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    METODOLOGIA DE PESQUISA

    Senso Comum e Conhecimento Científico

    Vimos que o mito e a filosofia foram formas que o homem encontrou paraenfocar, compreender e conhecer sua realidade. Isso ocorria à medida que eleprocurava suprir suas necessidades, pois não há conhecimento que se realize fora darelação do homem com o mundo.

    Sendo assim, qualquer tipo de conhecimento que o homem possui não éneutro ou desinteressado, mas construído so uma perspectiva social, política ecultural e, portanto, hist!rica, ou se"a, à medida que o homem se relaciona com osoutros homens, ele adquire e constr!i entendimentos sore a realidade que o cerca.#este processo de construção, o conhecimento que é produto de uma prática que sefaz social e historicamente situada pode ser espont$neo ou de senso comum,cientifico e tamém filos!fico.

    Senso Comum

    #o seu dia%a%dia, o homem adquire espontaneamente um modo deentender e atuar sore a realidade. &l'umas pessoas, por e(emplo, não passam por ai(o de escadas, porque acreditam que dá azar) se querarem um espelho, seteanos de azar. &l'umas confeiteiras saem que o forno não pode ser aerto enquanto oolo está assando, senão ele *ematuma+, saem tamém que a determinados pratos,feitos em anho%maria, devem acrescentar uma 'otas de vina're ou de limão, paraque a vasilha de alumínio não fique escura. omo aprenderam essas informaç-es/las foram sendo passadas de 'eração a 'eração. /las não s! foram assimiladas,mas tamém transformadas, contriuindo assim para a compreensão da realidade.

     &ssim, se o conhecimento é produto de uma pratica que se faz social e

    historicamente, todas as e(plicaç-es para a vida, para as re'ras de comportamentosocial, para o traalho, para os fen0menos da natureza, etc. passam a fazer parte dase(plicaç-es para tudo o que oservamos e e(perimentamos. 1odos estes elementossão assimilados ou transformados de forma espont$nea. 2or isso, raramente háquestionamentos sore outras possiilidades de e(plicaç-es para a realidade. &costumamo%nos a uma determinada compreensão de mundo e não maisquestionamos3 tornamo%nos *conformistas de al'um conformismo+.

    São in4meros os e(emplos presentes na vida social, construídos pelo *ouvidizer+, que formam uma visão de mundo fra'mentada e assistemática. 5esmo assim,é uma forma usada pelo homem para tentar resolver seus prolemas da vidacotidiana. Isso tudo é denominado de senso comum ou conhecimento espont$neo.2ortanto, podemos dizer que o senso comum é o conhecimento acumulado peloshomens, de forma empírica, porque se aseia apenas na e(peri6ncia cotidiana, semse preocupar com o ri'or que a e(peri6ncia cientifica e(i'e e sem questionar osprolemas colocados "ustamente pelo cotidiano. 2ortanto, é tamém um saer in'6nuo, uma vez que não possui uma postura crítica.

    */m 'eral, as pessoas perceem que e(iste uma diferença entre oconhecimento do homem do povo, às vezes até cheio de e(peri6ncias, mas que nãoestudou, e o conhecimento daquele que estudou determinado assunto. / a diferença éque o conhecimento do homem do povo foi adquirido espontaneamente, sem muitapreocupação com método, com critica ou com sistematização. &o passo que oconhecimento daquele que estudou al'o foi otido com esforço, usando um método,uma critica mais pensada e uma or'anização mais elaorada dos conhecimentos+.

    7ara, 1ia'o &dão. aminhos da razão no ocidente3 a filosofia ocidental, dorenascimento aos nossos dias. 8 ed. 2etr!polis3 Vozes, 9::;.

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    2orém, é importante destacar que o senso comum é uma forma válida deconhecimento, pois o homem precisa dele para encaminhar, resolver ou superar suasnecessidades do dia%a%dia.

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    teorias que revelem a verdade sore a realidade, uma vez que a ci6ncia produz oconhecimento a partir da razão.

    *&ssim, são tarefas ásicas para se construir ci6ncia3definir os termos com precisão, para não dei(ar mar'em à ami'Cidade3 cada conceitodeve ter um conte4do especifico e delimitado) não pode variar durante a analiseA...B)descrever e e(plicar com transpar6ncia, não incorrendo em complicaç-es, ou se"a, emlin'ua'em hermética, dura, ininteli'ívelA...B) distin'uir com ri'or facetas diversas, nãoemaranhar termos, clarear suposiç-es possíveis, fu'ir à mistura de planos darealidade, não cair em confusãoA...B) procurar classificaç-es nítidas, em sistemáticasde tal sorte que o o"eto apareça recortado sem perder muito de sua riqueza)impor certa ordem no tratamento do tema, de tal modo que se"a claro o começo ou oponto de partidaA...B+

    Demo, Pedro. Introdu!o " metodo#o$i% d% ci&nci%. S!o P%u#o' At#%s, ())*. +. *.Desta forma, o cientista, para realizar uma pesquisa e torná%la cientifica,

    deve se'uir determinados passos. /m primeiro lu'ar, o pesquisador deve estar 

    motivado a resolver uma determinada situação%prolema que, normalmente, é se'uidapor al'umas hip!teses. Esando sua criatividade, o pesquisador deve oservar osfatos, coletar os dados e então testar suas hip!teses que poderão se transformar emleis e posteriormente em teorias que possam e(plicar e prever fen0menos.

    2orem é fundamental re'istrar que a ci6ncia não é somente acumulaçãode verdades prontas e acaadas. #esse caso, estaríamos refletindo sorecientificismo e não ci6ncia, mas t6%la como um campo sempre aerto às novasconcepç-es e contestaç-es sem perder de vista os dados, o ri'or e a coer6ncia eaceitando, inclusive, no dizer de Farl 2opper, que *o que prova que uma teoria écientifica é o fato de ela ser falível e aceitar ser refutada+.

     & ci6ncia é, e continua a ser, uma aventura. & verdade da ci6ncia não estáunicamente na capitalização das verdades adquiridas, na verificação das teorias

    conhecidas, mas no caráter aerto da aventura que permite, melhor dizendo, que ho"ee(i'e a contestação das suas pr!prias estruturas de pensamento. GronovsHi dizia queo conceito da ci6ncia não é nem asoluto nem eterno. 1alvez este"amos num momentocritico em que o pr!prio conceito de ci6ncia se este"a modificando.

    Morin, Ed$%r. Ci&nci% com Consci&nci%. -io de %neio' /ertrh%nd /r%si#, ())0.+.(0

    Ati1id%des 

    9. /(plique a diferença entre senso comum e conhecimento científico.

    . Jual a import$ncia do senso comum e do conhecimento científico para a vidado homem

    ;. 2er'unte a pelo menos, dois profissionais que traalham com produçãocientifica qual o seu conceito de ci6ncia. /(plique o si'nificado de cadaconceito a partir das refle(-es realizadas em sala de aula.

    Conhecimento %< tema KconhecimentoK inclui, mas não está limitado, as descriç-es,hip!teses, conceitos, teorias, princípios e procedimentos que são ou 4teis ouverdadeiros. < estudo do conhecimento é a epistemolo'ia. Lo"e e(istem váriosconceitos para esta palavra e é saido por todos que conhecimento é aquilo que se

    conhece de al'o ou al'uém. Isso em um conceito menos específico.2odemos conceituar conhecimento da se'uinte maneira3 conhecimento é aquilo que

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Epistemologiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Epistemologia

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    se admite a partir da captação sensitiva sendo assim acumulável a mente humana.

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    positivas devem essencialmente reduzir%se, em todos os '6neros, à apreciaçãosistemática daquilo que é, renunciando a descorir sua primeira ori'em e seu destinofinal+.A...B ADiscurso sore o espírito positivo, 9Q. 2arte. IIIB

    < onhecimento cientifico positivo, que estaelece as leis que re'em osfen0menos de forma refletir o modo como tais leis operam na natureza, tem paraomte ainda, duas características3 é um conhecimento sempre certo, não seadmitindo con"eturas, e é um conhecimento que sempre tem al'um 'rau deprecisãoA...B. &ssim, omte reforça a noção de que o conhecimento cientifico é umconhecimento que não admite duvidas e indeterminaç-es e desvincula%se de todoconhecimento especulativo.

    *Se, conforme a e(plicação precedente, as diversas ci6ncias devemnecessariamente apresentar uma precisão muito desi'ual, não resulta daí, de modoal'um, sua certeza. ada uma pode oferece resultados tão certos como qualquer outra, desde que saia encerrar suas conclus-es no 'rau de precisão que osfen0menos correspondentes comportam, condição nem sempre fácil de cumprir. #umaci6ncia qualquer, tudo o que é simplesmente con"ectural é apenas mais ou menosprovável, não está aí seu domínio essencial3 tudo o que é positivo, isto é, fundado em

    fatos em constatados, é certo R não há distinção a esse respeito. Aurso de >ilosofia2ositiva Q. 7ição @IB

    Lei% %tent%mente o te:to e res+ond% & partir das discuss-es realizadas em sala e dos elementos apresentados

    no te(to, e(plique a se'uinte afirmação3 < conhecimento científico é sempre certo enão admite duvidas.

    Voc6 concorda a com a afirmação acima /(plique o seu posicionamento.

    Te:to ; . Ci&nci% e 7id%< termo ci6ncia vem do latim, scientia de sciens, conhecimento, saedoria.

    N um corpo de doutrina or'anizado metodicamente, que constitui uma área do saer eé relativo a determinado o"eto.< que caracteriza cada ci6ncia é seu o"eto formal, ou se"a, a coisa

    oservada, porem o desdoramento dos o"etos do saer cientifico caminhoupro'ressivamente para a especialização das ci6ncias Aato que marcou soremaneira oséculo @I@ com o advento da técnica e da industrializaçãoB. Isto culminaria na perdada visão totalitária do ser e na sua conseqCente fra'mentação.

    2ara 5orinA9: pp. 8%;;B, o saer cientifico necessita de o"etividade,na usca da verdade, e tamém deve possuir método pr!prio, responsável pelocumprimento de um plano para oservação e a verificação de qualquer matéria./ntretanto esse caráter o"etivo da ci6ncia, que corresponde aos dados variáveiscoletados, traz consi'o uma 'ama irrestrita de pensamentos, teorias e paradi'mas que

    nos remete para a refle(ão ioantropol!'ica do conhecimento, em como para arefle(ão das teorias nos aspectos culturais, sociais e hist!ricos. #ão se pode perder devista que o cientista investi'a as ci6ncias é um ser humano falível e é preciso que asci6ncias se questionem acerca de suas estruturas ideol!'icas.#esse conte(to, a questão *o que é ci6ncia+ ainda não conta com uma respostacientifica, considerando que todas as ci6ncias, incluindo as físicas e iol!'icas, sãotamém sociais. 2ortanto, t6m ori'em, enraizamento e componente iofísico, o queseu campo de estudo procura rene'ar, na tentativa de e(pressar, por meio de suaespecialização, a estrutura do pensamento linear do conhecimento cientifico, ou se"a,a ci6ncia, com suas teorias e metodolo'ias *salvadoras+, não disp-e de hailidade erefletir%se para o conhecimento.

    Dessa forma, não é cientifico tentar definir as fronteiras da ci6ncia. #ão écientifico porque não é se'uro e qualquer pretensão em faz6%lo tornar%se%iairresponsável.

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    2etra'lia, Isael ristina) /d'ar 5orin3 a educação e a comple(idade do ser e dosaer. 2etr!polis3 Vozes 9::8, p. T%TT.

    Lei% Atent%mente o te:to e res+ond%onsiderando as refle(-es sore a primeira leitura complementar e os

    elementos contidos em i6ncia e Vida, e(plique por que a questão *o que é ci6ncia+ainda não conta com uma resposta cientifica