Jornal dos Bancários 394

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ANO XVX Nº 394 1 a 15 DE ABRIL DE 2011 SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO www.bancariospe.org.br Começam os preparativos para a Campanha Nacional Página 8 Santander começa onda de demissões em massa Página 6 Sindicato garante vitória contra 7ª e 8ª horas no BB Página 7 LEIA TAMBÉM DE VOLTA ÀS NEGOCIAÇÕES O Sindicato e os bancos retomaram as negociações em quatro mesas temáticas, que vão discutir as reivindicações dos bancários para saúde, segurança, igualdade de oportunidades e terceirização. A primeira reunião ocorreu em março e a intenção do Sindicato é solucionar uma série de problemas antes do início da Campanha Nacional, no segundo semestre. Leia mais nas páginas 4 e 5

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Jornal dos Bancários - ed. 394 - 1 de abril a 15 de abril de 2011

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ANO XVX • Nº 394 • 1 a 15 DE ABRIL DE 2011 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

www.bancariospe.org.br

Começam os preparativos para a Campanha Nacional Página 8

Santander começa ondade demissões em massaPágina 6

Sindicato garante vitória contra 7ª e 8ª horas no BBPágina 7

LEIA TAMBÉM

DE voLTA às nEgocIAçõEs

O Sindicato e os bancos retomaram as negociações

em quatro mesas temáticas, que vão discutir asreivindicações dos bancários para saúde, segurança,

igualdade de oportunidades e terceirização.A primeira reunião ocorreu em março e

a intenção do Sindicato é solucionar uma sériede problemas antes do início da

Campanha Nacional, no segundo semestre. Leia mais nas páginas 4 e 5

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LIBÓRIo MELoHumor

Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco

Circulação quinzenalRedação: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, RecifeTelefone: 3316.4233 / 3316.4221. Correio Eletrônico: [email protected]ítio na rede: www.bancariospe.org.br

Jornalista responsável: Fábio Jammal Makhoul Conselho Editorial: Anabele Silva, Geraldo Times, Tereza Souza e Jaqueline Mello. Redação: Fabiana Coelho, Fábio Jammal Makhoul e Wellington Correia. Diagramação: Bruno Lombardi. Impressão: NGE Tiragem: 9.000 exemplares

DIRETORIA EXECUTIVA

Secretário-GeralFabiano FélixComunicaçãoAnabele SilvaFinançasSuzineide RodriguesAdministraçãoEpaminondas FrançaAssuntos JurídicosAlan PatricioBancos PrivadosGeraldo TimesBancos PúblicosDaniella Almeida

Cultura, Esportes e LazerAdeílton Filho

Saúde do TrabalhadorJoão Rufino

Secretaria da MulherSandra Albuquerque

FormaçãoTereza Souza

Ramo FinanceiroElvis Alexandre

IntersindicalCleber Rocha

AposentadosLuiz Freitas

PresidentaJaqueline Mello

Lutar e conquistarEDITORIAL Tema livre

O primeiro trimestre de 2011 acabou e a par-tir de agora os bancários começam a se preparar para a Campanha Nacional deste ano. No últi-mo dia 31, o Comando Nacional dos Bancários se reuniu para definir o calendário e as estraté-gias da Campanha (confira na página 8).

Mas, antes do início efetivo da Campanha, os bancários querem resolver uma série de pendên-cias nas mesas temáticas de ne-gociação, cujo os debates come-çaram em março com os bancos. Em pauta, questões relacionadas à saúde, segurança, igualdade de oportunidades e terceirização.

As mesas temáticas são uma conquista da Campanha Nacio-nal de 2009. Desde então, os bancários conseguiram muitos avanços, como o acordo inédito no Brasil que garante mecanis-mos de prevenção e combate ao assédio moral nos bancos (leia mais nas páginas 4 e 5).

Vale lembrar, que para conquistarmos mais avanços em nossas reivindicações, a mobiliza-ção dos bancários será fundamental. Todos os direitos que garantimos foi com muita luta, a exemplo do ano passado. Na Campanha Na-

cional 2010, construímos a maior greve dos últimos vinte anos. E o resultado não poderia ser diferente: arrancamos dos bancos o melhor acordo em duas décadas.

Mas o Sindicato não vive só de lutar pelos bancários. Nos últimos anos, temos brigado com

o governo e a Justiça para acabar com o imposto sindi-cal, criado há quase um sé-culo e que serve para manter sindicatos de fachadas (veja matéria na página 3).

Como se vê, o segundo trimestre começa cheio para os bancários e para o Sindi-cato. E a luta, este ano, só está no início. A partir de agora, os funcionários já de-vem começar a debater com os colegas nos bancos as rei-vindicações que a categoria quer ver contempladas para a Campanha Nacional 2011.

Nos próximos meses, o Sindicato vai aplicar uma pesquisa para verificar os anseios dos ban-cários de Pernambuco. Ela deve balizar as dis-cussões dos encontros estadual e regional e se transformar em pauta de reivindicações na Con-ferência Nacional. Aí é lutar e conquistar.

Nos próximos meses, o Sindicato vai aplicar uma pesquisa para verificar os anseios dos bancários. Ela deve balizar as discussões e se transformar em pauta de reivindicações. Aí é lutar e conquistar

Carga tributáriaO debate sobre a reforma tributária está

na agenda do país. A CUT e os sindicatos defendem que a estrutura tributária deve ser progressiva. O que quer dizer, simplesmen-te, alterar seu formato atual e passar a cobrar mais impostos de quem tem patrimônio e renda altos e menos de quem trabalha e tem apenas o salário como forma de sustento.

Carga tributária 2Com essa proposta, a CUT e os sindicatos

deixam claro que não defendem a redução da carga tributária, já que isso não interessa à maioria que depende dos serviços públicos de saúde, educação, segurança, seguridade social e outros.

imposto de rendaO Diário Oficial da União publicou no

último dia 28 a medida provisória (MP) que reajusta a tabela do Imposto de Renda Pes-soa Física em 4,5%. Com a correção, a faixa de isenção do IR para os ganhos de 2011 passa de R$ 1.499,15 para R$ 1.566,61 por mês. A medida provisória também estabele-ce uma regra fixa de correção do Imposto de Renda até 2014.

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Sindicato em açãoJusTIçA

Todos os trabalhadores bra-sileiros que têm carteira assinada tiveram no mês

passado um dia descontado na fo-lha de pagamento. É o chamado imposto sindical, criado em 1939 pelo presidente Getúlio Vargas. O desconto é compulsório e não é possível evitar esta cobrança, ga-rantida por lei.

O Sindicato dos Bancários de Pernambuco é contra o imposto sindical e há anos vem lutando pelo fim dessa cobrança. “Nós somos um Sindicato forte e queremos nos manter com as mensalidades pagas pelos bancários associados. Por isso somos terminantemente contra o imposto sindical. A CUT tem lu-tado em diversas frentes - na Justi-ça, no Congresso Nacional e com a presidenta Dilma - para acabar com esse imposto, mas até agora não

conseguimos”, comenta a di-retora do Sin-dicato, Anabele Silva.

O movimento sindical ban-cário já conse-guiu, inclusive, uma liminar na Justiça que isentava os tra-balhadores do imposto sindi-cal. A liminar, garantida pelo Sindicato dos Bancários de São Pau-lo, durou mais de uma década, mas foi cassada pela Justiça em 2005.

A mais recente cartada da CUT para acabar com o imposto sindi-cal aconteceu no último dia 11 de março. Em reunião com a presi-

denta Dilma Rousseff, a Central entre-gou uma có-pia do acordo assinado em 2008 entre di-versos sindi-catos cutistas pedindo o fim do imposto sindical.

“Vale desta-car que, de to-das as centrais,

só a CUT defen-de o fim do imposto sindical. Nós consideramos que, para um sindi-cato ser forte, é preciso de sócios. Não podemos ficar dependendo de um imposto criado há quase um século para manter sindicatos de fachadas”, conclui Anabele.

sindicato é contrao imposto sindicalA CUT é a única central que luta contra esta cobrança

DEscAsO

A Polícia Federal multou no dia 30 passado a Caixa Econômica Federal, o HSBC, o Santander, o Itaú Unibanco, o Bradesco e o Banco do Brasil em R$ 1,173 mi-lhão por descumprimento de leis e normas de segurança. As punições foram aprovadas no julgamento de 104 processos, durante a 89ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Pri-vada (CCASP), em Brasília. O Sindicato participou da reunião.

As principais infrações dos ban-cos foram a ausência de plano de segurança aprovado pela Polícia

Federal, número insuficiente de vigilantes, transporte ilegal de va-lores feito por bancários e alarme inoperante, dentre outros itens. Uma agência do Itaú foi interditada.

No ano passado, a Polícia Fede-ral multou os bancos em R$ 9,58 milhões por descumprimento das leis e normas de segurança. O Santander foi o campeão, com R$ 1,95 milhão em multas, seguido do Bradesco e Itaú Unibanco que empataram com R$ 1,85 milhão. O Banco do Brasil ficou em quar-to lugar com 1,45 milhão.

A CCASP é um fórum tripartite

do Ministério da Justiça, compos-ta por representantes do governo, trabalhadores (bancários e vigi-lantes) e empresários (bancos e empresas de vigilância, transpor-tes de valores e centros de forma-ção de vigilantes).

Bancos são multados por falta de plano de segurança

NOTAs

assinado aCordo Com bndes

O Sindicato assinou no último dia 22 um acordo com o BNDES para o pagamento da Participação nos Resulta-dos dos empregados. Cada funcionário receberá três sa-lários, mesmo quem se afas-tou do trabalho efetivo em razão de licença remunerada, licença maternidade, cessão, 15 primeiros dias da licença médica em virtude de doença ou acidente de trabalho. O acordo celebrado significa mais um importante passo na valorização do quadro de funcionários da empresa e do trabalho do Sindicato.

banCários do bb reCebem pCr

A direção do Banco do Brasil pagou aos funcioná-rios as diferenças salariais geradas pela aplicação, no mês de março, do Plano de Carreira e Remunera-ção (PCR) conquistado na Campanha Nacional 2010. Os valores são retroativos à setembro do ano passado.

sistema finanCeiro mais justo

Sindicatos do mundo in-teiro devem se unir para lu-tar por um sistema financei-ro mais justo. A decisão foi tomada na Conferência da UNI Finanças, uma central sindical mundial, da qual o Sindicato é filiado. “No mo-mento em que as empresas agem organizadamente e em escala mundial, é fundamen-tal que os trabalhadores se solidarizem e trabalhem de forma unida”, disse Carlos Cordeiro, presidente da Contraf, durante o evento, realizado no mês passado, em Portugal. Outro ponto abordado durante a confe-rência foi o nível de tercei-rização existente em todo o sistema atualmente.

Hoje, os bancos não têm os equipamentos mínimos de segurança

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Mesa temática

novA TEMpoRADA DE nEgocIAçãoO Sindicato e os bancos retomaram no mês de março as negociações das quatro mesas temáticas, que vão discutir saúde, segurança, igualdade de oportunidades e terceirização. O objetivo é garantir os avanços reivindicados antes do início da Campanha Nacional 2011

Está aberta a nova temporada de negociações entre o Sin-dicato e os bancos. Desta

vez, os debates se darão em quatro mesas temáticas para discutir saúde, segurança, igualdade de oportunida-des e terceirização.

A presidenta do Sindicato, Jaque-line Mello, destaca que as mesas temáticas foram conquistadas pelos bancários na Campanha Nacional de 2009. “Desde então, garantimos uma série de avanços que seriam muito difíceis de serem discutidos durante as negociações das campa-nhas nacionais”, explica.

O mais recente avanço conquistado na mesa temática foi o acordo inédito assinado em janeiro que garante meca-nismos de prevenção e combate ao as-sédio moral nos bancos. Fruto de muito debate na mesa temática sobre saúde, o acordo já virou referência para outras categorias. Já na mesa de igualdade de oportunidades, uma das principais con-quistas foi a aplicação da pesquisa inti-tulada “Mapa da Diversidade”.

“Graças ao Mapa, o Sindicato con-firmou suas denúncias de que há dis-criminação nos bancos contra negros, mulheres e portadores de deficiência. Sabendo os detalhes, pudemos apre-

sentar uma série de reivindicações para solucionar o problema da desi-gualdade”, diz Jaqueline.

A ABERTuRA DAs nEgocIAçõEs

A primeira mesa temática a ser re-tomada foi a de segurança, no dia 16 de março. Durante a negociação, o Sindicato apresentou para a Fenaban uma proposta de isenção das tarifas de transferência de recursos (DOC, TED, ordens de pagamento, etc) para ajudar a combater o crime de “saidi-nha de banco”. As instituições finan-ceiras ficaram de analisar a reivindi-

cação e o assunto foi pautado, junto com a divulgação pela Fenaban dos dados estatísticos semestrais de assal-tos, para a próxima reunião, agenda-da para o dia 29 de abril.

Já a mesa sobre saúde foi reto-mada no dia 25 passado. A primeira reunião foi marcada pelo intenso de-bate entre o Sindicato e a Fenaban em torno das metas abusivas. Entre as propostas dos bancários estão a participação de todos os trabalhado-res nas estipulações e na aferição das metas, que devem ser coletivas e de-finidas de acordo com a realidade do departamento ou da agência, além

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A mesa sobre saúde foi retomada no dia 25 passado e a reunião foi marcada pelo intenso debate entre o Sindicato e a Fenaban em torno das metas abusivas

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Mesa temática

novA TEMpoRADA DE nEgocIAçãoO Sindicato e os bancos retomaram no mês de março as negociações das quatro mesas temáticas, que vão discutir saúde, segurança, igualdade de oportunidades e terceirização. O objetivo é garantir os avanços reivindicados antes do início da Campanha Nacional 2011

pRIncIpAIs REIvInDIcAçõEs nAs MEsAs TEMáTIcAs

SAÚDE* Fim das metas abusivas* Combate ao assédio moral* Proteção contra os riscos de aciden-

te de trabalho ou doença ocupacional* Programa de Reabilitação

Profissional* Prevenção de adoecimento e

promoção da saúde da mulher* Assistência médica, hospitalar,

odontológica e medicamentosa

SEGURANÇA* Ampliação dos equipamento de

prevenção* Assistência médica e psicológica

às vítimas de assaltos, sequestros ou extorsões

* Adicional de risco de vida de 30% para agências, postos e tesouraria

* Proibição de transporte de valores e guarda das chaves pelos bancários

* Estabilidade provisória para vítimas de assaltos, sequestros e extorsões

TERCEIRIZAÇÃO* Fim da terceirização* Contratação de todos os

terceirizados* Garantia de emprego (Conven-

ção 158 da OIT)* Ampliação do número de

funcionários* Qualificação dos empregados

IGUALDADE DE OPORTUNIDADES * Ampliar a contratação de mulhe-

res, negros e pessoas com deficiência* Garantir igualdade nas promoções

internas, valorizando a diversidade* Incluir o tema “orientação sexual” na

próxima edição do Mapa da Diversidade* Garantir a cota mínima de 5% dos

empregos para pessoas com deficiência

Bancos usam rotatividade para achatar salários

Os bancos que operam no Brasil criaram 24.032 no-vos empregos em 2010. Mas, segundo a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) realizada pela Confedera-ção Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) em parceria com o Dieese, a rotativi-dade continua alta nos bancos.

Em 2010, o sistema financeiro contratou 57.450 tra-balhadores e desligou 33.418. A remuneração média dos desligados foi de R$ 3.506,88, valor 37,57% su-perior ao salário médio de R$ 2.188,43 dos admitidos.

O saldo positivo de emprego nos bancos em 2010 está concentrado nas faixas salariais até três salários mínimos. Acima do valor equivalente a quatro salários mínimos, o saldo de emprego é negativo em todas as faixas de remuneração.

O estudo revela também que 49,08% dos desligados pediram demissão.

MuLhEREs já EnTRAM gAnhAnDo MEnos

Na comparação de gênero, a pesquisa mostra que os salários das mulheres são inferiores tanto na contrata-ção quanto no desligamento. As bancárias desligadas em 2010 recebiam salário médio de R$ 2.887,21, valor 28,71% inferior à remuneração média de R$ 4.049,92 dos homens. Na admissão, as mulheres foram contra-tadas com salário médio de R$ 1.833,35, contra R$ 2.534,52 dos trabalhadores masculinos - uma diferen-ça de 27,66%.

de acabar com a meta para o caixa.A mesa de terceirização foi retomada no dia

31 de março. A discussão definiu a primeira área em que serão aprofundados os debates so-bre a possibilidade de reversão do processo de terceirização: call center. A próxima reunião foi pré-agendada para o dia 6 de maio.

A negociação sobre igualdade de opor-tunidades estava marcada para o dia 29 de março, mas foi adiada a pedido dos ban-cos. Nova data deve ser marcada nos pró-ximos dias. Embora o encontro com os bancos tenha sido adiado, no mesmo dia a Contraf-CUT lançou, com a participação do Sindicato, um caderno sobre igualdade de oportunidades para balizar as discussões.

Jaqueline Mello, presidenta do Sindicato

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Seu banco

O Santander deu início a uma onda de demissões em massa em todo o Bra-

sil. Em Pernambuco, somente no dia 31 de março, o Sindicato recebeu 11 trabalhadores deste banco para homologação de demissões. Dois pediram demissão e nove foram dis-

pensados pelo banco. O Sindicato vai procurar o superintendente Car-lo Mantovani que havia garantido, quando o banco perdeu a folha de pagamento do estado para o Brades-co, que não haveria demissões no estado e que os planos eram, inclu-sive, de abertura de novas agências.

O secretário de Administração do Sindicato, Epaminondas Fran-ça, viaja no dia 4 de abril para São Paulo, onde participa de reunião da Comissão de Organização dos Em-pregados e também trata do assunto com a direção do banco. “A situa-ção já está dramática por conta do

desastroso processo de integração tecnológica e o banco ainda quer demitir? Não vamos aceitar isso”, afirma Epaminondas.

Nacionalmente, as informações que já circulavam eram de que o banco planejava milhares de cor-tes, sobretudo em São Paulo.

O HSBC terá, não apenas que restituir o emprego do superintendente Sílvio dos Santos Souza Filho (foto), como também pagar inde-nização por danos morais.

A sentença, da juíza Ana Maria Aparecida de Frei-tas, da 22ª Vara do Traba-lho, garante justiça para um trabalhador que dedi-cou 29 anos de sua vida ao banco, galgou todos os cargos até chegar ao posto que ocupava, e foi

demitido por justa causa, acusado injustamente de fraude.

Insatisfação e desrespeito. Essa é a melhor definição para a situação vivida por clientes usuários e, principalmente, ban-cários nas agências do Bradesco nos últimos dias de março. O caos registrado no primeiro dia de pagamento dos servidores estaduais, no final de fevereiro, deu lugar à extrapolação de jor-nada, reclamação e insegurança.

“O que nós podemos deduzir é que o Bradesco venceu a licita-ção para operar a folha de paga-

mento do funcionalismo estadual mas não se preparou adequada-mente para atender a demanda gerada por eles. Conclusão, o que mais vimos nas agências que o Sindicato visitou foi o pessoal insatisfeito com a qualidade do serviço e o bancário tendo que fa-zer malabarismo para dar conta da situação”, comenta a diretora do Sindicato e empregada do banco, Suzineide Rodrigues.

O problema não ocorre apenas com os trabalhadores do Recife.

Em Camaragibe, e em várias ou-tras cidades da região metropoli-tana e do interior, o mesmo des-caso. Em Ipojuca, por exemplo, o Bradesco foi o único banco a abrir a agência na última quarta--feira, 30, dia do aniversário de emancipação da cidade e feriado municipal. E o mais grave: está se negando a pagar hora extra.

Diante de tal situação, o Sindi-cato está solicitando uma reunião com a diretoria regional do banco para cobrar soluções.

Bancários pressionados e clientes insatisfeitos

nove demissões em um só dia em pernambuco

Justiça reintegrasuperintendente

BRADEscO

sANTANDER

Após cobrança dos bancários, aconteceu no último dia 28 uma negociação entre o Sindicato e o Itaú sobre o reajuste de até 24,61% do convênio médico efetuado na folha de pagamento sem qualquer comunicação prévia.

Os trabalhadores cobraram da em-presa a apresentação detalhada do balanço do convênio, com a discri-minação clara da parte dos funcio-nários nas receitas do plano. O ban-co, no entanto, trouxe apenas dados superficiais, insuficientes para uma

avaliação correta sobre o reajuste. O acordo que unificou os convê-

nios médicos, construído ao longo de um intenso processo de negocia-ção entre as partes e assinado em 24 de fevereiro de 2010, prevê um reajuste definido pela sinistralidade e outros dados do convênio, o que não está sendo seguido pelo banco.

Além disso, ficou acertado que qualquer modificação com o plano de saúde deveria ser previamente anunciado aos trabalhadores e movi-mento sindical, o que não aconteceu.

sindicato quer explicações sobre o convênio médico

ITAÚ HsBc

Suzineide Rodrigues

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O Sindicato conquistou uma importante vitória na Justiça para os assis-

tentes de negócios do Banco do Brasil contra a sétima e oitava ho-ras de trabalho.

No último dia 25, o juiz André Luiz Machado, da 11ª Vara do Trabalho, não apenas reconheceu a legitimidade do Sindicato para

substituir os trabalhadores na ação, como também proclamou que o cargo em questão não se tra-ta de função de confiança, mas de função técnica. Portanto, a jorna-da devida é a mesma da categoria: seis horas.

“Esse foi o processo mais re-cente movido pelo Sindicato para cumprimento da jornada de seis

horas no Banco do Brasil. A ação dos assistentes de negócios deu en-trada em setembro do ano passado. Há outras oito ações que já obti-

veram vitórias, algumas já em fase de cálculo ou execução”, explica o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Alan Patrício.

Seu banco

sindicato garante vitória na justiça contra a 7ª e 8ª horas

BANcO DO BRAsIL

Ao todo, o Sindicato tem nove ações pelo cumprimento da jornada no BB

A Chapa 1, apoiada pelo Sindica-to, foi eleita para comandar a Fede-ração Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Fede-ral (Fenae) na gestão 2011/2014. O resultado final foi divulgado no dia

29 de março. A Chapa 1 conquistou 16.619 votos, o que corresponde 67,56% do total de votos válidos, enquanto que a Chapa 2 teve 7.979 votos (32,44%).

Em Pernambuco, a Chapa 1 ga-nhou com folga: 595 votos contra 141. A Chapa 1, encabeçada pelo presidente Pedro Eugenio Leite, era a única que com uma representante do estado entre os candidatos: a di-retora do Sindicato, Anabele Silva, que vai para o Conselho Fiscal.

“A Fenae é um espaço fundamen-tal para que a gente seja ouvido em nossa demandas e especificidades”, diz Anabele Silva.

chapa 1, apoiada pelo sindicato, vence com folga a eleição na Fenae

cAIXA

MAIs DE 94% Dos EMpREgADos são pRoMovIDos

A Caixa Econômica Federal encerrou o processo de Promo-ção por Mérito referente a 2010. Segundo informações da empre-sa, a mudança na metodologia de avaliação conquistada pelos bancários na Campanha Nacio-nal 2010 aumentou significativa-mente o número de trabalhado-res promovidos.

Receberam dois deltas 9,5% dos empregados promovíveis, enquanto 85,1% receberam um delta e apenas 5,4% permane-ceram no mesmo estágio da car-reira do PCS. Os resultados serão pagos aos bancários na folha de

pagamento de março, retroati-vamente a janeiro de 2011.

Isso não seria possível no mo-delo fixado em 2008, que tinha percentuais fixos em cada uni-dade: 30% dos bancários pro-movíveis recebia dois deltas, 50% apenas um e 20% ficaria sem nenhuma movimentação. Criticado desde o princípio pelo movimento sindical, o modelo foi alterado em 2010 para um método de linha de corte, em que todos os bancários que re-cebem avaliação igual ou supe-rior a uma nota pré-determinada recebem pelo menos um delta.

BAncáRIos Do BB são huMILhADos pELA supERInTEnDêncIA DE vAREjo

O Sindicato recebeu uma série de denúncias contra a Superin-tendência de Varejo do Banco do Brasil, que estaria pressionando e humilhando funcionários das agências da região metropolitana do Recife que não cumpriam as metas. No último dia 28, o Sindi-cato levou as denúncias ao BB. De acordo com o banco, o gestor já foi aconselhado a rever sua postura e discurso.

conquIsTA DA cAMpAnhA sALARIAL, cARREIRA DE MÉRITo É IMpLAnTADA

Uma das principais conquistas da última campanha salarial, a Car-reira de Mérito será implantada a partir de abril pelo Banco do Brasil. As novas regras devem beneficiar, de imediato, até 20 mil funcioná-rios, agregando valor às funções e mais remuneração para os que estão em cargos comissionados nos últimos cinco anos. Com o novo plano, alguns bancários podem receber reajustes de até 15,6%. Leia mais e veja como fica sua situação em www.bancariospe.org.br

Anabele é PE na Fenae

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O Comando Nacio-nal dos Bancários aprovou no último

dia 31, em reunião ocorrida em São Paulo, a organização da Campanha Nacional 2011, definindo temas prioritários e o calendário de atividades. Ficou marcada para os dias 30 e 31 de julho a 13ª Confe-rência Nacional da categoria, que definirá a pauta de rei-vindicações que será entre-gue aos bancos.

A presidenta do Sindica-to de Pernambuco, Jaqueline Mello, que participou da reu-

nião em São Paulo, conta que o Comando Nacional definiu quatro grandes temas para a Campanha deste ano.

“É claro que as reivindica-ções sobre emprego e remu-neração estarão no centro dos debates. Mas nós temos uma pauta extensa, que vai muito além da questão financeira. Por isso queremos também discutir saúde e condições de trabalho, segurança bancária e até mesmo sobre o Sistema Financeiro Nacional, que não contribui em nada para o de-senvolvimento do Brasil”, diz.

Jaqueline destaca que a Con-ferência Nacional é o maior e mais importante fórum de de-liberações da categoria. “Mas, antes, vamos realizar as confe-rências estaduais e regionais, além dos congressos nacionais dos bancos públicos federais. Assim todos os bancários po-derão participar da elaboração da pauta de reivindicações, de maneira democrática. Tenho certeza que vamos construir uma grande e vitoriosa Cam-panha, com muita mobilização e conquistas, como foi no ano passado”, comenta Jaqueline.

Sindicato em ação

comando nacional aprovacalendário da campanha 2011

deus polêmiCoO quadrinista Rafael Campos

Rocha, de São Paulo, apresenta no Mamam do Pátio sua mostra mais polêmica: a “exposição para ninguém ver”. Entre os quadrinhos e vídeos, Deus é um dos persona-gens: um Deus mulher, bissexual, negra, fumante e afeiçoada a be-

bidas alcoólicas. No Pátio de São Pedro, Casa 17.

Vídeo mapping Estão abertas as inscrições para a

Oficina de Vídeo Mapping com o VJ Pixels - Primeiro visual jockey do Brasil a tocar com softwares livres. Trata-se de técnica de projeção em que as imagens não se limitam às

duas dimensões da tela. A oficina acontece de 25 a 30 de abril. Inscri-ções na NAVE - Núcleo de Artes Visuais e Experimentos. Acesse: www.e-nave.com.br/.

VoragemO grupo de teatro Magrÿkory, do

Sesc Santa Rita, põe em temporada seu primeiro espetáculo: “Vora-

gem”. Aos sábados, 19 horas, no Teatro Marco Camarotti - Sesc Santo Amaro.

seis e meiaYamandu Costa e grupo Saraco-

tia se apresentam no projeto Seis e meia, dia 08. Agora, no Teatro Santa Isabel, 19 horas. Ingressos: R$ 30 e R$ 15.

Agenda cultural

MOBILIzAçãO

Ficou marcada para os dias 30 e 31 de julho a 13ª Conferência Nacional dos Bancários, que definirá a pauta de reivindicações que será entregue aos bancos

Até 3 de julho - Encontros estaduais dos funcionários do BB, da Caixa e do BNB

9 e 10 de julho - Congressos do Banco do Brasil, da Caixa e do BNB

Até 24 de julho - Conferências regionais

30 e 31 de julho - 13ª Conferência Na-cional dos Bancários

Até 6 de agosto - Assembleias para aprovação da pauta de reivindicações

9 ou 10 de agosto - Entrega da pauta de reivindicações à Fenaban

confIRA o cALEnDáRIo

Jailt

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cia

A presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, ajudou a coordenar a mesa durante reunião do Comando Nacional dos Bancários