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2015 N.25 TRIMESTRAL . EDIÇÃO GRATUITA

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2015

N.25 TRIMESTRAL . EDIÇÃO GRATUITA

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SOLUÇÕES DE CONFIANÇA SENTIMOS JUNTOS A TERRA SOMOS PARTE DA SOLUÇÃO

AGROS COMERCIALAssistência Técnica à Produção de Leite

TEL 252 241 240EMAIL [email protected]

UCANORTE XXIUnião Agrícola do Norte

TEL 229 865 010EMAIL [email protected]

SEGALABLaboratório de Sanidade Animale Segurança Alimentar

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AO

SE

RVIÇO DA PRODUÇÃ

O

GR

UPO

COOPERATIVO AGROS

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REVISTA AGROS Nº25 . 3

Editorial

Agir é a Palavra de Ordem

A 3ª edição da AgroSemana – Feira Agrícola do Norte superou todas as expetativas e os números falam por si. Durante os quatro dias

do certame, visitaram-nos dezenas de milhares de pessoas e marcaram presença mais do dobro dos expositores face ao ano passado, sendo um terço Cooperativas Agrícolas.A forte adesão que se fez sentir por parte dos nossos Produtores evidenciou, sem qualquer dúvida, que este é o fruto do compromisso assumido por nós.

A AgroSemana 2015, revelou-se a afirmação do setor leiteiro da Região Norte.Foi evidente que o setor se fez ouvir e foi efetiva-mente ouvido pelas inúmeras referências na comu-nicação social à escala nacional onde a projeção alcançada com esta Feira, que tão bem retrata as nossas gentes, o nosso bem saber fazer e o árduo trabalho do nosso dia a dia, permitiu alertar as entidades oficiais e a sociedade em geral, para a situação que o setor atravessa.

Realço a presença das mais altas individualidades ao nível governamental, que vivenciaram o empreende-dorismo conseguido a pulso e foram ainda confron-tados com as problemáticas atuais do setor, nomea-damente, o atraso nos pagamentos dos apoios aos agricultores por parte do IFAP, o exagerado nível de controlo ao pagamento Greening na Região Norte, o novo quadro comunitário de apoio (PDR2020) que não têm a capacidade mobilizadora de rejuve-nescer o setor, a imprevisibilidade do mercado dos produtos lácteos em regime aberto, assim como, o atual desequilíbrio entre a Grande Distribuição e a

Produção Nacional, merecendo a maior atenção por quem estabelece as diretrizes do país e tem o poder de adequar ou defender a adequação das regras à nossa realidade. Efetivamente, algumas das temá-ticas abordadas já estão a ser supridas, pelo que aguardaremos com expectativa que as restantes resoluções, ao nível do “Plano de Ação”, se mostrem diferenciadoras no apoio aos nossos Guerreiros, os nossos Homens da Terra.

A nossa postura não passa por ver acontecer, mas sim fazer acontecer! E o que sempre diferenciou a AGROS e a nossa atuação é que, quando todos optam por cruzar os braços à espera que a tempes-tade passe, nós encaramos as intempéries de frente e o nosso sentido de responsabilidade leva-nos a agir:- Agir, defendendo a produção de leite;- Agir, promovendo o consumo de leite de quali-

dade;- Agir, mobilizando o mundo Cooperativo Agrícola;

O caminho a traçar é de mobilização, de união e de cooperação ímpar entre todos os intervenientes do movimento cooperativo, e a AgroSemana foi um claro exemplo de sucesso deste trabalho conjunto e que deverá ser o apanágio da nossa determi-nante atuação para o futuro.

Assim, reitero que o nosso sentido de missão é dotar e capacitar as Empresas do Grupo AGROS a trabalharem em prol dos Produtores de Leite, de uma forma única e excecional, pois o futuro somos todos nós que o construímos!

“A nossa postura não passa por ver acontecer, mas sim fazer acontecer! E o que sempre dife-renciou a AGROS e a nossa atuação é que, quando todos optam por cruzar os braços à espera que a tempestade passe, nós encaramos as intempéries de frente...”

JOSÉ CAPELAPRESIDENTE DA DIREÇÃO DA AGROS

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4 . REVISTA AGROS Nº25

PROPRIEDADE E EDITORAAGROS - União das Cooperativas de Produtores de Leite de Entre Douro e Minho e Trás-os-Montes, U.C.R.L.CONTACTOSApartado 36, EC Póvoa de Varzim4494-909 Póvoa de VarzimTel. 252 241 000 - Fax. 252 241 009E-mail: [email protected] Url : www.agros.ptDIRETORJosé Fernando Martins CapelaPRODUÇÃO E COORDENAÇÃOServiço de MarketingSEDE DE REDAÇÃOApartado 36, EC Póvoa de Varzim4494-909 Póvoa de VarzimN.º DE CONTRIBUINTE500291950DEPÓSITO LEGAL295758/09ISSN 1647-3264REGISTO NA ERC125612DESIGN E COMPOSIÇÃO GRÁFICAServiço de EventosIMPRESSÃO GRÁFICASersilitoArtes Gráficas, Lda.Travessa Sá e Melo, n.º2094471 [email protected] exemplaresPERIODICIDADETrimestral - jul . ago . set 2015FOTOSAGROS U.C.R.L.; iStockPhoto; Shutterstock

Os textos publicados nesta edição são da responsabilidadedos respetivos autores.

Ficha Técnica

Consulte a Revistaem PDF:

Índice

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6

8

12

14

16

18

22

24

27

28

30

42

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51

Editorial> Agir é a palavra de ordem

Destaque> A Absolvição da Manteiga – Estudo científico revela novos dados sobre a

dieta

Área Agrícola> Licenciamento da Atividade Pecuária: Regime Extraordinário de Regulariza-

ção de Explorações Pecuárias - RERAE

A AGROS em ...> Entrevista ao Presidente da Direção da Cooperativa Agrícola de Basto, C.R.L

Satisfação - Grupo AGROS> PEC Nordeste

A AGROS em ...> Entrevista ao Presidente da Direção da Cooperativa Agrícola de

Amarante, C.R.L

Opinião> O Elogio do Leite – Isabel do Carmo

Satisfação - Grupo AGROS> Agros Comercial

Reportagem> 25 Anos da Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de

Marco de Canaveses (EPAMAC) - Entrevista ao Diretor Dr. João Gonçalves

A AGROS em ...> Entrevista ao Presidente da Direção da Cooperativa dos Lavradores do

Concelho de Valença, C.R.L.

Satisfação - Grupo AGROS> Segalab

Boas Práticas> Boas Práticas na Produção de Leite – Higiene do Leite

AgroSemana 2015

Acontecimentos

Responsabilidade Social

Espaço Lúdico> Agenda Cultural Agrícola> Sabores da Nossa Terra> Sudoku e Palavras Cruzadas> Almanaque Popular

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Incluir as manteigas e outras gorduras saturadas na dieta não contribui para o risco de

doenças cardiovasculares. Esta foi a conclusão de um novo estudo cien-tífico realizado por investigadores da Universidade de McMaster, no Canadá, e publicado na última edição do British Medical Journal, uma das publicações de referência a nível mundial. Por outro lado, a mesma pesquisa indica que as margarinas e produtos industriais similares, vulgarmente conhecidas como gorduras trans, é que podem causar problemas de saúde.Esta investigação não diz que se deve ingerir gorduras sem cautelas, mas retira a manteiga do lado dos “vilões” alimentares. “Nós não estamos a defender o aumento das doses de gorduras saturadas nos guias nutricionais”, explicou Russel de Souza, especialista em epide-miologia clínica e principal autor do estudo ao site Science Daily. No entanto, acrescenta que durante anos as pessoas foram aconse-lhadas a cortar radicalmente o consumo de gorduras de qualquer tipo, quando nem todas têm efeitos nefastos na saúde. O especialista explicou ainda que o problema são mesmo os produtos industriais: “As gorduras trans não têm qualquer benefício e colocam um sério risco de aumento de doenças cardiovas-culares”.

COMER GORDURA PARA EMAGRECERMesmo nos regimes de emagreci-mento, os alimentos gordos têm um papel importante a desempenhar. “A gordura não deve ser totalmente abolida de um plano alimentar que vise a perda de peso, mas sim limi-tada”, explica à SÁBADO a nutri-cionista Patrícia Almeida Nunes. E a mais aconselhada é o azeite. As

atuais normas internacionais para uma dieta equilibrada indicam que a ingestão de gorduras saturadas não deve exceder 10% do total de alimentos ingeridos diariamente. Este tipo de gordura é o que se pode encontrar na manteiga, nas natas, no queijo e em outros lacti-cínios gordos, na carne, na gema de ovo e ainda no chocolate. As gorduras trans são obtidas industrialmente, dando origem às margarinas. Este processo consiste na transformação de uma gordura vegetal líquida à tempe-

A ABSOLVIÇÃO DA MANTEIGAESTUDO CIENTÍFICO REVELA NOVOS DADOS SOBRE A DIETA

ratura ambiente, num sólido. “O problema maior é que os consumi-dores muitas vezes ingerem essas gorduras industriais sem o saberem, por exemplo em biscoitos, bola-chas, ou folhados”, explica Patrícia Almeida Nunes. Além de contribuir para aumentar o risco de doenças cardíacas em 21%, o consumo de gorduras trans também está asso-ciado a uma pior qualidade de vida, provocando um incremento 34% nas taxas de mortalidade, como conclui o mesmo estudo da Universidade de McMaster.

Gorduras há muitas…Os alimentos contêm vários tipos de lípidos

Monoinsaturadas incluem o azeite e o óleo de amendoim

Poli-insaturadas há dois tipos: ómega 3 (peixe) e ómega 6 (óleos de soja, milho, girassol) e frutos secos (nozes, avelã)

Saturadas encontram-se na manteiga, natas, queijo, carne e ovos

Trans são gorduras industriais. Exemplos: as margarinas feitas a partir de óleos vegetais

TEXTOLUÍS SILVESTRE in “Revista SÁBADO” - Edição de 20 de agosto de 2015

Durante anos, as gorduras saturadas foram associadas a doenças cardíacas. Agora, especialistas revelam que até para emagrecer é preciso comer alimentos gordos. O problema são as margarinas.

Destaque

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A legislação relativa ao licenciamento pecuário, quer o REAP, quer os anteriores regimes, não resolvia a maioria dos problemas de licenciamento das explorações pecuárias. O Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia procurou, juntamente com o Ministério da Agricultura, encontrar uma solução, que foi

enquadrada no RERAE – regime extraordinário de regularização das atividades económicas. Este regime aplica-se às explorações pecuárias, mas não só, também a outros setores de atividade. O Decreto-Lei n.º 165/2014, de 5 de novembro, criou este regime extraordinário para a regularização das atividades pecuárias (RERAE), com início a 2 de janeiro de 2015 e podendo os processos de regularização extraordinária serem apresentados nas DRAP, no prazo de 1 ano a contar dessa data. Os interessados deverão entregar o seu processo na DRAP, em data anterior a 2 de janeiro de 2016. Todas as explorações pecuárias, nomeadamente as explorações leiteiras, poderão aderir a este regime para regularizar a sua situação em termos de licenciamento da atividade pecuária.Apesar do regime ter entrado em vigor como Decreto-Lei a 2 de janeiro, diversos elementos fundamentais sobre o processo só foram conhecidos mais tarde. Nomeadamente a Portaria 68/2015, que identifica os elementos instrutórios a apresentar com os pedidos de regularização, apenas foi publicada em 9 de março e a clarificação de questões fundamentais deste regime, como por exemplo, quais as explorações passíveis de regularização, foi feita ainda mais tarde, já em maio, em nota informativa da DGADR. O regime é extraordinário, ou seja, tem um início e um fim estabelecidos. Esta oportunidade pode ser única para regularizar construções nas explorações pecuárias, podendo ser decisivo para que explorações que têm hoje um título provisório para a sua atividade possam vir a ter um título definitivo.

Caso se verifique este requisito, podem beneficiar de regularização neste regime as explorações quem tenham um título válido ou explorações sem título (não recorreram ao REAP). As explorações que tenham um título válido podem ser regularizadas nas seguintes situações:

1. Caso pretendam manter a atual atividade, mas estejam em desconformidade com os instrumentos de gestão do território ( IGT/RJUE), com servidões ou com restrições de utilidade pública;

2. Caso pretendam alterar ou aumentar a sua atividade e essa alteração colida com os instrumentos de gestão do território ( IGT/RJUE), com servidões ou com restrições de utilidade pública. Ou seja, o regime pode ser utilizado para que construções que não estejam edificadas, mas que sejam necessárias à exploração, podendo vir a ser realizadas, mesmo que de momento, os instrumentos de gestão do território não o permitam.

As explorações sem título poderão recorrer ao regime independentemente de estarem ou não em desconformidade com os instrumentos de gestão do território (IGT/RJUE), com servidões ou com restrições de utilidade pública. Ou seja, os Produtores que não recorreram ao REAP nos prazos regulamentares para regularizarem a sua atividade, poderão fazê-lo agora.

Área Agrícola

Licenciamento da Atividade Pecuária:REGIME EXTRAORDINÁRIO DE REGULARIZAÇÃODE EXPLORAÇÕES PECUÁRIAS

RERAE

Os esclarecimentos da DGADR sobre o assunto, que foram dados em diversas acções, nomeadamente a que se realizou na AgroSemana, respondem a esta questão. Neste artigo, socorremo-nos precisamente do quadro que a Eng.ª Patrícia Fonseca da DGADR apresentou na AgroSemana para dar a resposta.

PRIMEIRA CONDIÇÃO:

para que uma exploração

beneficie deste regime

extraordinário é necessário

que esteja em atividade há pelo menos

2 anos.

QUE EXPLORAÇÕES PODEM SER REGULARIZADAS?

TEXTODOMINGOS GODINHO, Eng.º - CONFAGRI

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2.4. UNIVERSO DAS EXPLORAÇÕES PECUÁRIAS PASSÍVEIS DE REGULARIZAÇÃO (2)

EM A

TIVI

DAD

E H

Á PE

LO M

ENO

S 2

ANO

S

SEM TÍTULO

SEM DESCONFORMIDADE

EM DESCONFORMIDADE

Construções/Parcelas

EM DESCONFORMIDADEPara cumprimento dos

requisitos legais

COM TÍTULO VÁLIDO

Manter atual

Atividade

IGT /RJUE

Servidões

Restri-cões de Utilidade Pública

Alterar ou ampliar

Atividade

FONTEDGADR - http://www.dgadr.mamaot.pt/images/docs/REAP/Sessoes_RERAE_2015.pdf

OBTENÇÃO DO RECONHECIMENTO PÚBLICO Este reconhecimento é atribuído pela Assembleia Municipal. O produtor deve dirigir requerimento ao Presidente da Câmara. A Câmara tem um papel fundamental neste processo e é muito importante que as Organizações tenham um diálogo sobre este regime com o seu Município. Existe uma minuta de Requerimento da Certidão do Reconhecimento do Interesse Público Municipal na regularização da atividade pecuária, proposta pela GTNREAP, com base na legislação e que pode ser utilizada por qualquer produtor. Está ainda divulgada uma lista de documentos a anexar ao requerimento. A Assembleia Municipal deliberará sobre o Interesse Público Municipal da exploração, tendo em conta o interesse económico e social da mesma. Assim, tudo o que comprove o interesse da exploração para o município, deve ser anexado ao requerimento.

SUBMISSÃO DO PEDIDO DE REGULARIZAÇÃONA DRAPApós a obtenção do reconhecimento do interesse público municipal, deverá ser feita a submissão do

pedido de regularização na DRAP (até 2 de janeiro de 2016), acompanhado da certidão de reconhecimento do Interesse Público Municipal.

CONFERÊNCIA DECISÓRIA (ANÁLISE/DECISÃO)A decisão de regularização é tomada em conferência decisória, envolvendo a DRAP e outros organismos, de acordo com as desconformidades existentes. O papel desta conferência decisória é proferir uma decisão integrada, ponderando os interesses económicos, sociais e ambientais, tomada por maioria. A decisão pode ser favorável, desfavorável ou favorável condicionada.

NOTIFICAÇÃO DA DECISÃO AOS INTERESSADOS/ ADAPTAÇÃO DO PRODUTOR PECUÁRIO À DELIBERAÇÃOApós comunicada a decisão da conferência decisória, no caso da decisão ser favorável condicionada, deverão ser emitidas medidas corretivas, que o produtor tem 2 anos para implementar. No pior cenário, se esta for desfavorável a exploração deverá encerrar.

PRINCIPAIS PASSOS DO PROCESSO DE REGULA-RIZAÇÃO

PROCEDIMENTO CONJUNTO Está prevista a possibilidade que sejam apresentados conjuntamente, por mais do que um requerente, pedidos de regularização, alteração ou ampliação, para diferentes explorações. É necessário que estas estejam integradas no mesmo setor e pertençam ao mesmo concelho. Os pedidos apresentados em conjunto dão lugar a um único procedimento do plano municipal. Há aqui um trabalho que pode, e deve, ser desenvolvido pelas Organizações de Agricultores.

PRAZOSO RERAE entrou em vigor no dia 2 de janeiro de 2015; Os operadores pecuários deverão submeter o respetivo pedido de regularização até 2 de janeiro de 2016; O PGEP, se aplicável, deve ser apresentado no prazo máximo de 6 meses contados a partir da notificação da deliberação da Conferência Decisória.

Referências:Decreto-Lei n.º 165/2014, de 5 de novembro;Portaria n.º 68/2015, de 9 de março;DGADR, NREAP, Nota Informativa n.º 3/2015 de 5 de maio, http://www.dgadr.mamaot.pt/images/docs/REAP/NI_3_2015.pdfDGADR, RERAE – Regime Excepcional de Regularização das Atividades Económicas Aplicado ao Setor Pecuário, junho de 2015 http://www.dgadr.mamaot.pt/images/docs/REAP/Sessoes_RERAE_2015.pdf

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A AGROS em ...

No atual contexto do setor agrícola nacional, como descreve o papel e ação da COOPERBASTO? A COOPERBASTO, C.R.L., através da sua estrutura Casa do Agricultor, criou aquilo a que se designou uma “Loja do Cidadão ao serviço do Mundo Rural”, ou seja, pro-porcionamos ao agricultor a concentração no mesmo edifício de um conjunto de serviços diversificados, abrangentes e complementares, tornando a Cooper-basto num local onde se trata de praticamente todos os assuntos ligados à agricultura, de modo a evitar trans-tornos aos agricultores, que muitas vezes têm que se deslocar de uma entidade para outra para resolver os seus problemas. A Cooperbasto, tem sido, e pretende continuar a ser, uma estrutura que agrega um centro de serviços de apoio ao mundo rural e em particular aos agricultores. É necessário conferir cada vez mais à instituição, capacidade de intervenção e colaboração junto dos nossos agentes do mundo rural.

Qual o principal pilar económico da vossa Cooperati-va e que outras atividades vos estão associadas?Não podemos dizer que há um pilar económico prin-cipal, pois todos têm o seu contributo. A Cooperbasto tem ao dispor dos agricultores e associados diversas secções e apoio técnico e administrativo. De forma re-sumida, temos a secção vitivinícola, que presta apoio técnico aos nossos cooperantes na área dos vinhos; a secção florestal, que elabora e acompanha projetos flo-restais, temos ainda a equipa de sapadores florestais, que em parceria com as juntas de freguesia e Direção

Regional da Agricultura tem um papel fulcral na época crítica dos incêndios; a secção pecuária, presta todos os serviços que contribuam para a sanidade e bem-es-tar animal; na secção comercial, além da venda direta dos produtos, também é feita a distribuição dos produ-tos em casa do agricultor e o aconselhamento técnico; na secção serviços, é prestada toda a assistência técni-ca e administrativa ao agricultor, desde elaboração de candidaturas, elaboração de projetos de investimento, parcelário agrícola, resolução de assuntos administrati-vos relacionados com entidades parceiras, CVRVV, IFAP, DRAPN, IVV, entre outras.

Desde 2009 que é Presidente da Organização, que balanço faz desses anos e como espera enfrentar os seguintes?Quando tomei posse da Cooperativa, a minha intenção era dar continuidade aos serviços que se desenvolve-ram até então e imprimir uma dinâmica de apoio ao agricultor mais consistente e integrada. Nesse sentido, o balanço destes anos à frente da Cooperativa é positivo dado ter conseguido manter a estrutura e, apesar das di-ficuldades que se vivem no mundo rural, com a redução de apoios, numa conjuntura económica difícil, a idade avançada dos agricultores, e as dificuldades inerentes à interioridade, apoiados numa gestão moderna temos conseguido capacitar os agricultores dos concelhos de Celorico e Mondim de Basto de instrumentos de apoio à produtividade com um leque de serviços direcionados à floresta, à pecuária, à vinha, serviços de apoio técnico

COOPERBASTO - Cooperativa Agrícola de Basto, C.R.L.Entrevista ao Presidente da Direção - Sr. Paulo Mota

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TEXTOAGROS

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e aconselhamento e formação. Nesse sentido é neces-sário salvaguardar as parcerias e protocolos existentes entre esta Cooperativa, a Câmara Municipal, o Ministé-rio da Agricultura, a CONFAGRI (Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas), a CVRVV e a AGROS o que nos permite capacitar da melhor forma os agricultores da região com melhores instrumentos de produtividade e de valorização dos seus produtos.

Que condições considera que seriam importantes ser consideradas ao dispor dos jovens, para aproximá-los do setor agrícola?Apesar do governo levar a cabo uma estratégia de an-

vencerem as dificuldades. Com honrosas exceções, a quem aproveitamos para dar os parabéns aos coope-radores e seus dirigentes pelo trabalho realizado, po-demos dizer que o setor das Cooperativas Agrícolas e das Adegas Cooperativas, continuam a atravessar gra-ves dificuldades, tendo sido forçadas a tomar medidas de controlo de custos e de redução de colaboradores. Contudo, e acreditando que o pior já terá passado, teremos de abordar o futuro de forma positiva, apro-veitando as oportunidades, em especial todas aquelas que incidem sobre os requisitos a que por obrigação legislativa, todos os Produtores terão de cumprir para continuarem no setor, nomeadamente, a formação profissional, inspeção das máquinas agrícolas, elabora-ção e/ou execução de projetos de investimento, pres-tação de serviços administrativos/agrícolas/florestais.

A realidade do Grupo Cooperativo AGROS passa por ajudar em obter melhores condições comerciais em todos os fatores de produção necessários à produção de leite e à atividade agrícola. Em que medida enten-de que o Grupo Cooperativo AGROS pode ajudar as Cooperativas e os Produtores?Graças aos investimentos realizados pelo setor coope-rativo ao longo de muitos anos e através da AGROS, foram sendo criadas todas as condições, através das empresas existentes no Grupo AGROS, para que todos os Produtores da região possam dispor das melhores condições de aquisição de todos os fatores de produ-ção necessários à sua atividade profissional. Contudo e devido, a diferentes razões, nomeadamente, o reduzi-do espirito cooperativo/associativo dos nossos Produ-tores e/ou dos seus dirigentes cooperativos, bem como os “aspetos paralelos” inerentes à atividade comercial desenvolvida pelos concorrentes privados, muito tem contribuído para uma menor aquisição dos bens atra-vés do Grupo AGROS, contrariamente ao que seria de-sejável e que em muito beneficiaria os nossos Produ-tores e contribuiria para o fortalecimento económico-financeiro de todo o setor cooperativo.

Para finalizar, que mensagem pretende transmitir aos vossos Associados?A Cooperativa Agrícola de Celorico de Basto é uma en-tidade com longos anos de existência e a nossa missão, enquanto gestores desta entidade, será sempre traba-lhar no sentido de desenvolver, criar e potenciar a agri-cultura com um plano estratégico de desenvolvimento rural bem delineado apoiado numa equipa técnica cer-tificada com serviços de proximidade, com um balcão de atendimento diário, que permitam aos nossos asso-ciados uma melhor compreensão da sua atividade e do conjunto dos serviços prestados. Queremos para o futu-ro potenciar a confiança no setor primário, porque sabe-mos a importância que este setor tem para a economia do nosso país. Estamos, de forma equilibrada, a articu-lar todos os meios para conseguirmos mais e melhores benefícios para os nossos associados sejam eles agri-cultores de longa data ou novos agricultores. Estamos a trabalhar afincadamente ao nível da comercialização dos produtos, não descuramos o incentivo à formação é à certificação tendo em vista a promoção dos produtos regionais e locais com as exigências do mercado atual.

1961Início daAtividade

2360Número deAssociados

5Produtores

de Leite

19Número de

Colaboradores

459Mil €

(Volume de Negócios em

2014)

gariação, dinamização e divulgação da bolsa de terras, temos de reconhecer que é uma boa iniciativa, no en-tanto não resulta em algumas zonas do interior, onde predomina uma agricultura de minifúndio, com parce-las bastantes fragmentadas e de pequenas dimensões, o que acaba por dificultar a rentabilidade para a elabo-ração e execução de projetos de investimento.Contudo temos de ter consciência, e falo na nossa rea-lidade, que o grande segredo está em produzir mais e melhor, com explorações e formas de organização adaptadas à sua diversidade. Efetivamente só conse-guiremos ter sucesso na agricultura com explorações viáveis e só há agricultores se eles poderem viver da sua atividade.Penso que uma das formas de aproximar os nossos jo-vens ao setor agrícola é procurar transmitir e assegurar uma política agrícola onde um dos pontos principais passe pela viabilização das atividades com alternativa técnica e economicamente competitiva.

Como analisa a situação do Setor Cooperativo em Por-tugal?Infelizmente, temos assistido ao encerramento de di-versas congéneres que, por um lado não conseguiram resistir a estes longos e intermináveis tempos de difi-culdades económicas, e por outro não conseguiram resistir à deserção dos seus cooperadores e ao incum-primento das suas obrigações no respeito pelos valores do cooperativismo, quando as organizações mais pre-cisavam da união de todos os seus cooperantes, para

2

1 Edifício da Cooperativa; 2 Da esquerda para a direita:José Sousa (Tesoureiro) e Paulo Mota (Presidente).

REVISTA AGROS Nº25 . 9

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PRODUÇÃO DE LEITE NACIONAL E DO UNIVERSO AGROS

792 Milhões €VALOR DA PRODUÇÃO DE LEITE (2014)

6 MilN.º PRODUTORES DE LEITE (2014)

1,3 Mil Milhões €VOLUME DE NEGÓCIOS DA INDÚSTRIAE LACTICÍNIOS (2013)

50 MilPOSTOS DE TRABALHO CRIAÇÃO DE EMPREGO DIRETO EINDIRETO DO SETOR LÁCTEO (2014)Estes postos de trabalho são maioritari-amente em zonas rurais, altamentecarenciadas do ponto de vista económicoe social.

234 Mil VacasEFETIVO LEITEIRO NACIONAL (2014)

1.809 Milhões de LtsTOTAL DE ENTREGA DE LEITE NACIONAL(2014)

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PRODUÇÃO DE LEITE NACIONAL E DO UNIVERSO AGROS

792 Milhões €VALOR DA PRODUÇÃO DE LEITE (2014)

6 MilN.º PRODUTORES DE LEITE (2014)

1,3 Mil Milhões €VOLUME DE NEGÓCIOS DA INDÚSTRIAE LACTICÍNIOS (2013)

50 MilPOSTOS DE TRABALHO CRIAÇÃO DE EMPREGO DIRETO EINDIRETO DO SETOR LÁCTEO (2014)Estes postos de trabalho são maioritari-amente em zonas rurais, altamentecarenciadas do ponto de vista económicoe social.

234 Mil VacasEFETIVO LEITEIRO NACIONAL (2014)

1.809 Milhões de LtsTOTAL DE ENTREGA DE LEITE NACIONAL(2014)

44COOPERATIVASAGRUPADAS

HORASDIAS

7 DIASSEMANA

365 DIASANO

RECOLHEMOSLEITE

1511PRODUTORES(2014)

A AGROS É LÍDER NA QUALIDADE,RASTREABILIDADE E RECOLHA DE LEITE

541Milhões LtsLEITE RECOLHIDOPOR ANO (2014)

1,5Milhões LtsLEITE RECOLHIDOPOR DIA (2014)

211Milhões €VOLUME NEGÓCIOS(2014)

A AGROS REPRESENTA

31%PRODUÇÃONACIONAL

45%PRODUÇÃOPORTUGAL CONTINENTAL

78%PRODUÇÂONORTE

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Satisfação - Grupo AGROS

ExploraçãoSoc. Agr. Carreiras do Monte, Lda.Cabanelas - Vila Verde

Ano da Fundação1984

Fornecedor PECDesde 2014

Nº de Animais220

Cliente Empresas Grupo AGROSAgros Comercial; Segalab; Ucanorte XXI; ABLN

Quais as principais razões/motivações que o levaram a optar pelos serviços da PEC Nordeste?As razões que nos levaram a optar pela PEC foram vá-rias. Primeiramente, a necessidade urgente de reestru-turar a nossa Exploração, ou empresa. Desde o início do ano de 2014, apercebi-me de que o setor do leite iria sofrer um colapso profundo em termos de preços e de comercialização. Então, tentei desde muito cedo fazer outra abordagem ao setor, no sentido de comple-mentar com outro tipo de atividade. Inicialmente, con-sideramos a questão dos kiwis, assim como de outros produtos frutícolas, mas depois, felizmente, e conhe-cendo já a estrutura da PEC, acreditei que seria uma oportunidade para trabalharmos no setor da carne. Outro fator foi, de facto, a necessidade de rentabiliza-ção económica, e possuirmos outro produto para criar valor para a Exploração com aquilo que, no fundo, era considerado um subproduto das Explorações Agrope-cuárias.

Está satisfeito com os serviços que a PEC coloca à sua disposição? A qual recorre com mais frequência?Sim. Com os serviços que a PEC tem neste momen-to, estão criadas as condições para que, de facto, se possa no futuro, assim que esta crise hipotética se es-tabilizar, rumar noutro sentido. A PEC possui todas as condições e mais-valias necessárias e exigíveis, para poder ser uma grande líder no mercado em que se insere.

O que pensa do facto de a PEC Nordeste ser uma Em-presa com certificado que garante a segurança ali-mentar?É ótimo! Hoje em dia, quer os consumidores, quer a própria sociedade civil em si, está muito atenta a essa questão e é um tema que está em voga. O próprio Es-tado Português, através da ASAE, tem implementado esta política que se vai deferindo para as próprias ins-tituições e, se a PEC não acompanhar também aquilo que é o dia a dia da sociedade, acaba por se perder no tempo e ser ultrapassado.

É fornecedor da PEC Nordeste desde 2014. Está satis-feito com a relação comercial existente? Aconselharia esta Empresa a outros Produtores?Sim. E aconselho, sem dúvida. Tenho feito, enquanto Diretor Cooperativo, algumas diligências no sentido de informar e formar as pessoas relativamente aos servi-ços da PEC. Inclusivé, já existem alguns colegas a iniciar processo de fornecimento a esta empresa aqui no con-celho de Vila Verde. Sei que a PEC tem tido algumas dificuldades a nível de preços, porque também o esta-mos a sentir na pele, e espero que seja uma situação passageira e momentânea. Penso que estou satisfeito, principalmente com as pessoas que lideram a institui-ção comercialmente.

Se tivesse que escolher um dos seguintes atributos que caracterizam a PEC Nordeste, qual escolheria? Preço, qualidade, profissionalismo, competência téc-nica ou outro, que considere pertinente?Todos, menos o preço. No entanto, compreendo que não tem sido possível corresponder a esse atributo e sei que é preciso lutar para que os produtos sejam me-lhor pagos. Concordo com todos os outros atributos. Sei que é uma empresa com muito, muito futuro, e que tem pessoas à frente com muita capacidade, por isso, nada melhor que continuar com este profissionalismo e desenvolvimento, como têm feito até agora. Sei que estão a optar por vacas, assim como outras espécies animais, e concordo. Temos de seguir em frente e aju-dá-los no que for preciso, porque é destas instituições que nós precisamos.

Pretende manter a PEC Nordeste como parceira da sua Exploração? Sim, isso nunca foi posto em causa desde que iniciei a colaboração com a PEC. Agora, é óbvio que temos de melhorar a Exploração, quer a nível de quantidade, qualidade, eficiência e eficácia, e depois tentar valori-zar o nosso produto para beneficiarmos em termos de mais-valias sobre aquilo que a própria instituição nos pode oferecer.

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PEC - NORDESTEIndústria de Produtos Pecuários do Norte, S.A.Zona Indústrial N.º 2 - Apartado 202 4564-909 Penafiel PORTUGAL

GPS41.222317, -8.284766 GR

UPOAGROS

TEL+351 255 718 [email protected]

ABATE DE BOVINOS, SUÍNOS, OVINOS E CAPRINOS

DESMANCHA, FATIAGEM E ACONDICIONAMENTODE CARNE

DISTRIBUIÇÃO DOS PRODUTOSCOMERCIALIZADOS

COMPRA DIRETA DE ANIMAIS (Vacas Refugo)

ABATE DE ANIMAIS PARA CONSUMO PRÓPRIO(Mais informações na sua Cooperativa)

FABRICO DE PREPARADOS DE CARNE

COMERCIALIZAÇÃO DE CARNES

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A AGROS em ...

Atualmente, como caracteriza a “vida agrícola” na área social da vossa organização?O nosso concelho, estando dividido em duas partes pelo rio Tâmega, possui grandes potencialidades agrí-colas. No entanto, assiste-se a um relativo abandono das explorações agrícolas devido ao envelhecimento dos agricultores e, também, devido a falhas verificadas no que diz respeito às políticas de proximidade, limi-tando a fixação por parte dos jovens agricultores. Con-tudo, Amarante é predominantemente reconhecida pelos seus excelentes vinhos verdes. Neste setor deno-ta-se uma grande evolução, nomeadamente na reno-vação e aumento de vinhas, assim como um aumento de Produtores engarrafadores que se viram na necessi-dade de criar condições para a venda dos seus vinhos. É fulcral ressalvar que os jovens da nossa região, e pre-sentes na nossa Organização, têm-se mostrado muito dinâmicos e têm vindo a investir em projetos emergen-tes aproveitando as potencialidades do nosso concelho nos mais variados tipos de produção.

Quais os serviços e secções existentes na vossa Coo-perativa ao dispor dos vossos Associados?A Cooperativa dispõe das secções de compra e venda/aprovisionamento – com dois pontos de venda; ADS/OPP – relacionada com a Sanidade Animal; e dos servi-ços de formação profissional e consultoria em projetos agrícolas, onde contamos com a parceria constante da

entidade CONFAGRI. No sentido de colmatar algumas dificuldades de deslocação dos nossos agricultores à nossa sede, dispomos de viaturas para entrega de mer-cadorias em todas as freguesias do concelho, visto que este é o maior concelho do distrito do Porto, tendo cer-ca de 30 000 hectares de superfície (301,3 km²).

É Presidente desta Organização desde 1991. Que ba-lanço faz do trabalho já realizado e do que pretende fazer no futuro?Pertenço aos Órgãos Sociais da Cooperativa desde 1986, onde fui Tesoureiro em dois mandatos consecu-tivos. Presido à Direção desta Cooperativa desde 1991, altura em que estava em implementação o 1.º quadro comunitário. Nessa altura, Amarante dispunha de um amplo número de agricultores nas diversas áreas de produção. Verificámos, no nosso concelho, um ele-vado número de projetos enquadrados nesse quadro comunitário e tudo fazia crer que estávamos peran-te um cenário que nos traria um grande crescimento neste setor. Neste âmbito, a Cooperativa lançou vários projetos, como o mercado leilão de gado, um armazém para armazenamento e secagem de cereal e um outro, já nessa altura, para implementar um supermercado agrícola. Para o futuro, a Direção está empenhada em apoiar os seus Associados na obtenção de novos meios e conhecimentos, no âmbito da sua atividade agrícola, sendo um setor em constante modificação e atualiza-

Cooperativa Agrícola de Amarante, C.R.L.Entrevista ao Presidente da Direção - Sr. Armando Monteiro

TEXTOAGROS

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Como analisa a situação do Setor Cooperativo em Por-tugal?A análise que faço é a seguinte: nos concelhos onde as Cooperativas e outros serviços do setor se uniram, verifica-se que estão de boa saúde financeira e com maior capacidade de apoio; nos concelhos onde isso não se verificou existem mais dificuldades e, em deter-minados casos, fecharam. Penso que está na hora de, cada vez mais, dar as mãos e incentivar os jovens para que se venha a verificar uma mudança essencial que enriqueça todo o setor.

A realidade do Grupo Cooperativo AGROS passa por ajudar em obter melhores condições comerciais em todos os fatores de produção necessários à produção de leite e à atividade agrícola. Em que medida enten-de que o Grupo Cooperativo AGROS pode ajudar as Cooperativas e os Produtores?O Grupo AGROS é uma realidade que orgulha o nosso país e muito se deve a esta organização o facto de o se-tor leiteiro se perfilar num dos melhores da Península Ibérica. Naturalmente, os Produtores de Leite também se debatem para poderem ser competitivos nas suas explorações. É, de salientar, a preocupação constante que esta organização tem em defender o setor. Neste grupo saliento, também, a Ucanorte XXI que tem vindo a sobressair no apoio à comercialização e venda dos fatores de produção às Cooperativas. Recentemen-te tem apresentado uma dinâmica muito importante para as Cooperativas - diversificação e competitividade na venda de todos os produtos. Quero, ainda, relevar a importância dos outros serviços do Grupo AGROS, que nos apoiam em diversas áreas e estão sempre disponí-veis para colmatar as nossas necessidades.

Para finalizar, qual a mensagem que pretende deixar aos Associados da vossa Cooperativa?Uma mensagem de grande coragem, convicto de que a agricultura irá ser motivo de muito interesse econó-mico. Gostaria aqui, de fazer um apelo aos Associados da Cooperativa, bem como aos concelhos vizinhos de Marco de Canaveses e Baião, de que, na minha visão, estamos perante uma região com muitas afinidades e de grande interesse a serem exploradas nesses três concelhos. Gostava de ver o poder político destes con-celhos a ajudar, “meter mãos à obra” e criar um grande centro cooperativo com estes. Como se pode verificar, estamos perante uma zona com características espe-ciais, nomeadamente para o setor de pastoreio – raças autóctones, ovinos e caprinos – de forma a obter pro-duções de alta qualidade em carnes e outros produtos lácteos. Aproveitar o potencial de qualidade dos vinhos que produzem estes concelhos, que são da mais exce-lente qualidade da região, e outras potencialidades emergentes que se podem vir a implantar. É fulcral não esquecer a nossa floresta, pois e ainda há muito a fazer no que diz respeito a este setor.

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1979Início daAtividade

1500Número deAssociados

1Produtores

de Leite

10Número de

Colaboradores

1.1Milhões €(Volume de

Negócios em2014)

ção, bem como todos os jovens interessados em apos-tar em projetos agrícolas. Para o efeito possuímos um Serviço Técnico especializado, até porque Amarante possui um micro clima muito vantajoso para outros ti-pos de produção emergentes. Sabemos que, no setor leiteiro, as dificuldades são muitas e, neste momento, temos apenas um produtor de leite que muito nos or-gulha pela sua grande capacidade de inovação e pro-dução ao nível dos melhores da região. Não há dúvi-da que a Cooperativa gostaria que nos próximos anos houvesse mais Produtores com este nível.

Atualmente, um dos assuntos na ordem do dia, é o rejuvenescimento do Setor Cooperativo Agrícola. Que estímulos considera que deveriam ser implementa-dos para aproximar os jovens ao setor?O rejuvenescimento do Setor Cooperativo Agrícola é uma temática que nos deixa um pouco apreensivos, pois os nossos agricultores fazem parte de uma po-pulação maioritariamente envelhecida. Nos últimos 30 anos, por parte da União Europeia, parece-nos que nem todo o investimento lançado ao setor tenha sido o mais adequado, sobretudo porque somos regiões dife-rentes. Os incentivos aos jovens para esta nobre ativi-dade não foram suficientes e não ajudou a melhorar a sustentabilidade neste setor. No entanto, algumas polí-ticas e medidas têm-se mostrado favoráveis e têm con-tribuído para a instalação e fixação de alguns jovens.

1 Edifício da Cooperativa; 2 Da esquerda para a direita:Alberto Teixeira (Secretário) e Armando Monteiro (Presidente).

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REVISTA AGROS Nº25 . 15

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Opinião

O leite é um alimento completo para o bébé. No entanto, também se pode dizer que preenche grande parte das necessidades do adulto.

Algumas vozes que falam contra o leite dizem que, nos outros animais, nenhum mamífero adulto recorre ao leite como alimento. Esse é um raciocínio simplista. A verdade é que nenhum dos outros mamíferos (salvo os animais domésticos) foi capaz de, através de melhores condições sanitárias e de combate às infeções através dos antibióticos, aumentar a esperança de vida como o fez o ser humano. Em Portugal, há um século, a esperança de vida era metade da atual. Com esse panorama, o problema da osteoporose da segunda metade da vida atual, quase não existia. Morria-se antes de tuberculose, pneumonias, “febres intestinais”. E a verdade é que, sobretudo nos centros urbanos, o leite era um bem escasso, que se reservava para as crianças, se e quando possível.O leite contém duas substâncias muito importantes para a vida – as proteínas e o cálcio. As proteínas fazem parte da estrutura do nosso corpo, são o cimento, os tijolos. As proteínas de origem animal, como é o caso das do leite, são completas em aminoácidos essenciais, ou seja, aqueles que o nosso corpo não consegue sintetizar por si próprio e tem que ir buscar à alimentação. Em relação ao cálcio, é o

O ELOGIODO

LE TE

alimento mais rico. Claro que há outros alimentos que contêm cálcio, como a couve galega. Mas temos que comer 100 gr de couve galega cozida, e bem escorrida, para obtermos a mesma quantidade de cálcio que um copo de leite. E é complicado andarmos a comer couve galega três vezes por dia, ao passo que é fácil ingerir lacticínios três vezes ao dia. E o leite também tem fósforo, magnésio, potássio. É importante notar que em relação a estas substâncias – proteínas, cálcio, fósforo e magnésio – o conteúdo é o mesmo no leite gordo, meio-gordo ou magro. Estes só diferem na percentagem de gordura. Esta possibilidade de ingerir leite meio gordo ou magro, mantendo as suas qualidades nutricionais faz do leite e do iogurte, alimentos excelentes para um regime de emagrecimento, pois são alimentos com pouca densidade calórica e ideais para os lanches ou snacks intercalares. O facto de terem hidratos de carbono em pequena quantidade e poderem ser produzidos com pouca ou quase nenhuma gordura, faz do leite e dos iogurtes, alimentos com muito valor nutritivo, mas baixos em calorias. Por outro lado, dão saciedade e não provocam fome de ressaca, uma hora, a hora e meia depois, como acontece com os alimentos que sendo ricos em açúcar resultam num pico glicémico alto.

TEXTO ISABEL DO CARMO - PROFESSORA DA FACULDADE DE MEDICINA DE LISBOA

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INTOLERÂNCIA AO LEITE?

Coloca-se também o problema da moda da “intolerância” ao leite que passou a ser epidemia… Ora só tem intolerância ao leite quem não tiver uma enzima, que é a lactase, para desdobrar a lactose, o açúcar do leite. Na origem dos povos que foram migrando na Europa e no mundo houve os que se dedicaram ao pastoreio, enquanto outros ainda viviam da caça, da pesca e da colheita de frutos e sementes. Os povos do pastoreio foram sendo selecionados como bons aproveitadores de leite e portanto portadores da lactase. Entre os outros essa seleção não se deu nem foi necessária. E os povos foram-se misturando … Por isso alguns seres humanos ainda não têm lactase suficiente e por isso têm intolerância à lactose. É fácil saber se há intolerância porque há um teste que se realiza, idêntico ao da tolerância à glicose, para ver se uma pessoa é diabética. E assim se tiram dúvidas. E modas… E para quem tem mesmo intolerância à lactose, pode recorrer aos iogurtes, porque nesses a lactose transforma-se em ácido láctico e deixa de estar presente. O que não podemos é deixar substituir o leite por líquidos a imitar leite. A bem da nossa saúde.

“Claro que há outros alimentos que contêm cálcio, como a couve galega. Mas temos que comer 100 gr de couve galega cozida, e bem escorrida, para obtermos a mesma quantidade de cálcio que um copo de leite. E é complicado andarmos a comer couve galega três vezes por dia, ao passo que é fácil ingerir lacticínios três vezes ao dia. E o leite também tem fósforo, magnésio, potássio.”

REVISTA AGROS Nº25 . 17

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José Luís Torres e família

ExploraçãoSoc. Agro-Pec. José L. S. Torres, Lda. Avioso (Sta. Maria) - Maia

Ano da Fundação2012

Nº de Animais221, dos quais 98 vacas lactantes

Cliente Agros ComercialDesde 2012

Quantidade Contratualizada1.269.000 Lts

Cliente Empresas Grupo AGROSSegalab; Ucanorte XXI; Lusogenes;ABLN (Prog. Bovinfor)

Satisfação - Grupo AGROS

Quais foram as principais razões/motivações que o levaram a optar pelos serviços/produtos comercializados pela Agros Co-mercial? As principais razões que me levaram a recorrer aos produtos comercializados pela Agros Comercial foram a relação preço vs qualidade e, o aconselhamento e apoio técnico prestado pela Equipa desta empresa.

Está satisfeito com os resultados obtidos com o Sistema de Distribuição Automático de Concentrado na sua Exploração? Aconselharia este produto a outros Produtores?Sim, estou satisfeito com o investimento que fiz na minha Exploração. Não estava a conseguir compensar o excedente de produção, e essa foi a razão pela qual optei pelo Sistema. O concentrado é distribuído em função dos litros de leite que os animais estão a produzir e vou aumentando gradualmente o concentrado.

Que outros produtos/serviços fornecidos pela Agros Comercial usa? Está satisfeito?Os produtos da Agros Comercial que estou a utilizar na exploração são os químicos para higiene da ordenha e os preventivos, assim como, os coletores da Boumatic e o variador de velocidade. Estou satisfeito e contente com os produtos que tenho usado.

Se tivesse que escolher um dos seguintes atributos que caracte-rizariam a Agros Comercial, qual escolheria? Qualidade, preço, profissionalismo, competência técnica ou outro, que considere pertinente? Optaria pela qualidade/preço, assistência técnica.

Pretende manter a Agros Comercial como parceira da sua Ex-ploração?Sim, pretendo manter a Agros Comercial na minha exploração e continuar a trabalhar com eles.

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O Sistema EZ-Feed:

• Teclado fácil de usar• LCD iluminado garante excelente visualização• Controla os seus custos de alimentação• Aumenta a sua produção de leite• Programável até 4 tipos de alimentos• Cria até 6 fases de alimentação• Dosagem de acordo com a velocidade individual de alimentação• Diminui os custos de produção• Capacidade de parar os pontos de alimentação em horários pré-definidos durante o dia

(ex: quando as vacas vão para a sala de ordenha)• Identificação através de qualquer ISO transponder de orelha, pescoço ou pata

Portas FronhasAPARTADO 39 - EC Vila do Conde4481-953 VILA DO CONDETEL 252 241 [email protected]

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O LEITE É INSUBSTITUÍVEL!

É o primeiro alimento que ingerimos quando nascemos e deve ser prolongado ao longo de toda a vida.O consumo de leite é um hábito alimentar tão antigo como a própria sedentarização do Homem, tendo sido mantido ao longo de toda a história da Humanidade.

Este alimento proporciona benefícios para a saúde comprovados pelo seu longo histórico de consumo e evidenciados pela ciência, sendo legitimamente considerado um alimento de eleição para uma alimentação saudável de crianças e adultos.

UM COPO DE LEITE FORNECE DIARIAMENTEA UMA CRIANÇA DE 5 ANOS:

21%das proteínas necessárias

8%de calorias

micro-nutrientes essenciais

O LEITE FORNECE-NOS:

CálcioVitaminasMineraisLípidosProteínasHidratos de Carbono

ADULTOCRIANÇA

A nova Roda de Alimentos apresentada para a população Portuguesa confirma a importância do consumo de leite e recomenda que 18% da nossa alimentação diária seja consti-tuída por leite e seus derivados, o que se traduz na ingestão de 2 a 3 porções diárias (uma porção de leite corresponde a um copo ou chávena almoçadeira – 250 ml).

+ +

BENEFÍCIOS DO CONSUMO DE LEITE

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BENEFÍCIOS DO CONSUMO DE LEITE

O QUE TORNA O LEITE TÃO ESPECIAL…

O leite tem propriedades nutricionais únicas e é um dos alimentos mais completos:

• Tem uma elevada densidade e riqueza nutricional;• Aprovisiona uma quantidade de energia baixa a moderada;• As proteínas do leite têm um elevado valor biológico e são próximas, do que se considera a

proteína ideal;• É fonte multivitamínica de quase todos os minerais;• É, por excelência, a fonte alimentar de cálcio;• É uma reconhecida fonte de nutrientes importantes para o crescimento, desenvolvi-

mento e manutenção do organismo;• É considerado um alimento funcional pois beneficia a saúde de quem o consome;• É privilegiado pela Direção Geral da Saúde como um alimento de elevado valor nutri-

cional no contexto de uma alimentação saudável.

OS 10 PRINCÍPIOS DO BEM-ESTAR:

- Beba Leite- Consuma Lácteos- Coma pouco, muitas vezes- Faça boas escolhas- Coma com prazer- Seja prático e criativo- Viva mais ao ar livre- Relaxe- Goste de si- Seja responsável com o seu corpo

Beba LeiteTodos os Dias,Toda a Vida.

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Que balanço faz dos primeiros 25 anos da EPAMAC? Quais os principais desafios e conquistas?A EPAMAC é hoje reconhecidamente um projeto educativo de sucesso. Ao fim de 25 anos:1. Tem uma exploração agroturística modelo, talvez aquela que apresenta a maior diversidade no contexto das escolas profissionais de agricultura (centro hípico federado de 4 estrelas, parque de desportos radicais, vacaria, suinicultura, truticultura, apiário, fileiras de criação de perdizes, patos, faisões, galinhas autóctones, coelhos bravos, parque de criação de gamos, horticultura e floricultura sob coberto e ao ar livre, estufas de hidroponia, oficina micológica, fruticultura, vinha, áreas forrageiras e parque de máquinas);2. Está entre as três escolas profissionais de agricultura com maior número de alunos do país, tendo no presente ano letivo 370 alunos distribuídos por ensino vocacional básico, ensino profissional e cursos técnicos superiores profissionais (estes últimos, em parceria com o Instituto Politécnico de Bragança);3. É uma escola que, tendo-se mantido sempre fiel à matriz agroturística em termos de oferta formativa, apresenta resultados de empregabilidade excelentes e diplomados a trabalharem com muito sucesso, por conta de outrém ou por conta própria, no mercado de trabalho em lugares de relevo;4. É um parceiro valorizado, local e regionalmente, no contexto do tecido produtivo. Trabalha em conjunto com inúmeros parceiros institucionais e empresariais aproveitando as excelentes relações que tem com as empresas para melhorar a qualidade da educação profissional que presta à comunidade local e regional. Valoriza a Formação em Contexto de Trabalho e as Provas de Aptidão Profissional envolvendo nas suas

Reportagem

dinâmicas os empresários e criando condições de melhor empregabilidade para os seus diplomados;5. Tem alunos de 25 concelhos diferentes, oferecendo residência escolar a inúmeros jovens que nos seus territórios de origem não encontram educação profissional nas áreas da produção agrária, do turismo ambiental e rural e da gestão equina.É, no fundo, um projeto educativo que tem contribuído fortemente para o desenvolvimento local e regional através da formação de jovens para ingresso qualificado no mercado de trabalho. Os principais desafios centram-se na melhoria constante do serviço educativo que prestamos às famílias, bem como na melhoria permanente das valências de produção da sua exploração agroturística, equipamentos e máquinas. Para alcançar esse objetivo de melhoria contínua, a escola reinveste permanentemente as suas receitas, tendo, ao longo destes 25 anos, por essa via, criado inúmeras valências e melhorando as já existentes. A grande conquista é o reconhecimento do trabalho realizado, quer por parte das instituições, quer por via do envolvimento dos empresários com os projetos da escola. Mas para que as pessoas tenham real noção do sucesso deste projeto e do seu impacto na vida dos jovens, das famílias e das empresas locais e regionais é indispensável visitarem-nos, pelo que convido a todos a virem à EPAMAC.

Quais são, para si, os fatores críticos para a elevada taxa de integração no mercado de trabalho dos alunos da escola?Existem dois fatores que influenciam positivamente a empregabilidade dos nossos diplomados. Por um lado, no contexto das disciplinas de componente técnica, tecnológica e prática, a forte vertente prática que os

25 Anos daEscola Profissional de Agricultura eDesenvolvimento Rural de Marco de CanavesesEPAMACEntrevista ao Diretor Dr. João Gonçalves

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alunos frequentam. Um aluno que passe por um curso profissional da EPAMAC vai, de facto, ter uma formação prática muito forte e estará, durante esses três anos, permanentemente a trabalhar (e até responsável, em alguns casos) em todos os setores da exploração afetas ao curso que ministre. Por outro lado, a grande carga horária dedicada à Formação em Contexto de Trabalho e Estágios em empresas, bem como à Prova de Aptidão Profissional, reforçam a qualidade da educação profissional ministrada e adequam o perfil de desempenho do aluno, à saída do curso, às aspirações das empresas. Os alunos, quando se diplomam, adquirem real e comprovadamente as competências profissionais e sociais indispensáveis ao bom desempenho profissional e isso é reconhecido pelos parceiros empresariais.

De que forma as valências das instalações contribuem para o sucesso da escola e preparação dos alunos?As valências da exploração são essenciais; são de primordial importância para a qualidade do ensino profissional que ministramos. Sempre foi nossa filosofia que uma escola não deve oferecer cursos para os quais não tenha, nas suas próprias instalações, equipamentos, instalações, recursos e materiais didáticos, isto, em nome da qualidade e da verdade da certificação. Não se podem enganar os jovens e as famílias fazendo-os crer que se pode fazer um curso de produção agrária, gestão equina ou numa qualquer outra área profissional, sem uma escola possuir as condições para o funcionamento das suas aulas práticas das disciplinas da componente técnica, tecnológica e prática. Temos de ser exigentes connosco próprios e proporcionar aos alunos as melhores condições para aprenderem uma profissão. Não se pode aprender uma profissão apenas dentro de uma sala de

aula. É necessário aprender-fazendo. Não há outra forma de adquirir competências que não seja pela atividade prática em contexto de aulas práticas, complementada pela formação em contexto de trabalho, estágios e pelas provas de aptidão profissional. Se os cursos não tiverem condições para o funcionamento desta componente prática da educação profissional não poderão garantir um perfil de desempenho do diplomado. Para isso, a tutela terá de ser cada vez mais exigente com as escolas em que aprova cursos. Vemos cursos a serem aprovados em escolas e outros locais que não reúnem as condições mínimas para garantir uma certificação profissional que corresponda aos anseios dos jovens e das suas famílias e que não servirão às empresas, uma vez que não correspondem a mão-de-obra verdadeiramente qualificada. Em conclusão, não podemos ter cursos a funcionar em escolas que não possuem condições para eles, uma vez que essas condições são cruciais para a boa consecução da missão da educação profissional.

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A AGROS em ...

Como carateriza o atual estado do setor agrícola onde a vossa Cooperativa atua? O setor agrícola, regionalmente, está muito envelhe-cido. São raros os jovens que regressam à terra. Para além deste fator, as exigências por parte do governo, como a obrigatoriedade de coleta, as novas regras de subsídios, e o carácter obrigatório de execução do cur-so de “Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos”, re-sultam num aumento da taxa de abandono no setor. Existe uma elevada percentagem de agricultores que, depois de serem contactados pela nossa Cooperativa para eventualmente frequentarem a referida forma-ção, mencionaram que não o pretendem fazer porque estão a ponderar desistir da área agrícola. O curso é útil mas, sendo uma região com população em idade avançada, não querem. E, como já referi anteriormen-te, jovens são muito poucos.

Quais os serviços e secções existentes na vossa Coo-perativa ao dispor dos vossos Associados?A Cooperativa tem uma secção de Compra e Venda, e uma secção Leiteira, que neste momento só tem dois Associados. Inserida na Compra e Venda, possuímos, ainda, uma secção de Prestação de Serviços que auxilia os Associados em questões como o preenchimento de impressos de subsídios, guias de trânsito, Comissão de Viticultura, entre outros serviços.

Como avalia o trabalho efetuado pela Cooperativa, desde que assumiu a sua Presidência em 1983? Que desafios ainda espera encontrar no futuro?A Cooperativa de Valença, futuramente, terá que apos-tar na formação dos poucos agricultores que ainda re-sistem no setor. Será também necessário, possivelmen-te, criar um novo serviço na secção para a limpeza de terrenos, com máquina, uma vez que existe uma eleva-da taxa de agricultores que estão a ter dificuldade em fazê-lo, muito devido ao avançar da idade. São estas as nossas perspetivas para o futuro, já que, infelizmente, a nível agrícola existem muitos terrenos abandonados, desaproveitados, por não existir fixação de população na região. No entanto, algumas empresas provenientes de Vila do Conde, viram em Valença uma possibilidade de negócio e instalaram-se na nossa cidade.

Estando o país a passar por vários problemas estrutu-rais nos mais diversos setores, que medidas considera que seriam importantes serem implementadas de for-ma a envolver mais os nossos jovens nestas estrutu-ras organizacionais?Considero que os poucos jovens que se dedicam à agricultura não se identificam muito com o setor Coo-perativo porque, localmente, não possuímos grande possibilidade de resposta às suas necessidades. Neste momento, temos dois jovens instalados em Valença,

Cooperativa dos Lavradores do Concelho de Valença, C.R.L.Entrevista ao Presidente da Direção - Sr. Manuel Barbeita

TEXTOAGROS

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existe maior facilidade de abastecimento de mercado-rias, e gestão de stocks, já que as encomendas aumen-tam e praticamente todas as semanas temos entregas de produtos. A nível da Ucanorte XXI, é uma entida-de que está a ter um grande desenvolvimento, pela grande quantidade de produto disponível e pelo preço competitivo.

Para finalizar, que mensagem gostaria de transmitir aos Associados da Cooperativa?Que tenham paciência e que tentem não acabar com as explorações agrícolas. Que se mantenham, na espe-rança de melhores dias. Eu espero que sim. Espero que os cereais, leite e carne, voltem aos preços normais, já que são setores fundamentais. Pessoalmente, penso que os subsídios deveriam acabar. Os produtos deve-riam ter os preços reais de custo. Neste caso, os gastos e os lucros eram melhor controlados.

1989Início daAtividade

1817Número deAssociados

2Produtores

de Leite

5Número de

Colaboradores

656Mil €

(Volume de Negócios em

2014)

na área hortícola. É impossível, para nós, conseguir-mos competir com o país vizinho. Os espanhóis pagam melhor e eles estão satisfeitos, sendo que o custo ver-sus benefício de uma deslocação de aproximadamente 20km até Tui, ou La Guardia, para entrega de produto, não se compara a uma viagem até Vila do Conde ou Esposende, que é muito mais dispendiosa.

Como é que analisa a situação do Setor Cooperativo em Portugal?O Setor Cooperativo em Portugal está passar por uma grande crise, principalmente o agrícola. Estamos num impasse, pois se deixarem de existir agricultores, o Se-tor Cooperativo Agrícola deixará, igualmente, de exis-tir. Sem matéria-prima, o que é que vamos fazer?

A realidade do Grupo Cooperativo AGROS passa por ajudar em obter melhores condições comerciais em todos os fatores de produção necessários à produção de leite e à atividade agrícola. Em que medida enten-de que o Grupo Cooperativo AGROS pode ajudar as Cooperativas e os Produtores?A Cooperativa de Valença está a trabalhar em diversas vertentes com o Grupo AGROS. Compramos todos os serviços e produtos disponibilizados pelas empresas participadas. Já deixamos de efetuar compras a outras entidades, por diversas razões. Primeiramente porque

2

1 Edifício da Cooperativa;2 Da esquerda para a direita: José Maria Castro Saraiva (1.º Secretário), Constantino Silva Oliveira (Tesoureiro), Manuel Joaquim Barbeita Gomes (Presidente), Manuel Joaquim Fernandes Lima (2.º Secretário) e Ramalho Covas Freitas (Vice-Presidente).

Cooperativa Lavradoresdo Concelho de Valença

REVISTA AGROS Nº25 . 25

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A FERTILIZAÇÃO ATUAL DAS NOSSAS CULTURAS É A MAIS ADEQUADA?

FERTILIZANTES À MEDIDANem mais nem menos...Controle os custos!

PROJETO PROFERUm exemplo a seguir

Para obter uma resposta a esta pergunta, em 2010 foi iniciada uma amostragem dos solos das várias regiões da área social onde se encontra a Delagro com o objetivo de caraterizar as várias zonas edafoclimáticas. Em 2013, já com 3202 resultados foi possível criar um mapa com as diferentes zonas identificadas.

MAPA COM ZONAS EDAFOCLIMÁTICAS

Estes resultados permitiram criar uma base de dados, que continua em constante atuali-zação, e serviu para criar um programa de recomendação de adubação que tem em conta a disponibilidade de nutrientes do solo e as necessidades das plantas.

PROGRAMA DE RECOMENDAÇÃO DE FERTILIZAÇÃO PROFER Este programa foi criado como uma ferramenta para realizar uma fertili-zação o mais adequada possível, tendo em conta as seguintes aspetos :

● Fertilizantes adequados às culturas ● Melhorar a eficiência do uso dos fertilizantes ● Obter maiores produções com melhor qualidade ● Reduzir custos com a fertilização ● Reduzir o impacto no meio ambiente. JUNTOS NA DEFESA

DOS PRODUTORES

O rendimento de uma cultura pode ser afectado pela falta de disponibi-lidade de nutrientes essenciais para o normal funcionamento da planta(N, P, K,Mg,Ca e S)

Para realizar uma correta fertilização, temos que ter em conta os seguintes parâmetros :

• Necessidades nutricionais da planta • Disponibilidade dos nutrientes no solo• Disponibilidade de matéria orgânica (estrume e chorume)

Dispor de uma análise do solo e das necessidades em nutrientes por parte das culturas, são fatores fundamentais na hora de fazer uma correta fertilização.

Ucanorte XXI

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ExploraçãoRamos & Moreira, Lda. Alfena - Valongo

Ano da Fundação2002

Cliente SegalabDesde 2002

Quais as principais razões/motivações que o levaram a optar pelos serviços prestados pela Segalab, nomea-damente pelo Programa da Qualidade de Leite? A principal razão que me levou a contactar os serviços da Segalab deveu-se, essencialmente, à elevada taxa de refugo, devido ao problema de mastites. Pretendia melhorar, nesse aspeto, a nível da qualidade.

Os resultados obtidos foram os esperados? Está satis-feito com o Programa?Os resultados foram positivos. Apesar de só ter aderido ao Programa da Qualidade de Leite recentemente – à cerca de um ano - estou bastante satisfeito com os resultados. A taxa de refugo é menor e existe um maior aproveitamento de leite. Assim como existe um menor nível de custos com medicamentos.

Aconselharia este serviço a outros Produtores?O serviço é muito bom e aconselhava a outros Produtores.

Se tivesse que escolher um dos seguintes atributos que caracterizariam a Segalab, qual escolheria? Qua-lidade, preço, profissionalismo, competência técnica ou outro, que considere pertinente? Eu acho que a competência técnica e profissionalismo.

Pretende manter a Segalab como parceria da sua Ex-ploração?Sim, pretendo manter. Estou satisfeito.

N.º de Animais115, dos quais 50 vacas lactantes

Quantidade Contratualizada400.000 Lts

Cliente Empresas Grupo AGROSAgros Comercial, Ucanorte XXI eLusogenes

Satisfação - Grupo AGROS

REVISTA AGROS Nº25 . 27

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Boas Práticas

Garantir que a rotina de ordenha não lesione os animais ou introduza contaminantes no leiteIdentifique os animais. Além do número do Sistema de Identificação Animal permanente, são necessárias identificações adicionais para um correto maneio. O operador deve facilmente identificar animais que exijam cuidados especiais na ordenha.Prepare adequadamente o úbere para a ordenha. Lave e seque os tetos sujos antes da ordenha, avalie o úbere identificando anormalidades. Retire os primeiros jatos para avaliação e de seguida rejeite-os. Ordenhe apenas animais com tetos limpos, secos e avaliados.Institua e utilize horários e rotinas de ordenha regulares e consistentes como prevenção para a ocorrência de mastites e de lesões para o animal.Armazene ou rejeite o leite anómalo de forma adequada. Evite contaminações cruzadas assim como riscos para os seres humanos, animais e meio ambiente. Ordenhe em último ou separado os animais com leite impróprio.Instale e mantenha o equipamento de ordenha segundo as recomendações técnicas. Inspecione e substitua os acessórios quando deteta sinais de desgaste. Tenha especial atenção nas dosagens e no armazenamento dos agentes de desinfeção. Armazene o stock em local com acesso controlado e distante da zona de armazenamento do leite.Utilize agentes de limpeza e desinfeção aprovados

TEXTOAGROS

pela autoridade competente. Estes produtos químicos devem ser utilizados de forma que não tenham efeito adverso no leite e no equipamento de ordenha.Assegure o abastecimento suficiente de água controlada. A qualidade da água deve ser adequada para o seu uso. O abastecimento adequado de água limpa deve estar disponível para operações e zona de ordenha. Forneça água controlada, cristalina e fresca em bebedouros limpos, colocados em locais em que os animais possam beber tranquilamente.Utilize água potável na limpeza de superfícies que entram em contato com o leite.

Nota introdutória:A ordenha é a atividade central da produção leiteira que tem em conta a obtenção de leite de animais com rapidez e eficácia, garantindo ao mesmo tempo a saúde dos animais e a qualidade do leite.Os consumidores procuram um alto padrão de qualidade do leite, assim a gestão da exploração leiteira tem como objetivo minimizar a contaminação microbiana, química e física. Esta área descreve e reforça as práticas que asseguram que o leite seja obtido e armazenado sob condições de higiene e que os equipamentos usados para a obtenção e armazenamento sejam corretamente mantidos.

Nota 1 - O procedimento correto para a ordenha é:• Confinar ou conter os animais a ordenhar sem causar

dor, lesão ou agitação;• Preparar os animais adequadamente antes da ordenha,

avaliando o úbere e os primeiros jatos;• Colocar as tetinas em tetos limpos e secos evitando

entrada desnecessária de ar;• Evitar a sobreordenha;• Retirar suavemente as tetinas;• Aplicar o desinfetante em cada teto após a ordenha, de

acordo com as recomendações.É recomendável a utilização de luvas e a utilização de materiais suaves na lavagem e secagem dos tetos.

Nota 2 - Ensaios necessários para a água ser considerada potável:

Parâmetros Microbiológicos: Microrg. Viáveis 37oC; Microrg. Viáveis 22oC; Colif. Totais; Enterococos fecais; Clostr. Perfringens; Escherichia coli.Parâmetros Químicos: Alumínio; Azoto amoniacal; Cheiro; Condutividade a 20oC; Cor; Manganês; Nitratos; Oxidabilidade; pH; Sabor; Turvação.

Garantir que a ordenha seja realizada em boas condições higiénicasMantenha sempre um elevado padrão de limpeza na exploração. No estábulo é essencial que a conceção e manutenção tenham como um dos principais objetivos evitar a sujidade do úbere e proteger a saúde do animal. Neste sentido, na zona de estabulação:

• Proporcione boa drenagem e ventilação;• Tenha em atenção as dimensões dos animais;• Possua cubículos ou cama adequada, mantendo-a

em boas condições de higiene (mantenha todos os cubículos e/ou camas limpos e secos; regularmente remova o estrume manual ou mecanicamente).

Preserve sempre um ambiente limpo na zona de ordenha e projete um espaço:

• De fácil limpeza (proporcione zonas de espera que permitam manter maior limpeza).

Higiene do Leite

28 . REVISTA AGROS Nº25

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Higiene do Leite

• Com abastecimento de água limpa, acessível em todos os locais;

• Com luz, ventilação e capacidade de atenuar temperaturas extremas;

• Com local próprio para os resíduos e o seu manuseamento;

Assegure o cumprimento de regras de higiene do ordenhador, como:

• Vestuário adequado e limpo;• Higiene das mãos e braços. Utilização de luvas e

mangas ou manguitos impermeáveis;• Cobrir cortes e feridas;• Rastreio de doenças infeciosas.

Garanta limpeza e se necessário desinfeção do equipamento de ordenha após ordenha. Estabeleça uma rotina enquadrada num plano de higienização que garanta a utilização dos equipamentos de ordenha sempre limpos antes de cada utilização. Utilize:

• Produtos químicos aprovados;• Água aquecida na temperatura aconselhada;• Desinfeções frequentes para as superfícies

de contato com o leite, de acordo com as recomendações técnicas.

Garantir que o leite seja manipulado adequadamente após a ordenhaRefrigere o leite o mais rápido possível, durante e após as ordenhas. Cumpra os tempos e temperaturas de refrigeração aconselhada.Assegure que a sala do tanque de refrigeração se mantem limpa e organizada. Mantenha o espaço:

• Livre de acumulação de lixos;• Livre de produtos ou substâncias químicas que não

sejam utilizados constantemente;• Livre de alimentos para os animais;• Com instalações apropriadas para lavagem e

secagem de mãos;• Inserido num programa de controlo de pragas.

Assegure um tanque de refrigeração adequado à produção do seu efetivo. Os tanques de refrigeração

Nota 3 - Registo contínuo da temperatura do leite no tanque de refrigeração:

Os registos pontuais por vezes não são indicativos de correto funcionamento.

Nota 4 - Registo contínuo da temperatura do leite no tanque de refrigeração secundário.

NOTA 3 Registo contínuo da temperatura do leite no tanque de refrigeração

Os registos pontais por vezes não são indicativos de correto funcionamento do equipamento

Este exemplo permite verificar que na 1ª ordenha o tanque de refrigeração demorou mais de 2 horas a refrigerar o leite para 4º C

Permite também verificar que no tal o leite esteve mais de 5 horas superior a 8º C e 11 horas superior a 4º C

NOTA 4 Registo contínuo da temperatura do leite no tanque de refrigeração secundário

Tenha especial atenção aos tanques de refrigeração secundários.

Este exemplo permite ver que no total, antes do levantamento, o leite esteve 45 horas com temperaturas superiores a 5º C e durante o período das ordenhas esteve mais de 4 horas superior a 10º C

NOTA 3 Registo contínuo da temperatura do leite no tanque de refrigeração

Os registos pontais por vezes não são indicativos de correto funcionamento do equipamento

Este exemplo permite verificar que na 1ª ordenha o tanque de refrigeração demorou mais de 2 horas a refrigerar o leite para 4º C

Permite também verificar que no tal o leite esteve mais de 5 horas superior a 8º C e 11 horas superior a 4º C

NOTA 4 Registo contínuo da temperatura do leite no tanque de refrigeração secundário

Tenha especial atenção aos tanques de refrigeração secundários.

Este exemplo permite ver que no total, antes do levantamento, o leite esteve 45 horas com temperaturas superiores a 5º C e durante o período das ordenhas esteve mais de 4 horas superior a 10º C

devem cumprir as normas reconhecidas, ter uma manutenção regular e um programa de prevenção de avarias.

Confirme que o tanque de refrigeração está equipado com um termómetro funcional, que permita o controlo e registo da temperatura do leite.Certifique-se que o tanque de refrigeração está limpo e se necessário higienizado antes de cada utilização. As superfícies de contato com o leite devem ser limpas e higienizadas após cada recolha de leite e de acordo com os procedimentos recomendados.Proporcione acesso livre de obstáculos à sala onde se encontra o tanque de refrigeração. Este acesso deve estar livre de lamas e outros possíveis contaminantes e ser diferente do acesso aos animais.

Este exemplo permite verificar que na 1.ª ordenha o equipamento demorou mais de 2 horas a refrigerar o leite para 4oC. No total o leite esteve mais de 5 horas a uma temperatura superior a 8oC e 11 horas superior a 4oC .

Este equipamento manteve o leite 45 horas acima de 5oC e durante e no período das ordenhas esteve mais de 4 horas a uma temperatura superior a 10oC.

REVISTA AGROS Nº25 . 29

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Feira Agrícola do Norte

AgroSemana Setembro 2015

Visitantes36.000

Expositores100

Animais a Concurso

140

Animais de Quinta100

AgroSemana

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AgroSemana Setembro 2015

Beba LeiteTodos os Dias,Toda a Vida.

Expositoresde Máquinas

14

Área de Animaisem Exposição3.000m2

Área Totalda Feira

170.000m2

m2

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32 . REVISTA AGROS Nº25

Campos de Ensaio Ucanorte XXI/Euralis Semillas/Compo Expert

As visitas aos Campos de Ensaio pelos Produtores, no decorrer da AgroSemana, têm como objetivo a observação “in loco” do potencial das variedades de milho.Esta atividade foi a origem do conceito “AgroSemana”, que tem vindo a expandir-se de ano para ano. A edição de 2015 contou com a organização da Ucanorte XXI, e com o patrocínio da Euralis Semillas e da Compo Expert. As AgroVisitas aos Campos de Milho decorreram durante a manhã dos dias 3 e 4 de setembro, e destinaram-se exclusivamente a profissionais convidados.

Seminários e Wokshops

A AgroSemana 2015 apresentou um vasto programa de Seminários e Workshops

sobre as áreas de maior relevo no panorama agrícola, informando e

esclarecendo temáticas e preocupações pertinentes do Setor. Nestes eventosestiveram presentes representantes

máximos dos Ministérios do Governo,Entidades Oficiais e/ou Individualidades,

bem como, um painel de oradoresde renome nacional e internacional.Além de Workshops e Seminários de

cariz mais técnico, o público geral teve também a oportunidade de participar em

diversos Workshops temáticos.

Presença deEntidades Oficiais

Nesta edição da AgroSemana, ilustres individualidades brindaram-nos e

honraram-nos com a sua presença, das quais se destaca o Primeiro-Ministro

de Portugal, Dr. Pedro Passos Coelho; a Senhora Ministra da Agricultura e do Mar,

Dr.ª Assunção Cristas; o Senhor Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Dr. Pedro Mota Soares; o Senhor Ministro Adjunto e do Desenvolvimento

Regional, Dr. Miguel Poiares Maduro; assim como vários Secretários de Estado e

Presidentes de diversas Autarquias. Durante esta passagem pela AgroSemana,

foram diversas as entidades que se referiram à atual situação do setor leiteiro

e quais as medidas que irão ser tomadas para apoiar os Produtores.

LUGAR 2º CON.AGROSEMANA

LUGAR 1º CON. OPEN SECÇÃO CRIADOR CONCELHO

1 1 Vaca Grande Campeã Encanto Natural Agro-Pecuária, Lda Ponte de Lima

2 2 Vaca Vice-Grande Campeã Vale de Leandro Agro-Pecuária, Lda Maia

1 1 Vitela Campeã Vale de Leandro Agro-Pecuária, Lda Maia

2 2 Vitela Vice-Campeã Soc. Agr. Balazeiro do Sobrado, Lda Vila do Conde

1 1 Vitelas 6-9 Meses Vale de Leandro Agro-Pecuária, Lda Maia

1 1 Vitelas 10-12 Meses Soc. Agr. Balazeiro do Sobrado, Lda Vila do Conde

1 1 Vitelas 13-15 Meses Maria Manuela P. Marinho Amarante

1 1 Novilha Campeã Maria Manuela P. Marinho Amarante

2 2 Novilha Vice-Campeã Encanto Natural Agro-Pecuária, Lda Ponte de Lima

1 1 Novilhas 16-18 Meses Encanto Natural Agro-Pecuária, Lda Ponte de Lima

1 1 Novilhas 19-22 Meses Maria Manuela P. Marinho Amarante

1 1 Novilhas 23-27 Meses Encanto Natural Agro-Pecuária, Lda Ponte de Lima

1 1 Grande Campeã Jovem Maria Manuela P. Marinho Amarante

2 2 Vice-Grande Campeã Jovem Vale de Leandro Agro-Pecuária, Lda Maia

1 1 Vaca Campeã Jovem Encanto Natural Agro-Pecuária, Lda Ponte de Lima

2 2 Vaca Vice-Campeã Jovem Encanto Natural Agro-Pecuária, Lda Ponte de Lima

1 1 Vacas Lact. Até 30 Meses Encanto Natural Agro-Pecuária, Lda Ponte de Lima

1 1 Vacas Lact. dos 30-36 Meses Encanto Natural Agro-Pecuária, Lda Ponte de Lima

1 1 Vaca Campeã Intermédia Vale de Leandro Agro-Pecuária, Lda Maia

2 2 Vaca Vice-Campeã Intermédia Soc. Agro-Pec Vilas Boas & Pereira, Lda Ponte de Lima

1 1 Vacas Lact. 3 Anos Soc. Agro-Pec. Vilas Boas & Pereira, Lda Ponte de Lima

1 1 Vacas Lact. 4 Anos Vale de Leandro Agro-Pecuária, Lda Maia

1 1 Vaca Campeã Adulta Soc. Agro-Pec. Vilas Boas & Pereira, Lda Ponte de Lima

2 2 Vaca Vice-Campeã Adulta Avelino dos Santos Pinto Maia

1 1 Vacas Lact. 5 Anos Soc. Agro-Pec. Vilas Boas & Pereira, Lda Ponte de Lima

1 1 Vacas Lact. + 6 Anos Avelino dos Santos Pinto Maia

1 1 Melhor Criador Encanto Natural Agro-Pecuária, Lda Ponte de Lima

2 2 2.º Melhor Criador Vale de Leandro Agro-Pecuária, Lda Maia

1 1 Melhor Úbere Encanto Natural Agro-Pecuária, Lda Ponte de Lima

1 1 Melhor Conjunto Encanto Natural Agro-Pecuária, Lda Ponte de Lima

2 2 2.º Melhor Conjunto Vale de Leandro Agro-Pecuária, Lda Maia

AgroSemana

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2.º Concurso AgroSemana Raça Holstein Frísia e 1.º Concurso Open

Um dos marcos desta 3ª edição, foi o 2º Concurso AgroSemana Raça Holstein Frísia e o Concurso Open que se realizou nos dias 5 e 6 de setembro, com Animais Jovens e Animais Adultos, respetivamente, onde estiveram a concurso cerca de 140 bovinos.Este certame foi organizado pela AGROS - União de Cooperativas de Produtores de Leite de Entre Douro e Minho e Trás-os-Montes, U.C.R.L, com o apoio técnico da ABLN – Associação para o Apoio à Bovinicultura Leiteira do Norte, e com o patrocínio das entidades Lusogenes e Diversey.Este ano foi presidido pelo juiz convidado, Thomas Hannen, pertencente ao painel de juízes da Associação Holstein Alemã.

Parabéns a todos os criadores!

LUGAR 2º CON.AGROSEMANA

LUGAR 1º CON. OPEN SECÇÃO CRIADOR CONCELHO

1 1 Vaca Grande Campeã Encanto Natural Agro-Pecuária, Lda Ponte de Lima

2 2 Vaca Vice-Grande Campeã Vale de Leandro Agro-Pecuária, Lda Maia

1 1 Vitela Campeã Vale de Leandro Agro-Pecuária, Lda Maia

2 2 Vitela Vice-Campeã Soc. Agr. Balazeiro do Sobrado, Lda Vila do Conde

1 1 Vitelas 6-9 Meses Vale de Leandro Agro-Pecuária, Lda Maia

1 1 Vitelas 10-12 Meses Soc. Agr. Balazeiro do Sobrado, Lda Vila do Conde

1 1 Vitelas 13-15 Meses Maria Manuela P. Marinho Amarante

1 1 Novilha Campeã Maria Manuela P. Marinho Amarante

2 2 Novilha Vice-Campeã Encanto Natural Agro-Pecuária, Lda Ponte de Lima

1 1 Novilhas 16-18 Meses Encanto Natural Agro-Pecuária, Lda Ponte de Lima

1 1 Novilhas 19-22 Meses Maria Manuela P. Marinho Amarante

1 1 Novilhas 23-27 Meses Encanto Natural Agro-Pecuária, Lda Ponte de Lima

1 1 Grande Campeã Jovem Maria Manuela P. Marinho Amarante

2 2 Vice-Grande Campeã Jovem Vale de Leandro Agro-Pecuária, Lda Maia

1 1 Vaca Campeã Jovem Encanto Natural Agro-Pecuária, Lda Ponte de Lima

2 2 Vaca Vice-Campeã Jovem Encanto Natural Agro-Pecuária, Lda Ponte de Lima

1 1 Vacas Lact. Até 30 Meses Encanto Natural Agro-Pecuária, Lda Ponte de Lima

1 1 Vacas Lact. dos 30-36 Meses Encanto Natural Agro-Pecuária, Lda Ponte de Lima

1 1 Vaca Campeã Intermédia Vale de Leandro Agro-Pecuária, Lda Maia

2 2 Vaca Vice-Campeã Intermédia Soc. Agro-Pec Vilas Boas & Pereira, Lda Ponte de Lima

1 1 Vacas Lact. 3 Anos Soc. Agro-Pec. Vilas Boas & Pereira, Lda Ponte de Lima

1 1 Vacas Lact. 4 Anos Vale de Leandro Agro-Pecuária, Lda Maia

1 1 Vaca Campeã Adulta Soc. Agro-Pec. Vilas Boas & Pereira, Lda Ponte de Lima

2 2 Vaca Vice-Campeã Adulta Avelino dos Santos Pinto Maia

1 1 Vacas Lact. 5 Anos Soc. Agro-Pec. Vilas Boas & Pereira, Lda Ponte de Lima

1 1 Vacas Lact. + 6 Anos Avelino dos Santos Pinto Maia

1 1 Melhor Criador Encanto Natural Agro-Pecuária, Lda Ponte de Lima

2 2 2.º Melhor Criador Vale de Leandro Agro-Pecuária, Lda Maia

1 1 Melhor Úbere Encanto Natural Agro-Pecuária, Lda Ponte de Lima

1 1 Melhor Conjunto Encanto Natural Agro-Pecuária, Lda Ponte de Lima

2 2 2.º Melhor Conjunto Vale de Leandro Agro-Pecuária, Lda Maia

REVISTA AGROS Nº25 . 33

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34 . REVISTA AGROS Nº25

Exposição deMáquinas Agrícolas

A AgroSemana foi cenário de uma das maiores exposições de máquinas e

equipamentos agrícolas do Norte de Portugal, onde estiveram presentes as

mais conceituadas marcas do mercado.Esta exposição, localizada no palco

principal da Feira, cativou tanto o público técnico do setor, como o público geral,

e abriu portas para a divulgação da atividade agrícola gerando um ambiente

propício a negócios profissionais.

Espaço Expositores

Com a presença de mais do dobro de expositores do que na edição de 2014, a 3ª AgroSemana cresceu exponencialmente em relação ao ano transato, afirmando todo o seu potencial e marcando posição como a Feira Agrícola do Norte.São de realçar e destacar a qualidade de todas as empresas de diferentes áreas do setor agrícola, que aqui expuseram os seus produtos e serviços, contribuindo para o sucesso e constante crescimento deste evento.

AgroSemana

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Animais de Quinta e Raças Autóctones

A AgroSemana proporcionou a todos os visitantes um contacto direto com Animais de Quinta, apresentando uma mostra de Raças Autóctones Portuguesas, destacando os Bovinos, Cabras, Ovelhas, Garrano do Gerês, Póneis, Porco Bísaro, Coelhos, Galinhas, Gansos, Patos… entre muitas outras espécies que os visitantes da Feira Agrícola do Norte tiveram a oportunidade de contemplar!

As Raças Autóctones Portuguesas fazem parte do Património histórico e cultural do país e, nos dias de hoje, são parte integrante do meio rural, onde têm um papel importantíssimo no equilíbrio dos ecossistemas e na fixação de populações, bem como, em diversas atividades de carácter gastronómico, social e cultural.

Espaço Cooperativo

Durante todo o evento, de 3 a 6 de setembro, a autenticidade e a qualidade marcaram presença no espaço Expositivo, patrocinado pelo Crédito Agrícola, dedicado ao que de melhor se faz no Setor Cooperativo, através de produtos nacionais de excelência.Estiveram em exposição 32 Cooperativas, da Região Norte e Centro do país, com os melhores produtos genuínos e origem, disponíveis para prova e compra. Nomeadamente produtos lacticínios, vinho, azeite, doces regionais, hortícolas, entre outros.

Espaço Hortícolas e Flores

Sendo um dos principais objetivos da AgroSemana mostrar os melhores

produtos e Produtores Nacionais, uma das novidades de 2015 foi o Espaço de

Hortícolas e Flores.Esta é uma área em crescimento, já que a tendência é as hortícolas substituírem

as plantas tradicionais de jardim e de varanda, explorando-se novas formas de decoração e exploração destes produtos.

O Espaço Hortícolas e Flores esteve em exposição no Espaço AGROS durante os

quatro dias da AgroSemana e foi mais uma clara demonstração da genuinidade e

alta qualidade dos produtos de Portugal.

REVISTA AGROS Nº25 . 35

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36 . REVISTA AGROS Nº25

Caminhada Solidária BP

A caminhada solidária, patrocinada pela BP, decorreu na manhã de Sábado, 5 de

setembro, dia dedicado à atividade física e ao consumo do leite, sendo esta uma das grandes

novidades desta AgroSemana.Com um percurso de aproximadamente 5km,

teve como principal objetivo uma vertente mais solidária: angariar fundos para os

Bombeiros Voluntários das Corporações da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, para

que possam continuar a sua missão - ajudar a salvar vidas.

Esta atividade contou com cerca de 690 participantes e foi possível angariar um total

de 4122€ a reverterem para as Corporações de Bombeiros.

A manhã terminou com uma Super Aula de Zumba que animou o ambiente contagiando

todos os presentes!

Visitas Pedagógicas

A 3ª edição da AgroSemana recebeu a visita de utentes dos Centros de Reabilitação e lares, e também crianças das creches da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde, assim como, alunos do Colégio Jardim das Cores e do Grande Colégio da Póvoa de Varzim.Estas visitas guiadas tiveram como objetivo proporcionar a todos um dia diferente, onde foi possível interagirem com as diversas espécies de animais em exposição, aprenderem a importância de uma alimentação saudável e o papel fundamental do leite em todas as fases da vida, além de visitarem todos os setores da Feira, desde a maquinaria agrícola à exposição cooperativa.

AgroSemana

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Cãominhada Fidelidade

A AgroSemana 2015 foi, sem dúvida, um certame recheado de novidades, sendo uma delas a Cãominhada, patrocinada pela Fidelidade, que decorreu no dia 5 de setembro. A Segalab, como laboratório de referência na área da veterinária e empresa que tem como valores, a procura permanente e ativa da melhoria da qualidade, a lealdade, a perseverança e o trabalho em equipa, não quis esquecer, num evento com a dimensão da AgroSemana, os amigos de 4 patas, nomeadamente os cães, cuja relação com o Homem tão bem espelha estes valores.

Com a Fidelidade como sponsor, e em parceria com o Hospital Veterinário Ani-Mar, a Segalab organizou este evento com o objetivo de sensibilizar a população, não só para os benefícios da vida ao ar livre e do exercício físico na manutenção da saúde humana e animal, como para a necessidade de solidariedade e apoio aos muitos milhares de animais abandonados que existem no país.Esta atividade teve cerca de 200 participantes de quatro patas onde foi possível angariar cerca de 800€ para a associação Animais Como Nós.

Picadeiro MAN

Uma das diversas novidades desta edição da AgroSemana, foi o Picadeiro, espaço patrocinado pela MAN no coração da Feira Agrícola do Norte. Com o intuito de divulgar as atividades equestres desenvolvidas pela EPMAC – Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Marco de Canaveses, além de ter sido possível, para o visitante da AgroSemana, apreciar a beleza destes espécimes, esta instituição proporcionou a oportunidade de experienciar o Batismo a Cavalo, momento inesquecível para todas as idades!Foi garantidamente, uma excelente e divertida interação com estes animais únicos dotados de habilidade e inteligência incomparáveis.

Espaço Infantil Confiauto

O Espaço Infantil, patrocinado pela Confiauto, contou com: insufláveis, air bungee, construção de crachás, desenhos para colorir, jogos de futebol, e muito mais. Este espaço, aliado à natureza envolvente do Espaço AGROS, proporcionou a todas as crianças que nos visitaram momentos inesquecíveis e emocionantes.

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Garraiada

Na noite de Sexta-feira, 4 de setembro, a Garraiada, atividade com origem

na mais tradicional festa brava portuguesa, proporcionou momentos de

entretenimento e de boa disposição.Na arena, foram vários os aventureiros

que tentaram efetuar a pega do garraio, enquanto nas bancadas, o público vibrava

com esta atuação!

Restaurantes RaçasAutóctones e Praça daAlimentação Super Bock

A AgroSemana reuniu, no mesmo espaço, restaurantes de referência gastronómica onde os visitantes da Feira Agrícola do Norte tiveram acesso a degustar a fusão de carnes de excelência, exclusivas DOP - Denominação de Origem Protegida - de três raças autóctones portuguesas: Arouquesa, Barrosã, e Minhota; acompanhadas com os néctares da vinicultura nacional. Um ponto de encontro, concebido para a apreciação de Produtores, consumidores e profissionais.Uma das novidades desta edição foi a Praça da Alimentação Super Bock, onde foi possível saborear diversos petiscos nacionais, desde os mais tradicionais aos mais inovadores.

AgroSemana

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Concerto Zé Amaro e Concerto Pedro Abrunhosa & Comité Caviar

Durante o fim de semana, a Feira direcionou-se também para o público geral, apresentando uma diversificada componente lúdica, iniciando-se na sexta-feira à noite com o Concerto de Zé Amaro. Artista popular português, trouxe todo o seu romantismo e espírito de cowboy ao Palco PT Empresas, num concerto que memorável!Dia 5 de setembro, foi a vez de Pedro Abrunhosa presentear o público com os grandes sucessos que fazem deste artista um dos grandes nomes da música nacional!

Gincana de Tratores Repsol

A Gincana de Tratores, patrocinada pela Repsol ocupou um lugar de destaque nos momentos lúdicos da Feira Agrícola do Norte.Os participantes tiveram a oportunidade, e o privilégio, de colocarem à prova os seus conhecimentos, a sua destreza de condução e a sua versatilidade operacional no manuseamento de Tratores Agrícolas.

Parabéns aos vencedores e a todos os participantes!

Festival Folclórico

O tradicional Festival Folclórico realizou-se no Palco Firestone, onde atuaram três ranchos de renome na região: o Rancho

da Praça de Vila do Conde; o Rancho Folclórico das Carvalheiras de Argivai; e o

Grupo Folclórico Poveiro.Estes Ranchos são representativos das

danças e trajes da região, que no seu percurso têm angariado prémios e

participações em festivais nacionais e internacionais.

Estes ranchos presentearam o público presente com um espetáculo artístico,

cultural e regional, com cânticos e danças tradicionais, acompanhados por

instrumentos como os acordeões, as violas, os bombos, as relas e outros.

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Agradecimentos AgroSemanaFinda mais uma edição da AgroSemana – Feira Agrícola do Norte, a organização manifesta desde já os seus agradecimentos:À CONFAGRI que nos auxiliou na organização da Feira e na dinamização dos Seminários e Workshops;Às Câmaras Municipais de Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, que nos apoiaram nas infraestruturas e na divulgação do Evento;Aos Sponsors que patrocinaram o Evento, promovendo um constante crescimento e desenvolvimento da AgroSemana que assente na autossustentabilidade custos; ´Aos Expositores que com a sua presença exponenciaram o interesse da Feira para quem nos visitou, e uma palavra especial de apreço para o universo Cooperativo Agrícola tão bem representado;Às Corporações de Bombeiros de Vila do Conde e da Póvoa de Varzim, por toda a colaboração prestada;À Escola Prática dos Serviços Militares da Póvoa de Varzim pela cedência de estruturas e recursos humanos;A todo o STAFF da Feira por toda a disponibilidade, dedicação e empenho;A todos os nossos Cooperantes que participaram nas diversas atividades e nos apoiaram em toda a logística, desde a visita aos Campos de Ensaio de Milho, aos Concursos da Raça Holstein Frísia e no novo espaço de Exposições de Animais de Quinta;E uma palavra muito especial para todas as individualidades em representação das entidades oficiais, que reconheceram a importância desta Feira e que muito nos honraram com a sua presença, nomeadamente o Senhor Primeiro-Ministro, a Senhora Ministra da Agricultura e do Mar, o Senhor Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, o Senhor Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, o Senhor Secretário de Estado da Agricultura, o Senhor Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, o Senhor Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, o Senhor Secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, os Senhores Deputados do PSD, do PS, do PCP e do BE, o Senhor Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, a Senhora Presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, Senhor Presidente da Câmara Municipal da Maia e o Senhor Presidente da Câmara de Esposende, entre outras individualidades.

Assim nos despedimos da edição de 2015, mas já começamos a trabalhar na edição de 2016!

Obrigada a todos e até para o ano.

A Direção da AGROS, U.C.R.L.

AgroSemana

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No dia 25 de setembro, a Cooperativa dos Agricultores dos Concelhos de Santo

Tirso e Trofa comemorou o seu 40.º aniversário. Esta data foi assinalada com a realização de uma Sessão Solene que contou com a presença do Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação - Dr. Nuno Brito, do Diretor Regional Adjunto de Agricultura e Pescas do Norte - Eng.º Mário Araújo e Silva, do Vice-Presidente da Câmara Municipal da Trofa – Professor António Azevedo, do Presidente do Grupo Cooperativo AGROS - Senhor José Capela, da Secretária-Geral Adjunta da CONFAGRI – Eng.ª Maria Antónia Figueiredo, do Presidente da Assembleia Geral da Cooperativa - Eng.º Luís Ferreira, e do Presidente do

40 Anos daCooperativa dos Agricultores dos Concelhos de Santo Tirso e Trofa

Conselho Fiscal da Cooperativa – Senhor Luciano Cruz.Na sua intervenção, o Presidente da Cooperativa dos Agricultores dos Concelhos de Santo Tirso e Trofa – Senhor Vítor Maia, saudou todos os presentes e abordou os 40 anos de história da Cooperativa e a sua contribuição no apoio ao setor agrícola da região. Manifestou, ainda, a grande preocupação com que a organização vive a situação atual, “o baixo preço do leite, da carne e das hortícolas, o custo do licenciamento das explorações pecuárias e as obras necessárias, o envelhecimento dos nossos agricultores, e um menor número de jovens a dar continuidade às explorações dos Pais”, deixando claro que é urgente tomar medidas para a continuidade do

setor agropecuário. Destacou que, a missão da atual Direção é “continuar a garantir a estabilidade e coesão da estrutura organizacional, económica e social da Cooperativa, é cultivar a proximidade dos Cooperantes e prosseguir com o reconhecimento da Cooperativa como uma Entidade credível, dinâmica e em pleno serviço aos Associados”. Consequentemente, agradeceu a todos os colaboradores pelo profissionalismo e empenho demonstrado para com aquela instituição, relembrando, também, todos os antigos colaboradores. Não obstante, agradeceu, ainda, aos 956 Cooperantes atuais e aos Órgãos Sociais,que durante todos estes anos contribuíram para o sucesso da Cooperativa”.Adiante, dirigiu-se ao Presidente

Acontecimentos

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do Grupo Cooperativo AGROS – Senhor José Capela, dizendo: “além de agradecer a sua presença, quero realçar o excelente trabalho desenvolvido na AGROS em prol da defesa da Produção de Leite, bem como, em todas as Empresas do Grupo, tornando-as uma mais-valia para os Produtores no escoamento da produção, no apoio técnico especializado, e na compra dos fatores de produção”.Posteriormente, endereçou algumas palavras à Eng.ª Maria Antónia Figueiredo, Secretária-Geral Adjunta da CONFRAGRI e Vice-Presidente da Copa-Cogeca em Bruxelas: “quero realçar o trabalho desenvolvido em conjunto, quer ao nível da formação profissional, da atualização do movimento animal, do apoio às candidaturas ao PDR2020 e subsídios agrícolas, bem como, os colóquios de esclarecimento de temáticas importantes aos Cooperantes”. A atual Direção quis, ainda, assinalar a comemoração desta longevidade com a edição de um livro cujo título é “Nos quarenta anos da Cooperativa dos Agricultores dos Concelhos Santo Tirso e Trofa”, e tem como objetivo primordial, perpetuar a história desta Instituição.No final da Sessão Solene, comemorativa dos 40 anos da Cooperativa de Agricultores dos Concelhos de Santo Tirso e da Trofa, o Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação – Dr. Nuno Brito, inaugurou a nova loja da Cooperativa, o “Mercado do Sítio”.

1 Edifício Cooperativa; 2 Sessão Solene; 3 Partilha do bolo de Aniversário; 4 Inauguração da Loja da Cooperativa “Mercado do Sítio” pelo Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação - Dr. Nuno Brito e restantes Entidades presentes; 5 Apresentação da loja às Entidades presentes pelo Sr. Vítor Maia - Presidente da Cooperativa.

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Acontecimentos

Realizou-se, no passado dia 12 de julho, em Aveiro, o V Capítulo de Entronização da Confraria Nacional do Leite.

Numa conjuntura de crise no setor, motivada pela descida do consumo, foram entronizados vinte e oito novos Confrades (Mérito, Honra e Irmãos), representantes de diversas Instituições e Organizações ligadas, em especial, ao Setor Agrícola Leiteiro, oriundos de várias regiões do país, que se comprometeram a prestigiar, defender e divulgar o produto e o setor.Entre outros, de relevar a entronização do Senhor Manuel Loureiro – Direção da AGROS; do Eng.º Paulo Silveira – Responsável pela Coordenação Geral da Agros Comercial; do Dr. Manuel Ricardo Ramos – Gerente da Ucanorte XXI; da Eng.ª Adelina Martins – Diretora Regional de Agricultura e Pescas do Centro; da Doutora Maria do Céu Patrão Neves – Consultora para a Agricultura de Sua Excelência o Presidente da República, anteriormente tendo servido como Deputada ao Parlamento Europeu na Comissão da Agricultura e Desenvolvimento Rural; e da Professora Doutora Isabel do Carmo – médica, endocrinologista, e uma das maiores especialistas em obesidade e comportamento alimentar, sendo que foi fundadora

da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade e da Sociedade Científica (Núcleo de Doenças do Comportamento Alimentar).No decorrer desta cerimónia, onde as intervenções foram direcionadas precisamente para a descida do consumo do Leite, e causas desta quebra, o Grão-mestre da Confraria - Comendador Casimiro Almeida - também se referiu ao “anátema que lançam contra o leite”. A Confraria refuta notícias e declarações que desaconselham o consumo do leite. Segundo o Juiz da Confraria – Comendador Simão Alves – o leite é um “alimento com uma riqueza única, numa fonte nutricional insubstituível”, justificando que “os dados científicos estão do nosso lado”.Este encontro incluiu a Assembleia Geral da Confraria, a Entronização de novos Confrades, um Cortejo pela cidade, Missa de Ação de Graças, e almoço de Confraternização.Finda esta Cerimonia, esperemos então pelo próximo Capítulo de Entronização, conscientes de que, estes Confrades e Confreiras serão ativos na defesa dos princípios implícitos à constituição da Confraria Nacional do Leite.

TEXTO AGROS

V Capítulo de Entronizaçãoda Confraria Nacional do Leite

1 Foto de conjunto da Confraria Nacional do Leite; 2 Assistência presente na cerimónia; 3 Novos Confrades entronizados.

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Reunião de Cooperativas

No passado dia 3 de julho, o Espaço AGROS foi palco de mais uma iniciativa onde as Cooperativas Agrícolas do Minho e Douro Litoral estiveram presentes numa reunião de trabalho e informação, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Análise e discussão sobre a situação do setor do leite;2. Análise e discussão sobre as consequências do

incumprimento dos contratos de compra de leite cru de vaca;3. Celebração de novos contratos.

Nesta reunião estiveram presentes elementos da Direção e Gerentes das Cooperativas Agrupadas AGROS.

Realizaram-se no dia 22 de julho de 2015, duas Assembleias Gerais, no Espaço AGROS, para leitura, discussão e votação dos Relatórios de Gestão e Contas Consolidadas,

e Individuais, da AGROS U.C.R.L. Com uma grande participação dos delegados, como vem sendo habitual, este foi também um momento de debate sobre a constituição da Organização de Produtores de Leite e Produtos Lácteos de Vaca – AGROS U.C.R.L.No mês seguinte, dia 28 de agosto, decorreu nova Assembleia Geral onde, dentro da ordem de trabalhos da reunião anterior, se deliberou a apresentação do pedido de reconhecimento

da AGROS U.C.R.L., como Organização de Produtores, para o setor Leite e Produtos Lácteos de Vaca, assim como aprovação do Regulamento Interno que regule esta Organização a ser reconhecida. Por outro lado, este momento também foi aproveitado por todos para discutir e deliberar informação referente ao mercado europeu de leite, ao mercado nacional e à evolução da produção e qualidade do leite do universo AGROS.

Assembleias Gerais da AGROS U.C.R.L.

Reunião de Esclarecimento da CONFAGRI sobre:“SNIRA - Nova Metodologia para a Movimentação de Bovinos”

Com a iminência da entrada em vigor de uma nova metodologia para a movimentação de bovinos através da plataforma do iDigital, que aconteceu no dia 3 de agosto

de 2015, a CONFAGRI convidou as Entidades responsáveis por esta implementação, o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, I.P. (IFAP) e a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), no sentido de providenciar sessões de esclarecimento para as Entidades que colaboram com esta Confederação na tarefa do SNIRA – Sistema Nacional de Informação e Registo Animal. Nesse sentido, decorreu no passado dia 28 de julho, no Espaço AGROS, a primeira destas reuniões.Marcaram presença nesta Sessão de Esclarecimentos a Dr.ª Fátima Leitão, Diretora do Departamento de Gestão e Controlo Integrado do IFAP, e o Dr. José Neves, Chefe Divisão de Identificação Registo e Movimentação Animal da DGAV, que fizeram uma breve apresentação do projeto de reengenharia do SNIRA e esclareceram algumas dúvidas colocadas pelos diversos técnicos das entidades presentes. Esta reunião foi coordenada por Dirigentes e Técnicos da AGROS, UCADESA e da CONFAGRI.

Reunião com as Organizações Agrícolas Parceiras da CONFAGRI sobre Formação Profissional

Realizou-se no dia 30 de julho de 2015, uma reunião no Espaço AGROS com o objetivo de esclarecer as organizações agrícolas, parceiras da CONFAGRI, acerca

das exigências da formação profissional na área dos produtos fitofarmacêuticos, nomeadamente as últimas alterações introduzidas pelo Ministério da Agricultura e Mar (MAM).Esta iniciativa, contou com a participação de cerca de 40 Dirigentes e Técnicos das Organizações Agrícolas da Região Norte. Em representação da CONFAGRI, estiveram presentes o Secretário–Geral, Eng.º Francisco Silva, a Secretária-Geral Adjunta, Eng.ª Aldina Fernandes, e a Coordenadora Pedagógica, Dr.ª Cláudia Camacho. Os Temas abordados na reunião foram diversos: as novas exigências do MAM - certificação das entidades formadoras e homologação de ações de formação; cursos para Agricultores, Operadores e Técnicos na área dos produtos fitofarmacêuticos; prova de conhecimentos para aplicadores com mais de 67 anos; e a oferta formativa da CONFAGRI na área dos produtos fitofarmacêuticos.

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Acontecimentos

Decorreu de 21 a 30 de agosto de 2015, em Penafiel, a 36.ª AGRIVAL – Feira Agrícola do Vale do Sousa.

O programa oferecido, que incluiu diversos espetáculos musicais com artistas e grupos de referência nacional e internacional, foi um dos grandes impulsionadores para as mais de 140 mil entradas registadas durante os dez dias deste certame.Como vem sendo habitual, todos os dias dos evento (à exceção do dia de inauguração), foram dedicados a cada um dos concelhos da região do Vale do Sousa, e, um deles, à Galiza. A 36.ª AGRIVAL contou com expositores de produção agrícola, gastronomia, maquinarias, artesanato, moda, uma diversificada variedade de raças autóctones e de outros animais, serviços e novas tecnologias. De acordo com a organização, este certame gerou cerca de 9 milhões de euros de volume de negócios, demonstrando, mais uma vez, que esta Feira se destaca como referência no setor Agrícola, tanto a nível nacional, como regional.De entre as várias atividades levadas a cabo,

evidenciam-se os concursos realizados, relacionados com produtos característicos da região: Concurso de “Cebolas”; Concurso de “Melão Casca de Carvalho”; e Concurso da “Broa de Milho”, todos com a colaboração de Técnicos da Direção Regional de Agricultura. No dia da inauguração da Feira Agrícola do Vale do Sousa, as entidades presentes, entre as quais se destaca o Senhor Secretário de Estado da Administração Local, Dr. António Leitão Amaro, visitaram o evento e, como já vem sendo tradição, brindaram mais uma vez ao Leite genuinamente Nacional no Stand do Grupo AGROS, onde se encontravam representadas a AGROS, U.C.R.L., e algumas das suas Empresas Participadas - Agros Comercial; Segalab; Lusogenes; PEC Nordeste; e a Ucanorte XXI. Nesta edição da AGRIVAL, o Primeiro-Ministro de Portugal, Dr. Pedro Passos Coelho, esteve também no Stand do Grupo AGROS e participou neste momento de reconhecimento ao Setor Leiteiro. A Dra. Assunção Cristas, Ministra da Agricultura e do Mar, foi ainda uma das altas individualidades que também visitou o Stand do Grupo AGROS.

TEXTO AGROS

AGRIVAL2015

1 e 2 Milk Drink - um brinde à produção nacional;

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1 Stand Grupo AGROS;

2 Milk Drink -um brinde à

produção nacional;3 Stand Grupo

AGROS - Promoção ao consumo de

lácteos;

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A Feira Portugal Rural, organizada pela Câmara Municipal, conjuntamente com a Associação de Jovens Agricultores do Distrito do Porto,

a Associação de Agricultores, e com a Cooperativa Agrícola de Vila do Conde, decorreu entre 10 e 13 de setembro de 2015 nos Jardins da Avenida Júlio Graça, em Vila do Conde.O Portugal Rural tem como objetivo aproximar, no mesmo espaço, o campo e a cidade, e dar a conhecer o valor da lavoura vila-condense, assim como o que de melhor se produz nesta região. No recinto deste certame estiveram presentes diversos expositores, representativos de casas e empresas agrícolas, instituições e organismos ligados ao setor agrícola, para além de uma exposição com diversas animais de raças autóctones, entre outros.Do programa do certame, destacaram-se as corridas de galgos, desfile e prova equestre, prova de pão

Portugal RuralFeira de Atividades Agrícolasde Vila do Conde TEXTO AGROS

tradicional, mercado rural, passeio de BTT pelo concelho de Vila do Conde, caminhada rural de Mosteiró a Guilhabreu, com passagem e visita guiada a Casas Agrícolas Concelhias, e circuito de mini tratores.No que à vertente expositiva diz respeito, o Grupo AGROS fez-se representar institucionalmente num formato direcionado para duas vertentes: promoção do consumo e benefícios do leite; informativo da cadeia de valor em que a AGROS se integra no Setor Leiteiro.No dia de inauguração deste evento, entre outras entidades locais, realce-se a presença da Senhora Presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, Dr.ª Elisa Ferraz. Nesta ocasião, como vem sendo costume no Stand Institucional do Grupo AGROS, brindou-se à produção e consumo de Leite Nacional, ou “Milk Drink”.

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AcontecimentosAcontecimentos

XIV Festa RuralCasa Escola Agrícola Campo Verde

Durante os dias 24, 25 e 26 de julho de 2015, a Casa Escola Agrícola Campo Verde (CEACV), localizada na vila de São Pedro de Rates – Póvoa

de Varzim, promoveu a tradicional Festa Rural que este ano contou com a sua XIV edição.Esta Feira tem como objetivo proporcionar um convívio saudável e descontraído entre todos os utentes deste estabelecimento de ensino e ao mesmo tempo ser palco de reflexão sobre as temáticas que envolvem a sua atividade pedagógica e profissionalizante.O programa deste certame contou com diversas atividades, tanto direcionadas para os alunos desta instituição de formação profissional, como para o público em geral. Ao longo destes três dias de evento, o calendário foi ocupado com atividades desportivas, espetáculos musicais, atuações de Tunas e Ranchos Folclóricos, entre outras. É de salientar na Festa Rural, a Feirinha de Artesanato e Bijuteria enquadrada neste evento, os espaços referentes à Quinta Pedagógica da CEACV e a Pracinha das Tasquinhas, assim como a realização de Jogos Tradicionais.No que à vertente expositiva diz respeito, o Grupo Cooperativo AGROS fez-se representar através da Agros Comercial, que apresentou equipamentos e produtos; e, através da Segalab que comunicou o seu Programa da Qualidade do Leite. Também a AGROS, U.C.R.L. esteve representada neste evento, proporcionando um momento de Milk Drink, no dia 25 de julho, onde a Direção da AGROS, nomeadamente o Senhor António Ramos Carreira, juntamente com o corpo docente da Casa Escola Agrícola Campo Verde, responsável pela organização desta Feira, brindou ao consumo de Leite genuinamente Nacional.Esperemos então pela XV edição da Festa Rural da CEACV, com a certeza que continuará a promover e desenvolver, com sucesso, o meio rural junto dos jovens.

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1 e 2 Milk Drink - um brinde à produção nacional; 3 Stand Agros Comercial

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ANIVERSÁRIO SEGALABNo dia 21 de setembro de 2015, as novas instalações da Segalabno Espaço AGROS comemoraram o seu primeiro aniversário.

PRODÍSTICALOGÍSTICA E TRANSPORTENo “Ranking” do TOP EXPORTA 2015

Um ano depois da transferência das instalações da Segalab – Laboratório de Sanidade Animal e Segurança Alimentar, S.A. – anteriormente

sediada em Gondivai (Leça do Balio – Matosinhos), para o Espaço AGROS, o balanço é extremamente positivo. Os colaboradores da empresa não quiseram deixar passar esta oportunidade para celebrarem em conjunto os objetivos alcançados e agradecerem à Administração da empresa e aos restantes colegas do Grupo AGROS pela confiança e colaboração sempre presente ao longo do último ano.A integração das instalações desta empresa participada no Espaço AGROS veio resolver um problema estrutural da Segalab e enquadra-se na estratégia de criação de sinergias entre as empresas do Grupo, que tem vindo a ser implementada pela atual Direção e visa definir um fio condutor entre as diversas áreas de negócio com a criação de um verdadeiro Grupo Empresarial Cooperativo.

A Prodística – Logística e Transportes, S.A. foi uma das empresas distinguidas na Conferência “Top Exporta 2015”, organizada pelo Santander Totta,

com o apoio da Informa D&B e do Diário Económico.A Top Exporta surgiu em 2012 e, três edições depois, já é uma marca de referência junto do tecido empresarial português. O principal objetivo deste evento, é procurar distinguir as empresas que, consistentemente, têm alargado a sua presença nos mercados internacionais, que se traduz num crescimento de vendas internacionais de forma recorrente e, simultaneamente, encontrar as melhores práticas para o crescimento do mercado exportador, pilar de desenvolvimento da nossa economia.O ‘ranking’ em questão, elaborado pela Informa D&B, teve como base de metodologia de análise de dados o desempenho das empresas, segundo um conjunto de critérios económico-financeiros quantitativos entre 2012 e 2013.

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Responsabilidade Social

No passado dia 31 de julho, teve lugar no Espaço AGROS, pelas 22 horas, o concerto de Mickael Carreira, integrado na tour do cantor “Bailando sem Olhar para Trás”.

Este evento foi organizado pelos Bombeiros Voluntários de Vila do Conde, com o apoio da AGROS – União Cooperativa de Produtores de Leite de Entre Douro e Minho e Trás-os-Montes, U.C.R.L., tendo como objetivo angariar receitas para auxiliar a Associação dos Bombeiros nos seus ofícios, nomeadamente na compra de uma nova ambulância.O cantor do êxito “Bailando” proporcionou um concerto intimista à multidão que se mobilizou ao Espaço AGROS para o ver e ouvir, sendo que este teve um significado especial para o artista, já que regressou à terra natal da sua mãe e a uma cidade onde em criança chegou a passar férias.A AGROS apoiou este evento solidário, não só disponibilizando o espaço para a realização do mesmo, como colaborando com a Corporação dos Bombeiros de Vila do Conde na venda de bilhetes e em toda a logística necessária para a realização deste espetáculo.É de salientar a dedicação de todas as entidades envolvidas na realização do concerto, congratulando em especial o desempenho de todos os bombeiros envolvidos nesta atividade com um fim tão louvável.

Concerto de Angariação de Fundos no Espaço AGROS

Esta iniciativa, promovida pela Lactogal e pela Tetra Pak em par-ceria com a Lipor e os municípios associados, pretendeu cha-mar a atenção da população para a importância da colocação das embalagens de cartão para alimentos líquidos no ecoponto amarelo, procurando a enraização dos hábitos de reciclagem na população. Como forma de premiar o esforço da população, a campanha visa a construção de um espaço infantil no Centro So-cial Monsenhor Pires Quesado na Póvoa de Varzim.Esta campanha foi destinada a todos os habitantes dos municí-pios que participam na campanha, recolhendo o máximo de em-balagens da Agros no ecoponto amarelo. Os municípios que inte-gram a Lipor são: Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde.A contabilização foi fornecida mensalmente à Tetra Pak pela Li-por, que controla as quantidades de cartão para alimentos líqui-dos encaminhadas para reciclagem dos municípios da sua área de intervenção. Ao total, é aplicada uma percentagem que cor-responde à percentagem da presença de mercado das embala-gens da Agros.Por cada 10 kg de embalagens da Agros recolhidas, a Agros e a Tetra Pak doaram 10€ para a construção de um espaço infantil no Centro Social Monsenhor Pires Quesado.O desafio “Amarelo é Diversão” teve a duração de dois meses, tendo terminado no final do mês de outubro de 2015. O resulta-dos estarão disponíveis brevemente no site www.simenoama-relo.pt

Desafio Tetra Pak e a marca Agros“Amarelo é Diversão”

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Portugal Agro21 a 23 de novembro de 2015, Lisboa

A Portugal Agro regressa em novembro à Feira Internacional de Lisboa – FIL – no Parque das Nações, homenageando a Pro-dução Nacional dos setores agrícola e agroalimentar, contan-do com o envolvimento operacional de entidades e organis-mos regionais e setoriais.A 2ª edição do Portugal Agro – Feira Internacional das Re-giões, da Agricultura e do Agroalimentar, é um evento que pretende, pelo segundo ano consecutivo, mostrar a agricultu-ra portuguesa na sua diversidade e riqueza, mas também na sua forte vocação empresarial a que não é alheia a dimensão internacional. O Portugal AGRO tem início a 21 de novembro, terminando no dia 23 de novembro (Sábado a Segunda-feira) e está aberto ao público e a profissionais.Para mais informações relativas a este evento consulte o link: http://portugalagro.fil.pt/

Espaço Lúdico

AGENDACulturalAgrícola

I Congresso Nacional das Escolas Superiores Agrárias2 e 3 de dezembro de 2015, Escola Superior Agrária de Bragança

Organizado sob os auspícios do Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos (CCISP), o Congresso das Agrárias, con-ta exclusivamente com a participação das Escolas Superiores Agrárias (ESAs), e decorrerá a 2 e 3 de dezembro de 2015 no Auditório Dionísio Gonçalves da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança. Este evento tem como propósito a promoção da atividade científica no domínio de atuação das mesmas e afirmação do Ensino Superior Politécnico. Os objetivos passam pela análise e debate dos mais recentes resultados científicos desenvolvidos pelos docentes e investi-gadores, pela identificação de novas tendências nos domínios técnico-científicos das ESAs, bem como pela promoção da co-laboração científica entre as instituições. Os temas em debate abordarão áreas, desde a Agronomia, a Ciência Animal e a Zootecnia, o Ambiente e os Recursos Natu-rais e a Ciência e Tecnologia Alimentar.Poderá realizar a pré-inscrição no website do congresso:http://esa.ipb.pt/agrarias/

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Espaço Lúdico

Sabores da Nossa Terra

Bolo de Iogurte

Ingredientes: • 1 Iogurte Biológico Natural Açucarado Agros (ou outro aroma à escolha);• 3 Medidas de Açúcar *;• 3 Medidas de Farinha *;• ½ Medida de Óleo *;• 1 Colher de Chá de Fermento;• 4 Ovos.

* Utilize, como forma de medida, o copo do iogurte

Preparação da Receita:Pré-aqueça o forno a 180ºC.Num recipiente bata os ovos inteiros juntamente com o açúcar e o iogurte. Acrescente os restantes ingredientes e bata até formar uma textura homogénea.Unte com manteiga uma forma de bolo e polvilhe-a com farinha. Deite o prepa-rado na forma e leve ao forno pré-aquecido entre 30 a 40 minutos.DICAS: Pode decorar o bolo, quando estiver totalmente frio, com açúcar em pó ou com glacê, que pode ser feito misturando com um garfo 280g de açúcar em pó e sumo de 1 limão.

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Passatempos

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6 1 7 5

5 7

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4 7 9 3

1 4 6 5

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8 3 5 9 2

2 1 3 9

3 1

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1 5 2

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3 4 6

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6

5 1 2

Palavras Cruzadas

Sodoku

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12 3 7 6

1

4 8

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13 5

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Dificuldade: Fácil Dificuldade: Difícil

Horizontais:1. Vacas e bois.3. Alimento animal. 4. Coesão.5. Grupo de alimentos que inclui leite.9. Feira Agrícola do Norte.12. Estação do ano. 14. Parceira Comercial da Ucanorte XXI.15. Raça Portuguesa de Bovinos.16. Processo pelo qual animais se alimentam num campo aberto.18. Arte de cultivar flores.19. Processo de plantar sementes.21. Ato de esmiuçar o que o arado não partiu; aconchegar o terreno.

Verticais:2. Mecanismo para limpeza dos estábulos.6. Conjunto de técnicas utilizadas para cultivar o solo.7. Empresa do Grupo Cooperativo AGROS.8. Sub-região Portuguesa.10. Método de conservação de forragem para alimen-

tação animal.11. Mundo Natural. 13. Vaca jovem do sexo feminino.17. Conjunto de microrganismos benéficos para o

desenvolvimento das plantas.20. Atividade realizada durante a AgroSemana.

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Almanaque Popular

ALMANAQUEPOPULAR

NOVEMBROCom chuva e frio, em novembro, no campo, deve-se proceder à abertura de valas que se considerem capazes de evitar a estagnação da água das chuvas. Continuar a sementeira de cereais (aveia, centeio, cevada, trigo), de legumes (ervilhas, favas) e de algumas forragens (trevo, azevém, luzerna). Plante ainda batatas (em zonas secas), alho, couve, tremoço. Na horta, é tempo de semear agriões, alfaces, cebolas, coentros, couve tron-chuda, espinafres, nabiças, nabos, rabanetes e salsa. Deve-se ainda preparar os talhões e os canteiros destinados às sementeiras e plantações de Primavera.Se quer ter um jardim florido, vistoso e cheiroso na próxima primavera, apro-veite para semear amores-perfeitos e podar as roseiras.Sendo este mês propício a geadas, proteja as plantas mais suscetíveis com abrigos de plásticos, esteiras, etc. Não adie esta tarefa para muito mais tarde, uma vez que toda a proteção é pouca para o período de frio que se avizinha.

DEZEMBROSendo dezembro um dos meses mais frios do ano, as flores e as plantas necessitam de cuidados especiais para fazerem face às baixas temperaturas. Deve resguardar as plantas do gelo.Em locais abrigados pode-se ainda semear o agrião, espinafre, alface, favas e ervilha.No campo pode semear o trigo e centeio de inverno.

JANEIROJaneiro é o mês das lavouras da terra e de preparação das culturas de Inverno, iniciando-se, onde for possível, a plan-tação da batata precoce.Na horta pode semear, em canteiros abrigados e protegidos das geadas, couves repolho, rabanete, favas, ervi-lhas, grão-de-bico, brócolos, cebolas, espinafres e nabiças.No jardim, continue a preparar os canteiros, tanto para as sementeiras da época, como as da Primavera. Esta é uma altura favorável para plantar begó-nias, girassóis e lírios; e para colher violetas. Amores-perfeitos, camélias, jacintos, tulipas, etc.

Soluções página 53: PALAVRAS CRUZADAS

1.Bovinos; 2.Rodo; 3.Ração; 4.União; 5.Lacticínios;

6.Agricultura; 7.Segalab; 8.Douro; 9.AgroSemana;

10.Silagem; 11.Natureza; 12.Outono; 13.Novilha;

14.Euralis; 15.Barrosã; 16.Pastagem; 17.Inoculantes;

18.Floricultura; 19.Sementeira; 20.Gincana; 21.Rolagem.

1 3 7 8 5 9 4 6 2

6 9 4 1 3 2 7 5 8

8 5 2 6 4 7 9 3 1

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9 2 1 4 8 3 6 7 5

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7 8 3 5 9 6 2 1 4

5 4 6 2 1 8 3 9 7

9 5 3 8 2 4 1 7 6

7 2 1 5 3 6 9 8 4

4 8 6 7 9 1 5 2 3

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Dificuldade: Fácil Dificuldade: Difícil

SUDOKU

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