Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

32
Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha jornal abrantes de Escola Dr. Manuel Fernandes avança, ponte aguarda Os trabalhos de requalificação da Escola Dr. Manuel Fernandes implicam um inves- timento global de 15 milhões de euros e um período de intervenção de cerca de 18 me- ses. Quanto à ponte, ainda não há uma data para o início das obras e para os constran- gimentos que irão surgir. Pág 8 e 9 Federação Distrital do PS em momento eleitoral Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes, e António Gameiro, atual presidente da federação, são os dois candi- datos à liderança da distrital socialista. Ao Jornal de Abrantes apresentam os motivos das suas candidaturas. Págs. 11 e 12 CM de Abrantes recebe viatura elétrica da Mitsubishi A autarquia é uma das seis entidades na- cionais que irá testar, em regime experi- mental e durante um ano, uma viatura Can- ter E-Cell, da Mitsubishi Fuso, concebida e desenvolvida na Mitsubishi do Tramagal. Pág. 14 OBRAS POLÍTICA ECONOMIA AGOSTO 2014 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · MENSAL · Nº 5522 · ANO 115 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA GRATUITO PUB Mação e Sardoal vão receber água de Castelo de Bode Pág. 17 PUB A nova edição do ESTAJornal, jornal laboratório do curso de Comunicação Social da ESTA, é exclusivamente dedicada à semana que encheu Abrantes de arte. O 180 Creative Camp voltou e deixou marcas de criatividade no espaço urbano. Espaço urbano de Abrantes recheado de arte e criatividade AGOSTO DE 2014 EDIÇÃO Nº 34 www.estajornal.com DIRETORA: HÁLIA COSTA SANTOS DIRETORA ADJUNTA: RAQUEL BOTELHO JORNAL LABORATÓRIO DO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE ABRANTES 180 Creative Camp Convidados pelo canal de televisão 180, alguns dos mais inovadores criadores internacionais, com talentos que desafiam a cultura contemporânea, andaram pelas ruas abrantinas. A eles juntaram-se jovens de 17 nacionalidades, que foram também desenvolvendo dos seus projetos. Foram oito dias de criação de vídeo, intervenção urbana, masterclasses, workshops, concertos e talks. No balanço, o diretor do Canal 180 diz que "a obra que se realizou é impressionante". A cidade ficou com marcas de criatividade e a população foi interagindo, com curiosidade. Abrantes transformada pela arte D FOTOGRAFIA CARMEN ALVES

description

Jornal de Abrantes, Sardoal, Mação, Vila de Rei, Constância e VN Barquinha

Transcript of Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

Page 1: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinhajornal abrantesde

Escola Dr. Manuel Fernandes avança, ponte aguardaOs trabalhos de requalificação da Escola Dr. Manuel Fernandes implicam um inves-timento global de 15 milhões de euros e um período de intervenção de cerca de 18 me-ses. Quanto à ponte, ainda não há uma data para o início das obras e para os constran-gimentos que irão surgir. Pág 8 e 9

Federação Distrital do PS em momento eleitoralMaria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes, e António Gameiro, atual presidente da federação, são os dois candi-datos à liderança da distrital socialista. Ao Jornal de Abrantes apresentam os motivos das suas candidaturas. Págs. 11 e 12

CM de Abrantes recebe viatura elétrica da MitsubishiA autarquia é uma das seis entidades na-cionais que irá testar, em regime experi-mental e durante um ano, uma viatura Can-ter E-Cell, da Mitsubishi Fuso, concebida e desenvolvida na Mitsubishi do Tramagal. Pág. 14

OBRAS

POLÍTICA

ECONOMIA

AGOSTO 2014 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · MENSAL · Nº 5522 · ANO 115 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITAGRATUITO

PUB

Mação e Sardoal vão receber água de Castelo de Bode

Pág. 17

PUB

A nova edição do ESTAJornal, jornal laboratório do curso de Comunicação Social da ESTA, é exclusivamente dedicada à semana que encheu Abrantes de arte. O 180 Creative Camp voltou e deixou marcas de criatividade no espaço urbano.

Espaço urbano de Abrantes recheado de arte e criatividade

AGOSTO DE 2014EDIÇÃO Nº 34www.estajornal.com

DIRETORA: HÁLIA COSTA SANTOS DIRETORA ADJUNTA: RAQUEL BOTELHO

JORNAL LABORATÓRIO DO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE ABRANTES

180 Creative Camp Convidados pelo canal de televisão 180, alguns dos mais

inovadores criadores internacionais, com talentos que desafiam a cultura contemporânea, andaram pelas ruas abrantinas. A eles

juntaram-se jovens de 17 nacionalidades, que foram também desenvolvendo dos seus projetos. Foram oito dias de criação de

vídeo, intervenção urbana, masterclasses, workshops, concertos e talks. No balanço, o diretor do Canal 180 diz que "a obra que

se realizou é impressionante". A cidade ficou com marcas de criatividade e a população foi interagindo, com curiosidade.

Abrantes transformada pela arte

D

FOTO

GRAF

IACA

RMEN

ALV

ES

Page 2: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

jornaldeabrantes

Page 3: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

jornaldeabrantes

Page 4: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

jornaldeabrantes

4 AGOSTO 2014ABERTURA

IDADE 44 anosRESIDÊNCIA Casais de RevelhosPROFISSÃO Gestor (Grupo SONAE - Maxmat Abrantes)UMA POVOAÇÃO Tantas…mas gosto particularmente do “circuito” Óbidos-Praia d’el Rey-Baleal-Peniche

UM CAFÉ Aquapolis…por causa do enquadramento paisagístico PRATO PREFERIDO Magret de patoUM RECANTO PARA DESCOBRIR Trás-os-Montes…porque é a região do país que conheço menos UM DISCO Qualquer um dos U2… durante a década de 80UM FILME Uuuui, tantos…adoro cinema em vários registos…”América Proibida”, “Os Rapazes não Choram”, “E a tua mãe também”, “Mulholland Drive”, “A Vida é Bela”, “P.S. – i love you” e a trilogia “American Pie”…entre muitos outros.UMA VIAGEM Aquela que ainda não fi z às Ilhas Moreia na

Polinésia FrancesaUMA FIGURA DA HISTÓRIA Nelson MandelaUM MOMENTO MARCANTE O nascimento da minha fi lhaUM PROVÉRBIO Não é bem um provérbio é mais uma fi losofi a de vida “somos nós que fazemos acontecer”UM SONHO Não perder a capacidade de sonhar…ter a possibilidade de ir realizando alguns desses sonhos…e se não for pedir demais, conseguir ser feliz…todos os dias!UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO Promover a “marca” REGIÃO através dos produtos que aqui são produzidos…junto ao rio.

FICHA TÉCNICA

DiretoraHália Costa Santos

(TE-865)[email protected]

RedaçãoJoana Margarida Carvalho

(CP.9319)[email protected]

Mário Rui Fonseca (CP.4306)

[email protected]

ColaboradoresAlves Jana, André Lopes

e Paulo Delgado

PublicidadeMiguel Ângelo

962 108 [email protected]

SecretariadoIsabel Colaço

Produção gráficaSemanário REGIÃO DE LEIRIA

Design gráfico António VieiraImpressão

Grafedisport, S.A.

ContactosTel: 241 360 170Fax: 241 360 179jornaldeabrantes

@lenacomunicacao.pt

Editora e proprietária

Media On - Comunicação Social, Lda.

Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio,

Apartado 652204-909 Abrantes

GERÊNCIAFrancisco Rebelo dos Santos, Jo-

aquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel

Gonçalves da Silva Reis.

Departamento FinanceiroÂngela Gil (Direção) Catarina Branquinho, Gabriela Alves [email protected]

Sistemas InformaçãoHugo Monteiro

[email protected]

Tiragem 15.000 exemplaresDistribuição gratuitaDep. Legal 219397/04

Nº Registo no ICS: 124617Nº Contribuinte: 505 500 094

Sócios com mais de 10% de capital

Lena Comunicação SGPS, S.A.

jornal abrantesde

Carlos DiasAbrantes

Gostei. Foi bom porque criou movimento e encheu a cidade de juventude. Beneficiou comer-cialmente o centro histórico de Abrantes.

João MatosAbrantes

Não gostei, não me disse nada e vi pouca ou nenhuma informação sobre as atividades. Pouca gente deve ter percebido o que aqui se passou e o negócio ainda piorou, porque cortaram o trânsito du-rante um dia inteiro.

Maria José RosaAmieira do Tejo

Não acho bem estes sapatos to-dos aqui pendurados. Vem aí o in-verno e depois os sapatos ficam cheios de água e isto vai pingar para cima das pessoas. Não vejo a piada e acho um desperdício de tempo e dinheiro porque isto vai ter de ser retirado daqui dentro de pouco tempo.

FOTO DO MÊS

INQUÉRITO

Vale a pena saber o que fazem as escolas

EDITORIAL

Embora o momento ainda seja de fé-rias, nesta altura muito se decide ao nível daquilo que será o próximo ano letivo. No caso concreto de Abrantes, 2014/15 é defi nitivamente um ano marcado pela entrada em pleno de uma nova era, com os dois agrupamentos a funcionar em pleno. Os dois diretores já foram eleitos e os próximos passos serão de consoli-dação do trabalho que tem vindo a ser feito até agora.

É impossível num jornal mensal expli-car os projetos de todas as escolas da sua área de infl uência. Mas a certeza que fi ca é que as escolas têm vindo a traba-lhar para proporcionar o melhor possí-vel. Abrantes não será o único exemplo disso, mas é o que nos é mais próximo e, por isso, entendemos dar-lhe destaque nesta edição.

Para além dos Agrupamentos de Es-colas nº 1 e nº 2, também a EPDRA tem vindo a desenvolver um trabalho notá-vel, preparando profi ssionais em áreas de especialização de que o país neces-sita, como a restauração ou a fl oresta. A abertura que esta escola profi ssional das Mouriscas tem vindo a fazer em relação ao meio em que se insere é uma interes-sante forma de se integrar na comuni-dade.

Ao nível do ensino superior, a ESTA continua com a sua oferta ao nível de li-cenciaturas, mestrados e CET, continu-ando a procurar novas ofertas que res-pondam, cada vez mais, às necessida-des do mercado de trabalho. Porque faz parte do Instituto Politécnico de Tomar e porque este sistema de ensino tem pre-cisamente essa característica de forte li-gação com os meios profi ssionais.

Abrantes é, pois, um concelho com uma oferta de ensino diversifi cada, es-truturada e pensada em função dos alu-nos e do seu futuro. Às vezes, a sensação que fi ca é do ‘perto que está tão longe’. A formação que aqui se faz é boa e rec-omenda-se, mas nem sempre os abran-tinos a conhecem. E a verdade é que as escolas estão, cada vez mais, de portas abertas. Parece-me que basta pedir para entrar para saber o que se faz nestas es-colas… E vale a pena ver!

Hália Costa Santos

SUGESTÕES

Vasco Damas

Creative Camp devolve sapatos aos abrantinos Os “12 mil pares de sapatos d’Abrantes” entregues pelos abrantinos às tropas franceses há centenas de anos, em período de invasões, foram devolvidos a Abrantes no âmbito do Creative Camp. O evento, que decorreu em Abrantes durante uma semana, premiou com 2500 euros a proposta dos espanhóis Victor Garcia, Juan Moncho e Mateo Fernández-Muro. O singular conceito pode ser apreciado na praça Ramiro Guedes, no centro histórico da cidade.

Qual a sua opinião sobre a semana cultural Creative Camp?

Már

io R

ui F

onse

ca

Page 5: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

jornaldeabrantes

5AGOSTO 2014 ENTREVISTA

ALCINO HERMÍNIO, DIRETOR DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS Nº2

“Queremos apostar no espaço público de educação”MÁRIO RUI FONSECA

Alcino José Brás Hermínio tomou posse para o quadri-énio 2014-2018 como dire-tor do Agrupamento de Es-colas Nº 2 de Abrantes, em cerimónia que decorreu no dia 27 de junho no auditó-rio da Escola Básica e Secun-dária Dr. Manuel Fernandes, e que consagra o projeto educativo preconizado pelo professor e pela sua equipa.

O diretor do Agrupamento de Escolas Nº 2 tem 52 anos de idade, nasceu Covilhã e veio para Abrantes em 1992 para exercer como profes-sor de Matemática. Tem a experiência de cerca de 12 anos de exercício de funções em diversos cargos de admi-nistração e gestão escolar. Na primeira pessoa, aquele responsável respondeu às questões do JA sobre o pro-jeto que preconiza.

Não concorreu sozinho ao lugar de diretor do Agru-pamento de Escolas Nº 2 de Abrantes. Como decor-reu e como viveu este pro-cesso competitivo?

Não vivi com nenhum dra-matismo o processo eleitoral ou concursal. Tenho alguma experiência de gestão edu-cacional, o que conferiu al-guma tranquilidade ao pro-cesso. Havia dois projetos, dois candidatos e o Conse-lho Transitório escolheu.

O Agrupamento esteve durante algum tempo sem diretor. É uma situação sa-lutar?

Esteve sem diretor durante um ano. Aliás, a constante

introdução de fatores de quebra é um dos problemas da educação em Portugal. As equipas de trabalho que foram constituídas estão no terreno e depois existe sempre qualquer coisa que muda, ou interrompe o que está em curso. O meu pri-meiro mandato de diretor foi interrompido em abril 2013 quando o Ministério decidiu criar os mega agrupamen-tos de escolas. Estivemos um ano a dirigir, enquanto convidados, e que culminou agora com a eleição e to-mada de posse como diretor para quatro anos, se o con-texto não for alterado.

Quais são as escolas que compõem o Agrupa-mento? Que leitura faz do Agrupamento de Escolas nº 2 de Abrantes?

Temos oito escolas, do pré-escolar ao 12º ano, espalha-das pelas margens norte e sul do concelho de Abrantes, com 2100 alunos, cerca de 200 professores e 80 assis-tentes, dependentes do Mi-nistério da Educação. Já é uma máquina pesada. Os mega agrupamentos têm as-petos positivos e outros me-nos positivos, como o dis-tanciamento. Há questões de organização que têm de ser trabalhadas e melhora-das, para um melhor acom-panhamento do dia a dia nas escolas.

O que destaca do Projeto de Intervenção a desen-volver no Agrupamento de Escolas Nº2?

Os problemas concretos que identificámos e as res-

petivas estratégias de abor-dagem giram em torno de quatro eixos, que denomina-mos de apostas, e que pas-sam por apostar no espaço público de educação, na de-mocracia, na relação com os pais e na aprendizagem para todos. Queremos continuar a promover uma política ativa de parceria com associ-ações culturais, desportivas e empresariais, entre outros, com o objetivo de realizar iniciativas de interesse mú-tuo, acompanhar a 2ª fase das obras de renovação das instalações da escola sede, da responsabilidade da em-

presa Parque Escolar, e de-fender a necessidade de in-tervenção nas instalações da Escola Octávio Duarte Fer-reira, em Tramagal, entre ou-tros.

A oferta do ensino da mú-sica e dança e recuperar a antiga residência de estu-dantes do La Salle são ou-tras das ações propostas?

Sim, já avançámos com a proposta à Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares e à Câmara Municipal de Abrantes para a integração na Escola Dr. Manuel Fernan-des do edifício da antiga Re-

sidência de Estudantes. Com efeito, este edifício encon-tra-se dentro do espaço “vi-tal” da escola sede do agru-pamento e não se vislum-bra outra utilização que seja compatível com este facto. A ser aceite esta proposta, seria possível, apenas com a substituição da cobertura e a pintura do exterior e do interior do edifício, assegu-rar excelentes condições para o funcionamento, em Abrantes, do ensino artístico através do curso básico da música (2º e 3º Ciclos) e do curso básico da dança (2º e 3º Ciclos).

Por outro lado, queremos recuperar um antigo pro-jeto do ex-Agrupamento Dr. Manuel Fernandes, o projeto Amigo Grande, pelo papel que pode desempenhar na integração dos novos alunos do 5º ano e na formação ci-dadã dos alunos mais velhos, e já propusemos, no âm-bito da definição da oferta formativa a disponibilizar no agrupamento, cursos pro-fi ssionais que diferenciem o Agrupamento e, muito parti-cularmente, a Escola Octávio Duarte Ferreira, no Tramagal, talvez com os cursos de Me-catrónica e Enologia.

A proposta de trabalho que apresentamos nesta matéria tem por base a rea-lização, durante o próximo ano letivo, de um debate e consequente elaboração e aprovação do primeiro Pro-jeto Educativo do Agrupa-mento de Escolas Nº 2 de Abrantes. O debate poderá ter como pontos de partida os Projetos Educativos dos ex Agrupamentos de Esco-las Dr. Manuel Fernandes e do Tramagal, bem como o Projeto Educativo Municipal entretanto aprovado. Nos anos seguintes, do Projeto Educativo e dos resultados do processo de autoavalia-ção decorrerá a elaboração de Planos de Melhoria.

O projeto ‘Conferências do Liceu’ continuará no ano le-tivo 2014-15, estando agen-dada para o dia 31 de outu-bro mais uma edição, com a presença do Cardeal Pa-triarca de Lisboa, D. Manuel Clemente.

• No âmbito da oferta formativa o objetivo é oferecer cursos que “diferenciem o Agrupamento”

Page 6: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

jornaldeabrantes

6 AGOSTO 2014EDUCAÇÃO

ESCOLA PROFISSIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL DE ABRANTES (EPDRA)

“A escola necessita de investimento, precisa de se atualizar constantemente”

Prestes a celebrar 25 anos de existência, a Escola Profissi-onal de Desenvolvimento Rural de Abrantes (EPDRA) encontra-se a preparar mais um ano letivo que irá contar com diversos cursos profi ssi-onais, workshops e projetos nas mais variadas áreas.

A EPDRA iniciou a sua ati-vidade no ano letivo de 1989/1990, na freguesia de Mouriscas, contando apenas, na altura, com uma turma de 20 alunos do curso Técnico de Gestão Agrícola. Atual-mente, aposta numa diversi-dade formativa, centrada nos cursos de agricultura, gestão equina, fl oresta, restauração, animação sociocultural, en-tre outros.

Com um ensino gratuito, a EPDRA representa a solução para quem pretende uma in-serção mais rápida no mer-cado de trabalho, uma vez que os alunos concluem os cursos com uma qualifi cação académica e profi ssional.

João Quinas, diretor da es-cola, explica ao JA que a di-versidade formativa se com-plementa e tem obtido uma boa adesão por parte dos alunos que chegam de várias partes do país.

“No âmbito da animação, entendemos que este curso

tem funcionado muito bem. Está integrado num espaço rural, onde podem ser desen-volvidas as mais diversas ati-vidades práticas com crian-ças, entre outros públicos. A restauração está interligada com a agricultura. Somos uma herdade produtora que confere todas as condições para desenvolver este curso, numa forma de valorizar os produtos. A gestão equina é normalmente um curso tam-bém com bastantes candi-datos.”

Já no âmbito fl orestal, João Quinas lamenta a reduzida procura nos últimos anos. “Já aconteceu não termos alu-nos suficientes para abrir uma turma. A escola entende que a floresta é uma área onde importa fazer técnicos para a trabalhar, mas tal não tem sido conseguido.” Para o diretor, faltam algumas apos-tas “sérias e honestas” nesta matéria por parte do poder central e das entidades res-ponsáveis, “para que estes jo-vens olhem para a floresta como algo que tem potencial e oportunidades”.

Uma escola que produz

Para além de ser uma escola de formação, a EPDRA é uma escola produtora. Os mais va-

riados produtos hortícolas, hortofrutícolas e, mais recen-temente, os produtos trans-formados, como o azeite e o vinho, são uma constante na herdade da Murteira.

Neste campo, o desafi o tem sido o escoamento dos pro-dutos. João Quinas explica que a aposta na comercia-lização “é determinante”, sendo uma forma de renta-bilização do trabalho efetu-ado que traz alguma receita à escola.

“Temos muito azeite por es-coar… já produzimos cerca 3.000 litros de azeite. No vi-nho esperamos que daqui a três a quatro anos vamos ter 30 mil a 40 mil litros de vinho. São realidades que nos lan-çam desafios e, por isso, já temos algumas ideias, que passam por uma campanha de marketing forte, estrutu-rada e com objetivos, uma vez que temos produtos de qualidade”, adianta o diretor.

A EPDRA está envolvida no PROVE, projeto dedicado à venda dos mais variados pro-dutos hortofrutícolas para os abrantinos, e agora recente-mente, aceitou o convite da CM de Abrantes para ingres-sar no projeto Bairro Convida (ver pág.14). A escola profi ssi-onal irá dinamizar a pastela-ria sedeada no centro comer-

cial, dando a conhecer e a provar os mais variados pro-dutos de padaria e pastelaria a quem procurar aquele es-paço. “Ali pretendemos ofe-recer um produto diferente. Não é mais uma padaria, res-taurante ou pastelaria da ci-dade. Ali vão estar produtos que resultam das formações que se vão apresentar, em jeito de novidade, depen-dente do conteúdo que se está a lecionar, logo os pro-dutos serão diferentes de se-mana para semana”, explica João Quinas.

Alojamento por resolver

O diretor da escola admi-tiu ao JA que o alojamento continua a ser uma “das ca-rências da EPDRA”. A escola dispõe de um edifício para acolher os jovens alunos que chegam de vários pon-tos do país, que tem cerca de 70 anos de existência. Com uma idade avançada, este pólo necessita de uma inter-venção mas, nas palavras de João Quinas, “esta é uma res-ponsabilidade do Ministério da Educação”.

Numa realidade de 300 alu-nos 200 são residentes. Com escassez de quartos na es-cola muitos destes alunos acabam por procurar e arren-

dar alojamento na freguesia de Mouriscas.

João Quinas admite que entre os muitos desafios, o alojamento é uma situação a ter em conta num futuro próximo. Para o diretor, a es-cola necessita de um investi-mento regular e nem sempre isso é possível. “A tutela tem de pensar se quer alunos atu-alizados e preparados para o futuro tem de ter escolas atu-alizadas. A escola necessita de investimento precisa de se atualizar constantemente.”

Com esta maneira de ver o ensino, João Quinas reúne um conjunto de desafios e objetivos a ter em conta nos próximos anos. Um deles será o desenvolvimento de um projeto na área agrope-cuário.

O objetivo final passa por “uma escola com qualidade, num ensino feito em auten-ticidade, com características muito específi cas com muita qualidade e sucesso”.

Joana Margarida Carvalho

• Os alunos concluem os cursos com qualifi cação académica e profi ssional

• João Quinas diz que a aposta na comercialização dos produtos, como o vinho e o azeite, “é determinante”

Foto

s: J

oana

Mar

gari

da C

arva

lho

Page 7: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

jornaldeabrantes

7AGOSTO 2014 EDUCAÇÃO

Alunos da EPDRA mostram serviço em almoço pedagógico

A EPDRA promoveu mais um “Almoço Pedagógico” no Restaurante de Aplicação da Herdade da Murteira. Tra-tou-se de uma oportunidade para dar a conhecer o traba-lho desenvolvido pelos alu-nos do 1º ano Curso de Téc-nico de Restauração – vari-ante cozinha/pastelaria, que apresentaram uma demons-tração gastronómica da sua inteira responsabilidade.

João Quinas, diretor da EP-DRA, referiu ao JA que o ob-jetivo da iniciativa passou em primeiro lugar por “dar opor-tunidade a estes jovens de experienciarem o que estão aprender”, sendo também “uma forma de responsabi-lizá-los para perceberem o que se passa na vida lá fora, no mundo de trabalho”.

O momento serviu, tam-bém, para a EPDRA dar a co-

nhecer o seu projeto educa-tivo, as ofertas formativas, os produtos da sua explora-ção e as parcerias estabele-cidas com a comunidade. O almoço pedagógico, aberto à comunicação social, decor-reu no passado dia 30 junho, ao que se seguiram outros durante este último mês de julho.

Sob a batuta do Chefe Luís Alves, os aprendizes de cozi-nha confecionaram uma en-trada, um prato de peixe e um prato de carne. A sobre-mesa ficou a cargo dos alu-nos do curso Técnico de Res-tauração, variante Pastelaria, curso ministrado pelo Chefe Pasteleiro Fernando Correia.

O professor Luís Alves, com 40 anos de cozinheiro, é quem coordena os alunos e os futuros profi ssionais de hotelaria, ao nível de cozi-

nheiros. Em declarações ao JA, o mestre cozinheiro des-tacou a preocupação em dar uma “boa base de forma-

ção” aos alunos, sendo que a matéria prima de trabalho é a base dos produtos endó-genos, “típicos da região”, e

produzidos, “quase integral-mente”, nos campos da Her-dade da Murteira.

“Aqui existe quase de tudo, talvez à exceção do peixe, mas esta região é muito rica nos legumes, nos azeites, vi-nho, fruta e carne. É com es-tes materiais de qualidade e diferenciadores que quere-mos trabalhar”, vincou.

Luís Alves considerou ainda que a profi ssão de cozinheiro e pasteleiro “tem futuro” num país vocacionado para o turismo. “Temos muito sol, praia e um país com défice de cozinheiros. É um curso que aconselho a quem gosta, e tendo em conta que tem mercado aberto de trabalho”, defendeu.

Márcia Campos, 18 anos, re-sidente em Mouriscas, e San-dro Paredes, de Rossio ao sul do Tejo, dois alunos do curso

de cozinha e pastelaria da EP-DRA, manifestaram ao JA a sua satisfação pela conclusão do 1º ano de um curso que tem a duração de três anos.

“Este é o curso que eu que-ria tirar e o 1º ano até supe-rou as minhas melhores ex-pectativas”, observou Márcia Campos, tendo referido que “gostaria de trabalhar fora do país, depois de tirar uma es-pecialização”.

Sandro Paredes, por sua vez, destacou como positiva a “quantidade e qualidade de conhecimentos práticos e teóricos adquiridos”, tendo feito notar que o seu futuro passa por trabalhar em Por-tugal”, quando concluir o curso. “É o meu país, e é aqui que tenho a minha família e amigos”, frisou.

Joana Margarida Carvalho e Mário Rui Fonseca

• Sandro Paredes e Márcia Campos satisfeitos com o 1º ano do curso de Técnico de Restauração

Joan

a M

arga

rida

Car

valh

o

Page 8: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

jornaldeabrantes

8 AGOSTO 2014EDUCAÇÃO

A Escola Secundária Dr. So-lano de Abreu, em Abrantes, vai abrir três cursos profi ssi-onais, que equivalem ao en-sino secundário. A novidade é o curso de Técnico de Me-catrónica, uma oferta pen-sada em articulação com a Escola Superior de Tecno-logia de Abrantes (ESTA). A ideia é que os alunos que op-tem por este curso profi ssio-nal da Solano de Abreu pos-sam prosseguir os seus estu-dos no ensino superior, uma vez que a ESTA está a prepa-rar um curso de Técnico Su-perior Profi ssional (TeSP) na mesma área.

Jorge Costa, diretor do Agru-pamento de Escolas nº 1 de Abrantes (que inclui a Escola Secundário Dr. Solano de Abreu), considera que esta parceria com ESTA é “impor-tante porque será uma mais-valia para a cidade, para a re-gião e para o mercado de tra-balho”. Para além disso, uma parte do curso profi ssional de Mecatrónica será ministrada na ESTA, ao abrigo do proto-colo que existe entre as duas instituições, desde que a ESTA recebeu o equipamento de Engenharia Mecânica que existia na Solano de Abreu.

Para além do curso de Me-catrónica, a Escola Solano de Abreu terá também dois ou-tros cursos profi ssionais: Téc-nico de Vendas e Técnico de Programação e Gestão de Sistemas Informáticos.

Uma outra novidade do Agrupamento de Escolas nº 1 são os novos cursos voca-cionais para os 2º e 3º ciclos,

na área da Bijuteria, da Jardi-nagem e da Encadernação. Jorge Costa explica que um dos objetivos destes cursos é aproveitar o concurso de Empreendedorismo que é promovido pela Tagus Valley. O que se pretende é “agar-rar os alunos”, fazendo com que, para além do objetivo de acabar o curso, possam ter “a motivação diária de fazer do curso uma empresa e dela tirar um pequeno lucro”. Uma parte desse lucro será para os próprios alunos, a outra parte será para oferecer a institui-ções a região.

Relativamente à criação do Agrupamento de Escolas nº1, Jorge Costa atribui o sucesso do processo de união de es-colas ao profi ssionalismo dos professores e dos funcioná-

rios que teve “a sorte de en-contrar”. O diretor do Agrupa-mento, recentemente eleito por unanimidade, adianta que os vários projetos e ativi-dades vão ter continuidade, nomeadamente o apoio em algumas disciplinas-âncora em que os alunos têm mais dificuldades. Os principais problemas são na Geome-tria Descritiva e na Físico-Quí-mica. No caso da Biologia, “já se conseguiram resolver al-guns problemas”.

Relativamente aos recentes resultados dos exames, na Solano de Abreu, em geral, não há grandes disparidades entre as classifi cações inter-nas de frequência e as notas dos exames. Nalguns casos, como Português, Literatura e Matemática A, as médias

dos exames são superiores às médias nacionais, embora as classifi cações internas se-jam inferiores às nacionais. A interpretação que se pode fazer destes dados será a do rigor com que os alunos são avaliados internamente.

No ano letivo de 14/15 o Agrupamento de Escolas nº 1 vai ainda dar continuidade a projetos diversificados no campo do desporto escolar, clubes e outras atividades. Ao nível do funcionamento in-terno, uma novidade é a in-trodução do sumário eletró-nico na Escola Dr. Solano de Abreu, procedimento que será depois alargado às ou-tras escolas e níveis de en-sino, assim como o registo de faltas eletrónico.

HCS

Para além das quatro licen-ciaturas a que dará continu-idade (Comunicação Social, Engenharia Mecânica, Ví-deo e Cinema Documental e Tecnologias da Informa-ção e Comunicação), a ESTA tem abertas candidaturas de segunda fase, até 19 de setembro, para o Mestrado em Engenharia Mecânica –

Projeto e Produção Mecâ-nica.

Quanto a Cursos de Especi-alização Tecnológica (CET), a oferta da ESTA é diversifi -cada: Desenvolvimento de Produtos Multimédia; Ele-trónica Médica; Fabricação Automática; Instalação e Manutenção de Redes e Sis-temas Informáticos; Projeto

de Construções Mecânicas; Tecnologias e Projeto de Sistemas Informáticos.

Entretanto o IPT anunciou que vai manter os valores das propinas do ano letivo anterior e criar de um pro-grama de incentivos e pré-mios de mérito para os me-lhores estudantes do ensino secundário a candidatarem-

se na primeira escolha a este estabelecimento de ensino. Eugénio Pina de Almeida, presidente do IPT, diz que, “com esta tomada de deci-são, pretendemos evitar o aumento das desistências por parte dos estudantes ou os pedidos de adiamento do pagamento de presta-ções de propinas”.

ARTICULAÇÃO ENTRE ENSINO SECUNDÁRIO E ENSINO SUPERIOR

Escola Dr. Solano de Abreu aposta na Mecatrónica

Politécnico mantém propinas e atribui prémios

As obras de requalifi cação da Escola Básica e Secundá-ria Dr. Manuel Fernandes, em Abrantes, interrompidas em setembro de 2012, fo-ram retomadas em julho e devem estar concluídas em abril de 2015, disse ao JA o diretor do Agrupamento de Escolas nº2 de Abrantes, Al-cino Hermínio.

Os trabalhos de requali-fi cação e ampliação da Es-cola Secundária Manuel Fernandes implicam um in-vestimento global de 15 mi-lhões de euros e um período de intervenção de cerca de 18 meses, tendo a emprei-tada sido suspensa há cerca de dois anos devido a “difi -culdades de fi nanciamento” com que a empresa pública se confrontou no final de 2011, após conclusão da primeira fase.

Atribuindo a suspensão das obras a “dificuldades de fi nanciamento”, fonte da Parque Escolar referiu que o projeto de intervenção con-templa a “ampliação e refor-mulação das construções existentes, de forma a ir ao encontro das necessidades curriculares”, mantendo-se o projeto inicial concebido para a escola secundária.

No total, a escola passará a ter 40 salas de aula, qua-tro salas de tecnologias de informação e comunicação, seis laboratórios, sete salas de artes, um núcleo ofi cinal,

uma sala de artes performa-tivas, uma sala de música, uma biblioteca, um audi-tório, cinco salas para do-centes, refeitório e bar, um ginásio coberto e dois cam-pos desportivos exteriores.

Alcino Hermínio, diretor da Escola Dr. Manuel Fer-nandes, estabelecimento de ensino com cerca de 800 alunos e 120 professo-res, disse que o retomar dos trabalhos “repõe a justiça e colmata uma necessidade”, tendo em conta que, desde o início do ano letivo tran-sato, “metade da escola es-tava nova e a outra metade funcionava em 30 mono-blocos alugados”, servindo de salas de aula e gabine-tes para serviços adminis-trativos.

“Vivemos aqui em dois mundos distintos, metade da escola está nova e mo-dernizada, a outra metade ainda funciona em instala-ções provisórias”, observou, manifestando a sua “satis-fação” pela manutenção do projeto inicial.

“Depois de se iniciarem as obras, ainda vão demorar cerca de um ano mas a co-munidade educativa já vai encarar esta situação pela positiva, tendo em conta que é um processo bom para to-dos e porque vai estar em fase fi nal de resolução”, de-fendeu o responsável.

Mário Rui Fonseca

Obras suspensas em 2012 em escola de Abrantes foram retomadas pela Parque Escolar

• Jorge Costa foi eleito como diretor do Agrupamentos de Escolas nº 1 por unanimidade

• Em abril do próximo ano o antigo liceu estará completamente remodelado

Hál

ia C

osta

San

tos

Joan

a M

arga

rida

Car

valh

o

Page 9: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

jornaldeabrantes

9AGOSTO 2014 OBRAS

Obras na ponte de Abrantes aguardam o seu início

A circulação de veículos na ponte de Abrantes, traves-sia sobre o rio Tejo e princi-pal ponto de acesso à cidade, continua a decorrer na nor-malidade. Ainda não há uma data que determine o início dos constrangimentos ao trânsito, assim como ainda não há uma data quanto ao início da tão esperada obra.

João Caseiro Gomes, vice-presidente da CM de Abran-tes, adiantou ao Jornal de Abrantes que no terreno está “uma equipa que tem estado a realizar alguns estudos e a fazer alguns testes fora do tabuleiro da ponte para que possam estar acauteladas todas as situações possíveis que irão decorrer durante a obra”.

“O compromisso que temos com a Estradas de Portugal é que a empresa irá avisar a Câmara com oito dias de an-tecedência do início da obra,

para que possamos informar os nossos munícipes de tudo o que irá acontecer”, explicou o vereador.

Segundo a autarquia, a CP já demonstrou a sua disponi-bilidade quanto ao reforço do transporte ferroviário de liga-ção a Alferrarede, Rossio ao Sul do Tejo e Tramagal.

Para além disso, a Câmara já entrou em contacto com al-

gumas empresas de modo a “identifi car horários e turnos e perceber se a oferta é sufi -ciente”. Contudo, João Caseiro Gomes referiu que primeiro é necessário perceber “quais vão ser as condicionantes para minimizar o impacto das mesmas junto da população”.

Desde o dia 23 de junho que está disponível nas instala-ções do polo do Rossio ao Sul

do Tejo um posto de atendi-mento da Câmara Municipal, a funcionar nos dias úteis, das 09h00 às 13h00, e das 14h00 às 16h00.

A empreitada, a cargo das Estradas de Portugal, repre-senta um investimento de 2,9 milhões de euros e vai ter uma duração de 540 dias, cerca de ano e meio.

Joana Margarida Carvalho

RUA DAS ESCOLAS | ALFERRAREDE | ABRANTES | TEL. 241 360 460

Poder fazer tudo Mais baratoABRANTES Poder fazer tudo Mais baratoABRANTES

A população da Atalaia, no concelho de Vila Nova da Barquinha, está a promover um abaixo-assinado para exigir à Estradas de Portu-gal (EP) a colocação de se-máforos redutores da velo-cidade no percurso da Es-trada Nacional 110, via que atravessa a localidade.

No documento, que re-colheu até ao momento cerca de 250 assinaturas, pode ler-se que a coloca-ção de portagens na A23 e na A13 “transferiu a circula-ção de milhares de carros e camiões para o meio da Atalaia, situação que veio colocar em causa as condi-ções de segurança” dos mo-radores.

Reclamando pela colo-cação de semáforos redu-tores de velocidade, para maior segurança e mobili-dade da população, o do-cumento destaca ainda a

“degradação das condições ambientais e a destruição do piso das vias” que estão a ser utilizadas.

“Trata-se de uma estrada com perigo iminente de-vido ao grande volume de tráfego que por ali passa di-ariamente. É uma questão que vejo com grande preo-cupação, pois tem sido um milagre ainda não ter acon-tecido um acidente com peões” explicou Fernando Freire, presidente da CM de VNB.

“Já me disponibilizei para reuniões, já expliquei a im-portância do assunto e até agora não obtive nenhuma resposta por parte das enti-dades competentes. Parece que é necessário acontecer um dano maior para que algo seja feito”, lamentou o autarca.

MRF e JMC

População de Atalaia quer semáforos na localidade

Paul

o So

usa

Page 10: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

jornaldeabrantes

10 AGOSTO 2014SAÚDE

Miviala Atencio, 48 anos, é a médica natural de Guan-tánamo, Cuba, que chegou há poucas semanas a Abran-tes para atender os cerca de 2600 utentes que estão hoje sem médico de família no centro de saúde de Trama-gal.

Aquela extensão de sa-úde, a funcionar sem qual-quer médico de família há vários meses, perdeu em dois anos cerca de 700 uten-tes que decidiram inscrever-se em outros centros de sa-úde das proximidades, no-meadamente em Alferrarede (Abrantes) e Santa Margarida (Constância).

A trabalhar em Tramagal há poucas semanas, a médica cubana, que já esteve dois anos a trabalhar em Sines, no

litoral alentejano, disse que atende em consulta aberta todos os utentes da freguesia de Tramagal.

“Ainda estou em fase de adaptação ao Tramagal e Abrantes, mas posso dizer

que estou a gostar e que os utentes estão a aceitar-me bem”, disse Miviala, tendo observado que o povo por-tuguês “é muito solidário e muito amigo, à semelhança do povo cubano”.

Sobre o trabalho em si, Mi-viala disse que recebe os utentes em consulta aberta, todos os dias, e que a passa-gem de receituário está já em dia. “Recebo todos os dias, com marcações de consulta presenciais ou por telefone, e atendo no mesmo dia os casos mais urgentes. A passa-gem de receitas está em dia e não existem pessoas à espera de receituário.”

Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM Abrantes, disse, por sua vez, que a vinda da médica cubana é uma boa notícia, mas fez notar que o problema não fi ca resolvido, uma vez que cerca de 40% da população do concelho de Abrantes continua sem mé-dico de família.

MRF

Os deputados do PSD elei-tos pelo distrito de Santarém asseguraram ter obtido ga-rantias do ministro da Saúde da contratação de 23 novos especialistas e mais médicos de família para a região e da manutenção da maternidade em Abrantes.

Nuno Serra, deputado e presidente da distrital social-democrata, disse que as ga-rantias foram dadas durante uma reunião com Paulo Ma-cedo, na qual os deputados insistiram na criação de um regime especial temporá-rio que permita aos médicos aposentados colmatarem as faltas de clínicos.

Os deputados afi rmam ter obtido garantias de que, “ao contrário do que alguma oposição quis fazer passar na opinião pública”, a Materni-

dade da unidade de Abran-tes do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) “não vai fechar”. O ministro “foi mais longe dizendo que jamais

essa possibilidade esteve em cima da mesa”, afi rma a nota.

Paulo Macedo adiantou na reunião que “estão já abertas 14 novas vagas de especialis-tas para os hospitais de San-tarém e do Médio Tejo e mais nove em regime de mobili-dade, num total de 23 novas vagas para médicos especia-listas, o que será ainda refor-çado com um novo concurso a abrir em outubro”.

O ministro ainda assegurou que vão ser abertos novos concursos para a contratação de médico para os Agrupa-mentos de Centros de Saúde da Lezíria e do Médio Tejo.

Lusa

TRAMAGAL, ABRANTES

Médica cubana atende 2600 utentes

Distrital social-democrata garante que Maternidade de Abrantes não fecha

• Miviala Atencio

• Nuno Serra, presidente da distrital social-democrata de Santarém

A nomeação da nova administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), por um mandato de três anos, liderada por Carlos Andrade Costa, até aqui na direção do polo de Lisboa do Hospital das For-ças Armadas, foi já publi-cada em Diário da Repú-blica. O conselho de admi-nistração do CHMT integra ainda Cristina Horta Mar-ques (diretora clínica), An-tónio Horta Lérias, Bruno Santos Ferreira e Nelson Paulino da Silva (enferm-

eiro-diretor). Carlos An-drade Costa, 48 anos, é li-cenciado em Direito, possui o curso de administração hospitalar e foi membro da direção do polo de Lis-boa do Hospital das Forças Armadas e administrad-or-delegado do Centro de Medicina Física e Reabilita-ção de Alcoitão, tendo-lhe sido autorizada a atividade de docência em estabele-cimentos de ensino supe-rior público ou de interesse público.

Os 13 municípios da Co-munidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMTEJO), preocupados com a quali-dade da oferta ao nível dos cuidados de saúde, apro-varam por unanimidade a criação de uma Carta de Saúde Regional.

A presidente da CIMTEJO, Maria do Céu Albuquerque, que também preside à Câ-mara de Abrantes, disse ao JA que aquela entidade vai “iniciar os procedimentos e recolha da informação ao nível dos cuidados hos-pitalares, primários e con-tinuados, com a ambição da execução de uma Carta de Saúde Regional”, que abranja todo o território do Médio Tejo.

Em causa está a presta-ção dos cuidados de saúde na região, tendo a autarca manifestado “forte preo-cupação pela degradação progressiva dos cuidados de saúde que hoje se ve-rificam de forma acentu-ada”, e onde cerca de 38 mil

pessoas estão sem médico de família num universo de perto de 250 mil habitan-tes.

“A CIMTEJO está também bastante apreensiva e pre-ocupada pelas insistentes notícias sobre a criação do agrupamento hospitalar do Ribatejo, com todas as consequências em termos da diminuição das valên-cias médicas disponíveis no nosso território”, desta-cou.

Céu Albuquerque disse ainda que a CIMTE JO “não quer andar a rebo-que de soluções conjuntu-rais”, tendo feito notar que aquela entidade vai come-çar a “estudar a fundo” a problemática da saúde no âmbito do Médio Tejo, com identificação das necessi-dades, de soluções articu-ladas, e com a quantidade de investimentos envolvi-dos na prestação de cuida-dos de saúde.

Mário Rui Fonseca

Nova administração no CHMT

Municípios do Médio Tejo vão elaborar Carta de Saúde Regional

Construção Civil e Obras Públicas, Lda.

CONSTRUÇÕES RECONSTRUÇÕES - REMODELAÇÕES ORÇAMENTOS GRÁTIS Aceitamos permutas

Morada: R. de Angola, nº 35 - 2205-674 Tramagal - AbrantesTel. 241 890 330 - Fax: 241 890 333 - Tm: 91 499 27 19

Email: [email protected] - www.abrancop.pt

Construção Civil e Obras Públicas, Lda.

Page 11: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

jornaldeabrantes

11AGOSTO 2014 POLÍTICA

O presidente da federação distrital de Santarém do PS apresentou a sua recandi-datura ao cargo, apontando como grande desígnio para o próximo mandato “ganhar as legislativas de 2015 no distrito com maioria abso-luta”.

Em declarações à agên-cia Lusa, António Gameiro disse que, caso vença a elei-ção para a liderança da dis-trital, marcada para 5 e 6 de setembro, se vai bater para que sejam eleitos pelo me-nos cinco deputados socia-listas pelo círculo de Santa-rém nas eleições legislativas do próximo ano.

Entre as suas propostas

contam-se conseguir que a regionalização se torne uma realidade, num pro-cesso que deve “nascer de baixo para cima”, num mo-vimento que “reforce o po-der autárquico e o sistema democrático”, aproximando as populações dos centros de poder.

“A ideia é criar um centro de decisão na região e não em Lisboa”, referiu, adian-tando que este nível de po-der não deve implicar nem a criação de cargos nem de estruturas, mas surgir na fi -gura de um gestor eleito pelos autarcas e pelas for-ças vivas de cada região, que defi nem as estratégias

a concretizar.Sublinhando o caráter

único do distrito de Santa-rém, com “duas realidades distintas”, “já que o Médio Tejo se articula com a região Centro e a Lezíria com o Alentejo”, António Gameiro disse serem necessárias po-líticas de desenvolvimento regional e de coesão territo-rial, admitindo uma região alargada ao Oeste e a Leiria.

António Gameiro afi rmou ter “um pensamento muito claro sobre o que é um par-tido de esquerda”, pelo que considerou que o PS deve fazer “uma defesa intransi-gente” dos valores que es-tão na sua génese, como os

da igualdade, da solidarie-dade e da justiça.

Tendo por lema “Santarém no Rumo Certo”, Gameiro fez um balanço positivo dos dois anos do mandato que agora termina, referindo a “vitória histórica” nas autár-quicas de 2013, com a con-quista de 13 dos 21 municí-pios do distrito, a melhoria das relações e da comunica-ção, tanto nas estruturas do partido como com as bases, e a qualifi cação de estrutu-ras, como é exemplo a sede da distrital em Santarém.

Lusa

A presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Ma-ria do Céu Albuquerque, vai disputar a liderança da Fe-deração Distrital de Santa-rém do PS contra o atual presidente, António Ga-meiro, nas eleições agenda-das para 5 e 6 de setembro.

Maria do Céu Albuquer-que aproveitou a sessão pú-blica com o candidato a se-cretário-geral do partido António Costa (de cuja can-didatura é mandatária dis-trital), para anunciar a sua vontade de “regenerar a in-tervenção regional do PS no Distrito de Santarém”.

O aparecimento da candi-datura de Maria do Céu Al-buquerque surge depois da votação da proposta de rea-lização de um congresso ex-traordinário e da eleição di-reta do secretário-geral do partido na última comissão política distrital, cujo resul-tado (28 votos contra e 26 a favor) foi lido como sin-toma da divisão no seio do PS distrital.

A autarca já fez a primeira apresentação pública da sua candidatura para os militan-tes do partido em Abrantes,

no passado dia 18 de julho, no espaço 53 by Trincanela.

A presidente da CM de Abrantes explicou que den-tro “das federações existe uma nova forma de se fa-zer política, existem novos protagonistas capazes de dar alento e esperança às

pessoas, nomeadamente trazendo para a discussão pública aquilo que são os valores do PS, como a soli-dariedade, a defesa do es-tado social, a qualidade de vida com justiça, saúde, educação, etc” e que a sua candidatura se vai centrar

na “defesa do que é melhor para os cidadãos da região”.

Sob o lema “Mobilizar o Ribatejo”, a candidatura de Maria do Céu Albuquer-que assenta em duas ver-tentes: “uma de trabalho interno, com os nossos ci-dadãos, capazes de estabe-

lecermos um calendário de discussão política regular e não apenas quando há pro-cessos eletivos”, como tam-bém “num trabalho virado para o exterior, para capita-lizar para o Ribatejo o que é nosso por direito, numa região com protagonismo

às portas de Lisboa e com grande potencial,” afi rmou.

Maria do Céu Albuquer-que é a atual mandatária distrital de António Costa, candidato a secretário-ge-ral do PS, e vai disputar a li-derança da federação distri-tal socialista, contra o atual presidente e recandidato, António Gameiro, apoiante assumido de António José Seguro.

Na cerimónia do passado dia 18 julho, entre os vários apoiantes, marcaram pre-sença para falar aos presen-tes, Francisco Madelino, an-tigo presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional, José Alho, ad-junto de Maria do Céu Albu-querque na CM de Abrantes e coordenador da sua cam-panha, Nelson Carvalho, presidente da Assembleia Municipal de Abrantes, e Bruno Tomás, presidente da concelhia de Abrantes do PS.

As eleições da federação distrital vão decorrer nos dias 5 e 6 de setembro e as primárias do PS a 23 de se-tembro do corrente ano.

Joana Margarida Carvalho

DR

António Gameiro recandidata-se à liderança da distrital socialista

Maria Céu Albuquerque é candidata à liderança da distrital do PS

Page 12: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

jornaldeabrantes

12 AGOSTO 2014POLÍTICA

Apresento-me às eleições para a Federação, marcadas pelo Secretário-geral do PS, por imperativo de consciên-cia e em nome de um pro-jecto alternativo na vida do PS nacional protagonizado pelo António Costa, logo também nesta região – Mé-dio Tejo e Lezíria -, no Dis-trito de Santarém. Dentro das federações existe uma nova forma de se fazer polí-tica, existem novos protago-nistas capazes de regenerar o partido, dar alento e espe-rança às pessoas, nomeada-mente trazendo para a dis-cussão pública aquilo que

são os valores do PS, como a solidariedade, a defesa do estado social, a qualidade de vida com justiça, saúde, edu-cação, pelo que esta candi-datura se vai centrar na de-fesa do que é melhor para os cidadãos da região. O PS nacional precisa dum PS Santarém forte, cooperante, solidário e empenhado no apoio à nova liderança soci-alista. Com capacidade rei-vindicativa para termos uma voz ativa junto de quem nos representa para encontrar-mos soluções para os pro-blemas que o nosso Distrito enfrenta como o desmante-lamento dos serviços públi-cos, especialmente a nível da saúde e justiça, deixando ao abandono as populações locais.

Sob o lema “Mobilizar o Ribatejo”, esta candidatura assenta em duas vertentes: uma de trabalho interno, com os nossos cidadãos, ca-pazes de estabelecermos um calendário de discussão política regular e não apenas

quando há processos eleti-vos, como também, num tra-balho virado para o exterior, para capitalizar para o Riba-tejo o que é nosso por di-reito, numa região com pro-tagonismo às portas de Lis-boa e com grande potencial.

Estamos a trabalhar num projecto de mudança que privilegie a abertura do par-tido à sociedade civil e para uma visão alargada para o nosso território. Uma das propostas da Moção que vamos apresentar à eleição para a Federação, cujas li-nhas orientadoras estão a ser delineadas pela equipa liderada pelo camarada Francisco Madelino, com os contributos dos militantes e simpatizantes que estamos a ouvir nos 21 concelhos do Distrito, é precisamente a da criação de um Fórum dis-trital que reúna periodica-mente para debater aberta-mente temas sobre o nosso partido e sobre a nossa re-gião para em conjunto tra-balharmos soluções.

• Maria do Céu de Oliveira Antunes Albuquerque, 44 anos, natural de Abrantes

Candidato-me porque entendo que a minha mis-são, enquanto Presidente da Federação, não se esgo-tou neste mandato. Tenho um projeto político para a minha região e para a mi-nha gente e quero implem-entá-lo. Quero trabalhar por um Distrito com autonomia para fazer as suas opções es-tratégicas; por uma região articulada entre si, com uma forte rede autárquica e por um Distrito com dinâmica e desenvolvimento econó-mico e social. Quero que os Ribatejanos tenham orgu-lho na sua terra e não sejam

espoliados dos serviços pú-blicos a que têm direito.

Do ponto de vista parti-dário, quero um PS forte e unido, virado para as pes-soas, interessado nelas, a tra-balhar para elas e capaz de fazer frente a um tempo de crise e de total vazio de ideias e de propostas capazes de fazerem avançar Portugal. Quero que os militantes se sintam motivados para este desafio e disponíveis para dar o melhor de si ao PS.

Cumpri todos os objeti-vos com que me compro-meti na Moção Ganhar 2013, percorri todo o Dis-trito em iniciativas voltadas para os Ribatejanos e para a defesa dos seus interes-ses, promovi ações de es-clarecimento sobre os te-mas mais pertinentes para a região, trouxe fi guras na-cionais para explicar e deba-ter todo o tipo de assuntos com as pessoas, apoiei os autarcas, usei todos os ins-trumentos políticos à minha disposição na Assembleia

da República para encon-trar soluções para os pro-blemas do Distrito de San-tarém, a federação marcou a agenda política, dinami-zou as estruturas locais do PS, apoiou o processo autár-quico e venceu as eleições com um resultado histórico, promoveu um ciclo exem-plar de conferências sobre a União Europeia, fez campa-nha de forma intensa e ob-tive um resultado acima da média nacional do Partido. É por isto que devo o próximo Presidente: porque tenho resultados para apresentar. As pessoas conhecem-me, sabem que tenho uma vida profi ssional intensa fora da política, sabem que nunca me servi nem precisei de cargos políticos para nada, sabem que não estou na po-lítica para dar resposta a in-teresses pessoais ou coleti-vos de ninguém. Estou na política porque tenho um objetivo: fazer mais e me-lhor pela minha terra e pela minha gente.

CDS-PP celebrou 40 anos em AbrantesA Comissão Política Distri-

tal do CDS-PP de Santarém realizou a cerimónia de to-mada de posse em Abran-tes, no passado dia 19 de julho, dia em que se assi-nalou os 40 anos da funda-ção do CDS-PP. A cerimónia contou com a presença de Paulo Portas, presidente do partido.

José Vasco Matafome to-mou posse como presidente da Comissão Política Distri-tal de Santarém do CDS-PP. Na sessão solene, o líder da distrital referiu que “a deser-tificação do mundo rural” é um dos atuais problemas que o distrito de Santarém

atravessa.“Ao fi m de 40 anos esper-

ava-se o mínimo de rurali-dade ativa e nunca a deser-tificação do mundo rural, o falecimento dos povoa-dos e das aldeias, das vilas e agora de algumas cidades no distrito de Santarém”, sa-lientou.

“O Estado não tem de ser opressivo e exigente, mas sim efi ciente. Não podemos permitir a desestruturação do tecido social, geradora de conflitos graves, de in-segurança, de desespero e de violência,” afi rmou ainda José Vasco Matafome, acres-centado que “sem paz social

não há democracia.”Na cerimónia dos 40 anos

em Abrantes, Paulo Portas lembrou que o partido sem-pre contribuiu para a go-vernabilidade de Portugal, nomeadamente quando “a casa estava a arder”.

“O CDS sempre contribuiu para a governabilidade do país nos tempos mais difí-ceis. Nas três vezes em que o fez, a casa estava a arder e era preciso arrumá-la”, re-feriu o líder em Abrantes. “Tudo o que nós somos foi conquistado com o nosso esforço. Nada nos foi dado”, sublinhou Portas.

O presidente do partido

adiantou ainda que atual-mente, o partido conta com 34 mil militantes e que é ne-cessário um crescimento e aumento da militância.

Na cerimónia, que decor-reu no Parque Urbano de São Lourenço, tomaram posse as concelhias do CDS-PP e da Juventude Popular de Abrantes. A noite con-tou ainda com as presenças do secretário-geral, António Carlos Monteiro, e do de-putado Filipe Lobo D’ Ávila, eleito por Santarém, entre outras personalidades e di-rigentes nacionais do CDS-PP.

Joana Margarida Carvalho

• António Ribeiro Gameiro, 43 anos, natural de Urqueira, Ourém

• José Vasco Matafome foi reeleito presidente da Comissão Política Distrital de Santarém do CDS-PP por dois anos

O QUE APRESENTAM OS CANDIDATOS À DISTRITAL DO PS:

Page 13: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

AGOSTO DE 2014EDIÇÃO Nº 34www.estajornal.com

DIRETORA: HÁLIA COSTA SANTOS DIRETORA ADJUNTA: RAQUEL BOTELHO

JORNAL LABORATÓRIO DO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE ABRANTES

180 Creative Camp Convidados pelo canal de televisão 180, alguns dos mais

inovadores criadores internacionais, com talentos que desafiam a cultura contemporânea, andaram pelas ruas abrantinas. A eles

juntaram-se jovens de 17 nacionalidades, que foram também desenvolvendo dos seus projetos. Foram oito dias de criação de

vídeo, intervenção urbana, masterclasses, workshops, concertos e talks. No balanço, o diretor do Canal 180 diz que "a obra que

se realizou é impressionante". A cidade ficou com marcas de criatividade e a população foi interagindo, com curiosidade.

Abrantes transformada pela arte

D

FOTO

GRAF

IACA

RMEN

ALV

ES

Page 14: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

02 ESTA JORNALAGOSTO 2014

BÁRBARA GONZALEZ GOMES ESTA D COMUNICAÇÃO SOCIAL

O 180 Creative Camp é um conceito original do Canal180. Convidados por este canal de televisão, durante uma semana, al-guns dos mais inovadores criadores internacionais, com talentos que desafiam a cultura contemporânea, andaram pelas ruas abran-tinas. Foram oito dias de criação de vídeo, interven-ção urbana, masterclas-ses, workshops, concertos e talks.O tema deste ano foi “The Power of Storytelling”. Artistas como We Came From Space, Noiserv, To-cha Pestana, Lara Luís, Arthur Carvalho, Lagaet, Maria Mónica, Wasted Rita, Margarita Louca, Artists & Engineers, Dub Video Con-nection, mo.ca. design, Boris Hoppek e Juanma LoDo marcaram presença nesta semana altamente criativa.Os Claustros do Conven-to de S. Domingos foram o espaço escolhido para inaugurar esta terceira edição do 180 Creative Camp, a segunda feita em Abrantes. João Vasconce-los, director do canal180, referiu que este “é um projeto em expansão e de encontros criativos em que o pensamento con-temporâneo é o pontapé de partida”. Este respon-sável sublinhava ainda, no dia da inauguração do evento, a importância de

contar com “participan-tes de 17 nacionalidades e, depois, ter as pessoas locais em contacto e a envolverem-se com esta dinâmica”.Questionado sobre a pro-gramação do 180 Creative Camp, João Vasconcelos argumentou que a finali-dade desta programação, um pouco mais eclética, é de marcar a diferença, fugindo, assim, ao mo-mento efémero que nor-malmente é característica base de uma programação mais tradicional: “Se nós quiséssemos fazer uma programação tradicional, essa programação seria cara e é efémera. Por-que as pessoas vêem, é espetacular e, se calhar, conseguíamos juntar aqui dez mil pessoas e isso ti-nha um valor imediato. E não é esse o esforço que temos diluído. Quisemos trazer uma programação variada, eclética. Mas so-bretudo criar as condições para que consigamos ca-pacitar as pessoas porque elas é que vão fazer a di-ferença.”Maria do Céu Albuquer-que, presidente da Câma-ra Municipal de Abrantes, lembrou que é um “privi-légio contar com a grande equipa do canal180 e que é nos momentos de crise que precisamos de cultu-ra e de arte”. No momento em que acolheu os artistas e os participantes, a au-tarca garantiu que “este é um evento da maior im-portância para Abrantes e para os abrantinos”.

Criativos de todo o mundo no centro histórico de Abrantes

O poder de contar histórias através da arte

JOÃO VASCONCELOS, diretor do Canal 180, fez o balanço do 180 Creative Camp. Falou so-bre o investimento e sobre a ligação com a comunidade. “A obra que se realizou é impres-sionante.”

Qual o feedback dos partici-pantes?Há sempre o primeiro im-pacto que é bom e tem a ver com o formato de tirar os criativos dos grandes centros urbanos. Mais do que dizer palavras simpáticas, importa ver como desenvolveram os trabalhos e a vontade com que se envolverem com a co-munidade. Eles sentem que mudaram a vida a alguém e, nesse caso, que se pode di-zer? Não basta dizer que a ci-dade é bonita, que gostaram e se divertiram. É muito mais que isso.O objetivo de se envolverem com a cidade foi cumprido?Sim. Sou obsessivo com isso pois temos que retribuir de maneira generosa a forma como nos acolhem. As rela-ções constroem-se ao longo

Diretor do Canal 180, que organizou o Creative Camp, faz balanço positivo

“Temos que retribuir de maneira generosa a forma como nos acolhem”

L “Há coisas que resultam melhor e há vontade de ir testando”

L No momento de abertura do Creative Camp a presidente da Câmara de Abrantes garantiu que este é um evento “da maior importância” para o concelho

do tempo e foi o que acon-teceu, demos outro passo. Houve mais tempo para con-tactar associações e, mesmo assim, achamos que poucas se abriram. Muitas lojas ade-riram, mas com as institui-ções ainda há muito a fazer. É engraçado juntar aqui um grupo de pessoas que vêm de todo o mundo mas, se vimos ocupar este lugar, tem que ser muito mais. Escolhemos Abrantes pelas condições que tem e se não valorizamos quem cá está, perdemos em grande parte. Quando fazemos a progra-mação com Noiserv ou Video Mapping no centro, permite às pessoas terem mais con-tacto e, depois, voltarem a procurar. Para o ano as pessoas já sabem que há um infopoint onde podem sa-ber a programação. Isto leva algum tempo e precisamos realmente de mobilizar mais pessoas.O evento decorreu em vários pontos da cidade. Como foi gerir isso? É um dilema quando dis-persamos porque perdemos algum controlo e o impacto pode ser menor. É preciso perceber os contextos onde faz sentido. É essa a difi-

culdade na programação: que local, artistas e áreas. O desenho de animação, por exemplo, foi uma surpresa, onde não só os artistas como as pessoas se sentaram ali a fazer desenhos. Há coisas que resultam melhor e há vonta-de de ir testando. Ficarmos alojados na Pou-sada da Juventude obrigou--nos a estar mais tempo no centro. Foi difícil pelo calor e alguma dispersão da nossa parte mas, por outro lado, ajudou-nos a descobrir mais.Qual foi o investimento total e identidades envolvidas?Há três partes que tornam isto possível. A Câmara, com a parte logística e financeira que nos permite mobilizar os artistas. A nossa parte, em que trabalhamos todo o ano, a contactar com artis-tas, construir equipas para organizar o evento e a pro-

dução dos conteúdos que também implica um valor grande. Depois temos a co-municação e apoios de par-ceiros. Ainda vamos fechar o valor mas estará sempre entre os 200 e 300 mil euros. Qual o balanço que faz?É muito positivo, ao fim de uma semana, ver o que foi feito, ver pessoas que qui-seram voltar. Demonstra que é uma coisa séria, que ambicionamos ter um nível elevado. A obra que se reali-zou é impressionante e com destaque para a exposição na galeria municipal que tam-bém estreou a residência. Quando se estreia uma resi-dência de artistas, com uma exposição destas, valoriza-se um equipamento em que a cidade investiu. Isso pode determinar o nível e o que aquilo pode representar. É um ganho para a cidade. Para nós foi outra sema-na boa, muito exigente, a tentar responder a todas as necessidades dos artistas. É um esforço grande mas faz-nos acreditar que é um conceito que vale a pena. E o reconhecimento da cidade é importante para nós, dá-nos bagagem para fazermos ou-tros Creative Camps lá fora.

D

FOTOGRAFIADR

D

FOTO

GRAF

IAHÁ

LIA

COST

A SA

NTOS

“”

A obra que se realizou é

impressionante

MICAEL REIS ESTA D COMUNICAÇÃO SOCIAL

Page 15: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

WWW.ESTAJORNAL.COM

A importância do ouro na história de Abrantes influencia instalação artística

Jovens italianos apresentam KARAT

D

FOTOGRAFIACARMEN ALVES

MICAEL REIS ESTA D COMUNICAÇÃO SOCIAL

Foi na tarde do dia 14 de julho, na praça Raimundo Soares, que os ha-bitantes e os visitantes da cidade florida puderam contemplar, nas fachadas altas dos edifícios estrei-tos que compõem umas das mais belas praças da cidade, a instalação artística que reflete a história de Abrantes.Uma estrutura alta, dourada e com uma forma geométrica de linhas retas apareceu na praça. É o pro-jeto KARAT, da autoria de Fran-cesco Bernabei e Magnus Gustafs-son, ambos de Itália, um dos dois projetos vencedores do “URBAN INTERVENTION PROJECTS FOR 180 CREATIVE CAMP”. Era notória a curiosidade que aquela peça artística provocava nas pessoas que passavam pela praça. Muitas delas (maioritariamente crianças e jovens) tocavam nas peças rotativas e tiravam fotogra-fias, para mais tarde recordar, ou simplesmente ficavam a ver o seu reflexo a mudar de forma enquan-to faziam rodar cada peça. Francesco explicou ao ESTAJornal as inspirações que deram origem à obra KARAT: “Tivemos muitas referências diferentes. Primeiro,

Participante: Marisa MariscalNacionalidade: Espanhola

13 - DomingoEstamos muito emocionadas porque a Lau-ra, a Arien e eu vamos para Abrantes. Para o 180 Creative Camp. Depois do avião e 6 ho-ras de carro chegámos um pouco cansadas. Não sabemos o que nos espera mas a nossa primeira impressão foi que todos são muito amáveis e simpáticos. O meu sexto sentido diz que vai ser uma semana boa. O Opening foi no Convento de S. Domingos, um lugar antigo com muito encanto e decorado com mobiliário amovível de cortiça, uma luz suave e boa música. Havia admiração geral e a frase que se ouvia era: “Isto é muito bom para ser verdade.”14 - Segunda- feiraDepois das boas-vindas, chegou o verdadeiro primeiro dia. Perguntava-me se iria estar ao nível das expectativas depois da abertura. Visitámos a cidade e as lojas pois os partici-pantes vão ter que realizar um projeto ines-perado mas muito interessante. Gosto dos projetos em que só tens três ou quatro dias e o material do próprio lugar porque o desafio é maior e o resultado mais satisfatório. Vamos ver no que dá!15 - Terça-feiraFinalmente tive a oportunidade de ajudar outros artistas. Tendo em conta a imensidão da obra de Ella&Pitr, pediram-nos ajuda. As-sim, um grupo foi para lá. Nem imagino duas pessoas sozinhas a fazer aquilo... é enorme. Adorei vê-los a trabalhar, a felicidade que transmitem e a sua amabilidade. À noite fomos ao centro, havia atividade re-

lacionadas com música e ilustração. Todos estavam loucos a participar, a desenhar em qualquer canto. As horas voavam.16 - Quarta- feiraO dia de hoje foi particularmente intenso para nós. Tínhamos que preparar o nosso workshop para essa mesma noite. Depois de todo o dia a trabalhar nele, foi realmen-te gratificante ver as pessoas a participar no nosso pequeno projeto. Mas se tivesse que escolher um momento, seria quando decidi vir cá fora e descobri que as pessoas esta-vam sentadas à volta a observar enquanto as crianças corriam. Foi, sem dúvida, uma grande experiência.17 - Quinta-feiraQuinta-feira foi o dia de trabalhar nos pe-quenos projetos das lojas. O trabalho come-çou a toda a velocidade, tudo tem que estar preparado para amanhã. Às vezes pensamos que não, mas alguma coisa, por muito pequena que seja pode dar uma grande quan-tidade de horas de trabalho. Também depende do projeto e das loucuras que te surgem para ele. Nós terminámos quase todas as nossas lojas de roupa interior e tenho muita vontade de trabalhar amanhã com o Rúben e ajudá-lo no seu grande projeto.18 - Sexta-feiraContar tudo o que fiz hoje se-ria impossível. Principalmente ajudei o Rúben com a inaugu-ração da “loja dos segredos de

Abrantes”. De manhã transformámos uma cabine num confessionário e à noite tivémos a inauguração da loja. Música e luz ambien-te especialmente criada para o evento. Veio muita gente! Foi muito divertido trabalhar neste projeto. E o dia não podia acabar me-lhor, com um concerto de música ao vivo.20 - DomingoE isto acabou, nem posso acreditar. O último dia é o dia de relaxar, de falar com as pessoas de aproveitar. Há tantas pessoas interessan-tes e tão puco tempo para desfrutar delas. Vou sentir a falta delas. Só posso dizer uma coisa ... OBRIGADA!!! Foi uma semana incrível, obrigada por me deixarem participar nesta maravilhosa semana com todos vocês. Um dia voltaremos a encontrar-nos...(tradução: Bárbara Gonzalez Gomes)

L A obra KARAT pretende “dar a oportunidade aos abrantinos para refletir sobre a sua origem, o seu quotidiano e as possibilidades futuras”

O meu 180 Creative Camp foi assim...“Foi muito divertido trabalhar neste projeto”

Relativamente aos moradores de Abrantes, Francesco e Magnus adiantam que esta obra “deve dar a oportunidade aos abrantinos para refletir sobre a sua origem, o seu quotidiano e as possibilidades futuras. É um incentivo à reflexão. Para que isso aconteça, colocámos a instalação artística numa praça de Abrantes, onde a combinação de luz e interação mudasse a apa-rência da cidade”. Para David Nobre, que veio de propósito de Lisboa para apanhar os últimos dias do Creative Camp, esta “é das peças mais marcantes que me lembro de ter visto aqui no Creative Camp. Não só chama a atenção, como tira partido da praça onde está, sendo interati-va. Reflete a luz do sol nos edifí-cios em volta e, quando se giram as peças, parece magia. Pontos de luz dourados a navegar pelas fachadas, o que, em certa forma, faz com que a peça não seja só o que se mexe mas todo o volume da praça”.Os dois artistas espanhóis irão apresentar um projeto fotográfico (num web site ainda a designar) que consiste numa mostra de todas as fotografias que foram tiradas de forma a mostrar a interação que houve entre a comunidade abran-tina e a instalação artística.

Participante: Leonor CunhaNacionalidade: Portuguesa

Entroncamento, forever alone, apenas es-trangeiros, pânico!Apesar do pânico inicial (uma vez que não me desenrasco muito bem no inglês) o 180 Creative Camp foi uma experiência incrível, tanto a nível pessoal como profissional. É uma ótima oportunidade de conhecer diferentes vertentes artísticas, artistas e culturas.Todo o staff e colaboradores foram excelentes e tudo muito divertido. Nos primeiros dias, foi bastante importante conhecer Abrantes e nos mostrarem onde e o que podíamos transfor-mar na cidade.

Fiz workshops com o Arthur Carva-lho, de ilustração para apoio de ví-deo. No “We came from Space” ela-borei uma série de cartazes através da risografia e letterpress. Dei apoio a quase todas as atividades e inter-venções dos artistas convidados. Por fim, para projeto pessoal, decidi intervir na montra que menos gostei em Abrantes. Gosto deste tipo de de-safios para tentar ajudar ao máximo. A intervenção consistiu no redesign da tipografia da montra e acrescento de elementos gráficos ilustrados no vidro. Também fui rebelde e pintei um mu-ral algures em Abrantes. Este graffi-ti dentro do 180 Creative Camp fez com que começasse um novo pro-jeto na minha carreira, espalhando o meu trabalho através da streetart.

a história da cidade e do nascer do nome. A sua forma foi inspirada no logotipo da cidade. Eu sou um grande adepto destas formas geo-métricas, pelo que acabou por ser bastante interessante poder mis-turar estas sugestões.”A propósito do dourado, Magnus lembrou a importância do ouro e de como este é um “elemento

crucial” na história de Abrantes. “O metal precioso pode ter favo-recido a localização geográfica e o seu desenvolvimento como cidade estabelecida no centro de Portugal. O ouro tem sido um precioso ma-terial ao longo do tempo, cativando as pessoas com a sua beleza, e é uma moeda mundialmente aceite, inde-pendente da política e da história.”

“Fui rebelde e pintei um mural algures em Abrantes”

D FOTOGRAFIACARMEN ALVES

03

Page 16: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

04 ESTA JORNALAGOSTO 2014

CreativeCam

pAbrantes

180

13/20 Julho

Porftolio fotográfico de Carmen Alves

ESTA - Comunicação Social

Page 17: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

05WWW.ESTAJORNAL.COM

Page 18: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

06 ESTA JORNALAGOSTO 2014

“Os 12 mil Sapatos de Abrantes”, um dos projetos vencedores do concurso de intervenção no espaço urbano

Instalação criada por artistas espanhóis recorda episódio das invasões francesas

O LARGO RAMIRO GUEDES encheu-se de 800 pares de sapatos e flores colhi-das nos campos de Abrantes. Quem passava tentava descobrir a razão de tal acontecimento. Terá a ver com reciclagem? Será uma alusão às pessoas que caminham pelo mundo fora? Não. É uma instalação artística que recorda o dia em que os abran-tinos conseguiram 12.000 pares de sapatos para as tropas de Junot.

Os criadores - NODOPIAMateo Fernández Muró tem 30 anos, é madrileno. Juan José Pérez Moncho tem 29 anos, é valenciano, vive em Ma-drid. Victor Lledó García tem 29 anos, é de Alicante, atualmente vive na capital espanhola.Arquitetos de profissão, conhece-ram-se durante as suas formações académicas e criaram o grupo NO-DOPIA.O nome surgiu de uma combina-ção de conceitos. Por um lado, a palavra nó (em espanhol nodo) que interpretam também pelo lado mais sociológico com significado de rede e colaborações. Por outro, a terminação “ía” que, vinda do latim, significa “país dos”. Desta forma, criaram, assim, o país do nós.O país dos nós (os NODOPIA) não se dedica “exclusivamente às in-tervenções urbanas, mas à arqui-tetura de forma geral”. Juan expli-ca: “Fazemos trabalhos de todos os tipos. Desde casas a intervenções paisagísticas. Por exemplo, fize-mos um em Valencia, também por concurso, em que a intenção era encontrar uma forma em que as pessoas dessa zona interagissem, criando caminhos que passassem pelos locais até chegar a uma albu-feira muito bonita que ali existe.”A acompanhá-los, em Abrantes, esteve Miriam Regadera, de 29 anos. Não é arquiteta, mas sim formada na área de medicina. Apesar de uma área tão distinta da sua, juntou-se aos amigos no desafio. Ao longo de toda a semana trabalhou de forma incansável na construção do projeto.Para Mateo, esta participação na 3ª edição do 180 Creative Camp foi “incrível”. “Não esperávamos ganhar nem que tivesse tanto im-pacto aqui na cidade. Isso para nós é maravilhoso.” Ainda sobre a presença no evento, Juan acres-centou que “é muito interessante neste tipo de eventos podermos relacionar-nos com outro tipo de pessoas, de outras áreas criativas, como a música ou a pintura. Para nós, arquitetos, é muito bom pois normalmente andamos muito no nosso mundo, quase só nos rela-cionamos com arquitetos. No final, isto enriquece-nos muito e abre-

BÁRBARA GONZALEZ GOMES ESTA D COMUNICAÇÃO SOCIAL

-nos muito a mente. Para mim, é uma das coisas mais interessantes neste tipo de iniciativas.”Além deste, o grupo NODOPIA ga-nhou outros concursos, nomeada-mente, em Paris e Barrancos.

Acontecimento histórico de AbrantesEra uma vez,Um general francês chamado Junot que, indo rumo a Lisboa, entrou em Abrantes com os seus soldados. Estávamos então no ano de 1807 e decorriam as invasões francesas. Na chegada à cidade, todos os sol-dados encontravam-se em pleno estado de exaustão e os seus sapa-tos num estado lastimável. Por forma a melhorar as condições das suas tropas, o General Junot pediu aos habitantes da cidade que conseguissem doze mil sapatos para os seus soldados. Os abrantinos mostraram a sua generosidade e conseguiram algo que parecia quase impossível. Jun-taram todos os sapatos que lhes foram pedidos e ofereceram aos soldados de Junot.Este feito que parecia quase im-possível de realizar, ficou desta forma conhecido como o Efeito Junot.

O projetoQuando tomaram conhecimento do concurso para a 3ª edição do 180 Creative Camp a realizar em Abrantes pelo Canal 180, Mateo recordou quando, no Porto, lhe falaram do efeito Junot. “É quan-

do alguém te pede alguma coisa impossível de fazer. Essa expressão vem da história do General Junot, que pediu aos abrantinos para reunirem 12 mil sapatos em dois dias”, explica o jovem arquiteto que aprendeu a falar português durante o período em que traba-lhou na cidade invicta.No centro histórico de Abrantes, precisamente no Largo Ramiro Guedes, estão representados 800 sapatos que compraram numa fá-brica de roupas em segunda mão, perto de Madrid. Dentro deles, e por forma a decorar e a adquirir um pouco de sombra, os jovens ar-quitetos colocaram flores do cam-po que colheram nos arredores da cidade.Um projeto destes envolve muitos detalhes e, “na prática, é muito mais difícil do que na teoria. Só nos demos conta de muita coisa consoante fomos fazendo. Como não conhecíamos o largo, só quan-do chegámos pudemos perceber as distâncias e as árvores, por exem-plo. Além disso, toda a instalação tem muitas peças e cordões. No final, todas elas têm que encaixar corretamente na mesma estrutu-ra”, esclareceu Victor sobre o pro-cesso de construção da instalação. A escolha do local também não foi ao acaso. Durante a pesquisa, “vi-mos que, em 2007, fizeram neste largo uma montanha de sapatos para comemorar o segundo cen-tenário deste acontecimento his-tórico”, clarificou Victor.Para os jovens espanhóis, Juan diz

que “é importante que os abranti-nos se sintam identificados, já que é um acontecimento histórico da sua cidade. Por outro lado, também é interessante para aqueles que não conhecem a história, poderem co-nhecê-la através desta intervenção. Sabemos que os mais velhos têm a informação mas os mais jovens talvez não a conheçam”.

Trabalho intenso e feedback dos abrantinosJuntámo-nos aos artistas numa tarde em que a temperatura ron-dava os 35 graus. Encontravam-se ali desde as 10 da manhã acompa-nhados de jovens voluntários do 180 Creative Camp. Enquanto estes queimavam e tiravam atacadores, os artistas definiam estratégias para a construção de um autên-tico puzzle de cordas e sapatilhas. No intenso calor da tarde, va-leram-lhes os “sombreros” que Miriam decidiu comprar numa das lojas de Abrantes. Munidos de borrifadores, iam-se refrescando e aproveitavam o repuxo que ali se encontra para mergulharem os seus novos chapéus e os colocarem na cabeça de imediato. Enquanto trabalhavam, muitos abrantinos que circulavam pelo Largo Ramiro Guedes, paravam e observavam-nos atentos e curio-sos. Alguns questionavam os ar-tistas, outros apenas passavam. Depois, os menos tímidos, brin-cavam: “Tenham cuidado que es-tes gajos roubam sapatilhas”; “Oh João, não queres um par de sapatos

novo?”; “Deixa cá ver se há algum que dê para o meu pé!”No entanto, quando questionados sobre o significado da obra, pou-cos souberam explicar do que se tratava. Foram várias as suposi-ções e ideias dos abrantinos. “Pode ter a ver com a não utilização das coisas”, arriscou Rui Oliveira, de Abrantes. Já Sérgio, também abrantino, questionou se “terá a ver com reciclagem?”. Diogo Silva, um jovem da cidade, reconheceu que ainda não tinha pensado muito no assunto: “Pode ter a ver com o número de caminhantes que existe pelo mundo, pelo pessoal que anda à boleia. Uma homenagem ou algo assim.”No final, todos pediram para que os elucidássemos. “Ai que engra-çado, não sabia.” “Ainda bem que os devolveram, já faziam falta!”

Dois dias depois do fimVoltámos ao Largo Ramiro Guedes dois dias depois do 180 Creative Camp ter terminado. Os sapatos continuavam ali e, por coincidên-cia ou não, estavam duas pessoas a fotografar. Sorriam também, como fazem os turistas em férias. Parece que a missão foi cumprida e os abrantinos ficaram satisfeitos com a devolução dos seus sapatos. A pacata cidade de Abrantes voltou “quase” à normalidade. Os artistas foram embora mas as ruas, essas, ficaram marcadas com esta e ou-tras obras. Deixaram em nós não só os sapatos... mas um pedaço de cada um.

L ”Deixa cá ver se há algum

que dê para o meu pé!”

D

FOTOGRAFIACARMEN ALVES

Page 19: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

07WWW.ESTAJORNAL.COM

BÁRBARA GONZALEZ GOMES ESTA D COMUNICAÇÃO SOCIAL

180 Creative Camp. Workshop de B-boying com LAGAET. Abrantes. Cine-teatro São Pedro. 17 de Julho. 17 horas.Enquanto se preparam os últimos detalhes no espaço do bar, local onde se realizará o workshop, já alguns participantes esperam à porta do teatro. Estão cerca de 14 participantes e querem aprender técnicas de brea-ck dance com um dos mais concei-tuados praticantes da modalidade.Entre miúdos e graúdos, nota--se de imediato algum conheci-mento já adquirido e aproveitam desde logo para colocar questões técnicas. Esclarecidas as dúvidas, LAGAET fala um pouco da sua ex-periência. Esclarece os presentes sobre o movimento hip hop e onde entra o B-boying dentro do mo-vimento. Ao longo da explicação teórica, o bailarino foi exemplificando alguns movimentos. Consoante cada movimento de LAGAET, os participantes, ali

O OBJETIVO deste workshop, integrado no Creative Camp, foi o de levar os adultos a pegar em cartão e fita-cola e deixarem a imaginação fluir, para depois os mais pequenos se poderem divertir.

Mo.Ca Mobiliária de cartão é o nome do projeto que ocupou o Jardim da República, no âmbito do Creative Camp. Jorge Sá, o responsável que trouxe este workshop até a cidade de Abrantes, nos dias de criatividade, pretendeu dar ao cartão uma nova vida. Para além de dar a conhecer o projeto, o objectivo era “fazer com que as pessoas se habituem a trabalhar este material” para que, depois, “cada um, com a sua criati-vidade possa também fazer as suas criações.”Jorge Sá afirma que o seu instru-mento essencial é o cartão. Entre cola e fita-cola, as peças recortadas começam a ganhar novas formas, vida e acima de tudo, um novo uso. Das formas geométricas espalhadas à sua volta surgem pequenos ba-louços em forma de cavalinho, da-queles que relembram a infância de muitos nós e que apimentam a dos mais pequenos. O workshop era para adultos, mas as crianças é que tira-riam maior proveito dos objetos que magicamente nasceram do cartão.Nota-se através da voz de Jorge Sá que este projeto, além de cartão, é tam-bém de amor. Juntar crianças e adul-tos a fazer coisas divertidas e diferen-

tes é uma aposta que não se deve perder. “Não desisto desta causa”, garante, enquanto corta e recorta cartão.A Mo.Ca Mobi-liária de Cartão venceu já um prémio finalista num concurso Pops, na Fun-dação Serralves, do Porto, com o projeto de um candeeiro. “A verdade é que nos últimos três anos felizmente temos tido alguma visibi-lidade.” Este prémio abriu-lhes portas para o resto do mundo, tendo já sido convidados para um evento interna-cional. “As peças já não são novidade, mas eu considero que ainda estamos a explorar.”Jorge Sá viu em Abrantes uma ci-dade fantástica e rendeu-se aos encantos da vista do castelo. Não conhecia Abrantes e adorou. Antes de iniciar o workshop dizia: “Vamo--nos divertir imenso, os adultos vão parecer crianças.” Celeste Santos, animadora da Biblioteca Municipal, deu uma “mãozinha” ao criador e afirmou a importância do proje-to: “Acho fantástico, nem todas as pessoas conseguem fazer e valorizar este trabalho.”A ideia de trazer Jorge Sá novamente

até Abrantes pairou no ar. As anima-doras da Biblioteca prometem fazer de tudo para que volte e ajude as crianças e adultos a brincar com este tipo de material. “Para além de usar mate-riais reutilizáveis, este trabalho apela muito à criatividade nas crianças, que hoje em dia está um pouco esqueci-da e é pouco explorada pelos pais e pela escola”, lembra Sílvia Rodrigues, também ela animadora da Biblioteca.A participação no workshop não foi muito significativa, mas isso não desmotivou Jorge Sá: “Não é uma falta de comunicação, estão a acontecer muitas coisas em vários locais e os participantes estão di-vididos por aí.” No final, alunos da Esta juntaram-se a este workshop e decidiram ir ajudar o criador a ter-minar as suas obras. CARMEN ALVES.ESTA>COMUNICAÇÃO SOCIAL

LUÍS STOFFEL, estudante de Vídeo e Cinema Documental da ESTA, foi um dos voluntários do Creative Camp.

Como é que um voluntário des-creve o Creative Camp?Fazer parte do motor que leva o Creative Camp aos participantes é uma tarefa difícil, requer muito trabalho, mas acho que é muito gratificante ver que as pessoas estão a aderir e gostam daquilo que fazemos. É estar sempre pre-sente para aquilo que é preciso. Já é a segunda edição em que par-ticipas. Porquê?A primeira foi como participante, e gostei tanto da experiência que queria viver tudo isto por trás. Criei grandes laços com a equipa do canal 180 e este ano convidaram--me para ser voluntário. Aceitei de bom grado. Além de ser um voto de confiança, é um trabalho que gostei bastante de desenvolver.Abrantes é a cidade onde estudas e o Creative Camp está a decor-rer aqui pela segunda vez. Isso motivou-te a decidir que irias ser voluntário?Sim. Porque uma vez que estu-do cá em Abrantes já conheço a cidade minimamente bem e eles precisavam também de uma pes-soa que conhecesse os cantos à casa, como se costuma dizer. Vim com esse intuito de fazer liga-ção entre Abrantes-Porto, Canal

180-Abrantes, e ajudar nesses aspetos.Quais os frutos que tens colhido nesta experiência?Além de conhecer muita gente, criei laços de amizade mesmo com equipa do canal. Já estive também com eles no Rock in Rio, em Lisboa, e em Guimarães, no Creative Lab. Estou a desenvolver outras áreas que gosto, como a da produção. Aqui posso trabalhar um bocado essa área e perceber que se calhar é isto que quero fa-zer e seguir numa vida futura na área do Cinema. É sempre bom poder participar nos workshops e conviver com os artistas convida-dos e com os participantesDescreve esta experiência numa palavra.Poder ser em duas? Criativamen-te fantástico. CARMEN ALVES.ESTA>COMUNICAÇÃO SOCIAL

Workshop com LAGAET

A complexidade do B-boying “agarra-nos completamente”

Mo.ca Mobiliária é o nome do projeto feito de cartão

“Estar sempre presente”

e a satisfação estampada no rosto de todos, o artista acrescenta: “Fi-quei surpreendido porque nem to-dos costumam participar na roda e aqui participaram. Estiveram todos muito bem.”No final, desafiámos LAGAET: “Se tivesses que convencer alguém a praticar B-boying que lhe di-rias?”. “Diria para experimentar. Para quem gosta de dança e quiser experimentar o B-boying vai ver que a complexidade deixa-nos completamente agarrados, é um vício, mesmo.”

Quem é LAGAET?O caribenho que nasceu na peque-na ilha chamada Martinica corre o mundo em competições de B--boying. “Em cada fim-de-sema-na estou num sítio diferente”, diz. Vive no Porto e compete por Por-tugal há cerca de 10 anos. Trabalha com a Red Bull desde 2009 e é ofi-cialmente patrocinado pela marca desde a sua vitória no campeonato europeu em 2011. O bailarino, que é também membro dos Momentum Crew e professor de dança, diz treina quase diariamente: “Se não estou a treinar, estou a dar aulas ou em espetáculos. Dançar é praticamente todos os dias. Além dos treinos de B-boying, costumo complementar com ginásio, corro e faço exercícios para trabalhar os músculos por forma a evitar lesões.”Nunca pensou viver da dança, “foi um sonho que se realizou”. Entre correr o mundo e “estar num es-critório das 9 às 5, prefiro isto. Há altos e baixo e em Portugal não está fácil. Mas isto é a minha vida”.

sentados no chão de forma des-contraída, mostravam-se cada vez mais surpreendidos com a capaci-dade de, por exemplo, sustentar o corpo com uma só mão.Chegada a fase mais esperada, os participantes entram também em ação. Seguem os passos de LAGAET

ao som da música cheia de ritmo e batidas. Uns com mais facilida-de, outros com mais esforço, mas todos chegam lá. Lançam frases como: “Agora mais devagar”. Riem-se, cansam-se, tentam duas e três vezes até conseguirem. “Isto é viciante, sabes?” - pergunta LA-

GAET no final do workshop, em conversa com o ESTA Jornal.Após os minutos dedicados à ex-perimentação, é chegada a hora de fazer a tradicional roda onde todos os praticantes vão individualmente ao centro mostrar a sua habilidade de movimentos. Entre os aplausos

L Grupo de miúdos e mais graúdos experimentam uma dança ritmada com bailarino caribenho

L Jorge Sá coordenou um workshop que apelou à criatividade dos adultos para proveito das crianças

D FOTOGRAFIACARMEN ALVES

D

FOTOGRAFIACARMEN ALVES

Page 20: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

08 ESTA JORNALAGOSTO 2014

FICHA TÉCNICA | DIRETORA: Hália Costa Santos DIRETORA ADJUNTA: Raquel Botelho REDATORES: Bárbara Gonzalez Gomes, Carmen Alves e Micael Reis FOTOGRAFIA: Carmen Alves | PROJETO GRÁFICO: José Gregório Luís PAGINAÇÃO: João Pereira Tiragem: 15000 exemplares

Para o público que eventualmente não te conhece, quem é o Noiserv?Sei lá eu. Acho que é sempre com-plicado para a pessoa ou para o músico que faça a sua própria música conseguir explicar às ou-tras pessoas que género de mú-sica é que é ou qual é o tipo de música que faz. Portanto, quando me fazem essa pergunta, eu digo sempre: a melhor maneira que eu para te responder é convencer-te a ires ver um concerto e consegui-res perceberes, tu próprio, o que é e o que não é, se gostas ou não. Mas tentando resumir de alguma forma, acho que é a ideia de ser apenas uma pessoa a tocar vários instrumentos e não apenas uma. E o género poderá estar no género alternativo, só porque os outros géneros que são mais específicos não se enquadram tanto. Tendo em conta a indústria musical portuguesa e o estilo mais alterna-tivo do teu trabalho, quais foram os desafios que encontraste ao longo do teu percurso?Os principais desafios começam logo no início com a ideia de tu que-reres fazer as tuas próprias músicas e perceber como é que as levas às

outras pessoas. Aquela ideia do so-nho americano em que envias uma maquete com três músicas para um gigante qualquer, ele adora-te e de repente todo o mundo te conhece... isso não é mesmo assim. No meu caso, que já toco há mais ou menos dez anos, nos últimos dois anos sin-to que as pessoas vão reconhecendo que tudo está a acontecer com mais regularidade. Mas foram precisos oito anos para trás para, aos pou-cos, ir conquistando pessoas, sítios e uma série de coisas. Não consigo definir os principais porque acho que tudo isto é um desafio. No meu caso, tirei (o curso de) Engenharia e abdicar de uma coisa mais cer-ta, indo para uma vertente em que não há regras nem um percurso definido para fazer as coisas bem feitas… vai-se sempre encontrando desafios. O maior desafio é mesmo esse, conseguires que a tua música chegue às pessoas porque são mui-tas etapas e é muito complicado.Tocas com vários instrumentos e objetos, o que de certa forma tor-na a construção da tua música um pouco mais complexa. Como é que é o processo de construção de uma música tua?

O processo de construção ou de composição de uma música é, se calhar, muito parecido com aqui-lo que as pessoas depois vêem ao vivo. Claro que, em estúdio, quando estou a fazer as músicas, há muitas ideias que acabo por não pôr e por não fazerem parte da música. Mas aquelas ideias que toco ao vivo, e que também estão no disco, surgem muito de uma coisa deste género: eu gravo uma base e a partir daí vou fazendo ex-periências por cima até que há uma experiência de que eu gosto. Ficam duas experiências juntas e depois há uma terceira, uma quarta, uma quinta, uma sexta e é assim que as músicas vão crescendo. Até que chega a uma altura em que eu sinto que já não capaz de pôr mais nada, e que já nada mais faz falta à músi-ca, e a música fica feita.Consideras que o facto de utilizares objetos tão distintos é uma marca que te faz chegar mais perto do pú-blico?Não sei se é uma marca que me faz chegar mais próximo, mas tem sido uma marca que faz a diferen-ça. Não que o tenha feito com esse objetivo. Por vezes, até mesmo pelo nome “homem orquestra”, há essa diferenciação de outros projetos, por utilizar realmente muitos instrumentos. Mas não sei se é isso que aproxima das pessoas ou não. Acho que, comparando com uma banda de muitas pes-soas, o que pode aproximar mais é o facto de ser só mesmo uma pes-soa. Quando se vê um concerto de uma só pessoa aproximas-te mais dela do que se for um conjunto de cinco ou seis. Se há um factor que aproxima, acho que será esse.As tuas músicas contam histórias. Quais é que são as principais dife-

renças entre aquelas que contaste ou cantaste em 2008 com o álbum “One Hundred Miles From Thoughtless” e, depois, em 2013, com o álbum “Al-most Visible Orchestra”?Eu acho que a temática do primei-ro disco não tinha um tema con-creto à volta das músicas. Quase todas tinham sido músicas criadas desde o princípio. Desde de 2003, 2004 eram quase como que um best of de tudo o que eu tinha fei-to até àquela altura. Eu acho que este disco de 2013 já vem muito naquele seguimento que eu estava a dizer: numa altura em que eu já sentia que as pessoas já conheciam mais as músicas e, se calhar, in-conscientemente, na minha cabe-ça, uma das temáticas que estava sempre presente era esta ideia de tu teres um sonho e veres que ele se está a concretizar e não é por isso que tens de deixar de dedicar como te dedicavas antes. Portanto, eu acho que todas as músicas deste novo disco, mesmo que só um bo-cadinho, acabam por ter sempre essa ideia de fazeres o melhor que tu consegues independentemente de as pessoas já poderem, se ca-lhar, gostar do que já fizeste antes. Isso não é uma temática direta em cada uma, mas acho que todas elas falam um bocado dessa ideia. No caso do Creative Camp, se parti-cipasses durante todo o evento, de que forma achas que te poderia in-fluenciar do ponto de vista criativo?Acima de tudo acho que é sempre muito enriquecedor conhecer pes-soas que têm outras ideias muito diferentes das tuas e conseguir absorver as ideias dos outros de forma a fazer os tais trabalhos em conjunto que faz com que se aprenda sempre. Não sei dizer concretamente, mas

da experiência que tenho, do que tenho feito com outras pessoas e de ver aquilo que outras pessoas fazem, de alguma forma acaba sempre por influenciar as coisas que vou fazendo. É como crescer sempre um pouco. E o que é que te inspira?Acho que é a ideia de ter um obje-tivo ou algo em que acreditas que pode ser possível e lutar para que isso aconteça, independentemente das barreiras possas encontrar ou até da nada poder chegar a acon-tecer.Não sou daquelas pessoas que es-creve músicas de amor ou sobre um relacionamento que não acon-teceu porque toda a gente já falou sobre isso e eu não teria nada de diferente a acrescentar. O que me motiva a andar de um lado para o outro com os instrumentos todos é essa luta por uma coisa que eu sempre acreditei e então a inspi-ração deve ser essa.A seguinte pergunta é mais uma curiosidade pessoal. Porquê o nome das músicas tão extenso? Neste disco em específico é porque eu me fui apercebendo, ao longo dos tempos, que se calhar as ban-das não ligam nenhuma ao nome das músicas e se calhar são as duas palavras do refrão, é o início da música. E eu acho que, tal como os próprios CD’S, os títulos podem ser algo mais do que um template com um disco lá dentro, também podem dizer mais do que apenas duas pa-lavras que a música tenha. Então a minha ideia é que como se as pes-soas já estivessem a ouvir música quando lêem o título. Quando vão ouvir a música já têm uma ideia de qualquer coisa. Eu acredito que a música ajude a complementar essa ideia que eles têm.

“O que me motiva a andar de um lado para o outro com os instrumentos todos é essa luta por uma coisa em que eu sempre acreditei”

DAVID SANTOS – ou Noiserv – foi o protagonista de um concerto que fez parte do Creative Camp. O “homem orquestra”, que toca vários instrumentos e objetos, diz que a proximidade que tem vindo a construir com o seu público talvez se deva ao facto de ser apenas ele em palco. Desistiu de um futuro na Engenharia por este caminho da música e já lá vão dez anos a conquistar o seu espaço, num género alternativo, que não é fácil de explicar. O melhor mesmo, diz Noiserv, é ir a um concerto e ouvir. As músicas que apresenta são resultado de um processo que começa no estúdio e acaba nos palcos: “Gravo uma base e a partir daí vou fazendo experiências por cima até que há uma experiência de que eu gosto.”

David SantosNOISERV

BÁRBARA GONZALEZ GOMESMICAEL REIS ESTA D COMUNICAÇÃO SOCIAL

DFOTOGRAFIACARMEN ALVES

L “Quando tens um sonho e vês que ele se está a concretizar, não é por isso que tens de deixar de te dedicar como te dedicavas antes.”

Page 21: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

jornaldeabrantes

13AGOSTO 2014 REGIÃO

A Comunidade Intermunici-pal do Médio Tejo (CIMTEJO) imputou as responsabilida-des à Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) no atraso do fornecimento de equipamento aos bombei-ros, tendo adiantado que as luvas e as botas só deverão ser entregues em agosto.

“A ANPC definiu o valor e disse às autarquias qual o teto máximo para abrir con-curso para fornecimento dos diversos equipamentos, desde os capacetes, aos ca-puzes e aos fatos. No caso das botas, defi niu os requisi-tos técnicos e um valor de 48 euros para cada par, um valor desfasado da realidade e que levou a que os concursos não tivessem concorrentes e que não haja ainda botas para en-tregar”, disse à Antena Livre o secretário executivo da CIM-TEJO.

“Se as comunidades inter-municipais não têm hoje os equipamentos completos para entregar às corporações de bombeiros é porque os concursos fi caram desertos, devido às incompatibilida-des indicadas pela ANPC en-tre o nível de exigência e o preço máximo que definiu”, reforçou Miguel Pombeiro.

Aquele responsável consi-

derou ainda “caricato” que a ANPC, “para as mesmas botas e os mesmos requisitos téc-nicos”, tenha aberto um con-curso público com um preço referência de 150 euros.

“A ANPC lançou recen-temente um novo proce-dimento para aquisição de equipamentos de proteção individual (EPI’s) onde se de-nota que os valores unitários são substancialmente superi-ores aos valores que anterior-mente deram como referên-cia para a CIMT”, destacou.

“O erro é da ANPC e o atraso deve-se a esta situação”, ob-servou ainda, tendo Pom-

beiro referido que a CIMTEJO “vai agora” abrir novo con-curso. “Significa que só em agosto vamos conseguir en-tregar as botas e as luvas aos bombeiros”, criticou.

A CIMTEJO, disse ainda Mi-guel Pombeiro, “atualmente encontra-se em condições de efetuar a entrega refe-rente aos capacetes flores-tais e aos capuzes de prote-ção fl orestal” (cogulas) e que, “ainda durante o mês de ju-lho”, seriam efetuadas as en-tregas dos fatos de proteção individual.

O ministro da Administra-ção Interna, Miguel Macedo,

manifestou-se preocupado por os bombeiros ainda não terem recebido, no início da época de fogos, os equipa-mentos de proteção indivi-dual das Comunidades Inter-municipais (CIM).

No âmbito de um protocolo assinado com o Ministério da Administração Interna em 2013, as CIM ficaram com a responsabilidade de dotar os bombeiros com equipamen-tos de proteção individual, que são compostos pelo fato, luvas, botas, capacete e más-cara.

Mário Rui Fonseca

Médio Tejo imputa atraso do equipamento para bombeiros à ANPC

• Comunidade do Médio Tejo critica concursos

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Abrantes realizou no passado dia 23 de julho, no quartel dos Bombeiros de Abrantes, a cerimónia de comemoração do seu 1º aniversário.Os Bombeiros de Abrantes assinalaram o seu aniversário com a bênção de uma nova ambulância de socorro, que vai integrar um conjunto de sete ambulâncias que apoiam o corpo de bombeiros nas suas intervenções. No primeiro aniversário da mais jovem associação humanitária de bombeiros do país, João Furtado Pereira, presidente da direção da Associação, destacou o crescimento do corpo e sublinhou a aposta na formação. A cerimónia contou ainda com uma homenagem aos Bombeiros Paulina Pereira e Álvaro Serrano, com a entrega de equipamentos de proteção individual, a promoção de nove recrutas ao posto de bombeiros de 3ª classe e com a entrega de certifi cados aos 12 bombeiros que terminaram o curso de Tripulante de Ambulância de Socorro.

Joa

na M

arga

rida

Car

valh

o

Castelo de Almourol reabre ao público

O Castelo de Almourol, em Vila Nova da Barquinha, re-abriu ao público no dia 4 de julho, após a conclusão da in-tervenção na torre de mena-gem e benefi ciação das mu-ralhas e interiores. As obras, que se prolongaram por oito meses, implicam um investi-mento na ordem dos 500 mil euros e incidiram em diversas zonas de desagregação dos panos da muralha e das tor-res, com a sua impermeabili-zação, drenagem das águas e benefi ciação das muralhas. A intervenção na torre de me-nagem incidiu na substitui-ção do terraço e na colocação de uma escada metálica de circulação vertical, visando

preservar e proteger o mo-numento e possibilitando-lhe melhores condições de acessibilidade e circulação. O presidente da Câmara de Vila Nova da Barquinha, Fer-nando Freire (PS), disse que este é um “momento impor-tante para a dinâmica turís-tica e empresarial do conce-lho e da Região, tendo em conta as mais de 60 mil visi-tas anuais ao Castelo”, monu-mento nacional desde 1910. As próximas empreitadas in-cluem a criação de percurso pedonais na envolvente ao castelo, e a recuperação e preservação das espécies vegetais autóctones que ali floresciam nos séculos XVII

e XVIII, e a instalação de um sistema expositivo de con-teúdos referentes aos Tem-plários, no interior do monu-mento, trabalhos que devem estar concluídos até março de 2015. Edifi cado numa pe-quena ilha, em pleno rio Tejo, aquela fortaleza foi recons-

truída por Gualdim Pais, mes-tre da Ordem dos Templários, em 1171, sendo hoje um dos monumentos militares me-dievais mais emblemáticos e cenográficos do período da Reconquista, e um dos que melhor evoca a memória dos Templários no nosso país.

Page 22: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

jornaldeabrantes

14 AGOSTO 2014REGIÃO

A Câmara Municipal de Abrantes é uma das seis en-tidades nacionais que irá tes-tar, em regime experimental e durante um ano, uma via-tura Canter E-Cell, da Mitsu-bishi Fuso, concebida e de-senvolvida na Mitsubishi do Tramagal.

Em nota de imprensa, a au-tarquia adianta que a viatura será utilizada para trabalhos nos serviços de jardinagem e remoção de resíduos. Trata-se de uma viatura comercial, 100% elétrica, livre de emis-sões de CO2, praticamente silenciosa, fácil de conduzir e dotada de uma bateria com autonomia para 100 km.

Jorge Rosa, presidente da Mitsubishi Fuso, entregou à presidente da Câmara, Maria do Céu Albuquerque, as cha-ves da viatura Canter E-Cell que vai ser testada no con-celho de Abrantes, durante a cerimónia de apresenta-ção da nova viatura realizada no passado dia 10 de julho no Pátio da Galé (Terreiro do Paço), em Lisboa.

As outras entidades que vão testar a nova viatura são as câmaras de Lisboa e do

Porto, a REN, a Transporta e os CTT.

Autarquia abrantina recebe viatura elétrica da Mitsubishi Fuso

No dia do arranque das fé-rias judiciais 2014, que de-correu no passado dia 15 de julho, aconteceu em Lisboa, frente à Assembleia da Re-pública, uma concentração contra o Novo Mapa Judi-ciário. A manifestação con-tou com participantes de vários pontos do país, es-pecialmente dos locais que vão fi car sem tribunal, ofi ci-almente, a partir de setem-bro.

Maria do Céu Albuquer-que, presidente da Câmara de Abrantes, João Gomes,

vereador, Manuel dos San-tos, representante do pre-sidente da Assembleia Mu-nicipal, e os presidentes das Juntas de Freguesia de Abrantes e Alferrarede, Mar-tinchel, Alvega e Conca-vada, Tramagal, Bemposta, estiveram presentes ao iní-cio da tarde neste protesto nacional contra o Novo Mapa Judiciário. Santana-Maia Leonardo, presidente da delegação de Abrantes da Ordem dos Advogados, e alguns advogados desta es-trutura também estiveram

na ação de protesto.Em nota de imprensa, au-

tarquia explica que a pre-sença da comitiva veio refor-çar “as posições conjuntas das duas entidades, toma-das desde o início do pro-cesso, contra o Novo Mapa Judiciário que terá implica-ções altamente negativas para a população local”.

O protesto nacional foi promovido pela Ordem dos Advogados e ocorreu no úl-timo dia que antecedeu a entrada em vigor do Novo Mapa Judiciário.

CONTRA O NOVO MAPA JUDICIÁRIO

Autarcas e advogados de Abrantes protestam em Lisboa

A canoísta abrantina Francisca Laia, do Clube Desportivo Os Patos, e Maria Cabrita, partici-param nos Mundiais sub-23 de K2 500 de sub-23, na Hungria, tendo sido sextas classificadas, com uma marca de 1.48,875 minutos, mais 4,292 segundos do que as alemãs Sabrina He-ring e Steffi Kriegerstein. A hún-gara Ana Kárász é nova cam-peã mundial, num campeo-nato que finalizou no passado dia 20 de julho.

Em Montemor-o-Velho, Fran-cisca Laia, foi campeã nacional de velocidade, na prova dos 200 m e 500m, realizada no passado dia 27 de julho.

Francisca Laia referiu ao Jor-nal de Abrantes que “participar num mundial é sempre muito bom, conseguimos o sexto lugar num nível muito alto e competitivo. Demos o nosso melhor e agora é continuar a

trabalhar para chegar ainda mais alto nos resultados”.

A canoísta admitiu ainda que pretende finalizar o seu curso de medicina continuando a conciliar com a prática da mo-dalidade no Clube Desportivo Os Patos.

“Estou há onze na canoagem e é algo que faço com muito gozo. Vou continuar a conciliar tudo e a ir ao clube se sempre que posso para praticar e estar com os meus amigos.”

Mariana António, atleta do Sporting Clube de Abran-tes, integrou a estafeta de Portugal e conquistou a medalha de ouro nos Jo-gos da CPLP, em Luanda, no passado dia 28 de julho.

No passado mês de ju-nho, a atleta já se tinha sa-grado campeã nacional dos 300m barreiras, em juvenis, nos campeonatos nacio-nais que decorreram na ci-dade de Abrantes, no fi nal

do mês de junho. A jovem atleta admitiu ao

JA que o seu sonho desde pequena foi o de represen-tar Portugal num campeo-nato do mundo e, ainda, ir aos Jogos Olímpicos. Ma-riana António referiu que “tudo se consegue” e que pretende continuar a con-ciliar a modalidade com a família, os amigos e os es-tudos.

JMC

Francisca Laia alcança sexto lugar no mundo em Canoagem

Marina António é campeã nacional em Atletismo

• Francisca Laia• O sonho de Mariana António é ir aos Jogos Olímpicos

DR

DR

• Comitiva abrantina reforçou “posições conjuntas”

DR

Foto

s: M

itsub

ishi

Page 23: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

jornaldeabrantes

15AGOSTO 2014 SOCIEDADE

Bairro de Abrantes objeto de intervenção social para aumentar segurançaMÁRIO RUI FONSECA

A recuperação do clima de segurança no bairro de Vale de Rãs, em Abrantes, é o ob-jetivo do projeto ‘Bairro Con-vida’, que a Câmara Munici-pal vai promover a partir de setembro.

A Câmara vai coordenar a dinamização dos espaços comerciais do edifício Mille-nium, um centro comercial instalado naquela zona pe-riférica da cidade e que está votado ao abandono, devido aos frequentes episódios de vandalismo registados nos últimos anos.

O objetivo do projeto passa por reativar a sala de cinema, criar um centro comunitá-rio de porta aberta, gerido pela Vidas Cruzadas - Associ-ação de Solidariedade Social e pela Associação Juvenil de Vale de Rãs, onde a popula-ção do bairro pode aceder a uma livraria, assistir a um filme, beber um café ou so-cializar.

Por outro lado, a antiga pas-telaria existente no edifício vai ser utilizada como polo de formação da Escola Profi s-sional de Desenvolvimento Rural de Abrantes (EPDRA), nos seus cursos de Restaura-ção e Pastelaria, onde os alu-nos terão oportunidade de confecionar e comercializar os seus próprios produtos.

Cabazes do “Prove” entregues no Millenium

Uma das lojas será disponi-bilizada à Tagus - Associação de Desenvolvimento Rural, onde passarão a ser distribu-ídos semanalmente os cerca de 100 cabazes de produtos hortofrutícolas “Prove”, numa lógica de aproximação de públicos e de interação co-munitária.

Também a empresa privada Alma Lusa, que produz pe-ças de artesanato tradicional, será parceira do projeto, ins-talando ali um ateliê de pro-dução de artesanato, a par

de salas de formação do Insti-tuto do Emprego e Formação Profissional na área da cos-tura, carpintaria e metais.

À União de Freguesias de Abrantes caberá a tarefa de dinamizar o polidesportivo ao ar livre existente junto ao edifício comercial.

Em declarações à Antena Livre, a presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Al-buquerque, disse que os ob-jetivos da intervenção pas-sam por “contribuir para a in-tegração dos indivíduos nas respetivas comunidades”, e por um projeto que visa a “al-teração das dinâmicas sociais

e económicas” do bairro Vale de Rãs.

“Ao devolver o bairro Vale de Rãs aos seus moradores e à comunidade, acreditamos também que o projeto con-tribuirá para aumentar o sen-timento de segurança relati-vamente ao mesmo”, frisou a autarca.

Além dos vários parceiros envolvidos, o projeto conta com a parceria da EDP Produ-ção e do Conselho Municipal de Segurança, que terão um papel mais relacionado com o apoio ao desenvolvimento do projeto e à sua monitori-zação e avaliação.

• Fábio Barrocas: “É um projeto que vai dar vida ao espaço e a todo o bairro”

ASSOCIAÇÃO JUVENIL VALE DE RÃS – RÃS SEM LIMITES

Bairro Convida “é o nosso grande projeto”

Nasceu para estabelecer uma ligação entre as co-munidades da cidade de Abrantes e a do bairro de Vale de Rãs. Foi constitu-ída legalmente em maio de 2013 e hoje está pres-tes a agarrar um novo desa-fi o que passa pelo edifício Millenium. Associação Ju-venil Vale de Rãs – Rãs Sem Limites é o nome desta as-sociação que congrega to-dos e que pretende acabar com alguns preconceitos.

A convite da CM de Abrantes, a Rãs Sem Limites vai participar ativamente no projeto Bairro Convida, previsto para o edifício Millenium. Fábio Barrocas, presidente desta associa-ção, explica que o objetivo passará por dinamizar um espaço dentro do centro comercial.

“Vai chamar-se “Espaço Aberto” e trata-se de um lo-cal de autêntico convívio e momentos lúdicos. Preten-demos ter atividades para todas as idades, dos 8 aos 80, e vários jogos e compu-tadores que possam instruir e promover momentos de convívio entre os habitan-tes do bairro e não só”, adi-anta o presidente da asso-ciação.

Fábio Barrocas vê com bons olhos esta ação da CM de Abrantes, que, no seu entendimento, é mais uma forma de aproximar a ge-neralidade dos abrantinos aos moradores do bairro de Vale de Rãs. “É um projeto que vai dar vida ao espaço e a todo o bairro e vai, cer-tamente, estabelecer uma ligação entre a comunidade da cidade e os moradores de Vale de Rãs. É um edifí-

cio com todas as condições para estar aberto e terá uma boa dinâmica devido às va-lências que irão integrar o espaço.”

Para Fábio Barrocas, entre algumas atividades que as-sociação tem desenvolvido, esta do Bairro Convida será “o grande projeto” da asso-ciação. O jovem presidente diz que há uma série de ini-ciativas que a Rãs Sem Limi-tes pretende dar continui-dade, nomeadamente no âmbito desportivo.

Atualmente, a associação está envolvida num projeto de futebol de praia e está participar no campeonato nacional da modalidade, a decorrer na praia da Nazaré até ao dia 23 de agosto. Para além do desporto, a associ-ação juvenil pretende parti-cipar em mais uma edição das festas de São Lourenço.

“No ano passado estive-mos representados nos fes-tejos e, pela primeira vez, ao fi m de muitos anos, não houve confl itos nem desa-catos durante toda a fes-tividade. Esta ligação que garantimos é muito impor-tante, apesar do precon-ceito que ainda existe,” la-menta Fábio Barrocas.

“No Bairro Vale de Rãs mo-ram pessoas afáveis, aco-lhedoras e simpáticas e outras menos boas, mas penso que isso acontece um pouco por todo o lado. Se não formos nós a dar este passo, mais ninguém o dará, e o importante é con-tinuar a assegurar alguma dinâmica e vida na cidade e no nosso bairro”, remata o presidente.

Joana Margarida Carvalho

Joana de Faria Maia, Notária deste concelho, com Cartório sito na Avenida 25 de Abril, número 248, rés-do-chão, na cidade de Abrantes, Certifi ca, narrativamente para efeitos de publicação, que, por Escritura de Justifi cação, lavrada a vinte e oito de Julho de dois mil e catorze, no Livro de escrituras diversas número Trinta e Sete – G, iniciada a folhas dezoito, deste Cartório Notarial, Luciano de Jesus Santos, viúvo, natural do Souto, União das Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, concelho de Abrantes, residente na Rua D. Pedro de Almeida Portugal, número 10, primeiro direito, na Cova da Piedade, contribuinte fi scal número 114 433 399; Deolinda da Ascensão Moura Santos Campos e marido José António Gonçalves Campos, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ela, do Souto, indicada União das freguesias da Aldeia do Mato e Souto, ele, da freguesia de Rio de Moinhos, concelho de Abrantes, residentes na Rua João Barros, número 38, Charneca da Caparica, contribuintes fi scais número 182 282 376 e 164 982 736; e Lucinda da Ascensão Moura Santos, divorciada, natural do Souto, indicada União das freguesias da Aldeia do Mato e Souto, residente na Estrada do Casal Velho, número 118, freguesia e concelho de Almeirim, contribuinte fi scal número 191 227 382, na qualidade de únicos e universais herdeiros e interessados na herança aberta por óbito de Maria Ascensão de Moura Santos, declaram que com exclusão de outrem, a herança que representam (NIF 707844746) é dona e legitima possuidora do prédio rústico, composto de oliveiras e pinhal, com a área de quatro mil seiscentos e quarenta metros quadrados, denominado “Malhadais”, sito na freguesia de Carvalhal, concelho de Abrantes, inscrito na matriz sob o artigo 7, secção H, com o valor patrimonial IMT de 175,75 €, a confrontar do Norte, com Maria Nazaré Lucas Pereira da Silva, do Sul, com Nuno Miguel do Carmo Gaspar, do Nascente, com Albufeira de Castelo de Bode, e, do Poente, com Herdeiros de Maria de Lurdes Baptista; e do prédio rústico, composto de pinhal, com a área de quatro mil oitocentos e quarenta metros quadrados, denominado “Vale da Macieira”, sito na fregue-sia de Santiago de Montalegre, concelho de Sardoal, inscrito na matriz sob o artigo 65, secção B, com valor patrimonial IMT de 238,73 €, a confrontar do Norte, com caminho, do Sul e do Nascente, com Nuno Miguel do Carmo Gaspar, e, do Poente, com Herdeiros

de Mateus Matias Dias, ambos não descritos no registo predial; e o prédio rústico, com-posto de pinhal, cultura arvense, oliveiras e mato, com a área de três mil trezentos e vinte metros quadrados, denominado “Vale da Macieira”, sito na referida freguesia de Santiago de Montalegre, inscrito na matriz sob o artigo 71, secção B, com valor patrimonial IMT de 100,61 €, a confrontar do Norte e do Poente, com Nuno Miguel do Carmo Gaspar, do Sul, com Maria Teresa Martins Passarinho, todos não descritos no registo predial, a que atribuíram valor igual ao patrimonial; O certo porém é que a herança que representam não possui título formal que legitime o seu domínio sobre os referidos prédios, os quais vieram à posse do dissolvido casal Luciano de Jesus Santos, e mulher, Maria Ascensão de Moura Santos, já falecida, casados que foram sob o regime da comunhão geral de bens, por partilha com os co-herdeiros de sua falecida mulher, por óbito de Maria da Ascensão e marido Aniceto Galucho de Moura, casados sob o regime da caminhão geral de bens, residentes em Atalaia, Souto, em data que não podem precisar, mas sensivelmente, cerca do ano de mil novecentos e oitenta e seis. Não obstante isso, vêm os referidos prédios a ser possuídos pelos interessados na supra descrita herança, e por seus antepossuidores, Luciano de Jesus Santos e mulher Maria Ascensão de Moura Santos, há mais vinte anos, deles retirando todas as suas utilidades, limpando-os, desbastando-os, apanhando a lenha, e, pagando todos os impostos com ânimo de quem exerce direito próprio, fazendo-o de boa fé, por ignorar lesar direito alheio sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse essa que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífi ca, contínua e pública; e que, dadas as enunciadas características de tal posse, naquela invocada qualidade adquiriram os citados prédios por usucapião, titulo este que, por natureza, não é suscetível de ser comprovado pelos meios normais.

Está conforme o original.Abrantes, vinte e oito de Julho de dois mil e catorze.A Notária a) Joana de Faria Maia(Jornal de Abrantes, edição 5522 de agosto de 2014)

CARTÓRIO NOTARIALJOANA DE FARIA MAIA, NOTÁRIA

EXTRACTO

Hál

ia C

osta

San

tos

Page 24: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

jornaldeabrantes

16 AGOSTO 2014REGIÃO

Associações ibéricas defi nem novas áreas de intervenção para os territórios do TejoA inovação social, o desen-volvimento económico e o ambiente são as novas áreas de intervenção para os terri-tórios do Tejo até 2020, de-finidas pela plataforma as-sociativa Tejo/Tajo Vivo no âmbito de um seminário in-ternacional realizado em Constância.

Em declarações ao JA, o téc-nico coordenador da Tagus, Associação de Desenvolvi-mento sediada em Abrantes, disse que a plataforma asso-ciativa ibérica, que reúne 17 associações portuguesas e espanholas de desenvolvi-mento local (ADL), “elegeu a inovação social, o desenvol-vimento económico, com es-pecial enfoque nas relações entre produtores e consumi-dores, e o ambiente e as al-terações climáticas como as três grandes áreas” que a as-sociação Tejo/Tajo Vivo vai procurar desenvolver nos

próximos anos.“Estes vão ser os três gran-

des temas que vão nortear a Tejo Vivo até 2020”, vincou Pedro Saraiva, no fi nal do se-minário internacional, tendo destacado a “renovação dos laços de cooperação” dos vá-rios parceiros, através da assi-natura de nova carta de com-promisso para o Tejo/Tajo Vivo 2014-2020.

O técnico coordenador da Tagus explicou que foi feito “um balanço do trabalho de-senvolvido ao longo dos últi-mos quatro anos, um traba-lho de construção e conso-lidação dos laços que unem as 17 associações ibéricas em torno do rio Tejo e territórios associados”, tendo destacado o “debate e contacto com experiências internacionais” proporcionados pelo semi-nário realizado.

“Nos últimos quatro anos foi criada uma dinâmica no âmbito de uma parceria es-

tratégica que tem dado fru-tos e se tem consolidado, como é exemplo a participa-ção em Feiras Internacionais de Turismo, divulgando o po-tencial dos territórios do Tejo, da nascente à sua foz, a parti-cipação em seminários, a cri-ação da maior rota ibérica em BTT nas margens ribeirinhas, de um festival gastronómico que contou com a participa-ção de dezenas de restauran-tes, ou, ainda, o lançamento para breve de um jogo didá-tico para distribuir aos alunos do 1º ciclo sobre o rio Tejo”, elencou.

Sobre o seminário, Pedro Saraiva realçou a “partilha de experiências internaci-onais sobre os três vetores em causa” – Finlândia, Áustria e Espanha - e a abordagem efetuada sobre as “oportuni-dades que as novas estraté-gias europeias podem trazer” aos territórios rurais.

“Esta conferência foi orga-

nizada em torno de três te-mas essenciais que se pren-dem com a inovação social, o desenvolvimento económico e o ambiente, de modo a in-dicar que rumos podem ser seguidos pelas associações parceiras do projeto Tejo Vivo e por outras entidades, cujos objetivos são os de promo-ção do desenvolvimento inte-grado dos territórios, nos seus trabalhos futuros”, frisou.

O seminário internacional Tejo Vivo decorreu no âmbito dos Mercados Ribeirinhos de Constância, evento que de-correu em julho nas margens ribeirinhas dos rios Tejo e Zê-zere, e que abarcou um mer-cado de produtos locais, feira de artesanato, turismo de in-terior, hortofrutícolas e plan-tas, cinema, fado, atividades de desporto e aventura, gas-tronomia tradicional, anima-ção e espetáculos musicais e teatrais.

Mário Rui Fonseca

A Associação de Melhoramen-tos do Tramagal (AMFT) assinou no dia 25 de julho um protocolo de colaboração com a Câmara de Abrantes tendo em vista a cons-trução de um parque infantil e um circuito de manutenção no espaço contíguo aos atuais cam-pos de ténis.

O projeto, no valor de cerca de 125 mil euros e comparticipado em 75% por fundos comunitá-rios (20% pela autarquia e 5% pela AMFT), prevê ainda a criação de um campo multiusos no espaço contíguo à sede da AMFT, na zona verde e desportiva de Tramagal, e que permita a prática de diversos tipos de modalidade.

No documento pode ler-se que o espaço “tem demonstrado grande capacidade de atração de população local mas também de concelhos vizinhos, pelo que importa continuar a melhorar as condições de utilização do es-paço, tornando-o cada vez mais atrativo indo de encontro às ex-pectativas da população”.

“Há vontade das partes em ofe-recer melhores condições e um

leque mais variado de atividades e eventos aos utilizadores desta área de recreio, desporto e lazer”, é ainda referido no protocolo, e em que o município de Abrantes se compromete a transferir para a AMFT uma verba de cerca de 25 mil euros para apoio à concretiza-ção das ações delineadas.

O protocolo foi assinado pela presidente da Câmara, Maria do Céu Albuquerque, e pelo presi-dente da direção da AMFT, An-tónio Rui Veiga, tendo a autarca destacado o facto de ser uma “ini-ciativa da sociedade civil que, não satisfeita com as condições que tem, trabalha em parceria com

as instituições do concelho para encontrar as melhores soluções para responder às necessidades e aspirações da população que re-presenta”.

Em declarações ao JA, António Veiga, presidente da AMFT, por sua vez, disse que o principal objetivo da associação é “ver as pessoas fe-lizes no local onde habitam. Para isso, e sendo da nossa competên-cia, o que queremos é dotar o es-paço que está a nosso cargo de infraestruturas que tragam mais-valias às pessoas e que permitam à população uma melhoria da sua qualidade de vida”. MRF

TRAMAGAL

Associação de Melhoramentos investe em parque infantil e circuito de manutenção

Os sardoalenses vão poder usufruir de descontos nos serviços e trata-mentos na estância termal da Ladeira de Envendos, no concelho de Mação, devido a um acordo comercial esta-belecido entre a autarquia sardoa-lense e a empresa VMPS – Águas e Turismo.

O Balneário da Ladeira de Envendos é uma estância termal que propor-ciona um conjunto de práticas ter-mais, através da utilização da riqueza hidromineral da água que brota da

rocha a 21ºC, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida. Este é um espaço indicado para o trata-mento de doenças de pele, do sis-tema osteoarticular e respiratório.

Segundo a autarquia de Sardoal, as reservas deverão ser realizadas no posto de turismo da vila, quer sejam individuais ou em grupo, todos os munícipes vão usufruir de descon-tos entre os 20% e os 35%, entre os meses de agosto e outubro do cor-rente ano.

As obras de reparação da estrada panorâmica que liga as aldeias de Zaboeira e Fernandaires, no conce-lho de Vila de Rei, já foram fi naliza-das. Num investimento autárquico, que rondou os cerca de 19 mil euros, a CM de Vila de Rei avançou com a re-paração do troço devido à sua degra-dação provocada pelas intempéries que se fi zeram sentir em todo o país, durante o inverno. O deslizamento de terras tornou impossível a circula-

ção de pessoas e viaturas.Para Ricardo Aires, presidente da

Câmara Municipal de Vila de Rei, “a reabertura da estrada panorâmica é uma excelente notícia para todos aqueles que vivem ou visitam o con-celho durante o verão. Os milhares de turistas podem assim, voltar a usu-fruir das fantásticas paisagens sobre a Albufeira de Castelo de Bode que a Estrada Panorâmica possibilita”.

Munícipes de Sardoal com descontos nas termas da Ladeira de Envendos

Estrada panorâmica reaberta ao público depois de obras de reparação

• Pedro Saraiva: “inovação social, desenvolvimento económico e ambiente são as novas áreas de intervenção”

Page 25: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

jornaldeabrantes

17AGOSTO 2014 OBRAS

MÁRIO RUI FONSECA

A empresa Águas do Centro assinou protocolo com a Câ-mara Municipal de Abrantes para que esta forneça a quantidade de água neces-sária para o abastecimento dos concelhos de Sardoal e Mação.

O fornecimento de água aos municípios de Sardoal e Mação vai ser feita a par-tir da Estação de Trata-mento de Águas (ETA) da Cabeça Gorda, instalada em Abrantes, junto à albufeira de Castelo do Bode, a partir do verão de 2015, um investi-mento que a empresa Águas do Centro estimou em cerca de 10 milhões de euros.

No âmbito do protocolo ce-lebrado dia 4 de julho com a Câmara de Abrantes, vai ser construído um novo re-servatório na zona do Carva-

lhal para abastecimento em terrenos da ETA de Cabeça Gorda, cujo investimento estará a cargo da Águas do Centro.

Em declarações aos jorna-listas, a presidente da Câmara Municipal de Abrantes con-gratulou-se com um acordo que, apontou, “valoriza e ren-tabiliza um investimento de grande vulto no concelho, re-alizado de forma autónoma pelos Serviços Municipaliza-dos de Abrantes”, estrutura que tem a responsabilidade do abastecimento de água a partir da albufeira do Castelo do Bode a uma parte signifi -cativa do concelho de Abran-tes.

O acordo vai permitir um encaixe fi nanceiro para os co-fres do município, pela venda da água em alta, a rondar os 150 mil euros por ano, num contrato que terá a duração de 30 anos.

“É uma boa notícia para Abrantes, é um exemplo de negócio pela poupança e rentabilização de recursos, e é um encaixe fi nanceiro que vai servir para investir no pro-

jeto de abastecimento de água ao sul do concelho de Abrantes, também a partir da albufeira”, notou Maria do Céu Albuquerque.

No âmbito deste acordo, a

Águas do Centro suportará as obras da conduta adu-tora, reservatório e estação elevatória para garantir o ar-mazenamento, a elevação e o transporte de água, desde

a ETA até ao reservatório do Carvalhal.

“O objetivo é abastecer os dois concelhos a partir de um ponto comum, no caso a al-bufeira de Castelo do Bode, a partir da Estação de Cap-tação de Cabeça Gorda, em Abrantes, sendo que Mação ainda vai ter mais dois pon-tos de abastecimento, a par-tir do Brejo e das Corgas”, disse o administrador dele-gado da Águas do Centro, Amável Santos.

Segundo Amável Santos, o projeto global “vai implicar um investimento na ordem dos 10 milhões de euros, no abastecimento de água e tra-tamento de águas residuais, com a construção de cerca de 130 quilómetros de con-dutas e construção ou remo-delação de mais de 50 reser-vatórios, de maior ou menor dimensão”.

Águas do Castelo do Bode vão abastecer concelhos de Mação e Sardoal

Já se iniciaram as obras na Avenida das Forças Armadas e a Avenida 25 de Abril, na ci-dade de Abrantes.

Trata-se de uma obra or-çada em cerca de 150 mil eu-ros, que irá incluir a repavi-mentação das duas avenidas, uma intervenção na rotunda da Família e a substituição das luminárias por led`s.

Maria do Céu Albuquer-que, presidente da CM de Abrantes, explicou que o intuito dos trabalhos na rotunda da Família passa pela “demolição do passeio envol-vente com o objetivo de ga-rantir a circulação de duas vi-aturas ao mesmo tempo, ha-vendo uma maior fl uidez do trânsito”.

No que diz respeito à insta-lação das led`s na cidade e no concelho de Abrantes, a CM pretende avançar para já nas duas avenidas por forma “a di-minuir a fatura da iluminação pública, contribuindo para uma maior sustentabilidade energética e ambiental”, ex-plicou a presidente.

JMC

Avenidas de Abrantes já estão em obra

EditalCessão de Exploração da Albergaria D. Dinis Hotel ***

Hasta Pública Ricardo Jorge Martins Aires, Presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, torna público que ao abrigo

da deliberação tomada em Reunião da Câmara Municipal de 17 de Junho de 2014, e da Assembleia Muni-cipal de 27 de Junho de 2014, se deliberou adjudicar através de hasta pública a Cessão de Exploração da Albergaria D. Dinis Hotel.

Os possíveis interessados deverão apresentar as suas propostas em invólucro fechado como a indicação no exterior da identifi cação da hasta pública, a denominação “Proposta” bem como a identifi cação do con-corrente, devendo as mesmas dar entrada na secretaria da Câmara Municipal de Vila de Rei até às 16 horas do dia 13 de Agosto de 2014.

A abertura de propostas será feita em sessão pública, na Sala das Sessões do Edifício dos Paços do Con-celho, na Praça Matos Silva Neves, 6110-174 Vila de Rei, pelas 15 horas do dia 14 de Agosto de 2014, sendo posteriormente analisadas por um Júri.

Na referida sessão pública apenas poderão intervir os concorrentes/ou seus representantes devidamente mandatados, que tenham apresentado proposta escrita.

O preço base de licitação para a cessão de exploração é de € 250,00 (duzentos e cinquenta euros), refe-rente ao valor da prestação mensal, durante 4 anos, correspondendo ao total mínimo de € 12.000,00 (doze mil euros).

Os critérios de adjudicação são:A) Preço (renda mensal) – 60 pontos;B) a empresa ou a gerência ter comprovada experiência no ramo da restauração há pelo menos 5 anos - 8

pontos;C) a empresa ou gerência ter comprovada experiência no ramo de hotelaria há pelo menos 3 anos – 10

pontos;D) possuir no seu quadro de pessoal, um Chefe de Cozinha – 5 pontos;E) ser ou ter sido considerada uma PME Excelência nos últimos 5 anos – 5 pontos;F) ser ou ter sido considerada uma PME líder nos últimos 5 anos – 2 pontos;G) ter sido premiado com prémios nacionais ou regionais, na área da gastronomia, nos últimos 5 anos – 3

pontos;H) ter participado em festivais gastronómicos regionais ou nacionais, nos últimos 5 anos – 2 pontosI) Plano de investimento físico e imaterial- 5 pontos.A participação na hasta pública implicará a aceitação por parte dos licitantes do facto de serem conhecedores

do conteúdo do Programa de Procedimento e do Caderno de Encargos bem como dos documentos anexos e a declaração de vontade de os pretender cumprir integralmente.

Para constar se publica o presente edital e outros de igual teor, que vão ser afi xados nos lugares públicos de costume.

Paços do Município de Vila de Rei, 1 de Julho de 2014O Presidente da Câmara, Ricardo Jorge Martins Aires

• Maria do Céu Albuquerque diz que o acordo permitirá investir no abastecimento de água ao sul do concelho de Abrantes

Már

io R

ui F

onse

ca

Page 26: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

jornaldeabrantes

18 AGOSTO 2014REGIÃO

O Tribunal de Abrantes de-cretou a prisão preventiva a um dos seis seguranças privados detidos pela PSP no fi m de semana de 12 e 13 de julho, alguns com li-gações ao caso “Camorra”, processo de extorsão con-tinuada a empresários de Abrantes. Os restantes cinco indivíduos foram consti-tuídos arguidos, tendo o Juiz do Tribunal Judicial de Abrantes aplicado o Termo de Identidade e Residência (TIR) e apresentações pe-riódicas às autoridades da área de residência. Os ho-mens, com idades entre os 36 e 58 anos, foram detidos em virtude dos mesmos se encontrarem no exercí-cio de segurança privada em estabelecimentos sem possuírem os requisitos le-gais. Jorge Soares, Relações Públicas da PSP de Santa-rém, destacou a realização de oito buscas domiciliá-

rias, duas não domiciliárias e oito buscas a veículos au-tomóveis. A operação, con-tinuou, “decorreu na se-quência de uma investiga-ção que decorreu ao longo de seis meses, e resultou na apreensão diversos mate-riais”. Alguns dos detidos foram também interveni-

entes noutra investigação que culminou com julga-mento e foi denominada de “Camorra”, destacou aquele responsável, um processo continuado de extorsão a empresários e comercian-tes de Abrantes e que che-gou a julgamento há cerca de dois anos.

PSP detém seguranças privados em Abrantes

Um casal assaltou uma ourivesaria no centro histórico de Abrantes, tendo a dupla conseguido le-var todo o ouro de-positado em cofre, avaliado em algu-mas dezenas de mi-lhar de euros, disse fonte da PSP.

“O assalto ocorreu no passado dia 23, cerca das 17h00, e não houve recurso a violência”, disse o ofi -cial de relações pú-blicas da PSP de San-tarém, Jorge Soares, tendo adiantado que o cofre da ourivesaria “es-taria aberto” na altura do assalto.

“Talvez tenha sido um descuido por parte dos donos da ourivesaria, mas o que é certo é que os assaltantes conseguiram levar o ouro que estava depositado em cofre e que os proprietários ava-liam entre 50 a 60 mil euros”, destacou.

A dupla encontra-se a monte e a PSP está a investigar o caso.

José Santana, o empresário proprie-tário da ourivesaria, disse ao JA que a du-pla de burlões já ha-via sondado o esta-belecimento há al-guns dias atrás e que o conseguiram dis-trair, para efetuar o roubo.

“Eram muito sim-páticos e não sus-peitei de nada. O ho-mem, aproveitando

um momento em que estávamos no exterior a ver artigos expostos em montra, entrou e meteu o ouro para um saco. Fugiram e quando dei por ela já era tarde”, contou, visivelmente conster-nado. O empresário estimou o valor do assalto em cerca de 50 a 60 mil euros, bens cujo valor não estava protegido por qualquer seguro.

• Materiais apreendidos na sequência de uma investigação de seis meses

DR

ABRANTES

Assalto a ourivesaria rende dezenas de milhares de euros

Page 27: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

jornaldeabrantes

19AGOSTO 2014 CULTURA

Biblioteca de Sardoal organiza atividades de verão

No próximo ano letivo, Yas-mine Nunes, de oito anos, fre-quentará o 3.º ano de esco-laridade. Agora, é tempo de férias e de descanso, mas tam-bém de manter a mente e o corpo ocupados. E para apro-veitar as férias, Yasmine fre-quenta as iniciativas que a Bi-blioteca de Sardoal organiza neste verão.

Até ao dia 5 de setembro, a Câmara Municipal de Sardoal, através da Biblioteca Munici-pal, coloca à disposição dos mais novos um conjunto de atividades tendo como mote a agricultura familiar.

“Todos os anos penso num tema e apercebi-me que 2014 iria ser o Ano Internacional da Agricultura Familiar. Achei que pudesse ser um tema interessante para as ativida-des de verão”, refere Susana Afonso, 39 anos, bibliotecária e mentora da iniciativa “A Vida Numa Semente”. Cerca de 10 crianças, com idades compre-endidas entre os oito e os 13 anos, participam diariamente nas atividades. Yasmine mora no Sardoal, mas para esta ini-

ciativa de verão vêm crianças de várias aldeias do concelho de Sardoal.

“Em cada semana há um novo tema que vai sendo de-batido de segunda a sexta-feira. Começamos a semana com um debate, que é o que

as crianças gostam menos. É como se fosse a introdução ao tema, falamos de tudo um pouco. Depois passamos para as atividades mais práticas”, esclarece Susana Afonso, que considera gratifi cante quando as “crianças vão para casa, fa-

zer as atividades junto da fa-mília”. O material que utilizam é, quase sempre, reciclado. “Usamos garrafas de água, tampas, pacotes de leite, pra-tos de plástico”.

Segundo a responsável, o objetivo desta iniciativa é que “as crianças aprendam de uma forma lúdica e descontraída”, aliando a aprendizagem ao divertimento e à troca de co-nhecimento.

Susana Afonso é formada em História de Arte e espe-cializada em Ciências da In-formação, na variante de Bi-blioteconomia e Documen-tação. Depois de dois anos a trabalhar fora do Sardoal, re-gressou em maio último para prosseguir com o trabalho que durante três anos desen-volveu na Biblioteca Muni-cipal.

Ainda no mês de agosto, “A Vida Numa Semente” traz inúmeras atividades que pas-sam pela construção de um teatro, plantação de árvores, reutilização de pneus em puff , culinária.

André Lopes

As festas populares da fre-guesia de Tramagal, festas profanas e em Honra à Pa-droeira Nossa Senhora da Oliveira, vão decorrer este ano entre os dias 14 e 17 de agosto, no espaço envolvente ao edifício sede da junta de freguesia da localidade.

Com organização da Junta de Freguesia de Tramagal, os tradicionais festejos de agosto vão contar este ano com muita animação, de onde se destaca, entre ou-tros, um grande concerto de tributo aos The Beatles, com os The Peakles, a única banda portuguesa escolhida para participar num festival inter-nacional a decorrer em Liver-pool, Inglaterra, de tributo aos Beatles.

Concertos com Time Ridge,

Kwantta e Unión Salsera, dj´s e arraiais populares com Fer-nando Fortes e Tocábrir, entre outros, vão animar os quatro dias de festa.

Os The Peakles são o grande destaque do certame, um co-letivo que vai marcar pre-sença na Beatle Week, um festival internacional dedi-cado aos legendários Beatles. Será o primeiro grupo luso a

ter a honra de atuar no reco-nhecido festival, que acon-tece entre 20 e 26 de agosto, em Liverpool.

“Estamos muito contentes com o convite, trabalhámos muito para que isto pudesse acontecer, e aconteceu”, disse Ricardo Monteiro, um dos elementos da banda, à Agên-cia Lusa.

Apesar da curta existên-

cia dos Peakles – apenas um ano -, os portugueses decidi-ram enviar exemplos do seu trabalho para a organização do festival. Dias depois, rece-biam o convite ofi cial.

Os artistas consideram que esta será uma oportunidade para obter “reconhecimento pelo trabalho que se faz em Portugal“.

Quem visitar o Festival In-ternacional Beatle Week po-derá desfrutar de concertos ao vivo, exposições, palestras e excursões por Liverpool – a cidade que viu nascer os Beatles.

Antes da atuação em Ingla-terra, o espetáculo dos The Peakles pode ser apreciado em Tramagal no dia 15 de agosto.

TRAMAGAL

Festas em Honra da Padroeira entre 14 e 17 de agosto

Com organização a cargo da Associação Quatro Can-tos do Cisne (4CC), com sede na aldeia da Pereira, Constância, a tradicional Festa Rural deste ano, a de-correr entre os dias 29 e 31 de agosto, promete ser “O Pior Festão de Sempre!”.

Em declarações ao JA, Nuno Alfaiate, presidente da 4CC, disse que a Festa Rural da Pereira tem pri-mado por pôr as pessoas a “mexer” de maneira dife-rente, procurando todos os anos ter um tema que mar-que pela diferença e que desperte a curiosidade das pessoas desafiando-as a pensar “o que é que aque-les artistas terão preparado para este ano?!”.

“Se na “Festa ao Contrário” os homens vestiam rosa e as mulheres vestiam azul e to-dos com a roupa às avessas, como será este ano! O pior fato de sempre, claro está! Prometemos também ou-

tras animações como a pior cerveja de sempre acom-panhada dos piores petis-cos de sempre e os piores artistas de sempre? Será?!”, conta-nos, com uma gar-galhada.

Nuno Alfaiate revelou ainda ter perdido um con-trato com um dj, “não gos-tou muito da ideia de ser o pior dj de sempre” -, e an-tecipou algumas das pio-res iniciativas, já agendadas para o último fim de se-mana de agosto.

“Vamos ter o pior con-curso de gastronomia, o pior concurso de fotografi a, e o pior MotoRural de sem-pre! Vai ser mesmo uma Festa do Pior!”, garantiu o dirigente associativo, tendo remetido os leitores do JA para o mote da Festa Rural 2014: Se te sentes mal, e ainda queres fi car pior, anda à Festa Rural!! O Pior Festão de Sempre!”. Ok. Lá estare-mos. MRF

CONSTÂNCIA

Os Quatro Cantos do Cisne prometem organizar o “Pior Festão de Sempre”

Pereiro de Mação com 125 mil fl ores de plástico

A aldeia de Pereiro, no concelho de Mação, volta a enfeitar-se com cerca de 125 mil flores de plástico que vão ornamentar as 20 ruas e largos entre 26 e 31 de agosto. Desde há duas décadas que oPereiro de Mação, considerada a Ca-pital das Ruas Enfeitadas, adorna as ruas na prepa-ração para a festa anual dedicada à sua padroeira, Nossa Senhora da Saúde. A inauguração das ruas en-feitadas decorre no dia 26,

pelas 19 horas, seguindo-se um fim-de-semana re-pleto de animação com a Banda Myllenium, o Dj Mas-sivedrum (dia 29), os Néma-nus e o DJ Bruno F (dia 30). O domingo, 31 de agosto, é dedicado às cerimónias religiosas com missa so-lene e procissão. Pelo se-gundo ano consecutivo será construído o girassol gigante, um dos motivos que atraiu milhares de visi-tantes na edição de 2013.

Andr

é Lo

pes

• Susana Afonso, bibliotecária, explica que o objetivo é que “as crianças aprendam de uma forma lúdica e descontraída”

Page 28: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

jornaldeabrantes

20 AGOSTO 2014DIVULGAÇÃO

NO 10º ANIVERSÁRIO DA MORTE DE MARIA DE LOURDES PINTASILGO

À procura de um novo paradigma políticoQuando, em 1979, Maria

de Lourdes Pintasilgo (MLP) foi chamada a formar go-verno, surgiu com um pensa-mento social e político, mas à margem do quadro parti-dário. Ora aquele era ainda o tempo de institucionalização da democracia partidária re-presentativa. O 25 de Abril tinha sido apenas há cinco anos e o primeiro governo constitucional há três. Era, por isso, inevitável que a polí-tica partidária rejeitasse uma mulher que aparecia como corpo político estranho, po-dendo colocar em causa a própria ideia da política as-sente nos partidos.

Hoje, passados 35 anos, dá-se o facto curioso de que os partidos parecem esgo-tados, o eleitorado afirma-se cada vez mais divorciado dos partidos e cada vez me-nos acredita que das perso-nagens partidárias possa vir uma solução governativa à altura dos desafios. Além disso, as próprias matrizes do pensamento partidário, ou melhor, da falta dele, encon-tram-se esgotadas e na Eu-ropa, próxima e distante, já se ensaiam soluções governati-vas à margem dos partidos.

Muita água correu debaixo das pontes desde então.

Os 10 anos da morte de MLP são uma boa oportuni-dade para sondar algumas das suas ideias. Se os parti-dos querem ter futuro, pa-rece hoje evidente que têm de refundar-se ou dar uma volta tal que ganhem a credi-bilidade pública que perde-ram. Quem sabe se por esta via não poderão encontrar algumas pistas bastante fe-cundas. Porque, embora bas-tante esquecido, o pensa-mento de MLP não perdeu atualidade.

MLP era engenheira quí-mica de formação. Não ad-mira, por isso, que tenha in-corporado no seu pensa-mento uma matriz científi ca pouco comum ainda hoje. Basta ler os seus textos, para nos apercebermos de que conceitos como incerteza, instabilidade, imprevisibili-dade, circularidade, fl exibili-dade e outros da mesma fa-mília estruturam a gramática do seu pensamento. E auto-res como Prigogine e Morin são explicitamente referidos num contexto de exercício de pensar a política em ter-mos de complexidade. Por

isso, MLP propõe uma mu-dança de paradigma do pen-samento político e da respe-tiva ação: não a mera gestão ou administração clássica de sistemas, financeiro, econó-mico, judicial e assim por di-ante, mas uma atitude de cui-dado, de atenção vigilante sobre o que está, o que se faz

e o que resulta desse fazer. E um cuidado centrado na vida das pessoas, transitando de um modelo de quantidade para o de qualidade. Através, não apenas de um discurso em moda, mas de ação con-creta na sociedade. E tam-bém aqui a sua proposta é inovadora. Não se trata de,

segundo uma matriz que nos vem já desde Platão, gover-nar de cima para baixo. Pelo contrário, a matiz da comple-xidade e da incerteza mostra-nos que a realidade se forma de baixo para cima. Por isso MLP propõe uma política jus-tamente de baixo para cima e a partir de dentro, envol-vendo todos os atores soci-ais, portanto através da par-ticipação tanto das pessoas como das organizações. E foi isso que fez toda a vida e foi isso que passou a vida a esti-mular e a apoiar.

Curiosamente, ou tal-vez não, o poder continua a afi rmar-se de um modo li-near de cima para baixo. Po-rém, cada vez mais ele é uma realidade difusa pelo tecido social, por isso incapaz de produzir os efeitos que de-seja. Justamente por colocar à margem aqueles que po-deriam participar e dar-lhe consistência. Por isso mesmo, cada vez mais parece que te-mos mais impotência que po-der e menos resultados dese-jados que efeitos perversos, imprevisíveis, indesejados.

Passados 10 anos da morte de MLP há uma evidência manifesta: os partidos políti-

cos estão esgotados e a pró-pria democracia corre perigo se eles não souberem rei-nventar-se. Como o pensa-mento nunca nasce do nada, esta pode ser uma fonte de rejuvenescimento. Há, no en-tanto, um aviso a fazer, quase como condição à partida. MLP, até pela sua formação católica, sempre pensava a política como ação centrada nas pessoas, ao serviço das pessoas. E essa é uma matriz nuclear do seu pensamento e da sua ação. E é essa matriz que pode dar à política, agora agnóstica e laica, aquilo que lhe está a faltar: uma ação das pessoas e para as pessoas. Ou seja, muita coisa teria de mu-dar. E não só nos partidos. Porque a verdade é que estes são apenas organizações de topo e mais expostas que re-produzem um modo de pen-sar e de agir de uma socie-dade que não consegue sair de um paradigma que já se mostrou improdutivo, sobre-tudo daquilo que se deseja. Basta ver que as empresas mais eficazes e inovadoras já há muito o perceberam e mudaram de rumo. Mas isso é já outra questão.

Alves Jana

• Maria de Lourdes Pintasilgo

Na mulher, o cancro da mama é o cancro mais co-mum e a 2ª causa de morte por cancro. Na fase inicial, ra-ramente provoca sintomas. Por isso os exames de rastreio são essenciais.

O cancro da mama é um tu-mor maligno que se desen-volve nas células do tecido mamário. É uma das doenças com maior impacto na nossa sociedade, pela sua frequên-cia e mortalidade mas tam-bém porque atinge um órgão cheio de simbolismo na femi-nilidade e na maternidade.

O rastreio destina-se à dete-ção do cancro da mama numa fase o mais precoce possível, aumentando por isso, a possi-bilidade de tratamento e cura, proporcionando desta forma

melhor qualidade de vida. Se for detetado “a tempo” e tra-tado corretamente, a maio-ria das situações de cancro da mama tem cura.

O rastreio do cancro da mama deve ser realizado re-gularmente, de 2/2 anos, a partir dos 45 anos e é feito através de mamografi a - um exame muito simples, que tem como fi nalidade estudar o tecido mamário utilizando raios X. Este é um exame rá-pido que demora em média 4-5 min. a fazer e permite de-tetar lesões não palpáveis, 3 a 4 anos antes do aparecimento dos sintomas.

Neste sentido, informamos que está a decorrer no Conce-lho de Abrantes de 1 de Julho a 25 de Novembro, o rastreio

do cancro da mama, realizado pela Liga Portuguesa Contra o Cancro.

Serão convidadas a partici-par as mulheres com idade compreendida entre os 45 e

os 69 anos de idade através de uma carta convite com indica-ção do dia e hora do exame (pode remarcar se não puder comparecer nesse dia).

Todas as mulheres devem

ser portadoras de Cartão do Cidadão/ Bilhete de Iden-tidade e Cartão de Utente e ainda levar mamografia an-terior, se tiverem, mesmo que realizada à muito tempo. Uti-

lize o nº de telefone indicado na carta em caso de dúvida.

Se recebeu uma carta para realizar mamografia PARTI-CIPE!

FAÇA o rastreio do cancro da mama, é gratuito e pode sal-var a sua vida!!

A Unidade de Saúde Pública do Médio Tejo lembra que:

A mamografi a é um exame muito simples que permite o rastreio do cancro da mama e deve ser realizada regular-mente. A não realização deste exame pode significar uma oportunidade perdida no di-agnóstico e tratamento da doença e uma qualidade de vida perdida.

Paula GilEnfermeira – Unidade Saúde

Pública do Médio Tejo

ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO

Rastreio do Cancro da Mama Uma medida essencial no combate ao Cancro

Page 29: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

jornaldeabrantes

21AGOSTO 2014 CULTURA

CERNACHE DO BONJARDIM

8/2013 – Citroen C-Elysée 1.6 HDi 92Cv Exclusive

7/2013 – Opel Corsa 1.3 Cdti Go! 95 Cv

1/2011 – Peugeot Partner 1.6 HDi (3 Lugares /Deduz IVA)

9/2010- Mazda BT-50 2.5 MZR-CD 143 Cv F-Style Sport 3L

9/2009 – Ford S-Max 1.8 Tdci Trend 125 Cv 66.000 Kms

4/2013 – Toyota Auris .4 D-4D Comfort Pack Sport

1/2014- Volkswagen Golf VII 1.6 Tdi Confortline (Caixa de 6 Velocidades)

4/2014 -Audi A3 Limousine 1.6 Tdi 105 CV Attraction (Novo Modelo)

4/2012- Mercedes-Benz C220 Cdi Coupé Pack AMG- Panorama- GPS 73.000 kms

5/2012- Skoda Octavia Break 1.6 Tdi 105 CV Elegance DSG

3/2014 – Dacia Duster 4x2 Tour 1.5 dCi 110 CV

4/2014 - Audi A3 Sportback 1.6 TDi 105 Cv Pack S-Line

ABERTOS SÁBADOS DOMINGOS E FERIADOS DAS 9H ÀS 20H www.joaomaiaautomoveis.com

[email protected] Telm: 917 211 258

4/2014 – Nissan Qashqai 1.5 dCi 110 Cv N-Tec (Novo modelo)

6/2011- Volkswagen Amarok 2.0 Tdi 163Cv 4Motion

Highline 60.000 Kms

11/2010 – Mitsubishi L200 2.5 Di-D CD Invite AC

9/2011- BMW 316 D Limousine 73.000 Kms

CAIXA AUTOMÁTICA

7 LUGARES 4X4 / DEDUZ IVA

4X4

1.800 Kms

A Sociedade Artística Tra-magalense (SAT), coletivi-dade fundada a 1 de julho de 1901, assinalou em festa os seus 113 anos de ativi-dade contínua em prol da cultura, do associativismo e do desporto na freguesia de Tramagal.

O convívio, em que parti-ciparam cerca de uma cen-tena de associados e amigos da coletividade, incluiu um almoço de aniversário, uma tarde musical e a inaugura-ção de uma pequena mostra histórica das atividades de-senvolvidas ao longo de mais de um século naquela que é conhecida como a Catedral da Cultura do concelho de Abrantes.

A exposição, em visita conduzida por António José Santos, vice presidente da SAT, era composta por foto-grafias, cartazes, pautas mu-sicais, fatos e instrumentos da anda de música, entre outros.

“Esta exposição, que nos conduz a uma viagem pelo tempo, antecipa uma ideia, um projeto que visa a criação de um espaço museológico permanente, um espaço no-bre” que a direção da SAT, presidida por Sérgio Santos, pretende ali criar.

O vice presidente da SAT disse que os desafi os do pre-

sente e futuro breve passam pela melhoria das condições da coletividade, com a requa-lifi cação do telhado e da zona de palco, para que, dentro de pouco tempo, a coletividade possa reforçar e aumentar a sua aposta na dinamização e diversifi cação na oferta de espetáculos culturais.

“A SAT é muito importante

para a comunidade onde está inserida, e é das coletivi-dades que melhor interpreta o sentido e a importância da oferta de qualidade ao nível da cultura”, vincou António Santos.

Segundo assegurou o diri-gente, os grupos culturais re-sidentes na SAT vão continuar a ser apoiados e acarinhados numa lógica de crescimento sustentado, tendo elogiado o trabalho desenvolvido no grupo cénico da SAT, grupo de cantares populares, grupo coral e escola de música, a mais recente aposta da cole-tividade.

“A escola de música já está a funcionar em bom ritmo, já tem muitos alunos, e es-tou convencido que dentro de um ano ou dois vai pro-porcionar bons espetáculos e muitas alegrias aos nossos associados e tramagalenses em geral”, vincou.

MRF

TRAMAGAL

SAT assinala 113º aniversário Palha de Abrantes reedita a revista “Tudo Como Dantes?”

A Associação Palha de Abrantes apresentou a reedição da revista “Tudo Como Dantes?”. A Associação Cultural vai assim dar conti-nuidade e atualidade a um projeto que envolveu, no pas-sado, personalida-des do concelho de Abrantes. Na data da sua primeira edição, 1991, esta revista já tinha conteúdo que, segundo a Palha de Abrantes, “problematizou, refl etiu e divulgou informações relevantes.”

A revista “vai tentar ser uma publicação com um sentido cultural muito amplo, abrangendo as preocupações dos abrantinos e dos portugueses em geral. Vai procurar fazer uma cobertura de atualidade, dos problemas vigentes no mundo”, explicou Rolando Silva, do conselho editorial da publicação.

A revista está apenas disponível online no site da Associa-ção Palha de Abrantes em www.palhadeabrantes.org.

A cerimónia de apresentação decorreu no passado dia 18 de julho, no espaço Sr. Chiado. JMC

• António Santos garante que a SAT “é muito importante para a comunidade”

a de tou sta s?”. ral ti-

de e --

ematizou, refl etiu

Page 30: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

jornaldeabrantes

22 AGOSTO 2014CULTURA

O Centro Cultural Gil Vicente, no Sardoal, recebe uma nova produção teatral no dia 9 de agosto. “É revista, com certeza” promete soltar muitas gar-galhadas, contando com um elenco de luxo onde se des-taca a prestação de Vera Mó-nica, conceituada atriz com participação em musicais de Filipe La Féria, Hugo Rendas, ator e cantor em espetáculos como “Violino no Telhado” e “Jesus Cristo Superstar” e Flávio Gil, que acumula as funções de ator e encenador da revista.

Os temas da atualidade vão fazer as delícias do público. Ao Jornal de Abrantes, o produtor do espetáculo, Ricardo Miguel, refere que “há sempre referên-cias à terra onde atuamos”, não esquecendo as “críticas à dis-puta de António Costa e Antó-nio José Seguro, à troika, à rea-lidade televisiva”.

“É revista, com certeza” conta com textos de Mário Rainho,

Flávio Gil e Marisa Carvalho e música de Carlos Dionísio e promete levar “ um bocadinho” do Parque Mayer com boa dis-posição, músicas orelhudas e uma sentida homenagem ao

Teatro de Revista. “São duas horar a rir à gargalhada, a desl-umbrar-se com um luxuoso guarda-roupa e com boa vo-zes, num espetáculo que vive da entrega e do amor dos ato-

res”, conclui Ricardo Miguel. Os bilhetes têm o preço de 10€ e podem ser comprados na bi-lheteira do Centro Cultural Gil Vicente.

COORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES

AbrantesAté 29 de agosto - Exposição “Portugal na Guerra de 1914-1918”, painéis sobre a Primeira Grande Guerra – Biblioteca Municipal António BottoAté 19 de setembro – “Meta – New digital art biennale”, exposição coletiva de arte digital – QuARTel – Galeria Municipal de Arte Até 31 de outubro – Exposição “8000 anos a transformar o barro” – Museu D. Lopo de Almeida – Castelo de Abrantes 22 de agosto – Animação de Verão com Canto Firme (Tomar) – Praça Barão da Batalha, 21h30

Constância Fins de semana de agosto – “Astronomia no verão 2014”, atividades ligadas à astronomia – Centro Ciência Viva, 15h às 18h e das 21h às 24h

Sardoal23 de agosto – 4º Festival Estímulo “Colour and Glow Party” – Traseiras da Biblioteca Municipal, a partir das 16h9 de agosto – “É revista, com certeza” (ver notícia)– Centro Cultural Gil Vicente, 21h30 – 10€

Mação 26 a 31 de agosto – Pereiro, Capital das Ruas Enfeitadas – animação e tasquinhas 6 de setembro a 5 de outubro – Festival Arroz e Maranhos – Restaurantes aderentes do Concelho de Mação

Vila de Rei Até 15 setembro – Exposição “O Campo e o Mar”, pintura de José Figueira - Museu Municipal de Vila de Rei

Vila Nova da BarquinhaAté 31 de agosto – “Trabalho de Campo”, exposição dos alunos fi nalistas do Curso de Artes Plásticas do IPT – Galeria do Parque Até setembro – atividades desportivas (Zumba, Spinning bike, insufl áveis) – Barquinha Parque

AGENDA DO MÊS

Festival do Crato com nomes internacionais no cartazThe Hives, Anselmo Ralph,

Aloe Blacc, Gisela João, Miguel Araújo e Natiruts são os no-mes musicais mais sonantes da edição deste ano do Festi-val do Crato, que se realiza de 27 a 30 de agosto. Integrado na Feira de Artesanato e Gas-tronomia do Crato, o festival, promovido pelo município, apresenta um programa di-versificado que vai além da música, apostando no artesa-nato e na gastronomia, com cerca de 150 stands de expo-sitores que pretendem dar a conhecer o que de melhor se faz no Alto Alentejo.

A organização está convicta

de que este ano a afluência de público seja a maior de to-dos os tempos, pois a progra-mação é eclética, agradando

a vários tipos de público. No primeiro dia, o destaque irá para a atuação da fadista Gi-sela João e do norte-amer-icano Aloe Blacc, passando ainda pelo palco do festival a Filarmónica do Crato e os Ar de Bluesy – Tributo a Rui Veloso e Carlos Tê. A 28 de agosto, a noite estará a cargo de Dengaz, Inner Circle e Na-tiruts. No dia seguinte, o Fes-tival do Crato vai contar com a presença em palco de três projetos portugueses: Capi-tão Fausto, Miguel Araújo e Anselmo Ralph. No dia 30 de agosto é a vez da atuação das bandas The Happy Mess, We

Trust e os The Hives, que en-cerram a edição de 2014. Du-rante o festival, haverá diaria-mente animação de rua e “Af-ter Hours”, com os Djs Nuno Luz, DJoana, Dj Chumbo (Ricardo Moreno), Wilson Honrado, Ana Arroja e João Vaz.

Os bilhetes para o festival estão à venda nos locais ha-bituais e os preços variam en-tre os 8 (para os dias 27 e 28) e os 10 euros (para os últimos dois dias). Os passes de qua-tro dias, que dão acesso ao campismo, têm o custo de 22 euros.

A aldeia de Cem Soldos, no concelho de Tomar, recebe a quinta edição do Bons Sons, festival bienal de música. Este ano, o evento decorre de 14 a 16 de agosto e pretende, tal como nas edições antece-dentes, transformar a aldeia no maior festival de música portuguesa.

Durante quatro dias, 55 bandas ocupam os oito pal-cos espalhados por praças, largos e equipamentos locais. Os habitantes são os anfi tri-ões da música e da progra-mação paralela do festival,

que passa por Curtas em Fla-grante (mostra itinerante que vai na sua sexta edição), ativi-dades com burros — cortesia da AEPGA que traz o burro de Miranda para aulas e pas-seios —, e não esquece os mais pequenos, dedicando-lhes as manhãs (música para bebés, concertos didáticos).

A noite de 13 de agosto será a da receção ao campista com a presença de Bons Ra-pazes e Holy Nothing. A en-trega dos prémios Megafone, que acontece pela primeira vez no festival e que conta

com a atuação das três ban-das finalistas, tem lugar no dia 14. Atuarão ainda no pri-meiro dia oficial do festival Ciclo Preparatório, O Martim e JP Simões. No dia 15 o des-taque vai para os concertos de Gaiteiros de Lisboa, Ca-

picua, Gisela João e Samuel Úria. O fadista Ricardo Ri-beiro, o multi-instrumentista Noiserv e o pop alternativo dos Guta Naki dão música a Cem Soldos no dia 16 de agosto. O último dia do fes-tival, dia 16, fi ca reservado a Sérgio Godinho, Memória de Peixe, Amélia Muge, António Chainho, We Trust+Banda Fi-larmónica Gualdim Pais.

O bilhete diário custa 15€ e o passe para os quatro dias do festival, com campismo incluído, 35€. Em agosto, ve-nha “Viver a Aldeia”.

A aldeia de Cem Soldos volta a encher-se de Bons Sons

Centro Cultural de Sardoal recebe Teatro de Revista com Vera Mónica

Nº23 da ZAHARA já está na rua

O CEHLA, Centro de Estudos de História Local de Abrantes, procedeu a mais um lançamento do nú-mero 23 da revista ZAHARA, no es-paço Sr. Chiado.

A revista ZA-HARA, publicação semestral, da res-ponsabilidade do CEHLA, des-taca nesta edi-ção: a Oposição ao Es-tado Novo numa entrevista a Manuel Dias, as Réquilas da Igreja Matriz de Constân-cia, a construção da Capela da Matagosa, a Imprensa Periódica Abrantina no fi -nal do séc. XIX, os Maçaen-ses na Malha da Inquisição, um trabalho intitulado Tramagal: Sinais do Tempo, a Anta do Penedo Gordo e o Museu das Tropas Pára-quedistas.

Na apresentação deste novo número, José

Martinho Gaspar, diretor da revista, admitiu que CEHLA está disponível para a acei-tar novos colaboradores que tenham interesse em colaborar com a revista.

A revista Zahara é um do-cumento dedicado à antro-pologia, à história local, à sociologia, ao quotidiano e à etnografi a da região onde se insere, envolvendo mui-tos colaboradores, profes-sores e estudiosos na sua elaboração

Page 31: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

jornaldeabrantes

23AGOSTO 2014 PUBLICIDADE

CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEM DE ABRANTESLargo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690

ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete SerraALERGOLOGIADr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa MartaCARDIOLOGIADr.ª Maria João CarvalhoCIRURGIA Dr. Francisco Rufi noCLÍNICA GERALDr. Pereira Ambrósio; Dr. António PrôaDERMATOLOGIADr.ª Maria João SilvaGASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVADr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia SequeiraMEDICINA INTERNADr. Matoso FerreiraREUMATOLOGIADr. Jorge GarciaNEUROCIRURGIADr. Armando LopesNEUROLOGIADr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana TorresOBSTETRÍCIA E GINECOLOGIADr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João PinhelOFTALMOLOGIA Dr. Luís CardigaORTOPEDIA Dr. Matos MeloOTORRINOLARINGOLOGIADr. João EloiPNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís LousadaPROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIAPatricia GerraPSICOLOGIADr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch;Dr.ª Maria Conceição CaladoPSIQUIATRIADr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima PalmaUROLOGIA Dr. Rafael PassarinhoNUTRICIONISTA Dr.ª Carla LouroSERVIÇO DE ENFERMAGEMMaria JoãoTERAPEUTA DA FALADr.ª Susana Martins

CONSULTAS POR MARCAÇÃO

16

José António Correia Pais

AGRADECIMENTO

Na impossibilidade de o fazer pessoal e individualmente a todos quantos se dignaram associar-se às cerimónias fú-nebres ou endereçaram mensagens de condolências, a família de José António Correia Pais, vem por este meiomanifestar-se profundamente sensibilizada e expressar o seu reconhecimento pelas manifestações de carinho e pe-sar recebidas aquando do falecimento do seuente querido.Funeral a cargo de AGÊNCIA FUNERÁRIA PAULINO

NOTARIADO PORTUGUÊSCARTÓRIO NOTARIAL DE SÓNIA ONOFRE EM ABRANTES

A CARGO DA NOTÁRIA SÓNIA MARIA ALCARAVELA ONOFRE.

- Certifi co para efeitos de publicação que por escritura lavrada no dia dezasseis de Julho de dois mil e catorze, exarada de folhas quarenta e oito a folhas quarenta e nove verso, do Livro de Notas para Escrituras Diversas CENTO E DEZASSEIS – A, deste Cartório Notarial, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO na qual os Senhores MARIA DO CARMO DA CONCEIÇÃO RAMOS, e marido JOÃO DO ROSÁRIO DA CRUZ, casados no regime da comunhão de ad-quiridos, naturais, ela da freguesia de Abrantes (São João) e ele da freguesia do Pego, ambas do concelho de Abrantes, residentes na Rua Direita, número 8, em Rio de Moinhos, Abrantes, DECLARARAM, que com exclusão de outrém, são donos e legítimos possuidores do Prédio Urbano, sito em Caldeiras, na freguesia de Rio de Moinhos, do concelho de Abrantes, composto de casa de rés-do-chão para habitação e telheiro, com a área coberta de setenta e três metros quadrados e logradouro com a área de quarenta metros quadrados, a confrontar de Norte com Rua Pública (Rua das Caldeiras), de Sul com Francisco Vicente, de Nascente com Luís Filipe Ferreira Santos e de Poente com Caminho, omisso na Conservatória do Registo Predial de Abrantes e inscrito na respectiva matriz sob o artigo 506.

- Que, eles justifi cantes são possuidores do prédio acima identifi cados por o mesmo lhes ter sido doado verbalmente por seus pais e sogros Felismina da Conceição e marido Joaquim Ra-mos, casados no regime da comunhão geral de bens, residentes que foram em Rio de Moinhos, Abrantes, em data anterior a mil novecentos e oitenta e cinco, que por sua vez o tinham adquirido por partilha verbal com os demais herdeiros por óbito de Augusto Luís e mulher Joaquina da Conceição, casados que foram no regime da comunhão geral, residentes em Rio de Moinhos.

- Que, desde a referida data, vêm exercendo continuamente a sua posse, à vista de toda a gente, usufruindo de todas as utilidades do prédio, fazendo a sua conservação e obras de benefi ciação, na convicção de exercer direito próprio, ignorando lesar direito alheio, sendo reco-nhecidos como seus donos por toda a gente da freguesia e freguesias limítrofes, pacifi camente, porque sem violência, continua e publicamente, de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sem a menor oposição de quem quer que seja e pagando os respectivos impos-tos, verifi cando-se assim todos os requisitos legais para que ocorra a aquisição do citado imóvel por usucapião, titulo este que não é susceptível de ser comprovado pelos meios normais.

- Esta conforme ao original e certifi co que na parte omitida nada há em contrário ou além do que nesta se narra ou transcreve.

Abrantes, 16 de Julho de 2014.A Notária Sónia Maria Alcaravela Onofre(Jornal de Abrantes n.º 5522 edição de Agosto 2014)

NOTARIADO PORTUGUÊSCARTÓRIO NOTARIAL DE SÓNIA ONOFRE EM ABRANTES

A CARGO DA NOTÁRIA SÓNIA MARIA ALCARAVELA ONOFRE.- Certifi co para efeitos de publicação que por escritura lavrada no dia onze de Julho de dois mil e catorze,

exarada de folhas vinte e quatro, a folhas vinte e oito, do livro de Notas para Escrituras Diversas CENTO E DEZASSEIS – A, deste Cartório Notarial, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO na qual as Senhoras MARIA CANAS SERRAS, viúva, natural da freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, residente na Rua Nazaré Canas, no lugar de Casos Novos, em Alcaravela, Sardoal, EUNICE MARISA SERRAS RODRIGUES, solteira, maior, natural da freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, residente na Rua Nazaré Canas, no lugar de Casos Novos, em Alcaravela, Sardoal, ANA CRISTINA SERRAS RODRIGUES, solteira maior, natural da freguesia de Abrantes (São João), do concelho de Abrantes, residente na Rua Nazaré Canas, no lugar de Casos Novos, em Alcaravela, Sardoal, NÉLIA MARIA SERRAS RODRIGUES e marido LUÍS FILIPE LOPES LAVRADOR, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais, ela da freguesia de Abrantes, (São João), do concelho de Abrantes, e ele da freguesia e concelho de Sardoal, residentes na Rua do Outeiro, em Panascos, Alcaravela, Sardoal, DECLARARAM, que são donas e legítimas possuidoras, em comum e sem determinação de parte ou direito, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios:

- UM) Prédio Rústico, sito em Vale das Barrocas, na freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, composto de pinhal, com a área de nove mil metros quadrados, a confrontar de Norte com Deolinda Rosa Alexandre Frade, de Sul com João Fernando Marques Batista, de Nascente com Isilda Serras Bento Martins e de Poente com Carlos Manuel Serras Lobato e outro, omisso na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 189 da secção P.

- DOIS) Prédio Rústico, sito em Carapinhosa, na freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, composto de pinhal, com área de seis mil quatrocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar de Norte e Nascente com Herdeiros de Augusto Rodrigues Vermelho, de Sul com João António e de Poente com Herdeiros de Daniel Bento Pita, omisso na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 31 da secção AA.

- TRÊS) Prédio Rústico, sito em Sobral, na freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, composto de pinhal, com a área de trezentos e sessenta metros quadrados, a confrontar de Norte e Nascente com Estrada e de Sul e Poente com Fraternidade da Mãe de Deus, omisso na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 246 da secção AD, (anterior artigo 157 da secção AD).

- QUATRO) Prédio Rústico sito em Sobral, na freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, composto de pinhal e cultura arvense, com área de dois mil quinhentos e sessenta metros quadrados, a confrontar de Norte, Sul, Nascente e Poente com Estrada, omisso na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 245 da secção AD, (anterior artigo 157 da secção AD).

- CINCO) Prédio Urbano, sito no lugar de Casos Novos- Sobral, na freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, composto de casa de habitação de rés-do-chão com a área coberta de sessenta e sete metros quadrados, a confrontar de norte com Avelino Inácio, de Sul e Poente com Evangelina Canas Serras da Silva e de Nascente com Manuel Dias, omisso na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 460.

- SEIS) METADE do Prédio Rústico, sito em Canto, na freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, composto de pinhal, mato, oliveiras, citrinos, horta, cultura arvense de regadio, leitos de curso de água e macieiras, com a área de nove mil setecentos e sessenta metros quadrados, a confrontar de Norte com Herdeiros de João Pedro e Outros, de Sul com Chã- Exploração de Florestas e Agrícolas, Lda, de Nascente com Caminho e Poente com António dos Santos Serras e outros, omisso na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 167 da secção AD.

- SETE) METADE do Prédio Rústico, sito em Sobral, na freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, composto de horta e mato, com área de dois mil e cem metros quadrados, a confrontar de Norte com Herdeiros de Joaquim Oliveira Rodrigues, de Sul com Estrada, de Nascente com Cristina Maria Martins Fernandes Mar-ques e Poente com Caminho, omisso na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 242 da secção AD (anterior artigo 157 da secção AD) com o valor patrimonial tributário correspondente para IMI de €33,91, e para IMT de €92,31, valor que adoptam para efeitos fi scais.

- OITO) METADE do Prédio Rústico, sito em Sobral, na freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, composto de cultura arvense, com a área de mil e trezentos metros quadrados, a confrontar de Norte e Nas-cente com Estrada, de Sul com Maria Clara Chaves e Poente com Francisco Pedro, omisso na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 244 da secção AD (anterior artigo 157 da secção AD) com o valor patrimonial tributário correspondente de IMI € 3,67, e para IMT de € 10,00, valor que adoptam para efeitos fi scais.

- NOVE) UM QUARTO do Prédio Rústico, sito em Telheiro, na freguesia de Mouriscas, do concelho de Abrantes, composto de mato, olival e pinhal, com a área de quarenta e três mil seiscentos e oitenta metros quadrados, a confrontar de Norte com João Pimenta de Jesus Pereira, Herdeiros de Amorim Valente e outros de Sul e de Nascente com Manuel Luís da Costa Santos e de Poente com Herculano da Conceição Martins e outro, omisso na Conservatória do Registo Predial de Abrantes, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 64 da secção F, com o valor patrimonial tributário correspondente para IMI de € 29,66, e para IMT de € 360,20, valor que adotam para efeitos fi scais.

- Que os prédios oram justifi cados vieram à posse da primeira outorgante da alínea a) por partilha verbal, com os demais herdeiros, por óbito de seu pai ANTÓNIO SERRAS, casado com Nazaré Canas, no regime da comunhão geral de bens, residente em Alcaravela, Sardoal, por volta do ano de mil novecentos e setenta e quatro, ainda no estado de casada, sob o regime da comunhão de adquiridos com JOAQUIM OLIVEIRA RODRIGUES, sem que chegassem a outorgar a correspondente escritura de partilhas.

- Desde aquela data, que a primeira outorgante da alínea a) e o seu referido marido, passaram a ser de-tentores dos prédios, agindo como seus legítimos proprietários, usufruindo de todas as utilidades dos prédios e pagando as respectivas contribuições e impostos, posse que sempre exerceram sem interrupção, com conhecimento de toda a gente e sem a menor oposição de quem quer que fosse.

- Que, posteriormente, no dia dez de Novembro de dois mil e seis, na freguesia de Abrantes (São João), do concelho de Abrantes, faleceu o seu marido JOAQUIM OLIVEIRA RODRIGUES, no estado de casado, em primeiras núpcias de ambos e sob o regime da comunhão de adquiridos, com ela outorgante Maria Canas Serras, natural que era da freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, com última residência habitual no lugar de Casos Novos, em Alcaravela, Sardoal, sem deixar testamento ou qualquer outra disposição de última vontade, tendo deixado como suas únicas e universais herdeiras as ora primeiras outorgantes, sua mulher e fi lhas, o que verifi quei pela escritura de habilitação de herdeiros outorgada hoje, exarada a folhas vinte e duas e seguintes, deste Livro de Notas.

- Que após o falecimento do mencionado Joaquim Oliveira Rodrigues, a sua mulher, a ora primeira outor-gante identifi cada na alínea a) e as suas fi lhas as ora primeiras outorgantes identifi cadas nas alíneas b),c) e d), mantiveram-se na posse dos referidos imóveis, posse essa que se manteve ininterrupta, à vista e com o conhecimento de toda a gente da freguesia e freguesias limítrofes, usufruindo de todas as utilidades dos prédios, amanhando-os, cultivando-os, apanhando a fruta, limpando o mato, cortando a madeira, fazendo obras de conservação e benefi ciação, na convicção de exercer direito próprio, ignorando lesar direito alheio, sendo reconhecidas como suas donas por toda a gente, pacifi camente, porque sem violência, continua e publicamente, de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sem a menos oposição de quem quer que seja e pagando os respectivos impostos, o que lhes permite invocar a seu favor a usucapião dos prédios, já que lhes é impossível por meios normais obter o registo do seu direito de propriedade.

- Está conforme ao original e certifi co que na parte omitida nada há em contrário ou além do que nesta se narra ou transcreve.

Abrantes, 11 de Julho de 2014.A Notária, Sónia Maria Alcaravela Onofre(Jornal de Abrantes n.º 5522 edição de Agosto 2014)

CARTÓRIO NOTARIAL Joana de Faria Maia, NotáriaEXTRACTO

Joana de Faria Maia, Notária deste concelho, com Cartório sito na Avenida 25 de Abril, número 248, rés-do-chão, na cidade de Abrantes, CERTIFICA, narrativamente para efeitos de publicação, que, por Escritura de Justifi cação, lavrada a trinta de Julho de dois mil e catorze, no Livro de escrituras diversas número Trinta e Sete – G, iniciada a folhas vinte e nove, deste Cartório Notarial, Eduardo Rosa Guia e mulher Luísa de Jesus dos Santos, casados sob o regime da comunhão geral de bens, ambos naturais do Souto, União das Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, concelho de Abrantes, onde são residentes na Rua Nossa Senhora da Guia, número 86, lugar de Atalaia, contribuintes fi scais números 100 468 284 e 100 468 250, declaram que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores seguinte prédio: urbano, composto de casa de rés-do-chão e primeiro andar destinado a habitação, sótão amplo, logradouro e quintal, sito na Rua Nossa Senhora da Guia, número 86, lugar de Atalaia, no Souto, União das Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, concelho de Abrantes, com a área coberta de cento e vinte e um metros quadrados, e, descoberta de mil e oitocentos metros quadrados, a confrontar do Norte, com estrada pública, do Sul e do Poente, com Manuel António Passarinho, e, do Nascente, com José Francisco Lourenço, inscrito na matriz sob o artigo 1.519, com valor patrimonial IMT de 35.070,00€, a que atribuem igual valor, não descrito no registo predial; o certo porém é os justifi cantes não possuem título formal que legitime o seu domínio sobre o referido prédio, o qual veio à sua posse por dação em pagamento de Luís Francisco Júnior, casado com Isilda Maria, residente na Atalaia, Souto, já falecido, em data que não podem precisar mas sensivelmente no ano de mil novecentos e oitenta e dois; que, não obstante isso, os justifi cantes, têm usufruído do mencionado prédio, usando todas as utilidades por ele proporcionadas, conservando-o, procedendo à sua limpeza, fazendo as necessárias obras de restauro e conservação, com animo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos por seus donos por toda a gente, fazendo-o de boa fé por ignorar lesar direito alheio, pacifi camente porque sem violência, contínua e publicamente à vista e com conhecimento de toda a gente, sem oposição de ninguém, tudo isto há mais de vinte anos; e que, dadas as enunciadas características de tal posse, eles justifi cantes adquiram o citado prédio por usucapião, titulo este que, por natureza, não é susceptível de ser comprovado pelos meios normais.

Está conforme o original.Abrantes, trinta de Julho de dois mil e catorze.A Notária a)Joana de Faria Maia(Jornal de Abrantes, edição 5522 de Agosto de 2014)

CLINICA MÉDICA E REABILITAÇÃOCONSULTAS

FISIATRIA - Dr. Joaquim Rosado - Dr.ª Almerinda Dias - Dr. Duarte Martelo ORTOPEDIA - Dr. António Júlio Silva DERMATOLOGIA - Dr. José Alberto Dores TERAPIA DA FALA - Dr.ª Ana Cláudia Fernandes PSICOLOGIA - Dr.ª Ana Torres NUTRIÇÃO E OBESIDADES - Dr.ª Carla Louro

GINASTICA DE MANUTENÇÃO E CORRECÇÃO POSTURALAcordos em TRATAMENTOS FISIOTERAPIA

Caixa de Previdência (ARS Santarém), ADSE, ADMFA, ADME, ADMG, CTT, SAMS, P. TELECOM,EDP, Seguradoras, Medis Saúde, Espirito Santo Seguros,

Seguros Acidentes Pessoais, MultiCare, Tranquilidade Seguros etc.

Tapada Chafariz, Lote 6 r/c Esq.- 2200-235 ABRANTESTelef. 241 371 715 - Fax 241 371 715 - [email protected]

ACORDOS E CONVENÇÕES ARS (SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE) ADSE ADMG ADMMEDIS MINISTÉRIO DA JUSTIÇA PSP PT-ACS SAMS MULTICARE CAIXA GERALDE DEPÓSITOS ALLIANZ MEDICASSURMEDICINA NO TRABALHO MITSUBISHI FUSO TRUK CAIMA - INDÚSTRIA DE CELULOSE

BOSCH SISAV - SISTEMA INTEGRADO DE TRATAMENTO E ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS PEGOP

HORÁRIO 2ª a 6ª das 8h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 Sábado das 9h00 às 12h00 (colheitas até às 11h00)

PONTOS DE RECOLHA Sardoal Mouriscas Vila do Rei Vale das Mós Gavião Chamusca Longomel Carregueira Montalvo Stª Margarida Pego Belver

SEDE Avenida 25 de Abril, Edifício S. João, 1.º Frente Dto/Esq 2200 - 355, Abrantes Telf. 241 366 339 Fax 241 361 075

Page 32: Jornal de Abrantes Edição Agosto 2014

jornaldeabrantes

AG

OST

O 2

014

EXPOSIÇÃO

ATÉ 19.SET.14//QUARTEL — GALERIA MUNICIPAL DE ARTE DE ABRANTES

META IS A DIGITAL ART GROUP EXIBITHION

DESPORTO 12.AGO.14//21H00 CIDADE DESPORTIVA

PASSEIO AO LUAR DESPORTO 16.AGO.14//09H00 SOUTO

CAMINHADA JUNTO ÀS MARGENS DO ZÊZEREMÚSICA 22.AGO.14//21H30PRAÇA BARÃO DA BATALHA

CANTO FIRME DESPORTO 30.AGO.14//16H00PARQUE URBANO DE S. LOURENÇO

2ª RESISTÊNCIA BRANQUINHOS DO PEDAL BTT

EXPOSIÇÃO ATÉ 29.AGO.14 BIB. MUN. ANTÓNIO BOTTO

PORTUGAL NA GUERRA DE 1914-1918 EXPOSIÇÃO ATÉ 19.AGO.14QUARTEL — GALERIA MUNICIPAL DE ARTEDE ABRANTES

META IS A DIGITAL ART GROUP EXIBITHION EXPOSIÇÃO ATÉ 31.OUT.14 MUSEU D. LOPO DE ALMEIDA

8000 ANOS A TRANSFORMAR O BARRODESPORTO 12.AGO.14PISCINA MUNICIPAL DE AR LIVRE

DIA INTERNACIONAL DA JUVENTUDE