Jornal Momento de Uruguaiana

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Schneider deixa a Comissªo Gestora da Santa Casa Uruguaiana, de 4 a 10 de março de 2011 - Ano VII nº 332 Uruguaiana - Barra do Quaraí e Paso de los Libres - Visite nosso site: www.jornalmomentodeuruguaiana.com.br R$ 3,00 RURAL P`GINA 14 P`GINA 7 P`GINA 5 Caso do atropelador de ciclistas do Massa Crtica ganha repercussªo internacional P`GINA 6 BARRA DO QUARA˝ Produtores rurais podem ser equiparados aos microempresÆrios no Simples Maher visita o novo Presidente do Irga SEGURAN˙A BM leva mais dois traficantes para o presdio P`GINA 8 Josefina Soares registra chapa no diretrio do PSDB P`GINA 4 Becker tem audiŒncia com senador Paim TRANSPORTE RODOVI`RIO DE CARGAS P`GINA 7 GERAL Quinta 332.p65 11/03/2011, 08:54 1

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Edição 332 do Jornal Momento de Uruguaiana

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Schneider deixa a ComissãoGestora da Santa Casa

Uruguaiana, de 4 a 10 de março de 2011 - Ano VII nº 332

Uruguaiana - Barra do Quaraí e Paso de los Libres - Visite nosso site: www.jornalmomentodeuruguaiana.com.br R$ 3,00

RURAL

PÁGINA 14

PÁGINA 7

PÁGINA 5

Caso do atropelador de ciclistas do MassaCrítica ganha repercussão internacional

PÁGINA 6

BARRA DO QUARAÍ

Produtores ruraispodem ser

equiparados aosmicroempresários

no Simples

Maher visita onovo Presidente

do Irga

SEGURANÇA

BM leva maisdois traficantespara o presídio

PÁGINA 8

Josefina Soaresregistra chapa nodiretório do PSDB

PÁGINA 4

Becker tem audiênciacom senador Paim

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS

PÁGINA 7

GERAL

Quinta 332.p65 11/03/2011, 08:541

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22Uruguaiana,de 4 a 10 demarço de 2011

A Frase Radar

Rua Duque de Caxias, Gal. Barcelona - S/17CEP 97.510-180 – Uruguaiana RS

Redação e Administrativo: 3414-2814Comercial e Assinaturas: 3402-3614

e-mail: [email protected]@jornalmomentodeuruguaiana.com.br

Editor: Ricardo Peró Job (MTB 14010)Diretora Adm.: Vera Ione Molina (MTB 14344)

Diagramador: Marcio Lopes (9928-5414)Impressão: Jornal do Povo - Cachoeira do Sul

Editorial

COLABORADORES: Alberto Moura, Wolmer Jardim, Dudu Ferreira,Nei Duclós, José Édil de Lima Alves, Frank Finoqueto, Colmar Duarte,Tunico Fagundes, Joel Neimann Lopes, Alvaro Guez Velo, Gilce deFaria Correa, Newton Alvim, Vera Ione Molina Silva, Guilherme Soci-as Villela, Luiz Barbará Dias Jr., Elder Filho e Lúcia Silva e Silva.

O Jornal Momento de Uruguaiana não seresponsabiliza pelas opiniões emitidas nascolunas assinadas por seus colaboradoes

Abertura

(Blog Luiz Müller)

O ato de barbárie do bancárioRicardo Neis, 47 anos, que atropelou de-zenas de ciclistas na Cidade Baixa, naúltima sexta-feira. Imagens da internetsomadas ao histórico de infrações gra-ves cometidas pelo funcionário do BancoCentral revelam o seu perfil violento notrânsito. Neis tem multas por dirigir nacontramão, em cima da calçada e outrasinfrações graves. Após arremeter seucarro sobre o grupo de ciclistas, onde pelomenos 16 pessoas foram atropeladas e8 delas foram parar no hospital com cor-tes e fraturas, Neis fugiu sem prestar so-corro. Em seu depoimento, o bancário,que estava acompanhado do filho de 15anos, disse que foi cercado pelos ciclis-tas, que estariam enfurecidos e atacan-do seu carro. A Polícia Civil não informoucomo vai enquadrar criminalmente o mo-torista. Ele deverá responder por lesãocorporal ou por tentativa de homicídio.

O ministro das Minas e Energia, EdisonLobão, admitiu nesta semana a possibilidade deum ajuste nos preços dos combustíveis, caso opreço do barril de petróleo suba ainda mais nomercado. Para justificar o injustificável, Lobãolembrou que há dois anos os preços da gasolinae do óleo diesel não são reajustados. O minis-tro afirmou que se o preço do barril ultrapassara faixa de US$ 110 a US$ 120, o governo fede-ral deverá avaliar se há necessidade de reajus-tar o valor cobrado pela gasolina e pelo óleodiesel no mercado interno. Para quem acompa-nha um pouco da política nacional, a declara-ção do ministro é clara: o preço dos combustí-veis será aumentado dentro de, no máximo, doismeses. No Brasil, os preços dos combustíveissão definidos pela Petrobras, sem nenhum com-promisso com os preços internacionais do barrilde petróleo. Caso houvesse tal vínculo, os com-bustíveis se tornariam mais baratos quando ospreços caíssem no mercado internacional. Emnosso país, isto é ficção. A Petrobrás, empresaestatal (na realidade, uma empresa de capitalmisto que não divide seus lucros com seus acio-nistas), não tem o mínimo controle de qualquerum dos três poderes. A estatal alega que usa uma

média de longo prazo para definir possíveis ajus-tes. Não é verdade. Para se ter uma idéia do queacontece na estatal, em meados de 2009, a co-tação do barril de petróleo despencou para umpatamar próximo aos US$ 60. Aqui no país, opreço dos combustíveis não baixou nenhum cen-tavo. A verdade é que, em função dos saláriosde sua cúpula, incompatíveis até mesmo a inici-ativa privada e que reúne alguns milhares de fun-cionários, de maus investimentos internacionais(Bolívia, Líbia, Venezuela e outros), incompetên-cia administrativa e negócios superfaturados (Vic-tor Martins, irmão do ex-ministro das Comunica-ções, Franklin Martins é investigado pela PolíciaFederal como suspeito de comandar um esque-ma de desvio de 1,3 bilhão de reais da empresana distribuição de royalties do petróleo), a Petro-brás, assim como o resto da máquina adminis-trativa brasileira precisa , cada vez mais, da ben-gala dos aumentos de impostos e taxações. Por-tanto, a estatal, ao invés de cumprir seu papelde tornar o país auto-suficiente em petróleo etornar a vida da população brasileira melhor, aescraviza com seus aumentos e preços estapa-fúrdios. Portanto, fique atento: vem aí mais umatunga governamental.

TALÃO DE PRODUTOR

O Talão de Produtor comoperações e os talões em brancodeverão ser apresentados no Se-tor de ICMS da Prefeitura Munici-pal, até o dia 15 de março de 2011,no horário das 8h15min às 12h, edas 14h15min às 17h.

CONTADOR

A apresentação da GuiaInformativa Anual do Comércio, In-dústria e Serviços, deverá ser trans-mitida para a Secretaria da Fazen-da do Estado até o dia 15 de marçode 2011. A não apresentação acar-retará multa aos contribuintes.

IPTU

Ao receber o carnê doIPTU 2011, confira seus dados ca-dastrais. Qualquer divergência pro-cure o Setor de Atendimento quefunciona das 8h30min às 14h, semfechar ao meio-dia, no prédio cen-tral da Prefeitura de Uruguaiana.

GINÁSTICA

As aulas de ginástica noParcão são gratuitas e acontecema partir das 19h, nas segundas,quartas e sextas-feiras, na ConchaAcústica do Parque D. Pedro II. Asacademias interessadas em parti-cipar podem procurar a SecretariaMunicipal de Esportes e Lazer –SMEL, pelo telefone 3413-6201.

PROJETO KARATÊ

O Projeto “Karatê Além doEsporte” que atende 500 criançase jovens em quatro núcleos: Esco-la de Samba Unidos da Cova daOnça, Escola de Samba Unidos daIlha do Marduque, Centro Esporti-vo Nova Esperança e Centro Es-portivo Zona Leste teve seu con-trato renovado com a PrefeituraMunicipal de Uruguaiana. As ins-crições para as crianças e adoles-centes são gratuitas e realizadasnos locais, ou através da Secreta-ria Municipal de Esportes e Lazer,com endereço na Rodoviária deUruguaiana, telefone 3413-6201.

PM TEMPORÁRIO

O Comandante do 1º Ba-talhão de Policiamento de Área deFronteira comunica que se encon-tra disponível no site www.brigadamilitar.rs.gov.br. a classificação pre-liminar e o local e a data do sorteiopúblico para os candidatos empa-tados na prova para PM temporá-rio, realizada no dia 29 de janeiro.

Quando deverá entrarem ação o anunciadoConselho de Cultura?

�É preciso abrir espaço para as bicicletas, qualificaro transporte coletivo e reduzir o número deautomóveis nos grandes centros urbanos.�

O Governo do Estado e o Cpers/Sindicato estiveram reunidos para debaterpontos da plataforma de reivindicações dostrabalhadores estaduais da educação. Aprimeira reunião está marcada para o dia15 de março. O Governo já aprovou algunsitens apresentados, como o concurso pú-blico. A presidente do Cpers/Sindicato, Re-jane Oliveira, disse que foi importante o pri-meiro contato com o Governo e que ele jáconcordou com alguns pontos dos 17 itensde reivindicações apresentados pela cate-goria. “Se o encontro foi positivo, só sabe-remos ao final do processo. Nós espera-mos que, na próxima audiência, já possa-mos abrir o processo de negociação sobreo tema dos salários e as condições de tra-balho e de aprendizado para os alunos nasescolas”, enfatizou.

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33Uruguaiana,de 4 a 10 demarço de 2011

PONTO [email protected]

Texto e fotos: Wolmer Jardim

A informação correnos blogs porto-alegrenses:a unidade gaúcha do GrupoRecord estaria fazendoágua. A crise financeira es-taria determinando atrasosde até três meses no paga-mento de salários, motivan-do descontentamentos edebandadas entre os profis-sionais da rádio Guaíba eda TV Record.

As mesmas espe-culações dizem que paracomplicar ainda mais a si-tuação da Record do RioGrande do Sul, há um vul-toso empréstimo obtido noBanco do Brasil, cujas par-celas não estariam sendohonradas. Auditores dobanco já teriam estado na

Ramal ferRamal ferRamal ferRamal ferRamal ferroviário é reativadoroviário é reativadoroviário é reativadoroviário é reativadoroviário é reativadoA ALL América Latina

Logística está investindo R$12 milhões na reativação doramal ferroviário entre Santa-na do Livramento e Cacequi.A primeira etapa do empreen-dimento estará pronta em de-zembro deste ano, quando cir-culará o primeiro trem de car-ga ligando novamente os doismunicípios. A informação foidada pelo gerente de Rela-ções Corporativas e Adunaei-

ras da empresa, Miguel Ange-lo Evangelista Jorge, na reu-nião da União dos Legislativosda Fronteira-Oeste - ULFRO,realizada quinta-feira, 24, emManuel Viana. EvangelistaJorge informou aos vereado-res da região que o setor fer-roviário pensa ampliar emmais 15 mil quilômetros a ma-lha ferroviária nacional, que éhoje de 28 mil quilômetros. Oinvestimento será pesado,

pois cada quilômetro de ferro-via é instalado a um custo deR$ 4 milhões, contra R$ domeio rodoviário. O executivodisse também que o ramalentre Livramento e Cacequi,passando por Rosário do Sul,terá fundamental importânciapara o transporte de madeirado Uruguai e para o escoa-mento da produção regional,principalmente biodiesel,grãos e fruticultura.

Os riscos do trem na cidadeAo final de sua palestra, o executivo

da ALL reiterou que a empresa é totalmente afavor da retirada de trens dos perímetros urba-nos de cidades como Uruguaiana, Alegrete eSão Borja. Ele também anunciou que a ALLcriou um segmento industrial exclusivamentepara a fabricação de containners e que já es-tão sendo fabricados vagões com capacidadepara carregar até 100 toneladas, cada um.

Ao comentar sobre os riscos que re-

presenta o tráfego ferroviário em áreas ur-banas, Evangelista Jorge citou que um com-boio, mesmo trafegando a 30 quilômetrospor hora, percorre até 500 metros antes deparar totalmente, quando acionado o freiode emergência. "Esse detalhe dá ideia dequanto é difícil de os acidentes serem evita-dos, quando eles se proporcionam, principal-mente em áreas mais densamente povoadas",comentou o executivo.

Novo delegado de saúdeO médico ortopedista

Modesto Zuñeda, de 62 anos,é o novo coordenador regio-nal de saúde. Profissionalbastante respeitado em suaespecialidade, Modesto é defamília alegretense tradicio-nalmente ligada ao trabalhis-mo, tendo ele mesmo concor-

rido a vice-prefeito do muni-cípio na eleição passada, re-presentando o PDT na coli-gãção com o PSDB.

Brevemente Zuñedainiciará um roteiro pela região,visitando os onze municípiossubordinados à coordenado-ria. Ele quer conhecer a reali-

dade da saúde pública emcada localidade, ao mesmotempo que visitará autoridadesdas áreas médica e adminis-trativa, divulgando seus prin-cipais objetivos no cargo. A in-dicação de Modesto foi ban-cada por seu partido e por se-tores influentes do PT regional.

Nem um grão de arroz do exteriorNem um grão de arroz do exteriorNem um grão de arroz do exteriorNem um grão de arroz do exteriorNem um grão de arroz do exteriorDa reunião da ULFRO saiu uma

moção endossada pelos vereadoresfronteiriços e de autoria do deputado Fre-derico Antunes (presente no encontro),propondo ao governo federal a assina-tura de portaria proibindo temporaria-mente a importação de arroz do Uruguai,do Paraguai e da Argentina. No concei-to de Frederico o ingresso de grandesquantidades do cereal advindos dos trêspaíses está ajudando a aviltar a cota-ção do arroz, em nível de produtor. Comexcesso de oferta, a tendência é de aremuneração continuar caindo, situaçãoque tende a se agravar com a safra queestá começando.

A moção será apresentada aautoridades federais neste final de se-mana, dentro da programação da Fes-ta de Abertura da Colheita do Arroz,em Camaquã. É provável que a As-sembleia Legislativa endosse a pro-posta do deputado e vereadores fron-teiriços. No encontro dos veeadoresfronteiriços o presidente da ULFRO,Mauro Brum, estranhou a falta demobilização das lideranças econômi-cas e políticas da Fronteira-Oestepela equalização do ICMS do arroz.Brum considera a medida de funda-mental importância para reaquecer aeconomia regional.

Sobreposição de demandasSobreposição de demandasSobreposição de demandasSobreposição de demandasSobreposição de demandasBem que o novo coordenador re-

gional de saúde, Modesto Zuñeda, po-deria incluir em sua agenda um assuntoque ajuda a explicitar o quanto municípi-os da Fronteira-Oeste agem de formaisolada, quando não conflitantemente, aopropugnarem por benefícios e conquis-tas. A coluna refere aos esforços que Ale-grete, São Borja e Uruguaiana vêm fa-zendo para sediarem, cada qual, um hos-pital regional. O bom senso manda ha-ver a união das três comunidades na rei-vindicação, cada uma optando por inten-tar ser referência regional em determi-

nados tipos de especializações.O que se vê é um dispêndio de

energias, de recursos e de mobilizações.Infelizmente não é a primeira vez e pro-vavelmente nem a última, que municípi-os fronteiriços superpõem reivindicaçõesou iniciativas que mais chance teriam deser obtidas se houvesse partilhamento depropósitos. O auto isolamento, a compe-tição provinciana e a falta de visão dequem lidera tais movimentos acabam le-vando, como tantas vezes já aconteceu,à inviabilidade de demandas e ao fracas-so de objetivos.

Crise na Record?

InutilidadeA presença do técnico da seleção

brasileira esta semana no Beira-Rio paraobservar jogadores do Internacional, navisão do colunista, configurou uma abso-

luta inutilidade. Isto porque hoje no time co-lorado praticamente só há atletas argenti-nos e uruguaios. A não ser que Mano Me-nezes, que recentemente foi derrotado peloselecionado da Argentina, tenha vindo aoSul para aprender um pouco mais sobre aforma de atuar dos atletas platinos.

sede da rádio, do jornal Cor-reio do Povo e da televisão,avaliando bens que teriamsido dados como garantia.

Só falta, na informa-ção, constar que os empre-gados da Record foram sequeixar ao bispo.

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44Uruguaiana,de 4 a 10 demarço de 2011

PolíticaPor Newton Alvim

BALAIO DE ESCRITOS

Aquela mulher contava as tantas feridas do seu coração, nos idos de 1934, emUruguaiana. Suas lindas pernas eram torneadas por sedas pretas, com cinturete moldan-do ainda mais seu corpo esguio, como os mais velhos me contaram. Sabia que o maridoa traia com uma francesa nova do cabaré à margem do Rio Uruguai, mas já não seangustiava tanto, acostumada com a mais sombria solidão. Foi à igreja e ouviu hinosreligiosos que não conhecia e, distraída, viu-se rezando, o que não fazia há muito tempoe pareceu gostar. Na rua, surpreendeu-se dançando e isso era como um gozo para ela,que mal saía do palacete em que habitava entre tantos empregados. Depois do Natal, omarido apareceu e ela enxotou-o com fúria desassombrada e ficara satisfeita com isso.Na ceia de Ano-Novo, pediu que os empregados lhe fizessem companhia, sabendo que aliberdade não mais a ofenderia. E todos brindaram à sua integridade, enquanto ela tecia,com um tênue sorriso, o novo amanhecer, sem as humilhações do mundo.

***A chuva havia surpreendido os dois no passeio no campo, naqueles dias

finais de 1974, em Livramento. Alguns correram para as árvores, rindo. Eles não, poisse viram sozinhos num descampado, assim meio tímidos. De repente, quero-querosfizeram ataques rasantes e ela, assustada, jogou-se em seus braços. Beijaram-se efizeram amor ali, ignorando chuva e aves, mosquitos e formigas, lama e trigais doscabelos amarelos. No final, corpos úmidos e gotinhas frescas, tentaram inventar ummundo novo somente para eles. Contaram as horas até à noite, quando ele a procu-rou com os olhos e a alma. Havia vestidos brancos para atrair a paz, amarelos parao dinheiro, vermelhos para a paixão. Mas que paixão era aquela? À meia-noite, gri-tos, sorrisos, gargalhadas, beijos e abraços. Levantou um brinde ao vazio, com ochampanhe dando-lhe um bom alento. “Lentilhas ou uvas?”, perguntou uma voz ado-cicada. Fingiu gostar e foi-se com a desconhecida, automaticamente, seguindo oinstinto de sobrevivência, para driblar velhos caminhos e chegar a novos lugaresonde haveria, algum dia, aquele porto desejado.

***Ela estava ficando pálida e magrinha, de tanto esperar a volta do noivo que

se fora com o comandante Prestes e sua Coluna, quando passaram por São LuizGonzaga, naquele fugidio outubro de 1924. Era um homem feliz em conseguir um bomcavalo e uma garrucha azeitada, dizendo que aquilo não passaria de dezembro, prome-tendo retorno antes do Natal. Boba, foi acreditando, achando que ele viria cheio delouros e medalhas, prata e ouro, com cicatrizes quase invisíveis no peito largo. Diasinteiros, colava um ouvido no rádio e sabia de avanços e recuos, combates e mortanda-des, cercos e escaramuças. E o via incólume sobre tiros e fumaças, sobrepujando osmais e terríveis momentos. Era um cavaleiro de Prestes e isso bastava para medir oorgulho da moça. Entre o trajeto de sangue e morte, passou o Natal e passou o Ano-Novo e nunca mais soube dele. Mesmo assim, a cada virada do ano, viu-se esperandoo noivo combatente e seguiu a vida, com ela cada vez mais magrinha e desbotada. Atéque um dia um homem maltrapilho e envelhecido apontou na esquina e ela o reconhe-ceu e vibrou com isso, ainda esperançosa no amor entre os sonhos e as quimeras.

***Era um vendedor cinquentão que gostava de definir “uma estratégia que

pode fazer a diferença entre quem só imagina a meta e quem realmente cruza a linhade chegada”. Era o que repetia para quem quisesse ouvir, como naquela noite derradei-ra de 1982, no velho quiosque da Praça da Matriz de São Luiz Gonzaga. Estava alitomando uma cerveja, quando, de repente, deu-se conta que a cidade esvaziaria. Nãose via mais nenhum vulto e tampouco um mísero automóvel nas quadras circulantes àpraça. Aí deu-se conta que era noite de Ano-Novo e que estava sozinho. Mas não,ainda bebia sua cerveja e alguém certamente estava cuidando daquele quiosque. Vi-rou-se e viu o rapaz atrás do caixa, entretido com alguma coisa. Perguntou-lhe se já iafechar. Respondeu que não, já que aguardava o povo sair das casas e ir para o baile noclube em frente. Ah, suspirou o vendedor, um tanto esperançoso sem saber o motivo.Passaram-se alguns minutos e ele começou a ficar inquieto. Contra a solidão não haviaestratégia. Quando soou a meia-noite, ouviram-se alguns fogos de artifício e gritos aolonge. O homem levantou-se, aproximou-se do rapaz e pediu, meio sem jeito: “Podeme dar um abraço?” O jovem vacilou, desconcertado. O homem chegou-se e o rapazestendeu os braços. Apertaram-se, como dois velhos amigos. Após, o homem serecompôs e disse: “Obrigado por reacender minha esperança”. E foi embora, convictode que foi um abraço que realimentou sua força para novos embates.

HistorinhasNa manhã de segunda-feira,

28, a Comissão de Finanças e Orça-mento da Câmara Municipal. Realizoua audiência pública obrigatória paraavaliação das metas fiscais a seremobservadas pelo Poder Executivo,conforme determina a Lei de Respon-sabilidade Fiscal - art.9º, §4º, Lei Com-plementar 101/2000. Os Secretáriosde Planejamento e da Fazenda, JoséAlberto Leal e Luiz Henrique Fanti, jun-tamente com funcionários da Prefei-

Metas Fiscais do Município sãoavaliadas em audiência pública

tura, fizeram a explanação sobre osíndices do quadrimestre final de 2010,onde foram apresentados o desem-penho da Receita, da despesa, dosresultados primário e Nominal, da des-pesa de Pessoal, com relação aos li-mites da LRF, e da Dívida PúblicaConsolidada. Na oportunidade, foiquestionada pelo presidente da Co-missão, ver. Mauro Brum (PMDB), anão inclusão no demonstrativo da dí-vida pública dos números referentes

aos títulos precatórios que devem serpagos pelo Município e que perfazemuma soma considerável. Os Secretá-rios Leal e Fanti comprometeram-sea enviar os dados com brevidade aoPoder Legislativo para a análise com-pleta da situação financeiro-orçamen-tária do Município. A documentaçãoapresentada será analisada pela Co-missão de Finanças e Orçamento e,posteriormente, será emitido parecertécnico sobre os dados.

A vereadora Josefina Soares registrou na segun-da-feira, 28, a chapa de sua candidatura ao Diretório Mu-nicipal, na sede do PSDB, em Uruguaiana. A chapa é com-posta por 33 membros no Diretório e 11 suplentes, 5 titula-res para o Conselho de Ética e 5 suplentes, e 6 Delegadose 6 suplentes. Josefina, que foi a primeira mulher verea-dora no Município, hoje exerce o 5° mandato consecutivo,sendo que nas duas últimas eleições foi a parlamentarmais votada de Uruguaiana. Segundo a vereadora, esteregistro não significa nenhum “racha” no PSDB. “O partidotem que passar por esse processo democrático, com dis-cussão na sua democracia interna de teses contraditórias.É aí que ele vai provar que está amadurecido, depois de23 anos de fundação” - disse. De acordo com a proporçãode votos que receberem na convenção, a chapa derrota-da tem direito a incluir seus membros na chapa vencedo-ra. Com isso, se garante espaço na legenda vencedora ese afasta o risco de ficarem sem partido. A convenção estámarcada para domingo, 20 de março.

Josefina Soares registra chapa no diretório do PSDBJosefina Soares registra chapa no diretório do PSDBJosefina Soares registra chapa no diretório do PSDBJosefina Soares registra chapa no diretório do PSDBJosefina Soares registra chapa no diretório do PSDB

Vereadora participa da Reunião da ULFROA vereadora Josefina Soares (PSDB) participou

a convite do Presidente Mauro Brum, da reunião ordiná-ria de abertura da União dos Legislativos da FronteiraOeste (ULFRO). O encontro iniciou na quarta-feira (23.02)

na Câmara de Vereadores de Manoel Viana. O eventoiniciou com a apresentação do planejamento estratégicoe de investimento do Corede (Conselho Regional de De-senvolvimento) e de algumas empresas para a região.

Pedido de informações sobre Tarifa Social a AES-SUL é aprovado na Câmara MunicipalFoi aprovado Requeri-

mento da vereadora JosefinaSoares (PSDB) solicitando àAES-Sul Distribuidora de EnergiaS/A informações sobre o cadas-tramento e o número de famílias

PERCENTUAIS DE DESCONTO PARA A FAMÍLIA TER DIREITO AO BENEFÍCIO:

beneficiadas pela Lei Federal12.212/10, que institui a tarifasocial de energia elétrica. Para osmoradores conseguirem o bene-fício, a família deve estar inscritano Cadastro Único para Progra-

mas Sociais do Governo Federal(CadÚnico). A parlamentar querque a empresa de enérgica elé-trica informe sobre o cadastra-mento e o número de famíliasque já utilizam este benefício.

Faixa: Consumo mensal até 30 kWh - Desconto: 65%

Faixa: Consumo mensal de 31 kWh a 100 kWh - Desconto: 40%

Faixa: Consumo mensal de 101 kWh a 220 kWh - Desconto: 10%

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Page 5: Jornal Momento de Uruguaiana

55Uruguaiana,de 4 a 10 demarço de 2011Barra do Quaraí

NO MUNICÍPIO DE URUGUAIANA, com atuação nas seguintes áreas do Direito:Cível, Contratual, Trabalhista, Agrário, Internacional e Ambiental.

CLÁUDIO PETRINI BELMONTE - OAB/RS 42.579- Professor Universitário (Dir. Contratual, Dir. Agrário e Dir. Internacional);

- Mestre pela Universidade de Coimbra (Portugal);- Doutorando pela Universidade de Salamanca (Espanha).

NATHALIE SUDBRACK DA GAMA E SILVA BELMONTE - OAB/RS 62.305- Especialista em Direito e Processo do Trabalho (PUC – POA/RS)

Porto Alegre/RS: Av. Loureiro da Silva, n° 2.001, salas 514/ 515, CEP 90050-240, Fone: 55 51 3225-3178

Uruguaiana/RS: Rua Gal. Bento Martins, n° 2.497, sala 1.502, CEP 97510-001,Fone: 55 55 3402-3733

Itaqui/RS: Rua Rodrigues Lima, n° 376, sala 602/603, CEP 97650-000, Fones:55 55 3433-1626 / 2650

w w w . b e l m o n t e a d v o g a d o s . c o m . b r

Por Nathalie Sudbrack da Gama e Silva Belmonte - OAB/RS 62.305

Prorrogado prazo para anistia de multase juros dos débitos tributários e taxas

Foi prorrogado o prazopara a concessão de anistia demultas e juros dos débitos tributári-os do IPTU (Imposto Predial e Ter-ritorial Urbano), taxas e parcela-mento de lotes urbanos. Com asanção do Prefeito Municipal daBarra do Quaraí, Engº. Maher Ja-ber, o prazo de vigência previstonas Leis n° 1.069/2008; 1.162/2009

Comunidade do interior é beneficiada com várias açõesPor determinação do prefei-

to Maher Jaber, a comunidade dointerior está sendo beneficiada pelarecuperação de estradas dentro doplano da Prefeitura Municipal, atra-vés da Secretaria de Obras, que ob-jetiva contemplar uma significativaextensão territorial do município, be-neficiando assim familiares dos pe-quenos, médios e grandes produ-tores rurais da Barra do Quaraí. Arecuperação das estradas no inte-rior do município tem por objetivo

Prefeito Maher visita o novo Presidente do IrgaCumprindo agenda na Capital do Estado, no mês de ja-

neiro, o Prefeito Municipal, Engº Maher Jaber, esteve reunido como novo Presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz – IRGA,Cláudio Pereira. Na oportunidade, foi reafirmado o compromissodaquele Instituto com as lavouras de arroz e com o fortalecimen-to da presença na região. Segundo o presidente do IRGA, é fun-damental o município e a região da fronteira terem esta sintoniadireta com o Instituto, buscando a integração com os municípiospara o desenvolvimento da orizicultura. A convite do PrefeitoMaher, Cláudio Pereira, em breve, visitará a fronteira oeste, ondese reunirá com produtores rurais da região.

Em agenda na região cen-tral do Estado, no dia 14, o Chefe doExecutivo Barrense se reuniu comos demais prefeitos dos municípiosda fronteira oeste, na sede da Supe-rintendência Regional da Caixa Eco-nômica Federal - CEF em Santa Ma-ria. Entre os assuntos abordados nareunião, estava a solicitação de pro-vidências na agilidade dos processospara a liberação de recursos por par-te da CEF. A iniciativa para realizar areunião partiu da Associação dos Mu-nicípios da Fronteira Oeste - AMFRO.Há vários projetos do município queestão à espera da liberação de re-cursos, tais como obra para a con-clusão do asfaltamento da Rua Ge-neral Neto, Regularização Fundiária,compra de máquinas e implementosagrícolas para o interior, entre outros.Dentro de poucos dias estará sendoiniciada a construção da terceira qua-dra de calçadas padrão na avenidae a reforma da pracinha do Lotea-mento Popular, projetos que já foram

e 1.275/2010 fica prorrogado até odia 31 de maio de 2011. A Lei be-neficia, com a anistia de 100% (cempor cento) de multa e juros inciden-tes, a todos os contribuintes queefetuarem o pagamento integral ouparcelado em até 36 (trinta e seis)vezes dos débitos referente aoIPTU com vencimentos até 31/12/10 e parcelaram em até 120 vezes

o pagamento de lotes urbanos comunidades habitacionais. No entan-to, o contribuinte para usufruir dosbenefícios estabelecidos pelasLeis de parcelamento, isenção demultas, juros e taxas deve compa-recer ao Setor de Arrecadação nasede da Prefeitura Municipal daBarra do Quaraí, de segunda àsexta-feira, das 08h às 14h.

melhorar os corredores de acesso,facilitando o escoamento de produ-tos e o transporte ainda mais segu-ro para os alunos que estudam nacidade e que usam as vias da zonarural. Ainda, foram encerradas asobras de recuperação da ponte daSanga Funda, que era estreita e di-ficultava o trânsito dos veículos quetrafegam nas estradas do interior.Com isto, mais uma vez o GovernoMunicipal tem priorizado a recupe-ração das estradas, uma vez que a

economia do município é baseadana agropecuária, possibilitando as-sim um escoamento mais ágil e efi-ciente de nossa principal economia.

Maher reivindica providências junto à Caixa Econômica FederalMaher reivindica providências junto à Caixa Econômica FederalMaher reivindica providências junto à Caixa Econômica FederalMaher reivindica providências junto à Caixa Econômica FederalMaher reivindica providências junto à Caixa Econômica Federalassinados e breve terão os recursosnecessários liberados para o iníciodas obras. O encontro serviu tambémpara a prestação de contas de recur-sos repassados pela Caixa aos mu-nicípios da AMFRO em 2010. Noencontro, além da presença do pre-feito Maher Jaber, estiveram a pre-feita de Santa Margarida do Sul, Cláu-dia Goulart Brasil; o prefeito de Ale-

grete, Erasmo Guterres Silva; o pre-feito de Itaqui, Gil Marques Filho; aprefeita de Manoel Viana, Ione Olar-te Caminha; o prefeito de Rosário doSul, Nei da Silva Padilha; o prefeitode Maçambará, Aldérico DomingosCopatti; o prefeito de Santana do Li-vramento, Wainer Machado, além desecretários municipais e técnicos dasprefeituras.

OCONTRATO DE APRENDIZAGEM

Antes de adentrar nas nuances do contrato de aprendizagem sefaz necessário conceituar quem seria o Aprendiz. O Aprendiz é um tra-balhador com idade entre 14 e 24 anos, matriculado em um curso profis-sionalizante e que tenha sido contratado para exercer um trabalho relaci-onado com o curso que está realizando.

Em que pese a CF vedar o trabalho a menores de 16 anos, em seuart. 7°, inciso XXIII, trás uma exceção à regra ao permitir o trabalho de apren-diz. Resta permitido o trabalho de Aprendiz, mas existem restrições ao tra-balho deste quando menor, veja-se: é proibido o trabalho do menor aprendizem locais prejudiciais à sua formação, ao seu desenvolvimento físico, psí-quico, moral e social, como também em horários e locais que não permitama freqüência à escola, trabalho em locais sob condições perigosas, insalu-bres e penosas durante o período noturno. Todas estas normas servem parapreservar a criança e o adolescente.

O contrato de aprendiz deve ser anotado na CTPS, por prazo deter-minado de no máximo dois anos, matrícula e freqüência na escola (casonão haja concluído o ensino fundamental), além da inscrição no curso pro-fissionalizante desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em for-mação técnico-profissional metódica. O contrato de aprendizagem visa pro-porcionar ao aprendiz oportunidade de formação em curso técnico profissio-nal metódico e de celebrar contrato de trabalho na empresa, exercendo, naprática, a teoria estudada.

Caso o aprendiz seja deficiente físico há exceções quanto ao prazodo contrato, bem como da idade limite, pois o contrato poderá ultrapassardois anos e a idade máxima poderá ser superior a 24 anos. Estas alteraçõesforam incluídas para facilitar a inserção dos trabalhadores especiais no mer-cado de trabalho que já é bastante disputado.

A jornada diária do aprendiz não deve exceder o limite de seis horasdiárias, salvo se este já tiver concluído o ensino médio, quando poderá che-gar a oito horas diárias. Os direitos trabalhistas assegurados ao aprendizsão praticamente os mesmo dos empregados comuns. A diferença existequanto a alíquota do FGTS, que será de 2%, bem como em caso de resci-são, pois a empresa está desobrigada de pagar as verbas indenizatórias,não havendo, assim, qualquer garantia de estabilidade.

O mínimo que um aprendiz deve receber é um salário mínimo men-sal ou horário, salvo se firmada condição mais benéfica.

Todas as empresas estão obrigadas a empregar jovens que este-jam matriculados nos cursos dos serviços nacionais de aprendizagem (Se-nai, Senac, Senat, Senar ou Sescop, exceto Sesc e Sesi), exceto as em-presas de pequeno porte, as microempresas e as entidades sem fins lu-crativos, por forças da determinação contida no artigo 11 da Lei nº 9.841/99. A cota para contratação varia de 5% a 15% dos trabalhadores de cadafirma cujas funções demandem formação profissional. O contrato de tra-balho do aprendiz poderá ser firmado de duas formas: a primeira é quandoa empresa indica o aprendiz e inscreve-o no curso de aprendizagem naescola de formação técnico profissional de aprendizagem e, a segunda, équando a empresa firma contrato de aprendizagem com aluno já inserido nocurso de aprendizagem.

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66Uruguaiana,de 4 a 10 demarço de 2011

JORNALISMOLITERÁRIO

GeralPor José Édil de Lima Alves

LETRAS

Todos os que admiramos um caráter bem formado no gênero humanoacabamos de perder um magnífico exemplar, com a morte de Moacyr Scliar. Espí-rito essencialmente humanitário, sempre preocupado em bem servir ao próximo,profundamente crítico, sem qualquer ranço, humor finíssimo e sempre bem dispos-to, viveu intensamente este nosso conturbado tempo, mantendo uma ponderaçãoacima do comum.

Conheci-o na Editora Movimento, em 1979, eu recém chegado do Rio deJaneiro, onde concluíra o doutorado em Letras. Naquela época, o Carlos Appel,com seu espírito essencialmente gregário, costumava reunir em sua sala de traba-lho, às quartas-feiras, na rua da República, 130, na Cidade Baixa, intelectuais dasmais diversas áreas, mas todos, de uma forma ou outra, dedicando à produçãoescrita, ficcional ou ensaística, boa parte de seu tempo. O chimarrão corria, e asconversas giravam em torno da produção literária e dos movimentos políticos, emépoca ainda delicada, embora bem mais amena. Entre os mais frequentes, DécioFreitas, Donaldo Schüller, Laury Maciel, Lacy Osório. Também apareciam seguida-mente Cyro Martins e Sérgius Gonzaga; esporadicamente, Raul Pont, Tarso Gen-ro, Paulo Wainberg e Moacyr Scliar. Ali também conheci Gladstone Osório Mársico,que sempre comparecia quando andava pelo Portinho.

Ali na sala do Guru, como eu me referia ao Appel, foram gestados encon-tros que se tornaram memoráveis na vida cultural da capital – e não só, comocostumam dizer os lusitanos... Com o apoio da Casa de Portugal – onde eu atuavacomo Diretor Cultural – e contando com o respaldo do Curso Pré-Universitário –onde o Appel e eu atuávamos como professores, promovíamos encontros comescritores portugueses em visita ao Brasil, realização de cursos, seminários, lança-mentos de livros, com direito a sessões de autógrafos e até edições de livros ondese enfeixavam as principais contribuições dos participantes. Em tais atividades, apresença do Scliar era uma constante.

Quando em 1980 trouxemos a Porto Alegre os escritores portuguesesFernando Assis Pacheco, António Lobo Antunes e Lídia Jorge, fez questão de estarconosco na maioria das atividades em que fomos envolvendo nossos convidados.Anos mais tarde, ali por 84, 85, esteve em Portugal, tendo sido recebido por aque-les escritores a quem conquistara com seu espírito de escol e sua inteligênciaaguçada. Na ocasião, também estive com ele em Lisboa e entretivemo-nos emagradável digressão, como por lá dizem, pelo Bairro Alto, detendo-nos em visitasàs grandes livrarias, como a Sá da Costa e a Bertrand – que em 1979 editara oRegião submersa, do nosso Tabajara Ruas. Para minha satisfação, manifestou asurpresa ao ver o número da tiragem do meu ensaio A paródia em novelas-folhe-tins camilianas, lá publicado pelo Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, em1990. “Quatro mil exemplares, Zé Édil?! Meus livros de maior aceitação saem commil exemplares...”. “Sim, ocorreu-me dizer... A primeira edição. E as seguintes?”. Erimos, como sempre que nos encontrávamos, pois era proverbial o seu espírito dehumor, sempre disposto a uma frase chistosa.

Nutria um carinho especial pelo Carlos Appel – que lançara O carnaval dosanimais em 1968 – coletânea de contos que mereceu o Prêmio da Academia Mi-neira de Letras, chamando a atenção para o nome do escritor gaúcho já no alvore-cer de uma carreira que a todos nós alegra. Reconhecido, e sabendo de minhaespecial ligação com o Guru, ao nos vermos costuma perguntar: “E o Appel, comovai?”. No geral respondia-lhe: “Mas Scliar, tenho certeza que o tens visto maisseguido do que eu, pois, ao que me consta, todas as semanas vocês estão lá pelaACM, numa partidinha de basquete, perdendo para o Raul Pont, não é mesmo?”.“Nem sempre perdendo, Zé Édil, apesar da pequena altura do Pont em relação amim e ao Appel.”. E era mais riso, franco, agradável, característico do humor judai-co que, antes de tudo, prefere rir de si mesmo.

Sempre fui distinguido por ele com o maior carinho e em mais de uma vezreferiu-se a mim com grande respeito, como fez – e por escrito – a uma aluna,Carolina Karo da Piedade, a quem eu orientara num trabalho sobre o antológico Amulher que escreveu a Bíblia. Apreciei sobremaneira a linha de leitura daquelaquerida discípula e, concluído o estudo e eu tendo avaliado o resultado, dei a ela oendereço do Scliar, sugerindo que enviasse um exemplar a ele. Tímida, manifestousua indecisão: “Professor, enviar ao autor? O que ele irá dizer?”. “Não sei, Carol.Envia e espera para ver, se ele te responder.” Era óbvio que ele responderia, poiseu não me atreveria a expor uma aluna ao risco de ficar ignorada. Conhecia sufici-entemente o Scliar para saber o quanto ele era reconhecido àqueles que se debru-çavam sobre sua obra – e foram inúmeros, felizmente, como ele bem fez por mere-cer. Ela, também me conhecendo o suficiente, enviou ao Scliar o seu ensaio. Diasdepois, apresentou-me cópia da mensagem que dele recebera, elogiando o estudoe congratulando-a por ter-me como orientador. Passados alguns meses, tendo elasido aceita para apresentar seu trabalho num seminário na UFRGS, lá estava oScliar para conhecê-la pessoalmente e cumprimentá-la pelo trabalho, estimulando-a a dar continuidade a seus estudos.

Esse o generoso espírito que Jeová chamou para ilustrar seu Reino deLuz. Aqui neste Vale de Lágrimas, os que te apreciamos pelo que foste, não teesqueceremos.

Até breve, ScliarÀs 6h30 de quarta-feira, em

Porto Alegre, a Polícia Civil prendeuRicardo Neis, 47 anos, autor do atro-pelamento dos ciclistas do movimen-to Massa Crítica.

O movimento surgiu no iní-cio dos anos 90, em San Francisco,nos E.U.A, como forma de celebraro uso de bicicletas e marcar o espa-ço dos ciclistas nas ruas. Logo, omovimento começou a ser seguidoem várias cidades do mundo, geral-mente na última sexta-feira do mês.Os ciclistas costumam se encontrarno mesmo horário e local e dali saemjuntos para uma "pedalada". ChrisPeck, coordenador de política daOrganização Nacional de Ciclistas doReino Unido (CTC, na sigla em in-glês) afirma que nunca um evento daMassa Crítica enfrentou um inciden-te tão grave quanto o da semana pas-sada em Porto Alegre. "Aquilo foi ter-rível. Espero que o responsável sejapunido," disse o coordenador.

Os agentes capturaram Ri-cardo Neis no Hospital Parque Be-lém, na zona sul, onde ele estavainternado. Neis deve ser levado àDelegacia de Delitos de Trânsito as-sim que receber alta médica, o quenão há previsão de ocorrer. Confor-me estava previsto, ele teria se inter-nado na ala psiquiátrica da institui-ção por estresse pós-trauma. Segun-do o delegado Rodrigo Garcia, omédico que o atendeu decidiu man-tê-lo em observação, pois entendeque haveria o risco de suicídio. A po-lícia seguirá no local até sua libera-ção. O advogado de Neis disse quea internação era necessária para "ga-rantir sua integridade física e psico-lógica".

Ricardo Neis, por volta das19h da última sexta-feira, avistou omovimento Massa Crítica, que pro-movia um passeio ciclístico a favordo uso das bicicletas no tráfego ur-bano. Durante a manifestação, quereunia mais de 100 pessoas, o funci-onário do Banco Central, que dirigia

Caso do atropelador de ciclistas do MassaCrítica ganha repercussão internacionalO compositor e fotógrafo uruguaianense Bebeto Alves tem lideradouma série de manifestações no Facebook, com centenas de seguidores

um Golf preto, acelerou e atingiu osciclistas que bloqueavam a Rua Josédo Patrocínio na altura da Rua LuizAfonso, no bairro Cidade Baixa. Pelomenos 10 pessoas ficaram feridas.

Na segunda-feira, em depoi-mento à Polícia Civil, Neis alegou le-gítima defesa, relatando que os ma-nifestantes agiram com violência con-tra seu carro. De acordo com o dele-gado, as vítimas foram impedidas dese defender, uma vez que o motoris-ta avançou com seu automóvel en-quanto os ciclistas estavam de cos-tas, sem esperar o golpe.

A Polícia Civil e o MinistérioPúblico do Rio Grande do Sul pedi-ram a prisão preventiva de Neis. Arequisição foi encaminhada à 1ª Vara

do Júri e analisada pela juíza Rosa-ne Ramos de Oliveira Michels, do 2ºJuizado Tribunal do Júri.

Segundo nota divulgada pelapolícia, foi possível apurar, pelo de-poimento do acusado, que o automó-vel foi "utilizado como uma arma" eisso acarretaria, entre outros elemen-tos colhidos, na intenção de matar.Outro fator para o pedido foi o fatode o acusado ter ciência de que suaatitude colocou em risco a vida dosciclistas e, por isso, ele assumiu ochamado dolo eventual, quando searca com o risco das atitudes provo-cadas. O inquérito sobre o caso deveser concluído num prazo de 30 dias.

Há um grande movimento narede social Facebook para que Neisseja penalizado, pois é consensoque ele teria utilizado o automóvelcomo uma arma, arremetendo-ocontra dezenas de pessoas. Alémdisso, pelos comentários, observa-se que os usuários da Internet es-tão sentindo que podem defendersuas causas, estão sentindo o po-der que essa comunicação instan-tânea confere ao cidadão, cansadode ser manipulado.

As fotos que ilustram a ma-téria foram cedidas pelo compositore fotógrafo uruguaianense BebetoAlves, que tem liderado uma série demanifestações através do Facebookcom centenas de seguidores.

A Concessionária montou um esquema deatendimento, visando normalizar no menor tempopossível o fornecimento de energia elétrica duranteo Carnaval, em casos de interrupções. A empresaterá 155 equipes e 70 técnicos de plantão nas 24horas do dia. Somando com os profissionais da Cen-tral de Relacionamento, 900 pessoas estarão traba-lhando no atendimento ao cliente durante o Carna-val. “O objetivo é evitar que eventuais faltas de ener-gia atrapalhem a festa nos 118 municípios da áreade concessão”, observa o Gerente do Centro de Ope-ração e Distribuição, Elso Nogueira.

Feriado de CarFeriado de CarFeriado de CarFeriado de CarFeriado de Carnaval terá atendimento da AES Sulnaval terá atendimento da AES Sulnaval terá atendimento da AES Sulnaval terá atendimento da AES Sulnaval terá atendimento da AES SulOs clientes poderão entrar em contato com

a AES Sul durante o Carnaval pelos mesmos canaisde relacionamento que atendem no restante do ano.Pela Central de Relacionamento - telefone 0800 7077272 - nas 24 horas do dia, para solicitar quaisquerserviços. Também é possível enviar um torpedo parao número 28410 para informar falta de energia, co-locando apenas o Código de Cliente (consta na fa-tura). As Lojas de Atendimento ao Cliente da AESSul não funcionarão nos dias 07 e 08 de março. Oatendimento nas lojas retornará normalmente na quar-ta-feira, dia 9.

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77Uruguaiana,de 4 a 10 demarço de 2011Geral

Por Guilherme Socias Villela

DESENVOLVIMENTO

A Internet, mais do que uma moda, tem sido um pode-roso instrumento de comunicação. Estima-se que, nos Es-tados Unidos, as notícias geradas via Internet – lidas emsites ou em newsletters – já ultrapassam as informaçõesadvindas tanto das televisões e quanto da imprensa escrita.

Todavia, nem tudo o que se extrai da Internet pos-sui confiabilidade. Com frequência aparecem textos atri-buídos a autores famosos – Gabriel García Márques, JoãoUbaldo Ribeiro, Luís Fernando Veríssimo –, os quais ne-gam a autoria.

Recentemente, texto atribuído ao jornalista gaúcho Ale-xandre Garcia (Rede Globo) faz referência ao recebimentode carta de um amigo seu, norte-americano, na qual chamaos brasileiros de ricaços. E diz o porquê. Os norte-america-nos pagam a metade do preço que os brasileiros pagampela água que consomem – isto que o Brasil detém 25%das reservas de água doce do planeta. Por igual, a metadedas tarifas de telefone e energia elétrica. E menos de R$0,60 pelo litro da gasolina. Para os “amaldiçoados ianques”,os automóveis custam metade do preço dos que são produ-zidos no Brasil. Lá, ainda, os juros sobre empréstimos são,pelo menos, 10 vezes menores. E assim por diante! (Issosem considerar que lá os salários são bem mais altos.)

Texto do arguto Alexandre Garcia? Seja dele ou não,os dados se aproximam da realidade dos dois países. E oque determinam essas brutais diferenças?

Não é difícil explicar. Basta somar o que não existenos Estados Unidos: PIS, COFINS, ICMS, IR, ISS, IPTU,ITR e outras dezenas de impostos, contribuições e taxasfederais, estaduais e municipais – que, além de incidiremcom efeito-cascata, representam quase 40% do Produto In-terno Bruto (PIB) do Brasil.

Sim! O Brasil é um país de “ricaços”. Ricaços de fazde conta!

Economista.

Os �ricaços� brasileiros!

Na sexta-feira, 25, aconteceu aprimeira reunião de trabalhos técnicosentre o Senador Paulo Paim (PT) e en-tidades do transporte rodoviário de car-gas, no gabinete do senador, em Cano-as. Na oportunidade, foram retomadosos trabalhos sobre o Projeto de Lei nº271/2008, que estabelecerá diversasregras para a atuação dos motoristasprofissionais. O Estatuto do Motoristavem sendo pauta de reuniões dentro demuitas entidades e órgãos ligados aosetor de transporte e isso tem contribuí-do para o aprimoramento da lei.

A Associação Brasileira deTransportadores Internacionais - ABTIesteve representada, na reunião organi-zada juntamente com o Sindicato dasEmpresas de Transporte de Cargas eLogística no Estado do RGS (Setcergs),pelo seu presidente, José Carlos Becker;seu vice-presidente, Francisco Cardoso;e pelo assessor técnico, Luiz Alberto Min-carone. Os assuntos tratados foram: adefinição de pontos básicos da estruturado Estatuto, questões importantes relati-vas ao Transporte Internacional e de lon-go curso e o cronograma de trabalho téc-nico entre a ABTI, o Setcergs e o Gabi-nete do Senador. Na opinião do senador,“é importante as entidades realizaremesta análise positiva da importância doestatuto, enxergando a cadeia completado processo”.

Senador Paim criará comissão do TRC

Segundo o presidente da ABTI,José Carlos Becker, a criação de um gru-po de trabalho, direcionado a identificaras demandas do TRC, com a participa-ção de técnicos da ABTI e do Setcergs éessencial. “Precisamos deste canal de co-municação, estamos direcionados no pro-cesso, possuímos um mapeamento com-pleto do setor e isso facilitará o trabalhoda comissão”, disse Becker.

Conforme José Carlos Silvano,presidente do Setcergs, daqui a dez anoshaverá um milhão de caminhões e cercade 160 mil novos motoristas. “Isso seráum grande gargalo estrutural e operacio-nal. O problema não será somente no

número, pois estamos preocupados tam-bém com a qualidade de serviços dos fu-turos motoristas”, destacou Silvano.

Ficou acertado que o grupo detrabalhos será criado e o núcleo centralse reunirá no gabinete do senador. “Nãopodemos ter medo de abrir discussões”,destaca Paim, informando que haverá nomínimo uma reunião mensal da comis-são e que, conforme a necessidade, se-rão realizadas audiências. A ABTI e o Se-tcergs serão relatores, juntamente comoutras entidades do setor, convidadas aparticiparem da comissão. A primeira reu-nião está marcada para a segunda se-mana de março.

Schneider deixa a Comissão Gestora da Santa CasaSchneider deixa a Comissão Gestora da Santa CasaSchneider deixa a Comissão Gestora da Santa CasaSchneider deixa a Comissão Gestora da Santa CasaSchneider deixa a Comissão Gestora da Santa CasaO vice-prefeito e secretário da Saúde, Luiz Augusto Schnei-

der, não concordou em assinar a carta de demissão do diretor técni-co da Santa Casa, neurologista José Vitório Mocelin, na semanapassada. O que motivou a demissão de Mocelin foi o fato de que omédico, através de ofício datado de abril de 2010, fez graves denún-cias quanto à intervenção e ao desrespeito a sua gestão, por parteda diretora administrativa do hospital, Ana Del Lito, que estariamcomprometendo a qualidade técnica do atendimento aos pacientes.Este é um primeiro passo de Luiz Augusto Schneider para reassumiruma postura que lhe devolva a admiração pública, desgastada du-rante o período que ocupou o cargo de vice do prefeito SanchoteneFelice, sendo também a primeira vez que não acompanha o prefeitoem seus atos administrativos, fato este que dá alento aos seus ami-gos e admiradores que se indignam com a atitude do prefeito emnão transmitir o cargo para Schneider quando se afasta, o que de-monstra que não lhe tem confiança. Segundo o provedor, Lauro Del-gado, a teimosia do prefeito Sanchotene Felice vai lhe custar caro,pois a diretora administrativa será afastada por ordem judicial.Luiz Augusto Schneider

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88Uruguaiana,de 4 a 10 demarço de 2011

Segurança

Como fico sabendo que em Uruguaiana o povo já está vivendo o carna-val há muitos meses, fico inclinada a falar sobre outros carnavais. Mas,lembro que Aníbal Machado escreveu o conto A Morte da Porta-Estandar-te, e me sinto pequena para contar uma história de carnaval. Fica aqui asugestão, para quem não leu, leia ou releia, pode ser pela Internet, é curtoe hoje em dia não podemos estar comprando livros todos os dias.

Tenho histórias, nem são histórias, são idéias para transformarem histórias, mas penso que alguém já deve ter feito isso: contar ahistória do carnaval de Uruguaiana, desde os cordões, as marchasranchos no corço, os confetes e serpentinas em que nos enrolávamosno salão nos achando lindas, maquiladas especialmente para a fanta-sia que usaríamos: Cleópatra, Colombina, Espanhola, Baiana.

Não sou saudosista, sinto saudades da vida bonita que tive emUruguaiana. Acredito que hoje também os jovens se divirtam nocarnaval. Tenho netos que vão para a praia e frequentam festas emcasas noturnas, dizem que é muito divertido. Antes eu ficava compena dos meus filhos porque eles não tiveram o privilégio que eutive de morar nessa cidade da Fronteira Oeste, que desde janeirojá estava fazendo os bailes pré-carnavalescos. Quem aniversari-ava em janeiro, dava um baile de carnaval. Eu era uma que faziabaile de carnaval em casa, com disco de vinil. Quando saltavammuito nos assoalhos de tábuas, a agulha da eletrola saltava deuma marcha para outra, ou trancava. Mas tudo era carnaval.

As marchas e os sambas eram belíssimos, existiam umas re-vistinhas chamadas “Folião”, isso já na época dos meus filhos, que iamà venda lá por dezembro e a juventude já começava a aprender asletras das músicas para poder cantar nos bailes.

Enfim, nossa terra sempre foi muito carnavalesca, se nós trans-formávamos o Réveillon em um Grito de Carnaval, depois de algu-mas horas, hoje os uruguaianenses, das mais variadas idades, vãopara as quadras das escolas de samba o ano inteiro, com promo-ções para valorizar o nosso famoso carnaval.

Na sexta-feira, 25, ocorreu nasdependências do 1º BPAF, uma reu-nião convocada pelo capitão Laude-mir da Rosa Gomes, atualmente res-pondendo pelo Comando do Batalhão,com os presidentes dos clubes ondeserão realizados bailes de carnaval desalão no município. Na ocasião, foramtratados assuntos referentes à segu-rança dos clubes durante o períododos bailes de carnaval, buscando,desta forma, uma integração entreBrigada Militar e os representantesdaquelas entidades. Entre os assun-tos tratados, a legislação municipal efederal referentes à perturbação dosossego, à venda de bebidas alcoóli-cas para menores e ao planejamentoda corporação para o policiamento.

Presidentes de clubes que realizarão bailesde carnaval se reúnem com a Brigada Militar

Na madrugada do sába-do, 27, uma guarnição do POE,em patrulhamento nas proximida-des do Morro do Piolho, abordoue prendeu um casal de trafican-tes, de alcunhas “Borrega” e“Chaulo”. Com a dupla foram en-contrados R$ 167, dezesseis pe-dras de crack, um celular da mar-ca Sony e um estojo contendovários pedaços de plásticos, pos-sivelmente para embalagem dadroga. O casal foi encaminhadoà DPPA, onde foi lavrado o fla-grante por tráfico de drogas.

BM põe mais dois traficantes no presídioBM põe mais dois traficantes no presídioBM põe mais dois traficantes no presídioBM põe mais dois traficantes no presídioBM põe mais dois traficantes no presídio

Pessoas de várias regiões doBrasil, que alugaram apartamentospela internet para passar os feriadosde carnaval no Rio de Janeiro e emoutros pontos turísticos, foram vítimasde um golpe. Uma vigarista, que seapresentava como Maria de FátimaSantana de Andrade, mostrava foto-grafias de belos apartamentos porsites da internet, especializados emaluguel para temporada. Após encan-tar os clientes, pedia o depósito de50% em sua conta bancária do valor

UrUrUrUrUruguaianense cai em golpe na interuguaianense cai em golpe na interuguaianense cai em golpe na interuguaianense cai em golpe na interuguaianense cai em golpe na internetnetnetnetnetacordado para fazer a reserva. De-pois, desaparecia. Maria de Fátimaé do Rio, mas o programa Fantásti-co, da Rede Globo de Televisão en-controu vítimas em São Paulo, no RioGrande do Sul e no Ceará. Após odepósito, ela já não atendia mais ocelular nem respondia e-mail. Umafuncionária pública de Uruguaiana,que prefere não ser identificada, pa-gou R$ 525 pela reserva de um apar-tamento em Ipanema. Ao chegar aoRio de Janeiro, encontrou o prédio,

mas foi informada pelo porteiro queaquele imóvel não estava disponívelpara aluguel de temporada. A vítimaacabou indo para um hotel. Muitasoutras vítimas registraram Boletins deOcorrência. A polícia do Rio afirmaque está investigando. “Há indíciosde que haja uma quadrilha pratican-do esse golpe”, afirma Cristiana Mi-guel Bento, delegada assistente da12ª DP de Copacabana. Segundo apolícia, Elisângela Augusto Maia tam-bém integraria a mesma quadrilha.

Por Maria Clara Prati

URUGUAIANASEMPRE FOIUMADASCIDADESMAISCARNAVALESCASDOESTADO

[email protected](Estou no orkut aguardando sugestões e pedidos de conselhos)

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Page 9: Jornal Momento de Uruguaiana

99Uruguaiana,de 4 a 10 demarço de 2011Geral

Por Colmar Duarte

[email protected]

Um café da manhã, para co-memorar o Dia do Agente Fiscal, tevelugar na manhã de segunda-feira, 28,na EADI Sul de Uruguaiana. Partici-param do evento aproximadamente40 profissionais de Comércio Exteri-or que atuam no município. Entreeles, gestores da concessionária, doSindicato dos Despachantes Adua-neiros do Estado do Rio Grande do

Porto Seco tem comemoraçãodo Dia do Agente Fiscal

Sul - SDAERGS, Associação Brasi-leira dos Transportadores Internaci-onais - ABTI, Receita Federal do Bra-sil - RFB, além dos agentes fiscais.“Estivemos em reunião com o secre-tário da RFB em Brasília, Carlos Al-berto Barreto e falamos do ótimo tra-balho que vocês vêm realizando emnossa cidade”, disse o presidente doSDAERGS, Lauri Kotz. Na ocasião,

os agentes receberam felicitações deKotz, do delegado da RFB em Uru-guaiana, Jorge Luiz Hergessel, dogerente da EADI Sul, Flávio Evaristoe do presidente da ABTI, José Car-los Becker. Atualmente 20 auditoresfiscais atuam no setor em Uruguaia-na, sendo 17 no Porto Seco Rodovi-ário, dois na Ponte Internacional e umno Porto Seco ferroviário.

Vinte agentes fiscais da Receita Federal atuam no Comércio Exterior em Uruguaiana.

Nossa terra é mesmo berço de escritores. A toda hora despon-tam do anonimato para o reconhecimento – se não da crítica, que nãoexiste nestes pagos, ou se omite quando o autor não reside na capital –dos leitores. Vale dizer, daqueles leitores que não são teleguiados, e nãoinvestem apenas na leitura das obras recomendadas pelas revistas decirculação nacional. Pois esses só lêem se o autor estiver entre os dezmais vendidos. E como os mais vendidos hoje são os livros de auto-ajuda e de preocupação com o corpo, quem escreve poesia ou ficção,terá sempre poucos e especialíssimos leitores.

Confesso que esse gênero – auto-ajuda ou assemelhados - nãome atrai nem um pouco. Guardo da infância a lembrança de um livro quemeu pai recebeu de um parente intelectual (todos temos algum, na famí-lia). O autor, naturalmente, era estrangeiro, Dale Carnegie, e o livro inti-tulava-se: “Como fazer amigos e influenciar pessoas”. Meu pai nem oconsultou; preferia manusear o Martin Fierro ou o Antônio Chimango.Por curiosidade, li algumas páginas e me desencantei com a hipocrisiados conceitos ali emitidos. Resumindo: quem quiser agradar, segundo oautor, tem que fazer de conta que é como a outra pessoa gostaria, semo menor pudor. Talvez daí venha a ojeriza que conservo até hoje emrelação ao tema.

Outra constatação que me preocupa é a de que, nas vitrines daslivrarias, (em Uruguaiana existe uma!) noventa e muitos por cento dasobras expostas são de autores estrangeiros. Raros são os nacionais, emuito mais, os conterrâneos, que merecem um espaço entre eles.

Por casualidade, outro dia havia dois. Estavam, lado a lado, otraduzidíssimo mago, Paulo Coelho e a minha admirada amiga, poeta,Marina Coelho. Não resisti à tentação de pensar que, quem comprasseos dois livros, estaria (com o perdão do Ênio Rodrigues) levando doisCoelhos de uma cajadada só.

Isso deixado para trás, e retomando do início, o que desejo éfalar do surgimento de um novo escritor em nossa terra.

Mauro Maciel, jornalista, correspondente de órgãos de imprensade Porto Alegre -- ultimamente esteve exercendo atividades na Câmarade Vereadores do município -- em breve, terá publicado pela conceitua-da, Editora Movimento, seu livro de estréia. Trata-se de um romancepolicial denominado “A Pedra do Doutor Getúlio”. Nele encontramos umatrama muito bem elaborada, com personagens escolhidos com inteli-gência, com permanente retenção do interesse do leitor e um final que, aexemplo dos relatos policiais de sucesso, premia a curiosidade do leitor.O livro do Mauro registra fatos importantes da que de alguma maneiraestavam condenados ao esquecimento ou à ignorância.

Um belo começo para a carreira do autor, que acaba de se trans-ferir para Florianópolis, onde, certamente, continuará sua produção lite-rária, para alegria de quem aprecia bons textos e o aperfeiçoamento daarte que Deus lhe deu.

Parabéns, Mauro, e meu agradecimento por me haver confiado aleitura dos originais da obra que, em breve, deverá estar na vitrine denossa solitária livraria. Quem sabe nalguma Feira do Livro que aconte-cer por aqui -- sabe Deus! –

depois dos carnavaisintemporaisatemporais

não sei quê maismunicipais...

Escritores

Ao me lembrar desses tempos Não saiu lendo por cima,De tão grande bizarria, Mas, um pouco soletrado;Eu até já me esquecia, Ficou sendo um aporreadoComo quem come mogango, Como tantos que eu conheço,Do nosso Antônio Chimango Que se vendem por bom preçoQuando da escola saia. Por terem pêlo pintado.

Amaro Juvenal

LEMBRANDO ANTÔNIO CHIMANGO

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1010Uruguaiana,de 4 a 10 demarço de 2011

TourSocialSocial

Laura Starlit

HavaíO Baile do Havaí confirmou o sucesso dos

sete anos anteriores, reunindo cerca de 1,5 milpessoas no Tênis Clube Rio Branco no último sába-do, 26. Realizado pelo Rotary Club Uruguaiana Su-deste, oevento contoucomobrilhodosdestaquese bateria da escola de samba campeã do carnaval2010, Unidos da Cova da Onça, além do som dan-

çante do DJ Robertinho Mainardi. A decoração re-produzia os tradicionais bailes com a temática ha-vaiana: frutas, cores vibrantes e colares anunciavamo carnaval. O valor arrecadado foi destinado à insti-tuição Amor Exigente e ao projeto De Mãos dadascomaÁfrica, que pretende construir uma escola deEducação Infantil no Quênia.

O Clube Comercial ofe-recerá quatro bailes infantis, apartir das 17h com escolha damais bela fantasia. Quatro bai-les adultos, a partir das 22h.Tudo ao som do Mestre Arlin-do, mais as baterias das escolasde samba e com50 litros de cai-pirinha liberados por noite.

Emuitomais.... Perma-nentes e informações na secre-taria do Clube em horário co-mercial.

CLUBECOMERCIAL

Rodrigo Faria Correa foi aprovado em Agronomia na Universidade Federal de Santa Maria. Pa-rabéns. Na foto, com Aline Duarte e Maria Teresa Lago

Felipe Robleski (C) graduou-se em Direito em 2010 e esteve de aniversário no dia 28 de fevereiro

Carolina Costa está dando os últimos retoques na fantasiapara o Carnaval 2011

Martim com a mamãe Lenise Menezes Oliano e o papai Fabricio Jardim Oliano

No domingo, 27, os amigos de Luiz Eduardo Schneider Céspedes, Dudu, foram cumprimentá-lo ecantar Parabéns pelos seus 12 anos de idade. Presentes primos, primas e amigos chegados.Muita brincadeira na cama elástica e correria nos jardins da vovó Freya Schneider.

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Page 11: Jornal Momento de Uruguaiana

1111Uruguaiana,de 4 a 10 demarço de 2011SocialCruzeiro

Marisa Barbosa, Raquel Mallmann Rocha, Marilu Fagundes, Chuca Lima Veiga e Nora BarbosaOliveira em Atlântida. Depois fizeram um tour por Santa Catarina: Garopaba, Ferrugem, Praiado Rosa. Lugares lindos.

Há um grupo elegante e divertido de senhoras de Uruguaiana que está participando de um longocruzeiro no navio Música 2011, por isso elas não têm sido vistas no Café da Praça.

Jussara Pereira, Beti Hernandez, Sheila (poa), Laura Feiden, TerezinhaHernandez, Piloia e Sonia Zaccaro

Em cima: Vera Mandarino, Jussara Pereira, Piloia e em baixo: Sheila, Terezinha Hernandez,Laura Feiden e Juliano.

A artista plástica Leonor Pinto Moura esteve de aniversário dia 1º março

Exclusividade, requinte e originalidadeO Facebook dá notícias do estilista Marco Tarragô que há mais de 20 anos confecciona vestidos

exclusivos para a elite do Rio Grande do Sul. Utiliza uma linguagem contemporânea da alta costura, cria eilustra cada peça com seu traço inconfundível tornando casamentos, bailes de 15 anos e festas eventosinesquecíveis. O atendimento no ateliê precisa de hora marcada porque é personalizado para cada perfilde mulher. Já vestiu personalidades como a ex-Miss Brasil, a gaúcha Deise Nunes. As três palavras quemelhor definemoperfil deMarco Tarragô e toda a sua equipe são exclusividade, requinte e originalidade.

Sol e mar

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Page 12: Jornal Momento de Uruguaiana

1212Uruguaiana,de 4 a 10 demarço de 2011

Por Nei DuclósJORNALISMO LITERÁRIO

Geral

CURSOIDENTIFICAÇÃO VEICULAR E DOCUMENTAL

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Se você trabalha ou quer trabalhar com veículos, torne-seum profissional no assunto.

Os cursos serão realizados na CDL, aos finais de semanaINFORMAÇÕES FONES (55) 34124233 E 81078926

SEJA UM VISTORIADOR DE VEÍCULOS EM SUA CIDADE E REGIÃO

Remorso é necessidade de perdão. O tempo lava, mas não eli-mina. Há sempre aquele sobressalto na memória, o murmúrio de auto-crítica, o espanar de lembranças. Só me arrependo do que não fiz, cos-tuma dizer a arrogância, faltando com a verdade. Pode acontecer, umaoportunidade perdida corroer o esôfago por décadas. Mas normalmenteé sobre o que fazemos que o sentimento azedo se manifesta. O quedissemos na hora errada, o erro que insistimos em cometer apesar dosavisos, a exposição pública de algo que nem deveria existir.

Remorso está normalmente vinculado à covardia. Quando nosprevalecemos de alguém, fomos duros com quem não podia se defen-der, quando debochamos da inocência. Fantasiamos nossa coragemenquanto fugimos dela repetindo as mesmas maldades. Mas a consci-ência que nos esclarece sobre esses eventos trágicos é a porta parareverter tudo. Se somos capazes de nos arrepender, então temos po-tencial. Poderemos evitar algumas catástrofes e no fim usufruir de umbalanço a nosso favor. Nunca vi você cometer um deslize, dirão os ami-gos, generosos e esquecidos.

Mas sabemos que a imperfeição é a regra e a nossa vontade deacertar um jogo de cabra cega. É como aquela brincadeira das reuniõesfamiliares e aniversários, quando alguém de olhos vendados, armadosde um porrete, tenta acertar uma alvo que se mexe, pendurado no teto.Fracassamos miseravelmente, mas às vezes podemos atingir o alvo. Équando detonamos nossas falsidades, orientados por uma percepçãooculta, uma vocação ainda em repouso, uma vontade louca para semanifestar. Somos criaturas misteriosas que precisam habitar o espíritotão crivado de setas como aquele santo de olhar para o teto.

Lembro de todos os episódios em que me arrependi no minutoseguinte e com mais intensidade dos que não pude remendar imediata-mente. Há ainda os que passam por nós sem que a gente perceba e sónos damos conta anos mais tarde, quando tudo se esfumou nas ruasbaldias do tempo. É quando tentamos remendar o mal feito e reatar asamizades rompidas à toa, por obra de nossa desatenção, pressa ousimplesmente precariedade humana. Costuma dar certo. Os antigosconhecidos podem assim começar a amizade antiga, passar por cimado passado e compartilhar novos tesouros.

É preciso que o remorso seja a baliza, o parâmetro, para quepossamos errar menos. Isso não acontece naturalmente. É preciso for-mação. A consciência não existe por acaso, ela é fruto da semeaduraárdua que os adultos exercem sobre a tabula rasa dos seres que che-gam do Outro Lado. Trazemos no berço a marca das iluminações possí-veis, mas elas precisam ser despertadas. Senão viramos bichos, semninguém para trabalhar a alma aberta para todas as possibilidades.

Precisamos da experiência, dos mestres, das leis, da tradição,das ousadias, dos vislumbres, das artes, das inúmeras literaturas, dosgênios e de todos os anjos que habitam a terra, que nos cercam desdea infância e lamentam o que fazemos de errado, mas celebram quando,estocados pelo remorso, corremos para evitar um mal maior.

Remorso

DIVULGAÇÃO/CDL

FUNREBOM Apresenta Númerosde 2010 para Conselho

O investimento total dos re-cursos chegou a R$ 132.971,50, uti-lizado para ampliação do quartel,compra de equipamentos e projetossociais, como o Bombeiro Mirim. Naterça-feira, 01, foi realizada reuniãode prestação de contas da aplicaçãode recursos do Fundo de reequipa-mento do Corpo de Bombeiro deUruguaiana - FUNREBOM, no anode 2010. O encontro aconteceu nasede da guarnição em Uruguaianae contou com a presença do Conse-lho Deliberativo do FUNREBOM. Oempresário, Renato Lisboa, Conse-lheiro Fiscal da CDL Uruguaiana, queintegra a comissão do FUNREBOM,participou da reunião. Na oportuni-dade, foram apresentados pelo 1ºTenente Paulo Duarte Mota, dadosestatísticos referentes às operaçõesdo corpo de bombeiro de Uruguaia-na. De acordo com o Tenente, foram1.967 ocorrências atendidas, 12.082inspeções de prevenção contra in-cêndios, além de 685 visitas residen-

Pacto Gaúcho pela Educação começou a ser discutido dia 3Pacto Gaúcho pela Educação começou a ser discutido dia 3Pacto Gaúcho pela Educação começou a ser discutido dia 3Pacto Gaúcho pela Educação começou a ser discutido dia 3Pacto Gaúcho pela Educação começou a ser discutido dia 3

ciais de prevenção a acidentes do-mésticos. O investimento total dos re-cursos, disponibilizados pelo Fundo,chegou a R$ 132.971,50, utilizadopara ampliação do quartel, compra de

equipamentos e projetos sociaiscomo o Bombeiro Mirim. Segundo otenente, este auxílio é essencial paraum melhor atendimento do Corpo deBombeiros à comunidade.

Na quinta-feira, 03, a Secre-taria Executiva do Conselho de De-senvolvimento Econômico e Socialinstalou o Grupo de Trabalho do Pac-to Gaúcho pela Educação. Um dosobjetivos centrais desta iniciativa é acriação de uma rede de instituiçõesde ensino superior, médio e profissi-onalizante para ampliar a qualidade,inovação tecnológica, pesquisa e for-mação profissional.

Entre as metas deste traba-lho está a de elaborar estudo de pro-jetos e ações para universalizar o

acesso ao ensino médio; aumentodas vagas gratuitas do ensino técni-co profissional; ampliação do núme-ro e a qualificação dos profissionaisvinculados à rede pública estadual.Busca, ainda, o fortalecimento daUniversidade Estadual do Rio Gran-de do Sul - Uergs, recompondo o seuquadro de trabalhadores e a forma-ção de uma rede de universidadespara promover o conhecimento, pes-quisa, inovação tecnológica e ciênciavoltadas para o desenvolvimento eco-nômico e social. Integram este grupo

representantes do CDES-RS, da Se-cretaria da Ciência, Inovação e Desen-volvimento Tecnológico, da Secreta-ria da Educação e da Universidade Es-tadual do Rio Grande do Sul - Uergs.Logo após a instalação, o secretárioexecutivo do CDES, Marcelo Danéris,apresentou a proposta ao reitor daUniversidade Federal do Rio Grandedo Sul, ao reitor da Uergs, ao coor-denador do Consórcio das Universi-dades Comunitárias Gaúchas - Co-mung e à coordenação dos Institu-tos Federais de Educação.

Entre as metas deste trabalho está o fortalecimento da UniversidadeEstadual do Rio Grande do Sul - UERGS

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1313Uruguaiana,de 4 a 10 demarço de 2011

Por Rafinha Ferraz

VIVAOGLAMOUR

Unipampa

Quando me dispus a fazer a coluna das beldades para o Momentode Uruguaiana nunca imaginei que ia ter de prolongar meu contrato com ojornal. É que as belas são tantas, que sentimos necessidade de mostrarpara a própria cidade, já que muita gente não frequenta festas, e para omundo. Hoje nos dedicamos a meninas de uma semelhança física muitogrande com atrizes de cinema hollywoodianas de diferentes épocas. Mi-nha avó até hoje é fã de Candice Bergen, especialmente no filme Ricas eFamosas; eu sou daqueles que gostam de lábios grossos, então, adivi-nhem quem eu vou mostrar...

Os 500 professores presentes puderam assistir, ain-da durante o evento, à assinatura do convênio de cooperaçãofirmado entre a UNIPAMPA e a Prefeitura de Santana do Livra-mento para o funcionamento do Polo Municipal do Sistema daUniversidade Aberta do Brasil em Educação a Distância (EAD/UAB). A parceria se desenvolverá na execução conjunta detarefas, a colaboração temporária de pessoal e o compartilha-mento no uso de equipamentos e instalações, ou prestaçãode serviços técnicos de uma das partes à outra.

Conforme os termos do acordo, isso irá oportunizar atroca de experiências e a realização de trabalhos colaborati-vos entre os dirigentes, professores, técnico-administrativos ealunos da UNIPAMPA e do Polo EAD/UAB de Santana do Li-vramento, instalado em dependências da Universidade. “Éexcelente porque vamos potencializar o investimento do mu-

Seminário de desenvolvimento profissionalSeminário de desenvolvimento profissionalSeminário de desenvolvimento profissionalSeminário de desenvolvimento profissionalSeminário de desenvolvimento profissionalCerca de 500 docentes da

Universidade Federal do Pampa –UNIPAMPA estiveram reunidos nosdias 23 e 24 de fevereiro em Santa-na do Livramento para o IV Seminá-rio de Desenvolvimento ProfissionalDocente. O encontro faz parte deuma política institucional de formaçãocontinuada dos professores que temcomo objetivo aprofundar conheci-mentos sobre planejamento e avali-ação da aprendizagem e fomentar ainovação pedagógica ao valorizarpráticas docentes.

A programação foi abertapela apresentação da Companhia deDança Afro Euwá Dandaras, de San-ta Maria, liderada pela professora daUNIPAMPA Uruguaiana, Marta Mes-sias. A primeira manhã foi dedicadaao painel “UNIPAMPA 2011: Compro-misso de todos”, com a reitora da ins-tituição, Maria Beatriz Luce; o vice-reitor, Norberto Hoppen; e o pró-rei-tor de Planejamento, Desenvolvimen-to e Avaliação, Luis Osório dos San-tos. À tarde, os docentes participa-ram de 12 oficinas temáticas minis-tradas por professores convidados deuniversidades do Rio Grande do Sule de fora do Estado.

A reitora falou sobre os ca-minhos a serem percorridos para quese alcance a excelência no ensinouniversitário e a valorização dos pro-fissionais de educação. Para isso, aprofessora discorreu sobre a impor-tância da formação inicial para docên-

cia em programas de mestrado edoutorado. A relevância da avaliaçãocontinuada mereceu destaque, sen-do apontada pela reitora como ele-mento para a progressão de carrei-ra. “Nossos alunos são nossos pri-meiros avaliadores, e precisamoseducá-los para que sejam bons ava-liadores”, comentou. Osório aindafalou sobre o projeto institucional queembasa as avaliações. “Não pode-mos nos isolar em nossas mesas.Temos que nos perguntar permanen-temente sobre o significado de nos-so fazer”, complementou.

O segundo dia de semináriodá continuidade às oficinas e, pelatarde, ocorre a conferência de encer-ramento sobre ética na avaliação,com a professora Terezinha Rios, da

Universidade Nove de Julho, de SãoPaulo.

ELEIÇÕES

Ainda durante a abertura, areitora fez sua primeira declaraçãopública sobre a decisão do ConselhoUniversitário a respeito da primeiraeleição para a reitoria. “Espero queneste ano possamos nos conduzir detal forma que seja estimulante o sur-gimento de candidaturas que possambem guiar e representar essa insti-tuição nas 24 horas do dia, nos 365dias do ano, em cada um dos quatroanos que compõem o mandato. Es-pero que pessoas profundamenteéticas estejam à disposição de vos-so voto”, declarou.

Encerramento da quarta edição do Seminário de Desenvolvimento DocenteO último dia do IV Seminário de Desenvolvimen-

to Profissional Docente da Universidade Federal do Pam-pa contou com a presença de professores convidadosde universidades gaúchas e de todo o Brasil para ofici-nas e palestras focadas no aperfeiçoamento pedagógi-co e na formação continuada dos docentes da Institui-ção. Cerca de 500 docentes, entre pioneiros na UNI-PAMPA e recém nomeados, participaram durante os dias23 e 24 de fevereiro de atividades realizadas em Santa-na do Livramento.

A palestrante da última tarde, professora Terezi-nha Rios, abordou a “Ética na avaliação” e ilustrou suafala com diversas situações cotidianas vividas pelos do-centes na sala de aula. “O que a gente ensina quando agente avalia?”, questionou. Ela ressaltou a importância

de se refletir constantemente sobre a própria prática, ecomo falar em ética implica em falar de uma vida digna.Para a docente da Universidade Nove de Julho, a éticaimplica em um olhar crítico que problematiza os valoresdas ações e avaliações, desde o elogio à roupa de umcolega até a avaliação da aprendizagem. Para concluirsua fala, ela citou Nietzsche, motivando os professoresda UNIPAMPA a refletirem seu fazer. “Para quem tem um‘para quê’, o ‘como’ fica muito facilitado”, afirmou.

Para encerrar o evento, a produção cultural daUniversidade preparou show com a cantora Maria do Car-mo Soares de Lima, filha de um uruguaio e uma brasilei-ra, nascida em Montevidéu e com a história ligada à fron-teira. Ela animou o público ao interpretar canções do fol-clore rioplatense e da música gaúcha.

Convênio para Ensino a Distâncianicípio em benefício da UAB e da UNIPAMPA”, comentou a rei-tora Maria Beatriz Luce após a assinatura com o prefeito Wai-ner Machado.

FOTOS: ALINE REINHARDT - ACS UNIPAMPA

Candice Bergen em 1970 Isabela Nogueira

Isabela Ancinello Nogueira com seu par da segunda valsa

Angelina Jolie

Luiza Pinto de Figueiredo mora emSanta Vitória mas tem raízes emUruguaiana

Luiza com a amiga Vanessa no Leblon

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Page 14: Jornal Momento de Uruguaiana

1414Uruguaiana,de 4 a 10 demarço de 2011Rural

PRODUTOSPRODUTOSPRODUTOSPRODUTOSPRODUTOSVETERINÁRIOSVETERINÁRIOSVETERINÁRIOSVETERINÁRIOSVETERINÁRIOS

ERNANDO CIDADE & CIA LTDARUA GENERAL HIPÓLITO, 3265 - FONE: (55) 3412-4054 - FAX: (55) 3412-2784 /

URUGUAIANA - RS - e-mail: [email protected]

Por Tunico Fagundes

CAMPEREANDO

O superintendente Estadual do BB, José CarlosReis da Silva, anunciou na quinta-feira, 24, durante reu-nião com o Conselho de Representantes da Farsul, queas agências do Banco do Brasil já estão aptas a renego-ciar dívidas de operações rurais vencidas até 30 de ju-nho de 2010. As condições disponibilizadas prevêemexclusão dos encargos de inadimplemento para renego-ciações formalizadas até o dia 29 de abril de 2011, en-cargos a partir de IRP - Índice de Remuneração da Pou-pança mais 0,5% ao mês e entrada de 10% do valor totalda dívida. Além disso, o prazo para pagamento foi alon-gado para até 10 anos, desde que 40% da dívida sejapaga em até cinco anos.

PÚBLICO-ALVO: produtores rurais com dívidasvencidas até 30/06/2010

PRAZOS: até 10 anos (com pagamento de 40%da dívida em até cinco anos)

ENCARGOS: a partir de IRP (Índice de Remu-neração da Poupança) mais 0,5% ao mês

A Confederação Nacional daAgricultura lançou um hotsite paraque os produtores possam acompa-nhar o debate sobre a atualização doCódigo Federal. Basta acessarwww.canaldoprodutor.com.br/codigo-florestal para acompanhar a história

BB anuncia condições para renegociaçãodas dívidas e prorrogação dos EGFs

ENTRADA: 10% do valor total da dívidaVIGÊNCIA: condições disponíveis para renegoci-

ações formalizadas até 29 de abril de 2011, com exclusãodos encargos de inadimplemento.

CANAIS PARA RENEGOCIAÇÃO:Dívidas até R$ 100 mil - agências BBDívidas superiores a R$ 100 mil - gerência de

Reestruturação de Ativos Operacionais -Gerat

EGFS

As agências do Banco do Brasil estarão receben-do até o final da semana orientação da SuperintendênciaEstadual do Banco do Brasil, sobre a prorrogação dosEGFs da safra 2009/2010, baseada na resolução do CMN,publicada no dia 24 deste mês. O produtor deverá pagar20% da operação e prorrogar 80% do EGF, com venci-mento em 180 dias, com juros de 6,75% ao ano. O Bancoinforma que será realizada vistoria do produto em recibode depósito para liberar a operação.

CNA lança hotsite para explicar as propostas de atualização do Código FlorestalCNA lança hotsite para explicar as propostas de atualização do Código FlorestalCNA lança hotsite para explicar as propostas de atualização do Código FlorestalCNA lança hotsite para explicar as propostas de atualização do Código FlorestalCNA lança hotsite para explicar as propostas de atualização do Código Florestaldo Código Florestal, do período co-lonial até a aprovação da propostade atualização do Código do deputa-do Aldo Rebelo, no ano passado, naComissão Especial do Congresso. Osite também mostra estudos sobre oimpacto na produção brasileira de

alimentos se o Código não for atuali-zado até o dia 12 de junho deste ano.Deputados e senadores eleitos irãodecidir o futuro da produção de ali-mentos, que hoje chega à mesa dosbrasileiros de forma barata e susten-tável, do Brasil e do meio ambiente.

Produtores ruraispodem ser

igualados aosmicroempresários

Em 2010, os 27 remates chancelados pela Associação Brasileira deHereford e Braford totalizaram R$ 10,85 milhões com a comercialização de3.731 animais. Os destaques da temporada foram dois exemplares da raçaBraford, a fêmea grande campeã Nacional da Raça 2010, da Cabanha San-ta Ana, de Uruguaiana, cuja parcela de 50% foi adquirida por R$ 30,7 mil e otouro Braford da Estância Bela Vista, de Santana do Livramento, cuja comer-cialização também de 50% saiu por R$ 24 mil. Na raça Hereford, o destaqueficou com o touro K170, da Reculuta Agropastoril, de Santana do Livramen-to, arrematado por R$ 22,5 mil. Conforme análise técnica da ABHB, os negó-cios apresentaram liquidez e preços médios superiores (de 15% a 20%) aoslances realizados em 2009. Em quatro leilões foram registradas médias su-periores a R$ 8,6 mil para touros Braford, com média máxima de R$ 11,5 mil,enquanto no Polled Hereford, a maior média obtida foi pelos touros PC, R$8,8 mil. Na avaliação do leiloeiro Marcelo Silva, da Trajano Silva Remates, asmédias das raças Hereford e Braford, em 2010, superaram em 20% os resul-tados obtidos nos circuitos de remates de 2009.

HBHB teve resultados 20% superioresa 2009 em leilões chancelados

Uma proposta em tramita-ção no Senado prevê a criação doSimples Rural, uma antiga aspira-ção dos empresários de pequenoporte e entidades de apoio a mi-croempresas. O projeto prevê queos produtores rurais sejam iguala-dos aos microempresários de áre-as urbanas, pela Lei Geral da Mi-cro e Pequena Empresa. A propos-ta pede ainda o aumento dos limi-tes de faturamento bruto anualpara enquadramento no Simples.

Se o que é seu lhe é tomado, sem remuneração,certamente será chamado de roubo.

Se o que é seu lhe é tomado e ainda o obrigam apagar imposto, para legalizar o roubo, certamente a pessoa que sofre essaagressão chamará isso de esbulho escandaloso, não é verdade?

Pois, por incrível que pareça, é exatamente isso o que ocorrerá se foraprovado o novo Código Florestal na questão Reserva Legal.

Seremos obrigados a entregar para o Governo Federal 20% de nos-sa área, com obrigação de averbar (leia-se pagar os impostos da transação)e depois disso, mesmo a área não sendo mais nossa, deveremos cuidá-la,nos sendo imputadas responsabilidades por qualquer dano que na área emquestão possa vir a ocorrer, tais como desmatamento, incêndio e outros tan-tos danos ambientais que podem acidentalmente acontecer, isso sem falarno que aconteceria se a área fosse invadida.

É quase inacreditável que num país campeão na produção de alimen-tos se queira frear a produção primária diminuindo em 20% a área produtiva.

As ONGS, financiadas por países que se dizem de primeiro mundo,são os maiores mentores dessa idéia totalmente “estapafúrdia”, que vemjustamente de quem nunca preservou o seu país, souberam sim, e muitobem, desmatar e impactar seu meio ambiente e agora vem ao Brasil nos daraulas do que nunca souberam fazer.

É bom entender algumas coisas:1 - Em nenhum lugar do mundo existe Reserva Legal.2 - Ninguém cuida melhor da terra, do que aquele que dela vive.3 - A própria FAO alerta que é necessário que a produção mundial de

alimentos aumente mais de 40% até 2030 e 70% até 2050, diz também quemais da metade da terra adicionalmente disponível está justamente na Amé-rica Latina.

4 - Certamente a implantação desses índices que são de 80% nobioma amazônico, 35% no cerrado e 20% nas outras regiões, não contribui-rão para aumentar a produção de alimentos, muito pelo contrário.

5 - Será justo sermos penalizados, diminuirmos nossa área de produ-ção e amanhã estarmos importando arroz da China, da Índia ou das Filipinas,que nunca ouviram falar sobre Reserva Legal?

Nossa região precisa produzir sua própria legislação ambiental, nãopodemos ficar “engessados” num pacote cujos interesses não são claros enos coloca diante de dúvidas, incertezas e muitos receios.

Segundo o art. 24 da Constituição (CRFB/88) a União deve se limitara estabelecer normas de caráter geral e, por conseguinte, incumbe aos Esta-dos a produção de normas específicas, que levem em consideração as suasparticularidades.

Finalizando, quero dizer que gostaria muito de entender porque osproprietários em nossa região, de até 4 módulos rurais, cerca de um total de110 ha, não terão necessidade de demarcar área de Reserva Legal? Seráque são diferentes de nós, cuidam da terra de maneira diferente? E a elesserá permitido impactar o solo, destruir o meio ambiente? Não tem eles, damesma forma que nós, a obrigação de cuidar do solo onde produzem?

Nossa constituição, a não ser que eu não tenha lido algum pedaço,não faz essa dicotomia, separando pequenos, médios e grandes. A quemserá que serve essa divisão?

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Page 15: Jornal Momento de Uruguaiana

1515Uruguaiana,de 4 a 10 demarço de 2011

Elder [email protected]

Rural

Paciência, qualidade essencial de um homemPaciência, qualidade essencial de um homemPaciência, qualidade essencial de um homemPaciência, qualidade essencial de um homemPaciência, qualidade essencial de um homem

Abandonando as palavras e intenções, o que se viuneste último final de semana em Durazno (Uruguai) foi a toma-da de ações que envolvem a padronização, na medida do pos-sível, dos julgamentos de animais a galpão nos circuitos doMercosul. A antiga proposta parece estar tomando corpo. Flá-vio Montenegro (Alegrete) e Renato Paiva (Uruguaiana) foram,jurado e secretário, na 98ª Exposição de Durazno na Repúbli-ca Oriental do Uruguai. A mostra é tida como prévia da Feirado Prado, o que emprestou importância ao ocorrido. SegundoFlávio Montenegro, jurado da mostra, os animais que se man-tiveram até a fila final (a decisória) eram todos de altíssimaqualidade: “Animais pouco extremados (frame moderado) e comcaracterísticas carniceiras importantes”, lembrou o técnico daABA (Associação Brasileira de Angus). “Flavião”, como cari-nhosamente é conhecido o jurado e criador da raça Angus,disse ter ficado gratificado com a oportunidade de apontar cam-peões em uma mostra que é reconhecidamente uma prévia daFeira do Prado. Da mesma maneira, o técnico da ABA, RenatoPaiva, corrobora com as opiniões do jurado. Afirmando que “jápossuímos, enquanto Mercosul, um biotipo que deve ser pro-curado pelo mercado mundial, e assumirmos uma posição devanguarda e de afirmação da qualidade carniceira de nossosrebanhos, pois está posto, e facilmente verificável, a qualida-de da carne produzida no Mercosul”, afirmou o técnico.

Jurados brasileiros atuaram em Durazno confirJurados brasileiros atuaram em Durazno confirJurados brasileiros atuaram em Durazno confirJurados brasileiros atuaram em Durazno confirJurados brasileiros atuaram em Durazno confirmando amando amando amando amando aintenção de padronizar o biotipo bovino no Mercosulintenção de padronizar o biotipo bovino no Mercosulintenção de padronizar o biotipo bovino no Mercosulintenção de padronizar o biotipo bovino no Mercosulintenção de padronizar o biotipo bovino no Mercosul

FOTOS GABRIEL BECCO

As senhoras Paiva eMontenegro durante os julgamentos de Durazno

Flávio montenegro e Renato paiva julgaram o Angus em Durazno

Animais não extremados e muito carniceiros foram a base da mostra

Qualidade apresentada em pista foi excepcional

Quinta 332.p65 11/03/2011, 08:5715

Page 16: Jornal Momento de Uruguaiana

1616Uruguaiana,de 4 a 10 demarço de 2011Mural

ENSINO PRIVADO

A primeira rodada de negociaçõesentre o Sindicato dos Professores do Ensi-no Privado – Sinpro/RS – e o Sinepe/RS foirealizada às 14h de terça-feira, 1º de mar-ço, na Escola Monteiro Lobato, centro dePorto Alegre. Os professores reivindicamreajuste de 9%, correspondente à reposiçãosalarial de março de 2010 a fevereiro de 2011e aumento real de salário. A data-base dacategoria é março. A reivindicação tem comobase as evidências de crescimento susten-tável da economia brasileira e gaúcha e oganho real de salário por parte da maioriadas categorias profissionais no último perí-odo, conforme levantamento do Dieese combase nos dados da Relação Anual de Infor-mações Sociais (Rais), do Ministério do Tra-balho e Emprego. (Vera Ione Molina Silva)

SEDE DE CENSURA

“Não se pode confundir regulação daimprensa com censura”. Estas foram as pa-lavras do notório ex-ministro José Dirceu du-rante a celebração dos 90 anos da Folha deSão Paulo. "Há um grande preconceito e re-sistência em aceitar a regulação. Aqui noBrasil se confunde regulação com censura.Acredito que há um medo da concorrênciacom a regulação. Porque ter o poder de in-formar é ter o poder político", completou ovelho aspirante a ditador. (Ricardo Peró Job)

CPMF

O líder do governo na Câmara, de-putado Cândido Vaccarezza (PT), disse nasegunda-feira, 21, que a CPMF pode voltar,mas com um novo nome. Ainda bem! Che-guei a pensar que seria com o mesmo nome!Que alívio! (R.P.J)

DESENVOLVIMENTO

O Estado tem de agregar valor a partirda base produtiva já instalada, não interes-sando se é micro, pequena ou grande em-presa. Esse processo vai fazer a transiçãodo atual modelo agroexportador, com fortebase industrial, para um Estado industriali-zado, moderno e competitivo em escala na-cional e mundial. A análise foi feita pelo go-vernador Tarso Genro em sua palestra: Ba-ses do Novo Modelo de Desenvolvimentodo Rio Grande, realizada na reunião-almo-ço da Associação Comercial, Industrial e deServiços de Gravataí (Acigra), nesta terça-feira, 1º. (V.I.M.S)

DESENVOLVIMENTO II

"O novo ciclo de desenvolvimento doEstado está apoiado em três pilares: maio-ria política estável, reorganização da rela-ção do Rio Grande do Sul com a União euma nova relação com a globalização, como Estado deixando de ser globalizado e bus-car ser globalizante". Tarso Genro lembrouque a atração de novas empresas e empre-endimentos não se faz como no passado,

com guerra fiscal, mas sim apresentandouma melhor educação, capacitação de mãode obra, segurança pública e condições parao desenvolvimento científico e tecnológico.(V.I.M.S)

TIRIRICA

O deputado federal Tiririca, um pa-lhaço eleito por colegas paulistas, integraráa Comissão de Educação e Cultura da Câ-mara Federal. Pobre país! (R.P.J)

DEMOCRÁTICO E POPULAR

Ministro das Comunicações, PauloBernardo, ao que parece, cumprirá a pro-messa de distribuir 5.600 rádios comunitári-as. Só em fevereiro já foram liberadas cercade quarenta concessões. O problema é queas concessões, até agora, foram para ONGscomandadas por políticos do PT ou seusprepostos. Após o fracasso das inúmerastentativas de censurar a imprensa, vem aí oaparelhamento. Tudo muito democrático epopular. (R.P.J)

ORIZICULTURA

Tarso Genro diz que o RS deve teruma política internacional, de acordo comadotada pelo Governo Federal, e esta deveser pautada pela busca daquilo que seja deinteresse do Estado. "Nestes 60 dias já re-cebemos empresas e governos de dezenasde países buscando algum tipo de relaçãocomercial conosco. Este é o caso do gover-no chinês, interessado no nosso arroz. Es-

tamos examinando estas janelas de oportu-nidades que estão se abrindo para nós nes-te mundo global", disse. (V.I.M.S)

GATUNAGEM INTERNACIONAL

Nem a embaixada do país em Parisse escapou. Nos últimos dois anos, sumi-ram dois grandes tapetes e pelo menos tre-ze quadros. Tudo muito republicano. (R.P.J)

DISTINÇÃO

A Corsan recebeu, na manhã de ter-ça-feira, 1º, a distinção "Marcas de QuemDecide" por ser a empresa pública mais lem-brada entre empresários, executivos e pro-fissionais liberais de 103 setores da econo-mia, e ficou em segundo lugar entre as mar-cas preferidas na sua categoria. A divulga-ção dos resultados ocorreu no Centro deEventos do Hotel Plaza São Rafael, numapromoção do Jornal do Comércio em parce-ria com a Qualidade, e contou com a pre-sença do secretário de Habitação e Sanea-mento, Marcel Frison, e do diretor-presiden-te da Corsan, Arnaldo Dutra, que recebeuos diplomas. (V.I.M.S)

DESOLADOS

Dois grandes líderes brasileiros de-vem estar desolados com a queda dos dita-dores africanos e asiáticos nas últimas se-manas: o aspone Marco Aurélio Garcia e oex-presidente Luiz Inácio da Silva. Ambospassaram os oito anos de poder confraterni-zando e elogiando esta bandidagem. (R.P.J)

QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

Como resultado da demanda pormão-de-obra qualificada, o Ministério doTrabalho e Emprego oferecerá para o RioGrande do Sul 2.100 vagas em cursos mo-dulares que prepararão trabalhadores paraa Copa de 2014. O anúncio feito pelo mi-nistro do Trabalho, Carlos Lupi, nesta se-gunda-feira, 28, no Palácio Piratini, vemao encontro das necessidades apontadaspelo Estado que será uma das sedes doMundial 2014. (V.I.M.S)

DISTRIBUIÇÃO CRUEL

Segundo o site da Receita Fede-ral, oito Estados da Federação sustentam opaís. Apenas os estados do Paraná, San-ta Catarina, Rio Grande do Sul, Rio deJaneiro, Espírito Santo, São Paulo, MinasGerais e Amazonas recebem menos doque arrecadam em impostos federaiscomo imposto sobre exportação, impostosobre importação, IPI, IRPF, IRPJ, IRRF(retido na fonte), IOF, ITR, CPMF, COFINS,PIS/PASEP, CSLL, CIDE-combustíveis,contribuições para o FUNDAF e outrasreceitas administradas. Os demais recebemmuito mais do que pagam. (R.P.J)

CORSAN

A Corsan, por meio de sua Superin-tendência Jurídica, obteve o efeito suspen-sivo na segunda-feira, 28, da licitação dosserviços de água e esgotos promovida pelaPrefeitura de Santa Cruz. Ao que parece, opresidente da empresa e o governador ace-nam com a bandeira da paz e pelas costas,seguem tramando contra a população gaú-cha, que continuará sem saneamento e amercê da incompetência e sanha arrecada-dora da empresa. (R.P.J)

FARMÁCIA POPULAR

Recente reportagem da RBS TVmostrou que a Farmácia Popular de Uruguai-ana não tem 80 medicamentos porque oMunicípio deve R$ 15 mil para FIOCRUZ. Eo povo que se exploda! (R.P.J)

ADULAÇÃO

Vereador da oposição apresentouprojeto dando o nome da mãe do prefeitoFelice para uma escola municipal. Sem que-rer discutir o mérito da homenagem, chamaa atenção a adulação do edil que foi posto acorrer das hostes tucanas pelo próprio pre-feito. (R.P.J)

SCHNEIDER

O procurador-geral do município, Ca-ciano Ferreira, é o novo presidente da Co-missão Gestora da Santa Casa de Carida-de. O advogado substitui ao vice-prefeito,Luiz Augusto Schneider. Ao que parece, ovice-prefeito é o novo alvo da ira do governomunicipal. (R.P.J)

O Comitê Transfronteiriço de ONGs, formado por dez entidades não governamentais doBrasil, Argentina e Uruguai, protocolou esta semana, junto ao Governo Estadual, uma Carta Dos-siê sobre o abandono do Parque Estadual do Espinilho, para que o Governador Tarso Genro tomeas medidas necessárias que levem esta Unidade de Conservação a ser aberta para visitaçãopública. A Carta descreve as ações tomadas desde a criação do Parque no ano de 1975 e queficou abandonado durante 34 anos. Somente no ano 2000, com a construção da AES Uruguaiana,é que foram investidos R$ 2.500.000,00, porém esta verba foi ser utilizada apenas em 2009,quando o biólogo Francisco Valls de Moraes assumiu a Gerência de Implantação do Parque. Aofinal deste documento, é solicitada a recondução do Biólogo como Diretor deste Parque.

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1717Uruguaiana,de 4 a 10 demarço de 2011

Dudu Ferreirae-mail: [email protected]

Gastronomia

BOM FINALDE SEMANAA TODOS!!

PARA PENSAR:PARA PENSAR:PARA PENSAR:PARA PENSAR:PARA PENSAR: "As pessoas são solitárias porque"As pessoas são solitárias porque"As pessoas são solitárias porque"As pessoas são solitárias porque"As pessoas são solitárias porqueconstroem paredes ao invés de pontes".constroem paredes ao invés de pontes".constroem paredes ao invés de pontes".constroem paredes ao invés de pontes".constroem paredes ao invés de pontes".

Joseph Newton

PARA REFLETIR:Por que te preocupas

sem motivo? A que temes,sem razão? Quem poderia tematar?

A alma não nasce,nem morre. Qualquer coisaque aconteça, acontecerápara teu bem; o que está acon-tecendo é para teu bem. O quevai acontecer também aconte-cerá para o bem.

Não deves lamentarpelo passado. Não deves tepreocupar com o futuro. O pre-sente está acontecendo.

Que perda te faz cho-rar? Que trouxeste contigo e

que achas que perdestes? Oque produzistes e que achasque foi destruído?

Não destes nada, nãotrouxestes nada contigo. Qual-quer coisa que possuas, rece-bestes aqui. Chagastes demãos vazias e voltarás demãos vazias.

Tudo o que tens hojepertencia à outra pessoa on-tem e pertencerá a outra no diade amanhã.

Erradamente desfru-tastes da idéia que isto te per-tence. É esta falsa felicidadea causa de seus sofrimentos.

A mudança é a lei do

universo. O que tu considerascomo morte é, na realidade, a vida.

Em qualquer momen-to tu podes ser um milionárioe, no seguinte, podes cair empobreza.

Teus e meus, grandese pequenos, apagues essasideias de tua mente. Então,tudo te pertencerá e todos se-rão donos.

Este corpo te perten-ce, também tu não és dessecorpo. O corpo é feito de fogo,ar, terra, água... e retornarápara esses elementos.

Mas a alma é perma-nente - então quem és tu?

A escritora italiana Anna Bini conside-ra o nhoque o “Prozac dos Italianos”: quandoitalianos comem gnoccho (gnocchi é pural),sentem-se crianças de novo. Já no Decame-ron, de Boccaccio, a imagem de nhoques ro-lando sobre montanhas de queijo parmesãoralado é onírica. As origens do prato são im-precisas. Há quem o considere descendentedo ravióli, de uma época em que este aindanão era recheado. Outros ressaltam a origemsimilar ao gelfilte fish dos judeus, minibolinhosde massa como alternativa de alimento baratodas classes pobres que virou mania nacional.De certo apenas que seu nome deriva de gnec,nodo ou nocca (conforme a região ou dialeto),sinônimos de “tolo” ou “bobo”.

Nhoque: Ícone italiano tem parentesco com iguaria judaicaNhoque: Ícone italiano tem parentesco com iguaria judaicaNhoque: Ícone italiano tem parentesco com iguaria judaicaNhoque: Ícone italiano tem parentesco com iguaria judaicaNhoque: Ícone italiano tem parentesco com iguaria judaica

FRASE �GASTRONÔMICA�: �Em um jantar de gala devemos comer sabiamente, mas nãomuito. E falar muito, mas não sabiamente...�

Somerset Maugham, famoso romancista e dramaturgo britânico.

* Samba da Cova não é plágio, comoanunciado recentemente num programa deFM, por ser similar a outro samba. Porémum detalhe: os dois sambas são do mesmoautor. Alguém está querendo desestabilizara escola...

* Por falar em carnaval, lamentá-vel a atitude do público presente na qua-dra da Ilha do Marduque quando a Covase apresentou, por convite. No momentoda apresentação da bateria da Cova, agrande maioria se retirou do local, dandoclara demonstração de falta de educaçãoe desrespeito com a entidade convidada.Já tinha sido assim quando os Rouxinóislá se apresentaram. Quando a civilidadeparece pairar no ambiente carnavalescode nossa cidade, aparecem dinossaurose tentam estragar tudo. A disputa deve sersó dentro da avenida, amigos. Fora, a cor-dialidade e a receptividade devem sermantidas.

* Com nova “roupagem”, 106.1 FM,programa do amigo França, dá show de audi-ência das 19 h às 20h30.

* Neste mês de março, farei duas fes-tas especiais de aniversário de 90 anos: aprimeira da Dna. Alice Fabricio de Faria, dia5, no Tênis Clube, e depois dia 19, do JoséIedo de Freitas Drummond, em sua estân-cia, lá no Plano Alto. Recebam com carinhonossos parabéns, de toda a equipe do Jor-nal Momento, extensivo aos familiares.

* Horários certos de tomar água: 2copos de água depois de acordar ajudam aativar os órgãos internos; 1 copo de água 30minutos antes de comer ajuda na digestão; 1copo de água antes de tomar banho ajuda abaixar a pressão sanguínea e 1 copo de águaantes de dormir evita ataques do coração.Tudo bem, mas qual o melhor horário paratomar cerveja??

* E-mail de Rodrigo Santinni: “Pre-zado amigo Dudu: um espetáculo o “Rodí-zio de Filés” do quiosque às quintas-feiras,com molhos diferenciados. Gostaria queprogramasses um jantar temático baseadona culinária japonesa, masi especificamen-te sushis. É possível?” . Respondo: primei-ro obrigado pelo e-mail e segundo, sim, épossível. Já estamos analisando essa pos-

sibilidade e através desta coluna, mante-remos informados nossos clientes.

* Não dá para resistir, depois dos en-saios da Cova, de dar uma passada na Lan-cheria do Mauro e provar um cachorro quenteduplo, completo. Excelente. Só tem que me-lhorar na qualidade da “pimentinha”. Não soumuito exigente: uma “Tabasco” serve...

Capital da região italiana da Ligúria, Gê-nova se tornou famosamundialmente pelo seuporto comercial, pelos palácios, igrejas, praças,museus e por um cemitério tão grande quepossui um sistema de ônibus interno. Tambémé lembrada por ser a terra natal do navegadorCristóvãoColombo,descobridoroficial daAmé-rica. Entretanto, para celebrizá-la internacional-mente, bastaria a invenção do pesto genovês,ocorrida em tempo imemorial. Estemolho ver-de e cremoso - de aroma penetrante e sabormarcante, à base de folhas demanjericão, alho,pinoli (sementes do pinheiro), queijos parme-são e pecorino, azeite extravirgem e sal, pisadocommão demadeira em almofariz de mármo-re. O verde que o colore simboliza a força cria-dora da terra, a abundância e a fertilidade, arenovação e a prosperidade.

INGREDIENTES:70 g de folhas frescas de manjericão10 g de alho picado25 g de pinoli400 ml de azeite extravirgem de oliva90 g de queijo parmesão ralado90 g de queijo pecorino ralado

Molho pesto com linguine1 batata grande50 g de vagens600 g demassa linguine (massa de fila-

mentos longos e achatados)flor de sal a gosto

PREPAROPara o molho pesto, coloque no liqui-

dificador as folhas de manjericão, o alho, os pi-noli, metade do azeite de oliva e bata até os in-gredientes ficarem bem moídos. Acrescente oqueijo parmesão ralado, complete com o azeitede oliva que sobrou e continue batendo paraobter uma mistura lisa. Retire do liquificador,ajusteo sal e aqueçaomolho, semdeixar ferver.

Corte as batatas em pequenos cubos ea vagem em pedaços de 3 cm.

Numa panela com abundante água fer-vente com sal, coloque amassa para cozinhar e,6minutos antesdo términodo cozimento, juntea batata e a vagem. Escorra amassa al dente.

Passe o pesto ainda quente para umatigela, coloque a massa com os legumes sobreo molho e misture bem.

Sirva imediatamente, com as folhas demanjericão para decorar.

VIA E-MAIL E RAPIDINHAS...

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1818Uruguaiana,de 4 a 10 demarço de 2011

NAQUELES TEMPOSAlberto Moura

EM ALGUM LUGAR DO PASSADO

O GRANDE LUIZ BETTINELLI

FotodoCarnavalde1953,mostrao�carro�daRainhadoClubeComercial,VeraFabrício, chegan-donobaile, comoBlocoBig Ben.Na frente do carro aparecem:NewtonGonçalves, JucaAlmeida, JorgeGonçalveseArmando.Aparecem,ainda,bemàfrente, José (Zequinha) FagundeseDarcyFernandese,àdireita, Nelson Fagundes; no carro: Luiz Flodoardo Pinto e Luiz CarlosMolina; na ala feminina do Bloco,também no carro, aparecem: Gládis Gonçalves, Terezinha Antunes, Terezinha Pires, Lígia Beheregaray,CarmemMariaMurilo, Tiota Graziuzo, Zilah Fagundes, Terezinha Almeida eMargot Barros.

Em outra oportunidade jápublicamosabiografiadeLuizBet-tinelli, no entanto, quando trans-corre o centenário de sua morte,em 11 de março de 1911, acha-mos interessanteumanovapubli-cação acrescida de novos dadosque conseguimos apurar.

Bettinelli nasceu na Itáliaem 1853 (encontramos também1855). Veio para a América do Sulpor volta de 1875, fixando-se pri-meiramente em Buenos Aires,onde casou-se comFelipa Brisset,não deixandodescendência. Pou-co tempo depois veio para Uru-guaiana,adaptando-secomextre-ma facilidade, integrando-se navida da cidade onde deixou mar-cas indeléveisporseuespíritoem-preendedor e altruístico.

Umade suas primeiras ini-ciativas, foi a fundação da CasaBettinelli (ferragem), em1878, lo-calizada na rua Bento Martinsque, em pouco tempo, tornou-se

mentor da primeira Exposição Fei-ra realizada em 15 de novembrode 1905, tanto que o jornal �A No-tícia�, da época, o considerou a�alma� do evento.

Foi um dos fundadores, em13deoutubrode1907,daPraçadoComércio de Uruguaiana quemaistarde se denominaria AssociaçãoComercial de Uruguaiana.

Era, também, proprietáriode um moinho e fábrica de mas-sas alimentícias, �O Colonizador�,fundado em 1891. O prédio ondefuncionava existe até hoje na ave-nida FloresdaCunha, quaseesqui-na Presidente Vargas.

Em 1909, promoveu a exi-bição para a imprensa e pessoasda comunidade, de duas máqui-nas inventadas por ele. A primei-ra eraparaextrair águaaté20me-tros de profundidade. Dizia a no-tícia que �com qualquer pedaçode madeira alimenta-se sua pe-quena fornalha�; a segunda eradenominada �gafanhoticida�,�que alimenta-se com gasolinaque é transportada por um tuboà extremidade onde aparece um

uma das mais importantes casascomerciais da época.

Um dia, viajando pela Eu-ropa, conheceu a maquete, emgesso, do edifício da Biblioteca deVarsóvia, Polônia, Fascinado pelabeleza arquitetônica do prédio alireproduzido, adquiriu o projetopretendendo construir uma répli-ca em Uruguaiana. E assim foi.Construiu, nesses moldes, o edifí-cio sede do Clube Comercial, doqual foiumdos fundadores,patro-cinadoresdaobraepresidentepordiversas vezes.

Foi um homem de extra-ordinária visão: adquiriu, junta-mente com Antônio CarneiroMonteiro (que viria ser Intenden-te deUruguaiana de 1912 a 1916)e o engenheiro JoséMontagner, a�Telefonia Comercial de Uruguai-ana�, em 15 de agosto de 1905,por 40 contos.

Foi um dos fundadores daAssociação Rural e o principal

jorro de �fogo intenso�Além de empreendedor,

Bettinelli atuou na política local,tendo, como conselheiro, partici-pado do primeiro ConselhoMuni-cipal daera republicana, em1892.

AlémdepresidentedoClu-beComercialporváriosmandatos,foi presidente da sociedade italia-na �Unione e Beneficenza�.

Liderou um grupo de cida-dãos que foi responsável pela vin-da dos irmãos Maristas para Uru-guaiana.

Como aficionado da caça,foi o introdutor do cachorro �per-digueiro� no Brasil.

Vejamoqueescreveuojor-nal �A Notícia� sobre Bettinelli: �Épreciso dizer-se que à frente dosmais ousados, capitaneando osmais devotados propagandistas edesinteressados coadjutores quesurgiram para a consecução dasnossas aspirações, viu-se sempre,sem enfraquecimento, inteira-mente acima das fadigas e dossacrifícios o typo superiormentesympáticodosnossoprezadíssimoamigo Luiz Bettinelli�.

Foi um dos pioneiros naplantação de videiras,mas não nofabricodevinhocomoalgunspen-sam. De 1891 até 1905 apenasplantava uva e as vendia para osprodutores de uva do município.

A Quinta Vinícola de Betti-nelli & Prati (Probo Prati), a �Favo-rita do Imbaá�, foi fundada em1905, Possuía 13 hectares com1.000pésdevideirasemcadahec-tare. Apenas um hectare era des-tinado ao fabrico de vinho brancoe a respectiva plantação. Para ofabrico do vinho tinto utilizava asuvas Merlot, cujas mudas vieram

da França. Utilizava também mu-das importadas do Uruguai. Suaprodução chegava a 40.000 litros,sendoquea capacidadede sua fá-brica chegava a 100.000 litros.

Sua produção, além doconsumo local, era vendida paraArgentina e Uruguai, o que atestaa qualidade do produto. Tanto éverdadequelevadoparaconcorrer,em1907, emexposições internaci-onais deMilão e Turim recebeu asprincipais premiações. Em Milãoganhou duas medalhas de ouro,sendouma concedida pela direçãoda exposição e a outra pelo CorpoConsular da América Latina. Parti-cipava, ainda, de exposições nacio-nais, obtendo, sempre, medalhasde ouro. A marca do vinho queproduzia era �Bettinelli�.

Era famoso em Uruguaia-na o seu canhão morteiro com oqual bombardeava nuvens carre-gadas fazendo chover.

Bettinelli trouxe da Europa edeMendoza,Argentina,práticosetéc-nicosespecializados,alémdeaparelhosparaa fabricaçãodevinho.

A imprensa da época, todavez que se referia a Bettinelli, ocognominava �campeão do pro-gresso desta terra�.

Betinelli morreu em Uru-guaiana,em11demarçode1911,aos 57 (54) anos de idade, jogan-do bilhar no Clube Comercial. Suamorte repentina causou forte co-moção na cidade.

Conta-se que passados 3anosoumais de suamorte, sua vi-úva, que residia em Buenos Aires,veio a Uruguaiana para levar seusrestos mortais. No entanto, aoabrir-se o caixão, seu corpo esta-va intacto. Teria sido necessárioesquartejá-lo para poder ser feitoo transporte.

Em23defevereirode1946foi inaugurado seu busto no altoda escadaria do Clube Comercial,obra do escultor italiano Giacomi-no Lunardelli.

Em Uruguaiana Bettinelli éhomenageadocomadenominaçãode uma rua no bairro Cidade Nova,etambémpeladenominaçãodotre-cho da estrada do Imbaá, Passo deCima,que levaaoPindaí, como�ViaBetinelli�, através de Decreto Legis-lativo no 25/1964.

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Page 19: Jornal Momento de Uruguaiana

1919Uruguaiana,de 4 a 10 demarço de 2011

Álvaro Guez Velo

[email protected]

EsportePAIXÃOCOLORADA

IMORTALTRICOLORfonte: www.gremio.net

Por Joel Neimann [email protected]

Grêmio X Cruzeiro �Um jogaço de futebol!

Embora o resultado do jogo entre Grêmio e Cru-zeiro de Porto Alegre, no domingo, tenha apresentadoum placar de goleada para o Tricolor, o Cruzeiro apre-sentou um excelente futebol e vendeu cara a derrota.Os 4 x 2, que garantiram a vaga na final da Taça Piratini,válida pelo primeiro turno do Gauchão, aconteceramdurante um grande jogo de futebol. O Grêmio se depa-rou com um Cruzeiro bem fechado na sua defesa e ex-plorando perigosamente os contra-ataques. O primeirolance de perigo foi do Cruzeiro, aos 20 minutos, quandoDiego Torres chutou de dentro da área e Victor mandoupara escanteio. O Grêmio só chegou com real perigo àmeta cruzeirense aos 30 minutos, quando Gabriel pas-sou para Douglas na entrada da área e este arrematoupor cima da trave do goleiro Fábio. Um minuto depois,Douglas enfiou para Gabriel pela direita. O chute rastei-ro e forte bateu no poste esquerdo. Aos 34 minutos,Diego Torres entrou tabelando na área gremista e ficoucara à cara com Victor, mas o goleiro gremista defendeucom as pernas. Um minuto depois, Gabriel entrou naárea pela direita. O lateral cruzou rasteiro em direção àmarca do pênalti, para Borges girar o corpo e mandar nocanto direito. Grêmio 1 x 0. A partida continuou disputa-da até o final do primeiro tempo.

Os 45 minutos finais da partida fizeram com queo Cruzeiro se abrisse mais, em busca do empate quelevaria a decisão para os pênaltis. O Tricolor soube en-tão aproveitar melhor as oportunidades. Aos 7 minutos,

Borges teve duas chances de ampliar o marcador. No pri-meiro lance, o atacante recebeu de Douglas dentro daárea, dominou e chutou à direita do gol de Fábio. No lan-ce seguinte, Gabriel cruzou da direita e Borges cabeceoupra fora. Mas aos 10 minutos, a estrela de Borges voltoua brilhar: Gabriel lançou com categoria para André Lima,na entrada da área, que ajeitou de cabeça para Borges,que entrava pela direita. Borges soltou a bomba, semdefesa para o goleiro cruzeirense. Grêmio 2 x 0.

Mas o Cruzeiro, valente, não se deu por vencido.Já na saída de jogo, após cruzamento da direita, o pe-queno Jô meteu a cabeça na pequena área, vencendo oszagueiros gremistas e descontando para o Cruzeiro. Aos15 minutos, o Grêmio respondeu. Borges recebeu dentroda área e foi puxado pela camisa quando tentava con-cluir. O árbitro Anderson Daronco apontou a penalidade.Borges chutou forte no ângulo esquerdo de Fábio, semchances de defesa. Grêmio 3 x 1.

Mais uma vez, o Cruzeiro voltou a mostrar porquevenceu o Inter e chegou à semifinal. Zadda cruzou daesquerda, o altíssimo zagueiro Léo subiu e cabeceou porcobertura, batendo Victor. Renato botou em campo Bru-no Collaço no lugar de Carlos Alberto e Escudero na vagade André Lima. Aos 34 minutos, Alberto meteu a mão nabola, parando uma jogada de contra-ataque gremista.Como já tinha cartão amarelo, foi expulso. Quatro minu-tos depois, Douglas quase marcou. Ao ver o goleiro adi-antado, tentou por cobertura. Fábio fez grande defesa.Aos 44, Borges deixou o campo para entrada de JúniorViçosa. Foi o golpe final. Já nos descontos, Júnior Viçosana área driblando dois defensores, que terminaram porderrubá-lo. Penalidade máxima. Gabriel cobrou com ca-tegoria no canto esquerdo. Grêmio 4 x 2.

O Tricolor volta a campo na quinta-feira pela CopaLibertadores, enfrentando o León de Huánuco, no Olím-pico. A grande decisão da Taça Piratini será neste final desemana.

REDE GLOBO NA NOITE URUGUAIANENSE

Esteve em Uruguaiana esta semana, um dos mais importantes jornalistasbrasileiros, o repórter da Rede Globo de televisão Júlio Mosquera. Júlio, que trabalhano sistema Globo de jornalismo desde 1995, é repórter e editor do programa Fantás-tico, Jornal Nacional, Jornal da Globo e de todos os jornais da Globo News. Amigo dopeito há duas décadas, pela convivência de 15 anos em Brasília, me trouxe umaimensa alegria a visita deste grande parceiro. Júlio e sua equipe estão fazendo umdocumentário sobre o Código Florestal brasileiro e sobre a indústria do arroz noBrasil. O jornalista, que conhece mais de 100 países, e já acompanhou vários Presi-dentes da República em incontáveis viagens internacionais, elogiou Uruguaiana. Naúltima quarta-feira confraternizamos em um jantar no Restaurante da Praça, onde,além da boa comida, a noite foi regada a muito Chorinho, Jazz e Rock. Na fotoacima, os três membros da equipe da Rede Globo: Marcus Wilson (técnico), Emer-son Soares (cinegrafista), Alvarito Velo (Jornal Momento de Uruguaiana), Júlio Mos-quera (jornalista) e Dra. Claudia Pereira (Procuradora da Barra do Quarai).

CAMINHANDO E CANTANDO...!!!Nada como aproveitar este início de

março, o céu azul, a vegetação verde, e ca-minharmos ao vento respirando e sonhandofundo como se fôssemos os verdadeiros do-nos da vida. O presente nos permite carre-garmos aparelhos que nos proporcionam ouvir horas de música, tornandotudo ainda mais mágico e irreal. Nesta época aumentam os pedidos para que eugrave CDs, Pen Drive ou ipods para amigos e conhecidos. Alegra-me muito o fatorconfiança, pois consigo agradar a todos com meu gosto musical.

CARNAVAL – CADÊ O SAMBA?Espero que no Carnaval deste ano acon-

teça diferente, pois no ano passado, durante os“grandes intervalos” entre um desfile e outro dasescolas, na festa do Samba que é o Carnaval, nãofoi reproduzido nenhum Samba pelo som mecâni-

co que berra na avenida, nada de Paulinho da Viola, Cartola, Pixinguinha, JoãoBosco, ou Sambas Enredo, apenas a pobreza do pagode, e A TODO O VOLUME!!!

BAR E PIZZARIA BOTEQUIMMeu caro amigo me perdoe, por favor, se eu não lhe

faço uma visita...Mas como agora apareceu um portador, mando

notícias nessa fita..Aqui na terra tão jogando futebol, tem muito samba

muito choro e rock'n'roll

UNS DIAS CHOVE, NOUTROS DIAS BATE SOL...Mas o que quero lhe dizer é: Vem aqui para o Botequim provar as pizzas,

filés, lanches, cervejas geladas e muito mais. O endereço é a esquina da Rua XVcom a Rua João Manoel. O fone da entrega é 3411 5920, e no local o atendimentoVIP é feito pelo Leton e a Angélica.

JOALHERIA MANDARINOA joalheria Mandarino vai colocar muito brilho nas suas férias e no seu ve-

rão, os melhores presentes, jóias finas, relógios que serão para toda a vida, óculosque sempre estão acima da moda. O lugar mais tradicional de Uruguaiana, na Ave-nida Duque de Caxias 1725. A Joalheria Mandarino é o lugar onde você encontraqualidade, tradição, e bom atendimento

Enquanto o grupo de jogadores se dedica ex-clusivamente aos treinos para o retorno às competi-ções após o carnaval, o ambiente político no Beira-Riovolta a se incendiar depois das eleições, agora pelasdiscussões sobre o próprio estádio. Não tenho basepara formular opinião sobre tão complexo tema pelafalta de informações (técnicas, políticas, financeiras),além do que orçamentos como esses, que atingem osnove dígitos, são componentes de um mundo fora daabrangência até de minha imaginação. A questão cen-tral é se vale ou não a pena se endividar e quais osriscos que duas situações trazem.

Apesar dessa minha incapacidade para opinar,quero ao menos externar algumas dúvidas que devemser as de muitos colorados neste momento:

- O modelo atual de auto-financiamento prevêque, somado a verba pela venda dos Eucaliptos, o clu-be arrecade em torno de 100 milhões com a locaçãode camarotes ao custo de 1 milhão, cada, por dez anosde concessão. Há mercado para tamanha oferta?

- Se o valor investido virá da venda de camaro-tes qual a renda com a reforma nos próximos dez anos?

- Quando houve a definição pelo modelo em cur-so os atuais questionamentos não foram levantados?

- O atual presidente, postulante a candidato naépoca, não acatou a decisão, comprometendo-se a exe-cutá-la? Ou a decisão não havia sido definitiva?

- A dívida do clube não aumentará geometricamen-te se recursos ordinários forem investidos no estádio?

- No modelo atual como fica o estacionamentono complexo?

- O Internacional não precisaria ser uma das se-des da Copa do Mundo. Ponto. Mas já não se compro-meteu com a Fifa de dispor de estádio em condições desediar os jogos?

- O modelo proposto pela atual direção, que pre-vê parceria com uma construtora, realmente desonera oclube e ainda trás benefícios impossíveis de serem exe-cutados hoje?

- No caso de parceria, o valor do hipotético alu-guel dos camarotes fica para o clube investir no futebol?

- A construtora receberia valores gerados peloedifício-garagem, novas suítes e áreas Vips não previs-tos inicialmente?

- Quantas parcerias você viu darem certo no fu-tebol? E errado?

- A decisão terá bases técnicas ou políticas?- É melhor fazer uma obra menor com recurso

próprio ou maior contraindo divida?- Auto-sustentável é fazer uma obra sem todo re-

curso necessário ou com financiamento externo? Ou ne-nhuma das duas?

São muitas as dúvidas, mas o importante é queo clube está mobilizado para o tema como comprova oquórum para a primeira reunião do CD. Fundamental édefinir logo essa situação, pois mesmo que não quei-ram, esse clima de beligerância afeta o clube como umtodo, inclusive o futebol. O vestiário tem que estar alheioa esses debates.

Vamos contar com a sabedoria dos conselheirosindicados pelos movimentos e referendados pelos sóci-os, ou seja, pela torcida e fica desde já o desejo que osrepresentantes de nossa região, de imensa folha corridade bons serviços prestados, saibam discernir o melhorpara o futuro do Gigante.

Saudações Coloradas!

Quinta 332.p65 11/03/2011, 08:5719

Page 20: Jornal Momento de Uruguaiana

POESIA

(Luiz Coronel)

CAMINHÃO DO LIXO

Chuva oblíquae vento iníquofustigam os lixeiroscom suas capas plásticasazuis/pretas e amarelasjogando sacos plásticospretos/amarelos e azuisna boca sujado caminhão de lixo.

Os lixeiros zombam, riem, corremcom suas capas plásticasamarelas/azuis e pretas.

O neon azul sobre os sacos plásticosamarelos faróis sobre o asfalto pretoa chuva oblíqua e vento iníquoamanhã existirão o céu azul,sol amarelo, pretos corvosmoscas azuis, crianças pretase amarelas rompendode modo drástico,o saco plásticodo imundo lixo do mundo.

Editora Proa lança livro de crônicasEditora Proa lança livro de crônicasEditora Proa lança livro de crônicasEditora Proa lança livro de crônicasEditora Proa lança livro de crônicas

A MORTE

Desde as 14h, muitas autoridades e o público em geral foi até o salãoJúlio de Castilhos da Assembleia Legislativa prestar condolências a familia-res e amigos. O governador do Estado, Tarso Genro, e o presidente da As-sembleia Legislativa, Adão Villaverde, acompanharam pessoalmente o veló-rio. O governador assinou luto oficial por três dias no Rio Grande do Sul. Apresidenta da República, Dilma Rousseff, também divulgou nota de pesar nodomingo, 27. “Scliar foi um dos mais respeitados escritores do nosso país efoi um ícone da literatura gaúcha, brasileira e latino-americana”, declarou apresidente. Scliar deixou a esposa Judith Vivien Oliven, com quem casou em1965, e o filho Roberto, nascido em 1979.

A OBRA

A obra de Scliar foi traduzida para 12 idiomas. Dois deles, “Um So-nho no Caroço do Abacate” e “Sonhos Tropicais”, foram adaptados para ocinema. Outros textos de Moacyr Scliar também foram adaptados para tea-tro e televisão. Entre suas obras mais importantes estão os contos e os ro-mances “O ciclo das águas”, “A estranha nação de Rafael Mendes”, “O exér-cito de um homem só” e “O centauro no jardim”, este último incluído na listados 100 melhores livros de temática judaica dos últimos 200 anos, feita peloNational Yiddish Book Center dos Estados Unidos.

PREMIAÇÃO

Scliar foi vencedor três vezes do Prêmio Jabuti, um dos mais im-portantes da literatura brasileira, em 1988, 1993 e 2009. Ele também assi-nava colunas nos jornais Zero Hora e Folha de São Paulo. No dia 31 dejulho de 2003, tornou-se o sétimo ocupante da cadeira 31 da AcademiaBrasileira de Letras.

Moacyr Scliar

O lançamento do livro de crô-nicas de 104 páginas, intitulado UMASE OUTRAS, de autoria do psiquiatraRônei Rocha, com preparação final detexto de Renan Lages e edição de Be-nhur Bortolotto será na sexta-feira, 11de março, a partir das 19h no Sesc,Rua Flores da Cunha esquina comSantana. Além de adquirir o livro escri-to por alguém que observa e conhecemuito o ser humano, teremos a opor-tunidade de estarmos reunidos commuitas pessoas interessantes, num lu-gar acolhedor e irradiador de cultura,degustando um bom vinho ou espu-mante. Promete ser um grande progra-ma, com muita conversa interessante.E a editora? É a Proa, nova em Uru-guaiana, com um vasto catálogo debons livros.

PARA QUEM PASSAR POR PORTO ALEGRE

MULHERES

Na tarde desta segunda-feira, 28, o publicitário e pintor Paulo Tiarajuveio supervisionar a montagem da exposição “Mulheres”, no Espaço NovosTalentos da Assembleia Legislativa. O vernissage foi às 19 horas desta ter-ça-feira, 1º. Tiaraju expôs acrílicos sobre tela que representam diferentespapéis da figura feminina. A exposição “Mulheres”, entre os dias 1º e 11 demarço, das 8h30 às 18h30, abriu a programação do Espaço Novos Talentosem 2011. A mostra é gratuita e tem acesso pela entrada principal da Assem-bleia Legislativa (Praça Marechal Deodoro, 101).

O ARTISTA

Publicitário de renome no mercado, Paulo Tiaraju teve sua primeiraindividual no Espaço Novos Talentos, localizado no térreo do Parlamento,com uma série de 20 acrílicos sobre tela. “Mulheres” plasma em cores, oravibrantes ora sóbrias – mas sempre perpassadas pela transparência, pelorecurso de luz e sombra – o olhar do artista em relação aos diversos papéisfemininos na sociedade. “Alguns desses olhares serão de forte natureza ide-ológica, outros de fundo místico e outros simplesmente românticos”, comen-ta Tiarajú. Primeiro profissional gaúcho de criação a receber o Troféu dePublicitário do Ano, em 1986, Paulo Tiaraju concilia sua intensa atuação nomercado com uma produção considerável de pinturas. Ele estudou técnicade pintura com o artista plástico Fernando Baril, pintor gaúcho de expressãointernacional. Neste aprendizado, logo após o retorno de Baril da Espanha,Tiaraju passou a adotar a técnica da veladura, um processo que acentua atridimensionalidade da figura, produzindo uma multiplicidade de planos paraos elementos visuais. “Mas o que realmente importa é o fato de a técnica terme libertado do esforço improdutivo. Com ela pude pintar figuras do imaginá-rio, dos sonhos, de outra realidade paralela”, diz, filiando-se ao Impressionis-mo e confirmando o fascínio pelo jogo de luz e sombra.

Mulheres de Paulo Tiaraju

Quinta 332.p65 11/03/2011, 08:5720