Ligia Avezzu - TFG Arquitetura e Urbanismo - 2013

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LÍGIA MARIA TOTA AVEZZÚ 2013 Novo Museu de Paleontologia

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Trabalho final para graduação em Arquitetura e Ubrnanismo pelo Centro Universitário Moura Lacerda - Ribeirão Preto - 2013

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LÍGIA MARIA TOTA AVEZZÚ 2013

Novo Museu de Paleontologia

LÍGIA MARIA TOTA AVEZZU

NOVO MUSEU DE PALEONTOLOGIA DE MONTE ALTO - SP

Projeto de pesquisa apresentado ao Centro Universitário

Moura Lacerda para cumprimento das exigências parciais

para a obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e

Urbanismo sob a Orientação do Prof. Ms. Onésimo Carvalho

de Lima.

RIBEIRÃO PRETO

2013

Agradecimentos

O que é ser grato!?

Ser grato nao se resume no simples fato de saber

dizer obrigada, ser grato ao meu modo de ver, é saber

receber de Deus o dom de aprender com as pessoas que

sabem mais que você, saber ouvi-las...

Por isso posso dizer que sou grata pois ao longos de

todos esses anos eu aprendi muito com os mestres que

tive. Aprendi coisas que devo levar pra toda vida e

também coisas que não devem sair daqui.

Com o meu orientador, aprendi que nem sempre o

que ta bom é o melhor que podemos fazer, a gente

sempre pode mais!

C

prendi a ter paciência, esperar o tempo certo de cada

coisa e não desistir. Em todos os momentos em que eu

não tive tempo ou não tinha paciência ele esteve ali,

calmo e tranquilo, de braços abertos pra me acarinhar..

Aprendi que a amizade pode ser tudo na vida de

uma pessoa se você realmente estiver disposto a

entender o quão diferentes são as pessoas e a aceita-

las. Assim foi que eu ganhei vários colegas, alguns bons

amigos e uma irmã, que nunca me deixou de desanimar

e sempre fez o que pode pra me ajudar. parou pra me

ouvir, me ensinar, me questionar, me dar conselhos e

muitas caronas.

om o meu companheiro da vida, minha vida,

a

Mas nem tudo sempre são flores, existem os

momentos difíceis, as palavras duras e aquelas pessoas

que ainda não descobriram seu propósito no mundo

porém com isso eu aprendi a sempre olhar os fatos com

outros olhos e pensar pelo lado bom de cada coisa que

aconteceu.

Sim, sou grata! Sou grata porque soube aprender com

quem tinha algo pra ensinar e com quem não tinha nada.

Agradeço ao meu namorado Max, por toda a

compreensão e companheirismo durante todos esses 5 anos.

Agradeço às minhas Amigas, Jéssica e Marina e em

espacial a minha amiga Jaqueline.

Agradeço ao meu mestre e orientador Onesimo, pelas

palavras sábias e pela paciência sempre.

Agradeço a minha família que, apesar de todas as

dificuldades, contribui ao máximo para esse momento se

concretizar.

Agradeço a Deus por cada pedra no meu caminho e

por me ensinar a recolhe-las e construir meu edifício.

Obrigada.

Resumo

Este trabalho trata do projeto de um novo Museu

de Paleontologia. Primeiramente apresenta-se o

conceito de museu, sua origem e qual o papel que os

museus exercem no século XXI. Em seguida são

apresentados os dados geomorfológicos da cidade de

Monte Alto, onde o Museu se encontra e os dados

históricos e iconográficos do Museu existente.

Posteriormente são analisados teórica e graficamente

alguns projetos de referência que demonstram a nova

composição espacial dos museus contemporâneos,

todos os estudos preliminares para a execução do

projeto e a proposta do novo Museu. Por fim, conclui-se

que a proposta de projeto para o novo Museu atende as

necess idades ex i s tentes e pode benef ic iar

economicamente a cidade através do seu

equipamento de lazer e cultura.

Sumário

Apresentação

Capítulo 01 - Busca _________________________________ 04

Capítulo 02 - Encontro ______________________________ 09

Capítulo 03 - Escavação ___________________________ 25

Capítulo 04 - Prospecção ___________________________ 39

Capítulo 05 - Exposição _____________________________ 53

Considerações Finais _______________________________ 79

Bibliografia ________________________________________ 81

Introdução

O objeto deste trabalho final de graduação é o

projeto de um Novo Museu de Paleontologia na cidade

de Monte Alto com capacidade de cumprir seu papel

enquanto equipamento de educação, cultura e lazer,

na sociedade do século XXI, e que possua características

a fim de obedecer as reais necessidades de um museu

da atualidade e assim beneficiar o Município com o

aumento do turismo ou como referência na área de

estudo que o museu abrange.

O Museu de Paleontologia, existente no Municipio,

quando foi criado, não tinha como objetivo principal ser

um Museu propriamente dito, uma vez que as peças

quem compunham seu acervo seriam expostas apenas

a paleontólogos e estudantes dessa área de

paleontologia. A curiosidade do público foi tanta que fez

com que o “depósito” começasse a ser aberto ao

público de épocas em épocas, primeiramente aos

domingos, depois finais de semana e até que no dia 22

de julho de 1992 foi inaugurado como Museu de

Paleontologia. Com o passar dos anos, o aumento

significativo do acervo do Museu o fez conhecido em

todo o Brasil e em alguns locais do mundo, despertando

o interesse de universidades, como a Federal do Rio de

Janeiro, em estabelecer parceria com o Museu para

estudos mais aprofundados tanto dos fosseis quanto das

áreas, onde a equipe de paleontólogos os

Este é o papel que o novo Museu deve cumprir, o

de ser um equipamento a disposição da sociedade para

o seu desenvolvimento cultural e economico.

encontravam. Porém, na mesma proporção que acervo

aumentava o espaço destinado a ele e o interesse do

público diminuía.

A dificuldade em expor as novas peças, que nunca

paravam de chegar, fez com que algumas delas fossem

encaminhadas para outros museus, permanecendo em

Monte Alto apenas aquelas que não demandavam muito

espaço para serem expostas e assim o Museu de

Paleontologia ficou impossibilitado de atualizar seu acervo, e

possuir novos atrativos de público ficando assim

desconhecido aos moradores mais jovens da cidade.

Atualmente, no século XXI, os museus reafirmam o

papel desenvolvido no século passado, ou seja, o de

geradores de novos centros urbanos que beneficiam as

cidades com a expansão do setor tur íst ico e,

conseqüentemente, aumentam o giro de capital das

mesmas, tornando-as reconhecidas a partir de seu

equipamento. Para tanto os novos museus são construídos

como a própria obra de arte, resultando em edifícios

monumentais, produtos da 'arquitetura espetáculo',ou seja, a

instalação de um equipamento cultural, como um museu,

em uma cidade pode ser um dos principais elementos

geradores de modificações na imagem e renda da cidade.

Os museus de Bilbao, na Espanha e o de Niterói no Rio

de Janeiro são exemplos de novos equipamentos inseridos

em seus espaços urbanos que resultaram em um novo

cenário com a função da atração de um grande público

para os eventos culturais.

O trabalho visa recuperar o museu perante a

população e para isso tem por objetivo geral projetar

uma interferência no projeto existente do Museu para

reintroduzir-lo no Município e na região de Monte Alto

como centro cultural e de entretenimento,

proporcionando também a revalorização do espaço do

centro cívico, onde o Museu está inserido, tornando-o

motivo de orgulho e de demarcação da cidade no

mapa através do resgate do seu valor enquanto museu.

A fim de alcançar o objetivo principal tem-se os

seguintes objetivos específicos:

· Estudar a área onde o Museu está inserido

para compreender a topografia e conforto

ambiental.

· Entender os acessos existentes e quais

poderão ser criados para contribuir com o

Museu,

· Buscar referências de procedimentos para

projeto de museus, com relação a

circulação, espaços públicos e privados.

· Projetar um novo museu com programa de

necessidades e espaços físicos adequados.

A importância deste trabalho reflete em

recuperar o equipamento Museu aumentando seu

potencial informativo e educacional perante a

população, local ou não, para que o interesse pelo

museu seja renovado através de ensinamentos a fim de

valorizar o acervo pré – histórico nele presente. Esse

acervo trata de objetos, fósseis mais especificamente,

que traduzem histórias de bilhões de anos e somente são

encontrados em locais onde a geografia, o clima e o solo

contribuem para a sua preservação, ou seja, são

encontrados apenas em locais de características muito

específicas no mundo todo.

O trabalho é ainda importante por proporcionar a

revalorização também do complexo do centro cívico onde o

Museu de Paleontologia está localizado.

O centro cívico em uma cidade além da sua função de

centro de comando, pode também ser chamado de ‘sala de

visitas da cidade’, pois em sua maioria apresenta um

conjunto arquitetônico especial. Não diferente, o Centro

Cívico de Monte Alto, quando da sua construção

apresentava um conjunto arquitetônico considerado

especial e com equipamentos que compunham o centro de

comando da cidade, como o Conservatório Musical, a

Biblioteca e a Cãmara Municipal.

Dessa forma, a importância do trabalho se estende por

agregar melhorias para todos esses equipamentos tornando-

os, junto com o Museu, um novo pólo de atração turística

aumentando o crescimento econômico da cidade em

direção a esse setor.

Para este trabalho foi adotada a metologia de

pesquisas bibliográficas para conhecimento de museus

comtemporaneos e llevantamentos de dados históricos

sobre o Museu existente e a Cidade de Monte alto. Entrevistas

com o curador do Museu para acesso a dados sobre o

acervo e sobre o numero de visitações que o Museu ainda

recebe.

Além das pesquisas foram realizados também

levantamentos iconográficos que retrata todo o acervo

exposto no Museu, bem como sua área técnica e seu estado

de conservação atual, levantamentos topográficos e

morfológicos que permitiram compreender melhor as

necessidades que o Museu apresenta com relação a

demanda de espaço expositivo, conforto térmico,

sanitários, áreas técnicas e demais espaços como

bilheteria por exemplo.

Com tudo, o conteúdo do presente trabalho vem

organizado da seguinte forma:

�Capítulo 1 - Busca

O Primeiro capítulo trata da busca pela definição

do que é museu e como deve ser um museu

contemporãneo trazendo ao trabalho importantes

teorias, discutidas por diferentes autores, sobre os museu

contemporâneos e o papel desempenhado por eles nas

cidades, com o propósito de fundamentar teoricamente

a importância do projeto deselvolvido.

�Capítulo 2 - Encontro

Nesse Capítulo é proporcionado um encontro com

o Museu e a Cidade.

No encontro com o Museu é possivel conhecer sua

história, suas características atuais, seu entornos e seus

acessos.

No encontro com a cidade, além de sua história e

suas características são apresentados seus dados

morfológicos, os sítios arqueológicos e seus acesso

viários.

�Capítulo 3 - Escavação

No capítulo terceiro são mostradas as referências

projetuais, examinadas cuidadosamente junto com seus

objeitvos, implantações, organização e inter-relação

dos espaços.

� Capítulo 4 - Prospecção e Preparo

O quarto capítulo é todo dedicado aos estudos

preliminares de projeto, desde o programa de necessidades,

partido e implantação, topografia, conforto térmico e

circulação até os primeiros de implantação e organização

espacial.

�Capítulo 5 - Exposição e Apresentação

Por fim, o quinto e ultimo capítulo tem por objetivo

expor o projeto do novo Museu com plantas, cortes e

imagens geradas a partir de maquete eletrõnica.

�Considerações Finais

�Bibliografia

Busca - Capítulo 1

4

O que é Museu?

Museu é, na definição do International Council of

Museums (ICOM, 2001), "uma instituição permanente,

sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e do seu

desenvolvimento, aberta ao público e que adquire,

conserva, investiga, difunde e expõe os testemunhos

materiais do homem e de seu entorno, para educação e

deleite da sociedade".

Os museus tiveram origem no hábito humano do

colecionismo, que nasceu junto com a própria

humanidade. Desde a antiguidade o homem, por

infinitas razões, coleciona objetos e lhes atribui valor, seja

afetivo, cultural ou simplesmente material, o que justifica

a necessidade de sua preservação ao longo do tempo.

Milhares de anos atrás já se faziam registros sobre

instituições vagamente semelhantes ao museu

moderno.

Depois de outras mudanças e aperfeiçoamentos,

hoje os museus, que já abarcam um vasto espectro de

campos de interesse, se dirigem para uma crescente

profissionalização e qualificação de suas atividades, e se

caracterizam pela multiplicidade de tarefas e

capacidades, deixando de ser apenas um local de

acúmulos de objetos para assumirem um papel

importante na interpretação da cultura, na educação

do homem, e no incremento da qualidade de vida.

A ideia primitiva e ao mesmo tempo moderna de

museu continuou evoluindo. O Museu que começou

como caixa ou gabinete de colecionador foi evoluindo

com os avanços da indústria da construção e das

indústrias de tecnologias no século XX.

É nesse mesmo século, no final dele, que a cultura

virtual se dissemina gerando a proliferação de edifícios,

paisagens arquitetônicas e espaços urbanos cenográficos,

ou seja, acontece a criação dos não-lugares, por outro lado,

os museus se tornam uma exceção entre esses novos lugares

do final do século XX, pois em alguns, ou na maioria dos casos,

os museus acabam se tornando motivo de orgulho para

determinadas comunidades por fazerem delas um atrativo

turístico.

“[...]Os museus transformaram-

se durante o século XX, deixaram de ser

apenas depósito de coisas velhas para

mostrar seus objetos e fazer chegar sua

mensagem ao público de uma forma

dinâmica e até lúdica, assim o museu

passou a ser complemento necessário do

turismo. [...]” Barretto (2000,p.53 apud Silva

2006, p.03).

A nova concepção de museu vem acompanhada de

um acréscimo de funções e diversas atividades extras

expositivas. A crescente necessidade de lazer é apenas um

dos motivos que possibilitam ao museu um papel de

destaque nas cidades de hoje. É através dessas diversas

atividades extra expositivas que o programa dos museus se

apresenta cada vez mais amplo, incluindo em suas

necessidades áreas destinadas a lojas de suvenires,

restaurantes, oficinas, auditórios, espaços multimídia e

bibliotecas, por isso Arantes (1991, p.161) afirma: “Já não é

mais tão óbvia a distinção entre um museu e um shopping

Center, os museus são hoje lugares de recreação”.

5

Além da nova concepção do espaço do museu

através da ampliação dos programas de necessidades,

a localização dos projetos dos novos museus em eixos e

vias de acessos estratégicos e decorrentes das

expansões urbanas, demonstra o papel que o museu

passou a desempenhar nas cidades, devido a atração

que os mesmos exercem e pelas novas características

que trazem ao local.

O Museu Guggenheim de Bilbao, na Espanha,

projetado por Frank Gehry, localizado nos subúrbios da

cidade espanhola de Bilbao, às margens do rio Nervión,

foi um empreendimento que pretendeu uma grande

ampliação e urbanização da área. “Uma Ria seca,

quase morta, renascida numa grande nau de titânio em

pequenas camadas...” Ortiz, 2007 - site vitruvius.

Com a instalação de restaurantes (o do Museu),

cafés, hotéis, salas de convenções, lojas, e a

reimplantação de pequenos centros comerciais nas

imediações de um lugar em franca expansão, dá

oportunidade a este espaço de reconverter o antigo

local em um núcleo econômico considerável que

poderá competir com a própria cidade.

“Um bairro desprezado e pobre

de Bilbao em quatro anos transformou-

se no mais fashion e desejado do

mundo. Esta cidade cinza de outrora

conta hoje com um colorido enorme,

montões de pessoas que vêm espiar,

que vêm opinar e que vêm bisbilhotar,

o importante é que as pessoas vêm, e

Bilbao hoje se orgulha.” Fabiano, (2009,

p.161)

6

projetado por Oscar Niemeyer é tido como estratégia de

promoção da cidade, O MAC, como é conhecido,

ultrapassa os limites de museu, é o símbolo de uma

cidade, orgulho para seus moradores, um prédio

reconhecido nacionalmente e internacionalmente pela

sua beleza, arrojamento e audácia.

“O marco mais expressivo da

nova imagem de Niterói, e que

também promove uma guinada na

política urbana, até então, de cunho

mais social, voltada para a população

de baixa renda e recuperação do

patrimônio histórico da cidade, foi a

construção do Museu de Arte

Contemporânea (MAC), concebido

pelo arquiteto Oscar Niemeyer e

inaugurado em 1996. Desde então, a

imagem do museu se transformou em

símbolo da cidade, servindo para

pro jetar a c idade nacional e

internacionalmente.” Oliveira (2000, p.

4, PIC – UFF).

Desde então, Niterói passou a funcionar como

importante pólo de atração para determinados

investimentos ligados ao capital imobiliário e aos setores

cultural e turístico, bem como um atrativo para a

população de outros municípios e cidades da Região

Metropolitana, sobretudo para segmentos de classe

média.

O Museu de Arte Contemporânea em Niterói- RJ,

7

Baseado nos exemplos acima pode-se afirmar que

os museus assumem o papel de centros culturais, onde a

prioridade é voltada para a sociedade consumista

como uma forma de entretenimento, revalorização

urbana e ampliação econômica de toda uma

sociedade.

Enfim, é nesse contexto, do museu como

catalisador importante na dinâmica dos espaços

urbanos, que a proposta novo museu de paleontologia

se insere, ou seja, a função do novo museu, além da

tradicional informação e educação da população, é

fazer da cidade de Monte Alto, um novo polo de atração

turística criando a possibilidade da cidade se

desenvolver nesse setor economicamente.

8

Encontro - Capítulo 2

9

O Município de Monte Alto

O Munícipio de Monte Alto que teve sua

fundação no dia 15 de maio de 1881, e primeiramente

denominada de Bom Jesus de Pirapora das Três Divisas

de Monte Alto!”. Quando da fundação

Monte Alto pertencia a comarca de Jaboticabal,

cidade vizinha mas devido ao forte desenvolvimento

econômico baseado na cafeicultura, em 1895, apenas

14 anos após a fundação, Monte Alto tornava-se

município, separando-se def in i t ivamente de

Jaboticabal.

A criação da Comarca de Monte Alto deu-se em

1928. Pertenceriam a ela, além de Monte Alto, mais três

municípios: Pirangi e Paraíso e, posteriormente, Vista

Alegre do Alto.

Monte Alto foi construída exatamente sobre o

divisor de águas entre a bacia hidrográfica do Mogi

Guaçu e a bacia hidrográfica do Turvo-Grande.

A altitude média é de 735m, entretanto, alguns

pontos ultrapassam os 800m.

A população inicialmente era formada por

descendentes de Portugueses, sendo que a partir da

década de 1920 a população já se mesclava com

imigrantes italianos, alemães e japoneses, nos dias

atuais, o Município possui aproximadamente 50.000

habitantes.

Atualmente há em Monte Alto predomínio do setor

secundário e do setor terciário da economia. Entretanto,

o setor primário permanece como atividade importante,

destacando-se a cultura da cebola e a produção de

frutas para exportação.

Entretanto, o setor primário permanece como

atividade importante, destacando-se a cultura da cebola e

a produção de frutas para exportação. Monte Alto possui

indústrias de grande porte que, juntamente com as indústrias

de pequeno porte, conferem perfil industrial ao município,

cuja população urbana ultrapassa os 93% da população

total.

10

Mapa Sistema de Zoneamento de Monte Alto. | Sem escala Fonte: Prefeitura Municipal de Monte Alto.

Hospital Unimed

Hospistal Santa Casa

Bairro Laranjeiras e Cohab

Residências

Comércio

Serviços

Institucional

Áreas Verdes

Área Industrial

O uso do Solo e o Sistema de Zoneamento

No mapa a seguir observa-se que o

município é basicamente residencial tendo áreas

comerciais sempre localizadas junto às vias principais e

centrais. Possui quantidade considerável de áreas

institucionais que se concentram em escolas municipais

e estaduais para todos os níveis de escolaridade. O

Município tem apenas um Teatro que passou a ser

utilizado como cinema e os museus de Paleontologia e

de História.

A área destacada como industrial tem presença de

indústrias de vários ramos de atividades destacando-se as

siderúrgicas, de peças automotivas e de motopeças,

indústrias de artefatos de borracha e indústrias alimentícias o

q u e c a r a c t e r i z a a e c o n o m i a d a c i d a d e .

Empresas de destaque no município – Hutchinson

(multinacional de artefatos de borrachas para peças

automotivas) , Fugini (Indústria Alimentícia).

Museu de Paleontologia

11

Zona Residencial unidomiciliar de baixa densidade, admitindo-se usos comerciais, serviço e institucionais complementares ao uso residencial

Zona Predominantemente Residencial de média densidade, pluridomiciliar admitindo-se usos comerciais, serviço e institucionais compatíveis ao uso residencial.

Zona de Uso misto admitindo-se usos de comércio, serviços e institucionais.

Zona Central com predominância de comércios e serviços(centro comercial principal) de média e alta densidade compatibilizadas com a intensidade do trafego gerado

Sistema de Zoneamento

Zona de Uso Diversificado, admitindo além de comércio, serviços e institucionais, o usos industriais.

Zona de Uso Institucional, de baixa densidade, admitindo-se usos residenciais e de serviços de apoio e atividade de lazer institucional

Zona de Proteção Ambiental permanente, enquadra-se nesta zonas as áreas e edifícios de interesse histórico, cultural e paisagístico, praças públicas e também as áreas não edificáveis ao longo das margens do Córrego rico, rio turvo e seus afluentes

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Geomorfologia Municipal

Monte Alto situa-se na legenda Kb, denominada

geologicamente de período Cretácio Superior com

formação de Bauru e solo com a presença dos seguintes

minerais de rocha: Arenitos, siltitos, conglomerados,

argilitos e calários.

O período Cretáceo sucedeu o período Jurássico

e se divide em Cretáceo Inferior e Superior.

A fauna do Cretáceo marcou o apogeu dos

dinossauros. Estes grandes répteis dominavam

completamente o mundo nesse período, estavam nos

ares, nos mares e na terra. Eram os mais ferozes e maiores

animais existentes. Entretanto é no fim do mesmo

Cretáceo que ocorreu a extinção dos dinossauros.

Monte Alto possui clima tropical de altitude, que se

evidencia acima dos 600m e se caracteriza por

apresentar verões chuvosos e quentes e invernos secos e

frios, em que geadas e temperaturas muito próximas do

ponto de congelamento não são incomuns. Segundo a

classificação climática de Köppen, a cidade tem clima

de caracteristica mesotérmico (cwa) onde o inverno é

seco com temperatura média do mês mais frio é inferior a

18°C e a do mês mais quente ultrapassa 22°C. O índice

pluviométrico desse tipo climático varia entre 1100 e 1700

mm.

A estação seca nessa região ocorre nos meses de

abril a setembro, sendo julho o mês em que atinge a

máxima intensidade. O mês mais chuvoso oscila entre

janeiro e fevereiro. A temperatura do mês mais quente

oscila entre 22 e 24°C.

Monte Alto

Mapa de classificação climática da Bacia do Rio Mogi Guaçu, com alteração do autor. Fonte: Relatório Zero 1999.

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Sistema Viário Municipal , O acesso ao Museu e Seu

Entorno

O sistema viário do Município de Monte Alto se

constitui da seguinte forma:

• As vias principais são as responsáveis pelo acesso

rápido de bairro a bairro, e também pelo acesso

dos bairros ao centro da cidade.

• Nas áreas de expansão urbana, onde estão os

novos loteamentos, as vias secundárias

possibilitam o acesso rápido sendo capazes de

absorver os grandes fluxos garantindo a

continuidade das vias existentes.

• As Estradas municipais, dão acesso direto entre o

núcleo urbano de monte alto e os municípios ao

seu redor.

• Da mesma maneira as estradas rurais, ligam o

núcleo com os bairros rurais presentes em toda a

sua volta.

• As rodovias cortam o município em três direções

diferentes, possibilitando o fácil acesso à cidade

por pessoas vindas de outros núcleos urbanos.

O acesso ao museu é facilitado primeiramente

pela sua localização (centro da cidade), por onde

passam todas as vias principais. Mesmo os bairros mais

afastados do centro conseguem o acesso rápido por

essas vias que interligam toda a cidade.

REGIÃO 3 – Taquaritinga, Matão, Itápolis, Tabatinga, Araraquara,

REGIÃO 2 – Vista Alegre do Alto, Pirangi, Catanduva , Monte Azul Paulista, Olímpia, São José do Rio Preto e outros.

REGIÃO 1 – Jaboticabal, Guariba, Barrinha, Pradópolis, Dumont, S e r t ã o z i n h o , B a t a t a i s , Brodwsky,Ribeirão Preto e

Rodovias Principais

Limite Município

Córregos e Rios

Estradas Municipais

Estradas Rurais

Córregos e Rios

Limite Municipal

Rodovias Principais

Estradas Municipais

Estradas Rurais

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Sistema Viário do Município

Mapa Sistema de Zoneamento de Monte Alto. | Sem escala Fonte: Prefeitura Municipal de Monte Alto.

Vias Secundárias Projetadas

Vias Principais Projetadas

Vias Principais Implantadas

Vias Secundárias Implantadas

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Bairros Rurais - Sítios Arqueológicos

Os Bairros Rurais, destacados no mapa a seguir, são

os principais sítios arqueológicos e paleontológicos

situados no Município de Monte Alto.

A situação geográfica (presença de serras) e

hidrográfica (áreas bem irrigadas por rios e córregos)

desses bairros proporcionaram a formação de vales que

eram os locais de permanência característica dos

dinossauros e dos povos primitivos, sendo assim , a maioria

dos fósseis que compõem o acervo do Museu foram

encontrados nessas áreas.

As imagens demonstram algumas escavações e

descobertas feitas nesses bairros rurais respectivamente

conforme a descrição abaixo.

Imagem 01 - Equipe do museu e seus principais

colaboradores em atividade de escavação na Serra de

Monte Alto

Imagem 02 - Atividade de Campo – Extração de um

grande fêmur na zona rural do município de Monte Alto.

Imagem 03 - Múmia Retirada do sitio arqueológico Bairro

Água Limpa.

Imagem 03

Escavações e Descobertas

Imagem 02

Imagem 01

16

Bairros Rurais - Sítios Arqueológicos

17

O Museu de Paleontologia

O Museu de Paleontologia de Monte Alto foi

inaugurado em 22 de julho 1992, mas somente em 27 de

junho de 2011 o Museu foi nomeado com nome de seu

fundador, passando a se chamar Museu de

Paleontologia "Professor Antonio Celso de Arruda

Campos". A instituição surgiu para abrigar os fósseis

descobertos em pesquisas realizadas na região de

Monte Alto e em outros municípios do oeste paulista,

onde afloram as rochas sedimentares¹ da Bacia Bauru.²

As pesquisas paleontológicas na região Monte Alto

iniciaram-se na década de 1980 e continuam sendo

feitas sistematicamente. Atualmente, além das pesquisas

locais, a equipe do Museu desenvolve trabalhos técnico-

científicos de prospecções e remoções de fósseis em

vários outros municípios do estado, ampliando e

enriquecendo ainda mais o acervo do museu.

Dentre os materiais descobertos, foram

identificados vários fósseis inéditos de grande valor

científico que atraiu para Monte Alto renomados

paleontólogos brasileiros e estrangeiros, com os quais

vários trabalhos científicos foram desenvolvidos.

1 -Quando uma rocha sedimentar se forma, os restos de ossos, dentes e demais estruturas animais

e vegetais que estão incorporados aos sedimentos, podem passar por um processo chamado

fossilização, preservando-se junto com a rocha.

2 -A Bacia Bauru é uma bacia sedimentar que se formou no período Cretáceo (o último

período da Era dos Dinossauros).

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O Museu de Paleontologia "Prof. Antonio Celso de

Arruda Campos" possui um convênio de intercâmbio

científico com a Universidade Federal do Rio de Janeiro

e atualmente pode serconsiderado um Centro de

Pesquisas Paleontológicas, pois além das atividades de

busca e preparação de fósseis, desenvolve trabalhos de

produção científica e divulgação da paleontologia, o

que o torna uma referência nesta área de estudo.

No Museu o Visitante tem acesso a fotos e painéis

explicativosreconstruções artísticas de animais pré-

históricos e à coleção de fósseis que é composta pelo

material descoberto pela equipe do Museu e também

por peças doadas por outras instituições. O acervo

fossilífero é composto principalmente por restos de

insetos, moluscos Bivalves, peixes, quelônios,

crocodiliformes e dinossauros.

A exposição é organizada em forma de rodízio , os

fósseis expostos hoje permanecem por determinado

tempo e são substituídos por outros que estavam

guardados.

O objetivo do Museu é divulgar a paleontologia e

despertar o interesse por essa ciência.

O Museu está situado na parte inrferior de um

edificio de dois pavimentos, em uma área com total de

500m², sendo que, desses total, apenas 300 m² são livres

para a exposição.

19

-Localização do Museu

O museu de paleontologia está localizado junto ao

complexo cívico e cultural da cidade do município de

Monte Alto.O complexo Cívico Cultural, foi inaugurado

quando houve a construção dos edifícios 1-

Conservatório e 3 -Museu Histórico e de Paleontologia,

sendo que, em seguida houve a construção do

anfiteatro. Os outros edifícios foram construídos

posteriormente, assim como a Câmara de vereadores,

que se localizava na praça central junto ao fórum, e

passou a compor o centro cívico, sendo o edifício mais

recente construído no complexo.

Rua Gustavo de Godoy

Rua Gustavo de Godoy

2 3 4

5

67

8

1

1- Estacionamento2- Conservatório Musical3- Anfiteatro4- Museu Histórico e Paleontológico

5- Centro de Artes6- Camara Municipal7- Teatro8- Bibliotrca Municipal

20

ACESSO PELA RODOVIA JOSÉ PIZARRO (SP 305) - REGIÃO 1

ACESSO PELA RODOVIA OELANDO CHESINI OMETTO REGIÃO 2

ACESSO PELA RODOVIA JOSÉ DELLA VECCHIA - REGIÃO 3

ACESSO INTERNO POR VIAS PRINCIPAIS

Museu de Paleontologia

MONTE ALTO

O acesso ao Museu

O acesso viário ao Museu acontece pelas rodovias

destacadas no mapa abaixo, que possibilitam o facil

acesso tanto ao munícipios vizinhos como Jabotical,

Pirangi, Taquaritinga, Vista Alegre quanto para os

munícipios como Ribeirão Preto, Sertãozinho,

Araraquara, São Carlos, São José do Rio Preto e outros

mais, conforme mostrado no mapa de acesso ao

Munícipio.

Por outro lado, o acesso de chegada e saída,

carga e descarga do Museu se dá apenas pela rua

saída, carga e descarga do Museu se dá apenas pela rua

G u s t a v o d e G o d o y .

De todo o conjunto de equipamentos presentes no

complexo do centro cívico apenas o conservatório e o

museu ainda apresentam atividades cotidianas

21

O Entorno

O Entorno do Centro Cívico possui características

fundamentais para o funcionamento do Museu. Trata da

área central da cidade, onde toda a população,

usuária ou vinda de outros municípios, freqüentam

assiduamente devido a presença do eixo comercial e a

concentração de alguns serviços.

Atualmente, o museu recebeu em suas

proximidades, a sede de uma nova escola SESI, que

pode vir a ser mais um ponto de atração para o Museu.

Além de todo o eixo comercial e do novo SESI, o

entorno do museu conta ainda com pontos de apoio

como restaurantes, hospitais, hotéis , rodoviária, pontos

de táxi e uma base da guarda civil. Todos esses pontos

de apoio são importantes pois contribuem de forma

positiva para o Museu acolhendo o visitante.

22

1- Museu2- Rodoviária Municipal

3- Praça Matriz4- Fórum

Eixo Comercial

Rua Nhonhô do Livramento

Rua Dr. Raul da Rocha Medeiros

Rua Jeremias de Paula Eduardo

HOTÉIS

RESTAURANTES

HOSPITAL E PRONTO SOCORRO

Museu Paleontologia

23

Plantas, Corte e Elevação PrincipalEdifício do Museu Existente

Museu Histórico

Museu Paleontologia

Acesso Principal

Corte AA

1-

2- 3-4-5- 6-

Área de Exposição

Reserva Técnica

Secretaria

W.C. Feminino

W.C. Masculino

Copa

24

Escavação - Capítulo 3

25

Dentre os processos paleontológicos da

descoberta de um fóssil a escavação consiste em

examinar as camadas do solo sedimentar, dos sítios

paleontológicos, com o objetivo de entender as formas

de ocupação do espaço, recuperando as atividades

realizadas no sítio por um determinado grupo, além de

reconhecer a estrutura e o uso que aquele espaço teve,

no passado. A partir dessa análise da ocupação local é

possível identificar os principais pontos para o encontro

de fósseis.

Do mesmo modo, o processo de análise das

referências projetuais, tem por objetivo entender e

analisar as formas de ocupação do espaço destinado

aos projetos, como esses espaços foram ocupados,

como são acessados e como os ambientes projetados

conservam a relação entre espaços públicos e privados

e como os interligam.

O primeiro projeto analisado:

Museu Exploratório de Ciências da UNICAMP –

Primeiro prêmio Concurso Internacional | Corsi Hirano

Arquitetos

O projeto do museu exploratório foi identificado

como referência por apresentar soluções projetuais de

implantação e espacialidades que relacionam o

homem com a natureza bem como a arquitetura com a

paisagem.

“O projeto para o museu de ciências

tem em sua essência possibilitar uma

infinidade de impressões e compreensões a

partir de inúmeras escalas e distâncias. A

relação dos usuários com o novo museu

acontece através de um processo de

descobrimento e conhecimento progressivo.

É esta experiência que gera uma relação

contínua e inseparável entre exterior e

interior. Desde o princípio as sensações e

impressões provocadas devem ser capazes

de conduzir um visitante estimulado ao

interior do museu, buscando transformar sua

intuição em compreensão.”

A estratégia de implantação busca a predominância

da paisagem a qual o museu se soma.

26

O projeto se insere no terreno através de um

volume horizontal que se acomoda na topografia

potencializando a apreensão do visual panorâmico em

toda sua extensão; este mesmo volume se verticaliza e

acaba por pontuar o lugar.

“Primeiro, o lugar nos mostra ser

imprescindível que a relação entre o novo

m u s e u e a p a i s a g e m o r i g i n e u m

acontecimento de escala territorial. O novo

museu deve tornar-se um marco no horizonte

como um fato geográfico. Um museu que

observa e é observado. O novo edifício deve

revelar esse aspecto, ser único e não ser

apenas uma construção comum.”

O novo museu está contido numa única faixa onde

o programa se distribui em espaços distintos. A chegada

dá-se através de um grande balanço estrutural que leva

o visitante à praça/rampa descoberta de acolhimento e

acomodação de grupos antes do acesso ao interior do

museu: um espaço que, por sua configuração e

dimensões, caracteriza-se pela multiplicidade de usos

que pode abrigar e uma grande quantidade de usuários.

A partir das áreas de acolhimento, externa e

interna, se acessa os espaços públicos em dois níveis

distintos. Pelo nível principal, que mantém o usuário

sempre visualmente em contato com o exterior, todos os

usos de acesso livre (Loja,Biblioteca, Café do Por do Sol e

Observatório) e, após o controle de área paga, os

espaços de Exposição Temporária e Permanente. A

partir desse nível o novo museu também se conecta com

as edificações antigas que fazem parte do programa

solicitado.

Pelo nível inferior se chega à Exposição Multimídia,

Auditório e Ateliers de Ciências. Na parte sul do terreno

localiza-se o acesso técnico ligado diretamente às docas de

Recepção e Armazenamento, bem como acessos técnicos

controlados às salas de exposições.

Um trajeto de emoções singulares e progressivas capaz

de estimular a percepção do usuário enquanto este interage

com o interior do Museu.

Desvendando a natureza e a forma do edifício pela

transição entre espaço interno e externo da praça de

chegada, o acesso ao volume horizontal do museu é

envolvido pela luminosidade controlada e dinâmica dos

fechamentos,

27

o espaço imersivo da exposição temporária e

culminando na monumentalidade do espaço vertical

dedicado à exposição permanente, o visitante acaba

por ter um aprendizado total do Museu.

Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-10910/museu-exploratorio-de-ciencias-da-unicamp-primeiro-premio-concurso-internacional-corsi-hirano-arquitetos

28

Privado

Público

Circulação VerticalCirculação Horizontal

Misto

Área de Acolhimento

SanitáriosEnfermaria

Setor Administrativo

Biblioteca Café |Restaurante Loja

Informações

Bilheteria

Exposição Temporária Exposição Permanente

Acesso PrincipalAcesso Serviço

Acesso ServiçoCarga e Descarga

Exposição PermanenteExposição Temporária Almoxarifado

Armazenamento de Materiais

Vestiários

Sanitários Sanitários

Espaço Multimídia

Ateliê de Ciências

AuditórioRampa de Acolhimento

Análise Gráfica - Plantas

29

Privado

Público

Circulação VerticalCirculação Horizontal

Misto

Acesso PrincipalAcesso Serviço

Exposição PermanenteExposição Temporária

Almoxarifado |ArmazenamentoEspaço Multimídia

InformaçõesAdministrativo

Informações

Auditório

Exposição Temporária

Corte |Implantação no Terreno

Análise Gráfica - Cortes

30

O segundo projeto analisado:

MAR – Museu de Arte do Rio de Janeiro |Jacobsen

Arquitetura

Este segundo projeto identificado como referência

foi escolhido primeiramente pela sua caractrística

revitalizadora tanto dos esdifcíos existentes e reformados

quanto do espaço onde esses edifícios estão localizados.

A maneira como o projeto define o programa de

necessidades e o encaixa nos dois edifícios fazendo com

que duas construção, com características arquitetônicas

diferentes, se tornassem complemento um para o outro

foi o ponto que despertou mais atenção para a

realização da leitura. O projeto reafirma a capacidade

que um equipamento tem de revalorizar o lugar, torná-lo

novamente centro de atenção e reintroduzi-lo no

cotidiano urbano da cidade.

“Tivemos como desafio unir três

construções existentes de características

arquitetônicas distintas com o objetivo de

abrigar o Museu de Arte do Rio, a Escola

do Olhar, além de espaços para cultura e

lazer. O Palacete Dom João, o prédio da

Polícia e a antiga rodoviária do Rio,

conectados, deverão fazer parte da

grande intervenção na região central e

antiga da cidade. Para cada construção

ana l i samos d i fe rentes n í ve i s de

tombamento e preservação.

integrado do museu e da escola do olhar e a criação de uma

praça suspensa, na cobertura do prédio da polícia, que

reune todos os acessos e determina uma visitação feita de

cima para baixo.

31

Além, de tudo o que o projeto proporciona ao

lugar e aos edfícios, o programa de necessidades se

apresenta completo, com um sistema de fluxo que

viabiliza o funcionamento

“Foi estabelecido que o Palacete,

em função de seus grandes pés-direitos e

da planta livre de estrutura, deverá

abrigar as salas de exposição do Museu.

O prédio da Policia será utilizado para a

Escola do Olhar, auditório, salas de

exposição multimídia e para as áreas de

administração e funcionários do

complexo. O pilotis, hoje utilizados como

acesso para a rodoviária, se transformará

em um grande foyer de todo o

e m p r e e n d i m e n t o , c o m p o r t a n d o

também áreas de exposição de

esculturas. O acesso controlado se dará

e n t r e a s d u a s c o n s t r u ç õ e s ,

caracterizando este vazio como espaço

interno aberto e coberto. A marquise da

Rodoviária, elemento tombado pelo

patrimônio da Cidade, será utilizada para

banheiros, loja e região de carga,

descarga e depósitos.”

A ligação e a circulação de visitantes entre os dois

prédios, sob a forma de uma passarela suspensa e a

cobertura da praça suspensa configuram a intervenção

construtiva do projeto. São os dois elementos novos,

anexados nos edifícios existentes que fecham o

projeto.

“Finalmente, como marca do

projeto, propomos que a cobertura da

praça suspensa tenha uma forma

abstrata e etérea. Uma estrutura fluida,

extremamente leve, s imulando a

ondulação da superfície da água. Uma

arquitetura de caráter poético e

carregada de significado, simples e ao

mesmo tempo moderna na questão de

cálculo estrutural. Esse elemento será visto

tanto de perto quanto de bem longe, tanto de

baixo, para quem esta chegando a Praça

Mauá, quanto de cima, para quem está no

Morro da Conceição.”

Fonte: http://www.jacobsenarquitetura.com/projetos/? CodProjeto =12

32

Privado

Público

Circulação VerticalCirculação Horizontal

Misto

Acesso PrincipalAcesso Serviço

Análise Gráfica - Plantas

33

Análise Gráfica - Plantas

Privado

Público

Circulação VerticalCirculação Horizontal

Misto

Acesso PrincipalAcesso Serviço

34

Análise Gráfica - Plantas

Privado

Público

Circulação VerticalCirculação Horizontal

Misto

Acesso PrincipalAcesso Serviço

35

Análise Gráfica - Plantas

Privado

Público

Circulação VerticalCirculação Horizontal

Misto

Acesso PrincipalAcesso Serviço

36

Análise Gráfica - Cortes

Privado

Público

Circulação VerticalCirculação Horizontal

Misto

Acesso PrincipalAcesso Serviço

Corte |Implantação no Terreno

Corte Esquemático - Programa MAR

Esquema Circulação Interna ao museu

37

Ambos os projetos de referência analisados

proporcionaram uma melhor compreensão dos espaços

necessários a um museu, seus dimensionamentos e

acessos, bem como seus sistemas construtivos.

A primeira referência projetual analisada

possibilita a compreensão de quais são as necessidades

dos museus contemporâneos e o que devem conter em

seus programas de organização espacial. Outro ponto

também esclarecido pelo mesmo projeto é a

interrelação que os espaços apresentam entre si, como

por exemplo as áreas expositivas localizadas próximas as

áreas de armazenamento de materiais e carga e

descarga, além ainda de demonstrar que um bom

projeto deve considerar a topografia local e fazer bom

uso dela .

A análise do projeto do MAR, tambem foi

siginificativa, pois serviu para reafirmar o quão é

importante e como deve ser elaborado um programa de

necessidades completo para um museu do século XXI,

além de exemplificar, claramente, a possibilidade da

união de edifícios com características arquitetônicas tão

distintas e da reutilização de espaços já existentes para

novas atividades. O projeto consegue traduzir a relação

estabelecida entre os edifícios de maneira que a leveza

de um contraste com a massa do outro sem nenhum

sobressaia mais na paisagem, ou seja, de modo que os

dois edifcios formem um conjunto harmônico.

Conclui-se, por fim, que um projeto arquitetônico

para um museu da atualidade de ve considerar todas as

características do lugar onde será construído

38

apriveitando as questões topográficas para inserir o projeto

na paisagemcomo parte dela. Entender a topografia

proporciona que o projeto seja direcionado a uma mlehor

inserção no terreno e assim organizar seu programa,

circulações e acessos adequadamente favoráveis ao uso

deste equipamento.

Prospecção - Capítulo 4

39

De acordo com a análise dos projetos de

referência e com a leitura e entendimento dos

documentos oficiais (Estatuto dos Museus e Subsídios

para criação de Museus do Instituto Brasileiro de Museus)

e da real necessidade do Museu existente, exposta em

conversa com o diretor do mesmo, fica determinado o

plano de necessidades abaixo e a relação entre os

espaços demonstrada a partir do fluxograma a seguir.

Programa de Necessidades Simplificado

Espaço Museológico- Exposições permanentes 1500 m²- Exposições temporárias (Interna) 360 m²- Exposições temporárias (Externa) 220 m²

Centro de Pesquisa e Documentação Digital- Biblioteca Existente no Centro Cívico

Área Operacional do Museu- Bilheteria 220 m²- Administração 150 m²- Reserva e Apoio Técnico 400 m²- Serviços 240 m²

Apoio ao Museu- Café | Restaurante 180 m²- Loja do Museu 50 m²- Auditório Existente no Centro CívicoÁrea Total 3320 m²

40

Fluxograma de inter-relação das necessidades.

Estudos Preliminares - Definição da área

Para o entendimento da área onde seria

implantado o museu foi necessário um estudo

topográfico, realizado através do mapa de curvas de

nível e da elaborção de uma maquete topográfica, um

estudo insolação realizado por meio da análise de cartas

solares e um plano de massas.

O estudo topográfico e da carta solar ajudaram

a confirmar a escolha do local porque mostrou que a

declividade acentuada era capaz de receber o edifício

como se o abraçassem, e da carta solar por esclarecer

que a posição geográfica da edificação nova, mesmo

que inserida na topografia, receberia insolação e

ventilação tanto quanto fosse necessário.

Topografia

A área atual do Museu de Paleontologia possui

uma declividade acentuada na direção da rodovia SP

335 – José Pizarro, chegando a um desnível de

aproximadamente 20m.

Conforme indicado na imagem abaixo, entre o

museu e a rodovia existe um córrego e por consequência

uma área de preservação permanente.

A expansão do Museu deverá ocorrer na parte

posterior do edifício existente por apresentar a

possibilidade de um corte no terreno para a inserção do

novo edifício interligando diretamente os dois pela cota

do pavimento inferior, atual área de exposição, epela

presença da mata (área de preservação permanente)

que pode influenciar positivamento conforto térmico da

nova construção.

41

Cota 680

Cota 685

Cota 690

Cota 695

Cota 700

Cota 705

Sentido da Declividade

N

Mapa Curvas de nível Ilustrativo - Fonte Prefeitura Municipal -

Sem Escala

Área de corte no terreno para ampliação do Museu.Corte Esquemático Terreno - Sem Escala

42

Insolação e Ventilação

A orientação Solar do Edifício do Museu é quase

toda voltada para norte, o que indica que três, das

quatro, faces desse edifício receberão luz natural em

longos períodos tanto no inverno como no verão.

Vale lembrar que a angulação do sol em relação a

superfície da terra é menor no inverno do que no verão,

porém, ainda assim os edifício receberá longos períodos

de luz do sol.

O estudo da carta solar, à partir do programa “sol-

ar”, permitiu o entendimento dessa orientação do

Museu, bem como os principais horários de insolação em

determinadas épocas do ano.

Conforme será mostrado porsteriormente, as faces

A e C possuem características semelhantes e, como

pode ser observado na carta solar, ambas as faces

receberão luz natural no Verão das 6:00 horas da manhã

até as 18:00, e no inverno a luz natural estará presente de

aproximadamente 6:50 horas da manhã até,

aproximadamente, 17:20 horas.

A face B, por outro lado, no verão receberá luz

solar aproximadamente das 5:40 da manhã até,

aproximadamente, meio dia. Já no inverno acontecerá

até por volta das 13:00 horas.

Para o estudo da carta solar é preciso saber a

relação entre a angulação da face em estudo e o norte

verdadeiro, para o resultado desse estudo foram o

utilizados os gráficos ilustrativos ao lado, onde a linha

vermelha representa a face do edifício e a azul a direção

do norte verdadeiro.

43

44

Plano de massas e implantação.

Para definir a implantação do novo Museu foi

realizado um estudo de planos de massas que demonstra

a integração entre os dois edifícios, como serão

distribuídos os usos e acessos a fim de que o novo

complemente o existente e de alguma maneira seja

beneficiado por ele.

É nesse estudo também que compreende-se a

possibilidade do prolongamento da rua dos diamantes

criando um acesso secundário ao Museu, a necessidade

de integração entre o Museu e o anfiteatro existente

retomando as atividades desse anfiteatro além de

perceber que o espaço ainda tinha capacidade para

receber uma loja de souvenires e um Café|Restaurante.

Plano de Massas

Implantação

45

A partir dos estudos e da melhor compreensaão do

lugar foi possível propor algumas possibilidades de

organização espacial para o projeto do Novo Museu.

O espaço destacado ao lado , em amarelo, contemplará todo o setor Administrativo do Museu, parte do setor de Serviço e Apoio (Recepção, Diretoria, Sala de Reunião, Secretaria, Arquivo, Segurança, Sanitários e copa), será criada uma área sacada para uso dos funcionários, diretores e demais desses setores.

O acesso se dá por uma rampa existente além de um novo acesso vertical que transporta os funcionários deste pavimento até o ultimo pavimento inferior (Pavimento exclusivo de serviços).

Acesso vertical Privado

Acesso Existente

Setor Administrativo e

Pavimento Térreo Edificio do Museu Existente

1- Estacionamento2- Rampa3- Área de Acolhimento4- Acesso Principal5- Sanitários Publicos | Masc. e Fem.6- Enfermaria7- Exposição de Curta Duração8- Plataforma de Acesso pavimento Inferior9- Acolhimento Saída10- Loja11- Restaurante

Acesso vertical Privado

Acesso vertical Público

Circulação

N

Prolongamento da Via existente

N1

4

6

7

9

8

3

2

10

11

5

Prolongamento da Via existente

46

Primeira Proposta de Organização Espacial | Pavimento Superior Edificio do Museu

Acesso vertical Privado

15- Exposição de Longa Duração

Acesso vertical Privado

Acesso vertical Público

Circulação

Prolongamento da Via existente

Projeção Edifício Existente

N

12

12

13

12

14

Primeiro Pavimento Inferior Edificio Novo Museu

Acesso vertical Público

Circulação

12- Plataforma Expositiva13- Acesso privado14- Rampa de Acesso ao Segundo Pavimento Inferior

Prolongamento da Via existente

Projeção Edifício ExistenteN

15

13

Segundo Pavimento Inferior Edificio Novo Museu

47

Acesso vertical Privado

TerceiroPavimento Inferior Edificio Novo Museu

Acesso vertical Público

Circulação

16- Área de Carga e Descarga17- Segurança18- Almoxarifado19- Convívio20- Refeitório21- Sanitários22- Laboratório |Preparo Material23- Armazenamento |Reserva Técnica24- Estacionamento Serviço

Corte Esquemático

Prolongamento da Via existente

Projeção Edifício Existente

N

18 16

21

2019

22

17

23

24

24

Primeiro Pavimento Inferior Edifício Novo Museu

Segundo Pavimento Inferior Edifício Novo Museu

Terceiro Pavimento Inferior Edifício Novo Museu

Pavimento Térreo Edifício do Museu Existente

Pavimento Superior Edifício do Museu Existente

Obs: Todas as rampas (acesso/circulação) do Museu serão de acordo com o estipulado pela norma de Acessibilidade.

48

Segundo Estudo

Este segundo estudo, dentre todos os outros

realizados, é aquele que mais se identifica com as

características de um espaço mesológico, pois através

dele conseguiu-se uma melhor organização dos

ambientes internos e conseqüentemente uma melhor

organização das atividades a serem desenvolvidas no

novo Museu além, também, do total, e eficiente,

aproveitamento do edifício que configura o Museu

existente.

Como pode ser observado a seguir, nas plantas de

cada pavimento, essa melhor organização dos

ambientes promove uma limpeza no espaço facilitando

a circulação tantos dos funcionários quanto dos visitante

do Museu.

Essa circulação facilitada melhora muito a relação

do espaço com o público porque é capaz de direcionar

o caminho que esse público deverá percorrer dentro do

Museu, como se o caminho fosse a própria exposição e,

sendo assim, o público visitará todos os três pavimentos

de exposição caminhando numa única direção, através

de plataformas e rampas.

Nesse estudo também foi percebida a

possibilidade da criação de um elemento, estrutura

metálica e vidro, que servirá tanto para a captação da

luz natural quanto para a ampliação do pé direito da

área expositiva criando a possibilidade de expor réplicas

inteiras de fósseis e compondo então os três pavimentos

dedicados a exposição citados acima.

49

Acesso vertical Privado

1- Estacionamento2- Rampa3- Área de Acolhimento4- Acesso Principal - Bilheteria e Informações5- Sanitários Públicos |Masc. Fem. e Aces.6- Enfermaria7- Exposição de Curta Duração8- Rampa Acesso Primeira Plataforma de Exposição9- Acolhimento Saída - Acesso Loja e Restaurante10- Loja11- Restaurante

Acesso vertical Privado

Acesso vertical Público

Circulação

Pavimento Superior Edificio do Museu Existente

Circulação

Pavimento Térreo Edificio do Museu Existente

N

Prolongamento da Via existente

Setor de Serviços e Apoio

Setor Administrativo

Platô (Área Aberta restaurante e extensão da exposição de curta duração

Bloco de Estrutura Vazada revestida de vidro - captação de Luz Solar

1

4

67

9

8

3

2

10

11

5

Prolongamento da Via existente

N

50

Acesso vertical Privado

Acesso vertical Público

Circulação

Primeiro Pavimento Inferior Edificio Novo Museu

Segundo Pavimento Inferior Edificio Novo Museu

12

13

Prolongamento da Via existente

N

Acesso vertical Privado

Acesso vertical Público

Circulação

12- Primeira Plataforma Expisitiva13- Rampa de Acesso a Segunda Plataforma Expositiva

Prolongamento da Via existente

14

15

N

14- Segunda Plataforma Expositiva15- Rampa de Acesso a Área de Exposição Permanente

51

Acesso vertical Privado

Circulação

Terceiro Pavimento Inferior Edificio Novo Museu

Quarto Pavimento Inferior Edificio Novo Museu

Acesso vertical Privado

Acesso vertical Público

Circulação

16- Área de Expoisção Permanente17- Sanitários18- Área Serviço | Acesso privado

19- Área de Carga e Descarga20- Segurança21- Almoxarifado22- Convívio23- Refeitório24- Sanitários25- Laboratório |Preparo Material26- Armazenamento |Reserva Técnica27- Estacionamento Serviço

Prolongamento da Via existente

16

17 18

N

Prolongamento da Via existente

N

19

2021

22

23

24

25

26

27

27

Obs: Todas as rampas (acesso/circulação) do Museu serão de acordo com o estipulado pela norma de Acessibilidade.

52

Exposição - Capítulo 5

53

NOVO MUSEU DE PALEONTOLOGIA

54

Memorial

Partido e Implantação

O projeto para o Museu de Paleontologia foi

desenvolvido, desde o início, para que o Museu, através

de seu novo espaço, seja caracterizado como um

equipamento urbano contemporâneo, oferecendo ao

seu público todas as principais atividades que uma

Museu, hoje, deve oferecer.

Pelo Museu tratar de uma ciência que apresenta

intensa relação com o solo, o projeto também foi

elaborado no sentido de manter essa relação e por isso,

sua total implantação na topografia do local.

As principais dificuldades foram entender as

características e os benefícios que esse local tinha a

oferecer e como inserir um novo edifício, num complexo

de os edifícios construídos há algumas décadas, sem que

o novo, de certa forma, ofuscasse com os demais.

O fato de existir uma área de mata, atrás do

museu, com topografia favorável devido a declividade

acentuado, trouxe a idéia do novo edifício se localizar

exatamente na parte posterior do existente.

Outro ponto importante para que o projeto

mantivesse o Museu onde está, ou seja, não construísse

um Novo Museu em outro lugar, foi perceber que se o

Museu pudesse receber novos espaços e se tornasse um

ícone de atração de público, todos os edifícios do

complexo cívico seriam beneficiados.

De outro ponto de vista, o Museu, como unica

fonte de atividades diárias no Centro Cívico, se fosse

transferido para um outro local, destinaria todos os

demais edifícios ao esquecimento e total abandono.

Sendo assim, o novo projeto teria ainda que cumprir

essencialmente 03 funções, primeiro: exercer com categoria

as atividades que o museu existente, sozinho, não pode

exercer, segundo: ser uma arquitetura simples mas que seja

tão contemplada quanto a própria exposição e terceiro: ter

um sistema construtivo que viabilize sua construção.

55

Implantação Geral e Acessos

Existente

Novo

Avenida 15 de maio |Ligação entre acesso principal e o de Serviço

Acesso Serviço | Rua dos Diamantes

Acesso Principal |Rua Gustavo de Godoy

56

Instalações

Iluminação Natural e Artificial

O projeto para o Novo Museu propõe a

modificação das fachadas do edifício existente e a

inserção de uma estrutura geodésica na cobertura do

novo edifício, onde se concentra a área de exposições

de longa duração. A proposta consiste na idéia da

economia de energia através do aproveitamento da

maior quantidade de luz na natural que for possível. Para

isso é indicado o uso do sistema ecoglazing com

envidraçamento duplo, tanto nas fachadas do edifício

existente quanto na estrutura que compõe a cobertura

do edifício novo.

O sistema Ecoglazing é um caixilho sintético em

borracha de silicone vulcanizados á alta temperatura,

que substitui os convencionais caixilhos metálicos nos

fechamentos ou revestimentos de edificações.

Os painéis de qualquer tipo de vidro e também de outros

mater ia i s compat íve i s com o s i l icone, são

emborrachados pelo método vidro encapsulado em

silicone, recebendo em suas bordas perfis de puro

silicone com a dureza, cor e formato adequado a sua

aplicação final. Mesmo em geometrias complexas, a

tecnologia simplifica todas as etapas produtivas,

oferecendo durabilidade, segurança e superior

desempenho.

O vidro Duplo é caracterizado como excelente

isolante térmico e acústico, pois sua instalação cria um

bolsão de ar entre as duas camadas de vidro que

permite trocas gasosas com o ambiente externo,

funcionando como um filtro de calor.

Esse sistema é utilizado em todo o mundo e em obras

de arqu i tetos mui to concei tuados nacional e

internacionalmente como por exemplo a Catedral de Brasília

do Arquiteto Oscar Niemeyer e o Planetário Sabina de Paulo

mendes da Rocha.

Dessa manei ra, mesmo com as fachadas

envidraçadas, é possível ter o controle térmico de todos os

ambientes do edifício do Novo Museu expostos a insolação.

Restauração d a C a t e d r a l , principal símbolo de Brasília, patrimônio histórico mundial t o m b a d o p e l a UNESCO com aprox. 5 . 6 0 0 p ç s modeladas de 105 medidas diferentes.

Redução da entrada de energia de no mínimo 61% em relação ao vidro existente.

Abr. 2010 | Brasília, DF | Arquitetura:Oscar Niemeyer

C ú p u l a geodésica com 640 quadros triangulares acústicos revestidos por vidro laminado 10mm branco fosco.

Com 21,50m de diametro sua estrutura e quadros é totalmente em alumínio.

Nov. 2009 | Santo André - SP | Arquitetura: Paulo Mendes da Rocha

http://www.avec.com.br/produtos-e-obras/produtos-e-obras/

57

Climatização (Ar Condicionado)

O Novo Museu será preparado para receber a

instalação de equipamentos de climatização artificial,

mesmo com o tratamento térmico proporcionado pelos

sistemas de iluminação natural, a implantação do Museu

no terreno e a área de mata de preservação ao seu

redor que proporcionam a amenização do clima em

seus ambientes, não é totalmente dispensado o uso de ar

condicionado, apenas reduzido.

Abastecimento de Agua

O conjunto do Centro Cívico possui nas cotas mais

altas do terreno uma caixa d'água que realiza o

abastecimento, por gravidade, da maioria dos edifícios

seus edifícios. O Museu continuará recebendo seu

abastecimento do mesmo modo, uma vez que a

quantidade de água disponível é suficiente.

58

Cota 705

Cota 700

Cota 690

Caixa d’ Água

Organização espacial e Circulação

O espaço do museu tem por função levar o

visitante a percorrer pelo tempo, e contribuir para a

construção da cidadania por meio da difusão e da

preservação da memória, do patrimônio e da cultura

das sociedades.

A exibição de um acervo, a exposição, é um

processo complexo que envolve direta ou indiretamente

todos os funcionários da instituição, porém é

praticamente a única parte, das diversas atividades do

Museu, que o público pode conhecer.

O contato direto com as peças é o momento em

que se efetiva a verdadeira educação do público, a

qual se constitui em um dos objetivos primários da

exposição e do próprio museu.

Para isso, as exposições devem ser organizadas

com objetividade e clareza num percurso que possibilite

a fácil locomoção do publico, desse modo.

O novo espaço do Museu foi pensado para

funcionar de maneira que o visitante seja recebido numa

grande área de acolhimento e posteriormente

direcionado para as exposições divididas em duas

categorias, curta e longa duração.

A exposição de curta duração, também

entendida como temporária, terá início no pavimento

térreo dentro do museu podendo se estender para o

lado de fora, a céu aberto. Esse espaço destinado a esse

tipo de exposição será de visitação gratuita e poderá

expor materiais que componham acervos diversos.

59

A exposição de longa duração ou permanente,

acontecerá sobre duas plataformas, acessadas por

rampas e que levarão o público a percorrer todo o

espaço destinado a essa atividade até o ultimo piso do

Museu. O percurso através das rampas éo que compõe

e define a exposição do acervo paleontológico de

forma que nas plataformas são expostos os materiais de

menor porte, que demandam espaços menores e no

ultimo piso, devido ao pé direito alto, se concentrará a

exposição das peças maiores e até réplicas inteiras de

dinossauros.

Do mesmo jeito que a circulação externa ao museu

se dá de modo estratégico devido a localização, a

circulação interna está é pensada também de maneira

estratégica, a fim de que o público, a partir da entrada

do Museu, seja levado pela exposição e percorra todo o

caminho expositivo sempre num mesmo sentido.

Na saída do museu, que acontecerá através

circulação vertical, os visitantes poderão acessar a loja

de souvenires e o restaurante, também propostos no

trabalho, por meio de uma plataforma suspensa,

localizada acima da vegetação existente e no mesmo

nível da área de acolhimento.

O setor técnico e administrativo é acessado pelo

estacionamento do Museu, porém com entrada

diferenciada, Já o setor de armazenamento de

materiais, carga e descarga, tem acesso diferente ao do

Museu, caracterizado como acesso de Serviço e que

acontece pela rua prolongada, na lateral do Museu: rua

dos Diamaentes.

60

O Café | Restaurante, o espaço destinado a essa

atividade de alimentação tem por finalidade servir como

um item de apoio ao Museu e aos seu visitantes locais ou

vindos de outras cidades ou Estados.

Por fim, a organização espacial do Museu conta

áreas destinadas ao setor técnico, administrativo e de

armazenamento e materiais.

A lo ja de souven i res , se rv i rá para a

comercialização de produtos especialmente criados

com base no acervo paleontológico do Museu. A loja

possui acesso diferenciado, de forma que a mesma

possa ser acessada independente da visitação do

Museu.

61

62

Plantas

68

Cortes

73

Maquete Eletrônica

74

Vista Frontal - Edifício Existente

Imagens Geradas por computador

75

Vista Geral - Museu Novo, Restaurante e Loja

Imagens Geradas por computador

76

Vista Posterior

Imagens Geradas por computador

76

Vista Interior - Exposição de Longa Duração

Imagens Geradas por computador

77

Vista Posterior -Acesso Serviço

Imagens Geradas por computador

78

Impalntação Geral

Imagens Geradas por computador

Considerações Finais

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Considerações Finais

O presente trabalho teve como objetivo propor

um projeto para o Museu que interferisse no edifício

existente melhorando todos os seus espaços e

elaborasse novos espaços de acordo com o que é

necessário em um museu contemporâneo.

A finalidade deste projeto apresentado é a de

reinserir o Museu de Paleontologia no contexto urbano

como um equipamento de cultura, lazer e atrativo

turístico que beneficie economicamente o Munícipio.

O primeiro passo do trabalho foi identificar, através

de todo o referencial teórico e dos projetos analisados, o

que é um museu contemporâneo, quais suas

características, o que deve conter em seu programa e

como esse programa é organizado.

O segundo passo fo i compreender as

necessidades do Museu existente, seu acervo e seu

deficit de espaço para posteriormente estudar todo o

lugar onde o projeto do Novo Museu seria implantado e

como seus espaços poderiam ser melhor organizados

para posteriormente elaborar o projeto para o Novo

Museu.

A definição do projeto permite concluir que a nova

organização espacial do Museu pode torná-lo um ícone

de referência para estudos, aprendizagem e lazer

voltados a área da paleontologia, porém, por se tratar

de uma patrimônio público, faltam investimentos e

entendimentos sobre o valor que o acervo do Museu

representa e o quanto ele pode ser veículo de

benfeitorias econômicas para a cidade e toda região.

80

Por fim, conclui-se ainda que o projeto do Novo Museu

é passível de ser executado, e se assim fosse, além de

beneficiar o Município, primeiramente acarretaria melhoras

para todo o complexo cívico e proporcionaria a reativação

das atividades dos demais equipamentos lá presentes como

da Biblioteca Municipal fechada a anos.

Bibliografia

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Bibliografia

1.

2. FABIANO JUNIOR, A.A. Relações entre cidade e

museus contemporâneos: Bilbao e Porto Alegre, Revista

de pesquisa em Arquitetura, FAU 2009.

3. MONTANER, J. M. Museus para o Século XXI. ed.

Gustavo Gili, 2003.

4. SILVA, L.G. Os novos museus, como subterfúgio da

imagem da cidade e o turismo, 2006

5. VICENTE, L. C. de. Conto, canto e encanto com a

minha história... Monte Alto cidade do Cidade do Sonho,

ed. Noovha America, 2007.

6. YUNES, G.S. Os novos museus e espaços culturais e

as antigas centralidades:Instrumentos de unificação e

valoração de fragmentos urbanos, ENANPARQ,2010.

7. Coleção Folha Grandes Arquitetos, volumes 3 e 15.

8. Prefeitura Municipal de Monte Alto

9. Google Mapas /Earth

10. http://www.archdaily.com.br/10910/museu-

exploratorio-de-ciencias-da-unicamp-primeiro-premio-

concurso-internacional-corsi-hirano-arquitetos

11. Acervo pessoal – imagens cidade de Monte Alto e

Museu Paleontologia

ARANTES, O.B.F. Os novos museus, 1991.

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