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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE PÓS-GRADUÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS E AMBIENTAIS PPG-CIFA CLEITON DOS SANTOS GAMA PLANO DE DISSERTAÇÃO PARA O PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS E AMBIENTAIS-PPGCIFA MANAUS, AM OUTUBRO DE 2017 CLEITON DOS SANTOS GAMA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE PÓS-GRADUÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS E AMBIENTAIS PPG-CIFA

CLEITON DOS SANTOS GAMA

PLANO DE DISSERTAÇÃO PARA O PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM

CIÊNCIAS FLORESTAIS E AMBIENTAIS-PPGCIFA

MANAUS, AM

OUTUBRO DE 2017

CLEITON DOS SANTOS GAMA

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ORDENAMENTO TERRITORIAL E MONITORAMENTO AMBIENTAL:

ESTUDO DE CASO NO DISTRITO AGROPECUÁRIO DA SUFRAMA, MANAUS-AM

Texto apresentado ao Programa de Pós-

Graduação Mestrado em Ciências Florestais e

Ambientais – PPG-CIFA da Universidade

Federal do Amazonas para exame de

qualificação.

Linha de Pesquisa: Manejo e Tecnologia de

Recursos Florestais

Orientador: Dr. Niro Higuchi

MANAUS

OUTUBRO/2017

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LISTA DE SIGLAS

CAR – Cadastro Ambiental Rural

CGPAG – Coordenação de Análise e Acompanhamento do Projeto Agropecuário

DAS – Distrito Agropecuário da Suframa

DETER – Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real

GIS – Geografic information system

GPS - Global Positioning System

INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

MDA – Modelo Digital do Ambiente

MMA – Ministério do Meio Ambiente

OLI - Operation Land Imager

PRODES – Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia

SiCAR – Sistema de Cadastro Ambiental Rural

SIG - Sistema de Informação Geográfica

SUFRAMA – Superintendência da Zona Franca de Manaus

TIRS - ThermalInfrared Sensor

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SUMÁRIO

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INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 5

1. JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................ 7

2- OBJETIVOS DA PESQUISA ................................................................................................... 10

2.1 – OBJETIVO GERAL ............................................................................................................. 10

2.1.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................ 10

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................................ 10

3.1 DISTRITO AGROPECUÁRIO DA SUFRAMA ................................................................... 11

3.2 SENSORIAMENTO REMOTO ............................................................................................. 12

3.3 SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA – SIG ......................................................... 13

3.4 ORDENAMENTO TERRITORIAL ....................................................................................... 14

3.5 USO DA TERRA .................................................................................................................... 15

3.6 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL ............................................................................................... 16

4. METODOLOGIA ...................................................................................................................... 17

4.1 Área de Estudo ........................................................................................................................ 17

4.2 Método de Pesquisa ................................................................................................................. 19

4.3 Procedimentos Metodológicos ................................................................................................ 20

ETAPA 1: DINÂMICA ESPACIAL E TEMPORAL DO USO E COBERTURA DA TERRA NO

DAS ............................................................................................................................................... 21

Aquisição de Imagens de Satélite: ................................................................................................. 21

Processamento Digital de Imagens ................................................................................................ 21

Composição Colorida .................................................................................................................... 21

Correção Geométrica ..................................................................................................................... 22

Registro das Imagens: .................................................................................................................... 23

Fusão de Bandas ............................................................................................................................ 24

Classificação de imagens Digitais: ................................................................................................ 24

Validação da Classificação: ........................................................................................................... 25

ETAPA 2: DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL NO DAS ..................................................... 25

Instrumento de Pesquisa: ............................................................................................................... 26

Entrevistas semiestruturadas com aplicação de formulários ......................................................... 26

Elaboração de Croquis das propriedades ....................................................................................... 27

ETAPA: 3 USO E COBERTURA FLORESTAL ATUAL COM BASE EM IMAGEM

RAPIDYE ...................................................................................................................................... 27

Análise Fundiária da área com base no Cadastro Ambiental Rural - CAR ................................... 27

Análise fundiária da área, com base no Instituído nacional de colonização e Reforma Agrária

(INCRA) ........................................................................................................................................ 28

Banco de dados topográficos do Distrito Agropecuário. ............................................................... 28

Cobertura florestal e áreas consolidadas com auxílio de imagem de 2017 (RapidEye)................ 28

5. RESULTADOS ESPERADOS ................................................................................................. 31

Cronograma ................................................................................................................................... 32

REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 32

APÊNDICE: .................................................................................................................................. 37

ANEXOS: ...................................................................................................................................... 38

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INTRODUÇÃO

A Amazônia, maior bioma de floresta úmida do mundo, contém cerca de 50% da

biodiversidade conhecida e o maior manancial de água doce, que representa 1/5 das reservas

mundiais. Contudo, o uso sustentável deste bioma está ameaçado por vários fatores, dentre os

quais o principal é o desmatamento, que além de afetar a quantidade dos recursos naturais

disponíveis para gerações futuras, também prejudica a prestação de uma ampla gama de serviços

ambientais, como a manutenção do ciclo hidrológico, dos climas regionais e a estocagem de

carbono global (DAVIDSON, 2012).

A floresta amazônica é uma região extremamente complexa, principalmente, quando a

observamos sob o ponto de vista social, cultural, ecológico e econômico (GUTBERLET, 2002).

Apesar de sua grande diversidade espacial em termos de propriedades físicas do solo, clima e

espécies vegetais, em muitos modelos é representada de forma homogênea e a exploração de suas

riquezas naturais, baseia-se no lucro imediato para seus exploradores, gerando um quadro

preocupante de passivos ambientais e o agravamento socioeconômico de sua população onde

[...] o maior desafio a ser superado, em uma Amazônia onde mais de 80% da região

ainda está coberta por florestas, será o de identificar e evitar aquele desmatamento que,

além de desperdiçar as riquezas florestais da região, não traz benefício algum para a

sociedade brasileira (ALENCAR et al., 2004, p.11).

O estado do Amazonas possui forte vocação geoturística devido a sua rica biodiversidade

que abriga uma série de locais considerados de interesse ecológico e geocientífico e de maneira

geral, ele pode ser dividido em: espeleológico, geológico, geomineiro, sítios geológicos e

geoparques, além de inúmeras áreas de grande beleza cênica. Os terrenos do estado do Amazonas

assentados nos baixos platôs (centro-oriental) representam uma área de notável expansão

econômica, pois são atravessados por duas rodovias importantes (BR-319, Manaus – Boa Vista, e

AM-010, Manaus – Itacoatiara), além de servirem de substrato para consolidação do Distrito

Agropecuário da Zona Franca de Manaus (MANSINI; MARMOS, 2010).

Inserida no estado do Amazonas que possuem uma área extensa e complexa, está o

Distrito Agropecuário da SUFRAMA (DAS), localizado na zona rural do município de Manaus,

de aproximadamente, 589,3 mil hectares, abrangendo também parte dos municípios de Rio Preto

da Eva e Presidente Figueiredo que fazem parte do projeto original do modelo Zona Franca de

Manaus que foi criado pelo Decreto-Lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967. Já a área do DAS foi

doada pelo estado do Amazonas por meio da Lei 878 de 25 de setembro de 1969, apresentando

uma gama de diversidade ecológica, representando uma área importante para preservação,

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proteção dos recursos ambientais e exploração controlada sob uma perspectiva sustentável,

contribuindo para o desenvolvimento social e econômico de sua população e minimizando os

impactos ambientais decorrentes da presença humana e principalmente devido à proximidade da

cidade de Manaus que influência um fluxo migratório para a área do DAS (SOUZA; FREITAS,

2015).

O DAS desde a sua criação, aproximadamente há 49 anos, não obteve monitoramento e

controle adequados de suas terras, o que ocasionou ocupações irregulares que desmataram e

queimaram grandes áreas de florestas. Esse tipo de ocupação sem controle gerou transformações

que atualmente colocam as pessoas que ali vivem em estado de exclusão social e pobreza

econômica, e para obter renda, intensificam cada vez mais o processo de degradação ambiental.

Consequentemente, uma parte significativa da população não tem suas necessidades básicas

atendidas, pois não tem acesso a serviços essenciais como saneamento básico, rede elétrica,

transporte, educação, saúde e segurança, conforme dados obtidos na Coordenação de Análise e

Acompanhamento do Projeto Agropecuário (CGPAG).

Atualmente, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), por meio do sistema de

monitoramento do desmatamento na Amazônia Legal (PRODES) realiza o monitoramento por

satélite do desmatamento por corte raso na Amazônia Legal e produz, desde 1988, as taxas anuais

de desmatamento na região, que são usadas pelo governo brasileiro para o estabelecimento de

políticas públicas. O PRODES utiliza imagens de satélites da classe Landsat (20 a 30 metros de

resolução espacial e taxa de revisita de 16 dias), porém só é detectado e quantificado

desmatamento superior a 6 hectares.

Além do PRODES, existem outros sistemas de monitoramento ambiental realizado por

satélites na região amazônica como o DETER (Detecção de Desmatamento em Tempo Real)

sendo mais um sistema de apoio à fiscalização e controle do desmatamento da Amazônia de áreas

maiores que 25 ha e o sistema DEGRAD (Degradação Florestal na Amazônia Brasileira) que

mapeia áreas em processo de desmatamento, sendo a área mínima mapeada, também de 6,25

hectares. Portanto, os sistemas de monitoramento por satélite na região Amazônica têm uma

grande limitação devido a grande extensão da região amazônica.

Para realizar um zoneamento em escala apropriada, ou seja, com mais precisão em toda

sua extensão, demandaria um longo prazo e seria demasiadamente onerosa. Além do mais, existe

uma grande crítica em relação a dados geográficos confiáveis em escala superior a 1:100.000

(CORREA et al., 2005). Ab’Sáber (2005) já dizia que o primeiro fator crítico para um

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levantamento de informações baseado em imagens de satélites se refere à definição de escalas

apropriadas. O DAS, apresenta os mesmos problemas relacionados à gestão territorial da

Amazônia, devido, principalmente, a limitação de recursos financeiros e a sua grande extensão de

área, onde pode se verificar, que seu processo de ocupação apresenta atualmente uma face

contínua e acelerada de ocupação de suas áreas.

O resultado de ocupações irregulares levam os gestores da SUFRAMA, juntamente com

os servidores da entidade governamental, a preocupações referentes, principalmente, a

vulnerabilidade ambiental ou capacidade de suporte do meio físico-biótico em decorrência da

invasão e ocupação desordenada no DAS, ocasionando a abertura de áreas – derrubadas e

queimadas de árvores – para fixação de moradias, gerando danos ambientais e criando um quadro

de incerteza quanto à preservação e uso sustentável da área.

O estudo da vulnerabilidade ambiental permite a avaliação de sistemas ambientais. Este

tipo de informação possui grande importância para o planejamento ambiental por possibilitar a

identificação de locais que se encontram degradados devido às atividades humanas, e com isto

desenvolver programas que visem à redução destas degradações (FIGUEIRÊDO et al., 2010).

Observa-se no local da pesquisa uma capacidade do ser humano que vive ali de ter uma

criatividade de construir seu território de acordo com sua percepção e oportunidades próprias em

relação às características do local, isso reflete, atualmente, uma ocupação que potencializou os

impactos ambientais e o agravamento socioeconômico da população que ali sobrevive.

A utilização de ferramentas de sensoriamento remoto, geoprocessamento, levantamento

de dados existentes na SUFRAMA e pesquisas de campo, podem propiciar um conjunto de dados

e informações que possam servir de parâmetros, instrumentalizando a tomada de decisões pelo

poder publico que discipline o ordenamento territorial e proporcione o monitoramento ambiental

para o DAS.

1. JUSTIFICATIVA

A falta de aplicação de um planejamento territorial reflete diretamente em passivos

ambientais e é isso que observamos, atualmente, no DAS – o descontrole ocupacional da região,

de acordo com relatórios de vistorias, reflete diretamente em práticas de destruição da floresta em

decorrência de aberturas de áreas para fixação de moradia e para produção de culturas agrícolas

que, na sua grande maioria, por diversos fatores econômicos, técnicos e ambientais não

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apresentam resultados bons de produtividade o que fica demonstrado nos referidos relatórios

produzidos pela equipe técnica da SUFRAMA.

Do ponto de vista do economista (WEBER, 1997), riqueza é aquilo que os outros não têm

e a abundância cria por si mesmas necessidades novas e gera escassez. O meio ambiente tornou-

se bem escasso e essa escassez implica em geração de conflitos do uso do solo.

Dessa forma, a ausência do planejamento territorial e de um monitoramento ambiental do

DAS, certamente, ocasionará custos elevados para uma possível reversão do atual estágio de

degradação ambiental e social presente na área. É necessário um planejamento comprometido

com o meio ambiente, possibilitando o desenvolvimento sustentável de sua população. Conhecer

o território, a configuração atual da paisagem e os aspectos socioeconômicos vigentes, é o

primeiro passo para o ordenamento territorial.

Na acepção atual, o ordenamento territorial é de caráter interdisciplinar, prospectivo e se

volta à utilização ótima do espaço (FERRÃO, 2011). Ao estudar a emergência do ordenamento

territorial estratégico na Inglaterra Nadin (2007), afirma que “o procedimento do ordenamento

territorial se baseia no processo de regulamentação do uso do solo, com consequente proteção de

áreas e desenvolvimento de critérios de avaliação de risco” (p. 54-55).

A área de estudo carece de instrumentos legais mais efetivos e eficazes para disciplinar o

uso de sua terra. Sua atual Norma e Diretrizes está passando por reformulação devido à

Procuradoria Federal da SUFRAMA apontar várias irregularidades e sugere a suspensão dos

processos de compra e venda de áreas dentro do distrito desde o ano de 2014 até que as

irregularidades fossem sanadas. Uma das irregularidades mais apontadas pela Procuradoria é a

falta de publicidade em seus atos, ampla e livre concorrência para os que requerem uma área no

distrito e valor da terra atualizado para quem adquirir uma área, conforme se observa trechos de

decisões da Procuradoria Federal da SUFRAMA:

Preliminarmente, a unidade demandante deverá apresentar justificativa sobre a

ausência de previsão relativa à autorização para a alienação do imóvel, bem como

manifestação quanto ao cálculo do valor de venda, considerando a extinção da UFIR

desde 2000, sem índice substituto (COJUR/PF-SUFRAMA/PGF/AGU, 2014, p.

03).

Enquanto isso não acontece, a ocupação do espaço vem ocorrendo com a falta de um

ordenamento territorial, refletindo diretamente no aspecto social agravando os valores da

cidadania e o agravamento do aspecto econômico, pois à área não gera ganhos financeiros,

principalmente para os pequenos produtores que em muitos casos perdem grande parte do seu

lucro advindo de pequenas áreas de atividades agrícolas devido às péssimas condições dos ramais

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e a falta de eletricidade para armazenar em locais apropriados os frutos colhidos. A despeito

dessas ocupações irregulares, a Procuradoria Federal em um dos seus pareceres manifesta-se

suspendendo processos de regularização de áreas:

I- Para efeito de eventual disponibilidade de bens imóveis para implantação de

empreendimento no âmbito do Distrito Agropecuário da SUFRAMA deverá ser

previamente definido e regulamentado com bases nas disposições legais aplicáveis,

conforme previsto na Lei nº 8.666/93. Enquanto não houver essa definição, a

tramitação dos pedidos de particulares para reserva de área deverá ser suspensa ou

se sujeitar ao devido processo de licitação pública. (COJUR/PF-

SUFRAMA/PGF/AGU, 2015, p. 02).

A aplicação de um ordenamento territorial baseado em uma metodologia de análise

espacial de imagens de alta resolução, apoiada pelo geoprocessamento, possibilitará compreender

a dinâmica territorial ocorrida no DAS, baseando-se na análise das imagens multitemporais e dos

dados coletados em campo. Com isso, se constituirá em um instrumento para tomada de decisões

no ordenamento da região e da gestão da floresta, de forma a garantir que as atividades de

ocupação futuras sejam coerentes com o desenvolvimento sustentável.

Segundo Santos (2005), o processo de detecção de mudanças em imagens de satélite é

definido como o reconhecimento de alterações nos padrões característicos de determinadas

feições, em um determinado espaço de tempo. No caso do monitoramento ambiental, devem ser

consideradas a origem da alteração da paisagem, a detecção propriamente dita da mudança, a

intensidade, a direção e a extensão da transformação de uso e cobertura da terra (MACLEOD;

CONGALTON, 1998).

A metodologia de coletar, organizar, e processar dados obtidos por meio de imagens de

alta resolução gerará camadas (planos de informação) para um Sistema de Informação Geográfica

(SIG) que contenha informações essenciais e especificas das áreas necessárias para detectar

mudanças que ocorreram e que estão ocorrendo na cobertura florestal da área em questão. Uma

visão mais detalhada, fornecida pelas imagens RapidEye, contribuirá para identificação geral e

pontual de áreas necessárias para intervenção humana para mitigar os avanços descontrolados da

ocupação territorial. O controle e manutenção da cobertura florestal são determinantes para

auxiliar o processo de tomada de decisões dos gestores da área.

Foi aprovada no Senado Federal a medida provisória (MP) 759 de 22 de dezembro de

2016, e posteriormente convertida na lei nº 13.465, de 11 de julho de 2017 que dispõe sobre

[...] a regularização fundiária rural e urbana, sobre a liquidação de créditos concedidos

aos assentados da reforma agrária e sobre a regularização fundiária no âmbito da

Amazônia Legal; institui mecanismos para aprimorar a eficiência dos procedimentos de

alienação de imóveis da União (BRASIL, 2017, p. 01).

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Este momento é propicio para propor esse estudo porque a SUFRAMA, com o

sancionamento da lei, tem a possibilidade de criar outros mecanismos para aprimorar a eficiência

dos procedimentos de alienação de imóveis da União, alterando dessa forma as Normas e

Diretrizes para ocupação do DAS.

A Suframa foi abrangida com essa lei e com isso poderá propor um ordenamento

territorial de sua área, dessa forma, fundamentando-se nessa nova lei, pretende-se criar um SIG

para o ordenamento territorial e monitoramento e ambiental da ZF-1 e ZF-2, com informações

obtidas por meio de imagens de satélites, referente, principalmente ao processo de desmatamento

e com informações territoriais, por meio de vistorias realizadas pela coordenação geral de análise

e acompanhamento de projetos agropecuários da SUFRAMA e por pesquisa de campo realizado

para execução do projeto de pesquisa nas áreas ocupadas.

2- OBJETIVOS DA PESQUISA

2.1 – OBJETIVO GERAL

Avaliar as características socioeconômicas e ambientais, com uso de ferramentas de

geoprocessamento, a fim de propor um modelo de ordenamento territorial e monitoramento

ambiental no Distrito Agropecuário da SUFRAMA.

2.1.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS

✓ Analisar a dinâmica espacial e temporal do uso e cobertura da terra;

✓ Realizar um diagnóstico socioeconômico na área;

✓ Identificar áreas com potencial para proteção, produção florestal e áreas consolidadas;

✓ Propor medidas de ordenamento territorial e medidas de monitoramento ambiental;

✓ Obter arquivos de dados com informações espaciais e territoriais do DAS para consulta e

análises que possam fornecer informações para o ordenamento territorial da área.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O Brasil situa-se entre os países que mais desmata, não sendo por acaso que figura entre

os cinco maiores países emissores de carbono no planeta (ALENCAR et al., 2004), causando

sérios impactos e repercussões na biodiversidade, no clima, na ocorrência e distribuição das

chuvas, na degradação e empobrecimento do solo, e na saúde humana e do planeta de uma forma

geral, tendo em vista e interdependência desses fenômenos.

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Entre os grandes fatores que desencadearam o intenso processo de degradação ambiental e

devastação na Amazônia que hoje vivenciamos, destaca-se a “abertura de estradas pioneiras, o

crescimento das cidades, a ampliação de pecuária extensiva, a acelerada exploração madeireira e

a crescente agricultura intensiva de monoculturas” (FERREIRA; VENTICIQUE, ALMEIDA,

2005, p. 165).

Destaca-se ainda que não somente as formas de ocupação, mas o modelo de

desenvolvimento adotado nesta região que ao longo da história, tem sido pautado na extração e

uso predatórios dos recursos naturais, tendo como prioridade o lucro numa perspectiva

imediatista, desconsiderando as especificidades da região, sua cultura, bem como as dinâmicas

próprias que regem o delicado equilíbrio amazônico. A situação agrava-se com a intensificação

do vertiginoso ritmo de crescimento urbano desordenado (GUTBERLET, 2002).

Diante desse quadro, fica patente a necessidade de desenvolvimento de processos de

acompanhamento sistemático, ou seja, a realização de um ordenamento territorial rural e um

planejamento ambiental, calcado num desenvolvimento sustentável que vise promover uma

ocupação adequada dos espaços, que leve em consideração a importância deste bioma não

somente para o Brasil, mas para o planeta.

Neste contexto, apresentamos a seguir alguns marcos conceituais que nortearão nossa

análise, entre eles discutiremos de forma breve a História do DAS, Sensoriamento Remoto, uso

de técnicas de Sistema de Informação (SIG), Ordenamento Territorial bem como as discussões

teóricas acerca do Uso da Terra e legislação ambiental.

3.1 DISTRITO AGROPECUÁRIO DA SUFRAMA

A área do DAS foi constituída por meio de doação feita pelo Governo do Estado do

Amazonas, nos termos do art. 1° da Lei n.° 878, de 25 de setembro de 1969. Localizado na zona

rural do município de Manaus, numa área de, aproximadamente, 589,3 mil hectares, abrangendo

também parte dos municípios de Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo (SOUZA; FREITAS,

2015).

O DAS é administrado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA -

uma Autarquia federal e que faz parte do projeto original total do modelo Zona Franca de

Manaus. Com uma extensão de 468 km de estradas vicinais, sua área é cortada no sentido

Norte/Sul pela BR-174 e em parte no sentido Leste/Oeste, pela rodovia AM-010 (Manaus –

Itacoatiara).

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O DAS corresponde a aproximadamente metade do total dessa área da Zona Franca de

Manaus. Sua localização geográfica revela a expressividade da área física do DAS em relação à

área total da Zona Franca de Manaus (ZFM). A área delimitada foi disponibilizada para a venda a

produtores e empresários interessados, selecionados mediante análise de um projeto técnico

apresentado à SUFRAMA pelos proponentes. O histórico de ocupação da área do DAS tem início

em 1976, quando a floresta primária foi derrubada para dar lugar à atividade pecuária. A partir de

1986, devido à baixa produtividade, o interesse por essas áreas foi diminuindo e os lotes

acabaram abandonados, dando início à regeneração natural (capoeira) composta principalmente

por espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas (McKERROW, 1992).

Atualmente o processo de posse de áreas no DAS apresenta um alto índice de ocupações

irregulares (invasões) que é verificado por vistorias realizados em campos por técnicos da

Autarquia, além de identificar ocorrências de danos ambientais provocados, principalmente, por

derrubadas de árvores e queimadas, apresentando baixa produtividade dos cultivos agrícolas

instalados na área.

3.2 SENSORIAMENTO REMOTO

Podemos considerar o sensoriamento remoto como um sistema de aquisição de

informações, subdividido em cinco componentes: Fonte de energia eletromagnética, meio de

transmissão, alvo na superfície da Terra, sensor e plataforma, e sistema de processamento

(MENDES, 2000). Ainda segundo este autor, outra característica do sensoriamento remoto é a

habilidade de coletar uma longa série temporal de dados. A necessidade de dados frequentes

(semanais e/ou quinzenais) por longos períodos de tempo (ou estações) inviabiliza o aumento do

número de sítios amostrais pontuais, devido ao grande custo financeiro.

Em uma escala geral o sensoriamento remoto oferece algumas técnicas poderosas como a

análise do comportamento das bandas espectrais, que consegue abordar todos os aspectos

relacionados à dinâmica das pastagens, demostrando sua capacidade para estabelecer padrões e

de fato discriminar parâmetros biofísicos na vegetação (FERREIRA et al., 2013; DUSSEUX et

al., 2014).

A grande maioria dos estudos de fenologia em sensoriamento remoto está focada em

extrair métricas fenológicas das séries temporais de Índice de Vegetação por Diferença

Normalizada – NDVI (WHITE et al., 2009). Os índices de vegetação são fornecedores de

informações de parâmetros biofísicos da vegetação que permitem estabelecer indicadores que

ajudam a determinar seus comportamentos fenológicos (FERREIRA et al., 2013).

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Dentre as possibilidades que auxiliam na compreensão da dinâmica Florestal está a

utilização do sensoriamento remoto, que, segundo Moreira e Rudorff (2002) e Ponzoni,

Shimabukuro e Kuplich (2012), apresentam um grande potencial para ser utilizado na agricultura,

pois é possível obter informações sobre estimativa de área plantada, produção agrícola, entre

outros.

Da mesma forma, entendemos que essas técnicas podem apresentar alternativas e

subsídios para a sistematização de informações advindas de diferentes fontes, tornando possível a

integração de dados, o monitoramento de informações e sua atualização de forma eficiente,

rápida e de baixo custo (SOUZA et al., 2007).

3.3 SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA – SIG

Segundo Avelino (2004), o primeiro Sistema de Informação Geográfico (Geographic

Information System – GIS) foi implementado no Canadá em 1962, sendo denominado Canadian

GeograficInformation System (CGIS). O seu criador Roger Tomlinson, mais conhecido como

“Pai do Sistema de Informação Geográfica” era graduado em Geografia e Geologia, nasceu em

Cambridge em 1933 e mudou-se para o Canadá em 1957. Criou os SIG com o propósito de

realizar um inventário de terras em âmbito nacional, envolvendo diferentes aspetos

socioeconómicos e ambientais, contudo, inicialmente este apenas tinha como função o

armazenamento de informação geográfica e visualização da mesma.

A década de 80 representa o momento quando a tecnologia de sistemas de informação

geográfica inicia um período de acelerado crescimento que dura até os dias de hoje. Até então

limitados pelo alto custo do hardware e pela pouca quantidade de pesquisa específica sobre o

tema, os SIG se beneficiaram grandemente da massificação causada pelos avanços da

microinformática e do estabelecimento de centros de estudos sobre o assunto. Nos EUA, a

criação dos centros de pesquisa que formam o NCGIA - National Centre for Geographical

Information and Analysis marca o estabelecimento do Geoprocessamento como disciplina

científica independente (CÂMARA. 1996).

Nestes termos, o uso de técnicas de Sistema de Informação (SIG) podem se constituir

como mecanismos de monitoramento, planejamento e ordenamento territorial. Desta forma,

destacamos que nos últimos anos, como afirma Ab’Sáber (2005)

“[...] o advento de imagens de satélites em diferentes escalas e combinações de cores,

acrescentou inusitadas possibilidades de utilização de documentos integrados relativo ao

mundo físico, biológico e antrópico da Amazônia” (p. 20).

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Em suma, e dando resposta a uma das mais importantes questões impostas, o SIG é

caraterizado numa única base de dados, que acomoda informações espaciais oriundas de dados

cartográficos, censos, imagens de satélites, modelos numéricos de terreno e cadastro urbano e

rural. Esta tecnologia oferece aos seus usuários estruturas de combinações de informações,

através da manipulação e análise de algoritmos, consultar e visualizar bases de dados e gerar

mapas. (LEITÃO, 2016).

3.4 ORDENAMENTO TERRITORIAL

Se cogitarmos que o Sistema de Informação Geográfica realmente tenha a capacidade de

intervir positivamente no ordenamento territorial, precisaremos que o SIG seja um instrumento

que não seja meramente técnico e sim uma ferramenta de suporte para decisões políticas e

jurídicas na administração pública de todos os poderes. Com base nessa concepção, apresento

alguns conceitos que nortearão o desenvolvimento da pesquisa.

O primeiro deles é a compreensão de que o espaço físico que se ordenará num

determinado território é um espaço socialmente construído, portanto um produto humano, onde o

indivíduo se reconhece como parte de sua produção (DOMÍNGUEZ, 2000, p.163).

A gestão dos recursos naturais parecer ser um elemento decisivo para o ordenamento

territorial, entendido como “a busca de um equilíbrio entre os equipamentos habitacionais e de

produção e a distribuição fundamental da população” (BENATTI, 2003, p. 02). Ressaltando que

esse ordenamento só é possível com uma gestão dos recursos naturais.

De acordo com o pensamento de Haesbaert (2004) o território é analisado com diferentes

enfoques, elaborando uma classificação em que se verificam três vertentes básicas: 1) jurídico-

política, segundo a qual “o território é visto como um espaço delimitado e controlado sobre o

qual se exerce um determinado poder, especialmente o de caráter estatal”; 2) cultural (ista), que

“prioriza dimensões simbólicas e mais subjetivas, o território visto fundamentalmente como

produto da apropriação feita através do imaginário e/ou identidade social sobre o espaço”; 3)

econômica, “que destaca a desterritorialização em sua perspectiva material, como produto

espacial do embate entre classes sociais e da relação capital-trabalho” (HAESBAERT apud

SPOSITO, 2004)

Ao analisar o conceito de território, Souza (2001, p. 11) aponta, ainda, que “em qualquer

circunstância, o território encarna a materialidade que compõe o fundamento mais imediato de

sustento econômico e de identificação cultural de um grupo”, mas não um território ideologizado,

com um poder centralizador como o Estado-Nação, porém, um território autônomo, onde os

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atores de interesse do bem comum social têm a liberdade de revelar e atuar seus desígnios e

potencialidades, gerando um espaço equitativo.

O uso do território pode ser definido pela implementação de infraestruturas, para as quais

estamos igualmente utilizando a denominação sistema de engenharia, mas também pelo

dinamismo da distribuição da agricultura, da indústria e dos serviços, o arcabouço normativo,

incluídas a legislação civil, fiscal e financeira, que justamente com o alcance e a extensão da

cidadania, configuram as funções do novo espaço geográfico (SANTOS; SILVEIRA, 2000, p.

53).

Moreira (2002) aponta que toda sociedade funciona por meio de mecanismos de

ordenamento determinados. Esse ordenamento se faz, segundo ele, por meio da regulação, que

aparece na forma de regra e norma. Nessa relação, a categoria território torna-se fundamental,

posto que a mesma seja o princípio do ordenamento.

Considerando que o DAS apresenta uma extensa área e nela se encontra vários órgãos

institucionais que atuam em diferentes campos como ciência, pesquisa e proteção ambiental,

além de apresentar o quadro populacional crescente apontado pelo processo de regularização de

áreas, o ordenamento desse território requer um raciocino semelhante ao de (BENATTI, 2003, p.

03).

Contemporaneamente, considera-se que o ordenamento territorial implica um

envolvimento tanto dos agentes estatais quanto da sociedade local, tendo em vista que

nele se realizam ações de curto, médio e longo prazo que devem integrar se às

particularidades das diferentes zonas a serem ordenadas. Nesse sentido, o processo de

ordenamento territorial requer uma descentralização que permita articular os propósitos

estabelecidos nacionalmente com as necessidades e realidades regionais e levantar as

informações relevantes para esse processo, o que se expressa pela participação das

organizações governamentais e da sociedade civil que atuam na área ambiental em um

dado território.

3.5 USO DA TERRA

Vários autores têm descrito o sistema de conversão de uso da terra na Amazônia como um

processo dinâmico (COY, 1987; WALKER et al, 1997; DALE; O’NEILL, 1993) causados por

diversos fatores, dentre eles fatores socioeconômicos, físicos e culturais, que determinam

tipologias de uso e cobertura do solo, resultando em padrões especiais e temporais diferenciados.

Segundo Campos et al. (2004), a identificação, o mapeamento e a quantificação das

ocupações do solo, com a análise visual da imagem de satélite, são de fundamental importância

para os profissionais que dependem de um levantamento mais detalhado dos alvos.

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O conhecimento da ocupação do solo, quanto a sua natureza, localização, forma de

ocorrência e mudanças ocorridas em determinados períodos, são de grande valia para a

programação de atividades que visam ao desenvolvimento agrícola, econômico e social da região

(POLITANO et al., 1980).

O conhecimento da ocupação do solo e da sua localização em uma determinada região

fornecem elementos para o planejamento de uso ambiental e de extreção de recursos naturais,

visando à melhoria da qualidade de vida da população.

Os dados experimentais obtidos de imagens orbitais são fundamentais para os estudos no

campo científico, principalmente no planejamento de uso da terra, por possuírem um rico e

importante potencial de variáveis mensuráveis dos aspectos superficiais do terreno (PINHEIRO,

2010)

3.6 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

Conforme Figueira (2013), marco importante são os conceitos de política e gestão

ambiental, apresentados na 1ª Conferência Mundial para o Meio Ambiente, promovida pelas

Nações Unidas, na Suécia em Estocolmo em 1972. A Conferência apresentou como alternativa

aos problemas ambientais existentes, um estilo de desenvolvimento que minimizasse os efeitos

adversos dos processos degradantes do meio ambiente.

Entenda-se por gestão ambiental “o conjunto de princípios, estratégias e diretrizes de

ações e procedimentos para proteger a integridade dos meios físico e biótico, bem como a dos

grupos sociais que deles dependem” (BEZERRA; MUNHOZ, 2000, p. 18).

Para Leff (2000), perante os desafios da globalização e do conceito capitalista de

desenvolvimento sustentável, emerge o conceito de desenvolvimento social, como processo

compensatório as externalidades ambientais e assim deter o avanço da pobreza em todo o mundo.

Os objetivos do Direito ambiental são fundamentalmente preventivos, pois sua atenção

está voltada para momento anterior à da consumação do dano – o do mero risco (MILARÉ,

2011).

Afirma Fiorillo (2009) que o Princípio da Prevenção constitui objetivo fundamental do

direito ambiental. Esclarece que, diante da impotência do sistema jurídico, incapaz de

restabelecer, em igualdade de condições, uma situação idêntica à anterior, adota-se o princípio da

prevenção do dano ao meio ambiente como sustentáculo do direito ambiental.

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No Brasil, a Constituição Federal de 1988 adotou o Princípio da Prevenção ao estabelecer

o dever do Poder Público e da coletividade de defender e preservar o meio ambiente

ecologicamente equilibrado para as presentes e futuras gerações, trazendo, ainda, a exigência de

estudo prévio de impacto ambiental, o dever do Poder Público de controlar a produção,

comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a

vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, bem como de proteger a fauna e a flora, vendando-

se práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou

submetam os animais a crueldade.

4. METODOLOGIA

4.1 Área de Estudo

O estudo será realizado no DAS, especificamente nos ramais denominados ZF-1, de

coordenada plana central: E 175293.678, N 9711197.644 e ZF-2, de coordenada plana central: E

148569.808, N 9707756.101 conforme imagem abaixo:

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Fonte: Mosaico de Imagens LandSat 2015 (INPE)

A área da ZF-1 compreende, aproximadamente, 50 quilômetros e a extensão da ZF-2 é de

aproximadamente, 39 quilômetros totalizando. O ramal da ZF-1 foi selecionado para a pesquisa

por estar interligado por duas rodovias – BR 174 e AM 010, apresentando alto índice de

ocupação de forma descontrolada, ocasionando, principalmente, derrubadas e queimadas dados

esses que são constatados por meio dos relatórios de acompanhamento de implementação de

aproveitamento de área dos projetos agropecuários aprovados que são analisados por técnicos

SUFRAMA.

A outra área, ZF-2, foi selecionada por apresentar, características contrastes da ZF-1, pois

essa área apresenta uma área, também, próxima à cidade de Manaus, mas apresenta uma área

pouco explorada, tendo uma cobertura vegetal muito preservada. Isso se deve, a princípio, ao fato

da área apresentar um maior número de áreas institucionais, ou seja, órgãos do governo atuando

na região, o que, aparentemente, ocasiona um fluxo migratório muito pequeno para o ramal ZF-2,

refletindo em aberturas de áreas menores para moradias e exploração de madeira, conforme se

observa nos arquivos topográficos do DAS disponível na – CGPAG/SUFRAMA.

O histórico de ocupação da área do DAS, de acordo Souza e Freitas (2015) teve início em

1976, quando a floresta primária foi derrubada para dar lugar à atividade pecuária. A partir de

1986, devido à baixa produtividade, o interesse por essas áreas foi diminuindo e os lotes

acabaram abandonados, dando início à regeneração natural (capoeira) composta principalmente

por espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas.

A história do DAS está intrinsecamente relacionada com as políticas públicas do

Governo Federal, nas décadas de 50, 60, 70. Inicialmente, na década de 50, as políticas públicas

apoiavam setores comerciais tradicionais da Amazônia como a castanha e a borracha; nas

décadas de 60 e 70, as políticas públicas de subsídios e incentivos fiscais criaram planos de

desenvolvimento da Amazônia, quando grandes projetos foram implantados na região e

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combinados ao fácil acesso à terra por grandes grupos privados. A consequência foi a alteração

das relações do homem com o meio ambiente na Amazônia (SOUZA; FREITAS, 2015).

Superintendência da Zona Franca de Manaus destinou uma área com aproximadamente 30

quilômetros de distância da cidade de Manaus, ao qual denominou de DAS. Esta área foi destinada

para a venda de terras para produtores e empresários interessados, selecionados mediante análise de

um projeto técnico agropecuário apresentado à SUFRAMA pelos proponentes.

Atualmente, as principais vias de acesso do DAS são a rodovia federal BR-174 que

interliga as cidades de Manaus e Boa vista e a rodovia estadual AM-010 (Manaus – Itacoatiara),

ambas pavimentadas, porém o DAS possui mais de 10 ramais conhecidas como ZFs e quase

todas não estão pavimentadas, apresentando baixa trafegabilidade, principalmente, nos períodos

chuvosos. A região oficialmente mais habitada no interior da área total do distrito é representada

pela cidade de Rio Preto da Eva, localizada no extremo sul-sudeste da área, com população

estimada para 2017 de 32.001 (IBGE 2017).

Os limites do DAS encontram-se descritos a seguir:

a) Ao norte, uma linha seca passando pela confluência do rio Urubu com o Urubuí, coincidente

com o paralelo de 2º 04’ 21” de latitude sul;

b) Ao sul, uma linha seca coincidente com o paralelo de 2º 43’ 46” de latitude sul;

c) A leste, a margem direita do rio Urubu; e

d) A oeste, a margem esquerda do rio Cuieiras.

4.2 Método de Pesquisa

Adotaremos o método do estudo de caso pode ser utilizado quando o foco de pesquisa se

encontra em um fenômeno atual, inserido em algum contexto da realidade, permitindo ao

pesquisador o uso de uma pluralidade de técnicas, tanto quantitativas quanto qualitativas na busca

pela compreensão de determinado problema, podendo ser definido como

[...] uma investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo em

profundidade e em seu contexto de vida real, especialmente quando os limites entre o

fenômeno e o contexto não são claramente evidentes. (YIN, 2010, p. 39),

Para o autor o estudo de caso permite que durante o processo de desenvolvimento da

pesquisa se preserve “as características holísticas e significativas dos eventos da vida real” (YIN,

2010, p. 21), citando entre os vários exemplos, a pesquisa sobre mudanças ocorridas em seu

ambiente natural. Sendo que um ou mais entes (pessoas, grupos, organizações) são examinados.

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Com os avanços metodológicos e técnicas do geoprocessamento criou-se para a pesquisa

ambiental uma dependência para com o processamento automático de dados. Novos conceitos

sugiram em consequência desses avanços. Aliado ao método de estudo de caso utilizaremos o

conceito de Modelo Digital do Ambiente (MDA) segundo o qual uma base de dados

georreferenciados passa a ser entendida, se formada por conjuntos de variáveis significativas

(eventos e entidades, com seus atributos específicos), como representativa de uma realidade

ambiental, a ser submetida à investigação técnico-científica (SILVA; SOUZA, 1988). No modelo

metodológico MDA podem ser incluídos todo os produtos dos avanços tecnológicos utilizáveis

no Geoprocessamento, tais como imagens de resoluções diferentes, mais detalhadas,

mapeamentos digitais, filmagens digitais, sensoriamento remoto entre outros.

Neste sentido, a pesquisa ambiental hoje apoiada com o uso de geoprocessamento permite

a incorporação de novas visões da realidade ambiental, e se o MDA é a representação

multifacetada de uma realidade ambiental, este conhecimento articulado pode ser assumida como

baseada em todos os recursos do processamento eletrônico de dados que contribuem para expor e

analisar , detalhadamente, relações espaciais entre entidades e eventos biológicos, como por

exemplo, permitindo assim analisar possíveis correlações entre variáveis ambientais e entre as

perturbações provocadas pelo homem, as ações antrópicas (SILVA, 2001).

Com o geoprocessamento, torna-se possível a geração de informação ambiental e

territorial, especificamente no planejamento territorial. (SILVA, 2001). Por meio de

procedimentos metodológicos e tecnológicos, utilizando-se a tecnologia de geoprocessamento e

sensoriamento remoto, associada à metodologia de análise ambiental para realizar um

procedimento diagnóstico da área de estudo, compreendendo os tratamentos necessários à

identificação espacial das áreas de interesse e levantamentos de dados em campo.

4.3 Procedimentos Metodológicos

Com os dados preliminares obtidos (dados espaciais e territoriais) a metodologia

consistira, então, em três etapas para construção de um quadro diagnóstico socioambiental dos

ramais ZF-1 e ZF-2, como subsidio para elaboração de propostas para ordenamento territorial e

monitoramento ambiental do DAS.

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ETAPA 1: Dinâmica espacial e temporal do uso e cobertura da terra no DAS

Aquisição de Imagens de Satélite:

A caracterização da paisagem da extensão dos ramais ZF-1 e ZF-2 será realizada com

suporte de técnicas de geoprocessamento, seguindo as seguintes etapas: Aquisição, tratamento e

análise dos dados espaciais de imagens LandSat 5 e 8 anos: 200 a 2016 e aquisição, tratamento e

análise dos dados espaciais de imagens RapidEye (3-A) Quarta: Ano de referência 2014, com

imagens complementares de 2016 e 2017 permitindo dessa forma realizar a progressão de

desmatamento, observadas pela series histórias das imagens Landsat dos anos de 2000 até 2016 e

observar a situação da cobertura do solo atualmente por meio das imagens RapidEye do ano de

2016 e 2017 que serão necessárias para a identificação de áreas com necessidade de preservação

ambiental e áreas e com potencial para agricultura e áreas consolidadas devido ao seu maior nível

de resolução.

Por exemplo, a área da ZF- apresenta alto nível de ocupação humana, com passivos

ambientais em grande escala, apresentando necessidade urgente de controle ocupacional e conter

o avanço do desmatamento na área. A ZF-2 apresenta poucas áreas abertas para fixação de

moradias, possuem grandes áreas institucionais para fins de pesquisa cientifica o que nos leva a

preocupação de manter e fiscalizar a área para que ela continue com nível de cobertura florestal

alta.

Ao total serão analisadas imagens em uma escala temporal de 17 anos do espaço físico

dos ramais ZF-1 e ZF-2, observando alterações na cobertura florestal, solo exposto, uso da terra,

atividades agroflorestais, áreas consolidadas, dessa forma analisando feições ambiental e

territoriais, analisando as alterações do meio físico provocada por fatores, principalmente,

antrópicos.

Processamento Digital de Imagens

Composição Colorida

Entre os períodos de 2000 a 2016, com uso de imagens Landsat sensor 5 será efetuado

composição colorida com as bandas espectrais 5, 4 e 3 correspondentes aos canais RGB, na

sequência, a fim de evidenciar contrastes nas feições de uso e cobertura da terra.

A obtenção de dados por sensoriamento remoto, como qualquer outra atividade, requer o

uso de energia que podem ser provenientes de fonte natural ou fonte artificial. A energia utilizada

em sensoriamento remoto é a radiação eletromagnética sendo que o comprimento de onda que é a

distância entre dois picos de ondas sucessivas. A banda (5) apresenta comprimento de onda

sensível ao teor de umidade das plantas, a banda (4) apresenta comprimento de onda que

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consegue detectar com mais facilidade a vegetação verde, densa e uniforme, refletindo muito

energia e a banca (3) permite um bom contraste entre as áreas ocupadas com vegetação (exemplo:

solo exposto, estradas e áreas urbanas).

Será também realizada a composição colorida do LandSat 8 com as bandas espectrais 654

que permite gerar imagens de 15 metros coloridas por fusão digital que para Fonseca (2000), as

técnicas de fusão de imagens consistem em integrar a melhor resolução espacial da banda

pancromática a melhor resolução espectral das demais bandas, produzindo uma imagem colorida

que reúne ambas as características.

Portanto, será efetuada composição colorida do LandSat 8 com as seguintes

características: banda (4) visível próximo, banda (5) infravermelho próximo e banda (6)

infravermelho médio produzindo imagem com ganhos em detalhes, principalmente, com a

vegetação representada com cores mais vivas e tons naturais, possibilitando visualizar melhor os

contrastes entre vegetação rasteira de áreas regeneradas com vegetação densa.

Correção Geométrica

Esta etapa é necessária para principalmente corrigir possíveis erros nas imagens. Uma

imagem digital obtida por sensoriamento remoto é uma representação matricial com valores

associados a captura de energia refletida ou emitida por objetos na superfície terrestres e o nesse

sentido D’ALGE (2001) esclarece que a

[...] primeira razão para a realização de correção geométrica de imagens é a existência de

distorções sistemáticas introduzidas durante a aquisição das imagens. Portanto, a

correção geométrica trata, prioritariamente, da remoção dos erros sistemáticos presentes

nas imagens. Outro aspecto importante são os estudos multi-temporais tão comuns à área

de Sensoriamento Remoto. Eles requerem que uma imagem seja registrada com a outra

para que se possa interpretar a resposta de ambas para uma certa posição no espaço

(p.21)

Por meio da utilização de softwares especializados, são aplicados técnicas de

processamento de correção geométrica nas imagens. Muito importante conhecer os

procedimentos dessa etapa para evitar a perda de informações e consequentemente poderá causar

erros no momento da análise e interpretações das imagens selecionadas.

Podem-se agrupar três procedimentos que são necessários para realização dessa etapa:

primeiro denominado de pré-processamento que consistirá em realizar um tratamento preliminar

dos dados brutos, com a finalidade de calibrar a radiometria das imagens selecionadas com o

objetivo de atenuar os efeitos da atmosfera, remover ruídos e corrigir suas distorções geométricas

por meio de técnicas de geoprocessamento. Desse modo, o posicionamento da cena representada

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na imagem é ajustado à sua localização correspondente na área de estudo, ou seja, cada pixel da

imagem original é relacionado com um ponto da superfície representativa da terra.

Os dados obtidos por sensoriamento remotos são fortemente influenciados pelo relevo da

região. As técnicas de pré-processamento do geoprocessamento são aplicadas visando reduzir o

efeito da topografia nas imagens de interessa do estudo.

Segundo procedimento (Realce) é melhorar a qualidade visual das imagens e facilitar o

trabalho de interpretação. Utilizando a técnica chamada de ampliação linear de contraste poderá

identificar e destacar objetos e feições nas imagens aumentando o contraste que consiste em

expandir a distribuição dos dados originais, ou seja, aumentando os níveis de cinza com base no

histograma. Nesta etapa pode ocorrer perda de informação no momento do realce da cena o que

pode ser significativo para interpretação se houver saturação no realce.

Além do mais, existem outros procedimentos que melhoram a qualidade da imagem

como: Operações Aritméticas que são utilizadas para interpretar os dados espectrais;

transformação por IHS: a partir de uma composição colorida RGB, essa transformação

matemática desagrega a informação espectral nas componentes matiz que está associado ao

comprimento de onda médio ou dominantes da energia refletida ou emitida por um objeto.

O sistema de cores IHS apresenta vantagem em relação ao RGB, uma vez que descreve a

formação de cores de forma mais próxima àquela percebida pelo sistema visual humano;

filtragem especial refere-se ao número de mudanças nos valores de níveis de cinza por unidade de

distância de um setor da imagem, assim as áreas de baixa frequência significam que são áreas de

pouca mudança, enquanto as de alta frequência são as de mudanças abruptas.

Terceira que é a Segmentação e Classificação um procedimento computacional aplicado

antes de um algoritmo de classificação automática. A segmentação divide a imagem em regiões

espectralmente homogêneas, podendo ser definidas áreas com similaridade o que significa que

duas regiões ou mais são consideradas similares e agrupadas em uma única região.

A classificação de imagens, objetiva reconhecer automaticamente objetos em função de

determinado critério de decisão, agrupando em classes os objetos que apresentam similaridade

em suas respostas espectrais.

Registro das Imagens:

Para a confecção de mapas temáticos das áreas de estudos, as bandas utilizadas dos

sensores LandSat 5 precisam ser registradas para usar em mapas temáticos. No caso em estudo

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analisaremos imagens multitemporais, ou seja, é analisar imagens de diferentes sensores sobre

uma mesma área, sendo necessário fazer uma justaposição de imagens.

Neste caso, é preciso assegurar que os pixels das imagens a serem trabalhadas sejam

referentes às mesmas áreas no terreno. Mesmo considerando um mesmo sensor, a bordo de um

mesmo satélite, dificilmente essa coincidência nos pixels ocorrerá, devido às distorções não

sistemáticas causadas pelos movimentos do satélite. Portanto, antes de se combinar ou comparar

duas imagens de uma mesma área, é necessário que ambas estejam perfeitamente registradas

entre si.

Conforme Silva (2001) existe duas maneiras de registrar imagens: o modo automático e o

modo manual. O modo automático baseia-se na análise da similaridade ou dissimilaridade entre

duas imagens e o modo manual que se baseia na identificação de pontos de controle no terreno.

Fusão de Bandas

A partir do lançamento da nova série de satélite LandSat em 11 de fevereiro de 2013,

denominado Landsat8/OLI, trouxe consigo novas possibilidades para a pesquisa no que diz

respeito à produção de dados e informações espaciais, apresentou um conjunto de novos

sensores: sensor espectral OLI (Operation Land Imager) e o sensor termal TIRS

(ThermalInfrared Sensor), que agregaram melhorias na resolução espectral, causando mudanças

nos intervalos espectrais dos canais de todas as bandas.

De acordo com Fonseca (2000) as técnicas de fusão de imagens consistem em integrar a

melhor resolução espacial da banda pancromática com a melhor resolução espectral das demais

bandas, produzindo uma imagem colorida que reúne ambas as características.

Dessa forma, será utilizado o sensor OLI das imagens LandSat 8 que possui uma

resolução espacial de 15 metros no Pancromático e de 30 metros no Multiespectral, o que possibilita

a geração de imagens de 15 metros coloridas por meio de técnicas de fusão digital, aumentando a

capacidade para detecção de mudanças no terreno.

Classificação de imagens Digitais:

Depois de realizado a composição colorida das bandas dos sensores Landsat, será

efetuada uma classificação supervisionada em um buffer de 500 metros ao longo das ZF1 e ZF2,

que servirá para extração de informações das imagens selecionadas reconhecendo padrões e

objetos homogêneos, associando dessa maneira, a cada pixel da imagem a temas de interesse da

pesquisa, como por exemplo, a alteração na cobertura vegetação e o uso da terra.

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Dessa forma, serão confeccionados mapas temáticos dos ramais ZF-1 e ZF-2 para

demonstrar a progressão do desmatamento ocorrido na região de estudo e das áreas preservadas;

verificar as formas de uso da terra e seus respectivos percentuais e delimitar áreas consolidadas

apresentando elevado grau de ocupação humana.

Para a validação da classificação supervisionada será necessário realizar visita a campo

para obter pontos de controle (coordenadas) das unidades observadas na classificação

supervisionada, ou seja, as classes de interesse na pesquisa serão definidas pelos pesquisadores e

nesse tipo de classificação o pesquisador identifica pixels (amostras) pertencentes às classes de

interesse e deixa o algoritmo utilizado a tarefa de localizar todos os demais pixels pertencentes a

essas classes de interesse na pesquisa, baseado em uma regra estatística pré-estabelecida.

Essas amostras, também denominadas de áreas de treinamento, são delimitadas com base

no conhecimento sobre a área de estudo e a partir de dados coletados no campo e com base em

dados coletados na data da passagem do satélite. Dessa forma, permitirá verificar o nível de

acerto entre a classificação supervisionada e os pontos de controle (coordenadas) registrados na

visita de campo.

Validação da Classificação:

Efetuado a classificação supervisionada, será realizado uma etapa de pós-processamento

das imagens digitais que consiste em fazer uma validação com uso de índice de concordância

Kappa de Cohen (K) é a estatística mais utilizada na comparação de mapas temáticos. O

programa ENVI oferece um relatório de desempenho, onde gera o índice kappa, onde poderemos

verificar a acurácia dos dados, ou seja, utilizaremos os índices de acurácia para avaliar os mapas

temáticos obtidos por meio de classificação digital.

Ao final pretende-se elaborar mapas temáticos do entorno (500m) dos ramais ZF-1 e ZF-2

para verificar a possível progressão do desmatamento nessa região, áreas preservadas e o

percentual de uso e cobertura da terra.

ETAPA 2: Diagnóstico Socioambiental no DAS

Esta etapa consistira em realizar uma pesquisa de campo e pesquisa descritiva nas áreas

ocupadas em toda a extensão dos ramais ZF-1 e ZF2 que são objeto do estudo. As pesquisas

consistiram em fazer um levantamento do componente socioambiental e do componente

ambiental percebido pelos moradores da região que pode ser definida como sendo uma tomada de

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consciência do ambiente pelo homem, ou seja, uma relação espaço/homem o ato de perceber o

ambiente que se está inserido, aprendendo a proteger e a cuidar do mesmo (FAGGIONATO, 2005).

Nesta etapa também se pretende fazer um levantamento de dados secundários dos

processos de regularização fundiária na CGPAG, nos respectivos ramais a fim de levantar

informações cadastrais das pessoas que ocupam áreas e informações sobre os lotes, dimensões,

localizações e seu destino de uso da área pelos ocupantes.

A CGPAG realiza anualmente vistorias técnicas nas áreas ocupadas para acompanhar a

implementação dos projetos agropecuários. Este levantamento realizado pela CGPAG é

padronizado com perguntas relacionadas, principalmente sobre a atividade principal realizada na

área do lote.

Dessa forma, com os dados levantados pela pesquisa de campo e da pesquisa descritiva,

juntamente com os dados as vistorias técnicas realizadas pela SUFRAMA, pretendemos traçar a

identificação de indicadores socioambientais, tais como: integridade ambiental, biodiversidade,

degradação de recursos naturais, exploração extrativista, eficiência econômica, cadeia produtiva

sustentável.

Instrumento de Pesquisa:

Entrevistas semiestruturadas com aplicação de formulários

A partir dos formulários com perguntas abertas, isto é, cada pesquisado pode responder

livremente às perguntas e com formulários com perguntas fechadas que define as alternativas que

podem ser apontadas pelo pesquisado, que deve assinalar aquela(s) que mais se ajusta(m) às suas

características, ideias ou sentimentos, juntamente com auxílio também de GPS (Global

Positioning System), gravador de voz, termo de consentimento livre e esclarecido, fazer pelo

menos 30% de moradores em cada estrada para caracterizar três indicadores para subsidiar o

quadro socioambiental do Distrito Agropecuário que serão:

(1) Componente socioeconômico - Tempo de moradia, idade, local de origem, escolaridade,

renda, profissão, agricultura e extrativismo e grupo familiar.

(2) Componente Ambiental – Elaboração de formulários com perguntas abertas e fechadas

sobre preservação de áreas de proteção permanente, Floresta conserva e desmatamento,

conhecimento sobre a legislação ambiental vigente, cadastro ambiental rural – CAR,

regularização fundiária.

(3) Análises quantitativas e qualitativas dos ramais

✓ Densidade Populacional

✓ Crescimento demográfico, se houver uma referência para comparar

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✓ Perfil populacional

✓ Regularização fundiária

✓ Implementação do CAR na propriedade

✓ Média das propriedades, total de uso para agricultura, áreas de preservação, áreas

de desmatamento.

Para compor o quadro socioambiental dos ramais serão utilizados os formulários com

perguntas fechadas que fazem parte dos relatórios de vistorias realizadas anualmente nos lotes

com projetos agropecuários aprovados.

Elaboração de Croquis das propriedades

Os dados da pesquisa de campo, especificamente nesta etapa, as coordenadas dos lotes,

serão registrados em pelo menos 30% das áreas ocupadas em cada ramal ZF a fim de elaborar os

Croquis das propriedades para especializar as áreas e quantificar o uso da área por agricultura,

desmatamento, floresta primaria e áreas consolidadas.

Esta etapa é necessária para mostra todos os detalhes produtivos e de infraestrutura social

de uma propriedade para se obter uma melhor visão global da área pesquisada analisando e

compreendendo a organização produtiva em nível de propriedade. Dessa forma, permite ver em

detalhes que normalmente os mapas de recursos naturais ou da comunidade não oferecem, já que

estes são feitos em maior escala.

ETAPA: 3 Uso e cobertura florestal atual com base em imagem RAPIDYE

Análise Fundiária da área com base no Cadastro Ambiental Rural - CAR

Umas das ferramentas utilizadas para obtenção da situação fundiária dos Ramais ZF-1 e

ZF-2 é analisar o banco de dados do cadastro ambiental rural. O Ministério do Meio Ambiente

(MMA) disponibilizou, no final de novembro de 2016, uma plataforma online que permite ao

público acessar os dados dos imóveis cadastrados no Sistema de Cadastro Ambiental Rural

(SiCAR) em todo o país.

Os dados públicos são disponibilizados por imóveis cadastrados e em formato (*.csv) ou

arquivos vetoriais georreferenciados em shapefile (*.shp). Pretende-se investigar informações de

pelo menos 95% dos imóveis cadastrados no CAR’s na região dos ramais, desde sua

implementação no ano de 2012 até junho 2017. A partir desses dados, teremos uma amostra dos

imóveis rurais que estão ou não respeitando oficialmente as áreas de preservação ambiental nos

ramais.

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Análise fundiária da área, com base no Instituído nacional de colonização e Reforma Agrária

(INCRA)

Desde o ano de 2011, o acervo fundiário brasileiro, que contém plantas e informações

sobre imóveis rurais em todo o País, está acessível ao público em geral com dados digitais sob a

gerência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA)

No acervo fundiário digital estão informações produzidas pelo INCRA sobre projetos de

reforma agrária, imóveis rurais, glebas, territórios quilombolas e faixas de fronteira. Outras

instituições também forneceram conteúdo para o acervo, como a informações sobre as áreas de

proteção ambiental, sistema viário, hidrografia, limites políticos (estadual e municipal), terras

indígenas, etc.

Os dados que constam no sistema permitem ao pesquisador produzir, mapas temáticos, a

partir da integração dos dados disponíveis.

Banco de dados topográficos do Distrito Agropecuário.

A CGPAG/SUFRAMA possui uma base de levantamentos topográficos das áreas

requisitadas do no distrito agropecuário. A utilização dessa base, também, será uma ferramenta

para analisar a situação fundiária dos ramais, principalmente, focalizando os processos legais e

atualizados junto ao órgão.

O banco de dados topográficos além de fornecer dados sobre a localização das áreas

ocupadas possibilita ao pesquisador identificar áreas que estão livres para futuramente propor

uma ocupação baseada em outros bancos de dados fundiários da região.

Cobertura florestal e áreas consolidadas com auxílio de imagem de 2017 (RapidEye)

As imagens RapidEye de 2017 serão utilizadas para mapear a situação atual da cobertura

florestal e verificar o uso da terra pelas pessoas que ocupam aquela região identificando e

quantificando as seguintes áreas seguindo critérios estabelecidos pela legislação vigente

ambiental LEI 12.651 de 25 de maio de 2012.

(1) Áreas necessárias para preservação e proteção ambiental:

✓ Identificar e classificar as áreas de solo exposto; de cobertura florestal;

analisando aspectos como: índice de sítio (altura dominante das árvores),

declividade e suscetibilidade a erosão, identificando as áreas propicias a

estabelecimento de áreas de preservação ambiental, como por áreas de

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relevante interesse ecológico e fragmentos florestais para proteção e conversão

da biodiversidade na região.

(2) Áreas consolidadas propicias para ocupação humana:

✓ Analisando fatores como a ocupação urbana regular e irregular identificadas

por meio de vistorias realizadas em campo e como as pessoas exploram a terra,

áreas com expressiva densidade populacional, áreas propicias para exploração

ambiental sustentável na região, como por exemplo: áreas para piscicultura,

áreas para plantios de espécies agronômicas e áreas potenciais para manejo

florestal.

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O resultado dessas análises combinatórias (espacial e territorial) será base para criação do

Sistema de Informação Geográfica especifica da região que consistirá em criação vetores

(shapes) e atributos com plano de informações especificas coletadas em campos e com

informações a serem criados, depois de serem observadas as características do meio físico por

meio das imagens ortorretificadas.

Por fim, a base do SIG terá os seguintes pilares de formação: Análises espaciais, dados de

vistorias realizadas pelos técnicos da SUFRAMA, dados de campos e a atual legislação vigente

para regularização fundiária da Amazônia, juntamente com as Diretrizes e Normas vigente do

DAS.

Todas as análises serão processadas preferencialmente, em software livre, como por exemplo,

o programa Quantum GIS (QGIS) que é um sistema de informação geográfica de código aberto

que suporta um grande número de formatos de dados matriciais e vetoriais, com suporte de novos

formatos facilmente adicionados usando a arquitetura de plug-in permitindo aos seus utilizadores

o uso dessa ferramenta que possibilitam a trabalhar em campo ou em qualquer outro ambiente.

Nos últimos anos o software livre e de código aberto tem vindo a ganhar espaço como

alternativa credível e real às soluções proprietárias, sendo recebidos paulatinamente por empresas

e instituições governamentais, com os objetivos de diminuir os encargos com licenciamento, ter

acesso a software à medida e de qualidade, ou para se tornarem independentes das empresas que

o comercializam (BRR, 2005).

Por ser de um programa feito em uma biblioteca digital de código aberto, os usuários têm

a possibilidade de participar de processos de desenvolvimento de extensões / plug-ins que são

acoplados dentro do programa. Grande parte dessas extensões / plug-ins é disponibilizada aos

usuários do QGIS, onde podem ser pesquisadas e instaladas a partir do próprio software, tais

plug-ins são aplicativos capazes de aumentar a capacidade de processamento e funcionalidades

do Programa QGIS.

Tem a possibilidade de se trabalhar tanto com arquivos Vetoriais (Shapefiles, DXF, KML,

GPX, DGN, etc.) quanto arquivos Matriciais (geoTIFF, TIFF, BMP, JPEG MrSID, ECW, etc.).

Onde também pode ser feito o georreferenciamento desses arquivos matriciais a partir de dados

georreferenciados previamente conhecidos.

A implementação de um sistema de informação Geográfica na extensão da ZF-1 e ZF-2

do DAS que contenha uma estrutura com informações espaciais e territoriais são necessárias para

futuras intervenções humanas a fim de promover um planejamento territorial organizado,

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contemplando a preservação e criação de áreas com potencial agrícola e áreas com expansão

urbana.

Em função dos acontecimentos passados e presentes, referente, principalmente, a questões

ambientais e fundiários do DAS, a implementação de um Sistema de informação Geográfica no

possibilitará armazenar e recuperar informação espacial e territoriais do Distrito Agropecuário.

5. RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se obter informações sobre as feições geográficas da cobertura do solo, florestas

com ou sem indícios de distúrbios, desmatamento, área edificada (formada por perímetro urbano

ou vilarejos), ramais secundários do DAS.

Apresentar dados sobre Diagnostico do Quadro Socioeconômico e territorial da ZF1 e

ZF2: Perfil Populacional, densidade populacional, uso da terra e renda obtida por atividades

exploratórias do meio ambiente.

Espera-se também gerar produtos cartográficos temáticos com maior nível de

detalhamentos do DAS permitindo melhorar os mapas de cobertura do solo, incluindo

informações adicionais sobre florestas secundárias, áreas de reflorestamento e de mata ciliar,

classes não incluídas nas estatísticas oficiais de desmatamento (PRODES). Com essas

informações mais detalhadas, pode-se gerar estatísticas mais precisas das suas áreas desmatadas.

Com base em dados espaciais e territoriais propor medidas de disciplinamento do

ordenamento e monitoramento ambiental para a SUFRAMA, fornecendo um conjunto articulado

de dados que possam auxiliar o processo decisório no que tange a reformulação das Diretrizes e

Normas que disciplinam a ocupação da Área do DAS.

A metodologia aplicada no projeto piloto de ordenamento territorial e monitoramento

ambiental executado na ZF 1 e ZF2 apresentada nesse estudo pode ser replicado em outros ramais

denominados de ZF’s do Distrito agropecuário. Várias instituições governamentais estão

inseridas na área total do DAS, possibilitando fornecer informações ambientais e territoriais para

outros órgãos governamentais com o objetivo de aumentar o poder de investigação,

monitoramento e fiscalização, principalmente na Amazônia onde o vazio cartográfico em escala

detalhada é enorme.

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Mês JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO

ATIVIDADES

Aquisição de

imagens

X

X

X

Processamento

das imagens

X

X

Levantamento

dos dados na

SUFRAMA

X

X

Levantamento

dos dados em

campo

X

X

Elaboração de

mapas

temáticos

X

X

Elaboração da

dissertação

X

X

X

X

Defesa da

dissertação

X

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APÊNDICE:

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ANEXOS:

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MODELO DE RELATÓRIO DE VISTORIA NO DISTRITO AGROPECUÁRIO

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