LONA 693 - 11/04/2012

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[email protected] @jornallona lona.up.com.br O único jornal-laboratório DIÁRIO do Brasil Ano XIII - Número 693 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo Curitiba, 11 de abril de 2012 Sistema monitora ônibus e ruas em tempo real na capital Foi inaugurado o Centro de Controle Operacional (CCO) que acompanha em tempo real as ruas de Curitiba e Região Metropoli- tana Pág. 3 Confira sugestões se deve como praticar exercícios físicos Pág. 4 Raphael Sibilla/ RPC TV Aumenta o número de pessoas acima do peso no Brasil, aponta pesquisa do Ministério da Saúde Pág. 3 Ministro do Es- porte, Aldo Rebelo, está otimista sobre o cronograma para a Copa 2014 Pág. 2

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Curitiba, terça-feira, 11 de abril de 2012

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O único jornal-laboratório

DIÁRIOdo Brasil

Ano XIII - Número 693Jornal-Laboratório do Curso de

Jornalismo da Universidade Positivo

Curitiba, 11 de abril de 2012

Sistema monitora ônibus e ruas em tempo real na capitalFoi inaugurado o Centro de ControleOperacional (CCO) que acompanha em tempo real as ruas de Curitiba e Região Metropoli-tana

Pág. 3

Confira sugestões se deve como

praticar exercícios físicos

Pág. 4

Raphael Sibilla/ RPC TV

Aumenta o número de pessoas acima do peso no Brasil,

aponta pesquisa do Ministério da Saúde

Pág. 3

Ministro do Es-porte, Aldo Rebelo, está otimista sobre o cronograma para

a Copa 2014

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Curitiba, terça-feira, 11 de abril de 2012

A empresa holandesa PAL-V anunciou ontem o protóti-po de um carro voador, que pode tanto ser conduzido por terra, quanto pelo ar, capaz de andar a 180 Km por hora, com desenho aerodinâmico de três rodas e autonomia de voo estimada entre 350 e 500 quilômetros. Previsto para serem lançados em 2014, os trinta primeiros modelos co-mercializados estão estimados na bagatela de 15 milhões de euros – verba ainda não captada pelos empreendedores, é bom que se diga.

Símbolo fundamental do capitalismo, o carro é um meio eficiente de entender as relações humanas e o desenvolvi-mento social do século XX. Representativo de status e di-minuidor significantes das distâncias – tanto geográficas, quanto afetivas – o carro é um item capaz de produzir so-nhos e mover as pulsões mais profundas.

O anúncio de um carro voador remete a uma socieda-de futurista, possivelmente ainda mais desigual e ambígua, mas também movida pelo impossível. Presente em alego-rias dos primórdios do cinema – como em Metrópolis, do cineasta austríaco Fritz Lang, um dos maiores represen-tantes do Expressionismo – o carro voador é uma espécie de paradigma industrial: muitos por ele já se aventuraram, ninguém conseguiu realizá-lo. (Em 1926, Henry Ford co-meçou a desenvolver um pitoresco projeto de carro voador, que foi abandonado após um acidente em um dos testes, que terminou com resultado um tanto complicado ao piloto, que morreu na hora.)

Ainda é cedo para especularmos sobre o futuro dos sis-temas de transporte, analisar mais detidamente as questões relativas ao caos urbano das grandes cidades e sobre quem seriam os primeiros beneficiários deste que seria um dos maiores avanços tecnológicos modernos. (A estimativa é que cada modelo custe US$ 500 mil, uma pechincha.)

O mais coerente é refletir sobre o que move o ser huma-no: sua busca pelo retorno figurativo ao seio dos deuses, para, quem sabe, tornar também um deles, soberano de si e do mundo – e de suas leis naturais, belo e bonito como dominar o céu.

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Reitor: José Pio Martins|Vice-Reitor e Pró-Reitor de Admi-nistração: Arno Gnoatto | Pró-Reitora Acadêmica: Marcia Se-bastiani |Coordenação dos Cursos de Comunicação Social: André Tezza Consentino|Coordenadora do Curso de Jorna-lismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira|Professores-orientadores: Ana Paula Mira, Elza Aparecida de Oliveira Filha e Marcelo Lima|Editoras-chefes: Renata Silva Pinto, Suelen Lorianny e Vitória Peluso|Editorial: Daniel Zanella.

O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universida-de Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba - PR. CEP: 81280-30 - Fone: (41) 3317-3044.

Editorial

Gustavo Ribas, aluno do 3 º período do curso de Jornalismo

Metrópolis Na edição do Lona do dia 4 de abril de 2012 temos dois lados anta-gônicos. O primeiro divulga um novo projeto que está sendo implanta-do em 12 penitenciárias pela Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos. Cada penitenciária vai receber uma minibiblioteca para in-centivar a leitura dos presidiários e possibilitar um contato maior com a literatura, além de uma intenção de ressocialização por trás do projeto.

O outro lado exposto pelo jornal-laboratório traz uma contradição in-teressante de avaliar. O título da matéria já resume a preocupação: “Pes-quisa divulga que jovens estão lendo menos”. A matéria aponta alguns dados resultados de uma pesquisa feita com mais de 5 mil crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos.

A leitura tem um papel importante na formação de crianças, adoles-centes e adultos, independente de como estejam conduzindo a vida par-ticular. Criatividade, imaginação, interpretação e senso crítico são de-senvolvidos através da literatura e é essencial a preocupação de como incentivar a abertura de um livro ao invés de ligar a televisão. O exem-plo da preocupação do governo com as penitenciárias é importante para desenvolver um cidadão mais responsável e com acesso a temas que podem estar distantes da realidade daquele indivíduo. Mas e as crianças e adolescentes? Existe alguma ação específica para esse público? Quem é responsável por esse incentivo: pais ou governo?

Acredito que cabe aqui uma reflexão diante destes dois cenários apre-sentados e, principalmente, o olhar íntimo para perceber se estamos fa-zendo algo para mudar essa realidade.

Expediente

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado rea-lizou ontem uma audiência pública com o Ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PC do B). Porém, podemos chamar também de stand-up pú-blico, pois o ministro manifestou otimismo quanto ao cronograma dos preparativos para o Mundial e assegurou que o torneio terá legados econômicos e sociais e, mais uma vez, amenizou as divergências entre o governo e a FIFA.

O Sr. ministro desconsiderou os atrasos na construção dos estádios e a infraestrutura dos aeroportos como um problema. Para ele, os ae-roportos têm capacidade para receber os turistas que vão vir ao Brasil durante a Copa.

Você que está lendo pode estar pensando: é piada, né? Pois então não é um texto de stand-up. Ele acredita mesmo que nossa estrutura aérea, que não suporta um feriado prolongado, pode receber milhões de turistas circulando pelo Brasil durante o torneio. “Se há problema, não é a capacidade de decolar ou pousar avião”, afirmou o ministro Aldo Rebelo durante o stand-up (audiência), ou seja, pousando e decolando tá tudo bem, o povo na fila e enfrentando os atrasos não tem problema.

Nosso ministro deve estar sofrendo com algum problema de per-cepção. Será que ela não anda pelos aeroportos do nosso país? Ah! e os estádios não precisam ficar prontos, caso o Maracanã não possa receber a Copa podemos colocar um jogo na várzea. Afinal de contas, qual a importância de um estádio numa Copa do Mundo? É, Sr. Aldo Rebelo, daqui a pouco vai ser convidado para o “Zorra Total” da Globo, pois a zorra total do governo o senhor já participa.

O stand-up do ministroDanilo Georgete

Opinião

Carta do Leitor

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Curitiba, terça-feira, 11 de abril de 2012 3

Na manhã de ontem, foi inaugurado o Centro de Controle Operacional

(CCO), projeto idealiza-do pela Urbanização de Curitiba (URBS).

A central que funcio-

nará na URBS reúne técnicos, fiscais, agentes e operadores do transporte cole-tivo e do trânsi-to.

Os funcio-nários do CCO irão acompanhar em tempo real o que acontece nos ônibus e nas ruas, além de possuir comuni-cação on-line di-reta com os mo-

toristas de ônibus, para poder informá-los sobre acidentes, congestiona-mento e outras orienta-

Centro Operacional que monitorará trânsito na capital é inaugurado

Pesquisa aponta crescimento da população obesa no país

Pesquisa divulgada on-tem pelo Ministério da Saúde aponta que o excesso de peso e a obesidade au-mentaram no país durante o período de 2006 até 2011.

O estudo realizado pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por In-quérito Telefônico (Vigitel) mostra que o percentual de pessoas acima do peso no Brasil amentou.

Enquanto em 2006 o ín-dice era de 42,7% em 2011 cresceu para 48,5%. A obe-sidade também aumentou.

Os obesos, em 2006, eram apenas 11,4% da população. Já em 2011 o porcentual subiu para 15,8%.

Aumento da obesidade e do excesso de peso atinge tanto os homens quanto as mulheres.

Em 2006, 47,2% dos homens e 38,5% das mul-heres brasileiras estavam nesse quadro. Em 2011, os números passaram para 52,6% para os homens e 44,7% para as mulheres.

Os dados do Ministério indicam que a idade está ligada aos fatores que exce-dem o peso dos brasileiros, especialmente as mulheres.

Quanto maior a faixa etária, maior a proporção das brasileiras excedendo o

limite de peso. Entre 18 e 24 anos,

25,4% das mulheres esta acima do peso.

Entre 25 e 34 anos, os números aumentam para 39,9% das mulheres, e de 45 a 54 anos, o índice chega a 55,9%.

Segundo a nutricioni-sta Marina de Méllo, a cada década de vida, o metabo-lismo do corpo humano fica mais lento. Com isso, o en-velhecimento vira um fator importante no excesso de peso dos brasileiros.

Entre 18 e 24 anos, os homens estão mais acima do peso do que as mulheres. O índice aponta que 29,4% dos homens nessa faixa etária estão acima do peso.

“Na maioria, os ho-mens desenvolvem mais massa muscular, por isso, o homem fica mais pesado do que as mulheres”, afirma Marina.

Pessoas acima do peso têm mais chances de sofrer com doenças cardiovascu-lares e isquêmicas (infarto, trombose, embolia, arterio-scleorose).

No ano passado, o gov-erno lançou o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doen-ças Crônicas não Transmis-síveis. O objetivo foi com-bater o aumento do índice de pessoas adultas com ex-cesso de peso no país. As-sim, o governo tem investi-do em promoção de hábitos

saudáveis.Para a nutricionista Ma-

rina de Méllo, o estresse e o consumo de alimentos industrializados causam o excesso de peso nos brasileiros.

Para diminuir esse ín-dice, “é necessária uma re-educação alimentar e mudar os hábitos”. Sempre utili-zar nas refeições alimentos orgânicos, que são as frutas e hortaliças, alimentos fun-cionais e antioxidantes.

Na pesquisa do Ministé-rio da Saúde foram entrev-istados 54 mil adultos de todas as capitais brasileiras incluindo o Distrito Fed-eral. O objetivo do governo é acompanhar os hábitos da população brasileira.

Levantamento realizado pelo Ministério da Saúde indica que aumentou o número de pes-soas acima do peso no Brasil dos anos de 2006 a 2011

ções.O CCO contará com 21

operadores que controla-rão câmeras e painéis ele-trônicos em tempo real.

As instalações fazem parte do Sistema Integra-do de Mobilidade (SIM).

Foi instalado também no centro da cidade um te-lão de 7,20 m por 1,80m, formado por 21 telas de LCD de 46 polegadas.

Segundo a URBS, o grande diferencial desse centro, que existe tam-bém em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e outros estados, é o fato de que tudo é controlado de apenas um local.

Os problemas são diagnosticados com mui-to mais rapidez para pos-síveis intervenções. Será possível também fechar ou abrir semáfaros de acordo com o tráfego.

Painéis serão instala-dos nas ruas para orien-tação dos motoristas. Nas estações-tubos e terminas haverá painéis informan-do horários dos ônibus e quanto tempo levarão para chegar ao local. Te-rão acesso a essa tecno-logia todas as linhas da Rede Integrada de Trans-porte (RIT) que atende toda Curitiba e parte da Região Metropolitana.

Guilherme Dias

Raphael Sibilla/ RPC TV

Carlos Alberto Dos Santos Junior

Vinte e um operadores vão transmitir orientação em tempo real

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Curitiba, terça-feira, 11 de abril de 2012 4 Comportamento

O caminho mais saudável para o bem-estar

Rafael GiublinSophia ChuekeVitoria Peluso

Quando se fala em prati-car exercícios físicos, a pre-guiça logo dá as caras para muitas pessoas. Geralmen-te, um meio utilizado para atingir a boa forma, a ativi-dade correta pode, além de esculpir o corpo, melhorar a qualidade de vida e promo-ver saúde física e mental. Mas deve-se tomar cuidado para não cair no grupo dos “atletas de fim de semana”, que podem correr riscos pela prática desregrada.

Atividades regulares in-terferem em vários fatores do ser humano e até mesmo no comportamento. Segun-do a psicóloga Luz Ma-ria Romero, isso acontece porque, ao fazer exercício, o cérebro libera endorfina, um hormônio que causa a sensação de prazer, de bem-estar. “Malhar é como co-mer um chocolate: faz bem, causa felicidade”, explica Romero.

Para o estudante de 20 anos Humberto Keitel, es-portes e atividades físicas colaboram na preservação de sua autoconfiança, além

de influenciar, positivamen-te, seus hábitos e seu com-portamento. “Graças aos exercícios não tenho vonta-de de comer bobagens nem consumir bebidas alcoóli-cas”, conta Keitel.

Luz Maria alega que co-meçar a exercitar-se abre

portas para a busca de qua-lidade de vida, muda sua alimentação e até mesmo relações sociais. A psicólo-ga afirma que as academias ao ar livre, além de serem locais para a prática de ati-vidades físicas, também são lugares para a socialização. “As pessoas que frequentam

essas academias, além de se exercitarem, conhecem pes-soas novas e fazem novas amizades, o que também é uma prática saudável”, exemplifica Romero.

De acordo com Paulo André de Godoy, há uma frequência recomendada

para a prática de exercícios, pois se exercitar apenas nos fins de semana pode causar riscos à saúde: “Para com-pensar o sedentarismo da semana, os ‘atletas’ de fim de semana acabam exage-rando nos exercícios, o que pode acarretar em lesões e até problemas cardiovascu-

lares”, alerta o instrutor. Por outro lado, se prati-

cado com disciplina, pode trazer bons resultados à saú-de. Humberto Keitel expli-ca que sofre de rinite, e os exercícios trouxeram bons resultados a sua respiração.

A secretária Adriane Mo-

reira, 33 anos, relata que, com a correria do cotidia-no, é bem difícil manter os exercícios em dia. “Meu dia é supercorrido: tenho que levantar cedo, levar os filhos na escola e depois ir trabalhar. Quando tenho tempo faço caminhada”, diz Adriane.

O professor de educa-ção física informa que para quem está começando a pra-ticar atividades físicas não é recomendado exercitar-se por muito mais de uma hora. “É claro que deve ha-ver bom senso, exercitar-se 15 min pode não ser muito

A prática de exercícios físicos regularmente faz bem para o corpo e a mente, mas deve ser sempre supervisionada por profissionais para evitar maiores problemas, dizem estudiosos

-Pratique atividades físicas regularmente, de 3 a 5 vezes por semana; -Faça alongamento de pelo menos 5 minutos antes de exercitar-se; -Organize seus horários para ter tempo de exercitar-se; -Procure sempre orientação médica; -Mantenha uma alimentação balanceada.

eficaz, mas também fazer exercícios por três horas se-guidas sem pausa é desne-cessário”, explica Godoy.

Já Keitel afirma que con-segue organizar seus horá-rios para que possa cumprir com suas responsabilidades e ter tempo para se exerci-tar. Ele faz atividades físicas como musculação e corrida no parque, pelo menos uma vez ao dia, e ainda costuma jogar tênis.

É preciso lembrar que antes e depois da prática de qualquer atividade física é indispensável alongar-se. “O corpo precisa de tempo para ‘pegar no tranco’, e também existe um limite de energia, que quando esgo-tada torna o exercício inefi-caz”, alerta Paulo André.

Realizar exercícios sem orientações médicas pode causar sérios danos à saúde e ao bem-estar. “Os riscos vêm desde lesões muscu-lares e nas articulações até problemas na circulação sanguínea, derrames e in-fartos”, alerta o professor de educação física.

Humberto se preveniu e buscou o acompanhamento de um nutricionista. “Ele definiu meu treino, minha dieta e receitou suplemen-tos alimentares”, conta Humberto.

Após tomar todos os cui-dados necessários ao fazer atividades físicas é possível desfrutar dos benefícios, amenizar as tensões do dia a dia e viver com menos es-tresse.

Fábio Muniz