doação, atenção, bravura e garra. Por onde passou deixou o sinal de Deus. Ir.

Valcidineis voou para o Infinito. Ela está nos braços de Deus. Ela está vivendo a plenitude divina. Deus a chamou.

Voa, Ir. Valcidineis, como águia que corta o infinito.

Queremos, hoje, agradecer por tudo o que você significou para o povo de Carolina. Que o seu grande amor possa

se estender em todo o nosso território. Você é presença. Você é vida. Você é tudo para este nosso povo que

clama por Deus.

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Nestes dois últimos anos, ela marcou presença, também, junto com seus familiares, cuidando, com muito amor e

carinho de seu pai, já velho e doente; ao mesmo tempo, dedicando sua vida em uma creche, dando o seu

testemunho de consagrada àquelas crianças pobres e necessitadas no estado do Espírito Santo, na sua terra natal.

Adeus ! Ir. Valcidineis.

Jesus disse : “Eu sou a Ressurreição e a Vida, quem crer em mim, viverá eternamente”.

Ir. Jussara Dias

Hosana ao Filho de Davi!

Eis a aclamação que mais pronunciamos e

ouvimos no dia 01/04: Domingo de Ramos.

O que de fato isso representa hoje? Com

que ares pronunciamos tais palavras?

Certamente muito da teologia deste dia

perdeu-se nas palavras mecanicamente

pronunciadas. No entanto, também estou segura de

que a alegria, quase estonteante daquele dia a dois milênios atrás, parece ser

igualmente viva hoje.

Um Cristo que a esta altura já tem a clareza do que o espera, e abraça

generosamente esta missão. Confiança na Providência Divina: Não vejo

maior expressão do que esta. Confiar sabendo que não se tem o controle das

coisas, mas estando certo de que tudo está sob controle; por isso a entrega é

alegre, sem pesar, sem murmúrios ou lamúrias. O Senhor não se lamenta por

ter feito muito pelo povo, não reclama o excesso de trabalho, a

incompreensão dos seus, não lastima a ignorância dos discípulos, que ele

insiste em chamar de amigos mesmo que no momento da necessidade esses

venham a debandar. Pelo contrário, o Senhor entra em Jerusalém,

humanamente pobre e simples, simplesmente servo do povo e exaltado como rei. Sabia a que chegaria, mas era

preciso festejar? Então vivenciou o momento de alegria com o povo. Seria o

último, por isso vivido foi intensamente.

Aí está uma bela característica de Jesus, que é

um convite e que temos a graça de possuí-lo

como característica de nossa família religiosa:

Alegria! Não importa o tamanho da missão, a

dureza da mesma, os sacrifícios, as muitas ou

Momento de Espiritualidade

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poucas conquistas. A confiança de que Aquele que veste os lírios do campo também no acompanhará nos dá

sempre a alegre paz de continuarmos. Sem buscar sofrimentos, mas também sem correr deles, certas de que

“Tudo é graça, tudo é Providência”, caminhemos na alegria de levar à frente a herança a nós deixada por nossas

diletas Fundadoras Maria e Giustina Schiapparoli. Foi essa alegria da doação que moveu as duas; foi essa mesma

alegria da doação que as sete primeiras missionárias trouxeram no coração, ao vir para o Brasil ; foi essa mesma

alegria da doação que nos levou a tantos outros países, na generosidade de nossas Irmãs; e certamente é essa

alegria da doação movida por um Grande amor pelo Reino que nos mantém de pé, corajosamente de pé,

travando lutas, navegando em mares cujos ventos insistem em derrubar as pequenas embarcações daqueles que

se propõem a dizer Sim e abraçá-lo de fato.

Amar Aquele a quem nos consagramos e nos consagrar de novo, todos os dias, momento por momento Àquele a

quem amamos criativamente. Deste modo, o Hosana ganha um novo rosto. É viver na alegria sabendo do

sacrifício e mesmo assim abraçar o convite. Arrisquemo-nos porque confiamos e acreditamos numa missão que

não nos pertence, mas pertence Àquele que nos envia .

Assim, eu olhava para a juventude, que neste domingo de ramos vivenciou seu

encontro com o Bispo Diocesano de Santo André-SP, D. Nelson

Westruppi. Houve uma concentração no Paço municipal e a multidão -

3.000 jovens - seguiu em procissão para a Catedral Nossa Senhora do

Carmo. Foi um momento cheio de alegria e

certamente de euforia também.

Mas aqueles jovens sabiam

que buscavam algo, ou melhor,

Alguém e estou certa de que

encontraram. Nosso bispo fez questão de trazer ao

chão alguns pés que pareciam fora da terra, sendo muito realista em sua

colocação. Foi muito claro sobre o convite de Jesus, e que este se

distancia do mar de rosas que muitos buscam. E terminou desafiando a

juventude a ser verdadeiramente cristã e evangelizadora, gozando da alegria da doação e

travando, com o mesmo entusiasmo e teimosia, as batalhas que porventura se apresentarem.

Foi um dia muito bonito que deu um sentido novo a tantos jovens a vivenciarem de um modo novo a semana

santa que iniciaríamos.

Que a bênção da Providência nos conceda a graça de ter sempre diante dos olhos a verdadeira consciência de

nossa missão e no coração a verdadeira alegria da doação.

Irmã Kelle Pereira de Souza

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“... A formação deve ser permanente, como efeito e fruto de um trabalho pessoal, da graça e de oportunas

iniciativas comunitárias. (Const. Art.87)

Nos dias 28 e 29 de abril participamos do primeiro encontro das superioras

do ano de 2012, na Casa provincial.

Motivadas pelo espírito do nosso VIII Capítulo provincial contamos no

primeiro dia com a participação do Pe. Vinicius Ponciano, missionário

Redentorista, que veio nos ajudar na reflexão sobre o Tema: As

Constituições -Código Fundamental -Lei de liberdade – Fundamento de

nossa formação, tendo com pano de fundo a missão do serviço de liderança

exercido pelas Irmãs que estão à frente das comunidades.

O assessor iniciou o dia nos provocando a refletir sobre uma nova conotação de

liderança. Vivemos numa sociedade pós–moderna uma sociedade líquida. Assim devemos ter claro que ser

superiora/coordenadora de comunidade não é um cargo empregatício e sim um serviço total que se pre sta à

Congregação e à Igreja, “estão no mundo, mas não são do mundo”. Mas muitas vezes somos impulsionados por

elementos humanos que podem interferir nessa missão, tais como a

onipotência, o narcisismo e o exibicionismo gerando busca pela glória,

pela honra, procuramos status, situações essas que nos fecham em nós

mesmos e não levam a Congregação para a frente, pois apostamos no

acidental e não no essencial, precisamos exercer essa missão na linha

do Evangelho.

A partir de nossas Constituições e do livro da Tese do VIII Capítulo

provincial, Pe. Vinicius nos apontou alguns dispositivos de ajuda para a

nossa missão, tais como:

• A vida Comunitária, ressaltando a importância da mesma; a nossa

democracia é para viver o carisma, dizia ele. Devemos transformar em

ação a teoria, saltar para a prática de vida.

• Vida de oração: Buscar diariamente a intimidade com a pessoa

de Jesus.

• Eucaristia: Buscar a sabedoria que vem do alto. “levanta-te e

come, pois o caminho é longo...” Devemos ter fome da Eucaristia.

• Sacramento da Penitência – a superiora precisa ser a última a

falar, buscar as luzes de Deus antes de uma decisão, e desenvolver

a humildade, na sua missão precisa saber pedir perdão, auto

avaliar-se, pois muitas vezes nossas ações são motivadas pelo

poder; o serviço é transformado em cargo.

Aconteceu virou notícia

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• Ascese penitencial: Temos necessidade de entramos na dinâmica da reconciliação.

Pe. Vinícius ressaltou que nessa sociedade líquida em que vivemos no momento o papel da superiora deve ser

garantido pela dinamicidade e pela criatividade. Disse que está convencido

de que é necessário desenvolver uma AUTOPOESIS e combater a MENTE

ESCOLÁSTICA, ou seja, definiu a autopoesis como o espírito criativo, pois

somos formadoras de opinião, devemos pensar de forma mais plural,

descobrir outros modos, buscar novos paradigmas, movimentar mais,

mudar nossa visão de mundo. Uma pessoa que desenvolve a autopoesis é

autocrítica, criativa e livre. Permite a controvérsia, que o outro pense

diferente e que questione. Deve atualizar e ter coragem de quebrar as

regras. Por sua vez as MENTES ESCOLASTICAS, são as que vivem em volta do

passado, e assim não há possibilidade do novo, não existe criatividade. Não devemos repetir o obvio e sim buscar

novas reflexões. Não devemos ter medo das crises, pois estas nos fazem retomar o caminho. Estas reflexões

muito nos ajudaram a avaliarmos a nossa caminhada como superiora de comunidade.

No segundo dia do encontro tivemos uma manhã conduzida por nossa superiora provincial Ir. Bárbara Cristina

Ferreira Britto. A partir do texto da Tese do VII Capítulo, propriamente o terceiro capítulo sobre a integração das

fases da vida. Fomos convidadas a localizar a nossa faixa etária e formamos grupos com a abrangência das idades

relacionadas. Em grupo lemos o subtítulo referente a nossa idade. Destacando a experiência de cada uma, como

se dá o seu processo, os desafios encontrados e as buscas diárias. Depois das conversas em grupo fizemos um

momento de plenário. Também partilhamos a leitura do livro: “Estabelecer limites, respeitar limites”, que foi

entregue no final do ano passado para o cultivo de cada superiora. Este livro nos ajudou a refletirmos a

necessidade no estabelecimento de relações interpessoais mais saudáveis através do respeito aos nossos próprios

limites e aos daqueles que estão ao nosso lado. Muitas vezes sentimos, em nossas relações, o quanto é difícil

delimitar nosso espaço de modo adequado. Assim, é preciso ter clareza, coerência e serenidade para lidar com os

limites de forma eficaz e proveitosa.

Após o momento de partilha, Ir. Bárbara colocou-nos a par do andamento da Província, dando-nos algumas

orientações praticas e disciplinares. Também partilhou a situação de saúde de algumas Irmãs, falecimentos de

familiares e notícias gerais.

Encerramos esse encontro com um festivo almoço. Agradecemos a Ir. Bárbara Cristina Ferreira Britto por esse

momento forte de formação nos dando instrumentos para que possamos crescer cada vez mais no serviço

fraterno nas comunidades a que Deus nos chamou. Continuamos essa missão tão exigente, certas de que Aquele

que nos chamou é fiel e nos sustenta na caminhada.

Pelo grupo, Ir. Clara Rosa de S. Medeiros

Estimadas Irmãs, Formandas, Oblatos, Pax !

Através desta, nós, Irmãs neo-professas, Ir. Beatriz Dias, Ir. Francinete Oliveira

e Ir. Sônia Sanca, compartilhamos com todas o inigualável júbilo em termos

feito nossa Primeira Profissão Religiosa, no mês de janeiro - 08/01/2012. A

Santíssima Providência tudo conduziu!

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Esta celebração nos emocionou e nos remeteu a uma retrospectiva de vida, a desafios superados, a ideais

compartilhados, a projetos a serem abraçados, ao amor-serviço a que devemos nos calçar. Envoltas nas vestes da

simplicidade e humildade de vida sempre em um confiante Abandono na Divina Providência, buscando imbuir-

nos da sabedoria Divina queremos ser continuadoras dos rastros proféticos de nossas Fundadoras Maria e

Giustina Schiapparoli, em nossa Família Religiosa, na Igreja, na sociedade, no mundo.

ue Deus nos dê a sua graça para não sermos meras ouvintes de Sua Palavra, mas propagadoras da mesma,

ultrapassando com coragem as adversidades e buscando sempre seu alimento, naquele que Se fez Alimento para

nos fortalecer no percurso da vida. Somos gratas por todos aqueles que lá estiveram codividindo nossa alegria,

neste momento singular em nossas vidas.

O nosso sim consciente, comprometido e generoso abraça a causa de Cristo em todos os seus âmbitos, buscando

corresponder ao chamado e ao amor do Amado a cada instante de nossas vidas, recebendo Dele, luz e força para

sermos sinais de fato de sua Providência. Nossa Primeira Profissão Religiosa foi precedida de um retiro, cujo tema

era “um fogo que abrasa outros fogos”. Este fogo que arde em nosso peito, provindo do Espírito nos impele e nos

desinstala para não nos conformarmos com as realidades que se opõem à

vida.

Somos portadoras da fagulha do Amor Divino que ao ouvir a voz do Mestre

cresce a medida que nos deixamos conduzir pelos seus ensinamentos, na

vivência da acolhida, do perdão, da simplicidade, da fraternidade....

Agradecemos aos que compareceram em nossa Profissão e as que se

fizeram presentes pela oração; à equipe de liturgia da Província que

organizou tudo com esmero e carinho, bem como pela delicadeza dos

cartões de felicitações e presentes que recebemos das comunidades das

três Províncias, à pessoa de Dom Ercílio que presidiu esta missa, aos estimados Pe. Jean Paul Ransen (Paróquia

São Sebastião–MG) e ao Pe. Pedro (Paróquia Santa Rosa de Viterbo-SP ) que concelebraram, às nossas Irmãs

Junioristas que fizeram a entronização da palavra lembrando-nos que devemos semeá-la com nossa própria vida

para sermos palavras do eterno no cotidiano, como foram as primeiras e permanecem sendo hoje nossas Irmãs,

independente das limitações que cada uma trás, pois devemos sempre nos lembrar de que somos apenas barro,

nas mãos do Oleiro. Aos queridos jovens de Santa Rosa de Viterbo, que

encenaram nosso carisma com leveza, beleza e nos fizeram rememorar o

início de nossa história enquanto Irmãs Beneditinas da Divina Providência

no seio da humanidade.

A todos nosso desejo de que sejam felizes os vossos dias na paz e na alegria

dos que trazem consigo a centelha do amor do Divino.

Pelo grupo,

Irmã Francinete Oliveira da Silva.

“Confio na Divina Providência na qual se apoia a nossa obra”.

Estimadas Irmãs, oblatos, formandas,

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Venho partilhar com vocês um momento especial, acontecido no dia 08 de março de 2012. O sonho, o desejo de

50 crianças e Irmãs, e de muitas outras pessoas que almejaram ver, estar o nosso lugar.

As crianças repletas de vida e alegria vibraram como não se via, quando foi anunciado que na quinta-feira

estariam no novo prédio do Projeto Ciranda. Eles não sabiam a quem agradecer de tão felizes que estavam.

Chegando a quinta-feira, as crianças já se dirigiram para lá, mesmo ainda não estando acabado. A obra ainda

tinha muitos reparos a serem feitos, inclusive na casa das Irmãs, porém este detalhe não apagava a chama que

havia nos corações.

Chegamos mais cedo neste dia, com as vestimentas mais batidas, para fazermos a mudança. E assim se deu.

As crianças foram orientadas pela Ir. Elisete Mendes Neto, no portão de entrada. O monitor Anderson e a

coordenadora Rosilene acompanharam estes “anjos de Deus”. Não se podia olhar para cada criança, sem sentir

alegria; isso era contagiante.

Então fomos nós fazer a mudança. Meu Deus! Nunca pensei que naquela casa pudesse haver tantas coisas. Nós

éramos insuficientes para tanto. Então, alguns trabalhadores da obra, muito prestativos, vieram nos ajudar. As

crianças também queriam ajudar.

Em nossas mãos e roupas se encontravam as marcas de uma passagem. O cansaço chegou, e terminamos de

descer as coisas que suportávamos, ficando para sexta-feira ainda algumas coisas.

No prédio novo as crianças conheceram o ambiente e viram até onde poderiam ir e onde estava preparado para

eles, pois só conseguimos limpar duas salas, sendo uma para a TV e os banheiros e corredores. Eles gostaram

muito, mas continuaram na expectativa de usar a quadra de esportes e o teatro, mas ainda não era possível;

afinal são crianças que gostam de encenar, dançar... São seres repletos de energia e que gostam de se descontrair

se divertindo.

Depois de conhecer o ambiente retornaram para a sala para um delicioso lanche. O refeitório e a cozinha ainda

não estavam prontos, mas graças ao Pai Providente deu tudo certo. Após a higiene pessoal, deram início as suas

atividades.

Assim se foi mais um dia onde conviviam pedreiros, mestre de obras, pintores, eletricistas, encanadores... Auxiliar

de serviços gerais, monitor, coordenadora, Irmãs, crianças, todos unidos na mais bela harmonia, cuidado, zelo e

respeito uns pelos outros.

Este foi um breve relato da vinda das crianças para o novo prédio do Projeto Ciranda, que desejamos partilhar

com vocês.

Pela comunidade,

Noviça Flaviana Gomes Pereira

No último dia 06/04 a Paróquia Mãe de Deus e dos órfãos vivenciou um

momento de espiritualidade e oração profundamente especial.

Dois meses antes, começamos o trabalho, entusiasmados e alegres para

prepararmos este dia. A juventude mostrou-se interessada e comprometida.

Lido o roteiro, dividido os papéis, os personagens começaram a ganhar vida. Às

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vezes, duvidávamos se daria certo mesmo, pois a descontração, própria da juventude, fazia este momento um

tanto divertido demais para aquilo que ele lembrava. No entanto, era o momento de deixar que as ideias,

brincadeiras, e nervosismos viessem à tona, o que tornaria mais leve o dia da apresentação.

Pouco a pouco, os jovens começaram a encarnar o papel assumido, a dar palpite sobre mudanças. Assim, muito

foi suprimido, posto, alterado por iniciativa dos próprios jovens; neste momento se tinha certeza de que não

importavam as piadas e exageros nas cena durante o ensaio; no dia, tudo daria certo .

No último ensaio, fizemos uma reflexão sobre a Paixão de Cristo. Sobre o

espírito daquilo que eles encenariam. Ficou claro que não era mais uma

apresentação. Não iriam mais fazer um teatro, mas fazer memória de um

momento sagrado. Refletimos, rezamos e assistimos um clipe, preparado

por uma das jovens, com uma linda canção e cenas bastante fortes sobre

a Paixão de Jesus. Isso causou um grande impacto nos jovens ali

presentes, que começaram, dessa vez, o ensaio tendo presente a

grandeza daquilo que representariam e num espírito muito mais

recolhido.

Assim, entregamos nas mãos da Providência Divina e da Mãe dos órfãos este dia de oração e evangelização:

Sexta-feira Santa! Após a celebração da Adoração da Santa Cruz conduzida pelo Pároco Pe. Carlos Alberto M.

Almeida- CRS, o povo saiu em procissão pelas ruas da redondeza e ao retornar lotou a Igreja Matriz.

Os jovens, numa ansiedade comum para este momento foram acalmados e após mais um momento de oração, os

ânimos foram serenando. Então foi apresentado o teatro da Paixão do Senhor, desde a Santa Ceia até o

sepultamento.

Cada detalhe foi vivido intensamente pelo povo e mais que isso pela

juventude envolvida. Os personagens, definitivamente mais que vida,

ganharam alma. Os jovens improvisavam, e colocavam parte deles no que

encenavam ; quando algum imprevisto acontecia, eles me surpreendiam

com imprevistos certeiros e firmes. O povo se emocionou e rezou

naqueles instantes tão preciosos para cada um de nós.

Chegada à última cena : o personagem Jesus , carregado por Nicodemos,

José de Arimatéia e alguns guardas sai. O Padre faz uma pequena reflexão

com o povo e então entra, carregado pelos guardas, a imagem de Jesus

morto e atrás dele a de Nossa Senhora das Dores.

A partir deste momento foi feito o beijo do Cristo morto. Após o povo, cada jovem que participou ativamente do

teatro em seus bastidores fez também o seu momento de oração. Foi uma noite muito bonita, que deu uma vida

diferente àquele dia. As pessoas voltaram para casa, degustando cada cena, cada palavra, cada oração, cada

canção e vivenciando este momento com mais vida e fé.

Agradeço à Providência Divina que se mostrou, como sempre, muito pródiga para conosco e conduziu com mãos

ternas esse momento. Agradeço também à minha Comunidade Betânia que apoia e acompanha sempre com

orações esse trabalho pastoral ,que tenta fazer a diferença na vida desses jovens que buscam na mãe Igreja o seu

lugar.

Irmã Kelle Pereira de Souza

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Estimadas Comunidades, com alegria desejo partilhar este momento de reflexão realizada na faculdade de

Educação Santa Terezinha-Fest.

No dia 30 de abril p.p. fui convidada pelo meu professor de Economia do Trabalho para fazer um momento de

reflexão com os acadêmicos, em comemoração aos dez anos da mesma, a reflexão era sobre Jesus o Bom pastor

o qual havíamos celebrado no domingo anterior. A Faculdade é Católica mas a maioria dos acadêmicos são

protestantes, outros são católicos não atuantes, outros não tem religião e alguns são atuantes e ouvintes da

palavra de Deus.

Foi um momento muito rico e proveitoso. Percebi que todos estavam atentos ao acontecimento e demonstravam

interesses pela escuta da palavra.

Os Bispos do Brasil, reunidos recentemente em Assembleia, mais uma vez se debruçaram

sobre o valor infinito da Palavra de Deus, desejando transmiti-la sempre e com

crescente profundidade ao povo de Deus. A Palavra de Deus é fonte inesgotável de

vida para toda a humanidade. Como sempre faz, a Igreja quer empreender

de novo, com crescente zelo, o anúncio da Palavra, que tem seu lugar

privilegiado, para animar a vida de todos e o serviço apostólico a ela confiado. A

chave que abre a porta da Sagrada Escritura é Nosso Senhor Jesus Cristo,

com Sua Morte e Ressurreição, o mistério pascal que celebramos nos

tempos correntes. Amar e conhecer a Cristo são nosso dever, nossa honra e

nossa alegria; deixemo-nos provocar por Ele .

A presença de Jesus suscitou e suscitará sempre interrogações e muita perplexidade. Nós o sabemos verdadeiro

Deus e verdadeiro homem e podemos encontrar, além da graça redentora que só pode chegar por intermédio

d'Aquele que é Caminho, Verdade e Vida, a referência de valores a serem assumidos para uma vida plenamente

humana e digna. A Igreja nos convida a olhar sempre para o Senhor, seguindo-O de perto para fazer tudo o que

Ele nos disser!

Aproximemo-nos do Cristo Ressuscitado e da riqueza de Sua personalidade. Em Nazaré, onde Jesus fora criado, as

pessoas se interrogam a respeito d'Ele: “De onde lhe vêm essa sabedoria?” (Mt 13, 54). Noutra ocasião, “surgiu

uma divisão entre o povo por causa dele. Alguns queriam prendê-lo, mas ninguém lhe pôs as mãos. Os guardas

então voltaram aos sumos sacerdotes e aos fariseus, que lhes perguntaram: Por que não o trouxestes?

Responderam: Ninguém jamais falou como este homem” (Jo 7,43-46). Suas palavras, mais doces do que o mel,

atraem as pessoas, mesmo quem tem a tarefa de prendê-Lo. Tantas vezes quantas forem lidas, acolhidas e

vividas, nelas se encontra a vida eterna. Seu som se espalha e ecoa por todo o universo.

Se buscarmos outro valor, como a beleza, aqui está: "Tu és o mais belo entre os filhos dos homens, sobre teus

lábios difunde-se a graça (Sl 144,3)". “A Igreja lê o salmo cento e quarenta e quatro como a representação

poético-profética do relacionamento esponsal entre Cristo e a Igreja. Reconhece Cristo como o mais belo entre

os homens; a graça sobre os lábios indica a beleza interior da sua palavra, a glória do seu anúncio. Assim, não é

apenas a beleza exterior da aparição do Redentor a ser glorificada: nele aparece muito mais a beleza da Verdade,

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a beleza do próprio Deus que nos atrai a si e ao mesmo tempo nos causa a ferida do Amor, a santa paixão (“Eros”)

que nos faz ir ao encontro, junto e com a Igreja-Esposa, ao Amor que nos chama” (“Beleza de Cristo”, Joseph

Ratzinger/ Bento XVI).

Na festa do Bom Pastor, celebrada pela Igreja no Quarto Domingo da Páscoa, é possível descortinar algumas

características da personalidade de Jesus (cf. Jo 10,1-18). O Evangelho de São João apresenta três belíssimas

parábolas, que vieram a ser consideradas como “Parábola do Bom Pastor”, no quadro do difícil confronto de Jesus

com adversários ferrenhos que O pressionavam. De fato, as palavras do Senhor “causaram nova divisão entre os

judeus” (Jo 10,19).

A imagem utilizada por Jesus é a do pastor de ovelhas, rica de significado para o ambiente em que se encontrava,

mas ainda atual em nossos dias. Ele é a porta das ovelhas: “quem entrar por mim será salvo; poderá entrar e sair,

e encontrará pastagem” (Cf. Jo 10,7-9). Portas abertas, clareza para expressar as coisas, nada de complicações!

Todos se impressionam com gente assim e se sentem atraídos!

“Conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem” (Jo 10,15). Ele conhece cada uma das ovelhas pelo nome (cf. Jo

10,3), é capaz de estabelecer relacionamento pessoal, não apenas com a massa! Todos são importantes para Ele e

suas necessidades ressoam em Seu coração. “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas” (Jo

10,11). Bondade e entrega de vida. Só quem é plenamente realizado e feliz pode chegar a tais alturas, pois é

Aquele que veio “para que tenham vida, e a tenham em abundância” (cf. Jo 10,10). Jesus Cristo, acolhido e

amado, oferece tudo o que as pessoas de qualquer tempo procuram.

Jesus olha longe, num grande horizonte aberto: “Tenho ainda outras ovelhas, que não são deste redil; também a

essas devo conduzir, e elas escutarão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor” (Jo 15,16). Portas e

janelas abertas, os confins da terra. O universo inteiro, sem fechamentos e exclusivismos!

N'Ele, Nosso Senhor Jesus Cristo, está nossa vida e nossa missão. Hoje é o nosso tempo para conhecer Sua voz e

seguir Aquele que vai à nossa frente (cf. Jo 10,4). Entretanto, sendo limitados, parece-nos muito alto o ideal: dar a

vida, conhecer pelo nome, dar exemplo, ir à frente dos outros, abrir-se para todos, enfim, acolher e espelhar a

beleza e a bondade do Pastor! Sabendo disso, a Igreja nos leva a pedir com confiança: “Deus eterno e todo-

poderoso, conduzi-nos à comunhão das alegrias celestes, para que o rebanho possa atingir, apesar de sua

fraqueza, a fortaleza do Pastor”. Assim seja!

Agradeço a Deus pela oportunidade concedida, é por proporcionar este momento para eu estar levando a sua

palavra a estes Jovens que vive em meio à correria de uma sociedade, mas que busca um ideal e um objetivo para

suas vidas.

Ir. Ângela Maria Medina de Souza.

ESPERANÇA NÃO ENGANA (ROMANOS 5. 5).

No dia 4 de maio de 2012. Saímos na nossa paróquia de Cátio com 30 jovens para

participar do encontro Diocesano jornada de juventude na Buba. Todos os nossos

jovens estavam animados cantando e batendo tambor. Chegamos na Buba as 4h.

Organizamos-nos as equipes e fomos com alguns jovens para preparar o jantar,

quando os outros foram tomar banho. As 18h, jantamos e fomos no lugar preparado

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para jornada perto da comunidade das irmãs Hospitaleiras.

Dom Pedro, Bispo da nossa diocese de Bafatá fez abertura acolhendo

todos os jovens e agradecendo as pessoas que contribuíram para que esta

jornada se realizasse. Começou com concurso musical entre paróquias. Cada

paróquia precisava compor uma música sobre “Esperança não engana”, para

apresentar no dia. A nossa Paróquia era a sétima para fazer apresentação.

Depois de todas as paróquias esperamos o resultado. Oba! A surpresa é que a

nossa Paróquia ganhou o concurso. Ficamos muito felizes, vendo o resultado

do esforço que nos fizemos juntos com os jovens apesar das dificuldades que fazem parte da missão.

Depois do concurso musical, seguiu-se adoração do Santíssimo Sacramento

animada pela nossa Paróquia.

Fomos dormir quase à meia note. Dia 15 de maio, começamos com uma

oração dirigida pelo padre Fábio, do Pimi. Tomamos café e voltamos para a

segunda sessão com Dom Pedro, que começou com a mensagem do Papa. ( Fl

4. 4 ) Falou para os jovens começar a se prepararem para a jornada mundial

de juventude que vai acontecer no próximo

ano no Brasil, Rio de janeiro. Ele avisou

para os jovens que o tema da jornada é “Alegrai- vos sempre no senhor”. O

tema da jornada da diocese sendo: ”A esperança não engana” , o Bispo falou

para os jovens serem esperança. Ser como os primeiras cristãos sustentados

pela esperança, confiar sempre no Senhor. Há momentos onde vivemos as

experiências de noite escura, por causa de pouca fé, mas com a esperança do

Sábado santo, sabemos que não estamos sozinhos.

Pediu para os jovens ter o hábito de leitura da bíblica. Deu exemplo de Santa Bakhita e santa Jena Bereta Mola

que escolheu viver e se doar para Cristo. “Eu sou definitivamente amada.

Encontrei alguém que faz feliz meu coração, quero seguir até a cruz. Ela falou 3

coisas para os jovens : Não entrar no caminho da droga. Deu o exemplo de

uma rapaz no Brasil que se matou com a corda porque não conseguia sair do

caminho da droga por causa do medo dos outros mata-lo. Evitar o álcool e

sexo. Pediu para os jovens se os primeiros a procurar Cristo. Um cristão triste é

um triste cristão. Falou para eles ser pessoas de

alegria para que animem outros jovens.

Na parte da tarde, os jovens do Sul e os do Oeste foram jogar bola, onde os jovens

de Sul, que inclui nossa Paróquia, também ganharam; recebemos um tambor para

nossa Paróquia e uma bola. No domingo, tivemos santa Missa, almoçamos e

voltamos para casa. Os jovens se organizaram para comunicar aos cristãos da

Paróquia o que eles aprenderam lá na jornada da juventude. Foi uma experiência

muito bonita que nós fizemos.

Irmãs :Alice Namenge Kanuty, Margrgaret Nanjala Mang’oli e Odiliah Imbulah Sengo.

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Queridas Irmãs, nós irmãs da Comunidade Maria de Nazaré,

Cabeceira Grande Maranhão, as nossas crianças, professores e

funcionários do Educandário Anjo da Guarda. Com muita ênfase

queremos compartilhar com vocês, a nossa grande alegria, no

dia 4/4/12, recebemos a visita de um grupo de alunos e

professores acompanhados da Irmã Jussara Diretora do Colégio

Divina Providencia.

O motivo da visita foi compartilhar com as crianças do Educandário o

que eles arrecadaram no período da Quaresma, Campanha da Fraternidade

deste ano em curso, doação de alimentos, roupas e calçados. As irmãs e

alunos do Colégio Divina Providência, nossos sinceros agradecimentos.

Que o Pai Providente, os recompense a todos.

Pela Comunidade: Irmã Leah Kemunto Gwaro

12/02 A 23/03/2012 – MANAUS – AM

É com alegria que agradeço ao Pai Providente pela dádiva que me concede: minha comunidade (Borba), a pessoa

de Irmã Bárbara Cristina Ferreira Britto, Superiora Provincial e a comunidade

de Manaus pelo acolhimento à minha pessoa no período em que mais

necessitei, sendo verdadeiras testemunhas do Amor a Deus e ao próximo,

sendo boas samaritanas.

Participar do CERNE 105 foi para mim a realização de um sonho antigo, o qual

abracei, pois o meu ser fragilizado necessitava de beber da fonte da água viva.

Meu ser necessitava de uma revitalização tanto espiritual como consagrada.

Experienciei momentos profundos de encontro com Deus, comigo mesma e

com o outro, pois as dinâmicas vivenciadas favoreciam o meu crescimento

pessoal e comunitário; eu me havia permitido ser machucada, precisava curar

as minhas feridas. Graças à misericórdia Divina e à minha predisposição em ser

ajudada, pude me recompor, para abraçar uma nova missão em minha vida: ir

além-fronteiras . A Sabedoria de Deus se fez presente: preparou-me,

revigorou-me, revitalizando-me, fez-me renovar com mais ardor o meu “SIM”,

fazendo-me, no meu dia a dia, professar a minha Fé e renovar os meus Votos de Obediência, Castidade e

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Pobreza, não como algumas pessoas os vê, mas como aquilo que eles de fato são e representam para a vida

consagrada, como compromisso e missão.

Tudo o que é contrário à vida cristã e ao seguimento a Jesus Cristo, que é sinal

de morte, tudo o que fere a dignidade do outro e o que não se vive de fato como

verdadeiro amor, o egoísmo, egocentrismo, o orgulho, resistência ao novo,

estruturas rígidas criadas por nós, à qual muitas vezes as transferimos para a

outra (o), para a Instituição, a Congregação... O que é incômodo deve ser

refletido, meditado e contemplado à Luz da Palavra de Deus, para que tenhamos

o discernimento necessário, atitude de transparência, de sermos verdadeiras

(os) conosco mesmas (os). Tomar consciência de que a diferença deve ser respeitada, a mudança deve partir de

cada um (a) de nós, porque se cada um de nós se permite mudar a sua visão no ver, sentir e agir, seremos capazes

de ver nossas coirmãs, a nossa comunidade com olhos mais humanos, com os olhos de Deus, sendo presença de

transformação, de perdão e conversão; tudo o que não está integrado em nós acabamos projetando para fora, o

que acaba destruindo e não construindo.

Nosso fio condutor, para garantirmos um crescimento pessoal e comunitário, é a busca constante de nos integrar

como ser humano-espiritual-social-sexual, dando a nós uma liga consistente, com uma aceitação dinâmica de si

mesma (o), harmonizando-se, ligando todos os aspectos da vida: nossas emoções, nossos desejos, nossas relações

a nível real e ideal, nossa história, da qual somos protagonistas e, deixando-se conduzir pelo processo natural de

encontro, de enfrentar desafios, que tem as suas exigências, ter ousadia, avançar e dar respostas novas, para

perguntas antigas e nunca nos acomodarmos, dando respostas antigas, para perguntas novas. Necessitamos

ajustar as velas de nossos barcos, para sermos capazes de irmos para águas

mais profundas e, com o Mestre, realizarmos uma abundante pesca.

O CERNE 105 deixou em mim marcas profundas, deu-me a oportunidade de

retomar a minha própria vida, para continuar sendo uma presença alegre,

aonde quer que eu esteja, uma presença de um ser consagrado que se ama,

que ama e se deixa amar; reacendeu com mais força a chama do meu

dinamismo, do meu encantamento e do meu amor por Jesus Cristo na pessoa

do meu próximo, do mais próximo de mim, aquela ou aquele que está ao meu lado. Quero fazer do meu dia a dia

uma ação de graças, colocando a serviço os meus dons e procurando conhecer-me cada vez mais, estando

centrada n’Aquele que por amor deu a vida por mim e por cada um (a) de nós. Não há maior testemunho

vocacional do que aquele de SER UMA PESSOA REALIZADA E FELIZ!

“VASO QUE DESEJA SER SEMPRE USADO NECESSITA SER SEMPRE RESTAURADO.”

Irmã Mirian Celeste Jeronimo

Estimadas Comunidades é com muita alegria que queremos partilhar com vocês a nossa experiência de missão.

No dia 1º de abril p.p. nós Ir. Ângela Maria, Ir. Odir Terezinha e Ir. Sandra Lustoza, partimos para Fortaleza com o

Serviço de Animação Vocacional

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objetivo de realizarmos a missão vocacional, em Maranguape Município de Fortaleza Ceará. Ao chegarmos fomos

acolhidas pelos Irmãos Maristas com residência fixa em Maraponga.

No dia seguinte, pela tarde, fomos com os postulantes e o Ir. Evangelista, visitar a escola social onde os mesmos

desenvolvem seus trabalhos com jovens e adolescentes do 5º ao 9º ano. Nós nos apresentamos e falamos sobre

os símbolos da Páscoa, juntamente com a equipe docente da mesma. Após este momento fomos conhecer a

cidade, visitamos alguns centros culturais e históricos em especial a Catedral, que tem como padroeiro São José.

Ao voltarmos fomos para a residência das Irmãs Lourdinas que nos hospedaram por dois dias, partilhamos

carismas, apostolados, vivenciamos momentos comunitários, e foi muito gratificante para nós conhecer a historia

de outra Congregação que se dedica ao trabalho pastoral naquela comunidade. Após a santa Missa da quarta

feira pela manhã, nos dirigimos para Maranguape, a fim de conhecer onde iriamos ficar, depois de uma breve

visita a senhora Denise.Fomos,então, encontrar o Padre Arildo que nos acolheu muito bem e nos enviou a Vilares

da Serra no novo Maranguape, uma pequena comunidade que está se construindo como Igreja viva e atuante.

Conhecemos a Senhora Natividade, Coordenadora da Comunidade que nos acolheu durante o Tríduo Pascoal. Em

seguida retornamos a Maraponga e no dia seguinte fomos visitar a Comunidade São Francisco de Assis, a convite

do Postulante Jean, que realiza seu trabalho pastoral, nesta localidade. Conhecemos um grupo de Jovens e

adolescentes daquela comunidade e saímos em visita às famílias e encontramos pessoas sedentas por uma

palavra de esperança, jovens em busca de um sentido para sua vida. À tarde voltamos para Villares da Serra, onde

realizamos nossos trabalhos, celebrações, visitas as famílias, encontros com crianças e Jovens.

Participar da missão é algo que nos fortalece e nos faz voltar no tempo e relembrar a nossa caminhada de

comunidade, fazer a experiência de ser discípula missionário de Jesus Cristo. Um encontro com um Deus simples,

cuja existência missionaria constitui em amar e servir sem limites, sem medo de se entregar de conhecer

realidades, ideias e ideais ,sonhos de um povo que mesmo diante de tantas dificuldades não perde o encanto,

gente simples, humilde e sofrida, mas que não deixa de sorrir e abrir as portas para nos acolher.

Temos a lembrança do sorriso contagiante do jovem, o simples aceno da criança, as dúvidas e curiosidades que

nos faz perceber seus desejos, anseios e medos.

Agradecemos a Deus por nos conceder a graça de realizar este trabalho com alegria, à Província pela

oportunidade de vivenciar esta experiência que foi muito gratificante para nós, e a todas as pessoas que nos

acolheram e participaram conosco deste trabalho.

Pelo Grupo Ir. Ângela Maria Medina de Souza

Com o tema da mensagem do Papa para o 49º Dia Mundial de Oração

pelas Vocações, Solenidade do Bom Pastor: "As vocações, dom do amor de

Deus", o Serviço de Animação Vocacional (SAV) da Arquidiocese de

Ribeirão Preto divulgou a programação da Semana de Oração pelas

Vocações, nos dias 29 de abril; 2, 3 e 4 de maio. A programação abrange os

níveis arquidiocesanos, fornias e paróquias:

Programação:

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29 de abril - Abertura nas Paróquias

02 de maio - Encontro – Crismando e Jovens - Fornias

03 de maio - Hora Santa Vocacional - Paróquias

04 de maio - Encerramento - Momento Mariano - 20h - Seminário Maria

Imaculada-Brodowski

No dia 29 de abril, o Serviço de Animação Vocacional (SAV) da Paróquia de

Santa Rosa de Viterbo, promoveu o 1º Encontrão da Juventude, com o

tema: Salve Juventude cheia de Vida e Esperança. O encontro teve início

às 8h: 30min onde o ministério de música da Paróquia acolhia os jovens

que aos poucos iam chegando. Contamos com a presença de 200 jovens e

vários leigos que trabalham em outras pastorais e movimentos da

Paróquia que também nos ajudaram na organização desse encontro.

O 1º Encontrão da juventude teve como objetivo:

Despertar os jovens para a vida na Igreja.

Conduzir os jovens ao conhecimento e amizade da pessoa de Jesus

Cristo.

Criar equipes de trabalho com pessoas de outras pastorais. Isso acaba

atraindo a toda igreja a se comprometer com o trabalho com a

juventude e pelas vocações.

Foi um dia de graça. Momentos fortes de espiritualidade, palestras,

partilhas e experiências vocacionais, dinâmicas, poesias, teatros, e

muita alegria e animação que é próprio da juventude cheia de vida e

esperança. Terminamos o encontrão às 17h com a celebração da Santa

Missa, agradecendo a Jesus Bom Pastor pela vida da nossa juventude e por todas as vocações existentes no seio

da Igreja.

Momento Mariano:

No dia 4 de maio, participamos do encerramento da IV semana de Oração pelas Vocações, que aconteceu no

Seminário Maria Imaculada de Brodowski, com o tema proposto pelo Papa Bento XVI: As Vocações dom do amor

de Deus. Durante essa semana aconteceram diversas atividades nas paróquias e fornias de nossa Arquidiocese,

momento de oração, adoração eucarística, encontros com a juventude e partilhas vocacionais. O documento de

Aparecida nos ensina que todo o povo de Deus precisa ser responsável pela Pastoral Vocacional. “É necessário

intensificar de diversas maneiras a oração pelas vocações, com a qual também se contribui para criar maior

sensibilidade e receptividade diante do chamado do Senhor; assim como promover e coordenar diversas

iniciativas vocacionais”. (DA 314)

É urgente, todos nos unirmos em oração pelas vocações, pois a vocação é sempre uma resposta ao amor de Deus

Providente a uma comunidade orante, como nos ensinaram os bispos em Puebla em 1979, no México.

O nosso olhar deve se dirigir aos nossos jovens. Certamente, eles são a esperança de nossa caminhada eclesial,

como um testamento do Reino de Deus que deixamos para os futuros cristãos.

Que sob a intercessão de Nossa Senhora, Rainha das Vocações, nossa oração e ação evangelizadora despertem

numerosas vocações para a Messe do Senhor.

Fraternalmente,

Ir. Daiana de Oliveira Silva

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Queridos leitores, é com muita satisfação que venho partilhar com cada um, o momento especial que houve na

noite do dia 28 de abril, na Paróquia Mãe de Deus e dos Órfãos.

Estimados, houve neste dia uma vigília vocacional direcionada aos jovens,

tendo como tema: “As vocações, Dom do Amor de Deus”! Neste belíssimo

encontro dos jovens com o Cristo Senhor, presente no Santíssimo

Sacramento, foi admirável como Ele é reconhecido com seu real e

verdadeiro sentido, tendo sim aqueles que ainda não o compreendeu, mas

estão irmãos na caminhada da busca, se colocando em momentos de

encontro com Ele.

Rezemos por eles para que, como Santo Agostinho, possam sentir a beleza do

encantar-se por Deus, e dizerem sim ao seu Projeto. E que como Ir. Kelle bem frisou: possam

ser cristãos autênticos, não só na Igreja, pois dentro do templo é bom e fácil, mas que sejam também fora. É aqui

que se encontra o desafio para ser coerente, na sociedade.

Irmãos na fé, neste momento de adoração, fomos convidados a nos

colocarmos sem máscaras, fingimentos diante do Senhor, mas nos

apresentarmos com aquilo que temos e somos. A nos abrirmos, a

experimentar o tão encantador amor de Deus, este amor que nos sustenta,

e crer que é com este mesmo amor que Deus Pai está a nos olhar, e por

meio dele possamos realizar mudanças profundas e verdadeiras em nossas

vidas. Cada vocação é um dom do amor de Deus, é uma iniciativa do

próprio Senhor e cabe a cada um por amor, aonde não há, para assim

recolher amor.

Nesta vigília refletimos sobre o Evangelho: Mat 18,18-23. O Reino é uma partilha. Ir. Kelle fez

uma breve reflexão sobre o mesmo e deixou uma pergunta: O que o Senhor me pede para deixar? O que ainda

me falta para segui-lo? E deixou-nos esta frase conhecida, porém interessante: “Com Deus não se brinca, de Deus

não se foge”.

Esta vigília proporcionou um momento de encontro do Senhor com os

jovens pois eles rezaram, cantaram, se renovaram e Padre Carlos

encerrou este momento com a benção do Santíssimo Sacramento.

E assim, ao partilhar essa experiência queridos irmãos em Cristo, deixo a

cada um, um forte abraço e deixo as minhas orações.

Noviça: Flaviana Gomes Pereira

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“Em Deus cuja Palavra me entusiasma, em Deus eu me apoio”.

Deus em sua plenitude nos convida a anunciar o seu amor por nós, Ele nos

conhece antes mesmo de nos formar no ventre materno, e nos constitui

vocacionadas ao seu amor.

Conscientes deste chamado, iniciamos uma nova etapa

em nossas vidas, passamos não só a conhecer, mas a

vivenciar a espiritualidade e o Carisma da Congregação

das Irmãs Beneditinas da Divina Providência, em uma

opção livre e consciente de nos consagrar a Deus.

No dia 19 de março iniciou-se o Aspirinter, o nosso primeiro encontro na CRB, tendo como

tema: Formação Humana, o que nos levou a um crescimento pessoal e comunitário.

Conhecemos varias Congregações.

Retornando a casa (Projeto Ciranda) as Irmãs Elisete

Mendes Neto, Maria Aparecida Barcellos da Silva, Sandra

Regina Ribeiro Lustoza e a Noviça Flaviana Gomes

Pereira haviam preparado uma pequena cerimônia ao som da musica: “Tudo

Posso” (Celina Borges), marcando nossa entrada no Aspirantado.

A verdade é que ficamos mais felizes que “pinto no lixo”, mas para chegar até

aqui “rebolamos mais que bolacha na boca de banguelo”.

Aspirantes:

Angélica Maria de Freitas e Monica Ferreira da Silva

No dia 23 de abril estivemos no Curso de Iniciação a Oração para noviços(as)na casa dos Freis Carmelitas

Descalços, em São Roque- SP. Lá encontremos com noviças e noviços de várias congregações com seus

Formação em foco

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respectivos formadores e formadoras e vivenciamos dias de muita reflexão e descobertas, nos quais queremos

partilhar com vocês.

“Oração que reza só é somente oração

Oração que reza junto se torna o

Evangelho encarnado”

Antes deste momento, estávamos hospedadas desde o dia 20 na comunidade

do Pio X, onde passamos um agradável fim de semana junto com a

Comunidade. Acolhidas com alegria e atenção. E foi, neste revigoramento

fraterno que fomos para São Roque/SP, participar deste providencial curso de

oração.

O curso de iniciação foi dirigido por Frei Geraldo Luis Bolentini, que dialogou

muito conosco a cerca da oração verdadeira, que é sempre refletida na prática. Falou-nos sobre as diferentes

formas de oração existentes no mundo, da importância da oração universal, do sentido de voltarmos sempre à

essência que é Jesus Cristo; que é a motivação principal para estarmos e vivermos a partir da oração. Tivemos

muitos momentos para refletirmos sobre nossa vida de oração pessoal e também muitos momentos bons de

partilha, de animação com todo o grupo participante. Momentos estes que, com certeza foram importantes para

o crescimento de cada uma de nós no seguimento de Jesus Cristo, ao qual somos chamadas.

Somos chamadas como cristãs e como religiosas a buscarmos viver em comunhão com Deus que se faz presente

no próximo, a cada instante de nossa vida. Assim, somos chamadas a ser pedagogas na vida de oração, a levar o

cristianismo com convicção e termos todo o cuidado de não cairmos na superficialidade, pois a verdadeira vida de

oração tem a capacidade de lapidar a nossa humanidade, se nos deixamos ser conduzidas pelo amor de Deus que

cuida que ensina que revela quem somos.

Falou-se muito da autêntica oração, do valor que se dá a este encontro. E

fica visível a grande necessidade de abertura de coração, de entrega, de

avaliação, de desprendimento, pois como disse o Frei Geraldo: “Uma

oração autenticamente cristã jamais produz distanciamento; ao contrário, a

oração cristã é comunhão, é sempre unidade”. E como será que está nossa

vida de oração? Será que estamos vivenciando de fato o nosso encontro

com Deus?

Fica para nós a certeza de que estamos caminhando, caminhando sempre na busca de sermos mais

autenticamente cristãs, autenticamente consagradas ao único necessário, Jesus Cristo.

Busquemos, pois, a fonte de água viva e, deixemo-nos modelar pelas mãos do Pai Providente que nos ama

intensamente.

Somos muito gratas a Ir. Clara que nos acompanhou e a nossa Congregação pela oportunidade. Obrigada!

“Que Cristo habite pela fé em vossos corações e que sejais arraigados e fundados no amor.

Assim tereis condições para compreender com todos os santos qual é a largura e o comprimento e a altura e a

profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede a todo conhecimento, para que sejais plenificados com

toda a plenitude de Deus”

(Ef 3,17-19)

Noviças:

Lilian dos Santos Soares e Lucy Mary Awuo

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Uma vez pediram a um peixe para falar do mar.

-Fala-nos do mar- disseram-lhe.

- Dizem que é muito grande o mar- respondeu o peixe.

-Dizem que sem ele morreríamos. Não sou o peixe mais indicado para vos falar do mar. Eu, do mar, o que

conheço bem são só estes dez metros à superfície. É só deles que vos posso falar. É aqui que passo o meu tempo,

quase sempre distraído. Ando de um lado para outro, à procura de comida ou simplesmente às voltas com o meu

cardume. No meu cardume não se fala do mar. Fala-se das algas, das rochas, das marés, dos peixes grandes e

perigosos, dos peixes pequenos e saborosos e de que temperatura fará amanhã. O meu cardume é assim: eles

vão e eu vou atrás deles.

-Mas tu, que és peixe, nunca sentistes o mar?

- Creio que o sinto, às vezes, passar por minhas guelras.

Umas vezes o sinto, outras não. Às vezes o sinto, quando não me distraio com outras coisas. Fecho os olhos e fico

sentindo o mar. Isso tudo de noite, claro, para que os outros não vejam. Diriam que sou louco por dar tempo ao

mar.

- Conheces o mar, portanto. Podes falar-nos do mar?

- Sei que é grande e profundo, mas não vos quero enganar. Sei de peixes que já desceram ao fundo do mar.

Perguntai a eles, que vos saberão falar do mar. Eu nunca desci muito fundo. Bem, talvez uma ou duas vezes... Um

dia as ondas eram tão fortes que eu tive de me deixar levar muito fundo,

para não morrer. Nunca tinha estado lá e nunca esquecerei que lá estive.

Apenas vos sei falar bem da superfície do mar...

-Foi ruim, quando desceste? Por que voltaste à superfície?

- Não foi ruim. Foi muito bom. Havia muita paz, muito silêncio. Era como se

lá fosse a minha casa, como se ali eu estivesse inteiro.

- Por que não voltaste lá para o fundo? Por preguiça?

-Às vezes acho que é preguiça, outras vezes acho que é medo.

-Medo? Mas tu não dissestes que era bom? Medo de quê?

- Medo do desconhecido, medo de me perder. Aqui à superfície já estou habituado. Adquiri um certo estatuto

para mim mesmo. Controlo as coisas ou, pelo menos, tenho a sensação de as controlar. Lá embaixo não sei bem o

que pode me acontecer. Estou todo nas mãos do mar.

- Tiveste medo quando chegaste ao fundo do mar?

- Não tive medo algum. Era tudo muito simples... E no entanto agora tenho medo... Mas eu não cheguei ao fundo

do mar! Apenas estive menos à superfície.

- E o que dizem os outros, o que lá estiveram?

- Dizem coisas que eu não entendo. Dizem que é preciso ir para saber. E dizem que não há nada importante na

vida de um peixe.

- E explicam como se vai?

- Aí é que está. Explicam que não se chega lá por esforço, que só podemos fazer esforço em deixar-nos ir. Que é

só o mar que nos leva ao mar.

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Então veio uma corrente mais forte que o fez descer. O peixe tentou lutar contra ela com todas as forças que

tinha, à medida que via distanciarem-se as coisas da superfície. Talvez para sempre... Mas depois fechou os olhos,

confiou e já sem medo deixou-se ir.

Contribuição da noviça Lilian dos Santos Soares

Estimadas, Irmãs e formandas e queridos oblatos.

É com alegria que desejo partilhar com cada um de vocês a formação que tive no

novínter da CRB-SP, nos dias 10 a 14 de Abril, tendo como tema este encontro a “Cristologia”,

sendo abordado por Pe. Mauro Negro,OJ.

Tendo de inicio uma breve apresentação de todos ali presentes na qual possibilitou a

oportunidade de nos conhecermos. Tendo neste encontro noviços do 1º ano e do 2º ano,

havendo alguns rostos conhecidos. Foi interessante a forma descontraída e

esclarecedora de como a Pe. Mauro desenvolveu e se expressou em suas explicações ao

falar sobre a Salvação (mudança de estado; sendo uma atitude ativa),Mistério ( um conhecer e

ter mais a descobri, dando como exemplo: o ser humano), símbolo ( aquilo que uni) Evento ( algo que marcou e

prolonga-se) a memória ( algo que é histórico e real) o partir das cortinas do templo no momento em quem Jesus

estava na Cruz, ( sendo uma forma de representar que Deus se faz presente em Cristo, saindo do templo de

Jerusalém e se fazendo acessivo a todos.) sobre a fé ( na qual se dar em dois trilhos: inteligência e o afeto, sendo

importante os 2 para que não seja hipócrita e fanático).

Fazendo um paralelo com o AT e o NT, sendo que ambos se completam porém o AT resume se em 1 ponto a

unicidade de Deus (Dt 6, 4) e o NT em resume-se na vinda de Cristo Jesus. (Jo 1, 14). Deixando como apelo o

cuidar da imagem que possuímos de Deus, a inteligência ( de criar a parte de algo ) a vontade e liberdade e do

mistério do ser humano daquilo que é e daquilo que faço.

Houveram muitos aspectos vistos mais deixo- vos estes poucos relatos, deixando também a experiência fraterna

que se foi possível vivermos nestes momentos. Pois fui acompanhada pela Ir. Cleidinei. Sendo este grupo

constituído de pessoas de uma espiritualidade e caminhada enriquecedora, deixando como marcas a

descontração, espontaneidade, veracidade e alegria.

Cristologia em poucas palavras é o reconhecimento que somos filhos de Deus, somos predestinados ou seja

temos um chance em sermos santos; irrepreensíveis de pecados.

Deixo com cada um que decorreu a leitura destas poucas linhas, um forte fraterno e carinhoso abraço.

Noviça: Flaviana Gomes Pereira

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Estimados Irmãos pela fé.

Nós as noviças, Claire e Flaviana, desejamos partilhar convosco da formação que tivemos no prédio da CRB-SP,

nos dias 15 a 18 de Maio, cujo tema: “A ética Cristã e a experiência da sexualidade”. Sendo abordado por Pe. Luis,

da Ordem dos Agostinianos.

Ao chegarmos havia uma entusiasmada recepção, na qual fomos

bem recebidas e acolhidas. Após esse afetuoso momento, se deu a

palestra, havendo uma breve apresentação por Congregação.

Temos Irmãos, já de inicio a frase instigante: “Não fazemos sexualidade,

somos sexualidade”, pois é todo o nosso corpo, movimentos, contatos,

afetos... e é por meio dela que construímos as nossas relações. Porém é

necessário acolhermos os nossos sentimentos, história de vida e

limitações. Frisado que é de suma importância que se aproveite os momentos apropriados para trabalhar, não só

se dedicar aos estudos de constituições ou referentes ao instituto.

Caríssimos, este encontro deixou-nos grandes reflexões porém partilharemos em poucas palavras entre adjetivos

e verbos o sentido da Ética Cristã: o amor, a justiça, o quere bem, o viver bem, a comunhão, a abertura e a

solidariedade. Elementos essências para um bom viver eticamente. Porém não deixemos de lado a moral, pois

são elas as nossas atitudes e posturas. No terceiro dia, tivemos a presença da Professora Isabel, na qual falou-nos

um pouco do Gênero, nos aspectos de ser, agir, pensar e estar do ser homem e ser mulher. Relembrando a luta

pela igualdade feminina, que, porém, hoje há a sua desculturação e desnaturação, não só neste ramo, mas em

toda a história se percebe este fato de perca da identidade e valor. Diante disso frisou a importância do senso

critico, o rever a nossa postura em relação ao rompimentos dos paradigmas, as normas.

Iniciando o quarto dia, o PE. Luis fez uma síntese da ética cristã e da moral no decorrer dos anos, vendo nos

aspectos: da centralidade (o que era considerado importante para o ser humano), a relação entre Deus e o

homem ( como era visto e como o homem se colocava), o mundo e a Igreja ( como era a visão e postura do em

relação mesmos).

“ ...o amor é como uma borboleta quanto mais se buscar, elas fogem e se paramos elas pousam”.

Deixamos essa frase que se prolongou neste nosso encontro e que nos deixou individualmente uma reflexiva

mensagem.

É com muito carinho que enceramos estar nossa participação.

Noviças: Claire Khabayi Misango e Flaviana Gomes Pereira.

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Estimadas Irmãs este ano marcado por acontecimentos importantes em nossa Família Religiosa: Capítulos

Provinciais e Geral, nós Junioristas da Província da “Divina Providência” no Brasil, partindo do tema abordado no

nosso Capítulo Provincial (Constituições - Fundamento da Formação), decidimos partilhar convosco as riquezas

que recebemos na formação feita na CRB. Esperamos que seja de grande proveito para todas assim como o tem

sido para nós.

Estamos divididas em três oficinas distintas:

1. Relações Interpessoais e Vida Fraterna

2. Mariologia

3. Consagração definitiva

Será dentro destes temas que faremos nossas partilhas:

Entre os dias 24 e 25 de março, houve o encontro Juninter organizado pela

CRB de São Paulo.

A assessora Marilene Brandão e sua irmã a psicóloga Dra. Maria Aparecida

Brandão, nos falaram sobre relações interpessoais e vida fraterna; foram

ensinamentos valiosos que muito nos ajudaram a refletir sobre nossas vidas.

Destacamos frases, e colocações que mais nos chamaram a atenção. Slides:

: ...mas prometeu não me abandonar.

Se eu lhe pedir, se eu confiar,

Se não parar de aprender,

Na sua graça hei de crescer (2x)

“não há amor sem cruz”

“para encontrar o amor tem que esquecer-te de ti mesma”

Pensamos através destas, sobre a confiança que devemos ter Naquele que é a nossa segurança. Sabemos que não

é fácil de ser vivenciada, requer opção constante, renúncia, compromisso com Cristo e consigo mesma.

Depois fomos interpeladas sobre qual é nosso papel enquanto Junioristas e sobre a importância do nosso

testemunho e se estamos inspirando outras pessoas à Vida Religiosa através da música de Mariani: Saudade do

amanhã:

Viver o agora importa, mas não esquecendo o amanhã.

Qualquer escolha agora refletirá em suas manhãs.

Ela nos fez pensar sobre nossas escolhas, sobre nosso ideal de vida que é Cristo, sobre como estamos utilizando

nossa liberdade e se a vivenciamos com fidelidade.

Foram-nos apresentadas algumas ferramentas úteis para nos tornarmos pessoas melhores, como a coragem que

não é a ausência de medo, mas é enfrentar as coisas; a fé, que nos proporciona equilíbrio, serenidade , nos dá

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forças para encarar os desafios, e nos ajuda nas relações interpessoais, pois das nossas relações com as pessoas

reflete a nossa relação com Deus ; a importância do saber ouvir, pois quem sabe ouvir os outros sabe ouvir a si

mesmo; e o caráter, que é uma qualidade importantíssima para se relacionar bem com as pessoas.” O caráter

pode se manifestar em momentos grandiosos, mas é construído nas pequenas atitudes.”(Philips Brooks)

Irmã Beatriz Dias da Silva e Irmã Francinete de Oliveira da Silva

Maria na bíblia: panorama

Na realidade, depois que Maria se tornou reconhecida na comunidade cristã, a partir do século III, aconteceu uma

releitura dos textos bíblicos. Ampliou-se o sentido original. Assim, algumas imagens e alegorias, como “a

descendência da mulher que esmaga a cabeça da serpente” (Gn 3,15), passaram a ser compreendidas em relação

à Mãe de Jesus.

Nos escritos de Paulo não há referência direta a Maria. Somente o texto de Gálatas 5,5 faz uma ilusão à Mãe de

Jesus, ao falar que Deus “enviou seu filho, nascido de uma Mulher”.

No evangelho de Marcos, o primeiro a ser escrito, Maria aparece no

meio dos familiares de Jesus, sem qualquer destaque. O evangelista mostra

com clareza que, para Jesus importa, sobretudo uma nova família, não

mais formada por laços de parentesco. A verdadeira família de Jesus

será, de agora em diante, a dos seus seguidores, ou seja, os discípulos e

discípulas que fazem a vontade do Pai.

Já Mateus acrescenta um dado novo. Ele prepara o anúncio da vida pública

de Jesus com os “relatos de infância”, que estão centrados na figura de

José, o homem justo que sempre age de acordo com o apelo de Deus. Assim,

José acolhe Maria como sua esposa e não tem relações íntimas com ela

até o nascimento. Adota Jesus como seu filho, mesmo não sendo o pai

biológico e protege a ambos dos perigos que surgem. Maria é apresentada como aquela que concebe pela ação

do Espírito e está unida ao filho, como mostra a expressão “o menino e sua mãe”, repetida vezes.

O evangelho que mais se refere à Maria é Lucas. A começar pela quantidade dos relatos nos quais ela aparece ou

se diz algo sobre a Mãe de Jesus: anunciação, visita a Isabel, cântico do Magnificat, nascimento de Jesus,

apresentação no templo, profecia de Simeão, desencontro no templo aos 11 anos, a vida em Nazaré, as palavras

de Jesus sobre a família, o diálogo com a mulher na multidão, a presença de Maria na comunidade nascente,

preparando a vinda do Espírito Santo. Através de todos estes relatos, Lucas nos apresenta Maria como a figura

da/o perfeito discípulo de Jesus, que ouve a Palavra de Deus, a guarda no coração e dá frutos na perseverança.

Além disso, Maria trilha um caminho na fé. Totalmente entregue aos projetos de Deus, ela não entende tudo o

que lhe acontece, e por isso mesmo precisa continuamente meditar o sentido dos acontecimentos. Passa por

momentos belos e difíceis, alegres e sofridos. O fato de ter que aprender o “jeito novo” de ver o mundo que Jesus

propõe causa-lhe conflitos, que lhe atravessam o coração como uma espada. Como mulher proveniente de

Nazaré da Galiléia, Maria vive e anuncia a opção preferencial de Deus pelos pobres, tal como Jesus o vive e

anuncia no sermão da planície.

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Por fim, Maria é uma pessoa especialmente contemplada pelo Espírito Santo, que a cobre com sua sombra na

concepção de Jesus e atua na comunidade dos discípulos em Pentecostes, como línguas de fogo. “Nuvem” e

“fogo” são os símbolos da presença de Deus junto de seu povo peregrino, desde a libertação do Egito. Nuvem

quer dizer proteção e fecundidade. Já o fogo alude a energia, amor e vitalidade. Este é perfil de Maria em Lucas:

perfeita discípula, peregrina na fé, sinal da opção de Deus pelos pobres, mulher contemplada pelo Espírito Santo.

João completa o perfil de Lucas acrescentando duas outras características. Ao apresentar Maria no início da

missão de Jesus (bodas de Caná) e no momento derradeiro (junto à cruz), expressa que é uma pessoa significativa

para Jesus e sua comunidade. Nos dois relatos, Jesus não a chama de “mãe”, e sim de “mulher”, como o faz com

outras mulheres importantes, como a Samaritana e Madalena. Em Caná, Maria é apresentada como a “pedagoga

da fé”, que orienta os servidores para “fazer tudo o que Jesus disser”. Ajuda a reunir os discípulos em torno a

Jesus. Possibilita a realização do primeiro sinal, que inicia o processo de acreditar em Jesus e compreender quem

ele é. Já na cruz, Maria aparece junto com as mulheres e o discípulo amado, perseverante na fé, no momento em

que cessam os sinais. Por vontade de Jesus, há uma adoção recíproca. Ela assume a missão de mãe da

comunidade cristã, representada pelo “discípulo amado”, e a comunidade a acolhe como tal.

O texto de Apocalipse 12 não é originalmente mariano. A mulher, revestida de sol, com as estrelas debaixo dos

pés e as doze estrelas significa, em primeiro lugar, a comunidade-igreja, que já experimenta neste mundo os

frutos da glorificação de Jesus. De outro lado, também sofre os ataques das forças do mal na história, é frágil, vive

no deserto (lugar de tentação e de encontro com Deus) e sente a solidariedade da Terra. Como aconteceu com

textos do Antigo Testamento, houve, posteriormente, uma releitura de Ap 12, dando-lhe uma conotação

mariana. Ela se apoia no fato de Maria ser mulher e Mãe do Messias. Nas comunidades cristãs do século IV nasce

assim a intuição de que ela participa, de forma singular, da glorificação que será concedida a todos os seguidores

de Jesus.

Maria Modelo da Igreja

O Concílio Vaticano II apresenta Maria, Mãe de Jesus Cristo, como "protótipo e modelo para a Igreja", e descreve-

a como mulher humilde que escuta a Deus com confiança e alegria. Com essa mesma atitude temos de escutar a

Deus na Igreja atual.

“Alegra-te". É o que Maria escuta de Deus, primeiro; é o primeiro que temos de escutar também hoje. Entre nós

falta alegria. Com frequência, deixamo-nos contagiar pela tristeza de uma Igreja envelhecida e gasta. Já não é

Jesus a Boa Nova? Não sentimos a alegria de sermos os Seus seguidores? Quando falta a alegria, a fé perde o

frescor, a cordialidade desaparece, a amizade entre os crentes arrefece. Tudo fica mais difícil. É urgente despertar

a alegria nas nossas comunidades e recuperar a paz que Jesus nos deixou de herança.

"O Senhor esteja contigo". Não é fácil a alegria na Igreja dos nossos dias. A alegria só pode nascer da confiança

em Deus. Não estamos órfãos. Vivemos invocando cada dia a um Deus Pai que nos acompanha, nos defende e

procura sempre o bem de todo o ser humano.

Esta Igreja, às vezes tão desconcertada e perdida, que não acerta em voltar ao Evangelho, não está só. Jesus, o

Bom Pastor, procura-nos. O Seu Espírito nos atrai. Contamos com o seu alento e compreensão. Jesus não nos

abandonou. Com Ele tudo é possível.

"Não temas". São muitos os medos que nos paralisam, os seguidores de Jesus. Medo do mundo moderno e da

secularização. Medo de um futuro incerto. Medo da nossa debilidade. Medo da conversão ao Evangelho. O medo

está nos fazendo muito mal. Impede-nos de caminhar para o futuro com esperança. Encerra-nos na manutenção

estéril do passado. Crescem os nossos fantasmas. Desaparece o realismo e a sensatez cristã. É urgente construir

uma Igreja da confiança. A força de Deus não se revela numa Igreja poderosa, mas sim humilde.

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“Darás à luz um filho que se chamará Jesus". Também a nós, como a Maria, é-nos confiada uma missão:

contribuir para pôr luz no meio da noite. Não estamos chamados a julgar o mundo, mas a semear a esperança. A

nossa tarefa não é apagar a pavio que se extingue, mas acender a fé que, em não poucos, está querendo brotar:

Deus é uma pergunta que humaniza.

A partir das nossas comunidades, cada vez menores e mais humildes, podemos ser fermento de um mundo mais

são e fraterno. Estamos em boas mãos.

Sete alegrias de Maria

Todo ser humano, na medida em que faz uma opção de vida e persevera nela, enfrenta oposição e passa por

dificuldades. Assim aconteceu também com Maria. Por outro lado, quem escolhe o caminho do Bem, mesmo que

siga um caminho pedregoso, experimenta belos momentos de consolo, prazer, contentamento e confirmação

interior. A pessoa, que se faz aprendiz da vida, aprende tanto com as alegrias quanto com as dores.

No entanto, a tradição católica deu muito mais ênfase às dores de Maria do que às suas alegrias. É momento de

resgatar com intensidade as suas alegrias. A partir dos Evangelhos, lidos com o olhar de hoje, podemos identificar

ao menos sete alegrias de Maria.

(1) O contentamento na anunciação (Lc 1,26): A primeira palavra dirigida a Maria é exatamente esta. O anjo de

Deus a convida a alegrar-se em Deus. Aliás, todo o relato da infância em Lucas está encharcada por este

sentimento de alegria. Quando o Messias vem, o povo se alegra. Maria prova uma imensa alegria ao receber o

convite de Deus. Sente-se de fato agraciada e envolvida num convite encantador.

(2) A alegria do encontro com Isabel: Maria se dirige às pressas para visitar sua parenta. Quando se encontram,

Isabel é tomada de euforia. Proclama que Maria é “bendita entre as mulheres”, título no qual ecoa a participação

de Maria no projeto salvífico de Deus. Que cena linda a ser contemplada: o encontro das duas mulheres, o

cuidado cotidiano de uma com a outra, os sonhos e as esperanças em torno do Filho que vai nascer. Maria

experimenta a alegria de ser missionária, de partilhar seu tempo e suas energias com alguém, que necessita de

proteção e ajuda. De fato, há mais alegria em dar do que em receber!

(3) O cântico alegre de Maria: Lucas coloca nos lábios de Maria um belo cântico, durante a visita a Isabel. Este

canto de louvor de Maria foi chamado de “Magnificat”, primeira palavra da sua tradução latina, que significa

“engrandecer”, ou “cantar as maravilhas”. Maria está cheia do Espírito Santo e proclama as grandezas de Deus na

sua história pessoal e na história de seu povo. É um cântico de alegria e de consciência profética. Maria nos

ensina a exercitar a ação de graças, a reconhecer e a proclamar com alegria os sinais de Deus na existência

pessoal e nas práticas coletivas.

(4) O nascimento de Jesus: Lucas nos diz que o nascimento de Jesus foi motivo de alegria para todo o povo, a

começar dos mais pobres, representados pelos pastores. Há alegria no céu e na terra! Todas as pessoas de Bem

sentem-se amados por Deus, no momento em que o Filho assume a natureza humana. Maria participa desta

alegria de maneira única, como protagonista. Ela é a Mãe do Filho de Deus Encarnado. Gerou, gestou e deu à luz

Jesus. O Natal é festa de alegria!

(5) Alegria na missão de Jesus: Pouca gente descobriu este contentamento especial que Maria provou ao ver seu

Filho anunciar o Reino de Deus, curar os doentes, acolher os pobre e marginalizados, formar os discípulos e

discípulas. Esta alegria não está descrita nos Evangelhos, a não ser na cena de Caná. Maria e os discípulos

experimentam um imenso prazer, quando percebem que Jesus é o vinho novo! Ele realiza as grandes esperanças

de seu povo. Quanta alegria Maria viveu, ao acompanhar a missão de seu Filho, como a perfeita discípula!

(6) Euforia da ressurreição: Depois de viver a decepcionante e trágica experiência da morte de Cruz, Maria e os

seguidores de Jesus provaram uma alegria sem par. Jesus está vivo! Ele nos dá a paz. Ele venceu a morte! A

ressurreição fez a comunidade de Jesus compreender que este Homem de Nazaré é o Filho de Deus! Com este

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novo olhar, compreenderam tantas coisas que Jesus fez e disse. Maria participa da ressurreição de Jesus de forma

original: refaz lembranças, ilumina fatos, nutre sua fé, está presente como Mãe da comunidade.

(7) Alegria de Pentecostes: O mesmo Espírito de Deus, que fecundou Maria e acompanhou Jesus, agora fecunda a

comunidade cristã. Cria a comunhão na diversidade, reúne o novo Povo de Deus para além das fronteiras do

judaísmo. Maria, que junto com outras mulheres e os familiares de Jesus, esteve em oração com os onze

discípulos, acompanha a comunidade de forma discreta. É o tempo da história! A alegria de Maria e dos outros

seguidores de Jesus se transforma na nossa alegria.

Ao percorrer as sete alegrias de Maria, cada cristão se reconhece nelas. Nossa vida de fé está marcada por estes

sinais de Deus que nos consolam, nos fortalecem e nos estimulam. Com Maria, cantamos alegres: “O Senhor fez

em nós maravilhas, Santo é o seu nome”.

Pelo Grupo: Irmã Daiana de Oliveira Silva

De inicio foi-nos feito os seguintes questionamento:

Que tipo de Vida Religiosa você sonha?

Da experiência de juniorista, o que gostaria que mudasse para aproximar do sonho?

Como você sonha ser uma Religiosa(o)?

Após refletirmos em individual, partilhamos em grupos, onde fizemos uma pequena síntese da partilha,

colocamos para toda turma.

Sonhos da Vida Religiosa

Profética

Fraterna

Uma vida normal

Conhecer-se melhor para servir

Ser sinal de presença

Abertura

Vivência

Relação Deus

Outro

Mundo

Sonhos Pessoais

Integridade – afetiva, fraterna e humano

Sinal de Deus pessoa livre, ser humano solidário,

Valorizar o ser

Depois da reflexão e exposição do grupo foi-nos questionado: Como estou vivendo o que foi apontado, pela

reflexão do grupo?

Fomos convidados a:

- Fazer síntese da nossa vida,

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- Olhar para traz e rever os momentos que nos deram forças,

- Chamado dinâmico ter respostas dinâmicas,

- Somos chamados e Vocacionados,

- Duas liberdades Deus nos chama

Eu responsável

O que é ser Chamada (o)

Para entrar neste caminho do chamado somos convidados a percorrer, lembrar e combater o esquecimento –

esquecer as raízes. Uma das coisas mais perigosas na vida espiritual é o esquecimento, o acostumar-se e já não

sentir a novidade a surpresa daquilo que nos pós a caminho do Primeiro Amor.

Evangelho MT ( 28, 7) apresenta caminho espiritual. E o caminho da volta a Galiléia.

Recordar o chamado significa recordar quem fomos, e quem somos hoje, supõe empreender constantemente a

voltar a nossa Galiléia, as nossas raízes.

Galiléia é:

O frescor dos inícios;

A ingenuidade do primeiro amor;

A experiência dos primeiros passos;

Da ilusão de deixar tudo.

O primeiro amor nos deu a audácia de acreditar que se pode viver somente de Jesus. Os discípulos deixaram tudo

porque Jesus os olhou, um olhar que perpassou todo a sua existência.

1. Quem sou eu? Reviver a experiência do primeiro amor, da ilusão, do encanto e do entusiasmo.

2. Como fui descobrindo minha vocação? O que e quem me ajudou?

3. O que me motivou para dar os primeiros passos como resposta ao chamado?

4. Que motivo hoje tenho para continuar?

E seguimos falando das motivações que podem ser:

Consciente - conhecida

Inconsciente – desconhecida

Todo nosso agir é movido por motivação. Motivação – sincera, mais clara ou ambígua

O que move meu agir?

O mistério da aliança

O chamado se situa no mistério da aliança, o ser de Deus. Um Deus, que é reciprocidade, amor, dialogo,

interpreta.

Um Deus que fala e escuta.

Em (Gn 1 -26) façamos mulher e homem à nossa imagem.

A imagem de Deus é ser aliança, é escutar e responder. Isto se vai fazendo num processo de identificação,

caminhando cada vez mais na aliança – compromisso. No centro da nossa historia a tua palavra,

A iniciativa do chamado é de Deus, é um chamado pessoal a serviço do povo. ( Mc 3 – 13).

“Chamou aos que ele quis, e foram a ele e constituiu os dozes em comunidade, para estar com ele e enviá-los a

pregar”.

Releitura do Carisma. Cada geração tem época diferente.

V.R Empresa

Tomemos cuidado com o capitalismo e o reprodutivismo.

Todos nós temos a liberdade de escolha, portanto nos quem escolhemos o que queremos para nós mesmos.

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Com isso ouvimos a história de Pepe, Mau humor ou bom humor, ele sempre estava de bem com a vida porque

fazia a escolha de estar de bem, com isso era admirados pelas pessoas e dizia que ele escolhia ser assim.

Baseado na historia foi-nos feito a seguinte a pergunta: Como quero viver a vida Religiosa?

Refletimos sobre: O chamado de Jesus aos seus discípulos. Jesus chama os que ele quer, eles se aproximam para

responder.

Somos enviados a missão.

3 pilares da Vida Consagrada:

Experiência com Deus

Missão

Vida Comunitária.

Diferenciar na VRC de SER / FAZER.

Integrar vida religiosa com minha vida pessoal. Olhar o que faço e porque faço.

A oração deve me motivar, não devo rezar para agradar. Não tenho que fazer da minha missão uma mera

atividade, mostrar que trabalha para se sentir valorizado, viver de aparência pelo trabalho, tenho que produzir

para ter valor.

Refletimos em relação ao Carisma. Carisma expressa faceta de Cristo.

1 – o que ganhei neste processo de Vida Religiosa Consagrada?

2 – o que pedir e por quê?

3 – o que fui adquirindo nestes anos de VRC? Que preciso deixar?

4 – O que motiva hoje para seguir Jesus e dar um sim definitivo?

5 – O que ofereci a Congregação?

Traços do seguimento de Jesus

A gratuidade – chamado gratuito de Deus, que nos leva a experimentar a gratuidade em ajudar na

missão.

A sedução – seguimento vai se dando um processo de crescimento e enamora mento.

No inicio Jesus é como um ídolo e aos poucos vai-se dando a sedução, o apaixonamento em

exclusividade. Todas as energias vão-se centrando em Jesus.

- sinto-me apaixonada por Jesus? Que indicadores o expressam?

- Para onde estão direcionando-se as minhas energias?

A radicalidade – seguir Jesus não é somente entregar os furtos da arvore, e entregar-lhe a arvore toda,

E entregar a árvore toda implica:

- Ruptura com os irmãos – presente assumir outros irmãos.

Ruptura com as possibilidades de ter seus filhos – Futuro

- outro tipo de fecundidade.

A radicalidade estar em assumir o estilo de vida como o de Jesus itinerante ao encontro do irmão.

A comunhão com Jesus.

Exige despojar-se do poder do prazer na comunhão e na identificação constitui o dinamismo profundo da

vocação. Daqui surge a possibilidade e a exigência da entrega total de si mesmo a na profissão dos conselhos

evangélicos vivido não acolhido do ministério de Cristo.

O compromisso profético evangelizador.

Ir atrás de Jesus é assumir a sua causa que é o plano de salvação. Assumir sua causa como minha. O seguimento

sempre é mística, apostólico e profético.

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Vivencia a partir do Carisma

O Carisma dom vivo que manteve um núcleo do tempo e do espaço.

1- Quais são os elementos essenciais do Carisma da sua Congregação?

2- Quais os valores fundamentais da sua Congregação?

3- O que supõe viver cada um desses valores, a nível pessoal, comunitário e na missão?

- Quais a marca do Carisma que mais destaca em Você?

- Qual minha característica carismática?

- Carisma – Como levo dentro de mim?

Tarefa de casa

Fazer uma declaração do Carisma, não deixar os elementos fundacionais.

Quais os novos elementos para atualizar o Carisma na realidade de hoje?

Vida Consagrada

Consagração: Deus consagra e nós nos deixamos ser conduzidas por ele.

V.R.C é dom do pai dado à Igreja por meio do espírito

A consagração é um movimento no qual Deus tem a iniciativa de chamar, porém respeitando a liberdade da

pessoa responder. O essencial da consagração é nos entregarmos a Deus. Pela profissão nos consagramos e

somos consagradas. É ser sinal e instrumentos do amor de Deus.

Consagração Batismal

Pelo batismo somos chamados a ser filhos de Deus. A consagração batismal está na base da vida cristã.

A Consagração religiosa surge na historia como alternativa.

1- Como é apresentada Maria nas constituições da sua Congregação?

2- 2- O que mais te atrai na vida de Maria?

3- Quem é Maria para Você?

Maria modelo de Consagração e por sua acolhida fiel à palavra e sua aceitação.

Maria inaugura essa presença.

Irmã Perpétua Machado Góes

Nos dias 14 e 15 de abril foi realizado na casa provincial o encontro da Formação

permanente; éramos 27 irmãs, dispostas a ouvir, refletir, estudar e partilhar

sobre o texto-base do nosso VIII Capítulo Provincial. O encontro iniciou-se com a

santa Missa presidida pelo Pe.Vinicius, missionário redentorista, que também fez

algumas colocações no 1º momento fazendo recordando o sentido da palavra

Liberdade “A liberdade constitucional não é fazer o que eu quero e sim ser livre

para viver o carisma.” E nos motivou a não nos esquecermos do essencial de nossa

Experiência Partilhada

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vida consagrada, que é a pessoa de Jesus Cristo, que nos chama ao “Vinde e Vide” e permanecer com ele: “Foram

aonde Ele morava e permaneceram com ele...” e nos questionou sobre a autenticidade do nosso testemunho e se

realmente o damos, lembrando-nos de que a Vida Religiosa é chamada a testemunhar, ser sinal, construir , ser

exemplo....

Após o almoço, rezamos e refletimos sobre a introdução do texto-base, ouvimos Ir.Sandra que nos falou sobre os

aspectos social, econômico e religioso da nossa sociedade pós-moderna, uma realidade que nos atinge, nos

questiona e requer de nós uma posição diante dela. Como a própria tese nos diz: “Apesar de estarmos em um

período de constantes desafios, ele não é melhor ou pior do que os outros. Cada época tem suas luzes e sombras.

Precisamos estar preparadas para acolher o novo e conviver com ele sem perder a tradição, sem nos fecharmos”.

Ir. Cleidinei nos falou sobre os fundamentos da formação, de forma dinâmica.

Formamos grupos para depois partilharmos com todas o que lemos. Na noite de sábado fizemos uma divertida

recreação, com muitas risadas.

No domingo, iniciamos o nosso dia, ouvindo sobre “o caminho formativo da Irmã Beneditina da Divina

Providencia.” Tema exposto pela Ir. Sandra . Depois Irmã Maria José, falou sobre a instituição, e sobre o ser

humano, na visão da sagrada Escritura e na compreensão da comunidade do conhecimento, ilustrando com uma

comparação do Libânio, que diz que a nossa realidade humana é como uma árvore que tem suas raízes firmes na

terra, porém cresce em busca do alto, é a imanência e a transcendência juntas em nós. Ir. Maria Della Giustina

Finalizou o encontro dando continuidade ao tema falando sobre o autocontrole, a integralidade da pessoa, a

importância da comunidade e a arte de relacionar-se: ”Todos os seres-humanos, especialmente os de Vida

Consagrada, são desafiados a controlar os seus pensamentos, apetites, vocabulários, temperamentos e desejos. A

tomar consciência dos próprios sentimentos...”. A Irmã Márcia conduziu os momentos de oração e nos alegrou

com os seus cantos animados. As considerações finais foram rezadas, nos levando a comprometer –nos com o

nosso caminho formativo. Fizemos a nossa partilha e uma breve avaliação do Encontro.

“A autêntica formação, de fato, é um processo transformador, capaz de mudar radicalmente a vida da pessoa, se

esta se coloca a caminho.” E por falar em caminho, um caminho colocado ao centro do salão, nos falou com a sua

simbologia, durante esses dois dias, com suas pedras, galhos, flores, luzes e elementos que nos ajudam a

caminhar (constituições), nos mostrava uma meta: O Mestre Jesus de Nazaré. Obrigada a toda a equipe da

formação permanente e da elaboração da tese, que nos levou a esse momento riquíssimo de reflexão, oração e

comprometimento.

Pelo grupo

Irmã Beatriz Dias da Silva

Estimadas Irmãs, nos dias 21 e 22 de abril tivemos a graça

de participar do nosso encontro de formação permanente,

trazendo a certeza de que quanto mais partilhamos, tanto

mais nos descobrimos iguais na diversidade e nos

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edificamos reciprocamente. Foram dois dias de muitas graças e reflexão.

No dia 21 o Padre Vinícius, com muita sabedoria e profundidade nos ajudou a refletir sobre a nossa própria

vida trazendo presente o tema do capítulo: Código Fundamental lei de liberdade - As Constituições -

Fundamento da Formação.

De forma simples e muito concreta enfatizou alguns pontos da nossa realidade enquanto Vida Religiosa

Consagrada:

• Devemos recuperar a nossa alegria.

• Resgatar o valor da conversa, da prosa na comunidade.

• Cultivar a nossa espiritualidade.

• Problema da onipotência na vida religiosa.

Diante das diversas realidades que nos encontramos, as nossas atividades e o nosso cotidiano ativista, nos

impedem muitas vezes de escutar a voz de Deus para acolher o seu apelo. Devemos está atenta para

perceber que a Divina Providência faz parte do nosso ser Beneditino e deve fazer parte do nosso cotidiano.

“Seja só Irmã Beneditina da Divina Providência, o resto virá por acréscimo” assim nos convidava o padre

Vinícius.

A nossa história é marcada pela simplicidade e com simplicidade demos continuidade ao nosso encontro. A

Irmã Ana Maria Gomes e Irmã Clara Rosa com muita criatividade foi conduzindo outros momentos,

sobretudo na dimensão formativa, humana e espiritual de forma dinâmica e produtiva.

À noite fomos fazer a nossa recreação. Muita alegria, gargalhadas, histórias, lembranças, saudades. Ouvindo

das nossas irmãs mais experientes o valor da vida religiosa e que vale a pena continuar mesmo em meios as

dificuldades e sofrimentos. Somos gratas a Deus pela sua imensa bondade e pela sua presença providente em

nossas vidas.

Irmã Leah Kemunto

Não existe fruto mais doce para uma escola do que o reconhecimento e o sucesso

oriundos de um aluno. Mais ainda, quando essa constatação é compartilhada pela

família dele.

Assim ocorre com a autora do depoimento abaixo, jovem cuja história de vida se

entrelaça à do Instituto Pio XI, a escola mais antiga da Rede Beneditina, mas que

mantém o viço dos primeiros anos, justamente por cultivar, diariamente, a boa

semente de uma árvore cujo fruto se resume em três palavras: Acolher, Assistir,

Educar.

Carisma em ação

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Fiéis aos ideais das Servas de Deus Maria e Giustina Schiapparoli, as Irmãs Beneditinas da Divina Providência,

unidas, em todos os momentos aos educadores que, assim como elas, abraçaram a missão de educar com amor e

qualidade, mantém, com energia inabalável, essa obra, testemunho vivo de Oração e de Trabalho, voltado para

uma sociedade melhor.

Carta- Depoimento ao Instituto Pio XI

Meu nome é Paula Maria Queiroz Pereira da Silveira, tenho 23, e a minha história no Instituto Pio XI começou

ainda muito antes do meu nascimento. Eu sequer tentarei contá-la em detalhes, porque mesmo me lembrando

de todos, será impossível dimensionar, completamente, esses anos de trajetória nesse espaço escolar.

O amor da minha família pela instituição e pela Congregação das Irmãs Beneditinas da Divina Providência, desde

os meus avós, Maria e Paulo Pereira, foi herdado como uma tradição. São incontáveis os meus tios e primos que

estudaram e ainda estudam no Instituto.

Desde sempre, eu aprendi que o Pio XI era a minha segunda casa, que as Irmãs eram, também, parte da família, e

quando comecei a estudar lá, em 1992, esses laços apenas foram fortalecidos progressivamente, à medida que eu

ia crescendo, amadurecendo e formando a minha personalidade. Toda essa fase do meu desenvolvimento foi

marcada por intensa influência da deliciosa vivência com as Irmãs, com os mais que professores e funcionários,

meus grandes amigos, além dos muitos colegas de turma, que se tornaram, também, indispensáveis para toda a

vida.

O Pio XI, para mim e para muitos que estudaram nele, é um lugar mágico, ou melhor, abençoado, que faz isso

com a gente: deixa uma saudade gostosa, recheada de excelentes lembranças e um gosto de quero mais. Acho

que esta vontade de querer mais se reflete na fala tão presente da maioria dos ex-alunos, que é a seguinte:

“meus filhos também irão estudar lá!”

Eu falei assim quando comecei a estudar lá, no Jardim de Infância, com 3 anos e me esqueci de citar quando

terminei o Ensino Médio, em 2005, com 17 anos. Assim, totalizei 14 anos como aluna. Apesar de ter concluído

essa fase há alguns anos, nunca deixei de acompanhar cada progresso do colégio, mesmo que às vezes não

consiga fazer isso tão de pertinho como gostaria, já que hoje estou cursando a faculdade de Medicina, o que

requer de mim um dispêndio considerável de energia e de tempo.

Esse carinho e reconhecimento incondicional devem-se, também, a um fato que precisa ser ressaltado: essa

instituição é diferente por ser mais que fonte de conhecimento, de boa base e alto nível, mas também por ser

uma escola de vida, uma raridade nos dias de hoje; nela, agregam-se valores éticos e morais, essenciais para a

formação de um profissional bem qualificado e, principalmente, de um bom cidadão, alguém de bom caráter.

Modéstia à parte, sinto orgulho ao dizer que tudo isso faz parte de mim, e por tal sensação, sinto-me

imensamente grata a tudo e a todos os que também fazem parte dessa história.

Gostaria de agradecer, beijar e abraçar cada uma dessas pessoas, principalmente

aquelas que me apoiaram no momento mais difícil da minha vida, quando minha

madrinha faleceu. Tenho certeza de que ela estaria muito satisfeita hoje, por eu

estar aqui escrevendo esse depoimento, já que também era um desejo dela.

Por isso, Pio XI, pela vida jamais te esquecerei, saberei honrar sempre teu nome,

porque acredito profundamente na tua missão nobre e gigante. É esse o

pensamento que transmitirei aos meus filhos, quando os tiver, já que prezo muito

essa linda história entre o Instituto Pio XI, a Congregação das Irmãs Beneditinas da

Divina Providência e a minha família. Espero que ela não tenha fim e que continue

sendo feita com o mesmo apreço de sempre, porque eu te amo, “templo do saber”!

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À Direção e a todos os funcionários – os atuais e os do futuro – ofereço minha oração, para que Deus continue

doando força, fé e sabedoria para que conduzam essa instituição de caridade com amor, carinho e dedicação, a

fim de que ela progrida sempre, cresça sem limites e seja fonte de tudo o que foi para mim, também, para todas

as crianças e jovens afortunados que por aí passarem.

Texto I Fidelidade a toda prova; confiar.

Reflexão retirada de eclesiástico 2, 1-18.

Numa sociedade permeada por inumeráveis projetos idolátricos, a perseverança na fé implica em muitos

sofrimentos e provações. A grande tentação consiste em abandonar a fidelidade a Deus e ao seu projeto, para

pagar o alto preço de “viver em paz”, o que longe de Deus é impossível.

A confiança é a expressão da relação com um Deus único e absoluto. Ele, por sua vez, jamais, abandona seu filho,

seu fiel. Os que confiam em Deus não devem temer os males que afligem sua vida, deve perseverar na fé, ser

confiante.

Confia em Deus, põe tua esperança nas mãos de Deus e ele tudo fará, e tudo lhe será dado.

Texto II

Em várias passagens da Bíblia podemos nos deparar com o tema da partilha, e logo percebemos sua real

importância para a religião cristã. O mestre Jesus nos mostra a necessidade de repartir o que temos com nosso

próximo, mesmo a oferta sendo pouca, se for de coração, será valida, tornando-se um ato de solidariedade.

O milagre da multiplicação dos Cinco pães e dois peixes demonstra o interesse de Jesus pela caridade, e nos

coloca não apenas como observadores na ação do Filho de Deus mas impossibilitados de realizar a partilha entre

nós mesmos. Assim como devemos partilhar coisas de necessidades físicas, também devemos partilhar

sentimentos como, alegria, amor, compreensão, carinho. Todos esses sentimentos fazem bem para o convívio

pessoal dos seres humanos.

Acima de qualquer sentimento a felicidade e a paz, movem a existência de todo e qualquer ser humano que

busque a bondade e a vida plena em Cristo.

Alunos do 3° ano do EM – Colégio Divina Providência

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Ingredientes:

500 gramas de polvilho azedo

1/2 copo americano de leite

1/2 copo americano de óleo

1 ovo

200 gramas de queijo ralado

sal a gosto (+ ou – 1 colher de sopa, rasa de sal)

a forma não precisa ser untado, somete passar água

Modo de preparo:

1. Em uma bacia umedece o polvilho com água fria (somente para abaixar o pó);

2. Ferva o leite e óleo e o sal e escalde o polvilho, quando conseguir sove, quando a massa estiver morna acrescente

o queijo e os ovos, amasse novamente;

3. Coloque na forma com auxilio de uma colher, ou se preferir modele com cuidado, deixe um espaço entre os pães

de queijo, pois ele vai crescer enquanto assa;

4. Asse até que eles fiquem dourados;

Irmã Olímpia Bett

Falecimentos:

Em 10/02/2012 faleceu Lúcia Ferreira Teodoro, cunhada da Irmã Susana da Silva.

Em 20/04/2012 faleceu Celito Gava, irmão das Irmãs Amélia e Joseane Gava.

Em 26/04/2012 faleceu Odair Mendes, sobrinho da Irmã Adélia Serafina.

Em 26/04/2012 faleceu Lázaro Sobrinho Firmino, irmão da Irmã Maria Madalena Firmino

Em 11/05/2012 faleceu Maria Polese, irmã da Irmã Glicéria Polese.

Em 29/05/2012 faleceu Antônio de Mattia, irmão da Irmã Márcia de Mattia

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