Livro-redacao-empresarial
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O smbolo de pargrafo (),
usado como unidade orga-
nizativa de texto escrito,
utilizado nesta obra
para representar o
grupo de disciplinas em
que se estudam princ-
pios tericos e prticos
relacionados linguagem
e produo textual.
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redao empresarial
-
Obra coletiva organi-zada pela Universidade
Luterana do Brasil (Ulbra).
Informamos que de inteira respon sabilidade
do autor a emisso de conceitos.
Nenhuma parte desta publicao poder ser
reproduzida por qualquer meio ou forma sem a pr-via autorizao da Ulbra.
A violao dos direitos autorais crime estabe-
lecido na Lei n 9.610/98 e punido pelo Artigo 184 do
Cdigo Penal.
Ficha tcnica Editora Ibpex
Diretor-presidente
Wilson Picler
Editor-chefe
Lindsay Azambuja
Editores-assistentes
Adriane Ianzen Jerusa Piccolo
Anlise de informao
Adriane Beirauti
Reviso de texto
Alexandre Olsemann
Capa
Bruno Palma e Silva
Projeto grfico
Raphael Bernadelli
Diagramao
Mauro Bruno Pinto
Iconografia
Danielle Scholtz
Conselho editorial
Editora Ibpex
Ivo Jos Both, Dr. (presidente)Elena Godoy, Dr.a
Jos Raimundo Facion, Dr.Srgio Roberto Lopes, Dr.
Ulf G. Baranow, Dr.
R312
Redao empresarial / [Obra ] organizada pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). Curitiba: Ibpex, 2008.127 p.
ISBN 978-85-99583-92-0
1. Correspondncia comercial. 2. Redao comercial. 3. Correio eletrnico. 4. Lngua portuguesa Gramtica. I. Universidade Luterana do Brasil. II. Ttulo.
CDD 651.7520. ed.
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aapresentaopresentao
A escrita no se restringe queles que tm o dom para tal, como alguns reconhecidos jornalistas, escritores, poetas e advogados. Todos necessitam, de alguma forma, ter o domnio da lngua materna, pois, em lugares como escri-trios, reparties pblicas e escolas, existem pessoas redi-gindo textos para informar, comunicar, orientar, ordenar, enfim, prestar contas. A esse tipo de escrita tcnica, deno-minamos de redao empresarial.
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Enquanto na redao literria h a preocupao com aspectos artsticos da linguagem, com o emprego de figuras
e jogos de palavras, a redao empresarial no s tem o obje-tivo comercial, mas tambm a projeo da organizao, con-tribuindo, assim, para a construo da imagem da empresa. Alm disso, possui um padro de escrita mais flexvel que a
redao oficial, com estilo prprio e visual bem acabado.
Nessa perspectiva, esta obra tem como intuito de expor de modo sucinto aspectos relacionados com o estilo, posto que trata, fundamentalmente, de questes da linguagem, a qual revela fenmenos comunicativos do indivduo inse-rido em um contexto social.
De posse dessa postura, procurou-se produzir um material que conta com clareza e objetividade na apre-sentao dos conceitos, sem, contudo, torn-lo maante, ao mesmo tempo em que os fatos da lngua pertencem ao dia-a-dia das pessoas, sendo, pois, relacionados com as experincias lingsticas. Assim, percorrendo os caminhos da redao empresarial, entre a escrita de documentos ofi-ciais ou comerciais, foram inseridos aspectos da gramtica que podem ajudar na elaborao de um texto mais cuidado, eliminando dvidas que possam pairar sobre as mentes que buscam produzir um texto de forma mais correta.
Redao empresarial, sob esse olhar, uma obra sim-ples, que condensa os principais elementos para se redi-gir um texto de natureza comercial ou oficial e vale-se de
obras de autores que j desenvolveram esse tema, sendo, pois, empregados aqui conceitos desenvolvidos nos livros utilizados como fonte de pesquisa, e todos constam das referncias bibliogrficas. dirigida no apenas ao pblico
especfico da administrao, mas, certamente, a todas
as pessoas que buscam aprender ou at mesmo lembrar o modo de escrever sob o prisma atual da comunicao
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imediata e efetiva.Desejo que o leitor faa bom uso deste incipiente mate-
rial que se pretende til na medida em que possa atingir as pessoas que desejam conhecimento nesse segmento da nossa lngua.
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ssumrioumrio
( ( 11 ) ) Qualidade do estilo, 111.1 Elementos importantes da escrita, 14
1.2 Alguns passos importantes, 18
1.3 Os pecados do estilo empresarial, 19
( ( 22 ) ) Documentos administrativos, 252.1 Tipos de documentos, 28
( ( 33 ) ) Modelos de documentos, 41
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( ( 44 ) ) Relatrio, 554.1 Como redigir um relatrio, 59
4.2 Tipos de relatrio, 59
4.3 Organizao do relatrio, 60
4.4 Composio do relatrio, 61
( ( 55 ) ) Correspondncia eletrnica, 675.1 E-mail na empresa, 70
5.2 E-mail como ferramenta, 71
5.3 Elegncia na internet, 72
( ( 66 ) ) Questes de Lngua Portuguesa, 776.1 Abreviaturas, 80
6.2 Acentuao grfica, 86
6.3 Crase, 89
6.4 Emprego dos porqus, 91
6.5 Pronomes oblquos, 93
6.6 Concordncia nominal, 96
( ( 77 ) ) Dvidas de sempre, 1057.1 Dvidas de gramtica, 108
Consideraes finais, 115
Referncias numricas, 117
Referncias, 119
Gabarito, 121
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(( 11 ))
qqualidade do estiloualidade do estilo
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Maria Alice da Silva Braga formada em Letras pela
Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul
(PUCRS), mestre em Teoria da Literatura e doutora em
Crtica Gentica, ambas tambm na PUCRS. pro-
fessora de Lngua Portuguesa e Literatura Brasileira
na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), campi
de Canoas e Guaba, no Estado do Rio Grande do Sul.
Nessa Universidade, trabalha nos cursos a distn-
cia no campus de Canoas. Orienta trabalhos de con-
cluso de curso, bem como monografias do curso de
especializao.
autora de vrios artigos e de captulos em obras como:
Provinciano e universal, de rico Verssimo; Ironia,
cotidiano e lirismo, de Mrio Quintana e Narrativa:
novos rumos, todos publicados pela editora da
Ulbra. Tambm tem autoria na obra Comunicao e
Expresso, editada e publicada pelo Iesde.
A professora Maria Alice j trabalhou com acervos lite-
rrios, foi pesquisadora e participou da organizao
do acervo do escritor sul-rio-grandense Manoelito de
Ornellas, hoje um dos acervos que integra o Delfos:
Espao de Documentao e Memria Cultural, locali-
zado no campus da PUCRS.
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( )
nna linguagem faladaa linguagem falada, dispomos de vrios recursos que no temos na escrita, como o timbre da voz, a entonao, os gestos, os movimentos fisionmicos e o con-texto que une o falante e o ouvinte. Como a escrita no possui tais componentes para ajudar na comunicao efe-tiva, devemos compensar com um discurso claro, objetivo e elegante. Isso possvel por meio da disposio de pala-vras, frases, espaos, margens, pargrafos, enfim, da est-tica do texto.
Maria Alice da Silva Braga
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Nessa perspectiva, a apresentao escrita de suma importncia na redao empresarial, sendo, pois, respon-svel, muitas vezes, pela criao de atitudes favorveis em relao ao que se deseja comunicar.
Neste captulo, vamos tratar dos pontos importantes para uma boa escrita, que so: harmonia, clareza, coern-cia e conciso, os quais, como j referido, conferem ao texto maior leveza, objetividade e compreenso imediata.
Do mesmo modo, destacaremos os passos a serem seguidos para o procedimento de uma boa escrita e, ao final, abordaremos aspectos que chamamos de pecados do estilo empresarial.
(1.11.1)
eelementos importantes lementos importantes da escritada escrita
Aqui esto descritas a harmonia, a clareza, a coerncia e a conciso, tidas como fundamentais em uma redao empresarial.
HarmoniaHarmonia
Mensagem harmoniosa elegante e soa bem aos ouvidos. Muitos fatores interferem negativamente na harmonia, tais como:
Aliterao
Consiste na repetio do mesmo fonema. um recurso de
efeito nos textos literrios, mas possui o mesmo efeito em uma redao formal.
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Exemplo: Certo de seu sucesso, o sucessor fez a seguinte assertiva... (aliterao do fonema /s/)
Hiatismo
Constitui-se na emenda de vogais, sendo uma prtica que produz som pouco claro, em especial, no que se refere escrita tcnica ou empresarial.Exemplo: Obedeo autora da minha vida.
Cacofonia
Consiste no resultado de sons grotescos ou at mesmo con-fusos pela seqncia de palavras, cujas letras finais (vogais
ou consoantes), mal distribudas na frase, provocam tal sonoridade.Exemplo: O ingresso custa R$50,00 por cada.
Rima
Consiste na musicalidade produzida pela repetio de letras ou palavras no texto. A rima inaceitvel em uma redao empresarial, embora seja um excelente recurso literrio.Exemplo: O diretor chamou o assessor, para falar da cor do motor que ser mostrado na exposio.
Repetio de palavras
Constitui-se na repetio exagerada de termos em um texto. Em uma redao empresarial, a repetio inadver-tida de termos deselegante.Exemplo: O presidente da Cia. Geral de Seguros parente do presi-dente da empresa na qual trabalho; ele um presidente muito ativo.
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Excesso de que
Consiste no uso excessivo de que, conferindo ao perodo certa deselegncia. Segundo Santos [...] demonstra que o autor no domina o idioma quanto substituio das ora-es desenvolvidas por expresses equivalentes1.Exemplo: Solicitei-lhe que remetesse as notas que faltam a fim de que eu possa arquivar os documentos que faltam.
ClarezaClareza
necessrio pensar no que se deseja dizer e procurar ser
direto na construo das sentenas, valendo-se de uma linguagem simples e sem excesso de palavras. Do mesmo modo, os termos estrangeiros, assim como os jarges, devem ser empregados com muita parcimnia. Ainda, deve-se ter cuidado com o abuso de termos tcnicos, a fim
de no tornar o texto incompreensvel.
No se pode esquecer os advrbios, sendo que estes no devem ser exagerados. Advrbio um termo que modifica
o verbo, o adjetivo ou o prprio advrbio. invarivel, isto
, no flexiona como o adjetivo.
Exemplo: A secretria mostrou-se meio cansada ao ler a Ata de encerramento da reunio.(observe que a palavra meio funciona como um advrbio, modifica o adjetivo cansada e permanece invarivel)
Cuidado com as conjunes entretanto, no entanto, porm, como, pois podem estar fora do contexto, sendo, assim, dis-pensveis. Do mesmo modo, a forma nominal do gern-dio deve ser evitada porque empobrece o texto. Gerndio uma forma do verbo que denota continuidade da ao em determinado tempo.
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Vamos ver alguns princpios que ajudam a clareza:
Evitar perodos longos. Evitar palavras desnecessrias. Escolher verbos com maior fora significativa (que seja direto, objetivo).Usar palavras de fcil compreenso ao leitor.
CoernciaCoerncia
A redao empresarial deve acatar o princpio de que cada frase ou pargrafo deve contribuir para o objetivo do texto, a partir de um formato predefinido. Isso significa liga-o de idias, palavras, oraes e pargrafos, assim como uniformidade de tratamento s argumentaes. Os textos devem organizar-se de forma ordenada, com incio, meio e fim. Quanto maior o conhecimento do vocabulrio tcnico,
melhor ser a redao empresarial. Para que um texto seja coerente, isto , harmnico e
coeso, necessrio que as idias sejam expostas de modo claro e lgico, pois coerncia e clareza formam um todo. Para tanto, observe os passos:
Seguir uma ordem cronolgica dos fatos. Seguir uma ordem espacial, que apresenta os elemen- tos mais prximos e, depois, os mais distantes.Seguir uma ordem lgica, isto , escrever com coern- cia de raciocnio e de idias.
ConcisoConciso
Conciso consiste em informar ao mximo com economia de palavras, eliminando termos suprfluos, a adjetivao
exagerada. Deve-se evitar perodos extensos. A conciso confere clareza frase.
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Observe a seguir algumas regras prticas de conciso:
Planejar o que se escreve. Evitar comentrios demasiados. Economizar palavras e frases. Retirar idias excessivas.
(1.21.2)
aalguns passos importanteslguns passos importantes
Todos podem escrever bons textos. Com tcnica, mtodo e prtica voc capaz de melhorar sua redao, basta ter coragem para escrever, ler e simplificar. Leia o seu texto em
voz alta, acrescente, modifique e corte o que no serve.
Dentro da perspectiva da redao empresarial, escre-vemos para informar, providenciar, solucionar, negociar com o cliente ou futuro cliente, fornecedor, parceiro etc. Assim, quem define o modo (como), a hora (quando) e o
motivo (por que) de escrever o cliente.Para que um documento seja redigido de modo claro,
h perguntas que devem ser feitas, como:
O que comunicar? Como fazer? Para quem?
Na linguagem jornalstica, o pargrafo inicial deve conter resumidamente as principais informaes a serem tratadas e deve procurar responder s seguintes questes: O qu? Quem? Quando? Onde? Por qu? Os demais par-grafos so organizados de acordo com o interesse da not-cia ou da reportagem. Na comunicao escrita empresarial,
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acontece o mesmo processo. Desse modo, o leitor no pode ter qualquer dvida em relao ao documento escrito.
Por isso, devemos utilizar palavras, datas e valores pre-cisos, bem como conhecer as expresses tcnicas prprias do mundo dos negcios. Tambm devemos ler, pesquisar, perguntar para ampliar o vocabulrio comercial e, assim, facilitar a escrita, pois o conhecimento a base para a cria-tividade e para a boa escrita.
A leitura, sem distino, enriquece o vocabulrio, acrescenta informaes e desenvolve o juzo crtico, alm de auxiliar a apreenso do conhecimento gramatical.
(1.31.3)
oos pecados do s pecados do estilo empresarial estilo empresarial
Para que a escrita de um texto empresarial moderno e ade-quado se faa, a primeira atitude eliminar os vcios de linguagem, os quais tornam o texto montono, pesado e ultrapassado.
Quais so os vcios que prejudicam o bom texto? Vamos observar a seguir exemplos de frases feitas ou clichs, que so palavras, imagens ou construes que se desgastam pela repetio excessiva, perdendo a fora original.
A toque de caixa
Agradar a gregos e troianos
Agradvel surpresa
Alto e bom som
Aparar as arestas
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2020
Calorosa recepo
Cartada decisiva
Crtica construtiva
Dar a volta por cima
Inserido no contexto
Leque de opes
Parcos conhecimentos
Perda irreparvel
Pr a casa em ordem
Pr a mo na massa
Silncio mortal
Subir os degraus da glria
H, ainda, os chaves, que so vcios j incorporados
como linguagem do texto empresarial. Geralmente so
expresses antiquadas que os redatores insistem em utili-
zar. Vejamos alguns exemplos:
Quadro 1 Chaves mais usados
No lugar de: prefervel:
Acusamos o recebimento de... Recebemos...
Anexo a presente... Anexamos...
Levamos ao seu conhecimento...
Entrar direto no assunto.
Esclarecemos, outrossim... No lugar de outrossim: ainda, tambm.
Sem mais/ Sem mais para o momento.
Atenciosamente.
Vimos pela presente/ vimos por meio desta.
Entrar direto no assunto.
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Outra situao que devemos evitar refere-se a algumas construes com artigos e pronomes possessivos e demons-trativos que se transformam em verdadeiros empecilhos para uma boa escrita. Essas ms-formaes ou, ainda, sons repetitivos (o, mente, cia, ia etc) podem levar ambigi-dade, que provocada pela m ordenao dos termos na frase. So exemplos de ambigidade:
Temos roupas para mulheres pretas e ternos para homens.
(pretas refere-se a roupas, mas parece referir-se a mulheres.)
O diretor discutiu com a secretria e estragou seu dia.
(quem ficou com dia estragado?)
A secretria, gentilmente, pediu que o cliente se dirigisse
rapidamente sala em frente.
O senhor Joo reclamou a perda do seu carto de crdito na
seo de informao ao consumidor.
Outro vcio de linguagem a tautologia, que con-siste em dizer a mesma coisa de diversas maneiras. um
aspecto prejudicial ao bom entendimento do texto. Veja a seguir alguns exemplos de tautologia:
Conviver junto
Destaque excepcional
Detalhes minuciosos
Exceder em muito
Fato real
H dois anos atrs
Inteiramente disposio
Interromper de uma vez s
Passatempo passageiro
Retornar de novo
Repetir novamente
Surpresa inesperada
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2222
Como voc pde ver, tautologia o processo de repe-tio, isto , dizer duas ou mais vezes a mesma coisa, j o circunlquio ou a perfrase consiste em dizer em muitas palavras o que se poderia dizer em poucas.
Vamos observar os exemplos:
Quadro 2 Circunlquios
Circunlquio Forma adequada
Chegar a uma concluso Concluir
Com o intuito de/com o propsito de Para
Constata-se que esto de acordo com Concordam
Durante o tempo em que Enquanto
Levar a efeito um estudo Estudar
Um grande nmero de muitos
Para complementar a lista dos pecados do estilo empre-sarial, vamos acrescentar mais dois pecados: as frases lon-gas e, como j vimos, o emprego do verbo no gerndio.
As primeiras dificultam a compreenso do assunto,
alm de cansar o leitor. A frase ideal para a comunica-o deve ser breve, incisiva, direta e elegante e, para isso, importante, ao terminar de escrever, que haja uma boa reviso do texto, com cortes, se necessrio.
Exemplo de frase longa:
A sugesto da mesa foi enviada quela reunio, por se constituir
um pedido de longa data daquela gente que esperava h tanto
tempo por medidas decisivas para o incio das obras.
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Como j mencionado anteriormente, o emprego do verbo no gerndio muito comum atualmente, no entanto isso confere ao discurso pouca credibilidade. Esse vcio foi agregado linguagem por meio de tradues de manuais de atendimento por telemarketing. Um exemplo: Well be sen-ding it tomorrow, sentena traduzida como Ns vamos estar mandando isso amanh2.
O gerndio constitui-se em uma forma nominal do verbo, empregada para expressar uma ao em curso ou uma ao simultnea a outra ou, ainda, para expressar idia de progresso. O gerndio acompanhado de um infinitivo ou particpio.
Desse modo, podemos empregar o gerndio com a idia de continuidade.
Exemplo:
A redao empresarial continua despertando o interesse dos
alunos.
Paulo andava buscando novas alternativas de trabalho.
Eu estava lendo um romance histrico.
Evite, no entanto, construes desgastadas que contm o gerndio, como mostram os exemplos a seguir:
Estou enviando os documentos solicitados pelo correio.
Amanh vamos estar almoando...
Voc pode estar marcando a reunio para o final do dia.
Assim que eu chegar ao escritrio estarei passando um fax...
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( . . )
pponto finalonto final
Neste captulo, aprendemos que escrever no privilgio de alguns, mas uma possibilidade para todos.
Em uma empresa, os documentos escritos so de grande importncia. Com os cuidados que estudamos, poderemos redigir documentos mais claros e concisos. Dessa maneira, ficar muito mais fcil transmitir as informaes para fun-cionrios e clientes, assim como para qualquer leitor do nosso texto.
Indicao culturalIndicao cultural
CAPANEMA, P. Redao empresarial. Disponvel em: . Acesso em: 30 nov. 2007.
aatividadetividade
Reformule os seguintes trechos, tendo em vista a clareza, a 1. harmonia e a conciso.
A sugesto da mesa foi enviada quela reunio, por a. se constituir numa solicitao de longa data daquela populao.A diretora atrasou-se na vez passada.b. O contador, ao colocar o computador sobre a mesa, dei-c. xou cair.O empresrio chamou a ateno da secretria e do d. gerente que ficou muito constrangido.
A secretria digitava a carta preocupada para o diretor e. da empresa.
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(( 22 ))
ddocumentos administrativosocumentos administrativos
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aa comunicao administrativa comunicao administrativa escrita interna realizada por meio de memorandos, circulares, cartazes e avisos; j ofcios, cartas, requerimentos, declara-es e publicaes em jornais fazem parte da comunicao externa. Sob tal perspectiva, a rede de comunicao orga-nizacional um processo de intercmbio verbal, escrito e visual, o qual permite uma comunicao efetiva e direta-mente direcionada com o comportamento dos indivduos.
Assim, a partir dessas comunicaes, temos as corres-pondncias comercial e oficial.
Maria Alice da Silva Braga
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(2.12.1)
ttipos de documentosipos de documentos
A correspondncia comercial aquela atravs da qual as empresas privadas se comunicam, tendo em vista as mais diversas finalidades. A correspondncia oficial realizada
entre rgos da administrao direta ou indireta do ser-vio pblico, nas esferas municipal, estadual ou federal.
Este livro prope-se a estudar os documentos mais usu-ais da correspondncia comercial e oficial, os quais so:
Ata Atestado Carta comercial Carta circular Declarao Memorando ou comunicao interna (CI) Memorando oficial Ofcio Procurao Recibo Relatrio (este ter um captulo parte)
AtaAta
Ata um documento de valor jurdico, no qual so registra-dos, de modo sucinto, fatos, resolues e decises de uma assemblia, sesso ou reunio. Seu registro manuscrito feito em livro adequado, conforme determina a lei. Na pri-meira pgina (todas as pginas so numeradas), consta o Termo de Abertura, no qual indicada a finalidade do livro, autorizada pelo rgo competente; ao final, faz-se o Termo
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de Encerramento, datado e assinado por pessoa autorizada.Para a lavratura da ata, devem-se obedecer s seguin-
tes normas:
deve ser lavrada de modo que inviabilize alteraes; na ata do dia podem ser realizadas retificaes da ata anterior;pode ser digitada ou manuscrita, sem rasuras; escrita sem pargrafos e sem tpicos; em caso de erro, emprega-se o termo corretivo digo;os nmeros so grafados por extenso; redigida por um secretrio efetivo; na sua ausncia, nomeia-se outro secretrio (ad hoc) para a ocasio;em caso de erro notado aps a redao de todo o docu- mento, recorre-se expresso em tempo, acrescida ao final do texto, emendada ao prprio texto. Exemplo: Em tempo: na linha onde se l face, leia-se fase.
Na ata, devem constar:
dia, ms, ano e hora da reunio (por extenso); local da reunio; pessoas presentes e suas respectivas qualificaes; ordem do dia; declarao do presidente e do secretrio; fecho; assinaturas do presidente, do secretrio e dos participantes.
A ata pode, ainda, ser digitada e impressa em folhas soltas, tamanho ofcio, para publicao no Dirio Oficial do
Estado, devendo ser, antes, autenticada pelo rgo compe-tente. Em caso de empresa privada, o registro e a autentica-o da ata ocorrem na Associao Comercial do Estado.
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AtestadoAtestado
O Atestado o documento oficial com que se certifica,
afirma, assegura, demonstra a verdade a respeito de um
determinado fato, referindo-se a situaes transitrias. As reparties pblicas, por sua natureza, fornecem atestados e no declaraes3.
Os elementos que constituem um atestado so:
timbre da empresa que fornece o atestado; ttulo (ATESTADO) em letras maisculas; texto; identificao do emissor; identificao do interessado (nome, nmero de identi- dade, profisso);
exposio do fato que se atesta; local e data; assinatura (nome e cargo da autoridade que emite o documento).
No atestado, deve-se evitar expresses do tipo:
pessoa do meu conhecimento (entre direto no assunto);nada consta que desabone sua conduta (s atesta quem conhece a pessoa);para os devidos fins (referir o fim a que se destina o documento).
Carta comercialCarta comercial
A carta comercial a correspondncia tradicionalmente utilizada pela indstria e pelo comrcio com a finalidade
de solicitar providncias, encaminhar propostas, infor-mar etc. importante lembrar que os requisitos de clareza,
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objetividade e coerncia so fundamentais para qualquer documento4.
Dos documentos empresariais, foi a carta que recebeu mais influncia dos modelos norte-americanos. So partes
fundamentais da carta:
timbre da empresa; nmero de controle ( o controle numrico da corres- pondncia enviada. O destinatrio far referncia a este nmero quando responder carta.);local e data (se o papel timbrado com o endereo da empresa, no necessrio mencionar o local. Ainda, se a empresa possui vrias filiais, importante acres-centar o endereo para o destinatrio identificar a ori-gem da correspondncia. importante escrever a data
completa. No ano, no h ponto nem espao depois do milhar. Exemplo: 2007 e no 2.007 ou 2 007; aps a data, insere-se ponto final: Porto Alegre, 22 de abril de 2007.);
destinatrio (na carta moderna, ou seja, a que uti- lizamos atualmente, no se coloca o endereo do destinatrio.);vocativo (constitui-se na introduo escrita. Depois do vocativo, pode-se colocar o sinal de dois pontos ou vr-gula. Os dois pontos so aceitveis porque a carta pode ser considerada uma enumerao de fatos, e a vrgula se justifica porque separa um vocativo. Adotaremos a
vrgula nos nossos modelos de carta.);assunto/referncia (o assunto a sntese do contedo da carta ou de qualquer outro documento; facilita o regis-tro para quem recebe. A descrio do assunto pode ser grafada em letras maisculas ou em negrito. A refe-rncia registra o nmero do documento. Exemplo: Assunto: Curso de Redao Empresarial. Referncia:
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Proposta 83/egn de 28.04.07);corpo da carta (o corpo da carta disposto no centro da pgina e desenvolvido em, mais ou menos, trs par-grafos, como vemos a seguir: apresentao do tema; desenvolvimento do tema; concluso. Modernamente, h um espaamento maior entre os pargrafos, em torno de 6 a 12 pontos. formatao do Word.);despedida ou fecho (a despedida, ou fecho realizada com um dos seguintes advrbios: atenciosamente; cor-dialmente ou atentamente, seguido de vrgula.);assinatura; nome e cargo/funo (no se coloca linha de anteposi- o para assinatura, sendo assim: Maria Lcia Morales Cortez, Gerente de Recursos Humanos. Aps o nome h vrgula e aps o cargo ou funo, ponto.)
Carta-circularCarta-circular
A carta-circular possui a mesma diagramao visual da carta de rotina, o que a diferencia so os destinatrios. O con-tedo, cujo interesse geral, direcionado a vrias pessoas simultaneamente. A carta-circular serve para comunicar:
abertura de agncias bancrias; abertura de filiais; aumento de preos; mudana de endereo e/ou telefone; lanamento de novos produtos; lanamento de nova coleo; promoes sazonais.
importante que a carta-circular seja escrita de modo
que o destinatrio tome-a como exclusiva a si5.
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DeclaraoDeclarao
Declarao um documento que se assemelha ao atestado e que no pode ser expedido por rgos pblicos. Nele se manifestam opinio, conceito, resoluo ou observao.
Os principais tpicos que devem constar da declara-o so:
ttulo ( declarao) em letra maiscula;dados do declarante (nome, RG, CPF, residncia, naturalidade);ato da declarao em si (fato a ser declarado); data, local, dia, ms e ano; assinatura (nome do declarante).
MemorandoMemorando
Memorando, ou comunicao interna (CI), a correspon-dncia informal e interna de uma organizao. Possui a funo de lembrete e registro do que foi combinado ou solicitado a algum ou rea. Tal tipo de documento pode ser utilizado entre setores de uma empresa ou servir de comunicao entre matriz e filiais. O memorando geral-mente convoca, pergunta, responde, providencia, ordena, informa, encaminha ou estabelece normas.
Hoje, o memorando vem sendo substitudo pelas men-sagens via correio eletrnico, os e-mails. Ao redigir esse tipo de correspondncia, deve-se empregar a linguagem prpria da organizao, de modo claro, direto, conciso e elegante.
Existem trs questes que auxiliam na elaborao de um memorando:
o que preciso dizer? a quem? com que objetivo?
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As partes que constituem o memorando so:
timbre; cdigo (iniciais do departamento); nmero do memorando, seguido do ano (geralmente); localidade; ementa (referncia) ou assunto; nome do receptor; texto; cpias para outros interessados; assinatura; anexos.
Uma observao: a data pode ser por extenso ou abre-viada; no h rigidez; depende da empresa.
Memorando oficialMemorando oficial
O memorando de correspondncia oficial muito diferente
do memorando ou comunicao interna (CI) empregado nas empresas privadas.
A correspondncia oficial constitui-se na correspon-dncia interna entre diretores, chefes de seo e autori-dades de um mesmo rgo ou entre rgos, para tratar de assuntos de ordem administrativa, como solicitaes, comunicaes e determinaes.
As mensagens devem ser rpidas, simples, claras e objetivas visto que esse tipo de documento informal.
As partes que constituem o memorando oficial so:
timbre; ndice e nmero (iniciais do setor ou departamento que expede o documento);local e data ( direita, no mesmo alinhamento do ndice); destinatrio (logo abaixo do ndice e do nmero; o
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destinatrio mencionado pelo cargo que ocupa);assunto (smula do contedo, digitado em espao simples);texto (exposio do assunto. Em textos longos, costu- ma-se numerar os pargrafos, exceo do primeiro e do fecho; digitado em espao duplo);fecho; assinatura (nome do emitente, cargo, funo ou atri- buio; quatro espaos duplos aps o fecho).
Observe que as frmulas para o fecho devem ser bre-ves: atenciosamente (de superior para subordinado ou entre iguais); respeitosamente (de subordinado para superior).
OfcioOfcio
Ofcio um tipo de correspondncia utilizada entre autori-dades pblicas para tratar de assuntos entre subalternos e superiores nos rgos da administrao pblica. Os desti-natrios tambm podem ser particulares, os quais desejam tratar de assuntos de cunho oficial.
Utiliza-se a impessoalidade nesse tipo de documento, com linguagem de nvel culto6.
O ofcio pode, dependendo de suas caractersticas, ser classificado em:
Externo: quando destinado a outras reparties ou a particulares.Interno: quando dirigido a dependncias da mesma repartio (assuntos administrativos ou tcnicos).Comum: para assuntos de conhecimento geral. Sigiloso: quando o assunto no deve ser divulgado. Reservado: sigilo limitado. Confidencial: informao exclusivamente oficial.
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Secreto: sigilo absoluto.
A estrutura do ofcio constitui-se das seguintes partes:
timbre ou cabealho (smbolo e nome do rgo, da unidade);nmero de ordem (numerao que o ofcio recebe a cada ano, em ordem cronolgica, seguida da sigla do rgo emitente esquerda. Ex.: Ofcio n 348/SS-RS);local e data (dia, ms e ano direita, a 6,5 cm ou 7 espa- os duplos da borda superior);vocativo (deve ser empregado o tratamento adequado ao destinatrio, a 10 cm ou 10 espaos duplos da borda superior, na linha do pargrafo, a 10 espaos ou 2,5 cm da margem); observe:
para os chefes de Poder, emprega-se Excelentssimo Senhor, seguido do respectivo cargo. Exemplos: Excelentssimo Senhor Presidente da Repblica, Excelentssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional;para as demais autoridades, utilizamos: Senhor Juiz, Senhor Ministro, Senhor Governador, Senhor Prefeito.
texto (para texto longo, os pargrafos sero numerados a partir do segundo, no sendo numerado o fecho. Se houver mudana de folha, o endereamento colocado na primeira folha, sendo que a segunda inicia com a repetio do nmero de ordem, acrescentando-se, direita, o nmero da folha);fecho (alinhado direita e seguido de vrgula, a 1 cm ou espao duplo do final do texto).
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3737
ProcuraoProcurao
Procurao, na linguagem jurdica, significa instrumento de mandato, que um documento pelo qual algum (man-dante, constituinte ou outorgante) confere a outrem (man-datrio, procurador ou outorgado) poderes para a prtica de aes em seu nome e por sua conta7.
A procurao pode ser particular ou pblica, as quais esto descritas a seguir:
Particular , se passada de prprio punho pelo indiv-duo que outorga com um determinado fim. impor-tante destacar a necessidade de reconhecimento de firma daquele que concede a procurao; muitas vezes
necessrio testemunhas.Pblica, se lavrada em cartrio.
As partes constitutivas da procurao so:
timbre (se for pblica); ttulo (cabealho); identificao do outorgante (nome, nacionalidade, estado civil, profisso, residncia, cidade, estado, RG,
CPF ou outro tipo de documentao);identificao do outorgado (nome, nacionalidade, estado civil, profisso, residncia, cidade, estado, RG,
CPF ou outro tipo de documentao);texto (no qual definida a funo a ser desempenhada pelo procurador);fecho; local e data (local, dia, ms e ano); assinatura com firma reconhecida.
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ReciboRecibo
O recibo um documento que serve para comprovao de execuo e/ou venda de algum servio ou comercializa-o de um produto. Esse tipo de documento possui carter contbil e fiscal para comprovao de gastos de um cliente,
profissional ou estabelecimento comercial8. O recibo, geralmente, assim estruturado:
ttulo ( recibo) em letras maisculas, centralizado na folha;nmero (em caso de empresa); valor ( direita na folha); texto (declarao do que se recebeu, identificao de quem pagou, nome; endereo, CPF ou CNPJ, valor por extenso, motivo do recebimento);local e data; assinatura (abaixo do nome pode constar endereo, CPF ou CNPJ);testemunha (se necessrio, com identificao).
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3939
( . . )
pponto finalonto final
Neste captulo, estudamos a comunicao administrativa escrita, modalidade que integra a vida de quem trabalha dentro de uma empresa.
Indicaes culturaisIndicaes culturais
PORTAL dos contratos. Disponvel em: . Acesso em: 30 nov. 2007.PORTAL Exame. Disponvel em: . Acesso em: 30 nov. 2007.
aatividadetividade
Elabore uma carta comercial tradicional sobre o no-rece-1. bimento de mercadoria solicitada.
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(( 33 ))
mmodelos de documentosodelos de documentos
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( )
Maria Alice da Silva Braga
oo objetivo da apresentao objetivo da apresentao dos mode-los a seguir simplesmente servir de exemplo para que o leitor possa criar seus prprios modelos de acordo com a filosofia e os objetivos de sua organizao. No esquea,
porm, que cada documento possui suas particularidades.
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Modelo de ataModelo de ata
ATA da 52 Sesso Ordinria de 2005
Aos quatorze dias do ms de maio do ano de dois mil e cinco, s treze
horas e trinta minutos, no Conselho de Furnas da Unio, quinto
andar, sala duzentos e trinta e trs, do Edifcio do Ministrio da
Fazenda, na cidade de , reuniu-se o Conselho,
em Sesso Ordinria, presidido pelo Senhor Conselheiro-Presidente,
Dr. , presentes os senhores Conselheiros,
Doutores: ; presente,
tambm o sr. Procurador-Representante da Fazenda Nacional, Dr.
Iniciados os trabalhos, o Sr. Procurador-
Representante da Fazenda remeteu ao Relator-Conselheiro,
Dr. o processo n 923.123-04, do inte-
resse de e outros, do qual tivera vista.
A seguir, o Senhor Conselheiro, Dr. ,
deu incio discusso do processo n 23.456-04 do inte-
resse de e outros, ocasio em que o Sr.
Conselheiro-Relator lembrou a implantao do projeto e suas
conseqncias na rea do Poder Judicirio. O Senhor Presidente
encerrou a reunio com a leitura da pauta para a prxima reu-
nio, da qual, para constar, eu, , lavrei
esta Ata. Sala das Sesses, em 14 de maio de 2005.
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Mod
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4545
Modelo de atestadoModelo de atestado
TIMBRE
ATESTADO
Eu, Maria Clara Nascimento, brasileira, casada, residente na
rua da Conceio, n 203, nesta capital, atesto que o senhor Joo
Ribamar Vieira dos Santos, RG 0145985-RS, cursou neste esta-
belecimento de ensino, todo o curso de ensino mdio, no turno
da noite.
Curitiba, 13 de agosto de 2004.
Prof Dr. Maria Clara Nascimento
Diretora Geral
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Modelo de carta comercialModelo de carta comercial
TIMBRE
IOB 260/04
Porto Alegre, 22 de abril de 2007.
FTEC Consultoria e Treinamento Ltda.
At.: Prof Paula Moreira Salles
Prezados Senhores,
Curso de Redao Empresarial
Referncia: Sua Proposta 83/egn de 28.04.07
Foi analisada sua proposta oramentria e decidida sua contrata-
o para o treinamento de nossos funcionrios, em agosto.
Queira, por gentileza, entrar em contato com nossa Gerente de
Cursos para agendar datas e horrios.
Atenciosamente,
Maria Lcia Morales Cortez,
Gerente de Recursos Humanos.
Endereamento
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4747
Vamos frisar alguns pontos da carta comercial:
Data no corpo da carta escrita de modo redu- zido. Exemplo: Respondendo sua carta do dia 11.06.05 ou 11/06/05.Ms sempre grafado com letra minscula. Exemplo: So Paulo, 10 de agosto de 2006.Destinatrio basta escrever o nome do destinatrio, pessoa ou empresa a quem a carta se destina, somente com a inicial maiscula. Observe o quadro:
Quadro 3 Mdulo de destinatrio
Antes Agora
ACOMIL nibus e CarroceriasRua.........At.: Dr. Joo Sabatto
So Paulo - SP
COMIL nibus e CarroceriasAt.: Dr. Joo Sabatto
COMIL nibus e Carrocerias
At. ou Att. empregar a abreviatura At., seguida de dois pontos (At.:) quando a correspondncia for diri-gida a uma pessoa representante da organizao. A abreviatura advm do termo ingls attention, que abreviado attn. o que significa um equvoco. Tambm pode-se empregar a palavra ateno por extenso. Exemplo: ateno do Dr. Joo Sabatto.At. ou A/C esta abreviatura reserva-se apenas para o envelope. A/C significa aos cuidados.
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Modelo de carta-circularModelo de carta-circular
TIMBRE
IOB-266/03
So Paulo, 24 de setembro de 2006.
Sra. Maria Augusta Meirelles
Prezados senhores,
Lanamento de nova coleo
No dia 5.10.06, s 21horas, haver um desfile de lanamento da
coleo primavera-vero nas instalaes da nossa loja, situada na
rua Pamplona, n. 348, Jardim Paulista.
Contamos com sua presena.
Cordialmente,
Carmela Antunes Salaviera
Gerente de Vendas
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Modelo de declaraoModelo de declarao
DECLARAO
Declaro que o senhor JOS HUGO SILVEIRA PAES, RG
6000634759, CPF 802.000.000 -15, residente na rua das Flores,
n 117, bairro Jardim, So Paulo, pertence ao quadro de funcio-
nrios da minha empresa desde 24 de novembro de 2005, perce-
bendo mensalmente cinco salrios mnimos.
So Paulo, 11 de outubro de 2006.
Ana Carolina Medeiros Santiago
Diretora-Presidente
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Modelo de memorandoModelo de memorando
Timbre
De: Gerncia de Recursos Humanos
Reinaldo Pinto Soares
N 532/03
Para: Adriana Lemes
Gerncia Comercial
16/09/06
Assunto: Escala de frias
A fim de organizar a escala de frias do quadro de funcionrios
da empresa, solicito-lhe a relao de frias do setor comercial o
mais breve possvel.
Grato,
Reinaldo Soares
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Modelo de memorando oficialModelo de memorando oficial
TIMBRE
MEMORANDO n 25/DJ Em 12 de abril de 2006.
Ao Sr. Gerente do Departamento de Recursos Humanos
Assunto: Desligamento de funcionrio
Em cumprimento determinao da Presidncia, comunicamos
que foi desligado, hoje, deste Departamento, o tcnico em compu-
tao Mrio Augusto Barbosa, posto disposio do DRH.
Devemos mencionar, ainda, que a vaga do funcionrio ser preen-
chida somente aps rigorosa seleo para o cargo.
Atenciosamente,
Roberto Oliveira
Diretor
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Modelo de ofcioModelo de ofcio
TIMBRE
N 348/SS-RS
Porto Alegre, 29 de setembro de 2004.
Senhor Secretrio,
Temos a satisfao de comunicar V. Ex que este centro comuni-
trio realizar, no perodo de 20 de outubro a 15 de novembro do
corrente ano, a Campanha de Educao no Trnsito.
Solicitamos, pois, a V. Ex a gentileza de indicar dois tcnicos
dessa Secretaria para participarem do evento, o qual contar,
inclusive, com a colaborao de agentes de rgos no-governa-
mentais, que atuam em toda a Amrica.
respeitosamente,
Manuel Javier Lock
Diretor-Geral
Excelentssimo Senhor
Eugnio Becker Terra
Secretrio dos Transportes do Estado do Rio Grande do Sul
N/Capital
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Modelo de procuraoModelo de procurao
PROCURAO
Eu, Eneida Pereira de Arajo Viana, brasileira, advogada, inscrita
na OAB/SC e no CPF , com residncia na
Rua Senador Feij, 48, bairro Boa Vista, Florianpolis, Estado de
Santa Catarina, CEP , nomeio o senhor Rafael Moreira
Leite, brasileiro, economista, portador do RG e do CPF
, residente na rua Senhor dos Passos, 138, ap. 201,
bairro Jardim Europa, Florianpolis, Estado de Santa Catarina,
CEP para proceder matrcula no semestre ,
do Curso de Doutorado em Direito Tributrio Internacional, na
Faculdade de Direito, da Pontifcia Universidade Catlica do Rio
Grande do Sul (PUCRS), realizando todos os atos necessrios
para esse fim.
Florianpolis, 12 de dezembro de 2004.
(Assinatura)
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Modelo de reciboModelo de recibo
RECIBO
N 13.254 Valor R$ 14.500,00
Recebi(emos) de Maria Antonieta Canabarro, rua So Carlos,
291, casa 12, Canoas, Rio Grande do Sul, portadora do CPF
612456258-23 a importncia de R$ 14,500,00 (quatorze mil e qui-
nhentos reais) referente a servio de marcenaria, realizado em sua
empresa, no perodo de 10 de setembro a 15 de outubro deste ano.
Porto Alegre, 16 de outubro de 2004.
Andr Fernando Giulianni
RG 010 258 344 24
CPF 802 120 156 60
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rrelatrioelatrio
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( )
Maria Alice da Silva Braga
rreservamos um captuloeservamos um captulo especfico para o relatrio, por ser um tipo de documento que suscita mui-tas dvidas. No h profissional ou universitrio que no
tenha, pelo menos uma vez, deparado-se com a difcil tarefa de elaborar um relatrio.
Para que possamos melhor compreender o significado
desse documento que est presente na vida de quase todas as pessoas que trabalham e/ou estudam, vamos iniciar pelo conceito.
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Relatrio 1. Concluses s quais chegaram os membros de
uma comisso (ou uma pessoa) encarregada de efetuar uma
pesquisa ou de estudar um problema particular ou projeto
qualquer 2. Exposio pela qual uma pessoa apresenta o essencial de sua prpria atividade ou de um grupo ao qual
pertence 3. INF. documento de sada, preparado por um sis-tema de processamento de dados 4. JUR. parte da deciso judicial em se expem os fatos e questes debatidos no pro-
cesso. ETIM relato+rio; sinonmia de exposio.9
Pela definio, podemos perceber que a abordagem e a
estrutura do relato dependem do seu objetivo10. Assim, podemos ter documentos:
que descrevem algo, narram fatos ou acontecimentos a favor de deciso ou medida administrativa. Para tanto, apresentam parecer ou opinio. So os relatrios de auditoria.que descrevem e/ou narram fatos ou situaes pas- sveis de anlise para mudana no planejamento da organizao ou da instituio.que atendem a uma solicitao da organizao ou ins- tituio; so os relatos de viagem, estgio etc.
Sob essa perspectiva, a elaborao de um relatrio serve para registrar fatos, controlar aes, estabelecer elos entre os indivduos que trabalham de modo independente.
O relatrio esclarece, informa, confirma, nega, comu-nica decises importantes sobre polticas, mudanas, tomadas de decises, formao de conceito sobre empresa e seus produtos e servios todas so atividades baseadas nos relatrios.
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Rel
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(4.14.1)
ccomo redigir um relatrioomo redigir um relatrio
Para que um relatrio cumpra com sua finalidade e pro-duza efeitos desejados, importante que o relator estabe-lea, em primeiro lugar, os objetivos gerais e especficos do
documento, com clareza e objetividade. As perguntas que seguem servem de orientao para o redator deste texto.
O que um relatrio?a. Por que fazer um relatrio?b. Qual o objetivo geral do relatrio?c. Quais so os objetivos especficos?d.
O que se pretende com o relatrio?e. Qual o nvel das informaes?f. Como redigir? (apenas narrar ou descrever ou opinar, g. criticar, sugerir?)A quem se destina o documento?h. Quem vai ler?i. De onde partir? (de uma premissa?)j. Quais so as informaes mais relevantes?k.
(4.24.2)
ttipos de relatrioipos de relatrio
O relatrio pode ser interno ou externo, visto como11:
Rotineiro : para atender s exigncias do servio; pode ter formulrio impresso prprio com espaos para preenchimento. Exemplo: relatrio de viagem, relat-rio de produo.
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No-rotineiro : no geral, informativo e possui o fim de provocar reaes que determinem aes especficas.
Exemplo: relatos de trabalhos em andamento.Formal : relata, de modo formal, resultados obtidos em investigaes de pesquisa e desenvolvimento. Via de regra possui formato preestabelecido. Exemplo: disser-tao de mestrado.Informal : muito empregado nas empresas, e o relator anota tudo em tpicos.
(4.34.3)
oorganizao do relatriorganizao do relatrio
Existem relatrios que exigem meses de trabalho e outros so concludos em horas. Qualquer que seja o caso, o pro-cesso de elaborao requer observncia de algumas etapas, as quais podem ser observadas a seguir:
Definio dos objetivosa. . Ver item 4.1.Plano de texto e roteiro do trabalhob. Aqui preciso considerar se o trabalho est adequado aos objetivos, estabelecer seqncia do assunto, incluir tpicos, se preciso, e analisar o detalhe de cada tpico. Esse plano pode ser diminudo, acrescido ou tambm alterado, de acordo com as informaes mais recentes. Essa parte funciona como o roteiro do trabalho.Pesquisac. Conforme o tipo de trabalho, a pesquisa a base para um relatrio eficiente. As informaes podem
ser coletadas por meio de leituras de livros, artigos, relatrios e circulares, entrevistas, contatos virtuais, noticirios, pesquisas na internet, acervos e museus.
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Para que as informaes no se acumulem e se percam, convm separ-las e classific-las dentro de parme-tros preestabelecidos, anotando a fonte de cada uma.Organizao das informaesd. Nesta etapa, aprovei-ta-se o plano de texto e o roteiro de trabalho. Aqui, j se conhecendo melhor o assunto, por meio da pesquisa, o momento de rever o plano de texto e fazer os acrsci-mos, as supresses e/ou as substituies necessrias.Seleo das informaese. Aps a organizao das informaes, recomendvel retornar s fontes para verificar a veracidade ou a relevncia dos fatos e com-pletar o que se fizer necessrio.
Redao Todo relatrio deve ter uma linguagem clara, f. objetiva, concisa, coesa, coerente e elegante.Reviso Esta a etapa final, momento de burilar o g.
texto.
(4.44.4)
ccomposio do relatrioomposio do relatrio
Uma vez coletados todos os elementos (dados a serem refe-ridos no relatrio), tendo-se em mente as respostas s pro-postas sobre os objetivos do relatrio, o autor do relatrio lanar mo de outra frmula a fim de racionalizar seu traba-lho, montando o esquema do que ir redigir. Isso envolver desde o ttulo at o fecho, obedecendo a uma ordem lgica, o que facilitar muito o desenvolvimento do trabalho.
Desse modo, o relatrio ser dividido em partes distin-tas, nas quais estaro todos os dados necessrios anlise de quem o ler.
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A estrutura bsica de um relatrio constitui-se das seguintes partes:
Capa : deve conter o nome da organizao, o ttulo do tra-balho, o setor que o elaborou, a data e o nome do autor.Folha de rosto : repete o que contm a capa. Sumrio : apresenta trs colunas; a da esquerda possui as divises e as subdivises do relatrio; a da direita refere-se aos nmeros das pginas, e a coluna central mostra os itens do trabalho.Introduo : assemelha-se a um prefcio, espao no qual se justifica o trabalho e ocorrem os rumos dele.
Considerando-se o leitor, o redator-relator, escreve de forma clara, simples e objetiva a finalidade do relatrio.
Desenvolvimento : aps a definio do tipo de relatrio, o redator-relator classifica e seleciona as informaes.
Ele descreve, narra ou disserta, levando em considera-o os seguintes aspectos:
apresentao e demonstrao dos fatos; apreciao e/ou explicao; justificativa; anlise de problemas; enumerao de dados; informaes gerais.
Concluso : ao final, o autor sugere formas de resoluo para os problemas (se possvel), apresenta alternativas, resultados e constataes. No caso de relatrios analti-cos, o autor pode fazer recomendaes, desde que estas sejam oportunas.Anexos : so documentos que enriquecem o trabalho como: organogramas, mapas, grficos, fotografias, tabe-las etc.
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Modelo de relatrioModelo de relatrio
Relatrio de estgio
Parte I Identificao
Nome: Catarina de Angelis
Local de estgio: Escola de Educao Infantil Nossos
Amigos
Perodo do estgio: 18/07/2006 a 18/12/2006
Parte II Atividades gerais realizadas
Descrio das atividades
As atividades desenvolvidas na escola foram previamente
organizadas juntamente com a direo da escola, assim como
o servio de psicologia e superviso na universidade. As mes-
mas foram distribudas em dias da semana. (aqui no vamos
descrever cada dia para que o texto no se torne extenso)
Anlise e concluso das realizaes e das dificuldades
De maneira geral, no houve dificuldades. O espao dado
para a realizao do estgio foi bastante adequado, obede-
cendo rotina de atividades j existente na escola, princi-
palmente pelo setor de psicologia. A psicloga da escola foi
extremamente receptiva e favoreceu em grande parte o traba-
lho feito na escola. A direo tambm favoreceu nesse sentido,
integrando as atividades do estgio e a estagiria rotina da
escola. Em todo momento houve um reconhecimento do tra-
balho e valorizao dele.
Sugestes para novos estagirios
A sugesto para novos estagirios de continuidade nos gru-
pos com as crianas e acompanhamento das turmas e profes-
soras. O apoio dado direo e, principalmente, psicloga
da escola foram muito gratificantes, provavelmente para
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Red
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pres
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ambos os lados. Outra sugesto refere-se a um trabalho mais
direto e individual para as crianas com necessidades espe-
ciais, acompanhando as atividades j realizadas pelos outros
profissionais na escola.
Catarina de Angelis Regina SordiPs-graduanda Supervisora
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( . . )
pponto final onto final
Neste captulo, estudamos o relatrio, focalizando manei-ras eficazes de escrev-lo. Como complemento de estudo,
recomendamos a leitura de jornais, revistas e livros, os quais so importantes para o desenvolvimento da criati-vidade na escrita, assim como a ampliao do vocabulrio. Como nem s de documentos dessa natureza as pessoas necessitam, at para haver maior interesse e dedicao atividade dentro da empresa, o indivduo precisa de momentos de lazer e descontrao.
Indicao culturalIndicao cultural
ONZE homens e um segredo. Direo: Steven Soderbergh. Produo: Jerry Weintraub Productions. Intrpretes: Joshua Jackson; Don Cheadle; Andy Garcia; George Clooney; Bernie Mac; Brad Pitt; Matt Damon; Julia Roberts e outros.
Roteiro: George Clayton Johnson; Jack Golden Russell. Estados Unidos: Waner Brothers, 2001. (116 min)
Trouxemos a indicao deste filme, pois trata de temas como
estratgia, planejamento, lideranas, recursos humanos (seleo e treinamento), motivao e comunicao, propor-cionando ao expectador uma larga viso administrativa.
aatividade tividade
Redija um relatrio sobre uma visita a uma fbrica de balas.1.
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ccorrespondncia eletrnicaorrespondncia eletrnica
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( )
aa velocidade vertiginosa velocidade vertiginosa na trajetria da tecnologia e a emergncia de novos gneros textuais cons-tituem-se em parte da realidade com a qual nos depara-mos, criada em um espao de pouco mais de um quarto de sculo, na rea da comunicao eletrnica, expandin-do-se para a universalizao. Mais do que uma revoluo no mbito da comunicao, temos atualmente uma revo-luo generalizada, com inseres no campo da tica, do direito, da economia e nas formas de relao interpes-soal, alterando o modus vivendi do homem do sculo XXI,
Maria Alice da Silva Braga
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7070
preocupado muito mais com a comunicao rpida e efi-ciente para atingir o maior nmero possvel de relaes nessa rede mundial de comunicaes.
Dessa fascinante busca pela excelncia no que tange ao modo de escrita e comunicao, nasceram outros tipos de correspondncia, em especial, o e-mail. Esse fugaz e despo-jado jeito de escrever virtualmente no chegou para tirar o lugar de documentos tradicionais, como a carta em papel, mas talvez seja apenas um desmembramento da antiga e sempre presente carta.
Os novos gneros textuais surgem e se desenvolvem historicamente como novas alternativas, como novos for-matos e estratgias dentro de um universo em constante mutao, em especial na rea da comunicao.
Neste captulo, vamos estudar um pouco a estrutura do texto do e-mail a fim de inclu-lo no nosso rol de docu-mentos comunicacionais empresariais, visto que essa forma textual integra o universo moderno e dinmico das comunicaes on-line. Assim, nas sees que seguem, vere-mos as diversas finalidades e caractersticas desse modelo
de texto virtual.
(5.15.1)
ee-mail-mail na empresa na empresa
A comunicao escrita via correio eletrnico tem como caracterstica principal a rapidez. O redator diante da tela do computador digita o assunto simultaneamente criao mental. Para tanto necessrio: agilidade, poder de sntese e excelente capacidade para ler e reler o texto, o qual deve
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Cor
resp
ond
ncia
ele
trn
ica
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ser claro, objetivo, direto e, em especial, correto no estilo e na gramtica.
Do mesmo modo, a urgncia outro fator determi-nante no emprego do e-mail, pois a troca efetuada em tempo real.
Para a sua utilizao em favor da empresa, necessrio o profundo conhecimento das ferramentas que envolvem tal tecnologia para que a utilizao seja eficiente e garanta
o bom aproveitamento da mquina e dos recursos que ela proporciona.
(5.25.2)
ee-mail-mail como ferramenta como ferramenta
Hoje o e-mail sinnimo de economia de tempo e de gastos tanto dentro da empresa como fora dela, pois o gil envio de documentos via internet ou intranet facilita a comu-nicao e agiliza certas medidas. possvel enviar desde
bilhetes, avisos, comunicaes internas, cartas particula-res e comerciais, estatsticas, propostas, propagandas, arti-gos e at relatrios.
O e-mail tornou-se uma ferramenta indispensvel tanto no meio empresarial como no mbito domstico, sendo difcil encontrar um usurio de computador que no tenha um endereo eletrnico.
O computador permite que mensagens sejam enviadas a outros computadores conectados rede por meio de um servidor de correio, situado no provedor de acesso, o qual exerce a funo idntica dos correios tradicionais, isto , separa e distribui a correspondncia. Provedor de acesso
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constitui-se na empresa autorizada a prestar servio de atendimento e suporte a usurios da internet. So exem-plos de provedores: Terra, UOL, IG etc.
Intranet uma rede privada de comunicao que aplica a tecnologia que dispe dentro da empresa. Sua funo conectar entre si departamentos, filiais, sucursais dentro e
fora do pas de origem. O controle de acesso, triagem e fil-tro de informaes centralizam-se em um departamento interno da organizao, por exemplo, o CPD, Centro de Processamento de Dados.
Quando bem utilizado, o e-mail, via intranet, reduz o desperdcio de tempo e simplifica o trabalho entre equipes
a facilitar e melhorar a comunicao entre elas. A internet, por sua vez, uma rede de comunicao mundial, acessvel a todo tipo de pblico, o portal de acesso aos negcios, s pesquisas e aos cursos a distncia.
(5.35.3)
eelegncia na internetlegncia na internet
Do mesmo modo como no papel, no universo virtual, isto , no e-mail, ns nos expressamos e somos percebidos por meio da nossa escrita. Devemos manter a mesma elegncia na comunicao virtual. Existem algumas regras que con-duzem o comportamento para as conversas e textos on-line, como veremos a seguir:
No escrever tudo em letra maiscula parece que o som encontra-se acima do ideal.No enviar fotos ou qualquer imagem sem informao ou solicitao prvia. Alm de deselegante, o arquivo
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pode causar vrios transtornos, como a perda de tempo ao baix-lo. recomendvel digitar uma introduo para qualquer mensagem repassada.Deixar de responder s mensagens dos e-mails recebi-dos soa desinteresse ou descortesia.Informar a origem de avisos sobre possveis vrus. No enviar piadas e correntes; invasivo e constrangedor. No elaborar textos longos e sem correo. Alm da perda de tempo, foge ao estilo da linguagem empresa-rial, a qual prima pela objetividade e clareza.Enviar mensagens personalizadas; demonstra ateno e interesse.
Os textos administrativos, bem como toda comunica-o, devem ser pautados pela tica, pois a prpria exis-tncia fundamenta-se em conceitos ticos. Vejamos uma definio pontual sobre essa expresso:
tica 1. Parte da filosofia responsvel pela investigao dos
princpios que motivam, distorcem, disciplinam ou orien-
tam o comportamento humano, refletindo esp. a respeito da
essncia das normas, valores, prescries e exortaes pre-
sentes em qualquer realidade social 2. Conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivduo, de
um grupo social ou de uma sociedade. ETIM. Subst. latim
ethica, moral natural, parte da filosofia que estuda a moral.12
A definio retirada do Dicionrio da Lngua
Portuguesa, de Antnio Houaiss, leva-nos a entender a tica como uma reflexo sobre os costumes e as aes dos
homens. Assim, podemos perguntar: o que significa tica
no correio eletrnico? A tica tanto na escrita virtual como na escrita real compreende o compromisso que temos com
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a comunicao a ser realizada, pois a mensagem revela a imagem daquele que escreve e, principalmente, a imagem do profissional que escreve e afirma em nome da orga-nizao que representa. Por isso, qualquer texto deve ser pensado antes de ser escrito, e a tica revela-se quando h veracidade nas afirmaes, respeito ao destinatrio, hones-tidade no contedo elaborado, lealdade com a empresa, harmonia entre os interesses profissionais e a sociedade.
( . . )
pponto finalonto final
Neste captulo, estudamos o modo pelo qual o e-mail pode tornar-se uma ferramenta eficaz e econmica em
uma empresa. Vimos tambm maneiras de escrever um e-mail sem perder a elegncia e a tica exigidos dentro do ambiente empresarial.
Indicaes culturaisIndicaes culturais
Peridico
SUPER INTERESSANTE. So Paulo: Editora Abril, 1987.
Para complementar os estudos, recomendamos a leitura da Revista Superinteressante um peridico que contm assuntos atuais de interesse geral em que voc pode per-ceber adequao de linguagem presente nos textos, con-forme o objetivo da informao.
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Filme
SOCIEDADE dos poetas mortos. Produo: Steven Haft;
Paul Junger Witt e Tony Thomas. Intrpretes: Robin
Williams; Robert Sean Leonard; Ethan Hawke; Josh Charles; Gale Hansen; Dylan Kussman; Allelon Ruggiero; Kurtwood Smith; James Waterston; Norman Lloyd; Carla Belver; Leon Pownall; George Martin; Joe Aufiery; Lara
Flynn Boyle. Roteiro: Tom Schulman. Estados Unidos: Touchstone Pictures, 1989. (129 min)
O filme Sociedade dos Poetas Mortos uma indicao inte-ressante porque a obra emociona no s pela linda hist-ria, mas tambm por todos os recursos empregados, como fotografia, msica e o prprio roteiro. A obra flmica mos-tra a importncia do pensar acima de tudo.
aatividade tividade
Escreva um 1. e-mail para uma secretria da faculdade de secretariado executivo de uma universidade, solicitando informaes sobre o curso.
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(( 66 ))
qquestes de uestes de llngua ngua pportuguesaortuguesa
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( )
Maria Alice da Silva Braga
nneste captuloeste captulo, trataremos de assuntos relaciona-dos grafia correta, pois existe um conjunto de regras a
serem acatadas para o bem escrever e, nesta obra, trata-remos de aspectos como abreviaturas, acentuao grfica,
emprego do acento indicativo de crase, uso dos porqus, uso dos pronomes oblquos, palavras homfonas (palavras com o mesmo som e grafia diferente) e homgrafas (pala-vras com a mesma grafia e significado diferente), alm de
dicas para dvidas de sempre.
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O leitor poder consultar esta seo sempre que neces-srio para tirar suas dvidas no dia-a-dia profissional.
(6.1 6.1 )
aabreviaturasbreviaturas
Aqui iremos tratar das abreviaturas mais empregadas nas empresas dispondo das exemplificaes explicitadas a
seguir.
( A A )
(a) = assinado
(aa) = assinados
A .D. = aguarda deferimento
A/C = ao(s) cuidado (s)
Adm. = administrao,
administrador
Adv. = advocacia
Anal. = anlise
Ap. = aprovado
Art. = artigo
ass. = assinado/assunto
Assemb. = assemblia
Assist. = assistncia
Assoc. = associao
aux. = auxiliar
( B B )
Bal. = balanos
banc. = bancrio
( C C )
c/ = com; conta
c/a = conta aberta
c/c = conta corrente
calc. = clculo
calend. = calendrio
cat. = catlogo
Cia ou Cia. = companhia
Circ. = circular
Classif. = classificao
Cd. = cdigo
Combust. = combustvel
compar.= comparativo
Compens. = compensao
Comput. = computao
constr. = construo
Consult. = consultoria
Contab. = contabilidade
contr.=contribuio
Conv. = convnio, conveno
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Coop. = cooperao
Coop. = cooperativa
Coord. = coordenao
Corp. = corporao
Corresp. = correspondncia
crd. = crdito
cx. ou Cx. = caixa (s)
( D D )
D.O. = Dirio Oficial
d/ = dia (comercialmente)
d/d = dias de data
dem. = demonstrativo
Dep. = departamento
deprec. = depreciativo
desc.=desconto
Descr. = descrio
Desenv. = desenvolvimento
desp.=despesa; desporto
dif.=diferente
Dir. = direo / Dir. = direito
Diret. = diretoria
Dirig., dirig.= dirigente
Dist. = distrito
div.=diviso
Divulg. = divulgao
Doc. = Documentao
Doc.,docs. = documento (s)
( E E )
E.D. = espera deferimento
E.M. = em mo(s)
E.R. = espera resposta
econ. = econmico
Emb. = embalagem
emol. = emolumentos
Emp. = Empresa
End. Tel. = endereo
telegrfico
Eng. = engenharia,
engenheiro
equiv. = equivalente
esp. = especial
Espec. = especificao
Est. = Estado,Estudo
est. = estadual
estat.=estatstico
Estat. = Estatstica
estrang. = estrangeiro
Ext.,ext. = Exterior
( F F )
fb. = fbrica
Faz. = fazenda
Fed. = federao
fed. = federal
fem. = feminino
Fin. = finanas (ABNT; finan.)
folh. = folheto
for. = forense
Form. = formulrio
Fot. = fotografia
fot. = fotgrafo, fotogrfico
Func. = funcionrio
Fund. = fundao
Fundam. = fundamento
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( G G )
gav. = gaveta
geogr. = geogrfico
gov. = governamental
Gov. = governo
gr. = gro(peso); grtis;grego
grf. = grfico
( H H )
hab. = habitante (s)
hered.=hereditrio
Hig. = higiene
hon. = honorrio
Hosp .= hospital
( I I )
Ident. = identidade/
identificao
Import. = Importao
Inc. = Incorporao
Indstr. = indstria
Industr.=Industrial
Inf. = informao; informe
Inform. = informtica
Invent. = Inventrio
IR = Imposto de Renda
( J J )
J. = Jornal
Jorn. = jornalismo
Jr. = jnior
Judic.;judic. = judicirio
jur. = jurdico
Jurispr. = Jurisprudncia
just. = justia
( L L )
Lab. = Laboratrio
Leg. = legalidade; legalizao
Legisl. = legislao
legisl. = legislativo (a)
Leit.=leitura
Lib. = liberdade
Lq. = lquido
Ltda. = limitada
Lubr.,lubr. = lubrificante
( M M )
m/c = minha carta ou minha
conta
m/d = meses de data
m/p = meses de prazo
Man. = manual
( N N )
n/ = nossa(s);nosso
N/C = nesta capital
n/c = nossa carta;nossa casa
nac. = nacional
neg. = negativo
Neg. = negcios
Not. = notcia
Notic.=noticirio
( O O )
om.q. = o mesmo que
obj. = objeto
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Obs.obs. = observao (es)
of.=oficial
opc. = opcional
oper. = operao;operrio
Org. = organizao
( P P )
p.b. = peso bruto
P.D. = pede deferimento
P.J. = pede justia
p.l. = peso lquido
p.p. = por procurao; pr-
ximo passado
( Q Q )
quadrim. = quadrimestral
( R R )
R$ = real (moeda brasileira)
Rec.=receita
Red. = reduo, reduzida
ref. = reformado; referente;
referido
reg. = regimento; regional;
registro; regular
Regul. = regulamento
Rel. = relao
rel. = relativo
Relat. = relatrio
Repart. = repartio
Reun. = reunio
rodov. = rodovirio
Rot. = rfoteiro
( S S )
S.A .R.L. = Sociedade
Annima de
Responsabilidade Limitada
S/= sem; seus; sua
S/A ou S. A .= sociedade
annima
sc. = sculo
secr. = secretrio
Secret. = secretrio(a);
secretaria
semest. = semestral
Serv .= servio
sind. = sindical
Sind. = sindicato
Soc. = sociedade
suc. = sucursal
( T T )
Tab. = tabela
Tc. = tcnica
tc.=tcnico
telecom. = telecomunicaes
tes. = tesoureiro
Trab. = trabalho
Tur. = turismo
( V V )
var.=variao, variante
vesp. = vespertino
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Abreviaturas dos meses do anoAbreviaturas dos meses do ano
Janeiro = jan.
Fevereiro = fev.
Maro = mar.
Abril = abr.
Maio = maio.
Junho = jun.
Julho = jul
Agosto = ago.
Setembro = set.
Outubro = out.
Dezembro = dez.
Abreviaturas empregadas Abreviaturas empregadas em referncias bibliogrficasem referncias bibliogrficas
A., AA. = autor, autores
apnd. = apndice
Apud = em, segundo, citado
por (referncia a documen-
tao no consultada por
quem cita)
B. = boletim
bibliogr. = bibliogrfico
bras. = brasileiro ou
brasileirismo
cit. = citao, citado(a)
Col. = coleo
Colab. = colaborao
Colet. = coletnea
E.; EE. = editor, editores
ed. = edio, Editora
Ex. = exemplar (em
bibliografia)
Fac. = faculdade
fig.=figura
fl.=folha
Frag. = fragmento
gloss.=glossrio (s)
i = ndice
Il. = ilustrao
il. = ilustrado;ilustraes
Lit. = literatura
N.da E. = nota da editora
N. da R. = nota da redao
op.cit. = na obra citada (do
latim, opus citatum)
ob. = obra
p. = pgina (ABNT)
Res. = Resenha;resumo
s.d. = sem data
Trad. = traduo,tradutor
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Algumas abreviaturas de ttulos, Algumas abreviaturas de ttulos, postos e formas de tratamentopostos e formas de tratamento
Alm. = almirante
Arco. = arcebispo
Bel. = bacharel
Bpo. = bispo
Cap. = capito
Card. = cardeal
Cel. = coronel
Com. = comandante
Com. = comendador
Cons. = conselheiro
D. = dom/dona
DD. = dignssimo
Dr./Drs. = doutor/doutores
Dr./Drs. = doutora/doutoras
Emmo. ou Emm =
eminentssimo
Engo. ou Eng = engenheiro
Exmo. ou Exm =
excelentssimo
Gal./ Gen. = general
Ilmo. = ilustrssimo
M. D. = muito digno
Revmo. = reverendssimo
Ten. Ou tte. = tenente
Evite usar abreviaturas em texto corrido, no entanto, h casos como unidades de medida, em que prefervel o emprego da abreviatura.
Exemplo: A reunio est marcada para iniciar s 7h 30min.
Ainda, os acentos grficos, bem como os hfens so
mantidos quando a palavra abreviada. Exemplo: O sc. XVII, no Brasil, foi de colonizao.
Se o ponto da abreviatura coincidir com o ponto final,
escreva apenas um ponto.Exemplo: Joo comprou livros, cadernos, canetas etc.
Ttulos de doutor, senhor ou dom devem ser abreviados quando acompanharem o nome.
Exemplo: Dr. Srgio Amaral. D. Quixote de La Mancha.
Do mesmo modo, os pronomes de tratamento: V.Sa., V. Exa. etc.
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(6.26.2)
aacentuao grficacentuao grfica
Iremos, aqui, destacar algumas dicas para que o leitor possa memorizar pequenas regras para que possa acen-tuar corretamente os termos de sua escrita, auxiliando-o a alcanar a escrita correta. As sees que seguem abrangem a maioria das regras de acentuao da lngua portuguesa.
Palavras proparoxtonasPalavras proparoxtonas
Todas as palavras proparoxtonas so acentuadas. Exemplos: sndalo, mdico, ldico, prncipe, cdula, pargrafo.
Palavras paroxtonas Palavras paroxtonas
Acentuam-se as paroxtonas:
que terminam em i e u seguidos ou no de s. Exemplos: jri, vrus, ltus, bnus. que terminam em um ou uns.Exemplos: lbum, lbuns.que terminam em o, os, , s.Exemplos: rgo, stos, m.que terminam no hiato oo, seguido ou no de s.Exemplos: enjo, abeno, vos.
que terminam em r, x, n, l.Exemplos: mrtir, trax, plen, sensvel.
que terminam em ditongo oral. Exemplos: jquei, ministrio, vcuo, fmea.
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Palavras oxtonasPalavras oxtonas
Acentuam-se as terminadas em o(s), e(s), a(s), em, ens. Exemplos: bab, beb, jil, porm, parabns.
Monosslabos tnicosMonosslabos tnicos
Acentuam-se os terminados em a(s), e(s), o(s). Exemplos: p, ps, d, s.
DitongosDitongos
So acentuadas as palavras que contm os ditongos i, u, i. Exemplos: idia, cu, apio (verbo), herico, chapu, papis.
HiatosHiatos
Acentuam-se o i e o u quando forem tnicos e no forma-rem slaba com a vogal anterior.Exemplos: sade, viva, rene, dodo, balastre, caste, juzes, razes, distribu-lo.
Obs.: Porm no se acentuam o i e o u quando estive-rem antes de nh. Exemplos: rainha, moinho, campainha.
Que, qui, gue, guiQue, qui, gue, gui
Nas palavras que possuem os grupos que, qui, gue, gui, o u pode ser grafado com trema quando for tono e pronunciado. Exemplos: tranqilo, averigemos, eqino, conseqncia, lin-gia, cinqenta, pingim.
Se o u pronunciado e tnico, coloca-se acento agudo. Exemplos: apazigem, (tu) argis, agem.
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Acento diferencialAcento diferencial
O acento diferencial de intensidade serve para distinguir palavras homgrafas tnicas de outras tonas. Observe o quadro a seguir:
Quadro 4 Acento diferencial
Palavras tnicas Palavras tonas
Pra (verbo) Para (preposio)
Pr (verbo) Por (preposio)
Pla, plo (verbo)Plo (substantivo)
Pela, pelo (combinao de preposio mais artigo)
Pra (substantivo) Pera (expresso arcaica)
O acento diferencial de timbre distingue palavras homgrafas de pronncia fechada das outras de pronn-cia aberta. A nica exceo o verbo poder, que fica assim: pode (3 pessoa do presente do indicativo) e pde (3 pessoa do pretrito perfeito do indicativo).
O acento diferencial morfolgico aquele que aparece na 3 pessoa do plural dos verbos ter e vir (e seus derivados) para distingui-la da 3 pessoa do singular.
Exemplos:
Ele tem/eles tm.
Ele vem/ eles vm.
Ele detm/ eles detm.
Ele provm/ eles provm.
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(6.36.3)
ccraserase
Crase a fuso do artigo a com a preposio a ou com o a inicial de pronomes demonstrativos. Essa unio marcada pelo acento grave ( ` ). Primeiro, estudaremos as situaes nas quais no se deve empregar o acento indicativo de crase e, logo aps, alguns casos especiais.
Onde no devemos utilizar a crase Onde no devemos utilizar a crase
A fim de que o leitor memorize as regras do processo que
origina a crase, foram elaboradas sete situaes em que proibido o emprego da crase, quais sejam:
1 situao antes de palavra masculina. Exemplo: Comprei um carro a prazo. 2 situao antes de artigo indefinido. Exemplo: Levamos a mercadoria a uma firma. 3 situao antes de verbo. Exemplo: Fomos obrigados a trabalhar no perodo da noite. 4 situao antes de expresso de tratamento. Exemplo: Trouxe uma mensagem a Vossa Majestade. 5 situao antes de pronomes pessoais, indefinidos e demonstrativos. Exemplo: Mostrarei tudo a ela.Enviarei o e-mail a qualquer pessoa.No me refiro a esta aluna.6 situao quando o a est no singular e a palavra seguinte est no plural. Exemplo: Refiro-me a funcionrias deste laboratrio.
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7 situao quando antes do a houver outra preposio. Exemplo: Compareceram perante a justia.
Obs.: A preposio at admite, facultativamente, a pre-sena do artigo.
Exemplos: Fomos at a entrada da Universidade. Fomos at entrada da Universidade.
O emprego da crase antes O emprego da crase antes de localidade femininade localidade feminina
empregada a crase antes de localidade feminina quando
esta, em outros contextos, aceitar o artigo. Observe: A Inglaterra pertence Unio Europia assim como Portugal pertence mesma comunidade.
Exemplo: Irei Inglaterra no ms de fevereiro e, logo depois, a Portugal.
No entanto: importante verificar a regncia do verbo!
O emprego da crase antes O emprego da crase antes de nomes prprios femininosde nomes prprios femininos
Antes de nomes prprios femininos, se houver presena de preposio, a crase torna-se facultativa, pois antes de tais nomes, pode ou no ser utilizado o artigo.Exemplo: Escreveu a Paulo e (ou a) Mariana.
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O emprego da crase antes dos seguintes pronomes: O emprego da crase antes dos seguintes pronomes: minha, tua, sua, nossa, vossaminha, tua, sua, nossa, vossa
Ana refere-se a () sua irm. crase opcional.
Ana refere-se a suas irms. crase proibida.
Ana refere-se s suas irms. crase obrigatria
importante verificar a regncia do verbo.
Curiosidades Curiosidades
Vender vista/vender a vista.
Desenhar caneta/desenha a caneta.
Cheirar gasolina/cheirar a gasolina.
Matar fome/matar a fome.
Cara a cara.
Face a face.
Observao: o a sempre uma preposio. Usa-se crase
antes das palavras casa ou terra, se estas estiverem
determinadas (casa de campo, terra dos anes).
(6.46.4)
eemprego dos mprego dos pporqus orqus
O porqu, conforme sua posio e seu significado na frase, pode ser escrito de quatro maneiras diferentes.
Porque junto e sem acento Porqu junto e com acento
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Por que separado e sem acento Por qu separado e com acento
Observe agora como o uso correto dos porqus de acordo com a norma padro da Lngua Portuguesa.
Como usar Como usar por qupor qu
Antes de ponto final, interrogao, exclamao ou reticn-cias, seu uso separado e com acento no monosslabo qu. Por qu significa por qual motivo.
Exemplos: Voc fez isso por qu?No sei bem por qu.
Como usar Como usar porquporqu
Neste caso, seu uso admite artigo ou pronome adjetivo. Porqu significa razo, motivo.
Exemplos: No entendi o porqu de sua atitude estranha. (a razo)Estava procurando resposta aos teus porqus. (teus motivos)
Como usar Como usar porqueporque
utilizado o porque para introduzir uma explicao, causa ou conseqncia.
Exemplos: Apurem o passo, porque o nibus est chegando.Porque era distrado, riam dele.
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Como usar Como usar por quepor que
utilizado quando puder ser substitudo pelas seguintes
expresses: por que motivo, o motivo pelo qual, por qual razo, pelo qual. Exemplo: No sei por que fiz isso. (o motivo pelo qual)
(6.56.5)
ppronomes oblquosronomes oblquos
Neste momento iremos estudar, sucintamente, tpicos sobre o emprego do pronome oblquo, procurando exem-plificar sempre que possvel.
O emprego do pronome oblquoO emprego do pronome oblquo
O pronome oblquo proporciona diferentes construes e o seu conhecimento facilita a escrita correta.
Quadro 5 Pronomes retos, oblquos tonos e oblquos tnicos
Pronomes
retos
Pronomes obl-quos tonos
Pronomes oblquos
tnicos
Eu, tu ele, ela
Me, te, se, lhe, o, a
Mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, ele, ela
Ns, vs, eles
Nos, vos, se, lhes, os, as
Ns, conosco, vs, con-vosco, si, consigo, eles, elas
A colocao do pronome oblquo deve ser respeitada, sob pena de escrevermos ou falarmos de modo equivocado, pois o pronome oblquo no funciona como sujeito, e sim como complemento do verbo. Observe a sentena a seguir:
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Professora, pra mim escrever isso ou s pra mim ficar
olhando?
O que h de errado com essa indagao? Vamos ade-quar a frase destacada norma gramatical:
Professora, pra eu escrever isso ou pra eu ficar olhando?
Regra
A regra muito simples. Antes de um verbo que esteja no infinitivo, isto , forma nominal terminada em r, deve-mos utilizar o pronome pessoal reto eu, que funciona como sujeito do verbo:
Exemplo:
A professora de literatura deu um livro para eu ler.
eu = sujeito do verbo ler
ler = verbo no infinitivo
No entanto, quando no houver verbo no infinitivo,
empregamos o pronome pessoal oblquo mim:Exemplo:
A professora de literatura deu um livro para mim.
para = preposio
mim = pronome oblquo (complemento do verbo dar)
Exceo
Neste caso, a exceo ocorre porque o pronome mim no est se referindo ao verbo resolver, mas complemento do adjetivo fcil.
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Exemplos: Foi fcil para mim resolver os exerccios.Resolver aqueles exerccios foi fcil para mim.
Aps preposio
Aps preposies (at, contra, de, desde, em, entre, mediante, para, por, sem, sob, sobre etc.) devemos utilizar os pronomes mim, ti.
Exemplos: Entre mim e ela no existe nada.
No h motivo de desconfiana entre mim e Paula.
Ateno!Ateno!
A forma conosco substituda por com ns quando o pronome pessoal reforado por palavras como outros, mesmos, todos, ou algum numeral.
Exemplos:
Sua irm ter que viajar com ns todos.
Ela disse que no iria com ns quatro.
Do contrrio:
As meninas iro conosco ao teatro.
Os pronomes si e consigo devem ser empregados somente como reflexivos (referem-se ao prprio sujeito do verbo).
Exemplos:
A professora trouxe consigo as provas (com ela mesma).
Minha amiga muito egosta: s pensa em si (pensa nela
mesma).
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Incorreto:
Exemplo: Joo, vou consigo ao cinema.
Correto:
Exemplo: Joo, vou contigo ao cinema.
(6.66.6)
cconcordncia nominaloncordncia nominal
A concordncia nominal, como a expresso mostra, con-siste na concordncia entre os nomes na frase, isto , as palavras concordam entre si dentro da orao para que seja construdo um discurso harmnico. No entanto, h exce-es, que devem ser respeitadas. A seguir veremos algu-mas dicas importantes a respeito dessa temtica.
Anexo, obrigado, mesmo, incluso, quite, lesoAnexo, obrigado, mesmo, incluso, quite, leso
Essas palavras, quando adjetivos, devem concordar com o nome a que se referem.
Exemplos:
Seguem anexos os documentos solicitados.Lucy disse muito obrigada.
Elas disseram muito obrigadas.
Elas mesmas falaro com Carlos.
As fotos esto inclusas no envelope.
Carlos disse estar quite com sua conscincia.
Os alunos cometeram um crime de lesa-ptria.
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Observao: A expresso em anexo invarivel.Exemplo: Seguem, em anexo, os documentos solicitados.
Alerta, menosAlerta, menos
Essas palavras so invariveis, portanto no concordam com o termo a que se referem.
Exemplos:
As meninas estavam alerta.
H menos alunas na sala de aula.
Bastante, caro, barato, meio, longeBastante, caro, barato, meio, longe
Esses termos, quando funcionam como advrbios, so inva-riveis. Quando tm a funo de adjetivos, pronomes, adjeti-vos ou numerais, concordam com o nome a que se referem.
Exemplos:
Trata-se de questes bastante difceis. (advrbio)
Havia bastantes questes na prova final. (pronome adjetivo)
As casas eram caras. (adjetivo)
As bananas custam barato. (advrbio)
Que bananas baratas! (adjetivo)
Lucy parece meio esquisita. (advrbio)
Ela comeu meia barra de chocolate antes da refeio. (numeral)
Nossa casa fica longe daqui. (advrbio)
J andamos por longes terras. (adjetivo)
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proibido, necessrio, bom, preciso proibido, necessrio, bom, preciso
Tais expresses permanecem invariveis se o sujeito no vier antecipado de artigo.
Exemplos:
proibido entrada.
A entrada proibida.
Entrada proibido.
As entradas so proibidas.
Pimenta bom para tempero.
Esta pimenta boa para tempero.
preciso cautela.
necessrio prudncia.
Muita prudncia necessria.
Prudncia necessrio.
O mais... possvel, os mais... possveisO mais... possvel, os mais... possveis
A palavra possvel concorda com o artigo que inicia a expresso.Exemplos:
Carlos encontrou argumentos o mais fceis possvel.Carlos encontrou argumentos os mais fceis possveis.
S, Ss, A ssS, Ss, A ss
A palavra s como adjetivo concorda em nmero com o termo a que se refere. Como advrbio, significa, apenas, somente e invarivel.
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Exemplos:
Fiquei s. (adjetivo)
Ficamos a ss. (advrbio)
S eles ficaram. (advrbio)
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pponto finalonto final
Em princpio, estudamos neste captulo as abreviaturas. Destacamos algumas das mais usadas no meio empresa-rial, entretanto, pudemos observar que, em determinados momentos, como em textos corridos, as palavras devem ser escritas por extenso. Tambm vimos as regras do acento grfico, assim como o acento indicativo de crase. Foi pos-svel tambm observarmos outros aspectos da Lngua Portuguesa, necessrios para a construo clara, elegante e objetiva de uma redao empresarial.
Indicaes culturaisIndicaes culturais
UM AMOR para recordar. Direo: Adam Shankman. Intrpretes: Shane West; Mandy Moore; Peter Coyote; Daryl Hannah; Lauren German; Clayne Crawford; Al Thompson; Paz de la Huerta; Jonathan Parks Jo