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jornal deabrantes JUNHO2012 2 ABERTURA FICHA TÉCNICA Directora Hália Costa Santos (TE-865) [email protected] Editora Joana Margarida Carvalho (CP.9319) joana.carvalho@lenacomunicacao.pt Sede: Av. General Humberto Delgado – Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179 E-mail: info@lenacomunicacao.pt Redacção Ricardo Alves (TP.1499) ricardo.alves@antenalivre.pt Mafalda Vitória Alves Jana André Lopes Paulo Delgado Publicidade Miguel Ângelo 962 108 785 miguel.angelo@lenacomunicacao.pt Secretariado Isabel Colaço Design gráfico António Vieira Impressão Imprejornal, S.A. Rua Rodrigues Faria 103, 1300-501 Lisboa Editora e proprietária Media On Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes GERÊNCIA Francisco Santos, Ângela Gil Departamento Financeiro Ângela Gil (Direcção) Catarina Branquinho, Gabriela Alves [email protected] Sistemas Informação Hugo Monteiro [email protected] Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617 Nº Contribuinte: 505 500 094 Sócios com mais de 10% de capital Sojormedia jornal abrantes de Que recordação tem do 25 de Abril? Ana Rita Correia Funcionária Forense , Tramagal O 10 de junho, dia de Portugal, e de Camões significa que é feriado, e vou poder ir à praia e dar um sal- tinho ao Rock in Rio. Como é o dia das comunidades portuguesas, no fundo é um dia de celebração da própria língua portuguesa, da qual tenho muito orgulho. Concordo com este feriado, em sinal de cele- bração daquilo que já fomos ape- sar de infelizmente agora estarmos no estado em que estamos. Festas para todos FOTO DO MÊS EDITORIAL INQUÉRITO O Jornal de Abrantes faz este mês 112 anos. Um percurso com história, com vida, com gente. Quem atualmente o faz mantém a preocupação com as pessoas. Mês a mês, são 15.000 exemplares que chegam gratuitamente a cinco concelhos. Abrantes é, neste caso, o epicentro de uma região que abraça também Vila Nova da Barquinha, Constância, Sardoal e Mação. Neste mês, há vários motivos para festejar. Mesmo com contenções nos orçamentos, Abrantes e Barquinha fazem propostas que acrescentam novidades. No primeiro caso destaca-se o regresso do hipismo aos Mourões e a abertura, mesmo que temporária, das lojas devolutas do centro histórico. No segundo caso, assume especial destaque a inauguração do Parque de Escultura Contemporânea de Almourol (PECA). Mesmo que não haja grandes razões para festejar, importa insistir na necessidade de arejar. De fazer coisas diferentes. De procurar qualquer coisa de especial. Nestes momentos, são as pequenas coisas que nos fazem continuar a andar. E temos mesmo que o fazer. Neste mês que também evoca Portugal, sabe bem valorizar o que temos de bom. Esta edição está recheada de propostas para antecipar o verão. António Martins Portela de Santa Margarida, Servente É o dia de Camões, que segun- do reza a história teve Constância como casa. Nesta altura há sempre uma festa muito bonita em Cons- tância, as Pomonas Camonianas, que toda a gente devia ver porque é muito bonito. Acho importante que se comemore este dia. Hugo Mateus Operário Fabril, Vale de Mestre Reconheço-o como sendo o dia de Portugal, de Camões e acho que também das comunidades europeias. Não acho que seja um feriado essencial apesar da impor- tância do dia. Este poderia muito bem ser um dos feriados abolidos. E sinceramente nem me lembro se foi um deles ou não. Não é a primeira vez que situações destas acontecem no concelho de Abrantes. Não percebemos a necessidade deste trabalho, uma vez que são equipamentos que não incomodam ninguém! UMA POVOAÇÃO? A minha: Mação UM CAFÉ? Café Central, em Mação PRATO PREFERIDO? Bacalhau com natas UM RECANTO PARA DESCOBRIR? Praia Fluvial de Carvoeiro. Não se vão arrepender! UM DISCO? Todos os dos Beatles UM FILME? A Lista de Schindler UMA VIAGEM? Antes de ir correr Mun- do, há que conhecer os cantos e recan- tos do nosso país. O Norte, por exem- plo, é lindíssimo. UMA FIGURA DA HISTÓRIA? Guten- berg. Pela visão e métodos inovadores que contribuíram decisivamente para a evolução da imprensa. UM MOMENTO MARCANTE? A mor- te do meu pai, o dia em que toda a mi- nha vida mudou e percebi, cedo de- mais, que a vida não é cor-de-rosa e que estas coisas não acontecem só aos outros. Em termos históricos, o 11 de Setembro porque foi uma prova cla- ra de quão vulneráveis podemos es- tar perante situações que julgamos impensáveis. UM PROVÉRBIO? Temos cinco dedos na mão e nenhum é igual! UM SONHO? Poder abraçar quem eu sei que já não volta. UMA PROPOSTA PARA UM DIA DI- FERENTE NA REGIÃO? Começava com uma visita ao Convento de Cristo em Tomar, passando depois pelo Cas- telo de Almourol e pelo Museu de Ma- ção. Nos meses quentes, a passagem pela Praia Fluvial de Carvoeiro é obri- gatória e um passeio pedestre junto ao rio Tejo, em Ortiga, aproveitando ain- da para praticar algumas actividades aquáticas na Praia Fluvial de Ortiga. Se for na altura da Páscoa a não perder são as Celebrações Pascais de Mação e de Sardoal. SUGESTÕES Margarida Lopes, Técnica Superior de Comunicação Social IDADE? 31 RESIDÊNCIA? Mação PROFISSÃO? Funcionária Pública – Técnica Superior de Comunicação Social

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JUNHO20122 ABERTURA

FICHA TÉCNICA

DirectoraHália Costa Santos

(TE-865)

[email protected]

EditoraJoana Margarida Carvalho

(CP.9319)

[email protected]

Sede: Av. General Humberto

Delgado – Edf. Mira Rio,

Apartado 65

2204-909 Abrantes

Tel: 241 360 170

Fax: 241 360 179

E-mail: [email protected]

RedacçãoRicardo Alves

(TP.1499)

[email protected]

Mafalda Vitória

Alves Jana

André Lopes

Paulo Delgado

PublicidadeMiguel Ângelo

962 108 785

[email protected]

SecretariadoIsabel Colaço

Design gráfico António Vieira

ImpressãoImprejornal, S.A.

Rua Rodrigues Faria

103, 1300-501 Lisboa

Editora e proprietáriaMedia On

Av. General Humberto Delgado

Edf. Mira Rio,

Apartado 65

2204-909 Abrantes

GERÊNCIAFrancisco Santos,

Ângela Gil

Departamento FinanceiroÂngela Gil (Direcção) Catarina

Branquinho, Gabriela Alves

[email protected]

Sistemas InformaçãoHugo Monteiro

[email protected]

Tiragem 15.000 exemplares

Distribuição gratuita

Dep. Legal 219397/04

Nº Registo no ICS: 124617

Nº Contribuinte: 505 500 094

Sócios com mais de

10% de capital

Sojormedia

jornal abrantesde

Que recordação tem do 25 de Abril?

Ana Rita Correia

Funcionária Forense , Tramagal

O 10 de junho, dia de Portugal, e de Camões signifi ca que é feriado, e vou poder ir à praia e dar um sal-tinho ao Rock in Rio. Como é o dia das comunidades portuguesas, no fundo é um dia de celebração da própria língua portuguesa, da qual tenho muito orgulho. Concordo com este feriado, em sinal de cele-bração daquilo que já fomos ape-sar de infelizmente agora estarmos no estado em que estamos.

Festas para todos

FOTO DO MÊS EDITORIAL

INQUÉRITO

O Jornal de Abrantes faz este mês 112 anos. Um percurso com história, com vida, com gente. Quem atualmente o faz mantém a preocupação com as pessoas. Mês a mês, são 15.000 exemplares que chegam gratuitamente a cinco concelhos. Abrantes é, neste caso, o epicentro de uma região que abraça também Vila Nova da Barquinha, Constância, Sardoal e Mação. Neste mês, há vários motivos para festejar. Mesmo com contenções nos orçamentos, Abrantes e Barquinha fazem propostas que acrescentam novidades. No primeiro caso destaca-se o regresso do hipismo aos Mourões e a abertura, mesmo que temporária, das lojas devolutas do centro histórico. No segundo caso, assume especial destaque a inauguração do Parque de Escultura Contemporânea de Almourol (PECA).Mesmo que não haja grandes razões para festejar, importa insistir na necessidade de arejar. De fazer coisas diferentes. De procurar qualquer coisa de especial. Nestes momentos, são as pequenas coisas que nos fazem continuar a andar. E temos mesmo que o fazer. Neste mês que também evoca Portugal, sabe bem valorizar o que temos de bom. Esta edição está recheada de propostas para antecipar o verão.

António Martins

Portela de Santa Margarida, Servente

É o dia de Camões, que segun-do reza a história teve Constância como casa. Nesta altura há sempre uma festa muito bonita em Cons-tância, as Pomonas Camonianas, que toda a gente devia ver porque é muito bonito. Acho importante que se comemore este dia.

Hugo Mateus

Operário Fabril, Vale de Mestre

Reconheço-o como sendo o dia de Portugal, de Camões e acho que também das comunidades europeias. Não acho que seja um feriado essencial apesar da impor-tância do dia. Este poderia muito bem ser um dos feriados abolidos. E sinceramente nem me lembro se foi um deles ou não.

Não é a primeira vez que situações destas acontecem no concelho de Abrantes. Não percebemos a necessidade deste trabalho, uma vez que são equipamentos que não incomodam ninguém!

UMA POVOAÇÃO? A minha: MaçãoUM CAFÉ? Café Central, em MaçãoPRATO PREFERIDO? Bacalhau com natasUM RECANTO PARA DESCOBRIR? Praia Fluvial de Carvoeiro. Não se vão arrepender!UM DISCO? Todos os dos BeatlesUM FILME? A Lista de SchindlerUMA VIAGEM? Antes de ir correr Mun-do, há que conhecer os cantos e recan-tos do nosso país. O Norte, por exem-plo, é lindíssimo. UMA FIGURA DA HISTÓRIA? Guten-berg. Pela visão e métodos inovadores

que contribuíram decisivamente para a evolução da imprensa.UM MOMENTO MARCANTE? A mor-te do meu pai, o dia em que toda a mi-nha vida mudou e percebi, cedo de-mais, que a vida não é cor-de-rosa e que estas coisas não acontecem só aos outros. Em termos históricos, o 11 de Setembro porque foi uma prova cla-ra de quão vulneráveis podemos es-tar perante situações que julgamos impensáveis. UM PROVÉRBIO? Temos cinco dedos na mão e nenhum é igual!UM SONHO? Poder abraçar quem eu

sei que já não volta.UMA PROPOSTA PARA UM DIA DI-

FERENTE NA REGIÃO? Começava com uma visita ao Convento de Cristo em Tomar, passando depois pelo Cas-telo de Almourol e pelo Museu de Ma-ção. Nos meses quentes, a passagem pela Praia Fluvial de Carvoeiro é obri-gatória e um passeio pedestre junto ao rio Tejo, em Ortiga, aproveitando ain-da para praticar algumas actividades aquáticas na Praia Fluvial de Ortiga. Se for na altura da Páscoa a não perder são as Celebrações Pascais de Mação e de Sardoal.

SUGESTÕES

Margarida Lopes, Técnica Superior de Comunicação Social

IDADE? 31RESIDÊNCIA? Mação PROFISSÃO? Funcionária Pública – Técnica Superior de Comunicação Social

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JUNHO2012 ENTREVISTA 3

FRANCISCA LAIA, ATLETA PROMESSA 2011

“Abdiquei de muitas coisas”MARISA REIA *

Foi na Biblioteca Municipal Antó-

nio Botto, em Abrantes, num am-

biente mais recatado, que a con-

versa fl uiu. Palavra atrás de palavra,

riso atrás de riso e a pouco e pou-

co, Francisca Laia fala da sua expe-

riência na canoagem, dos treinos

e dos prémios, nomeadamente o

de Jovem Promessa do ano 2011.

A menina que foi para canoagem

ainda pequenina sob infl uência

do pai, é hoje uma jovem atleta de

talento. A possibilidade de partici-

pação nos próximos Jogos Olímpi-

cos, em 2016, ainda é uma incógni-

ta, mas os de 2020 já poderão ser

uma realidade.

A Francisca já recebeu vários

prémios. Qual é que foi o que lhe

deu mais gozo receber?

Foi o prémio da jovem promes-sa do ano (2011) da Confederação de Desporto. Primeiro porque foi o que teve mais divulgação, que foi de nomeações sucessivas, e de vo-tações. Depois porque foi com esse prémio que eu percebi que as pes-soas estavam atentas ao meu tra-balho. Talvez por isso, foi o que me deu mais prazer receber.

Que impacto é que isso teve na

sua vida?

A partir daí as pessoas come-çaram a ver mais quem eu sou e ajudou a divulgar um pouco a canoagem. Abrantes tem muitos desportos (natação, futebol, té-nis…) e ajudou a desenvolver um pouco a canoagem.

Notei também diferença de como as pessoas me abordam, toda a gente me chama “a promessinha”, é giro. Mudou muita coisa, porque as pessoas acompanham-me mais, têm mais esperança, toda a gente me pergunta se eu vou aos Jogos Olímpicos este ano, mas eu digo “não, não vou”.

É um prémio maior, é um dos pré-mios mais conceituados do des-porto em Portugal e ter a nomea-ção já foi bom. Principalmente por-que estava a concorrer contra um

jogador de futebol (Nélson Olivei-ra da selecção de sub-20). Toda a gente dizia “pronto já perdeste”. Fui para lá, mas nem tinha preparado nada. Foi mesmo uma surpresa. Eu acho que até o senhor que anun-ciou o resultado, quando tirou o papel que dizia “Francisca Laia”, fi -cou espantado.

A Francisca é uma das grandes

promessas para o Campeonato

da Europa de Juniores de Sub23

que se realiza em Portugal no

mês de Julho. Sente-se prepara-

da?

Sinto uma pressão enorme (ri-sos). As que fi caram à minha frente (na Croácia, no ano passado) eram de segundo ano de juniores, subi-ram de categoria, portanto, sou eu quem supostamente ganha este ano. Mas há sempre aquelas sur-presas. Sou uma grande candidata, tenho noção disso, que posso vir a ganhar. É um sonho, é muito ambi-cioso e estou a treinar para isso. Sin-to que é uma pressão porque é cá, vamos ter muito mais pressão, mas também vamos ter muito mais apoio e isso faz toda a diferença.

É fácil conciliar os treinos e as

competições com os estudos?

Até agora não foi fácil, mas tenho conseguido. Eu tenho estatuto de alta competição porque trabalhei para isso e abdiquei de muitas coi-sas que não pude ter e que os meus colegas tiveram. Eu preferi não ter essas coisas, lutar pelos meus obje-tivos e agora estou a usufruir disso. Muitas vezes não vou treinar para estudar ou vice-versa. Quando eu vou para estágio falto às aulas ou tenho dispensa. Consigo ter bons resultados nas duas.

Está agora a concluir o 12º ano,

pensa ingressar no ensino supe-

rior?

Vou para Coimbra, em princípio. Vou para qualquer coisa na área da saúde. Como tenho estatuto de alta competição, uma média razoá-vel e consegui os mínimos nas pro-vas de ingresso do ano passado, em princípio consigo entrar. Falta-me matemática, que tenho que ter 14. Apesar de me faltar meio valor para a média para entrar para me-dicina, mesmo sem estatuto, mas vou tentar.

Apesar do gosto que tem pela

canoagem, é uma atividade can-

sativa?

Tem dias (risos), porque abdi-quei de muitas coisas. É muito di-fícil, porque eu não tenho vida. Ba-sicamente, eu tenho treino, casa, estudo. Não gosto dessa parte, de ter de estar longe de umas pessoas para conseguir desenvolver uma coisa. Essa é a parte má, mas são escolhas. Eu fui levada para este ca-minho em parte pelo meu pai. Se calhar se não fosse ele, eu não es-tava aqui. Mas há sempre os bene-fícios que eu tiro da canoagem que não iria ter de outra forma: conhe-cer imensa gente, ir a vários sítios, são experiências completamen-te diferentes, que quase ninguém passa por elas.

E acha que Portugal dá apoio

sufi ciente à modalidade?

Acho que poderia apoiar mais, visto que a canoagem tem crescido tanto, devia apoiar de maneira di-ferente. Em Montemor também es-tão os do triatlo a estagiar, e como a Vanessa Fernandes ganhou a me-dalha, eles logo a seguir aos Jogos Olímpicos tiveram muito dinhei-ro e têm uma casa completamen-te diferente da nossa. O apoio está um pouco dividido pelos resulta-dos que se tem. Se a canoagem este ano ganhar uma medalha nos Jogos Olímpicos, para o ano vai ser um ano maravilhoso.

Ainda um dia a vamos ver nos

Jogos Olímpicos…

Espero bem que sim. Se não for em 2016, que seja em 2020 (risos), se eu continuar na canoagem, de-pendendo da faculdade também.

A nível de desporto, acha que

Abrantes oferece muita varie-

dade, ou deveria desenvolver

mais?

Oferece. Há sempre aqueles des-portos que existem em poucos sí-tios, mas Abrantes tem muitos: tem futebol, futsal, natação, ténis, rugby, atletismo e basebol que quase nenhum sítio tem.

Sente-se realizada?

Sim. Acho que no ano passado, fi nalmente, ao fi m de sete ou oito anos, consegui atingir um nível di-ferente, que pouca gente conse-guiu atingir na minha idade. Fui a primeira pessoa a ganhar uma me-dalha lá fora, de Júnior de primeiro ano. Quem tinha ganho sempre era Júnior de segundo. Essa medalha mostrou-me que tenho hipóteses de no futuro vir a ser uma boa atleta,

principalmente 200 metros, que é a distância mais curta em canoagem, mas é onde eu sou melhor. Estou a treinar k2 para 500 metros, temos um bom tempo, temos quase o tempo de referência. Falta-nos um segundo para atingir esse tempo.

* aluna de Comunicação Social da ESTA

• Campeonato da Europa de Sub23 - “Sou uma grande candidata, tenho noção disso”

“Toda a gente me pergunta se vou aos Jogos Olímpicos”

Perfi lFrancisca Laia obteve duas

vitórias na Regata Internacio-nal de Piestany, que terminou no passado dia 27 de maio, na Eslováquia. A anteceder es-tas vitórias, esteve um 4º lugar, em K2 500m, com Marta Pin-to. A primeira vitória foi em K1 200m, seguindo-se K2 200m, novamente com Marta Pin-to. Francisca, que representa a Seleção Nacional de Juniores, mostra, assim, a sua forma, para o Campeonato da Europa da sua categoria, que se disputa em Montemor-o-Velho, no mês de julho.

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JUNHO20124 REGIÃO

HÁLIA COSTA SANTOS

Apesar de só ter dois médicos uro-

logistas para uma população de

300.000 habitantes, o Centro Médi-

co Hospitalar do Médio Tejo (CHMT)

consegue manter as listas de espe-

ra para consultas e para cirurgias

desta especialidade em níveis clini-

camente aceitáveis. João Dias, res-

ponsável por este serviço, anuncia

o compromisso de duplicar o nú-

mero de operações, chegando às

800 neste ano de 2012.

Como é que carateriza o Serviço

de Urologia do CMHT?

O Serviço de Urologia presta um serviço de qualidade na medida em que nós temos ao nosso dispor to-dos os meios que existem noutras unidades hospitalares. Naquilo que não dispomos diretamente temos protocolos com centros onde há essa possibilidade de realização de exames ou tratamentos. Os doentes que nos procuram nunca fi cam de-sapoiados. Achamos que os nossos utentes têm um serviço de excelên-cia, quer da nossa parte quer exter-namente. Tivemos sempre um gran-de apoio dos Conselhos de Adminis-tração, incluindo do actual, que está com uma situação fi nanceira difícil, mas que, por reconhecer o prestígio e a importância do Serviço de Uro-logia, tem facultado tudo o que nós necessitamos.

Como é que se conjuga os valores

de excelência conjugando a par-

te técnica e os valores humanos?

É óbvio que desejaríamos que quer uma parte quer outra fossem mais completas. Na parte humana, trata-se de o médico ter uma per-ceção que às vezes se adquire em segundos, de avaliar a personalida-de do utente e de adequar o discur-so. Depois, há a criação de laços de empatia, o que requer tempo. Como nós temos recursos humanos escas-sos, às vezes não é possível uma ava-liação rigorosa da pessoa que temos à nossa frente, sejam utentes sejam familiares. Temos a consciência de que fazemos o nosso melhor, assim como os enfermeiros, que são jovens e competentes, e o pessoal auxiliar, que também é muito competente. Pode haver sempre uma melhoria, mas, dentro daquilo que é exigível, temos um bom nível de prestação de cuidados humanos conciliados com os cuidados técnicos.

Tem sido difícil gerir uma situa-

ção de dois médicos para 300.000

utentes?

Tem sido difícil na medida em que implica um ‘esticar’ das nossas capa-cidades humanas (minhas e do meu colega) para dar apoio às três unida-des do CHMT, que abrangerão cer-ca de 300.000 habitantes. Às vezes implica algum prejuízo familiar, mas

não poupamos esforços para fazer-mos o máximo que pudermos para tentar que a população do Médio Tejo não fi que desprotegida em ter-mos de cuidados urológicos.

Qual é a situação da lista de es-

pera?

A lista de espera para consultas tem estado dentro de tempos razo-

áveis e clinicamente aceitáveis. No caso das consultas houve alguma reorganização pelo facto de haver menos um urologista a fazer consul-tas (o Dr. Paulo Vasco saiu da ativida-de do serviço para a direcção clínica do CHMT), mas não se refl etiu muito no tempo de espera. É óbvio que o tempo minimamente aceitável tem relação com a patologia. Sendo só

dois médicos, às vezes temos alguns doentes que estão algum tempo à espera. Mas com a nova possibilida-de, desde o fi nal de abril, de fazer-mos cirurgias em tempo extra, fora do horário, duplicaram os tempos de operação para as cirurgias não urgentes e estamos a ter um ritmo cirúrgico enorme. Comprometemo-nos a realizar perto de 800 cirurgias no ano de 2012 e estamos convictos de que vamos atingir esse objetivo.

Será possível admitir mais médi-

cos urologistas para o CHMT?

Temos a informação de que a Ad-ministração está disponível para contratar mais um ou dois urologis-tas. O que se passa, muitas vezes, é um problema de mobilidade dos médicos. Uma maneira de ultrapas-sar isso seria o próprio serviço formar os seus especialistas. Infelizmente, a informação do Colégio de Urologia da Ordem dos Médicos é de que seria necessário um corpo clínico com um elemento de cada catego-ria, que neste momento não temos.

O serviço que dirige está a apos-

tar em tecnologias inovadoras...

Apostámos numa técnica inova-dora, que já tem alguns anos, que é a cirurgia laparoscópica. Considera-mos que possa ter algumas mais-va-lias, porque é menos agressiva para o doente, implica menos tempo de internamento e menor perda de san-gue. Mas só o fazemos em cirurgias selecionadas. Já iniciámos este trei-no há dois anos em patologias renais e temos tido bons resultados. Ainda estamos na curva de aprendizagem, mas já vamos fazendo a cirurgia com muito à vontade e esperamos desenvolver ainda mais para diver-sifi car para a área da incontinência.

Continua a haver tabus em rela-

ção a algumas das patologias da

Urologia?

Havia um tema tabu que hoje já está dismistifi cado que é o proble-ma da disfunção sexual masculina. Penso que hoje já ninguém tem re-ceio de falar disso ao médico. O pro-blema da incontinência também já não é tabu.

A vasectomia já entrou na práti-

ca corrente, aqui na região?

É uma anticonceção no elemen-to masculino que está largamente diversifi cada nos EUA. Em Inglaterra e no Norte da Europa também está

João Dias nasceu na Beira, Mo-çambique, há 48 anos. Chegou a Lisboa com dez anos e aí fez todo o seu percurso académico e pro-fi ssional. Pelo meio, fez o serviço militar na Base de Escola de Pa-raquedistas em Tancos. A pedido do pai, trocou o sonho da Arqui-tetura por um futuro na Medicina. Mas há aspetos que se cruzam nas duas profi ssões: “Um médico tem que ser criativo e artista, sobretu-do os cirurgiões. Há que dar uma certa nobreza ao ato, com precei-to e requinte. Na consulta e na ci-rurgia, há que ter muita imagina-ção.” Apesar de ter mudado a sua

opção inicial, hoje João Dias não está nada arrependido: “Não tro-cava a Medicina por profi ssão ne-nhuma, nem a Urologia por espe-cialidade nenhuma”.

Escolheu a especialidade de Uro-logia por ser uma área onde ha-via mais oportunidades profi ssio-nais e porque a população precisa de especialistas. Ainda a meio da especialidade começou a vir para Abrantes para fazer mais currícu-lo e para ter mais oportunidades para operar. Vinha uma vez por se-mana, ajudar o especialista Pau-lo Vasco. Quando terminou a es-pecialidade, em 2000, os quadros

dos hospitais de Lisboa estavam cheios e o Médio Tejo foi a opção natural, até porque havia um lu-gar. Concorreu e fi cou.

João Dias veio com a família para o Médio Tejo e hoje é responsá-vel pelo Serviço de Urologia do CMHT. A “vista fabulosa” sobre o rio Tejo que se tem do Hospital de Abrantes e as zonas ribeirinhas, como a Praia do Ribatejo e Cons-tância, são os locais que destaca na região. Considera as pessoas da zona “afáveis, simpáticas e de fácil relação”. Gosta da gastronomia e do clima, gosta de ler e de cinema. “Vive-se bem nesta região.”

“Os nossos utentes têm um serviço de excelência”

UROLOGIA NO CENTRO MÉDICO HOSPITALAR DO MÉDIO TEJO

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Perfi l

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JUNHO2012 REGIÃO 5

largamente implatada, assim como em países asiáticos, aí sobretudo para controlo demográfi co. Em Por-tugal estima-se que não se devem al-cançar 500 vasectomias por ano. Cá ainda há o preconceito do homem latino que tem medo perder alguma virilidade com essa técnica de anti-conceção, o que não corresponde à verdade. Se o homem está conscien-te de que não quer ter mais fi lhos, é uma técnica boa. É uma intervenção completamente coberta pelo servi-ço público. Faz-se potencialmente com anestesia local (a não ser que seja uma pessoa muito ansiosa) e em cirurgia de ambulatório, ou seja, em que a pessoa tem alta no máxi-mo até 24 horas depois da cirurgia. É reversível na teoria, mas na prática nem sempre acontece. Apesar de re-vetermos cirurgicamente o ato, o ho-mem pode continuar a ser estéril por-que há outros fatores que intervêm.

Tem havido muitos homens a fa-

zer vasectomia depois da campa-

nha que fi zeram junto dos médi-

cos de família?

Notou-se um aumento de pro-cura, mas não em números que se comparem aos países onde a téc-nica está amplamente implantada. Nota-se que tem sido mais em sítios onde se tem dado essa informação. Se não houver divulgação nos cen-tros de saúde para os utentes, even-tualmente, o problema continuará a existir.

Na especialidade de Urologia, a patalogia da próstata é a mais fre-quente. A litíase (‘pedras’ no apa-relho urinário) também é muito comum. A incontinência urinária começa a ser muito procurada, so-bretudo a feminina. Para além dis-so, há a patologia oncológica.

Os tumores mais comuns nos ór-gãos do aparelho urinário são, por

ordem de frequência, na próstata, na bexiga, no rim, nos testículos e no pénis. O facto de urinar com di-fi culdade não signifi ca que tenha um cancro na próstata. O facto de ter uma cólica renal não signifi -ca que tenha um problema grave no corpo. A incontinência urinária pode ser tratada, mas não há um técnica cem por cento efi caz.

“As Jornadas devem ser a par-te visível do que se faz no Serviço de Urologia. O objetivo não é fazer uma exibição de palestras (porque a teoria vem nos livros, nos tratados e até na internet) nem ensinar nin-guém; têm por objetivo dar três ou quatro tópicos práticos que sirvam para que os destinatários da men-sagem os possam utilizar no dia-a-dia e que sirvam para os profi ssio-nais passarem essa mensagem aos utentes. Os temas discutidos são os temas que o Serviço entende que são úteis para uma progressão dos médicos que assistem às Jornadas.

Houve, por exemplo, uma mesa para enfermeiros que foi muito útil. Os objetivos foram alcançados por-que as sessões tiveram um grande nível científi co. As conferências de abertura e de encerramento não ti-veram um objetivo prático, mas ti-veram mais um sentido fi losófi co e atual (como foi, por exemplo, o tema da sexualidade feminina). No-tou-se um grande entusiasmo e os objetivos foram largamente alcan-çados. Os temas mais motivadores da assistência terão sido, provavel-mente, a hiperostomia da próstata e a incontinênica urinária feminina.”

De uma forma mais geral, tenta-mos que os centros de saúde te-nham uma informação muito fá-cil para transmitir às pessoas. Por exemplo, no que diz respeito ao cancro prostático, que muitas ve-zes as pessoas confundem com hi-perplasia benigna da próstata. Atra-vés da divulgação junto dos médi-cos de família poupam-se consultas hospitalares. A vigilância da próstata e a vigilância da saúde do aparelho urinário, em geral, pode muito bem ser feita nos centros de saúde.

Jornadas ultrapassaram as expetativas

Informações úteis

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JUNHO2012 ESPECIAL ABRANTES 7

As Festas chegaram à cidade!

Abrantes volta a estar em festa. Apesar das contenções no orçamento, as propostas de animação são diversifi cadas, para chegar a todos os públicos. Há uma aposta na produção local, não só com artistas da terra, mas também convidando outros que, tendo laços com Abrantes, desenvolvem as suas atividades noutras cidades. As lojas devolutas do centro histórico vão ter uma nova vida nos dias das festas e nos Mourões vai recuperar-se uma tradição perdida há mais de uma década: o hipismo, com um concurso de saltos. O concerto da fadista Mariza será o ponto alto, mas é o conjunto de todas as atividades, culturais, desportivas e recreativas que faz as Festas 2012.

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JUNHO20128 ESPECIAL ABRANTES

MARIA DO CÉU ALBUQUERQUE, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE ABRANTES

“Queremos mostrar esta componente tão nossa, que nem sempre valorizamos”JOANA CARVALHO E HÁLIA COSTA SANTOS

A poucos dias das Festas da Ci-

dade, a presidente da Câmara de

Abrantes evidencia os aspetos posi-

tivos de um certame feito com con-

tenção. Para além da música, outros

artistas da terra animarão a cidade.

Apesar das limitações orçamentais,

em Abrantes há projetos que avan-

çam, como o Mercado Diário, por-

que são considerados essenciais.

Outros, como o MIAA, serão ape-

nas desenvolvidos em parte, pelo

menos por enquanto. Maria do Céu

Albuquerque não esconde preo-

cupação em relação ao futuro: “Se

houver um desinvestimento na

promoção da competitividade dos

territórios que estão em desvanta-

gem, podemos vir a ter, num curto

espaço de tempo, um país, de novo,

a duas velocidades”.

Qual foi a estratégia aplicada na

edição das festas?

Este ano optámos por umas fes-

tas mais pequenas, arrancando com o certame no dia da cidade, dia 14 de junho, quinta-feira, até domin-go. Entendemos que devíamos rea-lizar as festas com a prata da casa e fazer aquilo que chamámos made in Abrantes, com um especial enfoque na produção local. Com esta opção fi cámos a perceber que temos uma série de artistas não só musicais, como também plásticos, que não estão na cidade mas que são de cá, e que podiam ter um contributo espe-cial nas festas, como é o caso de Mar-ta Mariano que faz pintura, Bernardo Monteiro que é estilista, Alexandra Lisboa que é professora de Design.

Quanto ao artesanato vamos ter um modelo diferente dos anos ante-riores. Escolhemos um produto que são as rendas de Bilros de Peniche e vamos reuni-las em mostra. O arte-sanato urbano vai estar espalhado pelas ruas do centro histórico, já os artesãos locais vão estar no Merca-do Criativo. Vamos manter dois pal-cos, um na Praça da Câmara e outro na Praça Barão da Batalha, que vão ter concertos desfasados no tempo para que os visitantes circulem pela cidade e se divirtam.

As crianças também vão ser ani-madas pelos estudantes do Cur-so de Animação Sócio Cultural da EPDRA, na Praça João de Deus. Por sua vez, as tasquinhas e algu-ma animação popular, como o fol-

clore e os grupos de baile, vão estar no Jardim da República. As Associa-ções Juvenis vão ter a Praça Ramiro Guedes para aproveitar e marcar as

festas com a sua animação. Vamos fazer também um conjunto de

workshops, que vão acon-tecer nas lojas devolutas

da cidade, para mos-trarmos a poten-

cialidade destes espaços. Por

último, va-m o s

manter a prática desportiva. Com este modelo queremos mostrar esta componente tão nossa, que nem sempre valorizamos.

Um dos objetivos é trazer vi-

sitantes de fora às festas de

Abrantes. Como é que isso vai ser

conseguido?

O Concurso de Saltos dos Mourões vai ser uma grande atração a par-tir do dia 15 de junho. Temos mais de 200 inscrições para o concur-so, pessoas que vêm de fora e que vêm atraídas por esta tradição de Abrantes ligada ao cavalo, que esta-va adormecida e que nós recuperá-mos este ano. Também o concerto de âmbito internacional da fadista Mariza nos Mourões vai, certamen-te, atrair muitas pessoas às festas, à nossa região.

Como está o ponto de situação

de obra do Mercado Diário?

É uma obra difícil, devido à neces-sidade que houve de reforçar a es-trutura lateral que estava muito fra-gilizada. Já sentimos a necessida-de de aprovar uma prorrogação do prazo da obra, até ao próximo mês de setembro. Estamos bastante ex-pectantes pois este é um equipa-mento que vai fazer toda a diferen-ça. Primeiro porque o mercado vai voltar a ter condições de excelência, depois porque vamos ligar o Largo 1º de Maio ao centro histórico atra-vés deste edifício, o que vai possibi-litar uma maior afl uência de pessoas às ruas do comércio. No piso inferior vamos ter um welcome center, com a loja de turismo e um espaço am-plo para receber pessoas e fazer, por exemplo, provas de vinhos ou pro-

vas de outros produtos regionais. O piso intermédio fi ca como reserva, pode ser um espa-

ço para uma feira do livro ou utras iniciativas

do género. Já ao nível do varan-dim vamos ter os talhos, a peixaria, a fl orista entre outras lojas, com a pos-sibilidade de neste piso vermos tudo

acontecer dentro do mercado. Este é um equipamento que vai ter uma grande dinâmica no seu interior.

Qual é a atual situação do Mu-

seu Ibérico de Arqueologia e Arte

de Abrantes (MIIA)?

Estamos numa fase de reprogra-mação. O investimento global é de 14 milhões de euros e não existe neste momento a possibilidade de haver apoio comunitário para um montante desta natureza. O que va-mos fazer é lançar a intervenção de requalifi cação do Convento São Do-mingos. Assim, nesta primeira fase o museu vai funcionar neste edifício. Vamos ter em exposição o acervo do escultor Charters de Almeida, o espólio da pintora Maria Lucília Moi-ta e parte da coleção de arqueolo-gia da Fundação Estrada. Mais tarde avançaremos com a segunda fase, quando for oportuno.

E quanto ao Centro Histórico? É

um facto que as lojas continuam a

fechar, o comércio está envelheci-

do e pobre.

Desde o ano passado que não houve, a nível nacional, nenhuma intervenção no âmbito da regenera-ção urbana, pois não voltou a abrir qualquer possibilidade de nos can-didatarmos a um incentivo fi nancei-ro. Nós estamos a trabalhar no sen-tido de consolidar a estratégia que temos vindo a criar ao nível do co-mércio, da cultura, do urbanismo e da acessibilidade para que quando surgir o lançamento de um concur-so a fundos comunitários termos tudo preparado. Ainda assim esta-mos a ver se ao nível do programa “Jessica” (um programa com vista a apoiar a reabilitação das cidades e vilas através da mobilização de al-guns fundos comunitários, fi nancei-ros e de investidores privados para reabilitar o património construído) é possível termos brevemente no-vidades.

Com A23 portajadas a vida da

comunidade e do sector empre-

sarial tem sido prejudicada. O

que está a ser feito junto do po-

der central?

Conseguimos proteger a popu-lação de ter de pagar para circular dentro do seu próprio concelho. Os pórticos estão nas duas saídas de Abrantes porque nós nos pronun-ciámos sobre a sua colocação, as-sim como nos pronunciámos sobre

os preços que estão a ser aplicados, uma vez que nós estamos numa zona de desvantagem socioeconó-mica. É difícil saber que os cidadãos estão a passar difi culdades, como também é difícil saber que a A23 é um eixo estruturante por exemplo, ao nível hospitalar. O Governo deve-rá repensar esta situação, até porque as nossas estradas nacionais não es-tão preparadas para tal afl uência de trânsito.

A cidade desportiva comemorou

dez anos. O investimento feito jus-

tifi ca a afl uência de utilizadores?

Não há uma perceção correta do que acontece no espaço. Tenho pena! Pois divulgamos as iniciativas que vão decorrendo. Para além de todas as práticas regulares feitas pe-las associações nos diferentes cam-pos, na pista de atletismo e nas pis-cinas, há uma grande atividade por parte dos cidadãos, como também ao nível nacional e regional da par-te de atletas que escolhem a nossa cidade desportiva para ali fazer os seus estágios. A comunidade não tem noção destes números, mas são francamente positivos.

Se estivesse na autarquia de

Abrantes como presidente quan-

do o projeto da RPP solar foi apre-

sentado, teria procedido da mes-

ma forma?

Na altura, este projeto tinha todas as condições para ser efetuado com normalidade. Foi considerado um projeto de interesse nacional, tinha boas condições do ponto de vista do fi nanciamento da parte de fun-dos comunitários, a estratégia esta-va montada por entidades e pessoas bastante credíveis nesta matéria das energias. Nada fazia prever esta situ-ação, a Câmara e a Assembleia apro-varam este projeto sem qualquer problema. É evidente que desde há quatro anos a economia nacional e mundial sofreu alterações brutais e este projeto teve um conjunto de entraves que hoje não lhe permite ter a possibilidade de estar numa fase operacional. Neste momento, aquilo que sabemos é que o em-presário está a ter difi culdades com a banca, mas continua a trabalhar com instituições de créditos inter-nacionais. Não é fácil percebermos este atraso, contudo continuamos expectantes para que este processo seja retomado para alavancar a nos-sa economia regional.

“Temos que fazer uma gestão muito criteriosa, ao cêntimo”

• “Estamos a receber o mesmo valor que em 2005 e as exigências são muito maiores”

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jornaldeabrantes

JUNHO2012 ESPECIAL ABRANTES 9

Que informação é que tem sobre a

situação das empresas da região?

As empresas estão a passar por difi -culdades muito grandes, de acesso à banca. Nomeadamente as empresas de construção civil, porque o investi-mento público e privado não existe. Há necessidade de se encontrar no-vos mercados e outros negócios. Mas há empresas que já estão a trabalhar noutros projetos e à procura de no-vos mercados, mais emergentes. Em-bora a taxa de desemprego tenha su-bido em Abrantes, mas não ao nível da taxa nacional, não tem havido en-cerramentos de empresas que pro-voquem desemprego em Abrantes. Há é encerramentos noutros conce-lhos e o desemprego drena para aqui, como no caso da Deplhi. Ainda assim, há uma estabilidade, um conjunto de investimentos que estão a ser fei-tos, como é o caso da Mitsubishi que anunciou um investimento de 37 mi-lhões de euros, com duplicação de postos de trabalho. Também existem pequenas unidades empresariais que vão fazendo toda a diferença, como os nossos produtores locais que têm feito um trabalho excelente, que vão para o estrangeiro, que consolidam a sua estratégia e que certifi cam os seus produtos. Também há o auto-empre-go, como as 12 empresas que estão no Tecnopólo, que criaram 40 postos de trabalho e que no último ano tive-ram um volume de facturação de dois

milhões e meio. Este é o caminho de uma estratégia que tem que ser con-solidada.

Quais são as últimas informações

sobre a reorganização administrati-

va do território?

A perspectiva do diploma é que te-nhamos que fazer uma redução de 50% nas freguesias urbanas e 25% nas freguesias rurais. O assunto ainda não foi discutido em sede de Assembleia Municipal. Nessa altura vamos tomar uma posição, porque esta não é a nos-sa reforma, embora todos tenhamos perceção que os tempos são outros, as oportunidades são outras as difi cul-dades são outras.

A lei dos compromissos, imposta

pelo Governo, dá-lhe uma sensação

de frustração?

Preocupa-me muito porque é como ir de comboio e, a meio do trajeto, o maquinista decide que não vamos para ali mas vamos para outro sítio qualquer. É preocupante mudar as re-gras a meio do jogo. Não só a lei dos compromissos, mas outros instru-

mentos que limitam muito a interven-ção municipal. Só no ano que passou, foi-nos retirado um milhão e 200 mil euros. Estamos a receber o mesmo va-lor que em 2005 e as exigências são muito maiores, a todos os níveis. E isto é um constrangimento muito grande. A lei dos compromissos é o corolário das difi culdades. Vai impossibilitar de se fazer o que quer que seja, a não ser gestão corrente. Por exemplo, para fa-zer um passeio ou pintar passadeiras, as difi culdades vão ser muito grandes.

Estou muito preocupada porque não consigo perceber como é que vamos fazer a gestão municipal com estas re-gras. Sabemos que a intenção do Go-verno é esvaziar as competências das autarquias passando para as Comu-nidades Intermunicipais essa gestão. Resta saber até que ponto isto é um benefício para os nossos cidadãos. Te-mos que avaliar esta situação com mui-ta cautela, olhando para as contingên-cias e para as oportunidades, no sen-tido de que o modelo aprovado pelo Governo possa corresponder àquilo que todos aspiramos, que é ter um ter-ritório nacional coeso do ponto de vis-ta territorial e social. Se houver um de-sinvestimento na promoção da com-petitividade dos territórios que estão em desvantagem, podemos vir a ter, num curto espaço de tempo, um país, de novo, a duas velocidades: o que se desenvolve nas áreas metropolitanas e o que fi ca aqui a pedalar em seco.

Neste contexto, é difícil explicar às

pessoas as opções que são feitas?

É muito difícil. As pessoas não perce-bem esta difi culdade. O ciclo das infra-estruturas está acabado. Hoje as ações têm que ser mais imateriais, mas estas acções não são apreendidas da mes-ma maneira pelos cidadãos. Por outro lado, ao nível das infraestruturas ainda falta fazer muita coisa. Temos que fazer uma gestão muito criteriosa, ao cênti-mo, no sentido de tirar o máximo parti-do dos instrumentos fi nanceiros a fun-do perdido e, por outro lado, fazer uma gestão das receitas próprias, no senti-do de apoiar as Juntas de Freguesia e os movimentos associativos, mas sem-pre com esta contingência de poupar para fazer face à componente nacional.

“O Concurso de Saltos dos Mourões vai ser uma grande atração”

“As pessoas têm reagido muito bem à Rota do Tejo. Estão muito satisfeitas e apropriaram-se do espaço. Estamos a instalar 40 pesqueiros, o que é uma mais-valia para as pessoas. Recente-mente houve um acampamento do movimento escuteiro e um campeo-nato distrital de canoagem. Choveu imenso e as pessoas perceberam para que serve a pala. O que nos falta con-cluir é o Centro de Interpretação do Tejo, que será um espaço polivalente, onde se poderá pernoitar (em alber-gue ou com tenda). Terá um conjunto

de equipamentos interativos que per-mitirão conhecer o Tejo desde a nas-cente até à foz, assim como será um espaço para desenvolvimento de pro-jetos de sensibilização ambiental. No Tramagal já concluímos o Miradou-ro e o Cais. Na margem sul vamos fa-zer a ligação a Santa Margarida, com caminhos sempre pedonais, para de-pois se chegar a Constância e a Vila Nova da Barquinha. Entre o Rossio e o Tramagal existe um caminho ao lado do caminho de ferro. Estamos a tra-balhar com a Refer, no sentido de lim-

parmos limpar, para se poder fazer o percurso até ao Aquapolis. A montan-te do Rossio, existe uma obra que está em fase de lançamento de emprei-tada, que é a reabilitação da estação de canoagem de Alvega. Já reabilitá-mos o Cais de Acostagem de Rio de Moinhos, que foi muito bem acolhi-do, embora seja uma obra moderna de arquitetura, que tem algumas vo-zes mais críticas. A grande difi culda-de que estamos a ter é a de negociar com os privados que têm os terrenos por onde esta rota passa.”

Rota do Tejo continua em desenvolvimento

• “O mercado vai voltar a ter condições de excelência”

“Temos que estar preparados para situações de maior vulnera-bilidade em que seja necessário dar o peixe, mas aquilo que nós queremos é dar a cana. Para além de termos que ter respostas ime-diatas para ajudar as pessoas te-mos que arranjar estratégias de acompanhamento para que as pessoas não fi quem dependen-tes dessa situação. E isto é funda-mental para fazermos a inclusão social. Se não, estamos a fazer de-pendências, que não queremos.

Existem no nosso território ins-tituições que fazem um trabalho meritório. Por exemplo, o Banco Alimentar que fornece os alimen-tos para serem confecionados. A Junta de Freguesia de Alferrarede dá frescos a quem precisar, du-rante algum tempo. As Comis-sões Sociais de Freguesia estão a detetar estas situações e ime-diatamente a ajudar, quem pre-

cisar, através destas iniciativas. A Associação Vidas Cruzadas tem uma Loja Social que nós estamos a apoiar para chegar a mais pes-soas do concelho.

No âmbito do projecto do Ban-co Social, que temos com o CRIA, as empresas podem disponibili-zar recursos para serem distribuí-dos às pessoas que estão em situ-ação de fl agelo. Temos também em vigor um conjunto de inicia-tivas em que fazemos aquisição de medicamentos, pagamentos de rendas, transporte de doentes para tratamentos. Aquilo que nos propomos fazer é a atribuição de um incentivo ou de um apoio, acompanhado, que seja retirado quando as pessoas voltam a ter a sua autonomia. Para lhes mostrar que há um caminho e esperança, que têm que ser construídos com eles e connosco.”

Por proposta da Câmara Mu-nicipal de Abrantes, foram atri-buídas sete Medalhas de Hon-ra da Cidade. Com a medalha de grau prata foram reconhe-cidos os Bombeiros Municipais de Abrantes e a cidade france-sa de Parthenay, geminada com Abrantes há já quase 20 anos. A autarquia propôs ainda a atribui-ção de cinco medalhas de bron-ze dourado, duas delas a título póstumo.

Sobre os Bombeiros Munici-pais, na sua proposta de atri-buição da medalha, o executivo camarário sublinhou que “não é necessário realçar a importân-cia do serviço que prestam, seja no combate ao fogo urbano ou fl orestal, seja na assistência a si-nistros rodoviários, ou na con-dução do doentes”. Quanto à ci-dade de Parthenay, a Câmara de Abrantes destaca “a fraternidade desenvolvida diretamente entre pessoas e famílias das duas cida-des”.

Luís Fernando de Almeida Ve-lho Bairrão, engenheiro agró-nomo que nasceu e sempre vi-veu no Tramagal, foi distinguido a título póstumo. Para além de ser um “homem bom, de sorri-

so aberto” e “cidadão exemplar”, teve uma intensa participação social e cívica e foi vereador na Câmara de Abrantes durante toda a década de 60. Também a título póstumo foi reconhecida a fi gura de José Joaquim Brites Vasco, nascido nos Andreus, Sar-doal. Foi médico em Abrantes desde 1955, exercendo a sua profi ssão “com uma solidarieda-de discreta e silenciosa para com todos os que dele precisavam”.

Apesar de estar consciente de que a atividade política é, por vezes, controversa, a atual autar-quia abrantina entendeu atribuir a medalha de bronze dourada a Nélson Augusto Marques de Carvalho, que foi seu presiden-te entre 1994 e 2009. Durante os seus mandatos “foram levadas a efeito realizações de qualifi ca-ção e reestruturação de espaços, equipamentos e serviços de tal modo importantes e signifi cati-vos que deles vão benefi ciar os munícipes durante várias déca-das”. Por isso, o atual executivo camarário entendeu ser “justo” manifestar ao ex-autarca o reco-nhecimento público do seu tra-balho.

Também com a medalha de

Câmara atenta às difi culdades sociais

Sete medalhas para distinguir o que é exemplar

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JUNHO201210 ESPECIAL ABRANTES

Desde há muito tempo que a Paste-

laria Tágide faz sucesso na região e

no país. Muitas são as pessoas que

procuram este templo dos doces

que é conhecido pelos métodos tra-

dicionais que ainda utiliza.

Nasceu no ano de 1981, a 17 de ja-neiro, nas antigas padarias rossien-ses. Em 1988 mudou de espaço e ganhou uma nova dinâmica, mais própria e mais exclusiva. Hoje está sediada no centro da freguesia do Rossio ao Sul do Tejo.

Tudo o que é confecionado na Pastelaria Tágide é feito de forma tradicional. Fernando Correia, um dos responsáveis pelo espaço, ex-plica: “Utilizamos ovo de casca, não utilizamos os chamados mix. Ou seja, muitas vezes, ao provarmos um pastel de nata ou outro bolo com recheio, tudo nos parece idên-tico em termos de sabor, porque de facto o recheio é igual. Na Tágide, isto não acontece, cada bolo tem

a sua própria confeção e maneira de fazer. Tudo é elaborado de raiz, há uma transformação constante,

utiliza-se a farinha, o açúcar, o sal, amassa-se a massa, junta-se a man-teiga, faz-se o folhado. Enfi m, há um

trabalho acrescido, mas o sabor no fi m, é inconfundível”.

A Pastelaria Tágide é sobretudo conhecida pela palha de Abrantes, pelas tigeladas, pelos molatos, pe-las castanhas doces, pelas broas de mel e de nozes e pelas limas. Doces tradicionais e conventuais que já fo-ram destacados com os mais varia-dos prémios nacionais e regionais.

Fernando Correia admite que há uma forte concorrência na região, mas a estratégia da Tágide não pas-sa pela competição. “Não podemos competir pois fazemos um produ-to tradicional que aumenta o valor do nosso produto. Assim aposta-mos na qualidade e temos feito su-cesso. Temos um acordo com o Tu-rismo de Portugal e com o Inatel o que nos permite receber uma série de visitantes na pastelaria. Realiza-mos imensos workshops, onde ex-plicamos o processo dos doces e confecionamos ao vivo para quem nos visita.”

A Tágide é a única pastelaria que representa o concelho de Abrantes nas feiras de doçaria que aconte-cem pelo país. Já quanto aos clien-tes, estes aparecem de várias re-giões à procura sobretudo das es-pecialidades da casa: as tigelas e a palha de Abrantes.

Já alcançados e expostos nas pa-redes da pastelaria estão alguns prémios e distinções alcançadas. “Temos os primeiros prémios em todas as categorias: tigeladas, palha de Abrantes, castanhadas doces, etc. Recebemos o 1º lugar de doça-ria conventual que foi conseguido na FIL em Lisboa, onde a Pastelaria Tágide representou da melhor for-ma a região.”

Como objetivo futuro, Fernando Correia gostava de construir uma loja gourmet dedicada à doçaria, “fazer outros doces, que não são ain-da confecionados na região e certa-mente que seriam um atração”.

Joana Margarida Carvalho

PASTELARIA TÁGIDE

A rainha das Tigeladas e da Palha de Abrantes

Foi em 1976 que os Gelados do Lis chegaram a Abrantes, pela mão de Paulo Dias e da sua esposa. A dedi-cação à confeção de gelados natu-rais começou em África. Durante 24 anos Paulo Dias trabalhou no ramo da gelataria no continente africano e a vontade perdurou até chegar à ci-dade de Abrantes, onde deu conti-nuidade a um “bichinho” que ainda hoje persiste.

A maneira como confeciona os ge-lados é algo que mantém em segre-do absoluto, mas é no conceito “na-tural” que está a essência do seu tra-balho. Todos os gelados feitos no Paulo Dias provêm das frutas e de produtos naturais, sem os tais “pozi-nhos” como o gelateiro lhes chama, ou seja, sem os corantes e conser-vantes faz-se um “produto de quali-dade”.

Paulo Dias disse ao JA que quan-do iniciou o negócio da gelataria no

centro histórico de Abrantes muitas pessoas desacreditaram o projeto. “É curioso que recebi algumas críticas na altura, mas também é um facto que, pouco tempo depois da aber-tura, a fi la para os gelados enchia a casa e a rua. Hoje estou certo que o que fi z e as opções que tomei foram as melhores para o negócio e para a minha família.”

Quando pensamos em gelados, a palavra Lis surge automaticamente, mas se o “Senhor” Paulo Dias é co-nhecido por fazer saborosos gela-dos, também é famoso pelos seus croissants de chocolate, amêndoa e ovo, batidos de chocolate, morango e baunilha, tostas, torradas e alguns doces.

Atualmente, Paulo Dias está com 78 anos e gostava de passar a alguém o segredo de fazer bons gelados, mas ainda não surgiu uma pessoa que dê continuidade ao seu projeto. Segun-

do o gelateiro, “é necessário alguns requisitos, mas para aprender a fazer um produto de qualidade, natural e tradicional é um processo rápido e acessível”.

Durante alguns meses a casa do Lis esteve fechada, mas não encer-rou portas. Paulo Dias explica que, “como a idade já pesa, o espaço vai apenas manter-se apenas aberto du-rante o período mais quente do ano”, de maio a setembro, para já até às 20h00, prolongando esta hora nos meses de verão. “É fantástico estar aqui e ver chegar para lanchar, ou mesmo à noite, grupos e grupos de jovens à procura dos meus gelados, dos meus batidos e croissants. Esta casa é procurada por muita gente que vem de todo o lado, mas são os jovens que me dão força e vontade para dar continuidade um projeto tão meu, tão especial.”

JMC

GELADOS DO LIS

O bom sabor daquilo que é natural

Curiosidade - O nome “Lis” surge do Brasão de Abrantes. Pau-

lo Dias explica: “Na altura, quando abri a casa, não sabia como a chamar. Então desafi ei os abrantinos a sugerirem-me diversos no-mes. Quando a palavra “Lis” chegou na caixa do correio, a pessoa não se identifi cou na carta, mas explicava: o Brasão de Abrantes tem o Pelicano, os Corvos e a Flor do Lis. Quanto aos corvos, ha-via um conjunto que eram os Corvos, o Pelicano era uma casa de restauração e apenas sobrava a Flor do Lis. Um nome simples, mas que se adaptava perfeitamente ao meu espaço.”

• ??????

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JUNHO2012 ESPECIAL ABRANTES 11

Calor e preguiça,

sede e sombra, quatro fontes em Abrantes

Chega o calor e chega a vontade de espreguiçar. Seja para almoçar, jantar, beber um copo, afastar o stress do trabalho, enxotar a rotina, Abrantes oferece uma grande variedade de locais onde pode fazer tudo isso. Com o verão à porta, já a espreitar pela fechadura, apresentamos quatro sugestões, em que história,

paisagem, inovação, modernidade e diversão se bronzeiam ao sol abrantino. Saia de casa

e arranje alguma coisa para festejar, até porque de festejos temos visto muito

pouco. Pode ser que com o Euro venhamos a festejar

CHAVE D’OUROO centro da história Abrantina

Todas as cidades têm um ponto de encontro emblemático em forma de café, estabele-cimento. Arriscamos sem grande possibilidade de erro que para os abrantinos esse seja o Chave d’Ouro, a matar a sede da cidade desde 1934, na Praça Barão da Batalha. Hoje são Filipe Gomes e Telma Dias à frente da casa, mas antes já o pai de Filipe, Lúcio Gomes, fora empregado desde a inauguração e dono a partir de 1960.

Filipe viu as modas mudarem, a praça mudar, a economia local mudar e mantém-se de pedra e cal. Outrora restaurante, o espaço é hoje local de romaria para várias gerações, que mudam ao longo do dia. A esplanada é ponto privilegiado para a observação da vida cita-dina, dos seus ritmos e pessoas. Durante anos conviveu com a rodoviária, a escassos cem metros de distância, os serviços sociais, comércio forte e o Regime de Infantaria. Hoje os tempos mudaram e há uma escola superior e muitas pessoas que continuam a fazer do Chave d’Ouro a sua preferência. Ao fi m da tarde e de noite é normal encontrar o es-paço repleto de clientes, transbordando mesmo para o meio da Praça, as pessoas e as conversas.

Para Filipe, Telma é “fabulosa com as pessoas, uma RP, eu sou mais prático”. Está em causa também quem gere o espaço, as suas personalidades, “vem cá muita gente que diz sentir-se em casa”. O Chave d’Ouro abre às “10, 11h” e fecha às 2 da manhã. Sugerimos uma boa mini, imperial, cidra, bem fresquinhas, um espreguiçar na esplanada e conversa animada. A experimentar também as tostas de cogu-melos e frango, os salgados caseiros e, “embora não sejamos uma casa muito vocacionada para petiscos, arranja-se sempre alguma coisa”. Com o Euro à por-ta, é um excelente spot para ver a nossa seleção.

AQUAPOLIS CERVEJARIA Espaço completo, diversão garantida

Situado no Parque Urbano e Ribeirinho de Abrantes, in-tervenção que requalifi cou e reabilitou as duas margens do Tejo junto à encosta sul da cidade de Abrantes, em que o ele-mento principal é o Açude Insufl ável que criou a enorme albu-feira artifi cial, a Aquapolis Cervejaria é sinónimo de constante movi-mento. Desde logo porque as instalações modernas e amplas o permi-tem e depois pelo engenho empresarial de Carlos Catarino, que ali encontrou o espaço ideal para as suas ideias, ele que é um DJ conhecido em toda a região.

A cervejaria é restaurante, almoços com menus diários de 2ª a 6ª feira e menu a la carte aos fi ns-de-semana e jantares, mas também bar com música ao vivo e esplanada. Por este espaço passaram recentemente o incontornável Herman José, Ricardo Oliveira (2ª classifi -cado da Voz de Portugal), David Antunes, músico que marca presença no programa 5 para a Meia Noite da RTP1 ao lado do apresentador Pedro Fernandes, também ele presença as-sídua nas noites da Aquapolis ou Pedro Dyonysyo.

A Aquapolis é o local certo para as datas especiais ao longo do ano, com noites temáticas seja no Carnaval, no dia dos Namorados ou outras celebrações. A versatilidade do espaço e a imaginação da gerência juntam a tudo isto festas da espuma, karaoke, concertos Bas-ta estar atento à programação e aos menus diários. E não é todos os dias que se pode ir à praia em Abrantes, nem que seja apenas para beber um café ou uma cerveja fresca na esplanada a dar para o areal. A qualquer hora do dia, ou noite dentro, a diversão é certa.

REPÚBLICACome, bebe, saboreia,

degusta, sente, gostaO Quiosque República foi inaugurado este ano, no dia

da celebração da liberdade, 25 de Abril, e é lugar infalível para encontrar frescura e descontracção em plena cidade Pau-

lo Passos, designer gráfi co, e Gisela Patornilo, empresária, cria-ram um espaço que tem muito de ambos, das vivências, viagens e

amigos. Um quiosque antigo, com esplanada, na praça emblemática com o mesmo nome vestiu-se de frases, palavras, um design moderno, no

interior e no exterior, com cores leves e sóbrias, o ponto de encontro para as viagens de sabor que ali pode iniciar.

Ficam as nossas sugestões: quando lhe apetecer, dê um assomo de frescura e sabor ao seu dia com a “República Matinal”, milho em fl ocos com iogurte natural e frutas frescas. Experimente as Tartines, seja a de Atum à Moda Alentejana, de Presunto, ou outra suges-tão deliciosa, entre outras, criada por Paulo e Gisela, Pão da Terra Torrado com Presunto, Queijo Búfala, Maçã e Alface.

Não esqueça a bebida e aí o destaque vai para a Alegria de Frutos Vermelhos, uma frescu-ra de sabor campestre. Há muito mais para saborear no República: a calma, o relaxar depois de um dia de trabalho, um copo de vinho da região, uma cerveja fresca, música de qualida-de em volume lounge, no fundo um local onde seja lendo o jornal, saboreando as Tartines, as tábuas de queijos, compotas e enchidos. Conversando ou estando simplesmente em si-lêncio, tem todas as razões para se sentir com tempo.

ALCAIDE Sente-se e aprecie a paisagem

É difícil encontrar espaço mais prendado com uma panorâmica tão ampla na região. Na encosta norte de Abrantes, junto ao castelo, um prédio construído de raiz para o propósi-to da restauração é onde o bar cafetaria alcaide se estabeleceu. Manuel Serra, de 57 anos, é quem gere o espaço atualmente. Juntamente com Patrícia, começou como funcionário, logo na abertura do Alcaide, em Abril de 2006.

Há cerca de um mês à frente do Alcaide, Manuel Silva fala pausada e serenamente, em tom baixo, quiçá feitios inculcados pelo bar que conhece desde o início. Ou reinício. É que antes da construção do atual edifício já o antigo, que há largos anos havia sido construído, servia de residência e taberna. Foi, aliás, aproveitando o velho alvará de taberna que o Al-caide nasceu. Muita coisa mudou, menos a vista, porque os olhos também comem e be-bem.

O Alcaide tem dois andares, rés-do-chão e 1º andar, ambos com esplanada, e um pequeno jardim, muito cuidado, tudo isto debruçado sobre o imenso vale

norte, na encosta do castelo. A decoração lembra os pubs mais tradi-cionais, os bares irlandeses e, ao dispor do cliente, Manuel Serra

tem uma grande seleção de cerveja importada, da qual destaca a Gulden Draak, cerveja preta belga que em 1998 foi conside-

rada a mais saborosa do mundo, ou a La Trappe Quadrupel, uma cerveja que não tem prazo de validade, engarrafa-

da e datada de acordo com o ano de envase. Em ambos os andares do alcaide há balcão. Nunca fi cará de estômago a abanar e o pouco tempo que terá de esperar pode sempre gastá-lo a olhar para os muitos quilómetros de paisagem e céu entrecorta-do, com a beleza a mudar com as estações.

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JUNHO201212 ESPECIAL ABRANTES

Abrantes retoma, este ano, uma tra-

dição perdida há mais de uma dé-

cada: o concurso hípico volta ao rel-

vado do Rossio ao Sul do Tejo, nos

Mourões.

Esta prova de saltos a cavalo com obstáculos, que decorre no âmbito das Festas de Abrantes 2012, mais concretamente no dia 15, faz par-te do calendário nacional das pro-vas de hipismo. A procura “tem sido enorme”, esperando-se que o nú-mero máximo de cavaleiros que po-dem apresentar-se a concurso – 200 – seja alcançado.

Manuel Valamatos, vereador do Desporto da Câmara Municipal de Abrantes, recorda que o hipismo é uma “atividade desportiva com muita tradição e com muito enrai-zamento” no concelho. “A grande maioria das pessoas de Abrantes acaba por ter uma grande ligação de afetividade com o concurso hí-pico no hipódromo dos Mourões. É um palco privilegiado porque toda a gente que passa na ponte vê um magnífi co cenário de cor, com a

questão dos cavalos.” Para além da vontade de trazer, de

novo, o hipismo para Abrantes, a au-tarquia desenvolveu todos os esfor-ços para fazer coincidir este regres-so com os dias das festas do conce-lho. Esta coincidência temporal faz

com que o evento seja duplamen-te interessante: do ponto de vista desportivo e do ponto de vista eco-nómico. Manuel Valamatos adian-ta que a participação de dezenas de cavaleiros e seus acompanhan-tes vai “agitar a nossa comunidade,

nomeadamente a restauração e os hóteis”. Por outro lado, os laços que a comunidade abrantina tem com o hipismo e o cenário privilegiado onde tudo vai acontecer também introduzem elementos que apon-tam para o sucesso da iniciativa. “O

hipismo vai seguramente ajudar a potenciar e é uma mais-valia para as festas, do ponto de vista da par-ticipação.”

O facto de as provas se realizarem no âmbito das Festas de Abrantes 2012 implica algumas difi culdades acrescidas em termos de logística, mas a opção de recuperar o hipis-mo, com notoriedade, acaba por compensar o esforço. O vereador do Desporto aproveita para lançar um desafi o aos abrantinos: “Toda a comunidade tem que ser envol-ver de forma empenhada para aju-dar a que seja um evento de gran-de sucesso, para que consigamos dar este arranque de trazer outra vez o hipismo para Abrantes, com a qualidade que nós desejamos, valorizando o evento e o seu valor do ponto de vista competitivo.” Se tudo correr como se espera, a inter-nacionalização da prova pode ser o caminho a seguir. “Estamos mui-to felizes por este movimento está a acontecer” - remata Manuel Vala-matos.

Hália Costa Santos

Marta Mariano,

pintura e design

Saiu de Abrantes em 1998, com destino a Lisboa, para estudar. Hoje trabalha em Sintra, mas a cidade onde passou toda a primeira parte da sua vida continua muito presente, não só porque cá os pais aqui vivem, como tam-bém porque a região inspi-ra boa parte do seu trabalho. Marta Mariano é pintora e de-signer gráfi ca.

Nas Festas de Abrantes 2012, Marta Mariano vai ser uma das artistas que vai po-der ‘ocupar’ uma das lojas devolutas da cidade. Durante os dias do certame, o espaço que em tempos albergou a loja Maria Jasmim vai ter dois quadros de 1,50m por 1,20m e cerca de 20 aguarelas des-ta artista abrantina. A exposi-ção venda intitula-se “Voar” e, por isso, os pássaros são uma constante nos trabalhos apre-sentados.

Marta Mariano está entu-siasmada com esta participa-ção nas festas da cidade que a viu crescer. Sempre partici-pou no certame, mas como elemento do público. Agora está do outro lado e acha “es-petacular”. O espaço onde vai expor agrada-lhe imenso e, naturalmente, espera “vender tudo”. Para além dos pássaros, Abrantes é também tema dos seus trabalhos. “As cores, as le-zírias e os telhados da região” inspiram a sua obra.

Joana Borda de Água expli-ca, na nota introdutória da exposição, que os trabalhos de Marta Mariano se carate-rizam por “pinceladas fortes e multicolores, numa intensa carga simbólica dos elemen-tos”. Acrescenta que a artista mostra de forma pictórica e irreverente, a sua visão da re-gião de Abrantes. “As tramas e as cores vibrantes são ele-mentos essenciais numa obra em que, sem pretensões, pro-

cura provocar no observador as mais diversas sensações provenientes da aliança entre a pintura e o design gráfi co”.

Xana Lisboa, joalharia

Tem apelido de capital, mas considera-se abrantina. Xana Lisboa cresceu em Abrantes até aos 17 anos e continua a visitar esta terra, onde os pais vivem. Por altura das festas deste ano regressará de for-ma diferente. Apesar de con-tar já com 30 anos de carrei-ra na área da joalharia, nunca tinha exposto em Abrantes. Por isso, quando recebeu o convite para, durante os dias da festa, expor o seu trabalho e fazer um workshop - “Um anel à minha medida” - fi cou “muito contente”.

No edifício Milho, Xana Lis-boa vai poder mostrar o seu trabalho à comunidade que a viu crescer. A artista vai mos-trar duas linhas do seu traba-lho. Trata-se de “joalharia con-

temporânea em que a única coisa clássica são as técnicas, como a manipulação do me-tal”. O material que usa prefe-rencialmente é a prata. Fora disso, só a folha de ouro. “São os materiais que resultam”, explica Xana Lisboa, adian-tando que é preciso contra-

riar a ideia de que as joias só o são se predonimar o ouro, com diamantes ou brilhantes.

Xana Lisboa, que é também professora de Joalharia na Es-cola António Arroio, em Lis-boa, sabe que as suas opções estéticas, com “linhas e ângu-los muito contundentes”, po-

dem não ser fáceis de assi-milar. A opção de expor em Abrantes é reconhecimento de uma carreira que fez “sem-pre em ateliê próprio, partici-pando em exposições e con-cursos” e que já atingiu o pa-tamar internacional.

HCS

Hipismo regressa aos Mourões com concurso de saltos

Duas artistas abrantinas, duas gerações de trabalho contemporâneo

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jornaldeabrantes

JUNHO2012 ESPECIAL ABRANTES 13

A banda Hollow Page começou a

sua vida artística em Abrantes ape-

nas há um ano. São cinco ‘miúdos’,

de 17 e 18 anos, que estudam na

Solano de Abreu.

Não tiveram formação musical, mas estão já a entrar em força no mundo do espetáculo. Só ao longo do ano passado, deram cerca de 100 concertos. Abrantes está a ser a reta de lançamento desta banda de rock comercial, descoberta por outro jo-vem: Ricardo Barra, 24 anos, mana-ger e treinador de futebol.

Ricardo Barra explica que tudo co-meçou numa festa de fi nalistas. Ou-viu o grupo a tocar e decidiu lançá-los no mundo da música mais a sé-rio. Vão tocar nas Festas de Abrantes e, para julho, está já agendada a gra-vação do primeiro cd, com originais, mas também com ‘covers’. A “musi-calidade” da banda, o facto de se-rem como uma família e a capacida-de de agradarem a diferentes tipos de públicos e gerações foram os in-gredientes que chamaram a aten-ção de Ricardo Barra.

Em palco, os Hollow Page apresen-tam-se de camisa e gravata. O visu-al pode surpreender, até pela ida-de dos músicos. Ricardo Barra expli-ca que se trata de uma imagem de marca, mas não só: “É uma questão de respeito para quem os contrata e para quem os ouve”. Outro aspeto que o manager faz questão de expli-car, é que nenhum dos jovens fuma. E em palco não bebem, ao contrário do que acontece com outras bandas.

Abrantes foi a cidade que viu nas-cer e crescer os Hollow Page, mas a banda já deu o salto para outros sítios, sem perder a ligação à ter-ra. Santarém e algumas zonas do

Alentejo fazem já parte do circui-to de atuações, mas a presença em Abrantes está garantida, nomeada-mente nas festas. O próximo ano vai ser marcado por presenças em festivais de música. “Vamos entrar em grande” nesse mundo, garan-

te Ricardo Barra. Para isso, a banda e o manager contam com a ajuda de um agente, RBL Produções, que acreditou no valor do grupo.

Bem mais conhecidos, até pelo percurso que já fi zeram, os The Ka-viar voltam a subir ao palco em Abrantes, a terra onde se juntaram e onde ensaiam. Humberto Felício, vocalista, explica a importância de assumir as origens da banda: “Quem

conhece os The Kaviar sabe que so-mos de Abrantes porque sempre evidenciámos esse facto. Nos press releases referimos sempre que so-mos de Abrantes. Ser de Abrantes faz parte da nossa identidade. Fi-zemos questão que o videoclip do primeiro single fosse gravado em Abrantes, com imagens de cá.”

Apesar das fortes ligações à região e de já ser possível resolver muitos assuntos por telefone ou via inter-net, Humberto Felício reconhece que frequentemente a banda tem que se deslocar a Lisboa ou ao Porto, porque é lá que estão as empresas, das agências e das salas de espetá-culo. Mesmo assim, as grandes cida-des não têm tudo: “A nossa localiza-ção tem vantagens, temos uma sala de ensaios emprestada como muito poucas bandas têm. Em Lisboa não teríamos. E temos outra facilidade que eu não vejo noutras cidades, que é ter a família e os amigos por perto.”

Talvez pela forte ligação à ter-

ra, Humberto Felício diz que “tocar em Abrantes é completamente di-ferente”. E acrescenta: “O público de Abrantes é o nosso melhor pú-blico.” Os membros da banda têm “todo o orgulho em dizer que são de Abrantes”, porque se sentem apoia-dos pela terra, pelas pessoas, pelas entidades (como a Câmara Munici-pal), pelos jornais e pelas rádios.

Quanto ao nível da produção mu-sical na região, Humberto Felício diz que há, de facto, projetos, mas de-pois não se vê tanta promoção. “O disco é o primeiro cartão de visita, mas é preciso correr o país e o mun-do para fazer a promoção. Aí é que falta dar o passo. Nós estamos a ten-tar. Temos um EP e um álbum, com dois singles que passam na rádio. Te-mos um videoclip que nos ajudou a chegar mais longe.” O vocalista dos The Kaviar defende que “tocar só no concelho e uma vez ou outra fora do concelho, não chega”. No mo-mento em que se tenta internacio-

nalizar a banda – “o que não é fácil” – Humberto Felício, reafi rma a dis-ponibilidade “para fazer uma trans-ferência de conhecimento” para ou-tras bandas, come menos experiên-cia, ajudando-as a fazer um percurso que nem sempre é fácil. “Porque nós também tivemos essa ajuda”.

Com um registo musical bem dife-rente, o Grupo Musical FM vai fazen-do o seu percurso. Enquanto duo, existe há cerca de vinte anos. Fer-nando Forte e Manuel Luís conhe-ceram-se na Bosch, onde ambos tra-balhavam. O primeiro é de Abrantes e o segundo do Sardoal. Na região e noutras localidades têm espetá-culos para diversos gostos. Manuel Luís explica que têm um “reportó-rio para festas de arraial, música por-tuguesa bem variada e também o pimba”. Depois, para outras ocasi-ões, “têm ainda a música de baile, de salão e ambiente”.

Antigamente, entre março e outu-bro, o Grupo Musical FM tinha dois a três concertos por mês. Agora, na época de verão, há menos pedidos “e as pessoas querem pagar menos”. Para além desta faceta mais profi s-sional – embora nenhum dos dois viva exclusivamente da música – este duo tem a particularidade de estar disponível para fazer espetácu-los de solidariedade, como tem vin-do a fazer, em instituições como a Santa Casa da Misericórdia e o CRIA.

A propósito da forma como o pú-blico reage ao Grupo Musical FM, Manuel Luís não consegue fazer distinções: “Somos acarinhados de igual forma, dentro e fora da região, porque quando nos chamam para atuar é porque já nos conhecem. Fa-cilmente conquistamos as pessoas.”

Hália Costa Santos

Para além da Grande Fes-ta Nacional de Cavaleiros de Obstáculos (ver texto da pág. Xx), organizada pela Alubox, outras actividades desportivas marcam pre-sença nas Festas de Abrantes 2012. No dia de abertura das Festas, 14 de Junho, a par-tir das 10h00, no Aquapolis (margem norte), vão realizar-se torneios de futebol, volei-bol e rugby de praia.

A partir das 14h00, no Cen-tro Histórico, decorrerá o Grande Prémio Carrinhos de Rolamentos, um dos eventos

com grande afl uência de par-ticipantes e público. A orga-nização é da Associação Ju-venil “Abrangente” e os carri-nhos podem ser de qualquer formato e construídos em qualquer tipo de material.

No dia 16, a manhã come-ça com a realização do Fes-tival de Canoagem, organi-zado pela Casa do Povo de Alvega. O objetivo é desa-fi ar todos os participantes à aventura aquática disfru-tando das paisagens que la-deiam o Rio Tejo, num per-curso magnífi co, com início

na Marambana (Barragem de Belver) e terminando na Estação de Canoagem de Alvega/ Mouriscas.

A partir das 15h00, no Aquapolis norte, decorre a V Águas Abertas, com organi-zação da Associação de Na-tação do Distrito de Santa-rém, seguida, às 17h00, na margem sul do Tejo, de uma Caça ao Pato, uma atividade com grande tradição no Ros-sio ao Sul do Tejo. Todos os anos são largados patos no rio com o objetivo dos parti-cipantes os apanharem.

Durante o dia, no Centro Histórico, há lugar para adre-nalina, com o Downhill Urba-no. A pedalar desde o Parque Radical (junto ao castelo da Cidade) até ao Largo do Cha-fariz, os concorrentes percor-rem cerca de 1 km descendo a toda a velocidade. Cruzam escadas, ruas íngremes e be-cos estreitos do Centro His-tórico. Durante o percurso estarão preparados alguns obstáculos dando ainda mais espetacularidade às mano-bras com bicicletas todo o terreno. A prova está aberta

à participação de todos. No dia 17, às 14h00, nos

Claustros do Convento de S. Domingos, decorre um Tor-neio de Xadrez, organiza-do pelo Sporting Clube de Abrantes Á mesma hora, mas no Jardim da República, rea-

liza-se um Torneio de Sue-ca, dinamizado pelo Núcleo Sportinguista de Alferrarede.

As inscrições para as diver-sas modalidades podem ser feitas em www.desporto.cm-abrantes.pt/

Música da região para todos os gostos

FESTAS DE ABRANTES

Atividades Desportivas

“O público de Abrantes é o nosso melhor público”

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jornaldeabrantes

JUNHO201214 ESPECIAL ABRANTES

O Oliva Pop é um espa-ço intimista, de pura ani-mação, que abriu recente-mente portas na Quinta das Sarnadas, em São Miguel do Rio Torto. André Lopes, o responsável pela quinta e mentor deste projeto, expli-ca que este novo espaço é o cartão-de-visita para quem procura uma casa que des-de há vários anos se dedica e centra o seu objetivo na produção de azeites, os azei-tes Ourogal. “O Oliva Pop é a cara do nosso espaço, mas é também uma forma de potenciar o mesmo e trazer novos públicos que se inte-ressam pela cultura do azei-te, bem como para um sim-ples momento de lazer.”

A ideia nasceu no passado mês de janeiro, mas só em março é que o Oliva Pop re-alizou o seu primeiro even-to festivo, que por sua vez trouxe uma nova dinâmica à quinta. Uma dinâmica de convívio, cultural, centrada no estilo musical dos anos 70 e 80, mas também na música atual. “Desde janeiro para cá que temos promo-vido festas, com um estilo muito próprio, um retro atu-

al, que garante um bom am-biente musical, para um pú-blico muito específi co.”

O Oliva Pop é quase como um clube privado, que não assume o típico ambiente noturno puro e duro, pois é um espaço familiar, de ami-gos, onde se desfruta de um ambiente intimista. Segun-do André Lopes, trata-se de um ambiente centrado na “troca de conhecimentos onde se convive, se conver-sa e se dança bastante”.

Dentro do Oliva Pop há vá-rios espaços com diferentes fi ns: um espaço de bar, um espaço com uma pista de dança, um espaço de des-contração com vários sofás e um espaço ao ar livre de-dicado à restauração, com uma comida tipicamente portuguesa e mediterrânica. “Comida muito simples, ca-seira, que tem como ingre-diente ‘mor’ o azeite da casa, Ourogal. Uma comida con-fecionada por mim ou por alguns cozinheiros profi ssio-nais que posso mais tarde a vir convidar”, adianta André Lopes. Este espaço de res-tauração está aberto quan-do há eventos ou quando

há um pré reserva. Os pre-ços estão na média dos 20 euros, que já incluem a re-serva do espaço.

Para além dos momentos de lazer e festivos, onde a boa comida se mistura com a dança e o convívio, André Lopes afi rma que este pode ser um local de excelência para palestras, jantares con-ferência, festas de aniversá-rios e para juntar grupos que se dedicam à música, à cul-tura, à literatura, ao desporto enfi m a várias áreas.

O Oliva Pop é um espaço que marca a diferença face aos espaços noturnos da re-gião, tem realizado eventos

duas a três vezes por mês. André Lopes afi rma que “já tem um público defi nido e que pode ser bastante assí-duo”.

Como objetivo futuro, André Lopes adianta que pretende intensifi car o pro-jeto, divulgá-lo cada vez mais através das redes so-ciais e começar a levar por diante a valência de janta-res, onde as pessoas che-gam, petiscam ou jantam e fi cam para a noite, para des-cansar e aproveitar um mo-mento musical, um momen-to de convívio e animação.

Joana Margarida Carvalho

Vários azeites portugueses conquistaram 13 medalhas - três delas de Ouro - no prestigiado concurso Los Angeles International Extra Vir-gin Olive Oil Competition 2012, que decor-reu nos Estados Unidos. Na categorial ge-ral, o azeite Cabeço das Nogueiras Pre-mium (Ribatejo 2012, produzido pela SAOV de Abrantes) conquistou a meda-lha de ouro. Ainda este ano, este azeite conquistou a medalha de prata na Oli-ve Japan 2012 International Extra Virgin Olive Oil Competition e a distinção de “Grand Mention Award 2012 China Inter-national Olive Oil Competition”.

No concurso de Los Angeles, as meda-lhas de prata foram para as marcas Gallo Colheita AO Luar (Ribatejo) e Torrejano Medium (Ribatejo). Já o bronze foi atribu-ído ao Gallo Grande Escolha.

Um fi m-de-semana soa-lheiro, agradável para dar um passeio. A opção é Abrantes, conhecer a cidade fl orida e tudo o que tem para oferecer.

Chegando a Abrantes, onde fi car? Sozinho ou com ami-gos, a Pousada da Juventude é uma opção a ter em con-ta. Existe há 12 anos e conta com cerca de 9000 dormidas por ano.

Quase sem nos aperceber-mos, estamos em frente ao que é um porto de abrigo. O grande muro esbranquiçado oculta a entrada do edifício moderno e aprazível.

A Pousada da Juventude de Abrantes recebe maiori-tariamente “reservas de enti-dades escolares, federações desportivas e associações culturais”, membros mais jo-vens de instituições que visi-tam a cidade, principalmen-te com o intuito de partici-par em eventos.

Ana Paula Vieira, respon-sável pela Pousada, contou

ao JA que “também são fei-tas várias reservas individu-ais e as vantagens vêm com o cartão de Pousadas Indivi-dual (6 euros)”. No entanto, os grupos também podem adquirir o cartão de Pousa-das de Grupo (37,50 euros) em qualquer pousada da ju-ventude.

Entre maio e setembro, a taxa de ocupação é mais elevada. Com disponibi-lidade de receber até um máximo de 70 pessoas, é conveniente efetuar mar-cação prévia, recorrendo ao telefone ou à internet.

Com uma disponibilida-de de 32 camas, a Pousada da Juventude de Abrantes possui vários quartos duplos e tem, ainda, quartos com quatro camas. Das janelas, o olhar cai sobre a esplêndida vista do vale do Tejo, circuns-crito pelas suas duas pontes.

Este estabelecimento pro-cura responder às mais va-riadas necessidades dos seus utentes, disponibilizan-do serviços variados, como cozinha de alberguista, re-feitório, bar, lavandaria, sala polivalente, estacionamen-to, elevador, sala de conví-

vio, acesso à internet e zona Wi-fi .

A cidade de Abrantes tem um relevo acidentado que difi culta a deslocação de pes-soas de mobilidade reduzi-da, uma vez que tem muitas subidas e descidas. Porém, na Pousada da Juventude de Abrantes existe uma grande preocupação em adaptar os serviços a toda a gente: é um edifício preparado para rece-ber pessoas com mobilidade condicionada.

Para além de nacionais, a Pousada da Juventude tam-bém recebe turistas estran-geiros, nomeadamente es-panhóis, franceses, alemães, japoneses e austríacos.

Para aproveitar da melhor forma a estadia, convém es-tar atento às campanhas e programas implementados, pois oferecem múltiplos des-contos e oportunidades para quem quiser usufruir deste serviço.

Mafalda Vitória

A Câmara de Abrantes vai disponibilizar online, através do site do município, uma nova aplicação de Informa-ção Geográfi ca, denomina-da “Plantas de Localização”. Trata-se de um instrumento que permite obter, de for-ma gratuita, um conjunto de plantas que identifi cam a localização de determi-

nada pretensão no âmbito dos Instrumentos de Gestão Territorial em vigor, como o Plano Diretor Municipal ou Plano de Urbanização. Es-tes documentos podem ser usados para fi ns diversos, por exemplo na instrução de processo de obras. A data da disponibilização será anun-ciada oportunamente

No intuito de contribuir para a preservação e va-lorização do património construído, a Câmara de Abrantes vai disponibilizar 6. 150 kg de cal às Juntas de Freguesias, para se proce-der à caiação de muros, ale-gretes, fontanários e edifí-

cios do domínio municipal de pequena dimensão. Tal como em anos anteriores, os particulares podem também dirigir-se à Junta de Fregue-sia da sua residência para re-quisitarem a cal necessária para procederem à caiação dos seus espaços.

Os vinhos Casal da Coelheira já arrecadaram mais distinções, desta vez na III Gala Vinhos do Tejo. Uma medalha de prata para o vi-nho Mytos 2009 e um prémio `Excelência Vinhos do Tejo´ para o Centro Agrícola do Tramagal (Casal da Coelheira).

Lá fora

No Decanter World Wine Awards o vinho Mytos 2008 arrecadou a medalha de bron-ze e no International Wine Challenge uma medalha de prata foi atribuída ao vinho Ca-sal da Coelheira Branco 2011 e o Casal da Coelheira Rosé 2011 recebeu uma meda-lha de bronze.

Azeites Ribatejanos premiados nos Estados Unidos

Abrantes mais branca

“Plantas de Localização” online

Casal da Coelheira soma e segue

OLIVA POP

Um espaço diferente, um espaço de lazer

Descansar em Abrantes

Foto??????

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JUNHO2012

O município de Sardoal, em reunião realizada em 23 de maio, aprovou por unani-midade um “veemente pro-testo“ junto da Autoridade Nacional das Comunicações (ANACOM), pelas inúmeras situações anómalas, verifi -cadas em todo o concelho, desde que o sinal analógico de televisão foi inativado, com a consequente passa-gem para a Televisão Digital Terrestre (TDT). O municí-pio exige que “sejam toma-das pelos operadores, com urgência, as medidas ade-quadas para reposição da normalidade”, consideran-do que a situação “é injusta e incompatível com a lei”.

Em comunicado, a autar-quia explica que “são inú-meras as queixas e reclama-ções que se têm avoluma-do, oriundas de munícipes indignados pela situação e pelos prejuízos causados, tanto mais, que muitos de-les, em tempo oportuno adquiriram televisores com tecnologia compatível para o efeito ou aparelhos TDT descodifi cadores”.

Segundo os responsáveis autárquicos, “existem locali-dades inteiras pertencentes às freguesias de Sardoal, Al-caravela, Valhascos e Santia-go de Montalegre, onde o si-nal de televisão praticamen-te não existe e que noutras localidades, o acesso ao si-nal é insufi ciente e irregular, funcionando em alguns ca-sos, entre duas a quatro ho-ras diárias, por vezes com in-terferências e com más con-dições de som e imagem.”

O concelho de Sardoal é composto, em razoável percentagem, por pesso-as idosas e de fracos recur-sos fi nanceiros, não tendo qualquer possibilidade de investimento nesse senti-do. Por outro lado, algumas dessas pessoas idosas vi-vem em locais isolados, com difi culdades de mobi-lidade e de convívio social, sendo a televisão a sua úni-ca “companhia” e contacto com o exterior.

Os moinhos de vento de En-trevinhas, no Sardoal, já reabi-litados, vão ganhar nova vida e desfraldar suas velas, em ce-rimónia pública, que será rea-lizada em 9 de junho, a partir das 15 horas. Nesta cerimó-nia de apresentação dos tra-balhos de requalifi cação, pro-movida pela Junta de Fregue-sia de Sardoal e pela Câmara Municipal, vão estar presen-tes diversos convidados e re-presentantes de entidades concelhias e regionais.

O evento foi integrado na tradicional Festa de Santo An-tónio, saindo o padroeiro da aldeia em procissão para o Largo dos Moinhos, seguida de missa campal e leilão de fogaças. Do programa cons-tam ainda a atuação da Filar-mónica União Sardoalense e do Grupo de Concertinas da Casa do Benfi ca de Vila de Rei, assim como um convívio po-pular com porco no espeto e

sardinha assada.Deste núcleo de quatro

moinhos, um está preparado para a moagem de trigo e ou-tro de milho. Outra unidade servirá para apoio (bar e cen-tro de documentação) e a res-tante funcionará como insta-lação sanitária.

O projeto prevê uma articu-lação e interação direta com a Quinta do Vale do Armo (vinhos), Cooperativa “Arteli-nho” (pão, doçaria e linhos) e a AMAE - Associação de Mo-radores e Amigos de Entrevi-nhas (apoio), numa perspeti-va de roteiro integrado, tipo “Rota do Pão”. O objetivo é a promoção do meio rural, pre-servação da paisagem e estí-mulo à criatividade e desen-volvimento. O roteiro terá fi ns pedagógicos e culturais (de-monstração de moagem, vi-sitas de escolas, museu vivo), fi ns lúdicos e de lazer (pi-queniques, festas, etc.) e fi ns

desportivos e de saúde (pas-seios pedestres, trilhos de BTT, etc.)

Este projeto foi dinamiza-do pela Junta de Freguesia de Sardoal, em parceria com o município, com enquadra-mento da Associação TAGUS no âmbito do PRODER, um programa da União Europeia para o desenvolvimento do meio rural. Ascende a um cus-to de 55 mil euros, sendo que 60% desta verba advirá dos fundos comunitários e o res-tante do orçamento da Junta de Freguesia. Esta obra resul-ta da continuidade de outro projeto que foi concretizado em 1999 (pelas mesmas en-tidades). Na ocasião, todo o espaço envolvente, que inclui um miradouro, foi qualifi ca-do e valorizado. O tempo não poupou as estruturas em ma-deira dos moinhos, desgas-tando-as e envelhecendo-as, pelo que agora foi necessário

proceder a nova recuperação, a cargo do mestre Miguel No-bre, reconhecido na constru-ção e reabilitação destes en-genhos.

16 REGIONAL

Camões volta a ser o mote das festividades de Cons-tância, nos dias 9 e 10 de ju-nho. Com um programa di-versifi cado, este ano Máximo Ferreira, presidente da Câma-ra Municipal, refere “que este é um momento alto do con-celho, uma tradição já antiga, que se centra na evocação do poeta e do seu patriotismo, bem como de um grande en-volvimento da população”.

O objetivo desta XVII edi-ção é novamente homena-gear Camões, a sua ligação com Constância e assinalar o Dia de Portugal. As ativida-des arrancam dia 9 pelas 15 horas com a abertura da fes-ta que vai ser abrilhantada por um conjunto de jovens que vão declamar poesia de Camões.

Mais tarde vai atuar a Es-cola de Música da Associa-ção CICO, com música renas-centista. Para o fi m deste dia acontece o XIV Encontros do Cantar Diferente com Pedro Barroso, Rão Kyao e António Chaínha. O dia termina com a prova de orientação noturna, que tem início às 23 horas no

Parque Ambiental de Santa Margarida.

No segundo dia da festivi-dade a Camões vai decorrer mais uma edição da Feira de Antiguidades e Velharias. Por sua vez, na Casa Memória do Poeta acontece um coló-quio subordinado aos temas: “Ilha de São Nicolau na Rota da Deportação” e “Camões e o Amor a Portugal”. Pelas 15 horas vão ser depositadas co-roas de fl ores no monumen-to de Camões e animação re-gressa à vila Poema com as crianças e os encarregados de educação que vão recriar

um mercado quinhentista. Crianças e docentes vão dan-çar ao som da música renas-centista e alguma animação acrobática também é espe-rada.

Os visitantes vão também poder desfrutar de várias ex-posições. A Antiga Cadeia re-cebe a exposição Procissão de Nossa Senhora da Boa Via-gem – Passado e Presente, no Posto de Turismo está paten-te uma mostra de Artes De-corativas de Conceição Cava-leiro – Artes e Mimos da São e na Casa Memória de Camões a exposição de fotografi a “Re-

tratos da Festa”, uma mostra sobre a festividade anual do concelho da Nossa Senhora da Boa Viagem.

Segundo Máximo Ferreira, esta é uma festa não só dos adultos mas muito das crian-ças e dos jovens. “É, de facto, muito bonito e comovedor ver a maneira como os alu-nos vestem a pele da época quinhentista formando cor-tejos, dançando e declaman-do versos, num painel fantás-tico que se enquadra numa paisagem magnífi ca entre o rio Tejo e o Zêzere.”

Joana Margarida Carvalho

17ª edição das Pomonas Camonianas

Moinhos de Entrevinhas reabilitadosganham nova vida

Sardoal protesta na ANACOM por anomalias na TDT

CONSTÂNCIA RECEBE

Dia do Agrupamento de Escolas comemorado em Sardoal

O Dia do Agrupamento vai ser celebrado no próximo dia 6 de junho, quarta-feira, na Escola Dra. Maria Judite Serrão Andrade, em Sardo-al, com atividades e espaços para todas as idades e todos os gostos. À semelhança dos anos anteriores, a escola-se-de do Agrupamento estará aberta a toda a comunida-de escolar, incluindo fami-liares e amigos. Pretende-se, neste dia, dar a conhecer o trabalho realizado pelos alu-

nos ao longo do ano letivo e estimular a o convívio en-tre os vários membros desta comunidade.

Das muitas atividades pre-vistas, destacam-se ateliers temáticos, palestras, espe-táculos, concursos e exposi-ções. As ações decorrerão a partir das 9 horas da manhã e terminarão em festa com um arraial popular e uma sardinhada coletiva, ao som do conjunto musical “Street Band”.

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JUNHO2012 REGIONAL 17

O único Centro de Novas Oportu-

nidades (CNO) que está a funcionar

na região de Abrantes é o da Escola

Secundária Dr. Solano de Abreu.

Isabel Pinheiro, a coordenado-ra, explica que estão a receber formandos de outros centros que viram esta valência ser encerrada, nomeadamente os da Câmara Mu-nicipal de Mação, do Centro de For-mação de Formação de Tomar e do Nersant. O número de formandos do CNO da Solano de Abreu tripli-cou em três meses.

Apesar do aumento signifi cativo do número de formandos, a equi-pa do CNO da Solano de Abreu mantém-se. Isabel Pinheiro expli-ca que a nova realidade “implica reorganização de equipa, pegar em metodologias de trabalho di-ferentes, pegar no trabalho que já está feito e adaptá-lo à nossa ma-neira de trabalhar”. Para além dis-so, pode estar em causa a rapidez de cada processo: “Se até aqui ti-vemos um tempo de resposta rá-pido, as pessoas inscrevem-se e em dois ou três estão em proces-so de Reconhecimento, Valida-ção e Certifi cação de Competên-cias (RVCC), neste momento temos

que alargar os prazos de resposta.”Desde 2008, passaram já pelo

CNO da Solano de Abreu cerca de 1.000 pessoas. Quem se dirige ao centro entra no processo de diag-nóstico que vai ditar uma solução de formação ou de validação de competências. Por exemplo, os jo-vens que não estão no sistema de ensino, mas que também não têm experiência profi ssional, são enca-minhados para cursos de forma-ção, nomeadamente cursos de Edu-cação e Formação de Adultos (de dupla certifi cação, com habilitação escolar e certifi cação profi ssional). Quando existe experiência profi s-sional, a equipa trabalha no pro-cesso de RVCC com vista a obter o equivalente ao 9º ou ao 12º ano de escolaridade.

Isabel Pinheiro explica que rece-bem pessoas em situação de de-semprego, até porque são obriga-das a inscrever-se, mas também pessoas que estão empregadas e que pretendem ter novas habilita-ções académicas. Esta diversidade de públicos, assim como o acompa-nhamento individual, faz com que a equipa tenha que ter uma grande fl exibilidade em termos de horários, para poder responder às diferentes

necessidades. Há pessoas que le-vam anos e outras que concluem o processo muito rapidamente, em cerca de seis meses. Depende do envolvimento de cada formando. “Os que estão muito motivados é porque têm a promessa de um em-prego ou de uma promoção.”

O processo do RVCC começa com sessões de grupos em que se expli-ca como é que os candidatos pode-rão obter o diploma. “Dizemos às pessoas o que queremos que eles nos mostrem. Há um referencial que diz que para se ter o equivalen-

te ao 9º ano tem que se ter deter-minadas competências e que para se ter o equivalente ao 12º ano ano tem que se ter outras competências.

Essas competências são evidencia-das na sua história de vida. A pessoa tem que nos dizer o que é que já fez, tem que escrever uma autobiogra-fi a. É o primeiro passo para que nós possamos confrontar com o refe-rencial.” - conta a cooordenadora do CNO da Solano de Abreu.

É a partir da história de vida que se vai questionar os aspetos que leva-rão ao reconhecimento das compe-tências. Mas nem sempre este pri-meiro passo é fácil. Isabel Pinheiro explica porquê: “Neste momento, a maior parte das pessoas que nos chegam não tem competências ao nível das Tecnologias da Informa-ção e Comunicação (TIC) e a pri-meira coisa que têm que fazer é um módulo de formação nesta área, porque a história de vida tem que ser feita e apresentada em suporte digital. Tínhamos uma parceria com o Centro de Formação Profi ssional de Tomar, iniciávamos o grupo e eles enviavam o formador para dar o módulo na Escola. Mas até isto es-tão a acabar. Toda a formação mo-dular, ao nível do IFP, foi cancelada e isto levanta-nos um grande proble-ma, porque não temos como for-mar as pessoas.”

HCS

Escola Solano de Abreu mantém Centro de Novas Oportunidades

Foi há cerca de um ano que o The Learning Spot abriu portas e, desde então, o úni-co objetivo centra-se no en-sino de várias línguas, nome-adamente do inglês. Dalila Ferreira, Cathy Ramos e Irene Pereira foram as mentoras do projeto. As três professoras de inglês sentiram que a Es-cola sediada no Edifício São Domingos podia representar uma mais-valia para o com-plemento do ensino regular e garantir uma aprendiza-gem mais profunda. “Decidi-mos ter uma Escola nossa, à nossa maneira, com todos os requisitos para uma aprendi-zagem de qualidade. Já era-mos professoras na região, logo conhecíamos muito bem os alunos e foi fácil op-tar por este projeto”, explica Cathy Ramos.

Os cursos do The Learning

Spot centram-se sobretudo no inglês, mas também no ensino do francês, alemão e até do português. São línguas para aprender e aprofundar conhecimentos nesta Escola. Para além destes cursos, se-gundo Dalila Ferreira, há ain-da outros serviços prestados, como a ocupação de tempos livres para crianças dos qua-tro aos 12 anos com uma ani-madora cultural que, já nes-tas férias de verão, vai garantir atividades centradas na músi-ca, nas artes plásticas, na reali-zação de jogos pedagógicos, entre outras iniciativas. Tam-bém a Escola promove diver-sos workshops de linguagem gestual, de primeiros socor-ros, de bateria, do novo acor-do ortográfi co, bem como, explicações do 1º ao 12ºano e estudo acompanhado.

Não são apenas as crianças

que procuram o The Learning Spot. Os adultos também re-correm a este espaço para fi ns curriculares ou apenas para enriquecimento da for-mação. “Temos aqui alguns alunos que viajam imenso ou que pretendem emigrar e, assim, sentem a necessidade de comunicar bem outras lín-guas. No que diz respeito ao inglê,s há uma grande procu-ra”, conta Cathy Ramos.

Tal como no ensino regular, esta Escola de Línguas tem vários níveis a superar, diver-sas exigências e os exames da Universidade Cambrid-ge, que proporcionam uma certifi cação do domínio da língua inglesa, reconhecida mundialmente.

Neste primeiro ano as pro-fessoras responsáveis pela Escola fazem um balanço bastante positivo do traba-

lho desenvolvido: para já, cerca de 180 alunos.

Durante três dias, até ao dia 1 de junho, o The Lear-

ning Spot vai estar em festa de aniversário, um momento dedicado aos alunos com a realização de um jardim que

vai ter várias fl ores feitas pe-los mesmos, com expressões em inglês.

Joana Margarida Carvalho

O recanto das línguas

• Isabel Pinheiro: “A maior parte das pessoas não tem competên-cias ao nível das TIC”

O processo de reconhecimento de competências começa com uma autobiografi a

THE LEARNING SPOT

• ????

Page 17: jornal abrantes

jornaldeabrantes

JUNHO201218 REGIONAL

Há dez anos que o Institu-to de Línguas do Centro en-sina várias crianças, jovens e adultos da região. O projeto iniciou-se em 2001 no cen-tro histórico, na antiga Lon-don School, com apenas 84 alunos, pelas mãos de Filo-mena Pereira e Helena Alco-bia, duas professoras de in-glês. Hoje o Instituto de Lín-guas já está localizado junto à Escola Dr. Manuel Fernan-des e as duas mentoras do projeto continuam a traba-lhar para assegurar o ensino a cerca de 400 alunos.

O Instituto garante vários cursos desde o espanhol, ao inglês, francês e uma novi-dade recente, um curso de mandarim. “Vamos ter uma professora chinesa a lecio-nar, que não foi fácil encon-trar. Já há alguns anos que a TAGUS Valley nos tinha soli-citado este curso e fi nalmen-te conseguimos. Alguns em-presários e pessoas a título particular já se mostraram interessadas”, explicou Hele-na Alcobia.

Do 2º ao 12º ano, o Institu-to garante os mais diversifi -cados cursos, com vários ní-veis e diferentes difi culdades a superar, nomeadamente os exames da Cambridge, que facultam ao aluno a cer-tifi cação em qualquer país, do domínio da língua ingle-sa. Filomena Pereira adianta que “estes cursos são mui-to importantes para a for-mação curricular de qual-

quer aluno e profi ssional, e cada vez mais sentimos que há uma preocupação com o domínio de várias línguas. Agora, com a crise que se faz sentir, a necessidade de emi-grar é uma constante e as pessoas procuram primeira-mente dominar a língua do país para onde vão e assim a opção pelo Instituto tem sido uma mais-valia.”

Segundo Helena Alcobia, ainda hoje os alunos têm al-gumas difi culdades no do-mínio de algumas línguas, nomeadamente no inglês. “Eu chamo-lhes as “vítimas do sistema” pois vão passan-do de ano para ano, com sé-rias difi culdades, e quando chegam aqui, nós damos o tudo por tudo com eles, des-de cursos intensivos, apoio pedagógico, há uma gran-

de dedicação da nossa par-te que resulta em verdadei-ros casos de sucesso: saem daqui com um certifi cado da Cambridge e passam na dis-ciplina no ensino regular.”

Um dos principais objeti-vos do Instituto é acompa-nhar a evolução tecnológica. As professoras responsáveis pelo espaço contam que quando se começou a falar de quadros interativos ins-talaram logo estes quadros nas salas de aula. “Temos au-las interativas, como tam-bém no que diz respeito aos manuais e materiais temos tudo o que é mais recente e apelativo”. Ao longo des-tes dez anos, Filomena Perei-ra diz que o que é mais gra-tifi cante é ensinar os alunos e vê-los a vingar nas suas vi-das profi ssionais. “Ao fi m de

anos recebemos emails ou cartas de agradecimento de alunos que passaram por aqui e que hoje estão mui-to bem. Temos testemunho escrito e isso é muito grati-fi cante.”

No próximo dia 30 de ju-nho o Instituto assinala o seu aniversário no Cinetea-tro São Pedro, em Abrantes ,a partir das 15 horas, com uma mostra das diversas competências e valores ar-tísticos que os alunos reú-nem, desde a dança ao tea-tro e à música. Também vai subir a palco um grupo de teatro britânico denomina-do Have a Long Theatre que, segundo as professoras, ga-rante um “excelente trabalho teatral, de grande interação com o público”.

Joana Margarida Carvalho

INSTITUTO DE LÍNGUAS DO CENTRO

Um espaço de formação e de aprendizagem constante

• ?????

As turmas dos 2º e 3º ciclos do Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF) da escola secundária Dr. Manuel Fernandes concorre-ram a um concurso interna-cional designado “Onisep – Agefa PME”, cujo objetivo era promover um produto regio-nal de forma original e criativa.“As Tigeladas de Rio de Moi-nhos” foi o tema da turma do 2º ciclo, que conquis-tou o 5º lugar a nível eu-ropeu e valeu aos autores uma viagem à capital fran-cesa que vai acontecer en-

tre 27 de Junho e 2 de Julho.O trabalho dos dez alunos que compõem esta turma pode ser visto no site http://tigeladas.blogspot.pt, que descreve o historial das ti-

geladas de Abrantes e mos-tra o seu fabrico artesanal, o que torna este doce num produto gastronómico de excelência do concelho.A turma do 3º ciclo con-

correu com o tema “o rio Tejo”, trabalho que está ex-posto no endereço http://o r i o t e j o . b l o g s p o t . p t .Esta distinção “é o reconhe-cimento de um trabalho re-pleto de qualidade, resultan-te de um grande esforço de todos os alunos e professo-res”, salienta um comunica-do da equipa técnico-peda-gógica das turmas do PIEF de Abrantes, para quem é um “orgulho em ver os alunos, a escola e a região representa-dos em Paris com um prémio europeu”.

PIEF ganha concurso internacional

“Ao nível do que era pre-visto pela Carta Educativa, temos concluídos os cen-tros escolares da Chainça, Pego e Rossio, que foram os três da primeira fase. A esco-la do Carvalhal também já foi requalifi cada. Também estão já em funcionamen-to os centros escolares de Bemposta, Rio de Moinhos, Tramagal e Alferrarede. Te-mos a perspetiva de cons-truir um novo centro escolar em Abrantes, porque tan-to a escola de Alferrarede como a António Torrado não chegam para a procura que existe na cidade. Sabía-mos que alunos das escolas da Bemposta, de Rio de Moi-nhos e da Bemposta vinham para a cidade para ter condi-ções. Vamos aguardar para ver como é que os alunos se encaixam com estes novos centros escolares. Sabemos que as escolas nº 2 e a es-cola dos Quinchosos estão com debilidades grandes.

Neste momento a escola de Concavada mantém-se porque ainda não está den-tro dos parâmetros que o Governo exige para a trans-ferência desses alunos para uma escola maior. A escola de Alvega está a funcionar na antiga escola Fernando Loureiro, com pré-escolar e 1º ciclo. É nossa intenção fazer um centro escolar nes-sa mesma escola para Con-cavada e Alvega. Como é uma escola com um po-tencial imenso, demasia-do grande para ser só cen-tro escolar, queremos que possa ter um lar em contí-guo, porque também é um expetativa da comunidade. Parece-nos muito positivo juntar estas duas valências. Mouriscas tem um núme-ro signifi cativo de alunos, que também tem algumas debilidades, mas vamos es-tudar as dinâmicas das po-pulações para depois fa-

zermos uma proposta. Ao nível do 2º, 3º ciclo e

secundário, a reabilitação Escola D. Miguel de Almeida está concluída e a Escola Dr. Solano de Abreu também. A escola Dr. Manuel Fernan-des está com um proble-ma, porque a segunda fase da obra foi suspensa. Que-remos crer que dentro de pouco tempo deixa de ser um problema, até porque há uma disparidade muito grande entre a parte nova e a outra, onde chove lá den-tro. Depois há ainda a Es-cola Profi ssional e Rural de Abrantes, que tem feito um percurso notável desde há 20 e que traz valor para a economia local, porque jo-vens que se formaram lá estabeleceram-se na região com projetos empresariais muito importantes.

Quanto à Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA), no próximo ano leti-vo as aulas teórico práticas, nomeadamente do curso de Tecnologias da Informa-ção e da Comunicação e de Engenharia Mecânica, já vão poder funcionar no edifício Milho. Vamos manter o edi-fício sede com a parte admi-nistrativa e algumas aulas, dos outros dois cursos (Co-municação Social e Vídeo e Cinema Documental). Já es-tamos a trabalhar para que rapidamente mais laborató-rios da ESTA se instalem no Tecnopolo. É claro que seria vantajoso estar tudo junto, mas neste momento a op-ção não passa pela constru-ção da nova escola, um in-vestimento de 10 milhões, pois não existem condições fi nanceiras para assumirmos este encargo. Entendemos que desta maneira vamos ter a ESTA a funcionar em boas condições e se conse-guirmos conciliar um bom meio transporte vamos ter um projeto ganhador.”

Promoção de educação ao nível da excelência

Page 18: jornal abrantes

jornaldeabrantes

O ´Barquinha é Arte’ é o evento que

este ano engloba as celebrações

anuais da Barquinha (7 a 10 de ju-

nho) mas também um programa

que culmina apenas dia 6 de Julho,

com a inauguração do Parque de

Escultura Contemporânea Almou-

rol (PECA), cerimónia presidida pelo

Presidente da República, Cavaco

Silva.

Mas os nomes mais importantes do PECA estão espalhados pela vas-ta mancha verde de 7 hectares, ide-alizada pelos arquitetos paisagistas Hipólito Bettencourt e Joana Sena Rego, que conquistou o Prémio Nacional de Arquitetura Paisagista 2007, na categoria “Espaços Exterio-res de Uso Público”. Um local privile-giado para a arte de Alberto Carnei-ro, Ângela Ferreira, Carlos Nogueira, Cristina Ataíde, Fernanda Fragatei-ro, Joana Vasconcelos, José Pedro Croft, Pedro Cabrita Reis, Rui Chafes, Xana e Zulmiro de Carvalho.

Os artistas escolheram os locais onde instalar as suas peças o que foi feito paulatinamente, com a pre-

sença dos mesmos, em Vila Nova da Barquinha. Já é possível admirar e observar os trabalhos destes onze artistas apesar de a inauguração ser feita apenas dia 6 de Julho.

O Jornal de Abrantes esteve pre-sente no dia em que Alberto Car-neiro, 74 anos, nome incontornável da escultura portuguesa, fi nalizou a instalação da sua escultura. O traba-lho do artista pauta-se por uma “re-fl exão sobre a natureza”, algo que é transversal a toda a sua carreira e trabalho académico. A sua escul-tura para o PECA tem por título ‘So-bre a fl oresta’ e é composta por 33 elementos verticais em granito e bronze e que na sua base têm pala-vras inscritas que o visitante poderá descobrir, interagindo com a escul-tura, entrando nela.

O autor da escultura ‘Sobre a Flo-resta’ é símbolo do início – anos 60 - da linha temporal que se criou ao incluir estes onze artistas. Sobre as restantes esculturas podem escre-ver-se muitas palavras, sempre in-sufi cientes pois uma visita ao PECA é o melhor modo para as conhecer.

Ainda assim realce para certas ca-racterísticas das esculturas como a de Ângela Ferreira com ‘Rega’, um pivot de rega metálico de 12m x 2m e que “pode ser ativado como um brinquedo no espaço público com objetivo de trabalhar a metá-fora possível criada pela imagem de crianças a brincar nos baloiços, como foco de irrigação”, explica a artista. Carlos Nogueira imaginou uma ‘Casa Quadrada com Arvore Dentro’. Uma das árvores do Parque Ribeirinho envolta num quadrado de betão branco, que pode e deve ser visitada, por dentro e por fora.

Cristina Ataíde criou ‘Rotter, 2010’, Fernanda Fragateiro ‘Concre-te Poem’, José Pedro Croft as suas estelas ‘S/Titulo 2012’, Rui Chafes ‘Contramundo’, Xana a ‘Casa do Céu’ e Zulmiro de Carvalho a ‘Linha da terra e do rio’. Já Pedro Cabrita Reis inspirou-se na memória do castelo vizinho, Almourol, para uma escul-tura de 3m de altura com um peso de 18 toneladas em granito ama-relo descrevendo-a como “nature-za abstrata e concetualizante”. Uma

das peças mais aguardadas era a de Joana Vasconcelos e a espera valeu a pena. A artista nascida em Paris, faz uma alusão ao Palácio de Versa-lhes em França, com ‘Trianons’.

Estruturas acrílicas com fi tas (plás-ticas) translucidas «Inspirada nas pérgulas, coretos e caramanchões, é um local acolhedor onde as pes-

soas podem descansar durante o seu passeio no jardim. É um encon-tro entre as luxuosas estruturas de pedra como há em Versalhes e as de ferro como há em Portugal”.

O PECA é um museu ao ar livre, aberto a todos na Barquinha, que é arte.

Ricardo Alves

Barquinha é Arte

Especial

Vila Nova da Barquinha

Após vários anos de planeamento o premiado

Parque Ribeirinho já recebeu os seus ilustres

novos inquilinos. Onze esculturas saídas

da arte de onze dos artistas maiores da

escultura portuguesa, dos anos 60

até aos dias de hoje.

• Alberto Carneiro durante a instalação de uma peça

Page 19: jornal abrantes

jornaldeabrantes

JUNHO201120 ESPECIAL BARQUINHA

RICARDO ALVES

Miguel Pombeiro, presidente da

Camara Municipal de Vila Nova da

Barquinha (VNB) vê a sua terra en-

trar numa nova realidade. Depois

do planeamento a fase das con-

cretizações. Em 2012 as inaugura-

ções do Centro Integrado de Edu-

cação em Ciência, projeto ímpar a

nível nacional, do novo parque es-

colar, e dia 6 de julho do Parque de

Escultura Contemporânea (PECA),

em plena crise internacional, são

fruto do planeamento e estratégia

de muitos anos. É o último manda-

to de Miguel Pombeiro à frente da

autarquia

Numa entrevista em 2003, disse

que não gostava muito de plane-

ar a sua vida pessoal. Como líder

do executivo não será assim

Há uma grande distinção entre a vida pessoal e profi ssional. Na ati-vidade autárquica o planeamento é sem dúvida a grande arma para conseguirmos alguns projectos de maior impacto a nível local. VNB tem pouca capacidade de inves-timento, o que se faz de relevante é com fundos comunitários. Entre o planear e o estar feito, num pro-jecto de dimensão, são cinco, seis anos. Por exemplo, o parque indus-trial junto ao nó da A23 e do IC3, co-meçou a ser pensado em 1998 e a fi nalizar-se em 2006, ou o Parque Almourol em 1999, com as grandes realizações em 2005. Os acessos e envolvente do castelo, os acessos ao rio só em 2003, 2004, 2005. Há aqui um grande deferimento entre o pensar e o estar feito, “só com pro-jectos devidamente estruturados e fundamentados se pode fazer algo de relevante”.

No Centro de Ciência Viva, a

parceria com a Universidade de

Aveiro (UA) vem nessa linha?

Foi claramente o elemento que propiciou a que marcássemos a diferença. Não queríamos a con-centração apenas por um motivo economicista, antes uma forma que viabilizasse uma escola diferente no seu projecto educativo e tivesse como pilar central o ensino experi-mental, uma escola de excelência e virada para a comunidade. Defi -nindo estes quatro objectivos ten-támos juntar o excelente gabine-te de arquitectura, de Manuel Aires Mateus com as pessoas que na altu-

ra melhor pensavam a escola, o de-partamento didáctico e de tecno-logias educativas da UA. Temos um espaço formal de educação a que se junta um não-formal, aquilo que em regra as pessoas identifi cam como centros de ambiente e ciên-cia viva mas que aqui está junto a uma escola, e possibilita que todo o programa escolar faça pontes para o espaço não formal. É essencial ha-ver parcerias externas, que estudem os assuntos e nos ajudem a estrutu-rar os nossos projectos.

Como é o caso da parceria com

a EDP no Parque de Esculturas de

Arte Contemporânea (PECA)?

Foi outro tipo de parceria. O par-que é inaugurado em 2005 e tive-mos logo a noção que era impor-tante dar-lhe mais conteúdos. Havia várias hipóteses mas optámos cla-ramente em ter a arte pública como elemento de âncora para qualifi -carmos este território e dar refl exo económico à vila através das deze-

nas de milhar de visitantes anuais do castelo de Almourol, que nem têm noção que estão em VNB ou sequer passam por algum aglome-rado urbano da sede do concelho. Criar um pólo que tivesse activida-de sufi ciente para que quem visita o castelo possa visitar o PECA e vice-versa A partir daí englobámos este objectivo numa estratégia de rege-neração urbana da sede de conce-lho, com um conjunto de investi-mentos que são complementares ao PECA. A parceria com a EDP per-mite qualifi car ainda mais esta inter-venção cultural e permite-nos dizer que pela primeira vez em Portugal, num mesmo local, vamos ter aqui-lo que de mais representativo existe em termos da escultura contempo-rânea portuguesa desde os anos 60 até hoje.

Este é um projecto com um in-

vestimento avultado, qual é a

participação da Câmara?

A Câmara só realiza este projecto

porque ele é comparticipado em 80% pelos fundos comunitários, no âmbito da regeneração urbana, e ainda com comparticipação da fundação EDP. Portanto, por pouco mais de 100 mil euros conseguimos ter aqui um património relevante. Conseguimos fi nanciamento para uma residência temporária de artis-tas, recuperar um edifício que esta-va em ruínas e em perigo, junto ao auditório, e que vai servir de apoio ao PECA, requalifi carmos por com-pleto o Centro Cultural e criar um posto de turismo, renovar o audi-tório, a biblioteca, o antigo edifício da Câmara, ter uma rede wireless no parque com outra qualidade, ou seja, um conjunto de mais sete ou oito intervenções englobadas no mesmo bolo, senão não seria possí-vel. É um projecto em que o esforço da autarquia não é relevante.

Mas o arrojo levanta críticas,

como o explica a essas vozes?

Sabemos que não é fácil, que se

vai assimilando mas quanto mais eventos e mais possibilidades as pessoas tiverem de contatar com a arte contemporânea mais percebe-rão este projecto. Não tenho dúvi-das que ao gastar 150 mil euros em betuminoso, ou numa recarga de uma estrada, não haverá a mínima polémica! O ganho neste projecto é muito superior a isso, não é mensu-rável no dia, semana, mês, ano a se-guir. Será daqui a quatro, oito anos, com certeza. Viabilizará algum co-mércio na localidade, a recuperação de alguns imóveis - que nos preocu-pa – e um processo de alteração de mentalidades. Poderá viabilizar um investimento na área do alojamen-to turístico que tanta falta faz no nosso concelho. Estou completa-mente empenhado e certo da bon-dade estratégica destes investimen-tos, tendo a noção de que não são consensuais.

Tem repetido que privilegia

a qualidade de vida, é isso que

sempre procurou para a Barqui-

nha?

Eu quero que os meus fi lhos te-nham orgulho da terra onde vivem. Quando surgiram algumas urbani-zações, no Alto da fonte e na Tor-rinha, que estavam de alguma for-ma a mudar a que se tinha do con-celho, diziam “isto qualquer dia é uma cidade!”. E eu costumava ba-ter na madeira pois se alguma vez for uma cidade é porque isto des-cambou completamente. O cresci-mento não é nunca um fi m em si mesmo, tem de ser apenas para dar sustentabilidade à existência de al-guns serviços e produtos. Esta ideia de querermos ser apenas e só uma vila tem toda uma lógica: termos um excelente rácio por habitante com espaço verde, uma boa qua-lidade de espaço público e termos uma oferta escolar de qualidade.

O parque industrial sofreu com

a crise?

Um parque como aquele que foi feito não é para ser comercializado nos primeiros dois ou três anos. Há uma lógica de gestão de uma área de localização empresarial, isto é, envolver os empresários na própria gestão do espaço. Quando houver massa crítica no espaço há um pro-jecto desenvolvido, um lote para serviços, com espaço para serviços bancários, correios, restauração, cafetaria, duas salas para formação,

“Quero que os meus fi lhos tenham orgulho da terra onde vivem”

MIGUEL POMBEIRO

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jornaldeabrantes

JUNHO2011 ESPECIAL BARQUINHA 21

Ainda se recorda dos primeiros dias na liderança do executivo, ele que aos 19 anos foi eleito para a Assembleia de Freguesia de Vila Nova da Barquinha (VNB), sendo depois vereador da Câmara e che-gando a presidente em dezembro de 1997. “Não foi novidade. Já ha-via sido vereador e apesar da ida-de foi com naturalidade que os próprios serviços e as pessoas me receberam”. Saiu da Faculdade de Coimbra e foi quase diretamen-te para a presidência. Em fi m de mandato o futuro é uma incógni-ta. “Penso seguramente na advo-cacia. Em 2011 terminei uma pós-graduação, de direito do urbanis-mo, ordenamento do território, ambiente, pelo CEDOUA (Centro de Estudos de Direito do Ordena-mento, do Urbanismo e do Am-biente), é uma área na qual quero vir a trabalhar para me sentir com-pletamente realizado”. Esse desejo não invalida a realização que sente por ter enveredado pela política, “aquilo que fi z realiza-me comple-tamente, isto não é uma comissão de serviço que estou a fazer, es-tou a intervir e a gerir um território que me diz muito, que o meu pai adorava, onde os meus avós vive-

ram, onde tenho as minhas raízes”. Filho de uma professora e de um

médico, casado, tem uma fi lha (11 anos) e um fi lho (12 anos). Miguel Pombeiro provém de uma linha-gem de políticos, especifi camen-te presidentes de Câmara, o avô e o pai. Os amigos dizem que em miúdo, com 12 anos, fi cava a ler o jornal na cadeira enquanto os ou-tros brincavam na piscina. “Sem-pre tive interesse pela política des-de relativamente cedo”.

Rumores desmentidos

A cerca de ano e meio das eleições autárquicas, em 2013, o presidente de VNB ainda não sabe para onde vai, “só sei para onde não vou”, afi r-mação proferida quando confron-tado com os rumores de que po-deria estar na calha uma candida-tura ao entroncamento, concelho vizinho da Barquinha. “Não faço a esta distância qualquer planea-mento, mas não me parece. Ape-sar de a prudência dizer que não se deva utilizar a palavra nunca, esses rumores não fazem qualquer sen-tido. É um privilégio poder atuar num território, mas estas transfe-rências quase como no defeso do

mercado futebolístico, tenho mui-tas dúvidas que sejam bem aceites pela população. De fato julgo que isso não tem qualquer fundamen-to. Tem de haver uma identidade, a transferência pura de um concelho para o outro não me atrai e não jul-go que isso vá acontecer”

Portista, os U2 e jornais antigos

Para muitos um defeito, para outros uma virtude. Pombeiro é adepto do Futebol Clube do Por-to, “bendita hora em que me in-fl uenciaram nesse sentido (risos). Têm sido tantas as vitórias que te-nho muito carinho por quem me infl uenciou (risos)”. Em termos mu-sicais tem um gosto variado mas destaca dois: U2 e Rodrigo Leão. Gosta de ler jornais e coleccioná-los, “por vezes é interessante ler o que se escreveu e previu sabendo hoje o que aconteceu”.

Da Barquinha, a sua terra, diz ser “a junção de elementos puramen-te populares com outros elemen-tos com os quais não estamos ha-bituados ou não somos confronta-dos. Parece-me uma junção muito interessante e democrática”.

O projeto foi desenhado por Manuel Aires Mateus e estruturado pela Universidade de Aveiro. A au-tarquia quer a comunidade integra-da. Trata-se de um salto qualitativo na educação com aposta na inova-ção e curiosidade das crianças.

A Escola Ciência Viva é uma escola que integra no mesmo espaço um centro de ciência, num conceito pioneiro em Portugal. Este projeto junta às condições excecionais do moderno estabelecimento à exis-tência de um espaço dedicado à ciência - Centro Integrado de Edu-cação em Ciências (CIEC) - que tem como público-alvo as crianças. Fun-ciona no seio da escola, podendo ser utilizado pela comunidade nos períodos não letivos. Com uma di-reção qualifi cada, vai proporcionar formação contínua de professores, apostando na simbiose entre a es-cola, a comunidade e a ciência.

O ano letivo 2011/2012 iniciou-se já na nova Escola Ciência Viva rece-bendo as crianças das escolas do 1ºCEB de Atalaia, Cardal, Tancos, Moita do Norte n.º1 e n.º2, entre-tanto desativadas. No CIEC promo-ve-se a integração entre activida-des de educação formal de ciências desenvolvidas fundamentalmente no laboratório de ciências, com as de cariz não formal realizadas pelas crianças no Centro de Ciência. Des-ta forma alimenta-se o gosto pelas ciências desde os primeiros anos, através da realização de atividades experimentais diversifi cadas com vista à promoção de uma cultura científi ca de base.

Arquitetura inovadora

A Escola Ciência Viva foi construída nos terrenos do antigo Campo de Futebol de Vila Nova da Barqui-nha (VNB). O edifício foi projeta-do pelo conceituado arquiteto Ai-res Mateus e fi nanciado pelos fun-dos comunitários. Trata-se de um investimento de cerca de quatro milhões de euros e tem capacida-de para 300 alunos. Signifi ca uma melhoria qualitativa, quer em ter-mos de instalações, quer em ter-mos de práticas pedagógicas, para os alunos do 1.º Ciclo. Este equipa-mento contempla, para além das

suas atividades curriculares, outras valências para a comunidade, com a criação de um Centro de Ciência e uso de alguns espaços de forma au-tónoma. Esta caraterística levou à criação de acessibilidades pelo ex-terior às zonas abertas ao público (ex. CIEC, biblioteca infantil, campo de futebol sintético, parque de des-portos radicais), criando um limite que “protegerá” as áreas letivas, que se organizam por anos de escolari-dade na zona central do edifício.

Centro Integrado de Educação em Ciências

O projecto CIEC corporiza-se na criação de um espaço de educa-ção não formal de ciências dentro de uma instituição formal, no caso particular dentro de uma escola do 1º Ciclo do Ensino Básico, a Escola Ciência Viva. Trata-se de uma inova-dora perspetiva de organização da educação em ciências, integrando o formal e não formal. O CIEC visa promover a integração das apren-dizagens desenvolvidas em con-texto formal, não formal e informal. O espaço de educação não formal de ciências é constituído por seis salas com módulos, dispositivos, maquetas e equipamentos que, pela sua dimensão, especifi cidade, investimento, não se adequam a uma sala de aula ou laboratório. De acordo com a natureza não formal das suas atividades visa, essencial-mente, a sensibilização para a cul-tura científi ca, a remoção de even-tuais bloqueios “anticientífi cos” e o estímulo das atitudes e dos pro-cessos da ciência, em particular a curiosidade e o espírito crítico in-fantil

Biblioteca Infantil

No dia 2 de Março abriu ao pú-blico a Biblioteca Infantil de VNB, a funcionar nas instalações do Cen-tro Escolar do 1.º Ciclo. Este espa-ço, destinado aos mais novos, terá um horário de funcionamento para o público em geral, às sextas-fei-ras das 17h30 às 19h00 e aos sába-dos das 14h30 às 18h00, com ser-viços de consulta e empréstimo domiciliário.

um pequeno auditório, e espaços modelares para incubação de em-presas. Infelizmente o início da co-mercialização do espaço coincidiu com esta crise brutal, em que o in-vestimento teve uma queda abrup-ta, mas aquele espaço fará o seu ca-minho no futuro. O mais difícil era infra-estruturar uma área virgem que estava fora do espaço urba-no e agora com a retoma da ativi-dade económica, com certeza será determinante para criar um tecido económico que não existia.

Fazendo um pequeno balan-

ço destes seus mandatos, de que

modo as suas preocupações evo-

luíram no tempo?

Em 1998 tinha já grandes preo-cupações. Como comprava os ter-

renos atrás da Câmara e do parque empresarial? Que tipo de projec-tos iriamos ou não concretizar? Co-meçámos a trabalhar no Parque Al-mourol com a Nersant, Constância, Chamusca, foram fases muito boni-tas em termos de planeamento. Ha-via coisas que pareciam quase um sonho, e nós tivemos o privilégio de passarmos por essas fases todas. Lembro-me de estarmos com o pro-jectista no salão da Câmara e discu-tir que intervenção fazer no parque ribeirinho e parecia um pouco irrea-lista para a nossa dimensão. Muitas das coisas que fazemos e são mais relevantes não são aquelas em que sentimos maior pressão. Sentimos pressão é para fazer estradas, infra-estruturas e arranjar as vias. Infe-lizmente nunca sentimos pressão

para fazer uma escola ciência viva, mas conseguimos fazê-lo porque também nunca excluímos aquilo que uma grande parte das pessoas mais valoriza.

Após a concretização dos pro-

jectos segue-se o potenciar dos

mesmos

Exactamente. Agora começa o mais difícil. Na escola o difícil é man-ter a intencionalidade do projecto, trabalho concertado da autarquia, agrupamento, professores, que os alunos passem aquela hora e meia por semana no laboratório, que haja uma verdadeira aprendizagem e pontes entre o espaço formal e in-formal de educação, É necessária formação e professores motivados. Ou o PECA, que nos primeiros me-ses vale por si mas a programação do espaço é um elemento essencial. A ideia de que quando terminamos determinada fase podemos respirar fundo e dizer “está feito”, é absolu-tamente falsa e cabe-me a mim en-quanto líder de uma equipa, valori-zar o mundo que ainda há para fazer para que possamos eventualmente dizer “esta aposta foi ganha!”.

Um ensino inovador no concelho

Miguel Pombeiro: A advocacia, a política e os rumores sobre o futuro

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JUNHO201122 ESPECIAL BARQUINHA

Arte contemporânea instala-se no

parque ribeirinho. Cartaz inclui ‘Os

Azeitonas’, Best Youth e Melech Me-

chaya. De 7 a 10 de Junho e depois

até 6 de Julho, data de inauguração

do Parque de Escultura Contempo-

rânea Almourol (PECA)

A edição deste ano suspende o modelo de festas adoptado há dois anos com o Barquinha NON STOP, mas as festividades ganham tan-to ou maior interesse com a inau-guração do PECA. As festas que se iniciam no dia 7 de Junho, quinta-feira, abrem portas às 15h com a abertura da XXVI Feira do Tejo. Às 21h há teatro - A Tempestade, de William Shakespeare, pelos alu-nos do Curso EFA do Agrupamen-to de Escolas de Vila Nova da Bar-quinha, com encenação de Carlos Carvalheiro. Para o fi m de noite do primeiro dia há concertos musicais com os Klassikus – noite de baile, Palco St.º António (22h) e os Arre-

gaita, no Palco ribeirinho às 00h. No segundo di, 8 de Junho, é tem-

po para as tradicionais Marchas populares, Palco St.º António (21h), os Best Youth, banda portugue-sa que entre outras músicas traz o single ‘Hang Out’ ao palco princi-pal (22h30) seguida dos Fun2Rock às 00h no palco ribeirinho.

Dia 9 de junho, sábado, há Mega-fi tness de manhã (11h), Encontro de Antigos Escuteiros (Org.: CNE – Agrupamento 583) às 12h30 e Taça TurisAlmourol em canoagem às 14h. Haverá também um ecrã gi-gante para transmissão dos jogos do Campeonato Europeu de Fute-bol. A música chega às 23h com os Melech Mechaya a subir ao palco principal prometendo muita ani-mação e dança. Às 00h tocam os Articústico no Palco ribeirinho.

Para os amantes da pesca o dia

10, domingo, começa bem cedo, às 6h30 com o 19.º Convívio pis-catório (Org: Pestinhas). Um pou-

co mais tarde às 9h, começam três actividades: Cicloturismo – 10º Passeio “Tejo à vista” (Org.: Gru-po Cicloturismo Barquinhense); 10º Encontro de Vespas (Org.: Ves-pAlmourol); Canoagem – TurisAl-mourol. Às 16h realiza-se o Festi-val de Folclore, Palco St.º António – Grupo Folclórico “Os Pescadores de Tancos” (Org.); Rancho Folcló-rico da Correlhã; Rancho Folclóri-co de Aranhas; Rancho Folclórico do Baixo Vouga; Rancho Folclóri-co da Casa do Povo de Fátima, en-tre as 18h e as 20h Drama e Beiço – Animação de rua, Danças de Sa-lão – Grupo dos Bombeiros da Bar-quinha, Aquapalco às 21h e fi nal-mente o concerto que encerra as festas com Os Azeitonas (22h) au-tores da música ‘Anda Comigo Ver os Aviões’.

A programação fi ca completa com ateliers, animação de rua e insufl áveis para os mais peque-nos.

Em Junho a Barquinha não pára

Até à inauguração do PECA, numa cerimónia presidida pelo Presiden-te da República, Cavaco Silva, no dia 6 de Julho, a Barquinha terá activi-dades e eventos regulares.

A saber: 13 junho - 9h - Hastear da Bandeira, Paços do Concelho; 10h45 - Tropas em parada, Barqui-nha Parque; 11h - Juramento de Bandeira da Escola Prática de En-genharia de Tancos, Barquinha Par-que; 15h - Sessão Solene de Atribui-ção de Medalhas de Mérito, Centro Cultural; 18h - Missa, Igreja Matriz VN Barquinha; 19h - Procissão em Honra de Stº António.

16 e 17 junho: 16h – 19h, 20h – 22h - Kid’s Village – insufl áveis, pin-turas faciais, animação e ateliers, Painel de pintura e cavaletes param ateliers de pintura

23 e 24 junho: 16h – 19h, 20h – 22h – Insufl áveis e Feira de Artesa-nato urbano; Painel de pintura e ca-valetes para ateliers de pintura

6 julho: 19h00 - Inauguração do Parque de escultura contemporâ-nea Almourol – cerimónia presidida por Sua Excelência, o Presidente da República, Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva.

21h00 - Melodia do Fogo – concer-to da Orquestra Ligeira do Exército com fogo sincronizado

Pessoas de todos os quadrantes sociais da sociedade, apaixona-das inveteradas pela vida na es-trada, libertas, bem-dispostas e com sede de aventura. Desde os mais novos aos mais expe-rientes, na Barquinha encontra-ram mais um local de culto para bons momentos ao ar livre

No dia 1 de Maio de 2011, a autarquia inaugurou a estação de serviço para auto-caravanas, junto à Avenida os Plátanos, pa-redes meias com o Parque Ri-beirinho, durante o II Encontro de Caravanismo de Vila Nova da Barquinha (VNB). Na altura este encontro juntou “portugueses, ingleses, espanhóis, holande-ses, franceses, holandeses e bel-gas”, explicou-nos Joaquim Ma-ção, 63 anos, barquinhense e organizador do evento que este ano celebrou em Maio a sua 3ª edição.

Conceição Oliveira, 67 anos, é lisboeta e faz Auto caravanismo desde os 30, “mas já há muito tempo que faço campismo sel-vagem”. Três edições do encon-tro na Barquinha e outras tantas presenças. “Atualmente é a ca-pital do Auto caravanismo, por causa das condições que en-contramos”. Helena Rodrigues, 63 anos, fi lha da terra, conti-nuou os elogios, “isto dantes era tudo um nateiro – onde as au-

tocaravanas fi cam e o parque ribeirinho se construiu – terra de cultivo, e agora temos um espaço maravilhoso, com mui-ta fama, vêm pessoas de todo o lado!”, conta.

Os autocaravanistas entrevis-tados fi zeram questão de con-tar sobre os benefícios econó-micos para o comércio local. “Quando vêm cá, portugueses e estrangeiros, os autocaravanis-tas gastam muito dinheiro nos restaurantes, mini-mercados, até no cabeleireiro!”, conta uma sempre bem disposta Concei-ção sentada confortavelmente no ‘alpendre’ da sua casa móvel. “O ano passado juntámos todos os talões e recibos com os gas-tos feitos na Barquinha e entre-gámos à câmara: 7 mil euros em apenas três dias”, fi naliza. Justa-mente a câmara municipal re-cebe rasgados e sentidos elo-gios e Joaquim Mação contou

porquê, “no primeiro encontro, em 2010, o presidente Miguel Pombeiro fi cou surpreendido com tanta adesão dos autoca-ravanistas e prometeu-nos uma área de serviço para o ano se-guinte. Dito e feito, em 2011 es-tava inaugurada!”.

Em 2010, segundo Joaquim Mação, estiveram na Barqui-nha 198 auto-caravanas, na se-gunda edição 203 e este ano, apesar das obras no espaço e no parque o número também foi muito satisfatório. Conver-sámos ainda com um casal de franceses que entraram em Por-tugal por Chaves e ali se junta-ram para o encontro, Jean Pierre e Bernardette Raison, de La Ro-chelle. “Viemos para conhecer a cultura da região. As pessoas são gentis e o espaço é muito acolhedor e agradável”. Vão vol-tar no futuro? “Oui, biensur!”.

Ricardo Alves

O rio corre quase debaixo dos nossos pés no deck da esplanada. Um novo es-paço que privilegia a qualidade da pai-sagem, da gastronomia e do convívio.

Inativo durante largo período de tem-po, o edifício da antiga esplanada, em Vila Nova da Barquinha, tornou-se um espaço ainda mais confortável. Boa-ventura Costa, 40 anos, é o mestre de cerimónias. Criou o ‘Azul Inox’, bar que marcou uma geração no Entroncamen-to, esteve depois em Torres Novas, onde igualmente marcou estatuto com uma cervejaria. Agora está na Barquinha num espaço que, diz desassombrado, é “paradisíaco”. E nós comprovámos isso mesmo.

Do edifício original resta o fundamen-tal para a sua solidez de construção. O que Boaventura Costa fez foi virá-lo, en-tregá-lo à beleza do rio Tejo. “A paisa-gem diz quase tudo, tem uma grande percentagem da qualidade do estabele-cimento”. Mas não só. Não fosse o servi-ço e a oferta de qualidade e a paisagem não chegaria para atrair os clientes. Com uma carta gastronómica que se sabo-reia ao mesmo tempo que os olhos se perdem na silhueta do Tejo e a pele sen-te a brisa de verão, não há razões para que a visita não perdure na memória... E, se queira, voltar mais vezes.

Como cervejaria que é, o Cais oferece petiscos variados, desde as moelas às febras trinchadas, das saladas de polvo e ovas ao camarão à casa – sempre com um toque da casa – mas também almo-ços e jantares, dentro ou fora das horas

“normais”, tudo acompanhado por boa bebida, neste caso destacando-se a cer-veja que abunda em variedade na altura de fazer a escolha. Tanto há cerveja na-cional como uma selecção de cervejas importadas mas a experimentar e sabo-rear também a cerveja que a Cervejaria Cais serve em exclusividade na região.

Os bifes, os famosos inquilinos das cer-vejarias míticas, estão igualmente pre-sentes no Cais e apesar da ampla ofer-ta no cardápio, Boaventura Costa real-ça aqueles com “molhos próprios, o bife com molho da casa” ou o naco na pe-dra que se cozinha fervilhando à mesa do cliente, tornando a paisagem do Tejo aromatizada pelos cheiros das suas es-peciarias. Se o verão é época que convi-da à esplanada, os meses mais frios con-vidam a estar à lareira que está instalada no espaço. Com o Europeu de Futebol à porta o ecrã gigante que passa jogos todo o ano é mais um aliciante para um ambiente que se quer de vitória para a equipa das quinas. De uma ou outra ma-neira, numa ou noutra época, a Cerveja-ria Cais tem sempre o Tejo como vizinho. Se não houvesse mais razões, esta bas-taria. Mas há, e muitas.

Cervejaria Cais: de mão dada com o Tejo

Auto Caravanismo, um estilo de vida

Festas: Barquinha é arte

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JUNHO2012 REGIONAL 23

Mais um ano que a rádio como você gosta vai voltar a galardoar a região. A Gala da Antena Livre e do Jornal de Abrantes é a gran-de festa da música, das entidades e personalidades do Médio Tejo. Este é um evento que já marca a agenda cultural da região e todos os anos conta com sala cheia. A Gala deste ano volta aplaudir as pessoas e as coletividades que muitas vezes passam desperce-bidas, mas que têm desenvolvido um trabalho meritório.

Quanto à música, a produção do espetáculo confi rmou até à data a presença dos roqueiros The Ka-viar e da fadista Dora Maria acom-panhada pelos seus músicos, pro-jetos locais que se têm destacado também a nível nacional. Um mo-mento de cânticos à capela e de folclore pelo grupo os Moleiros da Casa do Povo de Rio de Moinhos são outras atrações esperadas.

Este ano, os galardões atribu-ídos vão ser nas categorias de cultura, empresa, responsabili-dade social, prestígio/carreira, comunicação/ nacional, educa-

ção, desporto e música. A VII Gala Antena Livre e do Jor-

nal de Abrantes é uma organiza-ção da empresa Media On mas também é um evento levado a cabo por todas as entidades que patrocinam e apoiam esta festivi-dade já de renome.

É uma noite para aplaudir os valores musicais e homenagear quem se destacou este último ano nas mais variadas áreas.

Até ao fi nal do fecho desta edi-ção não foi possível divulgar todas as atrações musicais que vão mar-car presença no evento.

Eleições autárquicas de 2013 co-meçam a mexer nos bastidores polí-ticos. Ex-presidente da câmara acu-sa Armando Fernandes de iniciar o rumor e de ter uma agenda política.

Rumores infundados com ob-jetivo político. É assim que o ex-presidente da Câmara Munici-pal de Abrantes (CMA) comenta o ruído de fundo sobre uma eventual corrida contra Maria do Céu Albu-querque, atual presidente da CMA e ex-vereadora de Nélson Carvalho. “Eu não tenho nada a ver com estes rumores. Um cronista da Antena Li-vre disse isso e eu gostava de saber as fontes. A mim ninguém me per-guntou nada e eu não disse rigoro-samente nada.” O ex-autarca refe-ria-se a uma crónica de Armando Fernandes, no espaço semanal, de 23 de abril, em que o cronista co-mentou essa possibilidade.

Sobre Maria do Céu Albuquerque e a sua relação com a presidente da CMA, Nélson Carvalho disse que nada havia para pôr em causa pois este rumor é “uma mentira, pura especulação”. Já sobre a sua parti-cipação e militância na vida políti-ca do Partido Socialista (PS), Nélson Carvalho diz continuar a intervir, a pronunciar-se, com mais ou menos participação. “Mas continuo politi-camente ativo, não estou exilado.”

Depois de ter sido apoiante da candidatura de Fernando Nobre à Presidência da República, em detri-mento do candidato do PS, Manuel Alegre, Nélson Carvalho reforça o seu apoio ao partido: “Sou mili-tante há muitos anos, e hei-de ser sempre, a não ser que aconteça algo de maior”. Sobre o regresso à

vida política, diz que tem “relações normais com o PS” e que, “a voltar, não será em Abrantes”.

Armando Fernandes mantém o que disse

Armando Fernandes, cronista se-manal da Rádio Antena Livre, afi r-mou no dia 30 de maio que man-tém as suas palavras. “Disse que Nélson Carvalho poderá encabe-çar uma lista de independentes e que ele próprio poderia ter já feito sondagens nesse sentido. Quando faço comentários na Antena Livre faço por minha conta e não tenho agenda nenhuma. Já demonstrei que quando falo para a Antena Li-vre estou longe e livre de peias ou camisolas partidárias, não é meu timbre e forma de atuar.”

Mesmo sem revelar a “fonte fi de-digna” que lhe terá passado a infor-mação “dos queixumes que Nélson Carvalho disse a algumas pesso-as da área socialista no sentido de não o estarem a tratar bem, a dar a importância que merece”, Arman-do Fernandes considera normal esta atitude, chegando mesmo a defender que Carvalho merece que lhe seja dada essa importância e que “Nélson não é um lamechas nem lamúrias, a sua própria forma-ção leva-o a encarar as difi culdades por desafi os”.

Armando Fernandes disse tam-bém que não inventou a pólvora neste caso e que “os próximos me-ses vão ser relevantes nesse senti-do”. E conclui: “Ele terá sempre ten-dência para comparar o que fez e o que está a ser feito.”

Nélson Carvalhonega recandidatura a Abrantes

22 DE JUNHO, 21H, CINETEATRO S. PEDRO

VII Gala Antena Livre e Jornal de Abrantes

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JUNHO201224 REGIONAL

O Centro de Formação de Mação foi inaugurado a 18 de maio pelo Secretário de Estado Adjunto da Econo-mia e Desenvolvimento Re-gional, António Almeida Henriques, e pelo presidente da Câmara Municipal de Ma-ção, José Manuel Saldanha Rocha. Situado na Zona In-dustrial das Lamas, este novo equipamento é, nas palavras de Saldanha Rocha, “mais uma infraestrutura de supor-te à qualifi cação, de suporte à formação profi ssional, de suporte aos novos conheci-mentos”.

A construção do edifício do Centro de Formação iniciou-se em 2005 e contou com a colaboração de mais de uma centena de formandos de várias formações ligadas à construção, que ali foram

aplicando os conhecimen-tos adquiridos. É, portanto, fruto do trabalho desenvol-vido nas formações. “Este é o caminho”, disse António Al-meida Henriques. “Aprovei-taram-se os fundos comuni-tários para a formação, mas aproveitou-se o fruto des-ta formação para construir sinergias, num esforço con-tínuo. Um bom exemplo do que se deve fazer no presen-te e no futuro”.

O diretor do CENFIC, Fer-nando Carvalho Mourato, lembrou que o novo cen-tro de formação “resultou do sonho de uns e do tra-balho de outros”, com o “empenhamento de muita gente”. O espaço vai ser uti-lizado pelas pessoas e pelas empresas, sendo “importan-te para dinamizar um pro-

cesso de formação que tem acontecido aqui desde há muitos anos”.

O Centro de Formação fi -cará aberto a utilização para eventos municipais, empre-sariais, entre outros, fora dos compromissos da formação. Composto por várias salas de formação, dispõe ainda de um auditório que pressupõe,

por si só, um espaço conce-bido a pensar na partilha de conhecimentos. “As próprias empresas da Zona Industrial podem mesmo utilizar este espaço, fora dos programas de formação defi nidos pelo CENFIC, para acções de for-mação e palestras”, garantiu Saldanha Rocha.

Feira Mostra volta animar a regiãoMACÃO

Mação volta a estar em fes-ta nos próximos dias 29, 30 de junho e 1 de julho.

À semelhança dos anos an-teriores, o certame regres-sa ao Largo Infante D. Henri-que, mais conhecido por Lar-go da Feira, e conta com uma redução de cerca de 20% no orçamento.

Música, inaugurações, gas-tronómica típica e muito des-porto é o que espera para os dias dedicados à Feira Mos-tra.

O primeiro dia da festivi-dade arranca com a inaugu-ração de um novo auditório, que entra em atividade logo

no dia seguinte, com um re-cital de piano por Leonor Lei-tão Cadete. Outra novida-de é o lançamento da Carta Gastronómica do Concelho, que reúne um conjunto vas-to de receitas típicas de Ma-ção.

São sete os espaços de res-tauração que vão confecio-nar os pratos típicos e tradi-cionais da região, dinamiza-dos por algumas associações do concelho.

Há uma aposta clara na componente desportiva uma vez que vai acontecer um torneio de futsal inter-freguesias, um passeio de

BTT, um passeio pedestre e de cicloturismo, uma mos-tra de aeromodelismo e um passeio de motorizadas clás-sicas. Para além destas ativi-dades desportivas, as mar-chas populares vão animar a vila maçaense.

A XIV Feira do Livro está de regresso ao parque da festa, bem como os grupos musi-cais. Ana Free sobe a palco no primeiro dia, já no segun-do atuam os AFL Blid Zero e Mafalda Arnauthencerra os concertos. A música popu-lar vai também abrilhantar a festividade com a presença do Grupo Cultural os Maça-

enses, o Grupo de Cantares da Serra e o Grupo de Canta-res Musical Amendoenses.

As crianças vão poder con-tar com um espaço insufl ável. Ao contrário dos anos ante-riores, o tradicional comboio turístico não vai percorrer as ruas do centro histórico, nem vai haver fogo-de-artifício.

A Feira Mostra é já um mo-mento tradicional no conce-lho de Mação e conta com a dedicação e trabalho das as-sociações, juntas de fregue-sia e munícipes para a orga-nização de mais um momen-to de animação e cultura.

Joana Margarida Carvalho

Secretário de Estado inaugurou Centro de Formação de Mação

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Compotas, licores, biscoi-tos, bolos fi ntos, pão em for-no de lena, potinhos, sabo-netes, pregadeiras, caixas de chá, porta-moedas, entre ou-tros, foram os produtos que os alunos da Escola de Ensi-no Básico do 2º e 3º Ciclo Ma-ria Judite Serrão de Andrade de Sardoal e da Escola Básica de Gavião desenvolveram ao longo do ano letivo. Esta ati-vidade, enquadrada no pro-jeto Empresários na Escola culminou, no passado dia 12 de maio, numa participação numa Feira EMPRE, da Rede de Incubação e Empreende-dorismo da Região Centro, em Caldas da Rainha

No Médio Tejo, a Escola Bá-sica do Gavião recebeu, a 1 de junho a primeira feira da região. Neste caso, os alu-nos contaram com o apoio do CLDS - Contrato Local de Desenvolvimento Social “Ca-minhos”, da Santa Casa da Misericórdia de Gavião. No dia 9 de junho será a vez de outras 12 escolas do Médio Tejo (Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Freixianda, Mação, Minde, Tramagal, Tomar e Torres Novas) organizarem a sua feira, em Tomar, um pro-jeto apoiado pela Comuni-dade Intermunicipal do Mé-

dio Tejo (CIMT). No mesmo dia, o Parque Urbano Co-mendador João Martins, em Proença-a-Nova, vai ser pal-co do certame das cinco es-colas do Pinhal Interior (Olei-ros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei).

Produtos eléctricos, de pele, gastronómicos, horto-frutícolas, doçaria, materiais pedagógicos e reciclados variados compõem o catálo-go de artigos das “empresas” criados em contexto escolar no ano lectivo 2011/2012, através da aplicação da me-todologia EMPRE que envol-veu cerca de meio milhar de alunos e 29 docentes de 18 escolas do Médio Tejo, Pi-nhal Interior e Alto Alentejo.

O EMPRE todos os anos de-safi a os alunos do 2º e 3º ci-clo a criarem empresas, for-mando equipas e aplicando os vários processos, desde a criação de uma identida-de corporativa, estudo de mercado, defi nição das ga-mas dos produtos e gestão de fornecedores e clientes. A metodologia culmina com o ponto alto, as feiras, em que os estudantes conhecem os seus parceiros comerciais e têm mais uma oportunida-de de comercializar os pro-dutos desenvolvidos.

TAGUSVALLEY

Tecnopolo do Vale do Tejo organiza feiras com jovens empreeendedores

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JUNHO2012 REGIONAL 25

“Se o Homem faz a História, a História é um livro cujo en-

redo é o épico e trágico do ser humano. Os seres têm um

princípio, meio e fi m, um percurso irreversível. Existe uma

infi nidade ilusória porque a História se repete, apesar de

nunca se repetir da mesma maneira.”

Estas são palavras de Fernando Catroga, convidado da quinta Conferência Liceu, organizada pela Associação Cultural Palha de Abrantes e pela Escola Dr. Manuel Fer-nandes.

A 25 de maio, Fernando Catroga, professor da Faculda-de de Letras de Coimbra, defendeu, em Abrantes, o sa-ber como um poder. Na sua opinião, a informação per-mite-nos ter poder para pensar sobre o que nos rodeia, compreendendo o mundo. “A História pode infl uenciar o futuro, olhando para aquilo que aconteceu e procuran-do compreender porque aconteceu, fi ca-se munido de uma sabedoria para evitar situações análogas que pos-sam trazer fenómenos que, não sendo de repetição, aca-bam por se aproximar dessa mesma repetição.”

Fernando Catroga explicou que o conceito de crise pro-vém do grego e signifi ca a alteração das coisas, a existên-cia de uma mudança súbita, podendo ter dois signifi ca-dos inversos: a chegada ao fundo do túnel ou o início da melhoria. O professor lembrou que a crise está, ainda, diretamente ligada ao conceito de crítica e que ambas refl etem um sentimento de inquietação provocado pe-rante uma mudança. Ou seja, o que está a ser criticado está em crise.

Perante uma plateia de abrantinos, incluindo alunos da Escola Dr. Manuel Fernandes, Fernando Catroga lem-brou que o Homem vive com a ideia inerente de crise. “Existe uma insatisfação permanente e um desejo de al-cançar algo e ao mesmo tempo ultrapassar esse obje-tivo.” E acrescentou que já deviam ter sido extraídas li-ções do passado: “Já havia sintomas de que mais tarde ou mais cedo a sustentabilidade do euro seria posta em causa e quem iria em sofrer em primeiro lugar com as consequências seriam os países economicamente mais fracos.”

Natural de São Miguel do Rio Torto, Fernando Catro-ga falou ainda das suas raízes e sentimento de perten-ça, considerando-os “um confl ito porque há muitos sen-timentos de pertença de acordo com o que a vida nos apresenta”. No entanto, a terra dos pais é “um sentimen-to de pertença que nunca parte”. Existe, portanto, uma nostalgia das origens. “Quanto mais distanciado da ori-gem, mais em crise estamos.”

Mafalda Vitória

Para que serve a História em tempos de crise?

A Jornalista da revista “Vi-são”, Patrícia Fonseca, vai orientar uma ofi cina de Escri-ta Criativa, no dia 17 de Junho, entre as 14h30 e as 18h00, na Biblioteca Municipal Antó-nio Botto. A iniciativa está in-tegrada na programação das Festas de Abrantes. Os inte-ressados podem inscrever-se até dia 8 de junho através do e-mail [email protected] ou para o número 96 486 49 02. O preço da inscri-ção é de 10 euros e o núme-

ro máximo de alunos é de 25.Recorrendo à vasta experi-

ência da formadora, na área jornalística, serão ensinados truques para organizar e apre-sentar ideias de forma clara e apelativa. Serão também es-tudadas técnicas narrativas aplicadas na escrita de tex-tos de médio e longo forma-to, de fi cção e não fi cção: para escrever uma biografi a; o diá-rio de uma grande viagem ou aquele romance que vive no imaginário há vários anos.

Patrícia Fonseca, que embo-ra natural de Coimbra, cres-ceu e viveu na freguesia de Tramagal, é Grande Repórter da revista “Visão”, onde ini-ciou a carreira de jornalista e onde regressou em 2003. Foi fundadora e Grande Repór-ter da revista Focus, produ-tora editorial da revista Ego-ísta, jornalista freelancer, co-laborando com vários órgãos de comunicação social na-cionais e internacionais. Os seus trabalhos foram várias

vezes premiados. Destaque para os prémios atribuídos recentemente à sua reporta-gem “A luta para salvar Safi -ra”, publicada na “Visão” em outubro de 2011, distinguida com o 1º Prémio de Jornalis-mo Novartis Oncology, na ca-tegoria de Imprensa.

Workshop de Escrita Criativa, com a Jornalista Patrícia Fonseca

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JUNHO201226 SAÚDE

Vamos prevenir a Obesidade nos Jovens!

Secção da responsabilidade da Unidade de Saúde Pública do ACES do Zêzere

Segundo a Organização Mundial da Saúde [OMS], a obesidade é considerada uma doença que face à sua elevada prevalência a nível mundial, é vista como a epi-demia global do Século XXI.

A OMS, reconhece que pre-sentemente a obesidade “tem uma prevalência igual ou superior à da desnutri-ção e das doenças infeccio-sas, pelo que considera que se não forem tomadas “me-didas drásticas para preve-nir e tratar a obesidade, mais de 50% da população mun-dial será obesa em 2025.” As-sim, a obesidade é uma do-ença crónica, atinge homens e mulheres de todas as raças e de todas as idades, com enorme prevalência nos pa-íses desenvolvidos. É actual-mente considerada, a seguir ao tabagismo, como a se-gunda causa de morte sus-ceptível de prevenção.

Tem-se verifi cado uma pre-ocupação crescente sobre a relação de uma alimentação desequilibrada durante a in-fância e a manifestação de determinadas doenças na idade adulta.

A preocupação com as questões da obesidade é um facto com visibilidade na-cional, traduzida no Progra-ma Nacional de Combate à

Obesidade (2005). Essa pre-ocupação também está pre-sente na Unidade de Saú-de Pública do Zêzere. Neste contexto, surgiu o projecto de combate à obesidade nos jovens, com o título “Põe-te na Linha”, que se encontra neste momento em fase de implementação nalguns con-celhos do ACES II – Zêzere. A metodologia utilizada tra-duz-se na formação de gru-pos de interajuda constituí-dos por jovens com excesso de peso, e conta com o apoio de técnicos de saúde, nome-adamente médicos de saú-de pública, enfermeiros, psi-cóloga, nutricionista, e uma professora de educação físi-ca que se reunirão no Centro de Saúde, semanal ou quin-zenalmente.

Por isso, se és jovem, tens excesso de peso, queres ser activo e saudável e claro, que-res ter novas amizades, junta-te ao nosso grupo, onde po-des adquirir: autoconfi ança e motivação para mudares o teu estilo de vida com a adopção de hábitos alimen-tares saudáveis, estimulação para a prática de activida-de física e actividades que te ajudam na perda de peso.

Nuno Barreta e Ana SalgueiroUnidade de Saúde Pública do Zêzere

SAÚDE É ...

Apadrinhar um idoso é o desafi o que o Contrato Lo-cal de Desenvolvimento So-cial de Mação (CLDS) está a fazer à comunidade. Não há nenhum requisito específi co a ter em conta, basta ter uma idade mínima de 18 anos e estabelecer um contacto próximo com um idoso ma-

çaense, executando peque-nas tarefas como ir buscar medicação, promover leitu-ras e jogos, telefonar ou fazer companhia. Trata-se de apa-drinhar quem mais precisa, dando-lhe a máxima aten-ção. Vasco Estrela, vice-pre-sidente da autarquia de Ma-ção, explicou ao JA que os

idosos do concelho sempre foram uma das preocupa-ções da Câmara Municipal e do CLDS. Muitos dos idosos do concelho encontram-se bastante dispersos, comple-tamente isolados e por vezes sozinhos. As inscrições já es-tão abertas junto do CLDS de Mação.

MAÇÃO

Cuidar de quem mais precisa

Page 26: jornal abrantes

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O Senhor Jesus do Capítulo e as preces para chover

LUGARES COM HISTÓRIA

TERESA APARÍCIO

Antigamente, em invernos extre-

mamente secos como foi o deste

ano, a fé das pessoas levava-as a im-

plorarem a Deus que lhes enviasse

chuva, para que a fome não gras-

sasse entre as pessoas e animais.

Faziam-se então as chamadas pre-

ces para chover e a imagem, que

em Abrantes era mais invocada,

nestas circunstâncias, era a do Se-

nhor Jesus do Capítulo.

Encontra-se, hoje, esta bela ima-gem no altar-mor da igreja de S. João Baptista e tem atrás de si já um longo historial. Consta que foi trazida de Roma, em 1452, pelo pri-meiro conde de Abrantes, quando aí foi, como embaixador, ao servi-ço do rei D. Afonso V. Ao regres-sar, entregou-a aos religiosos de S. Domingos, que então ainda se en-contravam no seu primitivo mos-teiro, situado no local denomina-do Rio Pombal e mais tarde Mos-teiro Velho, perto de Alferrarede. Puseram-na os frades na Sala do Capítulo, passando, a partir daí, a ter o nome que ainda hoje conser-va. Contudo, neste local, só podia

ser admirada pelos frades, o que entristecia as populações, mas, quando em 1509, se deu início às obras do novo convento, ago-ra já dentro das muralhas da vila, os religiosos vieram residir, provi-soriamente, para o Castelo e trou-xeram consigo a imagem que tan-to veneravam, colocando-a no al-tar-mor da igreja de Santa Maria do Castelo. Aí, podia ser admirada por todos, incluindo as mulheres, cuja entrada estava interdita no convento dominicano e, segun-do rezam as crónicas da época, o templo era pequeno para tanta gente, que ali acorria para admirar e rezar à santa imagem.

Em 1527, quando o convento fi -cou pronto, foi levada para a sua nova casa dominicana e foi nova-mente colocada na Sala do Capí-tulo, fi cando, outra vez interdito o seu acesso à maioria da popu-lação. Esta situação só se alterou em 1571, altura em que grassava em Abrantes e no país uma gran-de peste. Perante tão grande ca-lamidade, os frades fi zeram votos de festejar o santo da sua igreja, que Deus indicasse como aquele a quem se deviam dirigir as pre-

ces das pessoas. Tirada à sorte por uma criança, a imagem indicada foi a do Senhor Jesus do Capítulo e, por seu intermédio, foi implora-da a misericórdia divina e tão efi -cazmente que a peste cessou de imediato. A comemorar este facto, a partir daí, todos os anos a 22 de Março, dia em que se tinham feito as primeiras preces, o Senhor Je-sus do Capítulo era festejado e a sua imagem, tida como milagrosa, passou para a igreja do convento, onde já todos a podiam venerar. Aí se conservou até 1847, altura em que, após a extinção dos con-ventos, foi transferida para a igre-ja de S. João, onde ainda hoje se encontra.

Sendo considerada uma imagem muito milagrosa, a ela recorriam os abrantinos, em alturas de cala-midade pública, como era o caso das secas. Em 1714, ano extrema-mente seco, fi zeram os abrantinos novenas e ladainhas que termina-ram com uma procissão de peni-tência. Conta-se que, começando esta com um dia de sol radioso, quando ia a meio da vila o céu co-meçou a escurecer e, quando re-colheu, já chovia copiosamente.

Há também notícia de que a ima-gem saiu em procissão, imploran-do chuva, a 25 de Março de 1849, em1895, 1907 e a 19 de Março de 1945. Segundo os jornais da épo-ca, esta última foi uma impressio-nante procissão, em que tomaram parte cerca de dez mil pessoas, não só do concelho de Abrantes, mas também de Constância, Sar-doal, Ponte de Sor e Gavião. A par-tir daí, não há mais notícia de que

se fi zessem preces para chover, com esta veneranda imagem.

Bibliografi a:

Morato, Manuel António e Mota, João Valentim da Fonseca, “Memória Histó-rica da Notável Vila de Abrantes” edi-ção da Câmara Municipal de Abrantes, 1981

Oleiro, Diogo, “Jornal de Abrantes” de 26-12-1954

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JUNHO201228 CULTURA

Abrantes Abrantes3 de junho – Concerto “XXI En-contro de Coros do Ribatejo” – Cine-Teatro S. Pedro, às 17h6 a 29 de junho – Exposição “Abrantes, um Património por redescobrir” – Biblioteca Antó-nio Botto7 a 30 de junho – Exposição de pintura de Aurélia Rodrigues - Associação Envolve 9 a 27 de junho – Exposição “Austeridade (e pequenos sinais de fumo), de Ana Vidigal – Gale-ria Municipal de Arte13 de junho – Apresentação da obra “Unidos no Amor Contra a Indiferença”, de Isabel Barata e Manuel Matos – Biblioteca An-tónio Botto, às 21h3014 a 17 de junho – Festas de Abrantes 2012 – Música, des-porto, exposições, tasquinhasA partir de 14 de junho até no-vembro – Exposição “Em pedra: lascar, polir, gravar, esculpir…”, IV Antevisão do Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes – Museu Dom Lopo de Almeida (Castelo)17 de junho – Workshop “Foto-grafi a em Movimento” – Asso-ciação Envolve, Rossio ao Sul do Tejo, das 10h às 18h21 e 28 de junho – “Há cinema na Praça Barão da Batalha”, às 21h3022 de junho – Gala Antena Livre – Cine-teatro S. Pedro, às 21h30Cinema - Espalhafi tas – Cine-te-atro S. Pedro, às 21h30:5 de junho – “Os Marretas” (11h)6 de junho – “J. Edgar”13 de junho – “Vergonha”20 de junho – “Off side”27 de junho – “Le Havre”

Barquinha 1 a 3 de junho – “Vem Voar na Barquinha” – várias atividades na Escola Ciência Viva2 de junho – Palestra “Usar o Passado” com Rui Carvalho, Ivo Oosterbeek e Sílvia Marques – Centro Cultural, às 17h7 de junho a 6 de julho – “Bar-quinha é Arte” – Inauguração do parque de escultura Contem-porânea Almourol – Concertos, desporto, exposições23 e 24 de junho – Feira de Ar-tesanato Urbano – Parque Ribei-rinho, das 14h às 20h

Constância Até 3 de junho – Exposição de tampos de bancos e de cadei-ras em trapilho de Luís Sirgado – Posto de Turismo1 a 29 de junho – Mostra bio-bibliográfi ca de Alexandre Pa-rafi ta – Biblioteca Municipal, das 10h às 18h

1 a 29 de junho – Exposição “Do livros ao brinquedo”, brin-quedos a partir de materiais re-ciclados – Biblioteca Municipal, das 10h às 18h9 de junho a 1 de julho – Expo-sição “Artes e Mimos da São” – Artes decorativas de Conceição Cavaleiro – Posto de Turismo, segunda a sexta-feira das 9h às 18h, sábados e domingos das 11h às 13h e das 14h às 18h9 e 10 de junho - XVII Pomonas CamonianasDVDteca à sexta – Biblioteca Alexandre O´Neill, às 15h:1 de junho – “Entrelaçados”8 de junho – “O Caso Farewell”15 de junho – “Os Simpsons – O Filme”22 de junho – “O Presságio da Corujo”29 de junho – “A Magia do Ar-co-íris” ”

Mação Até 8 de junho - Exposição “Um olhar sobre o nosso Patrimó-nio Cultural: Histórias das nos-sas memórias” - Biblioteca da EB 2,3/S de Mação1 de junho – “Fazes-me Falta…3Gerações…3 Histórias”, com presença de um grupo cultural do concelho – Biblioteca Muni-cipal, às 21h1 de junho – Ciclo de Cinema Documental com “O Mercado Europeu” – Museu de Arte e Pré-história, às 21h16 e 17 de junho – Expo-Feira em Carvoeiro 23 de junho – Feiras de Arte-sanato – Largo dos Bombeiros, das 10h às 19h29, 30 de junho e 1 de julho – XIX Feira Mostra – Artesanato, gastronomia, actividades, con-certos29 de junho a 14 de julho – XIX Feira do Livro de Mação – Recin-to da Feira Mostra e na Bibliote-ca Municipal

Sardoal 16 de junho – Teatro “Sobre a mesa de Cabeceira”, pela Com-panhia de Teatro Poucaterra do Entroncamento – Centro Cultu-ral Gil Vicente, às 21h3022 de junho – Espetáculo de magia “Chaos” por Luís de Ma-tos - Centro Cultural Gil Vicente, às 21h3030 de junho – Dança “25 anos depois – Homenagem ao mú-sico Zeca Afonso”, pela Escola Vocacional de Dança da Filar-mónica Gualdim Pais (Tomar) - Centro Cultural Gil Vicente, às 21h30Cinema – Centro Cultural Gil Vicente:2 de junho – “A Invenção de Hugo” (16h e 21h30)17 de junho – “Lorax” (16h)

AGENDA DO MÊS

Luís de Matos vai apresen-tar o seu mais recente espe-táculo de magia “Chaos”, no Sardoal, no dia 22 de junho, às 21h30. O Centro Cultural Gil Vicente recebe o mágico português para uma experi-ência mágica de cerca de 90 minutos. Os bilhetes têm o preço único de 10 euros e en-contram-se à venda na bilhe-teira do Centro Cultural, de 1 a 22 de junho. Em “Luís de

Matos Chaos” os mais estra-nhos elementos interagem de forma mágica e surpre-endente, onde o público é chamado a interagir duran-te todo o espetáculo. “Luís de Matos Chaos” é uma experi-ência mágica sem preceden-tes, uma coleção de mistérios tornados realidade em cada representação, constituindo uma viagem mágica pessoal, intransmissível.

O “Caos” de Luís de Matos no Centro Cultural de Sardoal

Voar na Barquinha O fi m de semana de 1 a

3 de junho vai ser especial em Vila Nova da Barquinha. “Vem voar na Barquinha”, assim de designa o even-to que levará à Escola Ci-ência Viva animação com workshops, encontro com escritores e os mais varia-dos desportos. No dia 1 de junho, em que se comemo-ra o Dia Mundial da Crian-ça, as escolas do concelho organizam diversas activi-dades destinadas às crian-ças do ensino pré-escolar e 1º Ciclo de Ensino Bási-co. O segundo dia de “Vem voar na Barquinha” começa às 14h30 com um workshop teórico e prático de skate, a ter lugar no Parque de Desportos Radicais. Pelas 15h30 o artesão Manuel Rodrigues, que se dedica ao fabrico de aviões em latoa-ria, vai estar à com conversa com o público, seguindo-se, pelas 17h30, a rubrica “Café

com Ciência com…” João Henriques, Ofi cial Pára-que-dista. Os balões de ar quen-te começam a subir a partir das17h30 e às 22 horas ha-verá animação com balões com luz LED de diferentes cores. O terceiro dia de ju-nho tem início no Parque de Desportos Radicais com um Campeonato de Skate, que decorre entre as 14h30 e as 19 horas. Pelo meio haverá uma nova sessão de con-versa com o artesão Manuel Rodrigues, às 15h30. Uma viagem de experiências.

José Figueiredo

AdvogadoPós-Graduado em Direito Fiscal das Empresas

Pós-Graduado em Fiscalidade

Áreas de ActividadeDireito Fiscal | Direito Administrativo | Direito Comercial | Direito da Insolvência

Av. Combatentes da Grande Guerra, 43 - 2.º C2400-123 Leiria - Portugal

Tel.: 244 823 755 • Fax: 244 813 522josefi [email protected] • www.josefi gueiredoadvogado.com

Em junho Abrantes recebe três exposições em lugares diferentes - Galeria de Arte, Biblioteca António Botto e o Museu Dom Lopo de Al-meida. A Galeria de Arte re-cebe entre 9 de junho e 27 de julho a exposição “Aus-teridade (e Pequenos Sinais de Fumo) ” de Ana Vidigal. A pintora e artista plástica nasceu em Lisboa em 1960, concluiu o Curso de Pintu-ra da Escola Superior de Be-las Artes de Lisboa em 1984 e tem exposto por todo o país. Já a Biblioteca António Botto vai ter em exposição várias fotografi as sobre o património edifi cado, rural e religioso do concelho de Abrantes. “Abrantes, um Pa-trimónio por redescobrir” pode ser visitada entre 6 a 29 de junho. Por sua vez, o Museu Dom Lopo de Almeida, no Castelo de

Abrantes, acolhe uma nova exposição da IV Antevisão do Museu de Arqueologia e Arte de Abrantes. “Em Pe-dra: Lascar, Polir, Gravar, Es-culpir…” vai estar em mos-tra de 14 de junho a 30 de novembro e pretende mos-trar diversos objetos de pe-dra, uma matéria-prima uti-lizada ao longo dos tempos para vários fi ns. Três exposi-ções, três modos de olhar o mundo, três modos de pen-sar.

Exposições em Abrantes

A Associação Envolve, sediada no Rossio ao Sul do Tejo, Abrantes, vai expor os trabalhos de pintura de Au-rélia Jesus Valle Rodrigues, de 9 a 30 de junho. Foi como di-retora de Educação Cristã no Seminário da Igreja Presbi-teriana de Portugal que de-senvolveu o gosto pelo dese-nho e pintura. Aurélia Jesus Valle Rodrigues nasceu no Montijo em 1931 mas reside actualmente em Abrantes. Esta aposentada Professora de Português e Francês no

Ensino Secundário frequen-ta as aulas de Desenho e Pin-tura, na Escola dirigida pelo Pintor Massimo Esposito, em Abrantes.

Associação Envolve expõe pintura de Aurélia Rodrigues

Coordenação de ANDRÉ LOPES

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JUNHO2012 CULTURA 29

AS CARAS DA RÁDIO

“Sou fã incondicional destas músicas dos anos 80 e 90”

Carla Esteves está na Antena Livre há cerca de 7 anos e no ar sem interrupção há cerca de 3 anos com o seu”Best Off ”. Com duas horas de emissão, entre as 11h e as 12h e entre as 15h e as 16h, Carla Es-teves leva-nos de segunda a sexta -feira numa fantástica viagem musical pelos anos 80 e 90, que fazem as delícias de quem gosta de recordar grandes canções.

A Assessora Comercial que nasceu em Portalegre vive em Abrantes desde os 15 anos e começou a fazer rádio por mero

acaso. Um dia, teve necessidade de re-alizar um trabalho escolar para o qual a ajuda da rádio era essencial. Dirigiu-se então à RAL e foi pelas mãos do Valério de Almeida que conseguiu fazer o seu trabalho. O locutor da estação não fi cou indiferente à sua voz e desafi ou-a a fa-zer rádio. Pouco tempo depois, Carla Es-teves estreava-se aos microfones com “A Loja do Mestre André”, programa que fa-zia as delícias da pequenada e que este-ve no ar até ao fi m das emissões da RAL.

Depois, disso passou 2 anos pela Rádio Tágide após os quais aceitou o convite da direção de programas da Antena Li-vre para fazer locução de continuidade. Ao JA Carla Esteves afi rmou que: “Ado-ro fazer o Best Off . Sou fã incondicional destas músicas dos anos 80 e 90 e tenho um feedback muito positivo do nosso auditório. E adoro estar na Antena Livre. Gostei muito dos tempos da RAL e ado-rei a Tágide, mas realmente estar nesta rádio tem um gostinho especial”.

Emissão com Carla Esteves: Das 11h00 às 12h00 e das 15h00 às 16h00 - segunda a sexta-feira

ABRANTES: Ed. S. Domingos - Rua de S. Domingos – 336 – 2º A – Apart. 37Tel. 241 372 831/2/3 – Fax 241 362 645 - 2200-397 ABRANTES

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Teresa Roboredo Consciência

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“O maravilhoso mundo dos pais que trabalham” é o tema de uma conferên-cia temática que a Asso-ciação Vidas Cruzadas pro-move, no dia 20 de junho, pelas 18h00, na Biblioteca Municipal António Botto, em Abrantes. Ao participar nesta iniciativa, “os pais te-rão oportunidade de des-cobrir as questões que po-derão tornar mais fácil e isenta de culpa a gestão destas duas áreas impor-tantes da sua vida”: ser mãe ou pai e, simultanea-mente, profi ssional. O ob-jectivo desta conferência

é o de proporcionar mo-mentos de refl exão que originem tranquilidade e segurança no desempe-nho de ambos os papéis. A entrada é livre, mas a Vidas Cruzadas agradece que os participantes contribuam com um alimento para o Cabaz Social.

Conferência para pais e mães que trabalham

Page 29: jornal abrantes

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JUNHO201230 CULTURA

ANA CLÁUDIA DAMAS *

A maioria dos que, no dia 4 de Maio,

assistiram ao concerto dado por

Paulo de Carvalho, em Abrantes,

aparentavam ter a idade de quem

teve o privilégio de ouvir a músi-

ca “E Depois Do Adeus” na rádio, a

25 de Abril de 1974. Antes da noi-

te que se tornou memorável para

os que estiveram presentes, Paulo

de Carvalho falou sobre os seus 50

anos de carreira e da música.

Como tem sido comemorar 50

anos de carreira?

Tem sido muito bom, com este es-petáculo que andamos a fazer, que corresponde a um DVD que fi zemos e que saiu no ano passado. O espe-táculo é o mesmo, com os meus fi -lhos como convidados, a Mafalda Sachetti e o Ágir. Muitas das músi-cas são músicas que as pessoas co-nhecem e reconhecem na minha voz. Logicamente, não sou o mes-mo músico, o mesmo cantor, de há 10, 20 ou 30 anos, portanto essas músicas sofreram modifi cações de arranjo – na forma de tocar, não as músicas em si. As pessoas vêm para as ouvir, e ouvem-nas, mas também vão ouvir cantigas novas.

É a primeira vez que atua em

Abrantes?

Não, nestes 50 anos, não é. Franca-mente, não me lembro há quanto tempo não vinha aqui. Portugal, ge-ografi camente é tão pequeno, mas depois torna-se tão grande, nestas questões dos convites para vir tocar às terras. Penso que tem a ver com modas, e as modas não correspon-

dem, muitas vezes, ao que de bom se faz na música nesta terra. Espero que, quem vier cá hoje, goste do que vai ver e ouvir. Para já, espero que venham pessoas… e que, de pre-ferência, tragam gente mais nova.

Já falou de como mudou como

músico. O que mais mudou no

Paulo de Carvalho nestes últimos

50 anos?

Tudo aquilo que muda através do tempo nas pessoas que vivem pre-ocupadas não só consigo próprias, mas também com quem e com o que os rodeia. Penso que a nossa vida tem de ser feita por atenção àquilo que nos rodeia, e de partici-pação nisso mesmo. Nós participa-mos na vida das outras pessoas, isto é um coletivo, a Terra é feita de to-dos nós: alguns mais distraídos, ou-tros menos… Eu tentei, pelo menos, que houvesse um aperfeiçoamento no caráter e na pessoa que sou hoje em dia, não só profi ssionalmente, mas também pessoalmente.

E passados 50 anos, ainda há

“qualquer coisinha” pela qual

queira pedir desculpa?

Não. Essa frase nem é entendida

assim. “Desculpem qualquer coisi-nha” signifi ca que “se não gostam, o problema é vosso”.

Essa atitude mantém-se?

Claro que sim. Até, talvez, refor-çada, não porque eu, de repente, passasse a ter enormes certezas de tudo o que me rodeia (acho que nós, quanto mais vamos vivendo, menos certezas temos), mas por-que sei o caminho por onde vou, sei o que quero fazer, e sei, sobretudo, os sonhos que tenho.

Há uns anos atrás, disse que já

tinha mudado de estilo musical

algumas vezes ao longo da car-

reira, mas que, a partir daquele

momento, passaria a fazer algo

“etno-urbano”, como lhe chamou.

Pretende continuar nesse estilo?

Cada vez mais. É evidente que este espetáculo passa um bocado por esse estilo de música, mas também passa por outro tipo de músicas, porque eu andei desde o rhythm and blues, ao rock, à música de im-provisação – a que chamam jazz –, a fados. Portanto, há de tudo num espetáculo que eu tenha que fazer, que represente 50 anos da minha

existência. A etno-urbana é… nós temos necessidade de pôr rótulos às coisas. Eu gosto muito de músi-ca étnica. Gosto e pratico a música étnica portuguesa, sobretudo da minha região, da minha cidade que é Lisboa. Por outro lado, faz todo o sentido chamar etno-urbano, por-que eu sou um citadino. Nasci em Lisboa, sou muito lisboeta, muito alfacinha, e há muitas raízes de fado naquilo que vou andar a fazer daqui para a frente, o que não quer dizer que sejam fados cantados e toca-dos “à fado”.

Os seus fi lhos já partilharam o

palco muitas vezes consigo. Ape-

sar de terem estilos muito dife-

rentes, acha que os seus fãs tam-

bém são fãs dos seus fi lhos?

É provável que os possíveis fãs da Mafalda estejam mais próximos de ser meus fãs, do que do Ágir. Há uma grande diferença de idades en-tre mim e o meu fi lho, e uma gran-de diferença na música que pratica-mos. Mais ele do que eu. Eu chego com mais facilidade à música dele, do que ele chegará à minha. Não é porque não saiba fazer, é porque não gosta, não é do tempo dele…

Mas a música que ele faz tam-

bém não é do seu tempo…

É, é. O meu tempo é agora (ri).

Digo isto porque, muitas vezes,

as pessoas mais velhas dizem: “O

que a malta nova agora faz…”. Não

acha que as pessoas mais velhas

se fecham um bocadinho mais?

Não, as pessoas mais velhas po-dem é ter um espírito mais velho também. Mas também podem ter um espírito mais novo, não é uma questão de idade. Eu acho que nós aprendemos em todas as idades, viver é isso mesmo: é ir aprenden-do, é ir fazendo, ir vendo… Nós não aprendemos só com aqueles que sabem mais que nós, nós também aprendemos com os que sabem menos, quanto mais não seja como não se deve fazer (ri).

Há alguém com quem gostasse

de trabalhar, mas que ainda não

teve oportunidade?

Vamos falar de duas pessoas. Há uma pessoa com quem tive opor-tunidade de trabalhar, com quem eu gostava muito de trabalhar, e com quem já trabalhei variadíssi-mas vezes, é quase uma espécie de irmão, que é o Ivan Lins. E há uma pessoa com quem ainda não tra-balhei, e adorava trabalhar, que é o Pat Metheny. A esperança só mor-re connosco, portanto vamos ver se um dia destes até os consigo juntar os dois, e trabalharmos os três. Acho que é possível. Eu sei que eles têm uma grande admiração um pelo outro. Um conhece-me bem, e sabe do que é que sou capaz; o outro sabe da minha existência através de amigos comuns, mas não sabe mui-to bem quem eu sou musicalmen-te. Por outro lado, comercialmente falando, não sei no que é que isto pode dar, porque a parte comercial também é muito importante, e aqui estamos a falar de um músico, que é um enorme guitarrista, e de um modo geral, o grande público não gosta muito de música instrumen-tal. Mas tenho esperança de con-seguirmos fazer uma coisa em con-junto.* aluna de Comunicação Social da ESTA

“O meu tempo é agora”

Gosto e pratico a música étnica portuguesa, sobretudo da minha região, da minha cidade que é Lisboa

•“Penso que a nossa vida tem de ser feita por atenção àquilo que nos rodeia”

Page 30: jornal abrantes

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SERVIÇO DE ENFERMAGEMMaria João

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SARDOAL

EDITAL N.º 05 / 2012MIGUEL JORGE ANDRADE PITA MORA ALVES

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SARDOAL

FAZ PÚBLICO que, para efeitos do art.º 91º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, se publicam as deliberações da Assembleia Municipal, tomadas em sessão ordinária, realizada no dia 27 de abril de 2012:

- PRESTAÇÃO DE CONTAS 2011;(Deliberado por maioria aprovar, com dez votos a favor e seis contra).

E para constar se lavrou o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afi xados nos lugares públicos de estilo.

Paços do Município de Sardoal, 04 de maio de 2012

O Presidente da Assembleia MunicipalMiguel Jorge Andrade Pita Mora Alves

Cartório Notarial de Vila de ReiJUSTIFICAÇÃO

- Nos termos do art. 100.º, do Código do Notariado, certifi co que por escritura de 24 de Maio de 2012, lavrada a fl s. 52 e seguintes do livro número 68-E, para escrituras diversas deste Cartório, na qual MANUEL DOS SANTOS ALVES, e mulher, ANA PAULA PINTO ALVES, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia e concelho de Sardoal, ela da freguesia de Santa Justa, concelho de Lisboa, residentes na Rua das Flores, n.º 8, Buraca, Amadora, declararam ser, com exclusão de outrem, donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto de citrinos, olival, solo subjacente de horta em olival, com a área de trezentos e sessenta metros quadrados, sito em VALE DO PORTO, freguesia e concelho de Sardoal, que confronta pelo norte, pelo sul e pelo poente com Manuel dos Santos Alves e pelo nascente com a Estrada Nacional, inscrito na matriz sob o artigo 58, Secção AG.- Que o referido prédio, com a indicada composição, veio à sua posse, por volta do ano de mil novecentos e noventa e um, já no estado de casados, por compra verbal que fi zeram a Maria de Jesus, solteira, maior, residente que foi na Rua Rui de Barros Oliveira, n.º 33, Sintra, já falecida, não tendo, porém, sido reduzido a escritura publica a referida compra.- Que desde essa data, em que se operou a tradição material do prédio, passaram a cultiva-lo, a apanhar a azeitona, a colher todos os seus frutos e rendimentos, a trazer pontualmente pagas as respectivas contribuições, a suportar os seus encargos, agindo com a convicção de serem proprietários daquele imóvel e como tal sempre por todos foram reputados.- Que nos termos expostos, vêm exercendo a posse sobre o mencionado prédio, com a indicada composição, ostensivamente, à vista de todos, sem oposição de quem quer que seja, em paz, continuamente, há mais de vinte anos.- Que tais factos integram a fi gura jurídica da USUCAPIÃO, que invocam, para efeitos de primeira inscrição no registo predial, por não poderem provar a alegada aquisição pelos meios extrajudiciais normais.- Está conforme o original.

Vila de Rei, 24 de Maio de 2012

O Ajudante,Júlio de Oliveira Gaspar

(em Jornal de Abrantes, edição 5496 de Junho de 2012)

ABRANTES

José Viegas Furtado Pais LoureiroN. 05.10.1932 - F. 01.05.2012

AgradecimentoEsposa, fi lhas, genros e netos agradecem profundamente a todos os que manifestaram o seu carinho e apoio neste momento de imensa dor, prestando, assim, homenagem ao seu ente querido. Que as boas recordações o perpetuem.Lutaste com afi nco e coragem para prolongares a dádiva da vida. Agradecemos-te. Admiramos-te. Uma parte de nós foi contigo, e uma parte de ti fi cou connosco, criando um laço que jamais será desfeito. Um abraço de eterna saudade. Descansa em paz.

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