Jornal Nacional da Umbanda
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Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 1
A PEMBA NA UMBANDA
COM VOCÊ SÃO 124.600 LEITORES, AJUDE-NOS A CHEGAR A 1 MILHÃO, REENVIE O JORNAL
PARA OS SEUS AMIGOS E CONHECIDOS, AJUDE-NOS A CHEGAR CADA VEZ MAIS LONGE!
Jornal Nacional da Umbanda Edição 08
Índice de Matérias Editorial (Rubens Saraceni) pág 02
Magia Divina dos Genios (Rubens Saraceni) pág 03
A Balança da Justiça (Nelson Junior) pág. 05
Diálogo entre o Filósofo e um Preto Velho (Ronaldo
Figueira) pág 06
A Pemba na Umbanda (Jefferson-LG) pág 07
A Lenda da Pemba (Jefferson-LG) pág 07
A Linha de Baianos (Pai Pedro de Ogum) pág 10
Guardião Exu, o executor cármico do vazio (Pablo)
pág 11
Nossos Umbigos ( Mãe Leni W. Saviscki) pág 13
O Auto Bloqueamento da Mediunidade (Thiago
Bertozzi ) pág 15
O Medo do Amor (Martha Mediros) pág 16
Oração a São Cosme e Damião (Livre) pág 16
Umbanda que gera Umbandas (Pablo) pág 17
A Umbanda Sagrada (Sebastiana penha Campana)
pág 19 Obsessão e auto-obsessão na Umbanda (Douglas
O.Elias) pág 20
Oração a todas as forças dos Orixas (Frans Meier)
pág 24 Pontos de Forças (Marcelo Cordeiro) pág 25
As 4 Leis da espiritualidade na India (Andrea G.
Santos) pág 26
Laroyê, Senhor da intenções!Laroyê, Exu-Mirim (Franz Meier) pág 27
ULTIMA PÁGINA - O Principe das Trevas (Alexandre Cumino) pág 28
Um dos elementos indispensáveis à Liturgia
Umbandista, porém pouco comentado e estudado, é
a PEMBA. Mas, de onde veio esse elemento? Qual
sua função? Qual sua história?
Para que é utilizado? O que representa cada
cor? O uso, as Lenda, a pemba! Pág. 07
A Linha dos
Baianos
Durante muitos anos
a linha dos baianos
foi renegada e os
trabalhos feitos com
ela eram vistos com
restrições. Dizia-se
que por não ser uma
linha diretamente
ligada às principais,
era inexistente...
pág.10
Envie-nos seus
comentários,
suas matérias
e textos.
Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 2
O Tempo passa muito rápido em nossa vida e temos que aproveitar cada hora e cada
oportunidade para enriquecer nossa existência e nossa passagem pela matéria, fazendo o que gostamos
e que é útil para nós e nossos semelhantes.
Nisso acredito e assim tenho procedido a vida toda, só raramente desviando minha atenção desta
minha linha de procedimento, mas sempre por causa do que acontece à minha volta e que independe da
minha vontade.
Minha dedicação e objetividade ao que faço despertam a admiração dos que me conhecem
porque não entendem como alguém consegue fazer tantas coisas ao mesmo tempo e lidar de forma
positiva e construtiva com tantas pessoas.
Por semana, conduzo e coordeno dez grupos de estudos dentro do Colégio de Umbanda, onde
reúno mais de três mil pessoas que estudam comigo Umbanda e Magia.
Dirijo um trabalho religioso umbandista pelo qual passam cerca de mil e quinhentas pessoas,
que são atendidas pelos Guias espirituais dos médiuns do nosso Centro.
Faço um programa de rádio semanal na Rádio Mundial FM 95.7, a mais de dez anos.
Periodicamente publico algum livro novo.
Escrevo alguma coisa quase que diariamente (quando sobra tempo).
Com o Alan, publicamos esse Jornal virtual a cada quinze dias.
Atendo antes e depois das aulas a dezenas de alunos, dando-lhes orientações, esclarecendo suas
duvidas e auxiliando-os na solução de problemas do dia a dia.
Tudo isso faço com a alegria e satisfação porque sou uma pessoa alegre e feliz e estou fazendo o
que gosto e o faço com prazer.
Na verdade, lido com quase cinco mil pessoas por semana e não tenho muito tempo livre para a
minha família, para passeios e lazer.
Meu passeio é ir de casa ao Colégio e meu lazer é dar as minhas aulas e orientar as pessoas.
Sinto-me feliz por fazer com intensidade o que gosto e sou grato a Deus por Ele ter sido tão
generoso comigo, assim como O agradeço pela imensa legião de pessoas que Ele encaminhou para
mim e que se tornaram meus amigos e irmãos espirituais.
Se outra vida eu vier a ter no futuro distante, espero que mais uma vez Deus seja tão generoso
comigo, porque assim novamente me sentirei feliz e realizado como seu filho e seu servo, dedicado aos
seus mistérios.
Fazer o que gosto e com tanta intensidade me realiza como ser humano me alegra e me faz feliz,
muito feliz! Com Deus eu me realizo e poder servi-Lo intensamente alegra-me!
Publiquei meu primeiro livro, intitulado “HASH MEIR O GUARDIÃO DO TEMPLO DA
DEUSA DOURADA” em 1991. E desde então outros sessenta livros já foram publicados, abordando
os mais variados temas espiritualistas, religiosos e magísticos.
Iniciei a Magia Divina, com seus 21 graus, em 1999 e só agora, em 2011, estou concluindo seu 21º
grau.
Foram 12 anos de ensino de Magia quase que diário porque dois dias por semana são dedicados
à Umbanda, ao desenvolvimento de novos médiuns e ao atendimento com meus Guias Espirituais às
pessoas necessitadas de auxilio espiritual ou de orientação.
Pisei em um Terreiro de Umbanda quando tinha 13 anos e hoje estou com 60 anos de idade.
Já auxiliei milhares de médiuns umbandistas no desenvolvimento de suas mediunidades de
incorporação e muitos deles hoje dirigem seus próprios centros de Umbanda.
Já formei em meu curso de Doutrina, Teologia e Sacerdócio de Umbanda milhares de pessoas,
sendo que centenas delas hoje dirigem seus centros, multiplicando e expandindo a Umbanda.
EDITORIAL
Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 3
Muitos milhares já se iniciaram na Magia Divina, um sistema prático de trabalhos magísticos
que vem conquistando muitos adeptos, devido ele ser simples, prático e muito útil às pessoas.
Pois bem!
“Escolhe um trabalho que gostes e não terás que trabalhar nenhum dia de tua vida.”
(Confúcio)
A MAGIA DIVINA DOS GÊNIOS
Gênios, eis um nome que desperta a curiosidade de muitos e temos tão pouco à nossa disposição para aprendermos sobre esses seres da natureza.
Aqui no Brasil, fora alguns ocultistas que os conhecem e com eles trabalham através de rituais fechados, os gênios só são conhecidos devido filmes e livros que os descrevem como seres mirabolantes, capazes de fazerem coisas mirabolantes ou espetaculares, tornando essa classe de seres da natureza em personagens de ficção.
Além do que escrevi acima nada mais se sabe sobre eles e deixamos de recorrer a esses seres da natureza, tão importantes para a Criação Divina quantas todas as demais classes de seres criadas por Deus, a nossa inclusa.
Apenas, eles não são visíveis às pessoas e raros são os clarividentes que conseguem vê-los porque são arredios aos olhos dos curiosos.
Mas em outras regiões da Terra eles são bem conhecidos e são invocados para auxiliarem na solução das mais variadas dificuldades que surgem na vida das pessoas, sejam elas de fundo espiritual ou material.
Pouco se sabe por aqui e tudo fica como se fossem produto de ficção ou de mentes desequilibradas ou confusas, vitimas de obsessores espirituais.
Mas isso não é verdade e agora todos os interessados em aprender sobre eles e em como trabalhar de forma correta com essa classe de seres da natureza terão muitas informações sobre eles e como servirem-se dos seus poderes naturais de forma ordenada e equilibrada, passando a se beneficiarem ou aos seus semelhantes com o que aprenderão durante o curso que será ministrado sobre eles na escola de magia divina do colégio de umbanda Pai Benedito de Aruanda, curso esse que visa formar pessoas nessa magia divina e popularizar o conhecimento sobre esses seres tão especiais e tão desconhecidos por nós aqui no Brasil.
Saibam que os gênios são tão importantes para a Criação que cada ser criado por Ele, assim como cada planta, cada minério, cada cristal, cada gás, cada líquido, cada elemento químico, cada tipo de solo ou terra, cada rocha, etc., tem seu gênio tutelar, que tem por função zelar pela sua integridade e preservação na Criação.
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Cada ser humano tem o seu gênio tutelar que o acompanha desde o nascimento até o desencarne, assim como é regido em um dos seus aspectos por uma Divindade Gênio, fato esse desconhecido por todos, não importando a religião que sigam ou suas formações "esotéricas".
Além dessas informações que coloquei aqui, há muitas outras que serão reveladas no decorrer do curso de magia divina dos gênios ou já foram publicadas no livro de minha autoria denominado "MAGIA DIVINA DOS GÊNIOS", publicado há alguns anos a traz pela editora Madras, ao qual eu recomendo a leitura, ainda que a titulo de aprendizado pessoal.
Para os que se sentirem atraídos por essa magia divina, fica aqui o meu convite para que venham estudá-la e nela iniciarem-se para, daí em diante passarem a trabalhar e servirem-se magisticamente dessa classe de seres da natureza criados por Deus para zelarem por ela... e por nós, os seus maiores destruidores. Cordialmente,
Pai Rubens Saraceni
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A Balança da Justiça
(Vibrações análogas ou similares e vibrações
antagônicas ou opostas)
Tudo tem seu oposto, da Luz às Trevas, do prazer à dor, do certo ao errado, e já que tudo faz
parte da Criação, tem seu propósito e sua função, e o conceito de oposição passa a ser o de
complementação.
O “complemento” de cada coisa tem como função balancear, ou melhor, reequilibrar os
excessos cometidos, aplicando as Leis da Causa e Efeito, pois estes “complementos” inversos são
a forma de, através da Lei das Afinidades, termos ações e reações proporcionais, inversas ou não.
Quem bebe demais fica bêbado, quem trabalha demais se cansa, quem nada faz nada constrói, e
se estes exemplos de significado óbvio, mas de amplo entendimento foram usados é porque
o certo e o errado em muitos casos têm uma tênue linha de separação, e às vezes nem sequer visível.
Que dizer do soldado que serve à força o exército de seu País, convocado vai à guerra, e mesmo
sem querer, acaba matando para não morrer?
É claro que existe um peso negativo e uma consequência negativa neste ato, mas analisaremos a
culpa relacionada ao peso das ações do ser, de seu ambiente social e da Criação no Todo.
Podemos analisar tudo em três formas de visão: energética, vibracional e ocorrencial, e estas
formas são a positiva, a negativa e a neutra que geram, como suas definições já dizem, efeitos afins
com as energias, vibrações e ações que desencadeiam, conduzindo os afins aos seus locais, e seus atos
a uma espécie de compensação, para que o universo anule o danoso, perpetue o bom e neutralize o que
pode vir a causar danos, uma vez que Deus e as Divindades Regentes da Criação geram as
circunstâncias para que haja o equilíbrio, e o restabelecem sempre que preciso for através da Lei e da
Justiça Divinas.
O Caos e a Ordem têm uma linha tênue entre os homens, mas muito clara na Criação, pois nada
fica estático, tudo se transforma e tudo evolui sempre. E muitas vezes uma explosão traz a ordem em
seguida, pois aos nossos olhos o caos é diferente do que seria o Caos de fato. Este não perdura, porque
a falta de ordem traria o colapso da Criação como um todo, e muitas vezes o que parece ser desordem é
um ciclo, e o novo nasce do antigo, a água vira nuvem, que vira chuva, que vira água em outro lugar.
Assim é também o homem, que na matéria morre, desaparece, renasce outro, sem perder sua
essência, mas com outra missão ou carma, relacionado ao seu conjunto de atos em toda sua existência
material e espiritual, para que esgote seus negativismos e sua reforma íntima ocorra, pois, antes de
construir sobre terreno pedregoso, é preciso destruir as pedras que atrapalham as fundações da
construção. E a maior fonte de desequilíbrio do homem são seus pensamentos, que se hora são
construtivos e bons, noutra são destrutivos e daninhos.
“Portanto, o aprendizado reconstrói pelo amor ou pela dor tudo que é necessário no ser, para
harmonizá-lo”.
Para adquirir o livro “Compreenda-se ou se Devore”, entre em contato com Nelson Junior pelo E-mail.
Por: Nelson Junior
E-mail: [email protected]
Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 6
DIÁLOGO ENTRE UM FILÓSOFO E UM PRETO VELHO
Certo dia, um filósofo adentra a uma tenda de umbanda e senta-se no banquinho de um
preto velho. Sua intenção era questionar, investigar; enfim, experimentar.
Ao se sentar, o preto velho já sabia o que ele queria, mas mesmo assim saudou-o
gentilmente e perguntou em que poderia ajudar. O filósofo respondeu:
_ Meu preto velho, na era da biotecnologia vemos os cientistas avançarem cada vez
mais nas pesquisas referentes à manipulação do material genético humano. Além disso, estamos na era
do multiculturalismo, de forma tal que a diversidade, inclusive no sentido intelectual, se faz cada vez
mais presente. Pergunto eu: _ o que pode um preto velho dizer sobre assuntos de tamanha
complexidade?
Preto Velho, com toda sua calma, respondeu gentilmente ao filósofo:
Misin fio, vós suncê (Sic) tem palavra bonita na boca, por causa de que tu és homem
letrado (Sic). Nego véio cá, num estudou nem escrevinhou essas coisa. Mas daqui do meu cantinho,
aonde os ventos de Aruanda tocam em meus ouvidos, recebo as notícias que vem da Terra. Vejo
também com meus próprios olhos e presencio as lágrimas e sorrisos que brotam como flores e espinhos
no âmago de meus filhos.
Vou dizer a vós suncê uma coisa. Esse bicho chamado “biotecnologia”, eu sei muito
bem como funciona. Misin fio, [bio] vem do grego “bios” = vida. “Téchne” e “Logos” também vem do
grego, fio. Logo, biotecnologia é o conhecimento sobre as práticas (manipulação) referentes à vida.
Assim sendo, nego véio é a favor de tudo que respeita a vida e que é usado para o bem.
O bem, não só de si mesmo, mas da humanidade. Uma faca pode ser uma ferramenta de cozinha e
ajudar a preparar um alimento. No entanto, a mesma faca pode ser uma arma a machucar alguém. Não
é a ferramenta, mas sim o que se faz com ela que torna perigosa a humanidade.
Pasmo, o intelectual não sabia o que dizer, tamanha sua surpresa sobre tão sábias
palavras. E não só isto, o conhecimento até sobre a origem das expressões que vem do grego, aquela
humilde entidade possuía.
Por alguns segundos sentiu um misto de inveja e indignação, uma vez que pensou ser
mais conhecedor sobre as coisas da vida que o Preto Velho. Daí então indagou:
_ Você acha que suas opiniões podem superar a luz da ciência? Este, respondeu:
_ Fio, o que nego véio fala, nego véio comprova, pois este nego vivenciou. Caminhou
na terra que vós suncê pisa hoje. Sorriu, chorou, se emocionou, amou. Conviveu com homens de bem e
também com homens do mal. Fez suas escolhas e por isso é hoje um espírito guia. E só pude aqui
chegar porque acertei na maioria das escolhas que fiz. Naquelas em que não acertei, tive que vivenciar
novamente, até aprender. Assim como vós, na Terra.
Quanto aos estudos (risos), esse nego véio aqui não frequentou escola na última
encarnação. Mas, das muitas encarnações que tive, eu estudei, me formei e, em algumas delas me
doutorei. A medicina chinesa, a filosofia grega, a sabedoria hindu; tudo isso fez parte da minha
evolução. Da matemática egípcia até os estudos astronômicos de Galileu pude aprender. E depois de
aprender tudo isso, sabe qual o maior ensinamento que obtive misin fio?!
A ter h –u- m- i- l- d- a- d- e.
Por isto, doutor, vós me vês na aparência de um velho escravo brasileiro, semeador das
raízes deste lindo país chamado Brasil, terra da diversidade, da multi culturalidade.
Que cada um formule a sua moral da história. Porém, questione seus conhecimentos e veja se estão
alinhados com os propósitos de simplicidade. Pois sem ela, não se faz jus a benção do saber. enviado por: Ronaldo Figueira e-mail: [email protected]
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Um dos elementos indispensáveis à Liturgia Umbandista, porém
pouco comentado e estudado, é a PEMBA.
Mas, de onde veio esse elemento? Qual sua função? Qual sua
história? Para que é utilizado? O que representa cada cor?
Buscar-se-á neste humilde texto responder essas indagações, a fim de
oportunizar aos nossos filhos de fé, e irmãos em geral, o
esclarecimento sobre esse instrumento sagrado tão utilizado por todos
os nossos guias espirituais. Ao comprar uma Pemba nova, em qualquer loja de Umbanda deste país,
certamente você irá encontrar um folheto dentro da embalagem, com as seguintes informações:
"Pemba Legítima Africana" - Recuse imitações!
“A PEMBA é objeto permanente aos ritos Africanos, mais antigos que se conhecem,
fabricada com o pó extraído dos MONTES BRANCOS KABANDA, é empregada em
todos os RITOS E CERIMÔNIAS, festas, reuniões ou solenidades africanas e
umbandistas”. Nas tribos de UMBANDA, BACONGO E CONGOS, é usada a PEMBA sob todos os pretextos.
Quando é declarada a guerra, os chefes esfregam o corpo todo com a PEMBA para vencer os
inimigos; por ocasião dos casamentos, os noivos são pelos padrinhos esfregados com a PEMBA para
que sejam felizes; o negociante que quer conseguir um bom negócio esfrega um pouco de PEMBA nas
mãos; em questões de amor então, bem grande é a influencia da PEMBA, usando-a as jovens como se
fosse o pó de arroz porque dizem, traz felicidade no amor e atrai aquele a quem deseja. “
Como era fabricada a PEMBA na antiguidade? Era privilegio do SACERDOTE MAIS VELHO DA TRIBO a direção dos trabalhos da
fabricação da PEMBA. Esta era feita por moças virgens em completo jejum presididas pelo
SACERDOTE, que durante a fabricação não podia tomar alimento de espécie alguma nem beber agua,
apenas fumando o seu cachimbo, que era considerado sagrado.
Durante três dias e três noites e às vezes mais, a PEMBA era trabalhada, acompanhada por música de
CONGO, as virgens cantavam sem cessar preces à VIRGEM PEMBA para que esta transmita todas as
suas virtudes a que estão fabricando.
A PEMBA É OBJETO DE GRANDE COMERCIO ENTRE OS AFRICANOS
A LENDA DA PEMBA
Contam as lendas das tribos Africanas o
seguinte sobre a PEMBA:
M. PEMBA era o nome de uma gentil
filha do SOBA LI-U-THAB, SOBA poderoso
dono de grande região e exercendo a sua
autoridade sobre um grande numero de
TRIBOS.
M. PEMBA estava destinada a ser
conservada virgem para ser ofertada às
divindades da TRIBO, acontece porem que um
jovem estrangeiro audaz, conseguiu penetrar
nos sertões da ÁFRICA, e se enamorou
perdidamente de M. PEMBA.
M. PEMBA por sua vez correspondeu
fervorosamente a este amor e durante algum
tempo gozaram as delicias que estão reservadas
aos que se amam.
Porem não há bem que sempre dure, o
SOBA poderoso foi sabedor destes amores e
uma noite de luar mandou degolar o jovem
estrangeiro e jogar o seu corpo no RIO
SAGRADO U-SIL para que os crocodilos o
devorassem.
Não se pode descrever o desespero de M.
PEMBA e para prova de sua dor esfregava
todas as manhas o seu lindo corpo e rosto com o
pó extraído nos MONTES BRANCOS
KABANDA e a noite para que seu pai não
soubesse dessa sua demonstração de prazer pela
Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 8
morte e seu amante, lavava-se nas margens do
RIO DIVINO U-SIL.
Assim fez durante algum tempo, porem,
um dia pessoas de sua tribo que sabiam dessa
paixão de M. PEMBA, e que assistiam a seu
banho viram com assombro que M. PEMBA
elevava-se no espaço ficando em seu lugar uma
grande quantidade de massa branca lembrando
um tubo.
Apavoradas correram contar ao SOBA o
que viram e este, desesperado, quis mandar
degolar a todos, porem como eles haviam
passado nas mãos e corpos o pó deixado por
M.PEMBA notaram que a cólera do SOBA se
esvaia, e que ele tinha se tornando bom não
castigando os seus servos.
Começou a correr a fama das qualidades
milagrosas da massa deixada por M. PEMBA
atravessou esta e muitas gerações chegando até
nossos dias prestando benefícios àqueles que
dela se tem utilizado.
Pois bem, essas informações
interessantes, porém não seguras, são
encontradas dentro de qualquer caixa de Pemba.
Não são informações seguras porque não citam
a fonte, ou, ao menos, o autor do texto. Por isso,
toda história lá contada deve ser vista com
reservas.
Há também indicações de como e
quando usar. Todavia, optei por não transcrevê-
las aqui, por entender se tratar de informações
superficiais que não iriam acrescentar em nada
nosso estudo, pelo contrário, poderiam
confundir o leitor.
Entretanto, havemos de concordar que a
origem da Pemba é, sem sombras de dúvidas,
Africana. Ela é confeccionada com uma
substância chamada “caulim” (argila pura de
cor branca), Importado da África. Em razão da
dificuldade de importação, o “caulim” foi
substituído pelo “calcário” e a ”tabatinga”.
Sua confecção é bem simples: Basta
misturar uma pequena quantidade do material
citado acima triturado com um pouco de goma
arábica diluída em um pouco de água, Deixá-la
secar um pouco, e antes que a massa endureça
dar a ela o formato desejado...
Trata-se de um dos elementos
indispensáveis dentro da liturgia Umbandista. É
um elemento sagrado que, quando imantado,
cruzado, pela entidade, torna-se uma ferramenta
poderosa. É por meio dela que o guia espiritual
irá fazer seu ponto riscado.
O Ponto riscado é a identidade do guia. É
através do ponto que ele será identificado e
confirmado. Cada risco feito na tábua de ponto
tem o seu por quê. Tais símbolos informam
qual é a entidade, de onde ela vem, atua na
força de quem, entre outras coisas. Também, os
símbolos riscados podem invocar a defesa
contra os ataques inferiores, ou também o
ataque contra os mesmos...
Esses símbolos são trazidos pela própria
entidade. Não é o médium que cria tais pontos.
Muito menos copia de alguns dos livros que
existem por aí. Se o médium está realmente
incorporado, a entidade irá riscar seu ponto com
muita segurança e irá explicar exatamente o que
ele representa. "O ponto quando riscado cria um elo com o plano espiritual que emana energias, fluídos
e vibrações diretamente no ponto. Na maioria dos casos quando é riscado um ponto a entidade põe
alguém necessitado dentro dele, é quando a pessoa, às vezes, sente as vibrações, dependendo de sua
sensibilidade. É possível também um médium vidente ver os pontos riscados brilharem e emanarem
luzes diversas."
Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 9
Também, é bom esclarecer que, mesmo sendo duas
entidades de mesmo nome, dificilmente o ponto riscado será
idêntico, vez que, por mais que sejam espíritos ligados à mesma
falange, possuem ainda certa individualidade. Todavia, alguma
semelhança sempre haverá.
A Pemba também pode ser usada para riscar objetos,
portas, janelas, no objetivo de cruzar o ambiente, evitando a
entrada de maus espíritos e de energias negativas. Além disso, a
Pemba auxilia na entrada das boas energias e na abertura de
caminhos.
Também, utiliza-se a Pemba para
riscar as mãos, os pés e a cabeça dos médiuns.
E assim é feito, geralmente, para dar a eles
proteção. Também é utilizada antes da
realização do amaci. A Pemba, juntamente com
as águas puras e as ervas sagradas fortalecem a
coroa do médium, trazendo maior sintonia entre
ele (o médium) e suas entidades espirituais.
Em alguns casos específicos a Pemba
pode ser raspada, obtendo-se um pó, que é
utilizado para determinados trabalhos e até
mesmo, colocado dentro do próprio amaci.
Todavia, não existe na Umbanda qualquer ritual
de "sopro de pó de pemba", como existe no
Candomblé.
As cores das Pembas representam à linha
de qual entidade está utilizando ou a linha que
se está invocando. Assim, por exemplo, um
Caboclo de Ogum certamente irá riscar seu
ponto de vermelho, o de Oxossi de verde, o de
Xangô de marrom e assim por diante.
É bom lembrar que a Pemba não é
sagrada por si mesma. Uma Pemba comprada
em uma loja qualquer, se não for cruzada pelo
guia da casa, não terá serventia nenhuma. Será
apenas um giz como outro qualquer, sem
nenhuma utilidade espiritual.
Todavia, a Pemba que é cruzada e
abençoada pelo guia, torna-se uma verdadeira
arma para aqueles que sabem manipulá-la. É
um instrumento de luz usado pelo guia,
essencial em qualquer trabalho de Umbanda.
Também é comum se falar em "Lei da
Pemba" para referir-se à Umbanda. A expressão
"Filhos de Pemba" é utilizada para identificar
os filhos de Umbanda, aqueles que estão
cumprindo as diretrizes de Aruanda.
Por fim, para homenagear esse
instrumento sagrado, segue o ponto cantado na
abertura de todos os trabalhos de Umbanda:
“Ô salve a Pemba”!
Também salve a toalha!
Ô salve a Pemba!
Também salve a toalha!
Salve a coroa,
É de nosso Zambi é o maior!
Salve a coroa!
É de nosso Zambi é o maior!”
Enviado por: Jefferson
E-mail: [email protected]
Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 10
SALVE O GRANDE CRUZEIRO DA Bahia. MEU PAI!
Durante muitos anos a linha dos baianos foi renegada e os
trabalhos feitos com ela eram vistos com restrições. Dizia-se que por
não ser uma linha diretamente ligada às principais, era inexistente,
formada por espíritos zombeteiros e mistificadores.
Aos poucos eles foram chegando e tomando conta do espaço
que lhes foi dado pelo astral e que souberam aproveitar de forma
exemplar.
Hoje se tornaram trabalhadores incansáveis e respeitados, tanto que é cada vez maior o número
de baianos que está assumindo coroas em várias casas. A alegria que essa gira nos traz é contagiante.
Os conselhos dados aos consulentes e médiuns demonstram uma firmeza de caráter e uma força
digna de quem soube aproveitar as lições recebidas. Atualmente já temos o conhecimento de que fazem
parte de uma sublinha e nessa designação podem vir utilizando qualquer faixa de trabalho energético,
ou seja, podem receber vibrações de qualquer das sete principais.
Têm ainda um trânsito muito bom pelos caminhos de exu, podendo trabalhar na esquerda a
qualquer momento em que se torne necessário.
Cientes dessa valiosa capacidade, nós dirigentes, sempre contamos com eles para um desmanche
de demanda ou mesmo sérios trabalhos em que a magia negra esteja envolvida. Com eles conseguimos
resultados surpreendentes.
Quando se fala na Baía, nossos pensamentos são imediatamente remetidos para uma terra de
espiritualidade e magia. O povo baiano é sincrético e ecumênico ao extremo, nada mais natural que
sejam escolhidos para essa homenagem de lei que é como se deve ver a questão. Vale ainda lembrar
que nem todos os baianos que vêm à terra realmente o foram em suas vidas passadas, esses espíritos
agruparam-se por afinidades fluídicas e dentre eles há múltiplas naturalidades.
O Baiano representa a força do fragilizado, o que sofreu e aprendeu na "escola da vida" e,
portanto, pode ajudar as pessoas. O reconhecido caráter de bravura e irreverência do nordestino
migrante parece ser responsável pelo fato de os baianos terem se tornado uma entidade de grande
frequência e importância nas giras paulistas e de todo o país, nos últimos anos.
Os baianos da Umbanda são poucos presentes na literatura umbandista. Povo de fácil
relacionamento, comumente aparece em giras de Caboclos e pretos velhos, sua fala é mais fácil de
entender que a fala dos caboclos.
Conhecem de tudo um pouco, inclusive a Quimbanda, por isso podem trabalhar tanto na direita
desfazendo feitiços, quanto na esquerda.
Quando se referem aos Exus usam o termo "Meu Compadre", com quem tem grande afinidade e
proximidade, costumam trazer recados do povo da rua, alguns costumam adentrar na Tronqueira para
algum "trabalho". Enfrentam os invasores (kiumbas, obsessores) de frente, chamando para si toda a
carga com falas do gênero "venha me enfrentar, vamos vê se tu podes comigo". Buscam sempre o
encaminhamento e doutrinação, mas quando o Zombeteiro não aceita e insiste em perturbar algum
médium ou consulente, então o Baiano se encarrega de "amarrá-lo" para que não mais perturbe ou até o
dia que tenha se redimido e queira realmente ser ajudado. Costumam dizer que se estão ali
"trabalhando" é porque não foram santos em seu tempo na terra, e também estão ali para passarem um
pouco do que sabem e principalmente aprenderem com o povo da terra.
São amigos e gostam de conversar e contar causos, mas também sabem dar broncas quando
veem alguma coisa errada.
Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 11
Nas giras eles se apresentam com forte traço regionalista,
principalmente em seu modo de falar cantado, diferente, eles são “do
tipo que não levam desaforo pra casa”, possuem uma capacidade de
ouvir e aconselhar, conversando bastante, falando baixo e mansamente,
são carinhosos e passam segurança ao consulente que tem fé.
Os Baianos na Umbanda são “doutrinados”, se assim podemos
dizer, apresentando um comportamento comedido, não falam mal, nem
provocam ninguém.
Os trabalhos com a corrente dos Baianos trazem muita paz, passando perseverança, para
vencermos as dificuldades de nossa jornada terrena.
A Entidade pode vir na linha de Baianos e não ser necessariamente da Bahia, da mesma forma que na
linha das crianças nem todas as entidades são realmente crianças.
Os Baianos são das mais humanas entidades dentro do terreiro, por falar e sentir a maioria dos
sentimentos dos seus consulentes. Talvez por sua forma fervorosa de se apresentar em seus trabalhados
no terreiro, aparentem ser uma das entidades, mais fortes ou dotadas de grande energia (e na verdade
são), mas na umbanda não existe o mais forte ou fraco são todos iguais, só a forma do trabalho é que
muda.
Adoram trabalhar com outras entidades como Erês, Caboclos, Marinheiros, Exus, etc.
São grandes admiradores da disciplina e organização dos trabalhos.
São consoladores por natureza e adoram dar a disciplina de forma brusca e direta diferente de qualquer
entidade.
Texto de: Pai Pedro de Ogum
http://paipedrodeogum.blogs.sapo.pt/
Ao falarmos de Exu, parece que estamos
“chovendo no molhado”, mas ao descrevê-lo da
forma que iremos fazer, estamos chovendo em
solo muito seco e árido. Sabemos que Exu tira
com a mão esquerda e devolve com a mão
direita.
Se estivermos negativos e agindo de
forma negativa, Exu tira a nossa alegria
desvitalizando-nos, pois quem atua de forma
negativa contra seu semelhante, não merece
sorrir e esbanjar alegria. Mas Exu também
devolve a alegria quando passamos a agir
positivamente, pois só quem faz o bem pode
sorrir e esbanjar felicidade. Exu tira quando nos
negativamos e devolve quando nos positivamos.
Por isso dizemos que o mistério Exu, na
origem é neutro, porem no meio ele não tem o
livre arbítrio, pois no meio ele é regido pela Lei
Maior e por uma de suas leis auxiliares que é a
Lei do Carma e cobra de quem deve e paga a
quem merece.
Se estivermos agindo negativamente
contra um semelhante nosso, Exu tira a nossa
saúde, desvitalizando-nos e adoecendo-nos, pois
quem agir contra um semelhante roubando-lhe a
tranquilidade mental, não merece ter saúde,
força e disposição para tal feito. Mas Exu
também devolve a saúde revitalizando-nos
quando passamos a agir positivamente, pois só
depois de estarmos doentes é que vamos
perceber o quanto é bom ter saúde (plenitude em
Deus) e nos voltarmos para Ele, nos redimirmos,
fazermos uma reforma intima e nos positivarmos
e ai sim, exu devolve nossa saúde, pois aquele
que faz o bem e é virtuoso deve ter saúde, força,
disposição e vitalidade para ajudar o próximo.
Exu é o guardião que dá e tira, é o Orixá
que tira dando e dá tirando, pois devolve a
doença e tira a saúde, isso quando estamos
agindo negativamente contra uma pessoa e tira a
doença e devolve a saúde, isso quando estamos
positivos, virtuosos e semeando o bem. Exu nos
Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 12
ampara quando estamos virtuosos e nos esgota e
pune quando estamos viciados.
Exu, enquanto elemento mágico-
espiritual ativado e oferendado na natureza, não
possui livre arbítrio. Para essa força ativada em
nosso nível não há o principio neutro. E quando
falamos PRINCIPIO, isso tem o significado de
origem, pois na origem exu é neutro e no meio
ele é dual e assume a natureza intima que lhe
derem, pois não tem livre arbítrio.
Se avançarmos na lei do carma num
estudo racional e pensarmos de forma imparcial,
veremos exu como executor da lei do carma a
serviço da Lei Maior, pois em verdade não
recebemos uma demanda ou ao menos um
pensamento negativo sem merecermos, pois até
um espírito sofredor ou um obsessor nos é
ligado por afinidades concernentes à lei cármica.
Nessa encarnação podemos ser pessoas
de bem e virtuosas, porem devido ao nosso
adormecimento na carne, não sabemos o que
fomos em outras encarnações, pois podemos ter
débitos de uma encarnação ocorrida a cinco mil
anos atrás e só agora que estamos aptos, ou seja,
com um nível de consciência elevada, somos
cobrados pela Lei Maior onde, a lei do carma
entra em execução para saldarmos a nossa
divida para com um ato cometido quando
estávamos em desequilíbrio.
Uma ação negativa sempre tem um inicio
e não importa quando, um dia prestaremos conta
da mesma. Servindo-se de um exemplo dizemos
assim: Dois amigos que entre eles nunca houve
um antagonismo que pudesse abalar sua
amizade, porem por um motivo de ciúmes uma
das partes toma uma atitude negativa
assassinando o outrora amigo, atitude esta que
irá marcar para sempre seu espírito. Podemos
relatar aqui, por exemplo, Caim e Abel, os dois
irmãos bíblicos. Ali na gênese relata que Caim
teria sido um dos primogênitos que havia
nascido na terra de gravidez normal resultante
de relações entre Adão e Eva. Tanto ele quanto
Abel teriam sido “supostamente os primeiros”
seres humanos encarnados, pois eles não viviam
no “paraíso” com seus pais e “nasceram” aqui na
terra.
Pois bem, nessa historia devemos nos
atentar para a verdade oculta por traz da
alegoria.
Se não, vejamos: Os dois espíritos estavam na
sua primeira encarnação, eram espíritos naturais
que haviam adentrado em seu primeiro ciclo
encarnacionista e estavam isentos de débitos e
não possuíam carmas anteriores. Através de um
sentimento negativo tipicamente desumano que
é a inveja, um dos muitos sentimentos negativos
que nos afastam de Deus tornando-nos vazios de
sua plenitude, Caim adquiriu seu primeiro carma
ao matar seu irmão Abel.
Até ali os dois estavam isentos de carmas,
pois eram espíritos que estavam realizando seu
primeiro ciclo encarnatório. Porem Caim
adquiriu seu primeiro carma e um dia não
importa quando a Lei Maior cobraria essa
pendência ou carma, que foi adquirido em um
ato negativo quando ele, em desequilíbrio e
ausente de Deus, cometeu esse pecado por
estar vazio de sentimentos positivos (Deus).
E, como quem rege o vazio ou o estado do
vazio é Exu, O Senhor Guardião da Esfera do
Vazio, onde tudo que se negativa torna-se vazio,
pois Deus é a plenitude e o virtuosismo e fora
Dele nada existe e ninguém subsiste. Então
todos os seres que têm seus vazios relativos
preenchidos com sentimentos viciados, sejam
eles de ódio, inveja, traição, cobiça, fúria,
intolerância, etc, adentra no campo desse
guardião do Vazio, que é Exu, para que assim
possam ser esgotados dos seus vazios relativos,
cheios de sentimentos negativos.
Sendo assim, Exu é guardião desses vazios
pessoais e a Lei Maior usa de seu mistério com
intensidade como executor de carmas que só são
adquiridos quando infringimos a Lei Maior, ou
seja, quando em desequilíbrio ou desarmonia
(ausência de Deus) cometemos algum ato
negativo.
Se Deus é harmonia e equilíbrio, os
antônimos desses dois estados estão indicando
um vazio relativo ou uma ausência de dele.
E sabemos que fora de Deus nada existe.
Exu, O Orixá, é uma Divindade Planetária ou
Divindade Maior de Deus que tem suas
hierarquias de seres que trabalham sobre a Sua
irradiação. Tem suas divindades médias,
menores, classes de seres divinos, seres
elementais, naturais, até chegar ao nosso nível,
que são de seres espiritualizados e humanizados.
Não podemos jamais confundir a Divindade
Maior Exu com os espíritos humanos
“exunizados” que nós trabalhamos ou com
espíritos elementais e naturais que nós
oferendamos.
Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 13
Devemos distinguir a Divindade Maior
Regente de um Mistério de Deus, dos seres que
somente manifestam suas qualidades, para que
assim não venhamos a descaracterizar e nem
humanizar demais uma Divindade cuja natureza
e origem são divinas e que atua em toda a
Criação e não esta somente voltada para nós ou
para nossa realidade.
Não podemos confundir o Orixá Maior
Exu, com os espíritos que se manifestam e
incorporam sobre sua regência, pois esses
espíritos estão em evolução.
O Orixá Maior Exu, é uma Divindade
Maior de Deus e que realiza sua função em toda
a Criação, amparando todas as criaturas geradas
pelo Divino Criador.
Então o Orixá Maior Exu, na origem é
neutro e guarda o estado do Vazio; no meio
espiritual a Lei Maior utiliza esses espíritos que
foram exunizados para executar o carma
adquirido por nós, não importando quando
adquirimos esses débitos, pois a semeadura é
livre e a colheita é obrigatória e no fim esta a
onisciência de Deus que tudo sabe.
E somente quando estivermos elevados e
adquirirmos uma consciência maior de suas
Leis, tem inicio a colheita dos males que
semeamos, pois já amadurecemos como seres
humanos e estamos aptos a colher os frutos
amargos que plantamos enquanto estávamos
vazios de sentimentos.
Precisamos entender que até um
espírito obsessor que nos tira a paz esta
ligado carmicamente conosco por fios
invisíveis e devemos meditar sobre essa
atuação, pois, na maioria das vezes, ela não
esta refletida em um ato dessa encarnação e
sim de outras vidas e a vitima de hoje talvez
tenha sido o algoz de ontem.
Sendo assim, exu enquanto elemento
mágico ativado em um ponto de força na
natureza, não possui livre arbítrio e a lei
utiliza-se desse meio e condição dos espíritos
exunizados para atuar através deles na lei do
carma e ir esgotando os débitos e devolvendo
os créditos, permitindo assim que a
semeadura seja livre, porem a colheita
obrigatória.
SARAVÁ UMBANDA
Por: Pablo
E-mail: [email protected]
Vovó Benta
Mãe Leni W. Saviscki
O terreiro de Umbanda,
como um hospital de almas ou
pronto socorro emergencial,
recebe nos dias de sessão ou
"gira" uma quantidade razoável de
encarnados. Mas somente os
espíritos desencarnados que lá
trabalham é que podem
vislumbrar a imensidão de
desencarnados que se
movimentam no ambiente em
busca de ajuda.
Ordenados e amparados
por seus tutores, chegam
estropiados e com aparência
assustadora, uma vez que em sua
maioria representam aqueles que
se cansaram e esgotaram suas
forças na vida andarilha do pós-
morte do corpo físico.
Voltam à pátria espiritual e
dela não têm conhecimento e, sem
noção da continuidade da vida,
desconhecem até mesmo a
condição de espíritos
desencarnados e, por isso,
continuam a sentir os desejos,
ambições, gostos e dores da vida
física e nesse caminho, definham
suas energias.
Quando conseguem
alcançar algum vislumbre de
consciência de sua realidade,
permitem a ajuda dos benfeitores
que os encaminham a algum local
sagrado, onde medianeiros
encarnados possam ajudá-los
através do choque anímico,
permitindo o total desligamento
da matéria. Neste momento os
chamados Centros Espíritas e de
Umbanda, tornam-se "oásis" em
seus desertos e, como pontes entre
o céu e a terra, permitem a
passagem de volta ao lar
espiritual.
Naquela noite chuvosa e
fria, a maioria dos médiuns
daquele terreiro, ressentidos pela
dificuldade de deixarem o
conforto dos lares, faltou ao
trabalho espiritual e o dirigente
preocupado com o atendimento
dos doentes que se apinhavam no
espaço que dia-a-dia se tornava
pequeno, ajoelhou-se em frente ao
congá, assumindo sua tristeza
diante dos Guias espirituais.
Deixou correr duas
lágrimas para aliviar seu peito
angustiado. Pensou em como fora
seu dia e nas atribulações a que já
Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 14
deveria estar acostumado, mas
que agora pesavam mais pela
saúde que já lhe faltava. Nas
dificuldades financeiras, no
aluguel da casa que já vencera e
nos tantos atrapalhos que
ocorreram em seu ambiente de
trabalho naquele dia. Sem contar
na visita que viera de longe e que
deixara em casa esperando pela
sua volta do terreiro. Nada disso o
impediu de fazer uma prece no
final do dia, de tomar seu banho
de ervas e seguir a pé até o
terreiro, enfrentando a distância e
o temporal que se fazia.
Sentia-se feliz em cumprir
sua tarefa mediúnica, mas como
havia assumido abrir um "hospital
de almas", juntamente com outros
irmãos que se responsabilizaram
perante a espiritualidade em servir
à caridade pelo menos nos dias de
atendimento ao público, sabia que
sozinho pouco podia fazer.
Pedindo perdão aos guias
pela sua tristeza e talvez
incompreensão em ver o descaso
dos médiuns, que à menor
dificuldade, escolhiam cuidar dos
próprios umbigos a servir aos
necessitados, solicitou que se
redobrasse no plano espiritual a
ajuda e que ninguém saísse dali
sem receber amparo.
Olhando a imagem de
Oxalá que mesmo ofuscada pelas
lágrimas, irradiava sua luz
azulada, sentiu que algo maior do
que a lamparina aos pés da figura,
agora brilhava. Era uma energia
em forma de fios dourados que se
distribuíam, a partir do coração do
Cristo e que cobriam os poucos
médiuns que oravam silenciosos,
compartilhando daquele
momento, entendendo a tristeza
do dirigente.
Agindo como um bálsamo
sobre todos, iniciaram a abertura
dos trabalhos com a alegria
costumeira. Quando o mentor
espiritual se fez presente através
de seu aparelho, transmitiu
segurança a corrente, com
palavras amorosas e firmes e
nesse instante, falangeiros de
todas as correntes da Umbanda ali
"baixaram" e utilizando de todos
os recursos existentes no mundo
espiritual, usaram ao máximo a
capacidade de cada médium
disponível, ampliando-lhes a
percepção e irradiação energética,
o que valeu de um trabalho
eficiente e rápido.
Harmoniosamente, os
trabalhos encerraram-se no
horário costumeiro e todos os
necessitados foram atendidos.
Desdobrados em corpo
astral, dois observadores
descontentes com o final feliz,
esbravejavam do lado de fora
daquele terreiro. Sua programação
e intenso trabalho para desviar os
médiuns da casa naquela noite, no
intuito de enfraquecer a corrente e
consequentemente, infiltrarem
suas "entidades" no meio dela,
havia falhado. Teriam que
redobrar esforços na próxima
investida.
Quando as luzes se
apagaram e a porta do terreiro
fechou, esvaziando-se a casa
material, no plano espiritual,
organizava-se o ambiente
energético para logo mais receber
os mesmos médiuns, agora
desdobrados pelo sono.
Passava da meia noite no
horário terreno e os médiuns,
agora em corpo de energia
voltavam ao mesmo local do qual
a pouco haviam saído. Os
aguardavam silenciosos, ouvindo
um mantra sagrado, seus
benfeitores espirituais.
Tudo estava muito limpo e
perfumado por ervas e flores.
Um a um, ao adentrar, era
conduzido a uma treliça de folhas
verdes e convidado a deitar-se,
recebendo ali um banho de
energias revigorantes.
Quando todos já se
encontravam prontos, seguiram
em caravana para os hospitais do
astral e lá, como verdadeiros
enfermeiros, auxiliaram por horas
a fio a tantos espíritos que horas
antes haviam estado com eles no
terreiro e recebido os primeiros
socorros.
No final da noite, o canto
de Oxum os chamava para
lavarem a "alma" em sua
cachoeira e assim o fizeram, para
somente depois retornar aos seus
corpos físicos que se permitia
descansar no leito.
-Vó Benta, mas e aqueles
médiuns que faltaram ao terreiro
naquela noite, perderam de viver
tudo isso?
-Nem todos zi fio! Nem
todos! Dois ou três deles, faltaram
por necessidades extremas e não
por desleixo e assim sendo, se
propuseram antes de dormir,
auxiliar o mundo espiritual e por
isso foram convidados a fazer
parte da caravana.
- E aqueles que mesmo
não tendo comparecido por
preguiça, se ofereceram para
auxiliar durante o sono, não foram
aceitos?
-A preguiça, bem como
qualquer outro vício, é um
atributo do ego e não do espírito,
mas que reflete neste. Perdem-se
grandes e valiosas oportunidades
a todo instante pela insensatez de
ouvirmos o ego e suas exigências.
O tempo, zi fio, é oportunidade
sagrada e dele se faz o que bem
quer cada um. O minuto passado,
não retorna mais, pois o tempo
renova-se constantemente. O
amanhã nos dirá o que fizemos no
ontem e esse tempo que virá é
nosso desconhecido, por isso não
sabemos se nele ainda estaremos
por aqui servindo ou se em algum
lugar, clamando por ajuda de
outros que poderão alegar não ter
tempo para nós, pois precisam
cuidar de seus umbigos.
Assim é a vida, zi fio.
Contínua troca!
Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 15
O AUTO BLOQUEAMENTO DA MEDIUNIDADE
Como ocorre o auto bloqueamento da mediunidade?
Acontece quando por falta de conhecimento, por
arrogância, irresponsabilidade, preguiça, descaso, vaidade,
entre outras que leva o médium a deixar seu Dom de lado.
“O médium durante sua vida do lado de “fora” (do
terreiro vamos colocar desta forma para aqueles que são
simpatizantes, mas não fazem parte de corrente mediúnica)
tem sua mediunidade em estado potencial”. Mas quando ele
passa para “dentro” se torna integrante da corrente
mediúnica a sua mediunidade deixa de ser passiva e se torna
ativa com isso o médium se torna visível pelo baixo astral é
como se os holofotes apontassem para ele.
O porquê disso?
Como a Umbanda é uma religião, que te ensina como não ser mais escravo dos medos, de
morrer, dos pecados, do inferno, que muitos falam, mas não sabem explicar e só serve para amedrontar
as pessoas, e a Umbanda te mostra de forma racional que tudo tem o seu porque e que nada é por
acaso, com isso você se liberta destas prisões psíquicas que foram construídas através dos anos e esta
liberdade consciencial ordenada e equilibrada torna-os um perigo em potencial para os vossos
semelhantes que regrediram consciencialmente e povoam as faixas vibratórias negativas, mais
conhecidas como baixo astral.
Mas se o médium não faz suas obrigações básicas como seus banhos, acender suas velas de
proteção e não mantem os seus pensamentos constantemente elevados, e tem ações reprováveis pela
Lei Maior e pela Justiça Divina.
Ele acaba cavando o seu próprio buraco, com isso começa dar tudo errado na vida dele, e é nesta
hora que eles são realmente testados porque a maioria se revolta e só piora a situação. E não entendem
e não enxergam que o problema são eles próprios e muitos só percebem isso quando já estão no fundo
do poço.
E se a descida é rápida a subida é lenta e cada degrau da escada só se sustenta se for feito de
pensamentos, atitudes e ações nobres, boa vontade, luta constante para o aperfeiçoamento, dedicação
ao estudo para maior compreensão de sua própria situação.
Com este conjunto é formada a reforma intima do ser e se o interior está bem o exterior é
consequência, ai sim se vê quanto tempo se passou e o quanto é difícil chegar à superfície e sai deste
poço fundo das nossas próprias ilusões.
E este texto é uma auto avaliação minha e é muito
triste ver diversos irmãos que estão deixando de serem
ótimos instrumentos do bem e da caridade e se perdendo pelo
caminho e tendo que aprender através do caminho da dor ao
invés do caminho do amor, mas como todos os caminhos
levam ao Pai então aqueles que forem pela dor vão ter esta
lição marcada pelas lágrimas derramadas de sofrimento.
Então irmãos atentem para com os seus pensamentos e
atitudes porque o que você plantar será o que você irá colher.
E usem este relato de alguém que caiu sofreu mais se
levantou através de muita ajuda e paciência de todos os meus irmãos de fé e principalmente do meu Pai
de Santo e dos meus Pais e Mães Guias espirituais que são nossos amigos e companheiros para todas
as horas.
Então eu vos agradeço pela oportunidade e que os Orixás os abençoem. Thiago Bertozzi
Email - [email protected]
Obsessores
Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 16
O MEDO DO AMOR (Por Martha Medeiros)
Medo de amar?
Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar:
medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar
relacionamentos.
Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.
O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba.
Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha,
o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque
não há mais interesse ou atração, sei lá,
vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável.
Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em
dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro,
e vai um pouco de dor pra cada canto.
Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre
traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma. Romper
um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade,
é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos
gravidade.
E ter o amor rejeitado, nem se fala. É fratura exposta. Definhamos em público, encolhemos a
alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos essa violência vinda do
tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e
estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas
nos fazem chorar dentro do carro.
Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca
vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim.
Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.
Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as
vezes que o amor nos chama,
fingindo um pouco de resistência, mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo...
Um minuto para refletirmos sobre o medo em nossas vidas... Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os
homens têm medo da luz... (PLATÃO). Pois a vida é maravilhosa, quando não se tem medo dela... (Charles
Chaplin) Afinal, O medo tem alguma utilidade, mas a covardia não... (Mahatma Gandhi)
ORAÇÃO A SÃO COSME E SÃO DAMIÃO
São Cosme e São Damião, que por amor a Deus e ao
próximo vos dedicastes à cura do corpo e da alma de vossos
semelhantes. Abençoai todos os médicos e farmacêuticos, medicai
meu corpo na doença e fortalecei a minha alma contra todo mal.
Que vossa inocência e simplicidade, acompanhe e proteja
todas as crianças. Que a alegria da consciência tranquila, que
sempre vos acompanhou repouse também em meu coração.
Que a vossa proteção São Cosme e São Damião, conserve meu coração simples e sincero,
para que as palavras de Jesus, também sirvam para mim:
"Deixai vir a Mim os pequeninos, porque deles é o Reino dos Céus."
Ah São Cosme e São Damião, rogai por todos nós.
Amém!
Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 17
UMBANDA QUE
GERA UMBANDAS!
Em um século de Umbanda, ainda
persistimos na vã tentativa de um padrão ou uma
liturgia pré-definida para a religião de Umbanda,
onde alguns conceitos se complementam e outros
se anulam completamente.
Sabemos que a Umbanda, por tratar-se de uma
religião, vai adaptando-se ao seu tempo e
amoldando-se em acordo com a necessidade e
cultura dos seus fiéis.
Esse processo de renovação é continuo.
Em caso contrário, a religião cai no
ostracismo, já que deixa de atender a muitas
necessidades dos seus fiéis, outrora sanadas por
ela, deixando de estimula-los a voltarem a Deus,
pois todas as religiões são meios de nos
voltarmos a Ele.
A Umbanda destaca-se como uma religião
impar, justamente por agregar em torno de si
diversas formas de culto, não se apegando assim
a uma liturgia ou dogma que restringe e poda o
seu crescimento.
Hoje muito já se fala de Umbanda e muito
se falará daqui a um milênio de existência, pois
naturalmente ela se renova em cada templo vivo
de Deus, que são os
médiuns pelos quais os
oráculos e as vontades dos
Orixás manifestam-se.
Os médiuns são
templos vivos de Deus! Eis
o mistério pelo qual a
Umbanda não possui uma
liturgia estável ou um
dogma fixo.
A Religião de
Umbanda gerou varias
“umbandas”, todas
Sagradas filhas diletas do
UM, pois temos: Umbanda
Branca, Pura, Traçada,
Cruzada, Divina,
Esotérica, Iniciática. Evangelizada, Omolocô,
Umbanda Branca de Demanda, Umbanda Cristã,
Umbanda de Caboclo, Umbanda de Mesa,
Umbanda Mista, etc.
A lista é grande e muito se cogitou, muito
se falou, muito se digladiou por uma
denominação ou modelo que mais falasse ao
coração ou a percepção ou ao bom senso dos
Umbandistas.
Pois bem, nada conseguimos nesse aspecto, pois
é justamente a liberdade de culto que torna a
religião mais rica.
O que é a Umbanda?
A Umbanda é paz e amor. É um mundo
cheio de luz. É a força que nos dá vida e a
grandeza nos conduz!
Esta explicita no maravilhoso Hino da
Umbanda o que ela é em si mesma. Umbanda é a
manifestação do espírito para prática da caridade
pura, gratuita e sem que haja o proselitismo.
Umbanda é culto aos Orixás da Natureza, pois
somos unânimes em dizer que todo templo de
Umbanda reúne esses conceitos básicos.
Porem não há uma liturgia pré-definida na
Umbanda, pois cada médium é um templo em si
e desperta de forma individual as forças sagradas
que traz em seu intimo, onde imprime a sua
própria dinâmica, segundo as Divindades-Orixás
que o regem e, assim que assume uma liderança
natural de sacerdote e passa a desenvolver seus
filhos em seu templo, toda a dinâmica e doutrina
serão em acordo com as forças espirituais que se
manifesta através do sacerdote dirigente do
templo.
Então, se temos um sacerdote cujas forças
são regidas por Oxalá e
Iemanjá, esse templo
assim como sua dinâmica
e doutrina será totalmente
passiva onde os trabalhos
ocorrem com uma
tranquilidade e paz muito
grande.
Porem se o
sacerdote for regido por
Ogum e Iansã, esse templo
assim como sua dinâmica
e doutrina será totalmente
ativa, onde os trabalhos
ocorreram com uma
agilidade, movimentação e
rigidez provenientes
desses orixás.
No primeiro exemplo, onde o sacerdote é
regido por Oxalá e Iemanjá, o trabalho realizado
ali pode denominar-se (desde que assim seja
determinado pelo guia chefe do terreiro), de uma
Umbanda com um novo qualificativo ou
Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 18
sobrenome como, por exemplo: Umbanda Cristã,
devido à passividade reinante nos trabalhos.
Porem no segundo exemplo, onde o
sacerdote é regido por Ogum e Iansã, o trabalho
realizado ali pode denominar-se (desde que assim
seja determinado pelo guia chefe do terreiro), de
uma Umbanda com um novo qualificativo ou
sobrenome como, por exemplo: Umbanda de Lei
e Demanda devido à atividade e a regência direta
desses Orixás de Lei, reinantes nos trabalhos.
É muita pretensão nossa acharmos que
esses sobrenomes ou qualidades agregados na
Umbanda foram criados aleatoriamente e não
tenham passado pelo crivo de um guia chefe de
Umbanda, pois todos são detentores de graus de
luz e aptos a darem um sobrenome ou uma
qualidade à liturgia ali desenvolvida pelos chefes
de terreiros.
É definitivamente verdadeiro que a
Umbanda é uma religião brasileira, fundada por
um espírito chamado Caboclo Das Sete
Encruzilhadas através de seu também fundador
encarnado, Pai Zélio de Morais.
É dogma fundamental e inalterável
conforme as palavras ditas pelo fundador da
Umbanda O senhor Caboclo das Sete
Encruzilhadas que:
“Todas as Entidades serão ouvidas e nós
aprenderemos com aqueles espíritos que
souberem mais e ensinaremos àqueles que
souberem menos, e a nenhum viraremos as
costas e nem diremos não, pois esta é a
vontade do Pai”.
É dogma fundamental e inalterável que:
“Umbanda é a manifestação do espírito para
pratica da caridade pura, gratuita e sem o
recurso do proselitismo”.
É dogma fundamental e inalterável que:
“Umbanda é o Culto a Deus, por meio dos
Orixás, que são manifestadores de Suas
Qualidades Divinas”.
À parte disso, na Umbanda não há um
dogma ou uma liturgia que define uma regra
estabelecida para pratica-la, pois, cada médium
manifesta uma natureza intima e individual no
qual herdamos de Deus nosso Divino Criador.
E a Umbanda, que é o culto à natureza,
manifesta-se a partir dessa natureza ou DNA
divino que herdamos de Deus individualmente.
Por isso a existência de varias
“Umbandas” na Umbanda, todas sagradas e
detentoras de direitos divinos de manifestarem-se
com esses nomes, pois é a manifestação de Deus
a partir do individual existente no Todo.
Assim como Deus nos gerou a sua
imagem e semelhança e nos dotou
individualmente com uma particularidade única
que só existe em nós, assim também é a
Umbanda, que gerou tantas outras umbandas e as
dotou individualmente com uma particularidade
única existente somente nessas umbandas.
Minhas reverências às Umbandas:
Umbanda Branca, Pura, Traçada, Cruzada,
Divina, Esotérica, Iniciática, Omolocô, Umbanda
Branca de Demanda, Umbanda Cristã, Umbanda
de Caboclo, Umbanda de Mesa, Umbanda Mista,
Umbanda de Lei, Umbanda Renovada, etc.
Todas, a meu ver são sagradas, pois todas, sem
exceção, foram manifestações da vontade de
forças espirituais, naturais, divinas, guias e
protetores daqueles sacerdotes que assim as
denominaram e expandiram seus cultos movidos
por uma vontade maior.
Sarava a Umbanda essa geradora divina,
que, ao gerar suas correntes, também
denominadas de Umbanda e batizadas pelos
guias-chefes com um sobrenome identificador de
seu campo de ação, também exercem de forma
digna a pratica da caridade pura e gratuita.
Minhas reverências aos Sacerdotes
Baluartes que dedicaram suas vidas à expansão
do culto e cujo intimo com toda a certeza foi
movido pelo amor em tornar a Umbanda uma
Grande Via Evolucionista.
Minhas reverências a todos aqueles que
trabalham na particularidade dos seus lares, feitos
templos de Umbanda em um dia especifico da
semana, onde arrastam o sofá e transformam a
cômoda em conga e, no anonimato de suas casas,
incorporam seus guias para fazerem a caridade
pura e gratuita, ajudam a engrandecer a e
expandi-la como religião de massa.
Sarava a Umbanda, Sarava as Umbandas.
Por: Pablo
E-mail: [email protected]
Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 19
Colégio de Umbanda Sagrada e Magia Divina
CABOCLO SETE ESPADAS
Rua Ernesto Zwarg, 389 - Jardim Savoy –Itanhaém/SP (F: 13-9106-8869 – 13-3422.5592). (altura do Km 322 da Rodovia Pe. Manoel da Nóbrega). Membro da A.U.E.E.S.P. www.cvus.com.br
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É muito comum, chegarmos num determinado Terreiro e ficarmos maravilhados com os
fenômenos mediúnicos que vão acontecendo, a forma carinhosa que os Guias nos recebem, falando
exatamente aquilo que nós estamos precisando ouvir, mas, também dentro de nós, uma série de
questionamento vão surgindo: “Que religião é está, que os Guias, ora falam como Preto Velho,
Boiadeiro, Baiano, Crianças e mais estranho ainda quando falamos com o “famoso” Exú, Pomba giras
e Exú-mirim”.
E, vamos voltando sempre, porque percebemos o bem que nos fazem... e, evidentemente
estamos falando de Umbanda séria, aquela que atende graciosamente, aquela que faz um bem danado
para nossos Espíritos carentes...
Em muitos Terreiros, o Dirigente, proporciona palavras de esclarecimentos sobre a Umbanda e a
Linha de atendimento do dia, outra vezes, são os próprios Guias que oferecem os esclarecimentos,
verdadeiros ensinamentos evangélico, não um evangelho de letras, mas, os ensinamentos vivos de
quem viveu cada palavra da orientação que profere.
Então, vamos ficando, somos convidados para os Cursos e mais maravilhados ficamos quando
vamos descortinando os horizontes, os mistérios que nos pode ser revelados e de repente já estamos
dentro do Terreiro, usando branco, batendo cabeça, cantando os pontos e batendo no peito, sou
Umbandista.
É por tudo isto, que a Umbanda cresce cada dia mais, porque ela não impõe suas ideias, ela
encanta os olhos de quem a vê e os ouvidos de quem a ouve, alguns leigos costumam dizer que falta na
Umbanda, o ensinamento que esclarece e quando falam desta forma, estão se referindo ao Evangelho, o
Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 20
Novo Testamento e nós com todo respeito perguntamos, há quantos anos através das mais variadas
religiões, a humanidade não tem lido e ouvido estes ensinamentos e podem me fornecer números deste
aperfeiçoamento.
São inúmeras vezes que surgem diante dos Guias, irmãos das mais variadas religiões, que apesar
de todo “pseud. esclarecimento” pedem o mal dos seus semelhantes e os Guias esclarecem que não
estão em terra para isto, sua missão é falar e propagar o bem. Não estão ali, para tirar marido ou mulher
de ninguém, nem mandar chefes e colegas trabalho embora, estão para nos ensinar a conviver bem com
todos, com harmonia, nos ensinando o amor e o perdão.
Se isto não é evangelizar, eu não sei o que seria o significado desta palavra, será que é falar
versículo e versículo do Novo Testamento, na ponta da língua, mas sem que o coração se toque por
estas palavras.
A Umbanda é uma religião nova, fez 100 há pouco tempo, ainda tem muito que ensinar e muito
que aprender... Se você se afina com esta Umbanda de hoje, nos ajude a transformá-la na religião do
amanhã, venha ajudar aqueles que a transformaram numa Religião, quando há bem pouco tempo era
conhecida, apenas como uma Seita ou um Culto.
Não nos conta a história, que Jesus tenha fundado uma Religião, com catedrais, suntuosos
templos, ele ensinou diante da natureza, recebeu seu batismo no mar e os discípulos foram agraciados
com a mediunidade dentro do mesmo mar quando falaram as várias línguas, fenômeno mediúnico.
Jesus ensinou no alto das montanhas, a beira dos caminhos, no morro das Oliveiras... Alguma
semelhança com a Umbanda?
Precisamos aprender e entender os fundamentos da Umbanda e veremos uma fonte rica de doação, da
imensa misericórdia do Pai Criador.
Que me perdoe todos os irmãos que pensam desta forma, a Umbanda é a religião que mais
incentiva a prática do bem, haja vista, o número de alunos que estão frequentando os vários cursos para
se preparem no caminho da abnegação e da caridade.
O Ponto do Pai Olorum, nos demonstra a missão da Umbanda, como força de proteção aos
“filhos de Deus”.
“Os anjos tocam seus clarins lá no Céu,
Anunciando o alvorecer...
Pai Olorum que tudo vê lá de Aruanda
“Criou a Umbanda para seus filhos
proteger”.
PRECE
Salve majestoso Pai Olorum, que tudo vê,
Obrigada divino Pai Oxalá, Estrela Guia.
Obrigada ao Caboclo das Sete Encruzilhadas
Que fez nascer na terra
A nossa Umbanda Sagrada.
Por: Sebastiana Penha Campana
e-mail: [email protected]
De Vovô Florentino de Agodô (recebida por Douglas O Elias – [email protected] Casa Pai
Benedito de Aruanda- em 02/02/2010)
“Recebe de Olorum o ser humano a graça de uma nova morada do espírito, um corpo, de novo,
para seu aprendizado Humano”.
Durante a sua jornada em vida, assediado pela fascinação do mundo carnal, tem como objetivo
vencê-la para realizar na Verdade da Vida, a Realidade que ele é: Um Ser em eterna evolução.
Aprendiz, fadado ao acerto, esquece-se deste e vicia erros, transformando bons relacionamentos
com Olorum, Orixás, Seres Divinos, seus irmãos, seus mentores e as coisas em gigantesco emaranhado
de situações negativas difíceis de explicar.
Mutuamente, os envolvidos clamam por justiça, mas a justiça de só a eles beneficiarem e,
quando muito , sob o comando deles para sentirem-se compensados.
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Assim, sofre-se na vida. E cá, após os recessos nos planos espirituais inferiores, balizando
negativas condutas erradicadas pelo sofrimento, no socorro libertam-se para mais uma vez reencarnar.
E repetem-se nos mesmos vícios.
Reconduzem-se da mesma forma e com mais ênfase ao emaranhado de erros e, no Tempo que
deveria utilizar como atenuador e ter a liberdade, contraria globalmente a vontade divina impondo suas
regras, formando enormes egrégoras trevosas que atraem seres semelhantes, na tristeza de o mais frágil
escravizar.
Desequilibrando-se e também o Planeta, o faz regredir pela sua natureza, transformando-o em
trevas e religando-se a elas.
Dessa maneira, intenta transformar a Terra em Trevas, irmanando-se pelas energias,
pensamentos e ações a esses planos.
As ações dos obsessores sedentos de energia e cegas justificativas filtram facilmente suas auras
de luz, transformando elas também em antros negros da promiscuidade dos mais sagrados fundamentos
que é o Amor a Olorum, a si e ao irmão.
Já não há mais como diferenciar os seres humanos, em sua maioria, dos desencarnados em
negativação, exceto pela contextura material, porém, até elas, experimentam variações manipuladas
pelas técnicas médicas, orgânicas e mentais, num triste estado de troca de interesses mundanos, no
comércio medonho da vampirização programada em receitas e
insistentes informações mentais negativas incentivando mais.
Evoluindo as ciências físicas e as nomeadas psicológicas,
usa-se de programas em máquinas e outros instrumentos de
comunicação invertendo as ações que libertam na ficção da
prosperidade e a promessa falsa do bom padrão de vida.
Os que estão encarnados aprendem as mesmas técnicas de
vampirismo que as usadas nas trevas e, com elas formam escalas
imensas de forças negativas, apresentadas das mais variadas
formas e dos mais vertidos processos.
Técnicas de Mentais negativos de extrema inteligência
são assimiladas e plastificadas nos engenhos de utensílios para a morte, na química dos elementos para
o desequilíbrio psíquico e as ciências de comunicações criam ícones e líderes com suas modas com
seguidores em coisas tão grotescas que contrariam a vida.
Já não há mais moral; já não mais se edifica a vida; o respeito e consideração viraram interesses
comerciais sempre objetivando um maior consumo saciando as necessidades básicas das vontades mais
primárias.
Inverteu-se o homem. Vosso mundo está obsedado. Os homens estão auto-obsediando-se
quando obsedado e obsessor trocam às vezes na retaliação errônea de pagar o mal com o mal maior.
Quer no mundo físico, o pensamento desequilibrado, alcança o irmão provocando-lhe baixas
energéticas e uma grande janela para os seres das sombras; quando não, utilizam-se das técnicas dos
processos, do convencimento, dos recursos limitando ações do ser objetivado, tentando e, por vezes,
conseguindo sua ação.
Suas cidades estão sob nuvens negras de irradiações negativas e viciadas que também as
alimentam. Seus pés caminham atraídos pela força da gravidade, mas na grave e maléfica intenção dos
seres das trevas.
Seres desencarnados imantam-se às pencas aos encarnados mudando padrões de pensamento,
sentimentos e ações.
Pois, então, irmãos Divinos e Filhos de Olorum, Nosso Pai, no Tempo certo, Os Sagrados
Orixás de Olorum vêm para colocar as coisas em cada lugar.
Por se a Verdade simples em sua essência e complexa na sua Universalidade é também através
da Umbanda e em Seus Mecanismos Gerenciadores e Gerenciados pelos Orixás de Olorum que mais
facilmente chegam a Claridade da Luz para libertação e direcionamento, pelos ensinamentos e
esclarecimentos.
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Por ser natural, sem dogmas e preconceitos, fala e comunica-se diretamente à Essência Divina
de cada Ser Humano, potencializando-a pela Fé, agigantando-a e fazendo eclodir todo o potencial
Divino de cada um, transformando o que está imundo e negativo, em leveza feliz.
Gradativamente, os reflexos destas mudanças projetam-se eliminando egrégoras falsas,
corrigindo caminhos, protegendo a luz do mental de cada um e ativando os instrumentos de cada ser
espiritual, imantando-o novamente aos seus Protetores, Guardiões, e Guias que mais ainda
potencializarão ações benéficas.
Pelo objetivo Divino que por Olorum Foi Criada que é a bandeira da Caridade, do Amor e da
Fé, a Sagrada Umbanda é realmente e integralmente Caridade, Amor e Fé, sendo que cada uma destas
Divinas nomeações (que é para que compreendam), traz um Universo de Olorum sempre à disposição
de todos. Seus fundamentos, mecanismos e ativações universalmente são revelados à medida que nos
esforçamos nestes mesmos sentimentos.
Têm Seus Fundamentos, Suas Bases Inteligíveis que é para que não se enganem.
Pois, nessas horas de grandes transformações necessárias para as suas felicidades verdadeiras, é
através dos homens de bom coração às coisas Divinas e da Vida que o poder Divino se manifesta.
Sim: são os médiuns os portadores dos equipamentos imponderáveis de comunicação com os Seres da
Luz para seu mundo e as condições em que se
encontram.
São os soldados de Olorum à frente de
batalha sendo que nunca estão sós, pois através
Deles podemos manifestar a cura, direcionar novo
caminho, libertar, enfim, o ser humano da
confusão mental que ele criou desaprisionando-os
da erraticidade.
Assim, e por este motivo, são
constantemente assediados e isso é permitido, pois
filtram as intenções de quem já está pronto para o
Acima acessar.
De tantos assédios negativos e
inteligentemente promovidos pelos maiorais das trevas, podem os médiuns fracassar em seus intentos.
É o que vemos daqui, pois muitos sofrendo perseguições, muitas vezes invertem instrumentos
da Luz provocando retaliações numa perversa guerra e terminam se negativando também, fascinado
pelo falso gozo do prazer da devolução no mesmo peso e medida que fere e prova uma força que não é
a da Luz.
A estes, precisam utilizar o poder do conhecimento que têm, vibrando sempre em oração, canal
de comunicação com Olorum e suas Forças Espirituais que os assistem, sob a pena de mudar seu
padrão mental do positivo para o negativo e assim, também ser escravizado pelas sombras, trocando
seu progresso pelo sofrimento e a dor, ao invés da felicidade e amor.
Deveis combater a obsessão de que são alvos, pelo mecanismo do perdão e esclarecimento.
Buscando a libertação do vínculo que no passado foi criado ,quando devedores (e todos os
encarnados o são) , e, até mesmo aqueles que, por ignorância, praticam o mal em suas perseguições, a
estes todos devemos ao invés da imposição pelo castigo, a libertação pelo perdão.
Este sentimento de amor potente nos médiuns da Umbanda nos municia de ferramentas e
autorizações para que possamos nos manifestar e fazer a graça pelo merecimento e iluminar um novo
caminho de liberdade para todos.
Já tentaram perceber o quanto sofre quem persegue? O quanto é difícil viver com sentimento de
raiva, de ódio, de mágoas?
Quando assim, os mecanismos do medo criam forças terríveis transformando tudo à volta desse
ser em insaciáveis degenerações da sua essência. Estranhamente, sacia o prazer de criar mais
sofrimentos justificando obsedar as trevas quem os prejudicou, pois, viciado e cego, não perdoou
também, transformando este labirinto de negatividades nessa obsessão gigante que está negativando o
Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 23
seu mundo e, indo além, até nas esferas positivas, mais próximas da Terra, também há desequilíbrios.
Aqui, permanecemos em Guerra para protegê-los, médiuns de Umbanda.
Para protegê-los, Médiuns da Umbanda, nossas armas são com as espadas da Luz, o perdão
incondicional e o esclarecimento utilizando dos elementos que nos fornecem do seu mundo, mas
doados com amor, com gratidão, fé e esperança no Amor.
Aqueles que pensam e aciona sua coroa sem estes requisitos, que é o perdão, cegos também,
imantam e alimentam as sombras, muitas vezes sendo guiados pelas inteligências trevosas que usam
dos recursos da FASCINAÇÃO, indicando caminhos e até premiando, verdadeiro truque que hoje, no
Tempo certo, espelham em vossas vidas, em vosso mundo, em vosso ser.
Seus Guias e Protetores os protegem desses negativos acessos, mas, por vezes, vocês os limitam
pelo conteúdo que grassam no íntimo e que assim, os deixam sofrer para que aprendam a não mais
colaborar com sentimentos contrários ao Amor, a Fé e a Bondade.
Devem não se preocupar com retaliações ao mal. Isso a Lei Maior é quem efetiva.
Não contrarie a Luz dos Seus Guias e Protetores pelo erro do não perdão.
Seus sentimentos tem que estar na nobreza da dignidade das Coisas Divinas.
Seus atos desde a oração, aos firmamentos conforme seus Orixás, Guias e Protetores, Seus
instrumentos, e todos os mecanismos Divinos que acessam, devem estar além do equilíbrio entre a
razão e a emoção, eivado com a Fé e o Amor.
Não há motivos para temer e nem acionar mecanismos de devolução, pois quem assim faz, na
oportunidade de pagar o mal com o bem, não há outro jeito, há de sofrer também.
É, portanto, a obsessão, a perseguição a maior causa de sofrimento dos seres, tanto encarnados
quanto nas trevas. Ao médium Umbandista é dada a oportunidade de colaborar com a Luz para extirpar
de vez com esse mal.
Atente-se para que não vos enganes: A paga do mal é pelo bem e o perdão liberta quem foi
prejudicado e abre caminhos para a Esplendida Felicidade Divinos da Evolução Verdadeira, quando o
Mundo, em graça e no regozijo da realização maior, viverá no relacionamento do amor, da dedicação,
da compreensão.
A Lei Divina sempre esta em ação, procurando o Equilíbrio.
Vosso mundo vai se equilibrar, mas é através das dedicações dos Filhos de Fé.
E Um mundo Maior se descortinará com o Sol absoluto Universal grassando em todas as
frequências, em todos os matizes, em todas as cores, em todos os seres.
E Aruanda estará então firmada para sempre nos corações e nas mentes dos Filhos de Olorum.
Criem coragem. Façam a coisa certa. Por acaso não confiam em seus Guias e Protetores? Não
confiam em seus Orixás, em Olorum?
Oras!
Benditos os Médiuns de Umbanda de bom coração. Sarava à Umbanda Infinita.
As Bênçãos de Olorum São Infindas e Abençoe-nos também Nossos Orixás, Nossos Guias e
nossos protetores que nos dão a força, o amparo e determinação para que firmemos o Sagrado.
Coração da Umbanda nas mentes e nos corações de quem sofre, procura e encontra ajuda no
amor, caridade e fé nos milhares de Tendas e Terreiros nesse imenso país.
Estejamos sempre preparados.
Esta uma função Divina, além das coisas prosaicas da matéria.
Alegrem-se, pois e agradeçam firmando em seus corações a clássica do Rabi, pois:
“Vovô na Engira, é Jeje, é Nagô”!
Os pretos-velhos são sábios no Amor
Se for para sofrer? Cuidado Sinhô
Só entra na Engira quem é bom Trabalhador
Seu sucesso na vida está na cartilha do Nosso Senhor
Perdoa o mal que por desventura seu irmão firmou
Oxalá sete vezes setenta também perdoou
Adore as Almas!
Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 24
“Amado Pai Olorum, Amados Orixás, peço-Lhes humildemente para que acolham e
“recebam minhas orações como pedidos de misericórdia”.
Evoco Deus, Todos os Seus Tronos da Criação, Todos os Orixás Originais, peço-Lhes licença
para me comunicar com todos os Orixás pessoais de todas as pessoas que estão sofrendo com estas
chuvas que vem castigando nosso povo, bem como todas as catástrofes naturais.
Peço primeiro a Consciência, para que possamos retratar todos os danos que fizemos em toda a
Criação de Nosso Pai Olorum.
Peço ao Orixá da Fé que nos dê força de pensamento para alcançar esse objetivo;
Peço ao Orixá do Amor que, não só por esse fato, mas por tudo que nos cerca, possamos nos
unir, independente de raça, cor, religião ou valor,
Peço ao Orixá do Conhecimento que nos dê todo o conhecimento que precisamos para que
possamos aprender com nossos erros e não os cometer mais,
Peço ao Orixá da Geração que faça gerar no íntimo de cada um de nós a Fraternidade para
ajudarmos a todos os irmãos que perderam suas casas nessas chuvas, suas famílias, e que possamos ser
mensageiros da Sua Luz e manifestadores Dela,
Peço ao Orixá da Ordem que ordene nosso padrão vibracional e de atitude para que não
afetemos mais as Forças da Natureza e elas se ordenem por si só,
Peço ao Orixá do Equilíbrio que nos mostre, conscientize a diferença entre o certo e o errado
para que possamos viver em paz com tudo o que Nosso Amado Pai Olorum criou,
Peço ao Orixá da Evolução que nos faça evoluir a ponto de podermos encerrar todos os
padrões negativos que começamos e vibramos até hoje para que possamos desfrutar e evoluir com tudo
o que Nosso Pai Olorum exteriorizou.
E, como regentes da Criação, eu Vos clamo humildemente que irradie todos os Orixás pessoais
de cada um dos seus filhos, irradie sua coroa, com todas as suas funções divinas para que aqueles que,
hoje merecem sofrer, pela Vossa Onisciência e Onipotência Divina, que amanhã possam sorrir.
Para os que hoje merecem odiar, amanhã possam amar.
Para os que hoje merecem a doença, amanhã possam merecer a saúde.
Por aquele que hoje olham separados, em verdades isoladas, amanhã possam olhar na direção
em que Nosso Pai Amado Olorum olha.
Que cada um de nós possa ser auxiliado conforme nossas necessidades e merecimentos. Amém!
Por: Franz Meier
Acesse: http://umbandaconscienciaejuventude.blogspot.com/
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PONTOS DE FORÇAS
Irmão em Oxalá!
Os pontos de força na natureza são sem dúvida nenhuma
um recurso magnífico que nós da UMBANDA fazemos o uso
Sagrado dentro de nossos Rituais que já estão bem difundidos e
o seu uso já está bem fundamentado em nossa Doutrina e em
nossa Teologia, bem como está presente em nossas práticas
religiosas e magisticas e a prática está nas idas às Matas,
Cachoeiras, Praias, Pedreiras, Montanhas, Campinas, Encruzilhadas, Lagos etc., tendo em vista a
renovação de forças individuais ou coletivas, anulação de forças astrais negativas que estejam atuando
sobre os indivíduos ou sobre a coletividade, para finalizações de trabalhos magisticos iniciados dentro
dos terreiros, e tantos outros recursos.
Mas outra questão que está presente na vida de todos nós é a
ida aos pontos de Força da Natureza para nosso deleite e prazer, isto
faz parte da concepção do ser humano, está em nós à necessidade do
contato com a natureza. Este uso também renova as energias dos que
os frequentam, reduz o stress, higieniza e mente e contribui para a
boa saúde física, este último desde que frequentado por pessoas
capacitadas e preparadas para as atividades esportivas, mas apesar de
todos estes benefícios continua sendo um uso profano, e não fere
nenhum principio em nossa Doutrina Religiosa, desde que não se deixe lixo nos locais, não se polua,
não se retire nada e não se deixe nada, questão esta não religiosa, mas de bom senso e consciência
ambiental!
Então façamos sim o uso daquilo que nosso criador OLORUM concebeu em sua magnífica
obra. Não tenhamos em nossa mente e em nosso coração receios, dúvidas ou medos mistificados.
É certo que os clarividentes descrevem que durante este uso somos abençoados pela presença de
seres astrais elementais, que realizam em nós esplendidos trabalhos sutis e que sem dúvida contribuem
positivamente para que nosso espírito e todos os nossos dons
mediúnicos sejam trabalhados, limpos e desobstruídos; que nossos
chacras sejam energizados e que nós sejamos energizados e
revigorados, física e espiritualmente.
E quantos de nós nem se dão conta de tudo isso! Fazemos o uso
profano, entramos e saímos destes locais e nem nos damos conta sobre
tudo o que está ocorrendo à nossa volta.
Nosso criador OLORUM, que é onisciente e onipresente, envia suas
vibrações divinas através dos diferentes planos da Criação.
Elas estão em tudo e em todos e a todo o momento, bastando estarmos com nossa consciência
limpa, nossos atos condizentes com nossa condição evolutiva que certamente estaremos nos
beneficiando de tudo o que Ele nos propicia a todo o momento e em todo lugar. Mas nos pontos de
forças da Natureza é onde tudo isto ocorre de forma mais intensa, ali vibram energias de nossa Mãe
Natureza onde tudo é perfeito e a vida está em equilíbrio, ao contrário de locais onde há concentração
de energias negativas, onde estas energias estão latentes e vibrantes tanto nos locais quanto com as
pessoas que os frequentam e isto se transformando em formas pensamento
e em vibrações coletivas que tanto nos afetam negativamente,
principalmente àqueles que estão com a mediunidade abalada. Vamos
então aos pontos de forças da natureza, vamos às praias, cachoeiras,
matas, pedreiras por diversão, relaxamento, renovação de energias, mas
tudo com respeito ao meio ambiente e aos seus sustentadores e guardiões.
E com respeito e reverência, vamos usar com responsabilidade, com
Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 26
liberdade, mas não com libertinagem, não como ponto de desova
do lixo material gerado por nós, não como local de desrespeito,
inclusive à própria vida.
Os pontos de forças da Natureza são os chacras do planeta,
então não vamos obstruí-los, contaminá-los, sujá-los e deixa-los
sem a menor consciência. Vamos sim, sempre que utilizarmos
estes locais, recolher tudo o que levamos e que não pertencem à
biodiversidade do ecossistema ali existente e, se possível, ainda
retirar o que foi deixado lá por pessoas não esclarecidas e que não
possuem uma consciência ambiental desenvolvida.
E não nos esqueçamos, vamos saudar todas as forças
presentes nestes pontos de Força da Natureza, pedir a devida licença aos seus Sustentadores e
Guardiões para entrarmos e sairmos e para o uso profano por nós e por quem nos acompanha e vamos
aproveitar o que OLORUM deixou à nossa disposição para que nos sirvamos com responsabilidade!
VIVA O LIVRE ARBÍTRIO! Marcelo Cordeiro
AS 4 LEIS DA ESPIRITUALIDADE NA ÍNDIA
A primeira lei diz: A pessoa que chega é a pessoa certa.Significa que nada ocorre em nossas vidas por casualidade. Todas as pessoas que nos rodeiam, que
interagem conosco, estão ali por uma razão, para que possamos aprender e evoluir em cada situação.
A segunda lei diz: O que aconteceu é a única coisa que poderia ter acontecido. Nada, absolutamente nada que ocorre em nossas vidas poderia ter sido de outra maneira. Nem mesmo
o detalhe mais insignificante! Não existe: se acontecesse tal coisa, talvez pudesse ter sido diferente...
Não! O que ocorreu foi a única coisa que poderia ter ocorrido e teve que ser assim para que
pudéssemos aprender essa lição e então seguir adiante. Todas e cada uma das situações que ocorrem
em nossas vidas são perfeitas, mesmo que nossa mente e nosso ego resistam em aceitá-las.
A terceira lei diz: Qualquer momento que algo se inicia, é o momento certo.Tudo começa num momento determinado. Nem antes, nem depois! Quando estamos preparados para
que algo novo aconteça em nossas vidas, então será aí que terá início!
A quarta e última lei diz: Quando algo termina, termina!Simplesmente assim! Se algo terminou em nossas vidas, é para nossa evolução! Portanto, é melhor
desapegar, erguer a cabeça e seguir adiante, enriquecidos com mais essa experiência! Autor Desconhecido
Enviado por: [email protected]
JORNAL NACIONAL DA UMBANDA
Esta é a edição nº 08 do Jornal Nacional da Umbanda, e assim como você, outros 124.600 pessoas
também estão recebendo o Jornal Nacional da Umbanda por e-mail. Esperamos alcançar a meta de um
milhão de leitores, para tanto contamos com a sua ajuda, divulgue o Jornal de Umbanda em seu grupo
de amigos, através de seus mailings, Orkut, blogs e etc.
O Jornal Nacional da Umbanda trará em breve a edição especial nº 02 sobre MACUMBA, não
deixe de se cadastrar em nossa newsletter.
Envie-nos seus textos, matérias, conte como é a umbanda na sua cidade, no seu Estado,
festividades, comemorações, pontos cantados diferentes, giras, passes coletivos... Divulgue-a.
Somente serão publicados textos e matérias que vierem acompanhados de autorização para
publicação.
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Laroyê, Senhor das Intenções! Laroyê, Exu Mirim!
Para falar desse Orixá na Umbanda, é preciso muito cuidado, pois até pouco tempo atrás, não se
sabia ao certo qual era a função de Exu Mirim na vida das pessoas e tampouco se conhecia a sua
função dentro da Umbanda.
Pois bem, Exu Mirim é, como todos os outros Orixás, uma exteriorização do nosso Pai Amado
Olorum, e assim sendo, é manifestador de Suas Virtudes Divinas e está ai para nos auxiliar em um
caminho de Evolução.
Quando esse Orixá foi incorporado pela Umbanda e aconteceram suas primeiras manifestações,
por conhecê-lo pouco ou nada além de que se mostra na forma infantil, foi criada uma imagem
negativa sobre ele (assim como ocorreu o mesmo com Orixá Exu, Orixá Pomba Gira e suas falanges).
Enquanto o Erê era considerado a criança boa, a criança da Direita, que manifestava a inocência,
Exu Mirim era considerado a criança de rua, que se drogava, que, enquanto “encarnado” era
bandidinho, travesso e que já provocava confusões. E, como Exu já estava sendo difamado por falta do
conhecimento divino pelos encarnados, Exu Mirim foi colocado ao seu lado como “Exu Pequeno” (que
é a tradução de Mirim).
Devido à autorização do Plano Divino, isso está começando a ser desmistificado com uma
grande ajuda de Pai Benedito de Aruanda e seu médium Rubens Saraceni, para que possamos
transcender a visão humana – que era usada para explicar o inexplicável até então – e começarmos a ter
um pouquinho da visão divina de nossos amados Orixás.
Exu Mirim então, pelo que pude perceber e estudar e pelo pouco que já foi aberto para nós,
mostrou-se um Orixá que se manifesta através de seres encantados, ou seja, seres que nunca
encarnaram nessa realidade, nesse Plano da Vida onde estamos, e que rege o Plano das Intenções.
Portanto, caro Irmão Umbandista: não faria sentido estarmos em uma Religião cujo propósito é fazer o
bem (como foi afirmado pelo Senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas quando a criou) e aceitar
manifestações de seres malignos para nos auxiliarem.
Pois, por ser uma Religião, e com o propósito de nos tornar manifestadores de espíritos, como
Deus poderia colocar ao nosso lado um Guia Espiritual que nos levaria para o buraco? Que aumentaria
nossos desequilíbrios?
Ou seja: se você, Irmão, tiver uma intenção boa e não souber como exteriorizá-la, pois ainda não
sabe como concretizá-la ou está confuso em algumas decisões, ai está Exu Mirim.
Peça auxílio a Exu Mirim e esse auxílio virá de forma a descomplicar e reordenar as suas ideias
para que fiquem mais claras e objetivas.
Mas, atenção, Caro Irmão!
Do mesmo jeito que Exu Mirim acolhe uma ideia boa e faz de tudo pra que ela se exteriorize,
seus manifestadores são muito espertos, atentos, curiosos em suas ações, cuidado com suas intenções,
pois, se a intenção é qualquer coisa contra a Lei Maior e a Justiça Divina, principalmente aquelas que
fazem com que outras mentes sejam influenciadas e/ou induzidas ao erro perante essas Forças de nosso
Pai Amado Olorum, ai é que Exu Mirim ativa o seu Mistério Divino de forma a exteriorizar tal
intenção para que fique claro aos olhos de todos, para que vejam o ridículo, a negatividade, a exposição
das suas intenções.
Então, tenhamos muito cuidado, pois, eu particularmente, não gosto de nomear um Orixá para
um ano, mas, enquanto estou digitando esse texto, os Exus Mirins aqui presentes me passam essa
mensagem:
“Esse é o Nosso ano, como todos os outros: o Ano da Intenção. Sendo boa ou má, lhe
mostrarei a minha ação!”
Laroyê, Exu Mirim! Exu Mirim é Mojubá!
Para saber mais: Livro: Orixá Exu Mirim – Autor: Rubens Saraceni – Editora: Madras
Texto enviado por: Franz Meier.
Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 28
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Para quem gosta de estudar e aprecia a obra de Rubens Saraceni.
Por meio dos romances identificamos tramas de espíritos,
Que se desdobram por meio de várias encarnações.
E assuntos que são abordados de muitos ângulos
Diferentes. Um destes assuntos é sobre o
“Príncipe das Trevas”
O Príncipe das Trevas - Na Obra de Rubens Saraceni
Organizado e Comentado por Alexandre Cumino
O que seria isto à Luz da Umbanda?
A Umbanda não crê em “demônio”, da forma como foi idealizado no Cristianismo e mais
especificamente no Catolicismo ou no Islã, no entanto muitas vezes nos deparamos com “Mistérios
Negativos” ou “Mistérios Divinos” assentados em faixas negativas, às quais chamamos de trevas, que
outros identificam com o popular “inferno”, e nos questionarmos acerca de nossa ignorância sobre os
mesmos.
Afinal Inferno não é um estado de espírito, ou região astral criada pelo psiquismo dos que estão
mentalmente nesta condição?
No entanto me parece que algumas regiões negativas foram criadas antes que ali chegasse o
primeiro espírito trevoso, apenas um ser (filho de Deus) negativado. Não é fácil avaliar quem desce as
trevas, afinal muito amor deve ter a mãe ou o pai que vai visitar ou resgatar um filho na cadeia, numa
zona de meretrício ou numa “cracolândia”. Mas nem sempre esta mãe ou pai, por mais amor que tenha,
pode ir desprotegido demonstrando sua fragilidade, mesmo porque, para entrar em certos lugares não
se pode ser frágil.
Lendo a obra psicografada por Rubens Saraceni nos deparamos muitas vezes com mistérios da
criação em suas realidades negativas, que em outras obras nem de perto nos foram apresentadas e
muito menos de tal forma.
Em A Evolução dos Espíritos tomamos conhecimento de um Avatar, um Demiurgo, que em
uma era desconhecida para nós, Era Cristalina, talvez a mítica Atlântida, que encarnou e chamou a si
todos os filhos de Deus negativados para recolherem-se com ele nas faixas negativas do astral.
Esta seria uma forma de entender o mítico Lúcifer, um mistério assentado nas Trevas para
recolher os que ficam caídos á beira dos caminhos da evolução.
No Cavaleiro da Estrela Guia nos deparamos com “O Próprio Ser Infernal” que invade a
“Assembleia Sinistra” com o objetivo específico de levar consigo o Cavaleiro, que mergulha na dor e
nas trevas.
Nas palavras do Cavaleiro da Estrela da Guia:
O que me aconteceu? O horror, o pavor, o medo, a angústia, a aflição, o desespero, a
loucura, o remorso, a tentação, a luxúria, o desejo, e muitos outros mistérios das trevas da
ignorância se fizeram vivos no meu mental: tanto superior quanto inferior. Todo o meu ser
imortal foi violado e violentado. O horror de me ver sendo levado... (continua na seção de
textos especiais do jornal).