Jornal Momento de Uruguaiana

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Ligaªo fØr Ligaªo fØr Ligaªo fØr Ligaªo fØr Ligaªo fØr rea Brasil - Ur rea Brasil - Ur rea Brasil - Ur rea Brasil - Ur rea Brasil - Ur uguai mais uguai mais uguai mais uguai mais uguai mais prxima de se tor prxima de se tor prxima de se tor prxima de se tor prxima de se tor nar realidade nar realidade nar realidade nar realidade nar realidade Uruguaiana, de 11 a 17 de fevereiro de 2011 - Ano VII nº 328 Uruguaiana - Barra do Quaraí e Paso de los Libres - Visite nosso site: www.jornalmomentodeuruguaiana.com.br R$ 3,00 RURAL P`GINA 14 P`GINA 14 P`GINA 7 P`GINA 14 VIVA O GLAMOUR GLAUCIO GUTERREZ/SAMBA SUL P`GINA 13 P`GINA 4 P`GINA 8 CONTRACAPA Governo Federal anuncia pacote de R$ 311 milhıes para orizicultura Novo Cdigo Florestal deverÆ ser votado em maro ABHB consegue apoio ministerial para exportar genØtica ...seres luminosos, repou- santes s quatro horas da tarde, quando as sereias se banham e saem discretamente perfumadas. Affonso Romano de Santana Libres prepara mais um fim de semana do carnaval 2011 Morto aps troca de tiros com policiais da BM Preso matando capivaras em campo alheio SEGURAN˙A Franelitas saqueiam motoristas brasileiros na Argentina Carœs se pronuncia sobre sucessªo municipal P`GINA 5 Ex-prefeito fala com exclusividade para o Momento EXPORTA˙ˆO PARA RSSIA Quinta 329.p65 09/02/2011, 13:29 1

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Edição 329 do Jornal Momento de Uruguaiana.

Transcript of Jornal Momento de Uruguaiana

Page 1: Jornal Momento de Uruguaiana

Ligação férLigação férLigação férLigação férLigação férrea Brasil - Urrea Brasil - Urrea Brasil - Urrea Brasil - Urrea Brasil - Uruguai maisuguai maisuguai maisuguai maisuguai maispróxima de se torpróxima de se torpróxima de se torpróxima de se torpróxima de se tornar realidadenar realidadenar realidadenar realidadenar realidade

Uruguaiana, de 11 a 17 de fevereiro de 2011 - Ano VII nº 328

Uruguaiana - Barra do Quaraí e Paso de los Libres - Visite nosso site: www.jornalmomentodeuruguaiana.com.br R$ 3,00

RURAL

PÁGINA 14

PÁGINA 14

PÁGINA 7

PÁGINA 14

VIVA O GLAMOUR

GLAUCIO GUTERREZ/SAMBA SUL

PÁGINA 13 PÁGINA 4 PÁGINA 8

CONTRACAPA

GovernoFederal

anuncia pacotede R$ 311

milhões paraorizicultura

Novo CódigoFlorestaldeverá servotado emmarço

ABHB consegueapoio ministerialpara exportar

genética

�...seres luminosos, repou-santes às quatro horas da tarde,quando as sereias se banhame saemdiscretamente perfumadas.�

Affonso Romano de Santana

Libres prepara mais um fimde semana do carnaval 2011

Morto apóstroca detiros compoliciaisda BM

Presomatandocapivarasem campoalheio

SEGURANÇAFranelitas saqueiammotoristas brasileiros

na Argentina

Carús se pronuncia sobresucessão municipal

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Ex-prefeito fala com exclusividade para o Momento

EXPORTAÇÃO PARA RÚSSIA

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22Uruguaiana,de 11 a 17 defevereiro de 2011

A Frase Radar

Rua Duque de Caxias, Gal. Barcelona - S/17CEP 97.510-180 – Uruguaiana RS

Redação e Administrativo: 3414-2814Comercial e Assinaturas: 3402-3614

e-mail: [email protected]@jornalmomentodeuruguaiana.com.br

Editor: Ricardo Peró Job (MTB 14010)Diretora Adm.: Vera Ione Molina (MTB 14344)

Diagramador: Marcio Lopes (9928-5414)Impressão: Jornal do Povo - Cachoeira do Sul

Editorial

COLABORADORES: Alberto Moura, Wolmer Jardim, Dudu Ferreira,Nei Duclós, José Édil de Lima Alves, Frank Finoqueto, Colmar Duarte,Tunico Fagundes, Joel Neimann Lopes, Alvaro Guez Velo, Gilce deFaria Correa, Newton Alvim, Vera Ione Molina Silva, Guilherme Soci-as Villela, Luiz Barbará Dias Jr., Elder Filho e Lúcia Silva e Silva.

O Jornal Momento de Uruguaiana não seresponsabiliza pelas opiniões emitidas nascolunas assinadas por seus colaboradoes

Abertura

(Eliane Brum)

Com o advento do MERCOSUL, em 1995, oBrasil abdicou do direito de decidir sobre seu próprioregime comercial. Passou a depender da aprovaçãode Argentina, Paraguai e Uruguai para poder alterarsuas tarifas de importação. Mas os principais objeti-vos do bloco, o de alcançar uma união aduaneira,liberalizar o comércio entre seus países-membros eadotar uma tarifa comum sobre as importações oriun-das de terceiros países, fracassou. Nossa políticacomercial não foi atrelada à política comercial dosoutros países do bloco, interessados em aprofundarou não reduzir seu grau de integração à economiamundial O sem-número de barreiras, as crescentesrestrições a produtos, principalmente os brasileiros, ea falta de uma tarifa comum puseram por terra o so-nho de nosso mercado comum. Também a tarifa deimportação aplicada pelo Brasil vem aumentando, emvirtude do crescente lobby protecionista de fabrican-tes de têxteis, brinquedos, calçados e outros setores.A Argentina, a todo instante descobre em sua indús-tria doméstica um novo “setor estratégico” a ser agra-ciado com formas diversas de proteção comercial. Éa lógica da acomodação, na qual o Brasil não se opõeao protecionismo argentino, a Argentina não se opõeao protecionismo brasileiro e, assim, ambos os sóci-os ficam livres para ceder à pressão de seus respec-

tivos setores ineficientes por tarifas maiores, numverdadeiro pacto da mediocridade. Arca, portanto, ocidadão brasileiro com tarifas maiores como consu-midor e com o custo de aprovação dessas tarifascomo contribuinte. Uruguai e Paraguai, sem resulta-dos práticos, algumas vezes relutam em ratificar pro-postas argentinas e brasileiras de protecionismo ex-plícito, mas seu poder de fogo é infinitamente menordo que o dos dois gigantes sul-americanos. A únicacoisa que de fato funciona no bloco é o Fundo para aConvergência Estrutural e Fortalecimento Institucio-nal do Mercosul, no qual Brasil e Argentina destinamtodo o ano alguns milhões de dólares para projetosde desenvolvimento paraguaios e uruguaios. Tam-bém a burocracia vigente em nossas aduanas, beirao ridículo, não tendo avançado um passo desde acriação do Mercosul. Nem mesmo atividades cultu-rais de integração escapam da sanha aduaneira, quecostuma causar todo o tipo de constrangimento paraartistas interessados em mostrar suas obras em pa-íses vizinhos. A falta de uma legislação comum nasestradas, abrangendo o transporte entre os paísesmembros, também é motivo de constantes dores decabeça para aqueles que caíram na balela do Mer-cado Comum do Sul. Diante do exposto, não se jus-tifica a permanência do Brasil no Mercosul.

PESARCom pesar, participamos

o falecimento, no dia 31 de ja-neiro, de nossa leitora e amigaresidente em Porto Alegre, The-resa Almeida Bado, filha de Elvi-rita e Raul Almeida. Theresinhaera viúva de Waldeck Bado edeixa os filhos Gustavo e Mariado Carmo Bado.

FORMATURANo dia 26 de fevereiro,

às 19h, no Ginásio de Esportesda UNIPAMPA (Campus Uru-guaiana, BR 472, Km 592) serárealizada a cerimônia de forma-tura do curso de Enfermagem.

CENSO 2011A Prefeitura de Uruguai-

ana está realizando o Censo2011. Os formulários deverão serretirados pelos servidores nassuas respectivas secretarias oupelo site www.uruguaiana.rs.gov.brOs aposentados e pensionistasque recebem pela Prefeitura de-verão retirar direto no Setor de Pro-tocolo, na SECAD, ou os residen-tes em outras cidades poderão teracesso ao formulário pela internetno site acima citado, que deveráser preenchido e reconhecido fir-ma por autenticidade e encami-nhado ao Departamento de Recur-sos Humanos. Os residentes nacidade e impossibilitados por pro-blemas de saúde poderão agen-dar visita de servidor da Prefei-tura Municipal de Uruguaianapara o preenchimento do formu-lário. O prazo para entrega doCenso 2011 encerra no dia 1º.de março de 2011.

GINÁSTICAO lançamento do progra-

ma de aulas, Ginástica no Par-que, aconteceu no dia 07 de fe-vereiro de 2011, na ConchaAcústica César Passarinho. Asaulas gratuitas de ginástica sãorealizadas nas segundas, quar-tas e sextas-feiras, entre19h30min e 21h30min.

PRÉ-VESTIBULAR GRATUITOA Prefeitura Municipal

patrocina curso pré-vestibulargratuito, ministrado pela MetaCursos e Concursos. Na se-mana passada, o prefeito San-chotene Felice recebeu a visi-ta dos jovens Andrio RogérioMartins Rosa, aprovado emEducação Física, Juliel CorreaRussi (Ciências da Natureza)e Andressa Adriana MartinsRosa (Enfermagem), futurosacadêmicos da UniversidadeFederal do Pampa.

O conflito entre a PrefeituraMunicipal de Uruguaiana e a clas-se médica. Diante do desinteresseda categoria em preencher as qua-se 20 vagas oferecidas pelo muni-cípio, devido aos baixíssimos salá-rios e a determinação do poder mu-nicipal em não buscar um acordocom os médicos, a população deUruguaiana fica refém de um pro-vável “apagão” na saúde. Não bas-tasse o problema psicológico queisso gera nas pessoas, existe o pro-blema real de chegar a um postode saúde ou emergência hospitalare não encontrar atendimento.

A determinação com que acomunidade uruguaianense, atra-vés do Poder Legislativo e da Co-missão de Educação do FórumPermanente para o Desenvolvi-mento de Uruguaiana, busca solu-cionar o problema criado pela saí-da da Pontifícia Universidade Ca-tólica do RS do Município. Dianteda gravidade do fato de perdermosas Licenciaturas, os cursos de Ad-ministração, Ciências Contábeis eDireito, o grupo busca alternativascomo a vinda de alguns cursos daUERGS e do Instituto Farroupilhapara Uruguaiana. Exemplo verda-deiro de cidadania.

�O que me horroriza, mais do que os grandes massacresestampados no noticiário, são essas pequenas maldades docotidiano. E só consigo compreender os grandes massacres apartir dos pequenos massacres de todo dia. Os risinhos e

dedos que apontam, os cotovelos que se cutucam�.

Mas seu Goveia, e osmédicos uruguaios?

A Justiça não deixou vir.

Mas diz que vem uns paraguaios,

cruzando de noite

por Foz do Iguaçú!

Quando a Nutribel,empresa do ramo dealimentos, anunciadahá dois anos atrás,irá se instalar emUruguaiana?

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33Uruguaiana,de 11 a 17 defevereiro de 2011

PONTO LIVRE

A Casa da Ovelha de Bento GonçalvesA Casa da Ovelha de Bento GonçalvesA Casa da Ovelha de Bento GonçalvesA Casa da Ovelha de Bento GonçalvesA Casa da Ovelha de Bento Gonçalves

[email protected]

A coluna está sendoescrita desde a cidade serra-na de Bento Gonçalves, ondeestamos há alguns dias, de-vidamente credenciadospelo MOMENTO DE URU-GUAIANA para elaborar re-portagem sobre um empre-endimento de certa formasurpreendente, em se tratan-

do de uma região sem qual-quer tradição na pecuária: aCasa da Ovelha, um incipi-ente mas expressivo centrode produção industrial tendocomo matéria-prima basilaro leite de ovelha. A matériaespecial deverá ser publica-da em uma futura edição dojornal, enaltecendo o aspec-

to que mais de perto poderáinteressar aos nossos leito-res: é na Serra gaúcha queestá em andamento uma ini-ciativa que muito bem pode-ria estar acontecendo naFronteira-Oeste, onde a ovi-nocultura é tradicional e mui-to mais forte que na regiãoNorte do RS.

O programa do governo, na visão de um ovinocultorAinda sobre ovino-

cultura: a coluna buscou odepoimento de um experien-te e respeitado ovinocultoruruguaianense (cuja identi-dade pediu para ser preser-vada) sobre o programa deapoio à atividade, que estásendo lançado pelo governoestadual. Eis, em síntese, oque pensa o produtor sobreo assunto:

O programa mais pa-

rece uma ação para saldarcompromisso de campanha,mas sem grandes vantagenspara o ovinocultor, já que oBanrisul irá financiar a reten-ção de matrizes em cincoanos, com dois de carência,enquanto o Banco do Brasiljá financia aquisição de ven-tres em até oito anos, comtrês de carência. No caso doprograma estadual, o gover-no terá de subsidiar os juros,

uma vez que o Banrisul nãoabre mão de 10,75%.

"O plano só chama aatenção quando obriga o to-mador a abater os animaisem frigorífico com inspeçãosanitária oficial, que seriauma solução para coibir aclandestinidade e o abigea-to, que hoje atingem quase70% do consumo gaúcho decarne ovina", afirmou o co-laborador da coluna.

O gargalo da ovinocultura fronteiriçaAcerca da situação atual da ovino-

cultura fronteiriça, diz o pecuarista que emalguns municípios como Alegrete, Uruguai-ana, Santana do Livramento e Quarai a ati-vidade está bem e em estágio de cresci-mento. Ele enaltece que alguns organismoscomo o Senai e o Sebrae têm conseguidoagrupar os criadores e modernizar concei-tos. Na sua visão, falta resolver o gargalorepresentado pela falta de um abatedouroque tenha as ovelhas como centro de ne-gócios e não para quebrar o galho, comovem sendo feito. "Assim como está ficare-mos sempre a mercê dos gtrandes gruposque ditam todas as regras". Segundo ele,

a lã também poderia ser melhor aproveita-da, pois está valorizada e tem mercado fran-co, "mas precisa ter uma organização, ondese possa agregar mais valor (atualmenteela vai quase toda para exportação)".

Nosso interlocutor conclui suas im-pressões afirmando que "não se pode maistrabalhar na ovinocultura com métodos etecnologias do século retrasado, o que estáfaltando é modernidade e ações que criema possibilidade de aplicação de tecnologiasque estão em nosso poder. Precisamossalvar cordeiros, desmamar mais de 100%e aumentar a escala de produção, entreoutras prioridades", disse o pecuarista.

Bento Gonçalves: 700 mil visitantes em um anoBento Gonçalves: 700 mil visitantes em um anoBento Gonçalves: 700 mil visitantes em um anoBento Gonçalves: 700 mil visitantes em um anoBento Gonçalves: 700 mil visitantes em um anoBento Gonçalves nas décadas de 40 e 60

recebia turistas de Porto Alegre e região. Nesse perí-odo, não havia ainda a busca pelas praias nem haviaestradas pavimentadas ligando a Capital ao litoral.Com o passar do tempo o fluxo turístico migrou daSerra para o litoral. Nesse período Bento optou pelaindustrialização, o que de fato veio a ocorrer. Já nofinal da década de 80, o empresário do setor hotelei-ro Tarcísio Michelon e o arquiteto Julio Pozenato cri-aram o primeiro roteiro turístico da região, Caminhosde Pedra, no distrito de São Pedro. A partir daí o turis-mo readquiriu força e hoje é das principais atividadeseconômicas desta próspera cidade serrana.

Essa síntese histórica do turismo no muni-

cípio me foi passada pela secretária municipal deTurismo de Bento Gonçalves, Ivane Fávero, umaespecialista na matéria. Hoje a cidade integra umdos 65 destinos indutores do Brasil, privilégio que,no RS, reparte com Porto Alegre e Gramado. Frutoda integração de vontades e de investimentos dossetores públicos e privados, Bento Gonçalves podecontabilizar em 2010 a impressionante cifra de 700mil turistas visitando o município. Segundo Ivane,há levantamentos indicando que um turista gastacerca de R$ 300 por dia e permanece na cidade,em média, dois dias e meio. A partir desses núme-ros, fica fácil concluir o quanto o município serranolucra com a atividade turística.

Um Memorial para Geisel

A solução está no Olímpico

Entre inúmeros projetos e ações, o setor turís-tico de Bento trabalha atualmente com dois objetivos: via-bilizar o Bento Film Comission, um escritório de captaçãode produções audio-visuais, onde é disponibilizada a ci-dade para cenário de filmes e campanhas publicitárias."Temos paisagem, arquitetura e cultura diferenciadas. Porisso o município pode servir de cenários para filmes", as-segura Ivane. Ela cita o filme "Sete anos no Tibet", grava-do em Mendoza, na Argentina, como um exemplo emuqe a produção de filmes incrementa o turismo.

Outra ideia é a implantação do MemorialErnesto Geisel, na casa em que ele nasceu, em

Bento. Na visão da secretaria , o memorial poderáincluir outros acervos, além dos alusivos ao ex-pre-sidente, como os símbolos cívicos do município.Enfim, tem-se, na conversa com a titular da pastado turismo bento-gonçalvense, uma clara ideia dasrazões pelas quais a cidade serrana deslanchou ehoje tem padrões de vida semelhantes a muitas ci-dades de primeiro mundo. Cenário bem distinto, in-felizmente, da nossa região, marcada pela mesmi-ce e pela falta de iniciativas. Potencial temos paradesenvolver ações assemelhadas, o que nos falta,basicamente, é coragem e discernimento.

Não sei se Renato Portaluppi, nesta suafase de dormir com as galinhas, está vendo os jo-gos da seleção brasileira sub-20. Se estiver, haveráde concluir que a busca que o Grêmio ensaia fazerpor um chamado "cabeça de área" é uma grandeinutilidade. Está no Olímpico a melhor solução parasuprir tal carência. Falo do volante Fernando, o prin-cipal jogador, taticamente falando, da seleção dejovens. Tem todas as qualidades para a função, alémdaquela que é fundamental para quem veste a glo-riosa camiseta tricolor: é atleta de raça, de volunta-riedade e notável espírito de luta.

Já o Internacional, ao que parece, terá decontratar um professor de espanhol para que ospoucos atletas brasileiros aprendam a se comuni-car nessa língua com os argentinos, que passam aser maioria no time. Independentemente de qual-quer coisa, o que vale ser ressaltado é que a duplaestá investindo em jogadores de reconhecida quali-dade, o que faz antever uma participação qualifica-da na Libertadores, tanto de Grêmio quanto de In-ternacional. O próximo Grenal, com todas essasestrelas em campo, tende a ser um clássico diferen-ciado e inesquecível.

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44Uruguaiana,de 11 a 17 defevereiro de 2011

PolíticaPor Newton Alvim

BALAIO DE ESCRITOS

Todos nós temos um pouco de veia cigana, que parece se manifestar maisno verão, talvez na ânsia de fugir deste calor senegalesco, na simples vontade desair por aí, para conhecer o mundo ou ao menos uma cidadezinha qualquer ondenunca pisamos. O escritor escocês Robert Louis Stevenson disse que viajava “nãopara ir a algum lugar, mas para ir”. Simplesmente isso, para ir, somente pelo prazerde se movimentar. Enfatizou o autor de “A ilha do tesouro” que viajava pelo ideal deviajar. Então, o negócio é se mover, quando a vida nos dá condições. Foi o que fizem janeiro, indo na contramão da horda de veranistas inquietos que rumam para oinflacionado Litoral Norte. Peguei, mais uma vez, o rumo da chamada Costa Doce, oLitoral Sul.

Pois lá estão belas praias de águas salgadas e doces, figueiras e um belopôr-do-sol refletindo nas águas do maior complexo lagunar da América Latina. Esseé o cenário que vemos ao visitar o Litoral Sul. Terra de contrastes, tem a maior praiade mar em extensão do mundo, a do Cassino, mas a região é conhecida como CostaDoce, por abrigar a monumental Lagoa dos Patos. Além das opções de praias, pode-mos aproveitar roteiros culturais e rurais, conhecer o artesanato típico e a gastrono-mia variada, em especial os doces tradicionais.

Principal balneário do Litoral sul, distante 18 km do centro da cidade do RioGrande, o Cassino dá início à maior praia em extensão do mundo, com sua areiabranca e fina. São 254 km do molhe ao Arroio Chuí. Primeiro balneário planejadopara o turismo, o Cassino tem excelente estrutura e muitas opções de lazer e entre-tenimento. Uma caminhada por entre as árvores da avenida central é passeio obri-gatório nos finais de tarde. Com mar aberto, os ventos e correntes marítimas fazema alegria dos surfistas nas ondas formadas no entorno de navio naufragado, práticade esportes a vela e para observar as aves migratórias e os animais marinhos.

Nessa praia, onde os veículos podem estacionar junto ao mar e percorrertoda a sua extensão, certamente o maior atrativo são os molhes da barra, considera-dos uma das maiores obras de engenharia do século 20 e que têm a função demanter constante a profundidade do canal para a navegação, além de servir comoquebra-mar. Nessa grandiosa obra, projetada no século 19, o visitante pode realizarum emocionante passeio de vagonetas, veículos levados pelo vento e que deslizamsobre trilhos, adentrando 4 km pelo Oceano Atlântico, ou realizar passeios de barcospara conhecer o refúgio dos lobos e leões marinhos.

Pelotas, terra natal de Simões Lopes Neto (que preserva a casa em que elenasceu), possui a praia do Laranjal, situada na Lagoa dos Patos, a 10 km do centro.Ali se enfileiram várias praias, denominadas Santo Antônio, dos Prazeres, Valverde,Novo Valverde e Colônia de Pescadores Z-3. O Laranjal é mais do que um bairro dacidade. Principalmente no verão, se transforma literalmente na própria cidade, quan-do população e turistas procuram seus balneários. O Balneário Santo Antonio é omais antigo. É zona de preservação paisagística natural. Evoca Antônio AugustoAssunção Jr., cuja principal avenida leva o seu nome, inspirado no nome do santo, eem justa homenagem da cidade àquele que iniciou a urbanização da praia.

Por fim, citamos a bela São Lourenço do Sul, às margens da Lagoa dosPatos, que foi um dos locais de batalha durante a Revolução Farroupilha. A coloniza-ção por alemães e portugueses proporcionou a essa região um bom crescimentotanto em área urbana quanto no campo. A cidade de cerca de 40 mil habitantes mecativou muito, com várias praias de água doce e areias finas e os arroios São Lou-renço e Caranhá. Além disso, locais como a Fazenda do Sobrado e o CaminhoPomerano atraem muitos visitantes.

Passeando pelo centro de São Lourenço do Sul, a dica é fazer uma visita aoSobrado, prédio construído em estilo português no século 19, e às associações deartistas locais. Nas praias urbanas de Nereidas, Ondinas e Barrinha, é possível apro-veitar a sombra das figueiras para praticar atividades desportivas. As águas calmasda Lagoa dos Patos oferecem lazer e diversão para toda a família.

Nessa ida ao Litoral Sul, umas constatações: os motoristas são muito cio-sos das normas do trânsito, respeitando os pedestres. E os idosos têm muita autono-mia, sendo vistos em todos os lugares, altivos e dignos, usufruindo da excelenteestrutura dessas três cidades em toda sua plenitude. Como aconselha Stevenson,que passou boa parte da vida viajando, o que vale é ir a algum lugar, seja qual for,pois sempre é tempo de alargar horizontes.

Na Costa Doce

Recebemos do ex-prefeito Bra-sil Carús a seguinte correspondência:

Na edição passada (nº 328)deste conceituado jornal, o colunistaVolmer Jardim, com sua reconhecidaperspicácia e competência profissio-nal, foi um tanto injusto para comigo,comentando que eu teria “me assa-nhado como candidato à sucessãomunicipal, mas teria desistido por nãoter conseguido empolgar a oposição”.

Em respeito aos uruguaia-nenses que conhecem meu passa-do político e devem ter estranhadoesse comentário, até certo ponto de-sagradável para mim, devo dizer que,se me ocorresse tentar um terceiromandato como prefeito de Uruguaia-na, obviamente não seria tão ingê-nuo, inexperiente e incompetentepoliticamente, expondo meu nome ainevitáveis desgastes, como costumaacontecer com candidatos lançadosprematuramente.

Também não pensaria, emnenhuma hipótese, em “empolgar asoposições”, pois acredito que um bomcandidato a governar o município,daqui a menos de dois anos, não

Carús se pronuncia sobre sucessão municipalCarús se pronuncia sobre sucessão municipalCarús se pronuncia sobre sucessão municipalCarús se pronuncia sobre sucessão municipalCarús se pronuncia sobre sucessão municipal

deveria ser nem tão situacionista quese considerasse impedido de mexerno que precisa ser mudado, como orelacionamento com todos os seg-mentos da sociedade, nem tão opo-sicionista que, por questões político-partidárias, não pretendesse manter

o que está dando certo na atual ad-ministração municipal e dar continui-dade aos projetos reconhecidamen-te aprovados pela comunidade.

Poderia não ser eu esse can-didato, mas, certamente, seria esseo meu candidato.

O DETRAN/RS está em Uru-guaiana, desde a terça-feira, 8, edeverá permanecer até o dia 17, paraproceder à trituração de 601 veícu-los depositados no Centro de Remo-ção e Depósito Fronteira Serviço deGuincho, situado na BR 472. Trata-se de veículos que, por diversas ra-zões, não devem mais circular na viapública, não podendo, portanto, se-rem leiloados. A reciclagem dos veí-

Depósito de UrDepósito de UrDepósito de UrDepósito de UrDepósito de Uruguaiana terá veículos recicladosuguaiana terá veículos recicladosuguaiana terá veículos recicladosuguaiana terá veículos recicladosuguaiana terá veículos recicladosculos sem condições técnicas pararodar foi adotada para atender à de-socupação da área, considerando oelevado custo que a guarda e remo-ção desses bens gera ao erário pú-blico, além de aspectos atinentes àsaúde pública, segurança e meioambiente. Todo o processo seráacompanhado por engenheiros e ser-vidores do DETRAN/RS. Após pas-sar por uma plataforma descontami-

nadora e pela retirada dos fluidospoluidores e potencialmente perigo-sos, os veículos são empilhados eprensados, a fim de reduzir seu volu-me para facilitar o transporte e serempreparados para a fase seguinte, queé a separação de seus materiaisconstituintes, como plástico, borrachae metal, por meio de esteiras mag-néticas. A sucata metálica é, por fim,triturada para reciclagem.

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55Uruguaiana,de 11 a 17 defevereiro de 2011Geral

NO MUNICÍPIO DE URUGUAIANA, com atuação nas seguintes áreas do Direito:Cível, Contratual, Trabalhista, Agrário, Internacional e Ambiental.

CLÁUDIO PETRINI BELMONTE - OAB/RS 42.579- Professor Universitário (Dir. Contratual, Dir. Agrário e Dir. Internacional);

- Mestre pela Universidade de Coimbra (Portugal);- Doutorando pela Universidade de Salamanca (Espanha).

NATHALIE SUDBRACK DA GAMA E SILVA BELMONTE - OAB/RS 62.305- Especialista em Direito e Processo do Trabalho (PUC – POA/RS)

Porto Alegre/RS: Av. Loureiro da Silva, n° 2.001, salas 514/ 515, CEP 90050-240, Fone: 55 51 3225-3178

Uruguaiana/RS: Rua Gal. Bento Martins, n° 2.497, sala 1.502, CEP 97510-001,Fone: 55 55 3402-3733

Itaqui/RS: Rua Rodrigues Lima, n° 376, sala 602/603, CEP 97650-000, Fones:55 55 3433-1626 / 2650

w w w . b e l m o n t e a d v o g a d o s . c o m . b r

Por Cláudio Petrini Belmonte - OAB/RS 42.579

A JORNADA ESPECIAL DOS BANCÁRIOS ÉAPLICÁVEL AOS EMPREGADOS DASCOOPERATIVAS DE CRÉDITO RURAL?

A contratação de médicosformados no Uruguai, sem revalida-ção do diploma no Brasil e registropara atuar no Estado, foi barrada naJustiça através de ação do SIMERS.Municípios fronteiriços, como SantaVitória do Palmar, Quarai e Jagua-rão estavam fazendo valer um acor-do bilateral, que não permite estescontratos, para preencher vagas, emvez de valorizar médicos que atuamno Estado. A decisão vale para San-ta Vitória do Palmar, extensiva a ou-tros municípios. Um desembargadordo Tribunal Regional Federal da 4ªRegião (TRF4) acatou recurso daárea jurídica do Sindicato. A ação foimovida contra a prefeitura de SantaVitória do Palmar e vale para todosos demais municípios. O presidentedo SIMERS, Paulo de Argollo Men-des, elogia a decisão e ressalta quese preserva a lei e a segurança dospacientes. “Há médicos suficientes noEstado. Se faltam profissionais nascidades é porque os gestores do SUSse negam a adotar ações para valo-rizá-los”, ressalta.

Contratação de médicos uruguaios foi barradana Justiça através de ação do SIMERS

A ação foi movida contra a prefeitura de Santa Vitória doPalmar e vale para todos os demais municípios

CONFIRA A ÍNTEGRA DA MATÉRIA DE ZERO HORA DE DOMINGO:

PROIBIDAS CONTRATAÇÕES DE MÉDICOS URUGUAIOS

Com três médicos do Uruguai em seu quadro funcional, a prefeitura deSanta Vitória do Palmar, no sul do Estado, está impedida de buscar novos profissi-onais no país vizinho. A decisão da Justiça Federal, que analisou recurso do Sindi-cato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), derrubou uma liminar que autorizavaas contratações.

Adecisão do desembargador Fernando Quadros da Silva, do Tribunal Re-gional Federal da 4ª Região, inaugura um novo capítulo na disputa entre municípi-os da fronteira e o Simers, com apoio do Conselho Regional de Medicina do Esta-do (Cremers).

A determinação veta novas contratações enquanto não sai a sentença doprocesso. As entidades são contrárias ao ingresso no Brasil de profissionais uru-guaios sem a revalidação do diploma junto ao Ministério da Educação (MEC). Jáos município entendem que um acordo binacional, que ajusta a residência, estudoe trabalho na área da saúde entre brasileiros e uruguaios, em um raio de 20 quilô-metros dentro das fronteiras dos dois países, permite a prática.

A decisão da Justiça Federal atinge somente Santa Vitória, mas o Simersnotificará as demais cidades fronteiriças e publicará anúncios em jornais.

– Se os municípios contratarem médicos uruguaios sem revalidar o diplo-ma, entraremos na Justiça, pois a prática é ilegal – afirma Paulo de Argollo Men-des, presidente do Simers.

Segundo o procurador de Santa Vitória do Palmar, Fernando Grassi, omunicípio tentará reverter a decisão.

Repórter: Guilherme Mazui ([email protected])

Fonte: Imprensa/SIMERS

Trafegar na chamada Avenidade Circunvalación, em Santa Fé, (AR),provoca profunda insegurança nos mo-toristas brasileiros, a ponto de terem che-gado inúmeras denúncia s à Associa-ção Brasileira de Transportadores Inter-nacionais - ABTI.

Sabemos que os flanelinhassão um problema que existe em todasas cidades, porém, na cidade argentinade Santa Fé, eles tem imposto medoaos motoristas, devido a ameaças e rou-bos quando não recebem dinheiro, emtroca da limpeza dos vidros dos auto-móveis brasileiros.

Em relato à assessoria da ABTI,um motorista que costuma fazer o traje-to, contou que no decorrer da AvenidaCircunvalación existem várias sinaleirase, no sinal vermelho, surgem os flaneli-nhas, limpando os vidros do caminhão.Ao terminarem o suposto serviço, pe-dem dinheiro ao motorista, que, acua-do, sente-se na obrigação de pagar.“Além de darmos algumas moedas, seeles acharem que é pouco, metem amão dentro do caminhão e roubam oque conseguirem alcançar, como cartei-ras, documentos e objetos pessoais”, dizo motorista.

Ainda segundo ele, alguns co-legas já passaram por situações em queos flanelinhas acabaram quebrando si-naleiras e amassando a lataria do cami-nhão a chutes. “Eles sobem no estribodo caminhão e ameaçam quebrar o vi-dro, caso não ganhem dinheiro. Mesmo

Franelitas saqueiam motoristas brasileiros na ArgentinaFranelitas saqueiam motoristas brasileiros na ArgentinaFranelitas saqueiam motoristas brasileiros na ArgentinaFranelitas saqueiam motoristas brasileiros na ArgentinaFranelitas saqueiam motoristas brasileiros na Argentina�Estamos diante de um problema que deixou de ser um delito e passou a ser uma infração diária.

Novamente precisamos reivindicar maior atenção do policiamento argentino�, diz Becker.

pagando, muitas vezes acabamos sen-do saqueados, eles deitam no asfal-to, nos obrigando a parar o caminhão,atacando com pedras e fazendo ame-aças”, relata.

“Trata-se de um problema soci-al”, comenta a assessora internacionalda Cootranscau, Gladys Vinci. Ela ex-plica que essas abordagens existemhá mais de dez anos, porém, agoraos conhecidos “franelitas” estão pas-sando dos limites. O presidente daABTI, José Carlos Becker, destacaque essa prática é criminosa. “Esta-mos diante de um problema que dei-xou de ser um delito, e passou a seruma infração diária. Novamente pre-cisamos reivindicar maior atenção dopoliciamento argentino”, diz Becker.

Algumas denúncias já foram le-vadas à polícia de Santa Fé, que nãoentende por roubo a ação dos limpado-

res de vidro, segundo um motorista queregistrou queixa naquela localidade.

A ABTI, juntamente com a Coo-transcau e com o Sindimercosul, enviouum ofício à Federação Argentina de En-tidades Empresariais do Autotransportede Cargas (FADEEAC) e à Confedera-ção Argentina do Transporte Automotorde Cargas (CATAC), buscando interven-ção conjunta no assunto.

O documento solicita às enti-dades argentinas que, juntamentecom as brasileiras, atuem na sensibi-lização dos órgãos competentes, a fimde prevenir futuros danos materiais ouaté mesmo físicos.

O presidente da FADEEAC,Luis Morales, em resposta ao ofício re-alizou reunião interna na quarta-feira, 9,com diretores da Federação para apu-rar os devidos relatos e agendar reuniãocom as entidades brasileiras.

É deveras comum ações judiciais intentadas na Justiça do Trabalho porempregados de cooperativas de crédito rural pleiteando equiparação com osbancários no tocante à jornada de trabalho; para tanto, é citada a Súmula n° 55do Tribunal Superior do Trabalho, que tem a seguinte redação: “FINANCEIRAS- EQUIPARAÇÃO A ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS. As empresas decrédito, financiamento ou investimento, também denominadas financeiras, equi-param-se aos estabelecimentos bancários para os efeitos do art. 224 da CLT”.

De fato, o art. 244 da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) prevêuma jornada de trabalho diferenciada aos bancários ao estabelecer 6 (seis)horas contínuas nos dias úteis, perfazendo um total de 30 (trinta) horas detrabalho por semana; trata-se de uma situação diferenciada, pois, a regrageral aplicável a maior parte dos empregados consiste numa jornada de tra-balho de 44 (quarenta e quatro) horas semanais.

Deve-se ter presente que nos termos do art. 192 da CF/88 e do art.18, § 1º da Lei 4.595/64 (norma jurídica relativa ao Conselho Monetário Naci-onal), as cooperativas de crédito rural integram o sistema financeiro nacional,juntamente com as instituições financeiras, contudo, deve restar claro quetais normas não estão equiparando aquelas cooperativas aos bancos. Ascooperativas de crédito consistem em sociedades de pessoas, de naturezacivil e submetidas à legislação específica, ao passo que os bancos, diferente-mente, caracterizam-se como sociedades de capital, cujo objetivo magno é aobtenção de lucro.

Na linha do referido acima, são várias as diferenças existentes entresas cooperativas de crédito e as instituições bancárias, tais como, exemplifica-tivamente: a) enquanto as cooperativas de crédito visam o auxílio mútuo en-tre os cooperados, as instituições bancárias buscam principalmente o lucro;b) é vedado às cooperativas de crédito a utilização da denominação “banco”(cfr. Lei n° 5.764/71); c) o propósito das cooperativas de crédito consiste noatendimento e satisfação dos próprios cooperativados e, portanto, todas asrelações estabelecidas entre a cooperativa e terceiros são sempre pautadaspelo “pano de fundo” de proteção dos interesses dos cooperativados.

Destarte, entendemos que, em razão de suas peculiaridades, não sepode equiparar as cooperativas de crédito às instituições bancárias, especial-mente quanto à jornada de trabalho de seus respectivos empregados, eisque inexiste previsão legal de equiparação entre empregados de cooperati-vas de crédito parcialmente e bancários.

Ora, considerando os diferentes elementos caracterizadores e a di-versa natureza jurídica das cooperativas de crédito com relação aos bancos,citadas resumidamente acima, permitimo-nos concluir que não é razoável enem juridicamente aceitável que se aplique art. 224 da CLT aos empregadosde cooperativas de crédito. Nesse rumo, a citada Súmula n° 55 do TST tam-bém não tem aplicabilidade aos empregados das cooperativas de crédito, jáque a mesma é dirigida a empresas de crédito, financiamento ou investimen-to (também denominadas “financeiras”), categoria na qual, por expressa dis-posição legal e pelos fundamentos acima aduzidos, a cooperativa de créditorural não se enquadra. Por derradeiro, cabe salientar que o entendimentoacima defendido (de inaplicabilidade da Súmula 55 do TST e do art. 224 daCLT ao empregados de cooperativas de crédito rural) vem sendo confirmadopelo egrégio Tribunal Superior do Trabalho.

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66Uruguaiana,de 11 a 17 defevereiro de 2011

JORNALISMOLITERÁRIO

GeralPor José Édil de Lima Alves

LETRAS

Na quarta-feira, 08/02, tive a oportunidade de, no Teatro de Câmara Túlio Piva, naCidade Baixa, POA, assistir a apresentação do espetáculo musical POR ONDE EU FOR,do uruguaianense Sérgio Rojas.

Músico de reconhecido talento, não apenas como cantor e instrumentista, mastambém como dos principais arranjadores em nosso Estado, Sérgio Rojas aos poucosretoma uma trajetória promissora que fora interrompida pela fatalidade de dois acidentes,num dos quais esteve face à face com a morte.

Daquela privilegiada geração produzida a partir dos palcos da Califórnia daCanção Nativa – quando a vergonha imperava, dando oportunidade à afirmação erevelação de talentos genuínos -, tais como Luiz Carlos Borges, Leopoldo Rassier,Leonardo – dentre os ‘maduros’ – e Vitor Ramil, Vitor Hugo, Borghetinho, João deAlmeida Neto e Neto Fagundes – no elenco da ‘gurizada’ -, Sérgio Rojas desde cedoinvestiu em uma formação acadêmica de alta qualidade, tendo frequentado a Facul-dade de Música da UFRGS, onde seu privilegiado talento foi reconhecido por mes-tres, como o alemão, naturalizado brasileiro, Bruno Kiefer. Deste grande músico, como qual convivi durante uma década, pelo menos, seguidas vezes ouvi referências asmais elogiosas ao nosso, então quase menino, Sérgio Rojas.

Com o Sérgio tenho convivido nesses últimos trinta anos, muitas vezes empar-ceirados em projetos um tanto lunáticos – somos sonhodependentes inveterados -. Masconheço-o praticamente desde que nasceu, ali na zona do Riacho, depois Mascarenhasde Morais, atualmente Marduque, se não estou em erro. Seus pais, Adalberto e Eva, aindaandavam em fase de namoro, quando passei a conviver com eles a partir da sede doBangu, clube varzeano pelo qual disputei alguns campeonatos, jogando no segundo time.No Bangu, entre novembro e março, era comum realizarem-se reuniões dançantes ondeo Negro e o Ernâni, na companhia do irmão Adalberto, encarregavam-se da música, comeste último atuando também como crooner, expressão que os uruguaianenses já havía-mos adotado a partir das grandes orquestras norte-americanas de suingue, como as deBenny Goodman, Gleen Miller e Tommy Dorsey, onde brilhou nem mais nem menos doque Frank Sinatra, e que víamos nos filmes nas sessões do Carlos Gomes e do Corbacho.A família Rojas era, determinadamente, musical. E, como lá diz o ditado da velha: “Quempuxa aos seus não degenera.” Assim, quando comecei a notar aquele gurizinho dedilhan-do o violão, não me surpreendi. Não sei, mas penso que o prezado Ênio Rodrigues temalguma coisa a ver com o desenvolvimento do talento do piá naquelas seis cordas, poiseram vizinhos, e o Ênio já se impunha com seu jeitão silencioso, de sempre, e seu afina-díssimo violão de até agora.

O Por onde eu for constitui-se de um repertório de letras e músicas de autoria doSérgio, contando com uma banda superafinada e criativa nos solos individuais. Dois tecla-dos, uma bateria, um baixo e uma guitarra elétricos, e os violões do próprio astro uruguai-anense, com o apoio de duas vozes femininas afinadíssimas. Rock da pesada e rockbalada, marcados pelas dissonâncias de voz do uruguaianense que especializa nessetipo de interpretação, com agudos e graves que se alternam harmoniosamente. Comple-mentando as interpretações, o gestual estudado – o corpo fala, lembram? -, onde sedestacam as expressões faciais e os gestos ‘descuidados’ de alinhar os cabelos, teimosa-mente sempre caindo para encobrir os olhos. O humor fronteiriço também presente entreas apresentações dos números, provocando risos contidos, mas sempre aprovadores.

Ao final, já no ‘bis’, insistentemente solicitado pela plateia, a referência àmorte de seu pai, ocorrida em janeiro, e a homenagem ao grande boêmio que oAdalberto foi, com a interpretação de um tango, acompanhado ao som de dois violões.Brilhante. Aplaudido em pé.

Pois eu estive lá vestindo a camiseta do meu primeiro e eterno clube do coração,a do Esporte Clube Uruguaiana, numa homenagem tão singela, quanto sentida, ao núme-ro oito que tantas e tantas alegrias me deu naqueles anos da década de cinquenta,quando a envergou com brilho. Sim, refiro-me ao CHORINHA – o Adalberto Rojas -, pai domultifacetado artista Sérgio Rojas que ainda tanto tem a nos oferecer. Ave Chorinha! AveSérgio! Obrigadíssimo por tudo quanto me ofereceu aquele na arte dos dribles e dos gols,com a nossa camisa jalde-negra, nos campos do Ferro Carril, dos Álamos e da Baixada,em nosso solo uruguaianense; este, na encantadora arte musical que nos leva a mundosinimaginados.

Talentos

Na quinta-feira, 03, no Sa-lão Nobre, o prefeito SanchoteneFelice, acompanhado dos secre-tários municipais de Educação,Delmar Kaufmann, e de Governo,José Alberto Leal, e do presiden-te do Conselho Municipal de Edu-cação, Rudi Albino Hermann, em-possou 26 dos novos membros –titulares e suplentes – do Conse-lho Municipal de Educação. OConselho é composto por: I – Re-presentantes do Poder Executivo:Mara Elaine da Costa Cardoso,titular; Cléa Maria Goulart Duarte,suplente; Nara Rosângela da Sil-va Garcia, titular; Viviane Catari-na Pereira Gonçalves, suplente;Ana de Cássia Ribeiro Saraiva, ti-tular; Marlene Machado Goulart,suplente; Cláudia Elizabeth Car-valho Bortoloto, titular; ElizabethAlves Dornelles, suplente. II – Re-presentantes do Magistério Públi-co Municipal: Dirce Gracioso So-ares, titular; Emerson Barreto Or-tiz, suplente; Maria do Carmo Frei-

Educação tem Conselho MunicipalEducação tem Conselho MunicipalEducação tem Conselho MunicipalEducação tem Conselho MunicipalEducação tem Conselho Municipal

tas Flores Eberts, titular; OlgaRaquel Gimenez, suplente; Gui-lherme Brum Fagundes, titular;Miguelina Nunes, suplente. III –Representantes das Instituiçõesde Ensino Superior: Rudi AlbinoHermann, titular; Lúcio AndréBrandt, suplente; Paula Bianchi,titular; Diana Paula Salomão deFreitas, suplente. IV – Represen-tantes do Magistério Público Es-tadual: Antenor Casagrande, titu-lar; Liliane Oliveira Medeiros, su-

plente. V – Representantes dasEscolas Particulares de EducaçãoInfantil: Márcia Pedrazzi Fuma-galli, titular; Benures Almeida Ca-seldi, suplente. VI – Representan-tes dos Círculos de Pais e Mes-tres das Escolas Municipais: Ru-bia dos Santos, titular; ClarindaFigueiredo, suplente. VII – Repre-sentantes das Associações deBairros: Maria Isolina Bellinazo,titular; Edgar Salles do Prado, su-plente.

O engenheiro Marcus Viní-cius dos Santos, representante daempresa MGL Engenharia Ltda, queadministrará a obra de construção dagaleria pluvial no bairro Santo Inácio,foi recebido na quinta-feira, 03, peloprefeito Sanchotene Felice, junta-mente com o secretário municipal deGoverno e Planejamento, José Alber-to Leal, o procurador-geral do Muni-cípio, Caciano Sgorla Ferreira, e odiretor municipal de Patrimônio, JoãoAntônio Brunet Copelo. As obras, queconsistem na construção de umagaleria pluvial que terá 6 metros delargura e 1.043 metros de extensão,captando água numa área de 250hectares, devem iniciar no prazo de30 dias, beneficiando 14 mil pesso-as. Os recursos para a construção daGaleria são de 60% provenientes do

Obras da Galeria Pluvial no bairroSanto Inácio deverão iniciar em março

Banco Mundial – Contrato 7581/BR -e 40% de contrapartida da PrefeituraMunicipal de Uruguaiana. A empre-sa vencedora do certame foi a MGL

Engenharia Ltda, com sede em Por-to Alegre, que apresentou a propos-ta de R$ 4.915.880. O prazo para aexecução da obra é de 1 ano.

O tradicional Baile do Ha-waii, uma promoção do RotaryClub de Uruguaiana Sudeste eTênis Clube Rio Branco, preten-de reunir mais de mil pessoas. Afesta será realizada no dia 26 defevereiro, às 23h, no Tênis e con-tará com apresentação da bate-ria da escola de samba vence-

BAILE DO HAWAII NO TÊNIS CLUBE

dora do carnaval 2010, Unidos daCova da Onça, além do Som Ato-mic. Os presentes serão brinda-dos com frutas diversas e colaresde havaianas.

Os ingressos, que custamR$ 20 e as mesas para quatropessoas, R$ 120, podem ser ad-quiridos no Centro do Vídeo, Em-

pório 15 e na secretaria do TênisClube. O valor arrecadado com oevento será doado ao Amor Exi-gente - AE, que atua como apoio eorientação aos familiares de depen-dentes químicos há 26 anos nopaís e há 15 anos em Uruguaiana.No município, o AE atende cercade 100 pessoas por semana.

Um dos grandes acontecimentos sociais de UrUm dos grandes acontecimentos sociais de UrUm dos grandes acontecimentos sociais de UrUm dos grandes acontecimentos sociais de UrUm dos grandes acontecimentos sociais de Uruguaianauguaianauguaianauguaianauguaiana

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77Uruguaiana,de 11 a 17 defevereiro de 2011Geral

Por Guilherme Socias Villela

DESENVOLVIMENTO

É possível que para um atento observador a grande ques-tão econômica e social do Rio Grande do Sul seja a existênciade dois Rio Grandes. Desalinhados.

Ocorre que municípios como Teutônia, Estrela, Lajeado,Carlos Barbosa, Farroupilha, Garibaldi, Bento, Veranópolis, Ma-rau, Erechim, além daqueles localizados nos eixos Canoas-Ca-xias, Venâncio Aires-Santa Cruz-Vera Cruz e Ibirubá-Panambi-Ijuí-Santa Rosa – para citar tão somente alguns exemplos – seavultam na economia sul-rio-grandense. Produzem soja, milho,trigo, feijão, aves e suínos; possuem um parque industrial diver-sificado – produzindo desde alimentos, roupas e calçados atémateriais de precisão do setor eletromecânico. A par disso, suascidades apresentam qualidade de vida. Sua população tem ra-zoável acesso à saúde, à educação, à habitação e, principal-mente, ao trabalho.

Esses municípios – incluindo a região metropolitanade Porto Alegre – são responsáveis por 85% do ProdutoInterno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul. (Ressalte-se,entretanto, pelo ensejo, que o município de Uruguaiana,segundo os últimos dados produzidos pela Fundação deEconomia e Estatística (FEE), ocupa o importante 14º lugarno ranking de 496 municípios que geram o produto internobruto (PIB) do Estado.)

Todavia, reequilibrar as disparidades regionais, alémde ser uma questão de vocação econômica – historicamen-te determinada pelo bioma, mas, também, por razões dedisputas políticas territoriais internacionais – é, também, umproblema de gestão governamental determinada atravésde políticas públicas. Por isso, é alvissareiro o anúncio,feito pelo governo do Estado, referente à elaboração deuma política de incentivos fiscais e financeiros – tendocomo base o conhecido Fundopem – com característicasoperacionais geográficas. Assim, é provável que regiõesmenos abonadas venham a ter maiores incentivos dessetipo – o que seria algo bom para a denominada metade sul doRio Grande do Sul.

É preciso ter um só Rio Grande.

Economista.

Os dois Rio Grandes

Jorge Unamuzaga

O novo presidente da JuntaComercial do Rio Grande do Sul,João Alberto Vieira, e os integrantesdo Colégio de Vogais, todos nomea-dos pelo governador Tarso Genro,foram empossados dia 1º de feverei-ro. O secretario da Economia Solidá-ria e Apoio à Micro e Pequena Em-presa, Mauricio Dziedricki, presentena posse, afirmou que pelos balcõesda Junta Comercial passam inúme-ras expectativas de vida e que o com-promisso maior dos dirigentes é tra-balhar no sentido de que não hajafrustração de expectativas.

“O cidadão e a cidadã quetraz a este nascedouro empreendi-mentos de micro, pequenas e médi-as empresas tem que encontrar dooutro lado do balcão o indispensávelapoio”, assinalou Mauricio. Ele disseque a Secretaria da Economia Soli-dária e Apoio à Micro e Pequena

Junta Comercial tem novos dirigentesJunta Comercial tem novos dirigentesJunta Comercial tem novos dirigentesJunta Comercial tem novos dirigentesJunta Comercial tem novos dirigentesEmpresa tem a função de incentivar,fomentar e ajudar para que ocorra ocrescimento dinâmico e sustentáveldesse segmento empresarial e, paraisso, o serviço público tem que darpronta resposta.

Depois de destacar o apoioda PROCERGS para que a JuntaComercial possa atender com pres-teza as solicitações dos empreende-dores, assinalou que os verdadeirosoficineiros do processo são os vogaisque no âmbito das diretrizes cegaisavaliam os novos empreendimentose contribuem para que os sonhos nãose tornem pesadelos. O secretárioMauricio Dziedricki saudou ainda opresidente que transmitiu o cargo,Jorge Luiz Costa Melo e o vice-presi-dente, também empossado, PauloSergio Mazzardo, e disse que é pre-ciso encontrar um novo tempo emque o mote seja a marca social e ademocracia participativa.

O presidente recém empos-

sado, João Alberto Vieira, contabilis-ta autônomo e professor graduadoem Multimeio e Informática Educati-va pela PUCRS, disse que a JuntaComercial cumpre importante papele que sua ação terá como base aigualdade de tratamento buscandosempre o menor custo para a socie-dade. Manifestou o desejo de podercontar com o apoio e a dedicaçãodo Colégio de Vogais. Lembrou quecom o incremento da rede mundialde computadores impõe-se no ser-viço prestado pela Junta Comerciala ampliação do processo de infor-matização como forma de aproximarcada vez mais a Junta de seus usu-ários. Manifestou a disposição pes-soal de iniciar a caminhada na pre-sidência da JUCERGS com humilda-de e otimismo.

A Junta Comercial em Uru-guaiana funciona junto a AssociaçãoComercial e Industrial de Uruguaia-na - ACIU.

A reativação de linhas férre-as entre o Rio Grande do Sul e o Uru-guai está prestes a se tornar realida-de, segundo integrantes da Comis-são dos Representantes Permanen-tes do MERCOSUL. Na segunda-fei-ra, 7, em Montevidéu, o governadorTarso Genro reuniu-se com o presi-dente do Uruguai, José Mujica, paradebater um elo de conexão social ecultural entre o Brasil e o país uru-guaio e tomou conhecimento da exis-tência de um projeto aprovado peloFundo de Convergência Estruturalpara a construção de uma ferrovia li-gando o Estado gaúcho ao país vizi-nho. A iniciativa já possui recursos deUS$ 50 milhões. Os representantesdo Brasil, Uruguai e Argentina agen-daram nova reunião para a primeirasemana de março para dar prosse-guimento à discussão do tema. Em

Ligação férLigação férLigação férLigação férLigação férrea Brasil - Urrea Brasil - Urrea Brasil - Urrea Brasil - Urrea Brasil - Uruguai mais próxima de se toruguai mais próxima de se toruguai mais próxima de se toruguai mais próxima de se toruguai mais próxima de se tornar realidadenar realidadenar realidadenar realidadenar realidade

princípio, os trens seriam mistos (car-ga e passageiros) e a linha passaria

por Artigas, chegando à capital, Mon-tevidéu.

Presidente José Mujica e governador Tarso Genro

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88Uruguaiana,de 11 a 17 defevereiro de 2011

SegurançaPor Nei DuclósJORNALISMO LITERÁRIO

Paciência, qualidade essencial de um homemPaciência, qualidade essencial de um homemPaciência, qualidade essencial de um homemPaciência, qualidade essencial de um homemPaciência, qualidade essencial de um homem

Um ruído noturno insistente e de origem desconhecida vibrapor toda parte. No quarto, na sala, no escritório, ele toca metal resso-nante, seguidamente, depois some por alguns momentos. De dia, nãose manifesta. À noite, quando estamos ainda despertos e fazendo al-guma algazarra , também não se ouve. Mas basta um súbito silêncio,na noite alta, para reaparecer, sem que possamos atinar de onde vem.

Já ultrapassei minha fase mística. Não que não acredite emnada, mas entendi como funciona a armadilha da curiosidade sobreacontecimentos misteriosos: você se envolve, acredita e depois pas-sa, esquece. Fica o dito pelo não dito. Essas percepções parecemfantasmas se forem relacionadas com conceitos, idéias e hábitos, fir-mes, que adquirimos na chamada vida real. A toda hora vejo notíciassobre a possibilidade de viajar no tempo, do teletransporte, do infinitonúmero de universos, mas já me acostumei ao que tenho ao redor eisso acaba se impondo.

No fundo, acabo duvidando que espíritos possam existir defato, a não ser como evidência cultural, já que estão presentes emtodo o mundo e em todas as épocas. Não há civilização que despre-ze a existência do mundo dos mortos. Mas as contas a pagar, osprojetos travados, as inundações e o mormaço, as manifestações demassa e a história verdadeira do início da República acabam me to-mando toda a atenção e não tenho energia ou paciência para ficarcuidando de coisas do além.

Mas confesso que o som surdo de sino de toda noite me invo-ca. Seria um chamado? Estaria sendo produzido em algum recantoinacessível da matéria escura? Seria para me lembrar das badaladasde igrejas ou do colégio, quando éramos convocados para a aula ou amissa? Será o anúncio espiritual do carnaval por chegar? Bong, bong,bong. Reviro armários, gavetas, esquadrinho cantos, olho sótão, voumil vezes ao quintal, ponho o ouvido na parede e nada. Fico entãoimaginando coisas.

Seria eu mesmo avisando que uma parte de mim está presa numcorredor de sombras? Seria um náufrago no mar ignoto que, como últimorecurso, bate um pedaço de cobre que achou na praia deserta para ondefoi empurrado e que o acompanha nessa viagem desesperada em buscade salvação? Ou seria apenas um vazamento, ou até mesmo implicânciados vizinhos, tão afeitos à vocação de faze barulho por nada?

Não consegui desvendar o mistério e deixo para lá. Tem tantacoisa que não conseguimos entender. Por que colocam meia dúzia dehomens e mulheres cheios de saúde a deitar-se em frente às câmarasse roçando ou falando besteira, ou pior, se condenando uns aos outrosao paredão? Por que implicaram com o vestibular? Por que antigoscorruptos voltam lampeiros à cena do crime como se nada tivesseacontecido?

Bong, bong, bong. Talvez seja um anúncio do juízo final, cadavez mais próximo e evidente. Ou então é imaginação minha, com amente exausta de tantas perguntas e que se entrega a algo indecifrá-vel, talvez para ficar atento ao que possa existir embaixo do piso, nacasa ao lado ou lá no último céu, onde anjos nos aguardam, com ago-gôs e tamborins, preparados para sairmos num bloco de sujo.

Som de sino Na sexta-feira, 4, no início datarde, uma guarnição de policiais mi-litares da área do Porto Seco Rodo-viário, ao tentar abordar dois ho-mens em atitude suspeita, próximosa um posto de combustíveis, foi re-cebida a tiros. Os policiais revida-ram, acertando um deles. O segun-do suspeito fugiu com uma moto dolocal. Com o ferido, foi encontradoum revólver calibre 38, com seiscartuchos deflagrados e um apare-lho celular. Socorrido pelos policiais,chegou sem vida ao HPS. O mortofoi identificado como foragido do Al-bergue Estadual de Uruguaiana,onde cumpria regime semi-aberto,após uma das saídas, não apareceumais. A Viatura da Brigada Militartambém foi atingida pelos tiros.

Morto após troca de tiroscom policiais da BM

Preso matandocapivaras emcampo alheio

ET da Cidade Novavai parar na cadeia

Na quarta-feira, 2, por volta das 16h, policiais do1º BPAF da área do Plano Alto receberam uma denúnciade que um homem de 50 anos estava armado em umcampo que não lhe pertencia. Ao abordá-lo, os policiaisencontraram com ele duas capivaras abatidas e dois ri-fles calibre 22. O homem foi preso e encaminhado àDelegacia de Polícia, onde foi lavrado o flagrante.

Roubou berRoubou berRoubou berRoubou berRoubou bermuda e se deu malmuda e se deu malmuda e se deu malmuda e se deu malmuda e se deu malTambém no sábado, no início da tarde, um ho-

mem foi preso por uma guarnição do Policiamento Os-tensivo, após furtar uma bermuda de uma loja na áreacentral. Abordado pelos policiais em via pública, foi reco-nhecido por funcionários da loja. Preso, foi encaminhadoà DP para lavratura do flagrante.

Na manhã de sábado, 5, ao se deslocar para oquartel do 1º BPAF para assumir o serviço, um policialmilitar viu dois homens furtando a carteira do bolso deuma vítima que dormia na calçada nas imediações doClube Cabo Luis Quevedo. Na abordagem, um dos indi-víduos fugiu e o outro foi preso. Identificado como o “ETda Cidade Nova”, com ficha corrida, o detido foi encami-nhado à DP, onde foi lavrado o flagrante.

BM prende autor de latrocínioBM prende autor de latrocínioBM prende autor de latrocínioBM prende autor de latrocínioBM prende autor de latrocínioNa sexta-feira pela manhã, deu entrada no HPS

um moto-taxista, que acabou não resistindo aos ferimen-tos e faleceu. A vítima fora ferida à faca durante umacorrida ao interior do município, onde foi achado por tran-seuntes, caída no acostamento. O autor havia levadosua moto e sua carteira com pertences. Agentes de In-teligência do 1º BPAF fizeram averiguações no local edirigiram-se a um estabelecimento rural nas proximida-des, onde ficaram sabendo que um dos funcionárioschegara numa motocicleta naquela manhã. A moto foiencontrada em um galpão, coberta com uma lona e, noquarto do suspeito, os pertences da vítima. O criminosofoi preso em flagrante por roubo seguido de morte eencaminhado à DPPA, juntamente com a moto e ospertences da vítima.

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99Uruguaiana,de 11 a 17 defevereiro de 2011Geral

Por Colmar Duarte

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Como na lendaAlgumas pessoas são como as árvores, nascem e morrem

dando sombra ao mesmo lugar. Cravam raízes que se aprofundamna terra como para pelear contra as tormentas de todas as primave-ras. Naquele lugar cumprem seu ciclo de existência e, talvez, seudestino.

Como a árvore sozinhaQue estende os braços à estrada,

Dou sombra, sem pedir nada,Aos cansados do caminho.

Com o canto dos passarinhosMe sinto recompensado.

Outros há, que mal largam os cueiros e já põem o pé na estradaem busca do lugar de seu encontro com o universo. Mala-de-garupa em-baixo dos pelegos, cavalo de tiro, vão andando até que resolvem se ar-ranchar e fazer querência. Então, adotam esse lugar como seu. Ali criamos piás, trabalham e sonham com um mundo melhor e gastam os anosajudando a escrever a história dos pagos adotivos.

Na semana que passou recebi a visita de um desses amigos que,por não terem nas veias a seiva fria desses troncos antigos, um dia fize-ram de Uruguaiana seus pagos. Visita de campanha. Dessas de soltar oscavalos da carroça pra o potreiro dos fundos e deixar o veículo com asvaras para o alto, na sombra do galpão.

Tive a alegria de receber, no Retiro, esse parceiro de tantos anose tantas causas, José Édil de Lima Alves. Durante alguns dias mateamosà sombra das centenárias árvores, falamos de sonhos, alegrias, conquis-tas e frustrações. Traçamos novos planos para velhos sonhos, decreta-mos o banimento dos ditadores e dos corruptos e combinamos passarférias em Pasargada.

José Édil, gabrielense de nascimento, veio para cá muito novo.Tem uma história de trabalho, vitoriosa, pela cultura de nossa terra, comoprofessor de literatura. Andou gauderiando pelo mundo, acumulando títu-los e honrarias, sempre com Uruguaiana no coração. Ultimamente pres-tou serviços à Ulbra, na grande Porto Alegre. Homem de posicionamen-tos claros, diante dos acontecimentos que envolvem essa universidadeatualmente, deixou de lecionar.

Conversei com meu amigo sobre o Grupo Salamanca, uma idéiaainda em gestação, que pretende ser um agitador cultural nesta terra que(Já teve até a Califórnia, noutros tempos!) carece de mais pessoas comsua capacidade já tantas vezes comprovada.

Édil -- que não trabalharia em empresa funerária, pois é dos quenão podem ver defunto sem chorar – mostrou-se interessado em retornaraos pagos e integrar-se aos esforços dos que continuamos acreditandoque vale a pena sonhar. Vale a pena sair por aí, como o Negrinho dalenda, deixando pingar a luz da vela, para que sua chama se multipliquee essa magia ilumine a escuridão dos campos e das almas. E quandoessa noite termine poderemos encontrar os tordilhos da tropilha perdida,e os caminhos floridos de um mundo sem ditadores, sem discriminações,sem pusilânimes nem subservientes, feito por homens livres, capazes deexercer sua indignação contra a prepotência dos eventuais tiranetes dealdeia e seus bajuladores.

Parafraseando Pessoa: Onde andam os homens? Estou cansadodos semideuses!

..............................

Grande é a poesia, a bondade e as danças...Mas o melhor do mundo são as crianças,Flores, música, o luar, e o sol que peca

Só quando, em vez de criar, seca.

E mais do que istoÉ Jesus Cristo,

Que não sabia nada de finanças,Nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa

Na manha de sábado, 05,aconteceu o programa CDL Atua-lidades, transmitido pela Radiocharrua AM, com apresentação doradialista Manoel Peres.

O presidente da CDL, Jor-ge Prestes Lopes, e o diretor deAssuntos Tributários e Contábeis,José Nilton da Cunha Silva, parti-ciparam do programa que contouainda com a presença da empre-sária Patrícia Generoso, titular daempresa Penélope. Patrícia atuano setor de confecções há 10anos e falou sobre as constantesmudanças da moda feminina, que,de acordo com ela, estão relacio-nadas com a mudança de com-portamento da mulher moderna.“A moda sempre foi o termômetroda evolução feminina, por isso éimportante estar atualizada comas transformações que aconte-cem no setor”, disse a empresá-ria, que comentou ainda que ape-sar de estarmos na metade doverão, a indústria da moda já semovimenta para os lançamentosOutono-Inverno. A loja Penélope

Programa CDL Atualidades apresentou Informaçãode Qualidade para o Lojista Uruguaianense

fica na Rua Domingos de Almei-da, 1852 – telefone 3411-3632.

A seguir, o diretor da CDLJosé Nilton, abordou um tema quefoi notícia durante a semana, a in-serção do “Simples Gaucho” nopacote de Projetos LEI encami-nhado pelo governo estadual aopoder Legislativo. Segundo o di-retor, o que se tem conhecimentoinicialmente é que há uma redu-ção de ICMS para pequenas em-presas (de 3,95% para 2,95%),porém, José Nilton aponta quemais importante do que a reduçãode alíquota do ICMS, é a retoma-da de discussão sobre a isençãoda Substituição tributária, impos-to referente a pagamento anteci-

pado sobre produtos oriundos deoutros Estados. “Além do empre-sário, o consumidor também é pre-judicado, pois acaba pagandomais caro pelos produtos vindosde outros estados”, completouJosé Nilton, que alertou ainda so-bre as taxas retidas nos cartões decrédito que devem ser declaradaspara evitar problemas na entregada declaração. Para o presidenteJorge Prestes Lopes, a expectati-va é positiva com relação à efeti-vação dos projetos que venham afavorecer o micro e pequeno em-presário, projetos que, inclusive, fo-ram por diversas vezes discutidospela entidade com os poderes le-gislativo e executivo.

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1010Uruguaiana,de 11 a 17 defevereiro de 2011

TourSocialSocial

Laura Starlit

Festa de 15 anos

Eduarda Duarte Darde veio especialmente de Curitiba, onde mora atualmente, parafestejar seu aniversário de 15 anos com a família e amigos no sábado, 29 de janeiro. A festa foitemática. Havaí foi o tema escolhido por Eduarda, que teve um lindo baile no Salão da Tozzo. Adecoração e o bufet ficaram aos cuidados de Silvia Rios. A bela Eduarda teve seus vestidos (o deentrada e o traje de havaiana) confeccionados pela Essência da Moda. Os drinks para criar oclima do Luau ficaram por conta da Khualua drinks, com atrações e malabarismos.

Eduarda com o pai Hilton Darde, a irmã Daiane, a mãe Marcia e Augusto Menezes

Eduarda, Marcia e Daiane

Com amigos na hora de curtir o tema Havaí

A aniversariante com a feliz mamãe Marcia Posando próxima ao lindo bolo

FOTOS ARQUIVO PESSOAL/PHOTO ARTE

Eduarda abre o baile do Havaí

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1111Uruguaiana,de 11 a 17 defevereiro de 2011Social

Quem andou pelas nossas plagas há poucosmeses, hóspede de AnaMeri Garcia e Nilo de Limae Silva Filho, em uma estância em Bonpland, foi nada menos do que o secretário de Estado da Cultura,escritor Luiz Antonio de Assis Brasil e a esposa, também autora de vários livros, Valesca de Assis. LuizAntonio andou conhecendo a região da personagem central de seu próximo livro, que certamente dian-te de tantos compromissos não sairá tão cedo, para nossa frustração. AnaMeri e Nilinho tiveramdias degrande alegria e riqueza intelectual com aquele casal que cultiva osmelhores hábitos. Valesca é excelen-te cozinheira, já editou livro de receitas intitulado O Livro das Generosidades e Assis, para quem nãosabe, pormuitos anos foimúsico daOSPA. Se encantaram como lugar, coma passagemdo trem, comoscampos e com as companhias.

Havaí de novoNíviaMaria Duarte Brandolt esteve de aniversário no dia 07 de fevereiro e a amiga Tatiane Filter, no

dia 24 de Janeiro. As duas comemoraram juntas. A festa aconteceu na beira da piscina com os amigos. Ogrupo das gurias sempre escolhe festas temáticas para os encontros. Elas já organizaram FestaMexicana, dasbruxas e dos palhaços, mas o tema Havaí foi o escolhido para a comemoração do aniversário conjunto.

Em pé: Tatiane Filter, Fabiane Salles e Silvane Barbosa. Sentadas: Aline Teixeira, Sabrina Ribas,Nívia Maria (aniversariante) e Catarina Araújo.Capelão Fabrício Prado

está de aniversário nodia 13 de fevereiro, mas

os católicos que fre-quentam a Capelania

Militar vão comemorarcom ele no dia 12, de-pois damissa, numa

mesa compartilhada. Ocapelão atrai grande nú-mero de fiéis com suashomilias inteligentes e

sua presença carinhosa.Parabéns, Padre Fabrício,lhe desejamosmuitos emuitos aniversários com

saúde sempre.

Kelli Bortolanza Fernandes, além de adquirir vários produtos da Varjac, fez as vezes de modelo paraas convidadas de Andrea Gregory em sua visita à terra. Na foto, com um lindo bolero de couro

Moda outono-invernoVisita ilustre

Gilda Barzoni Bastos está reunida com a família em Punta del Este. Em março, retoma suasatividades na Galeria Graffiti. Gilda faz um trabalho de integração com os artistas argenti-nos. Em 2010, contou com as presenças de Cristina del Castillo e Maximo Arias. Em 2011,abre a temporada com Estela Queirolo. Na foto,Maria do Horto Bastos Kuhn, Estela Queirolo,Maximo Arias e noiva

Professor Lezcano mostrando a biblioteca de Bonpland para Assis Brasil e Valesca

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1212Uruguaiana,de 11 a 17 defevereiro de 2011

Gilce Faria CorreaBOM-TOM

Gostodemodaecinema.Sãodois mundos fantásticos, fascinantese tornam a realidade muito mais di-vertida, além de contarem com pes-soas incrivelmente talentosas.

Nocinema,quemreinaabso-luta como figurinista entre 1930 e1981, é Edith Head, a Chanel de Ho-llywood. No campo das estatísticas,é impressionante.

Absolutamente Divas e o Oscar

Edith Head assinou o figuri-no de mais de mil títulos (entrewesterns, musicais, épicos, comé-dias, filmes de época, terror e sus-pense), teve 35 indicações ao Os-car, levou oito.

A figurinista mais indicada epremiada da história da Academiacriou o traje mais caro já feito para ocinema, um vestido com cauda de

vison, usado por Ginger Rogers nomusical Lady in the Dark.

Nosdias de hoje, filmes cau-sam grande impacto na moda,como Maria Antonieta e Sex andthe City, que influenciaram, o pri-meiro, inúmeras coleções de altacostura e, o segundo, a moda pret-a-porter do mundo.

O Oscar, desde sua primei-ra edição em 16 de maio de 1929,é a grande celebração do luxo e doglamour de Hollywood, mas o figu-rino das estrelas era apenas um co-adjuvante do espetáculo. Viam-seterninhos, vestidos curtos, roupassem brilho.

Mas, a partir de 1980, acon-tece a virada. Não mais as top mo-dels roubam a cena das estrelas decinemanamídiaeospersonal stylistscomeçam a ser disputados a tapa,tanto pelas celebridades, quanto pe-las grandes etiquetas de moda.

Atualmente, o tapete verme-lho da entrega de prêmios do showbusinesséamaiorpassareladamodainternacional.

As casas de alta costura bus-camser indicadasaoprêmioparaexi-birem seus modelos no red carpet,

bem como os grandes joalheiros.Valentino veste Elizabeth

Taylor ao receber o prêmio especialpor sua luta contra a AIDS (1992) eFernanda Montenegro, em sua indi-cação por Central do Brasil (1999).Jenifer Lopez e Julia Roberts são pre-feridas de Valentino também.

Em 1996, Sharon Stone atra-vessou o tapete vermelho vestindouma camiseta demarca popular: Ins-tinto Selvagem.

Em 2009, Angelina Jolie, devestido preto e brincos de esmeral-da (115 quilates!!!) foi o grandedestaque.

Em 2010, muitas brilharam:Demi Moore, vestido rosado em ca-madas, Versace; a apresentadoraOphra Winfrey acertou na elegantemistura do azul e preto Lanvin.

Sempre elegante, MerylStreep, a artista do século paramim

por ser tão versátil, é brilhante emqualquer papel, desfilou um vesti-do branco e bolsa revestida de cris-tais swarovski.

Este ano vamos aguardarpara ver as indicadas à melhor atriz:Nicole Kidman (Reencontrando a Fe-licidade); Jennifer Lawrence (Invernona Alma); Natalie Portman (CisneNegro);MicheleWilliams(BlueValen-tine) e Annete Bening (Minhas Mãese Meu Pai).

Nas indicações masculinas,torço sempre para Javier Barden(Biutiful).

Essas estrelas que já pisa-ram no tapete vermelho, mulheressupremas,mitos, ícones, não impor-ta o nome, marcaram o imagináriodo século XX, continuam a alimen-tar fantasias do século XXI e só podi-am ser invenção de um lugar chama-do Hollywood.

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1313Uruguaiana,de 11 a 17 defevereiro de 2011

Por Rafinha Ferraz

VIVAOGLAMOUR

Affonso Romano de Sant'Anna“... Cada idade tem seu esplendor. É um equívoco pensá-lo apenas como

um relâmpago de juventude, um brilho de raquetes e pernas sobre as praias do tem-po. Cada idade tem seu brilho e é preciso que cada um descubra o fulgor do própriocorpo... A mulher madura é um ser luminoso, é repousante às quatro horas da tarde,quando as sereias se banham e saem discretamente perfumadas com seus filhospelos parques do dia. Pena que seu marido não note, perdido que está nos escritóriose mesquinhas ações nos múltiplos mercados dos gestos. Ele não sabe, mas deveriavoltar para casa tão maduro quanto Yves Montand e Paul Newman, quando nos seusfilmes. Sobretudo, o primeiro namorado ou o primeiro marido não sabem o que perde-ram em não esperá-la madurar. Ali está uma mulher madura, mais que nunca prontapara quem a souber amar.”

A MULHER MADURABernardo Trojan Neto nasceu

em Casca (RS), em 4 de maio de1963. O chefe do Gabinete Militar doParlamento gaúcho para o ano de2011 é formado em gestão e admi-nistração, possuindo também espe-cializações na área do Direito e daPsicologia. Graduado pela Academiade Polícia Militar em 1986, o oficialalcançou o posto de tenente-coronel.

“Até me tornar capitão, traba-lhei bastante na parte operacional, e

Gabinete Militar do Parlamento Gaúcho será dirigidopor descendente de tradicional família uruguaianense

Bernardo Trojan Neto é especializado em gestão pública

nos últimos anos me aprofundei maisna gestão pública e no trabalho admi-nistrativo”, resume. Antes de assumira função no Legislativo gaúcho, Tro-jan trabalhava como chefe da Asses-soria de Controle da BM, setor que fis-caliza gastos, contratos e despesas dainstituição e que faz a interlocução comTribunal de Contas e Cage.

O atual presidente do Legis-lativo gaúcho, Adão Villaverde (PT),ele conheceu durante a gestão de

Olívio Dutra no governo estadual(1999-2002). “Na época, Villaverdeera secretário de Ciência e Tecnolo-gia e do Planejamento”, lembra. Emsua carreira, desempenhou as fun-ções de sub-comandante do 26º BPMem Cachoeirinha, trabalhou no Hos-pital da BM e passou pelo departa-mento de Logística. Seu trabalho al-cançou vários municípios, incluindoPasso Fundo, Marau, Guaporé, Mon-tenegro e Porto Alegre.

Geral

Affonso Romano de Santa-na me inspirou a procurar fotos detrês mulheres que guardam essesmistérios de que ele fala. Se algumadelas é mais exuberante, outra émais graciosa, outra mais jovial ededicada a trabalhos de muito char-me. O que elas têm em comum éque são “seres luminosos, repou-santes às quatro horas da tarde,quando as sereias se banham esaem discretamente perfumadas.”

Márcia Arns com suas Três Graças

Márcia Arns

June Sirangelo Bergallo é jovialidade, écriatividade. Ela organiza festas de ani-versário e casamento. Um charme

Diva Helena de Franceschi Ceolin num aniversário �only for women�, conversando comas amigas Verinha, Marilha e Zenaira. Diva trabalha com a estética, é arquiteta. Tudonela é naturalmente elegante.

Diva Ceolin

No domingo, 06, às 20h, na Concha Acústica Cé-sar Passarinho do Parque D. Pedro II, aconteceu o lança-mento do CD com os sambas-enredo das escolas de sam-ba Unidos da Cova da Onça, Os Rouxinóis, Unidos daIlha do Marduque, Deu Chucha na Zebra, Imperadores

Concha Acústica foi palco de lançamento de CD dos sambas-enredos

do Sol, Apoteose do Samba, Acadêmicos de São Miguel eBambas da Alegria com um público de aproximadamente5 mil pessoas muito entusiasmado com as apresentações.O Carnaval Fora de Época acontecerá nos dias 24, 25 e 26de março de 2011, na Avenida Presidente Vargas.

Conab começou a adquirir arroz do RS no dia 10 de fevereiroA Companhia Nacional de Abastecimento,

Conab, no dia 10 de fevereiro, iniciou as operações deaquisição de arroz em casca de produtores rurais e decooperativas. Serão adquiridas, inicialmente, 88 miltoneladas no Rio Grande do Sul e 14 mil toneladasem Santa Catarina. A operação tem como finalidade,garantir, com base nos Preços Mínimos, a aquisiçãode produtos agropecuários pelo Governo Federal. Ovolume total previsto para as aquisições é de R$ 200milhões para dar suporte a 360 mil toneladas, para oRio Grande do Sul e Santa Catarina.

Preços mínimos para o Arroz Tipo 1:Saco 50 kg

Grãos Inteiros Tipo 150 a 56% - R$ 24,1357 a 59% - R$ 25,8060 a 62% - R$ 26,80

Mais de 63% - R$ 28,30

1. Condições para participar:

1.1) Limite de Compra: 4,102 mil sacos porprodutor (205.100 kg).

1.2) Armazenamento: Armazém credenciadoà Conab.

1.3) Condições para Aquisição do Produto: deveestar limpo e seco e enquadrado nos padrões de identi-dade e qualidade estabelecidos pelo Ministério da Agri-cultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, RegulamentoTécnico do Arroz aprovado pela Instrução NormativaMAPA n.º 06, de 16/02/2009 e alterado pela InstruçãoNormativa MAPA n.º 12, de 29/03/2010.

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1414Uruguaiana,de 11 a 17 defevereiro de 2011Rural

PRODUTOSPRODUTOSPRODUTOSPRODUTOSPRODUTOSVETERINÁRIOSVETERINÁRIOSVETERINÁRIOSVETERINÁRIOSVETERINÁRIOS

ERNANDO CIDADE & CIA LTDARUA GENERAL HIPÓLITO, 3265 - FONE: (55) 3412-4054 - FAX: (55) 3412-2784 /

URUGUAIANA - RS - e-mail: [email protected]

Por Tunico Fagundes

CAMPEREANDOO projeto do novo Código

Florestal - PL 1876/99 - deverá ir àvotação no mês de março, confor-me anunciou o presidente da Câma-ra dos Deputados, Marco Maia. Paraos deputados da chamada banca-da ruralista, é fundamental a urgên-cia na discussão e votação do textodo relator do projeto, deputado AldoRebelo, do PCdoB. A atual legisla-ção que trata do Código Florestalcoloca em ilegalidade mais de 90%

Novo Código Florestal deverá ser votado em marçoNovo Código Florestal deverá ser votado em marçoNovo Código Florestal deverá ser votado em marçoNovo Código Florestal deverá ser votado em marçoNovo Código Florestal deverá ser votado em marçodo total de 5,2 milhões propriedadesrurais de todo o Brasil. Por esse mo-tivo, é premente atualizar a legisla-ção para não prejudicar o setor agro-pecuário do país.

O deputado federal AfonsoHamm, do PP gaúcho, comenta quea votação, em março, do novo Códi-go Florestal é um compromisso queMarco Maia assumiu com os parla-mentares que integram a bancada dosetor. “A nossa intenção é de fazer

reuniões de debates nos meses defevereiro e início de março”, afirmou.De acordo com Hamm, os produtoresrurais são os maiores interessados napreservação da sua terra e do meiode sustentação porque vivem com osfrutos do setor e precisam da conser-vação do meio ambiente. Ele observaque a proposta do relator foi debatidade forma democrática, com a realiza-ção de audiências e visitas aos bio-mas de todos os estados.

O Ministro da Agricultura,Wagner Rossi, afirmou que o MAPAvai agilizar as tratativas para concluiro acordo de homologação dos Certifi-cados Sanitários Internacionais quevão permitir a exportação de materialgenético bovino (sêmen, embriões,reprodutores e matrizes) para a Rús-sia, ainda este ano. Em reunião reali-zada em Brasília, esta semana, res-saltou que vai enviar uma missão es-pecial àquele país para discutir exclu-sivamente o assunto. Participaram doencontro o presidente da AssociaçãoBrasileira de Hereford e Braford -ABHB, Fernando Lopa, o presidentee o vice-presidente da Farsul, CarlosSperotto e Gedeão Pereira. SegundoLopa, o resultado da reunião foi maisum importante passo dado em dire-ção à conquista de mercados interna-

ABHB consegue apoio ministerial para exporABHB consegue apoio ministerial para exporABHB consegue apoio ministerial para exporABHB consegue apoio ministerial para exporABHB consegue apoio ministerial para exportar genética para Rússiatar genética para Rússiatar genética para Rússiatar genética para Rússiatar genética para Rússiacionais, possibilitando ao mundo co-nhecer e adquirir a genética brasileiradas raças Hereford e Braford. Em 03de fevereiro, Lopa e Gedeão estive-ram reunidos com técnicos do Depar-tamento de Defesa Sanitária do Mi-nistério da Agricultura para repassartodos os questionamentos sobre oscertificados sanitários para exportaçãopara a Rússia e a Colômbia. Atravésdo projeto de promoção comercial Bra-zilian Hereford & Braford, realizadopela ABHB em parceria com a Agên-cia Brasileira de Promoção de Expor-tações e Investimentos - Apex-Brasil,abriu-se um mercado internacionalpara a exportação de genética dasraças, e a Rússia é um dos países tra-balhados. Em 2010, um grupo deempresários e criadores brasileirosestiveram na Rússia onde visitaram

criatórios e fizeram importantes con-tatos com representantes governa-mentais, empresários e associaçõesde produtores. Ficaram definidas vá-rias ações no âmbito comercial, insti-tucional e de transferência de tecno-logia, como a possibilidade da monta-gem de uma joint venture entre umaempresa brasileira e uma russa, paraa implantação de uma central de bio-tecnologia naquele país, além dasperspectivas de exportação de sêmen,embriões e ventre. Em janeiro desteano, o representante de um grandegrupo empresarial russo esteve noBrasil, onde visitou diversos criatóriosbrasileiros e conheceu importantes tra-balhos de pesquisa e de melhoramen-to genético das raças, mostrando in-teresse imediato na aquisição de ma-terial genético brasileiro.

O governo federal anunciou,na quinta-feira, 3, um pacote com duasmedidas que vêm em socorro da lavou-ra orizícola. O ministro da Agricultura,Wagner Rossi, garantiu R$ 311 milhõespara compra de arroz pelo GovernoFederal. A medida destina 211 milhõesde reais para a compra de 360 mil to-neladas através da Aquisição do Go-verno Federal - AGF e 100 milhões paracompra através do Prêmio de Escoa-mento da Produção - PEP, volume su-

GoverGoverGoverGoverGoverno Federal anuncia pacote de R$ 311 milhões para o arno Federal anuncia pacote de R$ 311 milhões para o arno Federal anuncia pacote de R$ 311 milhões para o arno Federal anuncia pacote de R$ 311 milhões para o arno Federal anuncia pacote de R$ 311 milhões para o arrozrozrozrozrozMinistro da agricultura, Wagner Rossi, apresentou as medidas no RS

ficiente para adquirir 1.020.000 tonela-das. O pacote visa conter a baixa dospreços do produto, criando as condi-ções para que o mercado pratique pelomenos o preço mínimo, estipulado emR$ 25,80 a saca de 50 quilos. Destestotais, pelo menos 90% serão adquiri-dos no Rio Grande do Sul, o restanteem Santa Catarina. De acordo com oministro, esta foi uma medida emergen-cial. O governador Tarso Genro come-morou as medidas e anunciou que em

breve anunciará um programa de finan-ciamento, através do Banrisul, para queos arrozeiros que arrendam terras –60% do total – possam adquirir estesimóveis a juros subsidiados. O presi-dente da Federação dos Arrozeiros,Renato Rocha, classificou de excelen-tes as medidas anunciadas. Tambémdestacou as palavras da presidente Dil-ma Rosseff, de que a lavoura gaúcha,por sua vocação e uso de modernastecnologias, não pode ser penalizada.

Lavouras “lourando” ondulam nas coxilhas,os mais diversos pássaros alimentam-se, na pro-fusão de insetos que habitam as lavouras de ar-

roz. Sorros, ratões, preás e outros animais também habitam aabundância de alimento das lavouras.

Nas sangas, com a água cristalina que “filtra” através dasplantações, os jacarés voltaram, controlam as palometas e asse-guram o equilíbrio da fauna e flora.

Temos, sem nenhuma pretensão, uma pintura de “Matisse”.Tudo muito bonito, perfeito, colorido e bucólico para se

olhar, do lado de fora, porque a realidade de quem planta outrabalha na lavoura de arroz, é bem outra.

Teremos, dentro de poucos dias, o início de uma das me-lhores safras que temos visto, no aspecto qualidade e produtivi-dade. Era para estarmos festejando, no entanto, vamos, parado-xalmente, viver uma das maiores crises do setor.

Isso não acontece apenas por já virmos de umas duassafras com perdas por estiagens e maus preços, mas, sobretu-do, por estarmos vivendo, uma verdadeira calamidade na rela-ção custo benefício.

Produzimos arroz a R$ 25 a saca na média, e, pelo que setem visto, venderemos a R$ 21!

Estima-se que em Uruguaiana teremos uma “quebra” deprodutores ao redor de 30%!

Os produtores maiores, que conseguem sobreviver, pelaescala ou quantidade do que produzem, terminarão comprandoas lavouras dos menores. Um processo legal, natural e totalmen-te normal nessas situações, o que significa que não são culpa-dos pelas causas ou efeitos de uma política agrícola totalmenteineficiente para não radicalizar, chamando-a de inexistente.

Temos um governo federal e estadual que se diz socialis-ta. Ao lembrar ou me referir a isso, acho que vou “rasgar” meuscadernos, não entendo mais nada; temos a maior taxa de jurosdo mundo, os bancos (capitalistas) dando risada de tanto ganhardinheiro, os produtores menores saindo do negócio, dando lugaraos maiores e por aí vai. Chego a pensar que os livros que lisobre capital e trabalho, socialismo, comunismo e tantas balelasmais, eram uma brincadeira.

Razão quem tinha era o De Gaulle, não é um país sério.Ou melhor, segue sendo um país muito engraçado e di-

vertido, além do mais, amanhã é carnaval e, ao que parece, issoé o que importa.

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1515Uruguaiana,de 11 a 17 defevereiro de 2011

Elder [email protected]

A Associação dos Arrozeiros de Uru-guaiana e Barra do Quaraí realizam, no próximodia 17(quinta-feira), o já tradicional Dia de Cam-po da Região Fronteira Oeste, em parceria como Instituto Riograndense do Arroz( IRGA), nasdependências da Estação Regional de Pesquisade Arroz da FEPAGRO em Uruguaiana. Em pautao Manejo de fungicidas, Ensaios de Bioclimáti-cos, Melhoramento Vegetal(linhagens promisso-ras) e cuidados na Pós Colheita. Dentre os técni-cos esperados para o DC regional estão VeraMussoi, Rodrigo Schoenfeld, Jaime Oliveira,Daniel Grohs e Claudio Mundstock. A exemplodas edições anteriores, são esperadas dele-gações de diversos municípios abrangidospela Regional Fronteira Oeste. O roteiro do

DC Regional Fronteira Oeste acontecedia 17 de fevereiro na FEPAGRO

DC regional será dividido em dois grupos:7h45min – 1º grupo10h30min – 2º GrupoUm almoço de confraternização está

previsto para às 12h30min, onde a Associaçãode Arrozeiros e o IRGA receberão os participan-tes do DC. Segundo informações recebidas daassessoria do IRGA , é esperada a presençado presidente da autarquia, recentemente no-meado pelo governador Tarso Genro, ClaudioPereira. Walter Arns, presidente da Associaçãode Arrozeiros, assim como Luís Antônio Quei-róz, assessor da entidade, estão otimista quan-to ao sucesso do evento que já possui, entre osprodutores da região, aceitação e respeitabili-dade consolidadas. Claudio Pereira, presidente do IRGA, entre as rainhas da 21ª Colheita do Arroz

Claudio Mundstock Walter Arns Rodrigo Schoenfeld

Vera Mussoi Daniel Grohs Jaime Oliveira

Linhagens promissoras entre os temas abordados no DC

Rural

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Page 16: Jornal Momento de Uruguaiana

1616Uruguaiana,de 11 a 17 defevereiro de 2011

ALEGRETE

Estão abertas as inscrições para pro-fessor substituto na área de Cálculo, ÁlgebraLinear e Geometria Analítica para o CampusAlegrete da Universidade Federal do Pampa(UNIPAMPA). São duas vagas com regime detrabalho de 40h semanais. As inscrições vãode 28 de janeiro a 21 de fevereiro de 2011 e asprovas devem ser realizadas de 28 de feverei-ro a 2 de março. Os requisitos são graduaçãoem Matemática, Engenharia ou áreas afins. Osdetalhes estão no edital nº 013/2011, disponí-vel no Portal UNIPAMPA. (V.I.M.S)

JAPONESA

A ministra da Pesca, Ideli Salvatti, au-torizou o aluguel de barcos do Japão, sem tri-pulantes brasileiros, o que é proibido por lei.Ela descumpriu a Legislação apesar dos trêsavisos do ministério do Meio Ambiente contrao edital, feito por seu antecessor, Altemir Gre-golin. Aí, tem! (R.P.J)

BAGÉ

O Campus Bagé da UNIPAMPA teveperíodo de inscrições para docente reaber-to. O cargo é de professor substituto para aárea de Computação (Algoritmos, Programa-ção e Estrutura de Dados), com carga horá-ria semanal de 40 horas, sem dedicação ex-clusiva. A seleção consiste na realização deprova didática, de títulos e entrevista. Gra-duados na área de Computação ou em áreasafins com o título de mestre nestas áreas po-dem concorrer à vaga. Caso não haja inscri-tos com título de mestre até o dia 11 de feve-reiro, o prazo será reaberto até o dia 18 defevereiro sem a exigência do mestrado. Inte-ressados podem consultar o edital 163/2010(http://4c3.de/4R1), o comunicado de reaber-tura de inscrições (http://4c3.de/4RV) e tam-bém a página (http://www.unipampa.edu.br/portal/concursos). (V.I.M.S)

BURRICE

Acordo entre as secretarias estadual emunicipal de Educação de São Paulo impedea transferência de alunos de uma rede paraoutra. Ainda não se sabe qual o objetivo. (R.P.J)

NEM EM PORTUGAL

A Agência Brasileira de Inteligência –Abin continua a mesma. Contratou por R$ 2,1milhões a World Agência de Viagens para for-necer passagens aos seus “agentes secretos”.Tudo no maior sigilo. Parece piada. (R.P.J)

MAIS CARO

Um consultor norte-americano, que as-sessora dezenas de pequenas e médias em-presas estrangeiras, assegurou que o Brasilestá pagando mais do que outros países pelomesmo produto. Segundo Paul Midler, por des-conhecer como funciona a cadeia produtiva chi-nesas, o país está sendo onerado. Ele afirmaque as empresas chinesas aceitam fabricar paracompanhias americanas a preços mais baixospara ter acesso a modelos de produtos quepodem ser depois exportados a países de regi-ões periféricas, como o Brasil e países africa-nos. “As fábricas chinesas estão reconhecen-do a oportunidade de vender seus produtos aum preço mais alto e estão priorizando lugarescomo o Brasil”, disse Midler. (R.P.J)

ONGs ambientalistas e estrangeiras. Os estu-dos mostram que a usina significará energiabarata e abundante, abastecimento garantidopor mais de dez anos, e também a ocupaçãoreal daquele território, o que vai contra os pla-nos de internacionalização sonhado por algu-mas ONGs. (Ricardo Peró Job)

INTEGRAÇÃO

Os secretários da Ciência, Inovação eDesenvolvimento Tecnológico, Cleber Proda-nov; da Agricultura, Pecuária e Agronegócio,Luiz Fernando Mainardi; e do Desenvolvimen-to e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik; reuniram-se com o governador Tarso Genro,empresários brasileiros e uruguaios na residên-cia oficial do embaixador do Brasil no Uruguai,João Carlos de Souza Gomes, para analisar aspotencialidades e o fortalecimento das cadeiasprodutivas ligadas ao RS. Ficou definido que aCâmara de Indústria e Comércio do Uruguai or-ganizará, no primeiro semestre de 2011, viagemde empresários com interesse em investir noBrasil. Os empreendedores uruguaios serão co-laboradores no desenvolvimento tecnológico bra-sileiro. O Uruguai é um dos grandes exportado-res de softwares, sendo que seus projetos nomercado global obtêm, em média, um preço trêsvezes maior que os produtos brasileiros. "Acre-dito que o estreitamento da relação entre o RioGrande do Sul e o Uruguai vai gerar um cresci-mento econômico e social para os dois", afirmao secretário Mauro Knijnik. (V.I.M.S)

INTEGRAÇÃO II

Na reunião com a Comissão dos Re-presentantes Permanentes do Mercosul, ostemas discutidos foram a reativação de linhasférreas entre o Estado e o Uruguai e a comer-cialização conjunta de arroz para o mercadoglobal. A comissão destaca que está marcada

para a primeira semana de março uma reuniãoentre representantes do Brasil, Uruguai e Ar-gentina para tratar do tema arroz. "Na questãodo Mercosul, o Rio Grande do Sul tem a pre-tensão de ser um espaço privilegiado de uni-dade sul-americana, fazendo desse espaço umterritório de conexão entre os países", ressal-tou o governador.

INTEGRAÇÃO III

Na tarde de segunda-feira, 07, o gover-nador Tarso Genro participou da cerimônia "Vi-sitante Ilustre", promovida pela prefeita de Mon-tevidéu, Ana Oliveira, e encontrou-se com o pre-sidente do Uruguai, José Mujica. "Na reuniãocom o presidente Mujica vamos ressaltar quequeremos trabalhar como facilitadores da inte-gração regional, já que tudo passa pelo nossoterritório. Também vamos apresentar uma agen-da própria de trabalho com o Uruguai, depoiscom Argentina, visando uma colaboração cul-tural, facilitação de relação nas fronteiras, pro-moção de escolas bilíngues, tratamento dequestões econômicas e colaboração entre em-presários brasileiros e uruguaios", disse TarsoGenro. (V.I.M.S)

PARA INGLÊS VER

Com suas fachadas restauradas des-de agosto de 2010, o Palácio dos Campos Elí-seos, que foi sede do governo paulista, é a per-feita imagem da expressão "por fora bela viola,por dentro pão bolorento". Localizada na Ave-nida Rio Branco, a construção do fim do século19 virou moradia de pulgas, cupins e gatos. Opiso original de madeira está apoiado sobreescoras para não despencar. Segundo a arqui-teta Maria Vitória Fischer, da Companhia deRestauro, se a reforma interna não for feita logo,o exterior pode não durar muito tempo. Lem-bra algo mais ao sul do Brasil? (R.P.J)

Mural

Na quarta-feira, 02, às 20h, o Delegado Fluvial de Uruguaiana, Capitão-de-Corveta, Amélio Alves de Marins Filho, esteve à frente da procissão fluvial em honra deNossa Senhora dos Navegantes. A seguir, a cerimônia teve continuidade com a Procis-são por terra, com saída em frente ao Tamandaré Iate Clube, na Rua General Vitorino.O destino da caminhada dos fiéis era a Igreja do Carmo, com Missa Campal celebradaàs 21h15min, pelo novo pároco, frei Paulo Prigol e pelos freis Pedro Grings e Ivo Borto-luz. Em 2011 comemoramos os 100 anos dos Carmelistas no Rio Grande do Sul.

REDE PRIVADA

Estão abertas até 31/3/2011 as inscri-ções para o Fundo Rotativo de Apoio à Quali-ficação Docente – FAQ. O programa, instituí-do pelo Sindicato dos Professores do EnsinoPrivado - Sinpro/RS concede financiamentoparcial aos professores, associados ao Sindi-cato, para o desenvolvimento e a conclusãode projeto de qualificação em Programa dePós-Graduação. Em 2011 serão sorteadasseis bolsas, sendo duas para mestrandos equatro para doutorandos. Inscrição viawww.sinprors.org.br/faq O regulamento podeser acessados no site www.sinprors.org.br/faq.(Vera Ione Molina Silva)

REBAIXAMENTO

O prefeito do Rio de Janeiro, EduardoPaes, sugeriu que nenhuma escola de sambaseja rebaixada para o Grupo de Acesso no Car-naval deste ano. O pedido foi feito antes dareunião que teve com os presidentes das es-colas afetadas pelo incêndio na Cidade doSamba. Já em Uruguaiana, após um “caneta-ço” do Prefeito, ninguém foi rebaixado. Semincêndio! (R.P.J)

METRÔ

O presidente da Assembleia Legislati-va, Adão Villaverde (PT), manteve audiência emBrasília na quinta-feira, 10, com a ministra doPlanejamento, Miriam Belchior. Participaram dareunião, que tratou do metrô da capital do Es-tado, o prefeito de Porto Alegre, José Fortuna-ti; o presidente da empresa Trensurb, MarcoArildo Cunha; e o presidente da Câmara Fede-ral, deputado Marco Maia. (V.I.M.S)

REFÉNS DO MEDO

Bandidos do Complexo do Alemão e daVila Cruzeiro, no Rio, estão caçando moradoresque ajudaram as forças policial-militares de ocu-pação. Segundo a polícia, o fato explicaria osvários assassinatos sem motivação aparente na-quela área. O governo estadual nega a caça afavelados, para não provocar pânico. (R.P.J)

JORNALISMO

André Luiz Simas Pereira é o novo su-perintendente de Comunicação Social da As-sembleia Legislativa do RS. Ganhador do prê-mio Esso de Jornalismo aos 21 anos, Andrétem carreira como repórter, com trabalhos de-senvolvidos em veículos de comunicação doRio Grande do Sul e como correspondente depublicações nacionais. Em 1997, passou a tra-balhar como assessor de imprensa do setorpúblico. Para ele, o jornalismo público ou pri-vado tem uma essência única: servir o público,informar o cidadão. Na sua opinião, a Assem-bleia tem que gerar informações consistentese de qualidade, com a agilidade exigida emnossos dias. Buscar parcerias com TVE e TVCâmara para afirmar o jornalismo público; atu-alizar o site da Assembleia, valorizando as in-formações e facilitando a busca de temas le-gislativos; e valorizar os profissionais da Casasão algumas das propostas para a nova ges-tão da Comunicação Social. (V.I.M.S)

AÍ TEM

Laudos reservados sobre a usina hidre-létrica de Belo Monte lançam suspeitas sobrea resistência de alguns setores à obra, como

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1717Uruguaiana,de 11 a 17 defevereiro de 2011

Dudu Ferreirae-mail: [email protected]

BOM FINALDE SEMANAA TODOS!!

�A ânsia de poder não é originada da força, mas da fraqueza�.Dudu Ferreira, a um gestor clubístico.

PARA PENSAR:

Atenção você! Prefere um caviar so-fisticado, mas meio sem gosto, ou uma velhae boa massinha com uma carne de panela quesobrou do almoço??

Com a modernização da culinária e ahipervalorização da alta gastronomia, as pes-soas estão ficando cada vez mais sofisticadas,mas cada vez mais chatas. Elas discutem oprato em vez de comer. Estão ficando igualaos tomadores e entendidos de vinho, queapós um gole, acham até gosto de vento nortefrancês no produto.

Existem atualmente uma gama enor-me de público cansado do papo-gourmet, muitocomum principalmente nos programas de TV.“Top Chef” é um deles, com um desfile de ar-rogantes “juízes” que acham detalhes imper-ceptíveis na elaboração dos pratos dos partici-pantes, como se tais detalhes fossem destruirum belo trabalho culinário. Pura frescura...

Mas acredito que este público aindaterá de resistir por mais algum tempo aos mo-dismos gastronômicos e comer muito feijão earroz até se impor. Ou seja, todos os “food vic-tims”, ou vítimas das modas gastronômicasestão cansados. A nouvelle cuisine, cheia defrescuras, surgiu na época dos yuppies, quetinham muito dinheiro para gastar. Agora, seas coisas que as pessoas podem comer têmque ser mais baratas, vão começar a glamuri-zar outros tipos de comida. Não se surpreen-dam se a “dobradinha” virar alguma iguaria...

É um jeito de serem felizes com aquiloque têm. Desse ponto de vista, a reação aopapo-gourmet não surge apenas porque as

ArArArArArrogância Gourrogância Gourrogância Gourrogância Gourrogância Gourmet X Comida sem frescuramet X Comida sem frescuramet X Comida sem frescuramet X Comida sem frescuramet X Comida sem frescurapessoas cansaram, mas também porque preci-sam gastar menos para sustentar o prazer.

Como deve ser um restaurante paraquem cansou de ser gourmet

Característica da cozinha “ogra” segun-do o crítico culinário André Barcinski:

* Não pode ter nome começando por“Chez” ou terminando por “Bistrô”

* A comida precisa ocupar ao menos85% da área total do prato (com preferênciapara iguarias com uma taxa de ocupação de100%, como aqueles bifes que caem pelas bor-das dos pratos...)

* Não pode ter “chef” e sim “cozinhei-ro”. Não pode ter “menu”, e sim “cardápio”

* Algumas palavras estão terminante-mente proibidas nos cardápios: “nouvelle”,“brûllée”, “pupunha”, “espuma”, “lâmina”, “tape-nade” e “contemporânea”

* Os garçons não podem ser modelos,manequins ou atores, com preferência para ve-lhos e feios

* Os garçons precisam passar no testeda colherzinha, que consiste em servir arroz comuma só mão, juntando duas colheres, sem der-ramar um grão sequer

* Não pode ficar dentro de shoppingcenter

* O teste final: se o garçon, ao ser per-guntado “o que é El Bullli? (o mais famoso res-taurante do mundo)”, responder qualquer coisaque não seja “é onde sirvo o café”, o restauran-te está sumariamente eliminado.

Existe na Internet, para aqueles queapreciam e trabalham com o setor primário, umsite específico do agronegócio. Para este as-sunto, ovinos, observei o conteúdo do FarmPo-int desta semana. Eles entraram com um tópicosobre “Especial Marcas”, projeto que visa divul-gar as marcas de carne ovina presentes hoje nomercado e o que elas vêm fazendo para fortale-cer a atividade. Me refiro a “Cordeiro Herval Pre-mium”. A história começou em 1999 quando umgrupo de produtores do município de Herval - RS,sofrendo com a crise do mercado laneiro, princi-pal atividade da ovinocultura da época, resolveudescruzar os braços e procurar uma saída viávelpara a atividade na região. A solução encontradafoi investir na produção de carne ovina de quali-dade. Tiveram o apoio e ajuda de entidades comoSEBRAE e da UFPEL. Chegaram a um padrãoidentificado pelo consumidor como sendo de qua-lidade que inclui carcaças de 12 a 18 quilos, esta-do de engorduramento entre 3 e 3,5 (numa esca-la de 1 a 5, onde 1 é extremamente magro e 5gordo demais) e animais dente de leite.

De lá para cá são 12 anos de atividade,coordenando a cadeia da carne ovina no RS,

A vez dos ovinosestabelecendo preços compatíveis com a quali-dade do produto, mantendo a oferta ao longo doano (quebrando a tradicional sazonalidade), ga-rantindo liquidez de produção ao produtor e ofer-tando carne ovina de qualidade ao consumidorfinal o ano todo. A produção dos cordeiros é aba-tida em Pelotas, numa parceria com o FrigoríficoMarfrig e a padronização dos produtos é garantidapelas inspeções realizadas dentro da propriedade,na programação do carregamento, no dia do em-barque, na inspeção dentro do frigorífico, durante oabate e expedição dos cortes embalados.

Os cortes são comercializados atualmen-te na Rede Zaffari, na Casa de Carnes Moacir efora do estado pela distribuição do próprio Frigo-rífico Marfrig. A demanda é cada vez maior, jáque o mercado de carne ovina está passandopor uma fase mágica, mas há carência do pro-duto no Brasil. Sendo assim, mercado internaci-onal nem pensar, pelo menos por enquanto.

Agora reflitam, leitores, e comparem asproporções entre Uruguaiana e Herval. Davi eGolias, certamente, mas com um diferencial: porlá existe gente capaz de empreender, descru-zando os braços.

Suco de uvaSuco de uvaSuco de uvaSuco de uvaSuco de uvaQuem não gosta de

um suco 100% natural, de boaprocedência?? Todos, claro. Epensar que passamos por elenas gôndolas dos mercados eraramente o compramos. Pa-rece que a preferência recaisobre sucos em pó, artificiaise de qualidade duvidosa. Poiseste ano ele, o suco de uvanatural é o cartão de visita queaposta o setor vitivinícola ga-úcho, até porque a produçãoaumentou em 300% nos últi-mos sete anos.

O consumidor estáconhecendo melhor os bene-fícios do suco natural para asaúde, principalmente pela

atenção que a mídia tem dadoa este tema. Junta-se a isto oaumento do poder aquisitivodo consumidor nos últimosanos com mais pessoas expe-rimentando a bebida, cujo pre-ço, de modo geral, é poucomais alto do que os concen-trados ou artificiais. Para ter 1litro de suco de uva 100% na-tural, é preciso pelo menosdois quilos de uva, o que re-sulta num produto mais caroque equivalentes artificiais.

O que se nota é que,cada vez mais, o consumidorestá optando por mais saúdee qualidade. Por falar em qua-lidade, fui um fiel consumidor

do suco preparado pelo Gilber-to Rossi há algum tempo. De-pois não vi mais oferta destesuco por aqui. Alô amigo Gil-berto!! Por onde andas quenão te encontro??

As vantagens do con-sumo de suco de uva natural:

* Atuando na reduçãode colesterol e por seu efeitoantioxidante, o suco de uvacombate o envelhecimento,faz bem ao coração e ajuda aprevenir uma série de doen-ças, inclusive o câncer.

* Por não conter álco-ol, pode ser incluído na dietade crianças e idosos.

* Seguindo com os clientes “mimosos”dos almoços do Restaurante da Praça: BiaClausell, Laurinho Souza, Hélio (gerente Bra-desco), Jorginho Duarte, Ricardo Peró e VeraIone, Rodrigo Pinotti, Cristina Dellito, JorgeOliveira e nosso Prefeito Sanchotene Felice.

* Triste o resultado do incêndio ocor-rido na Cidade do Samba, no Rio de Janei-ro, nesta segunda-feira. Alguns barracõesqueimados e com eles a perda do materialdos carros e fantasias, num trabalho árduodas escolas de samba do grupo A, sendo aGrande Rio a mais prejudicada. Por aqui,quem não se lembra do incêndio do barra-cão da Cova da Onça? Com brio, encarou aavenida semanas após. Colhe hoje a uniãodeste fato e cresceu muito internamente.

* Estando impossibilitada de participardo carnaval 2011, morando em Dubai, Carli-se Lesonier parece ser uma falta de peso àfrente da bateria nota 10 da Cova. Quem seráa madrinha??

* Ao ouvir o amigo André, na 106.1FM, me alegrei em saber que os Rouxinóisvem bem preparados este ano. É uma dasmais importantes escolas de samba da his-tória de nosso carnaval.

* Rodízio de Filés do Restaurante daPraça com muito sucesso na sua segunda se-mana. E-mail de Sérgio Machado Berg, deSanta Cruz: “Impressionante a suavidade domolho de maracujá. Favor enviar a receita paraque possamos testar aqui em Santa Cruz.Agradeço antecipadamente. Sérgio M. Berg -Souza Cruz.”

* Sabem por que tantos argentinos

em bares e restaurantes de nossa cidade?Preços altos para eles no lado de lá. Pesoa R$ 0,40 é atrativo só para brasileiros.

* Manjericão: esta “erva real” da anti-ga Grécia, perfumada e adocicada pertencea família da hortelã e o seu aroma é seme-lhante a alcaçuz e cravinho. É um marco nacozinha mediterrânea. O manjericão fresco éuma esplêndida guarnição mas também sepode comprar seco. É minha erva aromáticapreferida, juntamente com o alecrim.

* Nada é para sempre. Na vida, temosciclos que tem hora certa de reiniciar ou ter-minar. Atualmente, no mundo dos negócios,pouquíssimas coisas são retilíneas. Termi-nar algo não significa parar. Existem outrascoisas mais importantes. Significa, no meucaso, amadurecimento profissional, de nãopermitir leviandades de gente vazia e de po-der abstrato. Não fugi a regra...

* O vinagre é o segundo ingredientemais importante nos temperos e saladas e ma-rinadas, a seguir ao azeite de oliva. Em am-bos os casos contribui para dar mais sabor eacidez, e se nos temperos é vital para formaruma emulsão em óleo, engrossando o mo-lho, nas marinadas tem o efeito de amaciar acarne, aves, caça e peixe.

* Meu pai, Vidal Ferreira, completou 82anos sábado dia 5. Recebeu em casa seus fa-miliares e amigos, como Dr. Edson Luzardo,Agnello Schenkel, César Lafayette, Alarico Mo-raes, Edevar Salgueiro, Luis Carlos “Caturra”,Paulo Reschke, entre tantos outros. Na profis-são, uma lenda. Na vida, um exemplo. Na do-ença, um guerreiro imbatível. Parabéns!!

VIA E-MAIL E RAPIDINHAS...

Gastronomia

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1818Uruguaiana,de 11 a 17 defevereiro de 2011

NAQUELES TEMPOSAlberto Moura

EM ALGUM LUGAR DO PASSADO

“Reveillon” de 1951. Baile das De-butantes no Clube Comercial, portanto háexatos 60 anos. Aparecem na foto, na pri-meira fila, da esquerda para a direita: Clarin-da Menezes, Jorge Figueiredo Gonçalves,Yara Moura, Beatriz Tarragó, Zilah Fagundes,Magno Tauceda, Neuza Abreu, Trajano Sil-va e Gládis Valls; na segunda fila: NewtonRodrigues de Freitas, Conceição Lima, Nil-ce Canaparro e Moacir Gonçalves; na 3a fila:

FUNDADOR OU FUNDADORES?

Quando registramos os acon-tecimentos do mês de fevereiro nopassado, referimos a fundação de Uru-guaiana, em 24 de fevereiro de 1843,através de Decreto assinado pelo ge-neral Bento Gonçalves da Silva.

Para alguns fica a dúvida dequem seria, na verdade, o fundadorde Uruguaiana. Para uns, o entãoministro da Fazenda e do Interior,Domingos José de Almeida, é apon-tado como o único fundador de Uru-guaiana, por ter autorizado a comprada área onde está assentado o mu-nicípio de Uruguaiana.

Enquanto isso, outros enten-dem que Joaquim dos Santos PradoLima, na época delegado de polícia deAlegrete, por ter feito a escolha da áreae feito a solicitação a Domingos de Al-meida para sua aquisição, deva ser,por isso, considerado o fundador.

Outros entendem que o triunvi-rato Prado Lima, Teodolino Fagundese José Pinto Cezimbra, teriam sido osarticuladores da fundação e que, porisso, seriam eles os fundadores.

Ainda, existem os que atribuema Bento Gonçalves da Silva a condi-ção de fundador por ter assinado oDecreto de fundação.

E, finalmente, há os que inclu-em entre os fundadores o generalDavid Canabarro que teve participa-ção importante na escolha do local.

Portanto, não há ainda um julga-mento definitivo atribuindo quem sejarealmente o fundador de Uruguaiana.

Para ilustrar, estamos publican-do um mural no qual a “SociedadeAgrícola e Pastoril” de Uruguaiana, em24 de fevereiro de 1943, quando secomemorava o Centenário do muni-cípio, homenageava os fundadores.

OS PRIMEIROS PASSOS DE URUGUAIANA

Quando a Guerra Farroupilhaterminou, em 28 de fevereiro de 1845,Uruguaiana, ainda com o nome deCapela Curada do Rio Uruguai, erauma pequena povoação que come-çava a desenvolver-se num ritmo bas-tante expressivo comparado aos mu-nicípios vizinhos.

Por isso, em 29 de maio de1846, através da Lei n° 59, recebeu acondição de vila, emancipando-se deAlegrete.

Foram demarcados novos limi-tes para o novo município e procedeu-se a eleição para a Câmara Municipalque foi instalada com a posse dos Con-selheiros, em 24 de abril de 1847.

É interessante lembrar os leito-res que, naquela época, o Brasil viviaum sistema de parlamentarismo mo-nárquico e, pela Carta Constitucionalde 1824, o país era dividido em pro-víncias e estas subdivididas em mu-nicípios, os quais elegiam uma Câ-mara que administrava o município eo mais votado dos Conselheiros elei-tos era o presidente da Câmara e prin-cipal encarregado dos negócios mu-nicipais.

Ainda, em 1847, o município foidividido em três distritos e a vila tevesuas ruas demarcadas, sendo orien-tadas na direção Norte/Sul e Leste/Oeste, como são até hoje.

não identificado, Terezinha Papaléo, MariaTereza Lopes e Luiz Flodoardo Silva Pinto; na4a fila: Lauro (Laurito) Franco de Lima, EneidaDora, Eliseu (Ripa) Moura, Nora Barbosa eJosé Carlos Fabrício Barbosa; os da últimafila, ela não está identificada, e ele, acreditoseja, Luís Pedro Pessano. Esta foto é maisuma gentileza da senhora Regina Núria Behe-regaray para esta página, e pertencia ao acer-vo do Dr. Mário Valls.

Quinta 329.p65 09/02/2011, 13:3018

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1919Uruguaiana,de 11 a 17 defevereiro de 2011

Álvaro Guez Velo

[email protected]

EsportePAIXÃOCOLORADA

IMORTALTRICOLORPor Ricardo Peró Job

Por Joel Neimann [email protected]

Ramyro Kleinübing Fernandes

Se havia alguma dúvida sobre quem era o melhor lutador domundo entre todos os pesos, ela foi dizimada na madrugada destedomingo. Ao melhor estilo Mike Tyson dos anos 90, Anderson Silvafez todo o Brasil ficar acordado até 3hrs da manhã e, em três minutose 29 segundos, nocauteou Vitor Belfort, naquela que foi chamada de“luta do século” pela imprensa brasileira.O evento, por sinal, pareciaque era realizado no Brasil. Para qualquer lado que a câmera virassena platéia, havia bandeiras brasileiras ou figuras conhecidas do nossopaís, desde artistas como os cantores Xororó, Zezé Di Camargo eSandy, aos ídolos Rodrigo Minotauro, Lyoto Machida e Junior Cigano.E o que falar da luta?,Luta cujo primeiro golpe saiu depois de 1m30s.Belfort ainda conseguiu derrubar o campeão, que rapidamente se le-vantou. Foi então que o maior gênio do esporte entrou em ação. An-derson fintou um chute no corpo do seu adversário, mas acertou diretoem seu queixo. Vitor caiu em knockdown, e foi alvo de mais dois so-cos, obrigando a interrupção do combate. Sim, Anderson é o maiorgênio desse esporte. Pratica um “balé violento”, resumiu uma vez um

Depois do jogo contra o Caxias, sob um solde 40º, o vice-presidente de futebol do Grêmio, Anto-nio Vicente Martins, falou sobre os planos do clubepara disputar paralelamente os dois campeonatos, oGaúcho e a Libertadores. Segundo Martins, o Clubeirá fazer o possível para jogar com força máxima asduas competições. Já o técnico gremista, por ser co-nhecedor do desgaste dos jogadores que disputamduas competições ao mesmo tempo, declarou quenão poderia cobrar as falhas cometidas naquele jogo,devido ao cansaço dos jogadores. “Eu estava comseis atletas pedindo para sair, cansados e tontos”,revelou Portaluppi. Mesmo assim, o técnico afirmouque o time não vai deixar de lado o CampeonatoGaúcho por causa da Copa Libertadores, usandotodos os titulares enquanto isso for possível.

Na realidade, o dirigente e o técnico gremis-tas têm razão. Embora o desgaste dos jogadoresseja evidente, deve-se jogar sempre com forçatotal, apenas adotando uma política de pouparaqueles considerados estratégicos em jogos demenor importância. Não se deve abandonar dis-putas para privilegiar apenas uma, pois, em casode derrota na escolhida, serão mais fracassos acontabilizar. Exemplos disto não faltam. O Inter-nacional, com um grande e afinado time, deixouem segundo plano o Campeonato Brasileiro e oGauchão, em prol de uma suposta conquista deseu segundo título mundial. Terminou frustrando suatorcida. Ficou sem nenhum dos títulos.

Todos os campeonatos são importantes, inclu-sive o Campeonato Gaúcho. Deixá-lo em um segundoplano seria ignorar a imensa torcida gremista do interi-or do Estado, que muitas vezes tem apenas esta opor-tunidade de ver ao vivo seu time jogar. Ademais, timesgrandes como o Grêmio e o Internacional têm plan-téis para disputar mais de uma competição ao mes-mo tempo sem grande perda de qualidade.

Libertadores e Gauchão

Anderson nocauteia Belfort no 1º round em luta histórica no UFCjornalista americano. Questionar se ele é o melhor ou mais importanteda história, tudo bem, mas questionar sua genialidade é impossível.Ele, que já nocauteou com joelhada voadora, com cotovelada em pé,com uma série de joelhadas, dando show de guarda baixa contra umex-campeão da categoria de cima, e até finalizando após apanhar du-rante 23 minutos, mostrou mais um movimento sensacional. E o quevem pela frente? Dana White, presidente do UFC, já revelou: “Se GSPvencer Jake Shields, ele enfrentará Anderson Silva”. O campeão jácontou o que espera dessa luta: “Será engraçado! Vai ser um tal de caipra lá, cai pra cá. Soco pra lá e chute pra cá”. Anderson já avisou quenão pretende subir de peso para lutar na categoria de cima, e vai daruma tremenda dor de cabeça ao evento, pois ele não tem mais adver-sário a altura entre os pesos médios. Vitor era a última grande apostado show. GSP, que não tem tamanho para lutar com 84kg, é uma mos-tra clara de desespero dos organizadores para buscarem um oponentepara o campeão. Voltando a falar da luta, Anderson não era o preferidodo público na atração principal da noite. A torcida estava com Vitor.Mas, novamente, diante de uma apresentação de gala, a plateia teveque se render ao showman. Todos reconheceram a genialidade dessemonstro do esporte.

ACROSS THE UNIVERSE

O filme Across The Universe é uma verdadeira obra de arte. O rotei-ro desta obra notável conta sobre as lutas, alegrias e tristezas da juventudenos anos 1960. O mais espetacular de tudo, é que de uma forma genial,toda a coisa é feita em cima das letras de várias músicas dos Beatles, onome dos personagens são todos de canções do quarteto de Liverpool,destaque para Jude (Jim Sturguess) e Lucy (Evan Rachel Wood) que prota-gonizam os dois papéis principais do romance. Os atores que participam dofilme são cantores e músicos de raríssima competência e as versões apre-sentadas para as composições dos Beatles seguem a mesma linha de equi-líbrio e capacidade, assim como a fotografia apresentada. Existem váriascenas em que os sonhos e a fantasia são homenageados como nunca ha-viam sido antes no cinema. Across The Universe nos brinda também comuma reverência ao guitarrista Jimmy Hendrix, interpretado de maneira bri-lhante pelo músico e ator Martin Luther McCoy e a cantora e também atrizDana Fuchs faz com que a platéia aplauda em pé sua interpretação dapersonagem que é uma homenagem a Janis Joplin. Outro espetáculo é amusicalidade do veterano cantor Joe Cocker, que dá um show com sua vozno filme. O filme é de 2007 e foi dirigido por Julie Taylor.

Notas: A músicaAcross The Universe tem au-toria de George Harrison, foicomposta no início de 1969,mas só foi lançada no álbumLet it Be na metade do anoseguinte.

Quase todas as mú-sicas do filme foram gravadasao vivo, vamos apresentaresta trilha sonora no progra-ma “Faixa Nobre” da RádioCharrua FM 97.7, no próximosábado, a partir das 14 h.

Na próxima voltaremos com a série “Guitarristas”, apresentando:Frank Solari, Pappo, e Pete Townsend.

JOALHERIA MANDARINO

A joalheria Mandarino vai colocar muito brilho nas suas férias e noseu verão. Os melhores presentes, jóias finas, relógios que serão para todaa vida, óculos que sempre estão acima da moda. O lugar mais tradicional deUruguaiana, na Avenida Duque de Caxias 1725. A Joalheria Mandarino é olugar onde você encontra qualidade, tradição e bom atendimento.

Após os dois jogos dos titulares nesta tempora-da a torcida colorada ficou inquieta. A lembrança do mun-dial de clubes ainda corrói o espírito do povo vermelhoque, ao ver o time jogar com o mesmo marasmo queencerrou a temporada passada, é tomado por uma ex-pectativa preocupante. Claro que é inicio de temporadae aquela ladainha toda, mas o problema nem é condicio-namento físico ou ritmo de jogo. O que incomoda é amecânica com que o time tem atuado, insistindo em umesquema que não deu certo por falta de aptidão dos jo-gadores as posições onde são escalados.

Domingo foi ridículo ver D’Alessandro, o melhorjogador do time, reserva técnica da equipe, fazer às ve-zes de atacante. Por que não fazer o simples? Se D10joga na armação, para que privar o time de seu talento edesperdiçá-lo onde não rende tanto? Ao invés de resol-ver um, arruma dois problemas. E para que tantos volan-tes se, mesmo assim, toma gols em profusão? Aindaque o técnico considere Tinga e Guiñazu como meias,eles sempre serão volantes. Está em seus DNA o gostopelo combate e a saída para o jogo. Eventualmente po-dem chegar à frente, mas não é a regra. Vocação para oataque é para outra categoria, por sinal em extinção noBeira-Rio. Enquanto faltam condições legais ou físicasaos novos contratados, porque não experimentar no ata-que Marquinhos, ou Ricardo Goulart, ou Alex?

O que se destaca em todo esse contexto é a ex-

cêntrica figura do treinador, o mesmo que teve a cabeçapedida pela torcida após o Mundial. O mesmo que des-perdiçou um semestre e dois campeonatos por teimosiae que, mesmo tendo elenco, insiste em teorias equivoca-das e escalações esdrúxulas. A direção resolveu apostarnele e agora, por mais que se esforce, será boicotadapelo conjunto de insanidades que o profissional apresen-ta. Criaram o monstro, agora teremos que aturá-lo.

Não vou me arvorar a escalar o time, mas imagi-no que com as (ótimas) contratações realizadas dê paramontar um time de respeito, basta escalar o óbvio e nãoinventar. Volantes nós temos, mas não precisam jogartodos ao mesmo tempo. Armadores, idem, mas devemusar seus talentos nas suas posições. E atacantes termi-nais, para quem devem convergir as jogadas, não podemjogar isolados ou ficar lustrando o banco.

O futebol é elementar: ajustar os jogadores asposições que melhor rendem e estabelecer um plano táti-co coletivo que permita extrair o melhor de cada individu-alidade. O grupo é bom, com alguns pontos fracos. Esta-mos a menos de uma semana do início da Libertadores eainda não vimos o time em ação. O esboço apresentadopreocupa.

Mas há sempre um alento. Nossa chave na pri-meira fase é fraca e vai possibilitar que o time encorpe. Lána frente iremos cruzar com adversários de peso, mas jáserá em um momento bem diferente do atual, em queainda buscamos estabilizar um time. Será uma campa-nha de quatorze jogos até que um clube levante a taça.Até lá serão todos contra o atual campeão, que por sinalveste vermelho e ruge forte... quando o treinador permite.

Saudações coloradas!

Quinta 329.p65 09/02/2011, 13:3019

Page 20: Jornal Momento de Uruguaiana

POESIA

BomQueiroz

Vela

Escrever é acreditar noque se vê, piamente. E relatar otempo à maneira que o tempo seilumina. É a fadiga dos homensque já não conhecem a noite, é odespertar sem despertar que nãoalucina. E sobrepõem-se em nóso estudo, a procura infinita do quesomos, antes e depois da heca-tombe do que somos depois donascimento de nossas várias vi-das. Da destruição à geriatria; dageriatria ao sono. Uma casa quenão envelhece é uma mentira, esonhamos com a juventude eter-na, mesmo sendo outro, ou maisoutro, ou mais nenhum outro queum engano. Me agrada mais obruxulear da labareda de uma velado que o sol, em pleno dia, tos-tando minhas idéias. Vela, assim,apagada e distante sem alumiarnem proteger o que desejo. Vê-lapela última vez, talvez, seja o meusonho, e escrever um único poe-ma sob a luz de uma alegria.

Acesse o blogboinabasca.wordpress.com

Confira representantes de algumas das escolasmais tradicionais de Paso de los Libres

Na primeira noitedo carnaval 2011, este-ve presente a top mo-del argentina IngridGundke, que, junto aosoutros modelos, Caroli-na Baldini e HernánDrago, chegou a Pasode los Libres na tardede 05 de fevereiro e, às19h, concedeu umaentrevista coletiva à im-prensa local no hotelAlejandro I. Mais tarde,os três modelos, desfi-laram no sambódromomunicipal, prestigiandoa maior festa popular li-brenha, que iniciou comgrande sucesso.

O modelo Hernán Drago que veio para o carnaval librenho

Tradicion originalidade e luxo ao mesmo tempo

Luxo e beleza nas alegorias da CarumbéDebora Bello e Ingrid Gundke

Carolina Baldini no Casaredo Zum-Zum

Quinta 329.p65 09/02/2011, 13:3020