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newsletter Dezembro|2011 ouve-te! Radiohead Os Radiohead foram a primeira banda a ser confir- mada para o Optimus Alive’12: a banda de Thom Yorke é a primeira cabeça-de-cartaz e actuará dia 15 de Julho, último dia do evento. Não é a primeira vez que a banda de Oxford irá to- car em solo Português, já que em 2002 deu cinco espectáculos, três no Coliseu dos Recreios em Lis- boa e dois no Coliseu do Porto. Desde 2002, parece ter havido toda uma nova geração que fãs de Radiohead, que nunca os con- seguiram ver, tornando os Radiohead na banda mais votada em qualquer sondagem sobre a ban- da que os Portugueses mais gostariam de ver em 2012. A maioria dos seus álbuns, embora alguns com sons e influências muito diferentes entre si, foram bastante aclamados pela crítica, desde The Bends, Ok Computer, Kid A, Hail To The Thief e In Rain- bows. O sucesso da banda começara em 1993, com o lançamento do hit “Creep”, música que os Radiohead muito poucas vezes tocam ao vivo, para evitar que muita gente vá aos seus concertos só para ouvir uma música. Se pudéssemos recuar até 1986, iríamos assistir à formação dos On a Friday, fruto da vontade e gos- to pela música de cinco rapazes da escola pública de Abingdon, Oxford. Em 1991, a banda começou a tocar mais frequentemente nos arredores de Ox- ford, o que suscitou a atenção de algumas grava- doras e produtoras. Em consequência, no final de 1991, os On a Friday assinaram um contrato com a EMI. A pedido da gravadora, o grupo mudou o seu nome para Radiohead. O início dos Radiohead não foi propriamente aus- picioso. O primeiro EP, Drill, foi um fiasco comer- cial e, pouco tempo depois, foi lançada a música “Creep”, que não foi tocada na rádio BBC por ter sido rotulada como “demasiado depressiva” e clas- sificada pela revista NME como “uma farsa”. Diz- se que os Radiohead pensaram em acabar. Mas ainda bem que não o fizeram, dizemos nós. Pablo Honey, lançado em 1993, continuou a ser pouco aceite no Reino Unido, mas surpreendentemente, ou não, foi muito bem aceite nos Estados Unidos, com grande destaque na MTV. Apesar deste sucesso, os Radiohead nunca escon- deram a sua vontade de fazer um álbum melhor que Pablo Honey, um álbum que fosse sonora- mente mais profundo e consistente, que mostrasse uma maior maturidade musical da banda. E assim surge The Bends. Foi o ponto de viragem na vida e música da banda. Mesmo assim, em 1995, os Radiohead andavam em digressão, a abrir os con- Artista do Mês 1 design by Joana Gomes

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newsletterDezembro|2011

ouve-te!

Radiohead

Os Radiohead foram a primeira banda a ser confir-mada para o Optimus Alive’12: a banda de Thom Yorke é a primeira cabeça-de-cartaz e actuará dia 15 de Julho, último dia do evento.Não é a primeira vez que a banda de Oxford irá to-car em solo Português, já que em 2002 deu cinco espectáculos, três no Coliseu dos Recreios em Lis-boa e dois no Coliseu do Porto.Desde 2002, parece ter havido toda uma nova geração que fãs de Radiohead, que nunca os con-seguiram ver, tornando os Radiohead na banda mais votada em qualquer sondagem sobre a ban-da que os Portugueses mais gostariam de ver em 2012.A maioria dos seus álbuns, embora alguns com sons e influências muito diferentes entre si, foram

bastante aclamados pela crítica, desde The Bends, Ok Computer, Kid A, Hail To The Thief e In Rain-bows. O sucesso da banda começara em 1993, com o lançamento do hit “Creep”, música que os Radiohead muito poucas vezes tocam ao vivo, para evitar que muita gente vá aos seus concertos só para ouvir uma música.Se pudéssemos recuar até 1986, iríamos assistir à formação dos On a Friday, fruto da vontade e gos-to pela música de cinco rapazes da escola pública de Abingdon, Oxford. Em 1991, a banda começou a tocar mais frequentemente nos arredores de Ox-ford, o que suscitou a atenção de algumas grava-doras e produtoras. Em consequência, no final de 1991, os On a Friday assinaram um contrato com a EMI. A pedido da gravadora, o grupo mudou o seu nome para Radiohead.O início dos Radiohead não foi propriamente aus-picioso. O primeiro EP, Drill, foi um fiasco comer-cial e, pouco tempo depois, foi lançada a música “Creep”, que não foi tocada na rádio BBC por ter sido rotulada como “demasiado depressiva” e clas-sificada pela revista NME como “uma farsa”. Diz-se que os Radiohead pensaram em acabar. Mas ainda bem que não o fizeram, dizemos nós. Pablo Honey, lançado em 1993, continuou a ser pouco aceite no Reino Unido, mas surpreendentemente, ou não, foi muito bem aceite nos Estados Unidos, com grande destaque na MTV. Apesar deste sucesso, os Radiohead nunca escon-deram a sua vontade de fazer um álbum melhor que Pablo Honey, um álbum que fosse sonora-mente mais profundo e consistente, que mostrasse uma maior maturidade musical da banda.E assim surge The Bends. Foi o ponto de viragem na vida e música da banda. Mesmo assim, em 1995, os Radiohead andavam em digressão, a abrir os con-

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certos de uma banda que os influenciou bastante e que era das maiores bandas rock da altura: os REM. Michael Stipe, vocalista dos REM, chegou a confessar: “Estes miúdos são tão bons que assus-tam. Não sei onde vão parar, mas vão longe”.

Em 1996, os Radiohead voltaram ao estúdio em Oxford e começaram a trabalhar em algumas músicas que foram, enquanto abriam os concer-tos de Alanis Morrisette.É em Julho de 1997 que é lançado OK Computer, álbum que atingiu o primeiro lugar das tabelas no Reino Unido e, do outro lado do Atlântico, foi aclamado com um Grammy para melhor álbum alternativo. Foi o boom dos Radiohead. Os singles deste álbum foram “Paranoid Android”, “No Sur-prises” e “Karma Police”, sendo esta última o maior sucesso comercial.Radiohead agarravam os fãs. Haviam consegui-do manter um nível superior a Pablo Honey e, ao mesmo tempo, elevar a fasquia colocada em The Bends. Um álbum maduro, claramente rock e bastante melódico, com sonoridades bastante carregadas e profundas. Assim ficou definido um dos melhores álbuns da última década do século XX.Os anos de 1998/99 foram pouco produtivos para os Radiohead, sem gravações, poucos concertos, em que Thom Yorke enfrentou uma depressão, chegando mesmo a confessar que a banda esteve perto de acabar. Ainda bem que não o fizeram, dizemos nós, novamente.É em 99 que decidem pensar no sucessor de OK Computer (difícil tarefa, diga-se). Surge, então, em Abril de 2000, Kid A. Ao contrário do que se podia pensar, este 4º álbum da banda não foi de perto nem de longe um seguimento de OK Computer. Kid A, é um álbum muito mais minimalista, muito menos distorcido nas guitarras, muito mais elec-trónico e com muitos elementos jazz na sua com-posição, como acontece com Amnesiac (5º álbum da banda, lançado em 2001, fruto do mesmo pro-cesso criativo que deu origem a Kid A, contendo faixas adicionais ainda com mais elementos jazz).

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Mais uma vez, os Radiohead trocaram-nos as vol-tas. E ninguém se queixou. O álbum foi o maior sucesso dos Radiohead, entrando directamente para o primeiro lugar das tabelas de muitos país-es, incluindo os Estados Unidos.O ano de 2002 trouxe-nos a Portugal os já famosos e estabelecidos Radiohead. Trouxe-nos também músicas ainda não editadas que, em 2003, dariam origem ao álbum Hail to the Thief, cujo conceito se diz ser uma crítica à política Norte Americana da época.O grupo inovou também em 2007, ao editar In Rainbows sem o selo de uma editora, podendo cada pessoa descarregar o álbum pelo preço que quisesse (diz-se que houve 1,2 milhões de down-loads só no primeiro dia). Esta sua maior liberdade criativa foi traduzida num álbum que, para os ou-vintes Portugueses, foi o melhor desse ano. Foi o 5º álbum da banda a atingir o primeiro lugar no Reino Unido.

Já no ano de 2011, os Radiohead, lançaram The King of Limbs, álbum inspirado num carvalho milenar. É um álbum electrónico, com sonoridades quase tribais e misteriosas, mostrando uns Radio-head activos em busca de novos rumos e sonori-dades, uma das características que os tornam uma das maiores bandas em actividade. Por isso, se quiseres ir vê-los, apressa-te! Adivinha-se enchente para Algés, num concerto que, com certeza, será dos melhores do ano no nosso país.

Luís Ferro

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presentes alguns traços do que nos fez apaixonar inicialmente por esta dupla, este é um álbum bem mais pop (e superproduzido) do que se estava à espera. O que se ouve é um disco mais polido, alegre, muito catchy e dançável. No fundo, é o ál-bum mais fácil de ouvir para o público em geral.A primeira faixa, “Lonely Boy”, abre as cortinas para uma hora energética. A energia diminui, contudo, em “Little Black Submarines”, onde é de notar o re-gresso às raízes artísticas da banda. As semelhan-ças com a “Stairway To Heaven dos Led Zepplin” são notórias, não desiludindo, contudo, quando a faixa cresce até ao solo lindíssimo de guitar-ra, acompanhado pela bateria explosiva. Faixas como “Money Maker”, “Sister” e “Hell Of a Sea-son”, ligeiramente repetitivas, pecam pela falta da emoção rock e da vivacidade blue, tão típicos dos Black Keys, não deixando, porém, de ser alegres e agradáveis ao ouvido. No fundo, El Camino é um álbum que nos parece indicar o caminho que os Black Keys quiseram tomar desde as primeiras colaborações com Dan-ger Mouse. Eles cresceram, estão mais profission-ais, mais correctos e querem, finalmente, crescer para o mundo. Falta-lhes, infelizmente, a paixão fervorosa que transpira nos primeiros álbuns, mas não deixa de ser um álbum bastante agradável – e será, provavelmente, o disco que os trará final-mente a Portugal. Ficamos à espera.

Joana Vieira

Álbum do Mês

The Black Keys - El Camino

Foi em 2002 que os Black Keys lançaram o seu ál-bum de estreia. The Big Come Up deu a conhecer ao mundo Dan Auerbach e Patrick Carney, uma dupla vinda directamente dos confins do Ohio para nos oferecer um blues rock directo e mini-malista, mas rapidamente estes dois mostraram que sabiam mais uns truques. Caminhar ao lado de uns Strokes em ascensão e uns White Stripes em completa explosão, não foi tarefa fácil, mas a verdade é que eles ainda por cá andam.Um ano depois lançam Magic Potion, com um rock’n’roll mais polido, mas foi em 2008 que de-cidiram ir mais longe e produziram o seu quinto álbum, Attack & Release com o génio da produção Danger Mouse. Se até aqui ainda havia dúvidas do que os Black Keys realmente valiam, esta colabo-ração trouxe-nos um dos melhores álbuns dos úl-timos tempos.Brothers, lançado no ano passado, expôs os Black Keys a uma audiência mais abrangente e inclui al-gumas das músicas mais deliciosas que compuser-am até hoje, valendo-lhes quatro nomeações para os Grammys.

Agora, é tempo de saudar El Camino, saído a 6 de Dezembro. Mais uma vez co-produzido por Danger Mouse, os Black Keys apresentam um ál-bum, que, basicamente, vai desagradar os fãs que têm vindo a acompanhar a banda desde os seus primeiros passos e vai merecer os maiores elogios por parte dos novos fãs nº 1. Ainda que continuem

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Noiserv

Inédito, criativo e estimulante: assim se pode caracterizar o projecto que David Santos criou há cerca de 6 anos, não sabendo, na altura, a im-portância que o mesmo viria a ter no panorama musical português. Com influências assumida-mente taciturnas, tais como Radiohead, Jeff Buck-ley, e Sigur Rós, não é de estranhar que o projecto do já apelidado “one man band” nos apresente melodias melancólicas que nos remetem para a introspecção e nostalgia. Do seu primeiro álbum, One Hundred Miles from Thoughtlessness, retira-se a profundidade de Consolation Prize e a simplicidade complexa de Melody Pops, uma música sobre chupa-chupas. Já no seu último registo, A Day in the Day of the Days, David apresenta-nos a banda Sonora para o dia-a-dia do cidadão comum. Sempre acompanhado pela sua parafernália de instrumentos, David surpreende-nos com os seus álbuns, mas é ao vivo que nos consegue sur-preender ainda mais. É incrível o silêncio absoluto que se instala nos seus concertos, contribuindo para um ambiente intimista de cortar a respiração! De cortar a respiração é também a banda sonora de sucesso que compôs para o filme “José & Pilar”, salientando-se “Palco do Tempo”, o seu único reg-isto em português até ao momento. E não é só em território nacional que Noiserv tem dado cartas! Já percorreu a Europa e, recente-

Cansei de Ser Sexy, TMN ao Vivo

A noite foi inaugurada com os portugueses Lábios que aqueceram o ambiente para que a banda brasileira pudesse brilhar ainda mais a seguir.O concerto começa com “LoveFoxxx e sus Mucha-chas” a entrar e apresentar dois novos membros masculinos da banda (guitarrista e baterista). Prosseguiu com a energia que já esperamos da banda, tanto com os clássicos do primeiro álbum de 2005 como do novo La Liberácion, lançado este ano. Toda a sala dançou e um dos fãs teve mesmo a oportunidade de subir ao palco durante a músi-ca “City Grrrl”. A vocalista confessou a meio do concerto que não esperavam recepção tão calorosa (nem sala cheia ou quase). Na sua própria terra natal (São Paulo, Brasil), não têm nem metade da audiência que os acolheu em Lisboa. Os seus fãs mostraram-se fiéis, cantando êxitos como “Let’s Make Love and Listen Death from Above”, “Off the Hook” e “Alala”. Mais uma noite memorável passada na mais recente sala de espectáculos do Cais do Sodré.

Sara Fernandes

O que é nacional também se papa...

O núcleo de rádiopelos concertos...

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mente, partiu à conquista de outros continentes. Começou em Nova Iorque, ficamos à espera para ver o que se segue.

Rita Miguel

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Girls, Lux

No dia 29 de Novembro, às 22h, o Lux Frágil pre-parava-se para receber mais um concerto aguar-dado por muitos. Girls, a banda de indie rock cali-forniana, esteve em Lisboa para apresentar o seu último álbum, Father, Son, Holy Ghost, numa noite que reuniu um público jovem e expectante, dese-joso de ouvir ao vivo as últimas novidades deste nosso mundo da música.Christopher Owens, o vocalista da banda, condu-ziu o concerto sem muita interacção com o públi-co, mas nem por isso o ambiente que se fez sentir deixou de ser envolvente e inspirador. Naquela maravilhosa sala da discoteca de Alcântara, onde já se ouviram tantas vozes, a calma alternada com uma energia contagiante da banda não deixaram ninguém indiferente. Como seria possível ficar in-diferente, quando alguns dos nossos temas favori-tos estavam a ser tocados diante dos nossos olhos (e ouvidos)? Resta fechar os olhos e deixarmo-nos guiar pela música, esvaziando a cabeça de preo-cupações.Com um alinhamento diversificado, passando tanto pelos hits mais recentes como por faixas mais antigas, a voz de Christopher foi acompan-hada por um coro de vozes mais ou menos afina-das, mas de certo entusiasmadas. Em faixas como “Vomit” – que recebeu a categoria de “Best New Music” ou “Hellhole Ratrace” – que ocupou o 383º lugar no top das 500 melhores músicas dos anos 2000, a sala vibrou de emoção, no meio do tur-bilhão de sentimentos que esta banda consegue transmitir.Após o concerto, os elementos da banda estiver-am entre os fãs a desfrutar da agradável discote-ca, naquela noite quase vazia, mostrando-se di-sponíveis para conversa, fotografias e autógrafos.

Ana Raquel Vilela

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Vodafone Mexefest

Mais uma vez a Av. Da Liberdade se iluminou e se alegrou para receber o já costumeiro festival de Inverno, que este ano foi renomeado para Voda-fone Mexesfest.

O dia 2 de Dezembro começou com os jovens Asterisco Cardinal Bomba Caveira (na sala 2 do S. Jorge), uma aposta da editora Amor Fúria na nova geração. Temporariamente bafejados pelo Verão, seguimos para ouvir outros sons. Seguiu-se uma breve passagem pelos também portugueses Julie and the Carjackers, num registo mais melancóli-co.Mais uma corrida pela Avenida fora e, na estação dos Restauradores, ouvia-se Capitão Fausto (uma também jovem aposta de uma editora portugue-sa, desta vez a Chifre). Digo ouvia-se porque ver, ninguém viu, uma vez que o palco estava à altura do público na estação. Riffs alegres e letras eng-raçadas não deixaram ninguém indiferente e ani-maram o metro.

Seguimos mais uma vez pela Avenida até à belíssi-ma Casa do Alentejo para ver Eleanor Friedberger, para mim, uma das grandes e agradáveis surpre-sas da noite! Brindou-nos como o seu indie pop delicado e melancólico que se enquadrava per-feitamente com o espaço. Antes ainda tínhamos passado pela irreverente espanhola Bebe, um momento divertido com o seu pop electrónico.Junior Boys tocaram então no Tivoli, casa cheia como se esperava para um dos grandes nomes do cartaz. Todo o Tivoli dançou ao som da electróni-ca!

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Seguiu-se uma passagem pelos You Can’t Win Charlie Brown no terraço do Hotel Tivoli para ouvir o melhor do indie-pop melancólico nacional.A noite terminou com PAUS, a grande aposta na-cional do cartaz. Tiveram, mais uma vez, a infelici-dade de tocar na estação dos Restauradores, im-pedindo os fãs de verem a interacção interessante da banda, particularmente dos bateristas. Dia 3 começou com os Doismileoito que apresen-tavam o seu “pés frios” a Lisboa pela segunda vez. Todos cantaram e dançaram ao som da banda e dos seus singles. Mais uma vez, na malfadada es-tação.

Seguimos directamente para o S. Jorge para ver a Oh Land na sua primeira visita a Portugal. Um espectáculo fantástico de electrónica melodiosa e ligeiramente melancólica também. O público aplaudia de pé enquanto nos era prometido um regresso da artista em breve.Esperou-se e desesperou-se à porta do Tivoli por James Blake, numa fila que tinha um par de quilómetros. Da minha parte, desisti da espera e fui para a fila dos próximos artistas: Blood Red Shoes.Mais uma vez, o metro encheu-se de boa música e ninguém ficou indiferente ao rock do dueto. Sal-tou-se, cantou-se e fizeram-se moches num

espaço extramente confinado. Infelizmente, o concerto foi marcado por incidentes com um el-emento da segurança, tendo sido mesmo inter-rompido, a dada altura para que Steve (baterista e vocalista) agarrasse o dito elemento e o impedisse de agredir um membro da audiência. Incidentes infelizes à parte, foi um concerto memorável e a melhor maneira de terminar este festival! Agora é a vez da cidade do Porto o receber dias 2 e 3 de Março, com outro cartaz.

Sara Fernandes

Real Estate, Galeria Zé dos Bois

A Galeria ZDB não foi suficientemente espaço-sa para reunir todos os que queriam ver e ouvir Real Estate. Na apresentação do seu mais recente álbum, Days, Real Estate, muito seguros, envolv-eram todos os ouvintes numa áurea de muitos minutos de instrumentais (palavras para quê?), que integram o álbum, entre melodias sonhado-ras, calmas.Interessante a dinâmica da banda: um vocalista, sim, mas os outros integrantes tiveram o privilégio de cantar a solo também.Tenho que referir que o “pós-concerto” foi muito engraçado. Toda a banda conviveu com o seu público ao som de músicas 80’s e outras, dando oportunidade para tirar algumas fotografias e para os conhecer melhor. Sem dúvida, muito mais que um concerto!

Rafael Baptista

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Rita Miguel

- O que andas a ouvir? Habitualmente ouço muita música dos anos 60, mas de momento também tenho na minha play-list: Liars (culpa do filme 50/50), Alexi Murdoch, Ellie Goulding, Iron&Wine e Lana Del Rey. Em mo-mentos muito específicos ouço Kanye West (sim, eu gosto!) e Skrillex.

- Um álbum: o álbum que mais me marcou nos últimos anos e que ouvi em repeat até ao limiar da loucura: “XX” dos The XX. Antes desse foi o “Is This It” dos The Strokes.

- Concerto: não um, mas três: The Strokes, The Kill-ers e Muse no Rock in Rio 2008.

Rapidinhas do Núcleo

Inês Matos

- O que andas a ouvir? Fugazi, The Replacements, Twin Shadow, Cults, Bon Iver, James Blake, o You and Me dos The Walk-men, os últimos de Girls e Kurt Vile e, muito re-centemente, Jónsi para a banda-sonora de “We Bought a Zoo”.

- Um álbum: Grace, de Jeff Buckley. Houve um ano em que comi este disco ao pequeno-almoço, almoço e jantar. É raríssimo encontrar um artista que conjugue uma capacidade interpretativa e lírica, destreza na guitarra e presença em palco como Buckley tinha. Um disco perfeito e intempo-ral que revisito de tempos a tempos (e que só me custou 8,80 euros!).

- Um concerto: Arctic Monkeys no Coliseu de Lis-boa, em 2007. O entusiasmo de veres a tua banda favorita a tocar ao vivo as músicas que compuser-am o teu secundário é absolutamente irrepetível. Para a memória ficaram temas como “A Certain Romance”, “Fake Tales of San Francisco” e “Mardy Bum”, assim como um borbulhento Alex Turner curvado sobre a sua guitarra, que ninguém diria ter enfrentado a multidão de Glastonbury pouco menos de um mês antes.

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24 Rodrigo Leão Centro Cultural de Belém

27 Jana Winderen + CM von Hausswolff Teatro Nacional Maria Matos

Núcleo de Rádio AEFFUL |[email protected] http://www.facebook.com/Nucleo.de.radio.AEFFUL|http://www.myspace.com/nucleoradioaefful

Agenda

6 Forever King of Pop Campo Pequeno

7 Forever King of Pop Campo Pequeno

17 LMFAO Coliseu dos Recreios

18 No Fun at All + Atlas Losing Grip + Lula-belhas Santiago Alquimista

19 Kylesa + Circle Takes The Square + KEN Mode Santiago Alquimista

20 Pedro Abrunhosa Coliseu dos Recreios

21 Orelha Negra Centro Cultural de Belém

21 Male Bonding + Machine Drum MusicBox

22 Mastodon + Red Fang Coliseu dos Recreios

Janeiro