Jornal Fraterno 38

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Distribuição gratuita | [email protected] “Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade” Allan Kardec FRATERNO Jornal Bimestral | Edição 38 | Ano VII | Novembro/Dezembro de 2009 6 ANOS Divulgando a Doutrina Espírita LIVRARIA ESPÍRITA MENSAGEIROS DE LUZ E-mail: [email protected] (atrás do Compre Bem e ao lado do Hospital Municipal) Fone: (011) 3682 - 6767 / 3448 -7386 “Faça parte do Clube Espírita, mais de 120 títulos - Lançamentos por apenas R$15,00” HORÁRIO DE ATENDIMENTO Segunda à sábado das das 8:30 às 19:00hs. R. José Cianciarulo, 89 - Centro Osasco - SP. - Cep: 06013-040 DONA APARECIDA DA CONCEIÇÃO FERREIRA Uma das coisas que mais devemos nos mirar é na decência de pessoas virtuosas. Não há nada no mundo que mais ressalte a virtude do coração que a decência. Também nesta edição EDITORIAL O Pênfigo Foliáceo Bolhoso ..................... 2 MORAL CRISTÃ Pai Nosso espiritual........................................ 3 O ESPÍRITO NA ESCOLA A cultura espiritual na escola (3) .. 4 e 5 DOUTRINA Espiritismo entre nós.................................... 5 CULTURA ESPÍRITA Um modelo de decência e caridade .............................................. 6, 7 e 8 DOUTRINA Considerações à caridade ......................... 9 BÚSSOLA CRISTÃ Espíritas e Espirólas ........................................ 10 DOUTRINA Ataque à Caridade ...................................... 11 MENSAGEM DO SEARA Nossa, esse ano passou rápido! .......... 12 O SEXO NOS ESPÍRITOS A atividade intelectual (2) ...................... 12 “Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível” FRANCISCO DE ASSIS UMA HEROÍNA DO BEM

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Distribuição gratuita | [email protected]

“Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade” Allan Kardec

fraternoJornal Bimestral | Edição 38 | Ano VII | Novembro/Dezembro de 20096 anos Divulgando a Doutrina Espírita

LIVRARIA ESPÍRITA MENSAGEIROS DE LUZ

E-mail: [email protected](atrás do Compre Bem e ao lado do Hospital Municipal)

Fone: (011) 3682 - 6767 / 3448 -7386

“Faça parte do Clube Espírita, mais de 120 títulos - Lançamentos por apenas R$15,00”

HoRÁRIo DE aTEnDIMEnTosegunda à sábado das das 8:30 às 19:00hs. R. José

Cianciarulo, 89 - Centro osasco - sP. - Cep: 06013-040

DONA APARECIDA DACONCEIÇÃO FERREIRA

Uma das coisas que mais devemos nos mirar é na

decência de pessoas virtuosas. Não há nada no mundo que

mais ressalte a virtude do coração que a decência.

Também nesta ediçãoEdiTorialO Pênfigo Foliáceo Bolhoso .....................2moral crisTãPai Nosso espiritual........................................3o EspíriTo na EscolaA cultura espiritual na escola (3) .. 4 e 5douTrinaEspiritismo entre nós ....................................5culTura EspíriTaUm modelo de decência e caridade ..............................................6, 7 e 8douTrinaConsiderações à caridade .........................9bússola crisTãEspíritas e Espirólas ........................................10douTrinaAtaque à Caridade ......................................11mEnsagEm do sEaraNossa, esse ano passou rápido! ..........12o sExo nos EspíriTosA atividade intelectual (2) ......................12

“Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível”

FRANCISCO DE ASSIS

UMA HEROÍNA DO BEM

[email protected]� | FRaTERno | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 38 | Novembro/Dezembro 2009

FRATERNO, jornal bimestral contendo: Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais, com sede no “Centro Espírita Seara de Jesus”, Rua Allan Kardec, 173, Vila Nova Osasco, CEp 06070-240, Osasco, Sp. [email protected]; Jornalista responsável: Bráulio de Souza - MTB 20049; Coordenação/Direção/Redação: Eduardo Mendes; Revisores: Luciana Cristillo e Jussara Ferreira da Silva. Diagramação: Jovenal Alves pereira; Captação: Manoel Rodilha; Impressão: Gráfica Yara; Tiragem: 10.000 exemplares; Distri-buição: Osasco e Grande São paulo; e-mail: [email protected]; Telefone: (011) 3447 - 2006

| editorial |

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Osasco - SP - e - mail www.fschool.com.br

Telefone 8342-2503

Nesta edição, enlevamos senti-mentos a caridade por aque-les que ressaltam o silencioso “fazer” às dores alheias, por

espíritos elevados em nosso meio, pois para as condições espirituais de nosso orbe, as doenças e seu cortejo de dores e angústias ainda fazem parte dos resgates e testemunhos dos encarnados e desen-carnados atados aos liames vibracionais inferiores.

Sendo um dos maiores flagelos que desventurados irmãos estão a enfrentar, por outro lado, a doença está a nos pedir, em lamentos moucos, nossa cota de sacrifício em testemunho de amor e renúncia em favor do próximo, ao divino Mestre em reconhecimento de sua infi-

O Pênfigo Foliáceo Bolhosode incompreensões e negativas aos seus rogos por ajuda da sociedade, notadamente a própria classe médica que ainda falta clamorosamente com seus compromissos divinos a saúde desses doentes.

A vida de dona Aparecida nos mostra que nem mesmo o sofrimento e a escas-sez de recursos poderiam impedir-nos de fazer a caridade, de prestar alguma ajuda, por menor que seja em favor dos sofredores.

Dizem que o triângulo mineiro, espaço geográfico onde está a Cidade de Uberaba (e as vizinhas Araguari, Uberlândia e Sacramento), é uma “terra santa”, pois o berço de grandes vultos do Espiritismo tais como “Euripedes Bar-

ao engolir, dificultando a alimentação, o que contribui para a queda do estado geral do paciente.

O Pênfigo Foliáceo acomete quase que exclusivamente habitantes da área rural e tem praticamente a mesma dis-tribuição em homens e mulheres. É mais freqüente em adultos jovens, mas pode afetar também as crianças. Ocorre em todo o mundo, mas tem a curiosa peculiaridade de ocorrer com muito maior freqüência na região centro-norte da América do Sul. No Brasil, ela predomina nos Estados do Centro-Oeste, Minas Gerais, Oeste de São Paulo, norte do Paraná e Distrito Federal, sendo rara nas regiões nordeste e nos demais Estados do Sul.

Sabe-se atualmente que o pênfigo é uma doença auto-imune, com um meca-nismo de auto-agressão que faz com que anticorpos ataquem a pele, provocando a perda da aderência entre as células da epiderme, causando as bolhas. O motivo da formação destes anticorpos constitui ainda um mistério, no entanto, pesquisas indicam que sua formação é desencadeada por picadas de certos mosquitos e consti-tuiria a reação à inoculação das toxinas do próprio inseto. Embora seja transmitida por um inseto, a doença do fogo selvagem não tem caráter de contágio epidêmico “pessoa a pessoa” pois a reação frente às toxinas inoculadas durante a picada e conseqüentemente a instalação da doença, dependem de uma interação particular entre as mesmas e as condições do sistema imunológico do atingido.

Se o paciente não é tratado, estas lesões se estendem simetricamente, em semanas ou meses, a todo o corpo, constituindo a fase “invasiva” da moléstia. Mais tarde, se deixada a continuar sua evolução espontânea, manifesta-se a fase “eritrodérmica”, em que as bolhas se tornam cada vez mais raras, sendo substituídas por vermelhidão e desca-mação que podem generalizar-se. Esta última etapa costuma durar muitos anos, podendo o paciente falecer por compli-cações quando não é tratado.

Em todas as fases da doença existe uma intensa sensação de ardor e calor, o que justifica o nome “fogo selvagem”, e

grande sensibilidade ao frio.A maioria dos pacientes, ao procura-

rem recursos especializados pela primeira vez, encontram-se subnutridos, o que provavelmente se constitui em fenô-meno paralelo (grande parte dos doentes são muito pobres). Isso certamente influi na gravidade da moléstia, requisitando para o controle e remissão dos sintomas, uma dieta rica em proteínas e vitaminas, preferencialmente vegetariana.

O tratamento atual do Pênfigo baseia-se na administração de hormônios corticosteróides e pomadas antiinflama-tórias e antissépticas de forma a prevenir infecções secundárias. São importantes os cuidados gerais, como a limpeza das lesões, a hidratação e a dieta do paciente.

O tratamento crônico é feito em casa durante vários anos. Em geral, após 2 a 3 anos de tratamento agudo, a dose dos medicamentos é lentamente reduzida até sua retirada total; este processo dura em média 6 a 8 anos e o acompanhamento por dermatologista deve ser contínuo.

Como sabemos que a gênese de toda e qualquer doença encontra-se no espírito, o pênfigo com sua característica auto-imune, nos revela um triste quadro autopunitivo na intimidade do doente a reclamar trabalho de perdão e renúncia de si mesmo. Mesmo o doente estando às voltas com a colheita de sua própria invi-gilância, nem por isso deve-se declinar do dever moral que Jesus nos convida: “Quando assistires a um enfermo, é a mim que assistes”, disse Ele.

Vimos que o tratamento da doença do fogo selvagem é demorado e requer diversos recursos terapêuticos, logo se depreende daí a importância da sensi-bilização da população frente a doença e o imperativo das doações, que são sempre necessárias à continuidade do nobilíssimo trabalho iniciado por dona Aparecida – ajudemos em compaixão e caridade.

Nossa homenagem e nosso preito de admiração a toda equipe do Hospital do Fogo Selvagem e, em especial carinho, a nossa querida Vó.

Boa leitura, o Editor.

nita misericórdia e a nós mesmos como os maiores necessitados.

Tal amor e renúncia é o distintivo de um traço de caráter muito nobre, porém praticamente esquecido nos dias de hoje: a decência. Decência que é uma das carac-terísticas mais marcantes da dona Apare-cida Conceição Ferreira - cidadã humilde, sem maiores recursos intelectuais, espírita ao convite do amor ao semelhante e com-prometimento interior firmado na noite dos tempos com Jesus.

Árdua missão de um espírito em nobreza e abnegação ao abraçar irmãos estigmatizados por uma doença defor-mante e aflitiva, recolhendo toda sorte

sanulfo” e o inesque-cível “Chico Xavier”. É terra também de intenso calor e ativi-dade pecuária, o que favorece o apareci-mento de mosquitos que seriam os res-ponsáveis pela trans-missão da doença do Fogo Selvagem.

E neste Brasil , dona Aparecida e fogo selvagem são praticamente sinô-nimos, já que nossa querida homena-geada foi a primeira a lev ant ar- s e no

amparo aos doentes do Pênfigo.A doença do fogo selvagem ou

“Pênfigo Foliáceo Bolhoso” é uma doença dermatológica (de pele), que causa horror e repulsa assim como a lepra (hanseníase) impunha a pecha de “pestoso” aos seus doentes ao longo da história.

Moléstia caracterizada pelo apareci-mento de manchas vermelhas e bolhas no tórax, rosto e couro cabeludo, e depois em todo o corpo, que evolui para um estado em que predomina descamação generalizada, se não for conveniente-mente tratada. As lesões também são extremamente dolorosas e o compro-metimento da mucosa oral provoca dor

Novembro/Dezembro 2009 | Edição 38 | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | FRaTERno | [email protected]

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Memórias de Chico Xavier

| moral cristã | | eventos |

3 Pai Nosso que estais no Céu, na terra e em todos os mundos dos espíritos...

3 Santificado e bendito seja sempre o vosso nome, mesmo quando a dor e a desilusão ferirem nosso coração...

3 Bendito sejas!..3 O pão nosso de cada dia, dai-

nos hoje...3 Pai dê-nos o pão que revigora

as forças físicas, mas dai-nos também o pão para o espírito...

3 Perdoai as nossas ofensas, mas ensinai-nos antes merecer o vosso perdão, perdoando aqueles que tripudiam sobre nossas dores, espe-zinham nossos corações e destroem nossas ilusões...

3 Que possamos perdoá-los não com os lábios e sim com o coração...

3 Afaste de nosso caminho todo sentimento contrário à caridade...

3 Que este Pai Nosso seja dadi-voso para todos àqueles que sofrem como espíritos encarnados e desen-carnados...

3 Que uma partícula deste Pai Nosso vá até os cárceres, onde alguns sofrem merecidamente, mas outros por erro judiciário...

3 Que vá até os hospícios ilumi-nando os cérebros conturbados que ali se encontram...

3 Que vá até os hospitais, onde muitos choram e sofrem sem o con-solo da palavra amiga...

3 Que vá a todos aqueles que neste momento transpõem o pór-tico da vida terrena para espiritual, para que tenham um guia e o Vosso Perdão...

3 Que este Pai Nosso vá até os lupanares e erga as pobres e infelizes criaturas que para ali foram tangidas pela fome, dando-lhes, apoio e fé...

3 Que vá até o seio da terra, onde o mineiro está exposto ao fogo do grisu e que ele, findo o dia, possa voltar com o coração cheio de espe-

rança renovada, junto a sua família...3 Que este Pai Nosso vá até os

dirigentes das nações, para que evitem a guerra e cultivem a paz...

3 Tende piedade dos órfãos e viúvas...

3 Daqueles que até esta hora não tiveram uma côdea de pão...

3 Tende compaixão dos navega-dores dos ares...

3 Dos que lutam com os vendavais no meio do mar bravio...

3 Tende piedade da mulher que abre os olhos do pequenino ser à vida...

3 E que a paz e a harmonia do bem fique entre nós e estejam entre nós,

3 Assim seja...

“... Creio que, tanto na palavra do apóstolo Paulo quanto na expressão de Allan Kardec, o aforismo “fora da caridade não há salvação” ficará mais claramente colocado, em linguagem de todos os tempos, nos termos: “Fora do amor não há salvação”. Nosso caro Emmanuel muitas vezes nos diz que este conceito de ‘sal-vação’, na sentença mencionada, vale por ‘reparação’, ‘restauração’, ‘refazimento’... A propósito, habitu-amo-nos a dizer, com referência a um navio que superou diversos riscos: ‘O barco foi salvo’... Ou de homem que se livrou de um incêndio: ‘O companheiro foi salvo do fogo’... Salvos para quê? Logicamente, para continuarem trabalhando ou sendo úteis. Nesta interpretação justa e salutar, reconhecemos que, fora da prática do amor uns pelos outros, não seremos salvos das complica-

Pai Nosso espiritual

ções e problemas criados por nós mesmos, a fim de prosseguirmos em paz, servindo-nos reciprocamente na construção da felicidade que almejamos”.

planosdE saúdE

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Inês S. T. PereiraconSulTora de vendaS

PF/PMe/odonto

evenTo do Seara12 de dezembro, sábado, o Grupo de Teatro León Denis, apresenta a peça “o apóstolodo espiritismo”, às 19h. Ingresso: 2 quilos de alimento não perecível.Pizza beneficente

17 de dezembro, Umberto Fabbri, quinta-feira, às 20h.

FeIra do lIvro eSPÍrITa eM oSaScodias 5 e 12 de dezembro, das 8h às 18h, no Calçadão da Rua Antonio Agu, defronte ao Osasco Plaza Shopping.Toda renda auferida será destinada as Obras Assistenciais da Amamos.

evenToS na lIvrarIa eSPÍrITa MenSageIroS de luzTardeS de auTÓgraFoS: 7 de Novembro, sábado, das 14h às 17h30. André Luiz Ruiz estará lançando o romance medíunico “Herdeiros do Novo Mundo”, do espírito Lucius.21 de novembro, sábado, das das 14h às 17h30. Cláudia Marum estará auto-grafando o romance espírita “Sublime Toque de Amor”, do espírito Rodolpho.

28 de novembro, sábado, das 14h às 18h. Eliana Machado Coelho estará lan-çando o romance mediúnico “Corações sem Destino”, do espírito Schellida.

Tarde de PInTura MÉdIÚnIca14 de novembro, das 14h às 18h. O Grupo de médiuns pictógrafos do Centro Espírita Aurora Cristã - Casa Verde-SP efetuará pintura mediúnica em contra capa de livros. No dia do Evento você adquire um livro de qualquer valor e recebe gratuitamente na contra capa do mesmo, uma pintura mediúnica.

evenTo da coMunIdade eSPÍrITa21 de novembro, das 8h às 12h30, a Use-Osasco, promoverá seminário “Por Amor a si Mesmo: Aprendendo a lidar com as emoções, tristeza, raíva, medo e alegria”, com o expositor espírita Dr. Alberto Almeida no Auditorio do Centro de Formação de Professores de Osasco, av. Marechal Rondon, 263 - Centro - Osasco. Inscrição gratuita, podendo ser efetuada nas Casas Espíritas filiadas à USE-Osasco ou na Livraria Espírita Mensageiros de Luz, tels. 3682 6767 / 3448 7386. Infor-mações com Sandro, 8105 0880.

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Por Dalmo Duque dos Santos

Em todas as sociedades humanas encontramos fartos exemplos da cultura espiritualista, geralmente

camuflada em forma de mitos e metáfo-ras. Essa tradição sempre foi explorada artisticamente pela literatura infanto-juvenil. Walt Disney levou essa cultura para o cinema, através do desenho animado, e até hoje a empresa que ele fundou mantém essa linha de conteú-dos espiritualistas ou de forte reflexão existencial. No Brasil, essa abordagem teve a preciosa contribuição do escritor Monteiro Lobato e também de um conhecido discípulo de Disney, o cartu-nista Maurício de Souza. Não podemos esquecer um importante aliado cultural, tipicamente brasileiro, a favor da educa-ção para a espiritualidade. Aqui também aconteceu um fenômeno histórico que abriu definitivamente as portas para essa outra dimensão do universo, apesar do stablishment repressivo imposto pelo clero católico desde o período colonial, e também a pseudo-proibição “cientí-fica” do legalismo educacional. Trata-se da miscigenação racial e da mistura de crenças e costumes ocorridas em mais de 500 anos de história. Desse longo e intenso convívio entre índios, negros e brancos, ainda que pesasse o predomínio político do elemento europeu, resultou no campo da cultura espiritual o sincre-tismo religioso brasileiro, do qual herda-mos do indígena e do africano as crenças mágicas das selvas: o curandeirismo natural e fraterno, as práticas medianími-cas e ritualísticas da comunicação com Espíritos ancestrais e finalmente, o misti-cismo simples e sincero do cristianismo praticado em Portugal. Costumamos exemplificar essa mistura irreversível de costumes no clima do carnaval, em cuja origem imaginamos o encontro “casual” da dança indígena, do lundu dos escravos e de uma procissão católica, for-mando uma apoteose cultural chamada Brasil. Tirando a irreverência e a falta de compromisso da festa carnavalesca, o que sobra é a espiritualidade primitiva praticada nos terreiros de candomblé

- e mais recentemente da umbanda , onde Espíritos africanos e indígenas se confraternizam para orientar e proteger seus descendentes, credores e devedo-res, incluindo milhares de almas lusitanas que causaram danos a eles no período da escravidão colonial. Com a chegada do Espiritismo no século XIX, pela moda burguesa das “mesas girantes ” trazidas de Paris por franceses que moravam no Brasil ou por brasileiros curiosos que lá estavam, esse contato com espirituali-dade adquiriu novos ares de liberdade filosófica e ciência experimental, inclusive com a participação de sacerdotes cató-licos interessados pela nova revelação espiritual, na medicina homeopática e também no socialismo utópico. Estes últimos foram estimulados no Brasil pelas 200 famílias trazidas da França para instalar uma colônia fourrierista em Santa Catarina, em 1842. Como se sabe, os socialistas Fourrier e Saint-Simont, Robert Owen e o médico Benoit-Julles Mure (fundador da colônia catarinense), eram espiritualistas e reencarnacionistas convictos. O próprio imperador Pedro II, que permitiu a vinda desses imigrantes franceses para o Brasil, era publicamente simpático a todas essas idéias. Por aí se vê que o nosso País possui longa tradição e tendência espiritualista.

Portanto, não é coincidência que nas salas de aula persistam, depois de tantos anos de modismo, as conhecidas brincadeiras do copo ou do lápis, onde se buscam respostas pelo contato com as forças “sobrenaturais”. Quando isso acon-tece em nossas aulas, nos aproximamos calmamente da turma para participar e orientar a brincadeira para rumos posi-tivos e esclarecer que não há nada de sobrenatural, mas um diálogo possível e muito natural, desde que não seja fútil e desrespeitoso. Na última vez que assim fizemos, uma aluna muito rebelde e irreverente ( na época o pai dela estava preso), surpreendeu-se ao questionar a minha presença na roda. Perguntou ao Espírito se nós éramos do bem ou do mal. O lápis foi girado diversas vezes e sempre indicava o sentido o bem. Mesmo continuando irreverente e rebelde, a

| o espírito na escola |

A cultura espiritual na escola (3)

igrejas evangélicas tentem ofuscar essa realidade, os brasileiros não têm como negar as suas raízes e suas tendências espiritualistas. O Brasil será, em breve, a maior nação reencarnacionista do planeta. O Espírito Emmanuel, mentor do médium Chico Xavier, em suas famosas mensagens do além, afirmou que no século XX mais de vinte milhões de almas francesas e européias, muitos das quais militavam nos milhares de núcleos kardecistas daquele continente, hoje extintos, reencarnaram no Brasil. Isso explica porque os brasileiros, mesmo sendo socialmente adeptos de outras religiões, são simpáticos ao uni-verso cultural espírita. Quando olhamos nas atitudes simples e alegres e nos olhos dos nossos alunos (mulatos, cafuzos, mamelucos e uma grande maioria de pardos) enxergamos nitidamente o brilho da espiritualidade dos seus antepassados. Mesmo nas igrejas protestantes já não se contém mais essa grande força cultural brasileira, adotando-se nelas as práticas de terreiros (os trajes brancos e os banhos de descarrego do candomblé e da umbanda), a doutrinação de Espíritos revoltados e as obras de caridade dos centros kardecistas.

aluna mudou radicalmente o seu trata-mento com a nossa pessoa , passando a ser mais receptiva e a retribuir as nossas demonstrações de carinho e sugestões de conduta. Numa calma noite de sono físico, dessas em que adormecemos profundamente, sem interrupção, fomos levados, em desdobramento, a um lugar escuro e assustador, onde havia estradas desertas e uma mata fechada, cercada por enormes barreiras de arame farpado. Lembramos-nos nitidamente de estar lá chamando essa aluna e algumas “amigas” desconhecidas, que corriam para a escuri-dão, dando muitas gargalhadas e atraídas por mentes obscuras, para retornar aos pontos de luz e de aprendizagem. Não foi sonho comum, pois era uma situação muito real e muito lógica, sem as carac-terísticas da manipulação mental do inconsciente. Tivemos a certeza de que era uma atividade de auxílio espiritual porque a nossa mãe carnal estava junto conosco e, no outro dia, sem saber do assunto, confirmou essas nossas “andan-ças” por esses planos baixos.

Mesmo que a repressão dogmática sacerdotal e o modismo promissor das

Novembro/Dezembro 2009 | Edição 38 | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | FRaTERno | �[email protected]

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Se o doente solicita receita e não aplica o remédio...

Se o aluno fichado na escola não lhe freqüenta as aulas...

Se o viajante necessita chegar à estação, com passagem adquirida, e não toma o comboio...

Se o lavrador inicia a plantação e larga o trabalho à conta do vento...

Não culpe o médico, não acuse o professor, não reprove a condução, nem malsine a terra.

Assim também o Espiritismo, junto de nós, quando lhe conhecemos os sagrados objetivos, sob a direção de Jesus.

Se nos reconhecemos necessita-dos de melhoria, se aspiramos à luz, se temos sede de paz, se queremos felicidade e não nos dispomos a usá-lo em nós, por instrumento da própria renovação, não nos queixemos senão de nós mesmos.

Nunca esquecemos de uma cena que ilustra bem essa marca da nossa cultura. Quando cursávamos o antigo Colegial numa escola do litoral, víamos sempre duas amigas adolescentes se dirigirem para a praia, enquanto uma, de origem africana, entrava no mar para fazer uma oferenda com flores, a outra, branca e provavelmente católica, aguardava na calçada o retorno feliz da amiga, por ter cumprido sua obrigação religiosa. É assim que, provavelmente, no ambiente escolar, certamente encontramos essa espiritualidade plural formada por anjos, orixás, pretos-velhos, caboclos, Espíritos de luz, espíritos santos, enfim, inteligências de outros planos e dimensões, sempre atentas e vigilantes quanto aos destinos dos seus entes tutelados encarnados.

Nas relações entre o Espiritismo e o Cristianismo, bem como entre o Brasil e a França, emergiu outro importante fator histórico: a heresia. Os dois países são, respectivamente, o berço e a florescência da heresia cristã, através do cristianismo de Lyon, considerado o mais puro e fiel aos tempos apostólicos, recusando ter-minantemente a idéia política do papado e o materialismo das religiões de Estado; e mais tarde do Espiritismo, pois Allan Kardec era lyonês e, mesmo não sendo criado naquela região, definiu o grupo espírita da sua cidade natal como o mais sintonizado com esse advento histórico da 3ª Revelação. Nessa perspectiva histórica, as três grandes revelações espirituais para a humanidade foram revolucioná-rias e heréticas em relação às tradições dominantes: o monoteísmo mosaico e o Deus único, com os Dez Mandamentos; o Evangelho Crístico, com o Sermão da Montanha; e a Doutrina dos Espíritos, com a falange encarnada e desencarnada do Espírito Verdade, conforme a promessa de Jesus sobre o Consolador ou o Para-cleto, no relato do apóstolo João (14 e 15). O Brasil também vai ser o palco mais prolífico da heresia cristã, ou seja, o cultivo da autonomia e das raízes mais remotas do cristianismo primitivo, que praticava a mediunidade (profetização) nos ágapes dominicais e aceitava naturalmente a reencarnação. Para a ortodoxia católica e

protestante, ideologicamente já corrom-pida e conivente com as superstições populares, a heresia é um vírus ideológico, uma inimiga da fé e da filosofia cristã. É vista como um pecado e é atribuída ao mito de Satanás. Para os espíritas, ao contrário, a heresia, que em grego significa liberdade de pensamento e expressão, é um anticorpo que combate os inúmeros riscos de contaminação e desvios da ética do Cristo. Historicamente, a heresia sempre surgiu nos momentos em que a fé cristã sofreu abusos por parte do clero e do Estado. Mesmo que as suas manifestações parecessem incultas e exóticas, eram na verdade contextualmente proporcionais aos desvios, cujos abusos também lhes pareciam exóticos e completamente fora do normal. Aliás, as acusações de heresia, como se esta fosse algo sujo, imundo, profano, imoral, partiu sempre daqueles núcleos clericais corrompidos, antros de moralismo, ambição de riqueza e poder, onde se escondiam as mais terríveis per-versões ideológicas contra o Evangelho. Este, sim, foi o espírito demoníaco, instau-rado, por exemplo, pela Inquisição e seus tribunais sinistros, que sustentavam crimi-nosamente os títulos de santidade. Este é o espírito das trevas que tenta seduzir, viciar e aterrorizar o povo com falsos milagres, mil promessas e terríveis ameaças através das teologias da prosperidade material e salvação da própria pele. Já o Evangelho autêntico abre os olhos aos cegos, ilumina os caminhos, dissipa as trevas, confunde os orgulhosos e glorifica os justos. Foi esse espírito da heresia que animou homens corajosos como Agostinho, Francisco de Assis, Tereza D’ Ávila, Jan Huss e Martinho Lutero, desafiando os abusos religiosos e mostrando o caminho correto da reli-giosidade.

Voltando ao que pode ou o que não pode na escola, não existe proibição ou impedimento legal para abordar o tema espiritualidade no ambiente escolar. O Estado é laico e não existe de fato, desde a proclamação da República, uma religião oficial no Brasil. O que existe é uma reco-mendação ética sobre o proselitismo ofen-sivo e a imposição de idéias que agridam a liberdade de pensamento e de culto na

sociedade. Isso quer dizer que, por mais cor-reto e legítimo que seja, qualquer tentativa de oficializar ou legalizar essa prática repre-sentaria um verdadeiro desastre nos propó-sitos de alertar e esclarecer as pessoas sobre a realidade espiritual. Outro fator agravante é que, num ambiente predominantemente intelectual, a diversidade de condições de maturidade espiritual indica que nem todas as mentes estão preparadas para conhecer certas verdades e que é necessário aguar-dar o momento certo, a oportunidade mais adequada. E isto não pode e nem deve fazer parte de planejamentos escritos e previsíveis. O setor da mente humana que está aberto para essas informações é imprevisível (ver a Parábola do Semeador) e a didática que servirá de veículo para elas deve ser regida pelo fator intransitivo, ou seja, quem decide não é o educador e sim o educando. Então, as coisas espirituais, ao contrário das coisas intelectuais explícitas, serão ensinadas nas entrelinhas implícitas do currículo, nem na linha vertical, muito menos na horizontal. Ela vai acontecer, como a própria mediunidade entre Espírito e Matéria, no plano transversal. Embora os temas transversais sejam previstos nos PCN , a nossa abordagem não deve, a nosso ver, em momento algum ser formalizada, muito menos oficializada. Essa transversalidade é essencialmente informal, é de momento, repente criativo, insight, plantada em doses moderadas de semente e adubo, até que aconteça, de acordo com as condições de fertilidade e natureza do solo (aluno) a germinação. Somente depois dessa fase quantitativa e primitiva da agronomia metafísica e que ocorre a aprendizagem qualitativa, desenvolvida gradualmente num processo educacional iniciático, o conhecido “segredo” entre mestres e discípulos. “Quê! Sois mestres em Israel e não sabes dessas coisas!”, espantou-se Jesus com Nicodemos ao constatar que o sacerdote ignorava essa óbvia diferença entre saber e ensinar as coisas da matéria e as coisas do espírito. Nesse diálogo clássico da andragogia, Jesus revela um segredo para Nicodemos e o alerta sobre a respon-sabilidade da posse e da transmissão do conhecimento.

Continuaremos na próxima edição.

Espiritismo e Nós

| doutrina |

Albino Teixeira, do livro Caminho Espírita de Francisco Cândido Xavier, por Espíritos

Diversos. IDE - Instituto de Difusão Espírita

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| cultura espírita |

Por Eduardo Mendes

INTRODUÇÃO AOS VALORES

Uma das coisas que mais deve-mos nos mirar é na decência de pessoas virtuosas. Não há nada no mundo que mais

ressalte a virtude do coração que a decência. É exatamente o brio dessa elevação que faz com que ascenda-mos nossas emoções aos recônditos mais profundos de nossa alma, donde, certamente, encontramos eco rever-berando substanciosa ressonância aos anseios da dignidade. É aonde a ética e a moral se bifurcam encontrando o apoio da compostura, locupletando-se nas latitudes da nobreza – este o rico e verdadeiro caráter da modéstia – a “decência”, sobretudo, pela missão dos grandes espíritos, qual se pode verificar

no silêncio constante de suas veredas na seara do bem.

Tal decência vislumbra-se mais naturalmente naqueles espíritos que estão mais adiantados do que outros, pela paciência e benevolência de suas elevadas condições, cujo alcance menos-preza razões improfícuas de seu próprio gênio em benemérito da coletividade, donde, efetivamente, participam com mais fervor aos seus semelhantes. Estes marcham para o amanhã da eternidade nas altas velocidades da aceitação e da compreensão, valendo-lhes o sublime zelo de seus sentimentos sobre os que engatinham à mercê das inferioridades, das paixões e dos egocentrismos a cota biológica de negligências e culpas, men-tiras e mágoas, dores e ofensas, ódios e tormentos quais avassalam as mentes reencarnadas.

Eis onde reside progressivamente a equanimidade divina, pelo esforço das almas na direção do bem e do amor uni-versal, da decência à fraternidade, como parâmetro de Deus aos que se condicio-nam num grau maior de ascendência a caminho da própria evolução, os que car-regam os fardos da incompreensão alheia a peso das miserabilidades indigentes e não os que ficam a parte dos impiedosos, guiados a pena de talião pelo egoísmo de seu deus parcial, antropomórfico, que se arrepende e condena a maneira das imperfeições humanas.

São eles, os decentes heróis da divindade silenciosa cujo sentimento de amor se libertou dos grilhões da materialidade e agora caminham a largos passos ao curto período de suas existências anônimas, donde vivenciam como “almas santas”, quais habitam ou habitaram encarnados entre nós, por seus corpos negros, mulatos, brancos, vermelhos, magros ou gordos, velhos ou ainda jovens; dos mais hábeis à bondade aos mais ignorantes caboclos; dos mais ricos à simplicidade aos pobres mais estropiados. Sãos estes “Chicos”, “Barsa-nulfos”, “Franciscos”, “Caibares”, “Ghandis”, “Budas”, “Marias”, “Madalenas”, “Terezas” e “Aparecidas” que, por grandes espíritos

que são já não se iludem na difícil tarefa da sobrevivência e nem de sua natureza física, se são feios ou bonitos, valendo-lhes consideração maior a simplicidade, pela decência do amor ao próximo...

Deste modo, verificamos mérito a conduta de dona “Aparecida da Conceição Ferreira”, no arcabouço da negritude brasi-leira pelo legado afro-ascentedente.

UMA HEROÍNA DO BEMDona Aparecida da Conceição Fer-

reira: Nasceu na cidade de Igarapava, S.P. dedicou 52 anos de sua vida aos por-tadores da doença do Fogo Selvagem, veio de família pobre e não se intimidou quando teve que deixá-la de lado para cuidar dos doentes. Ela nasceu em 19 de maio de 1917. Criada por um tio, vendia doces, verduras e frutas para ajudar na manutenção da casa e para aprender a trabalhar; até então, nunca tinha pensado em trabalhar com doentes. Casou-se, em 1934, e logo começou a labuta de ampa-rar crianças de rua e criá-las.

A TRAJETÓRIAEm Uberaba, dona Aparecida foi tra-

balhar como enfermeira, na Santa Casa de Misericórdia, no setor de Isolamento. Em 1957, começaram a chegar pacien-tes com a doença do Fogo Selvagem ou Pênfigo. Mas a permanência dos portadores do Pênfigo não agradava a direção do hospital. A primeira ação da diretoria, na época recém empossada, foi expulsar esses doentes. Revoltada, dona Aparecida saiu pelas ruas com os doentes tentando várias alternativas em vão. Ao voltar para o hospital, desani-mada pela rejeição demonstrada pelas pessoas de Uberaba e diante do estado crítico dos doentes, que deixavam rastros de sangue onde pisavam, dona Aparecida encontrou um homem que se interessou pelo assunto e a levou ao hospital. O homem conversou com a diretora do hospital e deu a ordem para que dona Aparecida e os doentes ficassem ali. Depois de tudo resolvido, ela descobriu que o tal homem era um Promotor de Justiça.

O POVO DE SÃO PAULODias depois, dona Aparecida recebeu

a visita do diretor da Saúde Pública e o Assessor de Educação que arrumaram uma parte do asilo São Vicente de Paulo (que antes era necrotério) e disseram que ficassem dez dias até arrumarem local melhor. Foram dez anos. Nunca mais se ouviu falar no diretor da escola, nem assessor de educação. Mesmo assim, ela continuou seu trabalho; em 1961 havia 363 enfermos. Eles tinham somente a roupa do corpo e a roupa de cama.

Em 1964, ela percebeu que a situação estava insustentável e foi para São Paulo. No viaduto do Chá, ela pedia esmola para os doentes do Hospital do Fogo Selvagem de Uberaba. Um médico e um advogado, que eram vereadores ubera-benses, foram até lá e vendo dona Apa-recida naquela situação, acharam que ela estava desmoralizando Uberaba. Foram à delegacia e aos Diários Associados e fizeram a denúncia. Isto fez com que dona Aparecida ficasse presa oito dias, sendo solta por intermédio de uma advogada voluntária, chamada Dra. Izolda M. Dias, que a defendeu no processo.

Ao saber do ocorrido, Saulo Gomes, repórter da TV Tupi, fez uma reporta-gem. Ele andou por todo o pavilhão do asilo São Vicente de Paulo, filmando e mostrando para o público a realidade dos enfermos. Com essa atitude, pro-moveu-se uma campanha beneficente e muitas cidades participaram ajudando os doentes.

Dona Aparecida passou muita neces-sidade. Quando a situação financeira pio-rava, ela ia para São Paulo onde recebia ajuda da comunidade espírita paulistana. Enquanto isso, sua filha ficava com os doentes. Segundo dona Aparecida, o povo de São Paulo a ajudou muito mais que o povo de Uberaba. Quando ela precisava de comida pegava um cami-nhão, que não era dela, e passava nas fazendas da região recebendo alimentos dos fazendeiros.

O LAR DA CARIDADE

A cidade de Uberaba, além de sua

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beleza e prosperidade, abrigou em seu seio, importantes personagens do movimento espírita brasileiro. Uma delas, ao lado de Chico Xavier, é a pró-pria Dona Aparecida Conceição Ferreira. Conhecida por espíritas e não espíritas por seu trabalho de auxílio ao próximo, vive hoje um dos seus momentos mais delicados, sobretudo por conta da crise mundial, que levou muitos colaboradores a suspenderem as suas contribuições. Para se ter uma idéia da gravidade da situação, a folha de pagamento da insti-tuição está em aberto desde janeiro e as dívidas mensais podem chegar a alguns milhares reais. Se nenhuma atitude não for tomada, o futuro do Lar pode estar ameaçado. Segundo Elvécio Lorena da Silva, contador da instituição, as dificul-dades se tornaram maiores depois da desencarnação de Chico Xavier. Muitas caravanas, de todo o Brasil, deixaram de vir a Uberaba, onde também visitavam o Lar da Caridade e traziam sua ajuda.

Contudo, fazendo jus ao seu nome, o Lar da Caridade, ao longo dos anos, foi expandindo as atividades, passando a beneficiar também crianças e jovens, famílias, idosos, deficientes físicos e men-tais, que hoje perfazem um total de 50 pessoas atendidas diretamente, além da comunidade carente que com freqüência bate às suas portas à procura de auxílio.

enTrevISTa HISTÓrIcaEmbora conhecesse Chico Xavier

e dele recebesse ajuda desde o início, tornou-se espírita somente em 1964. Foi o Chico quem a incentivou a fundar o Centro Espírita “Deus e Caridade”, onde ele comparecia para transmitir passes e receber mensagens psicografadas, grande parte delas assinadas por Maria Dolores e Jesus Gonçalves. Em visita à abençoada seareira, agraciada com o título de Cidadã Uberabense por seus méritos, quando dela a “Folha Espírita” obteve longa entrevista, da qual se des-tacam algumas passagens de sua difícil existência.

aS orIgenS: “De acordo com os assentamentos nasci em Igarapava,

Estado de São Paulo, filha de Maria Abadia de Almeida, às 4 horas da manhã, no dia 19 de maio de 1917. Meus avós maternos foram Manoel Inocêncio Ferreira e Joa-quina Angélica de Jesus. Pelos registros tenho a idade de 82 anos mas acredito que tenha 86. Nunca vi meu pai e fui criada por avô e tio. Casei-me em Igara-pava, no dia 14 de junho de 1934, com Clarimundo Emidio Martins. Lá fiquei até a idade de 36 anos, onde tive meus cinco filhos. De Igarapava fui para Nova Ponte, onde exerci o magistério na zona rural.”

eM uBeraBa: “De Nova Ponte, vim para Uberaba, onde fiz de tudo para manter minha família. Até limpeza de cisternas, porque quando cheguei na chácara onde fui morar não havia o que comer. Então, saía limpando cisternas. Eu descia no fundo dos poços e eles puxa-vam o barro. Depois, me dediquei à horta. Os médicos da Beneficência Portuguesa vinham comprar as verduras e com isso não precisava sair vendendo.”

enFerMeIra: “O dono da chácara foi candidato a Prefeito e perdeu a eleição. Dizia ele que gostava do meu trabalho, mas não daqueles que vinham à minha casa. Verdade seja dita, eu não trabalhei na campanha dele. E eu lhe falava: “Quem vem na minha casa é melhor que eu”, e procurei um jeito de sair de lá. Foi uma cabeçada, sofri bastante. Certo dia, o Dr. Jorge me convidou para trabalhar no hos-

pital. Relutei muito, porque o quadro que eu presenciei no Isolamento era terrível: doentes com tuberculose, tétano, febre amarela... Mas acabei aceitando porque a oferta ia subindo, subindo... Afinal, me oferecerem três mil e trezentos, enquanto meu marido ganhava cento e oitenta.”

ProBleMaS: “Eu trabalhava no hospital havia dois anos e alguns meses. Venceu o mandato daquela diretoria e entrou outra. A eleição foi dia 4, e dia 6 eles tomaram posse. Os novos diretores parecem que tinham alguma rixa com nosso médico, que era irmão do Pedro Aleixo e partidário da UDN. A turma que ganhou era do PTB. Falaram para mim: “Olha, hoje não tem almoço para os doentes, pode mandar todos pra casa”. “Como?”, eu disse, “eles não têm dinheiro, estão ruins.” “Ordem dada, ordem exe-cutada”, replicaram. Ou seja, não havia apelação, os doentes estavam na rua.”

eM BuSca de Socorro: “Eu pro-curava consolar os doentes dizendo-lhes: “Não chorem, não, nós vamos fazer uma passeata e o povo vai nos ajudar” . Fui a uma rádio e pediram-me para “refrescar a cabeça”, noutra, a mesma coisa, no jornal, igual. Eu não sabia que estava brigando com a nata da cidade: Prefeito, Escola de Medicina, Saúde Pública. Me mandaram pra casa e fui muito triste, nervosa, matu-tando como fazer. Eram doze doentes. Fomos para minha casa.”

MoMenTo de decISÃo: “Em casa, um de meus filhos me disse: “A senhora escolhe, ou nós ou os doentes”. Não vacilei e respondi: “Hoje, fico com os doentes, porque eles têm Deus e eu por eles, vocês estão crescidos e vão se virar”. Chamei todos eles para dentro e entraram chorando. E aí os vizinhos me davam um caixote; o outro, um colchão; outro uma tábua, e eu agasalhei os doze. Fui fazer o almoço, eram três ou quatro horas da tarde. A gente estava só com o café da manhã. Enquanto fazia comida, gritava para minhas filhas esquentarem água para eles tomarem banho na lata de querosene e assim permanecemos ali por dois dias.”

aSIlo SÃo vIcenTe de Paulo: “No fim de dois dias, chegaram os dire-tores da Escola de Medicina e da Saúde Pública para ver as condições, que eram precárias. E aí arrumaram o Asilo São Vicente de Paulo para que ficássemos dez dias porque, no final de dez dias, como prometiam, iriam arrumar alguma coisa melhor. Foram dez anos, nunca mais vi eles. Foi o tempo que eu levei para construir isso aqui, com a graça de Deus e a ajuda do povo.”

PreconceIToS: “Havia muito preconceito para com os doentes. Eu saía para pedir esmolas com três deles. Muita gente nos via e descia da calçada. Eu falava: “Não saiam não, porque se vocês

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saírem, apanham”. Se nós entrávamos nos ônibus, o pessoal descia. Fomos pedir em uma casa daqui, cuja dona se dizia espírita e os meninos tocaram no portão. Antes que subíssemos, ela mandou passar álcool no portão para desinfetar. A doença do pênfigo é triste, é horrorosa, o doente na primeira fase é um pedaço de carne podre. E o povo tinha medo, porque ninguém conhecia. Nós vencemos. Para fazer esta casa aqui foi uma luta, tantos foram os abaixo-assi-nados para que não fosse feita...”

oITo dIaS na PrISÃo: “Aqui não tem um grão de areia dado pela Prefei-tura, nem pelo Estado ou a União. Foi o povo quem me ajudou. O pessoal espírita daqui fazia a campanha “Auta de Souza” e traziam as coisas para mim. Mas não dava para manter a casa, porque no final de um mês eu tinha trinta e cinco doentes. Fui para São Paulo e ficava no Viaduto do Chá, em frente da Light. Punha um lençol, as meninas segurando, e eu com um sino dizia: “Me dêem uma esmola pelo amor de Deus, para os doentes do Fogo Selvagem de Uberaba”. E aí o povo ia jogando níqueis. Na época, foram dois vereadores daqui passear em São Paulo: um advogado e um médico. Achando que eu estava desmoralizando Uberaba, fizeram Ofícios para o Chateaubriand e para a Delegacia. Fiquei oito dias no xadrez, até que uma advogada, Doutora Izolda, me tirou. Quem mandou ela me

tirar, não sei até hoje, pois ela já morreu.”

o P r I M e I r o PaSSe: “No mesmo dia em que estivemos com Dona Leonor, à noite, eu e o Lauro fomos a um Centro Espírita, uma casa velha, com muita gente. Logo que começou a reunião, o presidente da mesa falou: “A pessoa do fogo selvagem que esti-ver aí faça o favor de se dirigir à mesa”. Não fui. Quando acabaram os trabalhos, todos foram saindo, menos aqueles da mesa. O presidente tornou a falar sobre a pessoa do “Fogo Selva-gem”. Eu me apresentei

Que Chico, nada... Mas, daquela hora em diante, as coisas melhoraram para mim, desci a Brigadeiro e fui para o Anhanga-baú, e ali a mina nasceu... Meu primeiro encontro com o Chico foi quando eu tinha uma doente muito obsediada; na época, eu dizia que ela estava doida. Fazia quinze dias que ela não dormia e nem deixava ninguém dormir. O Chico tinha acabado de chegar aqui. Um acadêmico de Medicina, Aldroaldo, me convidou para levar a doente ao Chico. Eu disse: “Sou católica, não queria ser espírita, porque tinha comigo que para servir a Deus não precisava mudar de seita, em qualquer delas se pode servir”. Então, o Aldroaldo apareceu com uma “chimbica” junto com outro estudante. A doente queria saltar pela janela, a colocamos no meio. Chegamos lá no Chico, o quarto era pequeno e estava repleto de gente. O Chico estava de pé, escrevendo. Mas eu não vi o Chico, eu vi o Castro Alves. Nem me lembrei que Castro Alves tinha mor-rido. Falei: “Que Chico, que nada, é Castro Alves, com cabelo à “ la garçon”, grisalho”. Por fim, eu disse: “Vamos embora, vamos embora”. Na volta, a doente veio mode-rada, entrou dentro do carro sozinha e dormiu a noite toda...”

o eSPIrITISMo: “Eu detestava o Espiritismo. Só a partir de 1964 é que me aproximei do Espiritismo, quando estava fazendo a campanha de tijolos para esta casa. Como já disse, fiquei pensando, não é possível, o povo faz campanhas de mantimentos e os trazem para mim, o povo me agrada, me dão dinheiro, a Scheilla me aparece em São Paulo. Naquela noite, eu não dormi, matutando: “Eu vou lá na mulher, nunca tinha dado passe na vida, me mandam dar passe, só virando espírita”. E o Espiritismo não é brincadeira, é coisa muito séria, não se pode brincar com o Espiritismo. Às vezes, você vai em um Centro pensando que vai levar e você volta carregada. Eu não brinco”.

uMa MenSageM aoS eSPÍ-rITaS: “Aos que buscam desenvolver algum trabalho, a minha mensagem é de que tenham muito amor, muita since-ridade e que façam as coisas para si e não para os outros verem. Porque a maioria faz as coisas para os outros verem. E não importa o que os outros falam, porque todas as pessoas que vão fazer a caridade

levam o título de “ladrona”. Meu título era de ladrona. Alguém foi perguntar para o Chico, porque todos diziam que eu estava roubando. Porque quando eu comprava um terreno, diziam: “Comprou mais um terreno para o filho”. Comprava outro, era a mesma coisa. Então, o Chico disse àqueles que foram lhe falar: “Me digam onde ela roubou, que eu vou ajudar ela a roubar”. A partir daí, o povo foi parando de falar que eu roubava.”

AJUDEMOS O LAR DA CARIDADE São realmente bastante diversificados

os trabalhos realizados pela instituição, que estão muito além do já conhecido atendimento aos portadores de Pênfigo. Dentre eles figuram, por exemplo, a manutenção de uma escola de Ensino Fundamental com o apoio da prefeitura local, programas de reforço escolar, aulas de informática, desenvolvimento de pro-jetos voltados à educação, cultura e lazer para a comunidade carente, abrigo de crianças e adolescentes em risco social que são encaminhados pela Vara da Infância e Juventude de Uberaba, atendimento clínico, psicológico e odontológico, tudo de forma gratuita, inclusive com o for-necimento de medicamentos mediante receita médica, assistência a hansenianos; curso profissionalizante no ramo de cal-çados, manutenção de uma confecção para consertos e produção de roupas usadas pelos assistidos, marcenaria, para reparos, reforma e produção de móveis e distribuição de sopa, cestas-básicas e enxovais para recém-nascidos. O Lar da Caridade Hospital do Fogo Selvagem é presidido atualmente por Ivone Aparecida Vieira da Silva, neta de Dona Aparecida, e está localizado na Rua João Alfredo, 437 Abadia CEP 38025-300 - Uberaba, MG. Doações, de qualquer valor, podem ser feitas nas seguintes contas-correntes: 3724-9, agência 3278-6, do Banco do Brasil; e 14572-6, agência 0264-0, do Bradesco. O CNPJ da instituição é 25440835/0001-93. Outras informações, pelo telefone (34)3318-2900 ou através dos correios eletrônicos [email protected] e [email protected]

FINALOuvimos uma história sobre um prín-

cipe carrasco e impiedoso que, quando desencarnou, os Espíritos do Senhor

e ele pediu-me desculpas porque não sabia quem eu era e falou que o “Mentor da Casa” tinha dito que era para eu dar um passe na Presidente do Centro, que já fazia três meses estava entrevada. Eu nunca tinha dado passe, mas agüentei firme. Subimos aquela escada de madeira em caracol e lá chegamos. Ela se chamava Mafalda, uma portuguesa. Estava sob um cortinado “chic”, a turma rodeou a cama dela, e me puseram frente-a-frente. Eu iniciei a oração, senti algo estranho e pensei: “Nossa Senhora, agora vai sair bobagens aqui”. Dei o passe e fomos embora. Dizem que em três dias ela andou. Aí, eu falei: “Preciso ser Espírita, porque a coisa está me apertando. “A comida, ganhamos do povo espírita, agora a Scheilla me deu essa permissão, esse passe”. Dona Mafalda me ajudou muito, fazia bingos, rifas, jantares, até quando morreu de câncer.”

cHIco XavIer: “Tantos e tantos foram os episódios interessantes que pude vivenciar com Chico Xavier. Certa vez, eu estava fazendo campanha em São Paulo, a situação estava difícil, e aquele dia não estava bom para pedir esmolas. Estava na Avenida Paulista, em frente da Televisão, amargurada, fazendo minha oração, triste, porque não estava rendendo nada. De repente, eu olho e vejo o Chico na outra calçada. Até que eu procurasse um lugar para passar e ir de encontro com o Chico, cadê o Chico?

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Há algum tempo que vem surgindo no meio espírita um movimento de críticas ao tra-

balho de assistência social. Esse movi-mento se manifesta principalmente em três formas de menosprezo à prática da caridade. Podemos defini-las assim:

1º) A caridade é humilhante e não resolve nada, devendo ser substituída pelo serviço social;

2º) Enquanto gastamos dinheiro e energia na caridade material, esque-cemos o trabalho de esclarecimento doutrinário;

3º) A caridade é um meio de fuga à responsabilidade maior de procurar solução para os problemas sociais.

Consciente ou inconsciente, todas essas posições contrariam o principal objetivo da doutrina, que é combater o egoísmo e estimular o amor entre os homens, pois a caridade é o amor em ação. É aquela virtude fundamental que o apóstolo Paulo definiu de maneira insuperável em 1º Coríntios, sem a qual nada vale. Sem caridade não há Cristianismo e conseqüentemente Espiritismo. No dia em que consegui-rem fazer prevalecer as suas idéias, os confrades que condenam a caridade poderiam velar o cadáver da Doutrina com velas acesas.

E por qual motivo:1º) porque a caridade não humilha,

mas engrandece a quem pratica e a quem a recebe; porque a caridade é o único remédio para o verdadeiro necessitado, que tanto é o que dá quanto o que recebe; entenda-se ai que, o serviço social é uma extensão da caridade e não o substituto;

2º) porque o dinheiro e a energia empregados na prática da caridade consolidam pelo exemplo o esclareci-mento doutrinário;

3º) porque a caridade é o caminho seguro de solução dos problemas sociais, acudindo ao necessitado no presente e modificando para o futuro as formas de relações entre os homens, pois a prática da caridade modifica as criaturas.

ouvir as dores dos semelhantes, enten-dendo desajustes nas implicâncias de emprego a própria subsistência, das esperanças perdidas à complexidade do gênero familiar, dos dependentes, quais incidem nos proventos da auto-estima, das miserabilidades de caráter à falta de decência, quais englobam toda sorte de dependências ao enredo das psicopatologias.

Deste modo, somos inclusos por devedores necessitados, doentes e carentes da subsistência, implicados nas ações e negligências ao conven-cionalismo da caridade, onde não deve-mos perpetrar servidão aos instintos, mas originalidade aos sentimentos e sensatez ao bem que nos aproxima.

Considerações à caridadeContudo, convém não esquecer

que o lema religioso do espiritismo é: “fora da caridade não há salvação”. Por outro lado, devemos lembrar que a caridade não é apenas dar esmolas, mas substituir o egoísmo nas relações sociais pelo amor. A esmola é apenas o aprendizado inicial da caridade, o meio pelo qual um coração duro começa a aprender a divina arte de doar. É dando primeiro as coisas materiais que a criatura se dispõe pouco a pouco à doação maior de si mesma, todo apren-

fácil ensinar os princípios doutrinários do que praticá-los. Facílimo pregar ser-mões aos famintos. O difícil é ajudá-los a matar a fome entre necessidades. Por outro lado, lembremos que caridade não se limita socorrer o corpo e que devemos trabalhar na iluminação de nós mesmos; estudando a Doutrina para praticá-la e difundi-la, lembrando-se da caridade moral pelas atitudes da afeição, paciência, tolerância e compreensão, principalmente, no aten-dimento fraterno. Prontidão e sigilo ao

dizado começa n o s r u d i m e n -tos. Negar ajuda material aos que têm fome, frio ou doença e falta de abrigo, a pretexto de não incentivar a malandragem, é negar a própria doutrina que que-remos mostrar aos outros.

Obviamente, em tudo há neces-sidade de bom senso. Caso típico dos pedintes nos faró is , notada-mente crianças, se houvesse um trabalho social de ensiná-las a “pescar” e não dar-lhes o peixe seria infinitamente melhor... Porém, negar-lhes o “peixe” a título de não incentivar o consumo de drogas ou a sua exploração pelos adultos seria negar-lhes o tempero da energia espiri-tual que um coração cristianizado pode oferecer. Seria negar-lhes uma brecha donde a ajuda espiritual poderia atingir diretamente como lídimo canal de luz, pois onde se aparenta uma simples “esmola”, há Jesus colhendo em ambos os irmãos, exemplos que despertam oportunidade e comedimento.

É necessário combatermos, por toda parte e em todas as ocasiões o erro dos que falam da caridade dar prejuízos. Sabe-se que, é muito mais

regrediram-lhe a mente, a fim de mostrar o quanto foi duro e cruel com seus asse-clas. Arrependido na morte, pediu nova oportunidade para reencarnar como homem branco, rico e poderoso, cujo intento seria ajudar aqueles sacrificados por ele na vivência passada. E como podia escolher o gênero da existência foi prontamente atendido.

De volta ao cenário do mundo, pelos desígnios da solicitude como homem branco e rico, rapidamente declinou às facilidades da vida torpe, na orgia, sensualidade e libertinagem, usurpando e abusando do poder e da riqueza. Ao desencarnar, tornou à presença dos Obreiros Espirituais patenteado a prejuízos maiores, decorrentes da imprevidência qual não se seguiu por atitudes fraternas, mas na ganância de seus descomedimentos. Chorou, chorou e implorou com remorso à súplica do retorno na permanência de homem branco e rico, qual buscaria acertos com a própria consciência. E pela alternativa que restou foi novamente atendido pela fé e confiança de seu propósito.

E assim, consentido pelo pesar, reencarnou como homem branco e rico, na tentativa de ajustar o passo no desvelo da assistência. E, aos poucos, novamente, seguiu a influência do orgu-lho, declinando à reincidência. Na morte, choramingou em lástimas a falência e se desesperou a peso de culpas hediondas, prenunciando não mais errar, implorando uma vez mais a oportunidade do serviço na masculinidade, na tez e no patrimônio. Porém, os Benfeitores Amigos disseram não mais lhe caber escolha, mas o impo-sitivo da perseverança no testemunho de mulher, negra e pobre, no país cuja igno-rância, pobreza e doenças são o espólio da convenção ao preconceito...

Esta história pode ser uma simples coincidência, no entanto, não destitu-ímos de preito a dona Aparecida. Não sabemos sobre a originalidade desse enredo, porém, vale lembrar a genuini-dade do enfoque espiritual na construção da própria decência. Ninguém se torna santo só pela boa vontade, mas de cres-cimento e zelo no aprendizado sereno, na constante servidão a caridade. “Amai-vos, pedi e batei”! Disse Jesus.

Que suas bênçãos ecoem nas ações benevolentes desse planeta.

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carola!”Levando a coisa na farra, tentei

argumentar: - “Mas eu sou espírita e não católica...” Ela aí não titubeou: - “Então é espiróla.”

O pitoresco virou piada, mas trouxe à tona uma séria questão. Até onde nós, espíritas, estaremos descambando para o igrejismo e a superficialidade?

Temos visto grupos tão obcecados com assiduidade e pontualidade, tão cheios de regras, critérios, exigências e uma intolerância tal, que mais parecem a velha e inquisitorial igreja romana da idade média do que oficinas fraternas de estudo e vivência do Evangelho de Jesus.

Onde foi que perdemos o rumo da fraternidade? Que paramentos invisíveis ainda nos fazem oscilar entre a pseudo-superioridade dos sacerdotes e a submissão dos beatos?

Em um dos costumeiros papos fraternos com meu saudoso amigo Palhano Jr., uma vez questionei: por que será que os espíritas se digladiam tanto por cargos, até mesmo naqueles grupos minúsculos que ficam lá onde Judas perdeu as botas?... Bem-humo-

rado, como sempre, ele me respondeu com uma risadinha marota: “A briga é pelo poder sobre as almas, minha cara. Muitos espíritas ainda se alimentam da autoridade clerical que tinham, quando nas fileiras do catolicismo. O poder vicia”.

Para esse autorita-rismo rançoso, o que não faltam são defesas equivocadas.

Afinal, Emmanuel recomendou: “Disci-plina, disciplina, disci-plina”. Foi o bastante para que instruções

tamente reequilibrado, mas no fundo, punido, possa então reconquistar a permissão de voltar às atividades.... Haja penitência!

Façamos o dever de casa. No Livro dos Médiuns, cap.XXIX, top. 333, ao tratar das reuniões espíritas, o codifi-cador é muito claro: “Se bem que os espíritos prefiram a regularidade, os verdadeiramente superiores não são meticulosos a este ponto. A exigência de uma pontualidade rigorosa é um sinal de inferioridade, como tudo o que é pueril.”

É preocupante, também, a falta de naturalidade com que as pessoas têm se comportado no ambiente espírita. Observa-se uma despersonalização e um formalismo alarmantes, em lugar da camaradagem espontânea que deveria existir entre irmãos. Não raro, rir e brincar inter-reuniões parece ser implícita ou explicitamente, proibido: - “Quebra a vibração”. Cada vez mais, os cumprimentos espontâneos e, afetivos têm dado lugar a frases feitas, piegas e que soam muito falso. Na fala, como na escrita, temos substituído expressões carinhosas e simples do cotidiano por uma linguagem impessoal, “santifi-cada” e obsoleta, incompatível com os novos tempos. Ah, as palavras ensaia-das... Os gestos contidos... Ladainhas

Espíritas e espirólasPerdidos numa burocracia sem sentido, senhas e formulários vão aos poucos tomando o lugar do coração e transformando nossos atendimentos fraternos em patética mistura de clínica psicológica e confessionário, onde o indivíduo precisa seguir à risca as etapas cronometradas do tratamento para obter “alta” ou “absolvição.”

| bússola cristã |

Por Joana Abranches

Já faz algum tempo, uma antiga vizinha sem papas na língua, vendo-me sempre às voltas com

atividades na Casa Espírita, um dia não resistiu e em meio a uma conversa acabou “soltando” que eu era “muito

superiores, aplicadas a um contexto específico, se tornassem o jargão justificador da inflexibilidade fria que campeia em nosso meio e que vem transformando nossas instituições - destinadas a ser escolas do amor - em verdadeiros quartéis de controle e enquadramento. E quantos exageros em nome da disciplina...

Certa vez, uma palestrante habi-tualmente pontual, chegou à nossa reunião pública em cima da hora. Estava mortificada. Por mais que ten-tássemos deixá-la à vontade, repetia sem parar que “a espiritualidade tem horário a cumprir”. Naquela noite o seu desempenho, obviamente, não foi dos melhores.

Porém, é perfeitamente compre-ensível a reação da companheira. Ocorre que se os dirigentes espiri-tuais levam em conta que estamos na matéria, sujeitos a limitações e imprevistos comuns à vida terrena, os dirigentes encarnados, em grande maioria, não o fazem. Numa afirma-ção de poder, até mesmo incons-ciente, sobretudo com relação aos médiuns, insistem em generalizar e saem por aí a prodigalizar suspen-sões ou prescrições de inumeráveis passes e palestras doutrinárias, até que o faltoso ou atrasadinho, supos-

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Aos espíritas, para que ao abr i r os o lhos a os s em elhantes ,

não fiquem na medida dos doutos egocêntricos e con-trários à caridade...

“Ao que estamos informa-dos, os adversários invisíveis do Espiritismo, valendo-se da insensatez de seus pró-prios adeptos, estão agora virando suas baterias contra a caridade.

Inúmeras instituições espíritas, como a FEESP, em São Paulo e a “União Espírita Mineira”, em Belo Horizonte, estão encerrando as suas atividades assistenciais sob a alegação de que o auxílio ao próximo não é tarefa da Doutrina, mas do Estado.

Confirma-se, pois, o que Chico Xavier nos disse, em várias oportunidades, de que as trevas tudo faria para “tirar Jesus do Espiritismo!”.

A “orientação” de seme-capítulo XV: “FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO”.

Que as Federativas se transformem em modernos areópagos, é problema delas - aliás, anda faltando pouco para tanto! -, mas os Centros Espíritas, que lutam diretamente com o povo sofrido, não podem olvidar que o Espiritismo é o Consolador Prometido!

Que a mais esta falta de sensi-bilidade de parte do Movimento de Unificação, que está se mostrando prescindível sob todos os aspectos, os Espíritas fiéis a Jesus, a Kardec e a Chico Xavier, saibam responder com mais trabalho no campo da Caridade, ignorando por completo semelhante estocada das Trevas que, agora, intenta atingir o Coração da Doutrina: A CARI-DADE!”

Ataque à Caridade (*)do passado, ainda tão presentes, a nos distrair de nós mesmos...

Nas Casas Espíritas, dirigentes preocupados apenas em dirigir e coor-denadores tão somente concentrados em coordenar, esquecem o essencial: AMAR. Casas se agigantam e pessoas viram números, em ambientes tão impecáveis quanto frios. Alguém notou a tristeza daquele companheiro ou a ausência daquele outro? Ocupados em crescer, no quantitativo, ignoramos Kardec a recomendar grupos peque-nos e o alerta do próprio Chico, que já dizia: - “Em Casa que muito cresce o amor desaparece”.

Perdidos numa burocracia sem sentido, senhas e formulários vão aos poucos tomando o lugar do coração e transformando nossos atendimentos fraternos em patética mistura de clínica psicológica e confessionário, onde o indivíduo precisa seguir à risca as etapas cronometradas do tratamento para obter “alta” ou “absolvição.” Assim, deso-rientados orientadores, em tom grave e superior, seguem dando receitas iguais para problemas diferentes. Alguém sofreu uma perda e busca notícias do ente querido desencarnado? Que vá “baixar” noutro Centro, porque nos mais ortodoxos ouvirá rispidamente que o telefone só toca “de lá pra cá” e fim. A alegação é que a mediunidade não está a serviço de problemas “domésticos” e sim de coisas mais sérias.

Valei-me Chico Xavier! Quanta saudade da mediunidade a serviço do amor, do consolo aos desesperados de toda a sorte...

Nas reuniões públicas, companhei-ros carrancudos às portas das cabines de passe chamam com voz cavernosa: Os próximos! E aquele que está indo pela primeira vez fica a imaginar que ritual terrível deve acontecer naquela salinha escura onde todos entram cabisbaixos, como bois para o matadouro.

Diretores severos, após como-ventes preces, olham por baixo dos óculos com olhar de censura para a mãe de alguma criança que chora, ou pedem que se retire. Médiuns core-

ografados sincronizam movimentos como se fossem clones uns dos outros. Qualquer semelhança com farisaísmo, lamentavelmente, não será mera coin-cidência.

Na Evangelização, criança que chega atrasada volta. Se falta muito é cortada. Mesmo aquela que mais precisa da orientação e do pão. A mãe, senhora simplória assistida pelo Grupo e que muitas vezes sequer tem o dinheiro da passagem, ouve um duro sermão de alguém que ignora a sua difícil realidade. Normas são normas. Quem negligenciar a freqüência dos filhos não tem direito à cesta básica. O tom é incisivo. Muitos dirão que é necessário usar estratégias para evangelizar “os nossos irmãos que mais precisam”.

Talvez tenham razão... Parece que só os espíritas já não precisam mais do Evangelho...

Navegantes desatentos às ciladas da superfície, não percebemos o risco de naufrágio iminente. Parecemos surdos à conclamação do Espírito de Verdade: “Espíritas! Amai-vos, este o primeiro ensinamento” - E indiferentes à terna advertência de José, Espírito Protetor, a nos lembrar que “a indulgên-cia atrai, acalma, reergue, ao passo que o rigor desencoraja, afasta e irrita”. Até quando continuaremos atraídos pelo canto da sereia?

Há que se ter humildade para repensar nossas práticas doutrinárias, reconhecer equívocos, resgatar a doutrina simples e libertária de Jesus. Há que se ter coragem para mudar, para substituir a frieza dogmática que tem nos engessado pela convivência fraterna, calorosa e solidária que nos identificará, de fato, como cristãos redivivos.

Espíritas ou “espirólas”... O que temos sido? O que realmente quere-mos ser?

Cada um se perceba e se res-ponda.

Ainda há tempo.

[email protected]; [email protected].

“Artigo cedido pelo Jornal da Mediuni-dade – Maio / Junho - 2009 - nº. 17. E-mail:

[email protected] Endereço para correspondência: Av. Elias Cruvinel, 1200 - B.

Boa Vista - 38070-100 - Uberaba-MG”.

lhantes Federativas tem sido, inclusive, repassada a alguns Centros Espíritas, que já começaram a desativar as suas frentes de trabalho no Campo da Assis-tência Fraterna, como se os benefícios da Caridade se estendessem apenas aos Carentes de Pão e não a todos nós, Mendigos de Luz.

De um dos frequentadores da “Casa Transitória”, de São Paulo - uma das maiores bandeiras que o Espiri-tismo logrou desfraldar, através do idealismo de seus fundadores, entre as quais destacamos a figura extra-ordinária de José Gonçalves Pereira, amigo dileto de Chico Xavier, que já se encontra desativada em muitos de seus departamentos, ouvimos que a FEESP, a Casa Mantenedora, alega, por alguns de seus diretores, que “a Caridade dá prejuízo”...

Com certeza, Kardec e os Espíritos da Codificação se equivocaram ao escrever, nas páginas luminescentes de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, o

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| mensagem do seara |

Jussara Ferreira da Silva

amigos leitores,

Acho que todos nós já nos depa-ramos com frases como estas:

Nossa, esse ano passou muito rápido!

Nem vi passar este ano! Ah, este ano “voou”!...Pois é, temos que concordar que

tudo passou muito rápido e que mais um Natal está chegando!

Com essa rapidez a tomar conta dos nossos passos, precisamos cuidar para que os nossos dias simplesmente não passem e “escapem” de nosso sentido. É preciso atentar para o conteúdo da nossa vida. Especialmente nós adultos que, conhecedores das nossas fraquezas e virtudes, somos capazes de, numa simples análise, perceber o quanto dei-xamos sem realizar, o que, efetivamente, demos por concluído e o que deixamos de concreto nas nossas ações.

Com a aproximação do final do ano, tendemos a nos cobrar pelas tarefas incompletas ou simplesmente por aquelas que deixaram de ser! Percebemos que terminamos um ano e adentramos o novo com os mesmos hábitos e pensamentos que nos dominaram outrora. Assim, ano a ano, vamos nos descuidando do nosso futuro e enterrando as possibilidades de uma vida melhor, plena de alegria e otimismo no acordar a cada manhã.

Preste atenção ao pulsar da sua vida!

Olhe para o horizonte, perceba o que acontece além daqueles já conhe-cidos cinco metros a sua volta, olhe para o próximo e escute o seu coração,

olhe para a mãe natureza que pede socorro todos os dias devido a tantos maus tratos!

Olhe para o seu lar e aprofunde-se na relação de amizade com aqueles que lhe compartilham a moradia! Per-ceba o brilho nos olhos daqueles que se aproximam de você, pode ser um brilho de alegria, mas também pode ser um brilho de uma lágrima presa, mas com muita vontade de se soltar!

Perceba as flores, o incomparável colorido e brilho de suas pétalas! Observe o sol cobrindo com a sua energia todos os campos, adentrando os lares pelas janelas e portas abertas para recebê-lo! Sinta a chuva quando ela insistir em cair, sinta a brisa que ela proporciona! Escute o silêncio, ele é imprescindível para nos recompormos após um dia repleto de trabalho!

Escute a alegria das crianças e o sorrir dos animais quando você retorna ao seu lar! Vivencie o amanhecer, o entardecer e a sua disposição nesses momentos especiais! Escute a melodia dos pássaros, das boas músicas, das informações úteis e, principalmente, do diálogo entre você e o Pai Maior!

Observe e vivencie todos os sons, todas as boas ações e suas reações, todos os bons pensamentos e as boas palavras!

Finalize o seu ano com o coração repleto de PAZ, ALEGRIA e AMOR e, assim, com esses mesmos sentimentos adentrará o ano novo. Não se permita o contrário!

Sensibilidade é preciso! Sensibi-lizarmo-nos é imprescindível! Agir é urgente!

Um grande abraço!

Luiz Guilherme Marques

Não há dúvida de que qualquer atividade humana tem a parti-

cipação da inteligência, não existindo nenhuma atividade puramente mecânica.

Qualquer atividade inte-lectual significa um gasto de energia, que pesa na econo-mia geral do organismo e que carece de repouso e alimen-tação para se refazer.

Francisco Cândido Xavier disse, certa vez, que atual-mente as pessoas têm menos vitalidade sexual porque des-pendem muito mais energia nas atividades intelectuais do que se fazia em tempos passados. Assim, pode-se concluir que os seres huma-nos se preocupam muito menos com a prática do sexo físico à medida que gastam sua energia em atividades intelectuais. É isso uma con-

| o sexo nos espíritos |

A atividade intelectual (2)

Imagine-se a satisfação interior que os intelectuais sentem durante seus estudos e trabalhos e quando estes estão completados.

Compensa gastar muita energia nas atividades intelectuais, investir muito no nosso desenvolvimento e assim mesmo fazer em relação às pes-soas que nos cercam.

Veja-se o exemplo de Francisco Cândido Xavier sendo intermediário de centenas de livros para o progresso humano. Imagine-se seu grau de feli-cidade interior.

Temos de sublimar-nos e, aos poucos, ir deixando para trás o apego ao gozo físico, mais próprio dos seres pouco desenvolvidos. Não há mudança imediata, pois a Natureza não dá saltos, mas, quanto mais rápido transferir-mos nosso interesse para atividades mais sublimadas, mais estaremos em contato com os prazeres imateriais, realmente compensadores.

Continuaremos na próxima edição.

seqüência natural do aperfeiçoamento do ser humano, que aos poucos se distancia da animalidade.

O desenvolvimento do ser humano na parte intelectual é fantástico perto do que se via em épocas passadas. Em poucos séculos a humanidade passou a conhecer muito mais do que em milênios anteriores. Esse progresso se faz em progressão geométrica.

A atividade intelectual é uma fonte de prazer, intenso, suave, altamente compensador.

Devemos procurar essa fonte de prazer: do nosso aprimoramento profissional, da boa leitura, da audição de músicas sublimadas, das conversas esclarecedoras, da ref lexão sobre temas importantes para a vida, da transmissão desses conhecimentos às demais pessoas e outras tantas atividades intelectuais, que cansam, mas gratificam no momento em que as realizamos e na contemplação dos seus resultados ótimos.