Jornal Fraterno 45

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Distribuição gratuita | [email protected] “Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade” Allan Kardec FRATERNO Jornal Bimestral | Edição 45 | Ano VIII | Janeiro/Fevereiro de 2011 8 ANOS Divulgando a Doutrina Espírita POLÍTICA E ESPIRITISMO LIVRARIA ESPÍRITA MENSAGEIROS DE LUZ E-mail: [email protected] (atrás do Compre Bem e ao lado do Hospital Municipal) Fone: (011) 3682 - 6767 / 3448 -7386 “Faça parte do Clube Espírita, mais de 120 títulos - Lançamentos por apenas R$18,00” HORÁRIO DE ATENDIMENTO Segunda à sábado das das 8:30 às 19:00hs. R. José Cianciarulo, 89 - Centro Osasco - SP. - Cep: 06013-040 “Para nós, a política é a ciência de criar o bem de todos e nesse princípio nos firmaremos”. (Deputado Dr. Adolfo Bezerra de Menezes) “Infelizmente, e de forma muito irracional, existe em nosso movimento espírita uma insensata campanha para que não nos envolvamos com política”. Também nesta edição EDITORIAL Preconceito a política .................................. 2 EVENTOS O Seara faz 71 anos ........... 3 ESPíRITO NA ESCOLA O estudante suicida ........................................4 DISCUTINDO A BíBLIA Tudo em demasia de ser evitado ......... 5 CULTURA ESPíRITA Reflexões sobre Política e Espiritismo ........ 6 REFLEXõES Os espíritas e a política........................................ 10 MORAL CRISTã O candidato intelectual ........................... 11 MOMENTO FRATERNO..................... 12

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Distribuição gratuita | [email protected]

“Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade” Allan Kardec

fraternoJornal Bimestral | Edição 45 | Ano VIII | Janeiro/Fevereiro de 20118 anos Divulgando a Doutrina Espírita

política eespiritismo

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“Para nós, a política é a ciência de criar o bem de todos e nesse princípio

nos firmaremos”.(Deputado Dr. Adolfo Bezerra de Menezes)

“Infelizmente, e de forma muito irracional, existe em nosso movimento espírita uma insensata campanha para que não nos envolvamos com política”.

Também nesta ediçãoEdiTorialPreconceito a política ..................................2

EvEnTosO Seara faz 71 anos ........... 3EspíriTo na EscolaO estudante suicida ........................................4discuTindo a bíbliaTudo em demasia de ser evitado .........5culTura EspíriTaReflexões sobre Política e Espiritismo ........6rEflExõEsOs espíritas e a política ........................................10

moral crisTãO candidato intelectual ...........................11momEnTo fraTErno .....................12

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[email protected] | FRaTERno | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 45 | Janeiro/Fevereiro

FRATERNO, jornal bimestral contendo: Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais, com sede no “Centro Espírita Seara de Jesus”, Rua Allan Kardec, 173, Vila Nova Osasco, CEp 06070-240, Osasco, Sp. [email protected]; Jornalista responsável: Bráulio de Souza - MTB 20049; Coordenação/Dire-ção/Redação: Eduardo Mendes; Revisores: Luciana Cristillo e Jussara Ferreira da Silva. Diagramação: Jovenal Alves pereira; Captação: Manoel Rodilha; Impressão: Gráfica Yara; Tiragem: 10.000 exemplares; Distribuição: Osasco e Grande São paulo; e-mail: [email protected]; Telefone: (011) 3447 - 2006

| editorial |

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Dizem boa parte dos espí-ritas que, em política, colaboradores, trabalha-dores e dirigentes, jamais

deveriam se envolver, nem como candidatos ou como qualquer outro tipo de inclusão. Radicalistas a ferro e fogo formam a pretensiosa opinião dos que manifestam a ideologia separatista do preconceito. Acres-centam que Política e Espiritismo são como água e óleo, isto é, que não se combinam ou que jamais deveriam se envolver à maneira de conven-cionalismo, promovendo execrável perfil aos que se intentam as fileiras da governança pública. E no que são piores ao fato, condenam ao fracasso moral qualquer um que se disponha a simples candidatura ou mesmo ao espírita que se empenhe numa determinada campanha. Zelosos ao excesso, eis a opinião daqueles contra a política querendo defen-der o Espiritismo e no se promover esquecidos do progresso individual da criatura, divergindo sobre o mérito das lutas interiores pelo esforço da conduta reta.

Nesta edição, adentramos a polêmica da idéia pré-concebida neste ensaio de “Reflexão Sobre Política e Espiritismo”, assunto pro-posto na nossa Cultura Espírita que procura refletir qual a contribuição que podemos ofertar à sociedade em que vivemos, onde, defendemos por este contexto a boa vontade dos espíritas que ingressam na política e não manifestamos favorecimento aos contraditores mais ávidos e nem trataremos por apologia as cabeças menos dignas de astúcia e inteligência, isto é, não defendemos politiqueiros e nem politicagem. Dirigimo-nos simplesmente ao Movi-mento, aos que não concordam com o amálgama política/espiritismo, lamentamos o prestígio radical dos mais severos tanto quanto aos que atacam através do convencionalismo da pureza, quando em nada contri-buem para o progresso moral da

Preconceito a políticatudo, na falta de discernimento pela ignorância e preconceito.

Outra coisa sobre a política seria pensar que nas casas espíritas os assuntos de governabilidade estão distantes do contexto doutrinário. Ledo engano, pois a concorrência a cargos diretores e presidência de um “Centro Espírita” redunda diretamente à política. Ou seja, essa afluência também sugere verdadeira batalha interna aos candidatos por sua indivi-dualidade e ao orgulho daqueles que conspurcam os “Ensinamentos” por ganância e poder. Isto mostra que o que difere são os interesses quando se tem o objeto de governar, reme-tendo-nos ao axioma: “Se quiseres conhecer verdadeiramente alguém, dai-lhe cargo e poder...”. Segundo a recém criada Lei da “Ficha Limpa”, dire-mos que é imperioso ao homem que “seja limpo” e que não apenas “esteja limpo” para exercer santamente as boas ações de seu próprio discurso. Se não for convicto de caráter e não tiver brios no que diz e faz, então, estará fadado à eternidade de sua própria consciência.

E para finalizar, saudamos o nosso Senhor Jesus Cristo, parabenizando os 71 anos de dedicação ao próximo na assistência espiritual de nossa amada casa “I.E. SEARA DE JESUS” e pela presença inestimável de nossos irmãos assistidos e esforço pessoal dos colaboradores, os médiuns, diri-gentes e diretores que se irmanam nas oportunidades dessa ceifa de amor. Agradecemos aos patrocina-dores e cooperadores deste opús-culo que, sem nenhum prestígio ou mérito de suas propagandas, ajudam no empenho da divulgação. No mais, agradecemos as inspirações dos mais variados temas, sobretudo, a paciência e benevolência dos Benfeitores Amigos que tanto tem nos ajudado e sem a qual, a diretora idéia deste bimestral estaria fadada a inexistência.

Boa leitura... O editor.

humanidade. É nisto que fincaremos nossa base, na construção do livre exercício e pelo direito do cidadão espírita a política, qual se faz ampa-rado nas Obras e na apreciação de alguns estudiosos admiráveis, respei-táveis debatedores do assunto.

Concordamos sobre o problema moral dos candidatos, mas reduzi-los a condição de faltosos por professa-rem política, isso só revela precon-ceito e ignorância. Ora, as falsidades ideológicas e os discursos inflamados dos que perpetram inverdades pelas hipocrisias é um problema da huma-

nidade desde os tempos mais remo-tos da civilização e que constituem os imperfeitos desde sempre. Entre-tanto, há também os homens que se esforçam para o melhoramento do mundo e lutam na progressiva marcha do crescimento moral. Aos indignados com a política do mundo e de nosso país, diremos: se esfor-cem por suas escolhas, evitando o continuísmo da negligência e dos interesses escusos, das corrupções e das falcatruas. No entanto, é pre-ciso combater primeiramente essa chaga do mal dentro de nós para não criarmos ranços ainda mais absurdos, do tipo: todo e qualquer político é ladrão!... Conquanto digam outros mais: se fosse político eu roubava mesmo!... Isto só mostra a qualidade das pendências individuais das quais compõem o mesmo arquétipo da

falta de moralidade em suas proje-ções críticas, desses que lamentam e condenam generalizando todos por ladrões, visto que, se fossem políticos concordariam com assalto ao patri-mônio alheio. Essa é a mais deslavada hipocrisia, pela qual não se acusa ninguém por sua religião ou mesmo pelo que é profissionalmente.

Sabemos que o mundo precisa de bons líderes, de pessoas respei-táveis e dos quais deveríamos exigir o máximo de empenho no exercício da governabilidade política; mas não se exige contas, antes que este tenha

exercido uma função pública qual-quer. Notadamente, seria o mesmo que condenar um atleta da olimpí-ada ao fracasso, sem conceder-lhe a mínima avaliação de empenho ao que se destina. Não existem pessoas perfeitas para nenhum setor das sociedades do mundo, mas isto não obsta a função do amor pela caridade e nem promove regresso pela falta moral que ainda há entre os homens. Aliás, sabedores do progresso pela individualidade, todos deveriam estribar-se na decência para pleitear a governabilidade política e não simplesmente condenar os que professam interesse a ela. O engano que esses espíritas atribuem à política não está no rótulo dos profanos, na bandeira dos indignos, no partido dos corruptos e nem na religiosidade dos mais crédulos, está, acima de

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O nosso respeitado Mentor Espi-ritual não me delegou qualquer recurso para defendê-lo, mas, por mim mesmo, não vejo Padre Manuel da Nobrega, do ponto de vista da história, na condição de um sacerdote imponente. Certamente, seria ele um homem de Deus, inteiramente voltado para causa religiosa que abraçara, mas isto não impediu que tivesse, vasta ação humanitária na formação original da família brasileira, conforme atestam as petições de

recursos para isso, dirigidas por ele ao rei de Portugal, e atuação decisiva de que participou na criação de núcleos populacionais do País, como por exemplo, na fundação da cidade que é hoje a capital de São Paulo. quanto a opinião dele, Emmanuel, sobre a religião na atualidade, diz-no sempre o nosso Amigo Espiritual que o serviço da fé pode e deve continuar instruindo e consolando, edificando e servindo em nome do Senhor, junto às criaturas. quanto ao trabalho

em favor dos nossos companheiros necessitados ou mais necessitados do que nós mesmos, esse não é um trabalho específico de religiosos e políticos, cuja missão é sempre venerável para nós, mas, sim, obriga-ção para todos, de uns para com os outros, competindo-nos dividir com os nossos irmãos em humanidade pelo menos algo daquilo que a divina Providência já nos permite usufruir, isso não é utopia: é a verdade para qual caminhamos”.

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O Seara está em festaÉ o seu aniversárioQuantos irmãos cantam conoscoToda esta felicidade.São pessoas e muitas almasQue aqui foram evangelizadasE em reconhecimentoVem aqui confraternizar.É muita luz e muito amorQue ele nos ofereceSentimos que estamos próximosDe Jesus nosso Senhor.Aqui tem “Josés” e “Joãos”Todos trabalham unidos

Em favor dos que vem chegandoCom o coração tão sofrido.Parabéns para o SearaPelos seus 71 anos.Uma vida de amor e pazÉ o que sempre nos traz.O “Seara” é o meu segundo lar...É aonde eu aprendiNo meu coração,Compreender e amar.Obrigado meu SenhorPor tudo que me tens dadoPois não mereço nem a metadeDo que me tem ofertado.

A livraria espírita Mensageiros de Luz, dando prosseguimento a sua programação de divulgação da doutrina espírita, promove a apre-sentação da peça teatral espírita “além da vida”, baseada em obra do médium Chico Xavier.Dia 23 de janeiro, domingo, às 18hno Teatro Municipal de Osasco, Avenida dos Autonomistas, 1.533, tel 11 3685 9596.

Ingress os ante c ip ados a R$ 20,00 (inteira e 1/2 entrada). No dia do evento R$40,00 (inteira) e R$ 20,00 (1/2 entrada). Aquisi-ção antecipada na livraria espí-rita Mensageiros de Luz, Rua José Cianciarulo, 89, Centro, Osasco, tels. 3682-6767 e 3448-7386Nota: reservaremos ingressos por telefone.

pEça TEaTral EspíriTa - “além da vida”

Eventos do Seara para fevereirode 2011, aniversário de 71 anosdia 2 quarta feira 20h Astrid Sayegdia 3 quinta feira 20h Orson Petter Carraradia 7 segunda feira 20h Wanyr Cacciadia 9 quarta feira 20h Jamiro dos Santos Filhodia 10 quinta feira 20h Roosevelt Thiagodia 14 segunda feira 20h Sergio Santosdia 16 quarta feira 20h Oscar Spessotodia 17 quinta feira 20h Umberto Fabbridia 21 segunda feira 20h FranciscoAranda Gabilandia 23 quarta feira 20h Paulo Ribeirodia 24 quinta feira 20h Ronaldo Camposdia 26 sábado 18h30 Paula Zamp

(Aniversário 71 anos) depois da palesta: salgados, refrigerantes, doces e bolo.

dia 28 segunda feira 20h Vansan

HomEnagEm ao sEaraPor Neusa M. Chaves

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Por Dalmo Duque dos Santos professor

Outra marca sócio-espiritual importante do planeta Terra é o imperativo da Lei do Trabalho, recurso

natural evolutivo que em mundos de expiações e provas é quase sempre associado ao sofrimento e à escravi-dão. A história da Humanidade ter-rena é também a história do trabalho, da transformação da natureza e da produção de riquezas. As diferenças entre os seres são também as diferen-ças entre as habilidades do trabalho físico e do trabalho intelectual, deter-minando os desequilíbrios sociais,

| o espírito na escola – parte 10 |

O estudante suicidaessa rejeição pelo conhecimento ofe-recido nas escolas. Outros ainda lem-bram que o problema está no tipo de conteúdo ou ainda no caráter desse conhecimento. Os conteúdos posi-tivos são fortemente rejeitados ou aceitos apenas parcialmente, desde que não haja exigência positiva de mudança de comportamento. Nem é preciso dizer que os conteúdos negativos são rápida e facilmente aceitos e assimilados.

Certamente estamos vivendo um importante momento de crise. Todos querem saber onde vamos parar. Todos querem saber as causas e conseqüências desse desequilíbrio social no qual o Estado, a Família e a Escola não conseguem estabelecer um consenso sobre os rumos que devem ser tomados para reverter essa situação. Quando não há pers-pectiva para o futuro também não há sentido para o presente, muito menos interesse pelas referências do passado. Um bom exemplo para refletir sobre essa situação caótica são as estatísticas de suicídio entre os estudantes. O suicídio é sempre um tabu , mesmo nas escolas, onde deve-ria ocorrer maior abertura para tratar do assunto. Recentemente lemos um estudo da OMS - Organização Mundial de Saúde sobre esse grave problema social (hoje classificado como item crítico de saúde pública) e nos causou espanto não somente o conteúdo do estudo, mas principal-mente o fato deste ter sido elaborado especialmente para os educadores e tratado com indiferença nas escolas. Não cremos que essa indiferença seja insensibilidade dos gestores e educadores, mas o receio de lidar com o desconhecido. Eis algumas anotações sobre a nossa leitura:

“No mundo inteiro, o suicídio está entre as cinco maiores causas de morte na faixa etária de 15 a 19 anos. Em vários países ele fica como primeira ou segunda causa de morte entre meninos e meninas nessa mesma faixa etária. Sendo assim, a

prevenção do suicídio entre crianças e adolescentes é de alta prioridade. Devido ao fato de em muitas regiões e países a maioria dos adolescentes dessa idade freqüentarem a escola, este parece ser um excelente local para desenvolvermos a prevenção”.

“Atualmente, o suicídio entre crianças menores de 15 anos é inco-mum e raro até antes dos 12 anos. A maioria dos suicídios ocorre entre as crianças maiores de 14 anos, princi-palmente no início da adolescência. Porém, em alguns países está ocor-rendo um aumento alarmante nos suicídios entre crianças menores de 15 anos, bem como na faixa etária dos 15 aos 19 anos”.

“Os métodos de suicídio variam entre países. Em alguns países, por exemplo, o uso de pesticidas é um método comum de suicídio, contudo, em outros, intoxicação com medica-mentos e gases liberados por carros e o uso de armas são mais freqüentes. Meninos morrem muito mais de suicídio que as meninas; uma razão pode ser porque eles usam métodos violentos mais freqüentemente que as meninas para cometer suicídio, como enforca-mento, armas de fogo e explosivos. Entretanto, em alguns países o suicídio é mais freqüente entre meninas entre 15 e 19 anos que entre meninos da mesma idade. Nas últimas décadas a proporção de meninas usando métodos violentos tem aumentado”.

“Reconhecer uma pessoa jovem em sofrimento, que precisa de ajuda, normalmente não é o problema. Saber como reagir e responder frente a crianças e adolescentes suicidas é muito mais difícil. Alguns funcioná-rios de escolas têm aprendido a lidar com o sofrimento e com os estudan-tes suicidas através da sensibilidade e do respeito, enquanto outros não. As habilidades deste último grupo devem ser aprimoradas. O equilíbrio a ser alcançado no contato com o estudante suicida está em algum ponto entre a distância e a proximi-dade, e entre empatia e respeito”.

reflexo das diferenças na distribuição dessas riquezas. A escravidão só foi abolida legalmente em nosso planeta há pouco mais de um século, porém no mundo atual, milhões de pessoas, incluindo crianças e jovens, são man-tidas em condições desumanas de trabalho, verdadeiros cativeiros. Em nosso País há constantes denúncias de exploração do trabalho escravo, onde encontramos pessoas analfa-betas e de cultura rústica e atrasada nessas condições. Como explicar esses contrastes, quando vivemos num mundo altamente tecnológico? Nas escolas acontece o mesmo fenô-meno: de um lado, temos um ensino altamente científico e avançado e do outro uma boa parte da clientela escolar completamente indiferente, que não consegue valorizar tais con-dições. Alguns educadores acham que tal indiferença é somente um defeito didático, ineficiência no processo de ensino-aprendizagem. Outros acham que o defeito está na índole dos alunos e que nenhum tipo de tecnologia ou procedimento didático-educativo é capaz de mudar

O suicídio é sempre um tabu , mesmo nas escolas, onde deveria ocorrer maior abertura para tratar do assunto

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Como já dito, a maioria das pessoas pensa que a forma ideal de praticar a sexuali-dade é combinando o ideal

de paternidade ou maternidade com a procura do prazer físico.

Diz JORGE ANDRÉA DOS SANTOS (2002:151):

Quem não estiver preparado, pela própria evolução, não poderá dispensar ou afugentar o mecanismo sexual da zona física. Quem ainda não tiver suplantado as fases sexuais, nas suas duas polaridades, não terá con-dições de afastar-se das necessárias realizações na romagem física.

É o retrato da nossa humanidade atual. Vivemos num mundo de provas e expiações. Temos muitas limitações morais, mas caminhamos para uma compreensão mais apurada das Leis Divinas, cujo resumo é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo

como a nós mesmos.Se pensarmos na infância acredi-

tamos que só podemos fazê-lo tendo filhos da nossa própria carne.

No entanto, quem não consegue eximir-se da prática do sexo físico deve dar-lhe uma destinação útil. Que o sexo sirva para trazermos ao mundo os espíritos que precisam reencarnar.

JORGE ANDRÉA DOS SANTOS (2002:147) esclarece:

Uma das grandes construções de que o ser pode participar é a do processo procriativo, pela oferta de um corpo ao espírito necessitado de experiências e realizações.

Com o amadurecimento das criaturas, passam a sublimar os congressos carnais, transformando-os em trocas de energia com o parceiro ou parceira. No entanto, para que ocorram essas trocas em nível gratificante, é imprescindível a fidelidade. A substituição promíscua de parceiros ou de parceiras impede o Amor. O sexo somente se sublima quando os parceiros encontram-se profundamente permeados pelo Amor. Deixa, então, o congresso carnal de ser um ato instintivo para adentrar no campo da comunhão espiritual.

Por José Rei Chaves

Para a filosofia, tudo em excesso é ruim, o que acaba levando a erros, principalmente nas áreas

política e religiosa. E os políticos e os teólogos apelam mais para o seu egoísmo e vaidade do que para a verdade.

No Brasil, entre os erros dos exageros políticos, estão os de verbas mal empregadas, que até beneficiam outros países e, estranhamente, os de regimes de força. As conseqüências disso são a precariedade em que se encon-tram os setores da saúde pública e das rodovias no nosso País. O número de médicos é deficiente. As filas para consultas são longas. As datas de atendimentos para cirurgias, mesmo as urgentes, são marcadas para meses depois. As nossas estradas, em grande parte, estão abandonadas, com os desastres multiplicando-se dia a dia.

E lembramo-nos aqui do exa-gerado projeto de lei da proibição da palmada em crianças pelos pais. A proibição do espancamento é bem-vinda, mas a de palmada é uma medida exagerada! E será que essa lei funcionaria na prática? Ela faz-nos lembrar da proibição do jogo de bicho, à qual ninguém obedece! Exageros nem os da Bíblia. Mas vejamos o que ela diz: “Não retires da criança a disciplina, pois se a fustigares com a vara, não morrerá.”(Provérbios 23,13). Que os nossos políticos meditem sobre o dito popular de que “palmada de mãe não dói” e que é preferível uma criança tomar palmadas de seu pai ou de sua mãe, a tomar mais tarde, quando adulta, cace-tadas da polícia.

E os teólogos ensinaram e ensinam que Deus é apenas um e que as Pessoas da Santíssima

Trindade é que são três. Assim, quando alguém pergunta a um teólogo se Jesus é também Deus, ele deveria responder categoricamente que não, que Jesus é apenas uma das três Pessoas da Santíssima Trindade. Mas ele, com a cara mais limpa do mundo, responde que sim, que Jesus é também Deus, o que é uma incoerência e contra a Bíblia: “O Pai é maior do que eu”(João 14,28). “Por que me chamas bom? Só Deus é bom”. (Marcos 10,18). E os teólogos, geralmente, acrescentam que se trata de um mistério de Deus que não podemos compreender. Mas na verdade, é mistério deles mesmos, pois eles é que criaram essa doutrina, que respeito, mas que é contraditória e que, por isso mesmo se tornou dogma. E eles tentam contornar a coisa, dizendo que Jesus é gerado e não criado. Isso é uma verborragia ou jogo de palavras, pois criar e gerar são verbos sinônimos da ação de criar ou de dar origem a um ser. A diferença é que criar pode ter um sentido mais amplo, pois pode incluir também o ato de cuidar do ser criado, enquanto pequeno. Mas quanto à ação de criar ou procriar, gerar tem o mesmo sen-tido. Exemplo: o casal tal gerou dois filhos famosos. Segundo o ensino de São Tomás de Aquino, pode-se dizer que Jesus não é o ser incontingente (incriado), mas contingente (criado). Que os teólogos corrijam seus exageros doutrinários. Isso é o que seria a verdadeira inovação evangeliza-dora de que hoje se fala tanto!

É mesmo verdade que tudo de mais é ruim. Que, pois, os nossos políticos e teólogos se contenham nos seus erros de excessos, uma vez que já se foi a época do coronelismo, da fé cega e da lógica ilógica!

| sexo nos espíritos – parte 7 |

O sexo objetivando a reprodução e o prazer

| discutindo a bíblia |

A filosofia nos ensina que tudo em demasia deve ser evitado

Que o sexo sirvapara trazermos ao mundo os espíritos que precisam reencarnar.

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Por Luciana Cristillo Mendes

Na ocasião da assunção da nova dirigente, eleita conforme as necessida-des espirituais e anseios

materialistas do povo brasileiro, não podemos deixar de contribuir com algumas reflexões, à luz da Doutrina Espírita, para que melhor possamos exercer nosso dever de cidadãos e de espíritos a caminho da Luz.

Com a evolução do conheci-mento e o progresso do nosso mundo, devemos assumir posturas éticas e racionais; isso inclui ser polí-tico, informado e articulado o sufi-ciente para que possamos ajudar na melhoria social com o pouco de cla-ridade e discernimento que já temos. Afirmamos que todo cidadão omisso é irresponsável e inconseqüente, seja espírita ou não.

Algumas pessoas, no meio espí-rita, reagem de maneira negativa e, às vezes, até assustadas quando se fala em política, demonstrando desinformação e preconceito. Existe até um tabu de que política entra em confronto com o zelo doutrinário. E ainda: existe um inexplicável boicote que espíritas normalmente fazem a outros espíritas que se candidatam a um cargo político.

Caso nós espíritas assumíssemos e apoiássemos uma postura política estribada na verdade e no Evangelho, acima de quaisquer ideologias ou partidos, faríamos muito melhor à Causa, pois a sociedade absorveria o produto de nossa participação ética e moralizada ao invés de nos reco-nhecer como um grupo sentimental, saudosista e que muito fala em carma e umbral, mais recentemente lotando as salas de cinema.

Lamentavelmente, há que se admitir que nossa mais pungente realidade, enquanto brasileiros, inclui a ignorância e a dependência de quem não faz questão de pensar, de atuar, de se responsabilizar. Temos o

governo que ainda merecemos por nosso nível intelecto-moral; apren-damos a exercer cidadania, direitos e deveres usando nosso livre-arbítrio com lucidez e todo esse panorama vergonhoso será gradativamente banido de nossa história.

A Doutrina Espírita conscientiza a criatura humana levando-a a tornar-se um “homem de bem” no sentido global. Para tanto, que têm feito as Instituições Espíritas para favorecer o processo de conscientização sócio-política dos seus freqüentadores?

ASPECTOS SOCIAIS E MORAIS DA POLÍTICA

Para nos localizarmos, é opor-tuno lembrar que Política é bem mais abrangente do que a prática politiqueira e está presente em tudo que o homem realiza. Todos nós somos políticos.

Há mais de 2000 anos o filósofo grego Aristóteles escreveu que o homem é um “animal político” e não estava brincando. Política é toda atividade que praticamos com o objetivo de influenciar os aconteci-mentos, o pensamento e sobretudo as decisões da sociedade em que vivemos. Os líderes religiosos têm forte papel político. E mesmo nós, cidadãos comuns, fazemos política com muita freqüência, mesmo não tendo consciência disso. Na feira, quando falamos mal do governo, ou nas reuniões sociais, quando falamos mal ou bem do partido tal ou do ministro tal, estamos tentando fazer a cabeça dos outros, que por sua vez tentarão fazer a de outros. Ou seja, estamos contribuindo para formar a chamada “opinião pública”.

Adentrando no estudo desta Cultura Espírita, verificamos que o Evangelho apresenta a mais elevada fórmula de vida político-administra-tiva aos povos da Terra e o Espiritismo em seus aspectos científico, filosófico e religioso tem muito a ver com a compreensão e organização da

sociedade, a fim de que ela seja mais justa e amorosa.

O Brasil sempre foi alvo de muitas esperanças. Falava-se em país do futuro, em berço da nova civilização e nos meios espíritas em “Coração do Mundo e Pátria do Evangelho”. O grande problema é que nós brasi-leiros nunca demonstramos grande empenho para alcançar concreta-mente esses títulos. Boa parte dos trabalhos de ciência política no Brasil traz uma característica marcante: a constatação de que a sociedade brasileira é dependente do Estado, a esperar que esse paternalismo nos sustente com tantas bolsas quanto possível. Notoriamente, o brasileiro não tem apego a valores como democracia, liberdade e igualdade. Não tem tradição de participação, de reivindicação de direitos nem tampouco de cumprimento de deveres éticos já que usamos far-tamente o famoso “jeitinho” para fazermos as coisas acontecerem a nosso contento.

Em interessante trecho de um conto de Richard Simonetti encon-tramos a ilustração disso: Logo após a 2ª guerra mundial, dois homens almoçavam num restaurante lon-drino. A carne estava racionada, cada cliente só podia comer um bife. Um deles, brasileiro, após saborear o seu, pediu outro ao garçom. Este lhe disse que não poderia atendê-lo, em face da restrição vigente. Nosso patrício sorriu, superior: “Norma ingênua. Posso entrar em um outro restaurante e comer mais um bife.” O garçom, imperturbável: “Sem dúvida, o senhor pode fazer isso. Um inglês não faria.”

Neste passo, reconhecemos que a sociedade é uma das maiores responsáveis pelos males que a atin-gem, no parafrasear de antigo adágio popular: cada povo tem o governo que merece. Somos um país que ainda não se conscientizou de que depende da sociedade colaborar na

resolução de muitos problemas dos quais o Estado não consegue dar conta. O Brasil só vai poder dizer-se Pátria do Evangelho quando der os primeiros passos na construção de uma sociedade realmente democrá-tica, justa e fraterna, quando, enfim, nós brasileiros percebermos que a integramos. Vemos diariamente pessoas apressadas e preocupadas com seu cotidiano, vivendo como se a vida delas fosse uma coisa e os acontecimentos sociais fossem de uma outra realidade. Absoluta falta de comunicação entre o indivíduo e a sociedade...tem como dar certo, por exemplo, um casamento onde cada cônjuge vive em seu mundo particular?

Se uma pessoa está sofrendo em um determinado local, todos sofre-mos, pois os problemas dela acabam nos atingindo de uma maneira ou de outra, seja por meio da violência ou dos mecanismos econômicos mais complexos. E o que tem a ver o Espiritismo com isso? O espírita tem em suas mãos instrumentos poderosos de participação (e de transformação) da sociedade: as Federativas, os centros espíritas, as instituições específicas, os órgãos de comunicação. Podem, no mínimo, auxiliar na mudança de mentalidade de seus adeptos.

Sabemos que Kardec recomen-dou aos centros que deixassem de lado as questões políticas. Mas essa afirmação significa que não devemos

Reflexões sobre Política e Espiritismo

Sabemos que Kardec recomendou aos centros que deixassem de lado as questões políticas. Mas essa afirmação significa que não devemos trazer para o centro espírita as campanhas e militâncias partidárias, pois o lugar para o seu exercício é no

seio das agremiações e locais respectivos

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trazer para o centro espírita as cam-panhas e militâncias partidárias, pois o lugar para o seu exercício é no seio das agremiações e locais respectivos. Assim, jamais o Espiritismo, como Doutrina, e o Movimento Espírita, como prática, poderão dar guarida a um partido político em seu seio, por exemplo: Partido Social Espírita, Partido Espírita Cristão, etc.

Entretanto, as questões políticas decorrem dos próprios princípios do Espiritismo. A partir do momento em que se fala em reforma moral, em mudança de visão do mundo, em desapego dos bens materiais e até mesmo em prática da caridade, fala-se sobre política. Principalmente, quando se fala em transformação

da sociedade, como aparece a todo momento na Codificação, estamos falando de política. “Em que consiste a missão dos Espíritos Encarnados? - Em instruir os homens, em lhes auxiliar o progresso; em lhes melho-rar as instituições, por meios diretos e materiais”. (Questão n º 573 de O Livro dos Espíritos). De se entender, então, que não pode o espírita alienar-se no seio da sociedade em que vive, com a desculpa de que Espiritismo e Política não têm nada que ver, pois é preciso lembrar que a vida material e a vida espiritual são dimensões contínuas da própria Vida. O plano espiritual não está em compartimento estan-que, à distância das misérias huma-nas; é tão somente uma projeção do plano físico, começa exatamente

onde estamos. O homem tem que progredir e

isolado ele não tem condições para isso, já que seu progresso depende dos bens que lhes são oferecidos pela família, pela escola, pela religião e demais agências sociais.

Para o espírita, essa ação política deve ser sempre inspirada nos prin-cípios expressos pelo Evangelho, que o levam a amar e, nesse caso, amar é desejar o bem; logo, a exteriorização política do Amor é a expressão do querer bem e do agir para o bem de todos. “O Espiritismo não cria a renovação social; a madureza da humanidade é que fará dessa reno-vação uma necessidade. Pelo seu poder moralizador, por suas tendên-cias progressistas, pela amplitude de suas vistas, pelas generalidades das questões que abrange, o Espiritismo é mais apto do que qualquer outra doutrina a secundar o movimento de regeneração; por isso, é ele contem-porâneo desse movimento. Surgiu na hora em que podia ser de utilidade, visto que também para ele os tempos são chegados”. (A Gênese).

O Espiritismo trabalha com a educação. Esta é a base da própria Doutrina pois, para praticá-la, temos de nos educar. E a educação tem um conteúdo extremamente político, pois muda nossa forma de ver o mundo e de agir nele. Assim, é cada vez mais importante que os centros espíritas percebam a importância de discutir os assuntos da realidade concreta. Não estaremos fazendo política no aspecto partidário, mas sim auxiliando na conscientização dos espíritas sobre como entender a sociedade e agir nela de uma forma crítica e consciente.

Qual o posicionamento de um espírita frente a questões como violência, menores abandonados, educação, desemprego, racismo, dis-criminação social? O que podemos fazer em nosso âmbito para com-bater esses problemas? Não adianta

querer ser espírita no plano espiritual. Podemos e devemos estudar a moral espírita em sua teoria. Mas não há como fugir: a sua aplicação prática será, quer queiramos ou não, na rea-lidade concreta, enfrentando esses problemas do cotidiano.

A maior preocupação deste início de milênio tem um nome: desemprego. Num mundo globali-zado, cada vez mais dependente da economia e das variações financeiras, o problema do desemprego está se tornando muito grave. O Espiritismo valoriza o trabalho como uma ação social e espiritual, pois o homem dele participa com seu corpo e espírito, não importando seja a atividade chamada manual ou intelectual. Portanto, nenhum homem, em boas condições físicas e mentais, pode ser alijado do trabalho. É bom que os espíritas reservem um pouco da sua preocupação para os debates que se travam no mundo a respeito do desemprego pois quando se trata desta questão, fala-se da evolução do homem.

O homem em sua participação política, ou seja, em sua ação na sociedade, deve agir para o equilíbrio da própria espécie, como da vida que o envolve, pois tudo ele deve fazer para chegar à perfeição e ele é um instrumento através do qual Deus também se serve. Em sua participa-ção política na sociedade, o espírita não poderá perder de vista, jamais, o aspecto ético ou moral da questão.

Uma outra questão bastante pungente na sociedade refere-se ao planejamento familiar e a reprodução no ser humano está ligada à tutela do casamento, cujo surgimento representa um dos primeiros pro-gressos da sociedade humana, pois estabelece a solidariedade fraterna. O espírita, de forma individual, e o Movimento Espírita, de maneira cole-tiva, precisam estar atentos à defesa dos fundamentos morais que pre-servem a nobre e elevada instituição

do casamento e da família. A ação espírita de preservação dos laços de família não pode ficar limitada às quatro paredes do Centro Espírita, mas deve ser uma participação na sociedade. Para isso utilizará os meios e instrumentos lícitos e morais, associando-se a outras instituições e organizações que tenham o mesmo objetivo. Assim poderá se contrapor à onda avassaladora de sensualidade que varre os órgãos de comunicação, como a televisão, a revista, o jornal, o cinema, o teatro e que mantêm a mulher apenas como um objeto sexual, sob a aparência de libertação. Outrossim, a afirmativa também refere-se às diversas tentativas de legalização do aborto. Algo sobre o qual temos opinião bem formada: o Espiritismo posiciona-se a favor da vida – sempre!

Em nosso país, a questão social sobre o uso dos bens da terra, que é um direito de todos os homens, ainda é problemática e constantemente é negligenciada pelos sucessivos governos. O Espiritismo não justifica aqueles que vivem da exploração do semelhante, que pretendem os benefícios da civilização só para si. Aponta-lhes a hipocrisia e a falsidade. O Homem não merece censura por desejar o seu bem-estar. É natural e não condenável esse desejo, desde que não seja conseguido com o prejuízo do outro e não prejudique as próprias forças físicas ou morais. Todo ser humano tem direito ao bem-estar. Logo, está errada e é injusta a socie-dade em que apenas alguns gozam do bem-estar, elegendo padrões de felicidade em termos de CONSUMIR e não de SER, apelando somente para a satisfação dos impulsos ou instintos. O espírita deve, mesmo com sacrifício, agir conscientemente para que, na sociedade humana, todos tenham o necessário para o seu progresso. Sabendo que o uso dos bens da terra é um direito de todos os homens, conforme os postulados do

Reflexões sobre Política e Espiritismo

Sabemos que Kardec recomendou aos centros que deixassem de lado as questões políticas. Mas essa afirmação significa que não devemos trazer para o centro espírita as campanhas e militâncias partidárias, pois o lugar para o seu exercício é no

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Espiritismo, o profitente deve partici-par pelos meios lícitos que tenha ao seu dispor para que esse direito seja indistintamente aplicado.

Ainda em questões atuais, em nosso planeta, cada vez mais assolado pela exploração natural irresponsável, é cada vez mais freqüente os flagelos como inundações, epidemias e secas. Esses flagelos invariavelmente levam à dor e ao sofrimento a grande parte das populações; credita-se ao ego-ísmo responsabilidade direta, tradu-zido no privilégio de minorias, o qual impede que recursos avançados da ciência e da técnica sejam aplicados de forma a eliminar ou diminuir os danosos e dolorosos efeitos destes flagelos.

Nações mais desenvolvidas eco-nômica e tecnicamente procuram explorar as nações pobres. Agem de maneira a mantê-las em permanente dependência econômica, política e até mesmo militar. A destruição e a violência não se manifestam somente de forma física e ostensiva; mais terríveis e perigosas elas são quando se manifestam de forma sutil e disfarçada provocando o aniquilamento e a degradação do meio ambiente em que o homem vive. Todas as vezes que o espírita constatar a destruição da natureza em função do lucro que os sistemas econômicos exigem, deverá asso-ciar-se às vozes que clamam contra tal destruição. Para isso dará apoio e participação ao partido político, aos movimentos ecológicos, às organiza-ções estudantis e outras que lutam contra a destruição desregrada. Diz a Constituição do Brasil no artigo 5º: “LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo do patrimô-nio público (...) ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural...”

O espírita, pelo conhecimento que adquire sobre as Leis da Vida, consubstanciado nas Leis Morais de O Livro dos Espíritos, tem o dever de participar ativa e conscientemente na sociedade em que vive, agindo para que os princípios expressos em tais leis se efetivem. Conseqüen-temente, a omissão e a ociosidade

que venham a alimentar qualquer tipo de isolamento social, produzirão sempre a inutilidade, o fanatismo ou o egoísmo rotulado de pureza ou santidade. O homem tem necessi-dade de progredir, de desenvolver suas potencialidades e isso ele só pode fazer vivendo em sociedade e é necessário que a sociedade esteja estruturada a fim de que todos que a compõem tenham tal possibilidade.

Na vida social e gregária, perce-bemos ao longo de nossa história que o homem não é um ser indepen-dente. Pelo contrário, ele depende de seus semelhantes ao mesmo tempo que é impulsionado ao progresso; por isso impõe-se-lhe a necessidade de aprender a amar o seu próximo e não explorá-lo física, intelectual e sentimentalmente. Esse amor deve ser traduzido de forma concreta. Não apenas dar esmola ao pobre e pedir-lhe paciência, acolher o velho

desamparado no asilo, agasalhar a criança órfã ou abandonada, mas agir para que o AMAI-VOS UNS AOS OUTROS se efetive através do direito que todo ser humano tem de possuir o necessário: alimentação, vestuário, casa, saúde, trabalho, lazer e educação trazendo a todos o progresso material e o progresso espiritual. Sabemos que, na escala de necessidades humanas, um homem com fome, doente e sem trabalho não tem como utilizar eficazmente sua inteligência e nem ter vôos de reflexão e intuição para enfrentar racional e dignamente os desafios da vida encarnada.

E o progresso é da própria condi-ção humana, por isso o homem não pode opor-se-lhe. A ignorância e a maldade e até mesmo leis injustas,

ainda num arremedo do que pode-ria ser verdadeiramente a Justiça, podem retardar seu desenvolvi-mento, mas não anulá-lo. Segundo o Espiritismo, as revoluções morais, como as revoluções sociais infil-tram-se nas idéias pouco a pouco. Elas como que germinam durante longo tempo e subitamente irrom-pem desmoronando instituições, leis e costumes do passado e são realização do progresso. Encontra-mos no comentário de Allan Kardec à Questão nº 789 de O Livro dos Espíritos, esclarecimento de grande valia sociológica: “A humanidade progride, por meio dos indivíduos que pouco a pouco se melhoram e instruem. Quando estes preponde-ram pelo número, tomam a dianteira e arrastam os outros. De tempos a tempos, surgem no seio dela homens de gênio que lhe dão impulso; vêm depois, como instrumentos de Deus,

os que têm autoridade e, nalguns anos, fazem-na adiantar-se de muitos séculos”. Compreende-se, por tudo isso, a importância da participação dos espíritas na sociedade, de uma forma esclarecida e consciente. Para o aprimoramento da sociedade deve-se trabalhar a fim de aumentar o número das pessoas esclarecidas, justas e amorosas de maneira a que suas ações preponderem sobre a dos maus. Daí a reforma íntima não ser condição para isolamento ou alienação, mas compromisso de união com os outros que têm o mesmo ideal de amor e justiça, agindo deliberada e responsavel-mente a benefício de todos e não compactuando com toda situação que promova a desigualdade entre os homens: a riqueza e a pobreza, o

luxo e a miséria, o elitismo intelectual e a ignorância. Devemos lutar contra o egoísmo e o orgulho, identificando os múltiplos disfarces com que eles se apresentam, apoiar os movimen-tos que objetivem a igualdade dos direitos humanos, reconhecendo apenas como válida a desigualdade pelo merecimento decorrente do grau de aprimoramento intelectual e espiritual. O Espiritismo brada veementemente contra a injustiça social, demonstrando a necessidade de se agir por um mundo de Amor e Justiça; entendemos que a desigual-dade das riquezas pode se originar na desigualdade das faculdades, como também pode ser fruto da velhacaria e do roubo. Considerando a diversi-dade das faculdades intelectuais e os caracteres, não é possível a igualdade absoluta das riquezas, no entanto, isso não é impedimento à igualdade de bem-estar. Logo, é importante que cada ser humano tenha as con-dições mínimas para desenvolver suas potencialidades. Isto não será possível enquanto grande parte das pessoas estiver submetida à opres-são, à exploração, à injustiça dos que desejam manter ou possuir a riqueza o mais depressa possível.

Para tanto, a justiça deve exercer sua tutela a fim de que cada um tenha o que é seu de direito. Não se pode, desta forma, justificar com os conceitos espíritas a miséria como sendo apenas prova ou expiação de espíritos que foram ricos e podero-sos no passado. A própria evidência sociológica demonstra o absurdo de tal generalização. A miséria sempre foi muito maior do que a riqueza, numa grande desproporção, em todos os tempos vividos pela huma-nidade, até a presente época. Isso não permite pensar logicamente numa inversão tão simplista como querem alguns: “O pobre de hoje é o rico de ontem”. Trata-se de uma acomoda-ção injusta diante de uma sociedade dirigida, ainda, pelo egoísmo e pelo orgulho. Acomodação que deturpa o sentido da reencarnação, conforme o conceito que lhe é dado pelo Espiritismo.

Para o Espiritismo, o homem

A liberdade depende da fraternidade e da igualdade. Onde houver uma

convivência fraterna, exteriorizada em amor e respeito, acatando-se o direito

do próximo, haverá a prática da justiça e conseqüentemente existirá liberdade

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não goza de absoluta liberdade quando vivendo em sociedade, porque uns precisam dos outros. A liberdade depende da fraternidade e da igualdade. Onde houver uma convivência fraterna, exteriorizada em amor e respeito, acatando-se o direito do próximo, haverá a prática da justiça e conseqüentemente exis-tirá liberdade.

Allan Kardec comenta: “A liber-dade pressupõe confiança mútua. Ora, não pode haver confiança entre pessoas dominadas pelo sentimento exclusivista da personalidade. Não podendo cada uma satisfazer-se a si própria senão à custa de outrem, todas estarão constantemente em guarda umas com as outras. Sempre receosas de perderem o que chamam seus direitos, a dominação constitui a condição mesma da existência de todas pelo que armarão conti-nuamente ciladas à liberdade e a coarctarão quanto puderem”. (Obras Póstumas, Capítulo Liberdade, Igual-dade e Fraternidade). A liberdade não se confunde com a devassidão que solta as rédeas dos instintos. A liberdade de consciência é uma característica da civilização em seu mais avançado estágio de progresso. Todavia, é evidente que uma socie-dade para manter o equilíbrio, a harmonia e o bem-estar precisa esta-belecer normas, leis e regulamentos portadores de sanções. A título de respeitar a liberdade de consciência não vai se admitir a propagação de idéias e doutrinas prejudiciais à sociedade. Nada se lhes deve opor através da violência e da força, mas através dos princípios do Direito. Para o Espiritismo, os meios fazem parte dos fins; não se pode pretender o amor, a justiça, a liberdade, agindo por meios violentos, odiosos, injustos e coativos.

“Como se pode definir a justiça? - A justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais”. (Questão nº 875 de O Livro dos Espíritos). O Espiritismo nos diz que o amor e a caridade completam a lei de justiça, pois quando amamos o próximo desejamos fazer-lhe todo o bem que nos seja possível, da mesma

forma como gostaríamos que nos fosse feito. Sob tal enfoque, afirmou Jesus: “Amai-vos uns aos outros”. Segundo Jesus, a caridade não se restringe à esmola, ela abrange todo o relacionamento humano. É de se ver a amplitude que, assim, assume a caridade, impondo para seu apare-cimento o exercício da lei de justiça. Depreende-se, pois, que sem justiça não há caridade.

“Por que, no mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a dos bons? - Por fraqueza destes. Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos. Quando estes o quiserem, preponderarão”. (Ques-tão nº 932 de O Livro dos Espíritos). Por todos os conceitos e princípios contidos em O Livro dos Espíritos, observamos quanto essas idéias regeneradoras tocam a sociedade humana em sua estrutura, organi-zação e funcionamento. Conceitos

que em todas as circunstâncias e situações concretizam a aplicação da verdade, da justiça e do amor. Há, pois, uma inequívoca con-tribuição política, sob o aspecto filosófico que o Espiritismo oferece à sociedade humana, a fim de que ela se estruture, organize e funcione em termos de verdade, justiça e amor.

Adita Allan Kardec: “Com uma organização social criteriosa e previ-dente, ao homem só por sua culpa pode faltar o necessário. Porém, suas próprias faltas são freqüentemente resultado do meio onde se acha colocado. Quando praticar a lei de Deus, terá uma ordem social fundada na justiça e na solidariedade e ele próprio também será melhor”. Por-tanto, o espírita tem que participar

e influenciar na sociedade em que vive, procurando levar às institui-ções que a estruturam os valores e normas do Espiritismo. Isso é uma participação política. Não pode preocupar-se apenas com a reforma íntima, isolando-se em um “oásis de indiferentismo” pela sociedade em que vive.

REFLEXÃO FINAL“E quem governa seja como

quem serve” Jesus - (Lucas, 22:26) O advento da Nova Era passará,

inevitavelmente, pela renovação polí-tica. Nada muda se os políticos não mudarem e, como vimos, políticos somos todos nós. “A força das coisas possibilita a mudança, mas não cons-truirá uma sociedade mais justa, mais livre, mais feliz, sem que cada família, cada grupo, cada cidade, cada nação elabore seu projeto, organize sua ação para chegar a essa sociedade

melhor”. (Questões nº 860 e 1019 de O Livro dos Espíritos).

Não poderemos esquecer, também, a preocupação de Deo-lindo Amorim (O Espiritismo e os Problemas Humanos) com o espírita e a sociedade: “O verdadeiro cristão, o que tem o Evangelho dentro de si, e não apenas o que repete versículos e sentenças, não pode cruzar os braços dentro de um mundo arruinado e poluído pelos vícios, pela imorali-dade e pelo egoísmo”.

Alterar essa estrutura social que fomenta o egoísmo em todos os grupos sociais é providência urgente. Isso só pode ser feito, como diz o Codificador, combatendo todas essas causas, senão ao mesmo tempo, pelo menos por parte.

No entanto, o caminho parece ser

colocar novos princípios em prática nas famílias, instituições, escolas, igrejas, em todos os grupos sociais, de forma que muitos movimentos sociais comecem a demonstrar a viabilidade de novas soluções. A polêmica idéia de que o Brasil está destinado a cumprir o papel de “Coração do Mundo e Pátria do Evangelho” sempre foi acompanhada de reflexões muito entusiastas. Se ele realmente tem uma missão histórica a realizar, então é preciso começar a pensar o Brasil de um ponto de vista mais realista. Só assim poderemos cumpri-la.

O Evangelho apresenta a mais elevada fórmula de vida político-administrativa aos povos da Terra. Os ideais democráticos do mundo não derivam senão do próprio ensi-namento de Jesus, nesse particular, acima da compreensão vulgar das criaturas. A magna questão é encon-trar o elemento humano disposto à execução do sublime princípio. Quase todos os homens se atiram à conquista dos postos de autoridade e evidência, mas geralmente se encon-tram excessivamente interessados com as suas próprias vantagens no imediatismo do mundo. O grande desafio do espírita consciente é par-ticipar ativamente desse movimento de transformação social, buscando politizar-se para escolher melhor; esclarecer amigos e familiares sobre o voto consciente; participar de grupos de ação comunitária, além do centro espírita; votar com amor para eleger os mais moralizados e lutar por uma sociedade fraterna, objetivo este eleito como um ideal a ser atingido.

Preponderar sobre os maus, como já vimos, é apenas uma ques-tão de vontade. Foi a esta conclusão que chegou Martin Luther King, ao afirmar: “Não há nada mais trágico neste mundo do que saber o que é certo e não fazê-lo. Não posso ficar no meio de todas essas maldades sem tomar uma atitude.”

(Esse texto foi baseado nos escritos de Osman Neves Albuquerque e estes, por sua vez, elaborados a partir de transcrições do

Livro “O Espiritismo e a Política para a Nova Sociedade” de Aylton Paiva)

O grande desafio do espírita consciente é participar ativamente desse movimento

de transformação social, buscando politizar-se para escolher melhor; esclarecer amigos

e familiares sobre o voto consciente; participar de grupos de ação comunitária

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Por Alamar Régis

Infelizmente, e de forma muito irra-cional, existe em nosso movimento espírita uma insensata campanha para que não nos envolvamos

com política, como se já fôssemos espíritos desencarnados, habitantes no Ministério da União Divina, ao lado do Clarêncio e do Lísias, nos alimentando fluidicamente.

Esquecem, ou fingem que não vêem, esses supostos santinhos do nosso movimento, que nós, ainda encarnados aqui na Terra, comemos feijão, utilizamos transportes públicos, dependemos de educação para nós e para os nossos filhos, dependemos de sistemas de saúde, particular ou público, dependemos de segurança pública, saneamento básico etc... já que não somos mantidos por alimentação fluídica.

Queiramos ou não, quem decide as coisas em um país são os políticos! A segurança pública pode se tornar um caos, como tem se tornado em várias regiões, por deficiências de polí-ticos; o sistema de saúde é deficiente, também por conta da indiferença e da desqualificação dos nossos políticos; a roubalheira é cada vez mais crescente, por causa da incontrolável corrupção que contamina a todos.

Um Congresso Nacional composto de uma maioria de elementos desqua-lificados moralmente, certamente vai dar respaldo à prática de todo tipo de imoralidade no País, por parte do Exe-cutivo, do Legislativo e do Judiciário, como já vem acontecendo.

Um Congresso imoral deixa que todos roubem e empreende todos os esforços para que os imorais não sejam punidos, como acontece no País a todo instante, uma vez que a maioria dos seus membros é também praticante dos mesmos delitos.

E nós, espíritas, vamos continuar a dizer que não temos nada a ver com isto?

“Eu não suporto política” - Muitas pessoas dizem isto para justificar as

suas omissões. Acontece que os safa-dos gostam e adoram. E não largam o osso, de jeito nenhum; ficam cada vez mais milionários, à custa da exploração da população.

Espírita omisso é um cidadão irres-ponsável e inconseqüente. O que não devemos fazer, isto sim, é campanha partidária dentro da instituição espí-rita, o que é totalmente diferente de não querer falar em política e negar, aos nossos próprios confrades, muitas vezes homens de bem, cidadãos dignos, o necessário e indispensável apoio para que sejam eleitos.

Não tem o menor sentido um centro espírita deixar-se envolver com a bandeira do PT, do PMDB, PSDB ou seja lá que partido for, porque isto, de fato, é reprovável e não se coaduna com a doutrina. Que seja respeitado o direito de escolha dos seus freqüen-tadores e trabalhadores quanto a uma dessas bandeiras, já que, infelizmente, muitas pessoas ainda estão no nível de se deixar levar por bandeiras partidárias, como se fosse o mesmo fanatismo por times de futebol, quando, na realidade, deveriam se preocupar em analisar o nível moral dos candidatos, independente de bandeira partidária.

O boicote de espíritas a candi-datos espíritas é uma insensatez que acontece, há muito tempo, em nosso movimento. Alguns chegam a acredi-tar que todo confrade que se candidata a alguma coisa está querendo ficar rico e também se “arrumar”, como se arru-mam os corruptos e safados, partindo sempre de uma generalização ridícula de que ninguém presta, no movimento espírita.

Será que a pessoa que assim pensa dos outros não está intimamente proje-tando o nível do seu caráter, de forma generalizada, e por isto repudia?

Não é lícito crer que o candidato, por ter rótulo espírita, necessariamente seja possuidor de moral elevada e que tenha que merecer o nosso voto, posto que existe muito safado, também, em nosso movimento. O meu protesto

prende-se apenas à generalização que normalmente o movimento faz em relação à TODOS os candidatos espí-ritas, como se todos fossem safados, o que é um absurdo.

Se não fizermos esforços para colocar os homens de bem lá, vamos ficar então de braços cruzados, dei-xando que os mesmos personagens se apoderem dos cargos de decisão nos âmbitos federal, estadual e muni-cipal?

Ao mesmo tempo vamos ver o aborto ser legalizado no Brasil, consti-tuindo-se no maior comprometimento moral desta Nação. Não temos voz lá, porque a hipocrisia espírita não deixa. Isto é uma vergonha.

Gente, pelo amor de Deus, vamos procurar saber quem são os nossos representantes, em cada estado, e não vamos dar ouvido à palhaçada de determinados radicais e insensatos que estão dirigindo o movimento espírita em cada região, mantendo essa postura estúpida de boicotar confrades.

Grandes espíritas foram políticos, sem se prostituírem ou abrir mão dos seus valores morais. Ainda bem que nos dias de hoje temos muitos espíritas que não se deixam levar mais pelas arbitrariedades e inconseqüências de determinados dirigentes dos centros espíritas onde freqüentam.

O fato da política brasileira ser constituída por maioria envolvida em safadezas, corruptos, safados e ele-mentos de conduta duvidosa não quer dizer, necessariamente, que todos os homens que se dispõem a entrar nela sejam também imorais e desejosos de mergulharem no mar de lama onde estão chafurdando os imorais.

Observemos alguns espíritas:Henry Regnalt - homem de elevada

dignidade, que foi um dos biógrafos de Léon Denis, tentou ser um político a serviço dos parisienses. Ele dizia que o espírita não deveria fugir da responsa-bilidade de tentar ajudar à coletividade. Suas tentativas foram em vão. Nunca conseguia se eleger por causa de uma

proposta extremamente correta no sentido de ajudar ao povo sem cobrar e mesmo sem exigir nada para si. Os espíritas negaram-lhe apoio.

Dr. Bezerra de Menezes – Con-forme todos sabem, constituiu-se num verdadeiro inferno a idéia de fazerem dele presidente da FEB. A língua espírita foi de uma perversidade enorme, em relação a ele e não queriam aceitá-lo, em hipótese alguma, tudo pelo fato dele ter sido político. A inteligência de muitos espíritas era tão atrofiada, como é até hoje, que não conseguia perceber que, embora ele, de fato, tivesse sido político, nunca abriu mão dos seus elevados princípios morais, da ética, da decência e do compromisso com a caridade. Todos nós conhecemos a sua história de dignidade.

Cairbar Schutel – Farmacêutico, também foi político, prefeito de Matão. Por conta disto, também sofreu ataque dos espíritas que o acusavam de usar o movimento espírita para se promover politicamente. Nunca se envolveu com corrupção e safadezas, porque, pela sua solidez doutrinária, jamais se deixou envolver moralmente pelas tentações da política.

José de Freitas Nobre – foi vice-prefeito de São Paulo, foi líder do antigo MDB, foi deputado federal, por São Paulo, foi líder moral da política em Brasília, durante todo o período em que esteve no parlamento, sem nunca ter se envolvido em qualquer tipo de safadeza, por menor que fosse. Teve inúmeras propostas, cada uma mais tentadora, mas a conduta espírita sempre falou mais alto.

Não podemos esquecer que a ameaça de legalização do aborto continua sendo algo iminente no Brasil. Quem vai decidir isto é o novo Congresso que se formará agora. Será que não vamos ter nenhum espírita lá? Que todos saibam que a presença de apenas um deputado espírita, no Congresso atual, foi de uma relevân-cia enorme para esta discussão que, felizmente, não pôde ter o êxito que muitos políticos desejavam.

| reflexões |

Os espíritas e a política

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Conta-se que Jesus, depois de infrutíferos entendimen-tos com doutores da lei, em Jerusalém, acerca dos

serviços da Boa Nova, foi procurado por um candidato ao novo Reino, que se caracterizava pela profunda capacidade intelectual.

Recebeu-o o Mestre, cordial-mente, e, em seguida as interpela-ções do futuro aprendiz, passou a explicar os objetivos do empreendi-mento. O Evangelho seria a luz das nações e consolidar-se-ia à custa da renúncia e do devotamento dos discípulos. Ensinaria aos homens a retribuição do mal com o bem o perdão infinito com a infinita esperança. A Paternidade Celeste resplandeceria para todos. Judeus e gentios converter-se-iam em irmãos, filhos do mesmo Pai.

O candidato inteligente, fixando no Senhor os olhos arguciosos, indagou:

- A que escola filosófica obede-ceremos?

- As escolas do Céu – respondeu, complacente, o Divino Amigo.

E outras perguntas choveram improvisadas.

- Quem nos presidirá à organi-zação?

- Nosso Pai Celestial.- Em que base aceitaremos a

dominação política dos romanos?- Nas do respeito e do auxílio

mútuos.- Na hipótese de sermos per-

seguidos pelo Sinédrio em nossas atividades, como proceder?

- Desculparemos a ignorância, quantas vezes for preciso.

- Qual o direito que competirá aos adeptos da Revelação Nova?

- O direito de servir sem exigên-cias.

O rapaz arregalou os olhos aflitos e prosseguiu indagando;

- Em que consistirá, desse modo, o salário do discípulo?

- Na alegria de praticar a bon-dade.

- Estaremos arregimentados num grande partido?

- Seremos, em todos os lugares, uma assembléia de trabalhadores atentos à vontade divina.

- O programa?- Permanecerá nos ensinamentos

novos de amor, trabalho, esperança, concórdia e perdão.

- Onde a voz imediata do comando?

- Na consciência.- E os cofres mantenedores do

movimento?- Situar-se-ão em nossa capaci-

dade de produzir o bem.- Com quem contaremos, de

imediato?- Acima de tudo com o Pai e,

na estrada comum, com as nossas próprias forças.

- Quem reterá a melhor posição no ministério?

- Aquele que mais servir.O candidato coçou a cabeça,

francamente desorientado, e conti-nuou, finda a pausa:

- Que objetivo fundamental será o nosso?

Respondeu Jesus sem se irritar:- O mundo regenerado, enobre-

cido e feliz.- Quanto tempo gastaremos?- O tempo necessário.- De quantos companheiros

seguros dispomos para início da obra?

- Dos que puderem compreen-der-nos e quiserem ajudar-nos.

- Mas não teremos recursos de constranger os seguidores à colabo-ração ativa?

- No Reino Divino não há vio-lência.

- Quantos filósofos, sacerdotes e políticos nos acompanharão?

- Em nosso apostolado, a con-dição transitória não interessa e a qualidade permanece acima do número.

- A missão abrangerá quantos países?

- Todas as nações.

- Fará diferença entre senhores e escravos?

- Todos os homens são filhos de Deus.

- Em que sítio se levantam as construções de começo? Aqui em Jerusalém?

- No coração dos aprendizes.- Os livros de apontamentos

estão prontos?- Sim.- Quais são?- Nossas vidas...O talentoso adventício continuou

a indagar, mas Jesus silenciou sorri-dente e calmo. Após longa série de interrogativas sem respostas, o afoito rapaz inquiriu ansioso:

- Senhor, por que não esclare-ces?

O Cristo afagou-lhe os ombros inquietos e afirmou:

- Busca-me quando estiveres disposto a cooperar.

E, assim dizendo, abandonou Jerusalém na direção da Galiléia, onde procurou os pescadores rústi-cos e humildes que, realmente, nada sabiam da cultura grega ou do direito romano, mantendo-se, contudo, perfeitamente prontos a trabalhar com alegria e a servir por amor, sem perguntar.

(Mensagem extraída do livro Contos e Apólogos, capítulo 2)

| moral cristã |

O candidato intelectual

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| momento fraterno |

Por Jussara Ferreira da Silva

Amigos leitores,Nesse ano que se

inicia gostaria de con-vidá-los para algumas

ref lexões tão necessárias a nossa vida terrena e espiritual.

Mas antes de apresentá-las, gos t ar ia que conhe cess em a mensagem Carta de Ano Novo, de Emmanuel , tão car inhosa-mente psicografada pelo nosso irmão Francisco Cândido Xavier, do Livro Vida e Caminho:

Ano Novo é também renova-ção de nossa oportunidade de aprender, trabalhar e servir.

O tempo, como p a t e r n a l a m i g o , c o m o q u e s e r e e n c a r n a n o corpo do calendá-r io, descer rando -nos horizontes mais claros para a neces-sária ascensão.

Lembra-te de que o ano em retorno é novo dia a convocar-te para execução de velhas pro -messas, que ainda não tiveste a coragem de cumprir.

S e te ns i n i mi g o , f a ze d as horas renascer-te o caminho da reconciliação.

Se foste ofendido, perdoa, a fim de que o amor te clareie a estrada para frente.

Se descansaste em demasia, volve ao arado de tuas obriga-ções e planta o bem com deste-mor para a colheita do porvir.

S e a t r i s te z a te re qu is i t a , esquece-a e procura a alegria serena da consciência feliz no dever bem cumprido.

Novo Ano! Novo Dia! Sorri para os que te feriram e

busca harmonia com aqueles que te não entenderam até agora.

Recorda que há mais igno-rância que maldade, em torno de teu destino.

Não maldigas, nem conde-nes.

Auxilia a acender alguma luz para quem passa ao teu lado, na inquietude da escuridão.

Não te desanimes, nem te desconsoles.

Cult iva o bom ânimo com os que te v isitam, dominados pelo frio do desencanto ou da indiferença.

Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora:

Ama e auxilia sempre. Ajuda a o s o u t r o s , a m p a r a n d o a t i mesmo, porque se o dia volta

amanhã, eu estou contigo, espe-rando pela doce alegria da porta aberta de teu coração.

Nessa mensagem de Emma-n u e l , q u e j á é u m co nv i te à ref lexão, observamos, além do desper tar para o aprendizado, trabalho e servidão ao próximo, o chamado para a reconciliação junto àqueles que magoamos, o perdão para as ofensas e feridas que um dia nos marcaram e a alegria sobrepondo a tristeza.

Mas o que mais me chamou a atenção, dentre tantas palavras tão sutilmente colocadas, foi o chamado para o acendimento de

uma luz àqueles que nos passam inquietos e tomados pela escu-ridão no pensamento.

Quantos diariamente se apro-ximam de nós carregados pelas i n q u i e t a çõ e s d a v i d a , i n d i s -posições para a alegria e bem querer? São muitos.. .

Alguns deles se tornam pre-s e n te s e m n o s s a s v i d a s p o r longos períodos, outros duram apenas algumas horas.. .minutos às vezes.

Então pensemos: o que pode-mos fazer por eles?

É possível, dada à situação que nos aproxima deles, fazer-mos algo?

Seria simulação pensarmos que agiremos de modo satisfató-

rio nessas condi-ções, pr incipal-m e nte q u a n d o

somos surpreen-didos?

I n d e p e n -d e n t e d a n o s s a

p o s t u r a f r e n t e a p e s s o a s a co m e t i -

das pelos sentimen-tos obscuros, penso

que devemos ref let ir s o b r e e s s e a s s u n to e

nos prepararmos para essas situações signif ica buscar na D o u t r i na E sp í r i t a a s o r i e n -

t a ç õ e s q u e n o s c o n d u z a m equil ibradamente a um resul -tado agradável ao nosso cora-ção, sem menosprezar o pró -ximo, mas respeitando o nosso íntimo, o que cer tamente nos aproximará dos ensinamentos de Jesus e das suas bênçãos , pois : ( . . . ) Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que o cul to ao nosso lado, paciente e bon-d o s o , r e p e t e - n o s d e h o r a a hora:

Ama e auxilia sempre. Ajuda a o s o u t r o s , a m p a r a n d o a t i mesmo, porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo, espe-rando pela doce alegria da porta aberta de teu coração.

Um grande abraço!

Recorda que há mais ignorância que maldade, em torno

de teu destino