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Ano VIII N.º 18 | 22 de Janeiro | 2017 Também elas mudam É costume, na nossa comunidade cristã de Lisboa, despedirmo-nos dos freis quando mudam de comunidade. Ocasião para agradecer-lhes, acompanhá-los na nova missão e também para enxugar algumas lágrimas! Porém, há menos alarido quando são as irmãs da Caridade a deixar Lisboa rumo a outra cidade ou País. Hoje quebramos os hábitos para nos despedirmos de uma irmã que nos contagiou com o seu sorriso, com a sua entrega e simpatia: a irmã Bogumila, cujo nome significa «Amada». E, de facto, esta irmã missionária, de origem albanesa, é deveras uma mulher amada por Deus. Quando nasceu, na Albânia, havia um regime comunista, pós- segunda guerra mundial, que reprimia qualquer forma de expressão religiosa. Por isso, apenas foi baptizada após a queda do muro de Berlim, quando já tinha vinte anos, e tendo como madrinha a futura Santa Teresa de Calcutá. Um bom exemplo para as nossas famílias e jovens. Procurem «santos» padrinhos e madrinhas de Baptismo e de Crisma, pessoas apaixonadas por Cristo, pela Eucaristia, pelos pobres! As palavras de Jesus, que Madre Teresa ouviu em 1946, tocaram mais tarde o coração da nossa irmã «Quero freiras Livres, cobertas com a minha Pobreza na cruz. Quero freiras cheias de amor cobertas com a minha Caridade na Cruz. Que estejam de tal maneira unidas a Mim, que façam irradiar o Meu amor pelas almas». Graças ao seu «sim» a este apelo, a Irmã Bogumila chegou até nós, para se entregar, juntamente com as irmãs da sua comunidade, ao serviço dos «mais pobres entre os pobres». Mas a irmã Bogumila é «Amada», também, pela nossa comunidade. Sobretudo pelas crianças, pelos jovens, pelas mães, pelos pobres, por tantas pessoas que vivem reclusas nas paredes de casa. Para muitas pessoas, com a sua alegria, com o seu entusiasmo missionário, tornou-se um pequeno farol, um sinal da ternura de Deus, ao ponto que uma velhinha a acolhe chamando-a «a minha gorduchinha»! Como todos os consagrados - ao jeito de Jesus - há sempre uma «outra margem» para anunciar a Palavra de Deus e testemunhar o amor do Senhor. A comunidade em que se vive nunca é a última: é sempre a penúltima! Há uma luz terna e suave que nos leva mais longeA Irmã Bogumila deixa Lisboa e vai mesmo para outra margem: Faro! Afinal, não é assim tão longe. Para agradecer a Deus pela sua presença entre nós, para invocar o Senhor pela nova terra que lhe é confiada e, para lhe dar uma beijoca (respeitando a distância canónica), somos convidados a viver com ela a Eucaristia das 11 horas, do dia 29 de Janeiro, na Igreja de São Maximiliano. frei Fabrizio

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Ano VIII N.º 18 | 22 de Janeiro | 2017

Também elas mudam É costume, na nossa comunidade cristã de Lisboa, despedirmo-nos dos freis quando mudam de comunidade. Ocasião para agradecer-lhes, acompanhá-los na nova missão e também para enxugar algumas lágrimas! Porém, há menos alarido quando são as irmãs da Caridade a deixar Lisboa rumo a outra cidade ou País.

Hoje quebramos os hábitos para nos despedirmos de uma irmã que nos contagiou com o seu sorriso, com a sua entrega e simpatia: a irmã Bogumila, cujo nome significa «Amada». E, de facto, esta irmã missionária, de origem albanesa, é deveras uma mulher amada por Deus.

Quando nasceu, na Albânia, havia um regime comunista, pós-segunda guerra mundial, que reprimia qualquer forma de expressão religiosa. Por isso, apenas foi baptizada após a queda do muro de Berlim, quando já tinha vinte anos, e tendo como madrinha a futura Santa Teresa de Calcutá. Um bom exemplo para as nossas famílias e jovens. Procurem «santos» padrinhos e madrinhas de Baptismo e de Crisma, pessoas apaixonadas por Cristo, pela Eucaristia, pelos pobres!

As palavras de Jesus, que Madre Teresa ouviu em 1946, tocaram mais tarde o coração da nossa irmã «Quero freiras Livres, cobertas com a minha Pobreza na cruz. Quero freiras cheias de amor cobertas com a minha Caridade na Cruz. Que estejam de tal maneira unidas a Mim, que façam irradiar o Meu amor pelas almas». Graças ao seu «sim» a este apelo, a Irmã Bogumila chegou até nós, para se entregar, juntamente com as irmãs da sua comunidade, ao serviço dos «mais pobres entre os pobres».

Mas a irmã Bogumila é «Amada», também, pela nossa comunidade. Sobretudo pelas crianças, pelos jovens, pelas mães, pelos pobres, por tantas pessoas que vivem reclusas nas paredes de casa. Para muitas pessoas, com a sua alegria, com o seu entusiasmo missionário, tornou-se um pequeno farol, um sinal da ternura de Deus, ao ponto que uma velhinha a acolhe chamando-a «a minha gorduchinha»!

Como todos os consagrados - ao jeito de Jesus - há sempre uma «outra margem» para anunciar a Palavra de Deus e testemunhar o amor do Senhor. A comunidade em que se vive nunca é a última: é sempre a penúltima! Há uma luz terna e suave que nos leva mais longe… A Irmã Bogumila deixa Lisboa e vai mesmo para outra margem: Faro! Afinal, não é assim tão longe.

Para agradecer a Deus pela sua presença entre nós, para invocar o Senhor pela nova terra que lhe é confiada e, para lhe dar uma beijoca (respeitando a distância canónica), somos convidados a viver com ela a Eucaristia das 11 horas, do dia 29 de Janeiro, na Igreja de São Maximiliano.

frei Fabrizio

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1ª Leitura [Is 8, 23b – 9, 3 (9, 1-4)] Na Galileia dos gentios o povo viu uma grande luz.

Salmo 26 (27) O Senhor é minha luz e salvação. 2ª Leitura (1 Cor 1, 10-13.17) «Falai todos a mesma linguagem e não haja divisões»

Evangelho (Mt 4, 12-17) «Foi para Cafarnaum, a fim de se cumprir o que anunciara o profeta Isaías»

Quando Jesus ouviu dizer que João Baptista fora preso, retirou-Se para a Galileia. Deixou Nazaré e foi habitar em Cafarnaum, terra à beira-mar, no território de Zabulão e Neftali. Assim se cumpria o que o profeta Isaías anunciara, ao dizer: «Terra de Zabulão e terra de Neftali, estrada do mar, além do Jordão, Galileia dos gentios: o povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; para aqueles que habitavam na sombria região da morte, uma luz se levantou». Desde então, Jesus começou a pregar: «Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos Céus». Caminhando ao longo do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes Jesus: «Vinde e segui-Me e farei de vós pescadores de homens». Eles deixaram logo as redes e seguiram-n’O. Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no barco, na companhia de seu pai Zebedeu, a consertar as redes. Jesus chamou-os e eles, deixando o barco e o pai, seguiram-n’O. Depois começou a percorrer toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo.

Palavra da Salvação

Aclamação (cf. Mt 4, 23)

Jesus proclamava o Evangelho do reino e curava todas as doenças entre o povo.

III DOMINGO DO TEMPO COMUM

Oração

Senhor, Nosso Pai, nós Te louvamos pelo Reino dos céus, que está presente no meio de nós, e pelo apelo que nos diriges. Nós Te pedimos pelas tuas comunidades e por todos nós: converte os nossos corações à tua presença nas nossas vidas. Tu nos envias como pescadores de homens. Fortalece a nossa fé em Ti, que ela seja irradiadora de luz. Amén.

Adaptado de http://www.dehonianos.org/

O Teu amor me chama, me move, me agarra!

Irradiar a luz… Os textos bíblicos de hoje são atravessados de Luz para o nosso caminho de trevas. Quantos homens e mulheres andam à procura de sentido e procuram o seu caminho na noite… As nossas vidas de baptizados estão em coerência com Aquele de quem nos reclamamos como cristãos? A Luz do Ressuscitado é-nos confiada para nos juntarmos aos nossos irmãos… Somos focos que irradiam luz ou candeeiros opacos? Adaptado de http://www.dehonianos.org/

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Terço na UPF nos dias 13 de cada mês

Em fevereiro reza-se em Santa Beatriz Como estamos no ano em que se completa um século sobre as aparições de Fátima, o Terço é preparado e rezado pelos jovens da nossa comunidade, mensalmente, no dia 13. A igreja de São Maximiliano Kolbe foi a segunda a receber esta iniciativa, em janeiro.

Apenas alguns focos de luz iluminavam a igreja nessa noite. Num ambiente harmonioso entoavam-se músicas intercaladas com os mistérios luminosos.

No final, o frei Fabrizio, anunciou que o próximo Terço será rezado na igreja de Santa Beatriz.

Aconteceu

Centro Paroquial São Maximiliano Kolbe vence projeto BPI Seniores

Prémio ajuda a recuperar espaço e qualidade de vida.

«O Centro Social Paroquial São Maximiliano Kolbe, ao vencer um dos projetos, BPI Seniores – 2016, vai permitir a criação de novos serviços, como casa de banho adaptada, espaços de bem-estar e conforto, colmatando lacunas existentes, promovendo um envelhecimento mais ativo», explica Elsa Vicente, da direção do centro, à redação do Conchas.

Recorde-se que esta instituição de caridade, situada no Bairro do Condado, dá respostas a alguns bairros vizinhos, com as valências Creche, Pré Escolar, ATL 1° 2°e 3° ciclos, Centro Dia, Centro de Convívio, Apoio Domiciliário e Atendimento à Comunidade e na resposta do Banco Alimentar de Santa Clara e São Maximiliano, através de alguns voluntários adultos e jovens.

Ecumenismo: "Olhamos mais para o que nos une do que para aquilo que nos separa" (Papa Francisco)

No início da semana de oração pela unidade dos cristãos, o Papa Francisco afirmou que o empenho ecuménico é um sinal de “esperança” para a Europa: «Na Europa, esta fé comum em Cristo é como um fio de esperança: pertencemos uns aos outros. Comunhão, reconciliação e unidade são possíveis».

A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que se celebra de 18 a 25 de janeiro, evoca em 2017 os 500 anos da reforma protestante, iniciada por Martinho Lutero. O tema da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos de 2017 inspira-se numa passagem da segunda carta de São Paulo aos Coríntios: ‘Reconciliação: é o amor de Cristo que nos impele’. A 31 de outubro de 2016, o Papa e o presidente da Federação Luterana Mundial (LWF, siga em inglês), assinaram na Suécia uma declaração comum, por ocasião da comemoração conjunta católico-luterana dos 500 anos da reforma protestante. Papa Francisco recordou a “emoção” da viagem lhe: «No espírito daquela comemoração comum da reforma, olhamos mais para o que nos une do que para aquilo que nos separa e continuamos juntos o caminho para aprofundar a nossa comunhão e dar-lhe uma forma cada vez mais visível». Adaptado de www.agenciaecclesia.pt, 18 de Janeiro de 2017

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18-25 Janeiro | Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.

22 Janeiro Dom | 3º Domingo do Tempo Comum Solenidade de S. Vicente, padroeiro principal do Patriarcado. Conselho Pastoral Paroquial da paróquia de Sta. Beatriz, às 15h00.

24 Janeiro Ter | Conversão de São Paulo 2º encontro Vicarial de Catequistas, às 21h00 na Ig. da Portela.

28 Janeiro Sáb | Formação de agentes da Pastoral Familiar

28-29 Janeiro | Formação para novos Ministros da Comunhão MEC, Massamá.

29 Janeiro Dom | 4º Domingo do Tempo Comum

31 Janeiro Ter | 3º encontro Vicarial de Catequistas, às 21h00 na Ig. da Portela.

1 Fevereiro Qua | Vigília de Oração para os Consagrados, às 21h na Igreja Coração de Jesus

2 Fevereiro Qui | Apresentação do Senhor - Dia do Consagrado, às 19h na Sé Patriarcal.

4 Fevereiro Sáb | Festa das sopas

«Silence», Silêncio — Uma obra-prima que vale a pena ler e ver

Talvez o último filme do realizador americano Martin Scorsese, Silêncio, não encha as salas cinematográficas como o polémico e irreverente «A última tentação de Cristo» de 1988. Mas, é certo que este filme é algo de extraordinário. Como alguém disse: às vezes para ver o que é o cristianismo, um par de horas passadas no cinema valem mais do que dez cursos de teologia ou de moral nas Universidades Pontifícias! Silence teve uma gestação de 25 anos, estreou nestes dias nas salas portuguesas e está relacionado com portugueses: a aventura dos missionários jesuítas que foram para o Japão há quatro séculos e dos camponeses cristãos que viviam na clandestinidade do Japão de 1600.

O filme é uma história de perseguição cristã, de fragilidades e de apostasia (negação da própria fé). Mas, no meio destas contradições e de execuções cruéis, a fé não morre. Martin Scorsese retomou o livro do escritor católico japonês Shusaku Endo, publicado em 1966. Numa entrevista, o realizador afirmou: «Para mim tudo se reduz à questão da graça. A graça acontece no curso da vida. Chega quando não estás à espera».

Durante a catequese do 4.º e 6.º anos, no largo de festas, da igreja de Santa Clara, num momento de oração, uma das crianças fez-se ouvir, de modo especial: «Eu queria pedir para que houvesse muita paz em 2017 em todo o mundo, mas mesmo muita, muita, muita paz», realçou. Do alto da sua tenra idade, sabe que não basta apenas pedir “muita paz” para o mundo – é necessário rezar bastante para que haja “muita, muita, muita paz”.

Partilha da catequese

Trailer do filme https://www.youtube.com/watch?v=86MImumjtQA