Jornal do Centro - Ed507

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| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 10 pág. 16 pág. 16 pág. 18 pág. 23 pág. 27 pág. 30 pág. 36 pág. 40 pág. 41 pág. 44 pág. 47 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > ESPECIAL > ECONOMIA > SUPLEMENTO > ESPECIAL > DESPORTO > CULTURA > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRECTOR Paulo Neto Semanário 2 a 8 de Dezembro de 2011 Ano 10 N.º 507 1,00 Euro Publicidade Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Publicidade Publicidade “O Museu de Lamego, se não realizar as grandes obras, fica totalmente desactualizado” | páginas 38 e 39 Paulo Neto Agostinho Ribeiro, director do Museu, Agostinho Ribeiro, director do Museu, em entrevista exclusiva ao Jornal do Centro em entrevista exclusiva ao Jornal do Centro

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA> ABERTURA> REGIÃO> EDUCAÇÃO> ESPECIAL> ECONOMIA> SUPLEMENTO> ESPECIAL> DESPORTO> CULTURA> EM FOCO> SAÚDE> CLASSIFICADOS> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTORPaulo Neto

Semanário2 a 8 de Dezembrode 2011

Ano 10N.º 507

1,00 Euro

Pub

licid

ade

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Pub

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licid

ade

“O Museu de Lamego, se não realizar as grandes obras, fica totalmente desactualizado”

| páginas 38 e 39

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eto

Agostinho Ribeiro, director do Museu,Agostinho Ribeiro, director do Museu,em entrevista exclusiva ao Jornal do Centroem entrevista exclusiva ao Jornal do Centro

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praçapública

palavrasdeles

rÉ mais fácil ir a Roma e não ver o Papa do que ir a Moçambi-que e não ouvir falar na Visabeira”

Fernando RuasPresidente da Câmara Municipal de Viseu, durante a cerimónia de geminação dos municípios de Viseu e Matola, na autarquia.

rA cultura ajuda a viver e a sobreviver em muitas ciscustâncias”

Maria Hermínia QuintelaPresidente da Universidade Sénior Jerónimo Cardoso, Lamego,

em entrevista ao Jornal do Centro

rFalta-nos organiza-ção para nos consti-tuirmos uma região (Douro) de pressão”

Agostinho RibeiroDirector do Museu de Lamego, em entrevista ao Jornal do

Centro

rO agricultor quer uma vida tão digna como uma secretária que está no Terreiro do Paço”

Pedro LynceDeputado do PSD, durante a cerimónia de entronização da

Confraria dos Carolos

“A austeridade provo-ca recessão. Já sabemos. Mas a austeridade não afecta apenas a econo-mia. O seu efeito reces-sivo sobre a inteligência é talvez ainda mais pro-fundo.”

Rui Ramos, Expresso 19Nov2011

Andei no encalço do termo. Tentei perce-ber o seu contexto, a sua universalidade, a sua energia comunicacional, a sua contem-poraneidade semântica. Procurei-lhe a eti-mologia, o significado, o significante. Ajui-zei o seu traço, a sua trajectória sinuosa.

Comecei pelo dicionário, está bem de ver: “austereza, autarcia, autocontrolo, au-todomínio, bola, cabeça, circunspecção, comedimento, compostura, continência, critério, desafectação, despojamento, dis-crição, equilíbrio, fragilidade, gravidade, ju-ízo, lhaneza, maneiras, método, moderação modéstia, modo, naturalidade, ordem par-cimónia, ponderação, prudência, recolhi-mento, regra, reserva, respeito, retraimento, rigor, sensatez, senso, seriedade, severidade, simplicidade, singeleza, siso sisudez, sobrie-dade, tempera, temperança, tino, virtude, vulto.” (Dicionário Houaiss da Língua Por-

tuguesa – Tomo I, Circulo de Leitores).Fiquei maravilhado com o conjunto de

palavras, que é possível grafar com o ter-mo.

Rendi-me à sua dimensão ética, à sua ver-satilidade moral.

Percebo agora, santa ingenuidade a mi-nha, que a austeridade é instrumento éti-co, nas mãos dos actores políticos e doa agentes económicos. Por exemplo: aquilo que julgávamos, serem actividades nor-mais e lídimas da vida (almoçar fora de vez em quando, ir ao cinema, levar a família a passear), são agora consideradas luxo pré-crise.

E, por falar em luxo! Ele faz parte incon-dicional da idiossincrasia da austeridade. Aquela estranha imprescindibilidade da regra, que para o ser, precisa da excepção, acolhe aqui natureza justa. Sem luxo não haveria austeridade. O luxo é imperecível, resistindo às adversidades e aos incandes-centes desejos humanos de deter o supér-fluo, paradigma irrefragável de consumo. Apesar da crise e da sua lei do constrangi-mento, a indústria do luxo prospera impa-rável. Deixa-nos à mercê, dos ventos roti-neiros da calamidade financeira e, tenta os mais favoráveis dos países emergentes. O luxo é como interface da austeridade.

A austeridade é também a coreografia ne-

gra, do tempo rebarbativo que nos domina. Um clima denso de expiação. Sim, por que se a austeridade tem um claro pendor ético, há-de culpar alguém para poder sobreviver. Este é um ambiente político fulcral em face da vertigem do abismo.

Procurei em dicionários e compêndios da especialidade. Folheei o Samuelson, o Krugman, o Galbraith, o Guy Sorman… e nada. A austeridade não tem corpo teóri-co, não é prática específica, não é linear na abordagem da sua aplicação, não é entra-da reconhecida em matéria de interven-ção política. É sim, uma abstracção, algo que se sente na carne, em consequência da necessidade de implementar malfeitorias incontornáveis, porque vêem purgar os nossos hábitos licenciosos, irresponsáveis e tresloucados. E, no reino da abstracção tudo é possível.

Prospectei a equidade. Iniquidade se preferirem. A austeridade propõe a sus-pensão e ou ablação de direitos, para ter êxito. Lembram-se da outra, que elevava a suspensão da democracia (“não seria bom haver seis meses sem democracia”, Manuela Ferreira Leite). É certo que clamou a ironia (e esta tem as costas largas) mas disse-o desembaraçadamente. Triste exem-plo, mais irrefragável. A austeridade precisa de alguma iniquidade para se alimentar. E

este é um perigo. A liberdade não é negoci-ável. A Constituição não é escrutinável. Os direitos adquiridos “a ver vamos”. A cida-dania pode esperar. Tudo em nome do fim da crise, que só uma robusta e consolidada austeridade pode garantir.

A austeridade sublima a classe média. Ex-purga-a do seu conforto, suspende-a. Nada pode ser mais nocivo, ao bom funciona-mento da democracia. A classe média, ou seja, a sociedade civil, sempre teve um pa-pel fundamental na regulação de tensões e conflitos. Sem ela, a politica perde defi-nitivamente a relação de confiança entre governantes e governados.

Ou seja: se a austeridade é ética, convive com o luxo, gera clima político, se assume como abstracção, promove uma iniquidade

“necessária”, sublima a classe média, então…. a austeridade há-de ser uma ideologia. Dos tempos modernos, está bem de ver, mas, uma ideologia. É que à austeridade, nem táctica lhe falta e… vá lá, desfaçatez, tam-bém. Sendo a ideologia “um sistema de ideias coerente para a organização do Estado e da sociedade.” (Mário Soares, Elogio da Politica – Sectante Editora), nesta acepção, temos ideologia. É que, depois do longo trilho que a austeridade vai percor-rer, o nosso assombro será de ver, para onde mudamos, que novo modo de vida temos.

Opinião Austeridade

José Lapa Técnico Superior do IPV

Continua a saga das dietas. Anda meio mundo dependente

desta conversa, da dieta. Não há re-vista “fuleira” que não venha com um artiguelho pespegado sobre o assunto. Iluminado com as esbeltas figuras do que hoje se vai chaman-do de jet-set e que, em muitos caos, pouco mais têm do que a elegância dos traços físicos que os elegem. Es-trelas de corpo inteiro e conduta es-quálida, atestada, ratificada e san-cionada pela imprensa, televisão e, duma forma geral, por toda a gente. Basta saber (sei, mas não vejo) a po-

dridão, o desmando dos programas televisivos como os “big-brothers” ou o actual “casa dos segredos”. E começa, desde logo, pela jornalis-ticamente assistida disputa entre as apresentadoras, revelando, “ab initio” o carácter da “coisa”. Depois vem o dos pesos-pesados. Uma si-nistra exploração de gente que pre-cisa de recatados cuidados médicos e, quem sabe?, psicológicos, numa exibição cruel, desumana e estrita-mente materialista. As livrarias es-tão apinhadas de livros de cozinha com receitas milagrosas de emagre-

cimento ou, no mínimo, de manu-tenção da elegância.

Dieta, portanto.Penso que andam, as gentes, dis-

traídas. Não haverá consciência de que os vários estratagemas de go-vernação, desde há muito, nos vêm encaminhando para a dieta? Malda-de é não reconhecer os extremosos cuidados continuados de conduta governativa para nos obrigar às die-tas, à fome e à manutenção da linha. Cedo se aperceberam da pandémi-ca engorda dos cidadãos e, mãos-à-obra, vá de atalhar a quem poderia

ter possibilidade de escapar. Todos os caminhos são nesse rumo. Die-ta. Não há que se alambazar. Nada de restaurantes (com os 23% de iva quem tinha dúvidas, dissipou-as!) As compras têm de ser nas grandes superfícies onde um quilo de diós-piros custa 2 euros, o equivalente a 400$00. O feijão verde, por vezes, impinge-se por 4 euros. Vi batatas a 1, 49 euros (Batatas, sim!). Tudo isto referido ao quilo, não à arroba. Mas, os agricultores ficam com as tulhas cheias de produtos que granjeiam e não podem vender sem facturação.

Opinião Qual dieta, qual carapuço?

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Quanto pensa gastarem prendas de Natal?

Importa-se de

responder?

Este ano, as compras de Natal são só para os mais peque-nos. A conjuntura actual que atravessamos não deixa “alargar cordões à bolsa”. Temos de reeducar os hábitos. O valor ainda não sei ao certo, mas menos do que no ano passado.

Não vou gastar mais de 200 euros. Vou esperar que passe a época natalícia para depois sim, comprar algumas coisas úteis nas promoções. O ano passado gastei 300 euros nas 5/6 prendas que ofereci.

Este ano, devido à crise, vou gastar menos que no ano pas-sado. Vou comprar três prendas e penso gastar cerca de 35 euros. O ano passado gastei 100 euros.

Vou gastar entre 200 e 300 euros. Opto por dar prendas simbólicas e vou oferecê-las às mesmas pessoas do ano pas-sado.

Daniela CunhaProfessora

Tiago FormosoAuditor interno

Stefano PaoloniEstudante

Judite SousaPsicóloga

estrelas

Maria Hermínia QuintelaPresidente da Universida-

de Séniro de Lamego

Em dois anos conseguiu mobilizar todo o distrito, numa acção conjun-ta de solidariedade que se cifra já em mais de meia centena de toneladas de comida.

Zé ManelCompositor/Cantor

números

63Foi a quantidade de tone-

ladas que o Banco Alimen-tar Contra a Fome, de Viseu, conseguiu angariar no fim-de-semana passado.

Catarina SobralResponsável do Banco Ali-mentar Contra a Fome de

Viseu

Aos 23 anos e já com 10 anos de carreira, Zé Manel abraça um novo projecto que denomina como Da-rko, dando um rumo diferente e au-tónomo ao “ex- Fingertips”.

Esta octagenária é um exemplo de vitalidade, dinamismo e tra-balho, em prol de uma ideia e de uma missão: a acção da Universi-dade Sénior Jerónimo Cardoso - Lamego.

Se os derem à criação, não a podem, depois, vender sem recibos. Tão pou-co podem oferecer à vizinhança. Se houver uma intoxicação, lá vai a com-petente indemnização. Vendendo sem “papéis”aparecem, de caminho,” varegeirando” as nossas “benama-das” finanças e levam-lhes, em coi-mas, duma assentada, tudo o que têm e, ainda, o que não têm. Os bancos lá estão para o financiamento das im-portâncias exigidas pelo fisco (me-lhor dito, estavam). E, não havendo tempestivo cumprimento das “obri-gações fiscais” ficam-se pela toma

compulsiva dos bens. Ora, assim sen-do, já sem os produtos granjeados e sem dinheiro, … resta a dieta. Nin-guém escapa.

Revendo. Nem quem precisa de comprar barato o pode fazer, nem quem precisa de vender a ¼ do pre-ço de prateleira de supermercado o pode fazer. Os bens de consumo vêm da “estranja”. Dos vizinhos/parceiros da Europa. Cheios de impostos, de ve-nenos, de transgénese, de preço! As carnes, são o que se sabe. Vacas lou-cas, ovelhas “maradas”, porcos var-rascos, pintos cheios de hormonas e

antibióticos, enfim...! O peixe barato vem da Ásia, carregado de metais pe-sados. O pão é acrescentado com fari-nhas das mais variadas procedências e inchado com fermentos, carregado de sal e, por vezes, de açúcar, para dar sabor. O óleo tem de fritar dez vezes mais para ser rendível (e, como faz mal, deixa de se usar!). A insipi-ência da comida alcançável, a mais barata, requer renovados temperos, mais consentâneos com a crescente diabetes. Dispensa-se, portanto.

Seguramente (como é estribilho dos nossos políticos) voltaremos à

dieta de antigamente. Serenamente. Sem crispações. Sem mágoa. Sem res-sentimentos. Agradecidos e reconhe-cidos a gerações de governantes que nos têm mostrado desta forma escor-reita, desinteressada, desinteressada, altruísta, patriótica, humana, desin-teressada e capaz, como é importan-te fazer dieta, seja a que preço for e o valor que tem TODO o sentido da palavra LIBERDADE, pela qual te-mos “lutado”.

Qual carapuço?

Pedro Calheiros.

Jornal do Centro02 | Dezembro | 2011

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

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GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai às sextas-feirasMembro de:

Associação Portuguesapara o Controlo de Tiragem

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

1. Na “Floresta de Enganos”, úl-timo auto apresentado por Gil Vicente em 1536, começa a peça com um filósofo preso em terrí-vel cárcere por ter denunciado os “nescios perenales”, tiranos que pontificavam e impediam a disse-minação das teorias de Erasmo de Roterdão, que o dramaturgo muito secretamente admirava. Para agra-var a pena ao filósofo – o amigo da sabedoria – ataram-lhe a um pé um parvo ou idiota que, como um sia-mês, passou a penificar com ele no calabouço, agravando-lhe assim, com pérfida crueldade, a sentença. Que pior imposta companhia para um filósofo de que um idiota?

Nesta teoria das antíteses vive a Europa com o Euro. Todos refe-rem e reiteram que o Euro era… A Grande Europa dos 27 é hoje a Eu-ropa do Eixo germano/franco. A Europa “Merklozy”, que Freitas do Amaral refere como “a Europa do um e meio, porque o miúdo vem sempre atrás.” O miúdo é Sarkozy, o gaulês, colado à chanceler alemã, numa inimaginável antevisão, se perspectivada em 1948… e cujas con-tas também não andarão prenhes de saúde.

Os Estados Unidos perante a eminência da desgraça, pela voz de Obama, chamaram o presiden-te da EU, Durão Barroso, para lhe dizer que o Euro não pode acabar, para bem da economia america-na. Vivem-se assim dias incertos nesta Floresta de Enganos moder-na, onde a rábula do filósofo e do

parvo, numa bicefalia entre a lu-cidez e a tontice coabitam, com consequências imprevisíveis. Só não se discerne com nitidez quem desempenha o papel de quem. Ou a quem algemaram o idiota, no fundo da atroz masmorra…

2. As relações entre o PSD e o CDS/PP locais gelaram. Ou, na te-oria das ditas antíteses, estão ao rubro. Ambos são partidos da co-ligação governamental. A distrital do PSD chamou ao seu seio as no-meações políticas para cargos di-rigentes. E o CDS/PP ficou a ver navios. O que prova duas coisas: 1º a sagacidade de Mota Faria; 2º a candura de Rui Santos.

Mota Faria, ao recrutar os seus “quadros” nos elementos da dis-trital e nas juntas de freguesia ur-banas da periferia de Viseu, está a passar a mensagem para as pró-ximas autárquicas:”Enfileirai-vos pois sereis os escolhidos!” Mas co-mete um erro: está a esquecer os 23 restantes concelhos do distrito. E isso pode vir a ter custos insupor-táveis na hora do voto.

Por outro lado, a incapacidade de Rui Santos, presidente da distrital do CDS/PP em impor figuras para as nomeações; ao deixar de agir peran-te as nomeações impostas pelo PSD; ao obrigar o deputado centrista a vir ao terreiro denunciar o “amiguismo partidário”, em vez de lhe preservar a imagem – convém não esquecer que Hélder Amaral é a imagem, verso e reverso do CDS/PP local – ao provo-

car-lhe este desnecessário desgaste; ao fazer com que lhe retirassem das mãos estas negociações, provou fas-tidiosamente que a ingenuidade não rima com o cargo que desempenha. Para gáudio do PSD que vai traute-ando a modinha: “Quem parte e re-parte e não fica com a melhor parte ou é tolo ou não tem arte!” Afinal, a Floresta de Enganos está por todo o lado…

3. Diamantino Santos, presiden-te da junta de freguesia de Coração de Jesus foi nomeado coordenador regional do desporto. Este profes-sor é um homem competente. Ade-mais dinâmico. Trabalha sem an-dar em “pontas” ao contrário de muitos que andam em “pontas” sem trabalhar. Mas que colhem, na sua mediocracia os mesmos frutos dos meritocratas. Ou a Floresta, de tão sombria não deixa passar a luz, ou os Enganos não são en-ganos, antes a cruel evidência de quem em “terra de cegos só com um olho se é rei.”

Lá muito atrás ou em cima, se preferirem, Ruas e Almeida Henriques sorriem deliciados, ao verem como os seus sargentos se mostram excelentes pré-oficiais-executivos.

4. Para acabar a semana com algo de construtivo e de futura-mente positivo, a eleição de Carlos Marta para presidente da FPF se-ria um nec plus ultra e a única boa notícia dos últimos tempos.

Editorial Floresta de Enganos ou o filósofo e o parvo

Paulo NetoDirector do Jornal do Centro

[email protected]

A distrital do PSD chamou ao seu seio as nomeações políticas para car-gos dirigentes. E o CDS/PP ficou a ver navios”.

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aberturatextos ∑ Emília Amaral

Maria José Lima, de 63 anos, natural de Moimenta da Beira, professora do 1º Ci-clo do Ensino Básico, quan-do se reformou achou que não era velha e, por isso, gos-tava de ocupar o tempo li-vre. Com o passar do tempo percebeu que havia colegas como ela que gostavam de ocupar as muitas horas va-gas a fazer “alguma coisa de que gostam e nunca o fize-ram no activo, porque não tiveram essa oportunidade”. Fundou em 2009 a Universi-dade Sénior Infante D. Hen-rique, onde hoje estão matri-culados 60 alunos, o mais velho com 83 anos e o mais novo com 55 anos.

A Câmara Municipal de Vouzela, tal como as res-tantes autarquias do distri-to, há muito que engrossa o seu projecto destinado à po-pulação sénior com vários programas destinados a dar mais qualidade à vida dos idosos do concelho e, este ano, juntou aos já existentes a Universidade Sénior de Vouzela onde já estudam 50 alunos com idades entre os 55 anos e os 97 anos.

O Rotary Clube de Tondela aderiu ao desa-fio lançado pelos Rotary e fundou uma universidade sénior no concelho. A Esco-la Profissional cedeu as ins-talações, e o objectivo foi ra-pidamente conseguido com a rápida adesão das pessoas e o voluntariado dos profes-sores. “Um dos objectivos é manter a actividade ao lon-go da vida, e isso consegue-se, além de combater a soli-dão, criar espaço de conví-vio, combater a iliteracia”, reconhece o presidente, Fe-lisberto Figueiredo.

No distrito de Viseu exis-tem actualmente 10 Univer-sidades seniores que envol-vem mais de 400 alunos e 130 professores todos em re-gime de voluntariado. A sua génese parte de três institui-ções acolhedoras diferentes. Duas autarquias (Vouzela e S. Pedro do Sul) tomaram o pulso à criação da universi-dade sénior, quatro universi-dades nasceram dos Rotary Clube (Resende, Mangualde, Viseu e Tondela). As restan-tes funcionam como asso-ciações e fazem parte da

Rede de Universidades da Terceira Idade. Todas elas têm a particularidade de não visarem o lucro, mas de uma maneira geral auto-sustentam-se através de par-cerias e das “propinas” dos alunos, que variam entre 10 euros mensais e 60 euros por ano.

“É essencialmente uma escola de afectos”, afirma o presidente da Universida-de Sénior de Viseu (USA-VIS). José Augusto Pereira, acrescenta que o modelo de fazer as pessoas voltarem à escola para combater o iso-lamento “presta um grande papel de voluntariado à co-munidade.

Para o também presiden-te da Comissão Distrital das Universidades Seniores Rotary do Distrito 1970 é im-portante o país investir nes-te serviço à comunidade e não permitir que os projec-tos cresçam “de costas vol-tadas”.

A falta de actividade, o iso-lamento, a solidão, a ilitera-cia e a depressão fazem par-te do conjunto de problemas pelos quais passam muitos

idosos da região, grande par-te a viver em zonas rurais, isoladas sem grandes alter-nativas. As universidades seniores estão a conseguir inverter essa tendência.

“Quero-vos bem-dispos-tos, a vida não é assim tão má e a informática também não”, brinca no final de mais uma aula a professora de in-formática da Universidade Sénior de Vouzela, uma jo-vem quadro da autarquia e voluntária nas horas livres. Rosa Maria, de 63 anos re-formada resolveu contrariar os seus gostos e aderiu ao projecto: “Venho pelo con-vívio, para ocupar o tempo e pela aprendizagem. Tinha aversão aos computadores e por isso vim para a infor-mática”.

As aulas nas universida-des seniores decorrem de se-gunda a sexta-feira e os ins-critos participam nas mais variadas disciplinas, embo-ra o inglês, o português, a informática, a ginástica e a música sejam comuns nos 10 projectos. O mais curioso é poder testemunhar a ale-gria das pessoas ao partici-

parem nas aulas e isso com-prova a máxima do letrado de Lamego, Jerónimo Car-doso de que “não há nada como saber” e aprender du-rante toda a vida.

Bom dia senhor padre, por aqui! Exclama a asses-sora da Câmara de Vouzela, Sandra Serra ao ver entrar na universidade o sacerdo-te. E António Aidos, de 78 anos, fora da vida activa a re-sidir no lar da Misericórdia, ironiza: “Hoje é dia de esco-la”. À jornalista admite que “queria aprender um boca-dinho mais computadores e inglês”.

Esta dose de alegria estam-pada dos alunos seniores é reconhecida pela responsá-vel e fundadora da Universi-dade Sénior de Mangualde, Teresa Cruz. “O mais im-portante é servir a comuni-dade, embora a aprendiza-gem seja necessária ao lon-go da vida. Mas eu destaco o convívio, os afectos que se vão implementando, o que permite que as pessoas pas-sem a ser solidárias e tam-bém se sintam felizes em dar felicidade aos outros”,

responde.A braços com a falta de

instalações próprias - a prin-cipal queixa vinda de cada projecto - algumas univer-sidades seniores preparam-se também para abrir por-tas a antigos edifícios onde muitos aprenderam a ler e a escrever, as velhas escolas primárias hoje desactivadas por força do novo modelo dos centros escolares da fal-ta de jovens no interior ru-ral.

Se não há dúvidas de que estes projectos envolvem hoje centenas de pessoas no distrito de Viseu que esta-riam mergulhadas no iso-lamento, as universidades seniores têm ainda a mais-valia de prestar à comunida-de local uma actividade cul-tural muito própria. O plano de actividades de cada ins-tituição passa por criar um plano de aulas, mas desen-volve conferências, seminá-rios, encontros culturais e lúdicos e dispõe de grupos musicais que, tanto levam as suas origens mais longe, como proporcionam anima-ção local.

Voltar à universidade para combater o isolamento

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UNIVERSIDADE SENIORES NO DISTRITO DE VISEU | ABERTURA

Universidades Seniores no distrito de Viseu

Concelhos Nome Ano da fundação

InstituiçãoAcolhedora

Nºde alu-

nos

Nºde pro-fessores

Disciplinas/projectos

Cinfães Universidade Sénior de Rotary de Cinfães 2011 Em construção

Lamego Universidade Sénior Jerónimo Cardoso 1997 Associação/Universidade Sénior 30 12

Inglês, francês, questões actuais, Douro, vinho e as gentes, artes cénicas, histórias da história, figuras e factos, pintura, esta-nho, artes decorativas, bainhas abertas,

expressão dramática

Mangualde Universidade Sénior de Rotary de Mangualde 2005 Rotary Clube de Mangualde 60 15

Informática, inglês, designer e comuni-cação, teatro, francês, climatologia, te-ologia, bordados, literatura, artes, yoga,

história, práticas de direito.

Moimenta

da BeiraUniversidade Sénior Infante D. Henrique 2009 Associação/Universidade Sénior 60 10

Arte decorativa, pintura, bordados, in-formática, inglês, português, teatro, ae-

róbia, hidroginástica, natação, TunaGrupo Cavaquinhos

Resende Universidade Sénior de Rotary Resende 2010 Rotary de Resende

30 (en-

tre 55 e 83

anos)

Inglês, Francês, História, Sociologia, Informática I e II, Ginástica, Hidrogi-

násticaMúsica, Rendas e Bordados

Artes Decorativas e a actividade “A Lín-gua na Ponta da Língua”,

Santa Comba Dão Universidade Sénior de Santa Comba Dão 2008

Parceria Tomgradual Academia de Estudos, Junta de Freguesia de Santa Comba Dão, Associação de Desporto

e Profissionais de Educação Física de Santa Comba Dão e Câmara Mu-

nicipal

35

Inglês, Informática, literatura, teatro, educação física, educação musical, psi-cologia, artes, saúde, educação para a

saúde, danças e folclore, hidroginástica e envelhecimento activo

S. Pedro do Sul Universidade Sénior de S. Pedro do Sul 2011 Câmara Municipal de S. Pedro do Sul 62 10

TIC Iniciação, TIC Internet, Ginástica de Manutenção, Natação, Música, Jardi-nagem, Artes Decorativas, Cidadania, Inglês, Espanhol, Saúde e Bem-estar, Psicologia, Dança, Pintura e Teatro.

Tondela Universidade Sénior de Tondela 2004 Rotary Clube de Tondela 50 4 Informática; Inglês, Psicologia, História

Viseu USAVIS - UniversidadeSénior de Rotary de Viseu 2011 Rotary Clube de Viseu 40

Informática, inglês, danças de salão, gi-nástica, horticultura e outras

Vouzela Universidade Sénior de Vouzela 2011 Câmara Municipal de Vouzela 50 14

História, Português, Francês, Inglês, Espanhol, Música, Higiene e Seguran-

ça, psicologia, desporto; Cidadania, TIC, matemática e artes

O gosto por estudar levou longe Joaquim Carvalho de 97 anos, natural da aldeia de Confulcos, que em Se-tembro resolveu inscrever-se na Universidade Sénior de Vouzela para “aprender mais alguma coisa”. A ida-de avançada que não lida bem com o frio que nesta altura se faz sentir naquela zona de serra, têm impedi-do que participe nas aulas em que se inscreveu (in-glês e música), mas man-tém o dossier actualizado para a primeira oportuni-

dade de se deslocar do Lar da Misericórdia onde vive até à universidade.

“A mensagem que deixo é que as pessoas mais no-vas que eu, saiam de casa e participem nestes projec-tos de convívio, porque fa-zem-nos viver”. Fala a voz da experiência de quem tem quase um século de vida, feita de desafios e a partir objectivos.

“Fiz mil e uma coisas, fui caixeiro-viajante, mas o meu desejo era estudar e fui para Lisboa”. Tal como

hoje quer aprender inglês para comunicar melhor com um sobrinho inglês casado com a sobrinha e, quem sabe, ir a Londres. Há muitas décadas atrás, Joaquim Carvalho queria um emprego de horário fixo para poder estudar.

“Fui para o emprego mais ordinário que tive, na companhia União Fa-bril do Barreiro onde car-regava sacos de adubo de 100 quilos às costas, mas já tinha horário fixo e isso permitia-me estudar”. In-

gressou no Colégio Luís de Camões, onde em três meses fez dois anos. “Es-tudei sempre muito e pas-sei logo para o sexto ano”, termina orgulhoso de si próprio.

Já contabilista profissio-nal estabeleceu-se no Bra-sil e em Moçambique e re-gressou a Portugal depois do 25 de Abril. Aos 97 anos deixa uma lição de empre-endedorismo, um chavão que hoje muitos usam mas alguns não sabem do que se trata.

“Gosto de aprender sempre mais alguma coisa”

∑ Instituições particula-res de solidariedade social.

∑ Câmara Municipais

∑ Clubes Rotários

Génese das Universidades Seniores

∑ Entidade represen-tativa das Universidades Seniores (UTI) Portugue-sas, criada oficialmente a 21 de Novembro de 2005. Entidade certificadora das UTIS, através do Instituto Português da Proprieda-de Industrial, e a represen-tante nacional junto da As-sociação Internacional de Universidades da Terceira Idade e da UNESCO na II Assembleia Mundial do En-velhecimento.

Rede Universidades da Terceira Idade (RUTIS)

∑ Portugal segue o mo-delo inglês. As UTIs nas-cem no seio de organiza-ções sem fins lucrativos, os professores são volun-tários, são mais informais e não garantem certificação.

Modelo(RUTIS)

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ABERTURA | UNIVERSIDADES SENIORES NO DISTRITO DE VISEU

Qual é o papel das universida-des seniores?Incentivar as pessoas a

aprender cada vez mais, mesmo na velhice, e esse é um dos nossos primeiros ob-jectivos. Outro objectivo das universidades séniores é o seu papel cultural, ao organi-zarem conferências, concer-tos e outras actividades.

Quais são os seus objectivos a concretizar com este projec-to?Tenho dois fundamentais.

Um deles é conseguir mudar de instalações, o outro é o re-juvenescimento dos seniores no sentido alargado. Por um lado, temos uma idade média de alunos de 70 anos, temos pessoas para cima dos 80, mas são muito poucas os que estão na casa dos 60 anos. O grupo de alunos está enve-lhecido. Há dias cheguei à conclusão de que há um cer-to preconceito relativamente ao termos sénior, as pesso-as acham que não têm idade para um projecto sénior.

Está adulterada a ideia?Penso que sim. Qual é

a ideia das universidades seniores? Não é recolher pa-ralíticos, pessoas que estão

com falta de capacidades cognitivas. As universida-des seniores foram criadas para manter uma mente sã num corpo são. Claro que há pessoas que têm os seus pro-blemas, mas é fundamental a parte anímica da pessoa em qualquer fase da vida. O es-pírito que permanece den-tro de nós é que nos dá força. Jerónimo Cardoso (patrono da Universidade Sénior de Lamego), homem de gran-de nomeada internacional, autor dos primeiros dicio-nários de português/latim e Latim/Português, natural de Lamego, considerado ho-mem excepcional, diz a cer-ta altura que, independente-mente da idade , as pessoas devem virar-se para as letras porque não há nada como sa-ber. Essa é a verdade.

Estes projectos das universi-dades seniores ganham essa força anímica?Também. Até lhe posso

dar um exemplo. Tivemos um caso de uma pessoa que enviuvou, entrou em de-pressão e, por muitos medi-camentes que tomasse, per-manecia no mesmo estado. Um dia, o médico sugeriu-lhe inscrever-se na univer-

sidade sénior. Ela inscreveu-se e, três semanas depois de estar aqui, para espanto meu, vejo-a a pedir para ir ao microfone e foi um des-poletar de alegria fantásti-co. Isso trás muito conforto e satisfação.

O princípio das universidades seniores é: “Voltar à escola para afastar o isolamento”. Faz sentido?É outro aspecto muito im-

portante: a solidão. Eu não me sinto sozinha, porque te-nho muitos interesses, quan-do não tenho nada para fazer invento. É uma mensagem gratuita que deixo (risos). Te-nho muita pena que as pes-soas que toda a vida tiveram baixos recursos, vidas difí-ceis, continuem a ser as mais sacrificadas em todos os as-pectos e agora confirmamo-lo com esta crise. Continu-am a ser os pobres da fita. Se a pessoa teve recursos foi estudar, e hoje pode ler, ler, ler... porque é uma coisa que ocupa imenso tempo e o espírito alarga-se, além de se poderem ler as legendas na televisão, etc. etc. Faz-me muita pena que haja pessoas que não sabem ler e acabam por não ter interesses. Faz-

me muita impressão ver as pessoas no lar em que parece que estão todas à espera que o tempo passe, a maior parte sempre a dormitar.

Falta esse acompanhamento/animação nos lares?Falta, mas é muito difícil

consegui-lo. Em termos in-dividuais resolve-se, mas em conjunto é muito complica-do criar interesse a pessoas que à partida não têm inte-resse em nada. Eu não sei a arte de criar interesses em pessoas que não foram habi-tuadas a certas coisas. Mas nós contribuímos para a vida que temos.

Valeu a pena o país aderir a este modelo inglês das universida-des seniores?As universidades seniores

são uma necessidade. Estou cada vez mais convencida disso, porque se há pessoas que ainda se bastam a si pró-prias ou porque têm a família com quem interagem nas vá-rias gerações, estão ocupadas e têm com que se entreter, há outras que estão mergulha-das num isolamento incrí-vel. As pessoas não se po-dem contentar só com o que se considerava antigamente,

que era o lugar da mulher em casa. Simultaneamente, têm que ter outros interesses.

O Estado podia investir mais nestes projectos?Não sei se pode, mas de-

via. Estivemos anos e anos para conseguir estatuto de utilidade pública (2008, 11 anos depois da associação ter sido criada). Com a Câma-ra [de Lamego] temos uma subvenção muito pequena. Aumentou em 200 euros há dois anos, mas só benefici-ámos um ano, depois, mes-mo sendo utilidade pública, já tornaram a tirar. A única entidade que nos ajuda com a subvenção pequenina é a câmara.

Acha que as autarquias deviam contribuir mais?Se as autarquias contri-

buem tanto para associa-ções desportivas com dife-renças substanciais entre associações desportivas e associações culturais. Estou em sintonia com as pessoas da cultura deste país, real-mente a cultura para as en-tidades está “zero à esquer-da”, não vale nada, quando a cultura nos ajuda a viver e a sobreviver em muitas cir-

cunstâncias.

O que falta à terceira idade em Portugal?Primeiro, falta o respeito

dos jovens. Isso prende-se com a falta de preparação em termos gerais. Penso que falta mais atenção e mais cui-dado com estas associações. Em vez de gastarem dinhei-ro mal gasto, deviam apoiar estas instituições porque to-das elas vivem com muitas dificuldades.

Em 2012 vai celebrar-se o Ano Europeu do Envelhecimento Activo. O que se devia fazer?A nível das universidades,

deviam garantir-se condi-ções de funcionamento. Eu gostava de ter instalações próprias, por exemplo. Es-tão prometidas, mas vão sendo adiadas. Na nossa universidade sentimo-nos completamente abandona-dos pelas instituições. Acho que merecíamos mais aten-ção. O senhor presidente da Câmara [de Lamego] está farto de enaltecer as nossas actividades, diz que é das mais activas, e isto choca-me, porque não me interes-sam palavras, interessam-me acções.

Maria Hermínia Quin-

tela, 80 anos, natural

de Lamego, professora

de inglês. Os estatutos

da Universidade Sénior

Cardoso, de Lamego

revelam que é a reitora,

mas considera o termos

presunçoso e prefere

dizer que é a presidente

da universidade sénior

mais antiga do distrito de

Viseu e “provavelmente”

do país. Aos 80 anos,

mas com uma força

anímica de uma jovem

apaixonada pelo que faz

na vida, a professora

fala das universidades

séniores e admite que

o Estado “devia investir

mais”no modelo.

“As universidades seniores são uma necessidade”

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regiãoSoutos da Lapa é o de-

signativo segundo da Con-fraria da Castanha que, tendo sua sede em Sernan-celhe, abarca todavia o ter-ritório de dez municípios dúrio-beirões, lá onde a castanha reina como pro-duto singular, elemento fecundo de uma podero-sa cultura manifesta em concretas vivências e num fortíssimo imaginário, lá onde o castanheiro é im-pressiva presença na pai-sagem, catedral de verde folhagem pelo estio fora, poético espectáculo nas outonais atmosferas de Novembro.

A Confraria da Castanha que celebra estes dois ele-mentos através de múlti-plos actos ao longo do ano realizou, como festa maior, o seu III Capítulo no pas-sado dia 19. Oitenta e cin-co devotos deste maravi-lhoso fruto, a castanha, en-tre eles os representantes

de treze Confrarias ami-gas, reuniram em Sernan-celhe, terra anfitriã e hos-pitaleira sempre (gratos à Câmara Municipal), cons-tituiram formoso cortejo e reuniram no Auditório Municipal onde teve lu-gar cativante Sessão de boas-vindas com magni-fica lição à volta da Casta-nha proferida pelo distinto professor da UTAD, José Gomes Laranjo que iria tornar-se, nesse dia, con-frade honorário.

No Santuário da Lapa, emblemático espaço para a Confraria teve lugar a entronização de nove Confrades, dois deles, Prof. José G. Laranjo e Dr, An-

tónio Almeida Henriques, tendo merecido o título de confrades honorários. As palavras do Reitor do Santuário, a Fotografia de Família no Terreiro, o Brinde Confrádico (espu-mante Terras do Demo) na atmosfera do Colégio onde Aquilino Ribeiro foi lembrado e a excelência do almoço convivial na Quin-ta de Santo Estêvão certi-ficaram mais uma vez o brio que esta Confraria co-loca nos actos que realiza em favor de sua dama – a castanha, em favor dessa sua árvore-mãe, o casta-nheiro.

Alberto Correia

Confraria da Castanha na sua festa maior

Os carolos, também apelidados de “milhos”, que em períodos difíceis do país eram chamados de “arroz dos pobres”, são hoje oficialmente um prato típico regional do concelho de Tondela. A Confraria dos Carolos e Papas de Milho, consti-tuída em Fevereiro deste ano, “jurou” no sábado, na cerimónia do Capítulo de Entronização, promo-ver a defesa e divulgação do património gastronó-mico da Beira Alta e, em especial, dos carolos de papas de milho.

A igreja românica de Canas de Santa Maria re-cebeu confrades de todo o país, entre eles o conhe-cido estudioso da gastro-nomia portuguesa, Reis Torgal, para assistirem à entronização de 21 novos

confrades (sete efectivos, 14 de honra e um amigo) assim como a Moleira-Mor (presidente), Ana Bastos e o feitor (presi-dente da Assembleia Ge-ral), João Figueiredo. To-dos juraram “defender os carolos enquanto símbo-lo ancestral e tradicional das gentes”.

A presidente da confra-ria adiantou que o novo projecto que se “pretende agregador”, visa a “valo-rização das especialida-des gastronómicas”.

“Importa valorizar os produtos autênticos e é isso que nos propomos. Os carolos e as papas se-rão sempre a nossa divi-sa”, sublinhou.

“Começamos com um produto típico que é o mi-lho, mas estamos numa época de valorizar mais

os produtos que temos, seja como complemento, seja como produto de gas-tronomia”, complemen-tou João Figueiredo.

Sapiência. O antigo ministro do Ensino Su-perior, Pedro Lynce foi o confrade de honra con-vidado para falar da im-portância do milho na economia rural, mas o actual deputado do PSD alargou o seu discurso e admitiu que “é preci-so os nossos filhos volta-rem à terra” para inver-ter a desertificação. Têm-se dado subsídios para as pessoas não estarem cá e o interior está cada vez mais desertificado”, aler-tou.

Emília [email protected]

“Arroz dos pobres” é projecto de valorização gastronómicaProjecto∑ Confraria dos Carolos e Papas de Milho promete

defender prato típico do concelho de Tondela

A Pedro Lynce, Joaquim Coimbra e o pároco de Canas foram alguns dos entronizados

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REGIÃO | VISEU

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“Hoje (29 de Novembro) é um dia negro. A Rádio Noar deixou de emitir”. A mensagem que surgiu logo pela manhã na rede do Facebook foi partilhada e comentada por dezenas de pessoas que deixaram um sentimento de tristeza, cientes de que com a rádio Noar (Viseu) desaparecia mais um pedaço da identi-dade da região.A Rádio Noar, a única que na cidade de Viseu tinha a sua programação alicerça-da na informação, termi-nou as emissões na terça-feira, para dar lugar à Rá-dio Sim do grupo da Rádio Renascença (RR). Depois dos pareceres positivos para a venda da Noar à Renascença, da Autorida-de Nacional de Comunica-ções (ANACOM) e da En-tidade Reguladora da Co-municação Social (ERC), a frequência 106.4 Mhz da Rádio Noar passou a emi-tir o canal Sim da emissora católica.

Acácio Marinho, proprie-tário da Rádio Noar, con-tactado pela Agência Lusa referiu apenas que o negó-cio que permitiu a venda da frequência à RR “obe-deceu a todas as regras legais”, esclarecendo que não pretendia tecer quais-quer comentários adicio-nais.Joaquim A lexa ndre Rodrigues, um dos fun-dadores da Noar, na déca-da de 1980, e autor do blog “Olho de Gato” e de uma crónica semanal com o mesmo título no Jornal do Centro, disse à Lusa que o dia que marca o fim das emissões da Rádio Noar “é um dia de “tristeza por-que acaba a rádio das notí-cias de Viseu, um projec-to profissional onde se re-flectiam todas as vozes da cidade e onde todas as vo-zes tinham lugar, e de raiva porque é lamentável que um Governo socialista (era Jorge Lacão o ministro da tutela) tenha feito uma lei

da rádio à medida do ape-tite dos tubarões que vão acabar com as rádios locais em Portugal”.Nas redes sociais, ao lon-go do dia de terça-feira chegou a ser questiona-do o silêncio das forças vivas da região quanto ao fim das emissões da rá-dio. O presidente da Câ-mara de Viseu, Fernando Ruas questionado pelos jornalistas sobre o assun-to, disse que vai aguardar para ver se a Rádio Noar vai novamente “mudar de mãos” ou “também de programação”, mas se “o novo dono for a Renascen-ça” fica “descansado por-que é uma rádio de ban-deira e de prestígio”.Desde o seu arranque que a Noar tem na informação o pilar do seu funcionamen-to e nos últimos anos foi a única, em Viseu, a manter serviços noticiosos locais regulares.

Emília Amaral/Lusa

Rádio Noar deixa de emitirMudança ∑ Em 106.4 Mhz começou a ouvir-se a Rádio Sim

A O fim das emissões regulares levantou uma onda de críticas nas redes sociais e não só

O requeijãoComo inspeccionar

no caso de se terem dúvidas

Opinião

O requeijão é conside-rado um subproduto re-sultante da adição da flor do cardo (Cynara cardun-culus), com o propósito de coagular o leite libertan-do em simultâneo o soro.

O leite de ovelha tem na sua composição: água, gordura, proteínas, sais minerais e vitaminas. A adição de cardo vai pro-mover a retenção e sepa-ração da gordura e prote-ína lipossolúvel (solúvel nos lípidos) aí existente, que está na base da pro-dução de queijo (coalha-da). A separação destes compostos no leite con-duz ainda à formação de um líquido esbranquiça-do, constituído por água e proteínas hidrossolú-veis (solúveis em água)

– o soro. Quando aqueci-do/fervido, este forma uma massa, que escorri-da e prensada, origina os deliciosos requeijões.

Este processo tem uma dupla finalidade: por um lado, é indispensável à sua obtenção, por outro, confere-lhe salubridade pelo processo de pasteu-rização, um tratamento térmico frequentemente mencionado e impresso nas embalagens.

A produção dos me-lhores queijos e requei-jões encontra-se limita-da, entre outros factores, às condições climáticas e verdejantes pastagens existentes nos meses de Novembro a Março, pe-ríodo conhecido como o aluvião.

No sentido de fomen-

tar a estrutura e textura dos requeijões, tornando-os mais macios com uma massa mais fina e homo-génea, várias são as téc-nicas que se podem uti-lizar. A adição na parte final da fervura do soro de uma pequena quan-tidade de leite cru é um procedimento recorren-te. Os requeijões produ-zidos deste modo apre-sentam-se mais macios, compactos e com um sa-bor muito superior.

Por vezes, no sentido de aumentar o seu ren-dimento, é acrescenta-do ilicitamente um pou-co de farinha. Para quem conhece o aroma e a sua textura natural, esta falsi-ficação é fácil de detectar. No entanto, deixo ficar um pequeno truque infa-lível: no caso de suspeita-rem deste procedimento, a adição de um pouco de tintura de iodo (Betadi-ne®) ao requeijão vai pro-vocar o aparecimento de manchas negras. Esta é a prova indelével da adição fraudulenta de farinha, uma vez que a tintura de iodo reage com a farinha (amido) originando uma cor negra.

Aqui fica descrito um teste expedito, de fácil aplicação, a ser utilizado quando tiverem dúvidas sobre a qualidade de um produto de inegável va-lor gastronómico, com o qual nos deliciamos nas suas múltiplas utiliza-ções.

A tintura de iodo não engana.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

[email protected]

EMPRESÁRIOSREVOLTADOS, COMISSÃO DE UTENTES CONTRA AS PORTAGENSDÁ HOJE O“ÚLTIMO GRITO”

Uma associação de empresários do inte-rior vai avançar para a justiça, exigindo ao Es-tado e a alguns mem-bros do Governo que os indemnizem pelos prejuízos causados pelas portagens nas SCUT.

Estes empresários exigem indemniza-ções pelos prejuízos causados com a intro-dução de portagens nas auto-estradas do interior. Uma medida publicada, na segunda-feira, em Diário da Re-pública, e que começa-rá a ser aplicada dia 8 de Dezembro.

O anúncio de que o Estado e membros do Governo serão alvo de uma acção judicial foi feito no final de uma reunião que juntou al-gumas dezenas de em-presários na cidade da Covilhã.

A acção judicial usa-rá o argumento de que com as portagens é de-fraudada a expectati-va de negócios assente em vias gratuitas que se destinariam a cor-rigir assimetrias regio-nais.

Num último “apelo”, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A25, A24 e A23 realiza hoje , uma marcha len-ta na A25, com partida da Avenida da Europa, em Viseu, às 17h00.

Daí, a marcha lenta dirige-se para a A25, no acesso situado na estrada Viseu – Nelas.

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REGIÃO | VISEU | SANTA COMBA DÃO

IDENTIFICADOSVseu. A Polícia Judiciária (PJ) anunciou, na terça-feira, que identificou os três sus-peitos de terem sequestra-do, roubado e agredido vio-lentamente um homem de 51 anos, em Viseu, e que deteve dois deles.Fonte da PJ de Coimbra ex-plicou à agência Lusa que os três homens – de 21, 27 e 35 anos – terão cometido os crimes na madrugada de 5 para 6 de Março deste ano, depois de a vítima ter estado num bar.O homem saiu do bar, diri-giu-se para o carro que esta-va estacionado no Largo da Feira de S. Mateus, quando “foi abordado pelos três sus-peitos”, que entraram com ele na viatura, contou.Depois de o imobilizarem, “agrediram-no violentamen-

te”, nomeadamente no rosto, e obrigaram-no “a entregar o que trazia de valor”, como o relógio de pulso, o telemóvel e o cartão multibanco.“Pensaram em levar o carro, ainda saíram da cidade com a vítima lá dentro, mas não terão estado todos de acor-do e desistiram”, acrescen-tou a mesma fonte. Depois de recolhidos elementos que apontavam para os suspeitos, no início deste mês, na posse da sua identidade, a PJ aper-cebeu-se de que o de 35 anos tinha antecedentes criminais e já se encontrava preso no âmbito de outro processo. No que respeita aos restan-tes dois já havia “referências policiais”. O de 21 anos foi o primeiro a ser detido e en-contra-se em prisão preven-tiva. O de 27 anos foi detido segunda-feira e foi submeti-do a primeiro interrogatório judicial, tendo ficado obriga-do a apresentações.

VIOLAÇÃOViseu. Aproveitava-se da vulnerabilidade da filha, de apenas 15 anos e portadora de uma deficiência mental,

para a forçar a submeter-se aos seus instintos sexuais. Violava-a repetidamente em casa e em campos agrícolas e espancava-a para que não contasse nada à mãe. Maria, nome fictício, sofreu em si-lêncio durante 13 anos, mas em 2008, quando comple-tou 28 anos, denunciou o pai aos primos. O predador se-xual foi detido e condenado a dez anos de cadeia pelo Tri-bunal de Viseu. Mas o sofri-mento da jovem não termina aqui. Recentemente o Supre-mo Tribunal de Justiça (STJ) anulou a condenação do pe-dófilo. Em causa está o facto de o predador ter sido acusa-do de actos sexuais com ado-lescente mas condenado por um outro crime: violação. O Tribunal de Viseu comu-nicou no julgamento tal mo-dificação ao arguido como sendo uma alteração não substancial. O STJ consi-dera, no entanto, que novos factos foram imputados ao pedófilo e que este não teve tempo para preparar a defe-sa. O agricultor, de 50 anos, violou Maria, pela primei-ra vez, quando esta tinha 15 anos.

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Foi na aldeia de Vila Pouca, no concelho de Santa Comba Dão, que o boletim do primeiro prémio do Euromilhões, no valor de 35 milhões de euros, foi re-gistado. Desconhece-se ainda quem é o mais recente milionário português. A cervejaria Imperial, onde foi regitado o boletim, localiza-se à beira da estrada, pelo que o premiado pode não ser da região.

Para Portugal, veio ainda um dos 11 segundos prémios, no valor de 179 533,07 euros. Trata-se da 49ª vez que o loto europeu vem para o nosso País, desde que foi criado em Outubro de 2004.

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O presidente da Câmara Municipal de Viseu afir-mou que o acordo assinado na terça-feira entre a autar-quia de Viseu e o municí-pio de Matola, em Moçam-bique “foi das geminações mais fundamentadas” con-seguidas até hoje.Depois da formaliza-ção através da assinatu-ra de um protocolo de geminação, cooperação e amizade, um grupo de técnicos da Câmara de Viseu vai a Matola dar for-mação a funcionários do município moçambicano

para avançarem com no-vos projectos inspirados na cidade, inclusive o mo-delo das rotundas. O ins-tituto Piaget prepara-se igualmente para instalar em Matolo uma universi-dade, em terrenos cedidos pelo município.Além da lusofonia, Fer-nando Ruas recorda a di-nâmica do grupo Visabei-ra naquela região de Mo-çambique, o aumento de cidadãos moçambicanos a residirem em Viseu e de “viseenses que trabalham em Matola e em Maputo,

em projectos de grande significado e de grande dimensão”.Para o presidente do mu-nicípio de Matola, Arão Nhancale esta geminação visa “promover acção em áreas de interesse comum, nomeadamente desporto, cultura, cooperação em-presarial, turismo e com-ponente institucional”. Até ao momento, a Câ-mara de Viseu já formali-zou geminações com nove municípios.

Emília Amaral

Viseu e Matola assinam geminaçãoCooperação ∑ Investimentos da Visabeira e do Piaget

A O acordo foi assinado na terça-feira, no Salão Nobre da Câmara de Viseu

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educação&ciência

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O I n s t i t u t o Politécnico de Viseu alcançou a oitava po-s ição , ent re 50 i n s-t itu ições de ensino super ior naciona is , no “Ranking Web of World Universities”.

O objectivo principal traçado pelo ranking é promover a qualidade geral dos sites, sendo o acesso electrónico a publicações cientí-f icas e material aca-démico, performance global, conteúdos e vi-sibilidade das institui-ções valorizados para as classificações apu-radas.

O I P V a l c a n ç o u o 1 º l u g a r n o q u e

concerne aos institu-tos politécnicos por-tugueses. Este projec-to consiste em ordenar em ranking os sítios da internet de cerca de 20.000 instituições de ensino superior de todo o mundo.

Esta é uma in icia-t i v a d a C y b e r m e -trics Lab, um grupo de investigação que pertence ao Consejo Superior de Investi-gaciones Cientif icas (CSIC), que é o maior orga n i smo públ ico de invest igação em Espanha. O ranking Web é publicado des-de 2004 , duas vezes por ano. TVP

Politécnico de Viseu destaca-se no ranking Já começaram as obras

no antigo bar “Alta Vis-ta”, no cimo das Escadi-nhas de Santo Agosti-nho, em Viseu.

Ali, vai nascer uma sala de estudo com aces-so à internet. A obra, adjudicada por 108.775. 38 euros a uma empre-sa construtora viseense, vai criar um espaço mo-derno e apelativo, numa zona privilegiada da ci-dade. Está também en-volvida uma equipa pro-jectista.

A edificação será com-posta por um único piso, onde serão mantidas duas instalações sani-tárias e um espaço de arrumos. Vão ser criados dois espaços destinados

a gabinetes de trabalho e dois outros maiores,

para a sala de estudos e sala de internet.

Tiago Virgílio Pereira

Sala de estudo a bom ritmo Acesso à internet∑ Espaço pretende ser alternativa a crianças e jovens estudantes

A Obra foi adjudicada por cerca de 109 mil euros

HOTEL MONTEBELOURBANIZAÇÃO QUINTA DO BOSQUE 3510-020 VISEU

ENTRADA LIVRE SUJEITA A INSCRIÇÃO PRÉVIA INSCRIÇÕES PARA [email protected]

5 DE DEZEMBRO DE 2011

CONFERÊNCIAS PARCERIAS NACIONAIS PLMJ

2012ANO NOVO EM PERSPECTIVA

ORGANIZAÇÃO CONJUNTA COM:

BORGES DA PONTE, LINHARES DIAS & ASSOCIADOS,

SOCIEDADE DE ADVOGADOS, RL

José Lourenço (Detalhe)Colecção Fundação PLMJ

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EDUCAÇÃO & CIÊNCIA

Enriqueça o seu CV obtendo um Diploma da Universidade de Cambridge

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A Câmara Municipal de Viseu vai voltar a d ist r ibuir f ruta nas escolas do 1ª Ciclo do Ensino Básico do con-celho já a partir do se-gundo período.

O Programa de dis-tribuição de fruta esco-lar aos alunos do 1ºCEB decorre há dois anos, cabendo às autarquias a competência de apre-sentar as candidaturas ao programa, e tam-bém a responsabilida-de de distribuir a fru-ta aos alunos. Este ano, as associações de pais de Viseu têm vindo a questionar as escolas sobre o porquê de não ser distribuída fruta como em anos anterio-res.

A Câmara já t inha justi f icado que a Di-

recção Reg iona l de Educação do Centro (DREC) ainda não ti-nha aprovado a candi-datura efectuada em 2 8 de Ju l ho, que ga-rante o f inanciamen-to da acção.

O Vice-presidente d a C â m a r a , A m é r i -co Nunes conf irmou ao Jornal do Centro que, embora a DREC não tenha informado a autarquia da apro-vação da candidatu-ra efec t uada em Ju-lho, a aprovação já foi publicada no sítio da internet do Ministério da Agricultura (Ins-t i t u to de F i n a n c i a -mento da Agricultura e Pescas é o respon-sável pela aprovação dos projectos). Amé-rico Nunes acrescen-

tou que o executivo foi obrigado a enviar novamente a cópia da ca nd id at u ra em Se -tembro temendo que fosse esquecida“Enviámos uma có-

pia da ca nd idat u ra , dado que nos espan-t á mos com a moro -sidade da resposta à pr imeira candidatu-ra”, confirmou o vice-presidente.

O P r o g r a m a d a F r u t a E s c o l a r f o i implementado em Ou-tubro de 2009. O ob-jectivo é fomentar o consumo regular de fruta, a criação de há-bitos saudáveis de ali-mentação e o combate à obesidade.

Emília Amaral/Tiago Virgílio Pereira

Fruta volta às escolas de Viseu na segundo período

“São precisas obras urgentes , especia l-mente no telhado que é feito com um mate-rial que é proíbido nos dias de hoje” (amian-to), disse Anabela Fon-seca, presidente da As-sociação de Pa is da Escola nº1 de Viseu – Ribeira. A Escola Pré-Escolar e Básica do 1º ciclo aguarda por obras de requalif ica-ção há vários anos e os pais dos cerca de 500 alunos estão a perder a paciência. “Os pais têm manifestado per-manentemente o seu desagrado”, sublinhou Inês Campos, directo-ra do Agrupamento de Escolas Grão Vasco. “O agrupamento tem demonstrado bons re-sultados mas faltam-nos condições de tra-balho, a requalificação na Ribeira tem de ser encarada como uma prioridade”, defendeu a directora.

Canalização, ilumi-

nação, melhoria das ca-sas de banho e acessos para deficientes são al-gumas das lacunas en-contradas pelas duas responsáveis. “Só que-ro uma escola segura e funcional”, disparou Inês Campos. Os pais reclamam que o inves-timento realizado nas escolas secundárias seja o mesmo nas es-colas básicas. “Foram gastos milhões nas se-cundárias de Viseu e não vêem que esta es-cola está a cair”, disse ao Jornal do Centro um pai indignado.

A n a b e l a Fon s e c a disse que “já foi feito o levantamento des-tes e outros problemas e transmitido à autar-quia . Há um projec-to para a escola, mas foi adiado”, lamentou. Américo Nunes, res-ponsável pelo pelouro da educação na Câma-ra Municipal de Viseu, desdramatizou a ques-tão e referiu que “o pro-

jecto está a ser execu-tado e já vai numa fase adiantada”. O projec-to contempla a amplia-ção da escola e a rea-bilitação da estrutura actual e está orçado em cerca de 2 milhões de euros. Depois, é preci-so encontrar a empresa construtora, através de concurso público. Por fim, candidatar a obra aos fundos comunitá-rios e aguardar pela aprovação. O processo vai ser moroso e “vai dar muitas chatices”, lembrou o também vi-ce-presidente da autar-quia. “É necessário fa-sear as obras para não prejudicar os alunos”, alertou.

“Estamos a fazer to-dos os esforços para que a Câmara actue, uma vez que é do in-teresse da cidade que a escola fique em con-dições”, concluiu Inês Campos.

Tiago Virgílio Pereira

Escola da Ribeira degrada-se a cada diaAlerta ∑ Associação de Pais e Agrupamento já identificaram os problemas

A Infiltrações são uma constante. Cerca de 500 alunos sem condições para aprender

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economiaA sobretaxa extraordinária

Clareza no Pensamento

O final do ano tem sido fértil em notícias sobre algumas medidas de austeridade, umas com aplicação imediata ainda em 2011 e outras sobre medidas de gran-de impacto ao nível da carga fiscal que se pre-vêem na proposta de OE para 2012.

Sobretaxa extraordi-nária. O final de 2011 vai ficar marcado pela so-bretaxa extraordinária que irá contribuir para a redução do rendimento da grande maioria das famílias portuguesas, que, segundo o Gover-no, se destina apenas a um esforço de con-solidação orçamental. Esta sobretaxa extra-ordinária foi fixada em 3.5%, sendo aplicável ao rendimento que exce-da 6.790 euro (485 eu-rox14) e irá incidir so-bre todos os rendimen-tos englobáveis em sede de IRS, tais como rendi-mentos do trabalho de-pendente, empresariais e profissionais, prediais, pensões e incrementos patrimoniais e ainda so-bre alguns rendimentos sujeitos a taxas espe-ciais. A colecta apura-da após aplicação da so-bretaxa extraordinária será deduzida a quantia de 12.13 euro (485 euro x 2.5%), por cada depen-dente que não seja sujei-to passivo de IRS.

Retenção adicional na fonte. Os contribuin-tes que aufiram rendi-mentos das categorias A (trabalho dependen-te) e H (pensões) estão sujeitos a uma retenção na fonte de 50% do valor que exceda o rendimen-to líquido do subsídio de

Natal (deduzido das re-tenções de IRS e TSU) que exceda o SMN (485 euro). Esta retenção, a efectuar pelas entida-des empregadoras, de-verá ser considerada a título de pagamento por conta da sobretaxa de-vida que vier a ser apu-rada com a entrega da declaração de IRS do ano de 2011.

Exemplo1 - Pensio-nista (casado) com uma pensão de valor bruto mensal de 1.200 euro. A retenção da sobretaxa deverá ser calculada da seguinte forma: [1.200 euro - 96 euro (8%IRS) – 485 euro (SMN)] = 619 euro x 50% = 309.50 euro que será a sobreta-xa descontada.

Exemplo 2 – Casal, com 2 filhos, com uma remuneração mensal bruta, por sujeito passi-vo, de 900 euro. O cál-culo da sobretaxa para cada um será: [900 euro - 54 euro (IRS 6%) – 99 euro (11% TSU) – 485 euro (SMN) = 262 euro x 50% = 131 euro. Obsv: A dedução à colecta re-lativa aos dois filhos só será tida em conta no apuramento final da so-bretaxa com a entrega da declaração de IRS que ocorrerá já em 2012.

Ter em atenção que as retenções efectua-das pelas entidades em-pregadoras deverão ser entregues nos cofres do estado no prazo de 8 dias após a respecti-va retenção tendo como prazo limite o dia 23 de Dezembro de 2011.

José Manuel Oliveira

Docente na Escola Superior de Tecnologia e

Gestão de Viseu

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

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Feira do Míscaro leva apreciadores a Sátão

A Câmara Municipal de Sátão promove este domingo, dia 4, a V edi-ção da Feira do Mísca-ro. “A ‘capital da mís-caro’ tem tudo a postos para acolher visitantes, turistas, especialistas na degustação de mís-caros, artesãos, vende-dores e compradores dos míscaros que farão com que este certame seja mais uma vez um sucesso, adianta o pre-sidente da autarquia, Alexandre Vaz.

O facto de o Verão se ter prolongado mais do que o habitual, pode condicionar a produ-ção deste ano, mas a autarquia aguarda por um certame de “mísca-ros apetitosos e únicos que serão comerciali-zados ao longo do dia.

Os ranchos folcló-ricos do concelho e o grupo Zaatam, Grupo de Recolha e Divulga-

ção de Música Popu-lar de Sátão farão par-te da animação, bem como o artista popu-lar Fernando Correia Marques, que prome-te animar ainda mais o certame.

O Artesanato do con-celho vai marcar pre-sença nas barraqui-

nhas disponíveis para o efeito, bem como a prova de míscaros, de pão a r tesa na l cozi-do em forno de lenha e o vinho do Dão. Al-guns restaurantes do concelho vão confec-cionar especialidades gastronómicas onde o míscaro será o produ-

to de eleição.“Sátão promete um

domingo com as co-res de Outono onde a oferta cultural e a gas-tronomia andarão de mãos dadas, com o in-tuito de promover o seu produto endóge-no: o míscaro” adianta o autarca.

Evento∑ Autarquia pretende reunir oferta cultura e gastronomia do concelho no mesmo espaço

A Autarquia acredita que o Verão prolongado não vai levar menos míscaro à feira

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O ministro da Economia e do Emprego, Álvaro San-tos Pereira encerra no Do-mingo, o XXXVII Congres-so da Associação Portugue-sa de Agências de Viagem e Turismo (APAVT) que reune desde ontem, 1 de De-zembro, em Viseu, perto de 400 especialistas.

Com o tema “Turismo: Prioridade Nacional” em cima da mesa, o congres-so internacional “pretende contribuir para o reconhe-cimento da importância

do turismo para a econo-mia e desenvolvimento nacionais, reafirmando-o como prioridade nacio-nal”, escreveu a organiza-ção no programa oficial do encontro.

Os trabalhos decorrem em várias salas da cida-de. Depois da abertura do congresso na Aula Magna do Instituto Politécnico, esta sexta-feira é a vez do Hotel Montebelo receber os congressistas para par-ticiparem no painel “Por-

tugal: Retomar o Cresci-mento Turístico”em que se pretende fazer uma análi-se da evolução do turismo receptivo na última déca-da e debater a estratégia para assegurar o seu cres-cimento.

Até domingo vão ainda abordar-se os temas “Dis-tribuição: Novos Modelos de Relacionamento”, “Por-tugal - Brasil: Turismo nos dois Sentidos” e “Turismo: Os Desafios do Presente”. EA

Turismo em análise no congresso da APAVT

Após diversas edições em todo o país, o movi-mento “Empreenda Por Fa-vor!” esteve pela primeira vez em Viseu.

Com o apoio de diversas entidades, entre elas o Ins-tituto Superior Politécnico de Viseu, a Associação Empresarial da Região de Viseu, a Câmara de Comér-cio e Indústria do Centro e a Fiducial Viseu,decorreu um workshop na Esco-la Superior de Tecnologia subordinado ao tema em-preendedorismo.

Este workshop gratuito permitiu aos participantes

debaterem com os orado-res convidados os temas mais sensíveis e para os quais tem sido solicitado apoio no Programa de Te-

levisão “A cor do dinheiro”, apresentado por Camilo Lourenço na RTPN, e no programa diário na rádio M80.

“Empreenda Por Favor!” promove workshop em Viseu

A EDP Distribuição concluiu a remodelação da linha aérea de média tensão ( MT ) que ali-menta o posto de trans-formação (PT) e abas-tece a localidade de Ad-samo, na freguesia de Ventosa, concelho de Vouzela.

Esta obra, cujo custo foi de cerca de 65 mil euros, prolongou-se por uma ex-tensão de 2.200 metros e implicou a implantação de 17 novos apoios.

Com a remodelação agora concluída preten-de a EDP Distribuição

“imprimir uma melhoria significativa na qualidade do serviço prestado à po-pulação da localidade de

Adsamo e, por maioria de razão, a todo o concelho de Vouzela”, afirma a em-presa em comunicado.

EDP melhora serviçoem Adsamo

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“Sabores do Douro Superior”

Visite osRestaurantes

Aderentes

Na próxima edição, vamos continuar a acompanhar o festival e trazemos-lhe as propostas dos restaurantes dos diferentes concelhos.

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Textos: Andreia Mota

Grafismo: Marcos Rebelo

Indoor

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O Festival de Gastronomia do Douro está de volta. Até ao próximo domingo, são esperados centenas de visitantes nos diver-sos restaurantes aderentes, com especial destaque para Carraze-da de Ansiães, Torre de Moncor-vo, Freixo de Espada à Cinta e Vila Nova de Foz Côa, que desafiam todos os amantes da boa cozinha nacional a conhecer os “Sabores do Douro Superior”.

O encerramento do evento fica a cargo dos municípios de Vila Real, Santa Marta de Penaguião, Sabro-sa, Alijó e Murça, sob a égide dos

“Paladares nas Terras de Torga”, que chegam entre os dias 7 e 11 de Dezembro.

Mas antes do cair do pano, ain-da há tempo para conhecer ou re-cordar sabores e aromas do Douro Superior, pautado pelo imaginário de gerações ancestrais. Das cor-rentes de águas límpidas que ser-penteiam as encostas graníticas chegam os peixes do rio (que são o car tão de v is i ta de muitos es-paços de restauração), enquanto os planaltos xistosos se apresen-tam como um paraíso para a pes-ca. Estes são dois dos elementos que dão alma a muitos dos pratos da cozinha tradicional, com um ca-rácter vincado e tentador.

As propostas disponíveis são, no entanto, vastas, e passam pelas favas guisadas com entrecosto, a galinha caseira de cabidela, o en-sopado de javali, o cabrito assado. Entre os acompanhamentos mais requisitados surgem as migas, os chicharros e as verduras tenras cultivadas por mãos hábeis e sa-bedoras.

O leque de petiscos é igualmen-te tentador. Basta pensar nos pei-xinhos de escabeche ou na ore-lheira.

“SABORES DO DOURO SUPERIOR” CHEGAM AO FESTIVAL DE GASTRONOMIA

Há ainda lugares de destaque para os enchidos do fumeiro, como o salpicão do lombo, os queijos e as suculentas frutas, aos quais se juntam o mel, o azeite, as compo-tas, o pão caseiro e os frutos se-cos (amêndoa, noz, e avelã).

N ão pode pe rde r t ambém a amêndoa cober ta, uma propos-ta típica que nos chega de Mon-corvo.

A amêndoa é, aliás, uma refe-rência na região do Douro Superior. Rotulada internacionalmente com a Denominação de Or igem Pro-tegida (DOP) “Amêndoa do Dou-ro”, uma distinção atribuída pela União Europeia em 2004, este é um produto com características organolépticas singulares. O fruto encerra também as raízes tradicio-nais da ligação à agricultura, que constitui uma das características identitárias da região.

A FRUTA

Carrazeda de AnsiãesRestaurante AvenidaRua Luís de CamõesTelemóvel: 913649808“Num ambiente simples, as pro-postas gastronómicas ganham ainda mais relevo. Não podiam faltar as ementas regionais, ser-vidas com um ar apelativo e mui-to jovem, que cativam desde logo o olhar de quem por ali passa.”

Restaurante Calça CurtaEstação Foz Tua Carrazeda de AnsiãesTelefone: 278 685 255 Email: [email protected]

“O primeiro aspecto que cha-ma a atenção do visitante é a magnífica vista panorâmica sobre o Douro , que se rve também de base para muitas das iguarias que ali são servi-das, sobretudo em termos de peixes frescos. Mas o leque de propostas é vasto e tenta-dor.

Torre de MoncorvoRestaurante Regional “O Lagar”Rua Hospital Velho 16Telefone: 279 252 828Email: [email protected]“Erguido no espaço onde antes

funcionava um antigo lagar de azeite, este é um destino bem decorado, onde se impõe uma apresentação a preceito. E o que dizer da gastronomia? Qualidade e um serviço eficien-te são palavras de ordem.”

Freixo de Espada à CintaRestaurante Cinta D’ouroAvenida Guerra Junqueiro (EN 221)Telefone: 279 652 550Email: [email protected]“Aqui é fácil ser-se arrebatado pela simpatia de quem nos recebe e cedermos às tentações proporcio-nadas por uma boa gastronomia

confeccionada com esmero e profissionalismo. A simplicidade que caracteriza o local é acolhedo-ra e a vista sobre a cidade ajuda a abrir o apetite.”

Vila Nova de Foz CôaRestaurante “O Bruiço”Estrada Nacional 102 Lugar do FrangoTelefone: 279764379“A cozinha regional das Beiras tem um local de destaque na Bruiço, que nos cativa com uma ementa recheada de sucu-lentas propostas. Difícil será mesmo escolher, mas a satis-fação está garantida.”

Em todos os concelhos há um espaço de portas abertas para o receber

Cultura, tradição e identidade do povo cruzam-se de forma úni-ca com a gastronomia, o que se t raduz numa var iedade de pra-tos e sabores que não tem com-paração em qualquer outra parte do país.

A cozinha t ípica ganha novos paladares quando é saboreada no aconchego da lareira ou com vis-ta para as paisagens magníficas proporcionadas pelo Douro.

ÍMPAR

O Fest i va l de Gast ronomia é uma actividade enquadrada nos Eventos Regionais , que mobi l i -za vá r ias en t idades: o rgan i za-ção Ent idade Regional Tur ismo do Douro, Câmara Municipal de L amego, A E .H T DO U RO ( A sso -ciação de Empresár ios), Escola de Hotelar ia e Tur ismo do Dou-ro- Lamego e Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego, com o apo i o da C I M DO U RO e Confraria do Espumante - Caves da Raposeira.

O ce r t ame é a inda ap o i ado pelo programa da “Douro Emo-ções” das três cidades, Lamego, Vila Real e Peso da Régua e pelo Turismo de Por tugal.

E todos os pretex tos para par-t ic ipar são bons. Não podemos esquecer que a gast ronomia é uma forma de cultura, de afirma-ção das regiões, através da sua d ivers idade, e de aprox imação das gentes, pela confraterniza-ção que proporciona, pelo prazer de estar à mesa com a famí l ia , os amigos, saboreando uma boa refeição, acompanhada por uma boa conversa.

PARCERIAS

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Atendendo à situação que vivemos não podemos parar e é preciso promover e dar dinâmica à economia regional, captando pessoas de fora e minimizando os efeitos da crise.

Todas as iniciativas que sirvam para dar a conhecer o que de melhor temos são importantes, até porque um dos principais motivos que leva as pessoas a desloca-rem-se é a vontade de terem à mesa um contacto com produtos genuínos.

Por isso, no próximo fim-de-semana, além do Festival de Gastronomia do Dou-ro, vamos ter também a V Festa das Sopas e Merendas, no Pavilhão Multiusos. São oportunidades para conhecer algumas das sugestões da alimentação regional, mui-to ligada ao mundo rural, em que as pessoas tinham de se preparar logo de manhã para o trabalho árduo no campo.

Em termos gastronómicos, Freixo de Espada à Cinta tem a particularidade de a parte Sul estar mais ligada ao Douro vinhateiro, enquanto a Norte sofre influências do planalto mirandês e do Nordeste transmontano. A sopa das segadas, as sopas de caldo ou de pão, as tortas de esparragos bravos ou de miolo de pão, as batatas com bacalhau à espanhola e o cabrito assado na brasa são algumas das propos-tas que a região tem para oferecer. A estas juntam-se produtos como a azeitona, o azeite e o vinho.

Pedro MoraVice-presidente da Câmara de Freixo de Espada à Cinta

à situação que vivemos não podemos parar e é preciso prom

Freixo de Espada à CintaDada a importância de iniciativas como esta, o município tem demonstrado um grande interesse neste tipo

de acções, com o intuito de levar mais longe os paladares de Trás-os-Montes, de forma geral, e de Torre de Moncorvo, de modo específico.

O nosso país é muito diversificado em termos gastronómicos, daí o nosso esforço em sensibilizar os restau-rantes e a indústria para esta questão.

São ricos os sabores da gastronomia tradicional em Torre de Moncorvo. Entre os sabores que distinguem uma cozinha pautada pelas influências regionais impõem-se entradas como alheiras com grelos, a morcela doce ou de sangue, o salpicão de ossos com arroz, as tabafeiras e o presunto.

Entre os pratos principais não podemos deixar de mencionar a caldeirada de cabrito ou borrego, a feijoada à trasmontana, o arroz de perdiz e as migas de peixe. Delícias capazes de deixar água na boca.

O cozido à transmontana é outro manjar de distinção. Também o cabrito assado é excepcional, na forma como é confeccionado.

As peças de caça são a base para muitas ementas. A este propósito, não deixe de provar variedades como a perdiz, o coelho, a lebre e o javali. Os peixinhos do rio são igualmente indissociáveis das tradições gastronómicas de Torre de Moncorvo.

Na doçaria, o concelho é amplamente afamado pela sua amêndoa coberta. A tradição da sua confecção ain-da hoje se mantém viva. O fruto serve de base a outras iguarias, como os bolinhos de amêndoa, as delícias de amêndoa, as cavacas de Moncorvo, as rosquilhas, as súplicas e os económicos. Os biscoitos à tia patuleia, as estradinhas, o pão moreno e o pão de ló também integram as sugestões. E há ainda o requeijão com doce de abóbora.

Pode saborear o vinho genuíno, branco ou tinto, da região, que são já uma referência para acompanhar qual-quer refeição. A jeropiga ou a aguardente bem forte também são óptimos digestivos após as refeições.

António Moreiravice-presidente da Câmara de Torre de Voncorvo

iativas como esta o município tem demonstrado um gra

Torre de Moncorvo

A gastronomia de Vila Nova de Foz Côa é bastante apaladada e rica em pratos variados, que in-cluem os produtos vindos dos férteis solos locais, como vegetais e fruta bem fresca, e o afamado vinho. Vinho branco ou tinto, encorpado ou forte, como todos os maduros genuínos do Douro, são várias as qualidades disponíveis.

O Azeite da região é igualmente reconhecido - e pode acompanhar cozidos suculentos saltea-dos com couves tenras, repolhos e grelos -, mas presença obrigatória em qualquer mesa é mes-mo o pão. De agradável sabor, de trigo ou de centeio, acompanha bem o queijo, o chouriço ou as azeitonas, sugestões regionais de grande qualidade.

O peixe do Rio Douro e seus afluentes, a carne de porco, de cabrito ou de anho e a caça como o coelho, a lebre e a perdiz são pratos muito apreciados. O bacalhau assado no forno e as migas de grelos são outras das propostas da cozinha regional e presenças habituais à refeição.

A fruta é variada. Sobretudo as tarde de Verão são acompanhadas pelos pêssegos carnudos, os figos de mel, os melões deliciosos, as laranjas e as uvas. Ainda assim, são os frutos secos, em especial a amêndoa, que fornecem a matéria-prima para as especialidades culinárias mais requintadas: os doces de amêndoa, as súplicas, as lampreias de ovos e ainda os “coscorões”, os folares e as bolas toscas, livradas e picadas.

Nova de Foz Côa é bastante apaladada e rica em pratos

Vila Nova de Foz CôaDeliciosos aromas e sabores ainda mais convidativos chegam-nos de Carrazeda de Ansi-ães, onde só os bons petiscos já dão para encher a barriga e satisfazer qualquer especialista apreciador de bons manjares.

A tudo isto soma-se o bom vinho ou o digestivo vinho tratado caseiro e até envelhecido em casca de carvalho ou castanho. Esta é uma proposta doce como o mel das abelhas e que promete surpreender os apreciadores de “Baco”.

No campo das carnes, a marrã, muito característica por altura da Santa Eufémia, é um dos pratos obrigatórios. Mas há também carne de porco assada na brasa e o fumeiro local, com destaque para o presunto, o salpicão e o chouriço de carne. Estes são reis numa mesa com qualidade e paladar.

Muito conceituados são igualmente o javali, a perdiz ou o coelho à caçador. E não deixe de descobrir ainda os peixinhos do rio à maneira camponesa, em Foz Tua.

Quem visita Carrazeda de Ansiães tem ao seu dispor tentações como batata assada no forno com casca e bacalhau assado, cabrito assado no forno e o peru grelhado, muito pro-curado por altura do Natal. Deixe também delicie-se com o Tornedó de Vitela e Macã Assada ao Vinho Tratado.

Em termos de doçaria, a amêndoa volta a ganhar destaque, com os bolinhos de amêndoa, doce de abóbora com amêndoa, tarte de amêndoa ou simplesmente bolo de amêndoa.

as e sabores ainda mais convidativos chegam nos de Car

Carrazeda de Ansiães

Eça de Queiroz, Miguel Torga e Guerra Jun-queiro foram apenas alguns dos escritores que eternizaram a região. Este é um destino rural, natural e onde o património é uma janela aber-ta para o passado e para a História, oferecen-do um conjunto de oportunidades turísticas imperdíveis.

O Vale do Douro está, aliás, integrado numa rede internacional – o World Center of Excel-lence for Destinations (CED) – cuja missão é a procura da excelência.

E motivos não lhe faltam. Aqui, a obra de Deus e o trabalho do Homem permitiram criar uma das mais belas paisagens do mundo. En-tre extensos vinhedos repousam vilas e aldeias plenas de história e um património monumental que vale a pena descobrir. Venha daí!

RoteiroA primeira paragem é na Vila de Torre de

Moncorvo, onde não passa desapercebida a Igreja Matriz, classificada como Património

Nacional e considerada como o maior templo religioso da Província de Trás-os-Montes.

Não deixe também de passar pelo cen-tro histórico, pelo Núcleo Medieval – onde se incluem as casas solarengas e o Museu do Ferro.

Seguimos até a Vila Nova de Foz Côa, onde há também inúmeros locais que não pode perder. Na época das amendoeiras em flor, a natureza proporciona-nos um cenário de rara beleza. Aproveite para descer até ao vale do rio, que encerra 69 sítios com gravuras ru-

pestres, três das quais (Canada do Inferno, Ribeira de Piscos e Penascosa) abertas ao público. Visita-las é uma verdadeira aventura e um regresso ao passado. As propostas se-guem com um passeio pelo “Grand Canyon”, ao longo do qual é possível descobrir a vas-ta fauna e flora que povoam as margens do Douro.

Carrazeda de Ansiães é uma terra de con-trastes, entre o verde das serras (Reborosa, Fonte Longa e Senhora da Graça) e os inú-

meros edifícios seculares erguidos nas dife-rentes freguesias. Há igrejas, fontes e moi-nhos de vento que não vai querer perder.

Em Freixo de Espada à Cinta não pode deixar de visitar a Igreja Matriz, mandada edificar por D. Manuel I, a Torre Heptagonal (também conhecida como Torre de Galo), e o pelourinho. As gravuras rupestres de Ma-zouco, nomeadamente o “Cavalo de Mazou-co” e a “Calçada de Alpajares” são também locais de passagem obrigatória.

Um pouco por toda a região deixe-se des-lumbrar pelos miradouros de onde desfruta de uma vista privilegiada para a azáfama contagiante que caracteriza o Douro.

PAISAGENS DE ENCANTO PARA DESCOBRIR

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26PáginaJornal do Centro

02 | Dezembro | 2011

O I I I Festival de Gastronomia do Douro saiu da sua área de influência e galgou a fronteira até à Galiza. O Restaurante Vista Alegre (Hotel Lamego) e a Quinta Branca foram os escolhi-dos para representar a região e promovê-la no âmbito das V I Jornadas Gastronómicas, inte-gradas no 10º Aniversário do Centro Comercial Ponte Vella, em Ourense, e subordinadas ao tema “Cocina Creativa y Fácil”.

Esta iniciativa inseriu-se no vasto leque de acções promovidas pela organização do Festi-val, que promete ainda muitas surpresas até ao fim do certame.

As VI Jornadas Gastronómicas, que tiveram lugar na passada semana, decorreram durante três dias, cheios de apresentações e propostas. As duas primeiras jornadas foram dedicadas à cozinha galega e t iveram os “chefes” Daniel Guzmán e Javier Sotomayor como protagonis-tas. A encerrar a festa esteve a comit iva do Douro, que agradou e encantou!

Parceiros nesta apresentação além-fronteiras, o Restaurante Vista Alegre do Hotel Lamego e a Quinta Branca tiveram a oportunidade não só de mostrar um agradável menu, como também de o acompanhar pelos Vinhos Branco e o Tin-to da Quinta Branca. Perante um conjunto de várias dezenas de convidados e especialistas, o chefe Carlos Pires, acompanhado por Carlos Rola e pelo chefe de sala Guilhermino Gonçal-ves, mostrou algumas das potencialidades que a região tem para oferecer.

SugestõesO público foi presenteado com uma entra-

da com nabiças salteadas em azeite de alho e regado com creme de nabiça, acompanhada por um branco “Quinta Branca Douro 2009”. O prato principal - Bacalhau panado em amên-doa ralada sobre lágrima de puré de castanha aromatizado com alho - foi acompanhado pelo tinto “Quinta Branca Douro 2009”. O menu foi concluído combinando um queijo amanteigado com gelado de doce de abóbora, acompanha-do com um LBV Taylor´s 2003 “magistralmente” aberto de decantado.

No f inal da demonstração, o público, a co-municação socia l presente e a organização uniram-se para brindar ao sucesso do show cook ing. A inic iat iva contou com a preciosa ajuda do chefe Daniel Guzmán que serviu de interlocutor e ajudou a tornar perceptíveis to-dos os elementos da preparação da apresen-tação.

Para a organização - a MP, o Centro Comer-cial Ponte Vella e os seus patrocinadores – e para os promotores do I I I Festival de Gastrono-mia do Douro, o balanço da iniciativa foi muito positivo e pode ter repercussões impor tantes sobretudo ao nível do mercado de proximidade. A cerca de duas horas de viagem da Galiza, o Douro é uma importante por ta de entrada em Portugal e já demonstrou que domina a arte de bem receber!

CHEFES CARLOS PIRES E GUILHERMINO GONÇALVESFIZERAM AS HONRAS DO DOURO NA GALIZA

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especial O vinho é uma dádiva...

“Tudo nestas paragens são grandezas”. Foi desta forma que José Saramago se referiu à região onde se produz o milenar vinho do Dão.

Esta é já uma ancestral tradição, herança dos an-tigos monges agriculto-res, que deixou uma mar-ca própria na forma de cul-tivar a vinha e no modo de produzir o precioso néc-tar.

Com um conjunto de serras a pontuar o hori-zonte e que o protegem das influências exteriores (a poente encontra-se a ser-ra do Caramulo, a sul a lu-xuriante Buçaco, a norte a serra da Nave e leste a im-

ponente Estrela), a região é marcada por Invernos chuvosos e verões quen-tes e secos. A zona fica ainda pautada pela predo-minância da pequena pro-priedade e pelo acidentado do terreno - as altitudes ro-dam os 800 metros -, que constitui uma importan-te barreira às massas hú-midas do litoral ou aos agrestes ventos continen-tais, que contrastam com uma vegetação exuberan-te, muito ar puro e nume-rosos cursos de águas lím-pidas que serpenteiam os solos maioritariamente graníticos. Depois, há um conjunto de variações mi-croclimáticas de grande

importância para a qua-lidade dos vinhos, onde se enquadram as sub-re-giões de Alva, Besteiros, Castendo, Serra da Estrela, Silgueiros, Terras de Azu-rara e Terras de Senhorim. Encontram-se, assim, reu-nidas as condições únicas para a produção de vinhos com características pró-prias e bem definidas.

As áreas verdes dão um toque especial à paisagem. Salienta-se o pinheiro bra-vo, o carvalho e o casta-nheiro, acompanhados pela urze, a carqueja e a caruma que cobrem a flo-resta como um manto.

Mas são os vinhedos, dispersos por cerca de 20

mil hectares, que mais captam a nossa atenção. Acredita-se que terá sido na aldeia de Tourigo que nasceu aquela que é por muitos considerada a rai-nha das castas tintas por-tuguesas: a Touriga Nacio-nal. Esta casta, em que so-bressaem a cor violeta e os aromas florais, tem permi-tido que cada vez mais vi-nhos do Dão ganhem no-

toriedade a nível mundial. Mas a diversidade de cas-tas usadas é grande e in-clui também o Alfrochei-ro, Jaen e Tinta Roriz, nos tintos, e Encruzado, Bical, Cercial, Malvasia Fina e Verdelho nos brancos.

Com um perfil singu-lar e solos, clima e vegeta-ção muito característicos, o Dão distingue-se pelos seus néctares encorpados,

com raça e que combinam bem com a gastronomia regional. Basta pensar no queijo, no cabrito, no pre-sunto e nos enchidos, que se apresentam como um cardápio gastronómico ímpar, e obtemos um ca-samento perfeito.

Depois há ainda a sabo-rosa fruta que já colocou a região na senda do su-cesso.

Néctares e gastronomia proporcionam casamento perfeito

O vinho já conquistou um lugar de destaque à mesa de beirões e não só. Por isso, os néctares do Dão são uma aposta infalível se não sabe o que ofere-cer a familiares e amigos na época natalícia que se aproxima.

Outra opção é associá-los a outros produtos mui-to característicos da região e construir alguns cabazes de mimos. Compota, mar-melada, bolinhos, mel e, claro, uma garrafa de vi-nho. Está garantido um belo presente!

Aqui ficam algumas su-gestões de néctares que pode oferecer neste Natal.

Dom Divino 2008. Com uma excelente relação qua-lidade preço, este é um vi-nho com um estilo jovem, elegante, frutado e pleno de identidade.

Esta insígnia da UDACA é já uma marca de sucesso nos mercados internacio-nais, o que lhe tem valido diversos prémios e reco-nhecimentos.

Irreverente Rosé – Vinho Regional Terras do Dão

2010. Esta é mais uma no-vidade da União das Ade-gas Cooperativas do Dão, lançada no passado Ve-rão.

Trata-se de um néctar onde predominam aromas de frutos vermelhos, fres-cos, e um ligeiro toque de maracujá.

UDACA Colheita Tinto 1996. Realizado a partir das castas Touriga Nacio-nal, Tinta Roriz, Jaen e Al-frocheiro Preto, este vinho apresenta taninos madu-ros e bem compostos. A sua acidez é reconfortan-te para a idade e a estrutu-ra elegante.

Vinha Paz Reserva 2007. Taninoso e com boa aci-dez , este é um vinho onde sobressai uma óp-tima relação qualidade e preço. Com uma óptima longevidade e muita ele-gância, é feito maioritaria-mente com Touriga Nacio-nal (80%), Alfrocheiro e Jaen.

Morgado de Silgueiros Tinto Touriga Nacional DOC 2005. Um vinho produzi-

do 100 por cento com base na casta Touriga Nacional, que estagiou em barricas de carvalho francês.

Outra óptima opção é o Morgado de Silgueiros Bran-co, de 2006, que tem por base as castas Encruzado e Malvazia-Fina. Com um grau alcoólico de 13%, apre-senta uma acidez volátil.

Cabriz Four C tinto 2008. Uma proposta da Quin-ta de Cabriz. Apresenta cor escura, aromas a fru-ta madura e a compota. É um vinho cheio e encor-pado, mas vastamente ul-trapassado pelas notas de madeira. Acidez bem tra-balhada e taninos firmes e macios.

Quinta do Cerrado En-cruzado Branco 2007. De cor amarelo claro brilhan-te, apresenta as notas fru-tadas e florais bem inte-ressantes. A acidez con-fere-lhe frescura e toques minerais. Destaca-se o sa-bor a fruta de polpa bran-ca (pêra, maçã, marmelo) bem madura, que nos re-mete também para a bau-nilha.

Neste Natal ofereça vinhos do Dão

textos ∑ Andreia Mota

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ESPECIAL | O VINHO É UMA DÁDIVA...

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ProDão

Opinião

O Dão tem vindo a afirmar-se como uma região produtora de exce lentes v i n hos . Tem sabido manter e potenciar, nas últimas colheitas, toda a fres-cura, elegância, sua-vidade, mineralidade e distinta maturida-de que caracterizam e distinguem os nossos vinhos de outras regi-ões.

No e nt a nto , pa r a além desta consistên-cia, pilar fundamental de uma forte região vitícola, parece-me de especial importância a ligação com outros sectores para multipli-car e potenciar todo o trabalho que tem que ser constantemente desenvolvido a nível da promoção, divul-gação e inovação dos vinhos.

Com toda a diversi-dade que existe nes-ta região, deveríamos ser capazes de juntar aos vinhos o turismo, nas díspares vertentes gastronómicas, arqui-tectónica, paisagística, entre outras.

Será que podemos desperdiçar, ou não aproveitar, as combi-nações possíveis com o queijo Serra da Es-

trela – recentemente eleito como maravilha gastronómica de Por-tugal - o cabrito, o bor-rego, a maçã, o pão, a doçaria conventual, o azeite, a paisagem dos vinhedos, os jardins e casas senhoriais com os seus l aga res em granito, os hotéis de charme, a cozinha de autor, o turismo ter-mal e uma imensidão de outros pactos possí-veis numa região hete-rogénea e peculiar. Es-tarão a pensar que não é possível juntar tan-ta gente com interes-ses diversos, mas uma região bem divulga-da, projectada no seu conjunto não é o que muitos ambicionam? Saibamos fazer as liga-ções correctas e apre-sentá-las com distin-ção. Os consumidores virão.

A promoção dos vi-nhos do Dão aliada aos produtos endógenos da região pode não se apelidar ProDão, pode ter outra denomina-ção, mas é de certe-za um caminho com grandes probabilida-des de sucesso.

Outras regiões já o fizeram. Parece fácil…Vamos tentar?

Pedro Nuno PereiraEnólogo

Os benefícios associados ao consumo de vinho estão comprovados cientificamente e têm sido largamen-te difundidos. Também por isso, os néctares já conquistaram uma presença obrigatória à mesa dos portu-gueses.

Por outro lado, tem-se assistido a uma maior preocupação em conhecer todo o mundo da enologia e em adoptar as recomendações de consumo defendidas pelos especialistas. Conheça alguns truques para me-lhor desfrutar de um bom vinho e não se esqueça de que o deve fazer com moderação.• Os vinhos não devem ser consumidos gelados. Os espumantes devem estar frios, entre oito e dez graus,

enquanto a temperatura dos brancos deve variar entre oito e 14 graus. Os rosados entre 14 e 16 graus e os mais encorpados, como os tintos, entre 16 e 20 graus. • A escolha do copo é importante, pois permite potenciar as virtudes do vinho. Os mais indicados são os

cálices, pois a haste com o pé vai permitir segurar no copo sem aquecer a bebida. Opte pelos de cristal ou vidro, com paredes finas e inteiramente lisos. No caso do espumante, o indicado é o copo tipo flûte e não os de boca larga, que fazem com que perca o gás mais rapidamente. • Depois de aberto, o vinho deve ser consumido rapidamente e de preferência no mesmo dia. O contato

com o ar provoca oxidação e a consquente perda de qualidades. • As ementas e o vinho devem ser harmoniosos e não sobrepor-se. Para pratos com sabores e molhos mais

pronunciados escolha vinhos tintos e conjugue os sabores mais leves com vinho branco. A combinação será ainda mais interessante se combinar sabores e vinhos regionais.

Rituais para consumir vinho

Há néctares que têm uma grande durabilidade e que podem ser guardados durante anos até terem consu-midos. Mas, para isso, é importante que sejam guardados de forma a não alterar as suas qualidades. Tome nota:• O vinho deve ser armazenado em locais protegidos da luz e de variações de temperatura. • A humidade do ar é outro aspecto muito importante a ter em conta, sobretudo tendo em vista evitar a

criação de fungos nas rolhas. Recomenda-se que a humidade relativa esteja abaixo dos 75 por cento. • Opte por locais arejados para colocar a sua garrafeira. Assim, vai evitar cheiros indesejáveis, nomea-

damente, a mofo. • Tente não mudar as garrafas com frequência. • Recomenda-se que as garrafas sejam colocadas horizontalmente, de modo a que o vinho se mantenha

em contacto com a rolha. Vai evitar que esta seque e permita a passagem de ar. • As garrafas de vinho de vinho generoso devem ser guardadas na vertical. Nestes casos, os seus compo-

nentes podem danificar as rolhas se estiverem em contacto permanente.

Saiba como guardar vinho

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O VINHO É UMA DÁDIVA... | ESPECIAL

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A região vitivinícola do Dão, que assinalou o seu centenário - a Carta de Lei data de 18 de Setembro de 1908 - tem registado ao lon-go das últimas décadas um importante crescimento, o que lhe permitiu trilhar um caminho rumo à exce-lência. A aposta na recon-versão da vinha, o empe-nho dos produtores e dos enólogos, a implementação de novas tecnologias, a mo-dernização de muitas ade-gas cooperativas e o inte-resse de grandes empresas foram alguns dos factores que conduziram a que a re-gião se tornasse uma po-tencialidade a nível nacio-nal e abrisse novos hori-zontes um pouco por todo o mundo.

Toda a conjugação de pequenos contributos tem feito com que os vinhos do Dão sejam premiados den-

tro e fora de portas, ajudan-do a projectar não só as in-sígnias associadas a cada néctar, mas também toda a região e a economia local.

Um desses exemplos é o Cabriz Colheita Seleccio-nada tinto, que foi integra-do no TOP 100 da prestigia-da revista norte-americana Wine Spectator, considera-da uma referência a nível mundial no sector dos vi-nhos. O néctar conquistou 90 pontos junto do painel de júris e um lugar de des-taque em termos de rela-ção preço / qualidade.

Também o Vinho Espu-mante Condessa de Santar Extra Bruto 2009 está de parabéns depois de ter sido eleito Escolha da Impren-sa no âmbito da Feira “En-contro com o Vinho 2011”, que teve lugar no Centro de Congressos de Lisboa.

Recentemente foi a vez

da Casa da Ínsua ter visto distinguidos dois nécta-res, com a designação de “Boa Compra 2011”, atri-buída pela Revista de Vi-nhos, uma publicação que é considerada uma referên-cia no âmbito dos vinhos e da gastronomia. Em des-taque estiveram o Dão Re-serva Branco 2009 e o Se-millon Branco 2009 (Vi-nho Regional Beiras). Ao primeiro foi atribuída uma pontuação de 16,5 valores,

enquanto este último arre-cadou 15,5 valores.

Internacional. Também a última edição da com-petição internacional “Se-lezione del Sindaco 2011”, que decorreu em Torre-cuso, Itália, sorriu aos vi-nhos do Dão, que teve uma presença no restrito lote de quatro vencedores de uma “Grande Medalha de Ouro”. Trata-se do Mun-da tinto 2008, do produtor

Fontes da Cunha, de Ne-las. Na mesma competi-ção, os vinhos Quinta do Sobral tinto 2006, Adega de Penalva Touriga Nacio-nal tinto 2008, Quinta da Espinhosa Reserva tinto 2007, Status Touriga Na-cional tinto 2008, Quinta do Carvalho Torto Reserva tinto 2007 e Casa da Passa-rela Reserva tinto 2008 re-ceberam a “Medalha de Ouro”. Houve ainda uma “Medalha de Prata” para o Barão de Nelas Touriga Nacional - Aragonês tin-to 2007.

Já o “Concurso Nacional de Vinhos Engarrafados”, realizado em Santarém, atribuiu aos Vinhos do Dão mais uma dezena de pré-mios, com destaque para o galardão “Prestígio” al-cançado pelo vinho Pedra Cancela Touriga Nacional tinto 2009, produzido por

João Coelho Gouveia, em Oliveira de Barreiros.

Com “ouro” foram pre-miados os vinhos Ladei-ra da Santa tinto 2009, o Quinta do Perdigão Tou-riga Nacional tinto 2008 e Quinta do Perdigão Al-frocheiro tinto 2008. Com “prata” distinguiram-se os vinhos Covas do Frade branco 2009, Dom Divino branco 2010, Vinha de Reis Touriga Nacional tinto 2009, Dão Cunha Martins Garrafeira tinto 2006, Pi-cos do Couto Reserva tin-to 2008 e Quinta de Lemos tinto 2007.

O mercado asiático mos-tra-se também atento ao vinhos regionais. Um dos exemplos foi a distinção do Vinho UDACA 2006, como melhor compra num concurso inserido na Feira Interwine China – Guan-gzhou.

Vinhos do Dão conquistam prémios além fronteiras

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desporto

A Baio festeja o golo do empate, marcado aos 83 minutos de jogo

III Divisão Nacional - Série C

Derbi terminou empatadoLiderança ∑ Penalva continua na frente, em igualdade com o Nogueirense

Empate justo num dér-bi muito disputado, mas nem sempre bem jogado, entre Penalva do Castelo e Académico de Viseu.

O jogo terminou empa-tado a um golo, depois de 90 minutos que tiveram duas partes distintas.

Nos primeiros 45, o Penalva foi melhor. Pe-rante um Académico muito “tenro” no meio campo, os homens de Totá impuseram-se pela forma mais decidida com que abordavam os lances, e justificaram a vantagem com que che-garam ao intervalo, com um golo de Cardoso, aos

9 minutos, curiosamen-te depois do Académico, por Ricardo, ter desper-diçado uma grande pe-nalidade.

Depois do golo , o Penalva continuou por cima, e foi sempre mais perigoso, muito por mérito da forma mais aguerrida com que este-ve em campo.

Após o intervalo, o jogo mudou. Lima Perei-ra, na bancada a cumprir castigo, mexeu no 11. Ti-rou João Pedro e Casal, que saiu lesionado de-pois de um choque com o guarda-redes Nuno, e colocou Baio e Hélder

Rodrigues.O Académico foi as-

sim uma equipa mais veloz e incisiva nas suas jogadas de ataque, capaz de criar mais problemas à defesa da casa.

Acabou por chegar ao empate, já nos minu-tos finais, numa deci-dida entrada de cabeça de Baio, mas a verdade é que o Penalva pode-ria ter “matado” o jogo minutos antes, quando Califa atirou por cima da barra na conversão de uma grande penali-dade.

O resultado acaba por aceitar-se num jogo que

teve uma boa arbitragem do viseense Luís Ramos, que apesar de contesta-do pelas duas equipas em alguns lances, este-ve bem técnica e disci-plinarmente. Ajuizou correctamente nos dois lances de penalti.

Da jornada 10 na III Série C, destaque ainda para o empate, também a uma bola, no outro derbi distrital, entre Canas de Senhorim e Oliveira de Frades.

Nesta ronda, só a Sam-pedrense venceu. Triun-fo por 4 a 2 sobre o Vale-cambrense.

Gil Peres

Gil

Pere

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Visto e Falado

Vítor [email protected]

Cartão FairPlay O Mortágua Fute-

bol Clube é o novo lí-der da Divisão de Hon-ra da AFV. A equipa treinada por Maná su-biu este ano ao escalão maior do futebol distri-tal e já comanda. Já lá vai o tempo em que as equipas que subiam de divisão eram as mais frágeis. Hoje, fruto de novas mentalidades, quem sobe transporta consigo um espírito de vitória. 10 jornadas rea-lizadas e o Mortágua é uma equipa apreciada e elogiada pela sua quali-dade. A continuar.

Cartão FairPlay A equipa viseense

constituída por Sérgio Marques, Marco Nery, Paulo Loureiro e Gusta-vo Morais alcançou o ob-jectivo na emblemática prova 24 horas Vila de Fronteira. Na edição an-terior não foi feliz mas, este ano, mesmo com al-guns problemas mecâ-nicos, o Nissan Navara superou as dificuldades da prova. Competir nes-ta prova é, actualmente, a ambição de todos os pilotos de TT.

Cartão Vermelho As coisas correm

mal? Solução sempre disponível: muda-se o treinador. Assim é no luso futebol. E já vão 4 - Sporting de Lamego, Lusitano, Castro Daire e Viseu e Benfica - mu-daram de treinado. O motivo é sempre os mesmo: resultados. La-menta-se.

Visto

FutebolMortágua

Todo o TerrenoViseenses em Fornteira

Futebol“Chicotadas Psicológicas”

AGENDA FIM-DE-SEMANAFUTEBOL

II DIVISÃO NACIONAL - CENTRO

I DIVISÃO DISTRITALSÉRIE NORTE

10ª jornada - 04 Dez - 15h00

Roriz - M. Beira

Carvalhais - Vilamaiorense

Os Ceireiros - Nespereira

Sezurense - Sernancelhe

Vouzelenses - Resende

Boassas - Ferreira D´Aves

I DIVISÃO DISTRITALSÉRIE SUL

10ª jornada - 04 Dez - 15h00

Nandufe - Vila Chã Sá

Campia - Farminhão

Cabanas Viriato - Nelas

Sp. Santar - Carregal Sal

Moimenta Dão - Canas S. Maria

Parada Gonta - S. Cassurrães

11ª jornada - 04 Dez - 15h00

Alvite - Silgueiros

Mortágua - Molelos

Paivense - Tarouquense

Fornelos - Lamelas

Castro Daire - Viseu Benfica

Arguedeira - Lusitano

Sátão - Vale de Açores

Lajeosa Dão - GD Parada

ASSOCIAÇÃO FUTEBOL DE VISEU DIVISÃO DE HONRA

11ª jornada - 04 Dez - 15h00

Tondela - Coimbrões

Al. Lordelo - Gondomar

S. J. Ver - Sp. Espinho

Anadia - Madalena

Padroense - Boavista

Cinfães - Oliv. Bairro

Paredes - Amarante

Angrense - Operário

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DESPORTO | MODALIDADES

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impr imimos as tuas ide ias . . .

Sérgio Marques, Marco Nery, Paulo Loureiro e Gus-tavo Morais, equipa que se apresentou em Fronteira ao volante da Nissan Navara com que Sérgio Marques participa nas provas de TT, terminou a prova na 47ª po-sição. Os viseenses tiveram alguns problemas mecâni-cos ao longo da prova, natu-rais, devido ao contínuo de-gradar da pista com a passa-gem das máquinas ao longo

das 24 horas do evento.Depois de uma prova bem

difícil, lá conseguiram levar a Nissan Navara até ao fi-nal das 24 Horas TT Vila de Fronteira, mítica prova do Todo o Terreno em Por-tugal.

Chegar ao fim, numa prova de resistência tão demolidora como é esta prova alentejana, é sempre uma vitória para qualquer equipa. Sensação que, por

exemplo, Sérgio Marques não conseguiu na edição do ano passado.

No final, apesar do can-saço, entre a equipa da Auto Sertório a opinião era unâ-nime: “Balanço claramente positivo”, como referiu Sér-gio Marques, que ainda quis realçar, “a abnegada acção” da sua equipa de mecânicos, que conseguiu rapidamente resolver todos os contratem-pos que iam surgindo. “Fo-

mos uma verdadeira equipa, e quando assim é, estão to-dos de parabéns” acrescen-tou ainda o piloto viseense.

Quanto a João Pais, o pi-loto viseense que teve a sua segunda experiência da época em provas de TT, em Fronteira integrou a equi-pa de Rui Lopes, numa Ma-zda BT50, acabando por ser vencedor entre as pick-up s nipónicas, e alcançando um 10º lugar na Geral.

TT - 24 Horas de Fronteira

João Pais venceu nas BT50 e Sérgio Marques terminou

A Equipa viseense conseguiu chegar ao final

II DIVISÃO NACIONAL FUTSAL - Série AB

ABC de Nelas quebrou o enguiço

O ABC de Nelas con-quistou a sua primeira vi-tória no Nacional de Futsal da II Divisão, série B.

Um triunfo frente ao Vi-nhais, por 5 a 2, em partida da oitava jornada do cam-peonato.

Um jogo em que a for-mação orientada por Pau-lo Alves foi muito eficaz, coisa que lhe vinha faltan-

do em jogos anteriores, e teve ainda na baliza um muito inspirado Zé-Tó que esteve brilhante em algu-mas fases do jogo, dando sempre muita confiança à equipa.

Um jogo bem disputado entre duas formações com ambições idênticas neste campeonato, e que acabou por ter um vencedor jus-

to, embora o Vinhais te-nha criado muitos proble-mas defensivos ao ABC de Nelas.

Além da vitória, o tónico moral de ter deixado a lan-terna vermelha, que está agora na posse do Albufei-ra Futsal. O ABC de Nelas vem mostrando nítida su-bida da sua qualidade de jogo. GP

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A ABC de Nelas derrotou “Os Vinhais” por 5 a 2

II DIVISÃO NACIONAL FUTSAL - Série A

Viseu 2001 imbatível e mais perto do topo

Muita confiança do Viseu 2001 nesta fase do Nacional de Futsal da II Divisão, sé-rie A.

A equipa soma e segue nos últimos jogos, ostentan-do ainda o “rótulo” de inven-cível no campeonato.

A “vítima” recente foi o Cohaemato, que saiu de Viseu vergado a uma derro-ta por cinco golos, sem res-

posta.O Viseu 2001 mantém as-

sim o rumo da subida aos lu-gares de topo da classifica-ção, onde é já terceiro, a um ponto de distância de um duo de líderes que é agora formado por Farlab e Mace-dense, adversário dos vise-enses na próxima ronda.

Para trás ficou o Rio Ave, que os viseense derrotaram

há duas jornadas.A equipa está confiante

em todos os processos de jogo. Com o Cohaemato conseguiu resistir a mais de 7 minutos a defender numa situação de guarda-redes “avançado” sem so-frer qualquer golo, e isso reflecte competência mas também confiança nas suas capacidades. GP

A Viseu 2001 aplicou “chapa 5” ao Cohaemato

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Consulte a agenda de actividadesno Balcão de Informações do Palácio do Geloe em www.palaciodogelo.pt

DE 19 DE NOVEMBRO A 6 DE JANEIRO

ANIMAÇÃO ESPACIALDE NATAL!

O Natal no Palácio é uma festa permanente, com música,ateliês e muito mais, e este ano tem uma exposição

interactiva que te leva à lua e mais além.

CRIANÇAS NA LUAOnde a descoberta e a diversão

são as estrelas principais.

Mangualde

XII Memorial “Mário Lemos” em Dezembro

Em Mangualde, entre os dias 16 e 18 de Dezembro, vai realizar-se a XII edição do Memorial Mário Le-mos, uma festa nacional de minibasquete. A iniciativa é uma organização da au-tarquia de Mangualde em parceria com a Federação de Basquetebol, o Comité Nacional de Minibasket, e a Associação de Basquete-bol de Viseu.

O Memorial Mário Le-mos é o evento anual do minibasquete que home-nageia uma importante personalidade do desporto

português, e em particu-lar do basquetebol, e que era natural do concelho de Mangualde, onde nasceu em 1922.

Em 1945, Mário Lemos foi diplomado pelo então INEF como Professor de Educa-ção Física. Foi uma das figu-ras incontornáveis do bas-quetebol jovem em Portu-gal, ele que até começou por ser um grande jogador de Voleibol, no Lisboa Ginásio Clube, onde viria a ter a sua primeira experiência como treinador. Pelo contributo à modalidade, em especial

nos escalões de formação, foi nomeado para a Comis-são de Juniores Masculinos da FIBA, numa altura em que já pertencia ao Comité Executivo do Comité Inter-nacional de Minibasquete, desde 1972.

Neste encontro em Mangualde, os participan-tes vão poder disfrutar de três dias de actividades divididas pelo Pavilhão Municipal, as piscinas e o centro da cidade. São esperadas em Mangualde equipas de diversas zo-nas do país. GP

A O Memorial Mário Lemos é uma festa do minibasquete

Viseu e Benfica

João Paulo Correia apresentou demisão

João Paulo Correia pe-diu a demissão do co-mando técnico do Viseu e Benfica. A decisão foi tomada após a igualdade a dois golos no jogo com o Arguedeira, no passado domingo, a contar para a Divisão de Honra da As-sociação de Futebol de Viseu.

A equipa da casa vencia por 2 a 0 ao intervalo e, se-gundo o técnico, “alertei os jogadores que o jogo não estava ganho e que no futebol as coisas aconte-

cem” mas, para desagra-do de João Paulo Correia, a sua equipa acabou por consentir a igualdade num jogo em que “poderia ter goleado”. O técnico con-sidera que “a mensagem já não estava a passar para os jogadores” adiantan-do ainda que, “no final do encontro informei o pre-sidente que não iria con-tinuar a ser treinador do Viseu e Benfica”.

O desencanto já vinha de trás com outro tipo de situ-ações, como a falta de em-

penho de alguns jogado-res que não estaria a agra-dar ao técnico. Num dos treinos da semana apenas seis atletas terão compa-recido o que terá deixado João Paulo Correia extre-mamente insatisfeito com a situação, e com o rumo que as coisas estariam a to-mar na equipa.

João Paulo Correia dis-se “basta” e comunicou a sua saída.

Pedro Cálix foi o esco-lhido para novo treinador do Viseu e Benfica. GP

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texto e fotos ∑ Paulo Neto

Como habitualmente, este passeio, ainda de Outono, foi feito a um sá-bado. Dia feio. Encoberto, com nuvens e temperatu-ras na ordem dos 10º, em Viseu. Escolhemos um itinerário; São Macário, na Serra da Gralheira, S. Pedro d Sul, com visita à Aldeia da Pena e algumas andarilhanças por aque-les lados. Finalmente, um veículo: o concessionário Hyundai de Viseu pro-porcionou-nos um ix35 ecodrive. Estavam reu-nidas as condições para partirmos à descoberta do nosso objectivo.

Chegados a S. Pedro do Sul, cortámos à direi-ta no sentido de Castro Daire e poucos quilóme-tros volvidos, à esquer-da, um cruzamento anun-ciava o S. Macário. Des-ce-se ao vale e sobe-se à montanha. O que se tor-na bem notório à medida que subimos até aos 1052 metros de altitude a que fica a ermida do orago. A paisagem diz-nos tudo. Os montes parecem ma-moas gigantescas e esca-lavradas. A estrada é uma serpentina encosta acima. A certa altura sentimos estar acima das nuvens e, de repente, olhamos à

nossa volta e aquilo que o olhar alcança é com-posto de uma cintura de montes com franjas bem recortadas no horizonte azul e vales profundos onde se aninham, como rebanhos de cabras, mui-to juntas umas às outras, aldeias isoladas, imper-meáveis ao mundo e pou-co abertas à civilização – seja lá o que isso for!

Se falamos de monu-mentos, quitamos de os buscar por ali. A não ser que busquemos a desig-nação de memória, lem-brança ou recordação e a capelinha eregida ao S. Macário, naquele alto descabelado e de ventos ciclónicos na dureza da s invernias, protegida por muros bem levantados e entalhados em chisto ocre da região. E aqui, as-sim, encontramos o mo-numento com o sentido de construção erguida com um significado reli-gioso ou simbólico, repre-sentativo de uma menta-lidade e capacidade de empreendimento do ho-mem numa época mais ou menos recuada. Ade-mais, os monumentos são todo aquele conjunto de elementos ou acidentes a da natureza destacados

pelo sua imensidade e gi-gantismo.

Por ali, o homem não se vê ao virar da esqui-na ou da curva aperta-da da estrada. Estamos numa solidão total. Aqui ou além uma ave de en-vergadura que plana. De resto, um silêncio inten-so só silvado pelas des-graciosas e desmesura-das ventoinhas eólicas, a lembrarem-nos novos tempos, ou então, gran-des desperdícios de di-nheiro e “assasssinato” da paisagem.

Fora do confortável, li-geiro, despachado e aco-lhedor Hyundai, o vento

“barbeia-nos”. A tempe-ratura está 5º mais baixa do que na origem. A vis-ta, essa, deslumbra-se, ir-requieta, tentando captar toda aquela natureza tão distinta, altiva e sobran-ceira à nossa pequenês.

Tivemos curiosidade em saber a história de São Macário e de pesqui-sas feitas aqui deixamos o relato:

São Macário nasceu no alto Egito, no ano 300, e passou sua juventude trabalhando como pas-tor, nos campos. Movi-do por uma intensa gra-ça, afastou-se do mundo,

ainda muito jovem, confi-nando-se em uma estreita cela onde dividia seu tem-po entre oração, práticas penitenciais e a fabrica-ção de esteiras. Uma mu-lher acusou-o falsamente de a ter violentado. Macá-rio foi preso, maltratado e chamado de hipócrita dis-farçado de monge. Tudo ele sofreu com paciência e ainda enviou à mulher produtos de seu traba-lho, dizendo para consi-go: «Agora, Macário, tens que trabalhar mais, pois tens que sustentar a mais um». Deus, porém, deu a conhecer sua inocência: a mulher que o havia calu-niado não pôde dar à luz a criança até que revelas-se o nome do verdadeiro pai. Isto fez com que a rai-va que o povo sentia dele se tornasse admiração por causa de sua humildade e paciência. Para fugir da estima dos homens, Ma-cário, quando já contava 30 anos, refugiou-se num vasto e melancólico deser-to de Esquita. Assim viveu 60 anos e foi pai espiritu-al de inúmeras servos de Deus que lhe confiaram sua direção e o governo de suas vida. Todos viviam em eremitérios separados. Só um discípulo vivia com

ele, encarregado de rece-ber as visitas. Um bispo egípcio ordenou Macário sacerdote para que pu-desse celebrar os divinos mistérios para seus ir-mãos eremitas. Mais tar-de, quando o número dos eremitas aumentou, fo-ram construídas 4 igrejas que eram atendidas por outros tantos sacerdotes. Macário levava um vida muita austera, alimen-tando-se uma vez por se-mana. Certa ocasião, seu discípulo Evágrio, ao vê-lo torturado pela sede, ro-gou-lhe que tomasse um pouco de água. Macário limitou-se a descansar um pouco à sombra e disse: «Nestes 20 anos, jamais comi, bebi ou dormi o su-ficiente para satisfazer a minha natureza». Seu corpo estava debilitado e fraco, seu rosto pálido. Para contradizer suas in-clinações, não recusava beber um pouco de vinho, quando outros lhe pe-diam. Depois, abstinha-se de toda bebida durante dois ou três dias. Macário falava pouo quando dava conselhos e recomendava o silêncio e a oração con-tínua para todos. Costu-mava dizer: «Na oração, não é preciso dizer mui-

to, nem empregar pala-vras escolhidas, basta re-petir sinceramente: «Se-nhor, dá-me a graça que Tu sabes que necessito». Ou: «Meu Deus, ajuda-me». Sua mansidão e pa-ciência eram tão extraor-dinárias que levou muitos sacerdotes pagãos e ou-tros pessoas à conversão. Certa vez, Macário pediu a um jovem, que o procu-rou para um conselho, que fosse a um cemitério e lá insultasse os mortos com gritos. Quando o jovem voltou, Macário pergun-tou o que tinham respon-dido os defuntos. O jovem respondeu que os mortos nada haviam respondido. Macário retorquiu: «Faz o mesmo quando te in-sultarem e quando grita-rem contigo. Só morren-do para o mundo e para ti mesmo, poderás começar a servir a Cristo»…

Assim explicado, nes-ta rebusca hagiográfica, melhor se percebe a po-bre ermida em tão alto eremitério…

Se o vento frio nos de-sagasalhou o corpo, não deixou, também, de nos abrir o apetite. Descemos à Aldeia da Pena, Covas do Rio. O número de ha-bitantes não aumentou

passeios de Outono II

Roubando o céu aos pássaros,em Hyundai, peregrinos ao S. Macário

Jornal do Centro02 | Dezembro | 201134

Page 35: Jornal do Centro - Ed507

PASSEIOS DE OUTONO

desde a última visita há dois ou três anos atrás. São oito, ao que parece e fazendo fé no censo local. Um casal por volta dos trintas e tais, o Alfredo, que veio de Trigais, na Serra da Estrela e a Ana Brito ali nata com duas fi-lhas menores, a Mariana de 4 e a Margarida de 5 anos, exploram o “Res-taurante Adega Típica da Pena”. Um casal de reformados ascenden-tes do anterior, vivem também da pastorícia e outro casal, também de aposentados, sexagená-rios, entregues à memó-ria e entretendo-se com o artesanato e a produ-ção do mel, António So-ares Arouca e esposa. De resto, a fauna: um ca-valo “agarranado”, cães de caça do Alfredo, ca-bras montesas, vacas e porcos. Estamos falados. No restaurante, espaço curto com esplanada em xisto preto como as lou-sas dos telhados, a va-riedade não era muita: azeitonas, queijo cabrei-ro de meia cura e presun-to doméstico com boroa. De seguida, costoleta de vitela com as eternas ba-tatas fritas, arroz de fei-jão e salada. Nada mais prosaico. Porém, se a fome tinha abundância, a petisqueta, de produtos acaseirados, apresentou-se afável ao palato. Uma sobremesa de sonhos de abóbora, dois cafés e um licor de amora. Se esta-mos no mais fundo da ruralidade, não estamos no mais baixo do preço, conforme o atestam os 33,60 euros pagos pelas duas refeições. É o turis-mo… pensámos – uma vez ou duas por semana! Mas o que é certo é que a saleta se encheu com mais oito passeantes. E já se ouvia falar “bra-sileiro” e italiano. A al-deia global, de Veneza ao Ipanema!

António Arouca veio de Lisboa. Vive com sua mulher da l i oriunda . Entretém-se como api-cultor registado, fazen-do um delicioso mel de urze e queiró que vende a 8 euros o frasco. Numa pequena garagem, faz casinhas em xisto, man-guais e outros artefac-tos. Há que enganar o tempo. Gente afável.

Escurecia a tarde e ainda tínhamos no iti-nerário a aldeia de Fa-juco. A subida é íngre-me e a estrada estreita. O Hyundai não se dei-xou intimidar e num ápi-ce nos pôs no cume. In-teressante este veículo, meio SUV, meio “jeep”, tem na versão ensaia-da uma motorização 1 .7CRDI, com 1 15 des-pachados cavalos, às 4000 rpm. Com um pre-ço rondando os 29 mil euros, uma posição de condução alta, 5 lugares confortáveis, um tablier muito agradável à vis-ta, caixa de 6 velocida-des mais marcha atrás e uma mala com 465 litros, mais que suficiente para uma viagem até ao fim do mundo. Em estrada

“normal”, às 2500 por, em 6ª velocidade, o ix35 de-vora, imperturbável os quilómetros. Em estra-da sinuosa, agarra-se ao piso, fruto também dos seus pneumáticos 225/60 com jantes de 17 polega-das. Excelente o confor-to e o pisar do asfalto. A sua altura ao solo permi-te uma saída – pouco ar-rojada – do alcatrão, ad-juvado pelo botão “para o íngreme”. O consumo cifra-se abaixo dos 7 li-tros (exactamente 6,7), o que é notável tendo em conta a morfologia aci-dentada do terreno; e o pára-arranca exigido pelas fotografias. Dota-do de start-stop, e ajuda-do por uma câmara no canto esquerdo do re-trovisor, é também um bom companheiro para a cidade, manobras e estacionamento. Acres-ce-lhe o imbatível pro-grama pós-venda “Tri-pla Confiança”, que du-rante 5 anos abrange a garantia geral sem limi-te de quilometragem, a assistência em viagem e os “check-ups” anuais gratuitos. Quem faz me-lhor?

A noite caíra num ins-tante. Ainda subimos ao Fajuco. Mas apenas si-lhuetas escuras, talha-das no ancestral xisto que a terra dá, sobres-saíam no escuro. Foi rumar a Viseu, confor-táveis, de vista bem la-vada pela paisagem das alturas e prontos para o próximo passeio.

A Outras formas de ver a lousa...

A Alfredo Brito A O licor de amora

A As singelas “entradas”

A O casal Soares Arouca

A As “casinhas” em xisto

Jornal do Centro02 | Dezembro | 2011 35

Page 36: Jornal do Centro - Ed507

culturasD “Teatro Mais Pequeno do Mundo” chega ao Forum

O “Teatro Mais Pequeno do Mundo” instala-se amanhã e domingo, no Forum de Viseu. Há uma grande variedade de artistas, todos naturais de, ou residentes de Viseu vindos do teatro, da dança, da música e das artes plásticas. A entrada custa 1 euro.

expos

roteiro cinemas Estreia da semana

A Dívida– Este thriller de espionagem começa em 1997 quando os ex-agentes secretos da Mossad, Rachel e Stefan, re-cebem notícias chocantes do an-tigo colega David.

Destaque Arcas da memória

Porque é que eu não vi o “derby”

Ontem à noite o país não parou para pensar na maneira de resolver as suas crises, não se deitou cedo para descansar, por-que já não há “almofadas”, parece, que nos ajudem a tomar bom conselho. On-tem à noite estava tudo bem. Alguns tantos em Fá-tima, muitos no Fado (Pa-rabéns ao Fado, Património da Humanidade), multidão no Futebol. Como antes se dizia – Portugal consigna-do aos três “Fs”. E mais alguns que andam por aí. Onde eu andava nessa noi-te, num “não-lugar”.

Há três dias atrás, na mi-nha aldeia, entrei no bote-quim (já não há tabernas à antiga e a casa onde entrei não tem nome de “Café”, tem apenas o nome de

“Valdemar”, que é o dono), encontrei-me lá com dois ou três velhos colegas da Escola que antes tinha quase cem alunos e ago-ra já não tem nenhum e, como já temos alguma ida-de, deu-nos em desfiar re-cordações. E veio a propó-sito o jogo da bola no nosso campo pelado da Sarzeda onde agora há um estádio, mas onde minguam jo-gadores, e veio-nos à me-mória esse tempo entre os sete e os dez anos, o jogo da barra na Estrada Nova onde, que me lembre, pas-sava a Carreira da União do Sátão, a Carreira do Chico, que levava as mer-cadorias, o Carrão do Gás

e as camionetas que trans-portavam as esteiras dos Ceireiros da Beselga pelo país fora. E eu lembrei-me de como, aos sete anos, o Pompeu, dois anos mais velho, “seleccionador” encartado, me conseguiu levar para a equipa do Benfica a que fui fiel por muito tempo. Mas éramos todos irmãos, ao fim do dia, os do Benfica e os do Sporting. Lembro-me da Caderneta de cromos que não cheguei a completar com os retratos dos joga-dores, nossos heróis, tão grandes como o Rei Afon-so ou o Gama de que nos falava a Professora. Lem-bro-me, todavia, da minha atracção pelo xadrez do Boavista e também pela cor azul do Belenenses, o único Estádio onde entrei ainda bastas vezes. Tornei-me descrente desta fé onde toda a gente é mercenário. E quando me perguntam por clube eu digo que ago-ra já nem sou da Selecção, Que dantes era. É assim. E ontem não pude ver o der-by, ocupado noutras lides num quase não-lugar, tão poucos estiveram comigo nessa hora. Claro, estives-se em casa, deitaria o rabo do olho ao écran do Tele-visor. Porque eu sou e serei ainda português.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

Em ano de aniversá-rio – 35 anos – a Associa-ção Cultural e Recreativa de Tondela (ACERT) volta a “fintar” com a realização da 17ª edição do Festival In-ternacional de Teatro (FIN-TA). A equipa acertina está revoltada com os cortes no financiamento da cultura e espelha a sua insatisfação em três significados no ver-bo fintar.

Fintar: lançar finta ou imposto sobre. A ACERT condena que “a palavra cultura não conste no me-morando da troika e acha incompreensível o de-sinvestimento num sec-tor que detém um peso assinalável no desenvol-vimento do país”. Fintar: driblar, ultrapassar o ad-versário. Superar as ad-versidades é outro dos ob-jectivos. A ACERT lembra

“a importância da cultura no tecido económico local (hotelaria, comércio e ser-viços), enquanto veículo de oportunidades e aper-feiçoamento humanístico na certificação singular de um território”. Fintar: fazer levedar, fermentar. Perante isto, “o FINTA torna-se a expressão mais completa do acto de “fin-tar”. O festival vem com-provar que as parcerias ar-

tísticas fazem milagres à margem de uma conjuntu-ra menos favorável. E que os sonhos se fabricam com doses infinitas de autenti-cidade, coerência e valores solidários”.

Amanhã, sobe ao palco “CabRaret”, pelas 23h30, no bar do Novo Ciclo. Um es-pectáculo de cabaret onde um engenhoso trio tempe-ra a música com pitadas de humor. Para o início da se-mana, “P de Poesia”, do Tri-go Limpo Teatro ACERT sobe ao palco, pela primei-ra vez, às 10h00 e 14h30. A peça vai questionar, entre

outras coisas, o que é a poe-sia. No dia 7, quarta-feira, A ACERT vai apagar 35 velas num jantar convívio com os seus associados. Na quinta-feira passa o documentário

“Judas 2011”, pelas 17h30. É uma estreia que resulta da cobertura do processo de trabalho de montagem e apresentação do espectá-culo “Ao Quixote, não há quem o derrote” — queima e rebentamento do Judas 2011. A entrada é livre.

O FINTA vai decorrer até ao dia 17 de Dezembro.

Tiago Virgílio Pereira

ACERT aposta noFINTA para “fintar” a crise 17º Festival Internacional de Teatro∑ Teatro, música e animação até dia 17

VILA NOVA DE PAIVA∑ Auditório Municipal Carlos ParedesAté dia 30 de Janeiro

Exposição “Aquilino

Ribeiro nas Terras do

Demo”.

∑ Até dia 15 de Dezem-

bro

Exposição “Olha a po-

breza com olhos de ver”.

VISEU∑Núcleo Museológico “Casa de Lavoura e Oficina do Linho”, em Várzea de CaldeAté dia 30 de Dezembro

Exposição temporária

“Raízes”, de José Manuel

Dias Xavier.

∑ IPJAté dia 15 de Dezembro

Exposição “Um coração

para África”.

SANTA COMBA DÃO

∑Biblioteca MunicipalAté dia 6 de Janeiro

Exposição temática “O

Mundo do Coleccio-

nismo”.

MANGUALDE∑Biblioteca MunicipalAté dia 9 de Janeiro

Exposição “O Presé-

pio, por Portugal e pelo

Mundo”.

VISEUFORUM VISEUSessões diárias às 11h00 (5ª e Dom.), 14h10, 16h30Arthur Christmas(M6) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 16h40, 19h20, 21h50, 00h00*Alta Golpada(M12) (Digital)

Sessões diárias às 11h10* (5ª e Dom.), 13h15, 15h50 As Aventuras de Tintin - O Segredo do Licorne(M6) (2D VP)

Sessões diárias às 18h25, 21h00, 23h40* As Aventuras de Tintin - O Segredo do Licorne(M6) (2D VO)

Sessões diárias às 18h50, 21h10, 23h35*O Regresso de Johnny English (M6) (Digital)Sessões diárias às 15h00, 17h50, 21h10, 00h10*A Pele Onde Eu Vivo(M16Q) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h20, 19h00, 21h40, 00h20*

Twilight: Amanhecer Parte 1(M12) (Digital)

Sessões diárias às 11h20* (5ª e Dom.), 14h30, 16h50, 19h10, 21h30, 23h50*O Gato das Botas(M12) (Digital)

PALÁCIO DO GELOSessões diárias às 11h00 (5ª e Dom.), 14h10, 16h30, 18h50, 21h10, 23h30*O Gato das Botas(M12) (Digital 3D) (VP)

Sessões diárias às 14h00, 17h00, 21h20, 00h05 *Twilight: Amanhecer Parte 1(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 16h20, 19h00, 21h30, 23h50*O Regresso de Johnny English (M6) (Digital)

Sessões diárias às 21h50, 00h00*Sem Tempo(M12) (Digital)

Sessões diárias às 11h10 (5ª e Dom.), 14h20, 16h45, 19h10Arthur Christmas(M6) (Digital) (VP)Sessões diárias às 14h40, 17h20, 22h00, 00h30*

Imortais(M16) (Digital)Sessões diárias às 13h30, 16h10, 18h40, 21h40, 00h20*A Dívida(M16) (Digital)

Legenda: * Sexta, Sábado e Quarta-feira

A O espectáculo “CabRaret”, viagens loucas pelo mundo do Jazz, amanhã, pelas 23h30

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culturas O Cine Clube de Viseu continua a promoção do cinema português. Assim, no dia 6 de Dezembro exibe o filme “48”, no IPJ, pelas 21h30. “48” procura mostrar os mecanismos através dos quais um sistema autoritário se tentou auto-perpetuar durante 48 anos.

D “48” no IPJ

Entrevista

Após oito anos com os Fingertips, Zé Manel deci-de iniciar uma nova etapa com o projecto Darko. Aos 23 anos, o vocalista e com-positor lança “Borderline Personality Disorder”. Re-centemente, apresentou o novo álbum na Fnac Viseu e o Jornal do Centro foi conhe-cer o projecto e os desejos para o futuro, de uma das vozes mais promissoras da música portuguesa, que já leva 10 anos de carreira.

O que é este projectoDarko?É a fase seguinte depois

de oito anos de trabalho. É a descoberta da minha área de eleição que para além de ser a minha profissão é a minha paixão e isso exige uma grande aprendizagem. É uma realização pessoal, numa altura em que senti que era preciso exigir mais de mim, enquanto músico e criador e fazer algo com que me identificasse para as pessoas.

Que género de música?É um álbum com can-

ções para as pessoas, com músicas que podem fazer parte da vida delas. É um disco que eu gostaria de comprar. Fi-lo sem inter-ferência de editoras ou rá-dios, sem qualquer restri-ção o que faz com que, aci-ma de tudo, seja um disco muito honesto.

Como tem sido a reacção do público?Tem corrido muito bem.

Acredito que quem era fã de Fingertips continua a gostar da minha música. Contudo, sinto que atraí outro público, mais velho, que agora se identifica mais com o meu projecto.

Como correu a apresentação do álbum “Borderline Perso-nality Disorder”, na Fnac Viseu?Lançamos o álbum há

cerca de 4 meses por isso, este é um trabalho que tem que ser feito e mantido dia-riamente. Darko é um pro-jecto a longo prazo e em Viseu correu muito bem.

Reencontrei amigos e pro-fessores o que me deixou bastante contente, é sinal que os marquei de alguma forma e que eles continu-am a acompanhar o meu trabalho.

O álbum tem uma faixa em português, é para continuar?Para mim a premissa bá-

sica para fazer música é fa-zer de forma espontânea. Não foi uma decisão pen-sada não cantar em portu-guês ou cantar em inglês, surgiu, por isso não ponho de parte cantar em portu-guês em outros discos. Não me vou é obrigar a nada.

O single “Define Joy” retrata o espírito do álbum?Não, de todo. Este tema

tem uma vida e um ambien-te muito próprio. Não é pa-recido com nenhum outro tema do álbum. Foi esco-lhido como single porque faz um grande corte com o passado, nota-se uma gran-de diferença do que fiz para trás. Mostra o que é a felici-dade e nós achamos que a felicidade é uma coisa que se agarra e se conquista. E a nossa cabeça está em cons-tante mudança e é disso que fala o tema. As treze faixas do álbum são todas muito diferentes. Era um dos nos-so objectivos.

Nasceu em Lisboa mas pas-sas muito tempo no distrito de Viseu. És bem recebido?Costuma dizer-se: em

casa de ferreiro, espeto de pau. É normal que no resto

do país as pessoas tenham outra curiosidade e interesse em mim e no meu trabalho, porque não me conhecem, conhecem apenas o artista que querem ver e há algum mistério. Aqui é normal que não haja esse impacto, as pessoas viram-me crescer, passear na rua. Estudei cá e fiz a minha vida normal. Apesar de não poder agra-dar a gregos e a troianos, guardo em Viseu bons ami-gos e boas memórias.

O que falhou nos Fingertips?Falhou no que pode fa-

lhar num casamento ou numa sociedade. As pesso-as começam a ter objecti-vos diferentes, começam a não lutar por um objecti-vo comum e deixam de ser produtivas. Eu senti que estava a estagnar e não me sentia identificado com a equipa e os propósitos do projecto e achei que estava na altura de assumir o ris-co e agarrar no leme de um navio e seguir para onde quisesse.

Há alguma mágoa?Não. O percurso foi ma-

ravilhoso e orgulho-me imenso dele. Não mudaria nada porque aprendi imen-so e se não fosse isso não es-taria onde estou hoje, mas agora não tornaria a voltar.

Tem acompanhado os Fin-gertips? Sinceramente não. Estou

empenhado no meu projec-to e isso não me dá tempo para acompanhar outras

bandas. Oiço aquelas que gosto quando tenho tempo livre e é só.

Os cortes na cultura, que co-mentário lhe merecem?Vejo-os como um entra-

ve ao artista e para toda a gente. É normal que as pes-soas que não têm dinhei-ro para comer não possam assistir a concertos ou ir ao cinema. Acho isso razoá-vel. Mas o dinheiro tam-bém nos faz falta porque não é com a minha voz que vou ao supermercado com-prar comida é com dinhei-ro. Isto exige de nós maior capacidade de adaptação, mas benéfico não é. Mas peço às pessoas para pen-sarem como seria a nossa vida sem cultura. A cultura faz com que as pessoas se distraiam e ao outro dia es-tejam mais bem-dispostas.

Há bons “novos” artistas em Viseu?Acho que bons artistas

há em todo o lado. Mas um artista constrói-se com ta-lento, empenho, sorte, con-tactos, dinheiro e uma série de outras coisas. Por exem-plo a Sandra Pereira, acho que tem uma voz fantástica dei-lhe todo o apoio quando estava no programa e agora continuamos a manter con-tacto. Dou-lhe alguns con-selhos porque o programa foi bom para dar visibilida-de, mas não garante uma carreira a ninguém!

Tiago Virgílio Pereira

“A minha profissãoé a minha paixão”

O TEMPO E O MODOJoão Luís Oliva

Fronteira política e práticas culturaisÉ bem feito que esta cró-

nica seja publicada a 2 de Dezembro! Precisamente no dia a seguir à ritualiza-ção calendária da restaura-ção da independência, “em que valentes guerreiros nos � dé-é-ram livre a nação”.

Isto porque se vai hoje andar à volta dos mitos pa-trióticos e da sua relação com a actividade cultural; ou de como a universalida-de de saberes, ideias e artes não pode ser enclausura-da na circunstância políti-ca definida pelo Estado. É certo que há um sentir local, uma pátria de sensibilida-des (não confundir com o dito Estado); mas, mesmo sem detenção no debate cultura-fronteira-território, pode dizer-se que ideias e práticas culturais são o re-sultado do encontro e de-bate, do confronto e misci-genação dessas sensibilida-des. Nunca da sua pertença estrita.

Por outras palavras, se podemos falar de “cultura em Portugal”, é muito dis-cutível que se possa falar de

“cultura portuguesa”; até porque uniformizar o que é diverso apenas visa a po-bre e seca afirmação e dis-tinção do nós perante o eles. Recorde-se, a propósito, um seminário ministrado na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, especialmente destinado a estudantes estrangeiros, precisamente subordinado ao tema (e ao título) “cultu-ra portuguesa”:

O professor, na década de 1990, durante a primei-ra sessão - e consideran-do a música como amos-tra exemplar -, dava a ouvir, logo no início e sem mais palavras, a Paixão Segun-do São João, um tema de J. S. Bach, expressão quase má-xima da erudição artística europeia, numa magnífica orquestração do músico ga-bonês Pierre Akendengué, em que uma orquestra sin-fónica e um coro alemães se cruzam com ritmos, har-monias, percussões e vozes africanas.

Depois, restringindo a geografia de referência, mas ampliando o “territó-rio” de aplicação, e conti-nuando sem falar, passava uma interpretação quase pentatónica da “portugue-sa” música São João (ain-da ele…), interpretada pela cantora Maria João (agora ela), acompanhada ao pia-no pela japonesa Aki Taka-se; a seguir, ainda silencioso, mostrava José Afonso - re-novador do gosto pela mú-

sica tradicional deste can-to ibérico -, em Galinhas do Mato, onde Moçambi-que rebenta como as ondas das praias de Inhambane; e terminava com Quatro Elementos, de Júlio Perei-ra - que ressuscitou cordas minhotas esquecidas -, em que a contemporaneida-de “jazzista” de uma bra-guesa, um saxofone, um contrabaixo e uma voz qua-se podia acompanhar uma desfolhada na Polinésia (se lá houvesse milho…) .

E, então, finalmente, o professor falava: “Como vêem, o nome deste semi-nário é uma verdadeira ar-madilha…”. E armadilhado estará sempre o discurso que qualificar com adjec-tivos políticos (o Estado é corpo organizado do po-der) substantivos univer-sais (a cultura é alma cria-tiva da humanidade).

Está a esquecer-se a di-mensão regional do sema-nário em que se escreve? Nada disso… É que tudo o que se disse é pretexto para referenciar a proximidade ou presença neste beirão planalto de bailarinos como o transilvano Romulus Ne-agu (cidadão romeno) ou o escandinavo Peter Michael Dietz (dinamarquês de re-gisto); dos galegos Fran Pe-rez, músico, e Carlos San-tiago, dramaturgo (que têm bilhete de identidade espa-nhol); do visualista bretão Yan Thual (com passapor-te francês); da figurinista e cenógrafa londrina Helen Ainsworth e do encenador e actor norte-britânico Gra-eme Pulleyn (que nasceram numa geografia que, ao tempo, se chama politica-mente Reino Unido); e, até há pouco, do actor nordes-tino José Rosa (com papéis de um Brasil que já foi coló-nia, império, república… e outras coisas). É assim que, com reciprocidade, se con-tribui para o enriquecimen-to das manifestações cul-turais nesta região (podia ser noutras); com projec-tos próprios ou em torno da Companhia Paulo Ribeiro e do Cineclube, em Viseu, da ACERT, em Tondela, do Teatro do Montemuro, em Campo Benfeito, que tam-bém mantém uma antiga e frutuosa parceria - nem pública, nem privada, mas criativa - com a flamenga Laika (uma companhia de teatro que deve estar ins-crita numa qualquer con-servatória da Bélgica).

Bem-haja nós! Porque, aqui, nós somos mesmo to-dos.

Jornal do Centro02 | Dezembro | 2011

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culturas

Tem reclamado obras de requalificação para o Museu de Lamego. Como e quando começou esse pedido?Há cerca de 10 anos a esta

parte foi decidido ao nível da tutela, que deveríamos desenvolver todas as dili-gências para avançar com um projecto de requalifica-ção e ampliação do museu. Eu e toda a equipa, em con-junto com os institutos e a tutela assim fizemos. Fo-ram criadas as condições para elaborar um progra-ma museológico de requa-lificação, depois construiu-se um caderno de encargos, a seguir houve uma candi-datura pública internacio-nal para a obra se desenvol-ver a nível da arquitectura. Depois de muitos anos a la-borar no projecto de arqui-tectura, chegou-se à fase fi-nal que aconteceu este ano. Foi bastante tempo, mas muito produtivo para nós. Aprendemos com os erros que haviam acontecido noutros projectos similares e adaptámos para melhor. Temos um projecto bom e de alta qualidade.

E agora?Neste momento temos

todo o processo concluído.

Vamos focalizar o nosso es-forço para que a nossa obra se realize. Temos todos os pareceres concluídos, só falta agarrar no projecto e abrir concurso de obra. Mas, no momento em que tínhamos tudo preparado caiu-nos esta crise em cima. O investimento para o Mu-seu de Lamego ronda os 8 milhões de euros. É uma exigência de investimen-to substantiva, têm de se encontrar soluções. Penso que poderemos candidatá-lo aos fundos do Quadro de Referência Estratégico Na-cional (QREN) com uma comparticipação de cerca de 80 por cento e 20 por cento de contrapartida na-cional. Ou até 90/10.

A tutela tem feito algum esforço nesse sentido?Que eu saiba não.

Quais os riscos se as obras não avançarem?Ao longo destes anos to-

dos enquanto estávamos a preparar o grande projec-to de remodelação/requa-lificação do museu, a tute-la foi adiando as pequenas obras. Tivemos problemas no telhado, nas caixilharias, faltava pintar as paredes e

não o fizemos. Não quería-mos gastar aos poucos, es-távamos à espera da gran-de obra. Seguimos critérios de gestão que eu considero adequados e poupamos di-nheiro nesses pequenos re-toques. Estávamos na ex-pectativa. Mas são mesmo necessárias obras e com a maior urgência possível uma vez que o próprio edi-fício, acusando o peso da idade, o desgaste da função e a sua desadaptação fun-cional às grandes necessi-dades para cumprir as suas missões, já não dá resposta: reservas adequadas, gabi-netes para os nossos cola-boradores, uma exposição cronologicamente adequa-da a intervenções de natu-reza pedagógica. É funda-mental dar conforto aos nossos visitantes, com sí-tios de paragem, sinaléticas adequadas e dar condições de segurança preventiva e ambiental às próprias obras de arte, que precisam de ter controlo técnico e científi-co mais adequado.

Neste momento não há con-dições económicas para fa-zer face a estas questões?Não. O nosso orçamento

é reduzido apenas à despe-

sa mínima corrente e até de sustentabilidade do nos-so pessoal. Estou conven-cido que, se não avançar-mos rapidamente com as obras de requalificação, te-remos mesmo de fazer pe-quenas obras de reparação para 2012.

O que falta mesmo?Falta tudo. O museu se

não fizer as grandes obras fica totalmente desactua-lizado. Isto significa que não tem a qualificação ne-cessária, no ponto de vis-ta do seu serviço cultu-ral, para um público cada vez mais exigente que nos chega através de um Dou-ro Património da Huma-nidade. Público nacional e internacional.

Quando terminarem as obras, o que irão permitir fazer no museu?Reorganizar a colec-

ção, uma parte não muito significativa do que está em reserva é para passar a exposição permanente. A ampliação do museu é prioritária. Vai haver um novo corpo que será ins-talado na Cerca do museu que tem a parte das reser-vas, subterrâneo e com to-

das as condições para al-bergar o acervo em reser-va e que depois terá um auditório. Já temos um es-paço destes dentro do mu-seu e queremos um que saia e tenha a vantagem funcional de poder ser usado separadamente do museu. Este corpo novo que vai nascer liberta-nos espaço, porque nos tira a zona das reservas e a zona do auditório de dentro do edifício para fora, o que faz com que a nossa área ex-positiva aumente com a re-organização de toda a co-lecção. Acho que as peças não devem estar a monte, cada uma deve ter o seu espaço para respirar, para ter visibilidade e ser fruí-do sem entrar em conflito com outras peças. É preci-so resolver o problema das infiltrações e as cobertu-ras. Não nos podemos es-quecer que estamos a falar de um edifício do século XVIII. Há problemas nas nossas caixilharias, dre-nagens, calafetagens, as condições térmicas nas salas para proporcionar todos os meios para uma boa exposição: controlo de temperatura, humidades relativas, UV que são três

elementos fulcrais para a preservação das espécies e que agora nos exige um esforço muito grande mas, nós queremos cumprir as regras. As zonas de labo-ratório também precisam de reforma.

Quantos funcionários labo-ram?17 funcionários que ocu-

pam várias funções. Há um núcleo que trabalha mais com a parte museológica (técnicos superiores e pro-fissionais). Ao nível admi-nistrativo temos 2 técnicos, especialistas em conser-vação e restauro e vigilan-tes que assumem outras funções, nomeadamente no tratamento e da recu-peração com formação es-pecífica para esse efeito. Há vigilantes muito qua-lificados que fazem bem mais do que acompanhar as nossas visitas.

Há postos de trabalho em risco?Para já não.

Quais as peças mais impor-tantes do espólio?O museu de Lamego

tem uma qualidade extra-ordinária que é o ecletis-

À descoberta do Museu de Lamego, guiados por Agostinho Ribeiro

Agostinho Ribeiro, 54 anos, natural de Tarouca. Viveu no Limpopo, em Moçambique, durante 12 anos. Período que considera importante para a sua vida. Professor primário, como faz questão de reiterar afastando outras designações, pelo Magistério de Lamego. Licenciado em História pela Universidade de Coimbra. Pós-graduado em Museologia Social pela Universidade Lusófona. Mestre em Museologia e Património Cultural pela Universida-de de Coimbra, com dissertação de tese subordinada ao tema “Um Museu Para a Região do Douro – Fundamentos e Proposta de Organização”. Foi director interino do Museu Grão Vasco, em 2008/2009. É director do Museu de Lamego desde 1992, pese embora aí trabalhar desde 1977.

Jornal do Centro02 | Dezembro | 2011

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culturas

mo da sua colecção. É um espólio diversificado com várias colecções que são referenciais. Chamaria a atenção para a pintura, ta-peçarias, ourivesaria, con-junto de capelas e altares provenientes do Conven-to das Chagas, para a nos-sa secção de arqueologia e para aquilo que não se nota muito, mas é a nos-sa colecção de mobiliá-rio, que está espalhada por todo o museu, em ter-mos expositivos. Tirando as colecções referenciais que marcam o museu re-sultantes das duas grandes colecções do século XVI, entre o pré-Renascimen-to e o Renascimento Por-tuguês. As obras referen-ciais de Grão Vasco: “As cinco Tábuas do Retábulo da Sé de Lamego” e as ta-peçarias flamengas. São dois conjuntos notabilís-simos, que são a imagem de marca do museu a ní-vel nacional e internacio-nal. Em Lamego estão as primeiras obras de Grão Vasco referenciadas como o de Vasco Fernandes. A obra do retábulo da Sé de Viseu apareceu antes da obra de retábulo da Sé de Lamego contudo, a pri-

meira é mais um trabalho de oficina com a influên-cia dos estrangeiros que ali trabalhavam do que a obra de Vasco Fernan-des. A de Lamego é maisgenuína e há documenta-ção que o comprova. Na última exposição que hou-ve, “Os primitivos”, no Museu Nacional de Arte Antiga, tivemos a oportu-nidade de ver de um lado as obras do retábulo da Sé de Viseu e do outro as obras do retábulo da Sé de Lamego. Fizemos a com-paração e todos os inves-tigadores disseram que quem pintou umas obras não pintou as outras.

Qual a relação do museu com a cidade?O museu tem vindo a

crescer em todos os pon-tos de vista que queira-mos equacionar. E isso só é possível através do bom relacionamento com a comunidade envolvente, neste caso urbana. Até ao momento visitaram-nos 20 mil pessoas. Mas, em 2010, visitaram-nos 25 mil pessoas. 2010 foi o melhor ano de sempre do Museu de Lamego. Teve mais vi-sitantes, mais actividades

educativas, mais eventos realizados, mais receitas, ofertas na pluralidade de eventos e realizações. Isto só é possível através da interacção da comunida-de, sobretudo as escolas.

Lamego está a ganhar a Viseu em termos culturais?Acho que Lamego está a

ganhar. Mas não a Viseu. Quando estive no Mu-

seu Grão Vasco apercebi-me que havia muita efer-vescência em relação a de-terminados eventos. Não sei se abrandou ou se man-tém o mesmo ritmo. Tí-nhamos muito boas rela-ções com muitas institui-ções. Não sei se está igual, mas partindo do princí-pio que sim, posso dizer que em Lamego faz-se isso. Mal ou bem, todas as enti-dades têm insistido na va-lorização do Douro. Falta-nos acção, estamos longe de atingir os nossos ob-jectivos, falta-nos organi-zação para nos constituir-mos numa região de pres-são. Cabe ao Estado ser a grande matriz da solida-riedade e equilíbrio nestas políticas de investimento. É preciso puxar o territó-rio para cima. Valorizar o

que temos de melhor é o caminho. As cidades são pólos fundamentais que catapultam depois os ter-ritórios que lhe estão as-sociados.

Qual o estado actual da cul-tura e dos museus?Os problemas financei-

ros dos museus não são de agora com a crise, são de sempre. O Ministério da Cultura era o paren-te pobre dos Governos e dentro da cultura os mu-seus eram o parente pobre. Os museus sempre foram aqueles com menos meios para cumprir as suas mis-sões: salvaguardar, preser-var, conservar e divulgar e apresentar os seus con-teúdos de informação glo-bal para todos os cidadãos. Agora com a secretaria de estado, do ponto de vista do simbolismo, há uma su-balternização. Do ponto de vista prático podemos beneficiar, eu estou con-fiante que sim. Mas se me perguntarem se prefiro uma secretaria de estado com mais recursos ou um ministério com menos re-cursos, a minha resposta é evidente e recai para a secretaria de estado.

Jornal do Centro02 | Dezembro | 2011

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em focoJornal do Centro

02 | Dezembro | 201140

Estrutura Financiada por Financiamento

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O doce e o picante misturaram-se no Ice Club“Sweet and Spicy” foi a fes-

ta que animou os viseenses, no passado sábado, no Ice Club, em Viseu. O objectivo passava por conjugar a ousadia, irreverência e glamour. O objectivo foi cum-prido. Muita música e animação, numa festa que durou até de ma-nhã.

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saúde

RASTREIO GRATUITO NO CONCELHO DE VOUZELA

A empresa Acústica Médica promove um rastreio auditivo gra-tuito em unidade mó-vel, no próximo dia 9 (Sexta-Feira), no con-celho de Vouzela.

No centro da povoa-ção de Moçâmedes, o exame pode ser efectu-ado das 09h30 às 12h30, e no centro da povoa-ção de Negrelos, das 14h30 às 18h00.

ALUNOS APRENDEM REGRAS DA ALIMENTAÇÃO

A Escola Profiacade-mus em parceria com o Centro de Saúde de San-ta Comba Dão iniciou no dia 25 de Novembro um ciclo de acções de sensibilização sobre te-mas considerados per-tinentes para os alunos dos cursos profissio-nais, nomeadamente, a alimentação, distúrbio alimentares, drogas e outras substâncias ilí-citas, assim como a vio-lência em ambiente es-colar.

Na primeira acção fa-lou-se de alimentação. Um grupo de enfermei-ros do centro de saúdo abordou a quantidade alimentar, a necessida-de de um equilíbrio de-nutrientes/alimentos e a frequência alimentar.

Vila Nova de Paiva ∑ Centro de saúde tem três médicos para seis mil doentes

Utentes voltam a exigir mais médicos

Os utentes do Centro de Saúde de Vila Nova de Paiva voltam a exi-gir a colocação de mais médicos. À hora do fe-cho do Jornal do Centro (terça-feira) anuncia-vam uma concentração junto àquela unidade de saúde.

“Em Setembro entre-gámos um abaixo-assi-nado com duas mil as-sinaturas a pedir mais médicos e reunimo-nos com a directora do Agrupamento de Cen-tros de Saúde [ACES], mas, até hoje, nada mu-dou”, lamentou à agên-cia Lusa António Ma-cá r io , do núcleo de

Vila Nova de Paiva da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Saúde do Distrito de Viseu.

O centro de saúde tem actualmente três médicos para mais de seis mil inscritos. “Há mais de um ano houve um médico que saiu e não foi tomada qual-quer medida. Segun-do o que dizem alguns utentes, as consultas já têm seis semanas de es-pera”, contou António Macário.

De acordo com o re-presentante , em Se-tembro, a directora do ACES Dão-Lafões II ,

Mercedes Figueiredo, “não deixou qualquer garantia, disse apenas que há concurso, mas não há médicos” que queiram ficar em Vila Nova de Paiva.

A n tó n i o M a c á r i o considerou que “a co-locação de pelo menos um médico” já ajuda-ria a melhorar o servi-ço prestado no centro de saúde de Vila Nova de Paiva.

A agência Lusa ten-tou contactar Mercedes Figueiredo, mas foi in-formada de que esta se encontra de férias.

Emília Amaral/Agência LusaA Comissão de utentes diz que as consultas já têm seis semanas de espera

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Page 42: Jornal do Centro - Ed507

SAÚDE

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Recolhas∑ Voluntários aderem às acções de Mangualde e Tondela

Viseu mobiliza-se para ajudar GustavoNão pára de aumen-

tar o número de candi-datos a dadores de me-dula óssea na tentati-va de ajudar Gustavo, o f ilho do futebolista Carlos Martins, e ou-tras crianças que pa-deçam de aplasia me-dular ou de leucemia.

No últ imo f im-de-semana foi a vez de Mangualde se juntar à longa lista de mais de 13 mil dadores. Ao quartel dos Bombeiros Volun-tários de Mangualde deslocaram-se 320 pes-soas para deixar a re-

colha de sangue para análise. Os participan-tes deslocaram-se de várias zonas do distri-to de Viseu.

T o n d e l a . E m Tondel a , depoi s do repto l a nç ado p e l a Casa do B en f ica do concelho juntamen-te com outras asso -ciações e clubes para con se g u i r o nú me -ro de inscrições sufi-cientes para organizar uma acção de recolha, a mesma foi consegui-da e vai decorrer dia

6, entre as 14h00 e as 18h00, no quartel dos Bombeiros Voluntá-rios de Tondela.

“Precisávamos de ter pelo menos 30 pesso-as inscritas para que a unidade móvel [do Centro Naciona l de C é l u l a s d e M e d u l a Óssea] se deslocasse a Tondela, felizmente já ultrapassámos as 50 inscrições”, confirma a Casa do Benfica em comunicado.

Emília [email protected] A Quartel dos bombeiros de Mangualde recebeu 320 dadores

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Page 43: Jornal do Centro - Ed507

SAÚDE

Anestesiologia/Consulta da DorCirurgia da Cabeça e PescoçoCirurgia PlásticaDermatologiaEnfermagem (clínica e domicílio)Implantologia e Ortodontia

Unidade de SaúdeMeia Laranjap g

Medicina DentáriaMedicina Geral (clínica e domicílio, consultas em inglês e alemão, tradução de doc. clínicos para português)NeurologiaNutrição ClínicaOrtopedia, Cirurgia das Mãos e Nervos Periféricos O i l i l i

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Números∑ A doença afecta mais de 250 mil portugueses

Associação de Psoríase alerta cabeleireiros

A Assocação Portu-guesa de Psoríase aler-ta os cabeleireiros para os principais cuidados a ter perantes casos de psoríase do couro ca-beludo, uma das formas mais predominantes da doença.

“Os doentes de psoría-se que apresentam placas na zona do couro cabe-ludo devem tratar o ca-belo com cuidado e evi-tar coçarem-se para não aumentar a irritação”, aconselha Vítor Baião, presidente da direcção da PSOPortugal.

É importante lavar e secar o cabelo sempre com suavidade. Para aju-dar o couro cabeludo a recuperar o seu equilí-

brio natural, pode usar-se um champô normal ocasionalmente, alte-rando com um champô medicinal recomendado pelo médico.

“Perante um cená-rio de psoríase do cou-ro cabeludo, os cabelei-reiros devem ter cuida-do para não escovar o cabelo com demasiada força, pois pode agravar a inflamação e desace-lerar o processo de ci-catrização”, alerta Pau-lo Ferreira, dermatolo-gista.

A psoríase do couro cabeludo caracteriza-se pelo aparecimento de placas espessas que se estendem até à testa, à volta, e dentro das ore-

lhas. As áreas do cou-ro cabeludo mais afec-tadas pelas placas são as orelhas (lóbulos das orelhas), a base do pes-coço (nuca), a testa e a linha do cabelo, na par-te em que se separa o cabelo.

Em relação ao tipo de corte de cabelo, é prefe-rível evitar os cortes que colocam muita tensão no cabelo e obrigam a uma escovagem no sentido contrário. Os acessórios de cabelo (ganchos, fi-tas) não são recomenda-dos. O couro cabeludo e as orelhas devem per-manecer expostos ao ar e à luz.

A psoríase é uma do-ença auto-imune que se

manifesta no maior ór-gão – a pele, não sendo contagiosa, é crónica e pode surgir em qual-quer idade. O seu aspec-to, extensão, evolução e gravidade são variáveis, caracterizando-se pelo aparecimento de lesões vermelhas, espessas e descamativas, que afec-tam sobretudo os coto-velos, joelhos, região lombar, couro cabeludo e unhas.

Cerca de 10 por cento dos doentes acabam por desenvolver artrite pso-riática.

Em Portugal esta do-ença afecta mais de 250 mil pessoas e cerca de 125 milhões em todo o mundo.

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ADVOGADOSVISEUANTÓNIO PEREIRA DO AIDOMorada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500-135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560

CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029Fax 966 860 580

MARIA DE FÁTIMA ALMEIDAMorada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648

JOÃO PAULO SOUSAMorada Lg. General Humberto Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666

ADELAIDE MODESTOMorada Av. Dr. António José de Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510-047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295

JOÃO MARTINSMorada Rua D. António Alves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498

ANA PAULA MADEIRAMorada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email [email protected]

MANUEL PACHECOMorada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344

PAULO DE ALMEIDA LOPESMorada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500-401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email [email protected]

ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDESMorada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email [email protected] e [email protected]

JOÃO NETO SANTOSMorada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500-134 Viseu Telefone 232 426 753

FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS

– RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITOMorada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email [email protected]

CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – AD VO GADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS INSTA L AÇÕES], 3510 - 043 V iseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454

BRUNO DE SOUSAEsc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333Esc. 2 Morada Edif ício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria Nº14

2430-300 Marinha Grande Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas preferenciais Crime | Fiscal | Empresas

MANGUALDEJOSÉ ALMEIDA GONÇALVESMorada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email [email protected]

NELASJOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email [email protected]

RESTAURANTES

VISEURESTAURANTE O MARTELOEspecialidades Cabrito na Gre-lha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Mora-da Rua da Liberdade, nº 35, Falor-ca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau.

RESTAURANTE BEIRÃOEspecialidades Bife à Padeiro, Pos-ta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refei-ção 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Tele-fone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970.

RESTAURANTE TIA IVAEspecialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domin-go. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições econó-micas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros.

RESTAURANTE O VISOEspecialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Car-vão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitam-se reservas para grupos.

CORTIÇOEspecialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Mantei-ga, Arroz de Carqueja, Cabrito As-sado à Pastor, Rojões c/ Morcela como fazem nas Aldeias, Feijocas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observações Aceitam-se reservas; Take-way.

RESTAURANTE CLUBE CAÇADORESEspecialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.

RESTAURANTE O CAMBALROEspecialidades Camarão, France-sinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ra-malhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500-825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros.

TORRE DI PIZZAEspecialidades Pizzas, Massas, Carnes Grelhadas. Folga Não tem. Morada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefone 232 429 181 – 965 446 688. Observações Tem também take-away.

SOLAR DO VERDE GAIOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Mariscos, Peixe Fresco. Fol-ga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardover-degaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail [email protected] Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco.

RESTAURANTE SANTA LUZIAEspecialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Casta-nhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Tele-fone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”.

PIAZZA DI ROMAEspecialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço.

RESTAURANTE A BUDÊGAEspecialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Bra-sa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Ob-servações Vinhos da Região e ou-tros; Aberto até às 02.00 horas.

EÇA DE QUEIRÓSEspecialidades Francesinhas, Bi-fes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cida-dão). Telefone 232 185 851. Ob-servações Take-away.

COMPANHIA DA CERVEJAEspecialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos e outras. Preço médio refeição 12 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Tele-fone 232 184 637 - 918 680 845. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), exclusividade de cerveja em Viseu, fácil estaciona-mento, acesso gratuito à internet.

RESTAURANTE PORTAS DO SOLEspecialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Car-ne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Do-mingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira - Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia.

RESTAURANTE SAGA DOS SABORESEspecialidades Cozinha Tradicio-nal, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Ob-servações Serviço Take-Away.

O CANTINHO DO TITOEspecialidades Cozinha Regio-nal. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515-174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771.

RESTAURANTE AVENIDAEspecialidades Cozinha Porgugue-sa e Grelhados. Folga Não tem. Morada Avenida Alberto Sampaio, nº9 - 3510-028. Telefone 232 468 448. Observações Restaurante, Casamentos, Baptizados.

GREENS RESTAURANTEEspecialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greens-restaurante.com

RESTAURANTE ROSSIO PARQUEEspecialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Ba-calhau à Casa, Massa c/ Baca-lhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500-211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económi-cas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros.

RESTAURANTE CASA AROUQUESAEspecialidades Bife Arouquês à Casa e Vitela Assada no Forno. Folga Domingo. Morada Urbanização Bela Vista, Lote 0, Repeses, Viseu. Telefo-ne 232 416 174. Observações Tem a 3ª melhor carta de vinhos absoluta do país (Prémio atribuído a 31-10-2011 pela revista Vinhos)

MAIONESEEspecialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959.

FORNO DA MIMIEspecialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamen-tos, Baptizados, Banquetes; Res-taurante Certificado.

QUINTA DA MAGARENHAEspecialidades Lombinho Pesca-da c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segun-da-feira. Preço médio por refei-ção 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Tele-fone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos.

CHURRASQUEIRA RESTAURANTE STº ANTÓNIOEspecialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Maris-co, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Tele-fone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banque-tes, Festas.

RODÍZIO REALEspecialidades Rodízio à Brasilei-ra. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefo-ne 232 422 232. Observações Ca-samentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado.

RESTAURANTE O POVIDALEspecialidades Arroz de Pato, Gre-lhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.

CHEF CHINAEspecialidades comida chinesa. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Obser-vações www.chefchinarestauran-te.com

RESTAURANTE CACIMBOEspecialidades Frango de Chur-rasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 10 euros. Morada Rua Ale-xandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observa-ções Serviço Take-Away.

RESTAURANTE PINHEIRÃOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Sugestão do dia (Almoço): 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados.

SANTA GRELHAEspecialidades Grelhados. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Telefone 232 415 154. Observações www.san-tagrelha.com

A DIFERENÇA DE SABORESEspecialidades Frango de Chur-rasco com temperos especialida-des, grelhados a carvão, polvo e bacalhau à lagareiro aos domin-gos, pizzas e muito mais.... Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 6 euros. Telefone 232 478 130 Observações Entraga ao do-micilio.

PENALVA DO CASTELOO TELHEIROEspecialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 10 euros. Mora-da Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

TONDELARESTAURANTE BAR O PASSADIÇOEspecialidades Cozinha Tradi-cional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira , 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

SÃO PEDRO DO SULRESTAURANTE O CAMPONÊSEspecialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vite-la à Manhouce (Domingos e Feria-dos), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miú-dos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por re-feição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Tele-fone 232 711 106 – 964 135 709.

OLIVEIRA DE FRADESOS LAFONENSES – CHURRASQUEIRAEspecialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Folga Sábado (excepto Verão). Preço médio por refeição 10 euros. Mo-rada Rua D. Maria II, nº 2, 3680-132 Oliveira de Frades. Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Ob-servações Leitão por encomenda.

NELASRESTAURANTE QUINTA DO CASTELOEspecialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Ca-brito à Padeiro, Entrecosto Vi-nha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ gru-pos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Mora-da Quinta do Castelo, Zona In-dustrial de Nelas, 3520-095 Ne-las. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

VOUZELARESTAURANTE O REGALINHOEspecialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefo-ne 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros.

TABERNA DO LAVRADOREspecialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecos-to com Migas, Cabrito Acompa-nhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 - 917 463 656. Observações Janta-res de Grupo.

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Jornal do Centro02 | Dezembro | 201144

Page 45: Jornal do Centro - Ed507

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Pasteleiro. Carregal do Sal - Ref. 587779960

Cabeleireiro. Pretende-se praticante de cabeleireiro com carteira e experiência profissio-nal. Tondela - Ref. 587786598

Cortador de carnes verdes. Santa Comba Dão - Ref. 587792565

Cabeleireiro. O candidato deverá ter carteira profissional de ajudante, praticante e de cabelei-reira e experiência profissional. Carregal do Sal - Ref. 587793117

Servente florestal. Santa Comba Dão - Ref. 587792750

Esteticista (visagista). Tondela - Ref. 587793359

Marceneiro com experiên-cia. Carregal do Sal - Ref. 587783204

Trabalhador florestal - pre-venção e combate de incêndios. Carregal do Sal - Ref. 587793420

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Jornal do Centro02 | Dezembro | 2011

Page 46: Jornal do Centro - Ed507

NECROLOGIACésar Augusto Barbosa Guerra Leal, 85 anos, viúvo. Natural e residente em Bonfim, Porto. O funeral realizou-se no dia 24 de Novembro, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Alva, Castro Daire.

Joaquim Pereira, 87 anos, casado. Natural de Santa Margarida, Castro Daire e residente em Veado, Reriz, Castro Daire. O fune-ral realizou-se no dia 30 de Novembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Reriz, Castro Daire.

Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda.Castro Daire Tel. 232 382 238

Ana Maria da Costa Gonçalves Nunes, 62 anos, viúva. Natural e residente em Roda, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 26 de Novembro, pelas 14.30 horas, para o cemitério de Mangualde.

Alice Gomes de Amaral, 100 anos, viúva. Natural e residente em Vila Mendo de Tavares, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 27 de Novembro, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Vila Men-do de Tavares.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

Alberto Mendes da Silva, 77 anos, casado. Natural e residente em Aguieira, Nelas. O funeral realizou-se no dia 25 de Novembro, pe-las 15.30 horas, para o cemitério de Aguieira.

Agência Funerária Nisa, Lda.Nelas Tel. 232 949 009

Euclides Antunes Ferreira, 96 anos, viúvo. Natural e residente em Lousa, Campia, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 29 de No-vembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Campia.

Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda.Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

Maria da Graça de Almeida Lima, 89 anos, viúva. Natural de Ser-razes, São Pedro do Sul e residente em Ribeira de Lourosa, Santa Cruz da Trapa. O funeral realizou-se no dia 24 de Novembro, pe-las 15.00 horas, para o cemitério de Serrazes.

José Azevedo dos Santos, 87 anos, casado. Natural e residente em Carregal, Manhouce, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 29 de Novembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Manhouce.

Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda.S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927

Florência de Jesus, 89 anos, viúva. Natural e residente em Riba-feita, Viseu. O funeral realizou-se no dia 26 de Novembro para o cemitério de Ribafeita.

Maria Silvina Cunha, 85 anos, solteira. Natural e residente em La-maçais, São Pedro de France, Viseu. O funeral realizou-se no dia 29 de Novembro para o cemitério de São Pedro de France.

Agência Horácio Carmo & Santos, Lda.Vilar do Monte, Viseu Tel. 232 911 251

Maria da Nazaré Coelho, 89 anos, solteira. Natural de Abraveses, Viseu. O funeral realizou-se no dia 27 de Novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Abraveses.

Agência Funerária AbílioViseu Tel. 232 437 542

Armando Nunes Fernandes, 80 anos, casado. Natural de San-tos Evos e residente em Sernada, Viseu. O funeral realizou-se no dia 29 de Novembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Santos Evos.

Agência Funerária D. DuarteViseu Tel. 232 421 952

João Figueiredo do Cabo, 61 anos, casado. Natural de Vil de Souto, Viseu e residente em Queirã, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 27 de Novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Queirã.

Artur da Silva Lopes, 57 anos, casado. Natural de Orgens, Viseu e residente no Luxemburgo. O funeral realizou-se no dia 30 de No-vembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Orgens.

Agência Funerária de FigueiróViseu Tel. 232 415 578

Francisco Inocêncio, 71 anos, viúvo. Natural de Mafra e residente em Travanca de Bodiosa, Viseu. O funeral realizou-se no dia 25 de Novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Henrique de Jesus, 57 anos, solteiro. Natural de Campo e residen-te em Viseu. O funeral realizou-se no dia 25 de Novembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Eleotério Gomes, 79 anos, viúvo. Natural e residente em Povolide, Viseu. O funeral realizou-se no dia 26 de Novembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Povolide.

Germano Picanso, 67 anos, viúvo. Natural de Bodiosa e residente em Queirela de Bodiosa, Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de Novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Bodiosa.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

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Jornal do Centro02 | Dezembro | 201146

Page 47: Jornal do Centro - Ed507

clubedoleitorJornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu.Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor.O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os originais. Não se devolvem os originais dos textos, nem fotos.

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> NEGÓCIOS

> DESPORTO

> CULTURAS

> SAÚDE

> RESTAURANTES

> CLASSIFICADOS

> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTOR

Pedro Costa

Semanário

03 de Dezembro de 2010

Sexta-feira

Ano 9

N.º 455

1,00 Euro

(IVA 5% incluído)

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

| página 6

SugestõesFim-de-Anoo

Info∑ História

∑ Música ao vivo

∑ Jantar de Gala

∑ Requinte

∑ Kids Club

∑ Informações

e reservas:

232 457 320

A Pousada de Viseu convida-o a passar uma noite com requinte num edifício totalmente re-modelado e cujo tra-çado original data de 1842.

Disponível para a noi-te da passagem de ano está o “Programa Fim de Ano”, com preços que vão desde os 270 euros por quarto e noite que inclui a festa com jantar de gala, música ao vivo

e animação até às 03h00 da manhã. Para quem não quiser pernoitar o preço é de 85 euros por pessoa, sendo que as crianças entre os três e os 12 anos usufruem de 50 por cento de descon-to sob o preço estipula-do e kids club.

A noite, que se exige inesquecível, tem iní-cio às 19h30 com um co-cktail de boas vindas, ao qual se segue uma pa-

nóplia de pratos que fa-zem as delícias de qual-quer um. Exemplo disso é o consommé de amêi-joas com pesto de coen-tros ou o lombinho de vitela tostado com quei-jo da serra certificado e batata-doce assada em flor de sal.

O bar é aberto e as so-bremesas são servidas em buffet. Para os mais corajosos, já de madru-gada é servida a ceia.

Noite de Gala com requintePousada de Viseu

Info∑ Duas pistas

∑ Três dj’s

∑ Música bra-

sileira ao vivo

∑ Champanhe

∑ Passas

∑ Decoração

especial

∑ Informações:

966 234 409

A contar com casa cheia o Ice Club promete uma noite de passagem de ano com muita animação e alegria.

Situada no Palácio do Gelo Shopping esta nova discoteca da cidade de Viseu faz parte do grupo Noite Biba e foi inaugura-da no Verão passado.

Sendo uma estreia para o Ice Club no que diz res-peito ao final de ano, este espaço oferece aos seus clientes duas pistas de

dança distintas, uma des-tinada ao house comercial e outra aos ritmos latinos. Nessa noite as duas pistas vão ser animadas na noi-te mais longa do ano pelos três dj’s residentes e pelo Grupo Musical FUÁ que estará a animar com mú-sica ao vivo e que apresen-ta tendências dos ritmos nordestinos, do samba, do forró, das harmonias das bossas novas com a fusão dos ritmos africanos.

Com abertura prevista

para as 23h00 o Ice Club vai estar aberto até de ma-nhã com o melhor equi-pamento que existe ao ní-vel de som, imagem e luz, aliada à melhor decoração especialmente escolhida para uma noite que ficará marcada na memória de todos os que o visitarem.

À meia-noite o Ice Club oferece o champanhe e as tradicionais passas para que possa entrar no ano de 2011 da melhor manei-ra possível.

Diversão até ser diaIce Club

sugestões

Fim-de-Ano17Jornal do Centro

03 | Dezembro | 2010

GalaAPPACDM promove

evento solidário

para criar residência

de autónomosúltima

À conversa

∑ Centro comercial a céu aberto

∑ Aquecedores na rua

∑ Animação de Natal

“Viseu não era um deserto

de ideias republicanas”

António Amaro e Jorge Adolfo escreveram Roteiro Republicano de Viseu | página 8

Nun

o Fe

rrei

ra

VouzelaJunta de Freguesia

atrai pessoas

para o comércio

de ruapágina 19

ViseuCoro Mozart

conquista

públicoestrangeiro

página 22

NeveProtecções civis

aconselhadas

a munir-se com

equipamentospágina 10

Pub

licid

ade

EDIÇÃO 455 | 03 DE DEZEMBRO DE 2010

∑ Viseu vai ter centro comercial a céu

aberto.

∑ Regularidade da queda de neve,

está a acentuar-se em algumas zonas

do distrito.

∑ Combate à pobreza e exclusão alar-

ga-se no distrito.

∑ Viseu recebe primeira feira ibérica

das renováveis.

∑ APPACDM lança gala de solidarie-

dade.

FOTOS DA SEMANA

Esta rubrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para [email protected]

Ao cimo da Avenida da Europa, uma grandiosa “piscina” oferece-se aos viseen-ses, que não terão dado por ela no passado estio. Aqui fica uma alternativa para o próximo verão.

Nun

o A

ndré

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reira

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dos Socialistas no Parlamento EuropeuUma mensagem

A desregulação financeira – apesar de algumas reformas da UE – e acrise da dívida pública estão a destruir a base económica do nosso modelo social. O desemprego e a pobreza aumentam fortemente na Europa. A frustração com as políticas públicas e com a UE cresce entreos nossos cidadãos, em especial entre os mais jovens.

Os líderes europeus de direita não entenderam que precisamos de umamudança drástica. Temos de sair desta política exclusivamente baseadana austeridade e de dar espaço ao investimento, necessário para estimular o crescimento e a criação de emprego.

Nós, Socialistas no Parlamento Europeu (Grupo S&D), queremos umamudança de direcção política. É o momento de lutar, a nível europeu,contra a especulação financeira irresponsável e contra a “economia decasino”.

É preciso regular efectivamente os mercados financeiros, incluindo os “hedge funds” e a especulação sobre a dívida soberana.

Precisamos de lançar euroobrigações e de um imposto sobre astransacções financeiras para reduzir a volatilidade dos mercadosfinanceiros e gerar recursos para o investimento.

É preciso acabar com os paraísos fiscais e controlar a competiçãofiscal dentro da UE e a nível global.

Acreditamos fortemente numa Europa baseada na solidariedade, naigualdade e no investimento e na criação de emprego. Queremos umprojecto europeu ao serviço dos cidadãos e da economia real. Queremosmudar a Europa para melhor.

www.facebook.com/SandD.Group

www.twitter.com/TheProgressives

www.socialistsanddemocrats.eu

[email protected] |

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A deficiente planificação da Câmara Municipal de Viseu leva os seus serviços a abaterem as árvores plantadas há quase uma década, por descobrirem, a más ho-ras, que dão cabo dos passeios.

Aris

tides

Ben

aven

te

Jornal do Centro02 | Dezembro | 2011 47

Page 48: Jornal do Centro - Ed507

Prazeres Domingues é presidente da direcção da Associação Portugue-sa para as Perturbações do Desenvolvimento e do Autismo (APPDA) de Viseu. Em casa empres-tada e a falta do estatu-to de utilidade pública têm trazido problemas acrescidos. Tem 167 autistas inscritos, mas presta apoio a 114.Esta sexta-feira, a asso-ciação promove a II Gala Solidária, às 21h00, na Aula Magna do IPV.O envolvimento de vários artistas num gesto solidário com e s t a c a u s a e o p a -trocínio de diversas entidades e empresas “vão fazer desta noite um momento muito especial”, acredita a responsável.

O q u e m o v e a A P P D A de Viseu em torno desta Gala?A Ideia da Gala Solidá-

ria nasceu da nossa sócia voluntária Marilú, que em 2009 decidiu fazer uma angariação de fundos que proporcionasse ao mesmo tempo uma noite diverti-da aos parceiros e amigos que com a APPDA cola-boram. Neste momento, ao dinamismo da Marilú, associou-se a USAVIS e o Rotary Club de Viseu, que fazem da organização da Gala um evento único.

Para onde vai ser canaliza-da a verba conseguida com o evento?

Será canalizada para a formação de pais (coa-tching) e para o apoio a terapias de alguns clien-tes mais carenciados.

Quantas pessoas espera na Gala de sábado?O nosso lema é: “na nos-

sa gala gostamos de ter sala cheia”. E isto porque este evento, para além do mais, é uma boa oportuni-dade para divulgar a nos-sa causa.

Quais são os maiores pro-blemas da Associação nesta

altura? Os maiores problemas

são: a falta de protocolo com a Segurança Social, o que acarreta dificuldades financeiras em termos de contratação de pes-soal, ao nível mínimo de um mero administrativo.Depois, existe o proble-ma da falta de uma sede própria. A actual resulta de um protocolo com o Hospital S. Teotónio, que a qualquer momento pode cessar e vai trazer-nos di-ficuldades acrescidas na concretização de projec-tos de longo prazo.

Emília Amaral

JORNAL DO CENTRO02 | DEZEMBRO | 2011Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 2 de Dezembro, Chuva forte de manhã cedo, céu parcialmente nublado durante o dia. Tempo limpo de noite. Temperatura máxima de 10 e mínima de 3ºC. Amanhã, 3 de Dezembro, Tempo limpo de manhã, céu parcialmente nublado para o resto do dia. Temperatura máxima de 11ºC e mínima de 1ºC. Domingo, 4 de Dezembro, Tempo limpo de manhã, parcialmente nublado com possibilidade de chuva durante o dia. Tempe-ratura máxima de 13ºC e mínima de 2ºC. Segunda, 5 de Dezembro, Parcialmente nublado com possibilidade de chuva durante o dia. Tempo limpo de noite. Temperatura máxima de 14ºC e mínima de 5ºC.

tempo: chuva

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

Duas derrotas1. Foi no verão de 2008 que o sr. Paulo Campos co-

meçou a propagandear os dispositivos electrónicos de matrícula — era assim que, no início, se chamava aos “chispes” das matrículas.

Aquele típico homo-socraticus trombeteava que os “chispes” iam proporcionar um “aumento da se-gurança rodoviária”; que, com eles, se podiam con-tratar seguros mais baratos; que eles representavam 150 milhões de euros de negócios em novas tecnolo-gias (a empresa de um seu ex-assessor, de facto, fi-cou com a venda dos pórticos e dos “chispes”).

Aquela banha-da-cobra atingia o clímax quando o fatal Paulo Campos jurava que os “chispes” não tinham sido criados para cobrar portagens, embora o pudessem fazer. Não era para portagens, dizia ele, os “chispes” tinham sido criados para “potenciar um cluster na área da telemática rodoviária”. Em 2008, esta era a língua de pau do “plano tecnológi-co” socrático.

Logo então comecei a alertar para o golpe funesto que se preparava na economia e mobilidade da nos-sa região. Para mim era claro: se aquele Big Brother avançasse, íamos também ter, mais cedo que tarde, portagens nas “nossas” auto-estradas.

Assim aconteceu. Foi publicado esta semana o decreto-lei das portagens. Nem se conseguiu se-quer evitar que fossem portajados os troços da A25 feitos em cima do velho IP5 e que não têm alterna-tiva nenhuma.

Hoje vão ouvir-se outra vez as buzinas do Fran-cisco Almeida mas, infelizmente, buzinas não ava-riam pórticos.

2. O buzinão de hoje já não vai ter reportagem da Rádio Noar. A Rádio Noar foi silenciada na terça-feira pela Rádio Renascença que a tinha comprado. A lei da rádio de 2010 do sr. Jorge Lacão foi mesmo feita para isto: para os peixes grandes comerem os peixes pequenos.

Duas derrotas na mesma semana. Hão-de vir se-manas melhores.

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Sexta, 2Viseu∑ Os A JIGSAW, prestes a celebrar 12 anos de carreira, apresentam o novo álbum: Drunken Sailors & Happy Pirates, na galeria EMPÓRIO, às 18h00.

Vouzela∑ Início do “Natal Ecológico”, nos jardins-de-infância do concelho, até 13 de Dezembro

Sábado, 3Moimenta da Beira∑ V Festival Gastronómico do Cogumelo e da Caça das Terras do Demo, no lugar do Senhor dos Aflitos, Freguesia de Caria, inaugurado às 10h00. O festival prolonga-se até domingo.

Domingo, 4Sátão∑ V Feira do Míscaro de Sátão, no Largo de S. Bernardo, a partir das 10h00.

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“Esta gala é uma boa oportunidade para divulgar a nossa causa”

A “Ao dinamismo da Marilú, associou-se a USAVIS e o Rotary Club de Viseu