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Produção de prográmas radiofónicos Manual do produtor de programas de rádio

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Produção de prográmas radiofónicos

Manual do produtor de

programas derádio

Sobre as organizações envolvidas: FORCOM Fundado em 2004, o Fórum Nacional das Rádios Comunitárias, Organização Não Governamental designada por FORCOM , é um organismo colectivo, representativo e defensor dos interesses das Rádios Comunitárias de Moçambique. O FORCOM trabalha para promover o fortalecimento das Rádios Comunitárias nacionais com vista a assegurar a sua sustentabilidade a longo prazo. É, também, uma entidade privilegiada de interacção entre as Rádios filiadas, por um lado e, por outro, entre elas e as autoridades públicas em geral, nomeadamente o Governo de Moçambique, bem como o sector privado e outras forças vivas da sociedade. www.forcom.org.mz UNICEF UNICEF, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, foi estabelecido em 1946 pelas Nações Unidas e neste momento trabalha em 190 países através de Programas e Comités Nacionais. O seu objectivo fundamental é ajudar a criar um ambiente protector para as crianças do mundo inteiro. O UNICEF está presente em Moçambique desde 1975. As áreas focais actuais são a sobrevivência e desenvolvimento da criança, HIV e SIDA e educação básica com foco na igualdade de género, qualidade e protecção da criança. www.unicef.org/mozambique Media Support A Media Support foi fundada como uma ONG inglesa independente e empresa de consultoria em 2001 com o objectivo de usar a mídia – particularmente a rádio – para oferecer informação e educação, e promover as metas de desenvolvimento e democracia nos países em desenvolvimento. Através da sua rede de especialistas, a Media Support trabalha com emissoras locais para criar programas de rádio e vídeo que ajudam as pessoas a entenderem as questões que afectam as suas vidas. A maior parte do seu trabalho concentra-se na formação e programação em rádio mas também inclui televisão, imprensa, internet e teatro comunitário. www.mediasupport.org

Título: Manual do Produtor – Um manual sobre como produzir programas radiofónicos educativos © Texto e Áudio: Media Support, FORCOM, UNICEF Autor: Salvatore Fiorito Assessoria Técnica da Media Support: Lena Vind-Andersen, Nicola Harford, Rogério Matralha, Eunice Chichava Revisão e Edição: Nadalina Sitoe Pscheidt Produtor dos exemplos áudio: Salvatore Fiorito Layout: Lena Vind-Andersen Ano de produção: 2012 A informação e ilustrações contidas nesta publicação podem ser livremente reproduzidas, publicadas ou usadas sem permissão da Media Support, FORCOM ou UNICEF. Contudo, estas organizações requerem que sejam citadas como fontes de informação. A primeira edição deste manual foi possível graças ao apoio do UNICEF. Os conteúdos são da responsabilidade do autor e não reflectem necessariamente a opinião do UNICEF. Projecto N°: 2010-028/UNICEF. Impressão: Académica, Lda. Colaboradores chave que apoiaram o desenvolvimento deste manual: O Grupo de Referência, que realizou a revisão e aconselhamento: FORCOM: João dos Santos Jerónimo, Benilde Nhalevilo, Luísa Banze, Hortêncio Jeremias UNESCO: Zulmira Rodrigues, Noel Chicuecue, Lina Timana UNICEF: Dulce Nhacuongue, Ombretta Baggio, David Magaia N’WETI: Denise Namburete, Vanessa Macamo, Gildo Nhapuala O grupo de produtores e coordenadores de rádio, que fizeram o pré-teste dos materiais: João dos Santos Jerónimo, Hortêncio Jeremias, Olga Mutemba, Gerson Norte, John Chekwa, Suzana Langa, Anselmina Cesário, Octávio Fonseca, Amade Ismael, Luísa Banze

Ficha técnica

A equipa que participou na produção dos exemplos áudio: Apresentadores/Locutores: Carmen Pereira - Edrice Mujaide - Gleice Mirana Baroneth Vilaça - Carlos Anselmo Ganunga - Hamilton Antonio Piletiche. Actores: António Pio Nhamizinga Garcia - Ernesto João Lemos - Gilda Cristina Batista Namanga. Escritor do Mini-Drama: António Pio Nhamizinga Garcia. Moderadora do Mini-Debate: Albertina Palaulane. Técnicos de som: Rogeiro Matralha - Rui Massingue - Hélder Felizardo - Salvatore Fiorito As organizações que contribuíram para a produção dos exemplos áudio: Ministério da Educação - Centro para Programas de Comunicação da Universidade Johns Hopkins, Moçambique – UNICEF – FORCOM - Sal Production.

A Media Support agradece a todos que contribuíram para a produção deste material, incluindo aqueles que não foram aqui mencionados pelo nome.

Prefácio

Este manual faz parte de um conjunto de ferramentas desenvolvidas com objectivo de contribuir para o enriquecimento de todo o manancial de instrumentos e materiais que permitam a produção de melhores conteúdos para as rádios comunitárias. O processo da produção destes materiais foram acompanhados de uma Formação de dez (10) Formadores provenientes das Rádios Comunitárias como forma de potenciar e maximizar o capital humano existente ao nível das Rádios Comunitárias. O sector das Rádios Comunitárias em Moçambique é uma plataforma de advocacia e disseminação de informação valiosa atingindo Moçambicanos de diferentes origens no seu ambiente e língua local. O grande potencial das rádios comunitárias alcançarem e atraírem uma audiência grande e leal, através do desenvolvimento de conteúdos e participação da comunidade, é uma clara indicação de que a formação de produtores de rádio é essencial. O conjunto de ferramentas é constituído por três manuais e três guias temáticos: O Manual do Produtor é para o uso de todos os produtores de rádio locais. O manual apresenta métodos de trabalho úteis para a produção participativa de programas radiofónicos educativos para crianças e adultos em rádio comunitária. O Manual de Formadores de Produtores é para uso de formadores que pretendem educar produtores de rádio locais a produzirem bons conteúdos para rádio. Contém exercícios que podem ser usados para estruturar um curso. O Manual de Formação de Formadores é para uso de formadores que desejam educar outros formadores em habilidades de facilitação participativa. Contém informação básica acerca da aprendizagem humana e habilidades para a vida assim como exercícios que podem ser usados para estruturar um curso sobre como ensinar a ensinar. Para além disso, foram produzidos três (3) guias temáticos com o objectivo de apoiar os produtores das rádios comunitárias na sua importante tarefa de produzir programas em cada uma das três áreas temáticas: Direitos da Criança com enfoque na prevenção contra violência e abuso sexual da criança. Prevenção do HIV com foco no estigma. Sobrevivência e Desenvolvimento da Criança (Malária, Promoção de higiene, Prevenção da diarreia e cólera e Aleitamento materno). Cada guia é composto por uma secção de informação básica sobre cada assunto e uma secção que introduz a metodologia para transformar ideias e informações em programas locais contendo mensagens específicas e questões sensíveis nos temas seleccionados. Com esta iniciativa, o FORCOM espera contribuir para a necessidade contínua de capacitação para garantir uma produção, disseminação e monitoria de qualidade dos programas de rádio que possam trazer mudanças sociais e de comportamento dentro das comunidades que servem. Agradecemos ao UNICEF, a Media Support, ao Grupo de Referência e de Revisão e a equipa que

participou na produção dos exemplos áudio, pela sua incondicional contribuição na produção destas ferramentas. Acreditamos que estes produtos irão contribuir para a melhoria da qualidade dos pro-gramas produzidos nas rádios comunitárias. A todas e todos, o nosso KANIMAMBO!

Benilde Nhalevilo

Benilde Nhalevilo Directora Executiva do FORCOM 2012

Secção 3 Exercícios de Introdução

1.1 Recrutamento de produtores 13 1.2 Selecção 14 1.3 Integração dos produtores seleccionados 16 1.4 Magazine educativo e descrição das componentes mais comuns 17 1.4.1 Magazine 18 1.4.2 Descrição das componentes mais comuns do magazine educativo 19 1.5 Quadro de Funções 23 1.5.1 Repórter de Vox-Pop 24 1.5.2 Repórter de Testemunha 25 1.5.3 Escritor de Mini-Drama 27 1.5.4 Repórter de Entrevista 29 1.5.5 Moderador de Mini-Debate 31 1.5.6 Apresentador do Programa 33 1.5.7 Editor de Som 36 1.5.8 Líder de Produção 38 1.6 Captação e edição de som digital 40 1.6.1 Uso de Microfone 41 1.6.2 Uso de Gravador 41 1.6.3 Estúdio de gravação improvisado 42 1.6.4 Edição de som digital 43 1.6.5 Gravação de áudio files em CD 46 1.7 Auto-avaliação 47 1.8 Definição de Termos 49 1.9 Exemplos Áudio 50 1.10 Microsoft Word 51 1.11 Lista de recursos adicionais 51 1.12 Anexos 52 1.12.1 Exemplo de Guião com texto de apresentação completo 53 1.12.2 Exemplo de Guião que apenas indica a sequência 56 1.12.3 Exemplo de texto de Mini-Drama 57

Introdução 8

Módulo 1 - Orientações preliminares 11

Indíce

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2.1 Como desenvolver uma matriz de pesquisa inicial 59 2.2 Auto-avaliação 71 2.3 Definição de termos 72

Módulo 3 - Desenvolvimento de plano de conteúdos 74

58 Módulo 2 - Pesquisa inicial

3.1 Como desenvolver um plano de conteúdos 75 3.2 Pré-teste 89 3.3 Auto-avaliação 90 3.4 Anexos 91 3.4.1 Exemplo de plano de conteúdos (Nº 02 – 2011) 92 3.4.2 Exemplo de plano de conteúdos (Nº 03 – 2011) 93 3.4.3 Exemplo de Questionário para Pré-teste colectivo de plano de conteúdos 94 3.4.4 Propostas de textos introdutivos e guiões de perguntas para debates 95

Módulo 4 - Produção, Promoção, Radiodifusão e Concurso na Escola 103

4.1 Produção de programas educativos 104 4.2 Promoção 108 4.3 Radiodifusão 110 4.4 Concurso na Escola 111 4.5 Auto-avaliação 116

Módulo 5 - Monitoria e Avaliação 117

5.1 Monitoria e Avaliação 118 5.2 Sustentabilidade 120 5.3 Auto-avaliação 121 5.4 Anexos 122 5.4.1 Exemplo de Livro de Registo de SMS 123 5.4.2 Questionário de avaliação do programa Mundo sem Segredos (2006) 124

Indíce

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Intr

od

ução

Introdução

O Manual apresenta métodos de trabalho que facilitam o uso da rádio como um instrumento eficaz de comunicação participativa para saúde, educação, desenvolvimento de habilidades para a vida e para outros assuntos chave de interesse local. Usuários: Produtores, sejam adultos ou crianças, das rádios comunitárias. Este Manual encontra-se dividido em cinco Módulos:

Orientações preliminares Pesquisa inicial Desenvolvimento de plano de conteúdos Produção, Promoção, Radiodifusão e Concurso na Escola Monitoria e Avaliação.

Módulo 1

Módulo 2

Módulo 3

Módulo 4

Módulo 5

Introdução

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Introdução

Os cinco Módulos

Introdução

Módulo 1: Apresenta orientações preliminares específicas (incluindo um CD com vários exemplos áudio) úteis para a criação de uma equipa de produção e auto-capacitação da mesma para o uso dos métodos de produção apresentados nos módulos 2 a 5 deste Manual. Módulo 2: Em geral um programa educativo é de qualidade quando gera interesse na comunidade, atinge uma larga audiência, apresenta uma boa qualidade sonora e é divertido, mas apresenta ainda mais qualidade quando corresponde às necessidades educativas da comunidade, como por exemplo quando explora dificuldades que afectam a mesma e procura formas de resolvê-las. Neste contexto, este módulo apresenta um método de pesquisa inicial, que ajuda a recolher, analisar e organizar estas necessidades da comunidade, incluindo comportamentos chave e atitudes, úteis para a produção de programas radiofónicos virados à mudança de comportamento. Módulo 3: Apresenta técnicas relativas ao desenvolvimento de planos de conteúdos. Um plano de conteúdos permite: 1. A produção de formatos radiofónicos interactivos com várias

componentes promotoras do desenvolvimento e aquisição de habilidades para vida; e

2. Harmonizar os conteúdos das diferentes componentes, orientando assim, o alcance do objectivo (ou objectivos) do programa.

Módulo 4: Apresenta técnicas específicas relativas a: 1. Produção de programas radiofónicos educativos com várias

componentes, pré-gravados ou em directo; 2. Promoção de programas; 3. Radiodifusão (apresenta modelos de programação radiofónica); 4. Produção e veiculação de concursos na escola. Módulo 5: Oferece técnicas de monitoria eficazes e de baixo custo, úteis para a recolha regular de informação (comentários/sugestões) por parte da equipa de produção e técnicas de Avaliação.

Os cinco módulos:

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Trabalho de Equipa PHEM:

Em síntese, o Manual facilita um trabalho de equipa PHEM:

1. Participativo, porque prevê o envolvimento directo da comunidade;

2. Orientado para a aquisição e promoção de Habilidades para vida,

porque os programas são produzidos e veiculados tendo em conta os temas de interesse local, formatos interactivos e componentes (rubricas) específicas promotoras de habilidades para vida;

3. Promotor da metodologia Edutainment, porque os conteúdos

educativos são apresentados através de formatos radiofónicos que incluem educação e entretenimento;

4. Virado para Mudança de comportamento, porque explora a

capacidade da audiência alvo de identificar a sua própria situação actual (preocupações) e de envolver-se na busca de soluções.

Introdução

Introdução

É necessário salientar que os métodos apresentados neste Manual são resultado de boas práticas e lições aprendidas em várias formações e produções radiofónicas realizadas em Moçambique. Contudo, é importante ter em mente que o que é considerado uma boa prática em um determinado contexto pode não ser aplicável em outro contexto, portanto, os métodos, quando necessário, prevêem uma adaptação ao novo contexto.

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Participativo

Edutainment

Mudança de

comportamento

Habilidades para vida

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Módulo 1 Orientações preliminares

Este módulo apresenta orientações preliminares específicas (incluindo um CD com vários exemplos áudio) úteis para a criação de uma equipa de produção e auto-capacitação da mesma para o uso dos métodos de produção apresentados nos módulos 2 a 5 deste Manual.

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Orientações preliminares

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1.1 Recrutamento de produtores

1.2 Selecção

1.3 Integração dos produtores

seleccionados

Módulo 1 Orientações preliminares

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Métodos

Perfil do produtor a recrutar

1.1 Recrutamento de produtores Este Manual incentiva que os produtores de programas radiofónicos educativos estejam organizados em equipas de produção. Uma equipa de produção, ou grupo editorial, é um grupo de produtores de programas de rádio que trabalham juntos e individualmente de uma forma participativa para a realização de um ou vários programas sobre uma certa área temática. Uma equipa, dependendo do tipo de programa, pode ser formada por crianças, adolescentes ou adultos, por dois a oito produtores (por exemplo 2 Apresentadores, 2 Editores de som, 2 Entrevistadores, 1 Escritor, 1 Moderador, um destes pode ser o Líder de produção), cada um com tarefas diferentes mas todos orientados para o alcance do objectivo do programa. Neste contexto, quando necessário, o primeiro passo é recrutar produtores, por exemplo através: De um simples cartaz colado numa escola ou no mercado; De um spot radiofónico; Dos membros chave da comunidade; Do método passa palavra; Outros. O anúncio, basicamente, deve conter as seguintes informações: Quem é o promotor; O que se pretende fazer; Perfil desejado do produtor a recrutar; Local, dia e hora do encontro para confirmar a manifestação de

interesse. Dependendo das necessidades, o anúncio pode ser direccionado a um público específico, como por exemplo só para crianças, ou adolescentes ou adultos, mas também pode ser direccionado a um público misto. É aconselhável formar uma equipa com igual número de mulheres e homens ou meninas e meninos. Não é necessário procurar especialistas, mas é preciso encontrar pessoas que manifestem entusiasmo, criatividade, aptidão para trabalhar em equipa, que tenham uma atitude saudável perante a vida e a saúde, que gostem de ser voluntários da comunidade para a comunidade e sobretudo, que tenham o potencial de ser bons comunicadores ou seja, que tenham o potencial de fazer com que as pessoas interajam entre elas, pensem, imaginem, criem uma boa conversa, falem sobre as dificuldades que afectam a comunidade e formas de resolvê-las. De preferência, o recrutamento de produtores deve ser feito periodicamente (por exemplo semestralmente ou anualmente) mesmo quando a equipa já estiver completa, isto porque interesses e oportunidades diferentes podem facilmente criar um vazio na equipa (para mais detalhes sobre este aspecto veja Módulo 5 - Secção 5.2 - Sustentabilidade).

Módulo 1 Orientações preliminares

Recrutamento de produtores

Orientações preliminares

O anúncio

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Métodos

1.2 Selecção É necessário dar oportunidade a todos que manifestarem interesse em fazer parte do processo de selecção. O grupo de seleccionadores deve ser constituído por pelo menos três membros, um facilitador para o processo de selecção e dois avaliadores que anotam as observações. A selecção pode ser feita através de diversos métodos, como jogos de papéis, quebra-gelo, chuva de ideias, debate, etc., bem como através dos métodos propostos a seguir, dentre os quais os promotores podem escolher os mais apropriados:

Módulo 1 Orientações preliminares

Selecção

Orientações preliminares

Método 1 - Bate um bate dois (Auto-apresentação).

Objectivo: Avaliar a habilidade de concentração e observação.

Participantes: 6 à 16 pessoas (actividade em grupo). Material necessário: Espaço suficiente para todos. Duração: Cerca de 5 minutos (depende do número de

participantes). Como desenvolver: As pessoas devem formar um círculo, a primeira pessoa bate as palmas uma vez e diz o seu nome, seguindo o sentido horário, os outros membros do círculo devem repetir o procedimento (bater palmas uma vez e dizer o seu nome), se alguém bater palmas duas vezes, o sentido em que as pessoas iam se apresentando muda, isto é, se estavam a usar o sentido horário passam a usar o sentido anti-horário e continuam a bater palmas uma vez e dizer o seu nome até que outra pessoa bata as palmas duas vezes e o sentido mude novamente. A velocidade deve variar, e quem estiver distraído e não conseguir seguir as regras sai do grupo.

Método 2 Homens são...Mulheres são...ou Meninas são...Meninos são...

Objectivo: Avaliar habilidades de comunicação, fazer escolhas, argumentar opiniões e defendê-las.

Participantes: 4 à 10 pessoas (actividade em grupos). Material necessário: Cadeiras, resma, canetas, folha grande, quadro

e marcador. Caso este material não esteja disponível, pode se usar material local alternativo.

Duração: Cerca de 20 minutos (depende do número de participantes).

Como desenvolver: Formar um grupo de mulheres e outro de homens. O grupo de

mulheres (ou raparigas) escreve numa folha grande uma descrição dos homens, isto é, como acham que os homens são e o grupo de homens (ou rapazes) escreve a sua descrição das mulheres;

Em seguida uma representante do grupo das mulheres lê os resultados para os homens e um homem lê os resultados para as mulheres;

A seguir inicia-se o debate: os homens concordam com a descrição que as mulheres fizeram deles (sim/não, porquê)? E as mulheres?

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Módulo 1 Orientações preliminares

Selecção

Orientações preliminares

Método 3 - Busca Busca...

Objectivo: Avaliar habilidades de comunicação (verbal, escrita e escuta activa) e de recolha de informação.

Participantes: 4 à 10 pessoas (actividade em grupos). Material necessário: Cadeiras, resma, canetas, gravador (opcional).

Caso este material não esteja disponível, pode se usar material local alternativo.

Duração: Cerca de 20 minutos (depende do número dos participantes).

Como desenvolver: Trabalhar em grupos de dois (um entrevistado e um entrevistador). O entrevistado sugere o tema da entrevista e o entrevistador prepara 3 perguntas com o objectivo de obter informações relevantes em relação ao tema e faz a entrevista. A seguir os papéis podem ser trocados, isto é, entrevistador passa a ser entrevistado e vice-versa.

Objectivo: Avaliar criatividade, atitudes, valores e habilidades de comunicação.

Participantes: 4 à 10 pessoas (actividade em grupo). Material necessário: Cadeiras. Duração: Cerca de 20 minutos (depende do número dos

participantes). Como desenvolver: O que penso (o que sinto, o que me vem à cabeça) quando escuto a palavra bem-estar? O facilitador pede aos participantes para falarem livremente durante cinco minutos sobre a palavra escolhida e vai apontando as ideias. A seguir organiza-se um debate sobre as respostas dadas.

Método 4 – O que vem à cabeça.

Objectivo: Avaliar habilidades de comunicação, conhecimento e observação.

Participantes: 4 à 8 pessoas (actividade em grupo). Material necessário: Cadeiras, resma, canetas, gravador (opcional).

Caso este material não esteja disponível, pode se usar material local alternativo.

Duração: Cerca de 20 minutos (depende do número dos participantes).

Como desenvolver: O facilitador pede aos participantes para desenvolverem os passos 2 a 8 da Secção 2.1 deste Manual e vai apontando as respostas e definições.

Método 5 – O quadro da minha comunidade.

No mesmo dia do encontro para a selecção, é necessário informar aos candidatos o local, dia e hora em que serão anunciados os resultados da selecção. No dia do anúncio, os candidatos não seleccionados serão convidados a ser colaboradores da rádio.

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Métodos

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Introdução ao Material de referência

Incentivos

1.3 Integração dos produtores seleccionados O Coordenador da rádio deve marcar um encontro com todos os candi-datos seleccionados, efectivos e colaboradores da rádio. Durante este encontro os candidatos seleccionados devem obter informação sobre estatutos, regulamentos internos, código de conduta, equipamento e recursos humanos que a rádio possui, quadro de funções, incentivos, problemas que a rádio enfrenta, entre outros. Com base na informação dada, cada candidato, individualmente, deve decidir se deseja ou não fazer parte da equipa de produção. Se a decisão, por parte do candidato, for positiva, é necessário assinar um contrato de trabalho entre o produtor e o presidente do Comité de Gestão da rádio onde entre outros, deve estar especificado que se trata de um trabalho voluntário. Se o candidato for uma criança, é necessário obter o consentimento do encarregado de educação. A seguir marca-se um novo encontro entre o coordenador da rádio e os novos produtores com o objectivo de introduzir o material de referência da rádio, como por exemplo o Manual do Produtor, Material relativo a ética e Cuidados a ter com a linguagem na cobertura radiofónica, especificamente na linguagem usada no contexto do HIV e SIDA e Casos de abuso sexual de crianças. Nota: Este Manual faz parte de um conjunto de ferramentas constituído por três manuais e três guias temáticos, portanto, para aprofundar mais estes aspectos veja: Guia temático - Direitos da Criança com enfoque na prevenção

contra violência e abuso sexual da criança. Secção: Cuidados a ter na cobertura radiofónica dos casos de abuso sexual de crianças.

Guia temático - Prevenção do HIV com foco no estigma: Glossário de termos a serem usados em reportagem sobre HIV e SIDA.

Módulo 1 Orientações preliminares

Integração dos produtores

Orientações preliminares

Para Material relativo a ética veja: Integração e formação de produtores de programas em rádio comunitária. Manual de Apoio. Projecto de Desenvolvimento dos Media UNESCO/PNUD 01003, Dezembro 2003. Secção IV. Ética.

Quando possível, o trabalho voluntário deve ser acompanhado de incentivos, ou seja, uma recompensa ou gesto de apreço por parte do Comité de Gestão da rádio ou outros interessados. Os incentivos podem ser de carácter financeiro, material ou emocional, e podem incluir entre outros, o pagamento de despesas de viagem, o fornecimento de bicicletas para transporte, menções de honra, a criação de oportunidades para troca de experiências e formação. Nota: Uma das tarefas do Líder de produção é junto ao mobilizador e coordenador da rádio mobilizar recursos humanos e financeiros de modo que o trabalho voluntário dos produtores seja suportado por incentivos. Para mais detalhes sobre as tarefas do Líder de produção veja Secção 1.5.8.

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1.4

Magazine educativo

e descrição das componentes mais comuns

Parabéns produtores!

Bem vindos ao mundo da rádio

educativa, então... mãos à obra!!!

Módulo 1 Orientações preliminares

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Magazine educativo

Módulo 1 Orientações preliminares

1.4.1 Magazine

Duração: de quinze a trinta minutos. Este Manual identifica o "Magazine educativo" como o formato de rádio ideal para um trabalho de equipa PHEM (para significado da sigla PHEM veja a Introdução ao Manual). Com este formato tentamos misturar a abordagem tradicional de comunicação baseada na mensagem com uma abordagem mais actual baseada no diálogo, reforçando assim a ponte entre o programa de rádio e o meio externo, ou seja, as diferentes esferas sociais onde a audiência alvo se desenvolve. Um magazine educativo, dependendo da situação local, pode incorporar uma miscelânea de componentes (rubricas) oferecendo assim diferentes possibilidades de participação do público, por exemplo com vox-pop (opinião publica), mini-debate, concurso, testemunha, mini-drama, dedicatórias, entrevista, telefonemas, sms, cartas e internet. Nota: neste contexto, existem várias habilidades que podem ser desenvolvidas no seio dos produtores e audiência alvo e de acordo com cada faixa etária, como por exemplo: Através da Entrevista pode se desenvolver habilidades de recolha

de informações, avaliação da qualidade dos serviços de saúde e aconselhamento;

Através de Vox-Pop, habilidades de dar opinião e não ter medo de se expressar;

Através do Debate, habilidades de comunicação verbal, escuta activa, argumentação, pensamento crítico e interacção com outras pessoas;

Através do Concurso na Escola pode se desenvolver uma comunicação eficaz, pensamento criativo, tomada de decisão e resolução de problemas.

Um magazine educativo, além das vozes do povo, exige necessariamente que os apresentadores funcionem como um elo de ligação entre as várias componentes e requer uma planificação e trabalho de equipa simples e eficaz que é um dos focos principais deste Manual. Um magazine pode ser produzido e veiculado: 1. Completamente pré gravado; 2. Em directo; 3. Misturando componentes pré gravadas e em directo; 4. No exterior (fora do estúdio da rádio), quando se pretende atingir

àquela parte do grupo alvo que não tem acesso ao aparelho de rádio.

Veja CD em anexo - Faixa 1 e 2 - Exemplos áudio de magazine educativo.

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Orientações preliminares

1.4.2 Descrição das componentes mais comuns do magazine educativo

Componentes mais comuns do

magazine educativo

Módulo 1 Orientações preliminares

Vox-Pop

Música

Duração: de 30 segundos a dois minutos. Faz-se a mesma pergunta a pelo menos 8 pessoas, individualmente, de modo a gravar a opinião de cada um sobre um determinado assunto. Grava-se no exterior. Através do vox-pop o programa reflecte a opinião da população em relação ao foco do programa. Neste contexto o objectivo do vox-pop é que os ouvintes possam escutar as suas ideias/ conhecimentos/ opiniões/pontos de vista (certos e errados) e que se possam reflectir e corrigir os mesmos ao longo do programa, através de várias componentes (música, testemunha, mini-drama, entrevista, mini-debate e mais) como forma de orientar as pessoas para práticas seguras e saudáveis.

Veja CD em anexo - Faixa 118 - Exemplo áudio de Vox – Pop.

Duração: de 2 a três minutos. É o tipo de entretenimento que ocupa o maior espaço na programação radiofónica. Há variações infinitas de como usar a música em rádio, mas principalmente usa-se como back ground musical ou como peça principal. No contexto de programas educativos, a música é considerada um instrumento de trabalho poderoso. Todos nós podemos reconhecer quando uma música ajuda a diminuir o stress, ansiedade, proporciona uma melhoria na auto-estima, estimula a memória, a alegria, a tristeza, incentiva a mudança de comportamento, ou aproxima as pessoas. Um produtor que se dedica a uma escolha sensível das músicas, possui um instrumento poderoso para a melhoria do bem-estar da sua audiência.

Veja CD em anexo - Faixa 1 e 2 - Exemplos áudio de Magazine educativo – Componente Música.

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Orientações preliminares

Componentes mais comuns do

magazine educativo

Módulo 1 Orientações preliminares

Testemunha

Duração: preferivelmente de trinta segundos a dois minutos. Com a testemunha, o programa fornece aos ouvintes um depoimento da experiência de vida real de uma pessoa, preferivelmente um depoimento de alguém que conseguiu ou está a mudar para um comportamento seguro e saudável. Grava-se tanto em estúdio quanto no exterior.

Veja CD em anexo - Faixa 119 - Exemplo áudio de Testemunha.

Mini-Drama

Duração: de um a três minutos.

Refere-se a uma peça de teatro radiofónica curta com duas à três personagens. É uma produção unitária que tem a função de transmitir uma mensagem principal e outra secundária. O texto pode ser tanto uma produção original como uma adaptação de um conto, história, testemunha, etc., que seja pertinente a realidade da comunidade local. Com o Mini - Drama estimulamos a mudança de comportamento através da dramatização dos problemas e soluções encontradas no dia-a-dia, típicos da audiência alvo. Grava-se tanto em estúdio quanto no exterior.

Veja CD em anexo - Faixa 122 - Exemplo áudio de Mini – Drama.

Entrevista com perito

Duração: preferivelmente de um a três minutos. Numa entrevista coloca-se uma série de perguntas a um entrevistado sobre um assunto específico e de acordo com as expectativas da audiência alvo. Com uma entrevista, o programa transmite conhecimentos, novas ideias e informações que vão de acordo com as necessidades. Grava-se tanto em estúdio quanto no exterior.

Veja CD em anexo - Faixa 121 - Exemplo áudio de Entrevista.

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Orientações preliminares

Componentes mais comuns do

magazine educativo

Módulo 1 Orientações preliminares

Mini-Debate

Duração: preferivelmente de cinco a dez minutos. Com o Mini–Debate (ou mesa redonda) estimulamos a mudança de comportamento através da troca de experiências, conhecimentos, opiniões e possíveis soluções típicas da audiência alvo. Grava-se tanto em estúdio quanto no exterior.

Veja CD em anexo - Faixa 120 - Exemplo áudio de Mini – Debate.

Spot

Duração: de trinta segundos a dois minutos. É o tipo de peça promocional mais criativo, pode ser produzido para fins comerciais e/ou educativos. É uma peça com locução que pode ser apoiada por BG musical e efeitos sonoros. O texto pode ser tanto uma produção original ou uma adaptação. O texto produzido vai ajudar na escolha do estilo de locução e edição. Quando pré-gravado permite uma edição mais criativa.

Veja CD em anexo - Faixa 3 e 4 - Exemplos áudio de Spot comercial e Spot educativo.

Jingle

Duração: de cinco a vinte segundos. Um Jingle tenta implantar a marca ou produto na memória do ouvinte. Normalmente é a abertura de um programa, mas pode se inserir também entre as várias componentes ou no fecho do programa. O texto pode ser tanto uma produção original ou uma adaptação. Quando pré-gravado permite uma edição mais criativa. Locutor/Escritor/Editor de som são as figuras de referência para este tipo de produção.

Veja CD em anexo - Faixa 1 e 2 - Exemplos áudio de Magazine educativo – Componente Jingle (abertura do programa).

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Orientações preliminares

Componentes mais comuns do

magazine educativo

Módulo 1 Orientações preliminares

BG musical – Separadores - Efeitos sonoros

BG musical: A sigla BG vem da palavra inglesa background, que significa fundo, e BG musical refere-se a música de fundo de uma peça com locução, normalmente é instrumental para não prejudicar a compreensão da locução. Preferivelmente o BG musical deve ser escolhido tendo em conta o ambiente que se pretende criar e o gosto da comunidade local.

Veja CD em anexo - Faixa 119 - Exemplo áudio de Testemunha com BG musical.

Separador: Trecho musical que identifica ou separa determinada parte de programa radiofónico.

Veja CD em anexo - Faixa 5 à 25, exemplos áudio de separadores para programa da criança e Faixa 26 à 46, exemplos áudio de separadores para programa de adulto.

Efeitos sonoros (sons e ruídos): Os efeitos sonoros são usados em rádio principalmente para o ouvinte:

1. Melhor entender as mensagens; 2. Visualizar o ambiente; 3. Divertir-se.

Alguns efeitos sonoros mais usados em rádio são: Abrir e fechar porta - Mexer cadeiras - Ambiente de mercado – Grilos - Sons de celulares - Crianças a brincar - Carro a buzinar.

Veja CD em anexo - Faixa 47 à 117, exemplos áudio de Efeitos sonoros.

Guião

No contexto do Magazine educativo, o Guião (texto escrito) inclui a indicação de tudo aquilo que os apresentadores precisam para apresentar o programa (Fala, Música, BG musical, Efeitos sonoros, Separador). O guião pode ser produzido com um texto de apresentação completo ou apenas indicar a sequência permitindo deste modo que se façam improvisações. No ar em directo ou pré-gravado. Quando pré-gravado permite uma edição mais criativa. Veja Secções 1.12.1 e 1.12.2 - Exemplos de Guião com texto de apresentação completo e Guião que apenas indica a sequência.

Veja CD em anexo - Faixa 1 e 2 - Exemplos áudio de Magazine educativo – Componente apresentação do programa (Guião).

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Orientações preliminares

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Módulo 1 Orientações preliminares

1.5

Quadro de Funções Esta secção apresenta informações úteis para a distribuição de tarefas dentro da equipa de produção. Este processo deve ser participativo, ou seja, cada membro da equipa deve mostrar interesse por uma tarefa específica e em conjunto com os outros tomar decisões. De preferência, a atribuição de tarefas deve ser rotativa.

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1.5.1 Repórter de Vox-Pop Quais as tarefas do Repórter de Vox-Pop?

1. Participar na recolha de informação (para mais detalhes sobre este

aspecto veja Secção 2.1 - Como desenvolver uma matriz de pesquisa inicial);

2. Contribuir na produção do plano de conteúdos (um plano de conteúdos, entre outros indica a pergunta para Vox-Pop);

3. Identificar o dia, hora e local da gravação do Vox-Pop; 4. Gravar o Vox-Pop; 5. Editar; 6. Entregar ao editor o Vox-Pop editado; 7. Praticar também outras funções da equipa. Conhecimentos e Habilidades necessárias A pergunta Vox – Pop é criada tendo em conta a matriz de pesquisa inicial a usar, no especifico, a partir do Comportamento chave, ou Comportamento chave mais o Tópico, ou Comportamento chave mais o Tema. Para mais detalhes sobre este aspecto veja Secção 3.1 -

Como desenvolver um plano de conteúdos - Componente Vox-Pop. A pergunta seleccionada e o grupo alvo ajudam na escolha dos locais para a gravação, como interagir com o público e na edição do programa. Normalmente as gravações são realizadas no exterior, em locais como mercados, hospitais, escolas, ruas, etc. A experiência mostra que gravar no período da tarde, quando o sol baixa, dá melhores resultados. É necessário dominar o uso do microfone e gravador de antemão para poder explicar aos entrevistados como falar ao microfone, por exemplo a distância que se deve manter entre a pessoa e o microfone. É aconselhável usar uma forma amigável de abordar o assunto para que o entrevistado se sinta confortável, algumas perguntas quebra-gelo antes da pergunta Vox-Pop podem ajudar. O Repórter não só leva ao ouvinte a informação, mas também o clima, o ambiente do local e os sons onde a gravação ocorre, portanto, existe a necessidade de avaliar o local acusticamente e dominar a pergunta (de preferência não ler). O Repórter deve acompanhar atentamente as respostas de modo a que durante a gravação tenha uma noção se aquilo que está a gravar é relevante ou não para o programa. Na edição pode se seleccionar e editar as melhores respostas em série, ou seja, uma após a outra, mas sem alterar aquilo que os entrevistados disseram (conteúdo). O ideal seria que cada resposta fosse de 10 a 30 segundos, por isso é necessário que o Repórter tenha noções básicas de edição digital (veja Secção 1.6.4 Edição de som digital).

Repórter de Vox-Pop

Quadro de Funções

Módulo 1 Orientações preliminares

Repórter de Vox-Pop Quem faz a supervisão geral? Coordenador da Rádio. E a supervisão directa? Líder de produção e Chefe da redacção. Local de trabalho? Na Rádio e no exterior.

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Repórter de Testemunha Quem faz a supervisão geral? Coordenador da Rádio. E a supervisão directa? Líder de produção e Chefe da redacção. Local de trabalho? Na Rádio e no exterior.

1.5.2 Repórter de Testemunha

Quais as tarefas do Repórter de Testemunha? 1. Participar na recolha de informação (veja Secção 2.1 - Como

desenvolver uma matriz de pesquisa inicial); 2. Contribuir na produção do plano de conteúdos (um plano de

conteúdos, entre outros indica o Perfil da testemunha e Guião de perguntas);

3. Procurar a testemunha; 4. Rever as perguntas com a testemunha; 5. Marcar o dia, hora e local da gravação. Se o programa for pré –

gravado, marcar o dia, hora e local da gravação, editar e entregar ao editor o depoimento editado;

6. Praticar também outras funções da equipa. Conhecimentos e Habilidades necessárias O Perfil da testemunha e Guião de perguntas são desenvolvidos tendo em conta a matriz de pesquisa inicial a usar. Para mais detalhes sobre estes aspectos veja Secção 3.1 - Como desenvolver um plano de

conteúdos - Componente Testemunha. As perguntas seleccionadas e grupo alvo ajudam na escolha da testemunha, no modo como interagir com ele ou ela e na edição. É importantíssimo tomar em consideração as necessidades da testemunha, portanto, as sugestões da mesma sobre o local da gravação, como e quando, precisam de ser respeitadas. O Repórter não só leva ao ouvinte a informação, mas também o clima, o ambiente do local e os sons onde a gravação ocorre, assim, existe a necessidade de avaliar o local acusticamente e dominar as perguntas (de preferência não ler). É necessário dominar o uso do microfone e gravador de antemão para saber explicar ao entrevistado como falar ao microfone, por exemplo a distância que se deve manter entre a pessoa e o microfone. Gravar um depoimento não significa surpreender a testemunha, mas juntos, repórter e testemunha devem trazer uma experiência de vida para o ouvinte, portanto alguns dias antes de gravar, é aconselhável rever as perguntas com a testemunha.

Repórter de Testemunha

Quadro de Funções

Módulo 1 Orientações preliminares

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Como colocar as perguntas? É necessário colocar as perguntas de uma forma amigável para que a pessoa se sinta confortável, algumas perguntas quebra-gelo antes do depoimento ajudam com isso; Evitar usar termos difíceis ou fazer muitas perguntas ao mesmo tempo; Evitar fazer perguntas do tipo interrogatório, perguntas que possam intimidar; Considerar a testemunha como uma pessoa com dignidade, honra e integridade.

Repórter de Testemunha

Quadro de Funções

Módulo 1 Orientações preliminares

O Repórter deve acompanhar atentamente o depoimento para poder intervir onde necessário, isto não significa contrariar a testemunha mas sim colocar questões que vão aparecendo no desenrolar do depoimento que ajudam a enriquecê-lo. A testemunha pode ser no ar, em directo ou pré-gravada, se for pré-gravada as melhores partes podem ser seleccionadas e editadas mas sem alterar aquilo que a testemunha disse, portanto é necessário que o Repórter possua noções básicas de edição digital (veja Secção 1.6.4 Edição de som digital).

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Escritor de Mini-Drama Quem faz a supervisão geral? Coordenador da Rádio. E a supervisão directa? Líder de produção e Chefe da redacção. Local de trabalho? Na Rádio e no exterior

1.5.3 Escritor de Mini-Drama Quais as tarefas do Escritor? 1. Participar na recolha de informação (veja Secção 2.1 - Como

desenvolver uma matriz de pesquisa inicial); 2. Contribuir na produção do plano de conteúdos (um plano de

conteúdos, entre outros indica o Esboço do Mini-Drama); 3. Realizar a redacção dos diálogos; 4. Realizar um pré – teste (veja Secção 3.2); 5. Rever os diálogos com base nos comentários e finaliza-los; 6. Recrutar os actores; 7. Marcar o dia, hora e local do ensaio; 8. Marcar o dia, hora e local da actuação. Se o programa for pré –

gravado, marcar o dia, hora e local da gravação com os actores e Editor de som e prestar assistência na gravação e edição, feita pelo Editor de som;

9. Praticar também outras funções da equipa. Conhecimentos e Habilidades necessárias O Esboço do Mini-Drama é criado a partir do conteúdo da matriz de pesquisa inicial a usar e preferivelmente deve ser adicionado um outro elemento, por exemplo trecho de depoimento de testemunha, radionovela, resultados de pesquisas recentes ou um acontecimento real pertinente à realidade da comunidade local entre outros. Para mais detalhes sobre este aspecto veja Secção 3.1 - Como

desenvolver um plano de conteúdos - Componente Mini-Drama. A partir do esboço produzido com o apoio da equipa de produção, o Escritor do Mini-Drama deve trabalhar na redacção dos diálogos. O texto produzido ajuda na escolha dos actores e estilo de edição. O Mini-Drama pode ser no ar, em directo ou pré-gravado. É aconselhável gravar em estúdio para obter uma melhor qualidade em relação a conteúdo, qualidade sonora e edição. Quando a gravação é feita no estúdio, o editor não só leva ao ouvinte os diálogos mas também o clima, o ambiente do local e os sons onde estão ocorrendo os diálogos, portanto, existe a necessidade de ter atenção na criação do ambiente certo. Um Mini-Drama, dependendo do assunto a tratar, pode criar um espaço para a participação de todos, por exemplo o público pode interagir através de telefonemas, cartas, sms e internet. Veja Secção 1.12.3 - Exemplo de texto de Mini-Drama.

Escritor de Mini-Drama

Quadro de Funções

Módulo 1 Orientações preliminares

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9 dicas para a redacção de

diálogos

Quadro de Funções

Módulo 1 Orientações preliminares

A seguir apresentam-se 9 dicas para a redacção de diálogos: Criar o primeiro parágrafo (ou parágrafo chave) de forma criativa, este deve atrair a atenção do ouvinte. A seguir apresentam-se algumas formas de como começar um texto de Mini-Drama: Com uma declaração: João, não gostei da tua maneira de agir!!! Com uma comparação: João, entre a minha e tua maneira de

agir existe uma grande diferença! Com uma definição: João, MPC significa que tu andas com

muitas mulheres! Com uma pergunta: João, será que não entendes qual é o

problema afinal? Com uma citação: João, o Ministro da Saúde disse... Com um provérbio: João, Mentira tem pernas curtas! Com uma descrição: João, a semana passada...período da

tarde...na praça da independência... Feito o parágrafo chave, as ideias irão fluir com mais facilidade, já que definimos o ponto de vista que iremos desenvolver; Ter em conta uma estrutura do tipo: introdução, desenvolvimento e conclusão. A conclusão pode ser fechada ou aberta, é fechada quando apresenta uma mensagem chave e aberta quando não apresenta uma mensagem chave, neste caso o texto encoraja a audiência alvo a chegar as suas próprias conclusões; Escrever de uma forma clara, evitando termos difíceis; a linguagem deve reflectir a maneira de falar da audiência alvo; Imaginar a vida diária, o ambiente da audiência alvo; Na apresentação de uma mensagem chave, procurar desenvolver uma mensagem fácil de memorizar; Ter em conta que a duração do Mini-Drama, no total, não deverá exceder três minutos e escrever para 2 à 3 personagens; Escrever os diálogos preferivelmente no computador para facilitar a correcção; Determinar na escritura os efeitos sonoros e fala, isto é, incluir no texto:

Os nomes das personagens A ordem em que eles intervêm Como devem actuar, por exemplo, assustado, irritado,

rindo, etc. Escrever os efeitos sonoros em maiúsculas, em

parênteses e sublinhados; Ser criativo ao combinar educação e entretenimento.

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Repórter de Entrevista

Quem faz a supervisão geral? Coordenador da Rádio. E a supervisão directa? Líder de produção e Chefe da redacção. Local de trabalho? Na Rádio e no exterior

1.5.4 Repórter de Entrevista Quais as tarefas do Repórter de Entrevista? 1. Participar na recolha de informação (veja Secção 2.1 - Como

desenvolver uma matriz de pesquisa inicial); 2. Contribuir na produção do plano de conteúdos (um plano de

conteúdos, entre outros indica o Guião de perguntas para entrevista);

3. Procurar o entrevistado; 4. Rever as perguntas com o entrevistado; 5. Marcar o dia, hora e local da entrevista. Se o programa for pré –

gravado, marcar o dia, hora e local da gravação, gravar, editar e entregar ao editor a entrevista editada;

6. Gerir o sistema de interacção com a comunidade (por exemplo o sistema de recolha de recomendações da comunidade, venda de serviços da rádio, ligação entre a rádio e comunidade do distrito rural e distrito sede, outro);

7. Praticar também outras funções da equipa. Conhecimentos e Habilidades necessárias Para desenvolver o Guião de perguntas é necessário: Elaborar perguntas de acordo com as necessidades, ou seja, ter em

conta a matriz de pesquisa inicial a usar; Formular perguntas abertas, por exemplo: O que pensa de...?

Porquê? E formular perguntas fechadas, por exemplo: Gosta de...?; Estabelecer o número de perguntas e proceder à sua ordenação

dentro do guião. Para mais detalhes sobre este aspecto veja Secção 3.1 - Como

desenvolver um plano de conteúdos - Componente Entrevista. As perguntas seleccionadas e grupo alvo ajudam na escolha do entrevistado, isto é, ajudam a identificar uma pessoa a entrevistar que corresponda com as expectativas. Preferivelmente o Repórter deve evitar frases como “acabamos de ouvir... “dentro de momentos iremos ouvir...” É melhor informar o ouvinte algo que não sabe, por exemplo: “Belito tem 12 anos e frequenta a escola Samora Machel... “ e começar logo a entrevista. Lembre-se que o cargo sempre antecede o nome e texto, por exemplo: O Repórter, Edrice Mujaide... Quando se usam palavras e nomes estrangeiros é necessário aprender a pronúncia correcta. Esteja actualizado: Ouça e veja noticiários. Exercite a pronúncia de nomes de pessoas e de lugares. Leia os jornais. É necessário dominar o uso do microfone e gravador de antemão para saber explicar ao entrevistado como falar ao microfone, por exemplo a distância que se deve manter entre a pessoa e o microfone.

Repórter de Entrevista

Quadro de Funções

Módulo 1 Orientações preliminares

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Fazer uma entrevista não significa surpreender o entrevistado, mas juntos, entrevistador e entrevistado devem trazer informação de qualidade para o ouvinte, portanto alguns dias antes de gravar é aconselhável rever as perguntas com o entrevistado.

Repórter de Entrevista

Quadro de Funções

Módulo 1 Orientações preliminares

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Como colocar as perguntas? É necessário perguntar de uma forma amigável, para que a pessoa se sinta confortável, algumas perguntas quebra-gelo antes da entrevista ajudam com isso; Evitar usar termos difíceis ou fazer muitas perguntas ao mesmo tempo; Evitar fazer perguntas como se fosse um interrogatório, perguntas que possam intimidar; Considerar o entrevistado como uma pessoa com dignidade, honra e integridade; Aconselha-se a iniciar a entrevista com perguntas abertas e perto do fim da mesma colocam-se as perguntas fechadas, como se fosse um funil, aberto em cima e vai se fechando; O Repórter deve acompanhar atentamente a discussão para poder intervir onde necessário, isto não significa contrariar as opiniões do entrevistado mas sim colocar questões que vão aparecendo no desenrolar da entrevista que ajudam a enriquecê-la.

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Quando a entrevista é feita no exterior, o Repórter não só leva ao ouvinte a informação, mas também o clima, o ambiente e os sons do local onde a entrevista está a ocorrer, portanto, existe a necessidade de avaliar o local acusticamente e dominar as perguntas (ou seja de preferência não ler). A entrevista pode ser no ar, em directo ou pré-gravada, se pré-gravada, as melhores respostas podem ser seleccionadas e editadas mas sem alterar aquilo que o entrevistado disse, sendo então necessário que o Repórter possua noções básicas de edição digital (veja Secção 1.6.4 Edição de som digital).

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Moderador de Mini-Debate

Quem faz a supervisão geral? Coordenador da Rádio. E a supervisão directa? Líder de produção e Chefe da redacção. Local de trabalho? Na Rádio e no exterior.

1.5.5 Moderador de Mini-Debate Quais as tarefas do Moderador? 1. Participar na recolha de informação (veja Secção 2.1 - Como

desenvolver uma matriz de pesquisa inicial); 2. Contribuir na produção do plano de conteúdos (um plano de

conteúdos, entre outros indica o Texto introdutivo e o Guião de perguntas do Mini-Debate);

3. Recrutar os participantes (3 a 4) e explicar o que se pretende fazer; 4. Rever o texto introdutivo e perguntas com os participantes; 5. Marcar o dia, hora e local do Mini-Debate. Se o programa for pré-

gravado, marcar o dia, hora e local da gravação, gravar, editar e entregar ao editor o Mini-Debate editado;

6. Praticar também outras funções da equipa. Conhecimentos e Habilidades necessárias É necessário ter em conta uma estrutura de debate do tipo: Introdução, Desenvolvimento (guião de perguntas) e Conclusão (resumo). Para mais detalhes sobre estes aspectos veja Secção 3.1 - Como

desenvolver um plano de conteúdos - Componente Mini-Debate. É necessário dominar o uso do microfone e gravador de antemão para saber explicar aos participantes como falar ao microfone, por exemplo a distância que se deve manter entre a pessoa e o microfone. É aconselhável que na selecção dos convidados o Moderador tenha em conta a faixa etária das pessoas a quem o programa se destina, e nesse sentido, convidar pessoas que fazem parte e conhecem bem a audiência alvo e têm um certo conhecimento do assunto a abordar. As perguntas seleccionadas e o grupo alvo ajudam na escolha dos participantes, como interagir com eles e na edição do Mini-Debate. O Mini-Debate pode ser no ar, em directo ou pré-gravado. Aconselha-se a gravar em estúdio com 3 a 4 participantes. Organizar um debate não significa surpreender os participantes, mas juntos, moderador e participantes devem trazer um bom debate (uma boa conversa) para o ouvinte, portanto alguns dias antes de gravar é aconselhável rever o assunto a abordar com os participantes. É necessário moderar: Com conhecimento, ou seja, dominar o assunto a tratar e conhecer

as características específicas dos convidados e audiência alvo, como por exemplo religião e cultura entre outras;

De uma forma clara e amigável, para que os participantes se sintam confortáveis, por exemplo antes de começar o debate fazer algumas perguntas quebra-gelo;

Com um ritmo de fala que permite uma boa audição; Evitando usar termos difíceis ou abordar muitos assuntos ao mesmo

tempo; Evitando moderar como se fosse um interrogatório ou com um tom

de voz que possa soar ameaçador, lembrar-se que um debate é como uma conversa amiga;

Moderador de Mini-Debate

Quadro de Funções

Módulo 1 Orientações preliminares

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De uma forma criativa, de preferência usando material de apoio como por exemplo material áudio, impresso, etc.;

Demonstrando respeito e consideração pelos participantes; Encorajando todos a falar, ou seja, não dar respostas, mas sim

estimular os participantes a interagirem, o debate é mais importante do que a conclusão!;

Tendo em conta a duração do debate, ou seja, gerir o tempo; Acompanhando atentamente a discussão para poder intervir onde

necessário, isto não significa contrariar as opiniões dos participantes mas sim colocar questões importantes que vão aparecendo no desenrolar do debate e que também ajudam a enriquecê-lo;

Prestando atenção para que as intervenções dos participantes e ouvintes não dominem o debate, ou seja garantir que o debate não fuja do guião de perguntas planificado;

Promovendo a participação dos ouvintes ao debate desde o início do programa. Um Mini-Debate, dependendo do assunto a tratar, pode abrir um espaço para a participação de todos, por exemplo, o público pode interagir através de telefonemas, cartas, sms ou internet.

Moderador de Mini-Debate

Quadro de Funções

Módulo 1 Orientações preliminares

O Moderador deve ser criativo na adopção dos sinais necessários para garantir uma boa moderação, por exemplo sinais: Para garantir uma certa ordem nas intervenções; Quando o debate está a fugir do assunto em questão; Quando um participante está a falar muito; Quando um participante está a falar muito perto ou muito longe do

microfone.

Durante os debates em directo é aconselhável: 1. Fazer um breve intervalo que dê oportunidade ao moderador para

dar instruções aos convidados com vista a melhoria do debate, como por exemplo, dar instruções sobre o uso do microfone, aconselhar os convidados em termos de tempo de fala, etc. Este intervalo pode ser preenchido por um spot publicitário ou outro formato;

2. Que o moderador tenha um assistente cuja função é de tomar notas dos assuntos principais apresentados, para que no fim possa apresentar o resumo, portanto, fazer o fecho do debate (O assistente também executa outras tarefas de apoio).

Quando o debate é feito no exterior, o Moderador não só leva ao ouvinte a conversa, mas também o clima, o ambiente do local, os sons onde está ocorrendo o debate, portanto existe a necessidade de avaliar o local da gravação acusticamente. Se for pré-gravado, as melhores intervenções podem ser seleccionadas e editadas mas sem alterar aquilo que os participantes disseram (conteúdo), por isso é necessário que o Moderador possua noções básicas de edição digital (veja Secção 1.6.4 Edição de som digital).

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Apresentador do

Programa

Quem faz a supervisão geral? Coordenador da Rádio. E a supervisão directa? Líder de produção e Chefe da redacção. Local de trabalho? Na Rádio e no exterior.

1.5.6 Apresentador do Programa Quais as tarefas do Apresentador? 1. Participar na recolha de informação (para mais detalhes sobre este

aspecto veja Secção 2.1 - Como desenvolver uma matriz de pesquisa inicial);

2. Contribuir na produção do plano de conteúdos (um plano de conteúdos, entre outros indica as Mensagens chave). Para mais detalhes sobre este aspecto veja Secção 3.1 - Como desenvolver

um plano de conteúdos - Componente Mensagem Chave); 3. Com base no plano de conteúdos, desenvolver o Guião por escrito e

seleccionar as músicas; 4. Solicitar aos membros da equipa de produção que leiam o guião

produzido e façam comentários; 5. Rever o guião com base nos comentários e finaliza-lo; 6. Ensaiar; 7. Apresentar o programa, através do guião, no dia e hora da

radiodifusão. Se o programa for pré – gravado, marcar o dia, hora e local da gravação do guião com o Editor de som e prestar assistência na edição e montagem do programa, feita pelo Editor de som;

8. Gerir o sistema de interacção com os ouvintes (telefonemas, sms, cartas ou internet...);

9. Praticar também outras funções da equipa. Conhecimentos e Habilidades necessárias No contexto do Magazine educativo, o Guião (texto escrito) inclui a indicação, de uma forma resumida ou detalhada, de tudo aquilo que os apresentadores precisam para apresentar o programa (Fala, Música, BG musical, Efeitos sonoros, Separador). O Guião é desenvolvido a partir do plano de conteúdos e funciona como elo de ligação entre as várias componentes, incluindo a informação adicional, interacção com o público e resumo das principais mensagens a apresentar no programa (mensagens chave). Como seleccionar as músicas: Com a música, o programa além de entreter, pode transmite experiências, conhecimentos, comportamentos saudáveis e habilidades entre outros, relacionadas ao foco do programa. Assim, de preferência a música escolhida deve ser relacionada ao conteúdo da matriz de pesquisa inicial a usar, o ambiente que se pretende criar e o gosto da comunidade local.

Apresentador do Programa

Quadro de Funções

Módulo 1 Orientações preliminares

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Apresentador do Programa

Como escrever

um Guião

Quadro de Funções

Módulo 1 Orientações preliminares

É aconselhável que o guião seja produzido por escrito, para dois apresentadores, de preferência de sexos opostos e em estilo de diálogo. Ter em conta uma estrutura do tipo: introdução, desenvolvimento e conclusão. O plano de conteúdos indica o tempo disponível para a fala dos apresentadores; De preferência, o guião deve ser elaborado no computador para facilitar a correcção. Seja criativo, por exemplo, apresentando curiosidades, provérbios e outras questões que a matriz de pesquisa inicial a usar e o dia-a-dia da audiência alvo sugerem; É necessário escrever numa linguagem falada de forma a estabelecer uma comunicação efectiva com os ouvintes (como uma conversa entre amigos, de uma forma natural), mas também demonstrar respeito e consideração; O tempo do verbo deve estar no presente e usar frases no singular; Evitar frases como “acabamos de ouvir.. “dentro de momentos iremos ouvir...” É melhor informar o ouvinte de algo que não sabe, como por exemplo: “Luísa tem 12 anos e vive no Bairro da Manga. O nosso Repórter Valdemiro António foi visita-la” e começar logo a entrevista. Lembre-se que o cargo sempre antecede o nome num texto, por exemplo: A Moderadora, Albertina Palaulane... ou, A semana passada, a Cantora Liza James lançou uma música que se chama ________! E pôr logo a música a tocar; Palavras e nomes estrangeiros: escrever a pronúncia correcta, no alto das palavras; Algumas expressões a incluir no texto quando oportuno: Alegria: Ah! Oh! Animação: Coragem! Vamos! De aplauso: Bem! Bis! Viva! De desejo: Oh! Oxalá! De dor: Ai! Ui! De espanto: Ah! Ih! Chi! De impaciência: Hum! Hem! De chamamento: Olá!!!; Uma frase deve ter no máximo 8 a 10 segundos. Se for maior, apresenta-la em forma de diálogo com outra voz; O Jingle, o spot e o slogan são componentes que não precisam de ser apresentadas. Veja Secções 1.12.1 e 1.12.2 - Exemplos de Guião com texto de apresentação completo e Guião que apenas indica a sequência.

Como escrever um Guião:

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Apresentador do Programa

Como apresentar

um guião

Quadro de Funções

Módulo 1 Orientações preliminares

A voz é o instrumento de trabalho do Apresentador e é através dela que muitos conseguem criar uma magia a sua volta. Uma bela voz não é só aquela com humor, grave e aveludada, é ainda necessário que tenha uma boa dicção, articulação e mostre uma interpretação de tudo que falamos ao microfone; Existem alguns cuidados para a manutenção de um bom padrão vocal: Evitar tomar líquidos gelados Gargarejar com água morna acompanhado de meio copo de

sumo de limão pela manhã. Estes elementos agem como preventivos das infecções da garganta, prejudiciais ao locutor; O Apresentador não só leva ao ouvinte a informação mas também o clima, o ambiente, os sons daquilo que está a dizer, portanto existe a necessidade de através da voz passar tudo isso para o ouvinte; Como falar ao microfone? Não falar muito perto ou muito longe do microfone

(experimentar para atingir o melhor resultado) Não movimentar folhas perto do microfone e não respirar fundo

perto do microfone Usar timbre, tom e volume de voz natural Dominar o texto, ou seja, de preferência não ler (Converse, não

leia); Prepare-se bem. Saiba tudo o que vai falar e quando. Fale com convicção e quando necessário, com humor; Encoraje a audiência alvo a interagir com o programa, por exemplo, através de telefonemas, cartas, sms ou internet; Trabalhe imaginando o ouvinte e induza-o a pensar no objectivo da programação. Fazer o ouvinte imaginar, pensar, raciocinar é uma grande virtude do apresentador. Alguns tipos de ouvintes podem incluir: O adolescente cheio de interrogações / O que está a trabalhar duro para sair da pobreza / O conservador e o progressista / O que luta com vício / O desanimado / O que sofre solidão / A pessoa idosa / A criança / O que é alvo de algum tipo de injustiça / O doente / Etc.

Como apresentar um guião:

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Editor de Som Quem faz a supervisão geral? Coordenador da Rádio. E a supervisão directa? Líder de produção e Chefe da redacção. Local de trabalho? Na Rádio e no exterior.

1.5.7 Editor de Som Quais as tarefas do Editor de Som? 1. Participar na recolha de informação (veja Secção 2.1 - Como

desenvolver uma matriz de pesquisa inicial); 2. Contribuir na produção do plano de conteúdos (veja Secção 3.1 -

Como desenvolver um plano de conteúdos); 3. Com base no plano de conteúdos, elaborar o plano de produção

semanal; 4. Gravar; 5. Editar os programas com ajuda do computador (veja Secção 1.6.4 –

Edição de som digital); 6. Avaliar a edição e conteúdos; 7. Montar os programas com base no guião; 8. Assegurar a finalização dos programas e uma boa qualidade de

radiodifusão; 9. Arquivar os programas produzidos em CDs; 10. Gerir o equipamento de som; 11. Praticar também outras funções da equipa. Conhecimentos e Habilidades necessárias Um Editor de som deve: Ter uma visão clara dos objectivos a alcançar; Gostar de trabalhar com computador; Ter um bom ouvido musical; Ter paciência na aprendizagem; Saber trabalhar com prazos; Dominar a Secção 1.6 deste Manual, "Captação e edição de som

digital". Plano de Conteúdos e Guião Um programa educativo, seja em directo ou pré-gravado, deve ter o seu plano de conteúdos e guião que são os instrumentos básicos para que o Editor de som possa desenvolver o plano de produção semanal e realizar a edição, montagem e radiodifusão dos programas com sucesso. Veja Secção 4.1 – Exemplo de plano de produção semanal. Edição e Montagem Dependendo do tipo de programa que vai para o ar, a edição varia em diferentes aspectos. Fazer um trabalho de edição, basicamente significa que em cada componente do programa o editor deve: Eliminar longos períodos de silêncio, tosses e demais imperfeições; Melhorar a qualidade do som e texto; Seleccionar os melhores trechos; Inserir quando necessário música – BG musical - efeitos sonoros -

separadores; Prestar atenção à pronúncia de palavras desconhecidas e ao nome

do entrevistado; Verificar se o material não é de interesse para o público-alvo ou se

os factos não estão bem apurados.

Editor de Som

Quadro de Funções

Módulo 1 Orientações preliminares

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Quando cada componente está editada, o editor entra na fase de montagem do programa, isto é, põe as várias componentes em sequência (como especificado no guião) e cria as ligações entre elas (com separadores e fala dos apresentadores), para depois masterizar e radiodifundir. Portanto, o Editor é um artesão que usa toda a sua habilidade para que o programa seja agradável ao ouvinte (NB: Para facilitar esse trabalho, é importante que o Editor de som receba por parte dos colegas material conciso e relevante em relação ao objectivo a alcançar).

Editor de Som

Quadro de Funções

Módulo 1 Orientações preliminares

Dicas para o Editor de Som: Pôr em evidência uma estrutura do programa do tipo: introdução,

desenvolvimento e conclusão e seguir as indicações do guião; Ser criativo e inovador, o programa deve atrair o interesse do

ouvinte no início, no meio e no fim do programa, portanto ser criativo na combinação de educação e entretenimento;

A edição deve reflectir a vida diária, o ambiente da audiência alvo; O editor não só deve levar ao ouvinte os diálogos mas também o

clima, o ambiente do local, os sons onde estão ocorrendo os diálogos, portanto, quando necessário, efeitos sonoros e BG musical devem ser inseridos na edição;

Separadores, música e efeitos sonoros são meios para a audiência alvo melhor entender a fala e visualizar o ambiente onde a fala acontece;

Preferivelmente o Editor de som deve ter o seguinte material de trabalho: Gravador digital com microfone e auscultadores - Computador com os programas Adobe Audition 1.5 e Microsoft Word instalados, Leitor e gravador de CD, Colunas de som, Impressora e resma - CD re-writable (regravável).

Critérios para a revisão de programas:

Fraco Satisfatório Bom O que é que deve ser melhorado?

Qualidade da gravação/nível de controlo:

Qualidade da gravação/audibilidade:

Uso do Microfone:

Edição:

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Líder de Produção Quem faz a supervisão geral? Coordenador da Rádio. E a supervisão directa? A Equipa de produção e Chefe da redacção. Local de trabalho? Na Rádio e no exterior

1.5.8 Líder de Produção Quais as tarefas do Líder de Produção? O Líder de produção, membro da equipa de produção, tem a função de coordenar as actividades, de modo a facilitar o alcance dos objectivos traçados voluntariamente e com entusiasmo pela equipa. Especificamente: 1. Coordenar as várias fases de produção dos programas e monitorá-

las através das matrizes de pesquisa inicial, planos de conteúdos, métodos de pré - teste, planos de produção semanal, grelha de radiodifusão, planificação anual e, outras ferramentas de monitoria incluindo o sistema de interacção com os ouvintes;

2. Ter disposição para fazer mais do que é exigido aos outros membros da equipa;

3. Apoiar os produtores a serem mais eficientes com as diferentes tarefas;

4. Criar harmonia, melhorando o relacionamento entre os intervenientes;

5. Acalmar os receios dando propostas claras em situações de emergência;

6. Junto ao mobilizador e coordenador da rádio mobilizar recursos humanos e financeiros de modo a que o trabalho voluntário dos produtores seja suportado por incentivos, como por exemplo o pagamento de despesas de viagem, fornecimento de bicicletas para transporte, criação de oportunidades para troca de experiências e formação, etc.;

7. Gerir o arquivo dos programas produzidos.

Líder de Produção

Quadro de Funções

Módulo 1 Orientações preliminares

O Líder de produção não é aquela pessoa que somente quer mandar no grupo e tem autoridade para mandar e exigir obediência, esse é o papel de um chefe e não é de um Líder! !

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Líder de Produção

Arquivo

Quadro de Funções

Módulo 1 Orientações preliminares

É importante arquivar os programas (incluindo matrizes de pesquisa inicial, planos de conteúdos, guiões, contacto dos intervenientes entre outros) e cada equipa de produção tem que ter o seu arquivo. É importante arquivar os programas para:

Retransmitir o programa numa outra altura; Usar partes do programa em outros programas; Referência para os novos produtores e parceiros; Possuir provas em caso de complicações legais.

Como arquivar os programas? Pode se arquivar os programas em CD (material áudio e textos) ou numa Pasta (textos). A capa exterior do CD ou Pasta deve conter a seguinte informação: Rádio: Equipa de produção: Ano: Cada programa tem que ser arquivado com a seguinte informação: N°. do programa: Tema: No Ar: dia , Mês Nota: Aconselha-se o uso de um CD re-writable (regravável) que facilite a gravação em formato MP3, sendo assim possível arquivar um grande número de programas num só CD.

Arquivo

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1.6

Captação e edição de som digital

Módulo 1 Orientações preliminares

Esta secção apresenta informações úteis para a auto-capacitação sobre o uso do microfone, gravador, estúdio de gravação improvisado, edição de som digital (Adobe Audition 1.5) e gravação em CDs.

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Uso de Gravador

1.6.1 Uso de Microfone Existem microfones mais sensíveis, que devem ficar a pelo menos 1 metro de distância dos locutores. Estes são chamados microfones multidireccionais e normalmente são usados para captar várias vozes ao mesmo momento. Existem também microfones que servem para captar sons de voz com qualidade, chamados microfones unidireccionais, com estes, o locutor deve ficar a uma distância de 10 a 20 cm do microfone. Experimente e conheça o seu microfone! Antes de usar um microfone, é importante testá-lo junto ao equipamento (gravador) e consoante a acústica do ambiente. Experimente para conseguir encontrar o melhor resultado em termos de distância, posicionamento e acústica do local da gravação ou emissão. Uma das coisas que demonstra que um locutor tem pouca experiência, é a forma como é feita a toma de ar antes de falar, por exemplo, respirar profundamente perto do microfone. O microfone capta esse tipo de sons, o que é extremamente desagradável. Tome cuidado para que isto não aconteça. Tome atenção também para que o locutor não movimente folhas perto do microfone, isto será captado e amplificado. Ele ou ela deve dispor de forma ordenada as folhas da locução, desta forma, no acto da gravação ou emissão, não correrá o risco de se perder diante delas.

1.6.2 Uso de Gravador

Para o nosso contexto, aconselha-se a usar um gravador áudio que capta em formato áudio digital. Por exemplo, com um aparelho tipo Marantz Modelo PMD660 é possível obter bons resultados, seja na gravação no exterior, no estúdio, ou ao exportar o material gravado para o PC (computador).

Uso de Microfone

Orientações preliminares

Módulo 1 Orientações preliminares

Funções básicas dum gravador a conhecer:

Play = Tocar

Stop = Parar

Pause = Pausa

Record = Gravar

Forward = Adiantar

Rewind = Recuar

Mic-in = Entrada do microfone Entrada dos auscultadores Saída para exportar o material áudio para computador Equalizador do nível de gravação.

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Isolamento acústico

1.6.3 Estúdio de gravação improvisado Existem basicamente três factores a considerar: 1. O isolamento acústico do exterior;

2. O eco no interior;

3. A ventilação do estúdio. Em relação ao isolamento acústico do exterior: A porta de entrada do estúdio deve ser bem pesada e vedada. No local de gravação, deve se construir uma segunda parede interna, com uma distância grande entre estas duas barreiras rígidas e colocar entre elas, mantas pesadas ou lã de vidro ou de rocha, possivelmente sem contacto com as paredes. Resumindo: parede do local 1 – ar – manta – ar - parede 2. Quanto mais pesado for o material, melhor será o isolamento. Em relação a eco no interior: Não use tapetes, só servem para acumular poeira e ácaros, além de prejudicar a acústica do local de gravação. Podem colocar-se favos de ovos e mantas nas paredes e tecto da sala. Em relação a ventilação: Se possuir um aparelho silencioso não terá problemas, se não, para não gravar o ruído do aparelho, desligar o ar condicionado ou ventoinha na hora de gravar, isto é o que acontece com 99% dos estúdios de gravação improvisados.

Estúdio de gravação

improvisado

Orientações preliminares

Módulo 1 Orientações preliminares

Eco no interior

Ventilação

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Requisitos

1.6.4 Edição de som digital (Adobe Audition 1.5)

Quando falamos de edição digital basicamente significa editar e montar os programas com ajuda do computador.

A salientar que actualmente são poucas as rádios comunitárias sem computadores, mas mesmo considerando àquelas sem computador, num futuro muito próximo as rádios serão todas computorizadas, portanto vale a pena entrar no mundo digital.

O programa Adobe Audition 1.5 é um programa de edição áudio digital, que quando instalado no computador basicamente torna possível: Importar e exportar áudio files (ficheiros áudio), em vários formatos

de arquivo, incluindo MP3, WAV, Windows Media Áudio; Editar; Misturar várias faixas sonoras, por exemplo uma voz com BG

musical e efeitos sonoros; Masterizar as várias componentes; Gravar áudio files em CD. Requisitos mínimos do Computador e acessórios para trabalhar com Adobe Audition 1.5 Processador Intel® Pentium® 4; Microsoft® Windows® XP Professional ou Home Edition com

Service Pack 2; 1 GB de RAM; Disco duro de 120 GB; Mouse e teclado; Leitor e gravador de CD; CD re-writable (regravável); Monitor com resolução de 1024x768 ou 1.280X900; Placa de som stereo (suportar 16 bit áudio. Entradas e saídas: "Line-

in", "Mic-in" and "Line-out", USB; Software do Adobe Audition 1.5 e conexão Internet ou telefone para

a activação do produto; Colunas de som e auscultadores.

Edição de som digital

Adobe Audition 1.5

Orientações preliminares

Módulo 1 Orientações preliminares

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Funções básicas do Adobe Audition 1.5 Funções do EDIT VIEW: O Edit View é a janela de edição, cortes ou limpeza do som áudio (aqui podem eliminar-se longos períodos de silêncio, tosses e demais imperfeições; melhorar a qualidade do som e texto; seleccionar os melhores trechos; etc.). Gravar (Record): 1. É necessário ligar um microfone (ou uma mesa de som) a placa de

som do computador; 2. Ir com o mouse (rato) para File - 1 click - New, aparecerá uma janela

com o nome New Waveform, escolher a opção channels mono ou stereo com 44100 e 16-bit e ok;

3. Antes de começar a gravação, é preciso controlar o sinal relativo a entrada do som pressionando a tecla F10 (Monitor Record Level). O ideal é ter o sinal entre menos 15, -12 a -6 (se o sinal for baixo ou alto, é necessário verificar a distância entre o microfone e o locutor ou ajustar o canal de entrada);

4. Ir com o mouse para a barra de controlo de stop/play/pause/record, a seguir, 1 click no sinal vermelho para Record. Para parar a gravação fazer um click no stop.

Inserir e Tocar um som áudio na janela Edit View: Ir para File - Open - Localizar o som áudio - Seleccionar com 1 click do mouse - Open - Com play tocar o som áudio. Zoom: Usar a roldana do mouse, girando para baixo para ampliar e para cima para diminuir ou voltar a posição inicial. Mas também pode se usar o comando do zoom que se encontra na janela de Adobe Audition. Movimentar os sons: Usar o mouse para seleccionar a parte que pretende-se movimentar, ou seja, 1 click na área desejada e sem largar seleccionar arrastando o mouse de um ponto para outro (a área seleccionada ficara pintada a branco) - 1 click no lado direito do mouse - Copy - 1 click no ponto para onde pretende-se passar o som copiado - Click no lado direito do mouse - Paste. Eliminar longos períodos de silêncio, tosses e demais imperfeições: Usar o mouse para seleccionar a parte que pretende-se eliminar, ou seja, 1 click na área desejada e sem largar seleccionar arrastando o mouse de um ponto para outro (a área seleccionada ficara pintada a branco) - 1 click na tecla delete para eliminar. Fade in fade out: Com o fade in e fade out, pode se dar ao nosso áudio um início e um fim mais suave: 1. Seleccionar a área para o fade in ou fade out; 2. Ir para a janela Effects - Amplitude - Fade In ou Fade Out - Ok.

Funções básicas do

Adobe Audition 1.5

EDIT VIEW

Orientações preliminares

Módulo 1 Orientações preliminares

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MULTITRACK VIEW

Ajustar o nível do som: Para ajustar o nível do som áudio pode se usar duas formas: 1. Seleccionar a área - Ir para a janela Effects - Amplitude -

Amplify/Fade - Depois de abrir a janela de Amplify/Fade, para aumentar o sinal do som áudio seleccionar a opção 3 boost, se o som estiver a “bater no vermelho” diminui-lo, bastando para isso usar o sinal - (menos) antes do número, por exemplo -2 ou -3;

2. Seleccionar a área - Ir para a janela Effects - Normalize, com esta opção pode se ajustar o som áudio até atingir o nível ideal, que é de 90% dentro das duas linhas brancas imaginárias.

Save (guardar): 1 Click na barra de ferramentas File/Save as...damos nome/Save na pasta desejada. Funções do MULTITRACK: Multitrack é a janela de montagem no Adobe Audition que permite trabalhar com várias faixas ou track’s (até 128 pistas - track's). Por exemplo, no multitrack pode se misturar um conto com um background musical (fundo musical). Inserir um som áudio: Ir para File (Edit View) - Open - Localizar o som áudio - Seleccionar com 1 click do mouse - Open - 1 click na imagem com o nome do som áudio seleccionado que agora se encontra na janela de espera do lado esquerdo do multi-track, e sem largar, arrastar o som para a primeira pista, em seguida fazer a mesma operação com os restantes sons áudio que pretende-se usar, inserindo cada um na sua pista ou track no multitrack. Movimentar os sons: Usar o mouse na opção move (comando: tecla v), para movimentar da esquerda para direita, de cima para baixo e vice-versa. Encontra-se a mesma opção no canto superior direito da janela de Adobe Audition (o sinal com asterisco e uma seta). Fade in e Fade out: Para o fade in e fade out no multitrack, usa-se os envelopes (pontos brancos situados na linha verde do som áudio). Com um click do mouse criar 1 ponto fixo, a seguir, 1 click no outro ponto e arrastar a linha envelope até ao ponto desejado. Save: 1 Click na barra de ferramentas File/Save as...damos nome/Save na pasta desejada. Mix down: Seleccionar os sons usando a função Select All Clips que se encontra na janela Edit; 1 click na janela Edit - Mix Down to File - All Audio Clips, esperar até que o processamento chegue ao fim (Creating mix down); Depois deste processo o ficheiro áudio estará visível no Edit view, a seguir grava-se o mix down com 1 Click na barra de ferramentas File/Save as...damos nome ao trabalho final/Save na pasta desejada.

Funções básicas do

Adobe Audition 1.5

EDIT VIEW

Orientações preliminares

Módulo 1 Orientações preliminares

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Gravação de áudio files em CD

Funções básicas do

Adobe Audition 1.5

Orientações preliminares

Módulo 1 Orientações preliminares

Nota: Quando se trabalha com a edição digital existem dois assuntos recorrentes que são, a qualidade do som e o tamanho do áudio file. O tamanho do file afecta a prestação do computador, isto é, quanto maior (pesado) for mais espaço ocupa no computador. Por exemplo, com o formato WAV a qualidade do som é excelente, mas ocupa muito espaço. Então, para reduzir o tamanho do áudio file, mas mantendo mais ou menos a mesma qualidade do som, é necessário converter o formato WAV para o formato Windows Media Audio (wma) ou MP3 com 1 Click na barra de ferramentas File/Save as...escolher o formato (Save as Type), damos nome ao trabalho final/Save na pasta desejada.

!

1.6.5 Gravação de áudio files em CD 1. Ir para File (Edit View) - Open - Localizar o som áudio - Seleccionar

com 1 click do mouse - Open; 2. 1 Click no CD project view que se encontra na janela do adobe

audition; 3. 1 click na imagem com o nome do som áudio seleccionado que se

encontra na janela de espera no lado esquerdo, sem largar, arrastar até a janela principal de CD project view. Em seguida fazer a mesma operação com os restantes sons áudio que pretende-se gravar;

4. Inserir um CD virgem no PC (CD room do computador) para gravar; 5. 1 Click no Write CD que se encontra no canto inferior direito da

janela CD project e novamente 1 click no Write CD para gravar. Esperamos que se processe até aparecer burn successful e Ok.

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Orientações preliminares

Módulo 1 Orientações preliminares

1.7 Auto-avaliação

Com esta secção temos a possibilidade de contribuir para a melhoria de uma actividade desenvolvida e da própria aprendizagem. Como fazemos? Cada participante anota a sua auto-avaliação; Cada participante apresenta ao grupo a sua auto-avaliação; Em conjunto, se necessário, encontram-se possíveis

melhorias a aplicar. Perguntas chave para a auto-avaliação: 1. O que é que acho desta actividade desenvolvida? Não foi

útil, porque... / Mais ou menos, porque... / Muito útil, porque... /

2. O que é que pode ser melhorado?

3. Sinto-me suficientemente preparado com o desenvolvimento desta actividade? Sim, porque… / Mais ou menos, porque... / Não, porque... /

Pode se usar esta sequência de perguntas chave para cada actividade desenvolvida.

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Módulo 1 Orientações preliminares

1.8 Definição de Termos

1.9 Exemplos Áudio

1.10 Microsoft Word

1.11 Lista de recursos adicionais

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1.8 Definição de Termos Equipa de produção (ou grupo editorial): Refere-se ao grupo de produtores de programas de rádio que trabalham juntos e individualmente de uma forma participativa para a realização de um ou vários programas sobre uma certa área temática. Uma equipa de produção, dependendo do tipo de programa, pode ser formada por crianças, adolescentes ou adultos, por dois a oito produtores (por exemplo 2 Apresentadores, 2 Editores de som, 2 Entrevistadores, 1 Escritor, 1 Moderador, um destes pode ser o Líder de produção), cada um com tarefas diferentes mas todos orientados para o alcance do objectivo do programa. De salientar que hoje em dia, as expectativas são cada vez maiores, tarefas específicas deixaram de ser privilégio de um só produtor, todos fazem tudo e por isso é necessário que este assunto seja incluído na formação de produtores. Deste modo, as tarefas podem ser distribuídas com base num sistema rotativo (por exemplo semestral ou anual) e escolhidas com consenso de todos. Edutainment: Edutainment é a combinação de duas palavras, Educação e Entretenimento. Esta metodologia permite partilhar experiências, conhecimentos, comportamentos saudáveis e habilidades entre outros e é particularmente apropriada para os jovens porque tenta instruir ou socializar através de actividades que as pessoas gostam, como música, teatro, dança ou outras formas familiares de entretenimento. Quebra-gelo: É um jogo de curta duração que tem a função de relaxar e ao mesmo tempo estimular habilidades relacionadas ao exercício da sessão. Definições de termos referentes ao Adobe Audition 1.5 Amplitude: Aumenta ou diminui a amplitude do áudio. Chorus: Adiciona ao ficheiro de áudio um efeito semelhante a uma música tocada dentro de um túnel ou tubo. Delay: Atribui eco ao ficheiro de áudio. Multitap Delay: Cria vários delays (ecos) simultâneos com tempos diferentes. Graphic Dinamics: Serve para corrigir pequenos pedaços que têm mais ou menos volume do que o desejado. Envelope: Cria efeitos de volume no multitrack. Noise redution: E um bloqueador de ruídos, corta partes do ficheiro de áudio que são tidos como ruídos.

Definição de Termos

Orientações preliminares

Módulo 1 Orientações preliminares

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Exemplos Áudio

Pitch Bender: Esta opção faz com que o ficheiro de áudio siga a linha do gráfico, este efeito é bastante interessante criando simulações, é muito usado em rádio. Doppler Shift: Permite alterar a velocidade em que o som é reproduzido; aqui se podem fazer os famosos efeitos de voz “lenta” e voz “rápida”, muito usados em rádio e televisão. Reverb: E produzida uma reverberação no som, dando características de que o som foi gravado em locais específicos. Audio File Format: O Adobe Audition 1.5 suporta muitos formatos de ficheiros. Alguns formatos podem não ser compatíveis com outros sistemas. Os File formats podem ser seleccionados em /File/Save As... CD-R: O CD-R é um disco óptico gravável só uma vez. Tipicamente têm uma capacidade de 650 a 700MB de dados equivalente a 74 a 80 minutos de áudio. CD-RW: Disco regravável. O CD-RW tem também 650/700 MB de dados ou 74/80 minutos de áudio, mas o conteúdo pode ser apagado e gravado novamente. Decibel (dB): Em áudio, um dB é uma unidade logarítmica de medida para amplitude. Especificamente, serve para comparar a força de um som com uma referência. Geralmente, 0db é o máximo possível de amplitude. Várias áreas do Adobe Audition apresentam essas referências.

1.9 Exemplos Áudio

Este Manual inclui um CD com vários exemplos áudio. (Veja CD em anexo) Conteúdo do CD: Faixa 1 - Exemplo áudio de Magazine educativo - Tchova Tchova; Faixa 2 - Exemplo áudio de Magazine educativo - Mundo sem

Segredos; Faixa 3 - Exemplo áudio de Spot comercial; Faixa 4 - Exemplo áudio de Spot educativo; Faixa 5 à 25 - Exemplos áudio de Separadores para programa da

criança; Faixa 26 à 46 - Exemplos áudio de Separadores para programa de

adulto; Faixa 47 à 117 - Exemplos áudio de Efeitos sonoros; Faixa 118 - Exemplo áudio de Vox – Pop; Faixa 119 - Exemplo áudio de Testemunha; Faixa 120 - Exemplo áudio de Mini – Debate; Faixa 121 - Exemplo áudio de Entrevista; Faixa 122 - Exemplo áudio de Mini – Drama.

Definição de Termos

Orientações preliminares

Módulo 1 Orientações preliminares

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Recursos adicionais

1.10 Microsoft Word Microsoft Word é um programa de computador que pode ser executado por qualquer computador com sistema operativo Microsoft Windows. O Microsoft Word é utilizado principalmente para o processamento de texto e no nosso contexto de trabalho radiofónico facilita bastante a redacção e correcção de textos. O uso do Microsoft Word pode requerer algum conhecimento, para tal pode ser consultado o © Manual do Microsoft Word, compilado por Marilia Oliveira – 2001 que pode ser encontrado na internet através da página Web: http://eden.dei.uc.pt/~inf/Materiais/Manual_MsWord.pdf Material necessário para elaboração de textos: Computador com o programa Microsoft Word instalado; impressora e resma.

Microsoft Word

Orientações preliminares

Módulo 1 Orientações preliminares

1.11 Lista de recursos adicionais

O uso do Manual pode requerer informação adicional, para tal o Autor pode ser consultado através do endereço electrónico: [email protected] Este Manual faz parte de um conjunto de ferramentas constituído por três manuais e três guias temáticos, portanto veja: Manual de Formadores de Produtores Manual de Formação de Formadores Guia temático - Direitos da Criança com enfoque na Prevenção

contra violência e abuso sexual da criança Guia temático - Prevenção do HIV com foco no estigma Guia temático - Sobrevivência e Desenvolvimento da Criança

(Malária, Promoção de higiene, Prevenção da diarreia e cólera e Aleitamento materno);

Outros recursos: Rádio e HIV/SIDA: Fazendo a Diferença. Manual Básico. Gordon Adam e Nicola Harford, ONUSIDA/Media Action International 1999; Integração e formação de produtores de programas em rádio comunitária. Manual de Apoio. Projecto de Desenvolvimento dos Media UNESCO/PNUD 01003, Dezembro 2003; Produção de Programas em Rádio Comunitária. Manual de Apoio. Projecto de Desenvolvimento dos Media UNESCO/PNUD 01003, Dezembro 2003; Como formar crianças. Manual de Rádio Infantil. Ibis Moçambique 2005; MANUAL ORIENTADOR para a Criação, Revitalização e Funcionamento de Clubes nas Escolas. Propriedade: Ministério da Educação. Ano 2011; Wikipédia, a enciclopédia livre: http://pt.wikipedia.org Revistas N’weti. N’weti: Comunicação para Saúde.

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1.12 Anexos

Módulo 1 Orientações preliminares

1.12.1 Exemplo de Guião com texto de apresentação completo

1.12.2 Exemplo de Guião que apenas indica a sequência

1.12.3 Exemplo de texto de Mini-Drama

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Anexo 1.12.1 Exemplo de Guião com texto de apresentação completo

Módulo 1 Orientações preliminares Anexos

Nº do Guião: 03 - 2011 Duração da locução: 7 minutos

Objectivo do programa: Evidenciar a importância da prática de desporto e as razões pelas quais o desporto pode ajudar a prevenir o alastramento do HIV.

Guião

N°. FONTE DETALHES DURAÇÃO

1 Técnica Indicativo do programa.

2 Técnica Efeito: locução de um evento desportivo

3 Carmen Hummm, Edrice…desporto no Mundo Sem Segredos?

4 Edrice Porquê não Cármen?

5 Carmen Então… hoje vamos ter uma viagem cheia de surpresas!

6 Edrice É isso mesmo Carmen. Com este programa vamos descobrir qual é a importância da prática de desporto e as razões pelas quais o desporto pode ajudar a prevenir o alastramento do HIV.

7 Carmen Amigo, consigo Carmen Pereira

8 Edrice e Edrice Mujaide

9 Técnica Separador

10 Carmen No programa de hoje teremos, opinião pública

11 Técnica Trecho opinião pública

12 Edrice música

13 Técnica Trecho música

14 Carmen o debate da pequenada do Mundo sem Segredos!

15 Técnica Trecho debate

16 Edrice testemunha

17 Técnica Trecho testemunha

18 Carmen anedotas

19 Técnica Trecho anedota

20 Edrice e uma entrevista

21 Técnica Trecho entrevista

22 Carmen Então, estás convidado a escutar o nosso e teu programa Mundo sem Segredos!

23 Edrice A prática do desporto, pode ajudar a prevenir o alastramento do HIV?

24 Carmen O nosso colega Ivan foi a rua conversar com algumas pessoas.

25 Edrice Alô Ivan

(Nota: Este guião foi desenvolvido usando o plano de conteúdos Nº: 03 – 2011 que pode ser encontrado na Secção 3.4.2)

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Módulo 1 Orientações preliminares Anexos

26 Técnica Indicativo vox-pop – Vox-Pop - Indicativo vox-pop

27 Carmen e para já...

28 Edrice Vamos lá cantar!

29 Técnica Música

30 Carmen Oi Edrice, praticas desporto?

31 Edrice Haa não me fales disso...tentei com o Basquete mas não consegui passar nos testes.

32 Carmen Não desistas Edrice...Sabes quem é a menina que queria ser futebolista mas tornou-se campeã mundial de atletismo? A Lurdes Mutola!!! A primeira moçambicana a ganhar medalhas de ouro em atletismo nas competições internacionais!!

33 Edrice Uauu...é verdade? Mas sabes, eu também quero dar uma medalha de ouro a todos os meninos que estão a enviar muitas sms a pedir para participarem nos debates. Vamos?

34 Técnica Indicativo debate - Debate - Indicativo debate

35 Técnica Testemunha

36 Carmen Amigo, chegou, chegou, chegooooooou....

37 Edrice O mundo das anedotas!!!!

38 Técnica Indicativo anedotas - Anedotas - Indicativo anedotas

39 Carmen Amigo, cá estamos para te trazer sempre boa informação

40 Edrice É isso mesmo! O Mundo sem Segredos, a viajem do saber para melhor crescer!

41 Técnica Indicativo entrevista - Entrevista - Indicativo entrevista

42 Belito Leitura das SMS e cartas recebidas

43 Carmen Querido amigo! O que é que achas? O Mundo sem Segredos é um programa bom? Sim ou não? E porquê?

44 Edrice O que é que pode ser melhorado?

45 Carmen Tens algumas perguntas sobre o tema de hoje?

46 Edrice Então, já sabes não é? Por favor envia uma carta com teu nome, idade e local onde vives para...

47 Carmen Ou envia uma sms para...

48 Edrice Lembra-te que no Mundo sem Segredos, a tua opinião é que é o mais importante!

49 Técnica Separador

50 Carmen Amigo, não fiques de fora, escuta e informa-te no Mundo sem Segredos e não te vais arrepender!

51 Edrice Hoje dissemos que o desporto além de divertir, ajuda a ter uma boa saúde e fazer amizades!

52 Carmen E que praticar desporto agora, pode ser uma oportunidade de emprego amanhã!

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Módulo 1 Orientações preliminares Anexos

53 Carmen Edrice

Ganhamos o gosto pelo desporto! Ganhamos o gosto pela vida! Uaaau!!!!!!

54 Técnica Separador

55 Carmen Foi com muito gosto e boa disposição que apresentamos o Mundo Sem Segredos de hoje, que só foi possível graças a uma vasta equipa de amigos.

56 Edrice Queremos agradecer a todos vocês e também as entidades que colaboram no dia-a-dia, para a produção deste teu e nosso programa, Mundo sem Segredos!

57 Carmen Em particular o Ministério da Educação e Cultura, a Rádio Moçambique, as Rádios comunitárias e a Media Support!!!

58 Edrice Para todos vocês e para os outros que não mencionamos aqui, um abraço do tamanho do Mundo!

59 Carmen Se despedem com a promessa de voltar na próxima semana a mesma hora.

60 Edrice Edrice Mujaide

61 Carmen e Carmen Pereira

62 Edrice Aquele abraço de sempre

63 Carmen E p´ra sempre

64 Carmen Edrice

Tchaooo!!!

65 Técnica INDICATIVO DE FECHO

30:00 Duração Total

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Anexo 1.12.2 Exemplo de Guião que apenas indica a sequência

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Módulo 1 Orientações preliminares Anexos

Nº do Guião: 03 - 2011 Duração da locução: 7 minutos

Objectivo do programa: Evidenciar a importância da prática de desporto e as razões pelas quais o desporto pode ajudar a prevenir o alastramento do HIV.

Guião

N°. FONTE DETALHES DURAÇÃO

1 Técnica Indicativo do programa

2 Técnica Efeito: locução de um evento desportivo

3 Apresentadores Saudar os ouvintes / Apresentar-se / Apresentar em resumo o que se pretende alcançar com este programa e quais as componentes

4 Técnica Separador

5 Apresentadores Apresentar Vox Pop

6 Técnica Indicativo - Vox Pop - Indicativo

7 Apresentadores Apresentar Música

8 Técnica Música

9 Apresentadores Apresentar Mini-Debate e a informação adicional sobre Lurdes Mutola

10 Técnica Indicativo – Mini Debate - Indicativo

11 Técnica Testemunha

12 Apresentadores Apresentar anedotas

13 Técnica Indicativo – Anedotas - Indicativo

14 Apresentadores Apresentar Entrevista

15 Técnica Indicativo - Entrevista - Indicativo

16 Belito Leitura das SMS e cartas recebidas

17 Apresentadores Encorajar a audiência alvo a interagir com o programa, por exemplo através de telefonemas, cartas, sms e internet.

18 Apresentadores (Apresentar mensagens chave)

O desporto além de divertir ajuda a ter uma boa saúde e a fazer amizades!

Praticar desporto agora pode ser uma oportunidade de emprego amanhã!

Ganhamos o gosto pelo desporto! Ganhamos o gosto pela vida! Uaaau!!!!!!

19 Técnica Separador

20 Apresentadores Despedida

21 Técnica INDICATIVO DE FECHO

30:00 Duração Total

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Anexo 1.12.3 Exemplo de texto de Mini-Drama

(Nota: Este texto foi desenvolvido usando o esboço para Mini-Drama do plano de conteúdos Nº: 02 – 2011 que pode ser encontrado na Secção 3.4.1)

Módulo 1 Orientações preliminares Anexos

Nº do Mini-Drama: 02 - 2011

Titulo: Só tem medo de ir ao rio, quem comeu ovos de crocodilo.

Objectívo: Explorar formas de como uma esposa pode abordar o assunto de casa 2 com o próprio marido em caso de suspeita.

Escritor: António Garcia Personagens: Zeca e Esposa, Samuel, Balconista

Actores: Ernesto, Gilda, António, Fernando Editor de som: Ilda

Duração: O2:34 Ambiente: No bar, fim do dia – Casa do Zeca

Mini-Drama:

Samuel: (SOM AMBIENTE DO BAR) Ei, Zeca!.......o que é que se passa contigo?

Zeca:

(SOM DE CERVEJA A ENTORNAR)... Deixa-me beber...quero chegar bem bêbado em casa para enfrentar a minha esposa...

Samuel: Mas... porquê assim?

Zeca:

Sabe,...a feia da minha cunhada viu-me com...com...uma das minhas amantes...e acho que ela já fez chegar a notícia lá em casa...vai ser uma confusão.......

Samuel: Amigo...bebida não resolve nada...

Zeca: E então?... Como é que pensas que hei-de chegar em casa?

Samuel: (SOLTA GARGALHADAS)... Só tem medo de ir ao rio, quem comeu ovos de crocodilo.

Zeca: O quê?

Samuel:

Tu andas com muitas mulheres, por isso tens que enfrentar muitos problemas. (TOCA CELULAR DO SAMUEL)... ...é a minha esposa... ....sim, tudo bem e tu?... Ya, estou aqui no bar Tinga, ...vou já...prepara-me fígado com pão.........está bom, .........até já...(DESLIGA CELULAR)...Amigo, vou para casa ficar com a minha mulher...até amanhã.

Zeca: Ok,...(COM TOM DE VOZ BAIXO) fígado com pão.... (COM TOM DE VOZ ALTO) Ooooh balconista! Dá fígado com pão!!!

Balconista: Não tem...e é melhor terminar o seu copo...estamos para fechar!

Zeca:

Para fechar? Puxa, pá!...e agora?!... vou mesmo ter que enfrentar a minha mulher...(SEPARADOR: TRECHO DA MÚSICA: NÃO ARRANJA CONFUSÃO)

Esposa: Ainda bem que tu chegaste...

Zeca: Espera, não fala barato...

Esposa:

Barato é o que andas a fazer...Zeca, quanto é que tu ganhas de salário para passares a vida a aventurar?...Não pensas na nossa família...só pensas em bebidas e mulheres, achas que isto te levará a lugar algum?

Zeca: Sabe mulher...

Esposa:

(NÃO DEIXA O MARIDO FALAR) Sei sim...sei que tu ainda não percebeste que nas tuas aventuras podes prejudicar a tua e a minha saúde... A nossa família! Zeca, tu és meu marido... imagine se eu sair também a procura de homens?

Zeca: Ei!! Cala boca! O que é isso?!

Fim do Mini-Drama

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Módulo 2 Pesquisa inicial

Pesquisa inicial Em geral um programa educativo é de qualidade quando gera interesse na comunidade, atinge uma larga audiência, apresenta uma boa qualidade sonora e é divertido, mas sobretudo quando corresponde às necessidades educativas da comunidade, como por exemplo, quando explora dificuldades que afectam a mesma e procura formas de resolvê-las. Neste contexto, este módulo apresenta um método de pesquisa inicial, que ajuda a recolher, analisar e organizar estas necessidades da comunidade, incluindo comportamentos chave e atitudes, úteis para a produção de programas radiofónicos virados à mudança de comportamento.

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2.1 Como desenvolver uma matriz de pesquisa inicial Existem vários métodos de pesquisa inicial, alguns requerem tempo, dinheiro e especialistas, mas o método de pesquisa apresentado a seguir (passos 1 a 8) não requer todos estes recursos mas sim um facilitador e um assistente membros da equipa de produção e o envolvimento directo da comunidade. Objectivo: Aprender a desenvolver uma matriz de pesquisa inicial útil para a produção de programas radiofónicos virados à mudança de comportamento. Participantes: A pesquisa é desenvolvida por um facilitador e um assistente (membros da equipa de produção) e, as respostas necessárias são fornecidas pelos membros da comunidade e membros chave da comunidade incluindo a equipa de produção. Cada membro da equipa de produção, dependendo da sua vontade e habilidades, pode ser facilitador ou assistente desta actividade, mas é necessário que esteja previamente familiarizado com o desenvolvimento deste módulo. Preparativos: Numa folha gigante preparar uma matriz de pesquisa inicial a desenvolver; Papéis gigantes para a chuva de ideias. Material necessário: Papel gigante branco - Marcadores – Bostick - Resma – Canetas – Cadeiras – Mesa. Caso este material não esteja disponível pode se usar material alternativo. Espaço e disposição das cadeiras: Espaço suficiente de acordo com o número de participantes. Local da pesquisa: Na rádio e no exterior. Duração: Depende do número de participantes.

Pesquisa inicial

Módulo 2 Pesquisa inicial

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Módulo 2 Pesquisa inicial

Exemplo de matriz de pesquisa inicial a desenvolver:

Matriz de pesquisa inicial

Matriz Nº:

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Tópico:

Comportamento/atitude chave:

Grupo (s) alvo:

Entretenimento:

Barreiras Facilitadores Objectivos de comunicação

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Pesquisa inicial

Módulo 2 Pesquisa inicial

Como desenvolver: O método é apresentado através dos oito passos a seguir.

1° Passo Matriz Nº Indica-se o número da matriz de pesquisa inicial a desenvolver. Exemplo: 01 – 2011.

2° Passo Tema 2.1 O tema é definido questionando a comunidade. Método: O Facilitador e Assistente vão individualmente a rua questionar a comunidade (Vox-Pop). Pergunta para Vox -Pop: Quais são os assuntos que preocupam a nossa comunidade? 2.2 Com base nos resultados da pesquisa de temas anterior (2.1), a equipa de produção escolhe um tema a colocar na matriz. Exemplo: Violência.

Do 3° ao 7° passo a pesquisa é desenvolvida por um facilitador e um assistente (membros da equipa de produção) e, as respostas necessárias são fornecidas pelos membros da comunidade e membros chave da comunidade incluindo a equipa de produção. Pode se convidar os participantes, preferivelmente entre 8 a 16, para a rádio ou deslocar-se a comunidade.

3° Passo Tópico 3.1 Definimos que o tema escolhido (por exemplo: Violência) é uma preocupação da nossa comuni-dade: A) Quais as causas? Ou, B) Quais as consequências? Método: Listar com o método de Chuva de ideias. 3.2 Escolhe-se um tópico e coloca-se na matriz em forma resumida. Método: Debate. Exemplo: O pensamento de que bater ajuda na educação da criança.

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Pesquisa inicial

Módulo 2 Pesquisa inicial

5° Passo Grupo (s) Alvo 5.1 A quem queremos destinar o programa? Método: Chuva de ideias. 5.2 Escolhe-se o (s) grupo (s) alvo a colocar na matriz. Método: Debate. Exemplo: Pais, tios/tias, professores e todos aqueles que cuidam de crianças.

6° Passo Entretenimento 6.1 Qual é o entretenimento que o (s) grupo (s) alvo definido gosta de ouvir na Rádio? Método: Chuva de ideias. 6.2 Escolhe-se o entretenimento a colocar na matriz. Método: Debate. Exemplo: Música – Teatro – Anedotas.

4° Passo Comportamento/atitude chave 4.1 Quais são os bons comportamentos que o tópico sugere? Método: Chuva de ideias. 4.2 Escolhe-se um comportamento ideal a colocar na matriz. Método: Debate.

Exemplo: Educar uma criança sem bater.

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Módulo 2 Pesquisa inicial

7° Passo Barreiras e Facilitadores Pesquisar barreiras: 7.1 Tendo em conta o Comportamento chave e Grupo (s) alvo: Porquê achamos que isto não acontece? O que é que impede a mudança? Método: Chuva de ideias. 7.2 Escolhem-se 3 ou 4 barreiras prioritárias a colocar na matriz. Método: Debate. Pesquisar facilitadores: 7.3 Por cada barreira identificada perguntamos: O que é que pode reduzir ou eliminar esta barreira? O que é que pode facilitar a mudança? Método: Chuva de ideias. 7.4 Escolhem-se os facilitadores a colocar na matriz. Método: Debate.

Exemplos:

Barreiras Facilitadores

1) Os pais sentem que bater nos filhos é a única forma de discipliná-los

1) Perceber que não bater, não ameaçar, não gritar com a criança ajuda a criança a não ter medo de falar e a compreender

2) O professor que bate tem mais respeito dos seus alunos

2) Divulgar a lei que proíbe os professores de baterem e impor castigos corporais na escola

3) Violência física ou castigos corporais são vistos como solução de conflitos

3) Perceber que bater não quer dizer que os filhos passem a comportar-se melhor

4) Os pais sentem por vezes que bater ajuda na educação da criança

4) Perceber que bater nas crianças cria um mau relacionamento entre pais e filhos (cria medo, agressividade, agitação)

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Exemplos:

Barreiras Facilitadores Objectivos de comunicação

1) Os pais sentem que bater nos filhos é a única forma de discipliná-los

1) Perceber que não bater, não ameaçar, não gritar com a criança ajuda a criança a não ter medo de falar e a compreender

1) Mostrar que é possível educar uma criança sem bater. (Vox-Pop e Testemunha)

2) O professor que bate tem mais respeito dos seus alunos

2) Divulgar a lei que proíbe os professores de baterem e impor castigos corporais na escola

2) Fornecer informação sobre a lei que proíbe os professores de baterem e impor castigos corporais na escola e sobre o que é que os pais ou alunos podem fazer quando um professor está violar esta lei. (Entrevista)

3) Violência física ou castigos corporais são vistos como solução de conflitos

3) Perceber que bater não quer dizer que os filhos passem a comportar-se melhor

3) Explorar as vantagens de lidar com as crianças sem violência. (Mini-Debate)

4) Os pais sentem por vezes que bater ajuda na educação da criança

4) Perceber que bater nas crianças cria um mau rela-cionamento entre pais e filhos (cria medo, agressivida-de, agitação)

4) Fornecer oportunidades para os pais reflectirem sobre a violência física contra a criança. (Mini-Drama)

Pesquisa inicial

Módulo 2 Pesquisa inicial

O 8° passo a seguir é desenvolvido por um facilitador e um assistente (membros da equipa de produção) e, as respostas necessárias são fornecidas pela equipa de produção.

8° Passo Objectivos de comunicação Pesquisar objectivos: 8.1 Para cada par de barreira e facilitador identificados perguntamos: O que é que um ou vários programas radiofónicos podem fazer para reduzir ou eliminar essa barreira ou apoiar esse facilitador? Método: Chuva de ideias. 8.2 Escolhe-se um objectivo por cada par de barreira e facilitador e, antes de coloca-lo na matriz perguntamos: Irá funcionar? Ou seja, reflecte algo que se pode atingir através do meio rádio? Método: Debate.

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Exemplos de matrizes de pesquisa inicial desenvolvidas com o método apresentado:

Módulo 2 Pesquisa inicial

Exemplo 1

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Matriz de pesquisa inicial

Matriz Nº: 01 – 2011

Tema: Violência

Tópico: O pensamento de que bater ajuda na educação da criança

Comportamento/atitude chave: Educar uma criança sem bater

Grupo/s alvo: Pais, tios/tias, professores e todos aqueles que cuidam de crianças

Entretenimento: Música – Teatro – Anedotas

Barreiras Facilitadores Objectivos de comunicação

1) Os pais sentem que bater nos filhos é a única forma de discipliná-los.

1) Perceber que não bater, não ameaçar, não gritar com a criança ajuda a criança a não ter medo de falar e a compreender.

1) Mostrar que é possível educar uma criança sem bater. (Vox-Pop e Testemunha)

2) O professor que bate tem mais respeito dos seus alunos.

2) Divulgar a lei que proíbe os professores de baterem e impor castigos corporais na escola.

2) Fornecer informação sobre a lei que proíbe os professores de baterem e impor castigos corporais na escola e sobre o que é que os pais ou alunos podem fazer quando um professor está violar esta lei. (Entrevista)

3) Violência física ou castigos corporais são vistos como solução de conflitos.

3) Perceber que bater não quer dizer que os filhos passem a comportar-se melhor.

3) Explorar as vantagens de lidar com as crianças sem violência. (Mini-Debate)

4) Os pais sentem por vezes que bater ajuda na educação da criança.

4) Perceber que bater nas crianças cria um mau relacionamento entre pais e filhos (cria medo, agressividade, agitação).

4) Fornecer oportunidades para os pais reflectirem sobre a violência física contra a criança. (Mini-Drama)

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Matriz de pesquisa inicial

Matriz Nº: 02 - 2011

Tema: HIV

Tópico: Casa 2 (MPC)

Comportamento/atitude chave: Dialogar sobre o uso do preservativo no contexto de Casa 2

Grupo (s) alvo: Pessoas que praticam a casa 2 e suas esposas ou esposos

Entretenimento: Teatro – Música

Barreiras Facilitadores Objectivos de comunicação

1) O esposo acha que não é bom falar sobre o preservativo com a própria esposa.

1) Perceber que não falar pode ser prejudicial para toda a família.

1) Mostrar que é possível dialogar entre esposa e esposo sobre o uso do preservativo no contexto de Casa 2 (MPC). (Vox-Pop)

2) Ele ou ela (casa 2) é de confiança então não existe perigo, portanto não existe necessidade de falar com a própria esposa ou esposo sobre o uso do preservativo.

2) Mostrar que é difícil saber com certeza com quem o outro parceiro anda.

2) Mostrar exemplo de como não falar pode ser prejudicial. (Testemunha)

3) A esposa pode suspeitar que o marido tem casa 2, mas não fala para evitar confusão.

3) Ter uma conversa calma... escolher um bom momento... enfrentar o marido...

3) Explorar formas de como uma esposa pode abordar o assunto de casa 2 com o próprio marido em caso de suspeita. (Mini-Drama)

Módulo 2 Pesquisa inicial

Exemplo 2

Exemplos de matrizes de pesquisa inicial desenvolvidas com o método apresentado:

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Notas para os facilitadores: 2° Passo – Tema Vox-Pop: Neste contexto faz-se a mesma pergunta pelo menos a 30 pessoas, mas individualmente, de modo a gravar a opinião de cada um. Pode se pesquisar preocupações (temas) gerais ou de uma faixa etária especifica. Aconselha-se a questionar pessoas de ambos os sexos. As respostas podem ser gravadas ou anotadas. Os temas pesquisados podem ser usados para o desenvolvimento de várias matrizes de pesquisa inicial. Na pesquisa de temas é necessário identificar também aquelas preocupações que normalmente não são abertamente discutidas na comunidade, como por exemplo, os assuntos de estigma relacionado ao HIV e SIDA e Violência doméstica entre outros. Estas preocupações (temas) podem ser sugeridas tanto pela comunidade como pelos membros chave da comunidade incluindo os produtores de programas radiofónicos. Este Manual faz parte de um conjunto de ferramentas constituído por três manuais e três guias temáticos, portanto, quando a equipa de produção quer abordar um tema dos guias temáticos, a pesquisa inicial começa a partir do 3° Passo – Tópico.

Notas para os facilitadores

Pesquisa inicial

Módulo 2 Pesquisa inicial

3° Passo – Tópico Os membros chave da comunidade são pessoas que conhecem bem a realidade da comunidade local e tem um certo conhecimento do assunto a abordar. Este grupo pode incluir, líderes comunitários, membros do clube da escola, médicos, professores, grupos locais, fornecedores de bens e serviços, encarregados de educação, trabalhadores da saúde, médicos tradicionais, representante do Gabinete de atendimento a Mulher e Criança Vitima de Violência Doméstica entre outros. Existem várias maneiras de fazer uma chuva de ideias, uma delas pode ser: O facilitador escreve numa folha grande a pergunta; Distribui pedaços de papel e pede para cada participante, individu-

almente, escrever a resposta; Recolhe e cola as respostas na folha grande. As vezes o tópico é sugerido a partir das causas ou a partir das consequências, por isso é necessário pesquisar uma ou outra. Quando for possível colocar o tópico na matriz em forma resumida. Por exemplo, se identificamos que a causa desta preocupação é que as raparigas são forçadas a casar-se prematuramente, uma forma resumida a colocar seria, Casamento precoce. Outro exemplo seria, para homens e mulheres que praticam casa 2, resumidamente é Casa 2.

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4° Passo - Comportamento/atitude chave Na chuva de ideais sobre comportamentos, incentivar os participantes a identificar comportamentos que possam influenciar a maneira como as pessoas agem no seu dia-a-dia. Exemplos: Educar uma criança sem bater; Dialogar sobre o uso do preservativo no contexto de Casa 2; Praticar desporto; Dormir sob uma rede mosquiteira; etc.

Notas para os facilitadores

Pesquisa inicial

Módulo 2 Pesquisa inicial

7° Passo - Barreiras e Facilitadores Na pesquisa de facilitadores não pensar simplesmente ao contrário (antónimo) da barreira, mas deve-se tentar aprofundar. Por exemplo: se como barreira temos pobreza, não basta por como facilitador gerar riqueza, mas um dos facilitadores poderia ser, entrevistar pessoas que produzem mel para explicarem como fazem ou pessoas que têm experiência sobre auto-emprego local.

8° Passo - Objectivos de comunicação A pesquisa de objectivos sugere que o ideal seria ter um objectivo por cada par de barreira e facilitador, contudo, isto nem sempre é possível, dependendo das barreiras e facilitadores, também podemos ter um único objectivo de comunicação para dois ou três pares de barreiras e facilitadores. Alguns verbos úteis a usar no início da construção de frases para definição de objectivos: Contribuir...aumentar...melhorar...desenvolver... reforçar... aprender... fornecer... conhecer... evidenciar... demonstrar... mobilizar... orientar...assegurar... apoiar... promover...incentivar...sensibilizar... No contexto deste Manual, o termo objectivo diz respeito à resposta prioritária, ou seja algo a atingir com um ou vários programas radiofónicos e que se encontre ao alcance das rádios comunitárias. A definição clara de objectivos é extremamente importante. Definir os objectivos dá-nos a possibilidade de planear as acções que precisamos de levar a cabo para conseguirmos tudo o que pretendemos com uma produção, como por exemplo, trabalhar para a mudança de atitude e comportamento desejado e aquisição de conhecimentos. Basicamente, existem cinco passos a ter em conta quando queremos definir um objectivo de comunicação poderoso, temos que assegurar que o objectivo seja: 1. Específico: significa que não seja vago. Definir em pormenor,

como quem pinta um quadro ou tira uma fotografia, por exemplo, através dos passos aprendidos nesta Secção;

2. Atingível: significa ser honesto, ou seja, que o objectivo reflicta algo que se pode atingir através do meio rádio;

3. Realístico: significa desenvolver um objectivo relevante para o grupo alvo;

4. Mensurável: significa saber já na fase inicial do programa, qual o método a usar para avaliar após a implementação se o objectivo foi atingido ou não (para mais detalhes, veja módulo 5 deste Manual, Monitoria e Avaliação).

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Exercício Antes de usar este método com a comunidade é aconselhável pratica-lo entre os membros da equipa de produção da seguinte forma: 1) Preparação: O facilitador e assistente (membros da equipa de

produção) devem estar previamente familiarizados com o método. O papel do assistente é apoiar o facilitador tomando notas da chuva de ideias e definições como também em outras tarefas de apoio.

2) Do 1° ao 8° passo desenvolve-se uma simulação com uma audiência imaginária composta de membros da comunidade, membros chave da comunidade e equipa de produção, por exemplo:

2.1 Na busca do tema, o facilitador questiona os participantes, que neste exercício fazem o papel da comunidade, e aponta as respostas num papel gigante;

2.2 A seguir o facilitador apresenta os resultados aos participantes, que no momento fazem o papel de equipa de produção, e em conjunto escolhe-se o primeiro tema a abordar;

2.3 Do 3° ao 7° passo o facilitador questiona os participantes, que agora fazem o papel de membros da comunidade, membros chave da comunidade e equipa de produção, e aponta as respostas e definições úteis para o desenvolvimento da matriz de pesquisa inicial resultante deste exercício;

2.4 A seguir (8° passo) o facilitador questiona os participantes, que agora fazem o papel de equipa de produção, e em conjunto escolhem-se os objectivos de comunicação.

3) Depois de desenvolvida a primeira matriz de pesquisa inicial, divide-se os participantes em grupos e cada um desenvolve uma matriz com novos temas.

4) Auto-avaliação: Com esta actividade final os participantes terão a possibilidade de contribuir para a melhoria do método apresentado e da própria aprendizagem antes de usa-lo com a comunidade. Para modelo de auto-avaliação veja Secção 2.2.

Notas para os facilitadores

Pesquisa inicial

Módulo 2 Pesquisa inicial

Nota: Depois de preencher uma matriz de pesquisa inicial, a equipa de produção usa as respostas da matriz para produzir conteúdos específicos para rádio e consequentemente produzir um programa. Isto é feito criando um plano de conteúdos, assunto principal do módulo três deste Manual.

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Objectivo: Adquirir conhecimentos adicionais em relação ao assunto a abordar. Duração: Depende do material de consulta. Método: Trabalho em grupo.

Consulta de material de suporte (Actividade facultativa)

Actividade facultativa

Consulta de material de

suporte

Módulo 2 Pesquisa inicial

1) Factos:

Um número crescente de estudos realizados em Moçambique mostra que a prática de Casa 2 (ou seja de múltiplos parceiros sexuais concorrentes) é a maior força de propagação do HIV.

2) Factores de risco:

Confiança: Depois de um tempo ela/e já é de confiança então deixo de proteger-me.

Aparência: Ela/e é bonita então não tem HIV.

Rede: Estamos juntos mas não posso saber com certeza se ela/e tem outro.

Aceitabilidade: Isto acontece com os outros e não comigo.

Diálogo: Não é nada bom falar sobre o preservativo com a própria esposa ou esposo.

Nota: Para reforçar o conhecimento dos participantes sobre o significado de barreiras e facilitadores, o facilitador pode apresentar material áudio ou audiovisual (por exemplo o filme “As Cartas” – produzido pela N´weti Comunicação para Saúde) e pedir a cada participante para listar as barreiras e facilitadores identificados. A seguir passa-se para a análise e debate em plenária.

Como desenvolver: 1. O facilitador procura material com informação útil em relação ao

assunto a abordar. Nota: Esta informação pode se encontrar em pesquisas recentes, revistas N’weti, programas gravados, etc.;

2. O facilitador divide os participantes em grupos e distribui o material para consulta;

3. A seguir um representante de cada grupo apresenta em plenária uma síntese da consulta.

Exemplo de síntese:

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Módulo 2 Pesquisa inicial

2.2 Auto-avaliação

Com esta secção temos a possibilidade de contribuir para a melhoria de uma actividade desenvolvida e da própria aprendizagem. Como fazemos?

Cada participante anota a sua auto-avaliação;

Cada participante apresenta ao grupo a sua auto-avaliação;

Em conjunto, se necessário, encontram-se possíveis melhorias a aplicar.

Perguntas chave para a auto-avaliação: 1. O que é que acho desta actividade desenvolvida? Não foi

útil, porque... / Mais ou menos, porque... / Muito útil, porque... /

2. O que é que pode ser melhorado?

3. Sinto-me suficientemente preparado com o desenvolvi-mento desta actividade? Sim, porque… / Mais ou menos, porque... / Não, porque... /

Pode se usar esta sequência de perguntas chave para cada actividade desenvolvida.

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2.3 Definição de termos Método participativo: É um método de trabalho em grupo que encoraja o envolvimento de todos participantes. Basicamente significa: Solicitar e escutar as opiniões de todos; Apoiar o envolvimento activo de cada participante; Que todos contribuem para os processos de tomada de decisão; Que cada um decide sobre o seu nível de envolvimento. Chuva de ideias: É um método de trabalho que encoraja cada participante a apresentar tudo aquilo que lhe vem a cabeça em relação a um assunto colocado. Faixa etária: Refere-se a grupos de pessoas com determinadas idades, por exemplo crianças, adolescentes ou adultos. Grupo alvo: É o grupo específico de pessoas (beneficiárias) a quem se destina o programa (por exemplo, Lideres comunitários – Estudantes do ensino primário – Trabalhadoras do sexo – Trabalhadores da saúde – Encarregados de educação – Polícia – Mulheres casadas - etc.). Entre estes existem aqueles que: 1. São influenciados (por exemplo: quando as crianças são

influenciadas pelos comportamentos/atitudes/conhecimentos dos adultos);

2. São afectados (por exemplo: os parceiros ou parceiras das pessoas que praticam casa 2);

3. Influenciam (por exemplo: amigos, lideres comunitários, etc.);

4. Afectam (por exemplo: as pessoas que praticam casa 2).

Definição de Termos

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Módulo 2 Pesquisa inicial

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Barreiras: Tudo o que dificulta a adopção de comportamentos, atitudes e conhecimentos saudáveis ou mudança nos comportamentos de risco se chamam Barreiras. Facilitadores: Tudo o que pode permitir a redução ou eliminação das barreiras se chamam Facilitadores. Exemplos de barreiras: Raparigas forçadas a casar-se prematuramente; A falta de fontes de informação para jovens; A falta de protecção dos direitos da criança pela lei; Rapazes orgulhosos de terem muitas parceiras sexuais; Crianças que não estão habituadas a expressar as suas opiniões. Barreiras e Facilitadores a nível pessoal podem ser: Conhecimentos - Conceitos – Comportamentos – Percepções - Atitudes – Crenças – Necessidades - Habilidades como comunicação, tomada de decisão - Outro. Barreiras e Facilitadores a nível social podem ser: Família - Amigos e Pares – Género – Pessoas modelo - Outros na comunidade – Normas - Outro. Barreiras e Facilitadores a nível ambiental podem ser: Acesso a cuidados de saúde, bens e serviços - Riqueza e pobreza - Politica (por exemplo: proibição de fumar em locais públicos) – Mídia - Outro. Atitudes: São predisposições aprendidas e duradoiras para as pessoas se comportarem de forma consistente em relação a uma ideia. Comportamento: É a maneira como as pessoas agem. É a maneira como as pessoas manifestam e põem em prática as suas atitudes. Mudança de comportamento: A mudança social é um processo pelo qual ocorre alteração nas normas e na estrutura organizacional de uma dada sociedade. As mudanças individuais ocorrem quando uma pessoa altera ou adquire novas atitudes e comportamentos. Educação de pares: É um processo educativo (de aprendizagem) realizado por e para companheiros, pares, cuja idade e grupo social são iguais ou semelhantes. Por exemplo os programas radiofónicos de criança para criança.

Definição de Termos

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Módulo 2 Pesquisa inicial

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Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos

Desenvolvimento de plano de conteúdos

Este módulo apresenta técnicas relativas ao desenvolvimento de planos de conteúdos. Um plano de conteúdos permite: 1. A produção de formatos radiofónicos interac-

tivos com várias componentes promotoras do desenvolvimento e aquisição de habilidades para vida; e

2. Harmonizar os conteúdos das diferentes componentes, orientando assim, o alcance do objectivo (ou objectivos) do programa.

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Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos

Plano de conteúdos

3.1 Como desenvolver um plano de conteúdos Um plano de conteúdos é desenvolvido a partir de uma matriz de pes-quisa inicial e entre outros, indica os conteúdos das componentes de um programa educativo, por exemplo guião para debate, perguntas pa-ra entrevista, etc. orientando assim, o alcance do objectivo (ou objecti-vos) do programa. No contexto específico do Magazine educativo é considerado uma componente indispensável.

Objectivo: Aprender a transformar a informação de uma matriz de pesquisa inicial em conteúdos de componentes de programas radiofónicos virados à mudança de comportamento. Participantes: O plano de conteúdos é produzido pela equipa de produção com o apoio de um facilitador e assistente membros da equipa. Cada membro da equipa de produção, dependendo da sua vontade e habilidades, pode ser facilitador ou assistente desta actividade, mas é necessário que esteja previamente familiarizado com o desenvolvimento deste módulo. Preparativos: Numa folha gigante preparar um plano de conteúdos a desenvolver; Papéis gigantes para a chuva de ideias; Matriz de pesquisa inicial a usar (usar uma matriz desenvolvida pela equipa de produção ou, alternativamente uma matriz já compilada que pode ser encontrada nos guias temáticos); Exemplos áudio de rubricas (veja CD anexo). Material necessário: Papel gigante branco - Marcadores - Bostick - Resma - Canetas -Cadeiras - Mesa - Aparelho de som com leitor de CD - Caso este material não esteja disponível pode se usar material local alternativo. Espaço e disposição das cadeiras: Espaço suficiente de acordo com o número de participantes. Local de trabalho: Na rádio. Duração: Depende das componentes a desenvolver.

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Exemplo de plano de conteúdos a desenvolver:

Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos

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Duração do programa

Nº do plano de conteúdos

Plano de conteúdos

Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos

Como desenvolver um plano de conteúdos: O método é apresentado a seguir. Nº do plano de conteúdos: Corresponde ao número da matriz de pesquisa inicial a usar. Atribuir um número único a cada elemento de um programa (matriz de pesquisa inicial, plano de conteúdos e plano de produção semanal), facilita bastante a identificação rápida do mesmo nas várias fases de produção, veiculação e de arquivo. Nota: Tema, Tópico, Comportamento/atitude chave, Grupo alvo, Entretenimento, Barreiras, Facilitadores e Objectivos de comunicação como definidos na matriz de pesquisa inicial a usar. Meio: O meio pode variar entre interno e externo, isto é, emissões na rádio ou actividades no exterior. Para ampliar o impacto dos programas radiofónicos, aconselha-se que regularmente se conduzam actividades no exterior apresentadas pela equipa de produção, como por exemplo concursos nas escolas. Nome do programa: Dar um nome único a uma série de programas significa criar uma marca do produto na memória da comunidade, financiadores, parceiros, governo, etc. Data e Hora de Emissão: Uma boa programação radiofónica deve tomar em conta informações básicas sobre horas e dias de escuta favoráveis para a audiência alvo. Formato: Este Manual identifica o "Magazine educativo" como um formato de rádio ideal para um trabalho de equipa PHEM, contudo, isto não significa que temos de produzir sempre um magazine com muitas componentes. Dependendo dos recursos disponíveis, a preferência da audiência alvo e o objectivo (ou objectivos) do programa, também podemos desenvolver um plano de conteúdos só com uma ou duas componentes, por exemplo um programa pode apresentar só um debate ou um vox pop e um debate.

Para significado da sigla PHEM veja a Introdução ao Manual.

A descrição e função das componentes encontram-se na Secção 1.4.2 "Descrição das componentes mais comuns do magazine educativo".

Duração do programa: Depende dos recursos disponíveis, preferência da audiência alvo e objectivo (ou objectivos) do programa. Componentes: Tendo em conta a matriz de pesquisa inicial a usar, a seguir apresentam-se algumas sugestões relativas ao desenvolvimento de conteúdos das componentes mais comuns de um programa educativo.

Nota: A duração das componentes a seguir estipuladas refere-se a programas pré-gravados e editados, para programas em directo a duração é sempre maior.

Componentes

Nome do programa

Data e Hora de Emissão

Formato

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Música

Vox-Pop

Plano de conteúdos

Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos

Duração: de 30 segundos a dois minutos.

Por exemplo: Comportamento chave: Educar uma criança sem bater. Pergunta vox- pop poderia ser: Acha que é possível educar uma criança sem bater? Sim ou não e porquê? Outro exemplo: Comportamento chave: Dialogar sobre o uso do preservativo no contexto de Casa 2. Pergunta vox- pop poderia ser: Se tiver relações sexuais com outras mulheres, acha conveniente conversar com a sua esposa sobre o uso do preservativo? Sim ou não e porquê? Os passos a seguir facilitam o processo de elaboração da pergunta: 1. Listar todas as perguntas que gostariam de fazer.

Método: Chuva de ideias;

2. Seleccionar a mais apropriada. Método: Debate.

Nota: Se a resposta do entrevistado for um simples sim, não ou bom, mau, de preferência é necessário abri-la com "Porque..., Como..., Quem..., Quando..., etc. "

Veja CD em anexo - Faixa 118 - Exemplo áudio de Vox – Pop.

Duração: de 2 a três minutos. Preferivelmente a música escolhida deve ser relacionada com o conteúdo da matriz de pesquisa inicial a usar, o ambiente que se pretende criar e o gosto da comunidade local.

Música

Vox-Pop

A pergunta vox – pop é criada tendo em conta a matriz de pesquisa inicial a usar, no especifico, a partir do Comportamento chave, ou Comportamento chave mais o Tópico, ou Comportamento chave mais o Tema.

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Duração: preferivelmente de trinta segundos a dois minutos.

Os passos a seguir facilitam o processo de elaboração das perguntas: 1. Tendo em conta o perfil, listar todas as perguntas que gostariam de

fazer a testemunha. Método: Chuva de ideias;

2. Seleccionar as mais apropriadas (2 ou 3 ao máximo). Método: Debate.

A seguir algumas perguntas básicas: Como era antes de mudar? Como aconteceu a mudança? Como é agora? Nota: Se a resposta do entrevistado for um simples sim, não ou bom, mau, de preferência é necessário abri-la com "Porque..., Como..., Quem..., Quando..., etc. ". Nota: Na elaboração das perguntas é necessário ter em conta a duração do Depoimento.

Veja CD em anexo - Faixa 119 - Exemplo áudio de Testemunha.

Testemunha

Plano de conteúdos

Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos

Testemunha

O Perfil da testemunha a procurar deve corresponder com alguém que conseguiu ou está a mudar para o comportamento chave ou para um facilitador da matriz de pesquisa inicial a usar.

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Introdução

Desenvolvimento (guião de perguntas)

Mini-Debate

Plano de conteúdos

Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos

Mini-Debate

Duração: preferivelmente de cinco a dez minutos.

Introdução: 1. O Moderador cumprimenta os ouvintes e apresenta-se; 2. Apresenta o tema a abordar em geral; 3. Apresenta os convidados (nome e quem representam); 4. Apresenta o texto introdutivo (ou seja apresenta o assunto a abordar

mais especificamente). O texto introdutivo é criado a partir do Tema, Tópico e Grupo Alvo (veja matriz de pesquisa inicial a usar) e preferivelmente com mais um outro elemento, por exemplo, trecho de depoimento de testemunha, rádionovela, mini-drama, resultados de pesquisas recentes ou um acontecimento real pertinente a realidade da comunidade local entre outros.

Desenvolvimento (guião de perguntas): Proposta 1: O que é que torna difícil _____ (completar a pergunta com o

comportamento chave ou com um facilitador da matriz de pesquisa inicial a usar que mais achar pertinente)?

Quais as consequências? O que é que pode ajudar ____ (completar a pergunta com o

comportamento chave ou com um facilitador da matriz de pesquisa inicial a usar que mais achar pertinente)?

Proposta 2: 1. Antes de realizar o debate procura-se uma história (em formato

áudio ou impresso), que reflecte uma barreira da matriz de pesquisa inicial a usar;

2. No inicio do debate apresenta-se a história (resumida ou na íntegra); 3. Pede-se aos participantes para debater:

O que aprendemos com esta história? Aconteceu alguma coisa semelhante na nossa comunidade? O

quê? O que fazer para reduzir ou eliminar esse problema? O que é

que pode facilitar a mudança? Nota: Quando necessário, podem colocar-se outras perguntas que vão aparecendo no desenrolar do debate. Nota: Se a resposta de um participante for um simples sim, não ou bom, mau, de preferência é necessário abri-la com "Porque..., Como..., Quem..., Quando..., etc. ". Para propostas de textos introdutivos e guiões de perguntas para debates (faixa etária adolescentes) veja anexo 3.4.4.

É necessário ter em conta uma estrutura de debate do tipo: introdução, desenvolvimento e conclusão.

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3

Conclusão (resumo)

Mini-Debate

Plano de conteúdos

Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos

Conclusão (resumo): 1. O Moderador agradece cada um dos participantes pela participação

no debate; 2. O Moderador (ou assistente) apresenta em forma resumida, os

principais aspectos levantados ou as principais mensagens apresentadas ao longo do debate;

3. O Moderador encoraja a audiência alvo a escutar o próximo debate. Nota: Na planificação do debate (introdução, guião de perguntas e conclusão) é necessário ter em conta a duração do mesmo. Nota: Um debate pode sugerir acções práticas para resolver um certo problema, neste caso é necessário decidir quem vai realizar as actividades, como, quando e a data do próximo debate para saber como reagiram os beneficiários, que actividades tiveram sucesso e o que pode ser melhorado (alguém deve tomar nota).

Veja CD em anexo - Faixa 120 - Exemplo áudio de Mini – Debate.

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3

Entrevista

Plano de conteúdos

Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos

Duração: preferivelmente de um a três minutos.

Os passos a seguir facilitam o processo de elaboração de perguntas: 1. Tendo em conta o conteúdo da matriz de pesquisa inicial a usar

listar todas as perguntas que vem à cabeça. Método: Chuva de ideias;

2. Seleccionar as mais apropriadas. Método: Debate. Nota: Aconselha-se a desenvolver a primeira pergunta a partir do tema da matriz de pesquisa inicial a usar, a segunda a partir do tópico, a terceira a partir do comportamento e assim em diante. Nota: Aconselha-se a iniciar a entrevista com perguntas abertas e perto do fim da mesma colocam-se as perguntas fechadas, como se fosse um funil, aberto em cima e vai se fechando. Nota: Na elaboração das perguntas é necessário ter em conta a duração da entrevista. Uma entrevista é um trabalho de síntese, não pode ser muito longo, preferivelmente a duração, no total, não deve exceder 3 minutos (as vezes 4 perguntas bem elaboradas são suficientes).

Veja CD em anexo - Faixa 121 - Exemplo áudio de Entrevista.

Entrevista

Para desenvolver o Guião de perguntas é necessário: Elaborar perguntas de acordo com as necessidades, ou seja, ter

em conta a matriz de pesquisa inicial a usar; Formular perguntas abertas, por exemplo: O que pensa de...?

Porquê? E formular perguntas fechadas, por exemplo: Gosta de...?;

Estabelecer o número de perguntas e proceder à sua ordenação dentro do guião.

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3

Mini-Drama

Plano de conteúdos

Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos

Duração: de um a três minutos.

Nota: Para exemplo de esboço veja Secção 3.4.1 Exemplo de plano de conteúdos – componente Mini-Drama. Os passos a seguir facilitam a elaboração do esboço. Cada membro da equipa de produção pergunta-se: O que é que torna difícil _____ (completar a pergunta com o

comportamento chave ou com um facilitador da matriz de pesquisa inicial a usar que mais achar pertinente)?

Quais as consequências? O que é que pode ajudar ____ (completar a pergunta com o

comportamento chave ou com um facilitador da matriz de pesquisa inicial a usar que mais achar pertinente)?

Na base das respostas, cada participante desenvolve um esboço criativo.

Apresentam-se os esboços e em conjunto escolhe-se o melhor. Nota: A partir do esboço produzido, o Escritor do Mini-Drama deve trabalhar na redacção dos diálogos. Para mais detalhes sobre este aspecto veja Secção 1.5.3 Escritor de Mini-Drama.

Veja CD em anexo - Faixa 122 - Exemplo áudio de Mini – Drama.

Mini-Drama

O esboço é criado a partir do conteúdo da matriz de pesquisa inicial a usar e preferivelmente com mais um outro elemento, por exemplo, trecho de depoimento de testemunha, radionovela, resultados de pesquisas recentes ou um acontecimento real pertinente a realidade da comunidade local entre outros.

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3

Spot

Mensagens chave

Plano de conteúdos

Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos

Quando queremos definir uma mensagem chave poderosa, existem quatro estilos a ter em consideração: Pôr em evidência o benefício da mudança de comportamento

desejada (Formula: comportamento chave ou facilitador + benefício). Exemplo: O desporto além de divertir ajuda a ter uma boa saúde e a fazer amizades!

Pôr em evidência o benefício com uma informação relevante (Formula: comportamento chave ou facilitador + informação relevante). Exemplo: Praticar desporto agora, pode ser uma oportunidade de emprego amanhã!

Convidar uma personalidade relevante ao público alvo para

apresentar a mensagem chave. Por exemplo dita pelo Presidente da República de Moçambique: Pai, Encoraje os rapazes e as raparigas a praticarem desporto!

Pôr em evidência várias ideias numa só. Exemplo: Ganhamos o gosto pelo desporto! Ganhamos o gosto pela vida! Uaaau!!!!!!

Mensagens chave

Duração: de trinta segundos a dois minutos.

Texto para SPOT comercial: É necessário ter em conta, 1. Denominação da empresa; 2. Quais os serviços ou produtos em destaque; 3. Dias e horas de atendimento ao público; 4. Endereço e telefone; 5. Criar o slogan (por exemplo: Auto Nazma, a solução para tudo!). Cada membro da equipa de produção, dependendo da sua vontade e habilidades, pode ser produtor de spot. Locutor/Escritor/Editor de som são as figuras de referência para este tipo de produção.

Veja CD em anexo - Faixa 3 e 4 - Exemplos áudio de Spot comercial e Spot educativo.

Spot

Uma matriz de pesquisa inicial oferece várias mensagens educativas e a mensagem chave dum programa é a síntese (a essência) destas, apresentada de uma forma clara e concisa.

Tendo em conta o conteúdo da matriz de pesquisa inicial a usar, o texto para SPOT educativo é preferivelmente criado a partir de um acontecimento real ou desejo da comunidade local mais a mensagem chave.

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3

Locução

Supervisão directa

Separadores e Efeitos sonoros

Plano de conteúdos

Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos

São usados em rádio principalmente para o ouvinte melhor entender as mensagens, visualizar o ambiente e divertir-se, isto é, é necessário seleccionar separadores e efeitos sonoros com base no ambiente que se pretende criar, o gosto da comunidade local e mensagens a apresentar. Na elaboração do plano de conteúdos é aconselhável definir a duração destas componentes.

Para exemplos áudio de separadores e efeitos sonoros veja CD em anexo - Faixa 122 - Exemplo áudio de Mini – Drama.

Locução

Separadores e Efeitos sonoros

Supervisão directa

Na elaboração do plano de conteúdos é necessário somar a duração aproximada de todas as componentes de modo a poder definir o tempo que resta para a locução. Nota: O Guião é desenvolvido pelos apresentadores do programa a partir do plano de conteúdos e funciona como elo de ligação entre as várias componentes, incluindo a informação adicional, interacção com o público e resumo das principais mensagens a apresentar no programa (mensagens chave). Veja Secções 1.12.1 e 1.12.2 - Exemplos de Guião com texto de apresentação completo e Guião que apenas indica a sequência.

Veja CD em anexo - Faixa 1 e 2 - Exemplos áudio de Magazine educativo – Componente apresentação do programa (Guião).

O Líder de produção tem a tarefa de coordenar as actividades de modo a facilitar o alcance dos objectivos traçados voluntariamente e com entusiasmo pela equipa, portanto, nesta parte do plano de conteúdos coloca-se a função e o nome do Líder de produção.

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3

Esquema resumido de como usar uma matriz de pesquisa inicial para desenvolver um Plano de Conteúdos:

Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos

Componente do programa

Sugestões de partes da matriz a usar

VOX POP CO CO + TE CO + TO

TESTEMUNHA

Procurar alguém que conseguiu ou está mudar para CO. Perguntas chave para testemunha: Como era antes de mudar? Como aconteceu a mudança? Como é agora?

Procurar alguém que conseguiu ou está mudar para FA. Perguntas chave para testemunha: Como era antes de mudar? Como aconteceu a mudança? Como é agora?

MINI – DEBATE 1

Perguntas chave para debate: 1. O que é que torna difícil + CO. 2. Quais as consequências? 3. O que é que pode ajudar + CO.

Perguntas chave para debate: 1. O que é que torna difícil + FA. 2. Quais as consequências? 3. O que é que pode ajudar + FA.

MINI – DEBATE 2

1. Procurar uma historia com BA. 2. Perguntas chave para debate: O que aprendemos desta história? Aconteceu alguma coisa semelhante na nossa comunidade? O que é que

aconteceu? O que fazer para reduzir ou eliminar esse problema? O que é que pode facilitar

a mudança?

ENTREVISTA MPI

MINI – DRAMA

1. O que é que torna difícil + CO. 2. Quais as consequências? 3. O que é que pode ajudar + CO. 4. Na base das respostas, cada participante desenvolve um esboço criativo. 5. Apresenta-se os esboços e em conjunto escolhe-se o melhor.

1. O que é que torna difícil + FA. 2. Quais as consequências? 3. O que é que pode ajudar + FA. 4. Na base das respostas, cada participante desenvolve um esboço criativo. 5. Apresenta-se os esboços e em conjunto escolhe-se o melhor.

MENSAGENS CHAVE

CO ou FA + benefício CO ou FA + informação

SPOT Um acontecimento real ou desejo da comunidade local + mensagem chave

Abreviaturas:

MPI: Matriz de pesquisa inicial TE: Tema TO: Tópico

CO: Comportamento chave BA: Barreira FA: Facilitador

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3

Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos

Exemplo de plano de conteúdos desenvolvido com o método apresentado:

Nota: Este plano de conteúdos foi desenvolvido usando a Matriz Nº: 01 – 2011 que pode ser encontrada no Módulo 2.1. Para mais exemplos de planos de conteúdos desenvolvidos com o método apresentado veja anexos 3.4.1 e 3.4.2.

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Notas para os facilitadores:

Notas para os facilitadores

Exercício

Plano de conteúdos

Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos

Cada programa educativo, seja em directo ou pré-gravado, deve ter o seu plano de conteúdos e guião que são os instrumentos básicos para que o Editor de som possa desenvolver o plano de produção semanal, assunto abordado no módulo 4 deste Manual.

!

É aconselhável aprender a desenvolver um plano de conteúdos da seguinte forma: 1. Preparação: O facilitador e o assistente (membros da equipa de

produção) devem estar previamente familiarizados com o método (o papel do assistente é apoiar o facilitador tomando notas da chuva de ideias e definições como também em outras tarefas de apoio).

2. O facilitador apresenta, passo a passo, os elementos do plano de conteúdos e as técnicas de produção de conteúdos em plenária. Quando necessário, apresentam-se os exemplos áudio para os participantes melhor entenderem as rubricas. Por exemplo, quando queremos apresentar o formato vox-pop, primeiro damos uma explicação sobre o que é, a seguir apresentamos um exemplo áudio de vox-pop para depois explicar a técnica de produção para pergunta vox-pop. Podemos usar esta sequência para apresentar também as outras componentes dum programa.

3. A seguir dividem-se os participantes em dois grupos de quatro pes-soas cada e a partir de uma matriz de pesquisa inicial, o grupo 1 desenvolve o esboço do Mini-Drama e o grupo 2 desenvolve todas as outras componentes.

4. Auto-avaliação: Com esta actividade final os participantes terão a possibilidade de contribuir para a melhoria da técnica apresentada e da própria aprendizagem. Para modelo de auto-avaliação veja Secção 3.3.

Nota: Para facilitar o desenvolvimento de um plano de conteúdos, o facilitador pode entregar ao grupo o Esquema resumido de como usar uma matriz de pesquisa inicial para desenvolver um Plano de Conteúdos. !

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Como fazer?

E depois?

Pré-teste

Plano de conteúdos

Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos

3.2 Pré-teste Realizar um pré teste significa efectuar, antes do programa ir para o ar, uma série de verificações com o objectivo de apurar se o material produzido corresponde às expectativas da audiência alvo em relação ao conteúdo educativo, qualidade sonora e entretenimento. O que pretendemos verificar com um Pré-teste? Principalmente se o material produzido é agradável, relevante, entendido e apropriado para a audiência alvo. Agradável: Significa algo que a audiência gosta (entretenimento,

qualidade sonora); Relevante: Algo que é necessário e importante apresentar; Entendido: A fala é fácil de entender; Apropriado: Encoraja comportamentos, atitudes e conhecimentos

desejados. Como fazer o Pré-teste? A forma mais eficaz de avaliar é pedir a membros da audiência alvo para escutarem e fazerem comentários. Notas para o facilitador: O grupo deve ser de tamanho reduzido (entre 6 a 12 participantes)

mulheres e homens (ou raparigas e rapazes) e o encontro deve ser informal;

Na selecção dos convidados é necessário ter em conta o grupo específico de pessoas (beneficiárias) a quem se destina o programa e consequentemente convidar pessoas que fazem parte da audiência alvo;

No início é necessário criar uma dinâmica, começando por desenvolver algo que deixa o grupo mais a vontade;

As respostas do grupo deverão ser anotadas pelo facilitador (ou facilitadores) que depois irá apresentar as observações por escrito para a equipa de produção, incluindo aquilo que achar que precisa de ser mudado.

E depois do Pré-teste? A equipa de produção terá que tomar decisões relacionadas com o programa e agir. Dependendo dos resultados, provavelmente será necessário: Rever o plano de conteúdos; Re-editar o material; Gravar o novo material; Seleccionar uma nova música; Seleccionar novos actores ou locutores; Outros.

Nota: Na produção de programas educativos, alguns pré-testes são muito importantes, por exemplo: Pré-teste do plano de conteúdos (veja anexo 3.4.3); Pré-teste do programa já montado antes de ir para o ar (veja Secção

4.1).

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Plano de conteúdos

Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos

3.3 Auto-avaliação

Com esta secção temos a possibilidade de contribuir para a melhoria de uma actividade desenvolvida e da própria apren-dizagem. Como fazemos?

Cada participante anota a sua auto-avaliação;

Cada participante apresenta ao grupo a sua auto-avaliação;

Em conjunto, se necessário, encontram-se possíveis melhorias a aplicar.

Perguntas chave para a auto-avaliação: 1. O que é que acho desta actividade desenvolvida? Não foi

útil, porque... / Mais ou menos, porque... / Muito útil, porque... /

2. O que é que pode ser melhorado?

3. Sinto-me suficientemente preparado com o desenvolvi-mento desta actividade? Sim, porque… / Mais ou menos, porque... / Não, porque... /

Pode se usar esta sequência de perguntas chave para cada actividade desenvolvida.

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Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos Anexos

3.4 Anexos

3.4.1 Exemplo de plano de conteúdos (N° 02 – 2011)

3.4.2 Exemplo de plano de conteúdos (N° 03 – 2011)

3.4.3 Exemplo de Questionário para Pré-teste colectivo de plano de conteúdos.

3.4.4 Propostas de textos introdutivos e guiões de perguntas para debates (faixa etária adolescentes)

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Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos Anexos

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3.4.1 Exemplo de plano de conteúdos (Nº 02 – 2011)

Nota: Este plano de conteúdos foi desenvolvido usando a Matriz Nº: 02 – 2011 que pode ser encontrada no Módulo 2.1.

92

DU

LO

3

Módulo 3

3.4.2 Exemplo de plano de conteúdos (Nº 03 – 2011)

Nota: A partir deste plano de conteúdos foi desenvolvido o guião Nº: 03 – 2011 que pode ser encontrado na Secção 1.12.1.

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Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos Anexos

93

DU

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3

Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos Anexos

3.4.3 Exemplo de Questionário para Pré-teste colectivo de plano de conteúdos

Dados:

Nome da Rádio:

Nomes dos participantes:

Faixa etária dos participantes: . Data do Pré-teste:

Número do plano de conteúdos:

Tema do programa: Legenda:

Agradável: Significa algo que a audiência gosta; Relevante: Algo que é necessário e importante apresentar; Entendido: A fala é fácil de entender; Apropriado: Algo que pode encoraja comportamentos, atitudes e conhecimentos desejados.

Questionário:

O plano de conteúdos apresenta uma mensagem chave apropriada/entendida/ relevante?

(Sim – Não – Parcialmente) Porquê?

O plano de conteúdos apresenta perguntas apropriadas/relevantes/entendidas?

(Sim – Não – Parcialmente) Porquê?

O texto introdutivo do debate é apropriado/relevante/entendido?

(Sim – Não – Parcialmente) Porquê?

O esboço do mini-drama é agradável/apropriado/relevante/entendido?

(Sim – Não – Parcialmente) Porquê?

A música é agradável/apropriada/relevante/entendida? (Sim – Não – Parcialmente) Porquê?

Sugestões para melhorar (ainda mais) este plano de conteúdos?

O facilitador anota os dados e comentários dos participantes.

94

DU

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3

Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos Anexos

3.4.4 Propostas de textos introdutivos e guiões de perguntas para debates (faixa etária adolescentes)

Proposta 1 - Tema: Liberdade de expressão Segundo a Convenção sobre os direitos da criança, ratificada por Moçambique em 1990, no seu artigo nº 13, “A criança tem o direito à liberdade de expressão. Este direito, compreende a liberdade de procurar, receber e divulgar informações e ideias de toda a espécie, sem considerações de fronteiras, sob forma oral, escrita, impressa, artística ou por qualquer outro meio a escolha da criança”.

Com outras palavras, o que é que significa, “ A criança tem o direito à

liberdade de expressão “

Quais as principais dificuldades que encontramos na prática da liberdade

de expressão?

O que é que se pode fazer para superar estas dificuldades?

DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE

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Proposta 2 – Tema: Raparigas e rapazes diferentes porém iguais Em conversa com pessoas de várias idades, de ambos os sexos, encontramos várias opiniões sobre as diferenças entre raparigas e rapazes. Eis uma! "Chamo-me Isabel, tenho três irmãos, informei ao meu pai sobre o início das matrículas e pedi-lhe para que também fosse matriculada. O meu pai aborreceu-se e exigiu-me que lhe respondesse a duas perguntas: “Quem vai ajudar nos trabalhos aqui em casa? Quem vai ficar a cuidar da tua mãe doente?”

São correctos estes comportamentos? Sim/não, Porquê?

Porquê esta falta de oportunidade igual?

O que é que se pode fazer para resolver estes problemas?

DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE

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95

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3.4.4 Propostas de textos introdutivos e guiões de perguntas para debates (faixa etária adolescentes)

Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos Anexos

3.4.4 Propostas de textos introdutivos e guiões de perguntas para debates (faixa etária adolescentes)

Proposta 3 – Tema: Conduzir a própria vida O nosso tema de hoje é: Conduzir a própria vida. Conduzir a própria vida significa aprender a trocar ideias e opiniões, saber ouvir e respeitar os outros e as suas opiniões. Mas também significa não ter medo de dizer às outras pessoas o que pensamos. Mas sempre com respeito...não é? Então... vamos ao debate de hoje!

Se não temos opinião própria ou se temos medo de expressar a nossa

opinião, o que acontece com a nossa vida?

Se não temos opinião própria ou temos medo de expressar a nossa

opinião, somos levados pelos outros para qualquer canto! Então, porque é que as vezes é difícil ter opinião própria ou ter coragem de dar opinião?

O que é que pode ajudar os adolescentes a superar estas dificuldades?

DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE

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Proposta 4 – Tema: A comunicação entre pais e filhos Existem no mundo, países onde se dá informação sexual nas escolas. Existem também, por outro lado, culturas onde é tabu falar de assuntos sexuais. Nas últimas décadas, a tradição e os tabus estão a diminuir e as pessoas começam a debater os assuntos sexuais mais abertamente. Em Moçambique também ainda existem famílias onde nunca se fala de assuntos sexuais. Para melhor abordarmos este assunto saímos a rua para ouvir histórias sobre o nosso assunto de hoje. Eis uma delas, a Emília de 15 anos, disse-nos: “Há três anos, fiquei grávida de um colega da escola. Eu tinha 12 anos, andava na 3ª classe e ele tinha 16 anos, e andava na 5ª classe. Nós tivemos relações sexuais como se de brincadeira se tratasse. Nenhum de nós pensava em ter filho. Eu tinha medo disso, mas ele garantiu-me que éramos ainda miúdos, por isso não podíamos ter filhos. Mas dois meses depois de começarmos a ter relações sexuais, comecei a ter vómitos e as vezes tonturas. Minha mãe levou-me ao posto de saúde. A enfermeira disse à minha mãe que eu estava grávida e que ia completar dois meses. Foi uma grande confusão. Eu não queria casar com aquele rapaz. Meu pai nem queria acreditar no caso, nem queria falar comigo sobre isso. Eu desisti de estudar. Sete meses depois, fui internada na maternidade local. Parei no hospital central porque segundo o médico, o meu corpo não estava suficientemente desenvolvido para suportar o parto. Tive um nado morto.”

O que aprendemos desta história?

Aconteceu alguma coisa semelhante na nossa comunidade? O quê?

Será que uma boa comunicação entre pais e filhos sobre assuntos

sexuais pode ajudar a evitar situações como as da Emília? Sim/não, Porquê?

DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE

DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DE

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3.4.4 Propostas de textos introdutivos e guiões de perguntas para debates (faixa etária adolescentes)

DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE

Proposta 6 – Tema: Planejando o futuro (2) Quando se fala de planear o futuro na nossa idade fala-se também da importância de ter visões, ideias, desejos sobre o que queremos ser. Mas afinal, o que são estas visões? As visões de uma pessoa são as ideias e os desejos que a pessoa tem para o seu próprio futuro, o futuro da sua família, o futuro da sua comunidade. As visões de uma pessoa influenciam as suas escolhas na vida que por sua vez influenciam o próprio futuro da pessoa. Podemos dizer que sem visões a pessoa carece de um guia para a sua vida. Então para saber o que queremos ser vamos ao mundo das visões! Vamos fazer um pequeno exercício para descobrir o que queremos ser.

Amigo aí em casa, amigo aqui no estúdio...Imagina o que é que tu mais

desejas ser (deixar tempo para as pessoas imaginarem. Música calma no fundo e depois fade out)

Agora imagina que já és aquilo que queres ser, a viver aquilo que queres ser

(deixar tempo para as pessoas imaginarem. Música calma no fundo e depois em fade out)

A seguir o Moderador pergunta a cada um dos participantes do debate qual o desejo, e a seguir por cada desejo pergunta:

O que é que pode dificultar a realização deste desejo?

O que é que pode ajudar a realização este desejo?

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Proposta 5 – Tema: Planejando o futuro (1) A nossa comunidade e o mundo em geral enfrentam o problema do desemprego.

Acham que dedicar-se a algumas actividades, ou seja, cultivar o próprio

talento, como produção de poemas, letras para músicas, fazer rádio, desporto, pode ser uma oportunidade de trabalho para o nosso futuro? Sim/não, porquê?

O que faz com que seja difícil realizar estas actividades?

O que pode ajudar a realizar estas actividades?

DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE

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3

Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos Anexos

Proposta 7 – Tema: Amizades

O nosso tema de hoje é amizades. Para começar o nosso debate:

Os nossos amigos podem influenciar o nosso futuro? Sim/Não, porquê?

Porque é que as vezes é difícil resistir a pressão dos amigos que induzem

a comportamentos de risco em relação ao HIV, tais como sexo prematuro, sexo sem protecção, álcool e drogas?

O que fazer quando alguns amigos nos pressionam a fazer o que não

queremos fazer?

DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE

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BA

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Proposta 8 – Tema: Enfrentar conflitos O nosso tema de hoje é enfrentar conflitos. Para começar o nosso debate de hoje podemos dizer que as crianças que aprendem a resolver problemas através da violência tendem a pensar que essa é a única forma de conseguir as coisas. Por causa disso, sofrerão muito até descobrirem que existem outros meios melhores de conviver com as outras pessoas e resolver problemas. Então, neste debate vamos tentar descobrir esses meios melhores de conviver com as pessoas e resolver os problemas.

Na vossa opinião é natural ter problemas e conflitos? Sim/não, porquê?

Porquê as vezes é difícil resolver os conflitos e as pequenas brigas entre

nós, sem violência?

Como resolver os conflitos e as pequenas brigas sem violência?

DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE

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3.4.4 Propostas de textos introdutivos e guiões de perguntas para debates (faixa etária adolescentes)

98

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Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos Anexos

3.4.4 Propostas de textos introdutivos e guiões de perguntas para debates (faixa etária adolescentes)

Carro a chegar

Tio

Paulo

Pssss... Marta.. vem cá, Sou eu.. amigo do Teu pai...Tio Paulo..... vem cá, quero falar contigo... Então... vens da escola? Não queres ir dar uma volta... ir para minha casa.. tenho um presentinho lá para ti...vamos preparar um lanche... depois podes me contar como vai a tua escola... aceitas?

Marta Humm... está bem...

Tio

Paulo

Não te vais arrepender... esse é nosso segredo, não contes nada a tua mãe... sabes como são os cotas ainda podem zangar contigo ...só por causa de uma voltinha de nada, hein? Então vamos...

Carro a arrancar

Separador musical

Marta

(a falar consigo mesma e em voz baixa) O que faço...tenho medo... não quero ir para casa...a culpa é minha...porque aceitei ir para casa dele...sou uma burra, não posso dizer nada a minha mãe...ela vai zangar comigo...

Proposta 9 – Tema: Abuso sexual Hoje vamos falar sobre o abuso sexual. Mas antes de começar o nosso debate vamos ouvir uma pequena peça:

Para começar o nosso debate. Acham que histórias como esta da Marta

acontecem no meio em que vivemos?

O que é que nos ensina esta história?

O que aconteceu com a Marta pode acontecer a qualquer um de nós, então,

o que podemos fazer para nos defendermos do abuso sexual e evitarmos que nos aconteçam histórias parecidas com esta da Marta?

Diz-se que o silêncio e o segredo permitem que o violador continue a abusar

dos menores. O que acham que as crianças ou os adolescentes podem fazer para quebrar o silêncio?

DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE DEBATE

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3.4.4 Propostas de textos introdutivos e guiões de perguntas para debates (faixa etária adolescentes)

Proposta 10 – Tema: Os adolescentes e o HIV e SIDA Podemos dizer que o HIV e SIDA têm causado sofrimento humano sem precedentes. Desde que a doença apareceu, no final dos anos 70 mais de... pessoas morreram e só no ano..., morreram... pessoas, incluindo... crianças menores de 15 anos. O HIV e SIDA é um problema que afecta a todos nós neste mundo e também a nossa escola. Por isso com este debate queremos ver como é que nós podemos fazer uma campanha para que a nossa escola seja um lugar livre do HIV e SIDA. Estamos juntos?

Como primeiro passo vamos escolher o lema da nossa campanha (o

Moderador pede aos participantes para apresentarem propostas e escolherem a melhor).

Bom...já escolhemos o lema da nossa campanha. Então vamos trocar

ideias sobre como podemos fazer com que a campanha seja um sucesso e a nossa escola seja um lugar livre do HIV e SIDA (o Moderador pede aos participantes para apresentarem propostas e escolherem a melhor).

A seguir vamos definir quem vai realizar as actividades, como e quando

(Alguém deve tomar nota).

Agora vamos decidir a data do próximo encontro (para saber: Como

reagiram as pessoas? Que actividades tiveram sucesso? O que pode ser melhorado?)

Amigo aí em casa, tu também podes fazer uma campanha para que a tua escola seja um lugar livre do HIV e SIDA! Junta os teus colegas e experimenta. Vais ver que vai dar certo!

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3.4.4 Propostas de textos introdutivos e guiões de perguntas para debates (faixa etária adolescentes)

Módulo 3 Desenvolvimento de plano de conteúdos Anexos

Proposta 11 – Tema: Porquê Democracia Hoje vamos falar sobre democracia tendo em conta a nossa família. Para começar o nosso debate podemos afirmar que existem dois tipos de família: Uma onde só o pai manda e todos obedecem e outra onde todos participam na tomada de decisões, ou seja, todos têm espaço para falar, dar opinião e expressar aquilo que sentem.

Na vossa opinião, qual das duas famílias conseguirá resolver melhor os

seus problemas e porquê?

Então depois desta pequena troca de ideias podemos afirmar que a

democracia começa na família e que quanto mais pessoas participarem na tomada de decisões melhor e mais forte será esta família. Então, quais as principais dificuldades que encontramos na prática da democracia na nossa família?

O que podemos fazer para superar estas dificuldades?

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Proposta 12 – Tema: Os direitos das crianças Hoje vamos falar sobre os direitos das crianças, podemos dizer que proteger a criança é proteger o futuro então é extremamente importante que os direitos das crianças sejam respeitados. Mas antes de começar o nosso debate vamos ouvir a história da Morena. A Morena de 15 anos de idade gosta de ir a escola. O seu desejo é ameaçado quando o seu pai fica desempregado e decide que ela deve deixar de ir a escola para trabalhar.

Para começar o nosso debate, será que isto tem acontecido no meio em

que vivemos?

Sabendo que um dos direitos que a criança tem é de frequentar a escola,

o que acham da atitude tomada pelo pai da Morena ao decidir que ela deve deixar de ir a escola para trabalhar? (Justifiquem)

Neste caso da Morena, quem deve assegurar, ou quem é responsável,

pelo gozo pleno dos direitos das crianças?

Será que a Morena pode fazer alguma coisa?

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3.4.4 Propostas de textos introdutivos e guiões de perguntas para debates (faixa etária adolescentes)

Proposta 13 – Tema: Moçambique livre do HIV Em Moçambique, tal como em outros países do Mundo, as consequências do HIV já se tem vindo a sentir. Esta calamidade, prejudica o desenvolvimento do país porque atinge principalmente as pessoas adultas que são a força de trabalho do país.

Na vossa opinião, como é que esta situação afecta também as crianças e os

adolescentes?

Perante esta situação todos podemos fazer alguma coisa, o que é que os

adolescentes podem fazer para que Moçambique seja um país livre do HIV?

E o que é que os adultos podem fazer para que Moçambique seja um país

livre do HIV?

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Produção, Promoção,

Radiodifusão e Concurso na

Escola

Este módulo apresenta técnicas específicas relativas a: 1. Produção de programas radiofónicos

educativos com várias componentes, pré-gravados ou em directo;

2. Promoção de programas; 3. Radiodifusão (apresenta modelos de

programação radiofónica); 4. Produção e veiculação de concursos

na escola.

Módulo 4 Produção, Promoção, Radiodifusão, Concurso

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Fase 2

Produção e veiculação semanal de programas

4.1 Produção de programas educativos O que é que uma equipa de produção precisa de fazer para produzir programas educativos pré-gravados ou em directo? Fase 1: Basicamente é recolher informações (pesquisa inicial), produzir os planos de conteúdos, pré-testar e finalizar os conteúdos. Fase 2: Produzir os textos dos guiões, fazer os ensaios, procurar fontes, gravar no exterior, gravar no estúdio, editar e montar os programas, pré-testar e finalizar a produção. Aconselha-se que se faça uma planificação anual, onde no primeiro mês presta-se atenção só a primeira fase, para depois arrancar com a segunda fase que inclui produção e veiculação semanal dos programas (incluindo a monitoria), por exemplo: Fase 1: Produção de 12 Planos de Conteúdos Duração: 1 Mês.

Fase 1

Produção de Planos de Conteúdos

Produção

Módulo 4 Produção, Promoção, Radiodifusão, Concurso

Fase 2: Produção e veiculação semanal de programas Duração: 9 Meses. O modelo de plano de produção semanal apresentado na página a seguir facilita a produção e veiculação semanal de programas (este pla-no foi desenvolvido usando o plano de conteúdos Nº: 03 – 2011 que pode ser encontrado na Secção 3.4.2).

Actividade Quantidade N°. Dias

Responsável

Recolher informações (pesquisa inicial)

12 Matrizes 10 Equipa de Produção

Produzir os planos de conteúdos

12 Planos 10 Equipa de Produção

Pré-testar os planos de conteúdos

12 Planos 6 Equipa de Produção

Notas: O número do Plano de produção semanal corresponde ao número da matriz de pesquisa inicial e plano de conteúdos do programa a produzir. O plano de produção semanal é desenvolvido a partir do plano de conteúdos, preferencialmente pelo Editor de som com o apoio da equipa de produção durante o encontro de planificação semanal e, tal como o plano de conteúdos, deve também ser colocado na parede da sala de trabalho.

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Exemplo de Plano de produção semanal:

Módulo 4 Produção, Promoção, Radiodifusão, Concurso

Nº do Plano de produção semanal: 03 – 2011

Abreviaturas: PT: Produzir o texto. PF: Procurar fontes. Gravar: Gravação no exterior ou no estúdio. EE: Entrega ao Editor. PS: Planificação para a semana a seguir.

Equipa de produção: Apresentadores: Ana - Rui. Editor de som: Ilda – Celso. Repórter de Vox-Pop: Tomo. Moderador de Mini-Debate: Samo. Repórter de Testemunha: Luísa. Repórter de Entrevista: Tina.

Actividade 2ª F. 3ª F. 4ª F. 5ª F. Sexta Sábado Domingo Responsável

Guião PT Ensaio Gravar EE Ana/Rui

Guião Gravar Celso

Vox-Pop Gravar Gravar EE Tomo

Mini-Debate PF PF Gravar EE Samo

Mini-Debate Gravar Celso

Testemunha PF PF Gravar EE Luísa

Entrevista PF PF Gravar EE Tina

Edição e Montagem

X X Celso

Pré-teste Montagem

X Ilda

Finalização X Ilda

Planificação PS Todos

NO AR 18 Horas Ilda/Ana/Rui

O Editor de som: Ilda – Celso Supervisão directa: Líder de Produção – Rui

Preferivelmente a equipa de produção deve ter o seguinte material de trabalho: Papel gigante branco - Marcadores, de preferência de cores diferentes - Bostick - Resma - Canetas -Cadernos - Cadeiras - Mesa - Gravador digital com microfone e auscultadores. Computador com: os programas Adobe Audition 1.5 e Microsoft Word instalados; Leitor e gravador de CD; Colunas de som; Impressora. Aparelho de som com leitor de CD - CD re-writable (regravável). Caso este material não esteja disponível pode se usar material alternativo. Outros recursos: Sala de trabalho e estúdio de gravação.

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Nº do Plano de produção semanal:

Abreviaturas: PT: Produzir o texto - PF: Procurar fontes - Gravar: Gravação no exterior ou no estúdio (quando grava-se no estúdio o Editor de som faz a captação) - EE: Entrega ao Editor - PS: Planificação para a semana a seguir.

Equipa de produção

Apresentadores:

Editor de som:

Repórter de Vox-Pop:

Moderador de Mini-Debate:

Repórter de Testemunha:

Repórter de Entrevista:

Escritor de Mini-Drama:

Líder de produção:

Actividade 2ª feira

3ª feira

4ª feira

5ª feira

6ª feira

Sábado Domingo Responsável

Guião

Guião

Vox-Pop

Mini-Debate

Mini-Debate

Testemunha

Entrevista

Mini-Drama

Mini-Drama

Edição e Montagem

Pré-teste Montagem

Finalização

Planificação

NO AR

O Editor de som:

Supervisão directa:

Módulo 4 Produção, Promoção, Radiodifusão, Concurso

Exemplo de plano de produção semanal a desenvolver:

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Módulo 4 Produção, Promoção, Radiodifusão, Concurso

Exemplo de Questionário para Pré-teste colectivo de magazine educativo pré-gravado:

O facilitador anota os dados e comentários dos participantes.

Dados:

Nome da Rádio: _________________________________________________________________

Nome dos participantes: __________________________________________________________

Faixa etária dos participantes: _______________ Data do Pré-teste: _______

Número do programa: ______________________

Tema do programa: _____________________________________________________________

Legenda: Agradável: Significa algo que a audiência gosta; Relevante: Algo que é necessário e importante apresentar; Entendido: A fala é fácil de entender; Apropriado: Algo que pode encoraja comportamentos, atitudes e conhecimentos desejados.

Questionário:

Qual o assunto/tema abordado no programa?__________________________________________

Gostaram do programa? (Sim – Não – Parcialmente) Porquê?

______________________________________________________________________________

Gostariam de escutar a voz do Apresentador noutros programas? (Sim – Não – Parcialmente)

Porquê?_______________________________________________________________________

A gravação é boa? (Sim – Não – Parcialmente) Porquê?

______________________________________________________________________________

O vox-pop é relevante/entendido? (Sim – Não – Parcialmente) Porquê?

______________________________________________________________________________

A música é agradável/apropriada/relevante/entendida? (Sim – Não – Parcialmente) Porquê?

______________________________________________________________________________

A entrevista é apropriada/relevante/entendida? (Sim – Não – Parcialmente) Porquê?

______________________________________________________________________________

O debate é apropriado/relevante/entendido? (Sim – Não – Parcialmente) Porquê?

______________________________________________________________________________

O mini-drama é agradável/ apropriado/relevante/entendido? (Sim – Não – Parcialmente) Porquê?

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Sugestões para melhorar (ainda mais) este programa?

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4.2 Promoção No nosso contexto, promoção é o conjunto de acções que visam divulgar e alertar o máximo possível a audiência alvo sobre o programa. Possíveis acções: Emissões no exterior; Concursos nas escolas; Cartazes; Spot’s radiofónicos; Pintura de murais; Passa palavra; Cartas dirigidas; Outro. Exemplo de carta dirigida: Carta dirigida

Promoção

Módulo 4 Produção, Promoção, Radiodifusão, Concurso

Caro/a Sr./a …. A Rádio ____ gostaria de convidá-los a juntarem-se a nós no próximo dia ____ de ____ a partir das ____ horas, na Rádio ____, para o lançamento do programa radiofónico ____. Em anexo irão encontrar o convite. No evento será apresentado o programa ____ produzido pela equipa ____ e aborda o assunto ____. De salientar que o evento será aberto ao público, pelo que poderão circular o convite por todos aqueles que se possam interessar. Contamos com a vossa presença nesta ocasião especial. Abraços, Nome Cargo Contacto do promotor do evento.

Local, data, ano

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Spot

Promoção

Módulo 4 Produção, Promoção, Radiodifusão, Concurso

Locutora: Mas... o que queres? ... o que estás a pensar?

Locutor: Uma coisa... uma coisa...

Locutora: Uma coisa?... Mas que coisa é?

Locutora e Locutor: Aaaaaaaaahhh... Mundo sem Segredos!!!

Locutor: Uma coisa... que começa com M! O que será?

Locutora: Com M?...

Exemplo de Spot radiofónico:

Separador

Locutora: Mundo sem Segredos... um programa de adolescentes para adolescentes.

Locutor: Um programa divertido e educativo.

Locutora: Amigo, não fiques de fora, escuta e informa-te no Mundo sem Segredos e não te vais arrepender!

Locutor: O horário de emissão é, Domingo sim Domingo sim, pelas 18:30 na Nova Rádio Paz, Quelimane.

Locutora e Locutor: Estamos Juntos.

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Locutora e Locutor: Estamos Juntos.

A Planificação anual é feita pela equipa de produção e pelos outros produtores da rádio (efectivos e colaboradores), durante o encontro anual.

4.3 Radiodifusão Os métodos apresentados neste Manual, facilitam um trabalho de equipa virado para a mudança de comportamento porque exploram a capacidade da audiência alvo de identificar a própria situação do momento (preocupações) e de envolver-se nas soluções. Neste contexto é oportuno explorar modelos de programação anual relativos ao espaço de antena que tomam em conta a sã repetição; A sã repetição é mãe da mudança! Existem vários modelos dependendo da situação local, a seguir apresenta-se um deles, que quando necessário, pode ser adaptado ao contexto local:

Modelos de programação anual

Radiodifusão

Módulo 4 Produção, Promoção, Radiodifusão, Concurso

Notas: Uma boa programação radiofónica, deve ser baseada em algumas informações básicas, sobre: A qualidade de recepção do emissor (se é suficientemente boa) - Horas e dias de escuta favoráveis para a audiência alvo. Aconselha-se que sejam produzidos 16 programas por ano com qualidade, em vez de produzir muitos mais sem qualidade, ou seja, que a audiência alvo não irá gostar de escutar mais de uma vez. Para potenciar o impacto dos programas radiofónicos, aconselha-se que regularmente sejam conduzidas actividades como concursos nas escolas e emissões no exterior, que servem para: Apresentar os mesmos conteúdos dos programas radiofónicos num

formato diferente, portanto, de forma atractiva; Promover o programa de uma maneira criativa; Fortalecer a ligação com a comunidade escolar ou seja incentivar a

participação; Recolher ideias e sugestões do público; Conduzir uma investigação de raiz, útil para a produção de

programas; Atingir àquela parte do grupo alvo que não tem acesso ao aparelho

de rádio.

Planificação anual

Mês 1 Produzir 12 Planos de Conteúdos

Mês 2 Produzir e veicular programa 1 a 12

Mês 3

Mês 4

Mês 5 Produzir e veicular 2 Concursos nas escolas. Produzir 4 planos de conteúdos.

Mês 6 Produzir e veicular programa 13 a 16

Mês 7 Repetição do programa 1 a 16 Produzir e veicular 4 Concursos nas escolas.

Mês 8

Mês 9

Mês 10

Mês 11 Encontro anual

Mês 12 Férias

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4.4 Concurso na Escola

Objectivo desta actividade: Dinamizar a interacção entre a equipa de produção, o clube da escola e a comunidade escolar no geral. Além da participação activa do clube da escola na produção dos conteúdos temáticos a serem apresentados pelos programas de rádio de criança para criança e adolescente para adolescente e, envolvimento da equipa de produção na organização dos grupos de escuta, aconselha-se que regularmente o clube da escola e a equipa de produção em conjunto planifiquem, produzam, promovam e veiculem concursos nas escolas.

Concurso na Escola

Módulo 4 Produção, Promoção, Radiodifusão, Concurso

Para mais detalhes sobre os Grupos de escuta, veja "MANUAL ORIENTADOR para a Criação, Revitalização e Funcionamento de Clubes nas Escolas - Anexo 3 - Termos de Referencia para Grupos de Escuta dos Programas de Rádio de Criança para Criança e Adolescentes para Adolescente. Propriedade: Ministério da Educação". Veja Módulo 2 deste Manual para mais detalhes sobre produção dos conteúdos temáticos.

Decidir o valor monetário disponível para a compra dos prémios;

Com base na pesquisa inicial e outro material disponível elaborar o plano de conteúdos do concurso;

Escolher dois apresentadores, membros do júri, colaboradores e grupos locais;

Elaborar um guião para o concurso;

Escolher o local, dia e hora do concurso e organizar a logística e autorizações;

Promover o evento;

Realizar o concurso;

Recolher sugestões do público para a produção de programas e concursos e melhoria dos mesmos.

Para este tipo de concurso a Equipa de produção e o Clube da escola devem:

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Dicas

Concurso na Escola

Módulo 4 Produção, Promoção, Radiodifusão, Concurso

O ideal seria realizar um concurso por mês;

Neste tipo de concursos há dois apresentadores (uma menina e um menino);

Quando possível convidar grupos locais, (grupos de dança, teatro entre outros);

Evitar a compra de prémios muito caros, material didáctico e escolar é suficiente (livros, cadernos, lápis, etc.);

Alguns estilos a ter em conta na elaboração das perguntas: 1. Pergunta com três opções, por exemplo: Em que dia da

semana é transmitido o programa x? Aos Sábados, Domingos ou Segundas?

2. Pergunta com duas opções, por exemplo: Um aluno com HIV não pode participar na Educação Física! É Verdade ou Mentira?;

É necessário colocar as perguntas de uma forma amigável, para que o participante se sinta confortável, algumas perguntas quebra-gelo antes da pergunta do concurso ajudam;

O número de perguntas define a duração do concurso, aconselha-se a apresentar sessões com três perguntas cada;

É necessário ter uma equipa de júri para registar as respostas dadas pelos participantes;

Podem ser introduzidas regras criativas quando a resposta é errada, por exemplo se alguém não responde correctamente, terá que fazer alguma coisa de sua preferência, como por exemplo dançar ou contar uma anedota;

Depois de lançada a pergunta do concurso, ninguém pode contribuir para a resposta e deve-se tentar criar um ambiente de suspense e na altura em que o júri confirma a resposta, o público pode fazer barulho;

Deve-se entregar logo os prémios aos concorrentes que dão a resposta certa, porque as crianças em particular não gostam de esperar;

Um concurso, dependendo do assunto a tratar, pode abrir um espaço para debate;

Preferivelmente deve-se ter o seguinte equipamento: 1 Amplificador - 2 Colunas - 1 Leitor de DVD - 4 Microfones e 4 tripé - 1 Mixer - 1 Gerador (caso não haja energia eléctrica) - Cabos de conexão (para amplificador, colunas, leitor, microfones, mixer) - Extensões para corrente eléctrica.

Algumas Dicas:

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Exemplo de Plano de conteúdos para concurso na escola:

Módulo 4 Produção, Promoção, Radiodifusão, Concurso

N° do Plano de conteúdos: 04 - 2011 Meio: Actividade no exterior

Tema: HIV Formato: Concurso na escola

Tópico: HIV e adolescência Nome do programa: x

Grupo (s) alvo: Alunos da escola primária S.M. Data e Hora de Emissão: 15.09.2011 – 15H

Entretenimento: Músicas/ Grupo de Teatro/ Grupo de dança

Duração do Concurso: 45 minutos

Objectivo: Estimular um estilo de vida saudável Escola: Primária Samora Machel

Prémios: livros, cadernos, lápis. Outro:

Perguntas quebra-gelo: Qual é o teu nome? - Quantos anos tens? - Estudas? Se sim, em que classe? – Escutas rádio? - Que dificuldades encontras para escutar a rádio?

Grupo de dança

Perguntas Grupo de Teatro Perguntas

Grupo de dança: Os Bradas

1) Um aluno com HIV não pode participar na aula de Educação Física! É verdade ou mentira? 2) O mosquito também transmite o HIV! É verdade ou mentira? 3) Pela rádio x em que dia da semana é transmitido o programa x? Aos Sábados, Domingos ou Segundas?

Grupo de teatro: Chamualianga Assunto de interesse: É necessário usar sempre lâminas novas para as vacinações e as tatuagens!

4) HIV e SIDA são a mesma coisa! É Verdade ou Mentira? 5) Tanto a malária como o SIDA matam, se fores ignorante! É Verdade ou Mentira? 6) A bebida estraga a vida! É Verdade ou Mentira?

Perguntas de reserva:

Músicas: MC Roger - Liza James – Stewart – Neyma – Grace Evora - Outras

Supervisão directa: Líder de Produção

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Exemplo de guião para concurso na escola:

Módulo 4 Produção, Promoção, Radiodifusão, Concurso

Nº do Guião: 04 - 2011

1 Saudar Nota: Criar um ambiente de confiança, de alegria que faça o público ter vontade de participar no concurso. (Exemplo: Olá meninas e meninos!!! Bem vindos ao concurso "Uma vida saudável para todos! " Quero ouvir barulho! Vamos ver quem está bem preparado para este nosso concurso que promete ser muito divertido e... com muitos prémios!!)

2 Apresentar-se (Exemplo: Amiguinho, consigo Carmen Pereira e Edrice Mujaide)

3 Apresentar o programa (Exemplo: A equipa de produção da rádio x e clube da escola x... vão apresentar nesta escola uma série de concursos com o objectivo de estimular um estilo de vida saudável) Nota: Separador, pode ser ritmo com palmas, todos.

4 Apresentar todas as componentes do concurso (Exemplo: No espectáculo de hoje teremos um grupo de dança, concurso com prémios, um grupo de teatro e muita música!!!)

5 Apresentar o Grupo de dança

6 Escolher e convidar 3 participantes para a primeira parte do concurso (Exemplo: Olá meninas e meninos!!! Quero ouvir barulho! É isso mesmo! Vamos chamar o primeiro grupo de amiguinhos para participar no nosso concurso). Nota: Depois de 3 perguntas sem respostas consecutivas, deve-se fazer algumas coisas para relaxar o público, por exemplo tocar música. Quando a pessoa ganha, tem de ser um sucesso (Ex: O nosso amigo …. de …. anos de idade ganhou um pacote de material escolar!!!!! Barulho para ele!!!!!!!!!! Palmas para ele!!!!!)

7 Apresentar o Grupo de teatro

8 Escolher e convidar 3 participantes para a segunda parte do concurso

9 Entregar ao público as cartas de sugestões (Exemplo: Amiguinhos, vocês também podem contribuir para a melhoria deste concurso. Escrevam para nós o que gostariam de saber sobre o que vos interessa! Ou escrevam as vossas ideias para melhorar ainda mais este concurso!)

10 Despedir Nota: Mencionar os nomes daqueles que colaboraram para que o concurso fosse possível e, nome dos participantes do concurso e promessa de um novo encontro.

11 Recolher as cartas de sugestões Nota: Dizer que as respostas a estas cartas vão ser dadas através do programa da rádio e também no próximo concurso.

12 Fecho Nota: Pode ser ritmo com palmas, todos.

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Perguntas para concursos

Concurso na Escola

Módulo 4 Produção, Promoção, Radiodifusão, Concurso

Algumas perguntas para concurso para crianças e adolescentes sobre violência: Se a tua mãe te bate, isso irá ajudar-te a crescer.

Verdade ou Mentira?

Gritar ou mandar calar uma criança é abuso verbal. Verdade ou Mentira?

Acariciar as partes íntimas de uma criança, as partes do corpo que normalmente não mostramos às outras pessoas, é abuso sexual. Verdade ou Mentira?

Nota: Este Manual faz parte de um conjunto de ferramentas constituído por três manuais e três guias temáticos, portanto, para mais sugestões veja: Guia temático - Direitos da Criança com enfoque na prevenção contra violência e abuso sexual da criança.

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Produção, Promoção,

Radiodifusão, Concurso

4.5 Auto-avaliação

Com esta secção temos a possibilidade de contribuir para a melhoria de uma actividade desenvolvida e da própria apren-dizagem. Como fazemos?

Cada participante anota a sua auto-avaliação;

Cada participante apresenta ao grupo a sua auto-avaliação;

Em conjunto, se necessário, encontram-se possíveis melhorias a aplicar.

Perguntas chave para a auto-avaliação: 1. O que é que acho desta actividade desenvolvida? Não foi

útil, porque... / Mais ou menos, porque... / Muito útil, porque... /

2. O que é que pode ser melhorado?

3. Sinto-me suficientemente preparado com o desenvolvi-mento desta actividade? Sim, porque… / Mais ou menos, porque... / Não, porque... /

Pode se usar esta sequência de perguntas chave para cada actividade desenvolvida.

Módulo 4 Produção, Promoção, Radiodifusão, Concurso

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Módulo 5 Monitoria e Avaliação

Monitoria e Avaliação

Este módulo oferece técnicas de monitoria eficazes e de baixo custo, úteis para a recolha regular de informação (comentários/sugestões) por parte da equipa de produção e técnicas de Avaliação.

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Revisão da produção

5.1 Monitoria e Avaliação Monitoria significa uma recolha regular de informação (comentários/sugestões) por parte da equipa de produção, que depois é usada para orientar uma produção ou veiculação de programas, seja para continuar no caminho já escolhido ou para mudar de direcção (melhora-la). Existem muitas maneiras simples de monitorar programas de rádio que não requerem muitos recursos, em particular valores monetários. Alguns métodos: Revisão da produção Como fazemos: Pedimos a membros do grupo alvo para ouvir textos ou programas e fazer comentários. O que precisamos: Elaborar um questionário estruturado; Pedir comentários; Incorporar os comentários na intervenção; Arquivo para guardar os questionários. Exemplos de revisão da produção são: os questionários para pré-teste de plano de conteúdos (veja Secção 3.4.3) e de programas pré-gravados (veja Secção 4.2). Auto-avaliação Como fazemos: No fim de cada trimestre cada membro da equipa de produção mede o seu próprio desempenho segundo a sua própria óptica, com o simples modelo a seguir: O meu desempenho foi: Muito Bom – Bom - Mais ou Menos -

Insuficiente; Cada produtor apresenta a sua auto-avaliação aos membros da

equipa de produção e pede para fazerem comentários; Em conjunto encontram-se possíveis melhorias a aplicar. O que precisamos: Elaborar um questionário estruturado; Pedir comentários; Incorporar os comentários no trabalho do dia-a-dia; Arquivo para guardar os questionários. Cartas dos ouvintes, SMS, Telefonemas, Internet Como fazemos: Durante a veiculação do programa pedem-se comentários e sugestões do público através de Cartas dos ouvintes, SMS, Telefonemas e Internet. O que precisamos: Elaborar perguntas; Criar um livro de registo; Pedir comentários; Incorporar os comentários na

intervenção; Arquivo para guardar os

livros de registo.

Definição

Monitoria

Módulo 5 Monitoria e Avaliação

Veja Anexo 5.4.1 Exemplo de LIVRO DE REGISTO DE SMS que inclui perguntas chave para Cartas dos ouvintes, SMS, Telefonemas e Internet.

Auto-avaliação

Participação dos ouvintes

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Avaliação A avaliação é uma apreciação e análise profunda de um programa em curso ou já concluído. Os resultados de uma avaliação servem para:

Mostrar a eficácia de um programa à comunidade, aos financiadores, aos parceiros, ao governo, etc.; Melhorar a qualidade actual ou futura de programas ou seja, obter recomendações práticas para a tomada de decisões relacionadas com os objectivos do programa e agir.

Portanto é necessário já na fase inicial do programa olhar para os objectivos e condições para decidir que tipo de método será usado para avaliar. Alguns métodos: Questionário antes e depois da veiculação do programa;

Questionário só depois da veiculação (neste caso faz-se uma

comparação dos resultados entre as pessoas que escutaram o programa e pessoas que não escutaram o programa);

Entrevistas individuais ou discussões com grupos focais (membros do grupo alvo). Uma vez por mês, ou outra periodicidade, o importante é que sejam feitas em intervalos regulares. Cada vez que são realizadas, anotam-se os comentários dos participantes para uso comparativo.

Questionários

Entrevistas

Definição

Avaliação

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Para exemplo de questionário de avaliação veja anexo 5.4.2 "Questionário de avaliação do programa Mundo sem Segredos", baseado nos objectivos do programa do ano 2006.

Normalmente a decisão de avaliar um programa é tomada em conjunto pela equipa de produção, membros chave da comunidade, financiadores do programa, parceiros, etc., e normalmente é necessário contactar avaliadores externos de modo a garantir que o método de investigação seja eficaz e que se verifique um certo grau de imparcialidade em relação aos resultados.

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5.2. Sustentabilidade Sustentabilidade basicamente significa assegurar que a produção e veiculação de programas não dependa muito de apoio externo. Para isto acontecer, a equipa de produção e colaboradores devem fazer algo para garantir esta sustentabilidade, como por exemplo, trabalhar com o potencial local durante todas as fases da iniciativa, isto é:

Sustentabilidade

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Monitorar o nível de sustentabilidade é fundamental para o bom êxito das actividades. Aconselha-se a monitorar regularmente o nível de sustentabilidade da iniciativa tendo em conta estes três aspectos mencionados e principalmente agir antes que seja demasiado tarde.

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Recrutamento e capacitação de produtores

Assegurar a existência de produtores qualificados através de um processo regular de recrutamento e capacitação de produtores. É aconselhável que esta actividade seja periódica, mesmo quando a equipa estiver completa, pois interesses e oportunidades diferentes podem facilmente criar um vazio na equipa. Neste contexto, a capacitação pode acontecer quando o novo candidato acompanha a produção de um produtor mais experiente.

Sentido de posse por parte da comunidade

A comunidade local (incluindo a Rádio) deve sentir que uma determinada iniciativa (programa) é pertença dela. Isso implica a compreensão dos motivos porquê o programa é necessário, o que faz e o que pretende realizar. O sentido de posse por parte da comunidade é determinante para o bom êxito das actividades que se pretendem realizar.

Sustentabilidade financeira

Normalmente um dos factores constrangedores relativos a sustentabilidade financeira é o pagamento de espaço de antena, mas visto que no nosso contexto o programa é da comunidade e a rádio também, não será necessário preocupar-se com este aspecto mas com algumas necessidades básicas, como: Pagamento de energia eléctrica e água – Incentivos – Resma – Canetas – Cadeiras – Gravador – Microfone – Prémios para concurso – Computador, CDs, etc. Neste contexto, a forma mais comum de angariar fundos ou material é através da troca ou prestação de serviços, por exemplo: produzir e veicular uma série de Spots comerciais para uma empresa local; veicular anúncios de interesse público e privado; etc. Para que isto funcione, em primeiro lugar é necessário que a comunidade goste da programação da rádio, ou seja, será difícil angariar fundos ou material se a comunidade achar que a programação não é necessária, não é divertida ou não é claro o que se pretende realizar.

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5.3 Auto-avaliação

Com esta secção temos a possibilidade de contribuir para a melhoria de uma actividade desenvolvida e da própria aprendizagem. Como fazemos?

Cada participante anota a sua auto-avaliação;

Cada participante apresenta ao grupo a sua auto-avaliação;

Em conjunto, se necessário, encontram-se possíveis melhorias a aplicar.

Perguntas chave para a auto-avaliação: 1. O que é que acho desta actividade desenvolvida?

Não foi útil, porque.../ Mais ou menos, porque... / Muito útil, porque... /

2. O que é que pode ser melhorado?

3. Sinto-me suficientemente preparado com o desenvolvi-mento desta actividade? Sim, porque… / Mais ou menos, porque... / Não, porque...

Pode se usar esta sequência de perguntas chave para cada actividade desenvolvida.

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5.4 Anexos

5.4.1 Exemplo de Livro de Registo de SMS

5.4.2 Questionário de avaliação do programa Mundo sem Segredos

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Anexo 5.4.1: Exemplo de Livro de Registo de SMS

Perguntas chave para SMS (ou cartas dos ouvintes, telefonemas ou Internet). Gostas deste programa? Sim/Não, Porquê? O que pode ser melhorado? Tens algumas perguntas sobre o tema de hoje? Que assuntos gostarias de ouvir no próximo programa? Outras. Por favor envia uma SMS (carta ou e-mail) com o teu nome, idade, local onde vives e data da escuta do programa para...

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N°. do programa: 08 - 2011

N° SMS recebidos N° CEL. Data Hora

1 EST È O MELHOR PRGM,AUMENT O TEMP. MAXAME. 828838142

18/12/2008

18:50

2 Gostei muito d programa d hoje, abriu a mente da minha esposa k nalgumas vezes mostra se renitente a uma atitude segura. Dramusse-C.Saúde d Alto Ligonha Gilé. Programa do dia 24 d Abril

825139866

18/12/2008

19:00

3 Aló amigo carlos, fiz texte de HIV no cs d'aeroporto result foi positivo,mesmo dia fui ao BO sai negativo,aquí se deve? Data escut 15 Jan

847344187 18/12/2008

19:04

4 Etc.

Nota: Responder sempre! Com SMS ou durante a veiculação do programa.

N°. do programa: 08 - 2011

N° SMS enviados N° CEL. Data Hora

1 Olá, não temos bastante amigos para produzir um programa mais longo. Estamos numa fase de recrutamento, gostarias de participar? Carlos

828838142

25/12/2008

15:03

2 Obrigado pela SMS e continuem a escutar o teu e nosso programa....

825139866

25/12/2008

15:05

3 Olá amigo, as vezes são falhas na testagem. No próximo programa vamos fazer esta pergunta ao nosso entrevistado o Dr. António Bassano.

847344187 25/12/2008

15:07

4 Etc.

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Anexo 5.4.2: Questionário de avaliação do programa Mundo sem Segredos (2006) com adolescentes dos 10 aos 15 anos de idade

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1. Distrito: __________ 2. Localidade: ________ 3. Quantos anos tens? ____ 4. Estudas? 1. Sim; 2. Não. 5. Se sim, em que classe? _______ 6. Sexo: 1.F; 2.M. 7. Costumas ouvir a rádio? 1. Sim; 2. Não. 8. Que língua preferes ouvir pela Rádio? (dizer ao entrevistado (a) que aqui pode fornecer diferentes respostas) 1. Português; 2. Chuabo; 3. Lomwé; 4. Macua; 5. Maconde; 6. Nhanja; 7. Nhungue; 8. Outra língua; 9. Não sabe; 10. Não respondeu. 9. Qual é a rádio emissora que mais gostas de ouvir? (dizer ao entrevistado (a) que aqui pode fornecer diferentes respostas) 1. Nova Rádio Paz; 2. Rádio comunitária; 3. R.M E.P; 4. R.M Nacional; 5. Não sabe; 6. Não respondeu; 7. Outra Rádio __________________ . 10. Que dificuldades encontras para ouvir a rádio? (dizer ao entrevistado (a) que aqui pode fornecer diferentes respostas) 1. Não tenho rádio; 2. Falta de pilhas; 3. Dificuldade de captação; 4. Nenhuma; 5. Outras ___________________________ . 11. Já escutaste pela Rádio um programa chamado "Mundo sem Segredos"? 1. Sim; 2. Não. 12. Já ouviste falar por outras pessoas do programa radiofónico "Mundo sem Segredos"? 1. Sim; 2. Não; 3. Não sabe/não se lembra; 4. Não respondeu. Se as respostas das perguntas Nº. 11 e 12 forem “não”, salta para a pergunta Nº. 21 13. Gostas do programa "Mundo sem Segredos"? 1. Sim; 2. Não; 3. Não sabe/não se lembra; 4. Não respondeu. 14. A informação do programa foi fácil de entender? 1. Sim; 2. Não; 3. Não sabe/não se lembra; 4. Não respondeu. 15. Quais são as partes que mais gostas do programa "Mundo sem Segredos"? (dizer ao entrevistado (a) que aqui pode fornecer diferentes respostas) 1. Cresça com Pangolim; 2. Entrevista; 3. A Nossa Malta; 4. Opinião pública; 5. Apresentadores; 6. Concurso; 7.Telefonemas; 8. Poema; 9. Teatro radiofónico; 10. Cartas dos ouvintes; 11. Música; 12. Noticiário; 13. Publicidade; 14. Debate; 15. Nenhum; 16. Tudo; 17. Outros. 16. Quais são as partes do programa que não gostas? (dizer ao entrevistado (a) que aqui pode fornecer diferentes respostas) 1. Cresça com Pangolim; 2. Entrevista; 3. A Nossa Malta; 4. Opinião Pública; 5. Apresentadores; 6. Concurso; 7.Telefonemas; 8. Poema; 9. Teatro radiofónico; 10. Cartas dos ouvintes; 11. Música; 12. Noticiário; 13. Publicidade; 14. Debate; 15. Nenhum; 16. Tudo; 17. Outros.

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17. Será que este programa é para os adolescentes da tua idade? 1. Sim; 2. Não; 3. Não sabe/não se lembra; 4. Não respondeu. 18. Recordas-te de alguma informação dada pelo programa? 1. Sim; 2. Não; 3. Não sabe/não se lembra; 4. Não respondeu. Se sim, que informação? ______________________________________________ . 19. Depois de ter escutado o programa MSS discutes assuntos relacionados ao HIV e SIDA mais abertamente? 1. Sim; 2. Não; 3. Não sabe/não se lembra; 4. Não respondeu. 20. Se sim, com quem? (dizer ao entrevistado (a) que aqui pode fornecer diferentes respostas) 1. Amigos; 2. Familiares; 3. Pai; 4. Mãe; 5 Namorado/a; 6. Professor; 7. Professor na aula do Pacote básico; 8. Grupo de escuta; 9. Colega; 10. Centro de saúde; 11. Centro juvenil; 12. Parteira tradicional; 13. Igreja; 14. Outros. 21. É possível uma rapariga ficar grávida com a primeira relação sexual? 1. Sim; 2. Não; 3. Não sabe/não se lembra; 4. Não respondeu. 22. Quais são os métodos que os médicos podem receitar para evitar a gravidez? 1. Pílulas contraceptivas; 2. Preservativo; 3. DIU; 4. Injeção; 5. Esterilização; 6. Calendário; 7. Outros 23. Alguém que tem uma DTS como gonorréia, sífilis, ou herpes, para esta pessoa é mais fácil contrair o HIV? 1. Sim; 2. Não; 3. Não sabe/não se lembra; 4. Não respondeu. 24. Algumas DTSs como gonorréia, sífilis, herpes, são curáveis? 1. Sim; 2. Não; 3. Não sabe/não se lembra; 4. Não respondeu. 25. Um portador do HIV pode ter uma vida saudável? 1. Sim; 2. Não; 3. Não sabe/não se lembra; 4. Não respondeu. 26. Achas que os ritos de iniciação podem ser um risco de transmissão do HIV? 1. Sim; 2. Não; 3. Não sabe/não se lembra; 4. Não respondeu. 27. Acha que os tratamentos tradicionais podem ser um risco de transmissão do HIV? 1. Sim; 2. Não; 3. Não sabe/não se lembra; 4. Não respondeu. 28. Pensas que uma pessoa com aspecto saudável (que não parece doente) pode ter HIV? 1. Sim; 2. Não; 3. Não sabe/não se lembra; 4. Não respondeu. 29. Sabes como o HIV é transmitido? 1. Sim; 2. Não; 3. Não sabe/não se lembra; 4. Não respondeu. 30. Se sim, diz como? (o entrevistador, lê as possibilidades para o entrevistado) 1. Picada de mosquito; 2. Compartilhar uma refeição/utensílios domésticos com uma PVHS; 3. Usar a mesma latrina/casa-de-banho que uma PVHS; 4. Aperto de mão/abraço a uma PVHS; 5. Beijinho na face a uma PVHS; 6. Compartilhar uma lâmina de barbear/navalha; 7. Compartilhar uma lâmina usada por outras pessoas da sua família; 8. Vacinas dadas pelo curandeiro; 9. Injeção com seringa/agulha usada por outras pessoas, mas que não foi lavada/fervida/esterilizada; 10. Relações sexuais sem preservativo; 11. Da mãe infectada para o filho durante a gravidez; 12. Do leite do peito (amamentação) de uma mãe infectada; 13. Feitiço; 14. Transfusão de sangue infectado.

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31. Sabes o que podes fazer para evitar contrair o HIV? 1. Sim; 2. Não; 3. Não sabe/não se lembra; 4. Não respondeu.

32. Se sim, diz como? 1. Usar sempre o preservativo; 2. Manter relações sexuais só com 1 companheiro (a)/ parceiros (as); 3. Reduzir o número de companheiros (as) /parceiros (as); 4. Não manter relações sexuais; 5. Não beijar na boca; 6. Tomar comprimidos/medicamentos; 7. Usar seringas/agulhas esterilizadas. 33. Como é que os adolescentes, especialmente meninas, poderão protegerem-se de abuso sexual? 1. Não andar com estranhos; 2. Não passear sozinho; 3. Passear em grupos; 4. Informar os pais/encarregados quando um adulto lhe tenta oferecer presente; 5. outro; 6. Não sabe/não se lembra; 7. Não respondeu; 8. Outro _________ . 34. Raparigas e mulheres têm o direito de negociar o uso do preservativo? 1. Sim; 2. Não; 3. Não sabe/não se lembra; 4. Não respondeu. 35. Quais são as possibilidades de tu apanhares o HIV? (o entrevistador, lê as possibilidades para o entrevistado) 1. Nenhuma; 2. Moderada; 3. Grande. 36. Fez alguma mudança no seu comportamento sexual para prevenção do HIV? 1. Sim; 2. Não; 3. Não sabe/não se lembra; 4. Não responde. 37. Se sim, que mudanças? 1. Reduziu o número de parceiro; 2. Usa sempre o preservativo c/ parceiro principal; 3. Usa sempre preservativo c/ parceiro ocasional; 4. Usa sempre preservativo c/ todos parceiros; 5. Fidelidade; 6. Abstinência; 7. Fez teste de HIV; 8. Outros. 38. Se não, porquê? 1. Não está em risco; 2. Não tem parceiro; 3. Não acredita na existência do HIV e SIDA; 4. Não sabe; 5. Outros.

Antes de terminar a entrevista, confirme se você fez todas as perguntas e agradeça ao (a) entrevistado (a)

Nome do/a inquiridor/a Data___ /____/___ .

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