ABC n 288 Compact

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PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER Segunda-feira, 21 de Dezembro Ano VI N.º288 www.pcnewsnetwork.com DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Visto de visitante O BPI faz de Pai Natal JORNAL DE GRANDE CIRCULAÇÃO NO ONTÁRIO ABC a saudar a todos! A todos desejamos um SANTO e FELIZ NATAL Os meninos já cantam... PRESÉPIO AO VIVO PRESÉPIO AO VIVO NO CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS DE MISSISSAUGA 11 1 8 3 em bom andamento Academia do Bacalhau soma e segue... 10 12 11 10 PORTUGAL MAIS PERTO BOAS FESTAS FELIZ NATAL

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ABC PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER Nr 288

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PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPERSegunda-feira, 21 de Dezembro Ano VI N.º288 www.pcnewsnetwork.com DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Visto de visitante

O BPI faz de Pai NatalJORNAL DE GRANDE CIRCULAÇÃO NO ONTÁRIO

ABC a saudar a todos! A todos desejamos um SANTO e FELIZ NATAL

Os meninos já cantam...

PRESÉPIO AO VIVOPRESÉPIO AO VIVO

NO CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS DE MISSISSAUGA 11

183 em bom andamento Academia do Bacalhau

soma e segue... 1012 11

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PORTUGALMAIS PERTO

BOAS

FESTAS

FELIZ NATAL

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21 Dezembro 20152 . Mensagens

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21 Dezembro 2015 21 Dezembro 2015 Feliz Natal . 3

Já viu o Natal 2015?O afã que para aí vai! O corre-corre desenfreado. O abrir os cordões à Bolsa, mesmo em época que dizem de crise. Mas... no fundo, vale bem a pena ver o sorriso alegre dos meninos. Entender o que lhes vai no coração. Dedilhar, até, as cordas da saudade dos nossos tempos de outrora.

Pois... é mesmo o Natal à porta. Com empresas e indiví-duos a entenderem o chamamento que nos vem dos ar-canos da nossa própria História. Empresas e indivíduos a mostrarem a face mais alegre e mais pacífica... mais amo-rosa até. O Natal serve para tudo isso. Esta manhã, já há Jornais que se interrogam sobre se já vimos o Natal 2015. Se anotámos o bom que a data tem. Se entendemos o que isso pode significar para os que são hoje pequenos “grãos de areia” deste mundo em que vivemos.

Se tivéssemos que responder éramos bem capazes de dizer que não vimos ainda esse Natal. E não vimos porque a vi-são nos é toldada por quezilias muitas, cenas de desamor, que todos os dias nos entram também na retina. E éramos bem capazes de lembrar o esgrimir de conceitos que já fer-vem, por exemplo, ali na Turquia, face ao irrequietismo do chamado Estado Islâmico que levam poderes mais altos – em termos de força – a envolver-se em desmandos com muita metralha e muito sangue derramado. Se tivéssemos que responder, éramos bem capazes de anotar uma outra página de bom senso e perdão. Como aquela que levou o Papa Francisco a abrir a porta grande que deu para o Jubileu da Misericórdia que está (ou deve-ria estar) a enxamear o mundo e a contrabalançar o muito de mau que também se vê um pouco por toda a parte.

De facto, somos capazes todos de não ter visto ainda o Natal de 2015. A não ser, de facto, por fugazes instantes. Nos nos-sos clubes e associações onde a figura do Pai Natal e onde os brinquedos das crianças deixam marcas no pensar e querer dos nossos meninos. Talvez que o tenhamos visto, também, nas ternurentas frases que mesmo por aqui deixamos em mensagens de Natal bem pensadas. Nas centelhas de fulgor em sorrisos de crianças. Bom será é que esses fulgores não se desvaneçam e perdurem para todo o sempre, rumo a um futuro que todos nós ambicionamos melhor e mais de acor-do com os tais ensinamentos de Cristo, cujo nascimento se comemora por esta altura. Ensinamentos como aquele que diz o “Glória a Deus nas alturas e Paz na Terra aos Homens de boa vontade”.

Ambição de fazer melhor. Confiança nos que nos rodeiam. Esperança no ano que aí vem e cuja chegada já nem tarda. Com isto tudo – fé e esperança – começamos a ver, então, melhor o Natal de 2015.

O espírito de Natal paira por aí

Alguém disse que, em chegando o mês de Dezembro, o espírito de Natal paira por sobre nós. Desce, sem necessi-tar de pára-quedas, aos corações de todos e de cada um. Mesmo com o velho Pai Natal, que mais não é do que esse mesmo espírito de bondade feito. O espírito de Natal des-ce e paira sobre nós. Pelo menos até que o 25 de Dezem-bro venha e... demande, logo a seguir, a vasta amplidão onde os séculos dormem. E leve com ele... os sentimentos da Paz e Harmonia que nos trouxe.

Era bom... era tão bom que este estado de espírito – este espírito de Natal – durasse trezentos e sessenta e cinco dias. Que morasse nos corações de cada um, hoje e sem-pre. Que se instalasse, perene e forte, no espírito do Ho-mem. Que ficasse... ficasse para sempre. Por forma a que os desejos de Paz e Harmonia... ficassem também. Que não se fosse embora, afinal, logo na primeira volta que o relógio desse.

E, de facto, se o Homem quisesse – se todos nós quisés-semos, melhor dizendo... – não era tão difícil assim fazer do Natal... um dia de... todos os dias. Não era difícil. E os nossos mais novos eram bem capazes de ficar com um mundo melhor. Seria a melhor herança que lhes pode-ríamos deixar...

Até porque dos arcanos da História, escrita nos chama-dos Livros Sagrados, vinha, então, também a frase místi-ca que ainda hoje se canta (ainda que às vozes só com as gargantas e não com o coração): Glória a Deus nas Altu-ras e Paz aos Homens de Boa Vontade!

Apetece dizer um AMEN, não?!

ESTAMOS CADA VEZ MAIS PERTO!E agora pelo Natal temos tudo

O que a sua mesa exige e você aprecia!

JÁ NOS CONHECE?! Por nossa partequeremos conhecê-lo melhor!

Cantamos-lhe os votos de FELIZ NATAL

e queremos ajudar a que seja mesmo um FELIZ NATAL

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21 Dezembro 20154 . Mensagem

Nesta quadra natalícia, desejamos a toda a comunidade portuguesa,

Boas Festas e um Próspero 2016!

Laura Albanese, MPP York South-Weston

416-243-7984

Vic Dhillon, MPP Brampton West 905-796-8669

Monte Kwinter, MPP York Centre

416-630-0080

Cristina Martins, MPP Davenport

416-535-3158

Kathryn McGarry, MPP Cambridge

519-623-5852

Charles Sousa, MPP Mississauga South

905-274-8228

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21 Dezembro 2015 Material editorial . 521 Dezembro 2015EDITORIAL

Nota como esta deveria ser, toda ela, imbuída do espírito da época em que estamos. E quando falamos com as pessoas – no tal “Can-tinho da Saudade” que há em muitos dos nossos lados – é decerto isso que as pessoas dizem. Prefiririam, talvez, abordar tão só o Natal que se aproxima, o bom que a época tem, a beleza perene dos significados. Só que, para isso, teríamos todos de entender melhor tudo o que nos rodeia. Limpar os ódios e os rancores. Es-quecer os agravos que as bombas provocam. Dar vida – e vida a sério – ao menino que há (ou deveria haver) em todos nós.

Dizer isto, aqui e agora, mais não será do que passar um atestado de maturidade à nossa gente. Entender que sabemos todos olhar o nosso Presente sem esquecer o Futuro. Mas... continuar o caminho sem tapar os olhos - como dizem que as avestruzes fazem... antes de morrer. Ainda ontem pensador que muito admiramos dizia acreditar - e nós também - que o Canada se iria rir em breve desta crise, algo artificial, que sopraram sobre nós. Artificial no dia-a-dia dos mer-cados, na imobiliaria, nas compras dos supermercados. Uma crise artificial que não bateu muito à porta do Canada... porque, de fac-to, o Canada sabe sempre como vencer as crises. E mesmo para o dia-a-dia dos mortais que somos... há a noção de que vivemos, de facto, no melhor País do Mundo para se viver.

Se virmos bem... os dias que correm são, de facto, passiveis de des-pertar o maior interesse. Sobretudo por nos obrigar a todos a pensar no futuro. A tentar optimizar os recursos de que dispomos. As compras de Natal não constituem o problema maior. Pelo con-trario, são bem capazes de espicaçar o nosso sentido de responsab-ilidade. Comprar o necessário, saber escolher, ver as necessidades. Comprar só por comprar talvez não seja a solução. Mas, de facto, limitar as compras apenas pelo que se ouve dizer... parece ser ainda mais insensato. O Canadá está a viver tempos que não são tão bons como os mel-hores... mas são aliciantes. Obrigam a encarar outras realidades, out-ros cenários. A viver, afinal, mais de acordo com a nossa bolsa. De resto, o Canada sempre foi assim. Com gente a chegar um pouco de todo o mundo, habituou-se a nivelar as dificuldades e a viver o seu dia-a-dia com o estilo de poupar, sim, mas sem deixar de viver.

Espírito da época

Não restam dúvidas. O ex-primeiro ministro José Sócrates – até há pou-co considerado por muitos como o “inimigo público n.º 1” – está agora a tentar levar por diante a sua defesa. Esfarrapada. Aqui e além sem nexo de qualquer espécie. A fazer o que mui-tos consideram um “jogo sujo” que até pode prejudicar o andamento normal do processo e, indirectamente, o pró-prio Partido Socialista de que, em tem-pos, foi como que “dono e senhor”.

Sócrates atira-se – e encarniçadamen-te, entenda-se – ao Ministério Público e ao “Correio da Manhã”, um jornal que tem vindo a desmontar muitas das suias “cabalas” e “verdades insu-ficientes”. E é por essas e por outras... que deixa recados ao PS. E agora que o PS está no Governo – com os apoios explícitos de Partidos que ele nunca conseguiu “levar pela trela” – até dei-xa como que um aviso-“ameaça” bem à mostra. Diz mesmo que se o PS – o seu PS – o não ajudar, as pessoas do Ministério Público e a Justiça, no seu

todo, estarão contra... o Partido So-cialista. Assim mesmo, ainda que com outras palavras que ele aprendeu a usar no sentido que lhe convém.

Como ainda agora disse o Jornalista Eduardo Dâmaso, que muito admira-mos, Sócrates meteu os pés pelas mão e mentiu a torto e a direito, face a um entrevistador que demonstrou desde logo conhecer muito pouco do que fa-lava.

Pelos vistos, Sócrates trocando os pés pelas mãos, foi mentindo, mentindo... até à exaustão. Fê-lo para instigar a opinião pública a seu favor contra a justiça e os jornais que o investigam com o interesse público na mira. O objectivo é, afinal, tão sómente forçar um... impensável arquivamento do caso ou diminuir o efeito de uma acu-sação.

E vai jogando, no fundo, em todos os tabuleiros dos que o podem ainda aju-dar nas instâncias mais altas da justiça

“Ontem” dissemos...

A notícia correu mundo. O “Jor-nalista do sapato” – como lhe cha-maram, na altura – tornou-se “um herói”, em triste sinal dos tempos. Um acto tresloucado assim foi, de facto, insólito. A verdade é que a tentativa de agressão ao Presidente americano - a 14 de Dezembro de 2008 - pare-ce ter agradado à maioria dos ira-quianos e a grande parte dos países árabes. De tal forma que até houve quem o quisesse condecorar. E fa-laram, designadamente, numa Or-dem da Coragem.

Para muitos iraquianos, Bush é mesmo capaz de ser considerado inimigo. Não é assim, porém, que se trata um convidado oficial. O jornalista faltou ao respeito a Bush e aos líderes iraquianos.

Al-Zeidi gritou mesmo a Bush – citamos – “Isto é um beijo de despedida, seu cachorro. É pelas viúvas, órfãos e todos aqueles que mataste no Iraque.” E antes que o Presidente americano percebesse o que estava a acontecer, eis que um sapato voa na sua direcção. Rápi-do, Bush evita o projéctil mas qua-se é apanhado pelo segundo, que já não esperava.

Dominado o irreverente, todas

as cadeias de televisão dos países árabes e do Iraque, excepção às dominadas pelos governos, passa-ram as imagens da conferência de imprensa e de Bush a esquivar-se aos sapatos. Em Bagdad, tudo ser-viu para espalhar a informação - televisão, telemóvel, etc. Mesmo assim, Al-Zeidi contou logo com a disponibilidade de 200 advogados iraquianos para o defender. “Este herói deve ter um processo justo”, garantiu o advogado Al Duleimi. Milhares de iraquianos saíram mesmo à rua em várias cidades do país para “louvar” o gesto do jovem e lembrar a Bush que “saiu do Iraque com uma sapatada na cabeça”.

Em Washington, o Departamento de Estado considerou o gesto do jornalista “tresloucado”.

Já lá vai, não é? Tudo mudou de um lado e do outro... é verdade. E mesmo não se sabendo sequer o que se passou com o Jornalista em causa... vale a pena lembrar isto, contando o muito que então, há uns sete anos, todos foram dizen-do. O mínimo que se pode dizer é que se trata, de facto, de um triste sinal dos tempos. Que qualquer pessoa de bom-senso repudia. E ninguém sabe se deu algum resul-tado...

António Pedro CostaPonta Delgada

Natal é sinónimo de esperançaNesta quadra natalícia, é sempre uma oportunidade para expressar uma mensagem de esperança, pois após um ano de muitas lutas e canseiras, é bom aproveitarmos este tempo para refletirmos e confraternizarmos.

O Natal é um momento especial, de mistério, de renovação, de luz, e uma excelente ocasião para manifestar solidarieda-de a todas as pessoas.

Para além da dimensão festiva desta data, importa tomarmos consciência que é preciso fazer algo que proporcione a todos, um espaço de paz e de meditação, relativamente às relações que mantemos com os outros e com a comunidade onde nos inserimos.

Julgo que hoje, mais do que nunca, a nossa sociedade preci-sa de um renovado espírito de solidariedade e de esperança, visto que através de atos simples nós poderemos melhorar a vida do nosso próximo e, ao fazê-lo, estaremos a contribuir para uma sociedade melhor e mais justa.

Porque sou optimista e porque acredito na intrínseca genero-sidade e determinação das pessoas, tenho a certeza que neste Natal se proporcionará as condições ideais, para iniciarmos um Novo Ano com espírito positivo e com uma renovada energia para o futuro que se avizinha, dado que o ser hu-mano tem por si só capacidades suficientes para superar as maiores dificuldades, e vencer todos os obstáculos.

O Natal não pode ser apenas a festa da família, do tempo de encontro, da solidariedade e da partilha, que são valores humanos muito queridos a todos nós e vividos de forma es-pecial por todos os açorianos, quer vivam nestas ilhas, quer se encontram longe. Importa, no entanto, não descurar a ver-dadeira mensagem do Natal.

O mundo transforma-se hoje a um ritmo tão acelerado e são conhecidas as dificuldades por que passamos no dia-a-dia, mas não podemos, todavia, permitir que os obstáculos nos desanimem, sobretudo nesta época natalícia, que é também um tempo de confiança e de fé.

Outrossim, não nos podemos esquecer daqueles que enfren-tam graves problemas na vida, seja por falta de trabalho, seja por doença ou por qualquer outra razão de adversidade ou tribulação, pois merecem todo o nosso apoio e solidarieda-de. Não vivemos sozinhos neste mundo e temos que olhar à nossa volta e estender a mão e apoiar espiritual ou mate-rialmente, ou mesmo apenas deixar um sorriso a quem mais dele precisa, para que todos sintam afecto e dedicação de que são carentes.

Só assim a festa do Natal será isso mesmo: uma celebração da vida e da família. A todos, desejo um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo.

Ele mente tão bem...e da política. O objectivo final é, como se diz na gíria futebolística, ganhar o jogo na secretaria. E até pode aconte-cer que o consiga, agora que tudo pa-rece estar baralhado e com pontas que ninguém, pelos vistos, quer pegar.

Este José Sócrates é mesmo esperto. Muito esperto mesmo. Desconhece-mos é se tem a inteligência suficiente para anotar que há gente mais esperta e mais astuta, mais inteligente e mais arguta. E isso, de momento, ele prefere esquecer-se.

É capaz de ter sido – a entrevista que o não foi... – a certeza de que ficou um gato escondido com o rabo de fora... E lembram-nos, de repente, as palavras que ouvimos de alguém que, por aqui – neste Toronto portentoso onde me vão ficando os ossos... – bebia... a “en-trevista” de Sócrates: “ele mente... tão bem”! De facto, mente mesmo bem!

Fernando Cruz Gomes

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21 Dezembro 2015 6 . Nossa Gente

FELIZ NATALPARA TODOSDO

SEUABC

Pedro Jorge Costa B. de [email protected]

Fazer o melhor

Desta vez gostava de felicitar um homem. Felicitar um polí-tico, mais concretamente. Sei que normalmente temos moti-vos ou vontade de o fazer, mas não se pode dizer sempre mal ou apontar o mal. Quando a ocasião chama, temos de prezar e valorizar o bem e o que está mesmo bem feito. Nem que seja só a boa vontade.

A pessoa que quero felicitar é o presidente dos EUA Barack Obama. Na semana passada, ele agiu mesmo muito bem e esteve bem. Era possível ver na sua voz e na sua postura que ele está mesmo a tentar tratar os problemas que afligem o seu país da melhor forma possível. Apesar de ele só ter mais um ano e de os candidatos ao seu lugar o criticarem, ele está a fazer os possíveis para guiar o país dele, seguindo uma al-ternativa que não seja o ódio, a violência, e seguir o princípio de atacar primeiro para defender e proteger.

Esse princípio tem sido desde já a forma de agir dos EUA desde os anos de 1950s quando a guerra fria subiu de tom; é muito mais tarde durante os anos de 1980s, 1990s, e 2000s só piorou. Ele foi o primeiro homem, e alto político que depois de um ataque apelou à calma e a alertou que este não é o momento de opções drásticas mas sim de união de conforto para os irmãos e irmãs americanos que estão a sofrer.

Assim, os meus agradecimentos a um homem que mostrou maturidade e sapiência. Espero que no futuro mais sigam os seus passos. Cabeça fria é uma qualidade e não um defeito.

ATÉ PARA A SEMANA!

Sócrates queixa-se:

«Fizeram uma operação de terror junto da minha família» José Sócrates criticou, segunda-feira, numa entrevista à TVI o Mi-nistério Público (MP) pela sua atuação na Operação Marquês, na qual é indiciado de crimes de fraude fiscal qualificada, branquea-mento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito.

«Seria de esperar que dentro de três, seis ou nove meses houvesse acusação, mas não», refere Sócrates. Ao fim de um ano o Ministério Público não apresentou a acusação «porque não está em condições de o fazer».

«Houve castigo sem crime», criticou. Um ano sem acusação «não é normal», sublinhou. «Passar um ano sem apresentar acusação, eu acho que é uma loucura», acrescentou o ex-primeiro-ministro.

Questionado sobre a motivação da investigação, o antigo primeiro-ministro só encontrou uma: «Eu acho que é o ódio pessoal. Não encontro outra explicação. É a minha suspeita. Só pode ser isso».

Na TVI, disse que «não sabia que ia ser detido», apesar de vários sinais. «Fizeram uma operação de terror junto da minha família».

«A minha detenção foi feita com uma selvajaria e brutalidade, não da parte dos agentes… Só fui interrogado 48 horas depois e o juiz Carlos Alexandre só me perguntou o nome», denuncia.

«No dia em que fui detido, não havia nenhum indício de corrup-ção. O procurador respondeu-me: ‘A esse propósito, ainda agora a investigação começou’. Prenderam-me sem nenhum indício de cor-rupção».

Netos de Portugueses... são Portugueses!

Numa nota agora entregue na Assembleia da República, os deputados José Cesário e Carlos Páscoa Gonçalves lembram que, já no passado dia 29 de Julho, foi publicada a Lei Orgâ-nica que veio alterar a Lei da Nacionalidade, estendendo a aquisição da nacionalidade originária aosnetos de cidadãos nacionais, nascidos fora de Portugal.

O anterior Governo, confrontado com os condicionalismos normais do período eleitoral então a decorrer, naturalmente não procedeu à regulamentação deste diploma, remetendo-se obviamente para o atual Governo tal obrigação.

Sucede que existe um significativo número de cidadãos que legitimamente anseiam pela concretização do direito expres-so na Lei 9/2015, o vem ao encontro dos propósitos de to-dos os setores políticos nacionais que há muito advogam um alargamento da comunidade nacional e um estreitamento das ligações com a nossa Diáspora e, particularmente, com os Lusodescendentes.

Assim, perguntam os deputados sobre quando pretende o Governo proceder à regulamentação da Lei Orgânica nº 9/2015, de 29 de Julho, no que respeita à definição das con-dições em que os netos de cidadãos nacionais, nascidos no estrangeiro, podem aceder à nacionalidade originária? Admite o Governo a possibilidade de contemplar, como la-ços de efetiva ligação à comunidade nacional, a participação em associações e coletividades portuguesas, existentes em Portugal ou no estrangeiro?

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21 Dezembro 2015 21 Dezembro 2015 Canada em foco . 7

Aumento de 2,9% no imposto de propriedade para Brampton

O Ontário está a investir 16, 2 milhões em um milhar de unidades de habitação em toda a província, incluindo 4 milhões para 248 unidades habitacionais de apoio em 2016-17.A Habitação de suporte é fundamental para reduzir os sem-abrigo entre as pessoas com doença mental e vícios. Caixa com suportes, tais como aconselhamento ou combate aos vícios com tratamento, proporciona melhores resultados para os indivíduos com problemas de saúde e vícios mentais, e reduz o risco de que as pessoas se trans-formem ainda mais em sem-abrigo. Como parte da contínua expansão dos serviços de saúde mental, o Ontario também está a fornecer 2 milhões para 10 organizações indígenas para examinar as questões específicas de saúde mental e vícios que enfrentam os povos indígenas em toda a província. Essas organizações vão buscar informações e conselhos de suas comuni-dades locais e da sociedade, e fornecer recomendações-chave para o governo de Ontário.

Investir em espaços de habitação de apoio e compreensão dos desa-fios enfrentados pelos povos indígenas, são partes fundamentais da Estratégia de Redução da Pobreza do governo. A estratégia visa a criação de uma província onde cada pessoa tem a oportunidade de alcançar seu potencial pleno e contribuir para um Ontario próspero e saudável.A expansão do acesso aos serviços de saúde e vícios mentais tam-bém faz parte do plano do governo de construir um Ontário melhor. Com direito a melhor casa e cuidados comunitários, a informação diz que necessitam de mais dinheiro para se manter um melhor sis-tema de cuidados de saúde, sustentável para as gerações vindouras.À medida que o governo continua a expandir os serviços de saúde mental, que levará em consideração o conselho de várias fontes. Em 2017, o governo terá que aumentar o financiamento anual para os mesmos serviços de saúde mental e vícios.

Expandir serviços de Saúde Mental

Ontario vai investir em 1.000 unidades habitacionais de apoio

Na sua última reunião, o Conselho Municipal de Brampton aprovou o Programa de Bolsas Comunitárias 2016. As candidaturas serão aceites para as seguintes áreas: Artes e Cultura, Desporto e Espaços de Lazer, Festivais e Eventos de Celebração, e Doações Menores para a Comunidade em Geral.

A data limite para candidaturas é 8 de Fevereiro de 2016.

O financiamento municipal para o programa de 2016 está aberto aos grupos comunitários, clubes desportivos, grupos de voluntari do de vizinhança, e organizadores de eventos e festivais de Bramp-ton, debaixo das seguintes categorias: projetos, festivais e eventos, doações de capital menores e doações gerais comunitárias. Os can-didatos deixarão de ser elegíveis para fundos operacionais ou bol-sas comunitárias gerais dentro do programa de 2016, porque estas candidaturas estão melhor alinhadas com os objetivos dos progra-mas de financiamento Regionais, Provinciais e Federais.

As organizações que já tenham recebido fundos para estes propó-sitos previamente serão redirecionadas para a área de programa apropriada.

As sessões de informação à comunidade serão levadas a cabo nos dias 12, 20 e 28 de Janeiro, pelas 18:30, na Torre Oeste (West Tower) dos Paços do Concelho, para apresentar a informação respeitante ao programa às organizações interessadas em candidatar-se.

Com início na segunda-feira, 14 de Dezembro, os candidatos esdtão a ser encorajados a aceder ao guia de utilizador e candidatura dis-poníveis no website da Cidade, assim como às linhas orientadoras para ajudar todos os grupos que se candidatam aos financiamentos.

O Programa de Bolsas Comunitárias apoia o compromisso do Con-selho de aumentar a transparência e responsabilidade em todas as operações da Cidade. Está em linha com os objetivos estratégicos da Cidade e reconhece que através da concessão de bolsas, a Cidade está a apoiar grupos comunitários e organizações de voluntariado sem fins lucrativos com eventos e projetos que desenvolvem o or-gulho cívico e estimulam uma imagem positiva da cidade.

Através do Programa de Bolsas Comunitárias 2015, o Conselho aprovou e distribuiu bolsas a mais de 35 grupos, concedendo um total de $691150. Para uma lista completa dos galardoados com as Bolsas Comunitárias de 2015, e mais informação sobre o programa de 2016, podem os interessados visitar www.brampton.ca

Brampton em focoAbertas as candidaturas para o Programa de Bolsas Comunitárias de 2016

Mais estacionamentos na linha para Kitchener

Uma nota que nos cvhega do gabinete da deputada Laura Al-banese, do círculo da York Sou-th-Weston, diz-nos que o Onta-rio está a tornar mais fácil para os viajantes daquela zona usar o transporte público, ao adicionar mais lugares de estacionamento na Estação GO Weston na linha Kitchener.

A partir de hoje, 21 de dezem-bro, a Metrolinx vai abrir 126 novas vagas de estacionamento no lote localizado na extremi-

dade oriental da Plataforma da Estação GO Weston. Os moto-ristas podem atingir aqueles es-paços pelo 1731 Weston Road.

“Adicionando 126 novos lugares de estacionamento para a Esta-ção GO Weston fará o trajeto diário e a qualidade de vida me-lhor para o povo de York Sou-th-Weston. Nossos moradores terão acesso mais fácil à rede GO e chegar onde eles precisam ir mais rápido “, disse aquela de-putada.

Depois de uma extensa participação pública e muitos dias de de-liberações acerca do orçamento nos últimos seis meses, no dia 9 de Dezembro, aquando de uma Reunião Especial do Conselho, foi aprovado por unanimidade um orçamento que resultará em 2,9% de aumento geral no imposto de propriedade para 2016. Isto inclui o aumento de 0.7% da Região, e nenhum aumento pela Província (direção de escolas).

O impacto deste orçamento no imposto de propriedade em 2016 traduz-se num aumento de aproximadamente $124 para uma casa residencial média avaliada em $398000.

Destaques do Orçamento 2016 – 2018:O tema do Orçamento 2016, “avançando a cidade”, foi desenvolvido com base em quatro prioridades identificadas no Plano Estratégico 2016 – 2018 da Cidade. Alguns dos destaques no orçamento rela-cionados com o Plano Estratégico incluem: Boa Governação:

- Um orçamento para 3 anos, que dê mais responsabilidade, trans-parência, previsibilidade e estabilidade.- Novos Serviços Online de Brampton.- Plano-Mestre Financeiro de Longa Duração.Crescimento Inteligente:- Arrecadação de infraestruturas para ajudar na manutenção e cres-cimento dos ativos, de uma maneira financeiramente sustentável.- Plano-Mestre de Desenvolvimento Económico- Extensão da parceria entre o Centro de Empreendedorismo de Brampton e o MakerSpace Brampton Transportar e Ligar:- Melhoramentos nos serviços dos Transportes de Brampton e Züm- Plano-Mestre para os Transportes em Queen Street- Implementação do Plano-Mestre para os TransportesComunidades Fortes:- Apoio adicional aos seniores, para a limpeza de neves- Receber os Jogos Canada 55+ (Canada 55+ Games)- Compromisso com a segurança da comunidade através de investi-mentos nos serviços de bombeiros e emergência

- Plano-Mestre para os Parques e Equipamentos Recreativos- Novo programa de Bolsas Comunitárias

Reconhecimentos e Prémios de Finanças em 2015:Standard and Poor’s

- Rating atual de Brampton: AAA (estável), subiu de AAA (nega-tivo)

C.D. Howe Institute – Municipal Budget Reports (Relatórios so-bre Orçamentos Municipais)

- Rating atual de Brampton: subiu de D para BGovernment-Finance Officers’ Association (GFOA) (Associação dos Oficiais de Finanças Governamentais)Recorde-se que Brampton recebeu o Canadian Award pelo Finan-cial Reporting Award (Prémio de Relatórios Financeiros), por treze anos consecutivos Frontier Centre for Public Policy’s report Local Government Performance Index, 8th Edition (LPGI)- Brampton classificou-se em segundo no índice de transparência nos relatórios financeiros, entre as 100 primeiras cidades no Canadá

Para a Presidente Linda Jeffrey: “O nosso orçamento é o resultado de meses de consultas públicas com os nossos residentes, disciplina por parte do Conselho e boas práticas de gestão da Cidade”.

Assim, a equipa da Cidade “conseguiu entregar um orçamento que é uma abordagem de longa duração, sustentável e fiscalmente res-ponsável e corresponde às necessidades do rápido crescimento da nossa cidade. O Conselho abordou as necessidades dos nossos resi-dentres e mantem o crescimento das nossas reservas, ao passo que respeita também os contribuintes”.Brampton continua a agir construtivamente neste momento em que acontecem melhorias de orçamentação e financiamento, e con-tinuará a trabalhar conjuntamente para construir uma Brampton melhor.

O tema foi agora abordado no círculo

eleitoral onde pontifica a deputada Laura

Albanese

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21 Dezembro 2015 8. Feliz Natal

Presépio na CidadeUm dia e outro. Aquele espaço de 3 por 4 metros parecia um campo de batalha. Outras vezes, um pára-raios e um porto de abrigo.

A Sofia Guedes, que participa na iniciativa desde 2000, conta-me histórias, recentes e antigas, encadeadas como cerejas.

– Há bocado, a Celeste passou por aqui e convidámo-la a entrar no presépio. Sentou-se uns bons minutos. Talvez se sentisse bem, a inventar numa oração para a nossa colecção, um texto lindo que falava das crianças, dos jovens, dos pais e do amor. Contou então que tinha sido prostituta durante 40 anos, mãe de três filhos... chorou, abraçámo-nos e decidiu voltar para jantar connosco, porque se sentia profundamente acolhida.

– A Marta e o João, sem-abrigo, dormem no presépio com os cães e deixam a manjedoura toda suja... Comem a mesma comida dos cães, dormem vestidos com a mesma roupa todos os dias.

Trabalham com o «fogo», são malabaristas de chamas de petróleo e deitam fogo pela boca. Têm 24 e 28 anos e vivem assim há anos. Não são felizes, mas não sabem como sair daquilo. A mãe do João sai todos os dias à procura dele pelas ruas de Lisboa, para lhe dar de comer e o vestir. É uma senhora pobre, a lutar pela dignidade da família.

Também ela veio jantar connosco – que grande mãe! – e volta, para repousar o olhar na imagem de Maria, que está ali à espera de todos...

– O John tropeçou no presépio. Literalmente. Tropeçou e caiu. Convidámo-lo a entrar, tratámos-lhe das feridas, rezámos com ele, demos-lhe banho e comeu connosco. Há 13 anos que não via a família, a mulher e os dois filhos.

Uma instituição de tratamento de toxicodependentes ajudou-o e, depois de três meses, contactámos a família, explicámos a situação e pedimos que o recebessem de volta. Falámos com a Segurança Social inglesa, que tomou conta dele e o encaminhou para continuar o tratamento. Voltou para casa «very happy», muito grato ao «Little Jesus»!

– O Douro! O Douro era um búlgaro, pedinte, casado e pai de 5 filhos. A mulher estava muito doente e eles sem meios para a tratar. Pedia na escadaria da igreja do Mártires, perto de nós. Todos os dias vinha ajudar a limpar, a pintar, guardava-nos... Um dia, explicou que era muçulmano, mas gostava muito de estar no presépio; sonhava ir à sua terra, a Bulgária, deixar lá um filho e visitar os outros.

Politicamente correcta, Lisboa, no mês de Dezembro, enchia-se de estrelas e pais-natais. Faltava qualquer coisa, que ninguém tinha coragem de mencionar, até que, no ano 2000, apareceu um presépio em plena rua, que se

transformou em local de encontro. Houve protestos! Uma indecência! Desonra a cidade! À noite, destruíam o presépio e despejavam-lhe lixo em cima; de manhã, o local era limpo e reconstruia-se o presépio.

E ele telefonou-me agorinha mesmo...É a última telha – a mais velha – da casa que me deram quando eu nasci. É igual a mim... mas também mais anos, mais experiência, mais vivência. Andou por Ceca e Meca. Quando no Portugal de então nunca o Sol se punha e ele, militar como era, tinha de defender a Bandeira. Como jurara e lhe ensinaram.Agora... é o último arrimo – e mesmo assim longínquo – que me deixaram na serrania das Beiras... a que eu ainda pertenço pelo coração.E ele telefonou-me agorinha mesmo...Só me falou em coisas tristes e mais tristes parecendo. No madeiro que aquece os corpos das aldeias que ainda temos. Da mãe que nos chamava para a filhós de abóbora e pão de milho. Das míseras prendas (míseras no valor que não no significado, não) que todos íamos tendo. Mesmo no tempo em que a guerra forçara a racionamentos e

agências caridosas nos atiravam com as senhas... sempre as senhas, para comprar pão.E ele telefonou-me agorinha mesmo, em véspera de Natal.Do Natal Português não falo. Não vale a pena. Ele vai estando apenas no coração da gente. Daquele velho, ali... e daquela senhora também já idosa que o acompanha... e mesmo que haja meninos que ainda vão entrando no jogo do faz de conta... eles vão esquecer em breve. O manto do consumismo e das prendas... o mando de Pais Natais que o não são... há-de cobrir tudo e há-de fazer esquecer tudo.E ele telefonou-me agorinha mesmo... Você, leitor, ainda tem quem lhe telefone em noite de Natal? Feliz... feliz... feliz! Para o ano... já não sei se terei alguém. Ou se alguém me terá a mim...Feliz Natal a todos. Mesmo na noite em que o meu coração a transformou em Noite de Angustia.

Uma Noite de Natal... que já não tarda

José Maria C.S. André

Fernando Cruz Gomes

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21 Dezembro 2015 21 Dezembro 2015 Feliz Natal . 9

Sem o presépio, provavelmente ele hoje não viveria, e sem o Francisco talvez hoje não houvesse este presépio.

– A Toninha, o Luís Filipe, a Maria, o João...

– Ó Sofia! Estão a ligar-me, desesperados, do jornal: querem a crónica ime-dia-ta-men-te. Beijinhos!

Aliás, ele queria mesmo era ficar lá!

No fim de jantar connosco, com outros colegas «pedintes» e amigos que visitam diariamente o presépio, comunicou-se a todos o desejo do Douro.

Cada um deitou o que pôde num saco, mesmo os pedintes. No fim, um deles anunciou: «temos dinheiro para o Douro, a mulher e o filho irem para a Bulgária»!

Foi um momento de grande emoção e a seguir de saudade, quando fomos despedir-nos deles, ao comboio que partiu de Santa Apolónia.

– Num Natal anterior, o Eber, um adolescente que entrou para partir tudo, acabou a passar a noite de Natal com um grupo de velhinhas que estavam sozinhas, que ele ajudou e serviu.

Aprendeu a rezar e pediu para começar a catequese.– A senhora Amélia entrou desesperada no presépio, a pedir para rezarmos com ela.

Não ligámos, porque estávamos atarefados, mas ela insistiu e tivemos de deixar tudo. Nos dias seguintes, voltou. Depois, contou-nos a história daquela aflição: queria suicidar-se... mas, depois daquelas visitas ao presépio, tinha recuperado a alegria!

– O Francisco vem de 2001. Era um sem-abrigo, vivera na rua durante 26 anos. Alcoólico, mas um homem cheio de fé!

Nunca mais nos deixou. Hoje já tem o seu quartinho e cuida muito bem de si.

Está a tirar um curso de jardinagem e o 9º ano.

Aprendemos tanto com ele, pela perseverança, pela humildade, por aquela dignidade que ensina tanto sobre a miséria e como se lida com ela.

O Francisco é um professor de humanidade. Hoje é um dos principais voluntários.

No tempo que se aproxima é fácil perdermos a noção do verdadeiro espirito do Natal. É, sim. Não são as prendas que recebemos. Nem as coisas materiais que compramos ou temos. Melhor... são os momentos que passamos juntos com quem amamos. Natal á para a familia. É saber agradecer a Deus tudo o que temos e as pessoas que partilham connosco a vida. Não podemos esquecer que, algures, há alguém que não tem ninguém que o espera em casa. Nós temos. É importante saber sempre ultrapassar uma dificuldade e aproveitar o tempo ao máximo com os que nos amam. Todos nós devemos conhecer alguém que perdeu pedaços de si próprio numa turbulência de vida que apareceu. A historia que vou contar, foi-me contada quando tinha oito anos. E deu-me a noção de que é importante ajudar a quem necessita. Joaquim era um homem de familia. Digamos, um bom chefe de familia. Era casado e tinha dois filhos. Tomás, de cinco, e Catarina, de dez. Luanda, a esposa, era dona de casa. Joaquim trabalhava nos Correios, no local mais perto da sua casa. A tarefa dele era sempre a mesma desde há 15 anos. Investigar a caligrafia de cada um. Todas as cartas que não tinham a morada certa, ele procurava o que faltasse para que o destinatário recebesse a sua carta. Às vezes até era difícil decifrar a letra. Outras vezes faltava o código postal. E lá tinha o Joaquim de escrever, sempre para ajudar o remetente. O casal morava numa casa pequena mas aconchegada, e o Joaquim sempre trabalhou horas extras para que não faltasse nada em casa. A sua rotina era sentar-se no sofá depois de jantar com a familia e contar aos filhos historias de cartas perdidas, de nomes engracados. E o Tomás e Catarina olhavam-no como se ele fosse um detective. Ele era um homem com boa disposição. Sempre pronto a ajudar quem precisasse. Sempre a sorrir... ...até que um dia o Tomás ficou muito doente com febre. Passadas 48 horas, faleceu. O Joaquim, com a mágoa e dor, perdeu pedaços de si. A sua alma pareceu morrer também.

Luanda, juntamente com a Catarina, lutaram contra a sua dor. Tentaram controlar a mágoa que sentiam, e iam, aos poucos, ficando determinadas a fazer o melhor de tudo. Joaquim, porém, perdeu a sua direcção de vida. Todos os dias lhe pareciam iguais. Completamente idênticos. Levantava-se, ia trabalhar, e ficava pasmado. Não tinha reacção nenhuma. Não falava com ninguém se não puxassem a conversa primeiro. Ficava como uma estátua... ao jantar e deitava-se logo de seguida. Luanda notava que ele praticamente não dormia. Via-o acordado varias vezes durante a noite. Tentava explicar-lhe que não era certo viver assim. Nem para o Tomás que tinha partido nem para as que estavam presentes. Nada adiantava. Joaquim perdera a razão de viver. Os meses passaram. O final de ano não tardava. E o Natal estava à porta. Numa tarde normalissima como outras, Joaquim estava vendo as cartas devolvidas quando encarou com uma Carta escrita para o Pai Natal. Estava quase disposto a atirá-la para o lixo quando alguma coisa lhe disse para ele abrir...”Querido Pai Natal. Cá em casa estamos todos tristes e eu não quero que me tragas algo. O meu irmaozinho foi para o Ceu na Primavera passada. A única coisa que quero é que venhas a nossa casa para levar os brinquedos do meu irmão. Queremos que lhos entregues. Vou deixa-los num cantinho da cozinha perto do fogão. Lá encontrarás o cavalo preferido dele... e um comboio com que ele brincava muito. Eu sei que sem estes brinquedos ele vai se sentir muito só e perdido. Por favor, leva-os para ele. Eu não preciso de nada, mas se puderes... dá ao meu pai algo para que ele volte a ser o que era... ficarei muito grata. Ele contava-me muitas histórias antes. Agora, ele nem sequer me vê quando chega a casa. Se puderes ajudar... eu serei para sempre boa. Desde já... despeço-me, Catarina”. Naquela noite, Joaquim chegou a casa e abraçou a familia. Contam-me até que esteve... três horas seguidas a contar histórias à filha.

Leva os brinquedos ao meu irmão...

Presépio na cidade, em

Lisboa.

Lara Ingrid

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21 Dezembro 2015 10. Comunidades

*Valeu a pena a iniciativa que lembrou (ainda mais) a Madeira distante

Era a Noite do Mercado. Uma noite que iria ser feita, pela primei-ra vez, na Casa da Madeira. Uma noite que, exactamente por ser levada a cabo pela primeira vez, poderia dar para o torto, como se costuma dizer. Poderia... não ter público. E, no entanto – compro-vámo-lo nós e, decerto, quantos por lá passaram – nunca a Casa da Madeira pareceu tão cheia. Era, decerto, a saudade a mandar. A saudade e, naturalmente, a proximidade do Natal, festa que empol-ga sempre. De resto, ali mesmo, bem pertinho das atenções gerais... um Presépio dava a entender que a Noite era, igualmente, do Natal que se avizinha.

Muitos foram, decerto, para fazer as compras de Natal. Muitos ou-tros, porém, foram refrescar o gosto pela terra distante. Voltar a ver e provar os bolos de mel, as broas de mel caseiras, a carne de vinho e alhos. Eventualmente deliciar-se com as sandes de espada preta, com o bolo de caco, com as frutas da terra, Eventualmente, tam-bém, com aqueles torresmos que os mais velhos conheciam, decer-to, mas dos quais os mais novos parecem estar a aprender a gostar.

Quando lá chegámos – já nem era cedo, não – estava o Décio Gon-çalves a actuar. As suas próprias modinhas, decerto, mas muitas outras ao gosto de quantos ali estavam.

Antes, já tinha actuado o Rancho Folclórico da Casa da Madeira. E quase no fim era como que um pedaço de comédia a que já nem pudemos assistir. Mas que interessou, e muito, aos presentes, como nos disseram depois.

Por sobre tudo, e com música para todas as idades, era o M.A.N. Entertainment... que fazia pular e dançar quantos ainda cabiam numa nesga de espaço para saracotear. Sim, só uma nesga de espa-ço, já que a casa estava por demais cheia para permitir a habitual dança.

A saudade a falar mais altoE as conversas que por ali se encetavam?! A saudade a falar mais alto, mesmo da parte dos mais novos, também eles a aprender a amar ainda mais a terra que os viu nascer ou aos seus pais ou avós?!

Uma casa cheia. Sim, uma casa cheia e uma forma de “fazer coisas” que, decerto, ficará a fazer parte dos programas festivos da Casa da Madeira. Pelo menos, assim o ouvimos dizer, quer ao presidente, Rick Coelho, quer às demais pessoas com quem falámos. “A verda-de é que hoje é a Noite do Mercado. É a primeira vez que a Casa faz isto... e muita gente veio aqui. É a primeira vez que fazemos isto, mas acho que já posso dizer que é um grande sucesso. No fundo, é uma casa cheia. Uma casa cheia de amigos...” Rick Coelho estava, naturalmente, satisfeito.

É isso mesmo. Ali ao lado, era Madalena Garcia. Feliz e satisfeita até porque a sua “barraca” já quase não tinha nada. Vendera tudo e, em determinados artigos, se mais houvesse... mais se vendia.

Benvinda Gomes e Lúcia Santos. Quase se não ouviam, tanto era o “bruá” que por ali se anotava. Para ambas, tudo aquilo era uma “loucura”, como já antes a Madalena nos tinha dito.

A Madeira mais perto de todosClaro que a maioria dos presentes era constituida por Madeirenses (de ontem ou de hoje), claro. Só que vimos por lá muita gente que foi à Casa da Madeira... para apreciar (e comprar, claro) aquelas maravilhas que a Noite do Mercado proporcionou.

Viva, Casa da Madeira. Cumpriu a sua missão. Mais do que isso, espalhou a Cultura Madeirense – que tudo aquilo era mesmo uma forma de Cultura – por toda aquela gente.

Valeu a pena! Rick Coelho e a sua Direcção, bem como os orga-nizxadores que ajudaram, estão de parabéns. Quem fez aquilo faz, decerto, outras coisas idênticas e de valia certa. Ficamos à espera de mais...!

“Ofereça um Natal mais feliz...”“Ofereça um Natal mais Feliz” era o tema genérico. Como já dissemos, o BPI vai levando a cabo a iniciativa, um pouco por todo o mundo. Entre nós, a organização escolhida foi a Luso-Canadian Charitable Society. Como aconteceu, já, no ano passado. E na manhã de terça-feira... os sorrisos de toda aquela gente... eram sorrisos de felicidades.

Uma iniciativa que tem, de facto, pernas para andar. E tem pernas para andar porque é levada a cabo com coração e sentimentos, por alturas do Natal. O escritório de representação do BPI levou a cabo por cá o que a “casa mãe” fazia por lá. E Marcos Figueiredo entendeu que, entre as obras assistenciais a servir... esta Luso-Canadian Charitable

Society estava em primeiro lugar. E depois, aos poucos, começa a alargar-se a onda. Paula Couto e outros elementos do BPI deram,-se as mãos. E depois, outras se lhe juntaram. Este ano, destaque também para Aldina Grainger.E quantos por ali estavam – portadores de eventual deficiência que os faz diferentes – vibravam com a iniciativa. Era de satisfação o seu sorriso. Marilene Santos estava em todos, na ajuda a prestar. Quem não faltou... foi Jack Prazeres. É a sua casa. É a expressão do seu sentimentalismo. E entende que tudo aquilo nos traz, afinal, sinais de recordar.Foram várias dezenas os presentes de Natal. Foram, afinal, outras tantas formas de oferecer um Natal mais feliz...

Academia do Bacalhau a andar em frenteA Academia do Bacalhau levou a cabo, mais um dos seus jantares. Desta feita era, especialmente, para angariação de produtos alimentícios para o Food Bank. O encontro decorreu na sala do bar da Casa do Alentejo e serviu, também, para apresentação do chamado bacalhoeiro do ano. Muita gente. Comadres e compadres interessados no objectivo que é, no fundo, fazer bem. Entender, neste caso, o drama dos que, eventualmente, não tenham comida suficiente. Era, portanto, para apoiar o Food Bank local.Rui Gomes fala-nos, portanto, da nota dominante do jantar, acentuando que tudo correu bem. Para além da recolha de alimentos, era, também, a apresentação do bacalhoeiro do ano. O escolhido, para o efeito, foi Eduardo Rebelo. Que frente a si tinha as insígnias entregues pela Academia do Bacalhau. E nem foi difícil a escolha, já que quando o nome “apareceu” houve unanimidade.Para o presidente da Academia, não foi difícil escolher o bacalhoeiro do ano. Quando o nome de Eduardo Rebelo foi apresentado... a escolha foi imediata.

A verdade é que a Academia do Bacalhau tem objectivos que vale a pena ter em conta. Tem objectivos e tem, afinal, um conjunto de pessoas que entendem essa mesma missão.Academia do Bacalhau de Toronto. Mais uma reunião. Com objectivos que interessa enaltecer.

Casa da Madeira esteve à altura dos seus pergaminhos

Livros “nossos” para todos

É mais uma concretização da promoção da leitura em português, da responsabili-dade do Camões, Instituto da Cooperação e da Língua.

Esta é a segunda biblioteca de Toronto, após a de Bloor/Gladstone Public Library, a beneficiar desta iniciativa e servirá uma zona de grande concentração de portugue-ses.

O Cônsul-Geral de Portugal em Toronto e a Coordena-dora de Ensino Português no Canadá procederam, há dias, à entrega de uma mi-nibiblioteca à Dufferin/St.Clair Public Library.

São cerca de 70 livros em português, oferecidos pelo Instituto Camões, de dife-rentes autores lusófonos, destinados a um público ju-venil e adulto.

A “Noite do Mercado”

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21 Dezembro 2015 21 Dezembro 2015 Comunidades . 11

PCCM - Festa do Natal das Crianças

cada pessoa que ajudou. É muito fácil de assistir a um espetáculo destes e esquecer a enorme quantidade de tempo e esforço que foi necessário. Quero agradecer às crianças que têm vindo a todos en-saios nestas últimas 4 semanas, aos diretores do clube que apoiaram o grupo de jovens, aos pais que trouxeram os filhos para o clube, e a todos que participaram. Do fundo do meu coração, obrigado” disse Jenny Martins.

O Pai Natal esteve também por lá, claro, e depois seguiu-se a se-gunda parte da grande festa de Natal 2015. O conjunto Santa fé “assumiu” o palco e como sempre não dececionou. Em tudo, foi mesmo uma grande noite. Aliás, diga-se mesmo que este tem sido um grande ano preenchido por eventos e espetáculos no Centro Cultural Português de Mississauga. O Presidente Tony de Sousa e a Vice Presidente Nancy Vieira como também todos seus diretores tem feito um trabalho incrível! Parabéns a todos eles. Falta só mais um evento para preencher o calendário deste ano, a Passagem de ano, 31 de Dezembro com o conjunto Tabu. Olhando bem para 2016, com base naquilo que foi 2015... 2016 será ainda melhor. - ALBERTO NOGUEIRA / ABC

Foi Jenny Martins, Vice Presidente da Direcção Jovem que nos disse o porquê desta nova atração... “Simplesmente, o nosso Presidente e a Vice-Presidente pediram-nos para fazer algo de novo e divertido este ano. Então, entre os administradores do grupo jovem, pensa-mos em fazer alguma coisa a pensar nos mais novos. O mais impor-tante para nós foram mesmo as crianças. Para o ano que vem vamos tentar continuar a pensar sempre nos mais novos. É importante criar algo que possa fazê-los felizes e querer também fazer parte da festa. Eu acho que a melhor parte do Natal é mesmo ver a forma mais pura de alegria no rosto de uma criança. Quero agradecer a

Em Mississauga, cada fim de semana, parece trazer às instalações do Centro Cultural Português... sempre uma festa ou evento de qua-lidade. Seja ela uma festa onde cantores consagrados do mundo da musica portuguesa entram em palco, ou um festival de folclore tradicional entre muitos outros eventos que lá decorrem faz daque-le grande salão e local uma noite inesquecível para quantos por la passam. Este fim de semana, porém, a festa foi mais simples, mais típica, e mesmo assim foi uma grande festa.

Como não podia deixar de ser, este sábado, o Centro Cultural Por-tuguês de Missisauga levou a cabo a “Festa do Natal das Crianças”, com o já tradicional Presépio ao Vivo, coordenado complemente pelos mais novos e (quem sabe?!), futuros diretores deste grande centro em Mississauga. O jantar como sempre, foi servido pelos mais velhos. Em anos anteriores, o “Presépio ao vivo” foi sempre bastante rigo-roso em contar o que aconteceu em Belém... Este ano, sem querer tirar nada à historia do nascimento de Jesus, a direção jovem deci-diu incorporar também algo de novo e mais a festa para agradar e incentivar principalmente a participação dos mais novos. Este ano, o Presépio ao vivo viu também o tema do filme popular “Frozen” da Disney ser adicionado a festa de Natal.

Casa da Madeira esteve à altura dos seus pergaminhos

Livros “nossos” para todos

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Executivo da Local 183 agradece pelo “óptimo trabalho feito ao longo do ano”A verdade é que o ano de 2015 foi bom e o próximo ano traz boas perspetivas (e muito trabalho) para o setor da constru-ção, em resultado do compromisso por parte da província do Ontário e do governo federal em investir (muitos) milhões de dólares na modernização da infraestrutura do país.Jack Oliveira, Business Manager da Local 183, fez questão de sublinhar isso mesmo, durante o Shop Stewards and Health and Safety Representatives Christmas Dinner, realizado na noite de sábado, em Toronto.Reforço dos contratos de trabalhoNa sua mensagem aos membros, Oliveira agradeceu aos Shop Stewards and Health and Safety Representatives pelo ótimo trabalho feito ao longo do ano para reforçar os contra-tos de trabalho e proteger a saúde dos membros do sindicato.“Vocês são os nossos olhos e ouvidos no terreno. A nossa primeira linha de defesa”, disse Oliveira, acrescentando que “juntos, somos uma equipa, que não vai ser dividida ou dis-traída de representar os nossos membros no melhor das nos-sas capacidades”.

A noite era de festa e não era para menos. Pelo menos assim o anotamos, nas conversas que fomos ouvindo. Festa no me-lhor sentido do termo.

Oliveira elogiou também o trabalho que Joseph Mancinelli, LiUNA International Vice President and Central & Eastern Canada Regional Manager, faz na defesa dos interesses da or-ganização sindical. E não esqueceu o papel dos reformados na construção dos alicerces do sindicato.Orgulho por mais um ano de sucessoJoseph Mancinelli, por sua vez, era um homem orgulhoso por mais um ano de sucesso.“Esta é uma ótima noite de celebração. E por quê? Porque 2015 foi um ano fantástico, em que a maioria dos membros esteve a trabalhar e foram registados poucos acidentes de tra-balho”, afirmou Mancinelli.O líder regional sublinhou que para se falar de um ano de 2015 seguro, no geral, muito se deveu ao trabalho extraordi-nário de uma equipa de pessoas no terreno. “Todas as nos-sas companhias estão orgulhosas das pessoas que trabalham para elas, porque são a força laboral mais produtiva em qual-quer parte do Canadá.”

12 . Comunidades 21 Dezembro 2015

Shop Stewards and Health and Safety Representatives Christmas Dinner

Os bilhetes já foram postos à venda

Bieber em Lisboa em Novembro de 2016

O cantor canadiano Justin Bieber, que venceu o prémio de melhor artista masculino da MTV Europe, vai atuar no MEO Arena, em Lisboa, a 25 de novembro de 2016, anunciou quarta-feira a pro-motora Everything is New.

Justin Bieber atua em Por-

tugal a 25 de novembro do próximo ano, mas os bilhetes para o concerto foram colo-cados à venda sábado, dia 19 de dezembro. Centenas de fãs formaram fila desde ma-drugada para conseguir um ingresso para os melhores lugares.

Os bilhetes mais caros, des-tinados ao Golden Circle, esgotaram ao fim de três horas. O músico, que atuou em Portugal pela primeira a 11 de março de 2013, re-gressa para um concerto no Meo Arena, em Lisboa, que será o último espetáculo da digressão “Purpose World Tour”, com data de arranque marcada para 14 de setem-bro de 2016 em Berlim, na Alemanha.Justin Bieber está, ENTRE-TANTO, envolvido em uma nova polémica, desta vez relacionada com a sua vida sexual. Uma modelo inglesa, chamada Laura Carter, re-velou ao ‘The Sun’ que tinha

feito sexo a três com o cantor canadiano num hotel situa-do em Londres... Coisas!

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21 Dezembro 2015 Comunidades . 13

Os membros do Parlamento Provincial Laura Albanese, Cristina Martins, e os vereadores municipais Cesar Palacio, Ana Bailão, Anthony Perruzza, em Toronto, e Martin Medei-ros e Pat Fortini, em Brampton, estavam entre as figuras po-líticas que marcaram presença no evento de natal, que teve ainda um minuto de silêncio por aqueles que perderam as suas vidas no local de trabalho.Foi ainda exibido um pequeno clip de vídeo sobre a abertura de escritório de campanha (2010) da equipa de Jack Olivei-ra e todo o percurso feito até à vitória final, enquanto novo executivo para a Local 183. Seguindo-se o processo de vitó-ria por aclamação, em 2015, que deu ao executivo mais um mandato de quatro anos. E a história continua …

Executivo da Local 183 agradece pelo “óptimo trabalho feito ao longo do ano”21 Dezembro 2015

197 Spadina Ave, Suite 402 , Toronto

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21 Dezembro 201514 . Mensagem

Jaime CortezE-Board Member

Nelson MeloPresident

Luis CamaraSecretary Treasurer

Jack OliveiraBusiness Manager

Bernardino FerreiraVice-President

Marcello Di GiovanniRecording Secretary

Patrick SheridanE-Board Member

1263 Wilson Avenue, Toronto ON M3M 3G3416 241 1183 ph • 416 241 9845 fx

1 877 834 1183 toll free

64 Saunders Road, Barrie ON L4N 9A8705 735 9890 ph • 705 735 3479 fx

1 888 378 1183 toll free

560 Dodge Street, Cobourg ON K9A 4K5905 372 1183 ph • 905 372 7488 fx

1 866 261 1183 toll free

A Direcção Executiva da Local 183, os seus

representantes e funcionários, desejam a todos os

membros, suas famílias e à Comunidade em geral,

um SANTO e FELIZ NATAL e um PRÓSPERO ANO NOVO.

Kingston O�ce145 Dalton Ave, Kingston ON K7K 6C2613 542 5950 ph • 613 542 2781 fx

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21 Dezembro 2015 21 Dezembro 2015 Desporto . 15

Sporting perde e FC Porto é líder isolado pela primeira vez na ‘era’ Lopetegui

O êxito do FC Porto esteve nas cabeças de Danilo (07) e Aboubakar (53), o primeiro na sequência de canto e o segun-do de livre, bem como na arte de Herrera (72), que concluiu trabalho de Corona com toque de calcanhar.Rui Pedro (84 minutos) ainda reduziu, insuficiente para co-locar em causa o sexto triunfo consecutivo dos ‘dragões’ na competição.

O FC Porto isolou-se, ontem, pela primeira vez, no comando da I Liga de futebol 2015/16, após vencer a Académica por 3-1 e beneficiar da primeira derrota do Sporting, por 1-0, no União da Madeira, à 14.ª jornada.Dias depois de ter sido afastada da Taça de Portugal, pelo Sporting de Braga (4-3, após prolongamento), a equipa de Jorge Jesus voltou a tropeçar, no primeiro desaire no cam-peonato, que lhe custa a liderança que era isolada há várias jornadas, na sequência de sete triunfos consecutivos.

Um golo do brasileiro Danilo Dias, aos 69 minutos, de cabe-ça, selou o terceiro triunfo na prova dos insulares e o primeiro desaire dos ‘leões’, que apenas haviam cedido dois empates, na receção ao Paços de Ferreira e no Bessa, com o Boavista.O União tinha surpreendido o Benfica (0-0) no início da se-mana, em jogo em atraso da sétima jornada, depois de sofrer uma goleada por 6-0 em Paços de Ferreira, que deixou o trei-nador Norton de Matos em situação fragilizada.Quando iniciou o jogo no Dragão, o FC Porto sabia que os três pontos lhe davam o comando, por um ponto, a primeira liderança isolada na ‘era’ Lopetegui, precisamente em véspe-ras da deslocação a Alvalade, a 02 de janeiro.

O triunfo vale 36 pontos, mais um do que o Sporting e cinco que o Benfica, que venceu em casa o Rio Ave por 3-1, num desafio em que ficou a reclamar três grandes penalidades.

O bicampeão, que vinha de 0-0 em casa do União, foi o pri-meiro dos grandes a jogar e teve no brasileiro Jonas a sua principal figura, pois marcou aos quatro e 81 minutos, pas-sando a 13 na prova, e fez a assistência para o terceiro, do mexicano Raúl Jiménez, aos 83. O bielorrusso Renan Bressan marcou para os visitantes, aos 13.

Destaque ainda para o terceiro triunfo do Moreirense na pro-va - 2-0 sobre o Nacional -, que lhe dá uma folga no fundo da tabela, bem como o êxito do Vitória de Setúbal, por 3-1 em Tondela, cada vez mais lanterna-vermelha, com apenas cinco pontos, metade dos da Académica e Boavista, penúltimos.A ronda fica completa hoje, segunda-feira, com os desafios Belenenses–Boavista (14:00) e Sporting de Braga–Paços de Ferreira (16:00).

- Sábado, 19 dez:Arouca – Marítimo, 4-1

Estoril-Praia – Vit. de Guimarães, 0-1 - Domingo, 20 dez:

Benfica – Rio Ave, 3-1 Moreirense – Nacional, 2-0

Tondela – Vitória de Setúbal, 1-3 União da Madeira – Sporting, 1-0

FC Porto – Académica, 3-1 - Segunda-feira, 21 dez:

Belenenses – Boavista, 14:00 (Sport TV)Sp. de Braga – Paços de Ferreira, 16:00 (Sport TV)

Programa da 15.ª jornada:

- Sábado, 02 jan:Académica – União da Madeira, 11:00

Boavista – Moreirense, 11:00Nacional – Arouca, 11:00

Marítimo – Estoril-Praia, 11:00Vit. Setúbal – Sp. de Braga, 11:15 (Sport TV)

Vit. de Guimarães – Benfica, 13:30 (Sport TV)Sporting – FC Porto, 15:45 (Sport TV)

- Domingo, 03 jan:Rio Ave – Tondela, 12:00 (Sport TV)

Paços de Ferreira – Belenenses, 14:15 (Sport TV)

Resultados

FELIZ NATAL E BOAS FESTAS

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21 Dezembro 201516 . Desporto

Beneficiando da derrota “leonina” FC Porto tem a liderança no sapatinho...apontaram os tentos dos ‘azuis e brancos’, enquanto Rui Pe-dro marcou o golo de honra dos ‘estudantes’, aos 84.

Com este resultado, o ‘onze’ de Julen Lopetegui passou a somar 36 pontos, mais um do que o Sporting, que sofreu o primeiro desaire, por 1-0, no reduto do União da Madeira, e caiu para o segundo posto, em vésperas de receber os ‘dra-gões’.

O FC Porto ascendeu hoje à liderança isolada da I Liga por-tuguesa de futebol, passando a ser a única equipa invicta, ao vencer em casa a Académica por 3-1, em encontro da 14.ª jornada.

Danilo Pereira, aos sete minutos, o camaronês Vincent Aboubakar, aos 53, e o mexicano Héctor Herrera, aos 72,

André Moreira realça o trabalho do União

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FELIZ NATAL

Leão caiu com estrondo na MadeiraUm golo solitário de Danilo Dias permitiu on-tem ao União da Madeira bater o Sporting por 1-0, em encontro relativo à 14.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no Estádio da Madeira, no Funchal.Com este resultado, o Sporting vai receber o FC Porto, na próxima ronda, em 2016, já atrás dos portistas.Depois da boa resposta dada ao Benfica, que culminou com um empate a zero, o União da Madeira partiu para este jogo com a moral e alta. Por seu turno, o Sporting procurava dar uma resposta positiva, depois da eliminação da Taça de Portugal, perante o Sporting de Braga.Assim, foi uma primeira parte de grande pressão do Sporting, que teve pela frente André Moreira como grande protagonista, com defesas de eleva-do grau de dificuldade.O União da Madeira procurou reagir e, aos sete minutos, Élio Martins obrigou Rui Patrício à única defesa ao longo de toda a primeira parte.A partir daí, só deu Sporting. Aos 23 minutos, Jefferson na marcação de um livre, proporcionou a André Moreira a sua primeira defesa de vulto e, aos 28, Adrien lançou Slimani, que rematou cru-zado, pouco ao lado.

Os derradeiros cinco minutos foram eletrizantes, com André Moreira a deter um cabeceamento de Slimani, após centro de Bryan Ruíz, aos 40 mi-nutos, e um remate de Gelson, aos 43, e outro de Montero, já nos descontos.A pressão junto à baliza dos madeirenses acen-tuava-se, mas, numa rápida transição, aos 69 mi-nutos, Paulinho centrou da direita e Danilo Dias cabeceou fora do alcance de Rui Patrício, inaugu-rando o marcador.O Sporting respondeu de pronto e, no minuto seguinte, após centro de Gelson Martins, Slimani cabeceou junto ao poste. Pouco depois, foi Gel-son Martins a voltar a obrigar André Moreira a uma aparatosa defesa. Apesar de tudo, o Sporting acusou claramente o golo e embora continuasse a deter o domínio do jogo, a clarividência foi-se perdendo com o pas-sar dos minutos.Contudo, nos derradeiros segundos, André Mo-reira voltou a ter de mostrar todos os seus recur-sos, negando o golo ao Slimani, com mais uma grande defesa.

O jovem guarda-redes André Moreira, do União da Madeira, dividiu hoje com os companheiros os louros pelo triunfo caseiro sobre o Sporting por 1-0, na 14.ª jornada da I liga de futebol.O internacional português nas camadas jovens fez uma exibição de grande qualidade, mas pre-feriu partilhar o feito com os seus colegas de equipa, no que foi o primeiro desaire dos ‘leões’ no campeonato.

“O maior obstáculo ao Sporting foi a equipa e foi um bom presente de Natal”, disse, reconhecendo que este poderá ter sido um dos melhores jogos que efetuou pelo União.

Sem se deter, considerou que o União “esteve muito bem, conseguindo compreender muito bem os vários momentos do jogo”.

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21 Dezembro 2015 21 Dezembro 2015 Desporto . 17

Jaime Marta Soares fala na Taça de Portugal«Alguém quis dar a prenda de Natal a uns e a fava a outros»O presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting con-sidera vergonhoso o que se passou no jogo diante do SC Bra-ga.

«É uma vergonha o que se passou no jogo em Braga.

O Sporting marcou mais golos, foi melhor equipa e acabou eliminado. Isto é inaceitável, alguém quis dar a prenda de Natal a uns e a fava a outros. O rei vai nu e não podemos permitir que isto continue a acontecer», referiu Jaime Marta Soares, em declarações à Re-nascença.

Para o dirigente, a arbitragem portuguesa está um caos e, apesar de não ter utilizado a palavra demissão, deixa entend-er que esse é o caminho para quem está a frente do sector:

«Assumimos o nosso lema, com força, dedicação, devoção, só não tivemos a glória porque fomos espoliados vergonho-samente. O futebol português deveria ter atenção que não terá qualquer árbitro no próximo Campeonato da Europa, isso é demonstrativo da situação caótica da arbitragem por-tuguesa. Devia ser suficiente para os seus responsáveis perce-berem qual o caminho que têm de tomar.»

Jaime Marta Soares, de qualquer forma, deixou palavras de agradecimento aos adeptos do clube, salientando a forma como estes reagiram apesar da eliminação da Taça de Por-tugal:

«Enquanto alguns, mesmo sendo altamente beneficiados, são insultados e enxovalhados, no Sporting acontece o contrário. Fomos eliminados, mas, no final, o que sucedeu em Braga foi maravilhoso, extraordinário.

A massa associativa do Sporting Clube de Portugal a aplau-dir a equipa daquela maneira é elucidativo de como somos diferentes e deve tocar fundo todos os desportistas no nosso país.»

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A todos os nossos membros e à Comunidade em geral,

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21 Dezembro 2015 21 Dezembro 2015 Mensagens . 19

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21 Dezembro 201520 . Desporto

Sporting de Braga atira Sporting para fora da Taça de Portugal

o nosso futebol e é pena ter que sair uma das equipas [da Taça de Portugal] porque tanto nós como o Sporting provámos o nosso va-lor. Quer me parecer que acabámos por merecer a vitória, criámos mais ocasiões. Provámos que podemos discutir o jogo com qual-quer equipa”.Bruno de Carvalho, presidente do Sporting, usou o Facebook para comentar o jogo.O líder dos leões lamentou a arbitragem: “Factos: um golo do Braga precedido de falta sobre William e um golo mal anulado ao Sporting CP de Slimani. [...] É uma tristeza grande ver idiotas diariamente a chorar na televisão sobre pressões e benefícios do Sporting CP e depois ir assistindo ao que acontece jogo após jogo”.

Na reedição da final da Taça da última temporada, os bracarenses garantiram a qualificação no prolongamento com um golo de Rui Fonte (111), depois de Wilson Eduardo (42), Alan (54) e Marcelo Goiano (83) terem feito os outros golos dos ‘arsenalistas’.Bryan Ruiz (10 minutos), Slimani (57) e William Carvalho (67) marcaram os golos dos ‘leões’.Após a partida Jorge Jesus comentou para a SportTV o jogo. O téc-nico dos leões afirma que “Nós e o Braga tentámos sempre ganhar o jogo. Foi isso que as equipas fizeram e isso proporcionou um ex-celente jogo e portanto o Sporting voltou a fazer um grande jogo contra uma boa equipa”.Jesus sublinhou ainda o que disse ser um erro da arbitragem: “as duas equipas fizeram tudo para ganhar. É verdade que acabou por ganhar o Braga mas a primeira equipa a fazer 4-3 foi o Sporting, num golo de Slimani legal: não está fora de jogo”.Paulo Fonseca, treinador do Braga, mais contente com o resulta-do afirmou que este foi “um jogo que promove da melhor forma

Limpinho... limpinho!Outra vez... outra vez, o Futebol a meter-se no nosso dia-a-dia, como piolho na costura. É já hábito. É já usual, até quando nos outros sectores de actividade, o nosso Povo anda cabisbaixo e em crise. Entra por aí o Futebol para ani-mar as hostes. Para nos puxar um pouco mais lá para cima.Era o último jogo do dia, a contar para uma coisa que se chama Taça de Portugal. E como o jogo foi mesmo conside-rado o melhor do ano – o melhor do ano, pelo menos para a maior parte dos analistas desportivos – vai ser falado muitos dias e muitas semanas.De resto, estava uma equipa chamada “S” que tinha ruado daquela prova um outra de grande gabarito... o clube “B”. Para muitos, estava-se mesmo a ver que ontem estava ao lado do “SB”. Que, naturalmente, dançaram e pularam ao ver que o “S” ficava também pelo caminho, que traçara para o outro “B”Sem apelo nem agravo, foram dedilhadas as cordas da gui-tarra perdida. Embandeiraram em arco com os golos do “SB” e esqueceram-se de analizar o golo que foi anulado ao “S” por um jovem árbitro, que é capaz de precisar ir ao ocu-lista. Sobretudo quando, já no final de um prolongamento bem trabalhado, o guardião esbarra com um seu colega (da mesma equipa, portanto) e fica no chão a contorcer-se com dores e a contar as estrelas... deixando que a bola espirras-se... para um avançado contrário... que marcou o golo que não contou...Tudo visto, somos todos demasiadamente parolos (descul-pem... mas é o termo) quando nos integramos assim com o jogo da bola... que os analistas consideraram “o melhor jogo do ano”. Era mais lógico e melhor que acompanhássemos os golos da crise económica que, no concreto da vida, nos estão a amachucar. A amachucar e a fazxer com que o futuro seja cada vez mais incerto.Valha-nos Deus, que bem pode!

Liga dos Campeões: Benfica joga com Zenit

Arsenal - FC BarcelonaJuventus - Bayern MuniquePSV Eindhoven - Atlético de MadridBenfica - ZenitDínamo de Kiev - Manches-terNota: Os jogos da primeira mão realizam-se a 16, 17, 23 e 24 de fevereiro de 2016 e os da segunda mão a 08, 09, 15 ou 16 de março.

O Benfica vai jogar com o Zenit nos oitavos de final da Liga dos Campeões.O programa dos oitavos de final da Liga dos Campeões em futebol, segundo o sor-teio realizado na segunda-feira em Nyon, na Suíça:Gent - WolfsburgoRoma - Real MadridParis Saint-Germain - Chel-sea

Delírio em Braga! É a equipa da casa que segue para os quartos de final da Taça de Portugal num “tremendo” jogo de futebol. Os leões não vão revalidar o título que conquistaram na época passada. O jogo terminou 4-3, houve três reviravoltas no marcador. Bruno de Carvalho, Presidente do Sporting já lamentou a arbitragem

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Sem querer levantar ondas sobre as questões de arbitragem, Rui Vitória considera que o Benfica não tem sido feliz com as decisões dos árbitros, ao contrário do que acontece com Sporting e FC Porto.

«O que falo é sobre factos e situações que acontecem. Assistimos a dados concretos e, no meu entender, o tratamento dado às três equipas não foi o mesmo. Analisem vocês os lances e digam o que são os lances», afirmou.

Rui Vitória queixa-se«Tratamento dado às três equipas não tem sido o mesmo»

21 Dezembro 2015 21 Dezembro 2015 Desporto . 21

«Analisando os dados desta semana, houve decisões em sentido contrário», frisou.

*Mourinho “será sempre bem vindo em Stamford Bridge”

José Mourinho já não é treinador do Chelsea. As partes chegaram, na quinta-feira, a acordo para uma rescisão por mútuo acordo, na sequência dos péssimos resultados que os londrinos estão a registar nesta temporada.Esta é a segunda vez que o Special One sai pela “porta pequena” de Stamford Bridge, ele que em 2007 foi demitido por Roman Abramovich.Tudo indica que o sucessor será o espanhol Juande Ramos, antigo treinador de Sevilha, Real Madrid e Tottenham, que neste momento se encontra desempregado. O Chelsea, porém, para já não faz comentários.

Em comunicado, o Chelsea informou que “Mourinho e a direção concordaram que os resultados não estavam a ser bons o suficiente nesta temporada e que o melhor seria seguir caminhos separados”.Deixa o clube a bem...“O clube quer deixar claro que José Mourinho deixa o clube a bem, e que vai sempre permanecer adorado, respeitado e como figura significativa no Chelsea. Será sempre bem-vindo a Stamford Bridge”, informa o Chelsea.Segundo a BBC, que antecipou a notícia sobre a saída de José Mourinho, o técnico português terá exigido apenas o pagamento dos salários a que teria direito até ao final da temporada, ele que tinha contrato até 2018.Com José Mourinho saem igualmente os seus adjuntos portugueses - Rui Faria, José Morais e Silvino Louro.

FC Porto confirma triunfo sobre o Nacional

O FC Porto manteve a vantagem e derrotou, segunda-feira, o Nacional, por 2-1, depois de cumpridos os 15 minutos que faltavam para terminar este jogo da 13.ª jornada da I Liga de futebol, interrompido no domingo devido ao nevoeiro.Enquanto ainda era possível se ver no Estádio da Madeira, no domingo, o FC Porto marcou dois golos - Marcano (06 minutos) e Brahimi (14) - e o Nacional um - Willyan (08) -, tendo depois o nevoeiro sido o principal protagonista.Após uma paragem aos 66 minutos, outra aos 78 e uma ter-ceira aos 84, o árbitro Jorge Sousa esperou uma hora e, pe-rante as más condições de visibilidade, decidiu suspender o encontro, remarcando-se os cerca de 15 minutos que falta-vam jogar para hoje.Na segunda-feira. nos poucos minutos jogados na Chpoupa-na, o Nacional mostrou-se superior aos ‘dragões’, mais inte-ressados em defender a ‘magra’ vantagem trazida da véspera.Aos 85 minutos, o Nacional reclamou nova grande penali-dade, após Marcano ter pontapeado João Aurélio dentro da área. O árbitro não atendeu, deixando prosseguir o jogo, que não sofreu alterações no resultado.

Chelsea confirma a rescisão com Mourinho por “mútuo acordo”

«José Mourinho não deixa de ser quem é e não deixa de ser o melhor treinador do mundo por sair agora do Chelsea», disse Jorge Mendes, agente do técnico português.

Em declarações ao jornal “A Bola”, Jorge Mendes sublinhou que «a carreira de Mourinho fala por ele» e recordou o que sucedeu com Special One quando viveu pela primeira vez uma situação semelhante.

«Quando José Mourinho deixou o Chelsea da primeira vez, aceitou um tremendo desafio e fez o que ninguém no mundo do futebol acreditaria que pudesse fazer, que foi pegar no Inter de Milão e conduzi-lo a vencer a Liga dos Campeões, o campeonato italiano e a Taça de Itália, um feito verdadeiramente notável; depois foi para o Real Madrid deixar uma histórica conquista da Liga espanhola, batendo todos os recordes possiveis frente a um grande Barcelona, e ainda a Taça do Rei».

«José Mourinho não deixa de ser o melhor do mundo» - Jorge Mendes

«Hoje – lembra ainda Jorge Mendes -, José Mourinho é o treinador campeão inglês em título e até por isso não precisará nunca que alguém o defenda porque, repito, tem uma carreira assombrosa que fala indiscutivelmente por ele».

Globe Soccer Awards elege Academia do Benfica como a melhor do mundo

A academia do Benfica Caixa Futebol Campus irá ser dis-tinguida com o prémio «Best Academy of the year» (Melhor Academia do ano) na 7.ª edição dos Globe Soccer Awards, cuja cerimónia irá ter lugar no dia 28 de dezembro, no Du-bai.

O galardão será recebido pelo Diretor Geral do Centro de Formação e Treino do Benfica, Nuno Gomes.

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21 Dezembro 201522 . Portugal

Por conta da base das Lajes

Governo de Passos Coelho transferiu 26 milhões para os Açores O deputado à Assembleia da República pelo PSD/Açores, António Ventura, lembrou que o anterior Governo da Re-pública, “liderado por Pedro Passos Coelho, transferiu cerca de 26 milhões de euros de fundos estruturais, por adianta-mento, para o Governo dos Açores, para apoiar projetos de desenvolvimento. Sem fazer publicidade disso”, sublinhou. O parlamentar falava durante a discussão de uma proposta de majoração dos apoios sociais pelos impactos negativos da redução do contingente laboral na Base das Lajes, uma ini-ciativa que, disse, “incorre num erro e ilude quem a lê, pois descarrega toda a desgraça social e económica da Terceira sobre a Base das Lajes”. “Os problemas da Ilha Terceira não se resumem à Base das Lajes”, afirmou Ventura, reforçando que “esta iniciativa re-presenta uma migalha relativamente ao que já foi realizado solidariamente pelo Governo PSD/CDS-PP, que ganhou as eleições e foi derrubado neste Parlamento”. O deputado acusou o PS de ser “o culpado da desgraça que se vive nos Açores e na Terceira, pois é quem nos tem gover-nado na Região. Ao PS ao não faltou dinheiro, estabilidade, nem tempo. Desde 2000, dispôs de 2,6 mil milhões de euros de transferências da União Europeia e governou com maio-rias absolutas”, recordou. “Se o Governo dos Açores tivesse realizado o que prometeu para a Terceira nestes últimos anos não era preciso este Pla-no. Que não pode ser uma forma de branquear e desrespon-sabilizar a governação do PS na Região”, frisou. Segundo António Ventura, “o problema não é a falta de um

Plano para a Terceira, mas sim a falta de um Plano para os Açores”. O social democrata reforçou que “a economia da Ilha Ter-ceira não existe, está moribunda e sem esperança no futuro. Temos na Terceira uma grave crise, à qual, infelizmente, se acrescentam os impactos negativos da decisão dos EUA”. “Afinal, temos um Governo Regional do PS que esquece sis-tematicamente a Ilha Terceira, e na sua governação temos tido os piores resultados sociais e económicos da história da Autonomia dos Açores”. António Ventura não deixou de criticar diretamente o fa-lhanço do atual líder da bancada do PS, Carlos César, “que foi presidente do governo açoriano, e deixou a Região como se sabe. Agora, vamos ver como Carlos César, com os seus novos amigos, o BE e o PCP, vão deixar o país”, alertou.Os deputados eleitos pelo PSD/Açores na Assembleia da Re-pública, Berta Cabral e António Ventura, já adiantaram que vão, no entanto, votar favoravelmente a iniciativa discutida.

Migrações: Primeiro grupo de refugiados já está em PortugalOs primeiros dez refugiados recolocados em Portugal ao abrigo do programa da União Europeia chegaram hoje às 13h35 ao aeroporto da Portela, em Lisboa.Os dez refugiados provenientes da Eritreia e da Síria, que se en-contravam no centro de acolhimento de Itália, vão agora para o Cacém, Torres Vedras, Penafiel (Porto) e Alfeizerão (Alcobaça).Este primeiro grupo veio acompanhado por um oficial de liga-ção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e será recebido no aeroporto de Lisboa pela ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, pelo ministro-adjunto, Eduardo Cabrita, pelo diretor do SEF e pelo presidente da Plataforma de Apoio aos Refugiados, numa sessão à porta fechada.

Ainda hoje chegará um segundo grupo de refugiados que se en-contrava na Grécia, e que será recebido pelo secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, e pela secretária de Es-tado da Igualdade, Catarina Marcelino.Ao todo Portugal acolhe a partir de hoje um total de 25 refugia-dos que serão distribuídos por centros em Lisboa, Cacém (Sin-tra), Torres Vedras (Lisboa), Marinha Grande (Leiria), Penafiel (Porto) e Alfeizerão (Alcobaça).Estes refugiados são sobretudo casais, existindo seis famílias com filhos menores e um bebé, e são provenientes da Eritreia, Sudão, Iraque, Síria e Tunísia.Estão envolvidas no processo de acolhimento a Câmara Muni-cipal de Lisboa, Conselho Português para os Refugiados, Alto Comissariado para as Migrações, Plataforma de Apoio aos Re-fugiados, Cruz Vermelha Portuguesa, União das Misericórdias Portuguesas, Serviço Jesuíta aos Refugiados e Fundação Islâmica de Lisboa.Os 25 refugiados fazem parte dos cerca de 4.500 que Portugal vai receber nos próximos dois anos ao abrigo do Programa de Relo-calização de Refugiados na União Europeia.Esta semana, a ministra da Administração Interna afirmou que os refugiados que chegam a Portugal são objeto de “forte escrutí-nio”, sendo o processo de recolocação “muito cauteloso”.

Vígilia pela Paz em tempos conturbados

De seguida, cinco jovens vestidos com as cores dos cinco continentes (azul/Europa, amarelo/Ásia, preto/África, ver-de/Oceânia e vermelho/América) colocaram a Luz da Paz na varanda dos Paços do Concelho. Na esperança que não se apague em tempos tão conturbados como os atuais.

Fotos de Miguel Nunes/ASFJorge Santos Carvalho

Um dos momentos mais fortes da cerimónia aconteceu quando uma família iraquiana, de apelido Alqais, pai, mãe e três filhos, a residir no nosso país há cerca de seis anos, acen-deu o Círio da Luz da Paz, feito à mão e com mais de 13 anos

e o entregou às mãos de D. Manuel Clemente e Fernando Medina, visivelmente emocionados com a simbologia do ato.

Num momento em que o mundo se depara com a maior crise migratória desde o final da II Guerra Mundial, a Cáritas Dio-cesana de Lisboa, em parceria com o Patriarcado e a Câma-ra Municipal de Lisboa, organizou uma Vigília pela Paz, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, em memória de todos aqueles que perderam a vida em busca de um futuro melhor.

O encontro contou com a presença do cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, do presidente da Câmara Mu-nicipal Fernando Medina, e de Pedro Calado (Alto Comis-sário para as Migrações), além de líderes de diversas confis-sões religiões (Comunidade Hindu, União Budista ou Igreja Evangélica Metodista, entre outras).

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21 Dezembro 2015 21 Dezembro 2015 Portugal . 23

O Natal já não é o que era. Há cada vez mais portugueses e estrangeiros a optar por reunir a família nesta época, mas num hotel. O objetivo é aproveitar ao máximo a companhia um dos outros, sem grandes stresses e com maior conforto.

De acordo com um estudo da Homeway, as vagas nas unidades hoteleiras devem esgotar na noite de consoada, sendo que 91% dos portugueses vai passar o Natal, em média com oito pessoas. Já um em cada quatro portugueses irá juntar mais de 10 pessoas, pelo que, segundo o Jornal de Notícias, preferem passar a noite num alojamento de férias.

O aumento de pessoas que prefere passar esta data fora de casa está também relacionado com o facto de haver cada vez mais emigrantes que regressam a Portugal nesta época e que para juntar a família toda preferem fazê-lo num hotel.

Lisboa, Serra da Estrela e Porto são as cidades onde os estabelecimentos hoteleiros registam maior procura. A cidade do Porto está com 68% da noite reservada. Assim, o Natal que era anteriormente uma das piores épocas para o negócio da hotelaria, está a tornar-se numa boa temporada.

O Jornal de Notícias refere também que os portugueses procuram agendar com cada vez maior antecedência a noite de Natal nos hotéis, coisa que antes era feita quase em cima da hora.

Hotéis são local de eleição de portugueses para passar o Natal *A tradição já não é o que era.

Conta o “Diário de Notícias” que o tapete vermelho foi estendido nas escadas e no corredor da mesquita para receber o candidato presidencial

“Dê cá um beijinho especial professor”, dizia o sheik David Munir, enquanto envolvia Marcelo Rebelo de Sousa num abraço caloroso, à sua chegada à mesquita central de Lisboa. A proximidade do candidato presidencial à comunidade muçulmana ficou mais que evidente nesta sua visita, realizada ao início da tarde de sexta-feira.

Vem do tempo em que o seu pai, Baltazar Rebelo de Sousa, era governador em Moçambique, como fez questão em recordar o professor, corroborado pelo líder da comunidade islâmica em Portugal, Abdul Vakil. “Tenho o enorme prazer de conhecer o professor Marcelo Rebelo de Sousa desde os anos 60, na antiga Lourenço Marques (Maputo) e sempre houve um grande apreço pela família do seu pai, a qual muito respeitava a comunidade muçulmana”, lembrou Vakil.

O pretexto para esta visita foi a entrega a Marcelo de um diploma de “”honra e reconhecimento” por ações de aproximação de Portugal a países do mundo árabe.

Numa pequena sala sob a cúpula da mesquita, a política ficou à porta e Marcelo apenas falou de Deus, das religiões, da tolerância e da paz no mundo.

“A paz esteja connosco hoje aqui e a paz está connosco cada vez que se fazem pontes entre grupos religiosos, culturais, económicos, de toda a sociedade.

Cada vez que há uma procura mais aprofundada de diálogo entre as religiões”, sublinhou o candidato presidencial. Marcelo salientou que “Deus misericordioso é o Deus de todos, mesmo dos não crentes, e fez-nos todos diferentes. É essa diferença a riqueza da vida”.

O professor descalçou os seus sapatos para entrar da sala de oração, visitou as instalações da mesquita e foi muito requerido por outros visitantes para tirar selfies. A família Fonseca, foi uma dessas famílias.”Viemos de Vila Nova de Gaia passar o fim de semana a Lisboa e, por acaso, o meu filho Pedro (11 anos) é que pediu para virmos à mesquita, porque tinha estado a dar as cruzadas na escola. Foi uma boa surpresa encontrar aqui o professor Marcelo. Até somos apoiantes”, conta sorridente Carlos Fonseca, economista, depois de ter tirado a fotografia

Marcelo vai a uma mesquita falar de Paz *Abraços, nostalgia e selfies

Se houver “divórcio à Esquerda, PSD não será noivo do PS”

Em entrevista ao Diário de Notícias, o líder parlamentar do PSD afirma que não tem qualquer “ressabiamento” contra o governo de Costa, mas garante que o partido ‘laranja’ jamais será “noivo” do PS.

Se à esquerda der em divórcio, o PSD não será o noivo do PS”, garantiu Luís Montenegro, referindo-se à possibilidade do PSD vir a ser decisivo para a aprovação de medidas apre-sentadas por António Costa.

Embora afirma que não tem “nenhuma inveja pela circuns-tância política por que passa Costa”, Montenegro defende que “nunca aceitaria governar, o que quer que fosse, perden-do a eleição respetiva para essa função”.

Apesar disso, não tem “nenhum ressabiamento que justifique que desejemos que os partidos que suportam o governo se desentendam”, disse.

Costa ameaça nacionalizar a TAP*Primeiro-ministro não abdica da maioria do capital na empresa.A disputa pela TAP subiu, na sexta-feira, de tom, com o primeiro-ministro a dizer que a maioria voltará para o Es-tado mesmo sem o acordo dos empresários do consórcio Gateway.

António Costa endurece assim o discurso, um dia depois de Humberto Pedrosa e David Neeleman, os patrões da transportadora aérea, se terem reunido com o ministro do Planeamento, Pedro Marques.

“A execução do programa do Governo não está sujeita à vontade de particulares, que resolveram assinar um con-trato com o Estado português em situação, no mínimo, precária, visto que estavam a assinar com um Governo que tinha sido demitido na véspera”, disse sexta-feira, em Bruxelas, António Costa.

Também Cavaco Silva comentou sexta-feira o caso, su-blinhando que a TAP “é muito importante” para o País, “principalmente pelos turistas que traz a Portugal, e para isso tem que ser rentável”. O Presidente da República re-conhece que cabe ao Governo decidir, mas recordou que a injeção de fundos estatais implica despedimentos e encer-ramento de rotas.

Os novos donos da TAP já esclareceram que não estão in-teressados em perder a maioria do capital (61%), que lhes permite tomar as decisões estratégicas da empresa.

Presidente da bancada ‘laranja’ não poupa críticas à forma como António Costa chegou ao poder.

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21 Dezembro 201524 . De tudo um poucoPutin agrava relações e ameaça aviões turcos que sobrevoem a Síria

Vladimir Putin desceu o nível de linguagem ao comentar o inciden-te com a Turquia devido à queda de um caça russo na fronteira com a Síria, sugerindo que a partir de agora também a aviação turca tem de ter cuidado quando sobrevoar a Síria, onde os russos têm mais presença militar.

«Se antes a aviação turca voava e violava permanentemente o espaço aéreo da Síria, que tentem agora», afirmou Putin.

Na grande conferência de imprensa que realiza anualmente, para mais de mil jornalistas, e que costuma durar horas, o presidente rus-so não esteve com meias medidas, confirmando a continuação de sanções contra os turcos. «Se eles decidiram lamber uma certa parte do corpo dos americanos, tudo bem», disse, Putin sublinhou que a Rússia não é país para fugir e não há perspetiva para que as relações entre os dois países melhorem.

Putin afirmou ainda, entre outros assuntos, que o país superou o pior momento da crise e que «há sinais de estabilização» da ativi-dade económica.

O Ministério da Defesa chinês classificou, no sábado, como “uma grave provocação militar” o sobrevoo por dois bombardeiros norte-americanos B-52 de uma zona do Mar do Sul da China reivindicada por Pequim.“Na manhã de 10 de dezembro, dois bombardeiros norte-americanos B-52 entraram sem autorização no espaço aéreo das ilhas chinesas Nansha e nas águas territoriais adjacentes”, afirmou o Ministério, re-

ferindo-se ao nome chinês atribuído às ilhas Spratly.“Este comportamento [representa] uma grave provocação militar, que complica a situação geral do Mar do Sul da China” e contribui para a “militarização da região”, acusou o Ministério da Defesa chinês.Durante uma missão de treino, um dos bombardeiros aproximou-se cerca de duas milhas náuticas, mais do que previsto, de uma ilha arti-ficial construída pela China num dos recifes das ilhas Spratly, relatou, na sexta-feira, o Wall Street Journal, citando responsáveis do Pentá-gono (Departamento de Defesa norte-americano).Segundo o jornal, o aparelho desviou-se da rota inicial “sem qualquer intenção”, devido possivelmente às más condições meteorológicas registadas naquela zona.

O Pentágono afirmou hoje que vai abrir um inquérito sobre este in-cidente.

“Os chineses manifestaram a sua preocupação a propósito da trajetó-ria de voo de uma recente missão de treino. Vamos reunir informa-ções sobre este assunto”, afirmou, em declarações à agência francesa AFP, o porta-voz do Departamento de Defesa, Mark Wright.

“Também posso afirmar que esta missão não tinha qualquer intenção de sobrevoar a menos de 12 milhas náuticas de qualquer instalação”, acrescentou o porta-voz.

Um mar para cinco países

Pequim reivindica a soberania sobre quase todo o Mar do Sul da Chi-na, com base numa linha que surge nos mapas chineses desde 1940, e tem investido em grandes operações nesta zona, transformando recifes de corais em portos, pistas de aterragem e em outras infraes-truturas.

Vietname, Filipinas, Malásia e Taiwan também reivindicam uma par-te desta zona, o que tem alimentado intensos diferendos territoriais com a China.

Por seu lado, Washington encara as construções e as pretensões chi-nesas como uma ameaça à liberdade de navegação nesta zona, uma das rotas marítimas mais estratégicas do mundo.

Pequim acusa EUA de “grave provocação militar” no Mar da China

O Presidente da República desejou aos portugueses um Na-tal “feito de serenidade e de esperança, de paz e alegria”, sublinhando que, num tempo de “incertezas e sobressalto”, esta quadra deve ser um “tempo de pausa e reflexão”.

O Natal deve ser um tempo de paz e de alegria. Num mundo marcado por incertezas e sobressaltos, o Natal deve ser um tempo de pausa e reflexão, uma jornada em que devemos lembrar os que mais necessitam da nossa solidariedade: os que enfrentam dificuldades nas suas vidas pessoais ou pro-fissionais, os que vivem na solidão ou na pobreza”, refere o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, numa mensagem em vídeo de boas festas publicada no ‘site’ da Presidência da República.

Presidente da República deseja Natal feito de serenidade e esperança

No vídeo, gravado na sala das Bicas do Palácio de Belém e tendo como fundo a árvore de Natal aí instalada, o Presiden-te da República surge ao lado da mulher, Maria Cavaco Sil-va, que lembra que nesta quadra os portugueses se reúnem em família, “buscam o convívio dos seus entes queridos, da-queles que lhes estão mais próximos” e, ao mesmo tempo, são recordados com saudade “os que estão longe ou os que já partiram”.

“Quero deixar igualmente uma palavra de generoso afeto às nossas comunidades da diáspora, cujo papel tanto sublinhei ao longo dos meus mandatos”, acrescenta o chefe de Estado, desejando a todos os portugueses “um bom Natal, feito de serenidade e de esperança, de paz e alegria”.

Dra. Ema SeccaADVOGADA em Portugal

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21 Dezembro 2015 21 Dezembro 2015 De tudo um pouco . 25

não aumentou o fluxo de desempregados.

Comparativamente ao mês anterior, o volume de inscrições diminuiu em novembro em cinco das sete regiões do país (as exceções foram Algarve e Madeira).

Tendo por base informação relativa ao Continente, mantém-se como principal motivo de inscrição dos desempregados o “fim de trabalho não permanente”, representando 48,8% do total, segundo o IEFP, acrescentando que o motivo “despedido” surge em segundo lugar (8,5%) e a categoria “ex-estudantes” ocupa a terceira posição (7,9%).

No final do mês em análise, as ofertas de emprego por satisfazer totalizavam 18.779, nos serviços de emprego de todo o país, um número que, segundo o IEFP, “corresponde a descidas de 6,5% face ao mesmo mês de 2014 e de 4,1% face ao mês anterior”.

Quanto às ofertas de emprego recebidas ao longo deste mês de novembro, estas totalizaram 13.237 em todo o país, uma subida de 4,7% face a novembro de 2014 (mais 595) e inferior ao mês anterior em 18,1% (menos 2.929).

O número de desempregados inscritos nos serviços de emprego subiu para 64.695 em novembro, um aumento de 3% face ao período homólogo do ano passado, indicam as estatísticas divulgadas sábado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).De acordo com os dados do IEFP disponibilizados na página da internet, se face ao mesmo mês de novembro de 2014 houve mais 1.907 desempregados inscritos, em comparação com o mês de outubro, o número de inscrições foi inferior em 7,8%, ou seja, menos 5.499 inscritos.No final de novembro último, estavam registados como desempregados, nos serviços de emprego do Continente e Regiões Autónomas, 550.250 indivíduos, número que representa 71,7% de um total de 766.983 pedidos de emprego.

O IEFP aponta que o total de desempregados registados no país em novembro diminuiu 8% em comparação com o mês homólogo de 2014 (menos 47.833 indivíduos) e aumentou 1,5% face ao mês de outubro (mais 8.220 indivíduos).

Desemprego aumentou no Algarve e na MadeiraO Alentejo foi a única região que, em termos homólogos,

Economia americana – Fed subiu taxas pela 1.ª vez desde 2006, referindo explicitamente os progressos assinaláveis no mercado de trabalho ao longo do último ano. Continuamos a apontar para quatro subidas de 25 p.b. ao longo de 2016, em linha com o cenário mediano dos responsáveis da Fed A semana ficou, indubitavelmente, marcada pela reunião do Comité de Política Monetária (FOMC) da Reserva Federal norte-americana (Fed), que decidiu, a 16 de dezembro, alterar a sua política monetária, em linha com as nossas e as expectativas domercado, ao subir a fed funds target rate em 0.25 p.p., para o intervalo [0.25%;0.50%], representando a 1.ª subida de taxas desde 2006. A política tinha estado inalterada ao longo de mais de um ano, depois de na reunião de 29/10/2014 ter terminado o seu programa de compra de ativos.

Os passos no sentido da normalização da política monetária resultaram: i) da continuação da recuperação da economia (no 3.º trimestre o PIB estava 9.5% acima do anterior máximo pré-Grande Recessão); ii) da redução da taxa de desemprego (novembro: 5.0%, mínimo desde abril de 2008); iii) do facto de os índices S&P 500 e Dow Jones terem registado, durante este ano, máximos históricos, que levou a um aumento dos receios quanto à formação de bolhas – aindaque, em nossa opinião, esta subida acompanhe as melhorias nos fundamentais da economia e das empresas. No entanto, a política monetária, ainda altamente acomodatícia, resulta do facto de vários dos objetivos ainda não terem sido conseguidos: i) apesar de a taxa de desemprego (5.0%) estar já muito perto da taxa natural de desemprego (NAIRU), estimada pela Fed em 4.9% (em termos da mediana das previsões dos diversos responsáveis daautoridade monetária), a taxa de participação no mercado de trabalho situa-se apenas 0.1 p.p. acima dos mínimos desde outubro de 1977 observados em novembro; ii) a duração do desemprego permanece num nível historicamente muito elevado, apesar de ter descido em setembro para mínimos desde agosto de 2009, do qual aliviou em outubro e que se manteve em novembro; iii) os mercados de exportação dos EUA têm evidenciado um fraco crescimento e aprodução industrial reflete esse facto, sendo ainda penalizada pelo dólar forte e pela redução da produção de petróleo, devido aos baixos preços; iv) o crescimento homólogo do deflator do consumo privado manteve-se em 0.2% em outubro, enquanto o do deflator core do consumo privado permaneceu em 1.3%, situando-se ambos abaixo do target de 2% de inflação da Fed para o índice geral.

Em termos de apreciação da situação económica, a Fed referiu que a atividade económica tem estado a expandir-se moderadamente nos últimos meses, o mesmo que referia anteriormente.

Refira-se que em novembro o indicador coincidente da Conference Board subiu 0.1%, sinalizando um crescimento anualizado do PIB de 3.0% no 4.º trimestre, em linha com o nosso cenário central, sendo que o indicador avançado sugere para o 1.º trimestre de 2016 um crescimento do PIB de 3.5%, superior aos 2.9% que sinalizava para o 4.º trimestre, prevendo-se que, no 4.º trimestre, o PIB possa crescer entre 2.5% e 3.5% e no 1.º trimestre de 2016 entre 2.2% e 3.2%.

Relativamente às condições no mercado de trabalho, a Fed referiu que os diferentes indicadores relativos ao mercado de trabalho sugerem que a subutilização do fator trabalho diminuiu apreciavelmente desde o início do ano. Afirmação que está em consonância com os robustos registos dos novos pedidos de subsídios de desemprego, que são consistentes com uma aceleração do emprego no 4.º trimestre. A Fed referiu que o consumo privado e o investimento empresarial em capital fixo têm estado a crescer a ritmos sólidos nos últimos meses, o mesmo que referia anteriormente, tendo o imobiliário residencial mostrado melhorias adicionais. Note-se que em novembro os fogos iniciados subiram para um valor superior ao esperado, aproximando-se do registo de junho, quando atingiu um máximo desde outubro de 2007, e com a média móvel de três meses das licenças de construção a ficar perto do registo de julho, quando atingiram o nível

mais elevado desde outubro de 2007. Continuamos a prever um novo crescimento do investimento em construção residencial no 4.º trimestre e em possível aceleração (+7.3% no 3.º trimestre). A Fed fez, pela 7.ª reunião consecutiva, referência às exportações, adiantando que as exportações líquidas têm permanecido fracas, podendo estas alusões à evolução das exportações configurar um sinal de que a autoridade monetária está preocupada com o elevado valor do dólar. Note-se que se há setorpenalizado pelo dólar forte é o da indústria, que se tem apresentado nos últimos meses como o parente pobre da recuperação.

A produção industrial caiu 0.6% em novembro (consenso: -0.2%), contabilizando já a 3.ª queda consecutiva, estando atualmente a cair no 4.º trimestre 2.7%, pese embora se antecipe uma descida inferior a 2% na totalidade do trimestre. A Fed voltou a utilizar as palavras para a inflação que usou sucessivamente nos últimos meses, referindo que “tem estado abaixo doobjetivo de longo prazo”, refletindo as quedas dos preços da energia e a diminuição dos preços das importações não energéticas. Em novembro, a variação homóloga do IPC acelerou de 0.2% para 0.5% e a do IPC core de 1.9% para 2.0%, encontrando-se a crescer ao maior ritmo desde julho de 2012.

Note-se que, no entanto, nos últimos meses tem sido evidente uma grande discrepância entre o IPC core e o deflator core do consumo privado, que, como referido anteriormente, avançou em termos homólogos apenas 1.3% em outubro (último dado disponível). A autoridade referiu que as expectativas de inflação baseadas na informação implícita nos ativos financeirospermaneceram baixas e que as expectativas dos consumidores desceram.

Comentário Semanal de Economia e Mercados Parceria ABC / MontePio – Semana de 14 a 18 de dezembroEconomia americana com as taxas a subirem

Consistente com o seu mandato estatutário, a Fed procurará fomentar o máximo emprego e a estabilidade de preços. A Fed espera atualmente que, com os ajustes graduais na orientação da política monetária, a atividade económica continuará a expandir-se a um ritmo moderado e os indicadores do mercado de trabalho deverão continuar a fortalecer-se. No geral, tendo em conta a evolução interna e internacional, a Fed considera que os riscos para as perspetivas tanto para a atividade económica, como para o mercado de trabalho, estão equilibrados. A inflação deverá subir para 2% no médio prazo, na medida em que os efeitos transitórios das descidas nos preços da energia e dos preços das importações se dissipem e o mercado de trabalho se reforcem ainda mais. O FOMC continuará a acompanhar atentamente a evolução da inflação.

A Fed avalia que houve uma melhoria considerável das condições do mercado de trabalho este ano, e está razoavelmente confiante de que a inflação vai aumentar, a médio prazo, para o seu objetivo de 2%. Daí que, dada a conjuntura económica e reconhecendo o tempo que leva as medidas de política monetária a afetar os resultados económicos futuros, a Fed tenha decidido aumentar a taxa dos fed funds. A orientação da política monetária permanece acomodatícia após este aumento, apoiando, assim, outras melhorias nas condições do mercado de trabalho e o retorno da inflação aos 2%.

A Fed espera que as condições económicas evoluam de uma forma que irá requerer aumentos apenas graduais na taxa dos fed funds; a taxa dos fed funds deverá, assim, manter-se, durante algum tempo, abaixo dos níveis que se prevê venham a prevalecer no longo prazo. No entanto, o caminho efetivo da taxa dos fed funds vai depender das perspetivas económicas, que serão atualizadas com a informação económica que entretanto for divulgada.

Rui Bernardes Serra ([email protected] )

Em Portugal número de desempregados subiu em novembro

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21 Dezembro 201526 . Ler e contar

Conceição Baptista

Estamos em plena Quadra Natalícia. Vêem-se, assim, quase por todo o lado, muitas luzes, lindas decorações e muitas montras, a convidar a entrar para as compras de Natal.

Natal... quadra esperada para convívios familiares e de amizade, para a troca de presentes, manifestações de alegria, e para tantas coisas... que levamos o ano inteiro a programar.

Natal, também, para perdoar, para reflectir, para pensar. E para observar... o que vai à nossa volta.

E foi num dia frio, da semana passada, que tive ocasião para ver, com olhos de ver, uma das realidades desta Cidade. Assim mesmo, bem em frente dos meus olhos, à saída da loja onde tinha feito compras para o jantar, que deparei com uma mulher, de idade avançada, que me pediu ajuda dizendo, se eu - que trazia comigo alguns alimentos - lhe podia dar alguma coisa pois estava com fome. Sim, com fome!

E essa pobre mulher, desafortunada na vida, decerto por motivos que nem toda a gente compreenderia, não me disse nenhuma novidade, porque vivo por aqui e tenho plena consciência que, por entre “as luzes brilhantes... do que nem tudo o que parece é”, exitem muitos lares às escuras, muitas ruas pouco iluminadas, onde muita gente e cada vez mais... mora (e nem sei como) dorme e pede esmola, ao frio...

Essa mulher é uma dos muitos milhares, que sofrem nem só a fome mas também o desprezo e a discriminação de muita gente indiferente... que costuma dizer, alto e bom som, que quem vive na rua, como os sem abrigo, está ali porque... não quer trabalhar. Como se pode generelizar? Como se pode não querer ver nem compreender? Há muita gente na rua que foi bem criada, com carinho e amor, mas... numa terrivel fase da vida, de desgraça, perca de emprego, da família, e ainda por cima falta de ajuda de programas governamentais... se viu sozinha, de uma hora para a outra, sem ninguém, sem compaixão, sem uma mão amiga!

Será que há tanta gente que esquece a compaixão humana? Que não se interessa em saber que 28% dos Sem Abrigo são jovens? Youth Without Shelter informa, segundo uma recente estimativa, que cada ano 10.000 jovens ficam a viver nas ruas desta nossa Cidade. E quem poderá afirmar que um dia não será alguém da nossa família?

Ter fome, estar ao frio, não é de maneira nenhuma um assunto a descorar, a negar, a não querer ver!

E pelo Natal... neste Natal, quando a tristeza e a desgraça nos toca ainda mais o coração e quando é ainda mais necessário ajudar... o governo do Ontário não vai poder fazer nada - até porque já está de férias (de Natal?) até ao próximo mês de Fevereiro. Pois é... É Natal...

Os 15 activistas angolanos em julgamento em Luanda regressaram sexta-feira às suas casas para cumprirem prisão domiciliária.Sendo o primeiro caso do género, no âmbito novo Regime Jurídico das Medidas Cautelares em Processo Penal e das Revistas, Buscas e Apreensões que entrou em vigor exactamente na sexta-feira, nem os advogados de defesa nem reclusos sabem como será feito o controlo das respectivas residências.Muitos dos réus vivem em zonas bastante perigosas do ponto de vista de criminalidade, e alguns analistas advertem também para a segurança dos próprios agentesDavid Mendes, membro da equipa de defesa dos activistas, afirma que se colocarem um policia para cada turno serão três policias para cada réu, num total 45 polícias, o que acha desnecessário.“Não sabemos que medidas serão aplicadas mas pelo que sabemos dos jovens eles não necessitam de polícia na porta”, garantiu Mendes, perguntando ainda que se não há policias para patrulhar a cidade “onde é que vamos encontrar policias para controlar as portas”.O advogado lembra que “ muitos deles vivem em zonas difíceis e isso pode colocar em risco a vida dos próprios polícias”. Da decisão requerida pelo Ministério Público sabe-se apenas que os

É Natal - Nas Ruas Desta Cidade...

Incerteza sobre aprovação do programa de Governo na Guiné-Bissau

O activista e jornalista Sedrick de Carvalho tentou suicidar-se segunda-feira no Hospital-Prisão de São Paulo, onde se en encontra detido desde 20 de Julho, acusado de rebelião e de acto praparatório de golpe de Estado. A confirmação foi avançada pela mãe Antónia de Carvalho que foi atendida também por psicólogos e advogados.

A mãe teme que o filho tente o suicídio outra vez, mas, por agora, desconhece-se se as autoridades tomaram medidas para evitar que

tal venha a suceder.

“Eu recebi um telefonema dizendo que ele queria se matar, a notícia passou na televisão. Encontrei o advogado, conversamos e ele disse que o meu filho prefere já não viver”, contou Antónia de Carvalho. Por seu lado, Neusa de Carvalho, esposa de Sedrick de Carvalho, disse que tentou contactar o seu esposo, “mas está irreconhecível porque já está cansado”.A esposa de Sedrick de Carvalho considerou a decisão de “maléfica”.Além de Sedrick de Carvalho, estão em greve de fome Luaty Beirão, Domingos da Cruz, Albano Binbo Bingo, Mbana Hamza e Nélson Dibango.Na segunda-feira, foi retomado o julgamento dos 17 activistas, tendo sido ouvido Osvaldo Caholo. Logo a seguir, foi Rosa Conde, que, como Laurinda Gouveia, está em liberdade.Sedrick confirmaEm carta redigida segunda-feira no Hospital-Prisão de Luanda, e divulgada pela VOA, Carvalho reitera a sua intenção de levar a greve de fome até às últimas consequências e admite a possibilidade de se suicidar.O activista recusa-se também “a receber toda e qualquer visita”, pelo que diz lamentar os esforços que a família, “esposa, filhinha, pais e irmãos, certamente farão para que recue desta decisão”.Sedrick de Carvalho nega, inclusive, a beber água e radicaliza a sua posição na carta ao concluir que poderá optar pelo suicídio porque, diz, “estou cansado desta palhaçada”.

Prisão domiciliária de activistas levanta dúvidas acerca da segurança

O programa do governo liderado por Carlos Correia vai ser debatido a partir de hoje, 21 deste mês, na Assembleia Na-cional Popular.

O conteúdo não difere do anterior Governo, liderado por Domingos Simões Pereira, também do PAIGC.

A uma semana do debate parlamentar, nota-se um certo nervosismo politico no seio das bancadas parlamentares do partido no poder, PAIGC, e do PRS, enquanto maioritário na oposição.

Caso não for aprovado em duas ocasiões, o Presidente será obrigado a convocar eleições legislativas antecipadas.

15 réus não poderão manter contacto com os membros do suposto Governo de Salvação colocado no Facebook e que consta das provas arroladas pela acusação.David Mendes, que também consta do suposto governo de salvação, disse que a medida não se aplica ao caso dele: “eu não vou cumprir a não ser que a procuradora diga que o Governo de Salvação Nacional substituiu o Governo vigente”.Nelson Bonavena, professor universitário e antigo preso político, esclarece que não é primeira vez que se usa um tal expediente e considera normal essa prática, desde que a lei já tenha sido publicada aguardando apenas a entrada em vigor.

Activista Sedrick de Carvalho tenta o suicídio

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21 Dezembro 2015 21 Dezembro 2015 Ler e contar . 27

Fernando Cruz Gomes

Preciso daquela caixa...Era uma vez... o Natal aproximava-se a passos grandes. E a tempestade de neve que se abatera por sobre a cidade... era o penúncio de que a noite grande já não tardava.

A menina entretinha-se ali mesmo paredes meias com o sotão das brincadeiras do reino do faz-de-conta. Embrulhava uma caixa. Uma caixa vulgar daquelas que se atiram, afinal, para o lixo. E que ela recuperou, nas suas intermináveis brincadeiras. Laço... mais um laço... a caixa ia ficar bonita. Aquele papel estava mesmo a fazer a caixa bonita... Era um papel dourado, que ela encontrara, quase no sótão, por sobre as coisas - tantas elas são - que o pai guardava, guardava... guardava.

- Menina! Menina! Você não sabe que esse papel não é para brincar?

- Pai... eu só estou a embrulhar esta caixa. Uma caixa que fica mais bonita com este papel dourado... deixe-lá!

- Deixe lá, uma ova! Você não sabe que esse papel custou dinheiro... dinheiro que fui eu que ganhei a trabalhar...

A menina não sabia que dizer. Sabia, nos seus verdes anos, que o dinheiro não abundava lá em casa. Mas também sabia que o que ela queria fazer agradava decerto ao progenitor. E fez mais um laço. O papel dourado dava outra vida à caixa tosca que lhe brincava nas mãos. O pai já saira e a menina, com um ar algo misterioso, foi dizendo:- Mal ele sabe que a caixa é para ele!

Na manhã seguinte... antes mesmo do pai sair para o trabalho, a menininha, dez reis de gente mal construídos, foi pé ante pe, para a porta do quarto. Mesmo à porta do quarto. Logo ali para que ele não saisse sem a ver.

- Isto é para si, pai... é para si. Sei que fazes anos... mesmo nas vésperas do Natal!

O pai olhou a ternura feita gente que estava frente a ele. Viu-lhe o brilho do olhar. Anotou a alegria estampada no rosto da menina... que já não tinha mãe. Lembrando-se do gesto anterior, quando barafustou com a filha por causa do papel dourado com que ela embrulhara a caixa... teve vergonha. Envergomnhado, quis pedir desculpa à filha. - É para si, pai. Abra!

E o pai abriu. Cada vez mais envergonhado. Só que a fúria voltou. É que reparou que a caixa... a caixa estava vazia.

- A menina não sabe - gritou - que quando se dá um

Demissão de ministro abala economia sul-africanaInvestidores da Bolsa de Valores de Joanesburgo perderam 170 mil milhões de rands, cerca de 12 mil milhões de dólares, em apenas 48 horas na semana passada na sequência da exoneração do ministro das Finanças, Nhlahla Nene, e a nomeação do menos conhecido David van Rooyen.O país entrou em pânico.O rand ficou muito assustado e caiu face ao dólar para o valor ja-

mais visto na sua história.Para economistas, o peso da economia sul-africana e a falta de pro-dução em Moçambique e noutros países da SADC dilui o processo da integração regional.Há uma semana, a economia da África do Sul foi revista em baixa ficando à beira da caixa de lixo das agências internacionais de au-ditoria.

presente a alguém... é mesmo um presente?! Não sabe que se põe dentro da caixa alguma coisa...? Ninguém lhe ensinou isso?!

O pai estava mesmo furioso.

A menina olhou para o tamanhão do pai. Nos olhos brilhava-lhe uma lágrima. Nos olhos, voltara o brilho da tristeza que nos últimos tempos tanta companhia lhe fazia. Se ela não tinha nada... para dar ao pai!

- Não, pai. A caixa não está vazia. Bem vê... eu não tinha mais nada e atirei beijos para dentro da caixa. São beijos meus, pai. São todos para si, que bem os mereces...

E desatou a chorar agarrada às calças do pai.

Diz a história - que eu não cuido de saber se alguém me contou ou se copiei de livro antigo - que o pai ia morrendo de vergonha. Agarrou-se à filha e chorou... ele também! Entendia que a menina tinha de lhe perdoar...

Pensa o cronista que a caixa ainda lá está no lugar do homem bom a quem a vida estragara um pouco. Ainda lá está. Sempre que a tristeza chegava... ele abria a caixa. E os beijos voltavam a ganhar força e a dar-lhe coragem. Dias surgiam em que ele levava a caixa para junto da cama. Vivia com ela. É que a filha estava ali, a toda a hora, com o amor que puzera com os seus beijos soprados para dentro da caixa que era, até ali, inútil e se transformara quase em talismã de peso.

De vez em quando, a depressão vem. Talvez a falta de trabalho, na cidade grande onde vive. Talvez a lembrança da mulher que se foi quando ele tanto dela precisava. E mesmo deprimido, olhando o além e as miragens, o homem reganha força e entusiasmo. A caixinha está lá para isso mesmo. A menina já se foi, embalada nas asas de um amor que lhe apareceu. Só que a menina - a sua menina... - continua ali. Agarrada a ele. A beijá-lo quando ele mais precisa.

Se me derem licença... terei de dizer que sou ainda mais pobre do que o homem da história. É que nunca tive aquela caixa! Os temores do amanhã... já não passam. Os papões da sociedade em que me atolo são mais que muitos. E acho que a caixa em causa era bem capaz de me adormecer as dores... de tantas agruras que se amontoam por sobre a cabeça dos descuidados e dos que fitam demasiadamente as estrelas...

Uma caixa de que eu precisava... Agora pelo Natal.

Bali House... com a mira no NatalUma história de rua... com motivos de interesse*Prendas para a “época maior...”Há meia dúzia de dias... “nasceu”, por alturas da Saint Clair e Bathurst, uma nova casa comercial. Trata-se de uma empresa que vende, fundamentalmente, coisas da Indonésia e que, para esta altu-ra do ano – Natal – tem produtos que chegam a dar a entender que têm aceitação entre nós. Artigos de interesse. A jeito de coisas que servem de prendas... e que se revestem de aceitasção do gosto e da qualidade de que a nossa gente possui.

Um casal que esteve por cá durante muitos anos... voltou a Portugal e agora... voltou ao Canadá. Motivos mais do que suficientes para uma história de rua.

Uma história de rua, sim. Casualmente passávamos pela zona – no 601 da Saint Clair – e ouvimos chamar. Alguém nos conhecera.

Palavra puxa palavra, fomos vendo toda aquela maravilha, em arte e em cor. Interessante para o Natal. Fomos ficando à conversa.

Jorge Leal conta-nos que se trata de uma casa com produtos que vêm exclusivamente da Indonésia, tudo feito à mão e em madeira, metal e barro.

Diz-nos, desde logo, pensar que a nossa gente adere a este género de coisas. “Eu penso que sim. Pelo menos temos tido sempre boa aceitação, não só aqui mas em toda a parte do mundo”.

Para uma época festivaDe resto, são artigos fabricados e enviados para toda a parte do Mundo. Entre nós, a Bali House foi aberta há dois ou três dias, o que leva a pensar que está a pensar, exactamente no Natal. “Eu acho que sim. É uma época sempre mais festiva, em que, normalmente, há mais trocas de presentes, e como todos – eu não fujo à regra – espero que o Natal seja mesmo bom...”

Palavra puxa palavra, não é? Perguntámos a Jorge Leal se era ele só a decidir e a escolher o que põe à venda. Sobretudo por nos ter dito que, para a semana, volta à Indonésuia, para ir buscar ainda mais produtos. Fala-nos na esposa que, pelos vistos, em matéria de escolhas, de cores e de apresentação, digamos assim, é a “peça forte”.Insiste em que tudo – ou quase tudo – é à base da esposa.

Ela é que normalmente – “para não dizer sempre...” – decide nas cores, no tamanho, no formato, etc. “Isto a despeito de eu poder dar a minha opinião, naturalmente, até em matéria de ver o que pode ser mais vendável...”

Aqui está melhor do que lá...Assim sendo, era, de facto, necessário falar com a esposa. Vitória Teresa Leal espera ter bons resultados. Espera, afinal, que o casal tenha bons resultados. Como, pelos vistos, sempre teve... “Ah, sim, sim... eu espero ter bons resultados e que tudo funcione bem e é para isso que eu me esforço...”

O casal esteve por cá vários anos. Regressou a Portugal. Voltou ago-ra. “Voltámos agora por acharmos que aqui está efectivamente mel-hor do que lá. Por lá não está assim muito famoso e a verdade é que a família está toda aqui. Filhos e netos... estão todos aqui”.

E a verdade é que “nós cá estamos, novamente, numa segunda eta-pa, para conseguirmos o que temos em mente. Concretizar os nos-sos sonhos...”

No fundo, mais um local onde se podem escolher artigos – e boni-tos, e bons, como vimos – para este Natal que já aí está.

*O rand caiu face ao dólar para o valor jamais visto na sua história. Ontem à noite, Jacob Zuma cedeu e transferiu o novel ministro para o pelouro de Governação Corporativa e Assuntos Tradicionais e levou o veterano Pravin Gordham para o Ministério das Finanças, que dirigiu durante o primeiro mandato de Zuma.A reacção não se fez esperar.O rand recuperou cerca de dois por cento.Economistas, analistas e operadores económicos dizem que apesar dos danos causados, a confiança vai ser paulatinamente restabeleci-da no mercado.O ministro Pravin Gordham afirmou esta tarde em Pretória que a disciplina fiscal vai manter-se e será monitorada.Ele afirmou que as empresas estatais à beira da bancarrota por causa da má gestão não vão ser resgatadas.No Parlamento, a oposição exige a cabeça do presidente Jacob Zuma, através de uma moção de censura.Mas o ANC não vai entregar a cabeça do seu líder, apesar do des-contentamento com a sua liderança e sobretudo com erros consid-erados de palmatória cometidos ba semana passada.Entretanto, o partido poderá pagar muito caro nas eleições munici-pais marcadas para próximo ano.

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21 Dezembro 201528 . AutomobilismoPaulo Alves – Carlos MoreiraPorsche 911 renovado já está à venda

Nova geração assume motores turbo em toda a linha.Se tiver por aí uns 117 mil euros à mão, já pode encomendar um Porsche 911 dos novos. Isto se optar pela versão mais acessível, o Carrera, com 370 CV de potência.Se preferir o Carrera S, com 420 CV, terá de pagar 133 mil. Isto se não fizer questão de pilotar a céu aberto porque, nesse caso, teria de optar por uma das versões Cabrio e gastar mais algum dinheiro: exatamente 131 298 euros pelo Carrera Cabrio ou 147 225€ pelo Carrera S Cabrio.E isto, claro, partindo do princípio de que não se deixaria tentar pela vasta e apetecível lista de equipamento opcional que a Porsche disponibiliza para o novo modelo, como por exemplo um pacote Sport Crono que envolve um bonito botão no volante que lhe per-mite escolher diversos programas de condução.Mas há, obviamente, muitas inovações deste modelo de 2016 que estão incluídas nos preços. A mais importante são os motores, os mesmos boxer de 3.0 litros e seis cilindros, mas agora com tecnolo-gia de sobrealimentação biturbo.

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Faróis de quatro leds e lamelas ativas marcam a nova imagem fron-tal, enquanto atrás a maior necessidade de fornecimento de ar aos intercoolers ditou uma grelha maior, com lâminas verticais. No caso das versões equipadas com sistema de escape desportivo, as pontei-ras estão mais chegadas ao centro.Retrovisores e puxadores das portas são também diferentes, assim como o habitáculo, onde domina o volante desportivo inspirado no do 918 Spyder.

Na componente tecnológica surge a admissão por expansão vinda do GTS, o sistema de gestão da abertura de válvulas VarioCam Plus agora a ter também intervenção nas válvulas de escape para dimi-nuir emissões e, na injeção direta, houve um aumento da pressão, para os 250 bar.

Com a adesão à tecnologia turbo os motores ofecerem um acrésci-mo de 50 por cento de binário às 2000 rpm, não deixando, no entan-to, de permitir uma vasta faixa de utilização que vai até ao redline nas 7500 rpm, um regime pouco habitual em motores com turbo.Outro detalhe curioso está no manejo do seletor da caixa automáti-ca de dupla embraiagem PDK, que agora assume as reduções para a frente e as progressões para trás, “a pedido de vários clientes”, segundo a Porsche.Os novos modelos Porsche 911 Carrera são lançados em Portugal neste mês de dezembro de 2015 com os seguintes preços (impostos incluídos):

911 Carrera 117.081€911 Carrera S 133.150€911 Carrera Cabriolet 131.298€911 Carrera S Cabriolet 147.225€

Mercedes-Benz SLC é o novo SLK

As desilusões da Fórmula 1 em 2015

Todos os anos nos desportos motorizados há pilotos que realizam boas épocas, outros nem tanto. Tal como as marés, é completamente impossível que todos estejam na mó de cima, até porque a análi-se é sempre feita muito baseada na prestação desportiva e muitas vezes um determinado piloto eleva significativamente o seu nível sem que isso seja muito percetível, sendo que o caso oposto tam-bém acontece. Este ano na F1 houve um pouco de tudo, e casos de pilotos absolutamente insuspeitos que não tiveram a mais pequena hipótese de brilhar.Por exemplo, não é possível saber exatamente a que nível Fernan-do Alonso e Jenson Button estiveram em 2015, pois quando não tinham problemas de fiabilidade passavam a maior parte do tempo em luta direta, sem carro para lutar com mais ninguém.Kimi Raikkonen terminou o Mundial no quarto posto mas ficou claro que já não tem andamento para lutar contra os melhores do plantel, mesmo se é um segundo piloto muito útil para a Ferrari, dando-se muito bem com as corridas noturnas, em que obteve os seus três pódios do ano. Nico Hulkenberg também se mostrou ao nível habitual em boa parte das corridas, mas teve oscilações de for-ma pouco habituais, acabando na sombra de Pérez.Felipe Nasr mostrou valor para estar na Fórmula 1 no seu ano de estreia, mas perdeu o fulgor inicial quando a Sauber perdeu compe-titividade. Isso também ajudou Marcus Ericsson a ter uma tempo-rada positiva, apesar de ter menos velocidade natural que o brasilei-ro. Carlos Sainz completou o trio de estreantes mais prometedores, dando boa luta a Max Verstappen, sendo penalizado por uma série incrível de problemas de fiabilidade, faltando-lhe algum toque de génio para estar ao nível do holandês.

Pastor Maldonado desiludiu bastante, sendo batido de forma evi-dente por Romain Grosjean, no que foi a sua pior temporada na Fórmula 1. Os três pilotos da Manor não podem ser avaliados, pois lutaram sozinhos no final do pelotão mas Alexander Rossi deu boas indicações, enquanto Will Stevens foi o único que completou a tem-porada sem convencer. Roberto Mehri desiludiu, ao perder no con-fronto direto com o inglês, enquanto a única participação de Kevin Magnussen nem chegou para aquecer, pois abandonou ainda antes de chegar à grelha de partida do G. P. da Austrália.Portanto, há aqui alguns nomes que já provaram ser bons pilotos mas que este ano, por uma razão ou outra não conseguiram des-tacar-se.

À beira de entrar no seu ano dos coupés e roadsters e com o seu ano dos SUV a chegar ao fim, a Mercedes mostra-nos o mais pequeno deles, o SLC, que não é mais do que uma remo-delação do SLK com novo nome e novos argumentos.

Mantém-se todo o conceito base que garantiu ao SLK enorme sucesso desde o seu lançamento, há 20 anos atrás: aparência desportiva, dois lugares e capota rígida amovível de aciona-mento elétrico.Mantêm-se também as dimensões exteriores, com o SLC a medir 4,13m de comprimento.As diferenças principais, para além da nomenclatura, estão nos novos para-choques e faróis e, no habitáculo, instrumen-tação, revestimentos e molduras interiores.Tal como o nome indica, a tecnologia envolvida no novo SLC vem do Classe C.Passa também a exibir uma nova gama de motores a envolver duas novas versões nos extremos: um Mercedes-AMG SLC 43, com um motor V6 de 3.0 litros e 367 CV de potência no topo e, na base, uma versão SLC 180 de 156 CV com o bloco de 1.6 litros.Pelo meio haverá um SLC 200 e um SLC 300, ambos com o motor de 2.0 litros, no primeiro caso a debitar 184 CV e no segundo a oferecer 245 CV.Os mais racionais poderão sempre optar pela única proposta diesel, o SLC 250 d, que extrai 204 CV do conhecido motor de 2.2 litros e quatro cilindros.Os modelos mais potentes incluirão de série a caixa de 9 velo-cidades automática 9G-Tronic, enquanto os restantes estarão dotados da manual de seis relações.O conceito coupé-cabriolet é o grande trunfo do SLC, que herda do SLK um património de 670 mil vendas.O Mercedes-Benz SLC permite operar a capota até aos 40 km/h. Estará exposto pela primeira vez no salão de Detroit, em janeiro de 2016 e poderá ser encomendado em Portugal a partir desse mesmo mês.

É com muita satisfação que desejo a todos os leitores, patro-cinadores e gerencia do Jornal ABC um feliz Natal e um prós-pero Ano Novo cheios de realizações, que Deus proporcione muito amor, saúde, paz e felicidades a cada um de vocês. Es-tes são os nossos mais sinceros votos.

Um novo ano vai começar, lembre-se de sonhar para que você continue a ter motivos para ser feliz.

FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO!MotorSports PhotoNews

Paulo Alves e Carlos Moreira

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21 Dezembro 2015 21 Dezembro 2015 Ainda a tempo . 29

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Confirmámo-lo, uma vez mais. A família CIRV está maior e mais unida. Numa festa de Na-tal do pessoal daquela casa de Rádio – a que se juntou natu-ralmente a falanje familiar da FPTV – verificámos que uma centena de pessoas, entre admi-nistradores, produtores, locu-tores ou pessoal de gestão, pa-recem comungar dos mesmos

objectivos: fazer, de facto, uma família. E uma família que tem, afinal, várias entidades de várias origens.Por outro lado, de mesa para mesa, falou-se um pouco de tudo. A jeito de ver o que de mais importante tinha aconteci-do no ano prestes a terminar. E mesmo sem sondagens formais – que também lá chegarão um

dia – anotámos que, sem sur-presas, o caso da TAP, agora em bolamas, parece ser o caso mais bicudo da crise que se instalou em Portugal. Diz o actual Go-verno de Portugal que o acordo feito com os privados foi levado a cabo por um Governo que ti-nha sido demitido na véspera e que, portanto, pode não ter va-lor. E insiste que a TAP tem de voltar a ser maioritariamente do Estado.Naturalmente que, no plano internacional, o destaque da conversa – conversa que foi, no fundo, o dia-a-dia das notícias – tem a ver com o chamado Es-tado Islâmico e na luta sem tré-guas que vai travando um pou-

co por toda a parte, em toada de terrorismo.Foram estes, talvez, os casos mais gritantes do ano que está a dois passos de entrar na mansão onde os séculos dormem. Estes os temas que, mesmo entre nós, foram mais “badalados”. Isto sem esquecer a onda de violên-cia que parece ter aumentado pelas nossas bandas. Uma onda de violência a que não estáva-mos de facto habituados.Uma Festa de Natal, como aquela – uma Festa de Famí-lia, em suma – serve, também, para falarmos no dia-a-dia das notícias. E por isso foi sem sur-presas que, aqui e além, de mesa

em mesa, se falou nos aconte-cimentos mais marcantes do ano 2015, que (repetimos) está prestes a entrar na mansão onde os séculos dormem. Talvez que um dia possamos, também, a nossa escolha das personalida-des e dos factos mais marcantes em todo o ano. Se fosse já este

ano, alinhávamos com os temas aqui abordados.

Por nós, gostámos do “jantar de família” – com muito perto da centena de pessoas – a que as-sistimos. E pelo que vimos e ou-vimos, entendemos a satisfação de Frank Alvarez.

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21 Dezembro 201530 . Mensagens

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Boas FestasBoas Festas

FPTV-2014_FPTV-2015-Boas festas 12/4/2015 1:12 PM Page 1

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21 Dezembro 2015 21 Dezembro 2015 De tudo um pouco . 31

Por: Antonio Custodio Barros(NhP 7132)

OFERTAS DE EMPREGO

Tel. 416 533-8907Hoje vamos falar de uma erva bastante eficaz para insónias e esgotamentos. Na verdade, esta erva é usada há séculos para tratar desordens e problemas relacionados com o sistema nervoso. Falo da planta conhecida como valeriana.Antes de mais, quero referir que esta planta é facilmente reconhecida pelo odor que tem.Particularmente quando está seca. Existem várias formas de ser consumida. A planta pode ser fervida e usada para chás. Pode também ser preparada e usada em extracto líquido e ou em comprimidos. Para os casos mais complexos e difíceis como depressão, ou ansiedade e pânicos deve mesmo ser consumida depois de preparada. Ou seja deve-se consumir em comprimidos homeopáticos, e ou gotas, ou mesmo injecções homeopáticas. Desta forma não só se obtém uma concentração muito mais potente como também se obtém melhores resultados. A outra grande vantagem de usar assim a planta é que se usa sempre outras ervas que optimizam os resultados.

A planta é mesmo usada desde a Grécia Antiga, ou há 2500 que é usada. Existem alguns estudos que provam que ela pode ser e é eficaz para tratar insónias. Se bem que nos casos mais leves um bom chá ou infusão é o bastante e normalmente bastará. Contudo alguns conselhos. Deve-se evitar abusar e exagerar no seu uso. Não é recomendável o seu uso por mais de cinco meses mesmo nos casos mais graves. Se for caso disso e se a condição não melhorar depois de cinco meses, então deve-se fazer uma pausa e mudar o tratamento alternando entre ervas e remédios. Desta forma podemos obter um efeito muito mais satisfatório sem correr o risco de usar um tratamento de forma excessiva.

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Informações: 416-537-7766.

CASA DA MADEIRA COMMUNITY CENTRE - Quinta-feira, 31 de Dezembro, Festa de Passagem de Ano. Informações:

416-795-7553.

CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS DE MISSISSAUGA - Quinta-feira, 31 de Dezembro: Festa de Passagem de Ano, às

19h00, com actuação do Conjunto Tabu.

GRACIOSA COMMUNITY CENTRE OF TORONTO - Quinta-feira, 31 de Dezembro: Passagem de Ano. Música com Tropical

2000. Informações: 416-930-6169 ou 416-533-8367.

KITCHENER PORTUGUESE CLUB INC. - 1548 Fischer-Hallman Road, Tel.: 519-579-6960 - Quinta-feira, 31 de Dezembro, Festa de Passagem de Ano, com as portas a abrirem às17h30. Baile

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Dezembro, devido aos muitos pedidos recebidos. SPORTING CLUBE PORTUGUÊS DE TORONTO - Quinta-

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