LEVANTAMENTO QUALIQUANTITATIVO DE ESPÉCIES … · 5 AGRADECIMENTOS Agradeço ao Pai, ao Filho e ao...

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1 UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Engenharia Agronômica Benedito Ferreira LEVANTAMENTO QUALIQUANTITATIVO DE ESPÉCIES ARBÓREAS E ARBUSTIVAS NA REGIÃO CENTRAL DE LINS- SP LINS – SP 2017

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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Engenharia Agronômica

Benedito Ferreira

LEVANTAMENTO QUALIQUANTITATIVO DE

ESPÉCIES ARBÓREAS E ARBUSTIVAS NA

REGIÃO CENTRAL DE LINS- SP

LINS – SP

2017

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BENEDITO FERREIRA

LEVANTAMENTO QUALIQUANTITATIVO DE ESPÉCIES ARBÓREAS E

ARBUSTIVAS NA REGIÃO CENTRAL DE LINS - SP

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Engenharia Agronômica sob a orientação do Prof. Dr. Carlos Suguitani e, orientação técnica da Dr.ª Maria Clélia Mardegan.

LINS – SP

2017

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Ficha Catalográfica

Ferreira, Benedito

F439e Engenharia Agronômica: levantamento qualiquantitativo de espécies arbóreas e arbustivas na região central de Lins- SP. / Benedito

Ferreira. -- --Lins, 2017.

57p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para Graduação em Engenharia Agronômica, 2017.

Orientadores: Carlos Suguitani; Clélia Maria Mardegan

1. Arborização Urbana. 2. Inventário. 3. Qualidade da

Arborização. I Título.

CDU 631

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LEVANTAMENTO QUALIQUANTITATIVO DE ESPÉCIES ARBÓREAS E

ARBUSTIVAS NA REGIÃO CENTRAL DE LINS – SP

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano

Auxiliumpara obtenção do título de Engenheiro Agrônomo.

Aprovada em:19/06/2017

Banca Examinadora:

Prof. Orientador: Carlos Suguitani,

Titulação: Doutor em Fitotecnia pela Universidade de São Paulo(ESALQ/USP)

Assinatura: ___________________________________

1º Prof.HarumeHamamura

Titulação:Graduação em Engenharia Agronômica (UFPR),Pós

graduação:UNINTER – Curitiba/PR, Especialização em Metodologia de Ensino

na Educação Superior.

Assinatura: ___________________________________

2º Prof. Dr. Hemerson Fernandes Calcaro.

Titulação: Graduação em Engenharia Agronômica (UNESP Ilha Solteira)

Assinatura: ___________________________________

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo; doador dos Dons, a Eles honra

e glória para sempre. Amem!.

Aosmeus familiares, pois foram ancora para realização de mais estaetapa,

principalmente minha filha Thais, e Marinilce,que ajudaram na coleta de dados,

folhas, flores e frutos, para classificação das arbóreas.

ÀProf.ª. Dr.ª Clélia Maria Mardegan pela paciência, pela oportunidade,

confiança, liberdade de ação e ensinamentos, que adquirimos através de sua

orientação técnica.

Ao Prof. Dr. Carlos Suguitani, por direcionar, ensinar o melhor caminho, pelo

apoio, e carinho, comoorientador deste TCC.

ÀProf.ª Mestra Elizete Teixeira Lima por lançar a semente do saber e

importância da pesquisa científica.

Ao Prof. Dr. Hermeson Fernando Calgaro pela coordenação, receptividade,

confiança e orientação Científica.

AoProf.Ms. Luiz Paulo Montenegro de Miranda pelos ensinamentos de análises

estatísticas.

E a todos os colegas do 7º (Equipe VandersPlantae) e 9º Semestre pelo

convívio harmonioso, apoio incondicional.

Aos colaboradores do Horto Florestal de Lins por nos atender cordialmente,

sanar dúvidas, nos esclarecer sobre as espécimes arbóreas, enfim, foram

responsáveis indiretamente pela conclusão deste trabalho.

• A todas as pessoas que direta ou indiretamente contribuíram para o

desenvolvimento desta pesquisa.

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“Toda ideia só é impossível se não a colocamos em prática”. Estudar não é só questão de tempo, ou de capital, mas sim de prioridade”.

Quanto mais culto é o homem, mais responsável é pelo deslize da humanidade”.

“A inveja desestimula a criatividade, porém incentiva a imitação”. Deus é coletivo, mas salvação é individual”.

(BENEQUE/24/06/2017 – DIA DE SÃO JOÃO BATISTA)

SÁBADO

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RESUMO

Este trabalho tem como objetivo a realização de um levantamento qualiquantitativo da arborização viária do entorno da Praça Coronel Pizza, num raio de 500,00 metros do centro da referida praça (“Marco Geodésico de Lins- latitude 21º 40´43” e longitude 49º 44´ 33”). Para isso foram realizados inventários totais (censo) em 29 ruas da área de estudo, que foram escolhidas devido à escassez de arbóreas; consequentemente, aumento de temperatura e falta de sombras nos acostamentos.Os dados foram coletados em formuláriopadronizado, que continha informações sobre data da coleta, rua, nome vulgar e científico dos espécimes, fase de desenvolvimento, fitossanidade, problemas ocasionados pelas raízes, altura total, altura da primeira bifurcação (fuste), diâmetro e altura do peito (DAP), avanço da copa; condição do sistema radicular, intensidade de poda, necessidade de poda, área livre para desenvolvimento do tronco, largura da calçada, conflito com a rede elétrica, afastamento predial, uso e destinação do prédio, lado da fiação. Ao total foram 1019 árvores, sendo quea Locania tomentosa foi a espécie predominante, representando-a por34,54% das árvores amostradas. Com relação ao número de arbóreas por km, a Rua Floriano Peixoto foi a que apresentou o menor índice, ou seja 19% de ocupação com treze amostras, tendo 11 mortas ou 1,1% do total, o que não justifica a defasagem de 983 indivíduos. Quanto a origem, as nativas superam as exóticas, sendo 596 ou 58,48%, para 412 indivíduos ou 40,43%, na proporção de 1,44 das nativas para as exóticas. Esta proporcionalidade fica esclarecida devido a grande ocorrência da exótica Resedá-Lagertromia indica L., com 112 ocorrências ou10,99% do total, a mais suscetível àsinjúrias, por ter grande concentração nas ruas de comércio, onde o número de transeuntes superam as das outras ruas de menos importância.Em se tratando de defasagem, a Área de Estudo carece de 2251 indivíduos ou 68,83% para completar a área arborizada necessária,sendoque 9 ruas de comércio são responsáveis por cerca de 1.458 indivíduos faltantes, ou 64,47%. Um detalhe que chamou a atenção,foi que em todas as 9 ruas apresentaram um déficit de mais de100 espécimescada uma, e que nenhuma delas(ruas) conseguiu atingir o índice recomendado por Milano e Dalcin (2000), os quais, consideram que, para uma arborização urbana adequada, em média, a cada 10 metros de calçada deveria existir um indivíduo arbustivo ou arbóreo. Com relação ao número dearbóreas quanto às espécimes; as exóticas apresentaram 73,13% (49), enquanto que as nativas; ocorreu apenas 26,86% (18) do total; numa proporção de 2,72:1, o mesmo ocorreu entre as frutíferas exóticas e as nativas , na proporção de 2:1.

Palavras-chave: Arborização urbana. Inventário. Qualidade da arborização.

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ABSTRACT

The objective of this work is to carry out a qualitative survey of the road arborization around Coronel Pizza Square, within a radius of 500.00 meters from the center of the square ("Geodesic Frame of Linslatitude 21º 40'43" and longitude 49º 44 '33'). For this, total inventories (census) were carried out in 29 streets of the study area, which were chosen due to the scarcity of trees; Consequently, increase of temperature and lack of shadows in the shoulders. The data were collected in a standardized form, which contained information on date of collection, street, common and scientific name of the specimens, development stage, plant health, problems caused by roots, total height, height of the first bifurcation, diameter and height (DAP), crown advancement; Condition of the root system, pruning intensity, need for pruning, free area for trunk development, width of the sidewalk, conflict with the electric grid, building clearance, use and destination of the building, spinning side. The total number of trees was 1019, with Locaniatomentosa being the predominant species, representing 34.54% of the trees sampled. Regarding the number of trees per km, FlorianoPeixoto Street was the one with the lowest index, that is, 19% of occupancy with thirteen samples, with 11 deaths or 1.1% of the total, which does not justify the lag of 983 Individuals. As for the origin, the native ones outnumber the exotic ones, being 596 or 58.48%, for 412 individuals or 40.43%, in the ratio of 1.44 of the native to the exotic ones. This proportionality is clarified due to the great occurrence of the exotic Resedá-Lagertromiaindica L., with 112 occurrences or 10.99% of the total, the most susceptible to injuries, due to the great concentration in the streets of commerce, where the number of passers- Other less important streets. In the case of a lag, the Study Area lacks 2251 individuals or 68.83% to complete the required wooded area, with 9 shopping streets accounting for about 1,458 missing individuals, or 64.47%. A detail that drew attention was that in all 9 streets presented a deficit of more than 100 specimens each, and that none (streets) managed to reach the index recommended by Milano and Dalcin (2000), who consider that , For a suitable urban arborization, on average, every 10 meters of sidewalk should exist a shrub or arboreal individual. Regarding the number of trees in relation to the specimens; The exotic ones presented 73.13% (49), while the native ones; Occurred only 26.86% (18) of the total; At a ratio of 2.72: 1, the same occurred between exotic and native fruits, in the proportion of 2: 1. Keywords: Urban greening. Inventory.Quality of afforestation.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Localização do município de Lins.....................................................

Figura 2: Formulário para coleta de dados da arborização na área urbana

em Lins-SP.......................................................................................................

Figura 3: A seta mostra a localização da região de interesse dentro da

cidade de Lins (A) e a visão aproximada da região que foi levantada no

estudo..............................................................................................................

Figura 4: Porcentagem de cada espécie na área de estudo...........................

Figura 5: Estudo fitossanitário dar árvores......................................................

Figura 6: Afastamento predial..........................................................................

Figura 7: Condição da fiação com relação à copa das árvores.......................

Figura 8: Condição do sistema radicular com relação ao passeio...................

Figura 9: Diâmetro da altura do peito...............................................................

Figura 10: Porcentagem de poda a ser executada..........................................

Figura 11: Altura do fuste – 1ª Bifurcação.......................................................

Figura 12: Situação dos prédios em relação a que se.....................................

Figura 13: Situação das copas das árvores quanto os avanços longitudinal

e para a rua(A) e para a casa (B)...................................................................

Figura 14: Situação dos prédios em relação a que se destina........................

Figura 15:Temperaturas superficiais sob diferentes tipos de solos.................

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Ocorrência de árvores por ruas, largura das ruas e passeios.........

Tabela 2: Ruas, quantidade de espécimes arbóreas, porcentagem,

comprimento da rua, exigência e defasagem..................................................

Tabela 3: Espécies ocorrentes na área de interesse, com os seus

respectivos nomes científicos, quantidade de indivíduos encontrados,

família, origem e ocorrência (%)......................................................................

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Av– Avenida

Inmet – InstitutoNacional de Meteorologia

ºC – grau Celsius

CEMIG – CompanhiaEnergética de Minas Gerais.

cm – centímetro

DAP – diâmetro e altura do fuste

Dr – Doutor

Hb – Altura da primeira ramificação fuste

Ht – Altura total da árvore

Km – quilômetro

m – metro

m² – metro quadrado

NE – Nordeste

NW – Noroeste

nº – número

M.G – Marco Geodésico

P/ – para

PB – Paraíba

SE – Sudeste

SEAB/PR– Secretariade Agricultura e Abastecimento – Paraná.

SP – São Paulo

SW – Sudoeste

UPC – éa diferença de fuso horário que subtrai três horas do Tempo Universal

Coordenado, isto é, a hora local padrão.

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SUMÁRIO

RESUMO....................................................................................................... 06

ABSTRACT.................................................................................................... 07

INTRODUÇÃO............................................................................................... 12

METODOLOGIA............................................................................................ 15

Local do estudo.............................................................................................. 15

Avaliações...................................................................................................... 16

RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................... 21

CONCLUSÕES.............................................................................................. 42

REFERÊNCIAS.............................................................................................. 43

APÊNDICES.................................................................................................. 46

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INTRODUÇÃO

A arborização torna-se mais importante no contexto urbano à medida

que as cidades crescem verticalmente ou se expandem horizontalmente. Nos

dois casos, a artificialização do meio urbano e suas consequências na

qualidade ambiental são percebidas facilmente pela população que vem

sofrendo seus efeitos e, a cada dia, torna-se mais consciente dessa situação

(MOTTA, 1998). Atualmente, a arborização urbana é considerada

indispensável, pois o processo que se iniciou levando em consideração apenas

o aspecto estético, hoje deve satisfazer os requisitos ambientais, sociais e

econômicos. As árvores presentes nas cidades têm numerosos usos e funções

no ambiente urbano. Tais funções vão das óbvias às obscuras, ou seja,

funções que não são facilmente percebidas; esse conjunto de características

propicia oportunidades para a melhoria das condições de vida urbana (MILLER,

1996). Assim, a vegetação no meio urbano proporciona inúmeros benefícios

aos cidadãos. Para que a arborização urbana propicie benefícios à população,

é necessário um planejamento criterioso e um manejo adequado. Em termos

de benefícios ambientais destacam-se a amenização da poluição do ar, da

poluição sonora e da poluição visual, além da redução no escoamento

superficial das águas e da amenização microclimática (GONÇALVES;

NOGUEIRA, 2006; SILVA; GONÇALVES, 2008; GONÇALVES, 2010). Os

locais arborizados geralmente se apresentam mais agradáveis aos sentidos

humanos. Esse conforto térmico já foi demonstrado em trabalhos científicos,

tais como Souza (2011) e Souza e Silva (2011). A arborização urbana deve ser

planejada adequadamente para que tais funções possam ser dinamizadas e

um planejamento adequado requer profundo conhecimento do patrimônio

arbóreo existente, o qual pode ser obtido através do inventário. A importância

do inventário está no fato de que através deste pode-se conhecer o patrimônio

arbóreo e identificar as necessidades de manejo. Segundo Miller (1996) o

inventário, dada a sua grande abrangência, pode ainda, funcionar como um

poderoso instrumento de esclarecimento e persuasão dos administradores e

usuários do local inventariado. Os planos de arborização não devem ser

preocupação apenas das grandes cidades, pois também são de grande

importância para as cidades de pequeno porte.

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O objetivo do presente trabalho é realizar o levantamento

qualiquantitativo total e o diagnóstico da arborização no entorno de 500 metros

de raio da Praça Coronel Pizza, que fica na região central da cidade deLins-SP.

Devido à falta de conhecimento da legislação florestal, aliada a falta de

conscientização dos representantes públicos – executivo e legislativo e a

desinformação da maioria dosmunícipes, os quais plantam arbóreas a revelia

do meio, sem se importarem com as consequências que tal árvore

proporcionará aos transeuntes, redes elétricas, calçadas, bueiros, prédios..

A partir disso algumas perguntas vêmà tona: Será que podemos mudar

estes costumes? Poderá o poder público abraçar esta causa? O custo

benefício compensa o empreendimento?

Para tanto se faz necessária a implementação de um estudo detalhado,

visto que o mesmo é valioso instrumento de gestão ambiental, o qual consiste

no conjunto de métodos e medidas adotadas para a preservação, expansão,

planejamento, manejo e gerenciamento de árvores urbanas, de acordo com as

características físicas, ambientais, sociais, econômicas, históricas e culturais

emque ocorrem ou poderão vir a ocorrer em consonância com a distribuição da

população nas vias públicas em questão.

Para resolver esses questionamentos é preciso avaliar a arborização

urbana da cidade para potencializar as suas qualidades e corrigir os seus

aspectos negativos. Essa avaliação pode ser feita sob diferentes pontos de

vista. É necessário um cadastro com informações objetivas das árvores

existentes e suas condições fitossanitárias gerais, assim como uma

identificação das necessidades presentes, levando em consideração não

somente os aspectos técnicos, mas também a percepção das comunidades.

A avaliação da arborização viária e a discussão dos seus resultados

devem levar aidentificação de prioridades de ação, proporcionando a

elaboração de cronograma de plantio e de manutenção. Análises das

demandas e das potencialidades de cada rua, de cada avenida poderão indicar

a categoria de arborização mais adequada para cada ambiente, levando-se em

conta os riscos proeminentes contra a vida dos transeuntes(eletrocussão),

automóveis, vias de drenagem pluvial e/ou outras, e edificações – residenciais,

comerciais,mistas, públicas eindustriais.Para orientar esse trabalho de maneira

correta técnica e administrativamente, se faznecessário realizar o diagnóstico

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da arborização existente através do mapeamento das árvoresexistentes nas

calçadas, canteiros centrais e praças, das vias públicas de todos os setores

doentorno. Será feito um diagnóstico censitário, ou seja, percorrendo todas as

ruas e avaliando todas as árvores; com as amostras e cálculos estatísticos.

Cada rua visitada (trechos e quarteirões serão identificados comseu nome e

localização), listadas as suas árvores, registrando-se a espécie, imóvel de

referência e as características que expressemseu estado atual (vitalidade,

danos físicos, interferências com fiação). Todos os dadosconstam em uma

ficha objetiva e especialmente elaborada, em função dos dados desejados.

METODOLOGIA

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Local do estudo

A pesquisa foi baseada no estudo da área localizadano entorno da

Praça Coronel Pizza(Marco Geodésico de Lins –Latitude21º 40´43” e longitude

49º 44´ 33”), região central de Lins, num raio de 500 metros. (Figura 3)

A cidade de Lins está localizada no centro do Estado de São

Paulo(Figura 2)e tem uma área total de 570,2 km², com 71.493 habitantes. A

densidade demográfica é de 125,4habitantes por km² e está situada a 419

metros de altitude, latitude: 21° 40' 46'' Sul, longitude: 49° 44' 37'' Oeste.

Caracteriza-se por ser quente em todo o verão, com impressão térmica de 40º

C e inverno seco e frio, mas, ainda assim, com alguns dias de temperaturas

elevadas. No período de inverno, a cidade pode enfrentar temperaturas muito

baixas durante as madrugadas e amanhecer. A distribuição das chuvas está

concentrada no intervalo compreendido entre os meses de outubro e março.

Geadas ocorrem excepcionalmente e em regiões restritas às baixadas.

Figura 1: Localização do município de Lins

Fonte: Wikimedia, 2017, p. 1.

Avaliações

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Foram feitas coletas de folhas, frutos e sementes, para identificação e,

se plantada de forma inadequada e lado errado, erradicá-las. Foi medido o

diâmetro e altura na devida data para verificar seu desenvolvimento a posteori

(seis meses, um ano); para isso foiusado o método de estudo quantitativo, com

intuito de obter uma medição precisa dos resultados e quantificáveis obtidos.

Foi empregado também o método qualitativo exploratório para verificar os

fenômenos;observando as suas variáveis. Foi realizada pesquisa documental,

bibliográfica e estatística.

O método de inventário utilizado no levantamento foi em forma de

amostragem, de acordo com formulário específico (Figura 2) (MELO; LIRA

FILHO; RODOLFO JUNIOR, 2007). Para isso, foram levantadas “in loco”:

a) as ruas que fazem parte da área de interesse: elas foram divididas

em dois blocos: um no sentido SW-NE, que vai da Rua Pedro de

Toledo à Rua Aureliano Teixeira da Silva e, o outro na direção SE-

NW, que começa na Avenida Duque de Caxias e termina na Rua

Rosalino Silva, visandoquantificar a ocorrência de espécimes sob a

fiação elétrica;

b) nome de cada espécie comum e científica;

c) informações fitossanitárias: divididas nas seguintes categorias:

- morta: apresenta danos irreversíveis de pragas, doenças ou graves

danos físicos,

- ruim: apresenta estado geral de declínio que podem ser

severosdanos de pragas, doenças ou efeitos físicos e, não

apresentando morte iminente, podendo requerer muito trabalho e

tempo para a recuperação,

- regular: apresenta condições e vigor média, mostrando sinais de

pragas, doenças ou danos físicos,

- boa: vigorosa e que não apresenta sinais de pragas, doenças ou

injurias mecânicas;

d) problemas da raiz, que foram divididas em quatro categorias:

- nenhum: raiz não se encontra exposta,

- aponta: raiz está apontando na superfície do solo,

- quebra: raiz se expõe na superfície e apresenta sinais de quebra no

passeio ou na rua,

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- destrói ao emergir na superfície quebra a estrutura superficial.

e) afastamento predial, parâmetro que diz respeito ao distanciamento

entre a árvore e a construção dentro do lote, sobretudo na posição

frontal. Na avaliação da arborização urbana, a posição frontal da

construção predial, reflete diretamente aos vários problemas

causados por escolha errada de espécimes, desconhecimento de

recuos. Neste trabalho o afastamento predial foi dividido em quatro

categorias:

-(0) não – não possui distancia considerável entre a árvore e a

construção,

- (1) 1m a 1,5m – a distancia entre a árvore e o muro varia entre 1m a

1,5m,

- (2); 1,5m a 3,0m – a distancia entre a árvore e o muro varia entre

1,5 a 3m,

- (3); >3m – a distancia entre a árvore e o muro é superior a 3m,

f) altura total da árvore (Ht), estimada a partir da utilização de um varão

de 3,00m e distribuída em quatro classes:

- (1): indivíduos com Ht entre 0 e 5m,

- (2) – indivíduos com Ht entre 5 e 10m,

- (3) – indivíduos com Ht entre 10 e 15m,

- (4) – indivíduos com Ht acima de 15m,

g) altura da primeira ramificação (Hb) Fustes, cujos valores foram

distribuídos em quatro classes:

- (1) – menor que 1m,

- (2)– entre1 e 1,5m,

- (3)–entre 1,5 e 2,0m,

- (4)–acima de 2m,

h) diâmetro à altura de 1,30m (DAP), cujos valores foram distribuídos

em quatro classes:

- (1)–menor que10cm,

- (2) – entre 10 e 15cm,

- (3) – entre 15 e 25cm,

- (4) – valores acima de 25,00cm

i) copas das árvores, divididos da seguinte forma:

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- copa longitudinal:- permite-se averiguar se o espaçamento utilizado

no plantio foi adequado,

- avanço na rua: possibilidade de causar sérios problemas para o

tráfego local,

- avanço para o prédio: geração de problemas para os moradores da

cidade, que vão desde a falta de segurança até a diminuição da

iluminação natural,

j) necessidade de podas, dividiu-se as arbóreas da seguinte forma:

- (0) nenhuma – não há necessidade de poda no momento atual,

- (1) leve – árvore necessita de uma poda leve para manutenção,

- (2) pesada – necessidade de poda pesada,

- (3) drástica – em virtude de danos ou outros problemas

apresentados necessita de uma poda drástica,

k) lado em que se encontra o arbóreo: se esquerdo ou direito da rua,

baseado no sentido em que foi catalogada; se SW-NE ou SE-NW,

visando quantificar a ocorrência de árvores sob fiação elétrica; e

l) tipo de prédio onde se encontra a arbórea, classificou de acordo com

sua destinação, ou seja, residencial, comercial misto, público e

terreno vazio.

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Figura 2: Formulário para coleta de dados da arborização na área urbana emLins-SP

Fonte: Melo, Lira Filho e Rodolfo Junior , 2007, p. 1.

Figura 3: A seta mostra a localização da região de interesse dentro da cidade de Lins (A) e visão aproximada da região que

foi levantada no estudo.

A seta mostra a localização da região de interesse dentro da cidade de Lins (A) e visão aproximada da região que

20

A seta mostra a localização da região de interesse dentro da cidade de Lins (A) e visão aproximada da região que

A

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

No total foram realizados levantamentos em 29 ruas, cuja área de

interesse foi escolhida por ser uma área com grande importância da cidade,

pois trata-se do centro comercial e universitário da cidade de Lins e, dessa

forma, tem grande afluência de pedestres, veículos e estudantes.

Ao analisar a Tabela 1, é visto que as ruas apresentaram larguras

variando entre 13,00 e 14,00m e, passeio na média entre os dois lados, de 1,55

a 2,23m. De acordo com a CEMIG (2001) as ruas comlarguras superiores a

7,00m e passeios superiores a 2,00m são consideradas largas. Portanto,

percebe-se que todas as ruas são consideradas de ruas largas, mas entre a

média dos passeios há uma discrepância, pois um ladoé diferente do outro em

largura, ocorrendo este contraste, na Travessa Guanabara, 1,40m. na Rua

José Correia de Melo, 1,55m, na Rua D. Pedro II, 1,66 m, na Rua Aureliano

Teixeira da Silva, 1,67 m, Rua Paulo Giraldi, 1,67m, Rua Treze de Maio com

1,63 m e, finalmente a Av. Tiradentes , apesar da média ser de 1,30 metros, o

passeio que é usado pelos transeuntes mede 1,70 m, enquanto que a outra

margeia o Rio Campestre, de largura menor.

Houve grande diferença quanto à ocorrência de árvores dentre as ruas,

sendo a Av. Tiradentes a que obteve maior quantidade de indivíduos

amostrados, com 9,28% do total observado, seguido pela Rua Campos Sales

com 8,64, Rua Rio Branco com 6,57%, em contrastecom a Rua José Correia

de Melo 0,39%, com a Rua Marechal Vasques e Ruas Machado Bitencourt,

ambas com 0,49%; as Ruas Minas Gerais e Dr. Érico de A. Sodré, ambas com

0,59% do total e, finalizando, a Rua Tenente Gomes Ribeiro sem nenhuma

espécie da arbórea.

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Tabela 1: Ocorrência de árvores por ruas, largura das ruas e passeios.

Rua Largura da rua

(m)*

Largura do

passeio (m)*.

Nº de

árvores

% do

total

1 Pedro de Toledo 14,00 2,10 31 3,04

2 Floriano Peixoto 13,00 2,10 13 1,27

3 Rodrigues Alves 13,00 2,10 37 3,63

4 Rio Branco 12,00 1,80 67 6,57

5 Luiz Gama 12,00 1,76 50 4,9

6 Olavo Bilac 14,00 1,82 58 5,69

7 Osvaldo Cruz 13,50 1,68 67 6,58

8 Campos Sales 13,50 1,70 88 8,64

9 Av. Tiradentes 12,00 1,30 94 9,22

10 Travessa Guanabara 13,00 1,40 07 0,69

11 Aureliano T. da Silva 13,50 1,67 10 0,98

12 D. Pedro II 16,00 1,66 42 4,12

13 Paulo Ap. Giraldi 14,00 1,67 65 6,37

14 Treze de Maio 14,00 1,63 81 7,94

15 Vol. Vitoriano Borges 14,00 1,74 68 6,67

16 Ten. Gomes Ribeiro 14,00 1,74 00 0,00

17 Quinze de Novembro 13,60 1,84 56 5,49

18 Dr. Érico de A. Sodré 14,00 2,25 06 0,58

19 Vinte e Um de Abril 14,00 1,94 38 3,8

20 Comandante Salgado 14,00 1,85 08 0,78

21 Minas Gerais 14,00 2,23 06 0,59

22 Sete de Setembro 14,00 2,23 54 5,29

23 Maestro Carlos Gomes 14,00 2,23 08 0,79

24 Aureliano R. de Andrade 18,00 1,88 09 0,49

25 Vol. Rosalino Silva 14,00 1,69 19 1,86

26 Dr.Machado Bittencourt 14,00 1,69 05 0,49

27 José Correia de Melo 12,00 1,55 04 0,39

28 Marechal Vasques 12,00 1,80 05 0,49

29 Arquiteto Luiz Saia 22,00 2,57 23 2,25

Média ± Desvio Padrão 14,00 ± 1,93 1,85± 0,27 35,14±28,87 3,44±2,84

TOTAL 1019 100,00

23

Tabela 2: Ruas, quantidade de espécimes arbóreas, porcentagem,

comprimento da rua, exigência, defasagem e porcentagem.

RUAS Quant. % Compr.(m)Dois ladosExig. Defaz. Em %

Pedro de Toledo 31 3,04 391 782 78 47 60,25

Floriano Peixoto 13 1,27 711,44 1422,88 142 129 90,84

Rodrigues Alves 37 3,63 478,49 956,98 96 59 61,45

Rio Branco 67 6,57 884,32 1768,64 177 110 62,14

Luiz Gama 50 4,9 965,64 1931,28 193 143 74,09

Olavo Bilac 58 5,69 997,63 1995,26 200 142 71

Owaldo Cruz 67 6,58 985,64 1971,28 197 130 65,98

Campos Sales 88 8,64 728,63 1457,26 146 58 39,72

Av. Tiradentes 94 9,22 2845,08 5690,16 569 475 83,48

Travessa Guanabara 7 0,69 100,11 200,22 20 13 65

Aureliano T. da Silva 10 0,98 169,32 338,64 34 24 70,58

D. Pedro II 42 4,12 519,11 1038,22 104 62 59,61

Paulo A. Giraldi 65 6,37 781,34 1562,68 156 91 58,33

Treze de Maio 81 7,94 906,67 1813,34 181 100 55,24

Vol. Vitoriano Borges 68 6,67 895,9 1791,8 179 111 62,01

Ten. Gomes Ribeiro 0 0 77,88 155,76 16 16 100

Rua 15 de Novembro 56 5,49 869,35 1738,7 174 118 67,81

Érico de A. Sodré 6 0,58 132,47 264,94 27 21 77,77

Vinte Um de ABRIL 38 3,8 608,32 1216,64 122 84 68,85

Comandante Salgado 8 0,78 148,6 297,2 29 21 72,41

Minas Gerais 6 0,59 135,07 270,14 27 21 77,77

Sete de Setembro 54 5,29 597,46 1194,92 119 65 54,62

Maestro Carlos Gomes 8 0,79 142,6 285,2 28 20 71,42

Dr. Aureliano R. de Andrade 9 0,88 66 132 13 4 30,77

Vol. Rosalino Silva 19 1,86 208,48 416,96 42 23 54,76

Machado Bitencourtt 5 0,49 95 190 19 14 73,68

José Correia de Mello 4 0,39 208,48 416,96 42 38 90,47

Marechal Vasques 0 5 0,49 51,73 103,46 10 5 50

Av.Arquiteto Saia 23 2,26 468,93 937,86 94 71 75,53

TOTAL 1019 100 16170,69 32341,38 3234 2251 60,6

24

Tabela3: Espécies ocorrentes na área deinteresse, com os seus respectivos nomescientíficos, quantidade de indivíduos encontrados, família, origem e ocorrência (%).

Continua

ESPÉCIE NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA ORIGEMQUANT. %Abacate Persea americana Mil Larauceae Nativa 3 0,29Acácia Imperial Cassia fistula Fabaceae Exótica 10 0,98Açafrão-bravo Carthamus tinctorius Asteraceae. Exótica 36 3,53Acalifa Acalypha hispida Euphorbiaceae Nativa 1 0,1Acerola Malpighia emarginata DC. Malpighiaceae Exótica 3 0,29Alfeneiro ligustrum-lucidum.htm Oleaceae Exótica 11 1,08Amendoeira Prunus dulcis Rosaceae Exótica 1 0,1Aroeira Pimenteira Schinus terebinthifolius Anacardiaceae Exótica 56 5,49Boldo do Chile Peumus boldus Monimiaceae. Nativa 4 0,39Caju Anacardium occidentale Anacardiaceae Nativa 1 0,1Calabura Muntingia calabura Tiliaceae. Nativa 2 0,2Cassia javanesa Cassia javanica L fabáceas Exótica 6 0,59Cerejeira Prunus serrulata Rosaceae Exótica 11 1,08Chapéu de Napoleão Thevetia peruviana(Pers.) k.SchumApocynaceae Exótica 7 0,69Chorão Salix x pendulina Salicaceae Exótica 15 1,48Coqueiro Jeriva Syagrus romanzoffiana Arecaceae Nativa 72 7,06Coração de Nego Poecilanthe parviflora Fabaceae-FaboideaeExótica 1 0,1Crista de Galo Celosia argentea Amaranthaceae Exótica 1 0,1Dracena Rúbia Dracaena marginata Ruscaceae Exótica 2 0,2Ecsória Gigante Ixora Coccinoa Rubiácea Nativa 1 0,1Escova de Garrafa Callistemon spp Myrtaceae Nativa 11 1,08Espirradeira Nerium oleander Apocynaceae Nativa 14 1,37Falsa Seringueira Ficus elastica Euphorbiaceae Nativa 1 0,1Ficus benjamina Ficuas bejamina L. Moraceae Exótica 17 1,67Flamboyant Delonix regia Febaceae Exótica 8 0,78Goiabeira Psidium guajava L. Mytaceae Exótica 4 0,39Grevilha Grevillea robusta A. Cunn ex R.Br.Apocynaceae Exótica 1 0,1Hibisco Hibiscus rosa sinensis L. Malvaceae Exótica 2 0,2Ipe Amarelo Handroanthus crysotrichus Bignoniaceae Nativa 3 0,29Ipe Bola Handroanthus impetiginosus Bignoniaceae Nativa 1 0,1Ipê Branco Handroanthus rosealba Bignoniaceae Nativa 40 3,92Ipe de Jardim Tecoma stans Bignoniaceae Nativa 2 0,2Ipe Roxo Handroanthus heptaphyllus Bignoniaceae Nativa 5 0,49Jabuticaba Myrciaria cauliflora Myrtaceae Nativa 2 0,2Jacaranadá Mimoso Jacaranda mimosaefolia Bignoniaceae Nativa 5 0,49Jambolão Syzygium cuminil Myrtaceae Exótica 2 0,2

25

Continuação

Jatobá Hymenaea courbaril L. Fabaceae Nativa 2 0,2Laranjeira Citrus sinensis Rutaceae Nativa 7 0,69Limão Citrus Limon (L.) Burn. F. Rutaceae Exótica 2 0,2Magnólia Nichelia chan Magnoliaceae Exótica 1 0,1Mangueira Mangifera indica L. Anacardiace Exótica 5 0,49Melissa Melissa officinalis Labiatae Nativa 2 0,2Mirandiba Rosa Lafoensia glyptocarpa Lythraceae Nativa 9 0,88Monguba Pachira aquatica Apocynaceae Nativa 21 2,06Morta 11 1,08Murta Blepharocalyx salicifolius Myrtaceae, Exótica 2 0,19Mussuenda Mussaenda erythrophylla Rubiaceae Nativa 1 0,1Neem Azadirachta indica Meliaceae, Nativa 2 0,2Neve da Montanha Euphorbia leucocephala Euphorbiaceae Nativa 3 0,29Oiti Licania tomentosa ChrysobalanaceaeExótica 352 34,5Palmeira Hyophorbe verschaffeltii Arecaceae Exótica 6 0,59Palmeira Carpentaria Carpentaria acuminata Arecaceae Exótica 4 0,39Palmeira Imperial Roystonea oleracea Arecaceae. Nativa 43 4,22Pata de Elefante Beaucarnea recurvata Asparagaceae Nativa 3 0,29Pata de Vaca Bauhinia forticata Link. Fabaceae Nativa 5 0,49Pata de vaca Lilas Bauhinia variegata Fabaceae Exótica 16 1,57Pau Ferro Caesalpinia ferrea Fabaceae Nativa 1 0,1Pinha Annona squamosa Anonáceas Nativa 3 0,29Pinus Lupinus hybridus Fabaceae Nativa 1 0,1Quaresmeira Tibouchina granulosa MelastomataceaeNativa 11 1,08Resedá Lagerstroemia indica L. lythraceae Exótica 112 11Resedá Gigante Lagerstroemia Speciosa. Lythraceae Nativa 1 0,1Romã Punica granatum L Punicaceae Exótica 4 0,39Saboneteira Sapindus saponaria Quilajaceae. Nativa 1 0,1Santa Bárbara Melia azedarach Meliaceae. Nativa 5 0,49Sete de Copas Terminalia catappa Combretaceae Exótica 9 0,88Sibipuruna Caesalpinia peltopha Caeslpinaceae Nativa 11 1,08Siriguela Spondias purpurea Anacardiaceae Exótica 1 0,1Total 1019 100

Figura 4: Porcentagem de cada espécie na área de estudo entagem de cada espécie na área de estudo

26

27

Alguns autores, dentre eles Grey e Deneke (1986) e Milano e Dalcin

(2000), afirmaram que cada espécienão deve ultrapassar 15% do total de

indivíduos da população arbórea, para um bom planejamento da arborização

urbana. Mas, de acordo com o levantamento realizado (Figura 04) a Licania

tomentosa (Oiti), que foi a espécie predominante, representa 34,54% de

indivíduos, ou seja, mais do que o dobro do estabelecido pelos autores citados

anteriormente. A predominância de apenas uma espécie ou grupo de espécies

aumenta o risco de problemas, como o das pragas, que atualmente é muito

comum no ambiente urbano.Em relação às demais espécies, somente uma

ultrapassa os 10%, a Resedá (Lagenstroemiaindica L.), passa de 10%. A

imensa maioria (48 espécies) não chega a representar sequer 1% do total de

plantio. Isso demonstra uma concentração de espécies nas ruas avaliadas.

Silva (2000) relata que a concentração de espécies é comumna

arborização urbana, onde poucas espécies representam a maior parte da

população, isso não é uma situação desejável, tanto por razões estéticas como

pelo risco fitossanitário. Uma concentração maior de indivíduos distribuídos

num pequeno número de espécies também foi encontrada por Lima, Couto e

Roxo (1994), Milano(1994) e Silva et al. (2006), mas, em nenhum desses

casos uma predominância tão grande como a encontrada neste trabalho.

Além da concentração nas ruas do centro de Lins, há relatos de que a

Licania tomentosa, que é uma espécie nativa, é responsável por quebras nas

calçadas, interferência na rede elétrica, acúmulo de folhas em bueiros, sendo

prejudicial à estrutura viária da cidade. A segunda colocada, a Resendá

(Lagerstroemia indica L), a mais encontrada nas ruas de comércio, a qual

interfere na absorção (drenagem) de águas pluviais, pois os brotos baixos

apresentam aspectos de moitas, impedindo a entrada de água para a planta e

o lençol freático. Além disso, os seus galhos, se não forem podados e raleados,

causarão danos irreversíveis aos carros, ferindo também os transeuntes.

Milano e Dalcin (2000) consideraram que, para uma arborização urbana

adequada, em média, a cada 10m de calçada deva existir um indivíduo

arbustivo ou arbóreo. De acordo com essa informação, a pesquisa teve em

média 3,17 árvores a cada 10 m de calçada, considera-se que a arborização da

Área de Estudo está, em média, com um déficit de 2,17 árvores para preencher

28

os espaços vazios,consequentemente sua densidade se encontra defasada,

com ocorrências por ruas comprometidas.

Para implantação de uma arborização urbana deve-se observar certas

características das arbóreas com relação às calçadas e a rede elétrica:

a) não possuir raízes superficiais ou agressivas;

b) não ter frutos ou flores grandes;

c) não possuir espinhos;

d) não ser tóxica;

e) não ser de grande porte (mais de 20 metros de altura);

f) não possuir madeira frágil, suscetível á quebra ou ataque de cupins

(evite árvores decrescimento muito rápido); e

g) não ser invasora.

O Oiti-Licaniatomentosa, com 352 indivíduos, ou 34,54% de ocorrência;

nativa do Brasil; é uma planta bastante comum na arborização urbana Brasil

afora, pois sua copa densa proporciona boa sombra o ano todo. Pode ser

encontrado com relativa facilidade ornamentando praças, parques, jardins e

calçadas. Espécie de porte arbóreo, pertencente à família botânica,

Chrysobalanaceae, espécie é nativa e endêmica da flora brasileira; quando

adulta pode medir entre 9 a 12 metros, ou mais. Perenifólia. Com tronco ereto,

cujo diâmetro pode variar de 30 a 65 cm, e cascas acinzentadas; copa densa e

de formato globoso.

Após a Oiti, a espécie que apresentou maior número de indivíduos foi a

Resedá (Lagerstroemia indica L.), 112 arbóreas, ou 10,99%; árvore exótica,

bastante comum na arborização urbana do Estado. Perfeita para as calçadas, é

uma arvoreta que não possui raízes agressivas, além de ter um belo

florescimento. Suas folhas são elípticas, com bordas onduladas. O tronco é

muito belo, liso, de tons claros, marmorizado. Seu porte chega a 6 metros de

altura. As inflorescências, formadas ainda no inverno, contém inúmeras flores

crespas de coloração rosa, branca, roxa ou vermelha, de acordo com a

variedade.

Coqueiro Jerivá (Syagrusromanzoffiana) com 72 indivíduos, ou 7,06% de

ocorrência, nativo, cuja estipe é elegante e única, alcançando de 8 a 15 metros

de altura e podendo chegar a 60 cm de diâmetro. As folhas são longas, com 2

29

a 4 metros de comprimento, arqueadas, pendentes, pinadas e com numerosos

folíolos.

As inflorescências surgem o ano todo, em cacho pendente, grande,

ramificado, com pequenas flores de cor amarelo creme. O fruto é do tipo drupa,

de cor amarela ou alaranjada, de formato globoso a ovoide, com polpa fibrosa,

suculenta e doce. Cada fruto contém uma única semente, como um minúsculo

coco, de sabor amendoado. Tanto os frutos, como as sementes dos jerivás são

comestíveis. Também produz palmito.

Palmeira Imperial (Roystoneaoleracea), 4,22% ocorrência; exótica, é um

espécie de palmeira monoica, solitária e imponente, muito robusta e de grande

porte, que alcança entre 30 e 40 metros de altura. As folhas têm de 3 a 5

metros de comprimento, e são pinadas, com folíolos arqueados e inseridos no

mesmo plano, diferindo assim da palmeira-real-de-cuba (Roystonea regia), que

apresenta folhas mais plumosas. Seu estipe (tronco) é de cor cinza claro, liso,

uniformemente cilíndrico, apenas um pouco mais engrossado na base e com

diâmetro entre 40 e 60 centímetros. A coroa é arredondada, com

aproximadamente vinte folhas dispostas de forma ereta ou horizontalmente, o

que permite visualizar o palmito recoberto pelas bainhas à distância, sendo

esta mais uma das características que a diferencia da palmeira-real-de-cuba.

Nesta última, as folhas mais velhas pendem sobre o palmito, dificultando a

visualização do mesmo. A inflorescência surge na base do palmito, na

primavera, em cachos longos, de até 1,5 metros de comprimento, com flores

masculinas e femininas, de cor branca. Os frutos são drupas oblongas, de cor

roxa a preta quando maduros. Eles se formam no verão e são atrativos para

diversas aves silvestres, em especial psitacídeos, como papagaios, araras e

caturritas.

O gênero Handroanthus (ipês),nativos, apresentou 43 indivíduos,

4,21%. Essas árvores são nativas e se mostram ideais para a arborização

urbana por apresentar crescimento lento, suas raízes não prejudicam as

calçadas, são resistentes à poluição e o período de queda das folhas coincide

com o período de florescência, que é colorida e anual, encontrado nas cores

amarelo; branco, rosa e roxo, proporcionando um efeito esplendoroso,

valorizando a estética das vias urbanas. Por isso é usada como árvore

30

decorativa, além de possuir tronco e ramagem elegantes; madeira resistente,

atingindo de 10 a 35 metros. São adequados para calçadas sem fiaçãoelétrica.

Açafrão-bravo (Carthamustinctoriu), com 36 indivíduos, ou 3,53% de

ocorrência, é uma planta bulbosa semelhante ao açafrão, geralmente com

muitos longos afiados espinhos nas folhas, e com as suas propriedades, mas

não tão desenvolvidas. As plantas são de 30 a 150 cm de altura com ápices de

flores globulares e comumentes, flores amarelas, alaranjadas ou vermelhas,

que florescem em julho. Cada filial terá geralmente de um a cinco ápices de

flores contendo 15 a 20 sementes por ápice. O açafrão-bastardo tem uma raiz

forte, que lhe permite prosperar em climas secos, mas a planta é muito

suscetível à geada que atrasa no crescimento dos caules.

Monguba (Pachira aquática); ocorrência de 21 indivíduos, ou 2,06%,é

uma bela árvore tropical, nativa, de caule frondoso e copa arredondada, capaz

de alcançar 18 metros de altura. Nas florestas tropicais pode-se encontrá-la em

ambientes brejosos, ou à margem de rios e lagos, o nome científico “aquática”

provém desta característica. Apresenta folhas grandes e palmadas, divididas

em 6 a 9 folíolos verdes e brilhantes. As flores são muito bonitas e perfumadas,

com longos estames de extremidade rosada e base amarela. Os frutos grandes

e compridos, semelhantes ao cacau, contém paina sedosa e branca que

envolve as sementes. As sementes da monguba podem ser consumidas

torradas, fritas ou assadas, e até trituradas como um sucedâneo do café ou

chocolate, e diz-se que são muito saborosos.

As mongubas são árvores de excelente efeito decorativo, amplamente

utilizadas na arborização urbana e rural. As plantas jovens envasadas são

excelentes para ambientes internos bem iluminados.

Outras elencadas em ordem decrescente de ocorrência, citadas abaixo,

também de importância devido as suas peculiaridades quanto a características,

favorável ou não ao ambiente onde foram plantadas.

Pata-de-vaca (Bauhiniafoficata Link.); 16 ocorrências, ou 1,57 indivíduos;

árvore brasileira, nativa da Mata Atlântica, de porte médio com uma das mais

belas flores e folhagens. Possuem raízes profundas que não estouram as

calçadas. Uma ótima opção para ser usada como decoração e em regeneração

de matas degradadas.

31

Alfeneiro (Ligustrum-lucidum, htm) e as figueiras (Ficusbenjamina L.)

vêm seguidas com as frequências de 11 (1,08%) e 17 (1,67%) indivíduos

respectivamente. Como a flamboyant, essas espécies não são nativas da

região, apresentam grande porte e podem causar grandes danos às calçadas e

a rede de distribuição de água e esgoto, visto que as figueiras possuem raízes

que podem atingir mais que 100 metros de comprimento; sendo o Alfeneiro

uma das espécies mais cultivadas na arborização urbana do sul do Brasil.

Oferece boa sombra, mas a floração de muitos exemplares ao mesmo tempo

pode intensificar os casos de alergia à pólen.

Escova-de-garrafa (Callistemonssp); com 11 ocorrência, 1,08%;

Espécies de árvores de pequeno porte, nativas da Austrália, e muito resistentes

à seca. Floração exuberante. A bela floração da Chuva-de-ouro.

Quaresmeira (Tibouchina granulosa), com 11 indivíduos ou, 1,08%; é

uma árvore nativa de pequeno porte, raízes profundas, elegante e bela e

apresenta uma linda floração roxa que ocorre duas vezes por ano, possui um

fruto pequeno. É uma das principais árvores utilizadas na arborização urbana

no Brasil.

Cerejeira-do-japão(Prunusserrulata), 11 ocorrências, ou 1,08 indivíduos;

arvore decídua, de grande valor ornamental, por seu florescimento espetacular.

Própria para clima subtropical e temperado, alcança 6 metros de altura. Deve

ser cultivada sob o sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, neutro, bem

drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Planta de

clima temperado necessita de estações bem marcadas para florescer de forma

satisfatória. Por este motivo não é indicada para regiões equatoriais e tropicais,

salvo em regiões de altitude elevada. Seu crescimento é moderado e a floração

é precoce. Não tolera encharcamento e podas drásticas. Resiste ao frio,

geadas e curtos períodos de estiagem. Multiplica-se por enxertia, estaquia e

mais facilmente por sementes.

Jacarandá Mimoso (Jacarandá mimosaefolia), de origem exótica, com 5

indivíduos, 0,49% de ocorrência, um verdadeiro clássico. Árvore decídua, de

floração exuberante. Ideal para arborização de ruas, praças e avenidas. Sua

altura é de 8 a 15 metros. Suas raízes são profundas, não danificam calçadas e

nem redes subterrâneas. Por atingir 15 metros, melhor ser plantada contra a

rede elétrica.

32

Apresenta também, espécies proibidas legalmente, como a Murta

(Murrayapaniculata), com 2 indivíduos ou 0,19%, que é proibida pela

Resolução SEAB/PR nº037/2006. Esta espécie, exótica é hospedeira de uma

bactéria (Candidatusliberibacter spp.), agente causador Huanglong HLB

(greening) e do inseto vetor Diaphorinacitri, sendo uma ameaça potencial para

a citricultura do Estado do Paraná (PARANÁ, 2006), também na região de Lins,

muito embora fosse indicada para passeios-calçadas com fiação elétrica ou

outras redes aéreas, pois cresce até uma altura máxima de 5 metros. A murta-

de-cheiro é um arbusto grande ou arvoreta, que pode alcançar até 7 metros de

altura. Muito utilizada para a formação de cercas-vivas, a murta-de-cheiro

apresenta ramagem lenhosa e bastante ramificada. Suas folhas são pinadas,

com 3 a 7 folíolos pequenos, elípticos.

Magnolia(Magnólia spp.), apenas uma ocorrência, ou 0,1%. Essa

espécie de magnólia, exótica,além de bela e perfumada faz lembrar os ipês

rosas, são muito interessantes para arborização urbana por seu porte pequeno.

Decíduas e próprias para o clima subtropical e temperado, alcançam de 5 a 10

metros de altura.

As outras espécies que,comumente não são ornamentais urbanas,

ocorreram de forma tímida, que são as frutíferas,as quais atraem pássaros,

abelhas, libélulas, quedisseminam sementes, polinizam, contribuindo para a

perpetuaçãodas arbóreas, cujo rol de exóticas de maior incidência no plantel;

consta de: Romã (Púnica granatum L.), com 4 indivíduos, 0,39%; a Exótica

Acerola (Malpighiaemarginata DC), com 3 indivíduos ou 0,29%, Pinha

(Annonasquamosa), exótica também com 3 representantes, ou 0,29%; Goiaba

(Psidiumguajava L.), com 4 elementos, ou 0,39%; o Caju

(Anacardiumoccidentale) com apenas 1 indivíduo, ou seja 0,1%;Jombolão

(Syzgiumcuminil), com elementos ou 0,2%;, ficando como representante das

Nativas apenas duas espécies, ou seja; o Abacate (Persea americana Mil),

com 3 indivíduos, ou 0,29% seguido pela Jabuticaba (Myrciaria cauliflora), com

2 indivíduos, ou seja 0,2%., as demais juntas apenasfoi de 23,10% dos

indivíduos encontrados no inventário arbóreo no inventário.

Ao analisar a fitossanidade dos indivíduos levantados, observa-seque

foram encontrados 1,08% do total, de espécimes mortas, sem levar em

consideração o grande vazio arbóreo que há nas ruas centrais onde se

33

concentra o comércio e serviços públicos; visto que não existem covas e nem

vestígios delas. Outros5,69% das árvores encontram-se com baixo grau de

sanidade. Mesmo assim, quando se despreza os índicesdessas plantas com

problemas, encontra-se um percentual bastante elevado (93,23%) das

espécies que estão em estado fitossanitário regular e ótimo.(Figura 05).

As injúrias,como consequência da fitossanidade, não foram levantadas

neste inventário, mas causam sérios danos nas árvores, podendo ocasionar

uma má formação da mesma e até danos irreversíveis, conforme demonstra a

Figura 05. Dentre as ruins a Rua Rodrigues Alves 8,11%, seguida pela Rua

Floriano Peixoto com 7,70%, após a Rua Rio Branco 5,97%, depois a Rua

Olavo Bilac com 3,44%. Nota-se, que fazem parte de ruas de intenso comércio,

o que justificam as injúrias e vandalismo ocorridos, levando a fitossanidade a

estes patamares, sendo que apresentou maior irregularidade foi a Rua

Rodrigues Alves com 40,54%, depois a Rua Rio Branco com 34,33% e,

finalmente, a Rua Pedro de Toledo com 32,26%. A únicaque apresentou índice

de 100% foi a Rua Érico de Abreu Sodré.

Figura 5: Estado fitossanitário das árvores.

1,085,69

20,90

72,33

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

MORTA RUIM REGULAR BOA

(0) (1) (2) (3)

% d

o t

ota

l

34

Figura 6: Afastamento predial

O afastamento predial é a distância em que a árvore encontra-se das

construções, o recuo deve ser suficiente, impedindo que as árvores danifiquem

as construções. Em 21,5% o afastamento predial ocorre com bom recuo (maior

que três metros), em cerca de 1,8% das árvores plantadas estão com recuo

insufiente, ou seja, menor que dois metros e por volta de 68,5% das árvores

apresentaram estar sem recuo em relação à construção, visto que se trata de

setor comercial ou misto, repleto de prédios públicos.(Figura 6).

A situação das copas quanto à fiação (Figura 07), foi outro parâmetro

que demonstrou resultados indesejáveis para uma arborização urbana. Mais de

40% das árvores estão próximas da rede elétrica.

Deve ser ressaltado que a alta porcentagem de copas junto da fiação

elétrica pode ocasionar problemas futuramente, como queda de postes e

curtos-circuitos. Isso tudo poderia ser resolvido com um planejamento urbano

em relação à arborização. Para Melo et al. (2007), plantio de árvores nas

cidades deve ser compatibilizado com a fiação aérea existente na malha

urbana. Cemig (2002), também destaca que plantios sob fiação devem ser

feitos com árvores de pequeno porte em posição altamente com a arborização

do outro lado da rua.

68,5

1,88,2

21,5

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

NÃO 1< 1.5 1,5 - 3 > 3

(0) (1) (2) (3)

% d

o t

ota

l

35

Figura 7: Condição da fiação com relaçãoà copa das árvores

Problemas ocasionados pelas raízes das árvores foram observados para

todas as espécies, mas na Rua Treze de Maio esses problemas têm um

grande potencial de ocasionar problemas futuros devido a alta porcentagem de

árvores com raízes já quebrando o passeio público com valor

aproximadamente de 27,87% e 9,84% já destruindo o passeio público. Em

todas as ruas, foram amostrados indivíduos que quebravam o passeio, sendo a

maior incidência na Rua Treze de Maio. A Rua Paulo Giraldiobteve os

melhores resultados quando comparado aos demais, apresentou mais de

16,92% dos indivíduos com raízes apontando, o que poderá acarretar um

grande volume de problemas no futuro com o crescimento das árvores. (Figura

08)

Figura 8: Condição do sistema radicular com relação ao passeio público

60,36

0,29

16,29

23,06

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

NÃO TEM ABAIXO DA COPA MEIO DA COPA ACIMA DA COPA

(0) (1) (2) (3)

% d

o t

ota

l

63,88

8,64

22,67

4,81

0

10

20

30

40

50

60

70

AUSENTE APONTA QUEBRA DESTRÓI

% d

o t

ota

l

36

O diâmetro das árvores mostra os diferentes perfis das populações

arbóreas. Observa-se para a Rua Treze de Maio, que mais de 73,77% dos

indivíduos apresentaram diâmetro superior a 25 cm, o que representa uma

arborização composta maciçamente por árvores adultas. Já para as demais

ruas, foram observados percentuais consideráveis de árvores ainda em

desenvolvimento, com diâmetros entre 15 a 25 cm e até inferiores a 15 cm.

(Figura09)

Figura 9: Diâmetro da altura do peito

Uma parte das árvores avaliadas necessita de poda, principalmente a

poda leve, também conhecida como poda de formação ou de limpeza. No

entanto, na Rua Floriano Peixoto 15,38% dos indivíduos deve passar por poda

drástica. (Figura 10).

51,03

6,58

14,52

27,87

0

10

20

30

40

50

60

0 < 10 cm 10 - 15 cm 15 - 25 cm > 25 cm

(1) (2) (3) (4)

% d

o t

ota

l

37

Figura 10: Porcentagem de poda a ser executada

As necessidades de podas a serem feitas pelo gestor público, podem ser

evitados quando moradores cuidam da arborização de seus próprios bairros.

Tal fato foi evidenciado por Melo et al. (2007) em estudos realizados na cidade

de Pato/PB, onde constataram que quase 68% das árvores não necessitavam

de podas devido a cuidados pelos moradores do bairro.

Na análise de altura total das árvores inventariadas, a confirmação

deriva da Figura 11, aoobservar que apenas 10 Ruas não houve nenhuma

árvore com altura acima de 15 m, o que indica que a área de interesse não é

composto exclusivamente por indivíduos adultos, os mesmos variam de

pequeno a médio porte, as mesmas obtiveram 51,03% de DAP de 0 <15 cm e

altura total quase equivalente de 52,41%, devido ao fato ter sofrido poda

drástica anteriormentea este inventário.

As demais ruas apresentaram índices que variamde 19,35% a 87,50%

de indivíduos inferiores a 5 cm, o que indica que estes ainda encontram-se com

um percentual significativo de árvores jovens.

Todavia, a Rua Pedro de Toledo foi a que demonstrou o maior número

de indivíduos com altura superior a 15 cm (25,81%). Estudos realizados por

Rocha, Leles e Oliveira Neto (2004) em dois bairros de Nova Iguaçu no Rio de

Janeiro, foram observados que cerca de 64% e 51% das árvores de cada

bairro apresentavam altura inferior à 6m e cerca de 10% e 18% das árvores

tinham altura superior a 8,8m.

Tal resultado sugere que seja realizada uma melhor condução das

árvores urbanas, principalmente naquelas que ainda encontram-se em estágio

0

10

20

30

40

50

60

70

80

NENHUMA LEVE PESADA DRÁSTICA

(0) (1) (2) (3)

% d

o t

ota

l

38

inicial de desenvolvimento, para que estas não venham a possuir problemas

semelhantes no futuro.

Na altura do fuste (1ª bifurcação)que indica a primeira ramificação da

árvore, foi encontrada umamaior frequência para fustes de 1 a 2 metros de

altura, com uma frequência de 36,22%(Figura 12). A altura do fuste ideal deve

ser superior a dois metros para não prejudicar apassagem de pedestres nas

calçadas e de veículos nas vias, sendo que fustes com essaaltura

representaram apenas 26,78% da amostra do fuste ideal deve ser superior a

dois metros para não prejudicar apassagem de pedestres nascalçadas e de

veículos nas vias, sendo que fustes com essaaltura representaram apenas

26,78% da amostra.

]

Figura 12:Altura do Fuste – 1º Bifurcação

Na figura 13 estão apresentadas as diferentes condições da copa, as

quais denotam que, para a copa longitudinal a maioria das árvores (68,69%)

apresentava uma boa distância entre a suas copas (>1 copa). Outros dados

que devem ser evidenciados é que 12,95% das copas se tocavam e que 2,36%

estavam entrelaçadas.

45,24

2118,06

15,7

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

< 1 m 1 - 1,5 m 1,5 - 2 m > 2 m

(0) (1) (2) (3)

% d

o t

ota

l

39

Figura 13: Situação das copas das árvores quanto os avanços longitudinal e

para a rua (A) e para a casa (B).

A

B

P/ avanço da copa longitudinal e copa casa: 0.>1copa; 1.< 1copa; 2. toque; 3.

entrelaçadas;

P/ avanço da copa rua: 0.não há avanço; 1.< 0,5m; 2. 0,5-1m; 3.> 1m.

Quanto ao avanço das copas para rua, constatou-se que a maior parte

(41,61%) não apresentava nenhum avanço. O mesmo foi constatado para o

avanço para casa, chegando ao valor de 65,75%. Porém para 19,33% das

árvores a distância entre a casa e as copas está entre 0,5e 1,00 metro.

68,69

16,00 12,95

2,36

41,61

6,9711,48

39,94

0

10

20

30

40

50

60

70

80

>1copa < 1copa Toque Entrelaçadas

0 1 2 3

%

Copa Longitudinal Copa para rua

65,75

6,09

19,33

8,83

0

10

20

30

40

50

60

70

80

não há avanço <0,5m 0,5 a 1,0m >1,0m

0 1 2 3

%

Copa para casa

Figura 14: Situação

Através da F

frente a terrenos ou lotes

insuficiência arbórea), aumento de temperaturas no verão Linense, pel

absorção de calor pelas construções no período diurno e irradiação a noite;

tanto é provado que no d

segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que

desde 2006 monitora o aquecimento global. Outro agravante são as

inundações de rios e nascentes, levantamento de calçadas e derr

deárvores e rede elétrica, devido à ausência de áreas naturais para a devida

drenagem; sendo que a somatória de árvores em frente às construções gira em

torno de 88%, somado as áreas de ruas revestidas de asfalto ou

paralelepípedos que giram em torno

abrangendo uma área aproximada de 166.561,30 m2, mais o déficit, que é de

983 espécimes para ambos os lados da via, colaboram para o caos

ornamental, econômico e social da Área de Interesse, carente de intervenções

do poder público, conscientização dos munícipes e demais empresários. Para

Monteiro (1976) a cidade gera um clima próprio urbano, sendo o resultado da

interferência de todos os fatores que se processam sobre a camada limite

urbana e que agem alterando o clima em

O estudo do clima urbano é de fundamental importância para o

desenvolvimento das cidades, pois, são muitas as variáveis envolvendo a

forma e a distribuição dos espaços em geral. Pode

observando-se a configuração das rua

7,16

29,83

Situação dos prédios em relação a que se destina

Figura 14, constatou-se que a quantidade de

frente a terrenos ou lotes, corresponde a 2,16%,o que vem acarretar (por

insuficiência arbórea), aumento de temperaturas no verão Linense, pel

absorção de calor pelas construções no período diurno e irradiação a noite;

tanto é provado que no dia 14 de Outubro 2014 chegou ao patamar de 40º C,

segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que

desde 2006 monitora o aquecimento global. Outro agravante são as

inundações de rios e nascentes, levantamento de calçadas e derr

deárvores e rede elétrica, devido à ausência de áreas naturais para a devida

drenagem; sendo que a somatória de árvores em frente às construções gira em

torno de 88%, somado as áreas de ruas revestidas de asfalto ou

paralelepípedos que giram em torno de 16.170,69 metros ou 16,171 Km,

abrangendo uma área aproximada de 166.561,30 m2, mais o déficit, que é de

983 espécimes para ambos os lados da via, colaboram para o caos

ornamental, econômico e social da Área de Interesse, carente de intervenções

er público, conscientização dos munícipes e demais empresários. Para

Monteiro (1976) a cidade gera um clima próprio urbano, sendo o resultado da

interferência de todos os fatores que se processam sobre a camada limite

urbana e que agem alterando o clima em escala local.

O estudo do clima urbano é de fundamental importância para o

desenvolvimento das cidades, pois, são muitas as variáveis envolvendo a

forma e a distribuição dos espaços em geral. Pode-se ter essa percepção

se a configuração das ruas, a topografia, o tipo de uso das

37,19

23,65

7,16

29,83

2,16

40

que se destina

se que a quantidade de arbóreas em

corresponde a 2,16%,o que vem acarretar (por

insuficiência arbórea), aumento de temperaturas no verão Linense, pela

absorção de calor pelas construções no período diurno e irradiação a noite;

chegou ao patamar de 40º C,

segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que

desde 2006 monitora o aquecimento global. Outro agravante são as

inundações de rios e nascentes, levantamento de calçadas e derrubada

deárvores e rede elétrica, devido à ausência de áreas naturais para a devida

drenagem; sendo que a somatória de árvores em frente às construções gira em

torno de 88%, somado as áreas de ruas revestidas de asfalto ou

de 16.170,69 metros ou 16,171 Km,

abrangendo uma área aproximada de 166.561,30 m2, mais o déficit, que é de

983 espécimes para ambos os lados da via, colaboram para o caos

ornamental, econômico e social da Área de Interesse, carente de intervenções

er público, conscientização dos munícipes e demais empresários. Para

Monteiro (1976) a cidade gera um clima próprio urbano, sendo o resultado da

interferência de todos os fatores que se processam sobre a camada limite

O estudo do clima urbano é de fundamental importância para o

desenvolvimento das cidades, pois, são muitas as variáveis envolvendo a

se ter essa percepção

s, a topografia, o tipo de uso das

RESIDENCIAL

COMÉRCIO

MISTO

PÚBLICO

TERRENO

edificações, a diferença de alturas, o tipo de recobrimento do solo, assim como

a existência de áreas verdes, condicionando e caracterizando o clima das

cidades. (FRANCO, 2010)

Figura 15: Temperatura

Fonte: Laurie (apud MA

As diferentes características de cobertura do solo influenciam o

aparecimento de um gradiente horizontal de temperatura, conhecido como

fenômeno da ilha de calor urbana. A estrutur

emite uma quantidade maior de energia em relação

de que os materiais típicos de uma superfície urbana apresentam, em média,

menor albedo, menor capacidade térmica e maior condutividade de calor

(LANDSBERG apud ALVES; VECCHIA,

edificações, a diferença de alturas, o tipo de recobrimento do solo, assim como

a existência de áreas verdes, condicionando e caracterizando o clima das

(FRANCO, 2010)

Temperaturas superficiais sobos diferentes tipos de solos

ASCARÓ; MASCARÓ, 2002)

As diferentes características de cobertura do solo influenciam o

aparecimento de um gradiente horizontal de temperatura, conhecido como

fenômeno da ilha de calor urbana. A estrutura do ambiente urbano absorve e

emite uma quantidade maior de energia em relação às áreas rurais, pelo fato

de que os materiais típicos de uma superfície urbana apresentam, em média,

menor albedo, menor capacidade térmica e maior condutividade de calor

NDSBERG apud ALVES; VECCHIA, 2012)

41

edificações, a diferença de alturas, o tipo de recobrimento do solo, assim como

a existência de áreas verdes, condicionando e caracterizando o clima das

diferentes tipos de solos

As diferentes características de cobertura do solo influenciam o

aparecimento de um gradiente horizontal de temperatura, conhecido como

a do ambiente urbano absorve e

áreas rurais, pelo fato

de que os materiais típicos de uma superfície urbana apresentam, em média,

menor albedo, menor capacidade térmica e maior condutividade de calor.

42

CONCLUSÕES

A partir dos resultados discutidos anteriormente, pode-se concluir que:

a) existe um grande déficit em relação á quantidade existente e o ideal;

b) ó Oiti é a árvore mais utilizada na região de estudo, representando

mais de 1/3 do total. Essa falta de diversidade gera riscos para a

arborização urbana, por conta de um possível ataque de pragas e

doenças;

c) poucas espécies nativas e um número grande de exóticas;

d) a família Arecaceae foi a que apresentou maior representatividade de

espécie;

e) a maior parte dos indivíduos que compõe sua arborização, não

necessitam de podas e se encontram em boas condições

fitossanitárias;

f) árvores frutíferas foram plantadas sem nenhum planejamento e

causam problemas com outras árvores e construções;

g) não existem no momento, situações inconvenientes, nem conflitos da

arborização urbana quanto ao avanço da copa na rua, avanço da

copa na casa, entrelaçamentos de copas (copa longitudinal), larguras

das ruas e passeios, problemas ocasionados pela raiz e afastamento

das árvores; e

h) a situação da fiação elétrica deve ser revista e replanejada,

juntamente com a arborização urbana, pois, hoje, quase metade das

árvores está em baixo da rede elétrica e as escolhas de espécies

inadequadas (porte grande e sistema radicular profundo) para

arborização poderá, num futuro próximo, comprometer calçadas,

rede de esgoto e iluminação dos postes.

43

REFERÊNCIAS

ALVES, E. D. L.; VECCHIA, F. A. S. Influência de diferentes superfícies na temperatura e no fluxo de energia: um ensaio experimental. Ambiência Guarapuava (PR), v. 8, n. 1, p. 101-111, jan./abr. 2012. CEMIG. COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS. Manual de arborização. Belo Horizonte: Superintendência do Meio Ambiente/CEMIG, 2001. 40p. FRANCO, F. M. Configuração urbana e sua interferência no microclima local: estudo de caso no bairro do Porto em Cuiabá-MT. Cuiabá. 137f. Dissertação (Mestrado em Física e Meio Ambiente), Universidade de Mato Grosso, 2010. GONÇALVES, W. et al.Plano de arborização urbana de Itaguara-MG. Viçosa-MG, 2002. 36p. GONÇALVES, W. Urbana paisagem 2: palestras e conferências:2001-2008. Viçosa, MG: O autor, 2010. 114p. GONÇALVES. W.; NOGUEIRA, H. N. Silvicultura Urbana: implantação e manejo. Viçosa, MG: Aprenda Fácil, 201p. Série Arborização Urbana, v.4, 2006. GREY, G. W., DENEKE, F. J. Urban forestry. New York: John Wiley & Sons, 1986, 279 p. LIMA, A. M. L. P.; COUTO, H. T. Z.; ROXO, J. L. C. Análise de espécies mais frequentes da arborização viária, na zona urbana central do município de Piracicaba-SP. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ARBORIZAÇÃO URBANA, 2, 1994, São Luís,Anais... São Luís, 1994. p.555-573. MASCARÓ, L. E. A. R.; MASCARÓ, J. L. Vegetação urbana. Porto Alegre: UFRGS FINEP, 2002. v. 1. 242 p. MELO, R. R.; LIRA FILHO, J. A.; RODOLFO JÚNIOR, F. Diagnóstico qualitativo e quantitativo da arborização urbana no bairro Bivar Olinto, Patos, Paraíba, Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba, SP, v.2, n.1, p.64-80, 2007. MILANO, M.; DALCIN, E. Arborização de vias públicas. Rio de Janeiro: Light, 2000. 226p. MILANO, M.S. Métodos de amostragem para avaliação de ruas. In: CONGRESSOBRASILEIRO SOBREARBORIZAÇÃO URBANA, 2, São Luiz, 1994. Anais... São Luiz: SBAU, 1994. p.163-168.

44

MILLER, W. R. Urbanforestry:- planningandmanagingurbangreenspaces. 2.ed. New Jersey: Prentice-Hall, 1996. 502 p. MONTEIRO, C. A. F..Teoria e clima urbano. São Paulo: USP - Instituto de Geografia. Série teses e monografias nº 25, 1976. 181p. MOTTA, G. L. O. Inventário da arborização de áreas, utilizando um sistema hierárquico para endereço impreciso. 1998. 120 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 1998. ROCHA, R.T.; LELES, P.S.S.; OLIVEIRA NETO, S. Arborização de vias públicas em Nova Iguaçu-RJ: o caso dos bairros rancho novo e centro. Revista Árvore, Viçosa-MG, v.28, n.4, p.599-607, 2004. SILVA, A. G. Arborização urbana em cidades de pequeno porte: avaliação quantitativa e qualitativa. 2000. 150f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais), Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2000. SILVA, A.G.et al. Comparação de três métodos de obtenção de dados para avaliação quali-quantitativa da arborização viária, em Belo Horizonte-MG. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v.1, n. 1, 2006, p.31-44. SILVA, A. G.; GONÇALVES, W. Funções ecológicas da vegetação no ambiente urbano. In: POLANCZYK, A. et al. (Org.). Estudos avançados em produção vegetal. Porto Alegre,Centro de Ciências Agrárias da UFES, 2008, v. 1, p. 153-170. WIKIMEDIA. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2d/SaoPaulo_Municip_Lins.svg>. Acesso em:

45

APÊNDICES

Apêndice 01 – Rol das arbóreas com ocorrência na Área de

01 - Oiti - Licania

tomentosa

04- Chorão- Salix

pendulina

07-Acerola-

Malpighiaemargin

ta DC

10- Sete copas-

TermináliaCapata

Rol das arbóreas com ocorrência na Área de

Licania

02- Cássia Javanesa –

Cássiajavanica L.

03–Chapéu de Napoleão

Travetiaperuviana (Pers.)

x

05 – Romã-

Púnicagranatum L.

06

Hodranthusros

a

08 – Pata-de-vaca-

Bauhiniavariegata

09-Aroeira Pimenteira

Shinuster

TermináliaCapata

11- Coqueiro Jerivá-

Syagrusromanzoffiana Citrus

46

Rol das arbóreas com ocorrência na Área de Estudo.

Chapéu de Napoleão-

Travetiaperuviana (Pers.)

06-Ipê Branco-

Hodranthusrosealba

Aroeira Pimenteira-

Shinusterebinthfolius

12-Limão-

CitrusLimon(L.)Burn.F.

13- Mirantiba rosa

Lafoensiaglyptocarpa

16-Flamboyant-

Denolix regia

19-Quaresmeira

Tibouchina granulosa

22-Monguba-Pachira

aquatica

Mirantiba rosa –

Lafoensiaglyptocarpa

14-Cerejeira-

Prumusserrulata

15-Seriguera

-

17- Escova de Garrafa-

Callistemanspp

18-Resedá

Quaresmeira-

Tibouchina granulosa

20-Espirradeira-Nerium

oleander

21-Coração de Neg

Poecilantheparviflora

Pachira 23-Santa Bárbara-

Mellaazedarach

24

Peumusboldus

47

Seriguera-Spondias

purpurea

Resedá-Lagerstroemia

indica L.

Coração de Nego-

Poecilantheparviflora

24-Boldo do Chile-

Peumusboldus

25-Acafrão-bravo

Carthamustinctorius

28- Ipê roxo-

Handroanthus

heptaphyllus

31- Palmeira

Imperial-

Roystoneaoleracea

34-Goiabeira-

Psidium guajava L.

bravo -

Carthamustinctorius

26-Ficusbenjamina–

Ficuasbejamina L. 27-Alfeneiro

lucidum.htm

29-Jacaranadá Mimoso-

Jacarandamimosaefolia Hymenaeacourbaril L.

Roystoneaoleracea

32-Sibipuruna-Caesalpinia

peltopha Annonasquamosa

Psidium guajava L. 35-Caju-Anacardium

occidentale

36-

48

Alfeneiro-ligustrum-

lucidum.htm

30-Jatobá-

Hymenaeacourbaril L.

33-Pinha-

Annonasquamosa

-Abacate-Persea

americana Mil

37-Hibisco-Hibiscus

rosa sinensis L.

40-Magnólia-

Nichelia

chan

43-Ipe Bola-

Handroanthusimpe

tiginosus

46-Mangueira-

Mangifera

indica L.

Hibiscus

38-Mussuenda-Mussaenda

erythrophylla

39-

41-Crista de Galo-

Celosiaargentea 42-Acá

Handroanthusimpe

44-Murta-

Blepharocalyxsalicifolius

45-Grevilha

robusta A. CunnexR.Br.

47-Jambolão-

Syzygiumcuminil

48

Sapindussaponaria

49

-Acalifa-Acalypha

hispida

Acácia Imperial- Cassia

fistula

Grevilha-Grevillea

robusta A. CunnexR.Br.

48-Saboneteira-

Sapindussaponaria

49-Pata de Vaca-

BauhiniaforticataLi

nk.

52-Neem-

Azadiractha indica

55-Neve da

Montanha-

Euphorbialeucoce

phala

-

BauhiniaforticataLi

50-Ipe de Jardim-

Tecomastans

Azadiractha indica

53-Dracena Rúbia-

Dracaena marginata

54-

Euphorbialeucoce

56-Melissa-Melissa

officinalis Caesalpiniaferrea

50

51- Calabura-

Muntingiacalabura

-Ecsória Gigante-

IxoraCoccinoa

57-Pau Ferro-

Caesalpiniaferrea

58-Ipe Amarelo

Handroanthuscrysotrichu

s

61-Laranjeira-Citrus

sinensis

64- Mortas

Ipe Amarelo-

Handroanthuscrysotrichu

59-Amendoeira-

Prunusdulcis 60-

Citrus

62-Pata de Elefante-

Beaucarnearecurvata

63

LagerstroemiaSpeciosa

65-Palmeira-

Hyophorbeverschaffelti

i

66

51

-Falsa Seringueira

Ficuselastica-

63-Resedá Gigante-

LagerstroemiaSpeciosa.

66-Pinus-Lupinus

hybridus

67-Palmeira-Carpentaria

acuminata

Carpentaria

acuminata

68-Jabuticaba-

Myrciaria cauliflora

52

Apêndice 02: Problemas

Raiz sem problema Raiz aponta

Raizquebra

: Problemas de raiz

problema Raiz aponta

53

problema Raiz aponta

Raiz destrói

Apêndice 03: Necessidades deNecessidades de poda deacordo com os tipos recomendado

54

acordo com os tipos recomendados.

Apêndice 04: Aberrações cau

Arbórea com> 3

m Covatoda tomada

Cova Imprópria

Árvore > 3 m

Árvore pintada

Aberrações causadas por desconhecimento das normas.

Covatoda tomada O mesmo fato

Poste na cova Avanço no passeio

Cova Tomada O mesmo fato

Placa encoberta Placa encoberta

55

adas por desconhecimento das normas.

Árvore sob. passeio

Placa indevida

Avanço no passeio

Árvore a> 6 m.

56

Apêndice 05: Modelo de preenchimento de tabela de dados

RUA MAESTRO CARLOS GOMES Larg.Pass Afast. Copa Avanço Lado da RuaFIAÇÃO

Nº ESP. POPULAR ESP. CIENTÍFICO Fitos Prop.raiz(m) Predial FIAÇÃO/D Dia (m) Long Rua Casa Ht Hb Predio Poda LE LD ESQUERD.

1 OITI Liconia tomentosa 3 0 1,9 0 0 3 0 3 0 1 0 4 0 2

2 OITI Liconia tomentosa 3 0 1,9 0 0 3 0 3 0 1 1 4 0 2

3 OITI Liconia tomentosa 3 0 1,9 0 0 3 2 3 0 1 2 4 0 2

4 OITI Liconia tomentosa 3 0 1,9 0 0 3 2 3 0 2 2 4 0 2

5 OITI Liconia tomentosa 3 1 1,9 1 0 3 0 3 1 1 3 4 0 2

6 IPE BRANCO Handroanthus realba 3 0 1,9 3 0 3 0 3 1 1 3 4 0 2

7 MANGUBA Paquira aquatica 3 2 1,9 3 0 3 0 3 1 1 1 1 1 2

8 FLAMBOYANT Delonix regia 3 0 1,9 0 3 0 0 0 0 0 1 1 0 1

Apêndice06: Amostra de tabela preenchida; por ruas.

: Amostra de tabela preenchida; por ruas.

57