Metodologia da pesquisa dialetológica

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Este texto foi apresentado na II Jornada de Lingüística e Filologia da Língua Portuguesa acontecida na Universidade Federal do Acre, em 05/11/2007, como Mini-Curso. Consta nos Anais do Evento.

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METODOLOGIA DA PESQUISA DIALETOLGICA Alexandre Melo de Sousa (UFAC) Lindinalva Messias do Nascimento Chaves (UFAC) CONSIDERAES INICIAIS No que diz respeito ao Brasil, tem-se verificado, nas ltimas dcadas, grande interesse por pesquisas pondo em tela fatos dialetais. Esses estudos, num sentido amplo, procuram observar as relaes entre espao geogrfico e fatos lingsticos e da compreender o fenmeno da variao lingstica, em especial, diatpica, a partir do estudo desse fenmeno lingstico in loco. Assim, fica claro que o desenvolvimento de investigaes dessa natureza que buscam depreender a diversidade lingstica no Brasil, adquire especial importncia considerando-se a grande extenso territorial e a riqueza sciocultural que tem o pas, que favorece o reconhecimento de fronteiras sciolingstico-culturais. E ainda, como assevera Brando (1991, p. 16-17): O Brasil, em decorrncia do processo de povoamento e colonizao a que foi submetido, bem como das condies em que se deu sua independncia poltica e seu posterior desenvolvimento, apresenta grandes contrastes regionais e sociais, estes ltimos perceptveis mesmo em grandes centros urbanos, em cuja periferia se concentram comunidades mantidas margem do progresso. So os fatores supra que vo determinar as especificidades lingsticas do pas, da regio ou da localidade; e justamente essa heterogeneidade verificada na lngua, na modalidade oral, que vai interessar ao dialetlogo: a complexidade do sistema lingstico e as variaes nele contidas, determinadas por diferenas espaciais (geogrficas). Diante do exposto, a realizao do presente trabalho tem como objetivo apresentar e descrever os procedimentos metodolgicos utilizados nas recentes que pesquisas dialetolgicas, com vistas a disciplinar e obter melhores resultados em investigaes empreendidas na referida rea lingstica. Tomaremos por base o Projeto Atlas Lingstico do Brasil, j que este constitui a mais recente investigao, ainda em andamento, em mbito nacional, e adota fundamentos da Geolingstica contempornea, associando a variao espacial ou diatpica aos aspectos de natureza social. Para atingir esse intento, apresentaremos, panoramicamente, uma retrospectiva acerca dos estudos dialetais desenvolvidos no Brasil, com vistas traar a evoluo por que passaram e verificar as contribuies deixadas pelos pioneiros. 1 OS ESTUDOS DIALETOLGICOS NO BRASIL: ANTECEDENTES No Brasil, segundo Ferreira e Cardoso (1994, p. 37-51), a histria dos estudos dialetais no Brasil pode ser dividida em trs grandes fases: a primeira, compreende o perodo de 1826 a 1920, em que foram desenvolvidos vrios trabalhos relacionados, principalmente, ao lxico do portugus do Brasil. Esses estudos originaram numerosos dicionrios, vocabulrios e lxicos regionais. A segunda fase, por sua vez, tem incio com a publicao da obra de Amadeu Amaral (1920): O dialeto caipira. A respeito da importncia dessa obra como marco inicial dos estudos dialetais, propriamente ditos, Ferreira e Cardoso (1994, p. 41) afirmam: A porta se abriu para os estudos dialetais com O dialeto caipira. Nele encontramse as linhas gerais para o estudo monogrfico de uma regio. O tratamento dos nveis fontico, lexical, morfolgico e sinttico a que se junta um vocabulrio tpico da rea fazem da obra um marco e um modelo na descrio dos falares regionais do Brasil.

Neste perodo, os trabalhos realizados caracterizavam-se, essencialmente, pelas abordagens gramaticais, embora muitas pesquisas continuassem dando destaque ao lxico. Outras obras que se destacaram nesta fase foram: O linguajar carioca, de Antenor Nascentes (1922), O vocabulrio pernambucano, de Pereira da Costa (1937), A lngua do Brasil, de Gladstone Chaves de Melo (1934), dentre outras. Na terceira fase, segundo Ferreira e Cardoso (1994, p. 44), surgem os primeiros trabalhos com base em corpus constitudo de forma sistemtica. Caracterizam essa fase, tambm, o interesse pela execuo de estudos de geografia lingstica no Brasil, inclusive a elaborao do Atlas lingstico do Brasil. Ferreira e Cardoso (1994, p. 44), na seguinte passagem, pem em relevo os pesquisadores que se destacaram neta fase: [...] a geografia lingstica no Brasil no teria encontrado desenvolvimento sem o trabalho relevante e pioneiro dos que com ela se sentiam comprometidos. E dentre esses, quatro nomes merecem destaque especial pelo trabalho realizado e pela contribuio definitiva na implantao dos estudos de geografia lingstica: Antenor Nascentes, Serafim da Silva Neto, Celso Cunha e Nelson Rossi. Serafim da Silva Neto, por exemplo, preocupado com a necessidade de os pesquisadores brasileiros criarem, para a realizao de pesquisa de campo, mentalidade dialectolgica, publica o Guia para estudos dialectolgicos obra tida como referncia, ainda hoje, nas pesquisas dialetais. Contudo, nesta terceira fase, o grande mrito atribudo a Nelson Rossi autor do primeiro Atlas lingstico brasileiro, Atlas Prvio dos Falares baianos APFB (1963). Nas palavras de Isquerdo (2005, p. 337): O pioneirismo dos trabalhos liderados por Rossi, somado continuidade das pesquisas levadas a efeito por seus discpulos, resultou, no mbito do Brasil, ao que se pode chamar de escola dialectolgica da Bahia, cujos frutos em muito contriburam para a construo da histria dos estudos dialectolgicos e geolingsticos no Brasil. Ferreira (1998, p. 15-16), por seu turno, diz: Toda obra pioneira contm em si o mrito do seu pioneirismo mas carrega consigo muitas limitaes. Se olharmos para trs, para o agora e ainda projetarmos o futuro, vemos quanta distncia existe entre o feito, o que se faz e o que venha a fazer, e no nosso caso, a distncia marcada no apenas pelo desenvolvimento da prpria cincia da linguagem com seus diversos interesses e apuradas metodologias como tambm pelas novas tcnicas existentes para o aproveitamento e anlise dos dados. A partir da publicao do APFB, outros Atlas lingsticos foram produzidos, outros esto esperando publicao e alguns esto em desenvolvimento. No entanto, ainda h regies brasileiras que no se propuseram a dar incio elaborao de seus Atlas lingsticos. Arago (2001) explica que ainda so muitas as dificuldades de se empreender pesquisas no mbito dialetal no Brasil, por exemplo: a falta de pessoal qualificado para atuar nas pesquisas, o desinteresse das instituies e, conseqentemente, a escassez de recursos financeiros. Arago (2005a, p. 287), a respeito das pesquisas e dos Atlas lingsticos regionais brasileiros, informa: O resultado dessas pesquisas a publicao, at o momento, de oito Atlas Lingsticos regionais: o Atlas Prvio dos Falares Baianos (1963), o Esboo de um Atlas Lingstico de Minas Gerais (1977), o Atlas Lingstico da Paraba (1984), o Atlas Lingstico de Sergipe I (1987) e o Atlas Lingstico do Paran (1994), o Atlas Lingstico de Sergipe II (2002), o Atlas Lingstico Etnogrfico da Regio Sul (2002) e o Atlas Lingstico Sonoro do Par (2004).

Outros tantos Atlas encontram-se em fase avanada ou em incio de elaborao, como o Atlas Lingstico do Cear , o Atlas Lingstico Etnogrfico da Regio Sul, o Atlas Etnolingstico dos Pescadores do Estado do Rio de Janeiro, o Atlas Lingstico de So Paulo, o Atlas Lingstico do Acre, o Atlas Lingstico do Mato Grosso do Sul, o Atlas Lingstico do Mato Grosso, o Atlas Geo-Sociolingstico do Par, o Atlas Lingstico do Maranho e o Atlas Lingstico do Rio Grande do Norte. Aos Atlas lingsticos concludos, listados por Arago (2005a), acrescentese o Atlas Lingstico do Amazonas, concludo em 2004, como Tese de Doutorado. Complementando as trs fases apresentadas por Ferreira e Cardoso (1994) para a histria dos estudos dialetais brasileiros, Isquerdo (2004, p. 391) prope o acrscimo da quarta fase, que tem incio com o surgimento do Projeto Atlas Lingstico do Brasil (Projeto ALiB), na ltima dcada do sculo XX. [...] esse projeto representa um divisor de guas na pesquisa geolingstica e dialectolgica no Brasil, uma vez que a concretizao de um projeto nacional que se prope a descrever a variante brasileira da Lngua Portuguesa e mape-la em um Atlas nacional e que, pela sua abrangnciua e pela dimenso espacial dos que o dirigem, agrega pesquisadores fixados nas diferentes regies brasileira veio trazer novo e significativo impulso para pesquisas na rea. O Comit Nacional para a elaborao e a operacionalizao do Projeto Atlas Lingstico do Brasil (doravante ALiB) criado no final de 1996, atualmente constitudo por sete professores representantes das seguintes universidades: Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal do Cear, Universidade Estadual de Londrina, Universidade Federal de Juiz de Fora, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e Universidade Federal do Par. As pesquisas para o ALiB, segundo Arago (2005b), apresentam as seguintes orientaes: a) Perfil dos informantes (faixa etria e sexo): 18 a 30 anos e 45 a 60 anos, homens e mulheres. b) Nvel de instruo: no mximo a 4 srie (Ensino Fundamental), e superior, nas Capitais. c) Localidades e nmero de pontos: Regio Norte: 23 pontos; Regio Nordeste: 71 pontos; Regio Sudeste: 79 pontos; Regio Sul: 41 pontos; Regio Centro-Oeste: 21 pontos. d) Tipos de questionrio e quantidade de questes: Semntico Lexical, com 15 reas semnticas e 207 questes; Morfossinttico, com 121 questes; Fontico-fonolgico, com 159 questes; Pragmtico, com 05 questes; Prosdico, com 04 questes; Temas para discursos semi-dirigidos, 04 temas. 2 PESQUISAS DIALETOLGICAS: DESCRIO DOS ASPECTOS METODOLGICOS So inegveis as contribuies que os pioneiros (Serafim da Silva Neto, Antenor Nascentes, Cndido Juc Filho, Slvio Elia, Celso Cunha, Nelson Rossi entre outros) deixaram para o desenvolvimento dos estudos dialetais, no entanto as transformaes tecnolgicas, scio-culturais, cientficas etc., alm dos avanos alcanados pelas prpria cincia lingstica impuseram (ou favoreceram) que fossem estabelecidas diretrizes gerais para orientar (coordenar) o desenvolvimento de pesquisas dialetolgicas, especialmente no que compete produo de Atlas lingsticos. No entanto, vale ressaltar com Aguilera (2006, p. 222), que os Atlas publicados no apresentam uma uniformizao metodolgica, em seus aspectos especficos, com exceo dos Atlas da Bahia, de Sergipe e de Sergipe II, que compartilharam os mesmos procedimentos. De um modo geral, as pesquisas dialetais seguem determinados passos

metodolgicos uniformes, com vistas a disciplinar a investigao, de forma que se obtenham, ao final, melhores resultados. Ferreira e Cardoso (1994, p. 23-36) apresentam e descrevem 4 (quatro) etapas principais que devem observadas na pesquisa dialetal: 1) preparao da pesquisa; 2) execuo dos inquritos; 3) exegese e anlise dos materiais recolhidos; e, 4) divulgao dos resultados obtidos. 2.1 Preparao da pesquisa O passo inicial para a preparao da pesquisa dialetal a definio da rea (campo lingstico) que ser investigada. A partir da, procede-se escolha da(s) localidade(s), de informante(s) e de mtodo de pesquisa. Paralelamente a essas aes, imprescindvel o desenvolvimento de estudos (de carter histrico, geogrfico, social e, claro, lingstico) que embasaro a pesquisa. 2.2 Execuo dos inquritos Esta etapa corresponde ao trabalho de campo, propriamente dito. Para a execuo das entrevistas com os informantes e, conseqentemente, coleta de dados, alguns pontos devero ser observados pelo inquiridor: a) o acesso s localidades de atuao destacado; b) a forma como se dar o contato com o informante; c) o manuseio e a identificao do material coletado (os inquritos), em especial, a ateno para a escolha do local apropriado para o arquivamento das fitas/CDs em que esto registradas as entrevistas; d) o preenchimento correto e legvel das fichas de identificao dos informantes. 2.3 Exegese e anlise dos materiais recolhidos Nesta etapa sero realizadas as anlises do material coletado. Algumas observaes so importantes para essa fase: o registro contextual das respostas apresentadas pelos informantes (para evitar malentendidos quanto s informaes obtidas); o cuidado no momento da transcrio grafemtica (no caso de relatos mais extensos) e fontica (nos inquritos desenvolvidos na base pergunta-resposta); a omisso de referncias nominais dos informantes, que pode ser substitudas por cdigos de identificao. 2.4 Divulgao dos resultados Diferentemente de como acontece com a maioria das pesquisas desenvolvidas e concludas (publicadas) por outras reas de conhecimento, a divulgao, por exemplo, de um Atlas lingstico, fruto de investigaes dialetais, no constitui a finalizao ou a concluso da investigao. Ao contrrio, a partir desse ponto, so oferecidas inmeras possibilidades de investigao. As concluses apresentadas e os dados constantes no trabalho tornam-se instrumentos para posteriores anlises, descries e outras futuras publicaes. 3 A METODOLOGIA APLICADA NO ATLAS LINGSTICO DO BRASIL (ALiB) Acompanhando as tendncias contemporneas, o ALiB pretende: a) fornecer dados interpretativos sobre alguns aspectos cartografados nas cartas lingsticas, e b) acrescentar a esses dados informaes de natureza acstica que permitam o acesso direto voz do prprio informante, em sincronizao com a indicao do ponto onde ele se situa, ou exibio, via Internet, de cartas e localizao de pontos de inqurito e respectivas ocorrncias registradas, como nos denominados atlas de terceira gerao. Para alcanar os referidos objetivos foram definidos os seguintes aspectos metodolgicos: a) rede de pontos: foi estabelecida uma rede de 250 localidades, distribudas por todo o territrio nacional, considerando-se a extenso de cada regio, os aspectos demogrficos, culturais, histricos e o processo de povoamento da rea.

b) informantes: filhos da localidade (e de pais tambm da rea). Consideraramse, ainda, as seguintes variveis sociais: idade (18 a 30 anos e 50 a 65 anos), sexo (os dois) e escolaridade. O nmero total atinge a casa dos 1100 informantes. c) questionrio: trs tipos de questionrio ((1) fontico-fonolgico - 159 perguntas, s quais se juntam 11 questes de prosdia; (2) semntico-lexical - 202 perguntas; e (2) morfossinttico - 49 perguntas. E, ainda, questes de pragmtica (04) - relato pessoal, comentrio, descrio e relato no pessoal -, perguntas de metalingstica (06) e um texto para leitura - a "Parbola dos sete vimes" Para a execuo do referido projeto, os trabalhos so desenvolvidos e distribudos seguindo o seguinte organograma:

ORGANOGRAMA ALiB

Fonte: Projeto Atlas Lingstico do Brasil [www.alib.ufba.br] CONSIDERAES FINAIS Frente ao exposto, possvel perceber a evoluo sofrida pelas pesquisas dialetais desde a proposta de Antenor Nascentes at a operacionalizao do ALiB. Isso tem ocorrido graas ao crescente interesse por estudos dessa natureza e, conseqentemente, as publicaes e pesquisas que tm sido desenvolvidas no mbito acadmico. Para finalizar, vale citar as palavras de Cardoso (2005, p. 130-131), que lembra: [...] a importncia dos estudos dialetais se evidencia no apenas no que diz respeito aos estudos lingsticos stricto sensu, mas tambm no que se refere a outros campos do conhecimento com os quais mantm profunda relao e explcita interface. [...] reconhecida a relevncia da contribuio que esse ramo de estudos da linguagem pode trazer reconstituio da histria, ao entendimento da organizao demogrfica, s questes de natureza antropolgica, em geral, e ao prprio ensino da lngua materna. Referncias bibliogrficas AGUILERA, Vanderci de Andrade. A geolingstica no Brasil: estgio atual. In: Revista da ABRALIN, v. 5, n. 2, 2006, p. 215-238. ARAGO, Maria do Socorro Silva de. Atlas lingstico do Brasil um resgate histrico. In: 53 REUNIO ANUAL DA SBPC PROGRAMAO DA ABRALIN, 2001, Salvador BA. Programao da ABRALIN na 53 Reunio Anual da SBPC. Fortaleza CE: Imprensa Universitria da UFC, 2001. __________. Atlas lingstico do Rio Grande do Norte: um projeto em desenvolvimento. In: AGUILERA, Vanderci de Andrade (org.) A geolingstica no Brasil trilhas seguidas, caminhos a percorrer.Londrina: Uduel, 2005, p. 285-297. __________. Os estudos geolingsticos no Brasil: dos Atlas regionais ao ALiB. In: 57 REUNIO ANUAL DA SBPC PROGRAMAO DA ABRALIN, 2005, Fortaleza - CE. Anais do Simpsio Olhando a lngua pelas trilhas da geolingstica. Fortaleza CE: Imprensa Universitria da UFC, 2005. BRANDO, Silvia Figueiredo. A geografia lingstica no Brasil. So Paulo: tica,

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