Jornal de Abrantes - Edição Abril 2015

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Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha jornal abrantes de EDUCAÇÃO ABRIL 2015 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · MENSAL · Nº 5530 · ANO 115 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA GRATUITO Paulo Sousa Paulo Sousa Ao fi m de 30 anos, agricultores com sede própria Joana Margarida Carvalho A Associação de Agricultores inaugurou a sua primeira sede própria, na antiga escola primária de Arrifana. Uma cerimónia que contou com a presença da ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, e com uma homenagem ao fundador da instituição, o Engenheiro Luís Bairrão. Entre os muitos agricultores, entidades e personalidades, a família (na foto) do Eng. Bairrão sentiu-se emocionada com o momento. Pág 4 Semana Santa de Sardoal assume-se como um importante Património de Fé e Religiosidade, que se traduz na entrega de toda a comunidade. Festas de Nossa Senhora da Boa Viagem em Constância com mais de 20 ruas floridas e 50 barcos para a bênção da Padroeira. Novas competências para Vila de Rei. Abrantes e Mação declinam convite Treze municípios no projeto-piloto de delegação de competências na educação: Abrantes e Mação rejeitam por considerarem que “não estão reunidas as condições necessárias”. Vila de Rei aceita e destaca como mais-valia o “poder decidir o que é melhor para a comunidade escolar”. Pág 22 ESPECIAL CONSTÂNCIA ESPECIAL SARDOAL

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Jornal de Abrantes, Sardoal, Mação, Vila de Rei, Constância e VN Barquinha

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Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinhajornal abrantesde

EDUCAÇÃO

ABRIL 2015 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · MENSAL · Nº 5530 · ANO 115 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITAGRATUITO

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Paul

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Ao fi m de 30 anos, agricultores com sede própria

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A Associação de Agricultores inaugurou a sua primeira sede própria, na antiga escola primária de Arrifana. Uma cerimónia que contou com a presença da ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, e com uma

homenagem ao fundador da instituição, o Engenheiro Luís Bairrão. Entre os muitos agricultores, entidades e personalidades, a família (na foto) do Eng. Bairrão sentiu-se emocionada com o momento. Pág 4

Semana Santa de Sardoal assume-se como um importante Património de Fé e Religiosidade, que se traduz na entrega de toda a comunidade.

Festas de Nossa Senhora da Boa Viagem em Constância com mais de 20 ruas floridas e 50 barcos para a bênção da Padroeira.

Novas competências para Vila de Rei. Abrantes e Mação declinam conviteTreze municípios no projeto-piloto de delegação de competências na educação: Abrantes e Mação rejeitam por considerarem que “não estão reunidas

as condições necessárias”. Vila de Rei aceita e destaca como mais-valia o “poder decidir o que é melhor para a comunidade escolar”. Pág 22

ESPECIAL CONSTÂNCIA

ESPECIAL SARDOAL

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2 ABRIL 2015ABERTURA

Seis Associações de Desenvolvimento Local, entre elas a TAGUS, procederam apresentação do projeto da Loja do Intendente, Produtos e Territórios, no passado dia 26 de março.

O espaço vai contar com uma loja agro-alimentar, uma cafetaria e uma zona de exposições, com intuito de dar a conhecer e valorizar as potencialidades de 38 municípios de Bragança a Reguengos de Monsaraz.

As pessoas que unem mundos diferentes

Esta é uma das alturas do ano que se vivem intensamente tradições que continuam a movimentar muita gente. As comunidades de Sardoal e de Constância fazem questão de continuar a promover momentos únicos, seja pela religiosidade, seja pelo potencial turístico. O empenho na preparação e o orgulho no resultado são excelentes cartões de visita, que vão passando por gerações, de uma região que quer aliar o seu património ao seu futuro.

Momentos de celebração dão vida e servem para fazer pontes com um passado. Em tempos em que parece que a memória já pouco interessa, estas são ocasiões para enquadrar os mais novos em ambientes marcantes para as comunidades locais. Para que eles as possam transportar para o futuro. Todas as histórias de hábitos e de tradições que possam ser contadas por estes dias, a propósito das celebrações, serão mais valias para quem vive num mundo de tecnologias.

Um mundo de uma procissão sem luz elétrica ou um mundo em que os barcos eram o principal meio de transporte da região parecem demasiados distantes, sobretudo para os mais novos. Mas transportam consigo uma certa forma de vida, cuja memória não se pode perder. E a verdade é que, mesmo que seja pontualmente, os mundos do antigamente e os mundos contemporâneos podem perfeitamente conviver, porque têm o elo de ligação mais forte que existe: as pessoas.

Hália Costa Santos

FICHA TÉCNICA

DiretoraHália Costa Santos

(TE-865)[email protected]

RedaçãoJoana Margarida Carvalho

(CP.9319)[email protected]

Mário Rui Fonseca (CP.4306)

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ColaboradoresAlves Jana, André Lopes

e Paulo Delgado

PublicidadeMiguel Ângelo

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Produção gráficaSemanário REGIÃO DE LEIRIA

Design gráfico António Vieira

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Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel

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Sylvia Tupenot, Paris

Na verdade a Páscoa signifi ca ape-nas o fim do inverno e o início da primavera. É a renascença depois do inverno. Tenho as minhas raízes em Tramagal, mas vivo em França, onde a tradição da Páscoa não é tão intensa como em Portugal. É mais uma ocasião para se juntar a famí-lia. Não penso na religião. Quando tinha os meus pais por perto e em Portugal, tinha outro significado, mas ao longo dos anos, foi-se per-dendo.

Joana CotaSão Miguel do Rio Torto

A Páscoa, na minha infância, era vi-vida com enorme intensidade. Era al-tura de fazer os meus próprios sacri-fícios, seguia religiosamente todas as missas, e acabava por ser recompen-sada no Domingo de Páscoa pela fa-mília, com amêndoas e chocolates. Fui crescendo e amadurecendo, e muitos foram os motivos para per-der a fé e a vontade de manter o meu espírito religioso. Sofremos a perda dos dois homens principais da fa-mília e em vez de haver mais união houve afastamento e a Páscoa dei-xou de fazer sentido. Vejo a Páscoa como uma altura comercial.

Artur TomásLuanda

A Páscoa prefi gura o sacrifício de Cristo. Por conseguinte, como cris-tão, este é um momento de verda-deira refl exão interior, procurando o reencontro de mim próprio, afast-ando-me das futilidades. Estar pró-ximo dos que estão longe, sem es-tar longe dos que me são próximos. Viver aquilo que realmente se torna importante e essencial, na compa-nhia da família e dos amigos. Um abraço para a minha família e ami-gos que estão em Tramagal.

FOTO DO MÊS

INQUÉRITO

EDITORIAL

Qual é o signifi cado da Páscoa? Como vive esta época forte de fé e religiosidade?

IDADE 34 anosNATURALIDADE /RESIDÊNCIA Natural de Casa Branca, mas resido em Abrantes.PROFISSÃO Professora e gerente do Aquavital Health Club em Abrantes.UMA POVOAÇÃO Vila Viçosa.UM CAFÉ A Brasileira.PRATO PREFERIDO Gosto de vários, mas adoro umas boas enguias ou polvo à lagareiro. UM RECANTO PARA DESCOBRIR A bela Costa Amalfi tana.UM DISCO Pode ser qualquer um dos Coldplay.

UM FILME Depende do estado de espírito, mas gosto muito do “Crash” de Paul Haggis. Faz-nos pensar no preconceito e na forma como estereotipamos as pessoas.UMA VIAGEM Tailândia, Koh Samui. UMA FIGURA DA HISTÓRIA Felizmente existem muitas figuras marcantes da história, talvez Alexander Fleming cuja contribuição para a ciência/saúde deu origem ao primeiro antibiótico, através da descoberta da penicilina. UM MOMENTO MARCANTE? Não consigo destacar nenhum, valorizo todos.UM PROVÉRBIO A consciência limpa é a

melhor almofada.UM SONHO Fazer felizes os que me rodeiam.UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO Vou sugerir uma proposta gastronómica… iniciar o dia com uma tigelada típica da nossa cidade; ir a um dos restaurantes do concelho almoçar um Arroz de Lampreia e terminar com um passeio pela zona de Aldeia do Mato ou Fontes, contemplando as belas paisagens para o rio.

SUGESTÕES

Cristina Madrinha

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3ABRIL 2015 ENTREVISTA

DUARTE MARQUES, DEPUTADO DO PSD ELEITO PELO CÍRCULO ELEITORAL DE SANTARÉM

“António Costa (PS) é uma desilusão e Marinho e Pinto é uma fraude“

Membro da comissão de educação e dos negócios es-trangeiros, viveu seis anos em Bruxelas, trabalhou com Vasco Graça Moura, Silva Pe-neda, João de Deus Pinheiro e Nuno Morais Sarmento. Sol-teiro, Duarte Marques consi-dera-se um embaixador do Médio Tejo, em geral, e em particular de Mação, de onde é natural. Na faculdade cha-mavam-lhe “o “mação” pelo orgulho que sempre demons-trava pela sua terra natal.

Membro da assembleia mu-nicipal de Mação desde os 18 anos, Duarte Marques (DM) é fundador da Helpo, uma ONG presente em Portugal, Mo-çambique e São Tomé. Estu-dou relações internacionais. Ativista da causa da Ucrânia e da luta anticorrupção. Mem-bro da Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo, entre outros cargos.

Pediu esclarecimentos ao primeiro-ministro grego sobre as declarações do seu ministro das Finanças que defendeu que, no âm-bito das negociações gre-gas com a UE sobre a dívida, «melhor» seria que os juros da dívida de Portugal, Espa-nha e Itália subissem. O que pretendia com esta carta?

A carta foi enviada em vá-rias línguas, para que não exis-tissem dificuldades de com-preensão, mas não obtive resposta. Decorreu de uma declaração de Tsipras em que disse que não se importava de criar um tumulto na Europa, mesmo que isso aumentasse os juros da dívida portuguesa, mas também da Espanha, França e Itália. “Tanto melhor”, disse Tsipras, argumentando que essa seria uma forma

desses países estarem do seu lado no seu combate contra a dívida e contra a troika. Senti que devia deixar a minha po-sição política muito clara, até porque conheço muito bem a realidade grega.

E que realidade é essa, tendo em conta que a po-pulação elegeu um governo anti-troika?

Os impostos não são pagos devidamente na Grécia, e não resulta aumentar impostos, para aumentar receita, por-que eles não pagam os im-postos. O sistema não resulta por questões de máquina fi s-cal e protestei contra aquelas declarações que entendi se-rem uma chantagem injusta e inadmissível.

A Europa tem condições para continuar unida, com moeda única e objetivos co-muns?

A Europa é um caso de su-cesso, mas ainda com cami-nho para andar, nomeada-mente em termos fi scais. Um dos problemas é a falta de co-ragem de alguns líderes euro-peus, sem coragem de assu-mir as suas opções, e depois surge uma espécie de ‘bruxeli-zação’ dos problemas e ‘nacio-nalização’ das coisas boas. Ou seja, tudo o que é aprovado na Europa, é aprovado por todos os países. Mas depois culpa-se Bruxelas quando al-guma coisa corre mal, e nacio-naliza-se o que é bom. É uma hipocrisia que tem levado uma má imagem junto das populações.

A polémica atingiu recente-mente o primeiro-ministro Passos Coelho com a ques-tão do não pagamento de obrigações fi scais. É um re-

vés, este tipo de notícias, mais a mais com persona-lidades políticas que exi-gem um grande esforço aos portugueses e que, depois, atuam desta forma?

Foi um erro que o próprio já admitiu e reconheceu. Já pagou e regularizou a situa-ção, mas é daquelas coisas que nunca deviam acontecer. Penso que foi vítima da pró-pria máquina que ajudou a montar. É preciso lembrar que Passos Coelho é um cidadão como qualquer outro e que já teve situações difíceis na vida. Pedir a sua demissão é um

exagero, um oportunismo e não tem cabimento, até por-que nunca fugiu às suas res-ponsabilidades.

O que lhe parece o PS de An-tónio Costa, comparando com o António Seguro. O que espera do novo PS, tendo em conta as eleições legislativas deste ano?

É uma desilusão. Houve uma grande expectativa e António Costa não apresenta soluções, ou apresenta ideias requenta-das ou em curso. Não consigo distinguir o PS do BE, em algu-mas propostas. É uma com-

petição entre os dois partidos impressionante. António Se-guro tinha propostas. Costa apresenta retórica e ideias do passado, aquelas que trouxe-ram a crise a Portugal. Hoje, o que se discute é que o PSD pode ganhar as eleições, em coligação com o CDS-PP, ao contrário das expectativas que Costa trazia. Na esquerda portuguesa há mais egos do que causas, e isso é mau para a democracia portuguesa.

Teme o impacto de partidos como o de Marinho Pinto? E os movimentos populistas

na Europa?Marinho Pinto é uma des-

graça, é uma fraude do ponto de vista eleitoral. Critica Bru-xelas, não está lá a fazer nada, mas não abdica de receber o seu salário como eurodepu-tado. Movimentos como estes só surgem porque os partidos políticos não se souberam re-formar. Os partidos têm de ser mais honestos, mais sérios e ter consigo as pessoas mais respeitadas da sociedade.

O Governo aprovou uma proposta do PSD de Santa-rém que cria incentivos ao regresso ao ativo de médi-cos reformados. Qual a im-portância desta medida proposta pelos deputados do PSD de Santarém?

É uma medida que apresen-támos e cuja aprovação sau-damos, pois é benéfica por poder dar resposta à escas-sez de médicos no interior do país. Após o “check-up à saúde” organizado pela dis-trital do PSD de Santarém e pelos nossos deputados, sur-giu a proposta de criar um re-gime de incentivos extra para o regresso ao ativo de médi-cos reformados e que foi de imediato defendida junto mi-nistro da Saúde e na Assem-bleia da República, em sede de Grupo Parlamentar. Com este novo regime, os médi-cos terão dois tipos de incen-tivos: um pecuniário que lhes permite acumular a pensão com uma parte do salário, o que antes não acontecia, mas também optar de forma mais flexível por um horário mais compatível com a sua dispo-nibilidade e vontade, preci-samente um dos entraves da norma anterior.

Mário Rui Fonseca

DR

• Duarte Marques admite que a “Europa é um caso de sucesso, mas ainda com caminho para andar”

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4 ABRIL 2015AGRICULTURA

Ministra da Agricultura inaugura em Abrantes nova sede da Associação de Agricultores

A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cris-tas, destacou em Abrantes os resultados do trabalho que desenvolveu nestes úl-timos três anos enquanto governante, tendo afir-mado que a dinâmica evi-denciada pelo setor é mais do que uma moda.

MÁRIO RUI FONSECA

“A agricultura em Portugal não é uma moda, tem pre-sente e tem futuro. As mo-das vêm e vão, tendem a pas-sar. Nós temos um trabalho reconhecido, interna e exter-namente, numa ação de tra-balho concertada nacional-mente nos últimos anos, nos vários níveis de governação”, afi rmou a governante, na ce-rimónia de inauguração do Edifício Engenheiro Luís Bair-rão, nova sede da Associação de Agricultores dos concelhos de Abrantes, Constância, Sar-doal e Mação.

Perante um edifício api-nhado de agricultores, autar-cas, dirigentes associativos, políticos e população, Assun-ção Cristas apresentou alguns números que refl etem o tra-balho que tem desenvolvido nos últimos três anos em que é titular das pastas da Agri-cultura e do Mar, e que, no seu entender, são setores que “demonstram um dinamismo enorme e sustentam a recu-peração da economia” naci-onal.

“Se o ano 2014 foi o melhor ano nas exportações portu-guesas, batendo os recordes dos anos anteriores, o setor agrícola e agroflorestal tem-

se comportado ainda melhor do que tudo o resto”, afi rmou Cristas.

“Hoje, três anos depois de eu ter assumido este cargo, nós reduzimos o défi ce agro-alimentar em 1,3 mil milhões de euros. É muito dinheiro”, frisou, tendo lembrado que, em 2014, a redução foi de 683 milhões. “É muito dinheiro, e é muito trabalho de todos” afi r-mou, tendo destacado a “resi-liência e a ambição de todos os profi ssionais”do setor.

A ministra da Agricultura lembrou ainda a importância da “passagem de testemunho para as novas gerações”, no âmbito do rejuvenescimento profissional do setor, tendo destacado a “instalação de 7500 jovens agricultores em Portugal”, no âmbito do Qua-dro Comunitário de Apoio (QCA)que está a terminar.

A presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albu-querque, lembrou a fi gura do Engenheiro Luís Bairrão e su-blinhou que autarquia tem

vindo a apostar na Agricultura, desde a investigação alimen-tar até à própria agricultura de subsistência, tendo sido já cri-adas 100 hortas comunitárias, dentro da cidade, e todas têm

sido aproveitadasJoaquim Azevedo, presi-

dente da Associação de Agri-cultores, lembrou o percurso de quase 30 anos da associa-ção, que, até hoje, nunca ha-

via tido uma sede própria, tendo destacado e homena-geado o fundador da institu-ição, o Engenheiro Luís Bair-rão, do Tramagal.

Uma homenagem que

coube ao dirigente associa-tivo e empresário José Rodri-gues enfatizar, perante a sua esposa, filhos e netos, lem-brando a personalidade que faleceu a 6 de fevereiro de 2011, aos 82 anos, e que em-presta agora o seu nome ao edifício-sede da Associação de Agricultores dos concelhos de Abrantes, Constância, Sar-doal e Mação.

Fundada em 1985 e com cerca de 400 associados, a As-sociação de Agricultores de Abrantes, Constância, Sardoal e Mação investiu cerca de 150 mil euros na construção da sua primeira sede própria, na antiga escola primária de Ar-rifana, no espaço territorial da União de Freguesias de Rossio ao sul do Tejo e São Miguel, em Abrantes, espaço que foi inaugurado por Assunção Cristas.

• Maria do Céu Albuquerque, junto de Assunção Cristas, lembrou que Abrantes já criou 100 hortas comunitárias

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Considerado como um dos últimos grandes lavradores abrantinos, Luís Bairrão nasceu em Tramagal a 14 de março de 1928, localidade onde viria a falecer a 6 de fevereiro de 2011, aos 82 anos de idade.

Engenheiro agrónomo, oriundo duma família radicada secularmente no Tramagal, Luís Bairrão dedicou-se à lavoura, ao associativismo agrário, ao património, à história local e à explora-ção industrial, entre outros, tendo sido fundador da Caixa de Crédito Agrícola do Tramagal, instituição que dirigiu até

à sua morte.Frederico Bairrão de Carvalho, um

dos seus netos, disse à Antena Livre estar “emocionado e feliz” com a de-signação dada à sede da Associação dos Agricultores. “É um momento com muito signifi cado para a família e para quem com ele privou, e que perpetua o nome e a memória do meu avô. Quem o conheceu só tem a dizer bem, e, por mim, tudo farei para respeitar, seguir, e tentar melhorar as atitudes e os exem-plos que deu em vida.”

Engenheiro Luís Bairrão, uma obra para a posteridade

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6 ABRIL 2015REGIÃO

Ministro da Segurança Social inaugura Lar de Idosos de Santa Margarida da Coutada

Utentes reúnem 20 mil assinaturas por “melhor saúde” e por “ações concretas” no Médio Tejo

O novo Lar de Idosos de Santa Margarida, da Santa Casa da Misericórdia de Constân-cia, um investimento de 2,3 milhões de euros, foi inau-gurado no dia 14 de março pelo ministro da Solidarie-dade e Segurança Social, Pe-dro Mota Soares.

O ministro da Solidarie-dade e Segurança Social, Pe-dro Mota Soares, presidiu no dia 14 de março à cerimónia de inauguração do novo Lar de Idosos da Misericórdia de Constância, infraestrutura que começou a funcionar no dia 29 de dezembro e que se localiza na Aldeia de Santa Margarida da Coutada, con-celho de Constância.

Perante um dia solarengo e centenas de convidados e populares, Pedro Mota Soa-res destacou o trabalho “he-róico” dos responsáveis pelas misericórdias de todo o país, pelo seu trabalho de proxi-midade em prol da popula-ção e dos mais desfavoreci-dos. Lembrou ainda os 12 mil postos de trabalho criados em 2014 na área da econo-mia social.

Júlia Amorim, presidente da Câmara Municipal, destacou, por sua vez, a inauguração deste Lar para idosos como sendo a “concretização de um sonho”, tendo lembrado que, em Constância, o traba-

lho de articulação das várias necessidades da população, ao nível social, desportivo, na saúde ou na educação, “re-sulta de um planeamento que, tanto a atual gestão au-tárquica como as dos seus antecessores (António Men-des e Máximo Ferreira) têm privilegiado, numa lógica de complementaridade” do es-paço territorial.

A Câmara Municipal de Constância cedeu o terreno para a construção do novo equipamento, ofereceu os es-tudos e projetos envolvidos no processo, e ainda com-participou fi nanceiramente o novo empreendimento com 300 mil euros.

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Constân-cia, António Paulo Teixeira,

destacou, na sua alocução, a “concretização de um tra-balho iniciado em 2009” e apontou desde logo para “mais obra”, tendo anunciado a intenção de apresentar um novo projeto para requalifi-cação e ampliação do edifí-cio sede da instituição, o Lar de idosos situado em Cons-tância.

Com um investimento de

aproximadamente dois mi-lhões e trezentos mil euros e capacidade para 40 utentes, o Lar de Idosos de Santa Mar-garida, resulta de uma candi-datura ao programa comuni-tário POPH – Programa Ope-racional Potencial Humano, através da qual a Santa Casa da Misericórdia decidiu, em 2009, avançar com o pro-cesso.

A nova infraestrutura é composta por 14 quartos in-dividuais e 13 duplos, zonas de banhos assistidos, gabi-nete médico, sala de medi-cação, cabeleireiro, salas de estar, sala de convívio, refei-tório, cozinha, lavandaria, en-gomadoria, salas técnicas, ar-rumos e garagem.

Mário Rui Fonseca

A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) disse que “acabou o estado de graça” da adminis-tração daquele centro hospi-talar (CHMT), tendo apresen-tado um conjunto de reivin-dicações subscritas por cerca de 20 mil pessoas.

“Chega de palavras, que-remos ações concretas de um Conselho de Administra-ção que já esgotou o seu es-tado de graça”, disse o porta-voz da CUSMT, Manuel So-ares, tendo reclamado por

“um melhor funcionamento da urgência nas três unida-des” do CHMT, composto pe-los hospitais de Abrantes, To-mar e Torres Novas, que dis-tam cerca de 30 quilómetros entre si e que funcionam em regime de complementari-dade.

“Para além de um melhor serviço nas urgências do CHMT, defendemos a exis-tência da medicina interna e pediatria nos três hospitais, a cirurgia geral nas três unida-des, e o desenvolvimento das

especialidades já existentes em articulação com os cui-dados de saúde primários e centros de saúde”, disse Ma-nuel Soares, em conferência de imprensa realizada junto ao hospital de Torres Novas.

“Os milhares de cidadãos que deram corpo a esta ini-ciativa, constatam que as su-cessivas reorganizações do CHMT e dos Centros de Sa-úde (integrados no ACES Mé-dio Tejo), trouxeram mais so-frimento e ansiedade a cada vez mais pessoas na região”,

declarou, tendo acrescen-tado que “o acesso aos cuida-dos de saúde piorou, a con-centração de serviços não correspondeu a mais quali-dade”, e que as distâncias que doentes e familiares têm de percorrer “implicam mais so-frimento físico e mais despe-sas”.

Segundo defendeu o di-rigente da CUSMT, “os tem-pos de espera no serviço de urgências do CHMT é fruto da má organização das ur-gências e da descoordena-

ção com os cuidados primá-rios, que nuns locais encer-raram os serviços e noutros não têm horários compatí-veis com a atividade da po-pulação”.

Com o mote “Pela nossa saúde, respeitem a vontade das populações”, a Comissão de Utentes da Saúde do Mé-dio Tejo (CUSMT) exibiu os documentos com as 19 mil e 94 assinaturas recolhidas e destacou publicamente o seu conteúdo, onde se reivin-dica uma “melhor organiza-

ção dos cuidados hospitala-res e de saúde” no CHMT.

“Pedimos uma reunião ao Conselho de Administração (CA) do CHMT para calendari-zar o início dos procedimen-tos para a implementação das reivindicações da popu-lação, tendo em conta que as reivindicações das pessoas vão ao encontro da vontade pública já manifestada pelo próprio CA do CHMT”, obser-vou Soares.

Mário Rui Fonseca

• Santa Casa da Misericórdia de Constância anunciou “mais obra”

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CASAL DA COELHEIRA

“Os nossos vinhos são honestos e procuram elevada qualidade”O Casal da Colheira, quinta situada em Tramagal, no con-celho de Abrantes, produz vinhos desde 1989. Da sua adega já saiu, em 2009, o me-lhor rosé do mundo, como também saiu, em 2011, o tí-tulo de melhor enólogo do ano. Uma distinção entre-gue a Nuno Rodrigues, de 44 anos, coproprietário e enó-logo da exploração. Recente-mente os vinhos produzidos no Casal da Colheira marca-ram pontos nos concursos da especialidade.

Foi no ano de 1986, que os pais de Nuno Rodrigues ad-quiriram a Quinta do Casal da Colheira. Três anos mais tarde, num projeto estritamente fa-miliar, apostaram em duas novas vinhas e adquiriram a adega onde ainda hoje estão sediados. “Foi, de facto, em

1989 que começou a nascer o bichinho dos vinhos, que a família começou a olhar para este setor com outra atenção”, conta o enólogo.

A exploração agrícola dedi-cada à cultura dos vinhos ex-pandiu ao longo dos anos e hoje junta cerca de 300 hec-tares. Destas terras saem os vinhos do Casal da Coelheira reconhecidos no mundo in-teiro. Num setor vitivinícola que tem evoluído bastante, o Casal da Colheira conta com todas as tecnologias de ponta para produzir os seus vinhos.

Quanto aos vinhos, numa hierarquia de gamas, encon-tram-se o tinto e branco Ter-raços do Tejo, o Casal da Co-elheira branco, tinto e rosé, o Casal da Coelheira Reserva em versão branco e tinto e, fi nalmente, o Mythos, “sendo este o nosso expoente má-

ximo, a nossa bandeira”, re-fere Nuno Rodrigues.

Os vinhos do Casal da Co-lheira têm percorrido o mundo. O mercado brasileiro tem sido a principal aposta e a Europa é outro foco de pre-sença, admite o enólogo.

O reconhecimento internaci-onal tem sido notório. Recen-temente os vinhos produzi-dos no Casal da Colheira mar-caram pontos nos concursos da especialidade. Uma meda-lha de prata foi atribuída ao Casal da Colheira Branco 2014 no concurso Vinalies, em Pa-ris, e duas medalhas de ouro foram conquistadas no con-curso Mundus Vinis, na Ale-manha. Neste último, estive-ram em destaque o Casal da Colheira tinto 2012, o Reserva tinto 2012 e o Mythos. Nuno Rodrigues refere que este re-conhecimento internacional

“é muito importante” e que, desde 2009, com o melhor rosé do mundo, a projeção tem sido notória.

“Ter o melhor rosé do mundo, foi um marco para a região e para o país. Com este reconhecimento consegui-mos fazer com que se falasse mais dos rosés e levámos as pessoas a experimentar mais estes vinhos. O mercado dos rosés em Portugal acabou por beneficiar desta nossa distinção”, confessa Nuno.

Num setor em que a con-corrência é muito forte, pois

em quase todo o mundo se produz vinho, o enólogo ad-mite que é necessária uma estratégia forte e muito atenta, onde a honestidade deve sempre perdurar: “Os nossos vinhos são honestos e procuram elevada qualidade, sempre com preços justos.”

Para Nuno Rodrigues, atual-mente um enólogo tem um papel bastante diferente do que tinha há 30 anos atrás.

“No passado, o enólogo não saia do laboratório e da adega, hoje é um viticultor, que tem de ir à vinha, que

deve ajudar o produtor a es-colher as castas, a perceber o potencial das uvas. Sem dú-vida é alguém que deve ir aos mercados beber outras ex-periências e conhecer a con-corrência, afi nando os vinhos consoante o que o consumi-dor pretende,” fi naliza.

Com uma faturação anual que ronda 1 milhão de eu-ros, do Casal da Colheira saem cerca de 300 mil litros de vinho por ano. A equipa é constituída por 10 funcioná-rios fi xos e 10 sazonais.

Joana Margarida Carvalho

• José Rodrigues e o fi lho, Nuno Rodrigues

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8 ABRIL 2015ECONOMIA

Estratégia para agroalimentar passa por investimento de 100 ME em investigação

O secretário de Estado da Alimentação e da Investiga-ção Agroalimentar disse em Abrantes que a estratégia na-cional para o setor, de 2015 a 2020, passa pela inovação e por um investimento de 100 milhões de euros para inves-tigação aplicada.

Segundo disse Nuno Brito, à margem de uma visita ao Tagusvalley - Tecnopolo do Vale do Tejo, parque de ci-ência e tecnologia instalado em Abrantes, o setor tem de se “diferenciar pela inovação, criando redes e parcerias ao nível científi co, tecnológico e empresarial, e aproveitando a sua biodiversidade, que, ao nível da agroalimentar, é dos mais ricos do mundo”.

“A nossa estratégia assenta numa visão de conjunto que engloba a necessidade de melhorar a produtividade e

valorizar os nossos recursos, olhar para as alterações cli-máticas e encontrar as me-lhores áreas de intervenção em cada um dos setores”, destacou.

O secretário de Estado da Alimentação e da Investiga-ção Agroalimentar defendeu ainda que a valorização do se-tor primário e agroalimentar passa pelos centros de ino-vação e conhecimento, como o Tecnopolo do Vale do Tejo, e pela “especialização inteli-gente” destes equipamentos.

“Portugal é um país pe-queno e não se pode dar ao luxo de ter réplicas destes centros de inovação e inves-tigação, e que retirem massa crítica. Devemos, antes, ter áreas de intervenção e espe-cialização inteligente, atra-vés da criação de um ‘cluster’ agroalimentar e de um ‘clus-

ter’ florestal, com a agrega-ção dos vários polos e divi-didos por setores temáticos, como o tomate, o sobreiro e a cortiça”, exemplifi cou.

Numa fase em que se pre-para o novo quadro de pro-gramação comunitária, o secretário de Estado da Ali-mentação e da Investigação

Agroalimentar quis conhe-cer a capacidade instalada no Centro de Transferência de Tecnologia Alimentar - INOV’LINEA, infraestrutura

instalada em Abrantes e que presta apoio direto ao setor agroalimentar regional, no âmbito do Vale do Tejo.

“Quero conhecer a reali-dade do país e os bons exem-plos que vão existindo no ter-ritório, ao nível da inovação e investigação agroalimen-tar”, declarou, tendo deixado o desafio aos responsáveis do Tecnopolo do Vale do Tejo para “alargarem os horizon-tes regionais para uma escala nacional com objetivos inter-nacionais”.

“Através do Plano de Desen-volvimento Regional (PDR) 2020 vamos ter 100 milhões de euros para a experimen-tação e investigação e esta é uma oportunidade única para aproveitarmos esta fase de crescimento notável no setor”, defendeu Brito.

Mário Rui Fonseca

Promover o desenvolvi-mento através de uma maior interligação entre as institu-ições do saber e os merca-dos é um dos objetivos do Tecnopolo do Vale do Tejo, eleito para a presidência da Associação Portuguesa de Parques de Ciência e Tecno-logia TECPARQUES

Com sede em Abrantes, o Tecnopolo do Vale do Tejo – Tagusvalley foi eleitono dia 18 de março, em Assemb-leia-Geral de associados, para presidir à nova direção da TECPARQUES para o trié-nio 2015-17, estando o Par-que Tecnológico de Canta-nhede - BIOCANT- e o Polo Tecnológico de Lisboa – LIS-POLIS - como vice-presid-entes.

Em declarações à Antena Livre, a presidente da nova direção da TECPARQUES, Maria do Céu Albuquerque, 44 anos, que preside à dire-ção da Tagusvalley e à Câ-mara Municipal de Abran-tes, destacou a importância de “dar uma maior visibili-dade do trabalho” dos 15 as-sociados junto do Conselho de Reitores das Universida-des Portuguesas (CRUP) e

da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), de forma a “promo-ver uma maior interligação entre as instituições do sa-ber e do conhecimento e os mercados, para potenciar o desenvolvimento regional dos territórios”.

O novo corpo dirigente, que doravante representa os parques tecnológicos do país, pretende ainda forta-lecer a relação com a IASP – Associação Internacional de Parques de Ciência e Tec-nologia, e com a APTE - As-

sociação de Parques Cientí-ficos e Tecnológicos de Es-panha, tendo já decidido dar um primeiro passo com a organização conjunta do próximo Encontro Ibérico de Parques, que vai decor-rer este ano em Badajoz, Es-panha.

Esta nova equipa pre-tende, ainda, negociar junto do Governo mais incentivos para as empresas que se fi -xem nos Parques de Ciên-cia e Tecnologia, promover a abertura de mercados in-ternacionais para empresas e reforçar a qualifi cação dos parques, acrescentou Maria do Céu Albuquerque.

A TECPARQUES é a associ-ação que representa os par-ques tecnológicos do país. Com 15 associados, esta or-ganização tem como obje-tivo a promoção destas es-truturas de apoio à valori-zação do conhecimento e a sua interação com outras or-ganizações nacionais ou in-ternacionais, com intuito de modernizar o tecido empre-sarial pela via da inovação de base tecnológica.

Mário Rui Fonseca

Tecnopolo do Vale do Tejo lidera parques de ciência e tecnologia

O Presidente da República defendeu em Tramagal a mo-bilização dos portugueses para cuidarem das dimen-sões ambiental, social e eco-nómica da fl oresta. Autarcas de Mação consideram que o trabalho ali desenvolvido foi esquecido por Cavaco Silva.

“Nós temos todos que mo-bilizar os portugueses para cuidarem destas três dimen-sões, a dimensão ambien-tal, social e económica, res-pondendo ao desafio de mais rentabilidade, mas, ao mesmo tempo, respeitando todos os requisitos ambien-tais”, afirmou Aníbal Cavaco Silva. “É esse um dos grandes desafi os que temos, de facto, à nossa frente”, defendeu o Presidente da República.

O chefe de Estado discur-sava no dia 11 de março em Tramagal, concelho de Abrantes, no âmbito de uma jornada dedicada à floresta portuguesa, antes de um al-moço de trabalho na her-dade da Caniceira com pro-dutores e investigadores da fl oresta.

Quanto à inovação e inves-tigação, o Presidente da Re-pública considerou que é por

este caminho que se vão “en-contrar novos produtos, de-senvolver novos processos, novas formas de chegar aos exigentes consumidores dos produtos da fl oresta”.

A herdade da Caniceira é uma unidade de produção de pinheiro e eucalipto do grupo Portucel Soporcel, o maior produtor no país de pi-nheiro e eucalipto.

A Câmara de Mação mani-festou, em comunicado, “es-tranheza e desagrado” pela não inclusão do município no roteiro da floresta que o Presidente da República Por-tuguesa realizou a diversos concelhos da região, entre eles Abrantes e Ponte de Sor.

O presidente da autarquia, Vasco Estrela, do PSD, “la-mentou” o facto de já terem sido levadas a cabo outras vi-sitas neste âmbito e de Ca-vaco Silva “nunca ter visitado ou mostrado interesse em conhecer” o trabalho desen-volvido por aquele municí-pio no setor fl orestal, tendo lembrado que as estratégias fl orestais de Mação são “reco-nhecidas internacionalmente como inovadoras”.

O autarca disse ainda que, “apesar desta situação”, Ma-ção estará “sempre disponí-vel” para receber uma destas visitas temáticas no futuro.

Lusa

Presidente da República quer mobilizar portugueses em defesa da fl oresta

• Valorização do setor primário e agroalimentar passa por centros como o Tecnopolo do Vale do Tejo

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• Vasco Estrela “lamentou” que o chefe de Estado nunca tenha “mostrado interesse em conhecer” o trabalho de Mação no setor fl orestal

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• Maria do Céu Albuquerque é a nova presidente da TECPARQUES

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10 ABRIL 2015ECONOMIA

Dia 10 de abril, entre as 17h00 e as 19h00, a Nader Cli-nic, clínica dentária, sediada no edifício São Domingos, em Abrantes, vai assinalar um ano de existência no novo consul-tório.

A festividade será um ‘sun-set’, num momento que pre-tende juntar todos os clientes da clínica dentária e que con-tará com um conjunto de ma-nifestações artísticas.

“Será uma festa com algu-mas surpresas associadas à

arte, onde vamos aproveitar a oportunidade para prestigiar os nossos clientes, demons-trando-lhes que são a causa do nosso sucesso”, afirmou Wellington Nader, proprietá-rio e dentista do espaço.

“Os nossos clientes são mais que clientes para nós, são amigos e uma grande fa-mília, pois passamos imenso tempo juntos, o que nos per-mite criar laços que têm de ser celebrados”, acrescentou o responsável.

Num espaço completa-mente renovado que asso-cia o serviço dentário, a arte e o bem-estar, a Nader Clinic tem apostado na diferencia-ção. Com quatro médicos e quatro técnicos assistentes, vai abrir portas a novos pro-fissionais. “Vamos ter agora uma higienista dedicada às limpezas e queremos trazer colaboradores que comple-mentem o serviço existente, sempre com objetivo de ga-rantir uma ação competente

e de grande qualidade.” Ao fi m de um ano no novo

espaço, Wellington Nader faz um balanço positivo, pois considera que com o novo consultório foi possível “con-quistar mais público e tornar a clínica uma referência na região”. Para o dentista, a sa-úde oral é algo determinante e que deve ser tida em conta sempre, uma vez que “com a saúde não se brinca e preve-nir é o caminho”.

Joana Margarida Carvalho

Nasceu de uma intenção já antiga, de uma dedicação constante à área dos usados e antiguidades. Chama-se Arca da Velha e é a mais re-cente loja sediada na urba-nização Encosta da Barata, na cidade de Abrantes.

Os mentores e proprietá-rios do novo espaço, Flávio Catarino e Ana Marques, já tinham a loja online Virtual Usados, onde desde há dois anos já procediam à troca e venda de vários artigos. Atu-almente, na Arca da Velha, o mesmo intuito continua. O objetivo passa pela venda

de artigos em segunda mão como roupa, calçado e ele-trodomésticos, bem como o artesanato, as velharias e ainda os artigos que podem ser colocados à consigna-ção.

“Estamos aceitar um pouco de tudo. Desde abertura já recebemos cerca de 40 arti-gos e neste momento já re-unimos cerca de 700. Temos artigos para todas as car-teiras, com preços bastante competitivos e justos”, ex-plica Flávio Catarino.

Com presença constante nas feiras de antiguidades

da região e do país, os dois proprietários veem nesta área de negócio uma opor-tunidade, pois consideram que o setor dos usados “está bastante em voga e é um mercado em expansão”.

“Ao fi m de um mês e meio fazemos um balanço posi-tivo. Temos conseguido es-coar diversos artigos, nome-adamente o vestuário, o cal-çado, as malas e os móveis”, adianta Ana Marques.

O restauro de móveis é uma das particularidades do es-paço. Flávio dedica-se a esta arte, pois considera que as

velharias são bastante apre-ciadas. “Se o cliente puder comprar em segunda mão e em bom estado, não vai comprar novo”, adianta.

Já com um site em cons-trução, a Arca da Velha está no facebook e em outros si-tes da especialidade. O es-paço foi inaugurado no pas-sado dia 1 de fevereiro e está aberto de segunda a sábado entre as 10h00 e as 13h00 e das 14h30 às 20h00 e aos domingos entre as 14h30 às 20h00.

Joana Margarida Carvalho

Arca da Velha, a nova loja de antiguidades de Abrantes

MAÇÃO

Reabriu em Ortiga restaurante especializado no peixe do rioCasa afamada de norte a

sul do país pela sua dedica-ção e aprumo na confeção de peixes do rio, o antigo res-taurante “Kabras” reabriu este mês na freguesia ribeirinha de Ortiga/Mação sob a batuta do mestre José António, tem-plo gastronómico que toma agora a designação de “O Bi-godes”.

As especialidades da casa confi rmam a manutenção da aposta nos produtos endó-genos, de tradição ribeirinha, com os pescadores da região de Ortiga, Mouriscas e outras localidades banhadas pelo rio Tejo a abastecerem diari-amente a dispensa da cozi-nheira Joaquina António com as carpas, achigãs, enguias, lú-cio perca, sável, fataça e, claro, as inevitáveis lampreias.

“Vamos manter a tradição do peixe fresco, em trabalho

concertado com os pescado-res da região, que todos os dias nos asseguram a quali-dade e a frescura dos pratos a confecionar”, destacou a chefe de cozinha, tendo sublinhado

existir uma arreigada tradição na procura dos pratos de lam-preia, uma história muito an-tiga e que se cruza com a do rio Tejo onde, todos os anos, na época da migração para a

desova, o ciclóstomo entra na ementa da restauração da re-gião e é fator de dinamização turística e económica.

A lampreia é dos pratos mais apreciados na gastronomia de Mação “a autarquia dedica-lhe um festival de degusta-ção com nome próprio” e são vários os restaurantes espe-cializados na confeção deste prato de sensações díspa-res, sendo feito com o molho do próprio sangue do ciclós-tomo, e servido separado da mesma.

“A lampreia não tem meio-termo: ou se adora ou se odeia. Certo é que todos os anos são milhares os visitan-tes que chegam de todos os pontos do país”, conta-nos José António, o chefe do res-taurante que agora reabre portas em Ortiga.

Com 53 anos de idade e mais

de 40 de experiência profis-sional na hotelaria, o “Bigo-des” decidiu centrar a sua ati-vidade na Ortiga para, por um lado, “dar continuidade a uma casa conhecida a nível nacio-nal, uma obra de arte” que o antigo proprietário (Manuel Mariquito) construiu ao longo de décadas, por outro, para “prestar um serviço à popula-ção e turistas que visitam Ma-ção sustentado na qualidade da comida, no bem servir e na simpatia”, destacou.

Sendo Mação um concelho banhado pelo rio Tejo, a lam-preia, também conhecida por fl auta de sete olhos ou chupa pedras, sempre foi um dos pratos de destaque na gas-tronomia variada que oferece, confecionada a partir das vá-rias espécies fluviais, princi-palmente da freguesia de Or-tiga e da zona da barragem.

Todas as espécies deste ci-clóstomo sobem os cursos de água para a desova e a sua pesca ocorre normalmente a partir de meados de janeiro e prolonga-se até abril. Para aqui chegarem, as lampreias têm que se debater com as dificuldades e a força das águas, pelo que, sendo o úl-timo ponto da sua viagem, por força do paredão da bar-ragem, serão menos gordas, mais fortes e texturadas do que no início da viagem.

O festival gastronómico dedi-cado à lampreia está este ano em destaque em sete restau-rantes do concelho de Mação, até dia 19 de abril, no âmbito do Festival da Lampreia 2015.

O restaurante “O Bigodes” está aberto todos os dias e aceita reservas/marcações pelo telefone: 964 677 705.

Mário Rui Fonseca

• “O Bigodes” vem dar continuidade ao afamado “Kabras”

• Wellington Nader, proprietário do espaço, afi rma que a competência e a qualidade são determinantes

• “Temos conseguido escoar diversos artigos, nomeadamente o vestuário, o calçado, as malas e os móveis”

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NADER CLINIC

Há um ano a promover sorrisos com arte

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Nos tempos em que o transporte de merca-dorias se fazia sobretudo por via fl uvial e Pu-nhete (a Constância de hoje) era um dos prin-cipais portos do Médio Tejo, os marítimos da vila reservavam uns dias da primavera para celebrar a Páscoa, rever a família e os amigos e fazer a tradicional festa à sua protetora de tantos perigos – a Senhora da Boa Viagem. Para a Bênção dos Barcos convidavam os ca-maradas de outros portos do Tejo que aqui vinham com as suas embarcações para con-fraternizar e receber as graças do Céu.

Nos tempos que vivemos, sendo a mesma a vila e os mesmos os rios, são diferentes as re-alidades. Mas persiste a Festa e o seu signifi -cado profundo: em segunda-feira de Páscoa, ano após ano, dezenas e dezenas de embar-cações e centenas de homens e mulheres, provenientes dos municípios ribeirinhos de Abrantes até Lisboa, aqui vêm para a bênção e para o convívio, numa das maiores e mais coloridas manifestações do seu género em Portugal. Fé e festa, cultura e tradição, tudo se alia em Constância num grande abraço co-letivo que abarca o Tejo todo.

ESPECIAL

Nossa Senhora da Boa Viagem em ConstânciaDE 4 A 6 DE ABRIL

Uma festa do Tejo todo!

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ABRIL 201512 ESPECIAL CONSTÂNCIA

A atual presidente da Câ-mara Municipal de Constân-cia, Júlia Amorim (JA), conta-nos a sua vivência das Festas desde a infância. A autarca, militante do PCP, pintou-nos retratos da sua juventude na Vila Poema, onde nasceu em 1963, e contou como Cons-tância tem crescido. Emba-lada entre rios. Cantada por Reis e Poetas.

MÁRIO RUI FONSECA (MR)

MR – Que memórias guarda da infância e das Festas do concelho?

JA - Recordo-me essencial-mente de duas fases: da in-fância e da adolescência. Até aos dez anos a ida à missa no Domingo de Páscoa com um vestido novo que a mi-nha mãe me obrigava a ves-tir (nunca gostei de estrear roupa em dias festivos…). Depois da missa almoçamos em casa dos meus avós ma-ternos e esperávamos a vi-sita do Pároco e de outros ho-mens que traziam a Coroa da Senhora da Boa Viagem e fa-ziam o peditório para a Festa.

A segunda-feira de Páscoa - Dia de Nossa Senhora da Boa Viagem, era um dia de tensão pois os foguetes aterrorizav-am-me e só me sentia segura em casa ou na Igreja, durante a missa. A procissão era um sacrifício com a minha mãe a vestir-me de anjo e eu a cho-

rar (na foto). Ainda recordo quando me refugiei de baixo do andor de Sta. Teresinha quando os foguetes começa-ram a ser lançados do Quin-tal do Sr. Bartolomeu Pereira (hoje o Jardim Horto de Ca-mões) e a procissão a passar.

Mais tarde, comecei a ter uma participação ativa na paróquia. Na semana que an-tecedia a Festa ajudava na limpeza e ornamentação da Igreja e dos andores. O nú-mero de ensaios do coro da igreja a que pertencia aumen-tava. E, assim se passavam as Férias da Páscoa. Nesta altura a Festa era apenas religiosa. As Festas do Concelho surgi-ram mais tarde.

MR – Como viviam os seus familiares a relação com Constância, com a Festa e com os rios?

JA - A minha mãe, natural de Constância, sempre vi-veu com devoção a Festa de Nossa Sra. da Boa Viagem. Conta que participava desde nova nas cerimónias da se-mana Santa, da Páscoa e, claro, na procissão e nas bên-çãos. Os dias eram diferentes: Vestia-se melhor, as refeições eram mais requintadas, a fa-mília reunia-se. Apesar de o meu pai não ser natural de Constância e a sua profi ssão o obrigar a andar pelo país fora, incluindo a guerra co-lonial, a Nossa Vila sempre

foi o nosso porto de abrigo. Sobre a relação com os rios recordo essencialmente as pescarias que fazia com os meus avós e os amigos. Os meus pais nunca nos deixa-ram ir para o Tejo sozinhos por que era perigoso. O meu avô era calafate e era quem nos acompanhava. A minha bisavó Leopoldina, que fale-ceu com 95 anos, vivia longe da vila, na Charneca, e vinha sempre à Festa de Nossa Se-nhora da Boa Viagem. Falava com saudade do arraial, do fogo preso na praça e não ar-redava pé sem ver o José Pe-dro (seu pretendente) a dan-çar o fandango, com quem viria a casar.

MR - O que sente, enquanto constanciense, ao ver a en-volvência popular nas fes-tas de Constância?

JA - É fantástico! Tudo con-verge para os rios! As forças vivas do nosso concelho e a população em geral organ-izam-se para estar na Festa. A Festa é também o antes e o depois com muito traba-lho e dedicação. Sente-se união, alegria, companhei-rismo, confraternização, inte-rajuda. Sente-se a Vida! A Ri-queza das terras está essenci-almente na riqueza das suas gentes. E é esta riqueza que é demonstrada no reencon-tro com os amigos, no orgu-lho pela sua terra, pelo gosto

de acolher bem que tem ser alimentada ano após ano. As Festas são um bálsamo. E to-dos os anos a nossa identi-dade cultural é reforçada. A nossa autoestima aumenta. E esta é a nossa obrigação. A obrigação de criar condições para podermos crescer cole-tivamente.

MR - Se recebesse, nos dias de festa, amigos que já não via há muitos anos, quais os locais que levava a visi-tar no concelho de Cons-tância?

JA - Como o concelho é pe-queno, iria dar uma volta com os amigos pelas suas três fre-guesias e chamar-lhes a aten-

ção que, antes do 25 de Abril, por exemplo, não havia água canalizada na grande maioria das casas, nem infraestrutu-ras básicas para tratamentos de esgotos e recolha de resí-duos… Em Constância, dir-lhes-ia que a vila, a bem dizer, era só da estrada para baixo, que não havia escola para além da 4.ª classe, nem equi-pamentos desportivos como o pavilhão e as piscinas, nem biblioteca, nem restauran-tes… E que as margens dos rios estavam abandonadas e o esgoto da vila era lançado diretamente na foz do Zêzere sem qualquer tratamento. Em Montalvo mostrava-lhes a Zona Industrial que veio permitir a criação de muitos empregos e a fi xação de mui-tas famílias e o Campo Muni-cipal de Futebol onde deze-nas de crianças e jovens de todo o concelho dispõem de excelentes condições para a prática do seu desporto favo-rito. Em Santa Margarida, ve-riam o Parque Ambiental, o Açude da Aldeia, os arranjos urbanísticos, o novo Centro Escolar, o Lar de Idosos recen-temente inaugurado… Ah! E havia de lhes lembrar que há 40 anos – há menos, mesmo – a maior parte dos portu-gueses não faziam a mais pe-quena ideia de onde Cons-tância fi ca. Hoje não é assim e temos muito orgulho nisso!

“Constância é o meu porto de abrigo. Fez-me poeta na vida”Júlia Amorim

• “Júlia Amorim vestida de anjo para participar na procissão no Dia de Nossa Senhora da Boa Viagem. “Era um dia de tensão pois os foguetes aterrorizavam-me. A procissão era um sacrifício com a minha mãe a vestir-me de anjo e eu a chorar”, lembrou.

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ABRIL 2015 ESPECIAL CONSTÂNCIA 13

Na Páscoa de cada ano, Constância veste-se de flo-res e alinda-se para receber muitas dezenas de milhar de visitantes, de toda a região e de muitas partes do país, que a procuram durante os três dias de festa.

Não é uma festa qualquer. É uma festa com uma longa história, um signifi cado pro-fundo e um encanto espe-cial. Do mais autêntico e mais belo que, no seu género, se faz no país inteiro.

Herdeira das manifestações religiosas e das vivências dos marítimos de outras épocas, quando os barcos eram o meio privilegiado de trans-porte para Lisboa e Punhete (agora Constância) um dos mais movimentados portos do Tejo, a Festa de Nossa Se-nhora da Boa Viagem trouxe até ao nosso tempo o sen-tido profundo de uma liga-ção de muitos séculos desta comunidade às águas e a in-temporalidade da relação singela, mas complexa, que

os homens, cientes das suas fraquezas, estabelecem com os poderes do sobrenatural. Há muitas pessoas que con-tinuam a vir todos os anos a Constância, com o seu barco ou com o seu automóvel, para receber a bênção que, por intermédio da Senhora da Boa Viagem, lhes é conce-dida neste lugar e neste dia. É um ritual que faz parte da sua vida, como fazia da vida dos marítimos, desde o sé-culo XVIII, pelo menos.

No início dos anos 90, tendo deixado de haver ma-rítimos que a organizassem, a Festa estava reduzida à ex-pressão mais simples: a pro-cissão com muito poucos participantes e as bênçãos dos carros e das viaturas dos habitantes da vila. Em 1991 a bênção foi recebida por ape-nas três barcos – três! Foi por entender que a tradicional Festa da Senhora da Boa Vi-agem representava um vali-oso património que era ne-cessário salvaguardar, revita-

lizar e fazer chegar, com força e com sentido, às gerações futuras que a Câmara Muni-cipal decidiu intervir, criando, no fi nal dos anos 80, as Festas do Concelho. A intenção era introduzir novos motivos de interesse que atraíssem ou-tros públicos à vila durante o fi m de semana da Páscoa e, através do convite aos muni-cípios ribeirinhos e a muitas outras instituições públicas e particulares, voltar a encher os rios de Constância de em-barcações engalanadas para

a Bênção dos Barcos.O resultado desse esforço de

mais de 20 anos é o que está à vista: no ano passado viveu-se, em termos do número de embarcações presentes e de municípios representados, a maior festa de sempre. A Festa da Senhora da Boa Viagem, participada por muitos milha-res de visitantes e mostrada ao país pelas televisões e pela imprensa, é hoje, inquestio-navelmente, um dos maiores e mais signifi cativos eventos de caráter religioso e cultural

a nível nacional, com a parti-cularidade de constituir uma tradição bicentenária, pujante e representativa do espírito deste lugar de encontro do Zêzere com o Tejo.

O que estamos a fazer nós hoje não é uma festa nova: é o nosso jeito de viver uma Festa muito antiga, cuja essência se confunde com a própria alma de Constância, com a sua liga-ção de tantos séculos aos rios e com a força que têm, para quem vive a fé, os lugares re-petidamente abençoados. Es-tamos, como fi zeram os nos-sos antepassados, a acrescen-tar tradição à tradição que herdámos deles.

Por outro lado, sendo o tu-rismo religioso um dos ve-tores fundamentais em que assenta a política de desen-volvimento turístico da sub-região Leiria.Fátima/Tomar,

em que o concelho de Cons-tância está integrado no âm-bito da nova entidade de Tu-rismo do Centro de Portugal, a Festa da Boa Viagem cons-titui, sem qualquer dúvida, uma mais-valia da maior rele-vância que, pela história que transporta, pelo significado que tem e pela força que a anima, justifi ca ser conside-rada e destacada. Sendo o fe-nómeno de Fátima tão avas-saladoramente dominante no panorama do turismo reli-gioso, é saudável e desejável que outras expressões de fé e de cultura, vividas noutros locais, muito mais antigas e com significado profundo como é o caso, contribuam também para a diversidade que, neste domínio, a sub-região tem para oferecer.

António Matias CoelhoFotos: Paulo Sousa

FESTAS DO CONCELHO DE CONSTÂNCIA

Viver hoje uma festa com muita história

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ESPECIAL

Semana Santa em SardoalDias 21, 22 e 29 de março

e 2,3,4 e 5 de abril

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Sardoal – Património de Fé e Religiosidade

A celebração da Páscoa e Semana Santa no Concelho de Sardoal assume-se como um importante Património de Fé e Religiosidade, que se traduz na entrega de toda a comu-nidade a um relevante número de eventos e atividades que não se esgotam no plano religioso. As nossas tradições, mais que sentimentos de Fé, são marcas da nossa entidade coletiva. A sua força renova-se ano após ano, resistindo ao tempo e às mudanças sociais. A nossa Semana Santa vai para além dos rituais litúrgicos, afi rmando-se, cada vez mais, como uma marca simbólica que nos distingue dos outros e que é geradora de sinergias com infl uência positiva no de-senvolvimento turístico e da economia local.

O cenário é um misto harmonioso de misticismo, reen-contro e alegria. A Paróquia, a Santa Casa da Misericórdia, as Irmandades, a Câmara Municipal e a comunidade cristã em geral são os impulsionadores destas celebrações. Também os moradores da Vila, que se empenham na criação dos arranjos fl orais das capelas, assumem um papel essencial. São pessoas de todas as idades e classes sociais. Sem o seu trabalho generoso, arte e dedicação, a nossa Semana Santa não seria o que é. É o trabalho e empenho de todos que vai perpetuando a nossa Cultura.

Sardoal – Património de Fé e Religiosidade – é um con-ceito que vos convidamos a conhecer não só na Semana Santa, mas durante todo o ano!Município de Sardoal

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ABRIL 201516 ESPECIAL SARDOAL

Miguel Borges, presidente da Câ-mara Municipal de Sardoal, des-taca o simbolismo e as caracterís-ticas de mais uma Semana Santa. O autarca refere-se ao Quadro Co-munitário de Apoio e à sua priori-dade: a requalificação do Parque Escolar.

O que representa a Semana Santa para os sardoalenses e para o vi-sitante?

A Semana Santa é um momento alto de fé e religiosidade. É um momento em que as nossas tradi-ções assumem um expoente má-ximo de participação da comu-nidade num espírito comum. É uma oportunidade de reencontro, pois para os sardoalenses nesta Semana Santa todos os caminhos vão dar ao Sardoal. Também é um bom momento para mostrar-mos o que de bom temos e faze-mos. São dias revestidos de uma grande carga emocional, com tra-dição e beleza.

Como é que a comunidade se en-volve?

Do mais novo ao mais velho, há um envolvimento na festividade. Por exemplo, as crianças do Agru-pamento de Escolas fazem as ma-quetes dos tapetes de fl ores para as capelas, há assim o intuito de enra-izar a tradição desde cedo. Depois são estas crianças, juntamente com os mais velhos, que vão enfeitar as capelas.

Nas manifestações religiosas toda a comunidade, desde o mais novo ao mais velho participa. Desde o ano passado, que todas as igrejas do concelho têm tapetes de fl ores. Com esta ação alargámos a partici-

pação de todos os sardoalenses na Semana Santa.

O que destaca da programação deste ano? Quais vão ser os mo-mentos altos?

Todas as cerimónias religiosas são momentos altos, não só para os crentes, mas também para aqueles que conseguem apreciar estas ma-nifestações e que veem nelas um grande interesse cultural.

A procissão dos fogaréus é um ele-mento diferenciador, sem dúvida um momento alto. Ao nível da pro-gramação cultural, vamos ter um concerto da filarmónica, um per-curso pedestre, o tradicional quios-que das amêndoas, a recriação da Paixão de Cristo à semelhança do que acontece todos os anos com o GETAS, etc. Ao nível das exposições, em destaque vamos ter uma ex-posição alusiva aos tapetes de fl o-res, com trabalhos elaborados pelos alunos do Agrupamento de Escolas, no espaço “Cá da Terra”. O átrio da Casa Grande vai acolher uma insta-lação denominada “PISCIS”, da au-toria dos alunos do Curso Técnico Superior Profi ssional (TeSP) em Pro-dução Artística para a Conservação e Restauro. Por último, na galeria do Centro Cultural Gil Vicente mantém-se até 26 de abril a mostra de obras da autoria do artista Nadir Afonso, sendo este um grande nome da pintura do séc. XX.

O Quadro Comunitário de Apoio 2014/2020 o que está a trazer e o que vai trazer?

Em relação a este Quadro Comu-nitário, estamos a preparar as can-didaturas à medida que os avisos de concurso vão chegando. Já sa-

bemos quais são as nossas priori-dades. A primeira passa pela requa-lifi cação do Parque Escolar. Eu não posso aceitar que no nosso país te-nhamos escolas que são autênti-cos equipamentos de luxo e que depois tenhamos escolas como a nossa que precisam urgentemente de uma requalificação profunda. Num dia de chuva, as nossas cri-anças entram nas salas de aulas já muitas vezes molhadas, porque a escola não tem condições de abrigo do portão à sala de aula.

Temos também a intenção de pro-ceder à requalifi cação de algumas estradas dentro de algumas fregue-sias. São intervenções que terão de passar pelo ciclo urbano de água, porque ao pavimentar as estradas, teremos de arranjar as condutas. Um investimento que rondará 1 mi-lhão de euros.

Há obras que terão de ser feitas no âmbito da reabilitação urbana e já estamos a preparar candidatu-ras neste âmbito. Temos inserido na nossa estratégia um Centro de In-terpretação do Património, que po-derá a vir a ser instalado no antigo colégio, para potenciar o nosso pa-trimónio material e imaterial.

Este quadro vem com o hori-zonte de 2020 e, por isso, mediante as nossas necessidades, já devida-mente identifi cadas, temos um in-vestimento previsto na ordem dos 25 milhões de euros.

O grande desafio deste Quadro Comunitário é conseguirmos fazer muito com pouco dinheiro. Temos de pensar mais a inter-municipali-da de, a estratégia conjunta da re-gião, a partilha de recursos e os ga-nhos de escalas. Essencial é tam-bém corrigir as assimetrias que

temos em cada município.

Das intervenções acontecer no concelho, o que destaca?

Estamos com a requalifi cação do edifício da Câmara Municipal. Já fi -nalizámos as obras na parte exterior do edifício, estamos agora a focar os trabalhos no interior. O objetivo é dar as melhores condições a quem trabalha e quem nos visita.

Vamos ter muito em breve uma loja de cidadão, sediada na antiga panifi cadora, que conta com algum esforço do município, que já ad-quiriu o edifício para a sua instala-ção. Com esta loja temos a garan-tia que os serviços de proximidade como as fi nanças, o registo notarial, a segurança social, entre outros, vão continuar no Sardoal.

A questão da falta de médicos ao nível dos cuidados primários con-tinua preocupante?

Neste momento temos uma mé-dica colombiana, um outro médico da América do Sul e ainda uma mé-dica portuguesa que todas as sex-tas se dedicada às crianças. Uma re-alidade insufi ciente para 4 mil uten-tes.

Não estamos satisfeitos, porque andamos a remediar um problema e não a resolvê-lo. Contudo, recen-temente foi importante a aprova-ção em Conselho de Ministros de permitir aos médicos aposentados de fazerem algumas horas. Estamos a falar de profi ssionais que conhe-cem bem a região e os seus uten-tes.

No âmbito do programa Aproxi-mar, o Sardoal já se disponibilizou para a delegação de competências no âmbito da saúde. Muito já nós

fazemos: garantimos o transporte e a habitação a alguns profi ssionais e já temos uma forte ligação com o centro de saúde local. Entendemos que há recursos que podemos par-tilhar e também assumir.

Como está o setor empresarial? O Gabinete de Apoio ao Empresá-rio está a produzir resultados?

O Gabinete de Apoio ao Empresá-rio é uma estrutura que elucida os empresários dos apoios disponíveis. É um espaço que tem um protocolo com um conjunto de organismos que trabalham a área empresarial e que estão em contacto com os atu-ais ou novos empresários.

A nossa zona industrial está a ser requalificada, estamos a cum-prir com a nossa obrigação, pois são as boas condições que contri-buem para o desenvolvimento eco-nómico. Felizmente, temos novas empresas a instalarem-se no nosso concelho. Temos três previstas que poderão criar cerca de 25 postos de trabalho.

Qual é a mensagem que gostaria de deixar nesta época de festa?

Gostaria de deixar uma mensa-gem de esperança. É um facto que a esperança não cria emprego, não enche a barriga, mas é importante termos esperança.

Hoje mais que esperança, tenho confi ança que interioridade é sino-nimo de oportunidade. Estamos a trabalhar muito para que haja qua-lidade de vida no Sardoal, para que os sardoalenses possam ter orgulho na sua terra e que acima de tudo consigam fazer as suas vidas por cá!

Joana Margarida Carvalho

SEMANA SANTA

“Um momento em que as nossas tradições assumem um expoente máximo”

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ABRIL 2015 ESPECIAL SARDOAL 17

A imponência da celebração da Páscoa e da Semana Santa em Sar-doal deixa todos os habitantes da vila e do concelho com orgulho. As cerimónias religiosas são uma das muitas atrações que o Sardoal ofe-rece nesta altura do ano a par de um programa complementar com exposições, concerto de piano e passeio pedestre. O programa re-ligioso, que começou em março com a Procissão dos Passos do Se-nhor e a Procissão dos Ramos, tem o seu expoente máximo entre os dias 2 e 5 de abril.

Na quinta-feira Santa, 2 de abril, a Celebração da Ceia do Senhor de-corre na Igreja Matriz, às 19h30. A

Procissão do Senhor da Misericór-dia (Fogaréus) tem lugar, às 21h30, sob a escuridão da vila. A emble-mática Procissão percorre as ruas de Sardoal com a iluminação da rede pública desligada, apenas ilu-minada com a luz de velas, archo-tes e candeias.

Já na sexta-feira Santa, 3, a Ce-lebração da Paixão do Senhor de-corre na Igreja Matriz, às 18h, se-guida da Procissão do Enterro do Senhor, a partir das 19h30. No dia 4, a cerimónia religiosa começa às 20h30 com a Celebração da Vigí-lia Pascal, Bênção do Lume Novo, Liturgia da Palavra e Liturgia Ba-tismal. No domingo de Páscoa, a

Eucaristia e a Procissão da Ressur-reição do Senhor decorrem a par-tir das 10h.

Durante 2 e 5 de abril, seis Cape-las e duas Igrejas vão estar enfeita-das com tapetes à base de flores e verduras naturais, uma tradição secular que se julga única no país. Como já aconteceu no ano pas-sado, também as Capelas e Igrejas do concelho vão estar enfeitadas com tapetes de fl ores.

Programa cultural também é atração

Para além das celebrações reli-giosas, a Semana Santa tem um

conjunte de atividades culturais. O Centro Cultural Gil Vicente tem patente, até 26 de abril, uma expo-sição de pintura de Nadir Afonso, com 15 telas e nove guaches. O Agrupamento de Escolas de Sar-doal organiza uma exposição alu-siva aos tapetes de fl ores, que es-tará patente no espaço Cá da Terra, no Centro Cultural. Também re-ferente à decoração do chão das Capelas, estará no Átrio da Casa Grande a instalação “PISCIS”, da au-toria dos alunos do Curso Técnico Superior Profissional em Produ-ção Artística para a Conservação e Restauro.

“Caminhos da Fé” é o nome do

Passeio Pedestre, do dia 4 de abril, que percorre as Freguesias de San-tiago de Montalegre e Alcaravela, a partir das 8h30. Ainda no dia 4, o GETAS vai recriar ao vivo o per-curso de Jesus Cristo a caminho do Calvário, da Praça da República, às 15h, até ao Centro Cultural. À noite, pelas 21h30, o teatro “A Mosqueta”, de Ruzante, sobe ao palco do Cen-tro Cultural e no domingo, 5, ha-verá, no mesmo local, um concerto de piano por Isabel Dombriz e Pe-dro Mariné, às 16h.

André LopesFotos: Paulo Sousa

Programa religioso e cultural da Semana Santa atrai milhares de visitantes

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ABRIL 201518 ESPECIAL SARDOAL

O município de Sardoal está a de-senhar o seu Plano Estratégico de Turismo do concelho. A equipa, composta por vários parceiros, está a construir um plano de ação que vai incidir em várias frentes.

Prevista está a construção de um site dedicado ao turismo, bem como a criação de um conjunto de plataformas que expliquem e de-monstrem a diversidade e poten-cialidade do património material e imaterial existente.

O turismo no âmbito da fé e da re-ligiosidade é uma das frentes deste plano estratégico.

“Queremos que o turismo religi-oso seja um fator de desenvolvi-mento económico do concelho. Falar deste tipo de turismo durante a Semana Santa é fácil, as pessoas efetivamente procuram e vêm a Sardoal. Agora o desafi o é poten-

ciar o mesmo durante todos os dias do ano”, explicou Miguel Bor-ges, presidente da autarquia.

Para a CM de Sardoal, é determi-nante que o turista que chega ao concelho possa entender todas as manifestações religiosas que de-correm durante a Semana Santa.

“A procissão dos fogaréus é sem dúvida um momento alto da Se-mana Santa. O nosso objetivo é criarmos um espaço onde o turista possa entender, ao longo de todo o ano, o que é esta procissão. Uma plataforma que lhe desperte curi-osidade para vir participar ao vivo neste momento da Quinta-Feira Santa”, referiu o presidente.

Integrado neste âmbito de divul-gação do concelho, a CM de Sar-doal marcou presença na Bolsa de Turismo de Lisboa, no passado mês de março.

“Foi um momento importante. Durante uma tarde, estivemos a fa-zer um exemplo de um tapete de flores, onde milhares de pessoas passaram e interagiram connosco”, contou Miguel Borges.

Para o autarca, exaltar o patrimó-nio existente em Sardoal é contri-buir para uma estratégia turística regional mais forte.

“Em Sardoal nós temos uma ri-queza patrimonial que ninguém mais tem. Não é fácil encontrarmos em tão pouco espaço e distância o conjunto de capelas que nós te-mos. Devemos exaltar este patri-mónio, numa contribuição para uma estratégia turística mais forte na região”, fi nalizou.

Joana Margarida Carvalho

Autarquia de Sardoal elabora Plano Estratégico de Turismo

Vai iniciar-se no próximo mês de agosto, a requalificação de uma casa senhorial no centro da vila de Sardoal, que dará lugar a um “Hotel de Charme”, anunciou Miguel Bor-ges, presidente da autarquia.

Num investimento privado de cerca de 4 milhões de euros, Mi-guel Borges adianta que esta é

uma oportunidade de recuperar um edifício que é pertença da au-tarquia, mas que “tem vindo a de-gradar-se”.

“Trata-se de um processo que está a ser acompanhado pela Di-reção Geral do Património Cultu-ral, pois é um edifício classifi cado como património, que apenas será

recuperado, havendo uma preocu-pação em manter a sua traça arqui-tetónica”, referiu

“Um novo equipamento que vai assim complementar a oferta turís-tica de Sardoal ao nível da religio-sidade, da gastronomia e da natu-reza”, fi nalizou.

“Hotel de Charme” começa a nascer em agosto

• Capela de São Sebastião

• Capela da Senhora do Carmo

• Igreja da Misericórdia• Igreja do Convento

• Capela da Senhora dos Remédios

• Capela do Espírito Santo

• Capela de Santa Catarina• Capela da Sant’Ana

Capelas enfeitadas em Sardoal

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ANIMAÇÃO11, 18 E 24.ABR.15CENTRO HISTÓRICO DE ABRANTES

O centro histórico faz bemDESPORTO11.ABR.15 // 10H00ZONA INDUSTRIAL NORTE

V Duatlo de Abrantes João CamposANIMAÇÃO16.ABR.15 // 10H30 E 14H30BIB. MUN. ANTÓNIO BOTTO

Mafalda MilhõesCOZINHA DE CONTOS

TEATRO MARIONETAS18.ABR.15 // 10H30CINETEATRO S. PEDRO

Contos do mundo TEATRO FIGURA FESTA DA MARIONETA

EVENTO21—24.ABR.15EDIFÍCIO PIRÂMIDE E MERCADO CRIATIVO

III Semana da educação, igualdade e cidadania

EXPOSIÇÃOATÉ 08.MAI.15QUARTEL – GAL. MUN. ARTE DE ABRANTES

Urban HeartDE JOANA AREZ

EXPOSIÇÃOATÉ 02.MAI.15BIB. MUN. ANTÓNIO BOTTO

O diário gráfico: estar atento ao que nos rodeiaDE EDUARDO SALAVISA

MÚSICA10.ABR.15 // 21H30CINETEATRO S. PEDRO

Tertúlia dos 40COM CARLOS DANIEL, FILIPE FONSECA E JOÃO RICARDO PATEIRO

CULTURA11.ABR.15 // 21H30SOCIEDADE PRÓ-CASAIS DE REVELHOS

Art’AndanteESTATUNA

DESPORTO23, 28 E 30.ABR.15 // 21H00CAMPO N.º 2 E N.º 3 CIDADE DESPORTIVA DE ABRANTES

Futebol 7XIII TORNEIO DE VETERANOS

MÚSICA24.ABR.15 // 21H30 CINETEATRO SÃO PEDRO

Tributo a Zeca Afonso FO

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DESPORTO25.ABR.15 // 10H00CIDADE DESPORTIVA

25 de abrilXVI GRANDE PRÉMIO DE ATLETISMO

EVENTO29.ABR.15 // 15H00ESPAÇO JOVEM DE ABRANTES E BIB. MUN. ANTÓNIO BOTTO

Nós, os jovens!CONVERSAS/DEBATES

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MÚSICA17.ABR.15 // 21H30CINETEATRO SÃO PEDRO

Sérgio Godinho Liberdade

“Liberdade” é de todas as palavras e conceitos que uso na minha vida, e por arrasto nas canções, a que mais acarinho e que mais defendo, aquela que dá ao norte a sua bússola. A frase é de Sérgio Godinho e dirige o público para o que poderá assistir em “Liberdade” - a partir de uma canção composta em 1974 e publicada nesse mesmo ano no álbum “À Queima-roupa”, o “escritor de canções” revê, através do seu repertório, a vivência do Portugal democrático. Estreado em Abril de 2014 em três memoráveis noites no São Luiz Teatro Municipal, em Lisboa, tem percorrido o país provocando grande do entusiasmo junto de todos quantos a ele têm assistido, motivando inclusive, a publicação de um disco ao vivo no final do ano com o mesmo título – “Liberdade”. Desde a música empenhada, bandeira de causas e consciência social, ao diário íntimo e plural, uma visão de nós próprios a partir do trabalho de um dos mais importantes criadores de imaginário das últimas quatro décadas. Preço € 10 // Público Geral // Duração 100’

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21ABRIL 2015 REGIÃO

O setor da economia social do distrito decidiu acrescen-tar mais um degrau na sua estrutura organizacional. No dia 20 de fevereiro, foi apre-sentado em Santarém o Fó-rum da Economia Social do Distrito de Santarém, uma iniciativa que reúne o ISLA, a Fajudis (Federação das As-sociações Juvenis do Distrito de Santarém), a Federação das Coletividades de Cultura e Recreio (secção distrital), a União Distrital das IPSS’s e a Animar (Associação Por-tuguesa para o Desenvolvi-mento Local), entre outras entidades.

Os objetivos são os habitu-ais nestes casos: aprofundar o diagnóstico, visibilidade e monitorização do setor, criar

de sinergias e estimular práti-cas de qualidade superior.

Lembremos que o setor da economia social ou solidária é aquele que trabalha sem ter o objetivo de distribuir os lucros pelos promotores. O seu objeto é a realização de ganhos sociais, habitual-mente em favor dos mais ca-renciados. Por isso, se houver excedentes de exploração, eles são investidos na produ-ção de mais resultados soci-ais. É, portanto, todo um se-tor em que domina o inte-resse coletivo.

Este setor nasce da reunião de pessoas que se organizam para produzir um bem social, por exemplo abrir um lar para a terceira idade ou promover o desporto na sua freguesia.

É assim criado um “centro so-cial” ou um “clube desportivo”. As pessoas são o primeiro pa-tamar e a associação é já o se-gundo. Depois, as associações organizam-se a nível distrital, por exemplo em federações. É o terceiro patamar. Aquilo a que assistimos agora é à cria-ção de um quarto patamar, o referido Fórum. Acima deste, há ainda um patamar nacio-nal e o nível europeu e pode haver ainda um último de ní-vel mundial.

Aquilo que este nível distrital vem trazer depende, é claro, do for a sua ação. É ainda cedo para sabermos o que esperar. Mas cada um dos membros da economia social faz bem em estar atento.

A.J.

Fórum da Economia Social do distrito de Santarém

• Escola António Torrado assinalou o Dia da Trissomia 21

• Equipamento esteve fechado no inverno por “falta de afl uência”

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Entre os dias 9 de junho e 14 de junho, o município de Vila Nova da Barquinha vai aco-lher a Feira do Tejo, a tradicio-nal festa anual concelhia, com as atuações de Virgem Suta e Miguel Araújo, entre ou-tros concertos, naquele que é considerado o maior aconte-cimento de cariz cultural em

Vila Nova da Barquinha.Ao longo dos seis dias, a zona

ribeirinha da vila vai encher-se com dezenas de expositores de artesanato e as tradicionais tasquinhas, para além de ani-mação de rua, teatro, dança, música, folclore, marchas po-pulares, pirotecnia, desporto e exposições.

Para além dos espetáculos de Miguel Araújo e Virgem Suta, que atuam nos dias 9 de junho e 14 de junho, respeti-vamente, a autarquia anun-ciou concertos com os Kum-pania Algazarra (no dia 10) e Orquestra Ligeira do Exército (dia 13).

Pousada da Juventude de Abrantes reabriu

A Pousada da Juventude re-abriu no passado dia 18 de março, anunciou Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes, na reu-nião do executivo camarário.

O encerramento tinha sido confi rmado no passado dia 2 dezembro de 2014. Na altura, a notificação chegou à Câ-mara Municipal por parte da Movijovem, entidade que faz a gestão do espaço. Segunda a autarca, a justifi cação dada por aquele organismo foi

que “durante a época de in-verno havia menos afluên-cia ao equipamento” e que, como “o défice de explora-ção era um valor com algum signifi cado, não se justifi cava manter o espaço aberto”.

Com capacidade para70 visitantes, a Pousada da Ju-ventude, que continua sob a tutela da Movijovem, reúne atualmente um conjunto de problemas estruturais e ca-rece de uma reabilitação pro-funda. JMC

Bloco de Esquerda de Abrantes com nova coordenadora concelhia

O Bloco de Esquerda (BE) de Abrantes anunciou a eleição de Armindo Silveira como porta-voz da nova coordenadora concelhia do partido, estrutura com um mandato válido para o biénio 2015-2017.

Em nota de imprensa, a concelhia do BE elege a ju-ventude, inclusão social, cul-tura e ambiente como áreas

de intervenção prioritárias.A u m e n t a r a r e p r e -

sentatividade e o número de eleitos nos diversos ór-gãos autárquicos do con-celho é o grande obje-tivo da nova estrutura, da qual fazem ainda parte Pedro Grave e Marisa Grá-cio, sendo suplentes Alcino Hermínio e Ricardo Gonçal-ves.

A importância de trabalhar a inclusão

No passado dia 21 de março assinalou-se o dia da Trissomia 21. A Escola Básica António Torrado, de Abrantes, celebrou a efeméride com uma pales-tra sobre o assunto. A ação, aberta à comunidade em geral, decorreu no passado dia 19 de março, com vários especialistas da área, do-centes, pais, alunos e con-

vidados especiais. Paula Oliveira, do Centro de Edu-cação Especial, uma das res-ponsáveis pela promoção do evento, explicou que o objetivo da ação foi passar a mensagem que é “impor-tante cada vez mais traba-lhar na inclusão das crian-ças portadoras de trissomia 21 em âmbito escolar”.

Vila Nova da Barquinha: Virgem Suta e Miguel Araújo nas festas do concelho

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22 ABRIL 2015REGIÃO

O município de Abrantes anunciou a rejeição ao atual modelo proposto pelo Go-verno para a descentraliza-ção de competências na área da educação, por considerar não se encontrar salvaguar-dada a garantia e reforço da autonomia das escolas.

Em comunicado, a Câmara Municipal de Abrantes, con-vidada pelo Governo como município piloto para desen-volver uma nova experiência de descentralização de com-petências na área da educa-ção, refere que a decisão re-sultou de uma reunião rea-lizada, no passado dia 24 de março, com as forças políticas representadas na Assembleia Municipal e com represen-tantes da Comunidade Edu-cativa, tendo destacado que “o processo de discussão do PAE pressupunha uma dinâ-mica negocial, não se tradu-

zindo numa aceitação incon-dicional das propostas apre-sentadas pelo governo”.

“O que nos impede de avan-çar, para já, com este calen-dário, prende-se ainda com o facto de considerarmos in-justa a matriz proposta para a transferência de competên-cias, sendo que os Agrupa-mentos de Escolas são quem mais perde para as autar-quias, e por haver domínios em que existe mais do que um interveniente responsá-vel”, apontou a presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque (PS).

“Queremos uma justa re-partição de competências, o que não existe, e também ao nível de receitas próprias, sendo que ainda não exis-tem instrumentos legais que permitam interligar a ges-tão fi nanceira das escolas e a gestão fi nanceira dos mu-

nicípios”, reforçou a autarca socialista.

Por outro lado, observou Maria do Céu Albuquerque, o calendário com que este pro-cesso se encontra a ser de-senvolvido “não garante con-dições objetivas para iniciar o próximo ano letivo já com este novo modelo em condi-ções de tranquilidade” para o funcionamento das escolas.

“Ponderadas todas estas cir-cunstâncias foi decidido não estarem reunidas as condi-ções para se avançar, de ime-diato, com este processo de descentralização de compe-tências na área da educação”, reiterou, tendo acrescentado que os diversos parceiros “vão continuar a trabalhar no sen-tido de garantir uma efetiva descentralização de compe-tências onde todos os inter-venientes saiam ganhadores, em especial os alunos”.

O município de Mação anunciou também a rejeição do modelo proposto pelo Governo para a descentrali-zação de competências na área da educação.

Vasco Estrela, presidente da Câmara Municipal, admi-tiu que “a Câmara decidiu abandonar estas negocia-ções, após percebermos que da parte do Agrupamento de Escolas não havia disponibili-dade para estarmos integra-dos neste processo”.

“Entre o Agrupamento e o Governo estava presente uma divergências sobre a matriz que foi proposta e as-sim, não fi caram reunidas as condições para avançarmos”, fi nalizou.

A Câmara Municipal de Vila de Rei aceitou integrar o projeto-piloto e é o único município da área de infl u-ência da Antena Livre/Jornal

de Abrantes a integrar o pro-jeto “Aproximar”. No total, o projeto vai envolver, para já, 13 municípios: Águeda (PS), Amadora (PS), Batalha (PSD), Cascais (PSD/CDS-PP), Crato (PS), Matosinhos (Indepen-dente), Óbidos (PSD), Oeiras (Independente), Oliveira de Azeméis (PSD), Oliveira do Bairro (PSD), Sousel (PSD), Vila de Rei (PSD) e Vila Nova de Famalicão (PSD/CDS-PP).

“Descentralizar o poder de decisão é dar possibilidade a quem está no terreno de de-

cidir sobre um conjunto de matérias, podendo ajustar a decisão a quem vai usufruir da mesma, neste caso a co-munidade escolar”, destacou à Antena Livre o vice-presi-dente da Câmara de Vila de Rei, Paulo César.

“Há um aproximar da deci-são e é isso que nos interessa. Com esta descentralização poderemos ser nós a decidir o que é melhor para a comu-nidade escolar”, vincou.

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DESCENTRALIZAÇÃO DE COMPETÊNCIAS NA EDUCAÇÃO

Novas competências para Vila de Rei. Abrantes e Mação declinam convite

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23ABRIL 2015 EDUCAÇÃO

A Associação de Estudan-tes da Escola Secundária Ma-nuel Fernandes, de Abran-tes, decidiu criar uma petição pública online em protesto contra a forma de atuação da PSP local e como as autorida-des atuaram na festa organi-zada em março, no espaço do mercado criativo. Auto-ridades contestam e dizem que muitos menores esta-vam em estado de embria-guez.

MÁRIO RUI FONSECA

Em entrevista à Antena Li-vre, na qualidade de presi-dente da Associação de Es-tudantes (AE), Ana Sofia He-leno, “lamenta a forma como a festa de sábado terminou”, numa alusão ao evento re-alizado no dia 14 de março, tendo observado que, ao longo da mesma, “tudo de-correu da melhor maneira e sem incidentes”. “Por volta das 02h00 (hora limite da licença de ruído emitida pela Câmara

Municipal) a PSP de Abrantes terminou o evento e encerrou o espaço, canalizando as pes-soas para a saída”, lamentou a jovem dirigente.

Em comunicado, a AE agra-dece ao serviço de segurança, ao pessoal de serviço e artis-tas que, sem remuneração, aceitaram o convite para aju-dar e participar na festa da as-sociação, tendo assegurado que “não será este o fi m das iniciativas”.

A Associação de Estudantes decidiu, no entanto, criar uma Petição Pública, que está a de-correr, e cujo conteúdo e as-sinaturas prometem remeter para o Conselho Nacional de Juventude, Ministério da Ad-ministração Interna, Comis-são de Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República, Provedor de Jus-tiça, Município de Abrantes e Diretor Nacional de Polícia.

“A presente Petição Pública visa reconhecer e protestar contra a atuação da PSP/Es-quadra de Abrantes, (…) no

evento organizado pela As-sociação de Estudantes (…), considerando-a como des-proporcionada, irrazoável e desmedida, em total falta de colaboração e respeito para com os Estudantes e os Orga-nizadores (…)”, pode ler-se no documento.

Contactado pela Antena Li-vre, o Comando Distrital da PSP de Santarém, através da Esquadra Policial de Abrantes,

confi rmou ter “realizado uma operação de fiscalização ao evento”. Na resposta escrita, a PSP afi rma “não se rever” nas declarações públicas da As-sociação de Estudantes, que acusa as autoridades de uma atuação “desproporcionada, irrazoável e desmedida”.

“No caso concreto, e parti-lhando da mesma preocupa-ção de vários pais de alunos da referida escola face ao con-

sumo excessivo de bebidas al-coólicas por parte de menores de 18 anos de idade, foi rea-lizada uma fi scalização de ín-dole preventiva ao local onde decorria o evento, tendo-se verifi cado a existência de vá-rias centenas de menores no interior do recinto, alguns dos quais visivelmente embria-gados em consequência da venda de bebidas alcoólicas espirituosas a menores de 18

anos de idade”, afi rma a PSP.No comunicado, a PSP re-

fere que “o evento foi encer-rado pelas 02h00, hora limite do licenciamento, tendo-se levantado vários autos de no-tícia por contraordenação por várias infrações verificadas, nomeadamente, a venda de bebidas alcoólicas espirituo-sas a menores de 18 anos de idade. Foram apreendidas 72 garrafas de bebidas com ele-vado teor alcoólico”.

“Por se tratar de uma Asso-ciação de Estudantes presi-dida por uma menor, os fac-tos foram comunicados ao Ministério Público junto do Tribunal de Família e Meno-res da Comarca de Santa-rém bem como à Comissão de Proteção de Crianças e Jo-vens de Abrantes. Os autos de notícia por contraorde-nação serão remetidos para a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica para instrução dos respetivos in-quéritos”, conclui.

A EPDRA, Escola Profissio-nal de Desenvolvimento Ru-ral de Abrantes, celebrou 25 anos de existência, no pas-sado dia 20 de março. Numa cerimónia que juntou docen-tes, alunos, funcionários e en-tidades, foram referidas as potencialidades da escola e os objetivos futuros assentes num património com história.

Na cerimónia ofi cial, que de-correu no auditório da Her-dade da Murteira, João Qui-nas, diretor da EPDRA, refe-riu que é necessário apostar na transformação dos pro-dutos acrescentando-lhe va-lor, sendo esse um objetivo e uma das missões da escola.

“É importante desenvolver-se a área da transformação dos produtos, quer de origem animal, quer de origem vege-tal. Utilizar a transformação dos produtos, acrescentando-lhes valor, é tornar as explo-rações rentáveis. Já iniciámos este trabalho, pois o nosso objetivo é potenciar ao má-ximo o mundo rural”, afi rmou o diretor. Por sua vez, Maria do Céu Albuquerque, presi-dente da CM de Abrantes, afi rmou que o grande desafi o é pôr a render o património construído, estabelecendo parcerias entre a EPDRA e ou-tras entidades.

“Trabalhar em rede é o grande desafi o, fazendo pon-tes e estabelecendo parecias

entre a EPDRA e, por exem-plo, o Instituto Politécnico de

Tomar, o InovLinea e outros projetos inovadores empresa-riais. A agricultura não é uma moda, tem um passado, pre-sente e futuro, e o futuro é trabalhar para a sustentação destes projetos importantes para o país”, referiu a autarca.

Na cerimónia de aniversá-rio, marcou presença Elisete Jardim, Diretora Regional de Agricultura, que salientou a empregabilidade no setor agrícola: “A informação que chega dos estabelecimen-tos de ensino como a EP-DRA é que a taxa da empre-gabilidade está muito perto dos 100%. Muitos alunos que ainda não acabaram o curso

são logo chamados para de-sempenhar funções no setor, muitos deles a ganhar bem mais do que muitos licenci-ados.”

No decorrer da cerimónia ofi cial, Humberto Lopes, que esteve no início da escola en-quanto autarca, recuou 25 anos e relembrou o início da EPDRA aos presentes.

A cerimónia de aniversário prolongou-se para o dia se-guinte, onde ex alunos parti-lharam com todos os convi-dados a importância da sua formação na EPDRA para seu percurso profi ssional.

Joana Margarida Carvalho

PSP de Abrantes encerra festa de estudantes, Associação critica atuação policial

EPDRA celebrou 25 anos a formar o futuro

• Organização da festa garante que “tudo decorreu sem incidentes”

• A presidente da CM de Abrantes recebeu um presente alusivo aos 25 anos da escola

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Page 24: Jornal de Abrantes - Edição Abril 2015

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24 ABRIL 2015

Desde bem pequena que Fran-cisca Dias Laia, 20 anos, natural de Abrantes, se dedica à canoagem tendo conquistado muitas meda-lhas em provas no país e no estran-geiro. É uma das jovens esperanças que poderá representar Portugal nesta modalidade, nos Jogos Olím-picos de 2016, no Rio de Janeiro.

Francisca Laia é atleta de alta competição. O seu objetivo diário passa por conciliar os treinos de canoagem com um curso de Medi-cina, na Universidade de Coimbra.

Na presente época despor-tiva, a jovem vai participar em vá-rias competições da modalidade: desde o Campeonato do Mundo de Juniores e sub 23, que este ano de-corre em Portugal, até ao Campeo-nato do Mundo de Seniores, em Mi-lão. Esta será a prova decisiva para o apuramento da jovem canoísta

para os Jogos Olímpicos.Laia não se recorda da primeira

vez que se sentou numa canoa. A dedicação e o gosto foi-lhe passado bem cedo pelo pai, que também sempre foi canoísta. Desde o iní-cio do seu percurso que está ligada ao Clube Desportivo os Patos, de Abrantes, onde realizou a sua pri-

meira prova com apenas oito anos. O primeiro título surge em 2009,

em Montemor-o-Velho, na prova dos 500 metros. Francisca Laia con-quistou o terceiro lugar, já a compe-tir pela selecção portuguesa.

A sua primeira medalha interna-cional foi na categoria K1, na prova dos 200 metros, na Croácia, em

2011. Ainda júnior, sentia-se “muito pequenina”, e recorda que as adver-sárias “eram todas enormes e mais velhas.” Os resultados dispararam desde então, os treinos e uma téc-nica aperfeiçoada tem levado Fran-cisca Laia aos pódios dentro e fora do país.

2014 foi um dos anos mais impor-tantes da sua carreia desportiva. Laia alcançou o terceiro lugar em K4, nos 500 metros, no Campeo-nato Europeu em França. Este resul-tado garantiu-lhe um lugar no Pro-jecto Olímpico português. Desde então benefi cia de uma bolsa de es-tudo do Comité Olímpico de Portu-gal e encontra-se entre os 16 atletas de canoagem que têm a perspetiva de ir às olimpíadas de 2016.

“Somos seis raparigas e apenas quatro vão aos Jogos Olímpicos. O meu objetivo é estar entre as que

vão tentar o apuramento. Ir aos Jo-gos Olímpicos de 2016 é o meu maior desejo. É o sonho de qual-quer atleta.”

Hoje em dia, Laia vive em Montem-or-o-Velho, na residência da Federa-ção Nacional de Canoagem, onde treina duas vezes ao dia na pista olímpica. Em Coimbra, frequenta o 3º ano do curso de Medicina. Gerir a sua agenda não tem sido tarefa fá-cil. Ainda assim, a jovem considera que há tempo “para treinar, para es-tudar e ainda ter tempo para uma vida social e familiar”.

Para quem se inicia neste deporto, deixa um conselho: “É preciso gos-tar mesmo e começar cedo. O se-gredo está em acreditar e trabalhar muito, ou seja, sonhar acordado e trabalhar para o sonho.”

Joana Margarida Carvalho

DESPORTO

Médio Tejo acolhe em setembro campeonato mundial de WakeboardO campeonato do mundo de wa-

keboard vai realizar-se em setembro na albufeira de Castelo do Bode, re-gião onde vai ser instalada uma es-tância de Wakeboard com cinco po-los: em Abrantes, Mação, Sertã, Vila de Rei e Ferreira do Zêzere.

Com um investimento na ordem dos 600 mil euros, os municípios de Abrantes, Ferreira do Zêzere, Mação, Sertã e Vila de Rei, a Turismo do Cen-tro e a Associação Portuguesa de Wa-keboard e Wakeskate (APWW) pre-

tendem “reforçar o posicionamento do país como destino náutico e aquático”, nomeadamente a região do Médio Tejo, banhada em 60 qui-lómetros de extensão pela albufeira de Castelo do Bode.

“O Wakeboard é um desporto re-cente, que se tem afi rmado pela sua espetacularidade, captando adep-tos e curiosos em todo o mundo. É o desporto aquático com maior taxa de crescimento dos Estados Unidos, onde nasceu há 25 anos, superando

o surf em número de praticantes. Alastrou-se por todo o mundo e sa-bemos hoje que existem mais de três milhões de praticantes só na Eu-ropa”, disse à Antena Livre André Ma-tos, presidente da APWW.

De acordo com André Matos, de 32 anos, também ele um praticante da modalidade, “trata-se de um projeto estratégico para posicionar Portugal como ‘cluster’ europeu da modali-dade e promover o interior do país como local de excelência para a prá-

tica de wakeboard”.Por seu lado, Luís Segadães, espe-

cialista em Marketing Territorial e um dos responsáveis pela organiza-ção do evento através da empresa EIPWU (Everything is Posssible With Us) disse que o grande objetivo do projeto é “criar um novo destino de wakeboard, e instalar, nos cinco mu-nicípios aderentes, cinco ‘cable parks’ em torno da barragem” de Castelo do Bode.

“A promoção do destino é alavan-

cada através do campeonato mun-dial”, notou, falando do evento que vai decorrer de 16 a 19 de setem-bro na praia fl uvial do Lago Azul, de Ferreira do Zêzere, e que vai merecer honras televisivas por parte da NBC, um dos principais canais de des-porto dos Estados Unidos. Pela pri-meira vez, o campeonato do mundo da modalidade é realizado fora dos Estados Unidos. São esperados mais de 600 participantes.

Mário Rui Fonseca

• Francisca Laia: “O segredo está em acreditar e trabalhar muito”

DR

“Ir aos Jogos Olímpicos de 2016 é o meu maior desejo”

Page 25: Jornal de Abrantes - Edição Abril 2015

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25ABRIL 2015 DIVULGAÇÃO

Escola de afetosAFETO é um termo derivado do

latim “affectus” e que designa um sentimento, um estado de alma. Este sentimento de afeto é carre-gado de emoções e expetativas e só se desenvolve nos seres vivos. Nos seres humanos traduz-se pela capacidade que este tem em esta-belecer relações e criar vínculos. A afetividade é um parâmetro fun-damental na vida humana, tendo em conta que interfere de modo mais ou menos positivo em todos os contextos de vida (social, fami-liar e laboral). É o afeto que contri-bui para gerir o equilíbrio emocio-nal das pessoas sem o qual a soci-edade não pode ser concebida. Se o percurso de vida do Ser Humano for recheado de experiências fami-liares, escolares e laborais em que se sente por parte dos outros for-mas de afeto positivo (valorização do outro, compreensão, tolerância, carinho, respeito), a forma como se

encara a realidade, os contratem-pos e os outros será também afeti-vamente positiva (humor, tolerân-cia, respeito). Está comprovado que situações de agressividade, violên-cia e desrespeito, estão muitas ve-zes camufl adas por uma história an-terior sem afeto.

O afeto e a sua expressão é tam-bém uma questão de EDUCAÇÃO. E esta é na família que começa quando se nasce, mas que continua na ESCOLA. Espaço de educação formal e informal, devendo assum-ir-se como um espaço de reciproci-dade emotiva em que aquele que ensina aprende e o que aprende ensina. Educar é muito mais do que a pura transmissão de conhecimen-tos. Pelo que a escola não pode ser um espaço de racionalidade onde as emoções são convidadas a fi car à porta. As relações vivem de reci-procidade e por isso é importante aprender História, Geografia, Ma-

temática….. Mas é importante não esquecer que disponibilidade para aprender estas matérias estará de-certo mais permeável se a lingua-gem das emoções estiver a par. Lin-guagem esta que, segundo alguns autores, também tem uma gramá-tica: vencer a timidez, falar em pú-blico, responder à agressividade, afi rmar-se, dar opinião, ouvir, cho-rar, motivar (os outros e a si), amor, desilusão e ilusão…. Em conclusão, as emoções e os afetos têm prepon-derante infl uência na existência hu-mana, sendo uma das condições essenciais ao desenvolvimento sau-dável e equilibrado do Ser Humano em qualquer fase do ciclo de vida. Na base duma relação interpessoal feliz estão os AFETOS e estes exis-tem no olhar, nos gestos, nas pala-vras, nas atitudes, nos comporta-mentos, no pensamento…

Nélia Costa(Enfermeira_USP Médio Tejo)

Todos sabemos. A Páscoa faz parte do ciclo da Primavera, ou seja do processo de renovação so-cial casado com a renovação da natureza nesta época do ano. As comunidades tradicionais eram sobretudo agrícolas. Por isso, os ci-clos da vida social estavam muito ligados à dinâmica da natureza.

Na cultura cristã, dominante en-tre nós, este ciclo começa com a Quaresma e termina com a festa da Páscoa. Quaresma de purifi ca-ção, Páscoa da afi rmação da vida, de acordo com a narrativa religi-osa dos mistérios da fé.

Hoje, a sociedade é cada vez mais secularizada, ou seja, orga-nizada não segundo os princípios e o poder simbólico do religioso, mas segundo processos e dinâmi-cas que se formaram à margem e por vezes contra as religiões ins-tituídas.

Mas todas as sociedades necessi-tam de se renovar. Uma sociedade é um corpo biológico. Como todo o corpo precisa da higiene neces-

sária para se libertar das toxinas acumuladas. Tudo o que é vivo se degrada e toda a degradação se acelera se não for objecto de re-generação.

Restam-nos ainda, além do que se passa dentro dos templos, al-guns feriados locais e uma ou ou-tra manifestação pública, como as procissões. Mas umas e outras são sobretudo vistas como resíduos do passado, memórias e patrimó-nio. Mas património vem de “pa-ter”, pai, gerador de vida. Podemos perguntar-nos em que medida es-sas realizações são – hoje – ge-radoras de vida, renovadoras da vida social das comunidades que as realizam.

E devemos perguntar-nos: como realizam – hoje – as nossas comu-nidades o processo de renovação da vida coletiva que dia a dia se desgasta, mas que precisa de ser renovada com vista a um futuro melhor?

Alves Jana

Páscoa da Renovação

ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO

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26 ABRIL 2015CULTURACOORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES

AbrantesAté 2 de maio – Exposição “O Diário Gráfi co – Estar atento ao que nos rodeia”, de Eduardo Salavisa – Biblioteca Municipal António BottoAté 8 de maio – Exposição “Urban Heart”, de Joana Arez – quARTel – Galeria Municipal de Arte 4 de abril – Concerto de Páscoa com a Banda Filarmónica Riomoinhense – Cineteatro São Pedro, 18h 10 de abril – “Tertúlia dos 40” com Carlos Daniel, Filipe Fonseca e João Ricardo Pateiro – Cineteatro São Pedro, 21h30 – 10€11, 18 e 24 de abril – “O Centro Histórico Faz Bem” – rastreios, workshops, show cookings e bancas de divulgação de bens – Largo Ramiro Guedes e Praça Barão da Batalha, 15h11 de abril –Art´Andante com ESTATUNA – Sociedade Pró-Casais de Revelhos, 21h3017 de abril – Sérgio Godinho apresenta “Liberdade” – Cineteatro São Pedro, 21h30 – 10€18 de abril – Contos do Mundo – Festa da Marioneta – Cineteatro São Pedro, 10h30 - 1€19 de abril – 2ª Meia Maratona BTT – Parque Urbano de São Lourenço, 9h 24 de abril – Tributo a Zeca Afonso, música e poesia – Cineteatro São Pedro, 21h30 – 5€25 de abril – 16º Grande Prémio de Atletismo 25 de Abril – Cidade Desportiva, 10h 30 de abril – X Gala Antena Livre & Jornal de Abrantes – Cineteatro São Pedro, 21h30 Cinema Millenium – 18h e 21h3026 de março a 1 de abril – “Insurgente”, de Robert Schwentke2 a 9 de abril – Velocidade Furiosa 7”, de James Wan

Constância4, 5 e 6 de abril – Festas do Concelho e de Nossa Senhora da Boa Viagem 4 de abril – 27º Grande Prémio da Páscoa - Atletismo

MaçãoAté 6 de abril – Exposição “Passagem e Memórias” de homenagem a Cipriano Dourado – Galeria do Centro Cultural Elvino PereiraAté 19 de abril – Festival da Lampreia – Restaurantes aderentes do concelho de Mação Até dezembro - Exposição “Do gesto à arte: criar, fazer, comunicar” – Museu de Arte Pré-Histórica de Mação 2, 3 e 4 de abril – Semana Académica e da Juventude 2015 – Cineteatro, Centro Cultural Elvino Pereira e Pavilhão Desportivo Municipal 4 de abril – “De Mação aos grandes palcos, uma vida de aplausos” com a presença de Margarida Carpinteiro – Auditório do Centro Cultural Elvino Pereira, às 16h12 de abril – 9º Passeio Pedestre Avós e Netos – Chão de Codes (inscrição pelo 241571541)24 de abril – À conversa com António Martins Silva sobre “Mação em Timor. Do abandono à independência” – Auditório de Centro Cultural Elvino Pereira, 21h

Sardoal Até 26 de abril – Exposição de pintura de Nadir Afonso – Galeria do Centro Cultural Gil VicenteAté 30 de abril – Exposição “Projeto Capela” pelo agrupamento de Escolas de Sardoal – Espaço Cá da Terra – Centro Cultural Gil Vicente 4 de abril – Teatro “A Mosqueta” de Ruzante, pelo GETAS – Centro Cultural Gil Vicente, 21h30 – 5€5 de abril – Concerto de Piano “Fantasia Romântica” com Isabel Dombriz & Pedro Mariné – Centro Cultural Gil Vicente, 16h

Vila de Rei Até 30 de abril – Exposição “Sonho, Luz e Cor”, pintura de Maria Magda Vaz – Museu Municipal de Vila de Rei 17 de abril – Encontros Documentais sobre “Bibliotecas” – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires

Vila Nova da BarquinhaAté 24 de maio – Exposição “Indépendance Cha Cha” de Ângela Ferreira - Galeria do Parque Até 5 de abril – XXI Mês do Sável e da Lampreia – Restaurantes aderentes 11 de abril – Hora do Conto Infantil “O Jardim do Barco” – Biblioteca Municipal da Praia do Ribatejo, às 14h19 de abril – Workshop de dança com Blaya (Buraka Som Sistema) – 11h

AGENDA DO MÊS

“Liberdade”, o título de uma canção de Sérgio Godinho, composta em 1974 para o disco “À Queima Roupa”, serve de mote ao espetáculo que o cantautor vai apresen-tar no Cineteatro São Pedro, em Abrantes, a 17 de abril, pelas 21h30. A liberdade, tema recorrente na obra do artista, vai ser celebrada no concerto em Abrantes, onde se ouvirão as mais emble-máticas canções alusivas ao tema - “Já Joguei Ao Boxe”, “Fotos do Fogo”, “Maçã Com Bicho”, “Que Força É Essa” ou “O Acesso Bloqueado”.

O concerto que o cantor

leva a Abrantes foi estreado em abril de 2014, em Lis-boa, e tem vindo a percor-

rer o país provocando grande entusiasmo junto de todos quantos a ele têm assistido,

motivando, inclusive, a pu-blicação de um disco ao vivo com o mesmo título – “Li-berdade”. Em palco, Sérgio Godinho apresenta-se com a sua banda constituída por Nuno Rafael, Miguel Feve-reiro, Nuno Espírito Santo, João Cardoso e Sérgio Nas-cimento.

Os bilhetes para o concerto têm o preço de 10€ e estão à venda antecipadamente no Posto de Turismo de Abrantes ou no dia do espetáculo na bilheteira do Cineteatro São Pedro. Como refere a canção: “Que a liberdade está a pas-sar por aqui”…

Liberdade de Sérgio Godinho em Abrantes

A Semana Académica e da Juventude de Mação decorre nos dias 2, 3 e 4 de abril e apresenta um programa diversifi -cado que passa por música, desporto e teatro. Organizado pela Associação Magalhães, a iniciativa começa no dia 2, quinta-feira, com uma noite dedicada às Tunas Académicas. Adufotuna, de Idanha-a-Nova, e a Tuna Médica de Lisboa so-bem ao palco do Cineteatro de Mação, a partir das 22 horas.

Na sexta-feira, 3 de abril, tem lugar o III Torneio Fair-Play em Futsal, com início às 10h, no Pavilhão Municipal José Maia Marques. À noite, junto ao Estádio Municipal, haverá, a partir das 23 horas, os concertos de Kanaf, The Peorth e Dupla Mete Cá Sets.

A atriz Margarida Carpinteiro, com ligações à aldeia de Va-les de Cardigos, em Mação, é homenageada no último dia do evento. “De Mação aos grandes palcos, uma vida de aplausos” acontece no auditório do Centro Cultural Elvino Pereira, às 16 horas. A Semana Académica e da Juventude termina com os concertos dos abrantinos Kwantta, Quem é o Bob? e Kiss Kiss Bang Bang, junto ao Estádio Municipal.

A Gala Antena Livre e Jor-nal de Abrantes realiza-se no próximo dia 30 de abril, às 21h30, no Cine Teatro São Pe-dro, em Abrantes.

Na sua X edição, esta Gala assinala o 35º aniversário da

Antena Livre e o 115º do Jor-nal de Abrantes. Datas redon-das que marcam a vida da co-municação social na área ter-ritorial do Médio Tejo.

Como habitualmente, este evento volta a promover os

melhores músicos da região, bem como pessoas e proje-tos coletivos relevantes na nossa sociedade.

A Gala, que resulta num es-petáculo cheio de glamour e pleno de emoções, tem tra-

zido ao palco do Cine Tea-tro São Pedro os valores dos vários concelhos da área de infl uência da radio e do jor-nal. E ainda alguns nomes importantes do panorama nacional: António Manuel Ribeiro e os UHF, Quinta do Bill, ou os jornalistas Júlio Magalhães e Dina Aguiar, entre outros.

Sendo esta gala um acon-tecimento que marca o ca-lendário cultural da região, as expectativas são elevadas quanto aos galardoados que este ano foram escolhidos pela equipa dos dois órgãos de comunicação social.

A entrada no evento é gra-tuita, mas sujeita a marcação. Para garantir o seu lugar deve marcar o 961 736 350 ou o 962 108 759.

Semana Académica e da Juventude anima Mação

X Gala Antena Livre & Jornal de Abrantes

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• Os UHF receberem o ano passado o Galardão Música Nacional

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Page 27: Jornal de Abrantes - Edição Abril 2015

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Que, desta forma, justifi cam a aquisição dos supra identifi cado imóvel por usucapião. Está conforme o original.

Lisboa, 19 de Março de 2015.A Notária: Vera Araújo Arnaut

(Jornal de Abrantes n.º 5530 edição de abril 2015)

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