O bom uso da retórica
-
Upload
joana-filipa -
Category
Education
-
view
97 -
download
1
Transcript of O bom uso da retórica
O BOM USO DA RETÓRICA
PERSUASÃO – Influência de um orador sobre as opiniões e decisões de
um recetor, sem intenção de o iludir ou prejudicar.
RAZÃO E EMOÇÃO NO PROCESSO PERSUASIVO
“ (…) São inúmeras as situações em que o discurso persuasivo continua
a mostrar-se o instrumento mais eficaz e, nalguns caos, até, o único
humanamente admissível (…) ”
Américo de Sousa, A persuasão
RAZÃO E EMOÇÃO NO PROCESSO PERSUASIVO
Os constituintes do público devem obedecer a requisitos de cariz intelectual,
tais como:
◦ Conhecer o assunto ou objeto da argumentação;
◦ Conhecer as soluções disponíveis, acerca das quais se reclama a sua
opção;
◦ Conhecer as consequências decorrentes de cada uma das escolhas.
PROCESSOS RACIONAIS FACILITADORES DA PERSUASÃOR
EC
ES
SÃ
O E
CO
MP
RE
EN
SÃ
O D
A
ME
NS
AG
EM
1. Exposição à
mensagem
Para que a mensagem possa ser retida, é preciso que a pessoa a tenha contactado e exposto
a ela, o que tanto pode ser vendo TV, folheando uma revista ou assistindo a uma
conferência.
1. Atenção à
mensagem
A presença numa aula ou em frente do emissor de rádio permite à pessoa ser solicitada
pelas mensagens. É ainda essencial que preste atenção a certos estímulos.
Toda a gente fez já a experiência de “desligar” durante uma aula, mesmo que o discurso seja
interessante. A atenção é seletiva.
1. Compreensão
da mensagem
Dos sinais visuais e auditivos que retiveram a sua atenção, a pessoa extrai e constrói
significados que lhe são próprios.
AC
EIT
AÇ
ÃO
DA
ME
NS
AG
EM
1. Aceitação ou
rejeição
A pessoa elabora um juízo em termos de acordo/desacordo com as propostas, tal como as
compreendeu, e, eventualmente, forma uma nova atitude.
1. Persistência da
mudança
Se a mensagem tiver provocado uma nova atitude, está deverá permanecer para que se
possa apreciar se a persuasão se efetuou realmente.
1. Ação A nova atitude concretiza-se através de novos comportamentos baseados na nova opinião.
USO ÉTICO DA RETÓRICAQualquer diálogo argumentativo deve cumprir os seguintes princípios éticos, o que permite supor que os
participantes estão a agir de boa-fé.
◦ Princípio da cooperação. Todos os participantes devem comprometer-se a respeitar os objetivos comuns
do diálogo. Qualquer intervenção que se afaste da direção previamente acordada arrisca-se a ser posta de
lado.
◦ Princípio da quantidade. Todos devem contribuir com as informações necessárias ao bom andamento do
diálogo. Há que evitar quer a omissão de informações úteis quer ainda a apresentação de informações
excessivas.
◦ Princípio da qualidade. Os participantes devem ser sinceros. Não podem fazer afirmações falsas nem
afirmações para as quais não tenham provas adequadas.
◦ Princípio da precisão. Nenhum interveniente pode distorcer as afirmações feitas pelos outros,
deformando-lhes o sentido.
◦ Princípio da coerência. Os participantes devem manter-se fiéis aos pontos de vista que apresentam,
rejeitando-se qualquer tipo de afirmações contraditórias.
◦ Princípio do modo. Os intervenientes devem expor claramente as suas achegas. Discursos ambíguos,
longos e desordenados obscurecem o que se pretende dizer.
◦ Princípio da livre expressão. Os participantes não podem impedir a opinião ou o questionamento
de pontos de vista expressos por quem quer que seja que tome parte na discussão.
◦ Princípio da prova. Todos os intervenientes se obrigam a fundamentar as afirmações que fazem,
desde que isso lhes seja exigido.