LAGO NORTE, BRASÍLIA, DF - ANO 11 - NÚMERO 04 - … · é uma espécie de Natal antecipado. E sua...

4
www.nossasenhoradolago.org.br LAGO NORTE, BRASÍLIA, DF - ANO 11 - NÚMERO 04 - JUNHO/2018 Pe Norbey - Pároco E chegou o mês de junho. Que fecha a metade do ano. Mês de São João Batista, tão feste- jado pelo folclore popular, mas também de suma importância na liturgia da Igreja. Nosso pároco, Padre Norbey, traz num artigo, sua vida e exemplo, e conclama- nos a imitá-lo. A Igreja celebra, também neste mês, uma devoção es- pecial ao Sagrado Coração de Jesus, cuja festa acontece no dia 8. Aliás, na mesma data a nossa Arquidiocese convoca os fiéis para uma manhã de Oração pela Santificação Sacerdotal. Um texto destaca nesta edição a im- portância da data. Completam a pauta deste mês artigos sobre: Santo Antô- nio e os Namorados (12 e 13) Dia Mundial do Doador de San- gue (14), Dia do Migrante (19) e do Refugiado (20), São Luiz Gonzaga (21), Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (27), e São Pedro e São Paulo (29). A Festa do Migrante, da Ca- pela Nossa Senhora Mãe dos Mi- grantes, no Varjão, que ocorrerá nos dias 16 e 17, sábado e do- mingo, está nesta edição, além da festa junina do Taquari. Na última página do Infor- mativo estão elencados outros eventos para os quais a comu- nidade é convidada a participar com alegria e vibração. Destaque especial para a posse de 15 no- vos Ministros da Sagrada Comu- nhão Eucarística, dia 1º de julho. Editorial São João Batista Apareceu um homem enviado por Deus, que tinha o nome de João. Ele veio para dar testemunho da luz e preparar o povo para a vinda do Senhor. A Igreja celebra com muita alegria o nascimento de São João Batista. Continua a ser para os homens de hoje um grande modelo: de fidelidade, humildade, valentia, e de sobriedade. Vamos hoje aprender com ele a amar a Jesus vivo aqui no meio de nós e que ele apresentou ao mundo. Segundo o Evangelho de Lucas, João, o Batista, nasceu numa cidade do reino de Judá, filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, parenta próxima de Maria, mãe de Jesus. Lucas narra as circunstâncias sobrenaturais que precederam o nascimento do menino. O arcanjo Gabriel, apresentou-se dian- te de Zacarias na Igreja que cuidava e disse-lhe que suas orações haviam sido ouvidas e em consequência, sua mulher, Isabel, que era estéril e de idade avan- çada, ia conceber e lhe daria um filho. E agregou: “Tu lhe darás o nome de João e será para ti objeto de júbilo e alegria; muitos se regozijarão por seu nasci- mento visto que será grande diante do Senhor”. Mas Zacarias duvidou e assim perdeu a voz. Quando o porta-voz da Redenção nasceu, e Zacarias escreveu numa tabuinha: “Seu nome é João”, o Sacerdote recuperou imediatamente a fala e entoou um hino de amor e agrade- cimento conhecido como “Benedictus”, que a Igreja repete diariamente em seu ofício. São João Batista, embora concebi- do no pecado original, foi dele purificado antes de nascer, quando sua mãe, Santa Isabel, foi visitada pela Santíssima Vir- gem, que por sua vez portava no seio o Salvador. “Ora, quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estre- meceu no ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo”. Por isso, São João Batista é o único Santo cujo nascimento se comemora na Liturgia, além da pró- pria Virgem Maria, que já foi concebida isenta de todo pecado. Dele é difícil dizer coisa melhor do que aquela que os Evangelhos referiram. A religiosidade popular lhe consagra cantos, danças folclóricas e fogueiras. Isso desde o século IV. Seu nascimento é uma espécie de Natal antecipado. E sua vida de pregador prepara a chegada de Cristo. Ao atingir a maturidade, o Batista se encaminhou para o deserto e, nes- se ambiente, preparou-se, através da oração e da penitência - que significa mudança de atitude, para cumprir sua missão. Através de uma vida extrema- mente coerente, não cessava jamais de chamar os homens à conversão, adver- tindo: “Arrependei-vos e convertei-vos, pois o reino de Deus está próximo”. João Batista pregava fortemente contra a imoralidade e a hipocrisia. Por dizer a Herodes que não era certo “dor- mir” com a cunhada, foi preso apedido de Herodíades. Depois, morreu decapi- tado, também a mando da cunhada e amante, após a dança de Salomé, sobri- nha de Herodes (Mateus 14). João Batista passou a ser co- nhecido como profeta. Alertava o povo para a proximidade da vinda do Messias e praticava um ritual de puri- ficação corporal por meio de imersão dos fiéis na água, para simbolizar uma mudança interior de vida. A vaidade, o orgulho, ou até mesmo a soberba, jamais estiveram presentes em São João Batista. E podemos comprová-lo pelos relatos Evangélicos. Hoje, infe- lizmente, muitos se enchem de inveja e de ódio, quando ficam sabendo que uma pessoa recebeu alguma graça ou que está progredindo na vida. Essa é a atitude de pessoas amigas e discípu- las do demônio. São João Batista é o padroeiro dos injustiçados por causa da fé. Santo pa- droeiro da amizade. São João Batista aparece no Evangelho como modelo de fé e de humildade. Ele “o maior entre os nascidos de mulher”, como Jesus afir- mou, não se julgava digno de desatar a correia das sandálias do Messias. Isso nos ensina a tratar a Jesus, a adorá-lo na Eucaristia, a acolhê-lo na Sagrada Comunhão. Temos de redescobrir este respeito diante de Jesus. o respeito pela pre- sença de Jesus na Eucaristia. A Euca- ristia é o centro da vida cristã. Assim a compreenderam os pastorinhos em Fáti- ma e assim devemos vivê-la na nossa vida de cristãos. Hoje as nossas Igrejas parecem mais um espaço profano, pela maneira como muitos se comportam. Os Casa- mentos assemelham-se a uma feira. E o mesmo pode acontecer em Batizados ou em velórios. Muitas pessoas que andam na Igreja perderam já o sentido desta presença do Senhor, que, sendo nosso amigo, não deixa de ser o nos- so Deus e merecer o nosso respeito e Adoração. Nós Sacerdotes temos de chamar a atenção para este respeito na casa de Deus, mesmo que alguns não gostem. E não só os Padres. Todos os cristãos têm de zelar pela casa de Deus, sejam Igrejas ou Capelas. Jesus expulsou os vendilhões do templo, que no átrio vendiam e compra- vam as coisas para o serviço do culto. E disse-lhes “está escrito: a minha casa é casa de oração e vós fizestes dela co- vil de ladrões” (Lucas 19, 46). A casa de Deus é lugar de silêncio, de oração. Se entrássemos no palácio da rainha de Inglaterra, não iríamos para lá fazer al- gazarra. Quanto mais na Casa de Deus! Aproveito o exemplo de São João Batista, de humildade e reverência ple- na diante do Salvador, para conclamar os fiéis a retomarmos, definitivamente, Mais uma vez lembramos que a partir de abril passamos a publicar o Informativo total- mente digital, em três formatos específicos: um para smartfone (celular), um para tablete (iPad) e outro para computador. Para acessá-lo basta digitar o endereço www.insl.inf.br. Leia e divulgue entre seus amigos e grupos de redes sociais. Este é um bom meio de evangelização! Outro lembrete: Até que todos se adap- tem à nova tecnologia, teremos na Secretaria, arquivo digital que poderá ser impresso a pedido dos interessados.

Transcript of LAGO NORTE, BRASÍLIA, DF - ANO 11 - NÚMERO 04 - … · é uma espécie de Natal antecipado. E sua...

Page 1: LAGO NORTE, BRASÍLIA, DF - ANO 11 - NÚMERO 04 - … · é uma espécie de Natal antecipado. E sua vida de pregador prepara a chegada de Cristo. Ao atingir a maturidade, o Batista

www.nossasenhoradolago.org.br

LAGO NORTE, BRASÍLIA, DF - ANO 11 - NÚMERO 04 - JUNHO/2018

Pe Norbey - Pároco

E chegou o mês de junho. Que fecha a metade do ano. Mês de São João Batista, tão feste-jado pelo folclore popular, mas também de suma importância na liturgia da Igreja. Nosso pároco, Padre Norbey, traz num artigo, sua vida e exemplo, e conclama-nos a imitá-lo.

A Igreja celebra, também neste mês, uma devoção es-pecial ao Sagrado Coração de Jesus, cuja festa acontece no dia 8. Aliás, na mesma data a nossa Arquidiocese convoca os fiéis para uma manhã de Oração pela Santificação Sacerdotal. Um texto destaca nesta edição a im-portância da data.

Completam a pauta deste mês artigos sobre: Santo Antô-nio e os Namorados (12 e 13) Dia Mundial do Doador de San-gue (14), Dia do Migrante (19) e do Refugiado (20), São Luiz Gonzaga (21), Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (27), e São Pedro e São Paulo (29).

A Festa do Migrante, da Ca-pela Nossa Senhora Mãe dos Mi-grantes, no Varjão, que ocorrerá nos dias 16 e 17, sábado e do-mingo, está nesta edição, além da festa junina do Taquari.

Na última página do Infor-mativo estão elencados outros eventos para os quais a comu-nidade é convidada a participar com alegria e vibração. Destaque especial para a posse de 15 no-vos Ministros da Sagrada Comu-nhão Eucarística, dia 1º de julho.

Editorial São João BatistaApareceu um homem enviado por

Deus, que tinha o nome de João. Ele veio para dar testemunho da luz e preparar o povo para a vinda do Senhor. A Igreja celebra com muita alegria o nascimento de São João Batista. Continua a ser para os homens de hoje um grande modelo: de fidelidade, humildade, valentia, e de sobriedade. Vamos hoje aprender com ele a amar a Jesus vivo aqui no meio de nós e que ele apresentou ao mundo.

Segundo o Evangelho de Lucas, João, o Batista, nasceu numa cidade do reino de Judá, filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, parenta próxima de Maria, mãe de Jesus. Lucas narra as circunstâncias sobrenaturais que precederam o nascimento do menino. O arcanjo Gabriel, apresentou-se dian-te de Zacarias na Igreja que cuidava e disse-lhe que suas orações haviam sido ouvidas e em consequência, sua mulher, Isabel, que era estéril e de idade avan-çada, ia conceber e lhe daria um filho. E agregou: “Tu lhe darás o nome de João e será para ti objeto de júbilo e alegria; muitos se regozijarão por seu nasci-mento visto que será grande diante do Senhor”. Mas Zacarias duvidou e assim perdeu a voz. Quando o porta-voz da Redenção nasceu, e Zacarias escreveu numa tabuinha: “Seu nome é João”, o Sacerdote recuperou imediatamente a fala e entoou um hino de amor e agrade-cimento conhecido como “Benedictus”, que a Igreja repete diariamente em seu ofício.

São João Batista, embora concebi-do no pecado original, foi dele purificado antes de nascer, quando sua mãe, Santa Isabel, foi visitada pela Santíssima Vir-gem, que por sua vez portava no seio o Salvador. “Ora, quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estre-meceu no ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo”. Por isso, São João Batista é o único Santo cujo nascimento se comemora na Liturgia, além da pró-pria Virgem Maria, que já foi concebida isenta de todo pecado.

Dele é difícil dizer coisa melhor do que aquela que os Evangelhos referiram. A religiosidade popular lhe consagra cantos, danças folclóricas e fogueiras. Isso desde o século IV. Seu nascimento é uma espécie de Natal antecipado. E sua vida de pregador prepara a chegada de Cristo.

Ao atingir a maturidade, o Batista se encaminhou para o deserto e, nes-se ambiente, preparou-se, através da oração e da penitência - que significa mudança de atitude, para cumprir sua missão. Através de uma vida extrema-mente coerente, não cessava jamais de

chamar os homens à conversão, adver-tindo: “Arrependei-vos e convertei-vos, pois o reino de Deus está próximo”.

João Batista pregava fortemente contra a imoralidade e a hipocrisia. Por dizer a Herodes que não era certo “dor-mir” com a cunhada, foi preso apedido de Herodíades. Depois, morreu decapi-tado, também a mando da cunhada e amante, após a dança de Salomé, sobri-nha de Herodes (Mateus 14).

João Batista passou a ser co-nhecido como profeta. Aler tava o povo para a proximidade da vinda do Messias e praticava um ritual de puri-ficação corporal por meio de imersão dos fiéis na água, para simbolizar uma mudança interior de vida. A vaidade, o orgulho, ou até mesmo a soberba, jamais estiveram presentes em São João Batista. E podemos comprová-lo pelos relatos Evangélicos. Hoje, infe-lizmente, muitos se enchem de inveja e de ódio, quando ficam sabendo que uma pessoa recebeu alguma graça ou que está progredindo na vida. Essa é a atitude de pessoas amigas e discípu-las do demônio.

São João Batista é o padroeiro dos injustiçados por causa da fé. Santo pa-droeiro da amizade. São João Batista aparece no Evangelho como modelo de fé e de humildade. Ele “o maior entre os nascidos de mulher”, como Jesus afir-mou, não se julgava digno de desatar a correia das sandálias do Messias. Isso nos ensina a tratar a Jesus, a adorá-lo na Eucaristia, a acolhê-lo na Sagrada Comunhão. Temos de redescobrir este respeito diante de Jesus.

o respeito pela pre-sença de Jesus na Eucaristia. A Euca-ristia é o centro da vida cristã. Assim a compreenderam os pastorinhos em Fáti-ma e assim devemos vivê-la na nossa vida de cristãos.

Hoje as nossas Igrejas parecem mais um espaço profano, pela maneira como muitos se comportam. Os Casa-mentos assemelham-se a uma feira. E o mesmo pode acontecer em Batizados ou em velórios. Muitas pessoas que andam na Igreja perderam já o sentido desta presença do Senhor, que, sendo nosso amigo, não deixa de ser o nos-so Deus e merecer o nosso respeito e Adoração. Nós Sacerdotes temos de chamar a atenção para este respeito na casa de Deus, mesmo que alguns não gostem. E não só os Padres. Todos os cristãos têm de zelar pela casa de Deus, sejam Igrejas ou Capelas.

Jesus expulsou os vendilhões do templo, que no átrio vendiam e compra-vam as coisas para o serviço do culto. E disse-lhes “está escrito: a minha casa é casa de oração e vós fizestes dela co-vil de ladrões” (Lucas 19, 46). A casa de Deus é lugar de silêncio, de oração. Se entrássemos no palácio da rainha de Inglaterra, não iríamos para lá fazer al-gazarra. Quanto mais na Casa de Deus!

Aproveito o exemplo de São João Batista, de humildade e reverência ple-na diante do Salvador, para conclamar os fiéis a retomarmos, definitivamente,

Mais uma vez lembramos que a partir de abril passamos a publicar o Informativo total-mente digital, em três formatos específicos: um para smartfone (celular), um para tablete (iPad) e outro para computador. Para acessá-lo basta digitar o endereço www.insl.inf.br. Leia e divulgue entre seus amigos e grupos de redes sociais. Este é um bom meio de evangelização! Outro lembrete: Até que todos se adap-tem à nova tecnologia, teremos na Secretaria, arquivo digital que poderá ser impresso a pedido dos interessados.

Page 2: LAGO NORTE, BRASÍLIA, DF - ANO 11 - NÚMERO 04 - … · é uma espécie de Natal antecipado. E sua vida de pregador prepara a chegada de Cristo. Ao atingir a maturidade, o Batista

Informativo da ParóquiaNossa Senhora do Lago

Pároco:Pe. Norbey Londoño Buitrago

Equipe de Edição:DuCarmo, Fátima Schenini, Jaci Caetano e Lourdes Valentim.

Contato por email: [email protected]

Telefone:(61) 3368-3790 / 3368-4605Endereço: QI 03 - Lago Norte

Diagramação:Artefato (61) 98534-0500

Maria Letícia - MESCE

N.Srª Mãe do Perpétuo Socorro (Virgem da Paixão)O quadro de Nossa Senhora do Perpé-

tuo Socorro representa a Virgem da Paixão. Foi pintado para animar nossa esperança e oração. Nos recorda as pessoas de Jesus e Maria nos acontecimentos da Paixão. Apro-xima-nos do mistério da redenção de Cristo e da intercessão de Maria em favor dos se-guidores Dele. É a Imagem do Cristo reden-tor nos braços de Maria e a nossa postura ao admirarmos o quadro deve ser de Fé e Ora-ção. O olhar de Maria é o olhar da mãe que conhece a dor, que está sempre pronta para socorrer a humanidade. Nos convida, com serenidade e ternura, a aceitar a vontade de Deus, mesmo diante da dor e da cruz. Tra-ta-se de um ícone (eikónem grego: pintura, imagem ou quadro). O ícone torna presente aquilo que quer recordar.

Os pintores de ícones – monges em geral – pintavam num ambiente de penitên-cia e oração, pensando naqueles que um dia rezariam diante daquela pintura. Jesus Cristo é o ícone, a imagemdo Deus invisível. Também os batizados, quando identificados com Cristo, tornam-se imagens de Deus e templos do Espírito Santo. Procedente da Grécia, o quadro venerado pelos milagres, através dos quais Maria intercedeu, foi co-locado numa igreja em Roma dedicada a São Mateus apóstolo. Depois, passou a ser propriedade dos Redentoristas, que por de-sejo do papa Pio IX, tinham a incumbência de fazê-La conhecida no mundo inteiro. Uma antiga lenda atribui ao evangelista São Lucas o primeiro ícone da Virgem da Paixão.

O quadro é uma pintura em madeira, mostrando quatro figuras sacras: a Virgem Mãe de Deus com o Menino Jesus nos bra-ços e os arcanjos São Miguel e São Gabriel de cada lado, segurando os instrumentos da Paixão.

A Virgem está representada de meio corpo, com túnica vermelha (significando

virgindade na época de Maria em Nazaré), manto azul com forro verde (significando realeza e maternidade); olha diretamente para você – não para Jesus, nem para o céu, nem para os arcanjos ao lado. Ela olha para você como se quisesse falar alguma coisa muito importante; olhos que refletem ternura misturada com tristeza, que parecem dia-logar com quem A contempla. Seus lábios são pequenos para demonstrar o silêncio e a reverência pelas dificuldades perenes da história humana.

Os arcanjos trazem os instrumentos da Paixão de Cristo. Jesus, assustado com os objetos da Paixão, não está olhando para nós, nem para Maria e nem para os arcanjos. Embora Ele se agarre à Sua Mãe, Seu olhar é distante, para alguma coisa que não po-demos ver. As iniciais e o halo dourado em Sua cabeça proclamam que Ele é Jesus, O Cristo. A mão de Maria não segura as mãos do Filho assustado que correu para os Seus braços num apelo protetor, mas permanece aberta, convidando-nos a pôr as nossas mãos nas Suas, unindo-nos a Ele. Os dedos compridos de Maria indicam O Caminho: Jesus. Ele é o único personagem que apa-rece de corpo inteiro. Os pés e o pescoço do Menino denotam o movimento brusco de quem se assusta diante de uma coisa que vê de repente. O que parece assustar o Menino

Com o nome de batismo Castiglione delle Stiviere, nasceu em Roma, Itália, no dia 9 de março de 1568, filho primogênito do príncipe do Sacro Império, Ferrante Ganzaga, um dos nobres comodantes do exército imperial, que possuía o titulo de Mar-quês de Castiglione, irmão do Duque de Mântua e herdeiro do feudo de Casglione.

O desejo do pai que Luiz seguisse seus passos, tornando-se soldado e posteriormente comandante do exército imperial. Por isso, tendo apenas cinco anos, o pequeno Luiz já marcha-va atrás do exército de seu pai, habituando-se à vida militar ao lado de grandes soldados. Por outro lado, sua mãe lhe dava educação exemplar e primorosa, e uma sólida formação cristã. Além disso, frequentava os ambientes ricos e aristocráticos da nobreza italiana.

Luiz, porém, cada vez mais surpreendia sua família. Quan-do tinha por volta de dez anos, ele foi mandado para a cidade de Florença para servir como pajem do grão-duque da Toscana. Foi a partir desse momento, que Luiz decidiu fazer perpetuamente seu voto de virgindade. Logo depois foi ser pajem também do filho de Dom Felipe II, na Espanha durante alguns breves anos. Nesse tempo, procurou e conseguiu estudar filosofia. Porém nas suas horas vagas se dedicava também a oração e as práticas e leituras espirituais.

Aos catorze anos, e ainda na Es-panha, Luiz recebeu sua primeira co-munhão, das mãos de São Carlos Bor-romeu. Tocado pelas palavras proferidas pelo Santo e pelo seu amor pela Eucaris-tia, Luiz sentiu um chamado para a vida religiosa jesuíta. Com a decisão, Luiz surpreendeu toda a sua família, e causou um sentimento de frustração em seu pai.

Quando seu pai soube dos planos de Luiz, chamou-o de volta a Roma e tentou convencer o menino que desistis-se de sua ideia, de todas as maneiras. Vendo que o filho não lhe dava ouvidos, começou a levá-lo para frequentar gran-des banquetes e festas, para lhe mostrar os prazeres que o mundo tinha a oferecer, e após algumas noites o pai perguntou ao jovem Luiz, se ele ainda tinha a ideia de ser padre. Luiz, sabiamente, lhe respondeu: “É nisso que eu penso noite e dia”. Vendo que esse era o desejo do filho seu pai con-cordou que ele entrasse para os jesuítas.

Luiz entrou no noviciado dos jesuítas em Roma e assumiu o nome que então o conhecemos, Luiz Gonzaga. Assim, renunciou aos títulos de nobre e a toda a herança a que tinha direito. Em um de seus escritos, Luiz diz: “também os príncipes são pó como os pobres: talvez, cinzas mais fétida”.

Por essas decisões, preservação, amor e fé, Luiz se tor-nou um grande modelo para os jovens. Nos jesuítas ele pôde encontrar o verdadeiro sentido da vida, que é conhecer, amar e servir a Deus. Quem procura isso, vive uma vida cheia do mais belo e nobre sentido. Por isso, na cidade de Coimbra, onde ele estudou, há uma grande estatua em sua homenagem, para que todos vejam seu exemplo de pureza e amor que brotavam do seu generoso e humilde coração.

Por conta dos estudos Luiz precisou ir para Roma, no ano de 1590. Ao chegar, deparou-se com as vítimas de uma doen-ça chamada tifo. Ao ver o sofrimento do povo compadeceu-se de tal forma que passou a acolher e ajudar aos contaminados. Depois de tanto tempo dedicado a essas pessoas doentes, ele também contraiu tifo e veio a falecer, em 21 de junho de 1591, aos 23 anos.

São Luiz Gonzaga, pelo seu exemplo de amor, doação e pureza se tornou um dos padroeiros da juventude e padroeiro dos estudantes.

Lucas Oliveira - Seminarista

Jesus é a antevisão da Paixão, representada pela cruz e pelos cravos que o arcanjo São Gabriel está segurando.

O arcanjo São Miguel mostra outros objetos da Paixão: lança, cana com a espon-ja e o vaso de vinagre. O fundo do quadro, cor de ouro, denota a vitória do sacrifício de Jesus ao derrotar a morte com Sua ressur-reição. A mensagem do quadro é uma ca-tequese do mistério central da Fé. Fala-nos de Deus no meio de nós, do caminho da cruz, da intercessão amorosa de Maria, da glória e da luz. A realidade da nossa salvação tornou-se mais concreta no seio de Maria, quando o Filho de Deus assumiu a natureza humana. Ela estava presente como sua pri-meira discípula quando o Filho consumava Sua vida terrena no alto da cruz. Naquele momento foi proclamada Mãe de todos os fiéis por Jesus, quando disse ao discípulo: “Eis aí Tua Mãe”(SãoJoão 19,27). Maria nos adota para levar-nos a Jesus. “Maria estava junto à cruz” (São João 19, 25): não cur-vada pelo sofrimento, mas em pé, forte e corajosa.

O quadro é uma síntese do mistério da salvação, convidando-nos à oração. Atu-almente o quadro original encontra-se em Roma, na Igreja de Santo Afonso, perto da Basílica de Santa Maria Maior. Muitos gos-tam de meditar o Rosário em frente ao qua-dro, pois não só a Virgem nos acompanha na vida, na morte (“agora e na hora da nossa morte”) e na prece, mas também mergulha-nos nos mistérios da vida de Cristo: Gozosos (o Menino), Luminosos (o Homem-Deus), Dolorosos (a cruz) e Gloriosos (a cor dou-rada ao fundo).

Mãe do Perpétuo Socorro: rogai por nós!

São Luiz Gonzaga

“O estrangeiro que reside convosco será tratado como um dos vossos concidadãos e tu o amarás como a ti mesmo, pois fostes estrangeiros na terra do Egito. Eu sou o Senhor, vosso Deus” (Lv19, 34).

A migração não é um fenômeno recente. Faz parte da história da humanidade. Mas, toma vultos e características diferentes de tempos em temos, de regiões em regiões do mundo.

Em direção ao Brasil, os fluxos migratórios interna-cionais aumentaram nos últimos anos, mas em toda a nossa história, diferentes grupos migratórios aqui chega-ram em movimentos espontâneos ou forçados. Sua heran-ça religiosa, cultural e econômica foi e é parte significativa de nosso país. Além das pessoas que vieram e vem de outros países, no Brasil continua, também, a migração interna em busca de melhores condições de vida.

Desde a primeira comunidade cristã, até nossos dias, a Igreja colocou-se a serviço do migrante e refugia-do. Jesus se apresenta como estrangeiro para desfazer preconceitos e poder tornar-se verdadeiramente próximo de todos.

O Papa Francisco, desde o início de seu pontificado, expressou especial preocupação pela triste situação de tantos migrantes e refugiados que fogem de seus países por causa das guerras, das perseguições, dos desastres naturais e da pobreza. Por isso, em sua última mensagem deste ano para o Dia Mundial do Migrante e Refugiado nos convoca a acolher, proteger, promover e integrar os mi-grantes e refugiados.

Acolher é, antes de tudo, oferecer a migrantes e re-fugiados possibilidades mais amplas de entrada segura e legal nos países de destino e que lhes sejam garantidos a segurança pessoal e o acesso aos serviços básicos; pro-teger, suscitar ações em defesa dos seus direitos e da sua dignidade independentemente da situação migratória; pro-mover, é, essencialmente, empenhar-se para que todos os migrantes e refugiados, bem como as comunidades que os acolhem, tenham condições para se realizarem como pessoas em todas as dimensões; integrar, dar oportunida-des de enriquecimento intercultural geradas pela presença de migrantes e refugiados (cf. mensagem do Papa).

Sempre neste âmbito de uma de suas grandes pre-ocupações, já em 27 de setembro de 2017, o Papa Fran-cisco lançava a campanha mundial Compartilhe a Viagem, que busca incentivar a integração de imigrantes e refugia-dos nos países que os acolhem, em busca de paz, de se-gurança, de solidariedade, de fraternidade... em busca de vida com dignidade. “Devemos acolhê-los com os braços abertos”, afirmou o Pontífice ao lançar a iniciativa que vem sendo dinamizada pela Cáritas Internacional.

O apelo reiterado de Francisco ecoa pelo mundo e o que todos e todas mais desejamos é que esse apelo seja compreendido como um caminho que é feito lado a lado com as populações que se deslocam porque as persegui-ções, as guerras, a violência, a fome, a miséria assim as impelem, colocando-as em caminhos forçados e perigo-sos, em busca de segurança, de alimentos, de proteção, enfim, em busca de condições de viver e de sobreviver com dignidade.

De 17 a 24 de junho celebramos a 33ª Semana Na-cional do Migrante, cujo tema é: “A Vida é feita de Encon-tros” e o lema: “Braços abertos sem medo para Acolher”.

Neste contexto, num momento histórico em que as migrações se acentuam dia a dia por motivos que as próprias pessoas migrantes e refugiadas não lhe deram causa, mas estão sendo forçadas e estes movimentos, reitera-se o chamado à solidariedade, a atitudes humani-tárias, à acolhida. Que a reflexão e oração propostas nesta semana Nacional do Migrante e Dia Mundial do Refugiado fortaleçam nosso compromisso pessoal e comunitário de compartilhar a vida e o caminho com homens e mulheres, crianças e famílias que chegam ao nosso país, muitas vezes estão perto de nós, e que necessitam de nossa presença, apoio, compreensão e ajuda. Lembremos que acima de tudo, o que mais necessitam e desejam é de trabalho, oportunidade de emprego, para sustentar a si mesmos e a suas famílias.

Saibamos ver nas migrações uma oportunidade para toda a Igreja e a sociedade, um dom para o país e uma ocasião de crescimento e enriquecimento para quem sabe ir ao seu encontro, vivendo o que Jesus deseja e espera poder dizer-nos um dia “Eu era migrante e me acolheste” (Mt25,3.5). te”(Mt25,3.5).

Ir. Rosita Milesi, mscs – Diretora/IMDH (Varjão)

Acolher, proteger, promover e integrar os migrantes e os refugiados

Page 3: LAGO NORTE, BRASÍLIA, DF - ANO 11 - NÚMERO 04 - … · é uma espécie de Natal antecipado. E sua vida de pregador prepara a chegada de Cristo. Ao atingir a maturidade, o Batista

A devoção ao Sagrado Coração foi amplamente difundida por Santa Margarida Maria Alacoque que, após várias revelações par-ticulares, ajudou inúmeros fiéis alcançarem a conversão através de tamanha e piedosa devoção. Portanto, a Igreja estabelece a ce-lebração da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, na segunda sexta-feira, após a festa de Pentecostes.

É conhecido e amplamente difundido pela doutrina da Igreja, cujo ensinamento Magisterial é expressamente assertivo quanto às Revelações particulares, que não existe obrigatoriedade de crença, portanto, as promessas feitas aos devotos do Sagrado Coração não obrigam em matéria de fé, mas, a crença e a piedade ao seu Sagrado Coração é matéria de objetiva devoção, tanto que é uma das Solenidades celebradas durante o tempo comum.

Não é de se estranhar que a honra ao Sagrado Coração ocorra justamente numa sexta-feira. A festa da chama ardente de amor ocorre justamente no dia em que este coração foi rasgado por nós e dele brotaram fontes de água viva, os sacramentos da Igreja, batismo e eucaristia. Também é do lado aberto de Jesus, portanto de seu coração, que o novo Adão doa toda a vida à nova Eva, a Igreja.

A exemplo de sua mãe, Maria Santíssima, que ao apresentar seu filho no templo escutará do velho Simeão que seu coração de Mãe seria transpassado por uma espada de dor; Jesus também tem seu coração transpassado pela dor de nossos pecados, con-

Sagrado Coração de Jesustudo, como cordeiro manso, não revida. A dor dos pecados que deveriam recair sobre nós torna-se sua dor e lhe rasga o coração, deste coração aberto nos vem a cura; é nele que encontramos o bálsamo suave para nossas feridas e o alívio para nossa pesada carga. Assim já nos prometeu Jesus: “Vinde a mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e eu vos darei des-canso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vossas almas, pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11,28-30).

São João Maria Vianney, sacerdote padroeiro dos padres, afirmava que “o sacerdote é o amor do coração de Jesus”. Pre-cisamente para o dia do Sagrado Coração a Igreja convoca, no mundo todo, o dia de oração pela santificação do clero, pois, se-gundo este santo, “quando alguém quer destruir a religião sempre começa por atacar o padre”. O sacerdote trás, através de suas mãos consagradas, o coração vivo e inteiro do próprio Jesus, que se faz presente no altar através das palavras que brotam de seus lábios. Independente do grau de santidade do padre que ali está, Jesus se fará presente, mas, este mesmo Jesus que deseja chegar ao pão e vinho por mãos de indignos ministros, conta com a cola-boração dos mesmos para que a celebração seja honrada com a devida reverência de “quem tem mãos puras e inocente coração, de quem não dirige sua mente para o crime” (CfSl 23). Wilker Ferreira - Seminarista

O mês de junho é rico em matéria de celebrações de grandes santos. Entre elas, destaca-se o dia 29, no qual comemoramos São Pedro e São Paulo, pilares da nossa Igreja e da nossa fé, bem como o Dia do Papa, nosso Pastor Terrestre.

Nesta data comemoramos com grande alegria esses dois apóstolos, os quais, com dons diferentes, edificaram uma só Igre-ja. Pedro, como primeiro confessor da fé, fundador da primeira comunidade cristã em Israel e primeiro Papa. E Paulo, comoilumi-nador das profundezas do mistério de Cristo, mestre e doutor, que anunciou que a salvação era dada a todos os povos.

A cidade de Roma é hoje e sempre governada pelos suces-sores de Pedro e Paulo, e como disse Santo Agostinho: “Um mes-mo dia de paixão para os dois apóstolos; mas esses dois eram uma só coisa, embora tenham sofrido em dias diferentes, eram uma só coisa. Celebremos o dia festivo dos apóstolos consagra-dos por nós pelo sangue deles. Amamos a fé, a vida, as fadigas, as paixões, as confissões e as pregações”.

São Pedro, 1º PapaFoi o primeiro apóstolo a proclamar a fé da Igreja primitiva,

quando da descida do Espírito Santo e fundar a primeira comuni-dade cristã.

Seu nome de família era Simeão, filho de Jonas, nascido em Betsáida, irmão de André. Era pescador de profissão, casado e morava em Cafarnaum.

Jesus trocou-lhe o nome para Cephas – pedra – rocha, pre-conizando o que Pedro seria na cristandade. Era de temperamento impulsivo, porém leal, expansivo, generoso e, sobretudo, muito apegado ao Mestre.

Jesus, aos poucos, foi colocando Pedro em evidência entres os apóstolos, marcando-o como seu futuro vigário na Igreja. Em Cesareia de Filipe, o Mestre diz solenemente a Pedro “tu és Pedroe sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerãocontra ela. Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus etudo o que ligares sobre a Terra, também será ligado no Céu”. Nessas palavras Jesus anuncia que Pedro é a rocha inabalável que serve de fundamento à Igreja; recebe o supremo poder e as chaves do Reino.

Depois da ressurreição, Jesus aparece a Pedro, pergunta se ele O ama e dá-lhe a ordem de apascentar o Seu rebanho.

Pedro foi o grande líder responsável pela comunidade cristã de Jerusalém e abre oficialmente a porta da Igreja ao primeiro pa-gão. Foi Pedro que convocou o primeiro Concílio dos apóstolos.

A tradição atesta que depois Pedro foi para a Antioquia, di-rigindo a Igreja de lá por sete anos, e voltou a Roma, onde foi crucificado. Porém pediu que fosse de cabeça para baixo – 29 de junho de 67.

Pedro cumpriu sua missão de “pedra angular” e ratificou esta vocação com seu sangue. Ele escreveu duas epístolas (cartas).

A tradição cristã conta-nos que Pedro, a pedido dos cristãos, fugia de Roma, pela Via Ápia, quando lhe apareceu Jesus, e Pedro lhe perguntou: “Aonde vais, Senhor? E Jesus respondeu: “À Roma, para ser novamente crucificado”. Pedro compreendeu o que Jesus lhe queria dizer e voltou a Roma, sendo crucificado, por ordem de Nero – Imperador de Roma.

São Paulo, apóstolo dos gentiosPaulo nasceu nos primeiros anos da era cristã, em Tarso de

Cicília, hoje ocupada pela Turquia. Seu nome era Saulo.Fariseu convertido (31/32), depois da sua segunda prisão,

foi decapitado, também em 29 de junho de 67, na Via Ostiense, Roma.

De Tarso, foi para Jerusalém, onde recebeu sólida formação nas Sagradas Escrituras e nos métodos da tradição dos rabinos. Teve por mestre o famoso Gamaliel e tornou-se, ele mesmo, fer-voroso fariseu e defensor da lei antiga e da tradição dos antepas-sados. Era fabricante de tendas.

Durante o apedrejamento de Estevão, esteve presente, con-cordando e perseguindo, com sanha, os membros da comunidade cristã.

A caminho de Damasco, onde ia prender cristãos, foi der-rubado do cavalo, sob uma luz fortíssima, e ouviu Jesusque lhe falou: “Saulo, por que me persegues?”. Ficou cego e foi levado para a casa do sacerdote Ananias que o preparou para o batismo. Cristo mostrou Sua força sobre seu perseguidor, e o converteu.

Após seu batismo, Paulo dirigiu-se para o deserto da Arábia, onde ficou três anos, entregue à meditação e à oração e onde Cristo se tornou seu guia e preceptor.

De volta a Jerusalém, foi apresentado por Barnabé, pois os cristãos o temiam, e realizou grandes expedições missionárias, durante 25 anos.

Foi preso em Cesareia, porém apelou para os tribunais de Roma, para onde se dirigiu e, mesmo preso, continuava a pregar a Palavra aos cristãos e aos pagãos. Foi inocentado no processo. Livre foi para a Espanha e depois às comunidades orientais. À sua volta, no ano de 67, foi preso e decapitado por ordem do Impera-dor Nero. Não foi crucificado porque era cidadão romano.

Em sua vida de pregação do Evangelho, sofreu muito pelos cárceres e muitíssimo pelos açoites que recebeu. Também foi ba-tido com varas e, uma vez, apedrejado. Três vezes naufragou e passou uma noite perdido no mar.

O papel de Paulo na Igreja primitiva foi de grande importância e relevo. Fundou comunidades cristãs no mundo helênico, contri-buindo para a expansão do cristianismo na Ásia Menor.

Escreveu 14 epístolas (cartas) às comunidades por ele fun-dadas e foi o grande teólogo que difundiu o mistério de Cristo por todos os séculos.

É dele a frase que, com humildade dizia: “Pela graça de Deus, sou o que sou, mas a graça Dele em mim não ficou estéril”.

Izabel Rocha – Grupo São José

Neste mês de junho, dia 13, ce-lebramos um dos mais estimados Santos de nosso povo, Santo Antônio de Pádua. Um dia antes, 12, come-

Santo Antônio e os Namorados

Para que os propósitos e intenções anteriormente citados, ocorram com plena realização, vamos todos louvar juntos o mis-tério do amor, e neste dia do Sagrado Coração pedir não só que o nosso coração seja semelhante ao Dele, mas, acima de tudo, que nossos pastores se assemelhem mais a Jesus Cristo não só no rosto, mas em todo seu interior.

Em nossa Arquidiocese haverá programação para rezar pelo clero, no dia do Sagrado Coração, este ano a 8 de junho, pela manhã, a partir das 8h, em nossa Igreja Catedral. Participe! E que mais uma vez ao proclamarmos o seu Sagrado Coração nos lembremos daquela comprometedora jaculatória: “fazei o nosso coração semelhante ao Vosso”!

Guilherme de Oliveira e Fernanda Zolet – SEGUE-ME

mora-se outra data que foi proposta com intuito comercial, porém escolhida em lembrança desse querido santo, o Dia dos Namorados, por razão que veremos a seguir.

Apesar do Dia dos Namorados ter motivação comer-cial, a escolha da data teve um olhar na fé, visto que no Santo foi depositada a responsabilidade, pelos seus de-votos, de arrumar, manter ou melhorar relacionamentos amorosos.

Contudo, lamentavelmente ouvimos relatos de diver-sas “crueldades” com a imagem de Santo Antônio, desde ficar na geladeira a “torturas” como ser posto de cabeça para baixo, outros “crimes” também são cometidos como o “sequestro” do menino Jesus do colo amável e seguro de Santo Antônio, como forma de se alcançar os pedidos a ele feitos.

Muito dessa crença a Santo Antônio decorre de muitos anos de pedidos, milagres e bênçãos. A cultura de casa-menteiro vem dos nossos colonizadores portugueses, de-vido a um lindo milagre nas terras daquele país. O que nós precisamos de Santo Antônio em nossos relacionamentos é, sim, de sua intercessão, não por meio de “barbaridades” a uma imagem, mas de pedidos e orações.

Um relacionamento como o namoro deve ser encarado como um compromisso sério com o próximo, pois esta é a última etapa, caso cresça, antes que nos tornemos um só perante Deus. É nesta fase que devemos aprender a divi-dir nossa vida com o outro, na alegria e na tristeza, como recita-se nas celebrações. O namoro não é apenas o sen-timento ou a atração de um momento, mas uma decisão e um caminho a se seguir.

No namoro aprenderemos a dividir nossos sonhos, desejos e pouco a pouco a incluir nosso companheiro, ou companheira, neles assim como aceder seu tempo, e também seus sonhos pelo sonho do outro. Essa divisão se torna uma complementariedade de sonhos e desejos, até chegar ao casamento onde eles poderão virar realidade e serem compartilhados não apenas pelos dois, mas também pelos filhos que vierem.

Hoje em dia, um namoro no qual se respeita os dese-jos, compartilha alegrias e mantenha-se puro, é conhecido como namoro santo, só porque se respeita a liberdade de escolha do outro, sem invadir sua individualidade e sua sexualidade. Mas namoro santo é muito mais que isso. É o relacionamento que inclui também uma terceira pessoa, que é a razão e o objetivo maior, Deus, para que se possa buscar a santidade em comunhão.

Voltando a Santo Antônio, nenhuma ajuda será me-lhor a um casal, que busca a santidade, do que um Santo. Porém, ao invés de pedir a Santo Antônio para resolver um “problema” de relacionamento, devemos pedir a sua inter-cessão para podermos chegar cada vez mais perto de Deus e assim enfrentar, com muita fé e esperança, o caminho a se percorrer e os problemas que surgirem.

São Pedro e São Paulo

Page 4: LAGO NORTE, BRASÍLIA, DF - ANO 11 - NÚMERO 04 - … · é uma espécie de Natal antecipado. E sua vida de pregador prepara a chegada de Cristo. Ao atingir a maturidade, o Batista

Cada doação sua pode salvar quatro vidas!

Solenidade do Sagrado Coração de JesusDia 8, sexta-feira;Às 19 horas, missa na Matriz.Às 21 horas, missa na Capela Sagrado Coração de

Jesus, no Trecho III.

Oração pelo Clero

MISSAS Matriz Segunda-feira: 19h (Celebração da Palavra)Terça a sexta-feira: 19h Sábado: 18h Domingo: 8h, 12h e 19h Último domingo do mês: 10h, Missa das CriançasPrimeira terça-feira do mês: 19h, Missa Frei Galvão, com distribuição de pílulas.Quarta-feira: 20h, Missa da Saúde (unção com óleo de Jerusalém), com transmissão ao vivo pela Rádio Península FM - 98,1 MHz. Primeira Sexta-feira do mês: 19h, Missa Sagrado Coração de Jesus.Nas casasTerça-feira: 20h (agendada) Varjão Domingo: 10h Primeira quinta-feira do mês: 20h, Missa da Saúde e Frei Galvão, com Adoração ao Santíssimo Sacramento e bênção com óleo de Jerusalém. Taquari – Sábado: 19h Olhos D’água – Domingo: 10h Trecho III – Segundo domingo: 10h Segunda terça-feira: 20h30

CONFISSÕES Quarta-feira: das 18h30 às 21h

SECRETARIA 61 3368-3790 / 3368-4605Terça a sexta-feira: das 8h às 12h e das 14h às 17h Sábado: das 8h às 12h

OUTRAS ATIVIDADESAdoração ao Santíssimo: - Segunda-feira, das 20h às 21h30; - Quinta-feira, das 11h às 12h (Novena Perpétua); - Primeira sexta-feira do mês, às 18h (Sagrado Coração de Jesus). Grupo de Oração RCC: - Terça-feira, das 20h às 22h (Matriz) - Domingo, a partir das 17h (Varjão) Terço dos Homens: Quinta-feira, às 20h Terço da Misericórdia: Sexta-feira, às 15h Direção Espiritual: Agendar na Secretaria.HORÁRIOS DO BRECHIQUEQuarta-feira - das 15h às 18h Sábado - das 9h às 12h

O próximo 14 de junho será Dia Mundial do Doador de San-gue. Quem de nós não conhece alguém que já tenha estado em situação crítica, doente, hospitalizado e que precisou de sangue? Eu já. E não foi fácil! Nessas horas de aflição, é que temos a consciência de como é importante ter um banco de sangue dis-ponível para salvar vidas. Sim, doar sangue é “um dom para a vida”. Isso nos falou o São João Paulo II, então Papa lá em junho de 2004, diante de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro no Vaticano. O Pontífice, nesse dia, expressou sua admiração pelas pessoas que oferecem seu sangue “de forma voluntária e gratuita”, e fez votos para que os doadores “se mul-tipliquem no mundo todo”. Fez essa reflexão antes do Angelus ao Corpus Christi e o fez no ano em que se iniciaria o “Ano da Eucaristia”. Naquele mesmo ano, a Organização Mundial da Saú-de estabelecera o Dia Mundial do Doador de Sangue.

E por que estabelecer um dia assim? É simples: para criar a conscientização sobre a necessidade da doação e agradecer aos voluntários pela atitude, que pode salvar vidas. Sim, doar sangue salva vidas e resgata nossa cristandade, faz bem para o corpo e para a alma. Contudo, poucas pessoas conhecem a importância de doar. Segundo dados do Ministério da Saúde, em nosso país, apenas 1,8% da população doa sangue, enquanto a meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 3%. Ainda são poucas as pessoas que doam sangue no Bra-sil. Por essa razão, é importante fortalecer programas de coleta, processos e distribuição, em quantidades suficientes, de sangue

seguro para todos os que dele precisam. É importante também divulgar, em todos os meios possíveis, os requisitos para do-ação: informar quem pode doar e em que condições. Assim, por exemplo, pessoas entre 16 e 69 anos podem doar sangue, mas se for menor de 18 anos é necessário o consentimento dos responsáveis. Também, entre 60 e 69 anos, a pessoa só poderá doar se tiver doado alguma vez antes de completar 60 anos. Ademais, é preciso pesar, no mínimo, 50 quilos e estar em bom estado de saúde. O doador deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação e não estar de jejum, nem ter feito exercícios físicos momentos antes. No dia da doação, é preciso levar documento de identi-dade com foto.

Nesse próximo 14 de junho, Dia Mundial do Doador de San-gue, vamos divulgar e enfatizar por que razão é essencial que do-emos de forma altruísta. Vamos buscar doadores para garantir a provisão de sangue seguro para todos os pacientes e vamos promover a motivação para que os doadores sadios que tenham doado para seus familiares se convertam em doadores regulares voluntários. Fica, portanto, um convite a todos: vamos come-morar essa data salvando vidas? Vamos lá! Doe sangue, pois sangue nos conecta. Doe e ajude os médicos a salvar inúmeras pessoas. E saiba que uma única doação pode salvar até 4 vidas!

Luciana Studart - MESCE

Tribunal EclesiásticoNo dia 18 de junho, a partir das 8 horas, o Tribunal

Eclesiástico estará recebendo os interessados em audiên-cia para solicitação de nulidade matrimonial. Local: prédio da Mitra Arquidiocesana de Brasília, situada na Esplanada dos Ministérios, EMI, Lote 12, Brasília – DF.

A Arquidiocese convida todos os fiéis para a manhã de oração pelo clero, no dia do Sagrado Coração de Je-sus, 8 de junho, sexta-feira, das 8h às 12h, na Catedral. Participe!

Festa de Nossa Senhora Mãe dos MigrantesSerá nos dias 16 e 17 de junho, na Capela do Varjão.

No dia 16, sábado, a partir das 19 horas, teremos bar-raquinhas com comidas típicas, caldos, pastel, quentão, canjica, cachorro-quente, pescaria, e muita animação com show ao vivo.

Já no dia 17, domingo, o ápice da festa será com a Celebração Eucarística em honra a Nossa Senhora Mãe dos Migrantes, às 19 horas, celebrada pelo nosso pároco Padre Norbey. Convidamos toda a comunidade a partici-par.

Semana do MigranteDe 17 a 24 de junho celebramos a 33ª Semana

Nacional do Migrante, cujo tema é: “A Vida é feita de Encontros” e o lema: “Braços abertos sem medo para Acolher”.

Missa do meio diaATENÇÃO: durante o mês de julho NÃO HAVERÁ a

missa das 12 horas.

Novos MinistrosNo dia 1º de julho, domingo, durante a missa das 19

horas, ocorrerá a posse de 15 novos Ministros da Sagrada Comunhão Eucarística. Todos estão convidados para mais este momento de júbilo para nossa comunidade paroquial!