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Centro de Formação São Domingos CONTABILIDADE INFORMATIZADA APONTAMENTOS DE CONTABILIDADE GERAL MÁDIA PEDRO Centro de Formação São Domingos 1

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CONTABILIDADE INFORMATIZADA

APONTAMENTOS DE CONTABILIDADE GERAL

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PROGRAMAI. MPRESA o Consi r s Ger is o Classifica o as Empresas II. CONTABI I ADE o Introdu o o Conceitos undamentais o Princpios Contabilsticos Geralmente AceitesIII. ESTRUTURA DO PROCESSO CONTABI STICO o Patrimnio o Consideraes Gerais

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o o

Apresentao algbrica do Patrimnio Classes Patrimoniais

IV. A CONTA o Conceito o Elementos da Conta o Regras de Movimentao da conta o Mtodos das Partidas Dobradas o Estudo das Contas V. PROCESSO CONTABILSTICO o Considera es Gerais o Etapas do Processo ContabilsticoMDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 3

CAPTULO IEMPRESA

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EMPRESA Considera es Gerais Conceito a clula base da actividade econmica, entendida tambm como sendo o conjunto organizado de meios materiais e humanos, virados para a produo e distribuio de bens e servios. Constitudas sem horizonte temporal definido, isto tempo indeterminado, tm, contudo semelhana das demais organiza es, um ciclo de vida, limitado, o qual, pode ser dividido nas trs fases:Institucional Funcionamento ou Execuo LiquidaoMDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 5

Fase Institucional a fase em que se decide a sua criao, atravs da obteno e combinao dos recursos necessrios para a sua entrada em funcionamento. Fase de Funcionamento ou Execuo Nesta fase se desenvolve todo o processo de transformao, ou seja, o da produo de bens e servios, com vista obteno de certos resultados. Fase da Liquidao a fase que se procede extino da empresa.

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A fase de Execu o a de mais longa dura o, e tendo em conta a necessidade de se obter informaes regulares sobre o andamento dos negcios, ouve necessidade de dividi-la em intervalos de tempo, no fim dos uais se apuram os resultados, se elabora o balano, se discute a actua o da direc o, se aprovam as contas. A cada um desses perodos coincidentes com os anos civis, designase por perodo administrativo. A parte da gest o correspondente a cada perodo administrativo, denomina-se exerccio econmico.

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Classificao das Empresas Quanto sua forma jurdica

Esta classificao divide as empresas de acordo com as suas responsabilidades civis e comerciais e dos seus decretos contratuais ou legais. Segundo o cdigo comercial Angolano no art. 2. Lei das sociedades comerciais (Lei n.1/04, de 13 de Fevereiro), podemos encontrar em Angola as sociedades comerciais, que devem adoptar um dos tipos seguintes: o Sociedades em nome colectivo; o Sociedades por quotas; o Sociedades annimas; o Sociedade em comandita;MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 8

o As sociedades cooperativas, previstas e reguladas pelos artigos 207. e seguintes do cdigo comercial, continuam a reger-se pelos dispostos naquele diploma. Sociedades em nome colectivo Caractersticas do contrato A responsabilidade dos scios ilimitada e Solidria ilimitada porque respondem todos os bens pessoais dos scios em caso de dividas, isto pagam com os seus bens particulares. solidaria porque caso os bens da sociedade no forem suficientes para o pagamento das dividas, a parte restante pode ser exigida na totalidade a qualquer dos scios, indiferentemente.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 9

Sociedade em Comandita Caractersticas e Espcies Na sociedade em comandita, os scios comanditrios respondem apenas pela sua entrada, e os scios comanditados respondem pelas dividas da sociedade nos mesmos termos que os scios da sociedade em nome colectivo. As sociedades em comandita podem ser: Por ac es quando as participa es dos scios comanditrios forem representadas por ac es. s sociedades em comandita por ac es aplicam-se as disposi es relativas s sociedades annimas. Simples quando no existe representao do capital social por ac es. As sociedades em comandita simples aplicam-se as disposi es relativas s sociedades em nome colectivo. A entrada do scio comanditrio no pode consistir em indstria.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 10

Sociedades por Quotas Caractersticas Exigem no mnimo dois scios. So constitudas por escrituras pblicas com um capital social representado por uotas (Parte com que cada scio entrou para a sociedade). Esse tipo de sociedade no pode constituir-se com um capital social inferior ao valor correspondente, em moeda nacional, equivalente a USD 1 , . Todos os scios t m que entrar com dinheiro ou bens avali veis em dinheiro. A responsabilidade limitada porque est circunscrita ao valor do capital social, quer isto di er, que por eventuais dividas da sociedade apenas responde o patrimonio da empresa e no o dos scios.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 11

solidaria No caso do capital social no for integralmente reali ado a quando da celebrao do pacto social, os scios so respons veis entre si pela reali ao integral de todas as entradas convencionadas no contrato social (mesmo que um dos scios no compra com a sua parte). Sociedade Annima (SA) Caractersticas O Capital social desta sociedade est dividido em parcelas, designado aces. Aos detentores de Aces tem designao de accionistas. Neste tipo de sociedades a responsabilidade de cada scio ou accionistas limitada ao valor das aces que subscreveu. A sociedade annima no pode constituir-se com um nmero de scios inferior a cinco.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 12

O nmero de scios pode ser reduzido a quatro, nos casos em que o Estado, empresas pblicas ou entidades para tal efeito legalmente equiparado ao Estado, detiverem a maioria do capital social. O capital das sociedades annimas no pode ser inferior a um valor, expresso em moeda nacional, equivalente a USD , . 2 . Nesta sociedade e notras j referida anteriormente, podem-se assim considerar duas fases na abertura de escrita: Subscrio do Capital - quando os scios assumem o compromisso de entrar para a sociedade com determinados valores ou bens... Realizao do Capital Quando os scios entregam a sociedade os valores ou bens subscritos.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 13

Identificao da Empresa Exemplos de ficha tcnica Denominao Social: Grandes Armazns da Serra Classificao: - Jurdica Sociedade por quotas - Econmica Empresa Comercial Actividade Principal: Comercializao de Confeces CAE**: 6.1 7.2. NI : 3 26122 Sede Social: ** Covilh Concelho/Bairro fiscal: Covilh N de Pessoas colectiva: ** 500792102 Tcnico de contas *** N de trabalhadores:MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos

Lus Almeida Crespo 5514

Obs: Para que haja sociedade necess rio: o Um contrato; o Contribuio de bens e servios (obrigao de entrada), que pode ser: Em dinheiro scio em numer rio; Em mercadorias, casas, terrenos, investimentos financeiros (aces, ttulos) scios de natureza; Em servios, conhecimento e inteligncia scios de indstria. o Exerccio em comum de uma actividade econmica.Do Ponto de Vista da Dimenso As empresas podem classificar-se em: Micro, Pequenas, Mdia e grandes empresa. Os Critrios de classificao so: Nmeros de empregados, Volume de Vendas, Capital Utilizado.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 15

Veja por exemplo, a seguinte tabela:Dimenso/Empresa Micro Pequenas Mdias Grandes Trabalhadores 1 10 4 50 4 500 diante

Do Ponto de Vista do Ramo de Actividade ou Econmico Classificam-se em: Empresas Comerciais Cujo objecto principal a venda de mercadorias , sem qualquer transformao ou seja compram e vendem mercadorias. Ex: Supermercados, Lojas, Quiosques etc.

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Empresas

Industriais So aquelas que criam artigos ou produtos atravs da combinao e transformao de matrias primas e subsidirias(Auxiliares ou complementares). Ex: Textang transforma algodo em fios ou tecidos. Ex: Nova Cimangola (Fabrica Cimento) Empresas de Prestao de Servios So aquelas que no criam artigos no compram e nem vendem artigos, mais desenvolvem servios ou actividades teis indispensveis a sociedade. Ex: Empresas de Consultoria, empresas de transportes escolares privados etc.

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Quanto aos Sectores de Actividade Segundo este critrio as empresas so classificadas de acordo com a natureza e origem dos produtos fabricados ou servios prestados. Assim, fazem parte do sector primrio, as empresas dedicadas agricultura, silvicultura, pesca e pecuria e actividades extrativas. Fazem parte do sector secundrio, as empresas dedicadas s actividades transformadoras (industrial), electricidade, gs e gua, construo civil e obras pblicas. Fazem parte do sector tercirio empresas dedicadas ao comrcio, aos transportes e comunicao e ainda as dedicadas a restantes servio.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 18

Documentao Os documentos relativos aos contratos de compra e vendas desempenham duas funes fundamentais: Constituem meio de prova; Constituem suporte do registo contabilistico. Eis os documentos de contrato de compra e venda: Nota de encomenda um documento utilizado, geralmente, no comercio a grosso, para proceder encomenda da mercadoria. Requisio um documento idntico a nota de encomenda e normalmente utilizado no comrcio a retalho e serve para o comprador levantar artigos, de imediato, do estabelecimento do vendedor. Requisio Interna - este documento utilizado apenas internamente nas empresas.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 19

Nota de Entrega ou guia de Remessa um documento emitido pelo vendedor e destina-se a acompanhar a mercadoria at ao armazm ou estabelecimento do comprador. Factura um documento que representa venda a crdito (prazo). Recibo um documento que comprova o pagamento por parte do comprador. Factura-recibo estes documentos so utilizados na venda efectuada a pronto. Nota de venda dinheiro ao balco utilizado pelas unidades ou empresas retalhistas nas opera es de compra e venda a pronto pagamento. Ex: As boutiques e as lojas Nota de dbito um documento emitido pelo fornecedor para retificao por acrscimo, do valor de uma factura j emitida.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 20

Nota de crdito d-se o mesmo movimento que se verificou na nota de debito, mais a retificao aqui da factura original reduzir o seu valor e no aumentar como na nota de debito. Nota de Lanamento - um documento elaborado pelo sector de contabilidade e que s usado na empresa, a nota de lanamento possibilita assim o registro de factos patrimoniais que por causa do mercado informal no so comprovados por documentos Ex: O motorista da empresa mandou recauchutar um pneu mais a oficina no passa recibo.

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CAPTULO IICONTABILIDADE

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Introduo A contabilidade geral ou financeira, torna-se cada vez mais importante na vida econmica. A necessidade de possuir algumas no es de contabilidade indispensvel. Dentro da empresa a contabilidade tem numerosas fun es. Alm da dimenso jurdica e fiscal que faz da contabilidade um sistema obrigatrio e normalizado, ela igualmente um meio de informao e de proteco de terceiros, um meio de previso e um instrumento de gesto (MELYON, Grard; NOGUERA, Remdios, 2004, Pgina 54).

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Conceitos undamentais A contabilidade a cincia do patrimnio. A contabilidade um mtodo de investigao da actividade econmica. A contabilidade a tcnica da relao patrimonial. A Contabilidade a cincia que estuda e controla o patrimnio, objectivando represent -lo graficamente, evidenciar as suas variaes, estabelecer normas para a sua interpretao, anlise e auditagem e servir como instrumento bsico para a tomada de decises de todos os sectores directa ou indirectamente envolvidos com a empresa. Campo de Aplicao As entidades econmicas - administrativas, sejam de fins lucrativos ou no.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 24

Campo de Aplicao As entidades econmicas - administrativas, sejam de fins lucrativos ou no. Objecto de Estudo da Contabilidade O patrimnio das entidades. inalidades da Contabilidade Assegurar o controlo do patrimnio administrado e fornecer informaes sobre a composio e as variaes patrimoniais, bem como o resultado das actividades econmicas desenvolvidas pela entidade para alcanar os seus fins, que podem ser lucrativos ou meramente ideais.

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Usurios (Utentes) da Contabilidade So usuarios da contabilidade os Scios, accionistas, proprietrios, directores, administradores, executivos, instituies financeiras, empregados, sindicatos e associaes, institutos de pesquisas, fornecedores, clientes, rgos Governamentais e o fisco. Ramos ou Tipos de Contabilidade So vrios os ramos da contabilidade. Para alm da contabilidade geral (financeira), podemos citar a contabilidade analitica, contabilidade das sociedades, contabilidade de seguros, contabilidade bancria, contabilidade aduaneira, contabilidade pblica, etc. A contabilidade geral ou externa, regista as operaes com terceiros e apura o lucro da empresa. ornece elementos (dados) sobre a situao economica e financeira da empresa perante terceiros.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 26

A contabilidade analitica ou interna, procede ao registro dos factos internos da empresa, apura os resultados no globais por produto, por departamento, por funo, faz o apuramento dos custos unitrios de produo em qualquer fase de produo. Princpios Contabilsticos Geralmente Aceitos So vrios os princpios que servem de contabilidade. Vamos citar apenas alguns:

base

O Principio da Continuidade presume-se que a empresa continua as suas actividades, no tendo inteno nem necessidade de entrar em liquidao ou de reduzir significativamente a sua actividade.

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O Principio da Consistncia as regras e procedimentos contabilsticos no so alteradas ao longo dos vrios exerccios de onde resulta a possibilidade de se efectuarem comparaes. O Principio do Acrscimo (Competncia do Exerccio) os proveitos e custos devem ser imputados ao respectivo perodo, independentemente de recebimento e pagamento. O Principio da Prudncia - considera que, sendo numerosas operaes rodeadas de incerteza, a contabilidade deve registar todas as perdas de valor e no atender aos ganhos potenciais. De notar que no aceitvel toda e qualquer excessiva prudncia que conduza existncia de reservas ocultas.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 28

O Principio da Substncia Sobre a Forma - determina que aquando do registo ou mensurao de qualquer operao ou acontecimento a sua substncia e realidade econmicofinanceira deve prevalecer em relao sua forma legal. O Principio da Materialidade as demonstra es financeiras devem evidenciar todos os elementos que sejam relevantes e que possam afectar as avalia es ou decis es de terceiros. O Principio do Balanceamento - determina que os proveitos e os ganhos devem ser balanceados com os custos e as perdas de forma a se determinar o resultado lquido de cada exerccio. O Princpio da Competncia do Balano os saldos de abertura do balano de um exerccio devem ser iguais aos saldos de encerramento constantes do balano do exerccio precedente.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 29

CAPTULO IIIESTRUTURAO DO PROCESSO CONTABILSTICO

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Patrimnio Consideraes Gerais Etimologicamente patrimnio, de origem latina patrimonium , cujo significado herana familiar ou do pai (pater), que no imprio romano, detinha todo o poder. Toda a unidade econmica para exercer a sua actividade, necessita de um certo conjunto de valores, ou seja, de mquinas, edifcios, mercadorias, dinheiro, ferramentas e outros. Digamos que ao exerccio de qualquer actividade esto sempre alienados valores que so pertena de algum. Do ponto de vista jurdico, os valores utilizados por cada unidade econmica so de sua pertena ainda que, normalmente, os seus direitos no incidam sobre a globalidade desses valores.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 31

Do ponto de vista econmico, Patrimnio, o conjunto de bens e meios econmicos que permitem satisfazer, quer directa ou indirectamente as necessidades. Elementos que Comp em o Patrimnio Bens - tudo o que possa satisfazer a alguma necessidade da empresa, que esteja sujeito a avaliao econmica (ou seja, ao qual se possa atribuir um valor expresso em moeda) e sobre o qual a empresa possua a posse (isto , esteja em seu poder) e o domnio (quer dizer, seja o seu dono). Ex: Edifcios, mquinas, viaturas, mercadorias, etc. Direitos so bens que pertencem a empresa mas, que esto em poder de terceiros. Ex: So os crditos da empresa ou dvidas a receber Obriga es - so bens que no pertencem empresa mas que esto temporariamente em seu poder. EX: So os dbitos da empresa ou dvidas a pagar.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 32

Logo, pode-se definir o patrimnio como sendo Um conjunto de bens, direitos e obriga es sujeitas a uma gesto. Podem-se distinguir trs tipos de patrimnio com diferentes caractersticas, a saber: Patrimnio Individual ou Particular - o conjunto de bens, direitos e obriga es, meramente pessoal em determinado momento. Patrimnio Comercial - o conjunto de bens, direitos e obriga es de uma sociedade, directamente relacionados com a actividade do comrcio para atingir determinados objectivos. Patrimnio Pbico - pertencente ao Estado Angolano. Factos Patrimoniais podem ser: Modificativos e Permutativos.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 33

Modificativos quando alteram no s a composio do patrimnio, mas tambm o seu valor. Exemplos: a venda de mercadoria em preo de venda maior que o preo de compra margem. Permutativos quando existe uma mera alterao do valor dos elementos patrimoniais. Exemplo: o pagamento de uma dvida a um fornecedor. As Massas Patrimoniais H trs massas patrimoniais: Activo - so recursos (bens e direitos) controlados por uma entidade, como resultado de acontecimentos passados e dos quais se espera que flutuam para a entidade benefcios econmicos futuros. Estes recursos podem dividir-se em duas categorias principais:MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos

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no correntes, que se espera que permaneam na posse da entidade por um perodo superior a um ano; Activos correntes, que se espera que permaneam na posse da entidade por um perodo at um ano. Passivo - so obrigaes presentes da entidade, provenientes de acontecimentos passados, do pagamento, dos quais se espera que resultem fluxos de recursos da empresa, incorporando benefcios econmicos. Estas obrigaes podem dividir-se em duas categorias principais: Passivos no correntes, que se espera que venham a ser pagos pela entidade num perodo superior a um ano Passivos correntes, que se espera que venham a ser liquidados num perodo at um ano. Capital prprio - o remanescente do activo sobre o passivoMDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 35

Activos

Representao Algbrica do Patrimnio Equao Fundamental do Patrimnio Sendo o patrimnio o conjunto de bens, direitos e obriga es com terceiros, a equao fundamental do patrimnio assim definida:PATRIM NIO LQUIDO = BENS + DIREITOS OBRIGAES

Substituindo os termos bens e direitos por activo, obriga es com terceiros por passivo, e capital prprio por patrimnio lquido, podermos afirmar que: PL = A P Supondo que a entidade venda todos os seus bens, receba todos os seus direitos e pague todas as suas obriga es com terceiros, a sobra ou situao lquida o capital prprio, que denominado pela Contabilidade de patrimnio lquido.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 36

Variaes do Patrimnio Lquido A partir da equao fundamental do patrimnio, pode-se deduzir que em dado momento, o patrimnio assume, invariavelmente, um dos cinco estados a saber: Quando o activo maior que o passivo, teremos patrimnio lquido maior que zero, o que revela a existncia de riqueza patrimonial. A P PL Quando o activo maior que o passivo e o passivo igual a zero, teremos patrimnio lquido maior que zero, revelando inexistncia de dvidas. A PL Quando o activo igual ao passivo, teremos patrimnio lquido igual a zero, revelando inexistncia de riqueza prpria. A PMDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 37

Quando

o passivo maior do que o activo, teremos patrimnio lquido menor que zero, revelando m situao financeira e existncia de passivo a descoberto. A + PL = P Quando o passivo maior do que o activo, e o activo igual a zero, teremos patrimnio lquido menor que zero, revelando pssima situao financeira, inexistncia de bens e direitos e somente obriga es. PL = P A expresso numrica do valor do patrimnio d-se o nome de: Situao Liquida Capital Prprio Patrimnio Liquido OBS: O nome de patrimnio liquido nos d a conhecer a posio patrimonial em que a empresa ficar se neste momento, tivesse de saldar todas as suas dvidas.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 38

Classes Patrimoniais Se pegarmos nas massas patrimoniais e subdividirmos em conjuntos mas pequenos, temos as classes patrimoniais, que no PGC so as seguintes:CLASSE 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 DESIGNAES Contas de Ordem Meios Fixos e Investimentos Existncias Terceiros Meios Monetrios Capital e Reservas Proveitos e Ganhos Por Natureza Custos e Perdas Por Natureza Resultados Contabilidade Analtica APLICAO Facultativa Obrigatria Obrigatria Obrigatria Obrigatria Obrigatria Obrigatria Obrigatria Obrigatria Facultativa

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Diviso do Activo nas Diferentes Classes PatrimoniaisACTIVO ACTIVO CIRCULANTE ACTIVO IMOBILIZADO

ACTIVO DISPONVEL Activo

ACTIVO REALIZVEL

DINHEIRO EM CAIXA DEPSITOS EM BANCOS

MERCADORIAS MATRIAS - PRIMAS

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Diviso do Passivo nas Diferentes Classes PatrimoniaisPASSIVO

CORRENTE

NO CORRENTE

Dvidas de curto prazo (30 ou 90 dias, e at 1 ano), com fornecedores correntes e de outros servios, Estado e outras entidades.

Obteno de recursos financeiros, a mdio e longo prazo (Emprstimos bancrios), provis es, etc

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CAPTULO IVA CONTA

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Conceitos A contabilidade utiliza processo que lhe permite com facilidade registar todas as varia es patrimoniais: A conta. A histria da contabilidade mostra-nos ao longo do tempo, vrias defini es de conta, que a seguir indicamos: Conta Conjunto ou classe de elementos patrimoniais com caractersticas comuns, expressos em unidades de valor. As contas tm uma representao grfica prpria: Por tradio e conveno, a conta apresenta-se com um traado em forma de T Este Traado permite a diviso do espao aos registos com duas colunas: A da esquerda destinada aos dbitos (Dbito); A da direita aos crditos (Crdito)MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 43

Assim, quando a conta recebe um valor do lado esquerdo, dizemos que a conta debitada. Quando a conta recebe um valor do lado direito, dizemos que a conta creditada. Elementos da Conta Ttulo o nome da conta; Data marcao do tempo em que ocorreu o facto (dia ms e ano); istrico a narrao do facto ocorrido; Dbito o estado de divida da conta e representada pela abreviatura D Crditos - o estado haver da conta e representada pela abreviatura C Saldo a diferena entre dbito e crdito. Natureza do Saldo de Uma Conta O saldo de uma conta pode ser: Devedor quando o dbito superior ao crditoMDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 44

Credor

Quando o crdito superior ao dbito Nulo Quando o dbito igual ao crdito Termos Tcnicos da Conta So diversos, os termos tcnicos utilizados no uso das contas, entre os quais escolhemos os mais usuais, que passamos a citar: Abrir uma conta significa iniciar a sua escrita; Saldar uma conta - significa adicionar a diferena na coluna com menor valor; Debitar uma conta - significa registar o seu valor a dbito Creditar uma conta significa registar o seu valor a crdito Conferir ou verificar uma conta significa examinar a sua exactido; Fechar uma conta significa soma os valores acumulados a dbito e a crdito, depois de saldar a conta.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 45

Regras de Movimentao da Conta Contas do Activo Debitam-se pelos Saldos Iniciais e aumentos Creditam-se pelas diminui es Contas do Passivo Debitam-se pelas diminui es Creditam-se pelos Saldos Iniciais e aumentos Capital Prprio Debitam-se pelas diminui es Creditam-se pelos aumentos Contas de Resultado Se forem Proveitos ou Ganhos Debitam-se pelas transferncias Creditam-se pelos aumentos

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Contas de Resultado Se forem Custos ou Perdas Debitam-se pelos aumentos Creditam-se pelas transferncias Mtodo das Partidas Dobradas O mtodo das partidas dobradas ou digrfico consiste no seguinte princpio: Para todo dbito em uma conta h, simultaneamente, crdito em outra conta em mesmo valor (Frei Lucas Pecoli 1494). Em resumo, dbito e crdito servem para indicar se uma operao aumenta ou diminui os componentes bsicos do patrimnio da empresa (Activo, passivo e Capital Prprio).MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 47

LANAMENTOS Lanamento um registo de qualquer facto patrimonial, nos livros ou suportes contabilsticos. Sendo representado pelas partidas dobradas. A partida devedora representa a Aplicao de Recursos e a credora a Origem de Recursos. Elementos Essenciais do Lanamento Em todo lanamento existe cinco elementos essenciais: Conta debitada; Conta creditada; istrico da operao; Valor da operao; Local e data.

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Tipos de Lanamentos Lanamentos de abertura referem-se situao patrimonial de uma empresa no inicio da sua actividade. Lanamento de estorno - destinam-se anular ou rectificar lanamentos incorrectos. Lanamentos de regularizao - visa rectificar os saldos das contas que no correspondem realidade. Normalmente so feitos no final do exerccio antes do apuramento de resultado. Lanamentos de Apuramento de resultados so lanamentos feitos para transferir os saldos das contas de custos (classe 7) e de proveitos (classe 6) para as contas de resultados. Lanamentos de encerramento so efectuados aps o apuramento de resultados e a elaborao do balano. Consiste em fechar as contas que apresentem saldos devedores ou credores.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 49

Estudo das Contas (Plano Geral de Contabilidade) QUADRO DE CONTASGRUPOS OMOGNIOS CLASSES 1 CONTAS DE BALANO 2 3 4 5 6 CONTAS DE RESULTADOS 7 8 OUTRAS CONTAS 9 0 NOME DAS CLASSES MEIOS FIXOS E INVESTIMENTOS EXISTNCIAS TERCEIROS MEIOS MONETRIOS CAPITAL, RESERVAS E RESULTADOS PROVEITOS E GAN OS CUSTOS E PERDAS RESULTADOS CONTABILIDADE ANALTICA

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ESTUDO DE ALGUMAS CONTAS

CLASSE 1 Meios Fixos e Investimentos Nesta classe so registadas os bens adquiridos com objectivo de permanecerem na empresa e que no se destinem a transformao ou venda. 112 Edifcio e Outras Constru es casos especficos nesta conta, como por exemplo, na aquisio de uma casa, onde necessrio recorrer ao n 4 do artigo 31 do Cdigo do Imposto Industrial, para subtrair 25% do valor de aquisio para terreno. 18 Amortiza es Acumuladas Entende-se por amortiza es a depreciao (desgaste e desvalorizao) progressiva a que se encontram sujeitas os imobilizados, em funo do uso e do tempo.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 51

Clculo das Amortiza es Tem sido adoptado vrios mtodos de base terica para esse efeito, todavia, vamos citar dois mtodos principais, a saber: O mtodo da quota degressiva neste mtodo as quotas de amortiza es so fixadas no final de cada exerccio e no constantes de exerccio a exerccio. O mtodo da quota constante neste mtodo as quotas de amortizao so fixadas no momento de aquisio e so constantes de exerccio a exerccio. Este mtodo consiste em repartir equitativamente o valor de aquisio (custo de aquisio) do imobilizado de exerccio a exerccio, durante o seu perodo de vida til.

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Para calcular as amortiza es necessrio conhecer os seguintes termos: a parcela que Quota de amortizao anual (Qi) representa a depreciao sofrida pelo imobilizado, em determinado exerccio, expressa em valor. obtida atravs da repartio do valor de aquisio do bem, durante o nmero de anos que se espera us-lo (Qi = V0/n ou Qi = V0 x Tx). Valor de aquisio (V0) o valor da compra, de fabrico ou de construo, acrescido de todas as despesas necessrias para colocar os elementos patrimoniais em condi es de utilizao. Taxa de amortizao (Tx) corresponde ao valor da quota de amortizao expresso em percentagem.

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til de um bem (n) o perodo durante o qual se espera que um bem venha a ser usado. Para efeitos fiscais, o perodo de vida til de um bem o perodo que se deduz da respectiva taxa de amortizao aplicvel ao bem, isto , (n = 100 /tx ). Contabilizao Esta conta movimentada a crdito por contrapartida de custos na conta 73 amortizaes do exerccio pelo valor mximo, segundo as percentagens da tabela das taxas anuais de amortizaes, publicadas na portaria n 755/72. E debitada pela anulao das amortizaes devido perda, venda ou ao abate. CLASSE 2 Existncias Na classe 2 esto includas as existncias, ou seja, os elementos patrimoniais activos adquiridos ou produzidos que se destinam a venda ou a incorporao na produo.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 54

Vida

Sistemas de Inventrios As empresas podem optar pela contabilizao das existncias pelo sistema de: Inventario Permanente; Inventario Intermitente. O Inventrio Permanente, permite saber, em qualquer momento, as quantidades e valores das existncias em armazm e os resultados obtidos. O Inventrio Intermitente, apenas, d a conhecer os montantes das existncias, depois de uma contagem fsica, e assim apura r os resultados. Assim, os mtodos de gesto de stock so: FIFO (primeiras mercadorias a entrar no armazm so as primeiras a sair); LIFO (as ltimas mercadorias a entrar no armazm so as primeiras a sair);MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 55

CUMP (Custo Unitrio Mdio Ponderado). Nota As mercadorias e/ou matrias-primas saem de armazm pelo custo de compra. O custo de compra de mercadorias igual ao preo de compra mais outros encargos (frete, alfandega, transporte, etc.). SI C = SF + Onde: SI Stoc Inicial C Compras SF Stoc Final ConsumoMDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos

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CAPTULO VPROCESSO CONTABILSTICO

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Considera es Gerais No decorrer da actividade de uma empresa surgem factos patrimoniais. Estes tm de ser registados em livros prprios, sempre com base em documentos justificativos. Assim, podemos dizer que o suporte de todo processo contabilstico so as opera es (sustentadas em documentos ou outros factos verificados) realizadas pelas empresas. Etapas de um Processo Contabilstico So as seguintes etapas (livros obrigatrios): Opera es (Sustentadas em documentos ou outros factos verificados); Registo no dirio (por ordem de datas) e na razo (por ordem de contas); Balancetes Inventrios, o livro de actas (socied. Comerciais); Demonstrao de Resultados e Balano .MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 58

Dirio Servir para os comerciantes registarem, dia a dia, por ordem cronolgica, em lanamento separado, cada um dos seus actos que modifiquem ou possam vir a modificar o seu patrimnio. Razo um livro apresentado em forma de T que servir para registar o movimento de todas as opera es do dirio, ordenadas por dbito e crdito, em relao a cada uma das respectivas contas. Balancete Servir para inscrever todas as contas da razo, com os totais de dbito e de crdito acumulados e os respectivos saldos, referidos a uma certa data. So elaborados balancetes periodicamente, de uma forma geral, todos os meses, com a finalidade de:MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 59

Conferir a passagem do dirio para a razo;

Verificar a situao da empresa. A comparao entre o total do balancete e o dirio permite verificar se os lanamentos foram correctos e completamente passados na razo.

O Inventrio O inventrio uma lista dos elementos patrimoniais concretos com a indicao das suas quantidades e valores. Os valores concretos so os do activo e passivo. Os valores da situao lquida e resultados so abstractos, logo, no entram no inventrio. No encontramo-lo a mas sim no valor do activo. Qual a diferena entre o Patrimnio e o Inventrio? O Patrimnio um conjunto de elementos, enquanto o Inventrio a relao desses elementos.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 60

Fases da Elaborao de Inventrios Temos 3 fases que so: Identificao - Consiste em identificar os elementos existentes (objecto do Inventrio). Descrio e Classificao - Consiste em agrupar os elementos patrimoniais nas respectivas contas e classes. Valorizao - Consiste na atribuio de valores aos elementos patrimoniais.

Classificao dos Inventrios Classificam se tendo em conta os seguintes critrios: 1 A extenso - Gerais e Parciais. 2 A ordenao Simples e Classificados. 3 A disposio Vertical e Horizontal.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 61

A Periodicidade dos Inventrios Podemos distinguir os Inventrios como: 1 Ordinrios Os elaborados periodicamente. 2 Extraordinrios Os elaborados em consequncia de condi es excepcionais como mudanas de instala es, catstrofes, etc. 3 Iniciais Elaborados no incio do exerccio econmico. 4 Finais - Elaborados no fim do exerccio econmico. Balano De harmonia com artigo 62. do cdigo comercial, todas as empresas so obrigadas a dar balano anual ao seu activo e passivo nos trs primeiros meses do ano imediato. O balano uma pea fundamental que deve ser cuidadosamente elaborada, de forma a mostrar a situao real da empresa no final do exerccio ou perodo econmico.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 62

O balano difere do inventrio por comparar (balancear) o activo com o passivo, dando assim a conhecer a natureza da situao liquida. Constituio do Balano constitudo de dois membros que so: a) O Activo (bens e direitos), registam-se do lado direito do balano. b) O Passivo (obriga es), registam-se do lado esquerdo do balano. c) O Patrimnio Lquido que pode ser proveniente das seguintes fontes: Investimentos efetuados pelos proprietrios; Lucros acumulados. Do ponto de vista financeiro o Activo representa as Aplica es de Fundo ou de investimento e o Passivo representa as Origens ou Financiamentos.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 63

Para manter se o princpio do equilbrio em todo o momento o total das aplica es de fundos deve ser igual ao total das origens de fundos. Os fundos vem sempre do Passivo e da SL e so aplicados ou investidos no Activo. Conceituao do Termo Capital Capital Nominal o investimento feito pelos donos da empresa e registado na contabilidade, numa conta Capital, correspondendo ao patrimnio lquido inicial. Este capital s alterado quando os donos realizam investimentos adicionais (aumento de capitais) ou desinvestimento (diminuio do capital). Capital Prprio Abrange o capital lquido e as suas varia es (Capital Inicial + Lucros Prejuzos) Capital de Terceiros Corresponde aos investimentos feitos na empresa com recursos provenientes de terceiros (o passivo).MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 64

Classificao do Balano 1 Quanto a apresentao: Horizontal Vertical 2 Quanto ao grau de anlise: Analtico Sinttico O Balano analtico detalhado com discriminao dos valores activo, passivo e do capital prprio. O Balano sinttico o que d nos apenas os valores totais do activo, passivo e do capital prprio. 3 Quanto a competncia dos exerccios: Balano Inicial Elaborado no incio do exerccio econmico. Balano Final Elaborado no fim do exerccio econmico (31 de Dezembro).MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 65

Balano Intermdio - Elaborado no decorrer do exerccio econmico. 4 Quanto a finalidade: Balano de Constituio ou de Fundao o primeiro Balano elaborado a quando da fundao da empresa. Balano de Funcionamento ou de Gesto Elaborado uma vez no fim do exerccio econmico e visa o apuramento de resultados. Balano de Liquidao, etc. Equao Fundamental do Balano e da Contabilidade A = CP + P

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Demonstrao de Resultados A demonstrao dos resultados reflecte os proveitos e custos ocorridos ao longo de um determinado perodo de tempo trimestre, semestre ou ano. A diferena dos proveitos e custos constitui o lucro da empresa durante o perodo considerado. A estrutura da demonstrao compe-se de quatro conceitos fundamentais: Resultados Operacionais - resultados gerados pela actividade normal da empresa. Resultado Financeiro - resulta da diferena entre proveitos e custos financeiros (juros recebidos, encargos de participao de capital etc.) Resultado Extraordinrio - abrange os custos e proveitos com um carcter inesperado (sinistros, multas, dvidas incobrveis ou recuperadas) Resultado lquido (RL) - resulta da soma algbrica das trs componentes anteriores, deduzida do imposto s/lucro.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 67

O resultado lquido o elo de ligao entre a demonstrao de resultados e o balano, porque aparece no balano. Apuramento do Resultado Liquido O resultado liquido apurado pela empresa no final do exerccio econmico, resulta da diferena entre a soma dos proveitos obtidos e a soma dos custos por ela suportados. Contas de Resultados A empresa incorre em custo com o objectivo de obter proveitos. Portanto, custos e proveitos concorrem para formao de resultados. As contas de Resultados so constitudas pelas contas da classe 6 Custos e Perdas, classe 7 Proveitos e Ganhos e classe 8 Resultados. Um resultado contabilstico a diferena entre o Proveito ou Ganho e um Custo ou Perda: Resultado = Proveito ou Ganho Custo ou PerdaMDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 68

Os Custos ou Perdas e os Proveitos ou Ganhos Os Custos ou Perdas e os Proveitos ou Ganhos so contas onde, de uma maneira geral, se registam os encargos com a produo e os rendimentos por ela gerados, ao longo da actividade da empresa. Estas contas so transitrias, ou seja, os seus saldos, apurados no fim de cada exerccio econmico, so transferidos para conta resultados do exerccio.

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ANEXOS

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ANEXO I REPRESENTAO GRFICA DO DIRIOMovimento a Dbito Data N de Registo Descrio Movimento a Crdito

Conta

Valor

Conta

Valor

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ANEXO II REPRESENTAO GRFICA DO BALANCETE DE VERIFICAO Movimento C/C Descrio Dbito Crdito Saldos Devedor Credor

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Y

Z

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ANEXO III REPRESENTAO GRFICA DO INVENTRIO N de Ordem Descrio Quantidade Preo Unitrio Valor

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ANEXO IV REPRESENTAO GRFICA DE DEMONSTRAO DE RESULTADOS Exerccio s NotaVENDAS PRESTAO DE SERVIOS OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS (A) CMVMC CUSTOS COM O PESSOAL AMORTIZAES DO EXERCCIO OUTROS CUSTOS E PERDAS OPERACIONAIS RESULTADOS OPERACIONAIS RESULTADOS FINANCEIROS RESULTADOS EXTRAORDINRIOS RESULTADOS NO OPERACIONAIS RESULT. ANTES IMPOSTO IMPOSTO SOBRE OS LUCROS RESULTADO LQUID. EXERCCIO (B) (C) = A + B (D) (E) (F) (G) = C + D + E + F (H) = G x 35% (I) = G - H

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ANEXO V REPRESENTAO GRFICA DO BALANO EXERCCIOS DESCRIOActivo Activo no Corrente Imobiliza es Corpreas Imobiliza es Incorpreas Investimento em Subsidiria e Associada Outros activos financeiros Outros activos no correntes Activos Corrente Existncias Contas a receber Disponibilidades Outros Activos Correntes Total do Activo............................... Capital Prprio Capital Reservas Resultados Transitados Resultados do Exerccio Passivo no Corrente Emprstimo de M L/.Prazo Imposto diferido Provis es para pens es Provis es para outros riscos e encargos Outros passivos no correntes Passivo Corrente Contas a pagar Emprstimos de curto prazo Parte cor. Dos empr. Mdio e longo prazo Outros passivos Correntes Total do Capital Prprio e Passivo

NOTAS

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BIBLIOGRAFIA BORGES, Antnio et ali. Elementos de Contabilidade Geral, 23 Edio, Lisboa, reas Editora, 2006. GONALVES, Fernando e MANUEL, Neves, Prticas Contabilsticas, 1 Edio, Luanda, Textos Editores, 2009. VIGRIO, lvaro, Consultoria Contabilstica Aspectos Contabilsticos e Fiscais das Imobiliza es, 1 Edio, Luanda, Textos Editores, 2007. GONALVES, Fernando, Fiscalidade para Contabilistas, 1 Edio, Luanda, Textos Editores, 2009. TAMO, Kiamvu, Introduo Gesto das Organiza es Conceitos e Estudos de Casos, 2 Edio, Luanda, Capat Publica es, 2006.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 76

EXERCCIOS PROPOSTOS

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1. Compra, a crdito do Fornecedor, de uma mquina industrial, pelo valor de 100.000,00 kz. A mquina foi vendida a crdito, passados alguns meses por 90.000,00 kz. 2. Emisso de cheque sobre o banco BFA, no valor de 3000.000,00 kz, para aquisio de uma viatura ligeira de passageiros para a gerncia. A viatura foi furtada passado algum tempo. 3. Pagamento, em numerrio, das despesas com escritura, publicao no dirio da repblica e registo comercial, no valor de 40.000,00. 4. Foi constitudo um depsito a prazo de 1000.000,00 kz, pelo perodo de 2 anos, a taxa de juro de 5% a.a.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 78

5. Nosso adiantamento de 20.000,00 kz NCR para aquisio de um programa de contabilidade, no valor de 100.000,00 kz. 6. Factura n 120 do Fornecedor M, relativo ao fornecimento de mercadorias, no valor de 100.000,00 kz. 7. Devoluo ao Fornecedor M, de 1000,00 kz de mercadorias por defeito de fabrico, conforme a n/nota de dbito n 121.8. Nota de crdito do Fornecedor M, referente a um desconto de natureza comercial, no valor de 9000,00 kz.

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9. N/factura n 112 ao cliente A, no valor de 1000.000,00 kz. 10. N/nota de crdito referente a um desconto comercial de 2%, concedido ao cliente A. 11. Nota de dbito do cliente A referente a devoluo de mercadorias, no valor de 30.000,00. 12. O cliente A pagou a totalidade da sua dvida. 13. Contabiliza e paga o imposto de selo devido ao Estado. 14. Venda de mercadorias, a 30 dias, ao cliente D, no valor de 1000.000,00 kz. 15. Passado um ano sobre o vencimento, o cliente continua sem pagar a dvida. 16. O tribunal declarou falncia do cliente D.

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17. Factura n 123 do Fornecedor F referente a aquisio de mercadorias no valor de 2000.000,00 kz. 18. Pagamento de 50% do valor da factura n 123. 19. A empresa arrendou uma loja e pagou 700.000,00 kz por 6 meses, referente ao perodo de 01/10/2011 a 31/03/2012. 20. Uma empresa contratou os servios do Centro S. Domingos para ministrar formao em fiscalidade para os seus quadros. O valor do contrato 1000.000,00 kz. 21. A empresa contratou a Soares da Costa, SA, para a construo de um escritrio em Talatona, no valor de 100.000.000,00 kz. 22. Contabiliza e paga os seguintes salrios: 50.000,00 kz; 70.000,00 kz; 90.000,00 kz; 120.000,00 kz; 150.000,00 kz, respectivamente.MDIA PEDRO Centro de Formao So Domingos 81

23. Foi constitudo um deposito a prazo de 1000.000,00 kz, pelo periodo de 6 meses , taxa anual de 6% a.a. 24. A construo de um armazm custou 2000.000,00 kz em tijolos, 1000.000,00 kz em cimento e 3000.000,00 kz em mo-de-obra, com financiamento bancrio. 25. A construo do armazm j foi concluda e j est em funcionamento. 26. Em 1 de Janeiro foi adiantado Toyota um cheque no valor de 1000.000,00 kz, dado como sinal para aquisio de uma viatura ligeira de passageiros, no valor de 3000.000,00 kz. Em Fevereiro foi entregue a viatura. Em Maro foi pago o restante valor da dvida. 27. Compra de um edifcio em Talatona para a instalao de novos servios, no valor de 500.000,00 kz. 28. Contabilize o desgaste o edifcio adquirido em Talatona. 29. A empresa encontrou no armazm, mercadorias que tinham sido dadas como perdidas no exerccio anterior no valor de 80.000,00 kz. 30. A empresa vendeu a crdito uma secretria por 90.000,00 kz que tinha sido adquirido h 5 anos por 120.000,00 kz. O perodo de vida til era de 10 anos.

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