LONA 681 - 22/03/2012

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[email protected] @jornallona lona.up.com.br O único jornal-laboratório DIÁRIO do Brasil Ano XIII - Número 681 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo Curitiba, 22 de março de 2012 ONU patrocina Dia Internacional da Síndrome de Down em Curitiba O Dia Internacional da Síndrome de Down foi proposto pela Down Syndrome International, levando em conta a maneira como a data é escrita - 21/3 ou 3/21, o que faz alusão à trissomia do 21. Camila Tebet Editorial Dilma proíbe comemorações do Golpe de 64: no dia 31 de março não há o que festejar Pág. 2 Artigo Estado laico em que certas religiões se impõem Pág. 2 Geral Estágios: saiba quais cursos possuem melhor remuneração e mais vagas Pág. 4

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO

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Curitiba, quinta-feira, 22 de março de 2012

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O único jornal-laboratório

DIÁRIOdo Brasil

Ano XIII - Número 681Jornal-Laboratório do Curso de

Jornalismo da Universidade Positivo

Curitiba, 22 de março de 2012

ONU patrocina Dia Internacional

da Síndrome de Down em

CuritibaO Dia Internacional da Síndrome de Down foi proposto pela Down Syndrome International, levando em conta a maneira como a data

é escrita - 21/3 ou 3/21, o que faz alusão à trissomia do 21.

Camila Tebet

Editorial

Dilma proíbe comemorações do Golpe de 64: no dia 31 de março não há o que festejar

Pág. 2

Artigo

Estado laico em que certas religiões se impõem

Pág. 2

Geral

Estágios: saiba quais cursos possuem melhor remuneração e mais vagas

Pág. 4

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Curitiba, quinta-feira, 22 de março de 2012 2 2 2 2

ExpedienteReitor: José Pio Martins | Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto | Pró-Reitora Acadêmi-ca: Marcia Sebastiani | Coordenação dos Cursos de Comunicação Social: André Tezza Consentino | Coor-denadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira | Professores-orientadores: Ana Paula Mira, Elza Aparecida de Oliveira Filha e Marcelo Lima | Editoras-chefes: Renata Silva Pinto, Suelen Lorianny e Vitória Peluso | Editorial: Daniel ZanellaO LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba - PR. CEP: 81280-30 - Fone: (41) 3317-3044.

A história recente da América do Sul – também da América Latina – é permeada de diversos gol-pes de estado, influências da política expansionis-ta norte-americana, interesses em reservas naturais e, principalmente, desorganização, politização ex-cessiva e caos interno. Todos os países deste eixo foram grassados por ditaduras ferrenhas e, até que se chegasse ao árduo processo democrático, muito obscurantismo tomou conta do continente.

O Brasil pós-Golpe de 64, momento histórico que os militares, em acessos curiosos de manipu-lação, chamam de Revolução, teve, sim, períodos de crescimento econômico, assim como também teve moeda instável e aumento da dívida externa. Entretanto, o fundamental a ser lembrado destes 21 anos de mão de ferro foi a inexistência de li-berdade de expressão e a perseguição violenta aos opositores do regime.

Em comum com outras ditaduras, o Brasil tem a dificuldade de lidar com o seu passado recente, as suas feridas e arquivos sigilosos. Muita gente mor-reu, desapareceu, muito torturador vive hoje como se um cidadão comum – e até por isso os militares fazem lobby contra a Comissão da Verdade.

(Cabe lembrar a luta das mães da Praça 1º de Maio da Argentina, que todas as quintas-feiras re-alizam manifestações em frente à Casa Rosada, buscando manter o desaparecimento de seus filhos vivo na memória nacional.)

A petulância dos militares em comemorar o aniversário do golpe de 31 de março de 1964, ante-cipando a festa para o dia 29, com convite e tudo, tem dois elementos preocupantes: a desobediência aos comandos da presidenta Dilma Roussef, que havia proibido comemorações – até porque não há nada para comemorar –, e a petulância dos milita-res em não reconhecerem a mancha que impetra-ram ao país.

O Brasil ainda não aprendeu a lidar com seus fantasmas e, de forma elíptica, vê surgir impasses políticos típicos de democracias ainda em fase de maturação. Nada mais perigoso do que militares reivindicando protagonismo e dando seus signifi-cados particulares.

Editorial

Laura BealSombras do p a s s a d o

Opinião

DesrespeitoNo dia primeiro de abril, o aniversário dos 48 anos da Revolução de 1964 que tirou João Gou-

lart do poder e fez com que o Brasil vivesse alguns dos piores anos de sua história. Repressão não àqueles que ousavam falar contra o governo militar, mas a toda e qualquer organização popular. Tortura, prisões inadequadas, mortes e pessoas que até hoje nunca foram encontradas. Tudo isso fruto de oficiais das Forças Armadas que, adiados às forças americanas, tinham a missão de exter-minar o comunismo. Ou qualquer movimentação que pudesse se assemelhar ao sistema.

Como se tudo isso não fosse bastante, os militares tem se mostrado bastante insubordinados às decisões da presidenta Dilma Rousseff, guerrilheira presa e torturada durante o período, quanto a Comissão da Verdade e a necessidade de se falar sobre os crimes cometidos anos atrás. Se por um lado a necessidade dessa Comissão da Verdade (da forma que tem sido feita) é questionável, por outro, o desrespeito dos militares é evidente. O famoso Clube Militar, famoso por arquitetar o golpe de estado que eles insistem em chamar de revolução, fará uma grande comemoração para lembrar o dia histórico, em que eles retiraram Jango e instauraram o terror. A presidenta não parece estar nem um pouco feliz com tudo isso, já que já havia proibido qualquer tipo de comemoração.

Comemorar os tempos em que o mundo vivia com a luz da liberdade e o Brasil com a treva da repressão me parece bastante inadequado. Com toda certeza não dá para mudar o que passou, mas a atitude daqueles que passaram por cima de todas as liberdades deveria ser diferente. Afinal, Forças Armadas servem para defender o país de ameaças externas, e não comemorar por ter privado seus cidadãos do Estado Democrático de Direito. Um pouco de vergonha na cara faz bem. Muito bem.

Dizem algumas línguas que religião e futebol não se discutem. Apesar disso, não é preciso ir muito longe para encontrar quem discuta (e com muito prazer) o futebol. E a religião também.

Nesta semana dois casos envolvendo especificamente a religião católica ganharam destaque. O primeiro foi a decisão tomada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que determina a retirada de crucifixos das salas de Justiça. O segundo envolve um pedido feito por várias entidades de direitos humanos para que o ensino religioso nas escolas fosse restringido ao esclarecimento das práticas e da história das religiões.

Das religiões. Assim mesmo, no plural. Porque a dominação católica tem-se feito tão presente desde os tempos coloniais, que se chegou ao ponto de, no estado de São Paulo, ser aprovada uma política que permite que crianças de primeira a quinta série do ensino fundamental tenham o en-sino religioso de maneira “transversal”, ou seja, misturado com as outras disciplinas. Como que diluído em água e pronto para o consumo rápido e eficaz.

Para pensar nos dois casos, devemos perceber que as religiões são um patrimônio cultural da humanidade. Fazem parte da nossa história, de quem somos e podem até influenciar nossa forma de ver e pensar sobre o mundo. Sua função, a princípio, vem de questões filosóficas. Mas a partir do momento em que começam a se impor como forma de controle, opressão e conformismo, seus valores devem ser pensados com cuidado.

O Brasil, até onde sabemos, é um Estado de caráter laico. Por isso, não deve se curvar a argu-mentos religiosos no que diz respeito a discussões éticas ou legais. Vide o caso da atual Presidente da República Dilma Rousseff, que voltou atrás no que diz respeito à descriminalização do aborto no país devido a protestos de entidades religiosas durante o período eleitoral.

Brasil: Estado laico, graças a Deus

Paula Nishiz

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Aconteceu ontem, na Boca Maldita, em razão do Dia In-ternacional da Síndrome de Down, uma ação promovida pela entidade Reviver Down. Membros da associação se reuniram com o propósito de divulgar e informar sobre a síndrome.

Segundo Gislene Gouvea, presidente da entidade, a in-tenção foi chamar a atenção de quem passava na rua para que se interessasse pela ques-tão. A ação começou às 9h e terminou no fim da tarde.

Anteontem, a Organização das Nações Unidas (ONU) celebrou pela primeira vez o Dia Internacional da Síndro-me de Down, em Nova York. O evento foi patrocinado pelas Missões do Brasil e da Polô-nia junto à ONU e teve tópi-cos como educação inclusiva, vida independente e tratamen-tos e pesquisas discutidos du-rante o dia.

O Brasil esteve presente no evento com portadores da síndrome integrantes da As-sociação Carpe Diem de São Paulo, para o lançamento do livro “Mude o seu falar que eu mudo o meu ouvir”, um guia de acessibilidade na comuni-cação para pessoas com defi-ciência intelectual.

O Dia Internacional da Síndrome de Down foi criado em 2006 pela Down Syndro-me International. A data 21/03 foi escolhida para representar a trissomia do cromossomo 21.

Daniele Tuoto esteve pre-sente com seu filho Henrique, de 4 anos, durante a ação na Boca Maldita. Ela é associa-da à Reviver Down há quatro anos e meio, desde que des-cobriu durante a gestação que

Associação promove conscientização no Dia Internacional da Síndrome de DownReviver Down promoveu, em Curitiba, tarde de divulgação

seu filho tinha a síndrome. Ela conta que logo procurou ajuda e foi bem recebida à entidade, que deu muita assistência. Se-gundo ela, essa oficialização feita pela ONU traz para as pessoas da síndrome, princi-palmente, o reconhecimento. “Serve para mostrar que essas pessoas existem, que têm que ser incluídas e têm que serem tratadas como qualquer outra pessoa. A palavra chave do Dia é respeito”. Gouvea tam-bém dá como essencial a ques-tão do reconhecimento e diz, ainda, que é importante que as pessoas se sensibilizem e percebam que essa não é uma causa só dos pais, mas da so-ciedade como um todo.

Maria de Lurdes Jakobo-witz também é associada, e teve dois filhos com Síndrome de Down. Ela diz que em al-guns anos atrás não se possuía informações suficientes e mui-tos chegavam a esconder seus filhos dentro de casa: “Uma vez chegaram a pedir que eu me retirasse de um restaurante com meus filhos, porque nós estaríamos chamando muita atenção”, conta. Segundo ela, esse panorama muda a cada dia, e o reconhecimento feito pela ONU é muito importante. Seu filho Marcelo, de 31 anos, passou a frequentar a escola e aprendeu a ler e a escrever há pouco tempo, tendo como so-nho ser professor de crianças com a Síndrome de Down. “E se eu tivesse desistido? Tudo depende de estímulos. Nada tem limites. Limites você só vai conhecer quando for além”, afirma Maria de Lur-des. Karina Gouvea, 32 anos, é filha da presidente Gislene e tem Síndrome de Down. Para ela, a principal consequên-cia do evento da ONU, será maior inclusão, harmonia e igualdade.

Conheça a Reviver Down...

É uma entidade sem fins lucrativos, que procura reunir pais, pessoas com Sín-drome de Down e profissionais afins, interessados em melhorar a qualidade de vida e proporcionar maiores oportunidades para a pessoa com a síndrome.A Associação irá fazer 19 anos e possui programas como:

Nascer Down – tem como função apoiar pais de recém-nascidos com Síndrome de Down.

Crescer Down – busca auxiliar o desenvolvimento de adolescentes com Síndro-me de Down.

Aprendiz Down – grupo para pais se reunirem e discutirem sobre a aprendiza-gem de seus filhos.

A Associação também possui um grupo de teatro e oferece palestras sobre o tema. Sua principal missão é ser elo entre a família e a socieda-de para integração e reconhecimento da cidadania da pessoa com a

síndrome.

Para mais informações: ww.reviverdown.org.br

Stephany GueburCamila Tebet

Daniele, Henrique, Marcelo e Karina prestigiam evento

Camila Tebet

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Curitiba, quinta-feira, 22 de março de 2012 4 Geral

Stephany GueburCamila Tebet

Administração oferece mais vagas de estágio, mas Economia paga melhorCom 42 oportunidades, Administração lidera vagas na Central de Carreiras da UP e Economia possui a maior média de bolsa auxílio, com R$ 975

Informática também pos-suem grande demanda.

Gabriela Pereira Par-chen, 19 anos, cursa o se-gundo período de Farmácia na Universidade Federal do Paraná. Ela diz que só não sofre dificuldades para encontrar estágio porque na UFPR eles são indica-dos pela própria faculdade. “Sem essa orientação, nós iríamos parar em uma far-mácia qualquer, às vezes sem nem aproveitar tanto os recursos de aprendizado do estágio”, conta. Segun-do Lucimara do Nascimen-to, coordenadora de Talen-tos e Estágio do IEL-PR, “o curso de Administração de Empresas tem sido uma das formações bastante procu-radas pelo mercado de tra-balho em função do amplo escopo que esta área acadê-mica propicia para o desen-volvimento de atividades de estágio”.

Com relação aos valores de bolsa-auxílio, de acor-do com o IEL-PR, a média varia de R$ 800 a R$ 1.000 por mês em se tratando de empresas de médio e gran-de porte. Empresas multi-nacionais podem oferecer valor superior e ambas oferecem benefícios como auxílio transporte, refei-ção e assistências. Dados do CIEE sobre médias de bolsa auxílio dos alunos da Universidade Positi-vo que estão em estágio mostram que o curso com maior média é Economia, com R$975,00. Engenharia Mecânica está em segundo lugar, com R$ 890; segui-

do por Ciências Contábeis, com R$ 810. Da área de comunicação, Jornalismo possui a média de R$ 580 e Publicidade e Propaganda, R$ 550.

Saiba mais sobre a Central de Carreiras

A Central de Carreiras fica no bloco amarelo da Universidade Positivo e possui duas vertentes de trabalho: uma ligada à re-gularização de estágios e outra ligada à instrumen-talização do aluno para o mercado de trabalho. Além de ser o setor responsável por avaliar todos os proces-sos de estágio, analisar os contratos e regularizá-los de acordo com a legislação vigente, oferece palestras e auxílio ao aluno, desde a confecção de seu primeiro currículo. “A partir da de-manda de cada aluno, nós buscamos atendê-lo muito

pontualmente dentro daqui-lo que ele precisa”, afirma Dâmaris de Cristo, psicólo-ga, “coach” e responsável pela Central.

Para ter acesso a o que a Central oferece, basta ser ou ter sido aluno. Segun-do a psicóloga, o melhor momento para procurar a Central é quando se está começando, assim é pos-sível conseguir ajuda de maneira mais pontual. A Central possui disponibili-

zação de vagas de estágio em seu site, contando com mais de 10 mil empresas conveniadas. São divulga-das, aproximadamente, mil vagas por mês para todas as áreas. Aquelas que cha-mam muito a atenção são enfatizadas e divulgadas no site, no portal e nas redes sociais. “O primeiro lugar que disponibiliza as vagas é o site, por dia chegamos a divulgar 150 vagas”, conta Dâmaris.

Ao entrar na faculdade, muitos já vão com o intui-to de conseguir um estágio e adquirir experiências. Para quem busca facilida-de, existem hoje diversas instituições que auxiliam o estudante a encontrar um estágio. No Paraná, é pos-sível encontrar o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE); o Instituto Euval-do Lodi (IEL); a Central de Carreiras, desenvolvida pela Universidade Positi-vo, além de outras. Porém, engana-se quem acredita que todas as áreas possuem a mesma quantidade de ofertas de vagas, ou que to-dos os estagiários recebem a mesma quantia salarial, independente do curso.

Em um levantamento feito entre as vagas de es-tágio disponíveis pela Cen-tral de Carreiras, concluiu-se que o curso que mais possui oferta de estágios é Administração, com 42 va-gas. O número é superior a cursos como Farmácia e outros tecnólogos, que con-tam com apenas uma ofer-ta. Engenharia Mecânica é o segundo curso com mais ofertas, com 22 vagas. Já Nutrição e Turismo ficaram entre os cursos com me-nos vagas, com duas e três, respectivamente. De acor-do com o IEL-PR, cursos como Economia, Contabi-lidade, Comércio Exterior ou relacionados à área de

Onde encontrar ajuda?

Instituto Euvaldo Lodi (IEL-PR)Possui programas de estágio, cursos gratuitos e disponibiliza vagas.

http://www.ielpr.org.br/

Centro de Integração Empresa-Escola do Paraná (CIEE-PR)Contribui para o preparo de jovens cidadãos, visando seu ingresso no mundo do trabalho por meio de estágios e da capacitação pessoal e pro-

fissional.http://www.cieepr.org.br/

Central de Carreiras (para alunos da Universidade Positivo)Orienta e desenvolve habilidades dos alunos da Universidade Positivo com o intuito de proporcionar condições para que eles possam planejar e autogerenciar sua carreira profissional. Disponibiliza ofertas de estágios.

http://centraldecarreiras.up.com.br/

Central de Carreiras, bloco amarelo da Universidade Positivo

Camila Tebet