O Bandeirante - n.183 - Fevereiro de 2008

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Informativo Mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores Regional do Estado de São Paulo Ano XVI - nº. 183 - FEVEREIRO de 2008 Redação: [email protected] - (11) 9182-4815 OBandeirante Jornal Língua portuguesa e particularidades de sua ortografia Helio Begliomini* *Médico urologista e Presidente da SOBRAMES-SP “O escritor original não é aquele que não imita ninguém, mas sim aquele que ninguém pode imitar”. François René de Chateaubriand (1768-1848), escritor francês. O Brasil caracteriza-se por ter uma sociedade urbana, uma vez que apenas 16% de sua população estão no campo. Contrariamente, esse percentual é de 71% na Índia e 60% na China. O Brasil, país-continente, quinto maior em extensão territorial do globo terrestre, oferece notável homogeneidade cultural. Apesar dos discretos regionalismos, o português é falado em toda a sua extensão territorial e inexistem dialetos. Ao contrário, na China, além do mandarim, como língua oficial, existem pelo menos 53 idiomas nacionais e mais de cem dialetos! Por sua vez, na Índia, há dezesseis línguas oficiais e 844 dialetos! O português é a quinta língua mais falada no mundo (!), perdendo apenas para o mandarim (chinês) e o pequinês, sua variante dialetal; para o inglês; o espanhol e o hindi. O português é falado por cerca de 4% dos seis bilhões de habitantes da população mundial. Esse número sobe para 12% se levar- se em consideração apenas o mundo ocidental, onde existe a maior porção da riqueza e de desenvolvimento tecnológico do planeta. No continente Americano, é expresso por 1/5 da população (22%); na América do Sul e Central juntas, 43%; e, exclusivamente na América do Sul, por 51% dos 328 milhões de habitantes. O idioma português possui acentuação gráfica que serve para informar a correta leitura das palavras. Os acentos podem indicar a intensidade e, outros, a leitura correta das palavras, ou seja, se a pronúncia é aberta ou fechada. Como exemplos, têm-se verbos que, na dependência da acentuação e da frase, podem-se tornar substantivos ou adjetivos: ela critica (verbo); a crítica foi suave (substantivo); ou ela é uma pessoa crítica (adjetivo). Outros exemplos são: eu publico/ local público; eu me exercito/ o exército; ela pacifica/ela é pacífica; eu pratico/ ele é prático; eu habito ali/esse é o hábito franciscano; o trânsito vitima/ ela foi vítima do trânsito; eu transito/o trânsito; a bandeira tremula/ a mão trêmula; ele duvida/qual é a sua dúvida? etc. Entretanto, a língua portuguesa é preponderantemente paroxítona, ou seja, possui palavras que não necessitam de acentuação gráfica. Existem milhares de palavras que possuem pronúncia forte ou tonicidade na penúltima sílaba: carvalho, escrevo, amamos, cama, horas, mesa, cadeira, claro, clareza, varia, carinho, escuro, direito, correto, certo, advogado, soco, bolo, tolo, mofo etc. Há, outrossim, palavras nas quais o acento tônico ocorre na última sílaba. São as oxítonas terminadas em i , u, r, l , ao, ã, sendo exemplos ali, caju, valor, papel, cartel, acharão, falarão, manhã, maçã etc. Como se vê, o acento gráfico é a exceção. Por vezes, ele é colocado para diferenciar a significação de vocábulos, tais como sabiá (pássaro) de sabia (verbo); maio (mês) de maiô (roupa de banho); Pelé (nome, apelido) de pele (órgão de revestimento). Coloca-se acento agudo ou circunflexo nas palavras oxítonas terminadas em a, e, o seguidas ou não de s. Exemplos: avôs, avós , português , norueguês , Iaiá, dominó , jacarés , cachê , cajá. Nesta regra, incluem-se as formas verbais seguidas de pronomes: contatá-lo, amá-la; dizê-lo, odiá-lo; fá-lo-ei ; fê-los , movê-las-íamos , pô-los , qué-los , dá-nos . Em monossílabos tônicos (com pronúncia forte), coloca-se acento agudo nas palavras que terminam em a, e, o abertos, e com acento circunflexo os que acabam em e, o fechado, sendo exemplos: pá, pó, pé, pás, pós, pés, dê, dês, vô, vôs, Sé, lá, lê, dá, nó, nós, vó, vós. Coloca-se acento agudo no e de palavras oxítonas cuja terminação é em ou ens : alguém, também, além, desdém, porém, nenéns . Diferenciam-se de vocábulos paroxítonos com a mesma terminação e que não precisam ser acentuados: imagem, cosem, cedem, garagem, viagem, plumagem, nuvem, item, jovem, totem. Quando a palavra é monossílaba é desnecessário acentuá-la: tem, cem, nem, vem, sem, quem, bem, trem, tens, vens, bens. Vocábulos oxítonos terminados em i e u só necessitam acentuação quando estiverem sozinhos na sílaba. Sem acentuação: aqui, ri , vau, gurupi , bambu, peru, urubus , mau, nau, feri-lo, caju, admiti-lo , abri-la , permiti-nos , garanti-lo , persegui-los , consegui-las , muni-los , fingi-lo . Com acentuação: baú , Emaús, atraí-la, distribuí-los , distraí-la, subtraí-las , destruí-lo, instruí- la , constituí-lo , traí-las , atraí-lo . O acento serve também para diferenciar tempos verbais: ele sai de eu saí; ela cai de eu caí; dai-nos de daí disse-nos; ele conclui de eu concluí; ai de aí. Os vocábulos proparoxítonos , cuja acentuação tônica recai sobre a antepenúltima sílaba, necessitam de acentuação gráfica . Entretanto, constituem a minoria em nosso vernáculo. São exemplos: médico, tíquete, rubéola, fac-símile, ácido, lâmpada, ênfase, câmara, fenômeno, pêssego, êxito, estereótipo, rubéola, revólveres etc. Ademais, muitos verbos na primeira pessoa do plural tornam-se proparoxítonos, devendo levar acentuação gráfica: fôssemos , saíamos , levávamos, dispúnhamos, perdíamos, éramos, quiséssemos. Na ortografia correta, deve-se também acentuar os nomes próprios proparoxítonos: Angélica, Ângelo, Jéferson, Cícero, Róbinson, Amábile, Émerson, Éverton, Eurídice, Rosângela etc. Entretanto, o que deve prevalecer é o modo como foi registrado em Cartório. O idioma português escorreito não é de fácil aprendizado, assimilação e domínio, haja vista sua multiplicidade de regras e tempos verbais. Entretanto, é aí que residem sua beleza, versatilidade e riqueza de expressão. Inexiste escritor sem idioma e idioma sem escritor. A propósito, Pietro Bembo (1470-1547), literato italiano, cinco séculos atrás, brilhantemente asseverou: “Não se pode chamar realmente de língua ao idioma que não possui escritor”.

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Informativo Mensal da Sociedade Brasileira de Médicos EscritoresRegional do Estado de São PauloAno XVI - nº. 183 - FEVEREIRO de 2008

Redação: [email protected] - (11) 9182-4815

OBandeiranteJornal

Língua portuguesae particularidades de sua ortografia

Helio Begliomini*

*Médico urologista e Presidente da SOBRAMES-SP

“O escritor original não é aquele que não imita ninguém, mas sim aquele que ninguém pode imitar”.

François René de Chateaubriand (1768-1848), escritor francês.

O Brasil caracteriza-se por ter uma sociedade urbana, uma vezque apenas 16% de sua população estão no campo. Contrariamente, essepercentual é de 71% na Índia e 60% na China.

O Brasil, país-continente, quinto maior em extensão territorialdo globo terrestre, oferece notável homogeneidade cultural. Apesar dosdiscretos regionalismos, o português é falado em toda a sua extensãoterritorial e inexistem dialetos. Ao contrário, na China, além domandarim, como língua oficial, existem pelo menos 53 idiomas nacionaise mais de cem dialetos! Por sua vez, na Índia, há dezesseis línguas oficiaise 844 dialetos!

O português é a quinta língua mais falada no mundo (!), perdendoapenas para o mandarim (chinês) e o pequinês, sua variante dialetal; parao inglês; o espanhol e o hindi.

O português é falado por cerca de 4% dos seis bilhões dehabitantes da população mundial. Esse número sobe para 12% se levar-se em consideração apenas o mundo ocidental, onde existe a maiorporção da riqueza e de desenvolvimento tecnológico do planeta. Nocontinente Americano, é expresso por 1/5 da população (22%); naAmérica do Sul e Central juntas, 43%; e, exclusivamente na América doSul, por 51% dos 328 milhões de habitantes.

O idioma português possui acentuação gráfica que serve parainformar a correta leitura das palavras. Os acentos podem indicar aintensidade e, outros, a leitura correta das palavras, ou seja, se a pronúnciaé aberta ou fechada. Como exemplos, têm-se verbos que, na dependênciada acentuação e da frase, podem-se tornar substantivos ou adjetivos: elacritica (verbo); a crítica foi suave (substantivo); ou ela é uma pessoacrítica (adjetivo). Outros exemplos são: eu publico/local público; eume exercito/o exército; ela pacifica/ela é pacífica; eu pratico/ele éprático; eu habito ali/esse é o hábito franciscano; o trânsito vitima/ela foi vítima do trânsito; eu transito/o trânsito; a bandeira tremula/a mão trêmula; ele duvida/qual é a sua dúvida? etc.

Entretanto, a língua portuguesa é preponderantementeparoxítona, ou seja, possui palavras que não necessitam de acentuaçãográfica. Existem milhares de palavras que possuem pronúncia forte outonicidade na penúltima sílaba: carvalho, escrevo, amamos, cama, horas,mesa, cadeira, claro, clareza, varia, carinho, escuro, direito, correto,certo, advogado, soco, bolo, tolo, mofo etc.

Há, outrossim, palavras nas quais o acento tônico ocorre naúltima sílaba. São as oxítonas terminadas em i, u, r, l, ao, ã, sendoexemplos ali, caju, valor, papel, cartel, acharão, falarão, manhã, maçãetc. Como se vê, o acento gráfico é a exceção. Por vezes, ele é colocadopara diferenciar a significação de vocábulos, tais como sabiá (pássaro)de sabia (verbo); maio (mês) de maiô (roupa de banho); Pelé (nome,apelido) de pele (órgão de revestimento).

Coloca-se acento agudo ou circunflexo nas palavras oxítonasterminadas em a, e, o seguidas ou não de s. Exemplos: avôs, avós,português, norueguês, Iaiá, dominó, jacarés, cachê, cajá. Nestaregra, incluem-se as formas verbais seguidas de pronomes: contatá-lo,

amá-la; dizê-lo, odiá-lo; fá-lo-ei; fê-los, movê-las-íamos, pô-los,qué-los, dá-nos.

Em monossílabos tônicos (com pronúncia forte), coloca-seacento agudo nas palavras que terminam em a, e, o abertos, e comacento circunflexo os que acabam em e, o fechado, sendo exemplos: pá,pó, pé, pás, pós, pés, dê, dês, vô, vôs, Sé, lá, lê, dá, nó, nós, vó, vós.

Coloca-se acento agudo no e de palavras oxítonas cujaterminação é em ou ens: alguém, também, além, desdém, porém,nenéns. Diferenciam-se de vocábulos paroxítonos com a mesmaterminação e que não precisam ser acentuados: imagem, cosem, cedem,garagem, viagem, plumagem, nuvem, item, jovem, totem. Quandoa palavra é monossílaba é desnecessário acentuá-la: tem, cem, nem,vem, sem, quem, bem, trem, tens, vens, bens.

Vocábulos oxítonos terminados em i e u só necessitamacentuação quando estiverem sozinhos na sílaba. Sem acentuação: aqui,ri, vau, gurupi, bambu, peru, urubus, mau, nau, feri-lo, caju,admiti-lo, abri-la, permiti-nos, garanti-lo, persegui-los ,consegui-las, muni-los, fingi-lo. Com acentuação: baú, Emaús,atraí-la, distribuí-los, distraí-la, subtraí-las, destruí-lo, instruí-la, constituí-lo, traí-las, atraí-lo. O acento serve também paradiferenciar tempos verbais: ele sai de eu saí; ela cai de eu caí; dai-nosde daí disse-nos; ele conclui de eu concluí; ai de aí.

Os vocábulos proparoxítonos, cuja acentuação tônica recaisobre a antepenúltima sílaba, necessitam de acentuação gráfica.Entretanto, constituem a minoria em nosso vernáculo. São exemplos:médico, tíquete, rubéola, fac-símile, ácido, lâmpada, ênfase, câmara,fenômeno, pêssego, êxito, estereótipo, rubéola, revólveres etc. Ademais,muitos verbos na primeira pessoa do plural tornam-se proparoxítonos,devendo levar acentuação gráfica: fôssemos, saíamos, levávamos,dispúnhamos, perdíamos, éramos, quiséssemos.

Na ortografia correta, deve-se também acentuar os nomespróprios proparoxítonos: Angélica, Ângelo, Jéferson, Cícero, Róbinson,Amábile, Émerson, Éverton, Eurídice, Rosângela etc. Entretanto, o quedeve prevalecer é o modo como foi registrado em Cartório. O idiomaportuguês escorreito não é de fácil aprendizado, assimilação e domínio,haja vista sua multiplicidade de regras e tempos verbais. Entretanto, é aíque residem sua beleza, versatilidade e riqueza de expressão.

Inexiste escritor sem idioma e idioma sem escritor. A propósito,Pietro Bembo (1470-1547), literato italiano, cinco séculos atrás,brilhantemente asseverou: “Não se pode chamar realmente de línguaao idioma que não possui escritor”.

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Jornal O BandeiranteANO XVI - nº. 183 - Fevereiro 2008

Publicação mensal da SOBRAMES-SP -Sociedade Brasileira de MédicosEscritores - Regional do Estado de São Paulo

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Editores: Flerts Nebó, Marcos GimenesSalun.Redatores: Helio Begliomini, MarcosGimenes Salun, Flerts Nebó.Revisão: Ligia Terezinha Pezzuto(MTb 17.671 - SP).Jornalista Responsável: Marcos GimenesSalun - (MTb 20.405 - SP).Redação e Correspondência: Av.Prof.Sylla Mattos, 652 - ap. 12 - Jardim SantaCruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010.E-mail: [email protected].: (11) 9182-4815 / 6331-1351

Colaboradores desta edição: WalterWhitton Harris, Michel Herbert AlvesFlorêncio, Carlos Alberto Ferriani, AntonioCarlos Lima Pompeo, Carlos AugustoFerreira Galvão, Thereza Freire Vieira,Josyanne Rita de Arruda Franco.

Diretoria - Gestão 2007/2008 - Presidente:Helio Begliomini; Vice-Presidente:Josyanne Rita de Arruda Franco; Primeiro-Secretário: Maria do Céu Coutinho Louzã;Segundo-Secretário: Evanir da SilvaCarvalho; Primeiro-Tesoureiro: MarcosGimenes Salun; Segundo-Tesoureiro: LigiaTerezinha Pezzuto; Conselho FiscalEfetivos: Flerts Nebó, Arary da Cruz Tiriba,Luiz Jorge Ferreira; Conselho FiscalSuplentes: Carlos Augusto Ferreira Galvão;Geováh Paulo da Cruz; Helmut AdolfMataré.

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editorial

Os critérios para publicaçãoFreqüentemente sou abordado

pelos autores acerca dos critérios queutilizo para a seleção e publicação dostextos literários no suplemento mensal.Na maioria das vezes, eles insinuamapenas: “faz tempo que não publicamnenhum texto meu”. Ou então queixam-se de maneira velada que os editores têmprivilegiado mais um autor do que outroe que seus trabalhos têm sido preteridos.

Desde que assumi a co-editoria dojornal “O Bandeirante” em fevereiro de2001, em parceria com Flerts Nebó, temsido minha a responsabilidade deselecionar os textos que mensalmente irãocompor o Suplemento Literário. Paratanto, tenho procurado adotar oscritérios mais justos possíveis para quetodos os autores tenham iguais opor-tunidades de publicação.

Contudo e, como esses critériosnem sempre transparecem ou não sãodivulgados a todo instante, sempre é bomque se pontuem os principais deles, paraque não pairem dúvidas.

Em primeiro lugar, é dada prefe-rência à publicação dos textos dosassociados que estejam em dia com atesouraria. A média de pagantes anual temsido de cerca de 50 associados. Boa partedesses autores apresenta seus textos nasPizzas Literárias e disponibiliza-os parapublicação mensalmente. Muitos outrosautores remetem-nos seus textos por

correio ou por e-mail, o que propicia umaquantidade bastante expressiva de textosaguardando publicação .

Ocorre que o espaço disponívelpara os textos em nosso suplemento é de4 páginas mensais, comportando apublicação de cerca de 8 a 10 autores acada edição. É fácil fazer as contas everificar que, para que se publique atodos em igualdade de condições,demandará algum tempo entre umaaparição e outra. É importante salientarainda a dificuldade de edição de textosmuito longos, que ocupariam váriaspáginas para um só autor em detrimentode outros. Ressalte-se, finalmente, queos textos premiados em nossosconcursos anuais ou na Superpizza sãopublicados no Suplemento indepen-dentemente do “rodízio” de autores feitopara melhor atender aos parâmetrosacima mencionados.

A missão do editor, portanto, nãoé das mais fáceis, pois além disso tudo,também deve ter em foco que a Sobramesé uma Sociedade formada por amantesda literatura amadora. Ao editor cabe, namedida do possível, dar conta dosobjetivos estatutários dessa entidade,qual seja a de incentivar a todos osautores, proporcionando-lhes a justadivulgação e promoção de seu diletantetrabalho literário.

Marcos Gimenes Salun

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3O Bandeirante - Fevereiro de 2008 - SUPLEMENTO LITERÁRIO

SO calendário e o ano bissextoWalter Whitton HarrisMédico ortopedista - São Paulo - SP

SENDO 2008 UM ANO BISSEXTO, interessou-mepesquisar sua origem, razão de ser e, ao mesmo tempo, estudaro calendário que adotamos.

Desde os tempos mais remotos, existiram calendários,devido à necessidade do Homem de contar o tempo e àobservação do dia e da noite, e das estações do ano. Muitoscalendários passavam de pais para filhos oralmente, quandoainda não existia a escrita e, mais tarde, havendo-a, baseou-sefreqüentemente na ascensão dos monarcas, levando a enormesconfusões na cronologia da história da humanidade.

Havia grandes dificuldades para sua adequação,justamente porque a duração do dia e de um mês não é ummúltiplo exato, resultando num ano inexato.

Muitos séculos antes de Cristo, os egípcios já utilizavamum ano de 360 dias que se iniciava com a enchente anual doNilo. A cada 4 anos, começaram a adicionar um dia, depois dededuzirem que um ano correspondia a 365,25 dias.

Em 46 a.C., o Imperador Júlio César (Gaius Julius Caesar,102-44 a.C.) reformou o calendário existente em Roma, no qualse introduzia um 13º. mês sempre que se achava necessário e,assim, surgiu o Calendário Juliano, com 12 meses em que, acada 4 anos, havia um ano de 366 dias. Esse calendário foiadotado na Europa por cerca de 1500 anos.

Foi observado que, apesar da correção a cada 4 anos, oCalendário Juliano não era preciso, pois o ano apresentava 11minutos e 14 segundos a mais em relação ao Ano Solar. Com opassar do tempo, essa diferença afetava as datas do início dasestações e dos festivais religiosos.

Em 1582, o Papa Gregório XIII (1502-1585), após váriosestudos juntamente com astrônomos e matemáticos, modificouo Calendário Juliano e elaborou o Calendário Gregoriano, que éutilizado até os dias de hoje. Através de muitos erros e acertos,chegou-se à seguinte regra, que é seguida desde então: “Serábissexto todo ano cujo número seja divisível por 4 e não divisívelpor 100, sendo também bissexto os anos divisíveis por 400”.

Como o Ano Juliano é mais longo que o Ano Solar, nofinal de um século há um excesso cerca de ¾ de um dia. Em 4séculos, essa diferença corresponde a aproximadamente 3 dias.Como a cada 4 anos há um ano bissexto, em cada 400 anosteríamos 100 bissextos. Considerando-se que os diasexcedentes seriam introduzidos nos futuros anos bissextos, asolução ao problema foi de eliminar 3 anos bissextos para seeliminar os 3 dias excedentes, ou seja, a partir de 1582 somentepoderiam existir 97 anos bissextos a cada 400 anos. Escolheu-se então retirar os anos bissextos divisíveis por 100 (que seriam4), mas para poder retirar apenas 3, manteve-se o único anobissexto divisível por 400. Por esse motivo, um em cada 4 anosde fim de século é considerado ano bissexto, mas tão somentese for divisível por 400. Os anos de 1700, 1800, 1900 não foramanos bissextos, assim como 2100 não o será, porém 1600 e 2000foram bissextos, por serem divisíveis por 400. A engenhosidadepara resolver esse problema talvez seja um dos cálculos maisbrilhantes do século XVI.

Quando Júlio César introduziu seu calendário em 46 a.C.,ele fez com que o ano se iniciasse em 1º. de janeiro, mas nemsempre foi assim. A Igreja não gostava das festividades quasepagãs que ocorriam no Ano Novo e, em 567 d.C., o Concílio deTours declarou que iniciar o ano em 1º. de janeiro era um erroque precisava ser corrigido. Durante a Idade Média, várias datasforam usadas, gerando muitos problemas de interpretação.

Apesar de representar um avanço, e muitos paísesadotarem o Calendário Gregoriano, principalmente os paísesprotestantes demoraram para aceitá-lo. Na Alemanha só foiadotado no século XVII, e países europeus como Dinamarca,Finlândia, Noruega e Suécia, no séc. XVIII. Curiosamente, naInglaterra (e não na Escócia), o ano histórico começava em 1º.de janeiro e o ano litúrgico iniciava-se no primeiro dia doAdvento (quatro semanas antes do Natal). No entanto, o anocivil variou muito: do século VII ao século XII, começava em 25de dezembro; do século XII até 1751, em 25 de março. Somenteapós 1752, quando se adotou o Calendário Gregoriano,oficializou-se a data de 1º. de janeiro. Vários países só adotaramesse calendário no século XX, como Bulgária, Grécia, Iugoslávia,Romênia, Turquia e União Soviética. Na China foi aceito paravigorar simultaneamente com o calendário tradicional chinês.No Brasil, colônia de Portugal, então sob domínio da Espanha,passou a vigorar em 1582, data em que fora instituído peloPapa Gregório XIII.

É interessante saber a forma inglesa de chamar-se o anobissexto: leap year. Ao pé da letra, significa “o ano que pula”.Cogita-se que deriva do fato de que os festivais, após o diaintercalado (29 de fevereiro), “pulam” um dia à frente.

O antigo calendário romano apresentava três dias fixosno mês, baseados no ciclo lunar e um mês era dividido em trêspartes, separadas por calendas (lua nova), nonas (quartocrescente) e idos (lua cheia). Os demais dias eram contados detrás para a frente em relação ao dia fixo subseqüente. O dia 2 dejaneiro, por exemplo, era antediem IV nonas januarii, “quatrodias antes da nona de janeiro”, o dia 3 de fevereiro, antediemIII nonas februarii, ou seja “três dias antes da nona defevereiro” e assim por diante. Obviamente, calendas resultouno termo “calendário”.

Júlio César não inventou um novo dia (como existe hojeo dia 29 de fevereiro) para compensar o dia a mais a cada 4anos, mas escolheu, aleatoriamente, o dia 24 de fevereiro paraser repetido novamente. Esse dia, em latim, chamava-se bissextum antediem calendas martii, “o segundo sexto dia antesdas calendas de março”. Daí a origem do termo bissexto.

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S

AA nuvem e euMichel Herbert Alves Florêncio

Médico pediatra - São Luiz - MA

SUPLEMENTO LITERÁRIO - O Bandeirante - Fevereiro de 20084

A 10 mil pés, voando do norte ao sul do Brasilneste imenso céu azulconsegui enfim extrair de ti, além das gotas da chuva,a tua essência.

Notei-te tão pertinho de mim, ora homogênea, pura e límpida,leve plenitude que segue, sem destino.Ora densa, escura, informe e resistente ao vento, como eu.

Ora divinamente útil e até suficientemente sábiapara assim poder abrandar a ira do sol.Ora revolta, uma verdadeira inversão do mar,que deságua torrentes naufragando na terra,culpados inocentes.

Tal qual a nuvem, multiforme em suas várias dimensões,tento harmonizar na minha inquietude,a terra, o mar e o céu,em chuvas de versos em linhas de qualquer papel.

Assim como a nuvem, evaporo-me neste torrãotranspasso em muito ares sem perder jamaisde vista a minha missão.Sou a própria substância em sentimentosque inesperadamente se decompõe em gotastrazendo refrigério ao mais ambígüo coração.Está aí, enfim, a minha vocação.

Sentado na redeNuma travessia sem mágoa

Umbilical e iluminadaSem pedir licença ao passado

Procuro a causa da solidãoQue se faz chegar

E que me torna mar

E morto de sedeComo quando nem toda a água

Basta a saciar ou se faz dadaE o tão castigo consumado

Entranha na minha imensidãoFico a navegar

Areia à beira-mar

Nem toda a luzQue invade vísceras e peleAmortiza o breu da alma que ardeTalvez a dor da falta do filhoQue parte por ter razão de irExplique esse vazioCause tanto desvario

Mas vida reluzDo oceano impeleDesenhado pelas ondas do fim de tardeEntão resgato calma e brilhoPela só doçura do existirVou paz no homizioVou pois, menos sombrio

FugidioCarlos Alberto Ferriani

Cirurgião plástico - Ribeirão Preto - SP

Page 5: O Bandeirante - n.183 - Fevereiro de 2008

A

O

5O Bandeirante - Fevereiro de 2008 - SUPLEMENTO LITERÁRIO

O “quase” linchamentodo delegado

Antonio Carlos Lima PompeoMédico urologista - São Paulo - SP

SurrealCarlos Augusto Ferreira GalvãoMédico psiquiatra - São Paulo - SP

O costume de fazer a lei pela força permaneceupor muitos anos em nossa cidade (Mogi-Guaçu). Teveorigem, provavelmente, na época em que os bandeirantespor aqui paravam para descanso ou abastecimento. Asfamílias constituíam clãs em que o “apoio” a todos dogrupo era irrestrito, independentemente de os valoresestarem certos ou não.

Os delegados em geral eram forasteiros, ficavampouco tempo por aqui e tinham um poder de decisãoinimaginável. Com grande autonomia, prendiam, puniam,soltavam. Pois bem! Um desses delegados, recém-chegado (início dos anos 50 do século XX), que moravacom sua esposa muito próximo da loja de meu avô, ordenoua prisão de um senhor de mais ou menos setenta anos,por motivo aparentemente fútil. Na delegacia, puniu ocidadão com agressões físicas, comuns na época (costumeque teve seu auge anos depois com a mudança do regime).

A família e concidadãos resolveram vingar-se dodelegado. Aguardaram sua saída da cadeia no final datarde e, como um enxame de abelhas, caíram sobre ele,que tentava escapar, gritando e correndo de formadesordenada. Os poucos policiais nada puderam fazer,ficando também imobilizados.

Graças ao bom senso de alguns cidadãos, queimpediram que o massacre fosse concluído, o pobredelegado conseguiu sair com vida. Daí em diante, a forçapolicial ganhou mais elementos, e os futuros homens dalei foram instruídos a lidar com mais discernimento comos habitantes. Da loja do meu avô, que cerrou as portas egritava para que poupassem a vida do delegado, assistiapavorado a esse triste episódio.

A espuma do espumante grita no meu copoCheiro de patchuli em Sampa e a chuva caiChoro pizza com seu riso gordurosoO espumante passa zarpando na garganta

Sobrames acabanadaColeção de neurônios literáriosAçúcar em água, drama, comédiaTeatro paulistano, delícia cultural

O avião caiu em nossa cabeçaSão Paulo esmaga-me em trapaçaAventuras, daqui a pouco, à beçaTem ternura aqui em Sampa, bela cachaça.

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Q

O SUPLEMENTO LITERÁRIO - O Bandeirante - Fevereiro de 20086

Os mal-amadosThereza Freire VieiraMédica geriatra - Taubaté - SP

Os meninos de rua, abandonados,enjeitados, mal-amados, miseráveis

que perderam a esperança, o direito de sonhar.Das migalhas que ganham na rua,

com esmolar, com pequenos furtosnão matam a fome com alimentos

mas sim com a cola, o craque, a maconhapara tapear o abandono e a falta de amor.

Esses nunca foram crianças!São velhos na mais tenra idade, são desiludidos,

que da vida apenas esperam...serem apanhados pela polícia,

levados ao juizado de menores,serem encurralados na FEBEM,

que nada tem a oferecer...Nem espaço, nem conforto, nem estudo.

Existe apenas um aprendizado especializado,como uma pós-graduação que os bacanas

buscam nas universidades e ali lhes é dado...É o aprendizado do crime, dos desvios sexuais

da marginalidade, do ódio e da revolta.E quando voltar à sociedade

com a especialização completa,será uma fera invencível!

Qual é a minha cidade?É um espaço no meu pensamento,É um sonho que se disfarçouNo sentido do meu sentimento?

Cadê a minha cidade?Vive cercada de folguedosQue me adornam as lembranças,Camuflando os meus segredos?

Em que galáxia está?Na constelação de mil flores,Nos aromas divinais,no deslumbrar de mil cores?

Será que deixou de existirOu nunca passou do desejoDe um cigano a suplicarUm rumo, um norte, um cortejo?

Não sei mais onde ela está,Só sei que me olha e eu a vejoCá dentro do peito a gritarQue é o porto seguro de um beijo!

GirândolasJosyanne Rita de Arruda Franco

Médica pediatra e psicanalista - Jundiaí - SP

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7O Bandeirante - Fevereiro de 2008

estante

Esta seção tem como objetivo divulgar e promover a venda dos livros dos associados adimplentes. Para participar, os autoresinteressados devem enviar as seguintes informações sobre os livros que pretendam divulgar: Título, Editora, Ano e Cidade da

Publicação, Nº. de Páginas, Preço, Forma de contato e aquisição e um arquivo magnético, contendo a foto da capa do livro (extensãoJPG). São dispensadas essas informações caso o livro já esteja disponível no acervo da SOBRAMES-SP. Opcionalmente o autor poderá

também enviar o livro, ainda que por empréstimo, para a redação do jornal. O envio do material, assim como de notícias, publicações ouinformações sobre lançamentos de livros deve ser feito para: Jornal “O Bandeirante” - Redação: Av. Prof.Sylla Mattos, 652 - ap.12Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010 - Também serão recebidas as informações pelo e-mail: [email protected].

Fragmentos de umahistóriaLuiz Barreto - Ediçãodo autor - 2000 -Recife - PE - 184 p.

O médico Luiz de Gonzaga BragaBarreto, ex-presidente da Sobrames-PE, sempre manteve uma séria ededicada atenção para os assuntos daSociedade Brasileira de MédicosEscritores. Foi com esse espírito queele brindou os leitores, em 2000, comuma obra de inegável valor históricopara a Sobrames, ao registrar toda atrajetória da regional pernambucanadesde sua fundação e até aquele ano.Com imparcialidade e baseado emacervo documental, Barreto alinhavoue registrou, nessa importante obra, ahistória da regional que já dirigiu.Leitura recomendada para quempretende conhecer melhor aSobrames. Contatos: Rua AlfredoPereira Borba, 21 - ap.701CEP 50720-190 - Recife - PE

Uma família paulistaLeda Galvão deAvelar Pires - Ediçãodo autor - 2007 -Botucatu - SP - 318 p.

Nesta obra Leda Galvão coloca commaestria literária suas memórias esuas pesquisas nos relatos da família,reconstituindo os episódios,enriquecendo-os com as informaçõesdo contexto histórico e social daépoca. Nas entrelinhas de “UmaFamília Paulista”, surge o retrato devárias épocas, lições de vida esabedoria popular de que “não existeproblema que não possa serresolvido”. Leda é membro daAcademia Botucatuense de Letras eparticipou ativamente da VI JornadaMédico-Literária Paulista realizada nacidade de Botucatu em 2001, além decolaborar eventualmente comatividades da SOBRAMES. Parainformações e aquisições enviee-mail: [email protected]

Orações, Salmos ePoesias - o verboem ebulição MichelHerbert - Edição doautor - 2007 - SãoLuís - MA - 112 p.

O projeto é de 2001, mas só agoravem a lume a poesia deste médicopediatra maranhense, numa obrasingela, plena de fé e de lirismo, quedesde logo contagia os leitores.Trata-se de uma leitura leve, masprofunda, onde os temas sãoabordados de forma inteligente numalinguagem que cativa o leitor desdeos primeiros momentos. O próprioautor avisa: “Procurei brincar com aspalavras, ousei fazer novos conceitos,fiquei livre e voei em meuspensamentos.” O livro, que foiprefaciado por Walter Harris, poderáser adquirido diretamente com oautor, que destina 20% do valorarrecadado para as Missões Munidias.Para contatos e informações, escrevapara [email protected]

registro

falecimentoCom pesar registramos o falecimento doSr.Hamilton Osório, marido da vice-presidente da Sobrames - SP, Dra.Josyanne Rita de Arruda Franco, ocorridono último dia 06.02.2008. Aos familiaresenlutados, manifestamos nossas maissinceras condolências.

,tam-bém

tiriba na imprensaNosso associado e membro daatual diretoria, Dr. Arary daCruz Tiriba, teve publicadosrecentemente dois artigos de

sua autoria na imprensa: 1. Na edição de 22.01.2008 do jornal “O Estado de São Paulo”,na coluna Espaço Aberto, o artigo “Febre amarela ontem e hoje”; 2. Na revista“Diagnósticos e Tratamentos”, edição de dezembro de 2007, a crônica “Memória: a dopaciente e a do médico”.

visita a tatianaTatiana Belinky, membrohonorário da SOBRAMES-SP, foi visitada em 26 de

janeiro pelo confradeWalter Harris. Encontra-se muito bem e, com seus89 anos de idade, acabou

de lançar mais um livro infantil de nome“Limeriques sobre Cocanha”, refente ao

país imaginário europeu utópico Cocagne.Pediu para mandar um forte abraço a

todos os associados, desejando-lhes um2008 repleto de realizações.

a voz da poesiaChegou mais uma vez em nossa caixa decorreio uma edição do jornal “A Voz daPoesia”, publicação do Movimento PoéticoNacional. Trata-se da edição nº. 79, ondese registra, dentre outras poesias, osversos de nosso confrade Hélio J. Déstro.

michel de voltaCom grande satisfação,anunciamos o retorno,ao quadro deassociados ativos daSobrames-SP, do médicopediatra Michel HerbertAlves Florêncio,

atualmente residindo em São Luís - MA. Opoeta Michel havia ingressado na regionalpaulista no ano 2000, mas pornecessidade de atividades profissionaisacabou ficando ausente por algum tempo.Agora volta ao nosso convívio literário,para gáudio de todos os confrades.

Ceará sediará XXIICongresso Brasileiro

De 4 a 7 de junho, a cidade deFortaleza sediará o XXII CongressoBrasileiro de Médicos Escritores e o IIIComitê Feminino da SOBRAMES. Asinscrições já estão abertas. O eventoacontecerá no Ponta Mar Hotel e asreservas e informações sobre preços dopacote podem ser obtidas através dos [email protected] [email protected].

A programação cultural incluisessões de temas livres (prosa e poesia),mesas redondas, conferências e palestras.A regional de São Paulo já está organizandosua caravana para participação no evento.O material informativo está sendo enviadopor e-mail aos associados paulistas, quedevem inscrever seus trabalhos até 31 demarço. Maiores informações podem serobtidas diretamente com a comissãoorganizadora do Congresso, através do e-mail [email protected] ou pelotel./fax (85) 3244-3807.

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agenda

O Bandeirante - Fevereiro de 20088

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Você já pagou suaanuidade de 2008?

Foi fixado emR$140,00 (cento equarenta reais) o valorda anuidade de 2008.Essa quantia é válidapara os que efetuaremo pagamento até o dia31.03.2008. A partir de1º. de abril, o valorpassa a ser de R$ 170,00 (cento esetenta reais).

Os pagamentos podem ser feitosdurante as Pizzas Literárias ou atravésdo envio de cheque cruzado, nominalà SOBRAMES-SP, para o endereço doatual tesoureiro:

Marcos Gimenes SalunAv. Prof. Sylla Mattos, 652 - ap.12Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP

CEP - 04182-010

Até o fechamento desta edição,já haviam contribuído:Aida Lúcia PullinDal Sasso Begliomini, Arary da CruzTiriba, Carlos Augusto Ferreira Galvão,Geováh Paulo da Cruz, Hélio Begliomini,Hélio José Déstro, José Jucovsky, JoséRodrigues Louzã, Ligia TerezinhaPezzuto, Luiz Jorge Ferreira, Maria daGlória Civile, Maria do Céu CoutinhoLouzã, Mário de Melo Faro, MichelHerbert A. Florêncio, Nelson Jacintho,Roberto Antonio Aniche, RodolphoCivile, Sérgio Perazzo, Thereza FreireVieira, Walter Whitton Harris eWladimir do Carmo Porto.

Anote nossos próximos com-promissos e participe de todas asatividades, marcando pontos para o“Prêmio Rodolpho Civile” deassiduidade e “Prêmio Aldo Miletto”para o melhor desempenho, ambas nasegunda edição. As datas aqui previstaspoderão sofrer alterações no caso dehaver algum impedimento ou deocorrências de feriados. Nestahipótese, haverá divulgação de novasdatas.

MARÇO - 6 reunião de diretoria /27 Pizza Literária.

ABRIL - 3 reunião de diretoria /17 Pizza Literária / 26 SabatinaLiterária (Jundiaí).

MAIO - 8 reunião de diretoria /29 Pizza Literária

JUNHO - 4 a 7 XXII CongressoBrasileiro de Médicos Escritores(Fortaleza-CE) / 12 reunião dediretoria / 19 Pizza Literária.

JULHO - 3 reunião de diretoria /17 Pizza Literária.

AGOSTO - 7 reunião de diretoria /21 Pizza Literária.

SETEMBRO - 4 reunião de diretoria/18 Pizza Literária (eleições eAniversário da SOBRAMES-SP)

OUTUBRO - 2 reunião de diretoria /16 Pizza Literária.

NOVEMBRO - 6 reunião de diretoria13 Pizza Literária / 29 lançamentoda 10ª. Coletânea.

DEZEMBRO - 4 reunião de diretoria18 Pizza Literária (posse dadiretoria eleita para 2009/2010)

REVISÃOde textos em geralLigia PezzutoEspecialista em Língua Portuguesa

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Abril em Jundiaí:Sabatina Literária

No próximo dia 26 abril (sábado),a Sobrames-SP vai realizar, na cidade deJundiaí, mais uma Sabatina Literária. Aprogramação do evento prevê a visitaa um dos muitos museus da região, umatertúlia literária dos membros de nossaassociação em conjunto com entidadesculturais locais e um almoço deconfraternização por adesão, num dosdeliciosos restaurantes da cidade, comcusto estimado em R$ 30,00 porpessoa.

A previsão é de que o eventotenha início às 8h30 e que osparticipantes estejam de volta a partirde 16h00. Os interessados deveminscrever-se nas Pizzas Literárias de20.03 e 17.04, para que seja planejadaa viagem de ida e volta a Jundiaí, quepoderá ser feita distribuindo-se osinscritos em alguns veículos dospróprios participantes. A participaçãotambém contará pontos para o prêmio“Aldo Miletto” de Melhor Desempenhona Sobrames em 2008.

Vem aí mais umaColetânea da Sobrames.Prepare seus melhorestextos e não deixe de

participar desta obra!Detalhes, na próxima

edição deste jornal.