Lubgrax - Ed. 06

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Lubrificantes minerais x sintéticos Em vantagem, sintéticos crescem no Brasil Lubrificantes secos Aplicação ainda é “calcanhar de Aquiles” Testado e aprovado

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Lubrificantes Minerais x Sintéticos - Em vantagem, sintéticos crescem no Brasil / Lubrificantes Secos - Aplicação ainda é "calcanhar de Aquiles" / Lubgrax Meeting - Testado e aprovado.

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CAPA

Lubrifi cantes minerais x sintéticosEm vantagem, sintéticos crescem no Brasil

Lubrifi cantes secos Aplicação ainda é “calcanhar de Aquiles”

Testado e aprovado

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2ª CAPA

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Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2010 • 3

EDITORIALEXPEDIENTE

REVISTA LUBGRAX Ano II Nº 6 – Setembro/Outubro 2010

Capa: Foto: Iara Morselli

Produção: Maristela Rizzo

DiretorSérgio Ávila

Editoras responsáveis Maristela Rizzo – MTB 25.781

[email protected]

Miriam Mazzi – MTB [email protected]

Edição de arte e Editoração Alex S. Andrade

[email protected]

Editora de fotografi aIara Morselli

[email protected]

Marketing e eventos Sérgio Rodrigues

[email protected]

Gerente comercialFernando Mila

[email protected]

Circulação e assinaturasSalete Rodrigues

[email protected]

Pré-impressão e Impressão Neoband Soluções Gráfi cas

Lubgrax é uma publicação da Sergio Avila Editora e Eventos, dirigida

a profi ssionais e executivos de toda a cadeia produtiva de lubrifi cantes, óleos, fl uidos e

graxas, associações, entidades, universidades entre outros.

Circulação: Nacional Tiragem: 5 mil exemplares

Rua da Consolação, 359 – conjunto 1401301-000 – São Paulo, SP, Brasil

Tel (11) 3151-5140 [email protected]

[email protected] ou ligue (11) 3151-5140

Assinatura anual R$ 95,00Preço por exemplar: R$ 19,00

Subscription other countries US$ 150.00 Air mail: US$ 200.00

LAPIDADO POR QUEM ENTENDE

Dizem que alcançar o sucesso é como escalar incontáveis degraus, que se diferenciam uns dos outros pela altura, mas que, com mais ou menos sacrifício, conduzem o obsti-nado a uma via de acesso coberta de louros. E assim é de fato. Ou melhor, podemos afi rmar que esta pequena introdução, com muita propriedade, resume a trajetória da Sérgio Ávila Editora rumo à edifi cação da primeira versão do Lubgrax Meeting,

evento realizado em São Paulo, no mês passado, que sagrou-se, sem nenhuma falsa modéstia, um acontecimento de rara aceitação no mercado de lubrifi cantes, óleos, fl uidos e graxas.

Parece-nos dispensável qualifi car a altura dos degraus que tivemos de vencer, ou mesmo a quantidade de obstáculos que se materializaram à nossa frente, mas, até para nossa própria motivação, fi que aqui registrado que o Lubgrax Meeting se revelou uma escadaria bem íngreme, mas fonte de descobertas surpreendentes e gratifi cantes.

Para nosso orgulho, este fi lho que mal nasceu já deu cria: se desdobrará, no próximo ano, em dois outros eventos: Lubgrax Meeting – Automotivo e Naval (a ser realizado nos dias 29 e 30 de março) e Lubgrax Meeting – Industrial e Metalworking (16 e 17 de agosto). Esta metamorfose, na verdade, pouco tem a ver com as crenças da Sérgio Ávila Editora, mas enfatiza a convicção de formadores de opinião do mercado, que, por meio de avaliações realizadas ao fi nal do primeiro Lubgrax Meeting, sugeriram a cisão, que espelha a realidade do setor, claramente dividido – incluindo toda a cadeia produtiva – em atuação automotiva e industrial.

Mais que nos regozijar pelos cumprimentos e por quase 100% de manifestações favoráveis ao próximo evento – veja reportagem “Testado e aprovado” nesta edição –, sentimos que estamos trilhando o rumo mais apropriado, lapidado por quem entende, para atingir o cume do setor, onde repousam as informações de qualidade e lugar para o qual convergem todas as grandes ideias.

Afi nal, o que seria das conquistas sem as árduas escaladas, sem os obstáculos improváveis e sem a persistência de seus abnegados?

Aproveitamos para agradecer a todos que, de uma forma ou outra, auxiliaram na construção da marca Lubgrax Meeting e de seu sucesso.

Boa leitura! Equipe Sérgio Ávila Editora

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SUMÁRIO

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30

34

Editorial 3

Cartas 6

Entrevista – Puritec 8

Lubrificantes sintéticos x minerais 14

Distribuição – Lupus 28

Lubrificantes secos 30

Lubgrax Meeting 34

Perfil do Fabricante – Plastifluor 44

Ácidos graxos de sebo e soja 48

Produtos & Serviços 52

Guia Lubgrax 57

Editorialista Convidada 58

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Revista Lubrificantes • setembro/outubro 2010 • 5

RELAÇÃO DE ANUNCIANTES

EMPRESA PÁGINA

Lumobras ....................................................................................................................................................2ª capa

Neoband ............................................................................................................................................... página 7

Agecom ................................................................................................................................................. página 13

D’Altomare .....................................................................................................................................página 17 e 57

Lwart ..................................................................................................................................................... página 19

Metachem .............................................................................................................................................. página 21

Puritec ................................................................................................................................................... página 23

Cabot .............................................................................................................................................página 25 e 57

Arinos .............................................................................................................................................página 27 e 57

Miracema-Nuodex ................................................................................................................................ página 33

Lubgrax Meeting Automotivo-Naval....................................................................................................... página 43

Resitec/Miracema .................................................................................................................................. página 47

Arch Química do Brasil ........................................................................................................................... página 57

AFS Tratamento de Superfície ................................................................................................................. página 57

quantiQ ................................................................................................................................................. página 57

Troy Brasil ............................................................................................................................................. página 57

Bandeirante Brazmo .......................................................................................................................página 53 e 57

Aboissa ......................................................................................................................................................3ª capa

Münzing .....................................................................................................................................................4ª capa

a u t o m o t i v oe n a v a l

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6 • Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2010

CARTAS

Indicadores de MercadoProduto Comprador (R$) Vendedor (R$) Posto ICMS Pagamento

Biodiesel 1.950,00/m³ 2.050,00/m³ CIF – SP --- à vista

Óleo de Algodão Bruto 1.360,00/ton 1.400,00/ton FOB – MT 12% 30 dias

Óleo de Canola Bruto 2.500,00/ton 2.550,00/ton CIF – SP 12% 30 dias

Óleo de Girassol Bruto 2.400,00/ton 2.450,00/ton CIF – SP 12% 30 dias

Óleo de Soja Bruto Degomado 2.020,00/ton 2.030,00/ton CIF – SP 12% 30 dias

Óleo Recuperado 1.300,00/ton 1.350,00/ton CIF – SP Diferido 30 dias

Sebo 1.550,00/ton 1.650,00/ton CIF – SP 12% 30 dias

Glicerina Loira - 80% mínimo 200,00/ton 220,00/ton CIF – SP 12% 30 dias

Metanol - 99,90% 1.100,00/m³ 1.200,00/m³ CIF - SP 18% 35 dias

Mercosul

Produto Comprador (USD) Vendedor (USD) Posto Matéria-Prima

Biodiesel 880,00/m³ 890,00m³ FOB – Argentina Soja

Fonte: Aboissa

À sua espera Somos partidários do senso comum que críticas – construtivas – não só são positivas, mas, principalmente, ajudam a corrigir rotas e estabelecer novas. Por isso, este “cantinho”, que também é dedicado a cumprimentos e sugestões, é reservado a você, leitor. Aproveite-o e nos ajude a enriquecer o conteúdo de nossas páginas. Informamos que, em função de espaço, a redação se reserva o direito de resumir cartas extensas. Desde já, agradecemos sua pitada particular de tempero no nosso cardápio de informações. Os e-mails podem ser enviados para [email protected] e as cartas para Rua da Consolação, 359 – conjunto 14 – CEP 01301-000 – São Paulo/SP, ou ainda para o fax: (11) 31515140.

Ferramenta indispensável

Acabo de receber a revista. Obrigado pela atenção. Com certeza vou sempre prestigiá-lo por criar este canal de comunicação para o mercado lubrificante. E, não se pode esquecer, os lubrificantes são uma ferramenta indispensável para o mundo metal-mecânico.

José Luciano Santos, gerente de pesquisa e desenvolvimento de produtos para metalworkingQuaker Chemical

Conteúdo confiável e atualizado

Recebi as três últimas edições da revista Lubgrax e gostaria de muito agradecer pelo envio. Oportunamente, gostaria de ratificar que tenho total interesse e utilizada em continuar recebendo as próximas edições. Temos reuniões mensais com os responsáveis por manutenção/lubrificação e, neste momento, dedicaremos um tempo para tratar assuntos abordados na revista.O conteúdo da revista é muito confiável, atualizado, de fácil leitura e bem organizado.

Renato Guimarães, Suprimentos, Gases e CombustíveisGerdau

Lubgrax Meeting

Parabéns pelo evento. Enviamos um profissional que fez todos os elogios à organização. Grande abraço, rumo ao próximo Lubgrax Meeting.

Antonio ForneretoGrupo M. Cassab

Parabéns pela idealização e realização do 1º Lubgrax Meeting. Foi um sucesso!

Anilton Flávio RibeiroArinos Química

Parabéns a todos da equipe pela organização e ótimo nível das palestras. Ainda houve uma grande oportunidade de contatos em segmentos carentes de conhecimentos e trocas de informações técnicas.Infelizmente não houve tempo para maiores discussões sobre o retorno das embalagens usadas aos fornecedores, que será sem dúvida um grande problema a ser definido.

José Roberto SignoriniConsultor

Gostaria de agradecer pela oportunidade de palestrar sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos no Lubgrax Meeting e, principalmente, parabenizar a Lubgrax pela iniciativa!!!Palestrei sobre o tema na USP e parece que o mesmo atingirá a atenção realmente de todos nós, sejamos consumidores ou pessoas jurídicas do meio produtivo.

Greice Patrícia FullerGabriel Advogados Associados

ANÚNCIONEOBAND

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ANÚNCIONEOBAND

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8 • Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2010

EntrEvista

Por Maristela Rizzo

EmbalagEns socialmEntE agradávEis

durante o Lubgrax Meeting, uma das palestras que mais chamou a aten-ção do público foi a ministrada pela advogada, especialista em direito ambiental, Greice Patricia Fuller, da

Gabriel Advogados, que alertou os empresários sobre a entrada em vigor da Lei de Resíduos Só-lidos que, entre vários itens , dita sobre a respon-sabilidade de cada empresa no que diz respeito ao descarte das embalagens de seus produtos até a sua utilização junto ao consumidor final.

Logicamente o assunto gerou grande re-

percussão entre os visitantes, que se mostraram preocupados sobre qual andamento e quanto de investimento seria necessário para a recupe-ração das embalagens de lubrificantes, processo que, atual mente, demanda altas somas. Mas, da mesma forma que sempre existe uma luz no final do túnel, entramos em contato com o projeto inu-sitado da Puritec, uma empresa que nasceu do cuidado com o meio ambiente e, como poucas, sabe transformar o que seria considerado apenas um lixo incômodo em moeda de troca e venda e, o melhor, de forma totalmente orgânica.

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EntrEvista

Lubgrax: o projeto que vocês desenvolve-ram se baseia em que tipo de tecnologia?Nascimento: Trata-se de uma tecnologia de

produtos totalmente orgânicos à base de óleos essenciais e que podem ser aplica-dos em diferentes condições, seja para la-var, eliminar odores, fazer o desengraxe de uma peça plástica, de uma contaminação de solo, ou ainda de uma peça de uma metalúrgica ou peças de estampagem. Ou seja, apesar do núcleo ser o mesmo, nós conseguimos aplicar essa tecnologia em diferentes áreas que requeiram o tratamen-to ambiental, quer seja do ar, solo, ou até mesmo da água.

Lubgrax: E como surgiu essa tecnologia?Castro: A parte química nasceu na UFC -

Universidade Federal do Ceará, com o Dr. Raul Correia, que acertou o fracionamento das estruturas das moléculas dos Isoprenos e criou um processo chamado Modificação do Isopreno. As estruturas desenvolvidas pelo Raul foram vendidas para uma em-presa que me fornece as moléculas com as quais eu formulo. Assim, nos últimos 15 anos surgiram mais de 160 fórmulas para diversas aplicações. Isso permitiu que a Puri-tec passasse a atingir desde o setor agrope-cuário até as áreas hospitalares, passando por metalúrgica, alimentos, entre outros.Atingimos os mercados que hoje precisam de renovação. No caso de contaminação de solo, por exemplo, conseguimos lavar total-

mente uma terra contamina-da; a partir da água de reuso, que ainda apresenta resíduos contaminantes ou odores, po-demos deixá-la em um grau de reuso perfeito; além disso conseguimos tratar totalmente o ar, seja ele oriundo de uma galvânica, aterro sanitário ou, simplesmente, de um res-taurante que quer apenas tirar o cheiro da gordura.

Lubgrax: Foi assim que sur-giu então a Puritec?Castro: A empresa começou

comigo há 15 anos, depois conheci o Carlos Augusto Mammana, que é o nosso diretor técnico de desenvolvi-mento, que nos permitiu as-sociar a química orgânica à mecânica personalizada. Foi quando a gente começou a entender que o mercado tinha ou só uma so-lução química, ou só mecânica. Um falhava em um pedaço e o outro em outra. Quando a gente conseguiu unir as duas ciências pu-demos ter respostas precisas, ou seja, me-canicamente funcionando, levando o circuito que você precisa resolver e quimicamente tendo as reações que precisam ser obtidas.

Lubgrax: E como vocês chegaram à ideali-zação do processo de reutilização das emba-lagens de lubrificantes?Castro: Nós temos um lado muito focado na

sustentabilidade e no social. E, dessa for-ma, percebemos que, geralmente, o posto de gasolina faz a troca de óleo e descarta as embalagens ou por simples catadores, ou por empresas especialidades. Só que essas embalagens não podem ser utiliza-das para praticamente nada, apenas em situações extremamente brutas que não pos-sibilitem qualquer tipo de contato humano

Idealizado a partir da criação e formulação de ativos orgânicos de limpeza, o projeto da Puri-tec tem como bases principais o meio ambiente e as questões sociais, os dois principais pilares da sustentabilidade.

Para falar um pouco mais desse projeto audacio-so, entrevistamos os diretores da empresa, Maurício de Castro e Flávio Nascimento, ambos engenheiros químicos de formação, que levam a questão da emissão de poluentes não só como profissão, mas também como o mais puro princípio.

Nascimento:

“Nossa ideia é criar centros de

coletas com a aju-da dos fabricantes,

ou com o apoio de cada municí-pio, de forma a desenvolvermos

cooperativas para o recolhimento e

tratamento das em-

balagens.”RL0609 - Entrevista_06.indd 9 20/10/2010 00:33:28

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EntrEvista

devido aos hidrocarbo-netos gerados. Aconte-ce que, com a nova Lei de Resíduos Sólidos, to-das as empresas vão ter que reciclar, incluindo a área de lubrificantes. E é nesse ponto que en-tra a nossa tecnologia, pois podemos pegar esse plástico, picar e lavar com nossas formu-lações. Os polióis são geralmente atacados pe-los hidrocarbonetos, que penetram na camada do plástico e dão toxicida-de a ele. Os orgânicos têm uma ação muito pro-funda nos polióis, conse-guindo invadir e atingir a camada do plástico, arrancando toda ela e deixando o plástico in natura. Ou seja, ele fica em um estado que per-

mite que seja reaproveitado em qualquer situação ou nicho de mercado. Nossa ideia é criar centros de coletas com a ajuda dos fabricantes, ou com o apoio de cada município, de forma a desenvolver-mos cooperativas para o recolhimento e tra-tamento das embalagens, montar pallets e revender o plástico. E tudo isso sem ocorrer nenhum tipo de contaminação do solo, ar ou água, devido ao fato de utilizarmos ape-nas substâncias orgânicas, não utilizarmos água excessiva para limpar, desengraxar e não causarmos emissões de hidrocarboneto na atmosfera.

Lubgrax: mas, já não existem sistemas de lavagem para essas embalagens?Nascimento: Sim, hoje já existem empresas

que fazem a descontaminação das emba-lagens, só que elas utilizam solventes de-

rivados de petróleo. Trabalho que exige processos mais complexos e perigosos do ponto de vista que você está manuseando produtos extremamente inflamáveis, o que faz com que o custo de investimento de uma instalação de recuperação fique alto e inviável para toda a cadeia. Enquanto que com uma solução essencialmente à base de óleos essenciais e água, que é completamente biodegradável e de toxi-cidade muito baixa, conseguimos resolver um problema que até hoje demandava apenas produtos agressivos ao ambiente e ao ser humano.

Lubgrax: nesse caso, a solução que vo-cês oferecem é mais vantajosa em termos de custos?Nascimento: Difícil apresentar um diferen-

cial com exatidão, pois trabalhos como esses dependem de cada empresa e suas necessidades, mas posso garantir que as soluções encontradas hoje são na ordem de milhões, enquanto que nossa tecnologia chega a centenas de milhar. Ou seja, dez vezes mais barata do que as tradicionais, além de oferecermos uma solução inteligen-te e ecologicamente correta, ou seja, que não gera impacto ambiental.

Lubgrax: com o projeto idealizado, qual o passo que vocês pretendem dar para criar essa cooperativa?Castro: Sinceramente, nós gostaríamos que

uma das grandes empresas do mercado nos abrisse a porta para podermos mos-trar todo o nosso projeto. Esse seria o fa-tor primordial para que as empresas que mandam nesse mercado realmente possam entender todo nosso conceito e direcionar todo o trabalho. Pois uma das grandes vantagens é que o custo principal das empresas patrocina-doras do projeto será o de transportar as embalagens para os centros de tratamen-to, enquanto a lucratividade será obtida

Castro:

“Hoje já exis-tem empresas que fazem a descon-taminação das embalagens, só que elas utilizam solventes deriva-dos de petróleo. Trabalho que exige processos mais complexos e

perigosos.”RL0609 - Entrevista_06.indd 10 20/10/2010 00:33:36

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com a revenda do material obtido com as embalagens dele, embora parte será destinada às instituições sociais o que também garantirá ganho de imagem para a companhia.Além disso, lembramos que normalmente es-sas embalagens vêm com resíduos de óleo que, na hora que eu lavo, se transforma em óleo limpo, pois o pouquinho de óleo que vem conseguimos recuperar. Se eu tirar 10 ml por embalagem e conseguir obter cerca de um milhão de embalagens eu consigo cerca de 10 mil ml de óleo. Volume que normalmente acaba indo para os aterros, mas que eu posso devolver para o cliente ou vender para uma empresa de rerrefino. O que contribuirá para os aterros também, pois em uma análise de aterro sanitário os maiores índices sobre os lençóis freáticos são de hidrocarboneto, gerados pelas em-balagens de lubrificantes.

Lubgrax: até que ponto a lei de resíduos sólidos pode favorecer a aprovação desse projeto?Castro: No caso da recuperação de emba-

lagens o grande benefício das distribuido-ras é que elas acessam um processo muito importante e criam uma imagem antes de serem pressionadas. Pois o problema é que uma grande parte só trabalha sob pressão. Agora, se já existe uma solução bem defi-nida, por que a empresa vai deixar chegar a um momento crítico, que vai gerar polê-mica, sendo que tem à disposição uma so-lução certa e viável, que, ao mesmo tempo que traz uma imagem positiva da empre-sa, contribuirá com a sociedade em geral. Hoje a reciclagem é uma indústria, tanto que muitas famílias vivem disso. O volume de embalagens de óleos lubrificantes é imenso, sendo que 90% ou mais vão para o aterro. Com nosso projeto, que incorre em pouco investimento, a empresa faz uma grande ação de cunho sócio-ambiental e ainda pode obter vantagens em prol do

crescimento da empresa. Um exemplo é que ele po-derá dizer que a empresa recicla 100% de suas em-balagens e ainda contribui com a sociedade e com o ambiente.

Nascimento: O cuidado ambiental começa a ter pressão do poder público que, por sua vez, recebe pressão da sociedade. Hoje, já vemos uma gera-ção nova de técnicos que vem com outra cabeça, com uma preocupação ambiental real e o em-presário passa a se sentir pressionado para encon-trar soluções. Agora, do lado governa-mental, acredito que o que está faltando agora é a criação de linhas de financiamentos dife-renciadas para compra de equipamentos de controle ambiental. Apesar de termos linhas de financiamento como o Finame, estas são restritas a compra de maquiná-rios produtivos, com a finalidade de auxi-liar as empresas que querem aumentar ou modernizar a produção e gerar aumento de faturamento. Já, no caso de controle ambiental, o empresário não terá nenhum lucro objetivo de curto prazo. Lógico que os benefícios são altos, como melhora da imagem da empresa, recuperação de um resíduo que pode gerar algum retorno econômico, mas é diferente. Por isso que o financiamento de uma máquina direcio-nada ao controle ambiental tem que ser diferente do que uma ajuda de compra de um equipamento produtivo. Em nossa opi-nião o governo tem que começar a ajudar os empresários a se adequarem às leis, levando o País, a sociedade e a indústria ao caminho certo.

Nascimento: “Pode-mos pegar esse plásti-co, picar e lavar com nossas formulações... E tudo isso sem ocor-

rer nenhum tipo de contaminação do

solo, ar ou água, devi-do ao fato de utilizar-mos apenas substân-

cias orgânicas.”RL0609 - Entrevista_06.indd 11 20/10/2010 00:33:43

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EntrEvista

Lubgrax: Hoje vemos que a sustentabilidade é um as-sunto relativamente novo dentro do mercado e obser-vamos que o setor de lubri-ficantes ainda não está ple-namente conectado a esse assunto. vocês visualizam esse obstáculo no convenci-mento do mercado quanto a essa nova postura?Castro: Nós formamos uma empresa que está acostuma-da a desafios e a driblar es-ses obstáculos. O fato de nós já termos uma solução real, prática e eficiente melhora o diálogo. Fica sempre a ques-tão do empresário que fica pensando que não tem esse problema ainda, que não foi intimado, o órgão responsá-vel não foi atrás etc. Mas, ao mesmo tempo, temos vis-to que o Brasil tem mudado e está passando por uma

revolução ambiental. Tanto que nos últimos 12 anos eu não via pressão das entidades governamentais, mas de três anos para cá já vemos que a pressão cresceu muito, atra-vés de órgãos como a Cetesb, o Ibama e o Conama.

Nascimento: Quando entrou a prática do rerre-fino há alguns anos a reação foi a mesma que você encontra hoje quando se fala em recicla-gem de resíduos sólidos. E hoje você vê que funciona muito bem e é um caso de sucesso. A gente encara que essa lei de resíduos sólidos vai caminhar para esse movimento.

Lubgrax: Hoje, no mercado de lubrificantes, vemos empresas de diversos portes. no seu ponto de vista uma empresa de pequeno por-te poderia investir em um processo desse de reaproveitamento da embalagem?Nascimento: No ponto de vista de investi-

mento em nosso sistema de descontamina-ção eu diria que é possível sim, pois se trata de um investimento passível para qualquer empresa. Eu diria que a dificuldade maior seria na questão de logística de recolhimen-to da embalagem. Talvez ela tivesse que fazer parcerias com outras empresas para garantir este recolhimento.

Castro: É até mesmo por isso que pensamos muito em ter células de recolhimento. Pois muitas vezes esse pequeno empresário uti-liza uma transportadora que não é dele e não consegue fazer a logística reversa, dife-rente das grandes que possuem geralmente seus próprios veículos com acordo de vai e leva. Assim, infelizmente esse pequeno vai acabar sendo punido. Para que isso não aconteça, ele deve saber qual é a região que ele atende e se tiver uma célula posicio-nada nesta área os próprios catadores vão convergir as embalagens para lá. Tenho certeza que quando as empresas per-ceberem a lucratividade que essa recupera-ção pode gerar, vai ter muita gente disposta a fazer esse transporte, da mesma forma que ocorreu com as latas de alumínio.

Lubgrax: além da recuperação de embala-gens, essa tecnologia desenvolvida pela Puri-tec pode ser empregada em outras áreas das empresas?Nascimento: Sim, esta tecnologia de ativos

orgânicos tem outras aplicações muito in-teressantes para o setor de lubrificantes e de recuperação de óleos. Todos os proces-sos gerados por estas empresas provocam odores e nós temos uma tecnologia muito eficaz para a questão das emissões atmos-féricas e eliminação de odores que pode ser usada. Hoje, na parte de água e solo, muitas empresas já têm soluções implan-tadas, mas não na parte atmosférica. Na parte de ar muitas das soluções disponíveis são caras e inviáveis, enquanto que nossa empresa oferece uma solução de imple-mentação bem em conta.

Castro:

“Do lado gover-namental, acredito que o que está faltando agora é a criação de linhas de financiamentos diferenciadas para compra de equipa-mentos de controle

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Lubrificantes minerais x sintéticos

Perfomance suPera custoApesar de os lubrificantes de base mineral ainda estarem distantes de sua curva de declínio no mercado brasileiro – fato em parte explicado pela idade média da frota brasileira, em torno de dez anos, e também por seu custo inferior –, são os de base sintética que aceleram, gradativa e consistentemente, em direção à preferência das montadoras e dos consumidores. Fácil de entender: suas características químicas e físicas superam, de longe, às dos concorrentes minerais, resultando numa relação custo/benefício bem mais interessante para o usuário.

Por Miriam Mazzi

convivendo num ambiente agressivamente competitivo, o segmento de lubrificantes sintéticos, semissintéticos e minerais vai apostando suas

fichas no incremento da produção e vendas de automóveis zero quilômetro no Brasil, aonde vem quebrando recor-des sucessivos. No ano passado, por exemplo, conforme dados da Anfavea

– Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, foram 3,14 milhões de unidades produzidas, volume que superou todos os períodos anterio-res. Em 2010, ainda de acordo com

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Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2010 • 15

Lubrificantes minerais x sintéticos

a associação, já se atingiu a casa de 2,26 milhões de automóveis vendidos no mercado interno. E olha que ainda falta contabilizar o desempenho do últi-mo trimestre.

A frenética renovação da frota bra-sileira, é óbvio, está fazendo a festa de vários setores da economia, que aceleram sua performance ancorados nesta expansão galopante. No caso dos lubrificantes, a maré se torna ainda mais atraente para as versões sintéticas, “uma vez que carro novo possui motor mais moderno, que exige óleo de maior qualidade e menor viscosidade”, justifi-ca Deborah Sciamarella, gerente de marketing linha carro da Castrol, dona de 3,38% de market share no mercado nacional de lubrificantes, se-gundo ranking elaborado pelo Sindilub – Sindicato Interestadual do Comércio de Lubrificantes.

seu custo/benefício e, consequente-mente, se tornando mais crítico”, diz.

Paulo R. Bueno, responsável téc-nico da Lumobras, que comercializa as marcas Molykote e Wynn’s, também não credita somente ao mercado de novos o bom desempenho dos sintéticos. “Não acredito que isso aconteça, pois o fato de oferecerem mais confiabilidade, menos trocas e, consequentemente, maior eco-nomia final, também conquista o merca-do de carros usados”, diz ele, informan-do que o segmento automotivo representa 20% dos negócios da empresa.

Deborah Sciamarella, gerente de marketing linha carro da Castrol Brasil

Na avaliação de Fabiana Ro-drigues, especialista de marketing de lubrificantes da Shell, entretanto, não se deve atribuir o crescimento dos óleos sintéticos apenas ao mercado de carros zero. “O consumidor está se informan-do mais sobre lubrificantes, avaliando

Fabiana Rodrigues, especialista de marketing de lubrificantes da Shell

Compartilhando a opinião, Clau-dio Luiz Maciel Abad, coordena-dor de informações técnicas da Ipi-ranga – que detém 14% do mercado Sindicom (Sindicato Nacional das Em-presas Distribuidoras de Combustíveis de Lubrificantes) – ratifica que a com-pra de sintéticos e semissintéticos está diretamente associada à qualidade do produto. “Mesmo proprietários de veí-culos usados procuram óleos sintéticos e semissintéticos, pois percebem que oferecem mais benefícios ao motor que os minerais”, opina.

“Mesmo proprietários de veículos usados

procuram óleos sintéticos e semissintéticos, pois

perceb em que oferecem mais benefícios ao motor que os

minerais”, opina.

Claudio Luiz Maciel Abad, coordenador de informações técnicas da Ipiranga

Paulo R. Bueno, responsável técnico da Lumobras

EvoLução tECnoLógiCAPara a Bardahl, a evolução tecnoló-

gica dos lubrificantes, que visa atender a performance dos novos motores, me-nores e com regimes mais severos de tra-balho, é a responsável pela ampliação dos semissintéticos e sintéticos no Brasil, que caminham em direção à redução do perfil de viscosidade. “Hoje, o API SF é o menor nível de desempenho comer-cializado no País”, completa Renato Boccia, engenheiro de aplicação da companhia, cujas vendas neste ano fo-ram distribuídas em óleos semissintéticos (15%) e sintéticos (3%), contra 10% e 1%, respectivamente, em 2009. Em relação aos lubrificantes minerais vendidos pela empresa, houve recuo de 89%, no ano

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Lubrificantes minerais x sintéticos

passado, para 82% em 2010. “Como se vê, os sintéticos e semissintéticos estão ganhando gradualmente mercado em re-lação ao mineral.”

Já para izabel Lacerda, coorde-nadora de Combustíveis e Lubrificantes da Petrobras Distribuidora, a maior do Brasil, com 25% de participação no mer-cado Sindicom e 21,44% no Sindilub, o aquecimento das vendas dos automóveis novos explica o avanço dos lubrificantes de uma forma geral e não de uma cate-goria em particular. “Existem ainda muitos carros zero quilômetro que requerem, de acordo com as especificações dos fabri-cantes, os três tipos de produtos, sintéti-cos, semissintéticos e minerais”, pondera ela, para quem a escolha do lubrificante tem ocorrido mais em função da cons-cientização de que um produto com qua-lidade superior, mesmo sendo um pouco mais caro, trará mais benefícios.

MELhoR CuSto/BEnEFíCioMesmo considerando a demanda

aquecida, é senso comum no setor que o crescimento no mercado de lubrifican-tes não seria o mesmo se não houvesse, por parte dos fabricantes, generosos investimentos em pesquisa e desenvol-vimento de novos produtos.

Tal estratégia tem permitido desen-volver no País lubrificantes de base sinté-tica com intervalos de troca estendidos, aumento da resistência à degradação, elevação do índice de viscosidade e diminuição do índice de fluidez, exce-lente compatibilidade com elastômeros e proteção à corrosão. “Tudo isso sig-nifica maior produtividade do equipa-mento, redução no número de paradas e menor custo de operação em função da maior vida útil dos componentes”, aprova Cesario neto, field specialist da Chevron.

Renato Boccia, engenheiro de aplicação da Bardahl

Outros fatores que têm favorecido o crescimento dos lubrificantes de base sintética são as cada vez mais rígidas exigências de redução de emissão de poluentes, a capacidade que estes produtos estão demonstrando em di-minuir o consumo de combustíveis e a melhoria em relação à dirigibilidade e conforto, sem que haja comprome-timento da durabilidade dos compo-nentes do motor. “Neste cenário, os lubrificantes de base sintética vêm ganhando espaço em determinadas aplicações, devido a suas caracte-rísticas superiores sobre os minerais tradicionais”, argumenta Bernardo vianna, product technical support da Chevron, segunda colocada no ranking brasileiro de market share do setor, com 12,2%.

Bernardo Vianna, product technical support da Chevron

Izabel Lacerda, coordenadora de Combustíveis e Lubrificantes da Petrobras Distribuidor

“O uso de base mineral ainda possui grande potencial no mercado em função de seu

custo de aquisição”Cesario Neto, field specialist da Chevron

Os óleos à base sintética realmen-te apresentam mais qualidade. “Ela oferece uma excelente capacidade de lubrificação e de resistência ao enve-lhecimento, como oxidação prematura, e boa resistência a altas temperaturas, além de promover a limpeza do motor”, acrescenta Deborah, da Castrol.

Boccia, da Bardahl, lembra, tam-bém, que o aumento da demanda por lubrificantes sintéticos tende a ampliar a importação dos básicos sintéticos, o que deve repercutir na redução do cus-to final desses produtos.

Fabiana, da Shell, inclui a partici-

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pação das montadoras no processo de redução de custos dos lubrificantes. “As indústrias automobilísticas têm investi-do no desenvolvimento de lubrificantes mais resistentes, que reduzam a emissão de poluentes e prolonguem a vida do motor, o que automaticamente se trans-forma em melhorias de custo/benefício para o consumidor final”, analisa.

PotEnCiAL à viStAOs contínuos desenvolvimentos na

engenharia de motores e transmissões certamente exigirão padrões mais rígi-dos dos lubrificantes, conforme Bueno, da Lumobras. Para o profissional, este deve ser um dos motivos que conduzirá o setor a ganhos ainda mais represen-tativos no segmento de sintéticos. “Estes requisitos poderão ser atingidos prin-cipalmente pelos sintéticos, em pontos como vida útil e temperaturas extremas, por exemplo”, cita.

Fabiana Costa, coordenadora de marketing da Cosan, diz que, com-parados aos óleos minerais, os sintéti-cos têm melhor fluidez a baixas tempe-raturas, oferecem menor resistência ao movimento e têm maior estabilidade química, suportando melhor a severida-de da lubrificação de motores. “A van-tagem do óleo sintético será observa-da na proteção contra o desgaste, na

maior limpeza do motor e na redução de custos de manutenção associados ao desgaste de peças e formação de depósitos”, diz.

O fortalecimento do segmento de óleos de base sintética também é a aposta da Castrol, que enxerga uma forte tendência, principalmente no se-tor de carros de passeio, para a mi-gração dos minerais para sintéticos e semissintéticos. “O que ocorre é que, ao final do mesmo número de quilôme-tros, os óleos sintéticos, de boa quali-dade, mantêm suas características de desempenho praticamente inalteradas, enquanto os óleos de base mineral ten-dem a apresentar decréscimo no poder de seus aditivos, que já não protegem e limpam o motor”, analisa, destacando que não se deve esquecer que são os fabricantes de automóveis, e não os de lubrificantes, que determinam o tempo de troca dos óleos.

Além de fatores técnicos favoráveis e melhoria da relação custo/benefí-cios, o que também influencia favora-velmente a migração dos óleos minerais para os de base sintética é a demanda originada pelas montadoras, que cada vez mais têm indicado esse tipo de pro-duto para seus veículos. “Levando-se em conta essa situação, o potencial aponta para um grande crescimento”, prevê o engenheiro de aplicação da Bardahl.

MinERAiS AinDA têM ESPAçoApesar da evidente migração para

lubrificantes sintéticos e semissintéticos, os minerais ainda não estão com seus dias contados. “O uso de base mine-ral ainda possui grande potencial no mercado em função de seu custo de aquisição”, pondera Cesario Neto, da Chevron, para quem a substituição é lenta e gradual.

O vagar na migração de uma tecno-

“A vantagem do óleo sintéti-co será observada na proteção

contra o desgaste, na maior limpeza do motor e na redução de custos de manutenção asso-ciados ao desgaste de peças e

formação de depósitos”Fabiana Costa, coordenadora de marketing da Cosan

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Lubrificantes minerais x sintéticos

Quadro 1

Produção/importação de óleos lubrificantes 2009 (*)

tipo de óleo volume

Total de óleo básico 1.102.057

Óleo lubrificante acabado (básico + aditivo) 1.130.710

Óleo lubrificante acabado importado 108.949

Mercado aparente de óleo lubrificante acabado 1.239.659(*) estimativaFonte: Sindilub

Quadro 2vendas de automóveis 0km no atacado – Mercado interno – Brasil

(acumulado jan/ago 2010)

tipo de combustível unidades % nas vendas

Gasolina 160.836 7,1

Flex 1.864.764 82,4

Diesel 237.034 10,5

Total 2.262.634 100Fonte: Anfavea

Mercado total de óleos – Brasil tipo de óleo % (market share)

Fonte: Castrol

logia de lubrificantes para outra pode ser explicada, também, pela idade mé-dia da frota nacional, estimada em dez anos. “O parque automotivo nacional é um mercado que ainda solicita lubri-ficantes minerais, fazendo com que o potencial deste lubrificante seja alto”, argumenta a especialista de marketing de lubrificantes da Shell.

Se analisado, entretanto, apena o mercado de veículos, a redução do con-sumo de lubrificantes minerais tende a ser mais rápida, na opinião do coorde-nador de informações técnicas da Ipiran-ga. “Mesmo assim é preciso considerar que existem muitas diferenças num País tão grande como o Brasil, que apresen-ta características particulares e diferen-tes em cada região, o que também se aplica para a idade da frota de veículos leves e pesados”, analisa, acrescentan-do que, no mercado industrial, o tempo

para a troca será ainda maior. Contundente, o responsável técnico

da Lumobras afirma que, considerando os segmentos industrial e automotivo, o nicho destinado aos lubrificantes mine-rais será o de exigências menos signifi-cativa e que “se importam somente com

o custo inicial em detrimento do resulta-do final.”

Para a coordenadora de marketing da Cosan, mais uma vez, quem vai determinar esta questão é o manual do proprietário. “Os óleos minerais são obtidos da destilação do petróleo, com tratamento de purificação para remo-ção de moléculas indesejadas. Os mais viscosos protegem contra o desgaste a altas temperaturas de operação, mas a proteção contra o desgaste a baixas temperaturas é pior, pois demoram mais tempo para atingir regiões críticas do motor. Já os óleos mais finos tendem a oferecer redução no consumo de combustível, mas se a viscosidade for inferior à mínima prevista no projeto do motor, pode haver desgaste excessivo de componentes em regimes de altas temperaturas”, explica.

uSADoS x MinERAiSConforme os executivos do setor de

lubrificantes, a frota de veículos usados não é a única que justifica a sobrevida dos óleos de base mineral. Para Bueno, por exemplo, o direcionamento dos mi-nerais para o mercado de usados está mais atrelado a fatores econômicos.

Izabel, da Petrobras, argumenta que

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Lubrificantes minerais x sintéticos

Market share lubrificantes – 2009 Empresa (em %)

Fonte: Sindilub

os minerais não são, necessariamente, a melhor alternativa para os veículos com longa estrada, que é determina-da pelas características técnicas do produto. “Um produto de tecnologia sintética possui características diferentes das encontradas nos minerais. Algumas montadoras, de acordo com o nível de desempenho API e a viscosidade SAE indicados no manual, recomendam lu-brificantes minerais, sintéticos ou semis-sintéticos”, diz.

Fabiana, da Shell, diz que a esco-lha do lubrificante está relacionada com o tipo do veículo, da periodicidade de manutenção e também com sua relação custo/benefício. “Entendo que 59% da nossa frota requer um lubrificante API SF”, calcula, completando que, mes-mo assim, o lubrificante mineral ainda é considerado uma opção interessante para os consumidores.

Aprofundando o tema, Boccia, da Bardahl, explica que a utilização de um lubrificante em um veículo usado depende de algumas variáveis, sendo a principal a condição do motor. Ele exemplifica: “se um veículo mais antigo

tem o motor em perfeito estado, retifi-cado, neste caso pode ser usado um lubrificante semissintético”, diz, admitin-do que, na maior parte das vezes, o mineral é o mais usado.

Fabiana, da Cosan, alerta para o fato de que as vedações de moto-res muito rodados, que estiveram em contato com óleos oxidados por cen-tenas de horas de uso, podem apre-sentar problemas de vazamento de óleo quando o proprietário do veículo migra de um óleo de tecnologia mui-

to antiga para uma versão moderna, seja mineral, sintético ou semissintético. “De vemos ressaltar que isto apenas é a antecipação de um problema que viria a acontecer devido ao ressecamento dos elastômeros dos elementos de ve-dação do motor”, explica, afirmando que os óleos modernos passam por tes-tes de compatibilidade com elastôme-ros e, por isso, não se esperam deles reações adversas quando o motorista segue as recomendações do fabrican-te de veículos.

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Lubrificantes minerais x sintéticos

BARDhAL

A Bardahl produz óleos de base mineral, semissintética e sinté-tica, como o Bardahl Maxoil Sinteconomy – lubrificante de tecno-logia sintética API SL SAE 10W-40 e o Bardahl Maxoil Sintético – lubrificante sintético API SM SAE 5W-30.

Vale lembrar que o processo de obtenção dos óleos básicos é quem determina suas características físicas e químicas e, consequentemente, a performance do pro-duto acabado, que é sempre uma mistura de óleo bási-co com aditivos.

Os produtos acabados, conhecidos no mercado como semissintéticos, empregam misturas em proporções variáveis de básicos minerais e sintéticos, buscando reu-nir as melhores propriedades de cada tipo, conforme esclarece Bernardo Vianna, da Chevron. “Com esta as-sociação, busca-se otimização de custo, uma vez que as matérias-primas sintéticas possuem custo bem mais elevado.”

óleos básicos sintéticos e semissintéticos: • Obtidos por reação química, como, por exemplo,

os básicos sintéticos do tipo polialfaolefina ou PAO, ou através do refino severo do petróleo, como os básicos minerais denominados Grupo III;

• São produtosmais puros que os básicosminerais,proporcionando melhor resistência à oxidação ao produto acabado;

• Apresentamaioríndicedeviscosidade,oqueasse-gura melhor comportamento em temperaturas extre-mas sem alteração de características;

• Possuibaixíssimaquantidadedeelementosindesejá-

veis como fósforo e enxofre, por exemplo;• No caso dos semissintéticos, quanto maior o teor

de base sintética, melhor a resistência à oxidação e maior poder de lubrificação;

• Em geral, as bases lubrificantes sintéticas possuemmaior estabilidade química, o que conserva suas propriedades por mais tempo;

• Maiorlimpezadomotor;• Menorconsumodecombustível;• Maiorvidaútildomotor;• Melhorperformanceerelaçãocusto/benefício.

óleos básicos minerais:• Obtidospormeioda separaçãodoscomponen-

tes do petróleo, sendo uma mistura de vários compostos;

• Sãoclassificadosemparafínicos,naftênicosouaro-máticos, dependendo da composição química pre-dominante e também origem do petróleo e processo de refino;

• Menorresistênciaaoenvelhecimentoemenorlubrici-dade em função de remanescerem, em sua estrutura, substâncias do refino do petróleo;

• Menortempoútildevida;• Customaisacessível;• Maisfacilmenteencontrados.

Quem é Quem

as oPções à disPosição do mercado:

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CAStRoL

Castrol Magnatec: lubrificante moléculas inteligentes que se aderem às partes metálicas do motor, formando uma camada extra de proteção que per-manece ativa mesmo quando o motor está desligado;

Castrol Magnatec A1: 100% sintético, especialmente recomendado pela Ford para seus mais modernos motores, incluindo os modelos Duratec, Zetec e Zetec Rocam e em todos os motores que solicitem produtos com as suas especificações ou anteriores.

GTX Ecoflex: primeiro lubrificante desenvolvido especialmente para moto-res flex, com exclusivo aditivo ultradispersante de GTX Ecoflex;

Castrol GTX Exclusive: semissintético, formulado especialmente para aten-der aos requisitos dos veículos Volkswagen movidos a gasolina, álcool, diesel, GNV e bicombustível. Seu elevado nível de aditivação e base sintética garan-tem aprovação nas versões mais recentes das especificações ACEA A3/B3 e API SL/CF, além de VW 501 01 e 505 00.

Castrol Edge: 100% sintético, de alta performance em condições extremas. É o melhor óleo do mundo da Castrol e supera as exigências dos maiores fabricantes de carros

GTX Anti-Borra: evolução do Castrol GTX 5X, permite a redução do des-gaste do motor em cinco vezes, também oferecendo 29% mais de proteção contra a formação de borra, se comparada ao exigido pela API SM.

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Lubrificantes minerais x sintéticos

ChEvRon

Havoline Semi-synthetic com Deposit Shield SAE 15W-40: lubrificante multiviscoso, especialmente formulado com básicos minerais e sintéticos e avançados agentes detergentes que ajudam a manter limpo o motor, protegendo-o contra o desgaste;

Havoline Synthetic com Deposit Shield SAE 5W-40: lubrificante 100% sintético que atua imediatamente quando entra em contato com as peças móveis do motor, criando um escudo protetor contra a formação de depósitos enquanto avançados agentes detergentes ajudam a manter essas peças limpas, protegendo contra o atrito e o desgaste. Reco-mendado para motores bicombustíveis, gasolina, álcool e GNV de quatro tempos operando em quaisquer condições de serviço.

Lubrificantes para caixas e diferenciais de caminhões e ônibus:Ursa Synthetic MTF HD SAE 75W-80: óleo lubrificante sintético para transmissão formulado com aditivos de extre-

ma pressão (EP) e desenvolvido para proporcionar superior proteção contra o desgaste, oxidação e corrosão; Ursa Sintética HD Gear Lubricant SAE 75W-90: óleo lubrificante sintético para diferenciais formulado com aditivos

de extrema pressão (EP) e desenvolvido para proporcionar superior proteção contra o desgaste, oxidação e corrosão de diferenciais e eixos traseiros que operem em aplicações severas, condições extremas de temperatura e períodos de troca estendidos.

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Lubrificantes minerais x sintéticos

CoSAn

MOBIL SUPER ECOPOWER 5W-30: Óleo semissintético de alta per-formance especialmente formulado para maior economia de combustível e menor nível de emissão de gases poluentes;

MOBIL SUPER FLEX 10W-40: ÓLeo semissintético de alta performance es-pecialmente recomendado para veícu-los flex, apresentando alta tecnologia para proporcionar melhor desempe-nho em motores multicombustível de última geração que operam em con-dições severas. Possibilita redução de atrito mantendo o motor mais limpo e com superior resistência a formação de depósitos no motor;

MOBIL SUPER PROTECTION 15E-40: Óleo mineral multiviscoso premium de última geração especialmente for-mulado para reduzir a formação de depósitos no motor, controlando a oxi-dação e espessamento do lubrificante;

MOBIL SUPER ORIGINAL 20W-50: Óleo mineral multiviscoso de últi-ma geração especialmente formulado para proteção em condições severas como trânsito intenso, apresentando baixo consumo de óleo e elevada es-tabilidade térmica.

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Lubrificantes minerais x sintéticos

iPiRAngA

F1 Master Sint 10W40SM: óleo sintético para motores a gasolina, álcool, GNV;F1 Master Sint 5W30SM: óleo sintético para gasolina, álcool, GNV;F1 Master Sint 5W40SM: óleo sintétioc para motores a gasolina, álcool, GNV;

F1 Master Plus 10W30: óleo semissintético para mootores a gasolina, álcool, GNV;F1 Maste Plus 15W40: óleo semissintético para motores a gasolina, álcool, GNV;F1 Master Plus 20W50: óleo semissintético para motores a gasolina, álcool,GNV:F1 Master 4x4 15W50: óleo mineral para motores a gasolina, álcool, GNV;F1 Master 15W40: óleo mineral para gasolina, álcool, GNV;F1 Master 20W50: óleo mineral para gasolina, álcool, GNV;GP Master SF: mineral, para motos;GP Master SL: mineral, para motos;GO Master Sintético: sintético para motos;F1 Super Plus 20W50: mineral para motores a gasolina, álcool, GNV;F1 Super Plus 25w50: mineral para gasolina, álcool, GNV;F1 Super 20W40: mineral para gasolina, álcool, GNV;Brutus EGR: óleo semissintético para motores diesel;Brutus AP: mineral para diesel;Brutus T5: mineral para motores diesel.

LuMoBRAS

A Lumobras produz óleos, graxas, pastas e vernizes lubrificantes, minerais e sintéticos, denominados lubrificantes especiais, pois tem características técnicas superiores aos convencionais, destinados principalmente ao setor industrial, com uma participação mais discreta no setor automotivo.

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Lubrificantes minerais x sintéticos

PEtRoBRAS

A linha Lubrax é composta por óleos e graxas destinados aos segmentos: automotivo, de aviação, de embarcações, industrial e ferroviário. Desenvolvi-dos com alta tecnologia, os produtos superam as exigências das especifica-ções de entidades internacionais de classificação, além das especificações próprias dos fabricantes de veículos. Além de desenvolver produtos que atendam às especificações citadas, a Petrobras desenvolve produtos que atendam necessidades específicas de seus clientes como, por exemplo, o Lubrax Alta Rodagem e Lubrax Turbo Vigoros, destinados especialmente aos veículos leves e pesados, respectivamente, que possuem motores com necessidades especiais de lubrificação.

Indicados aos veículos leves e pesados mais modernos ou onde as condições de operação são mais severas, estão os produtos que compõem a linha Premium. São quatro produtos: Lubrax Sintético, de tecnologia sin-tética, que atende às classificações API SM, SAE 5W-40; Lubrax Valora, de tecnologia sintética, API SL, SAE 5W-30; Lubrax Tecno, semissintético, API SM, SAE 15W-40, esses três destinados aos veículos equipados com motores a gasolina, etanol, GVN e flex. E, completando a linha Premium, o Lubrax Tec Turbo, semissintético, API CH-4, ACEA E7-04 e E4-99.

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Lubrificantes minerais x sintéticos

ShELL

Linha Shell Helix – veículos de passeio:Shell Helix Ultra: lubrificante 100% sintético com viscosidade 5W-40. Limpa e protege o motor para uma máxima

performance. É cinco vezes mais eficiente na remoção de depósitos do que os lubrificantes minerais;Shell Helix HX 7: lubrificante semissintético de viscosidade 10W-40. Limpa e protege para uma melhor resposta

do motor;Shell Helix HX5 S: lubrificante de tecnologia sintética de viscosidade 15W-40. Evita a formação de borra em

motores flex; Shell Helix HX 5: lubrificante multiviscoso premium de viscosidade 15W-50. O produto protege e reduz o ruído

do motor; Shell Helix HX3 K: lubrificante multiviscoso 25W-60. Proteção extra para motores com mais de 100 mil quilôme-

tros; Shell Helix HX3: lubrificante multiviscoso 20W-50. Recomendado para motores mais antigos. Formulado com tec-

nologia de limpeza para previnir o acúmulo de sujeira e depósitos.

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Linha SheLL advance –

motocicLetaS

Shell Advance Ultra: lubrificante importado, 100% sintético, para mo-tocicletas com motor quatro tempos que operam em condições extremas;

Shell Advance S 4T: protege e prolonga a vida útil do motor e da transmissão devido a seus aditivos es-pecialmente selecionados;

Shell Advance S2T: óleo lubri-ficante de alta performance para motocicletas com motor 2 tempos à gasolina;

Shell Advance Fork: lubrificante mineral produzido para atender as mais rígidas especificações para garfos, bengalas e amortecedores de motocicletas.

Linha SheLL RimuLa –

veícuLoS peSadoS

Shell Rimula R6M: óleo lubrifican-te sintético recomendado e apropria-do para uma grande variedade de veículos de transporte rodoviário com motores modernos de baixa emissão. Viscosidade SAE 10W-40 e contribui para redução no consumo do com-bustível;

Shell Rimula RT4: lubrificante de tecnologia ativa única para motores de alta potência;

Shell Rimula R3 X: lubrificante mul-tiviscoso com proteção de tripla ação contra desgaste, depósitos e calor para se adaptar continuamente às ne-cessidades do motor;

Shell Rimula R2 Extra: melhor resis-tencia térmica e controle de depósitos. Proteção confiável contra depósitos e oxidação, oferecendo resistência con-tra desgaste em virtude do calor;

Shell Rimula R2: lubrificante com ação resistente de longa duração e me-lhor controle antidesgaste e corrosão.

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Distribuição – Lupus

Por Miriam Mazzi

DistribuinDo confiançaNão é extenso o rol de empresas que conseguem atravessar as décadas preservando sua identidade, registrando crescimento e partindo, a todo momento, para novos desafios. Uma delas é a Lupus, que em 2010 completa 47 anos de atividades.

a Lupus Equipamentos para Lubrifi-cação e Abastecimento, fundada no bairro paulistano do Brooklin por Lupo Panelli, iniciou suas ati-vidades fabricando acessórios

para lubrificação, um importante nicho de mer-cado que se abria como resposta à crescente demanda gerada pela forte industrialização do Estado e do País. De lá para os dias atuais, a Lupus se consolidou como uma das mais im-portantes fornecedoras de equipamentos para lubrificação e abastecimento do Brasil, diversi-ficando sua atuação para os mercados petrolífe-ro, mineradora, usinas de açúcar e álcool, side-rúrgicos, de construção e postos de serviços.

Fruto da política de melhoria contínua ado-tada desde o início pela empresa, em 1988

teve início a produção de equipamentos para lubrificação, com destaque para o lançamento de bombas manuais para óleos e graxas. A década seguinte foi de expressivo crescimento: além do lançamento das bombas pneumáticas, em 1995, quatro anos depois a Lupus se fixava em nova sede, mais ampla e com capacidade de dar vazão aos novos produtos fabricados, em Diadema, na Grande São Paulo.

“Promover a melhoria constante da qualida-de, por meio de um trabalho ágil e eficiente, re-sultando na satisfação de nossos clientes e refle-tindo nossa satisfação”, resume Mario Manoel Panelli Filho, diretor comercial e representante da segunda geração da família no comando da empresa, referindo-se à política que vem fru-tificando resultados sólidos ao longo dos anos.

Nova sede e parceriasA década de 2000 também foi de marcos

importantes para a empresa. Conforme Panelli Filho, em 2003, quando a Lupus completou 40 anos de atividades, a sede foi novamente transferida, desta vez para o atual endereço, em Cerquilho, interior paulista, onde se estende por uma área de 10 mil m2 e emprega os 50 colaboradores. “Com isso, conseguimos asse-gurar o espaço necessário para máquinas e equipamentos de última geração, que nos per-mitiram otimizar ao máximo nossa produção”, informa o diretor comercial.

Em 2007, já em resposta à demanda na-cional por equipamentos de alta tecnologia, a Lupus inaugurou seu departamento de importa-ção. No ano seguinte, dando sequência aos in-vestimentos constantes em pesquisa de produtos comercializados em todo o mundo, foram esta-

Mário Manoel Panelli Filho, diretor comercial

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Distribuição – Lupus

belecidos contratos de parcerias exclusivas com empresas de ponta. Entre as marcas distribuídas com exclusividade estão as da italiana Piusi, fa-bricante com mais de meio século de experiên-cia no segmento de bombas e dispensers; a Sa-moa, uma das mais tradicionais fornecedoras de equipamentos de lubrificação do Reino Unido; e a Fill Rite, unidade de negócios de bombas e acessórios para abastecimento do grupo ameri-cano Tuthill, fundado há mais de um século.

Investimentos em marketing também têm as-segurado maior visibilidade à empresa. “Traba-lhamos nossa marca por meio de participações em feiras e workshops para demonstração dos produtos e suas qualidades. Além disso, faze-mos anúncios em revistas e jornais do segmen-to para a fixação da mesma em relação aos consumidores. A comunicação é sempre muito bem focalizada para atingir o público certo em ocasiões oportunas”, enfatiza.

agilidade Na logísticaNo ano passado, para garantir o devido es-

coamento de um catálogo de produtos que não para de crescer, a Lupus inaugurou seu Centro de Distribuição em Porto Alegre, capital gaúcha, onde estão armazenados centenas de itens. O carro chefe do portfólio é o KIT para troca de óleo, com participação de 30% do mercado.

Este á apenas um dos pilares da estratégia de logística da distribuidora, que ainda con-ta com agilidade e eficiência no atendimento ao cliente. Depois de recebido, o pedido é entregue em até 48 horas, sendo entrega CIF em São Paulo para as transportadoras especi-ficadas pelos clientes. “Além disso, contamos com uma ampla gama de transportadoras que coletam diaria e diretamente na Lupus e fazem a entrega no seu respectivo destino”, explica o Panelli Filho, acrescentando que a empresa ainda conta com um sistema interligado com as empresas de transporte, online, o que permite a rastreabilidade do pedido em poucos minutos.

Complementando a área de logística, o pós-venda da Lupus trabalha de forma direcionada e personalizada, “o que assegura aos nossos

clientes um pronto atendimento”, diz o diretor comercial. O setor também tem disponibilidade para realizar treinamentos técnicos e eficiência na resposta imediata às solicitações, sejam elas oriundas de qualquer par-te do País, pois são 163 postos de assistência técnica distribuídos por todos os estados brasileiros.

O pós-venda ainda conta com a oferta de prazo de dois anos de garantia para os produtos da Piusa e da Samoa, além de efe-tuar visitas frequentes aos distribuidores, que também estão pulverizados por todo o Brasil. A reposição de peças é assegurada quase imediatamente, conforme o diretor comercial, graças ao estoque mantido em quantidade sufi-ciente para dar segurança e tranquilidade aos clientes. “No momento, estamos situados como a maior empresa no segmento do mercado e nosso objetivo é permanecer na liderança, sempre evoluindo e melhorando a qualidade e o atendimento”, finaliza.

Com 6 mil unidades de propulsoras comer-cializadas em 2009 – volume considerado bom pelo executivo da Lupus – a expectativa para 2010 é atingir 10 mil peças, o que repre-sentará perto de 70% de incremento.

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Lubrificantes secos

Por Miriam Mazzi

LuBrIFICAÇÃo PArA todA A VIdADirecionados a vários segmentos, com destaque para o automotivo, os lubrifi cantes secos estão ampliando gradativamente seu consumo no Brasil, principalmente em função da longevidade que asseguram às peças lubrifi cadas. Entretanto, a escassez de empresas especializadas na aplicação – considerada nevrálgica para a efi cácia do produto – limita a ascensão mais rápida deste segmento.

utilizados em componentes nos quais a presença do fi lme lubri-fi cante oriundo de graxas, óleos ou pastas pode não satisfazer as exigências de desempenho, limpe-

za ou até mesmo segurança da operação, os lubrifi cantes secos são direcionados a diferen-tes segmentos de mercado, entre os quais au-tomotivo, têxtil, petroquímico, construção civil, aeroespacial etc. No entanto, é junto às indús-trias automobilísticas que esta linha de produtos

se tornou mais difundida, já que algumas de suas características – substituição do lubrifi can-te líquido em situações onde a relubrifi cação é inviável, quando é necessário um lubrifi cante “limpo” ou em condições de temperatura extre-ma, por exemplo – atendem aos requisitos dos fabricantes de automóveis.

Versáteis na sua forma de apresentação, é na versão verniz que o lubrifi cante seco é mais conhecido, mas também pode ser encontrado na forma de pós, emulsões e dispersões de com-

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Lubrificantes secos

postos cerosos . “Os vernizes lubrificantes podem substituir os filmes lubrificantes convencionais, quando existe a necessidade de formação de uma película seca para proporcionar a redução de atrito, redução do efeito de tribo-corrosão, proteção contra ataque de produtos químicos, re-sistência a altas/baixas temperaturas e também resistências a agentes químicos e radiações”, completa Edilson Luiz Guaratto, gerente técnico/qualidade da Fuchs do Brasil. O grupo Fuchs conta com diversas aprovações OEM´s, oriundas dos fabricantes de máquinas, equipa-mentos, veículos etc, as quais são disseminadas entre todas as subsidiárias para o atendimento às solicitações das diversas multinacionais pre-sentes no Brasil, além de adequada indicação a novos e potenciais clientes.

Além de vernizes lubrificantes – combinações de resinas de diversos tipos, solventes e sólidos lubrificantes (grafite, bissulfeto de molibdênio, PTFE etc) –, os lubrificantes secos podem ser apresentados sob a forma de pós e emulsões/dispersões coloidais. “Neste caso, podem ser de base aquosa ou solvente”, explica Guaratto.

Formas dE apLicaçãoApesar da crescente oferta de lubrificantes

secos no Brasil, os fabricantes concordam que a aplicação destes produtos ainda é considerada a maior dificuldade dos usuários. “No Brasil, in-felizmente, esta linha ainda é pouco trabalhada em função da dificuldade de encontrar empresas especializadas na aplicação do produto, o que é fundamental para a eficácia do produto”, escla-rece roberto pecchia, gerente de mercado – Automotivo da Klüber Lubrication, empresa que oferece uma linha completa de lubrificantes secos para diferentes mercados e aplicações, entre elas imersão, tamboreamento, centrifugação e spray.

Os vernizes lubrificantes têm aplicação mui-to similar à das tintas convencionais, podendo ser por imersão ou pulverização. “No entanto, muitos destes produtos já vêm acondicionados em embalagens aerossol para melhor adequa-ção e facilidade na aplicação”, informa o ge-rente técnico/qualidade da Fuchs do Brasil.

Os pós (que também são grafite, bissulfeto de molibdênio ou PTFE) podem ser aplicados, por exemplo, por tamboreamento, método por meio do qual as peças são acondicionadas em equipamento com reservatório giratório, sendo recobertas com o pó pela ação da fricção. “Trata-se de um método muito utilizado em pe-quenas peças destinadas a montagens como parafusos, elementos de fixação, buchas etc”, lista Guaratto.

Já a aplicação das emulsões/dispersões coloidais é feita por imersão e posterior centri-fugação para a eliminação do excesso de ma-terial. Também neste caso a grande aplicação é para pequenas peças, elementos de fixação e vedação, conhecidos por “o´rings”.

VantaGEns compEtitiVasPecchia lista uma série de vantagens propor-

cionadas pelos lubrificantes secos: propiciam lubrificação totalmente limpa; protegem contra desgaste e evitam movimentos com solavancos; proporcionam lubrificação para toda a vida do componente (long life); protegem contra corrosão; oferecem lubrificação eficiente sob condições de temperaturas extremas, quando expostos a meios agressivos, raios-X e UV e sob condições de vácuo; e facilitam a montagem e desmontagem de componentes.

Tais vantagens – que em outras palavras equi-valem a economia – estão chamando a atenção das empresas fornecedoras de lubrificantes se-cos. A Fuchs Lubritech, por exemplo, mantém em Munique, na Alemanha, um centro especializa-do na aplicação dos lubrificantes secos. “Neste laboratório, são desenvolvidos não só o produ-to, mas também a aplicação customizada para cada peça, o que é a tendência também para nosso mercado”, destaca Guaratto.

“Esta linha de produto ainda é pouco difun-dida no Brasil em comparação com a Europa e Estados Unidos”, concorda Pecchia, para quem falta às empresas brasileiras mais know-how em sistemas eficientes de aplicação, com vistas à divulgação e maior utilização desta li-nha de produtos.

Edilson Luiz Guaratto, gerente técnico/qualidade da Fuchs do Brasil

Roberto Pecchia, gerente de mercado – Automotivo da Klüber Lubrication

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Lubrificantes secos

critérios a considErarNa hora de optar por um lubrificante seco,

aconselham os fabricantes, os clientes devem levar em conta alguns critérios, como a função, movimento e condições de trabalho do elemen-to que receberá o tratamento desta cobertura. “É importante saber qual a temperatura de ope-ração, existência de agentes contaminantes, presença de contato com outros lubrificantes e/

Fuchs do Brasil O grupo Fuchs no Brasil, por intermédio da Fuchs Lubritech Division Br, disponibiliza os seguintes produtos mediante as Gleitmo e

Tribotec:- HMP Films (High Molecular Films): dispersões coloidais de base aquosa destinadas a aplicação em parafusos, elementos de

fixação, buchas e o´rings, com a finalidade de assegurar o controle do torque da montagem ou manter a integridade dos elementos durante montagem e operação no casos dos o´rings e componentes elastomêricos. Trata-se de uma linha completa e homologada mundialmente junto às grandes montadoras de veículos e fabricantes de autopeças e máquinas.

- Dry Films (Filmes secos): variedade de produtos que devido à combinação de diversas resinas, solventes e sólidos lubrificantes assegura vasta gama de compostos destinados a aplicações automotivas, mecânicas, siderúrgicas, instrumentação,usinas de álcool, aeronáutica, construção civil entre outras. Destacam-se os produtos de base aquosa, os quais atendem às restrições de segurança do trabalho e meio ambiente vigentes.

Klüber LubricationA empresa possui lubrificantes para aplicação em superfícies metálicas, assim como para aplicação em borrachas. Alguns são facilmente

curados em temperatura ambiente e podem ser usados para aplicação em componentes termossensíveis, enquanto outros necessitam de temperatura elevada para cura da resina. Na linha Klüberflex, por exemplo, oferece diferentes módulo que permitem ao cliente, por meio da mistura destes diferentes componentes, alterar algumas características do produto, como coeficiente de atrito, brilho etc.

Produtos

ou agentes químicos e exigências sanitárias”, pondera Guaratto.

Pecchia reforça que é preciso conhecer to-dos os parâmetros da aplicação, como, por exemplo, o tipo de material, tamanho, formato, rugosidade, resistência térmica, temperatura de trabalho e ambiente de trabalho.

Considerados os aspectos técnicos, os lu-brificantes secos passam a se apresentar como uma interessante relação custo/benefício para os clientes. “À primeira vista são produtos com maior valor agregado, porém é mediante seu desempenho que se obtém o satisfatório custo/ benefício, pois esses lubrificantes propiciam maior vida útil dos equipamentos/ferramentas, influenciando positivamente no desempenho de todo o processo de lubrificação”, pontua o gerente técnico/qualidade da Fuchs do Brasil.

Da mesma forma, o gerente de mercado – Automotivo da Klüber Lubrication diz que, apesar de à primeira vista esta linha de pro-duto parecer mais cara em comparação com lubrificantes convencionais, “para algumas apli-cações a relação custo/ benefício é facilmen-te comprovada devido às inúmeras vantagens que proporciona, como, por exemplo, o fato de não ser necessária nenhuma relubrificação durante a vida do componente”, finaliza.

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CONGRESSO

Por Maristela Rizzo

Lubgrax Meeting ceLebra a união da cadeia de LubrificantesFabricantes, fornecedores e consultores tiveram a oportunidade de conferir novas tecnologias em aditivos, melhores técnicas de produção, legislações, além de tecnologias inovadoras de gestão e produção em um único espaço

com a expectativa de público atin-gida, o Lubgrax Meeting foi ao ar, no dia 2 de setembro deste ano, inaugurando a nova fase da Sergio Avila Editora e Eventos como orga-

nizadora de encontros profissionais junto ao mercado de lubrificantes.

Ao todo compareceram 205 profissionais, entre fabricantes, fornecedores e consultorias que avaliaram positivamente o Lubgrax Meeting (veja pesquisa de avaliação nesta edição). “Logica-mente que ainda temos muito para melhorar, mas por ser um primeiro evento creio que conseguimos notas excelentes junto ao nosso público-alvo”, co-menta Sergio Ávila, diretor da Sergio Avila Edito-ra e Eventos, organizadora do Lubgrax Meeting e responsável pela revista Lubgrax.

Em seu discurso de abertura, o diretor apro-veitou para fazer um balanço do primeiro ano de

atividade de Lubgrax. “Numa trajetória ainda bre-ve, a publicação conseguiu não só dar seus pas-sos iniciais como começa a consolidar sua marca num segmento visceral para a economia brasi-leira”, salientou ele, acrescentando ainda que a publicação abriu as portas para que a comuni-cação virtual se transformasse numa arma estraté-gica para a Sergio Ávila Editora e Eventos, uma vez que, por meio do site www.lubgrax.com.br, as informações do setor passaram a circular mais dinamicamente, com atualizações semanais.

Hoje, o portal é responsável pela média de 5 mil clicks distintos. Além disso, o site conta tam-bém com a ferramenta de newsletter eletrônico, que leva um resumo das informações mais rele-vantes para mais de 7 mil profissionais do setor.

“Mas o principal ganho deste quase um ano de publicação de Lubgrax é, sem dúvida, a rede de relacionamentos que conseguimos tecer. Graças ao expertise gerado pelos profissionais gabaritados que circulam em nossas páginas, virtuais ou impres-sas, conseguimos desenhar o Lubgrax Meeting, um evento planejado e executado para toda a cadeia produtiva do setor”, afirmou Ávila, concluindo que a expectativa da empresa é que, eventos como o Lubgrax Meeting, sejam os “tijolos de um muro que se pretende construir alto, forte e bem ancorado na área de comunicação dirigida, a exemplo de seu inspirador e por quem não hesitamos em reveren-ciar, o mercado de lubrificantes”.

AditivosNa abertura do evento, José Roberto Go-

doy, diretor do Simepetro (Sindicato Interestadual das Indústrias Misturadoras e Envasilhadoras de

Sergio Avila, diretor da Sergio Avila Editora e Eventos

José Roberto Godoy, diretor do Simepetro

Joseph Purnhangen, gerente comercial para o mercado Lubrizol Corporation

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CONGRESSO

Produtos Derivados de Petróleo), apresentou um panorama do mercado de lubrificantes, onde sa-lientou a necessidade premente do setor em se preparar para as normas vigentes e para aque-las que entrarão em vigor em breve, incluindo as de órgãos como Conama, Cetesb e Ibama, que estão aumentando cada vez mais a pressão em cima das empresas produtoras de lubrificantes em busca de uma prática mais sustentável.

Dividido em duas partes, o Lubgrax Meeting contou, na parte da manhã, com a presença de profissionais gabaritados na área de aditi-vos. As três primeiras palestras foram promovi-das pela quantiQ, uma das patrocinadoras do evento, que distribui os produtos das fornecedo-ras Lubrizol, Wacker e SK Lubricants.

Abrindo a parte de aditivos, Joseph Purnhan-gen, gerente comercial para o mercado Lubrizol Corporation, apresentou o tema “Novas tecnolo-gias de aditivos para aplicações em lubrificantes industriais”, onde comparou diferentes abordagens para a emulsificação de fluidos para metalworking, incluindo tecnologias tradicionais e técnicas que oferecem funcionalidade e características únicas, assim como os últimos desenvolvimentos que sur-giram a partir de expectativas de desempenho do usuário final. O profissional também identificou de-ficiências das abordagens tradicionais e discutiu informações sobre a última geração de aditivos modificadores de lubricidade solúveis em água provenientes de fontes de óleo vegetal indo ao en-contro da necessidade premente do mercado por aditivos mais sustentáveis.

Na sequência, os químicos Camila de Pau-la e Silvio Blanco Vernabel, ambos da Wacker Silicones, dividiram o palanque para falar so-bre “Soluções para lubrificantes industriais”. De acordo com os profissionais, hoje o silicone tem condições de ser aplicado em diferentes tipos de lubrificantes industriais, sendo que sua função só depende da necessidade específica de cada aplicação. Além de fluidos metílicos, comumente utilizados na lubrificação hidráulica e transmis-são, a empresa também apresentou a linha de fluidos fenílicos, que podem ser empregados, por exemplo, como agentes de transferência de calor,

entre outras funções.Já Vernabel apresentou uma linha de anties-

pumantes utilizada largamente em fluidos de corte minerais, semissintéticos e sintéticos.

Em seguida, Mike Brown, gerente técnico e de negócios lubrificantes e óleos da SK Lubri-cants, detentora de 40% da capacidade mundial de óleo básico Grupo III, apresentou a palestra “Óleos do Grupo III - Aplicações, vantagens e tendências”, na qual ressaltou as tendências de aplicações dos óleos do Grupo III, destacando também os investimentos e a evolução na dispo-nibilidade, bem como os benefícios das carac-terísticas específicas que conferem melhorias na performance dos lubrificantes, como redução de emissão de CO2, economia de combustível etc.

Para encerrar o quadro de aditivos, Felipe Abambres Lopes, assistente técnico da Miracema-Nuodex (também patrocinadora do evento) abor-dou o tema “Performance de pacote de aditivos multifuncionais à base de compostos contendo bismuto, enxofre, fósforo e zinco em graxa de lí-tio”, onde demonstrou três tipos de pacotes elabo-rados pela empresa, através de dados coletados pelo laboratório da Miracema-Nuodex, que são indicados para formulações de graxas lubrifican-tes: o Liovac 4430, o Liovac 4455 e o Liovac OASC 984, que apresentam solubilidade em óleos minerais de origem parafínica ou naftênica e é isento de compostos à base de chumbo, clo-ro e antimônio. Entre as principais características desses produtos consta extrema pressão, antides-gaste, anticorrosão; antioxidação e lubricidade.

AplicAçãoNa abertura da segunda parte do evento,

Marcello Attilio Gracia, diretor da franquia da consultoria Noria no Brasil, discorreu sobre os “10 erros mais comuns na contaminação de lu-brificantes”. Como o próprio palestrante falou no inicio, o objetivo maior do tema era jogar pedra nos conceitos tradicionais que envolvem a lubrifi-cação. Na lista do profissional, não foi poupada nenhuma área, atingindo assuntos como falta de procedimentos, práticas inconsistentes, erros nas aplicações e uso indevido de lubrificante. Entre

Silvio Blanco Vernabel e Camila de Paula, químicos da Wacker Silicones

Mike Brown, gerente técnico e de negócios lubrificantes e óleos da SK Lubricants

Felipe Abambres Lopes, assistente técnico da Miracema-Nuodex

Marcello Attilio Gracia, diretor da franquia da con-sultoria Noria no Brasil

Greice Patrícia Fuller, sócia-dire-tora da Gabriel

Advogados Associados

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CONGRESSO

os erros mais frequentes no mercado, Gracia lis-tou a prática por privilegiar preço em detrimento da qualidade, a falta de armazenamentos ade-quados do lubrificante e da filtragem do mesmo antes de serem aplicados nos equipamentos, designar a tarefa de lubrificação a aprendizes e erros nos procedimentos que acarretam muitas vezes a utilização excessiva de lubrificantes.

Logo após, Greice Patrícia Fuller, sócia-diretora da Gabriel Advogados Associados, abordou a nova resolução da política nacional de resíduos sólidos, sancionada no dia 2 de agosto deste ano. Em sua palestra, a profissional salientou que, com tal determinação, fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de óleos lubrificantes deverão implantar procedimentos que assegurem a logística reversa de suas embalagens, além da realização de planos de gerenciamento de resí-duo sólidos. “O importante será a regulamentação para que seja estabelecida de que forma e den-tro de qual prazo os resíduos se sujeitarão a esse mecanismo, além da especificação de para quem caberá o pagamento de todo o procedimento refe-rente à logística reversa”, alertou Greice.

Depois dessa polêmica palestra, Carlos Fer-nando de Abreu, diretor comercial e de marke-ting da Bandeirante Brazmo, apresentou o tema “DNA – Afinal, o que podemos fazer pelos nos-sos resultados?”, que, de forma descontraída e inusitada, alertou os presentes sobre a necessi-dade premente das empresas de se prepararem para atender as novas exigências dos clientes,

além de desenvolver métodos de estímulo às equipes envolvidas, estratégias e planejamentos mais adequados ao perfil da empresa e não apenas seguir modelos prontos.

Para encerrar o evento, Sergio Manzoli, res-ponsável pela série de cursos “Milagre da Lubrifi-cação”, da Silubrin, apresentou a palestra “Con-fiabilidade na Lubrificação”, onde destacou, entre outras necessidades, a de utilizar filtros mais eficientes e avançados de forma a evitar ao má-ximo a contaminação do óleo que, segundo ele, nem sempre vem estéril do fabricante. O profis-sional evidenciou as vantagens dessa prática por meio de cases de fabricantes que conseguiram redução de custos e problemas operacionais sig-nificativa. “O sucesso de um programa de lubri-ficação muitas vezes não está em aprender, mas sim em desaprender”, afirmou Manzoli, citando que entre os maiores impactos da contaminação dos fluidos está a perda de produção, custo com reposição de componentes, trocas constantes de fluido, custo com descarte do fluido e aumento do índice de escrape de peças.

No final do evento, a Sergio Ávila Edito-ra realizou o sorteio de um notebook para as pessoas que preencheram os formulários de avaliação entregues na entrada do evento. O vencedor foi Ricardo Peixoto Gomes, gerente de desenvolvimento de produtos da Ipiranga Química. Os resultados obtidos com os formu-lários foram tabulados e inseridos nesta edição, preservando a identidade dos respondentes.

a equiPe da sergio ÁviLa editora agradece a Presença no Lubgrax Meeting de todas as eMPresas e entidades do setor:

ABOISSA, ACIONAC, ACMOS DO BRASIL, ACROTTA CONSULTORIA, AEA, AGECOM, AGENA, ALMON, AMPHORA QUIMICA, ANP- CPT, ARCHEM QUIMICA, ARINOS QUIMICA, ASSOCIQUIM/ SINCOQUIM, AXEL QUIMICA, AZM COMUNICAÇÕES, BANDEIRANTE BRAZMO, BETIM QUIMICA, BETZ CHEMICALS, BIOLUB QUIMICA, BIOLUBRES, BLASER SWISSLUBE, BLUESTAR SILICONES, BRASILBOR, CADIUM, CARBONO QUIMICA, CASTROL BRASIL, CHEMLUB, CHEM-TREND, CHEVRON BRASIL, CLARUS BRASIL, CLARIANT, COSAN, CRODA DO BRASIL, D´ALTOMARE QUIMICA, DNC, DOW, DUNAX, FENIX, FINELLI, FORD, FORMINTON, FUCHS DO BRASIL, GABRIEL ADVOGADOS ASSOCIADOS, GERDAL, GRAX, GRENLUB, HENKEL, HOUGHTON, HTS, INCOL-LUB, PETROQUIMICA DO SUL, INGRAX, INNOVATTI/ CARGILL, INTERLUB BRASIL, IORGA, IPEL ITIBANYL, IPIRANGA, IPS, ITW CHEMICAL, KATION, KELFUS, KLÜBER LUBRICATION, LUBRASIL, LUBRIQUIM, LUBRIZOL, LUBSYSTEM, LUMOBRÁS, LUPATECH, LUPUS, LWART, MAKENI, MAXI OIL DO BRASIL, MC QUIMICA, METACHEM, MIRACEMA-NUODEX, MOLYGRAFIT, MUNDIAL QUIMICA, MUSTANG PLURON, NCH BRASIL, NEWSTAR QUÍMICA, NORIA, NOVAMAX LUBRIFICANTES, NOVAPETRENE, OXITENO, PARQUIMICA, PAX, PDVSA, PETROBRÁS DISTRIBUIDORA, PETROBRÁS LUBRIFICANTES, PETROL, PETRONAS, PETROQUIM, PETROWORLD, PLANLUB, PLASTIFLUOR, POWER BURST, PRIME OIL- PH7, PROMAX- BARDAHL, PROMAX PRODUTOS MAXIMOS, QUAKER CHEMICAL, QUANTIQ, QUIMIDREAM, RADIEX, REPSOL BRASIL, RESITEC, RICINOIL DO BRASIL, RUDNIK, SAE, SAFRA QUIMICA, SHELL BRASIL, SILAEX QUIMICA, SILUBRIN, SIMEPETRO, SINDLUB, SK LUBRICANTS, SKF, SLIP QUIMICA, SUBIRÓS & CIA, TAPMATIC DO BRASIL, TECBRIL, TERMAX, TEXLUB, TIRRENO, TRISPRAY AEROSSÓIS/ TRIBOTECNICA, THOR BRASIL, TRYAN, ULTRAX DO BRASIL, VIA NEWS COMUNICAÇÃO, VICTOCHEM- VICTORIA QUIMICA, VK AUTOMAÇÃO, WACKER SILICONES, WOLF LUB, WURTH DO BRASIL, YUSHIRO DO BRASIL.

Carlos Fernando de Abreu, diretor comercial e de marketing da Bandeirante Brazmo

Sergio Manzoli, diretor da Silubrin

Sorteio do notebook que foi entregue posteriormente a Ricardo Peixoto Gomes, gerente de desenvolvimento de produtos da Ipiranga Química (ao centro), pela equipe da Sergio Ávila Editora e Eventos: Salete Rodrigues, gerente financeira; Sergio Ávila, diretor, e Maristela Rizzo, editora da revista Lubgrax

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AvAliAçãoAvAliAçãoAvAliAçãoAvAliAção

TESTADO E APROVADO

Durante o Lubgrax Meeting foram distribuídos formulários de avalia-ção para todos os participantes do evento que puderam avaliar diver-sos itens, como organização, im-

portância para o desenvolvimento profi ssional, expectativas atendidas, tempo e qualidade dos contatos realizados, entre outros.

Dos 205 participantes totais,148 entrega-ram as fi chas de avaliação o que gerou res-postas na ordem signifi cativa de 72%. “Entre os itens que mais nos chamaram a atenção é a avaliação do congresso em geral que nos pos-sibilitou averiguar que 99% dos respondentes consideraram o Lubgrax Meeting entre Ótimo e Bom, o que mostra que nossa iniciativa de levar

ao mercado eventos que tenham como cunho o desenvolvimento do mercado foi totalmente acertada”, comenta Sergio Ávila, diretor da Sergio Ávila Editora e Eventos, organizadora do Lubgrax Meeting e responsável pela publi-cação da Revista Lubgrax.

Segundo ele, outro ponto de grande des-taque foi no que diz respeito a indagação se houve tempo para o público se relacionar entre uma palestra ou outra (networking), item que obteve em grande parte a resposta negativa (70%). Resposta que para muitos poderiam gerar afl ição, mas para a organizadora essa avaliação só mostrou a necessidade premente do setor em desenvolver mais eventos que ge-rem encontros e entrosamento entre as várias

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AvAliAção

camadas do setor de lubrificantes. “Foi graças a essa valiosa informação que decidimos por idealizar o Lubgrax Dinner, que ocorrerá no dia 14 de dezembro, no Espaço Apas, que tem por objetivo único promover a oportunidade das empresas de receberem e se confraterni-zarem com clientes, parceiros e novos contatos em um único espaço”.

Outro ponto positivo da avaliação foi a des-coberta de que 98% dos respondentes afirma-ram que planejam participar de outro evento promovido pela Sergio Ávila Editora e Eventos, informação que gerou grande expectativa à organizadora que já tinha em seu planejamen-to para 2011 a realização de mais duas edi-ções do Lubgrax Meeting. “Só que desta vez, seguindo as próprias sugestões dadas pelos participantes nestes mesmos formulários, vamos direcionar a edição que ocorrerá no primeiro semestre (29 e 30 de março) para os setores Automotivo e Naval, e, o outro encontro (16 e 17 de agosto) para os seguimentos Industrial e de Metalworking”, anuncia Ávila.

Segundo o diretor, apesar da avaliação do Lubgrax Meeting ter sido muito positiva, a organizadora está ciente de que ainda muito precisa ser feito para que eventos como este chegam em seu máximo de potencial. Para tanto a empresa separou todas as sugestões ofertadas pelos congressistas para que os próxi-mos eventos tenham uma aceitação de 100%. “Ouvindo o mercado optamos em procurar um local melhor, mais acessível e de fácil estacio-namento para gerar mais conforto para os nos-sos convidados e vamos desenvolver as grades de palestras com as sugestões a nós ofertadas pelos congressistas e com a ajuda de profissio-nais experientes do setor. Sabemos que ainda temos muito por fazer, mas o mercado pode ficar tranqüilo que procuraremos superar todas as expectativas”, declarou Ávila.

Abaixo, para que todos possam conferir, a Revista Lubgrax traz a integra dos itens avaliados, com seus respectivos percentuais. Para a elabora-ção final, visando melhor compreensão, optamos por utilizar apenas duas casas decimais.

1 – Congresso em geral:

2 – Até que ponto o Lubgrax Meeting atendeu às suas expectativas?

3 – Realizou novos contatos importantes?

4 – Houve tempo suficiente para networking?

REGULAR1%

BOM52%

ÓTIMO 47%

SATISFATORIAMENTE 60%

MODERADAMENTE 8%

NÃO ATENDEU SUAS EXPECTATIVAS

1%

NÃO RESPONDEU 2%

TOTALMENTE 29%

NÃO 10%

INDIFERENTE 5%

NÃO RESPONDEU 2%

SIM 83%

INDIFERENTE 6%

NÃO RESPONDEU 2% SIM

22%

NÃO 70%

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AvAliAção

5 – Contatou clientes e fornecedores?

6 – Restabeleceu relacionamentos comerciais?

7 – Foi importante para o seu desenvolvimento profissional?

8 – Trouxe novas idéias e perspectivas?

9 – Recomendará o Lubgrax Meeting para

seus contatos?

10 – Organização geral:

11 – Planeja participar de um próximo evento organizado

pela Sergio Ávila Editora e Eventos (Revista Lubgrax)?

12 – Público-Alvo

13 – Cargos dos participantes

NÃO 11%

INDIFERENTE 7%

NÃO RESPONDEU 1%

SIM 81%

INDIFERENTE 17%

NÃO RESPONDEU 1%

SIM 62%

NÃO 20%

NÃO 3%

INDIFERENTE 9%

NÃO RESPONDEU 2%

SIM 86%

NÃO 5%

INDIFERENTE 6%

NÃO RESPONDEU 1%

SIM 88%

SIM 95%

NÃO 1% INDIFERENTE

1%

NÃO RESPONDEU 3%

REGULAR 3%

NÃO RESPONDEU 3%

ÓTIMO 46%

BOM 48%

SIM 98%

TALVEZ 1%

NÃO RESPONDEU 1%

FORNECEDORES 31%

CONSULTORIAS INDEPENDENTES 7%

FABRICANTES 62%

VENDAS 15%

CONSULTORES 6%

MARKETING E COMUNICAÇÃO

5%

REPRESENTANTES 5%

OUTROS 7%

DIRETORES E GERENTES 31%

ÁREA TÉCNICA 31%

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11 – Planeja participar de um próximo evento organizado

pela Sergio Ávila Editora e Eventos (Revista Lubgrax)?

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Perfil do fabricante – Plastifluor

Por Miriam Mazzi

Graxas com certificação de qualidadeLíder no mercado brasileiro de fitas veda-rosca, desde o ano passado a Plastifluor deu início à produção de graxa branca de teflon, que chegou ao mercado com certificação ISO 9001/2008. Trata-se de um segmento com grande potencial de crescimento e que, dentro de poucos anos, deverá ampliar sua representatividade no faturamento da empresa.

Já dizia Antoine Laurent Lavoisier, con-siderado o pai da química: “Na na-tureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.” Talvez a teoria elaborada naquele que ficou conhe-

cido como o Século das Luzes (XVIII) não te-

nha sido a inspiração da Plastifluor, empresa que desde 2005 fabrica produtos em PTFE (Poli-Tetra-Flúor-Etileno) de alta tecnologia.

Foi a capacidade de transformação das matérias-primas observada por Lavoisier que levou a Plastifluor a estrear, em março de

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Perfil do fabricante – Plastifluor

2009, no segmento de graxas. “Produzir a graxa branca de teflon era algo natural para nós, já que fabricamos produtos de PTFE, e por essa razão a lançamos com sucesso no mercado brasileiro”, justifica o gerente co-mercial Antonio Carlos Pimenta, para quem as perspectivas de crescimento do produto são grandes nos próximos anos.

As graxas brancas atóxicas Firlub, comer-cializada para as indústrias automobilística, médica, alimentícia, aeronáutica, petroquími-ca etc, são formuladas à base de PTFE, cuja elevada resistência química o torna especial-mente indicado à lubrificação de máquinas e equipamentos onde não possa haver contami-nação dos produtos e materiais por eventuais vazamentos de lubrificantes, ou onde condi-ções ambientais agressivas possam degradar o lubrificante.

De acordo com o gerente comercial, a maior dificuldade na consolidação da Plas-tifluor neste segmento é encontrar represen-tantes competentes voltados ao segmento industrial que estejam dispostos a crescer em vendas junto com a empresa. “Sabemos que se trata de um produto que exige certo tempo de maturação junto à engenharia/qualidade de nossos futuros clientes para que, ao térmi-no de todos os ensaios e análises, passem a comprar conosco”, diz, assegurando que os preços das graxas brancas da empresa ofere-cem o melhor custo/benefício do mercado.

Por meio de parcerias com seus clientes, que garantem uma política comercial coesa e permite que todos seus distribuidores sejam competitivos, a Plastifluor ainda conta com uma equipe técnica especializada para aten-der seus clientes. “Mensalmente realizamos pesquisa de satisfação com os compradores, a fim de sabermos suas necessidades, dúvi-das e sugestões, com foco na busca da me-lhoria constante”, informa o gerente comer-cial, acrescentando que a consolidação da marca em todo o País também compreende investimentos em publicidade e propaganda nos meios de comunicação segmentados.

Lançamentos no fornoLíder na fabricação de fitas veda-roscas

no Brasil, a Plastifluor também é fabricante de tubos de PTFE e sua atuação se estende às in-dústrias automobilística, médica, alimentícia, aeronáutica, petroquímica etc.

Segundo Pimenta, para o curto e médio prazos, a Plastifluor, assim como toda empre-sa responsável e ética, foca seu crescimento de forma sustentável, respeitando todas as normas brasileiras, buscando o desenvolvi-mento de sua equipe de funcionários, repre-sentantes e clientes. “Temos profissionais ex-perientes que atuam no mercado há mais de 20 anos e que continuamente se atualizam

Antonio Carlos Pimenta, gerente comercial

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Perfil do fabricante – Plastifluor

O componente principal das graxas Firlub é o PTFE, um

polímero fluorado de elevada estabilidade química, constitu-

ído por átomos de carbono e flúor que formam uma cadeira

atômica longa e helicoidal.

Por ser extremamente forte a ligação química carbono-

flúor, a cadeia do PTFE apresenta baixíssima interação com

moléculas vizinhas, o que, para fins lubrificantes, se traduz

nas seguintes importantes propriedades:

toxidez zero – devido à sua elevada inércia química,

não reagem quimicamente com as substâncias com as quais

possa entrar em contato, mesmo que sejam produtos de alto

risco, como alimentícios e farmacêuticos. Nesse sentido po-

de-se afirmar que a toxidez das graxas é virtualmente nula.

resistência à água e intempéries – em função

da natureza química do PTFE, são altamente hidrorrepelen-

tes, sendo muito difícil removê-las das superfícies lubrificadas

pela simples ação da água. São também altamente resis-

tentes à ação dos raios solares e a variações da umidade

relativa do ar e da temperatura ambiente, podendo trabalhar

numa faixa de temperaturas de -50°C até 250°C.

Contaminação zero – são também inodoras e insí-

pidas, ou seja, não possuem odor ou sabor que possam

contaminar outras substâncias. Alem disso, por serem bran-

ca e semitranslúcidas, em geral não provocam manchas nos

produtos.

alto poder lubrificante – o baixíssimo coeficiente

de atrito e a elevada capacidade de formação de filmes do

PTFE, aliados à alta lubricidade do óleo de silicone, confe-

rem às graxas um alto poder lubrificante, significativamente

superior às graxas comuns.

resistência química – possuem elevada resistência

a ataques de agentes químicos, podendo ser aplicadas em

ambientes altamente agressivos, existentes em diversos pro-

cessos industriais.

informações técnicas

em cursos, palestras, feiras e viagens, for-mando uma equipe de colaboradores com ótimo desempenho”, assegura, acrescentan-do que crescer é a palavra de ordem dentro da empresa, “mas sempre ao lado de um ótimo ambiente de trabalho, próspero, ético e ordenado.”

Tendo como carro-chefe as fitas veda-rosca marcas Firlon, Puma e Gool!, que representam 80% de seu negócio, a Plas-tifluor espera aumentar, no curto prazo, a participação das graxas e dos tubos no fa-turamento. Conforme o gerente comercial, o crescimento anual da empresa tem se situado acima de 20%. “Para este ano a meta é alcançar expansão superior a 25% e manter este crescimento médio e aumento para os próximos anos”, prevê. Para tanto, a empresa planeja aumentar o mix de pro-dutos com mais lançamentos que ocorrerão em breve.

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Ácidos graxos de sebo e sojaÁcidos graxos de sebo e sojaÁcidos graxos de sebo e soja

Por Miriam Mazzi

BIOCOMBUSTÍVEIS ACENTUAM PERFORMANCE DO SETORApesar de, no Brasil, o setor de ácidos graxos de sebo e soja ainda ter muito a ser desenvolvido – só para se ter uma ideia, apenas a metade dos produtos derivados de ácidos graxos de soja é explorada localmente –, os fornecedores estão confi antes na sua consolidação, que começa a se desenhar por intermédio dos biocombustíveis.

A entrada e rápida expansão dos combustíveis renováveis no Brasil estão abrindo espaço para vários segmentos, alguns dos quais até vinham amargando quedas em

sua produção. Um deles é o de ácidos graxos de sebo e soja, que volta a atrair olhares e a exibir prestígio no setor. “Nos últimos anos a pro-cura por combustíveis renováveis tem aumentado muito, seja devido à preocupação ecológica ou devido ao preço do petróleo. Diante disso, o bio-diesel assumiu um local de destaque, principal-mente no Brasil, por este ter grande parte de seu território propício para plantio o ano inteiro e por ser um dos maiores produtores mundiais de soja, assim como por apresentar vantagens ecológicas, sociais e econômicas”, argumenta alessandra F. Guerra, supervisora de marketing da Quími-ca Anastácio, empresa com quase 70 anos no mercado, período no qual iniciou suas atividades fabricando glicerina animal e vegetal, ácido oléi-co e ácido esteárico. Possuindo atualmente port-fólio com mais de 300 produtos utilizados em indústrias dos segmentos de cuidados pessoais, processos industriais e alimentos, a distribuidora prevê crescer 30% sobre o ano anterior.

danieli Tunin dos Reis, operadora de mercado da Oil Company, acrescenta que, graças à fabricação de biodiesel a partir de oleoquímicos, é possível estabelecer um ciclo

fechado de carbono, no qual o dióxido de car-bono, responsável por cerca de 64% do efeito estufa, é absorvido quando a planta cresce e é liberado quando o biodiesel é queimado na combustão do motor. Fornecedora de ácido graxo de soja destilado (usado em lubrifi can-tes, resinas e elastômeros), ácido graxo bruto de palma (lubrifi cantes), e ácido graxo de algo-dão (queima em caldeira), a empresa está con-fi ante nos ganhos e aumentos do setor, que em 2010 deve representar 20% dos seus lucros. “Estamos desenvolvendo a comercialização de derivados de ácidos graxos de soja, sebo, ma-mona, algodão e palma”, antecipa Danieli.

Apesar da versatilidade dos ácidos graxos junto ao mercado de biodiesel, sabe-se que sua produção demanda processos mais complexos e que depende da qualidade das safras de produtos agropecuários, no caso dos vegetais. Entretanto, o mercado já está apresentando so-luções criativas para fugir da dependência da mãe natureza. “Com a entrada do biodiesel no mercado, as matérias-primas naturais e renová-veis passaram também a ter um desenvolvimen-to que favorecesse a oferta de vários tipos de materiais, livrando o setor da dependência de uma ou de outra. Como exemplo temos borras geradas de refi no de óleos como soja, algo-dão, milho e outras que estão sendo testadas na aplicação em biodiesel e para purifi cação

Ácidos graxos de sebo e sojaÁcidos graxos de sebo e sojaÁcidos graxos de sebo e soja

Danieli Tunin dos Reis, operadora de mercado da Oil Company

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Ácidos graxos de sebo e soja

de ácidos graxos destilados”, pondera Thaís Fernandes, gerente de Unidade Secativos da Aboissa Óleos Vegetais, que comercializa ácido oleico, ácidos graxos de soja brutos e ácidos graxos de sebo destilado. A estratégia da companhia para aproveitar o aquecimento do setor é manter investimentos em novas tecno-logias e equipamentos, vindas principalmente de Itália e Alemanha, em treinamento e suporte técnico para fabricantes de lubrificantes, incluin-do sugestão de novos produtos com custos mais baratos, mudança de formulações e desenvolvi-mento de processos junto aos clientes.

Para desatar o nó da falta de matéria-pri-ma, a Química Anastácio trabalha com esto-ques reguladores, visando suprir os períodos de entressafra de grãos. “Com isso, conse-guimos dar continuidade ao atendimento a nossos clientes sem prejudicar suas entregas e linhas de produção”, explica Claudinei Moreira, gerente comercial .

Soja x SeboPor sua vez, Danieli, da Oil Company,

lembra que o preço do óleo de soja, por exemplo, sofre várias influências além da en-tressafra. “Tamanho, volume exportado, tipo de produto, cotações internacionais. Tudo isso colaborou para o aumento da demanda do sebo”, diz, informando que esta é definida pela indústria de higiene e limpeza. “A oferta do sebo, por sua vez, depende do volume de abates que, na maior parte das vezes, não está atrelado a épocas específicas do ano”, explica, acrescentando que, em função do surgimento do biodiesel, surgiram outros sub-produtos, resíduos destes processos, como a glicerina (produto valorizado no mercado de sabões) e a borra (matéria-prima para fabrica-ção de ácido graxo), comercializados tanto no mercado interno quanto no externo.

Para Alessandra, da Química Anastácio, é nítida a tendência do mercado para au-mento do uso de produtos naturais. “Porém, o equilíbrio entre as proteínas animais, como suínos, bovinos e aves, no Brasil, garante a

oferta de matérias-primas oleoquímicas com custos satisfatórios”, diz.

Já de acordo com Thaís, da Aboissa, o mercado de ácidos graxos de sebo já pode ser considerado definido para a produção de aminas graxas, “não chegando a ser substi-tuído por outro tipo de ácido graxo como o vegetal”, completa.

Quanto à demanda de ácidos graxas à base de soja e os à base de sebo, há pontos a favor e contra cada um, segundo os especia-listas. Vale lembrar que ácido graxo de sebo normalmente passa pelo processo de destila-ção, sendo que o ácido graxo de soja pode ser dividido em dois tipos: ácido graxo de soja bruto, utilizado na fabricação de graxas, lubri-ficantes, biodiesel, massa pra vidros etc, e áci-do de soja destilado, empregado em produtos mais refinados, principalmente tintas e resinas.

“O esteárico obtido de fontes vegetais é valorizado pela alta pureza (88% na faixa de C18), além da certificação de origem, de ser natural e renovável, o que é importante para as áreas de cosmético e de alimentos”, argumenta Alessandra, completando que a abundância da soja permite, ainda, redução de preços, tornando-a uma excelente alterna-tiva aos consumidores.

Thaís Fernandes, gerente de Unidade Secativos da Aboissa Óleos Vegetais

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Ácidos graxos de sebo e soja

Por outro lado, os produtos de origem ani-mal, como o sebo, passaram a ter uso res-tringido pela Anvisa por conta do episódio da vaca louca (Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE), uma moléstia crônica degene-rativa que ataca o gado e que, no ser hu-

mano, é transmitida pela ingestão da carne de animais contaminados) , que enfrentou um recrudescimento nos últimos anos, principal-mente na Europa.

Entretanto, conforme Danieli, da Oil Com-pany, o complexo do boi gordo sempre teve uma importância estratégica para a economia. Ao se abater (e desmontar) um animal, os diver-sos produtos e subprodutos alimentam cadeias produtivas de mais de 40 segmentos industriais, tais como alimentos, fabricação de ácidos gra-xos, rações animais. “De qualquer forma, é provável que a oferta de sebo continue sendo determinada pela produção de carne, e não o inverso. Além disso, o custo de fontes alternati-vas estabelece um teto para o crescimento da demanda pelo sebo”, diz.

PoTenCiaiS Conforme explica a supervisora de marketing

da Química Anastácio, o sebo bovino é uma gor-dura animal que, assim como os óleos vegetais, é constituído de moléculas de triglicerídios. “Indús-trias especializadas extraem dos triglicerídios tanto o glicerol quanto os ácidos graxos e estes últimos, quando processados, visam a separação do áci-do oléico e ácido esteárico. O ácido oleico é mui-to utilizado na fabricação de sabão e sabonetes, lubrificantes, aditivos alimentícios e cosméticos; já o ácido esteárico ou estearina é muito utilizada na indústria da borracha, sendo necessária para con-ferir à massa do polímero suas características de flexibilidade”, diz, complementando que também estão presente no creme de barbear, no creme hidratante e mais uma série de cosméticos e são um aditivo importante nos processos industriais de transformações de plásticos.

Paulo de oliveira, da Lines Consultoria, que trabalha em parceria com a Aboissa, comenta que, embora cada qual tenha um direcionamento, ambos, no momento, estão em falta no mercado doméstico, o que requer, das empresas consumido-ras, eventuais importações dos produtos.

TendênCiaSNa avaliação de Thaís, da Aboissa, as

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Ácidos graxos de sebo e soja

tendências de mercado estão ligadas a novos desenvolvimentos, com substituição de algumas matérias-primas. “Com isso, a intenção é atin-gir o mesmo desempenho e com o custo mais baixo”, diz, exemplificando com a troca de áci-dos graxos de soja bruto pelos ácidos graxos de algodão ou substituição de ácido oleico de origem animal pelo de origem vegetal. “Sem esquecer, é claro, de comparar sempre valores atuais praticados pelo mercado e performance dos produtos a serem formulados”, aconselha.

Ainda de acordo com a gerente, o setor de ácidos graxos de sebo e soja tem muito a ser de-senvolvido, considerando que no Brasil se utiliza somente 50% dos produtos derivados de ácidos graxos de soja, enquanto os outros 50% depen-dem de tecnologia importada para se completar o ciclo de todo o ácido graxo a ser elaborado. “Tendo em vista que estamos atrasados neste setor, precisamos de evolução rápida, principal-mente em função de o Brasil ser um grande pro-dutor mundial de grãos”, conclui.

A Química Anastácio, que procura estar aten-ta às novidades que o mercado oferece, seja em termos de matérias-primas ou equipamentos,

visando atender da melhor forma possível os seus clientes, destaca, entre as tendências, o uso de produtos com ativos biodegradáveis, menos agressivos ao ambiente, uma vez que decom-põem na natureza e não apresentam riscos à saúde. “As diferenças funcionais entre os ácidos graxos constituintes dos óleos vegetais determi-nam as diferenças entre certas propriedades destes óleos tais como ponto de fusão, calor e peso específicos, viscosidade, solubilidade, rea-tividade química e estabilidade térmica. Devido à grande diversidade de óleos vegetais e alta pro-dutividade (soja, mamona, dendê, algodão, pu-punha), o Brasil demonstra grande abertura para uma nova alternativa energética”, conclui Heloí-sa Terra, líder de controle da qualidade.

Devido à modernidade nos processos e equipamentos industriais, a Oil Company conseguiu, segundo Danieli, desenvolver pro-dutos com especificações que atendem de melhor forma os clientes, cada um com suas necessidades em especial. “Um exemplo é o ácido graxo bruto de soja com índice de iodo alto (acima de 120). No caso de sebo, pro-curamos produto com baixa acidez”, diz.

Heloisa Terra, líder de controle de qualidade, Claudinei Moreira, gerente comercial e Alessandra F. Guerra, supervisora de marketing da Química Anastácio

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52 • Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2010

PRODUTOS & SeRviçOS

uniAmericA nA europA

mobil pArticipA dA mercoAgro Entre os dias 14 e 17 de setembro,

a Mobil Industrial Lubricants e o distri-buidor Schrader apresentaram, durante a Mercoagro – 8ª Feira Internacional de Negócios, Processamento e Indus-trialização da Carne, uma linha de produtos destinados à indústria alimen-tícia: Mobil SHC Cibus. A nova famí-lia é composta por lubrifi cantes 100% sintéticos, com registro NSF H1, que têm como objetivo garantir o funciona-mento dos equipamentos da indústria alimentícia e ajudar na redução dos riscos de acidente por contaminação.

A feira reúne empresas do setor ali-mentício relacionado ao processamen-to industrial de carnes: lubrifi cantes, máquinas, equipamentos, implementos, embaladoras, condimentos, correias, gases industriais, sistemas de tratamen-to de efl uentes, estufas e equipamen-tos para congelamento e refrigeração,

tripas, fi ltros, corantes, aromatizantes, impermeabilizantes, utensílios, entre cen-tenas de outros itens.

Atenta às necessidades do merca-do, a linha Mobil SHC Cibus está em conformidade com as exigências do FDA (Food and Drug Administration), órgão que regulamenta as atividades da indústria alimentícia e de medica-mentos nos Estados Unidos, e seus pro-dutos foram desenvolvidos com aval tecnológico internacional.

Os produtos oferecem proteção contra o desgaste de equipamentos garantindo estabilidade à oxidação em longo prazo, protegendo contra a ferrugem e a corrosão. “A linha Mo-bil SHC Cibus foi desenvolvida para atender um mercado em expansão nacional e internacionalmente. As máquinas que produzem alimentos e bebidas precisam de produtos de

qualidade tecnológica avançada, certifi cação internacional e garantia de proteção em caso de risco de con-taminação”, explica Sidnei Bincoletto, coordenador de marketing industrial – Mobil Lubrifi cantes.

Destino Europa. Este é o novo cami-nho trilhado pela UniAmerica, que aca-ba de inaugurar uma fi lial em Londres (foto). A empresa, que é distribuidora de matérias-primas para a indústria, passa a centralizar na capital inglesa os negócios realizados tanto no mer-cado europeu quanto asiático, antes realizados no Brasil. A intenção da em-presa é fornecer aos clientes soluções integradas e, com isso, atingir volume maior de operações globais, além de contato mais próximo com os clientes europeus e asiáticos. Segundo a dire-ção da empresa, a fi lial também deverá acrescentar valor aos negócios pratica-dos na América Latina, consolidando a posição de companhia globalizada.

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NOSSAS SOLUÇÕES

Nossas soluçõespara lubrificantes

- Aminas (DEA, MEA e TEA)

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PRODUTOS & SeRviçOS

AbimAq oferece lubrificAntes mAis bArAtos pArA AssociAdAs

Desde agosto, os associados do Sistema Abimaq (Associação Bra-sileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) podem adquirir óleo lubrificante da BR Distribuidora – sub-sidiária da Petróleo Brasileiro S.A., com condições especiais. Isto graças à parceria entre a associação, a Pe-trobras e o Portal B2B Abimaq, firma-do em maio deste ano.

Segundo Daniel Machado, gerente do Portal B2B, a média de descontos é de 30%. “Os descontos variam de acordo com o tipo do produto. Existem produtos com até 77% de desconto se compararmos com a rede revendedora do País”, conta.

Após quase sete anos desde o iní-cio das negociações, foi em 2010 que a parceria foi firmada, concedendo descontos para a aquisição de óleos lubrificantes da Petrobras Distribuidora contando, ainda, com condições espe-ciais de pagamento.

Para o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, esta iniciativa re-presenta uma alternativa na briga dos fabricantes de máquinas e equi-pamentos nacionais pela competi-tividade. “Considerando que mais de 70% das nossas associadas são pequenas e médias empresas – que, pelo volume relativamente baixo de compras, acaba tendo pouco poder de barganha – poder comprar óleos lubrificantes com bom preço e prazo, através do Portal B2B Compras Coo-peradas, representa uma ferramenta inédita e poderosa”, comemora.

Antônio Carlos Caldeira, titular da Gerência de Grandes Consumidores da Petrobras Distribuidora, ressalta

que, também para eles, a parceria é uma conquista importante, pois per-mite negociar com as empresas de pequeno e médio portes. “Além de nos permitir chegar a esse público, a parceria nos aproxima ainda mais do segmento industrial, o que nos permite estudar a possibilidade de comerciali-zar outros produtos através do Portal”, complementa.

Apenas as empresas associadas têm um pré-cadastro no banco de dados da Petrobras. Para fazer a compra, é necessário que o associa-do solicite seu login e senha ao B2B Abimaq, para ter acesso à platafor-ma, que permite checar o preço de cada produto.

Já estão disponíveis mais de 200 tipos de óleos, em diferentes embala-gens (tamanhos) e em cinco catego-rias: industrial, graxas, automotiva, marítima e ferroviária. Está prevista a inserção de mais de 300 tipos na

plataforma de compras cooperadas até 2011.

Caso um associado costume ad-quirir outra marca de óleo e deseje comprar através do Sistema de Com-pras Cooperadas produtos da Petro-bras, ele deve contatar o Suporte BR Distribuidora, conforme acrescenta Machado: “Como cada fabricante possui uma denominação e nome de mercado diferentes para os vários ti-pos de óleos existentes no mercado, a BR Distribuidora disponibilizou uma Central de Atendimento 0800 e um e-mail para auxiliar o associado a loca-lizar o nome do produto equivalente da Petrobras”.

O pagamento pode ser realizado de duas maneiras: faturado para dez dias ou faturado em 30, 60 e 90 dias. Esta última forma de pagamen-to foi uma solicitação do presidente da Abimaq e prontamente atendida pela Petrobras.

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PRODUTOS & SeRviçOS

cAstrol brindA colecionAdores

Colecionadores e apreciadores de miniaturas têm agora a oportuni-dade de levar para casa cinco di-ferentes modelos de miniaturas de carros ou, ainda, as miniaturas de motos oficiais da equipe Honda no Campeonato Mundial de Moto Velo-cidade. Trata-se da promoção Super Máquinas Castrol que, na compra de quatro litros de marcas da empresa mais R$ 18,90, oferece ao consumi-dor um dos cinco diferentes modelos de miniaturas disponíveis: Audi R8, Lamborghini Gallardo LP 560-4 e Porsche Boxster (Castrol Magnatec) ou Mini Cooper e o Mini Cooper Cabriolet (Castrol GTX Ecoflex).

Para consumidores de produtos

para motos, na compra de dois litros de lubrificantes para motos Castrol – Castrol Actevo GP (Honda RC 212 V – moto de corrida desenvolvida pela Honda Racing Corporation, com motor de 800 cc, para competir no Moto GP) ou Castrol Actevo Extra (modelo da versão oficial da equipe Honda no campeonato, edição de 2007, ano da primeira corrida ofi-cial da categoria Moto GP) – mais R$ 12,90, o consumidor leva mode-los de miniaturas de motos do cam-peonato mundial de moto velocidade da categoria Moto GP, equipe Hon-da, patrocinada pela Castrol.

Todas as miniaturas são confec-cionadas em metal e fiéis aos mode-

los originais nos mínimos detalhes, edições de colecionadores. Foram exclusivamente trazidas pela Castrol do fabricante Maisto – referência no mercado de miniaturas. As miniatu-ras dos carros são na proporção de 1:24, já as das motos são na propor-ção de 1:18.

A promoção Super Máquinas Castrol inicia em outubro e segue até o final de dezembro, ou término dos estoques. A promoção está dis-ponível em todo o Brasil nos pontos de venda participantes identificados com material de divulgação da pro-moção. Verifique a disponibilidade das miniaturas no respectivo ponto de venda.

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PRODUTOS & SeRviçOS

silubrin ApresentA A lubetV

eVentos AgitAm setor de mobilidAdeTrês painéis – Meio Ambiente, Transporte Urbano e Energia –, 55 trabalhos técnicos e a Mostra de Tecnologia deram

o tom do XVIII Simpósio Internacional de Engenharia Automotiva (Simea), realizado nos dias 22 e 23 de setembro, no Hotel Transamérica, em São Paulo.

O evento, realizado pela AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva teve como tema “Desafios e Bene-fícios da Harmonização Global das Regulamentações Aplicadas na Tecnologia da Mobilidade.”

Já o Congresso SAE Brasil – realizado pela entidade homônima – debateu, de 5 a 7 de outubro, no Expo Center Norte, em São Paulo, o tema ‘Competências da Engenharia Brasileira para a Mobilidade do Futuro’ em 20 painéis temá-ticos de veículos de passageiros e comerciais, manufatura, tecnologia da informação, gestão, educação, aeroespacial, máquinas agrícolas e de construção, duas rodas e ferroviário.

(Mais informações e fotos sobre estes eventos podem ser acessadas no site:) www.lubgrax.com.br

Com uma linguagem simples e to-talmente voltado ao profissional da ma-nutenção e lubrificação das empresas, a Silubrin lançou em setembro a Lube-TV. O objetivo é que os próprios cola-boradores enviem seus vídeos com as melhores práticas e soluções encontra-das para seus clientes e registrem isso em vídeo “A idéia principal é valorizar o que nosso colaborador aplica como solução na empresa do cliente, focan-do na resolução do problema e não só na prestação do serviço”, afirma Maurício Preto, diretor de Marketing e Negócios da empresa.

A LubeTV contará exclusivamente com os “Lubrificadores-repórteres” para manter as novidades no ar, e o proces-so é muito simples, basta gravar o vídeo (com qualquer tipo de equipamento) e postar no Blog da Lubrificação (blogda-

lubrificacao.com.br), canal já conheci-do entre eles. Outros meios internos tam-bém serão usados para a divulgação da LubeTV, já que a Silubrin prioriza a comunicação interna como importante ferramenta de interação.

A empresa possui um amplo leque de ferramentas de comunicação in-terna, entre os quais a produção do vídeo “Bate-papo Silubrin”, no qual o novo colaborador pode conhecer de uma maneira muito descontraída e até divertida as normas e valores da empresa, e a criação do “Silubrino”, um simpático personagem que leva as mais diferentes informações ao co-laborador, desde noções financeiras, segurança no trabalho até informações importantes sobre o meio ambiente.

As ações voltadas ao mercado fo-ram reconhecidas. O Portal Manuten-ção.Net realizou uma pesquisa nos últi-mos meses para que o público votasse nas empresas de maior relevância no mercado nacional de manutenção den-tro de várias categorias. A Silubrin foi a vencedora em Serviços de Manuten-ção, com 24,8%.

As empresas que ficaram entre as cinco mais de cada categoria ganha-ram o selo de uso exclusivo “Empresa Destaque na Manutenção” e podem divulgá-lo oficialmente. “Para nós é um grande orgulho saber que nosso nome, e principalmente os nossos serviços, es-tão virando Top of Mind no segmento da manutenção”, destaca Preto, para quem o selo “demonstra o quanto nosso traba-lho está sendo valorizado pelo mercado, e isso é o nosso maior reconhecimento.”

A pesquisa, realizada por meio de questionário com perguntas abertas pela internet, contou com 4,7 mil res-pondentes, entre diretores, gerentes e profissionais de 1,2 mil empresas de diversos segmentos em todo o Brasil.

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58 • Revista LUBGRAX • setembro/outubro 2010

EDITORIALISTA cOnvIDADA

Fazendo hoje, cuidando do Futuro

(*) Eliane Oliveira

desde muitos anos atrás, prin-cipalmente após a década de 60, com as várias mudanças tecnológicas, sociais e climá-ticas, o termo sustentabilidade

vem sendo discutido e laborado como um grande desafio: o de transformar algo tão abstrato em uma nova visão de mundo e em realidade concreta.

O uso do termo sustentabilidade au-mentou significativamente em todo o mun-do e, não é raro, nos depararmos com a utilização somente como um adjetivo (gre-enwashing) e não como conduta que espe-lhe ações efetivas. Isso pode causar certo “descrédito” em relação à palavra, porém, independente do mau uso, as corporações no geral têm aderido à ideia, seja por con-vicção, por conveniência ou ainda por for-ça da legislação que vem estabelecendo critérios para uma economia mais sustentá-vel e inclusiva.

No campo corporativo, o conceito sus-tentabilidade foi edificado com base nas três vertentes que ditam que os negócios devem ser economicamente viáveis, am-bientalmente corretos e socialmente justos. Ser sustentável para as organizações deve representar, dessa forma, a busca do equi-líbrio entre essas variáveis.

Compreender o que realmente signifi-ca esse conceito depende, principalmen-te, de uma nova postura empresarial, que alavanca mudanças de cultura, quebra de paradigmas e, por este perfil, exige tempo, paciência e dedicação.

O ideal é que, independente de seu ta-manho, cada empresa olhe para além dos seus muros, percebendo o papel que exer-

ce na sociedade onde está inserida e a sua parcela de responsabilidade para com o mundo e com a sua própria perenidade.

Podemos buscar apoio em uma palavra antiga e já consolidada em nosso vocabu-lário: a prosperidade. O estado de próspe-ro nos remete a um ser bem-sucedido em relação a dinheiro, saúde e relacionamen-tos; a sustentabilidade nos leva a pensar em dimensões semelhantes, nos trazendo a sensação de que, no fundo, o que quere-mos, é a mesma coisa: garantir o progresso com dignidade e satisfação para todos os envolvidos. Desejamos ser prósperos.

Olhando desta forma, refletimos que, no pilar econômico, o lucro gerado por empre-sas se faz necessário para girar a engrena-gem da economia. No pilar ambiental, nos deparamos com a necessidade de zelar pelos recursos naturais (principalmente os não renováveis), preservando, fazendo uso racional e mitigando impactos, criando me-canismos de desenvolvimento sustentável.

No tocante ao social, a postura ideal é a da cooperação, pois a soma de esforços traz um resultado positivo para todos com a continuidade da vida, a longevidade dos negócios e da humanidade.

Orgulhe-se! Você é um ser pensante e atuante: repense, reduza, reuse, recicle, recrie, ensine, reaprenda, pois todos nós podemos, com pequenas ações no nosso dia-a-dia, fazer acontecer a tão necessária sustentabilidade.

*Eliane Oliveira, gerente de marketing corporativo do Grupo Lwart, é relações públicas formada pela Universidade de Bauru, com MBA em Administra-ção de Marketing pela Fundação Getúlio Vargas.

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3ª CAPA

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