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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Pedagogia Léa Cristina Ribeiro de Souza O PAPEL DO GESTOR EM RELAÇÃO À COMUNIDADE ESCOLAR LINS – SP 2013

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Pedagogia

Léa Cristina Ribeiro de Souza

O PAPEL DO GESTOR EM RELAÇÃO À

COMUNIDADE ESCOLAR

LINS – SP

2013

1

LÉA CRISTINA RIBEIRO DE SOUZA

O PAPEL DO GESTOR EM RELAÇÃO À COMUNIDADE ESCOLAR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Pedagogia, sob a orientação do Profº Me José Médice e orientação técnica da Profª Ma Fátima Eliana Frigatto Bozzo.

LINS – SP

2013

2

LÉA CRISTINA RIBEIRO DE SOUZA

O PAPEL DO GESTOR EM RELAÇÃO Á COMUNIDADE ESCOLAR

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Centro

Universitário Católico Salesiano Auxilium para obtenção do título de graduação

do curso de Pedagogia.

Aprovada em ________/________/________

Banca Examinadora:

Professor Orientador: Me. José Médice

Titulação: Mestrado em Odontologia – Área de Concentração:- Saúde Pública

pela Universidade Sagrado Coração – Bauru.

Assinatura: _________________________________

1º Professor (a): Me. Thiago Flávio de Souza

Titulação: Mestre Profissional em Administração pela Universidade Metodista

de Piracicaba – UNIMEP.

Assinatura: _________________________________

2º Professor (a): Ma. Fátima Eliana Frigatto Bozzo

Titulação: Mestre em Odontologia – Saúde coletiva na Universidade Sagrado

Coração – Bauru.

Assinatura: _________________________________

3

DEDICATÓRIA

Dedico meu trabalho ao meu pai Elson Alves de Souza e

minha mãe Angela Maria de Oliveira Ribeiro Souza. Que me

criaram com muito amor e carinho, me dando sempre uma boa

educação, me chamando atenção sempre que necessário, sempre

que eu errava. Que me ensinaram o que sei hoje, que me

transmitiram todos os valores que tenho que me ensinaram a

olhar sempre para frente, que são os responsáveis pelas minhas

qualidades que me criaram dentro da graça de Deus. Passamos

por momentos muito bons, mas também passamos por dificuldades

extremas e hoje vejo que tudo faz sentido, cada dia de dificuldade

era uma lição. Meu pai meu exemplo meu espelho mantendo-nos

sempre unidos e de cabeça erguida. Sou o que sou graças aos meus

pais que juntos, não deixaram em nenhum momento de acreditar

em mim e no meu sonho.

Amo muito vocês

4

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus

Pela vida a mim concedida e por essa maravilhosa vitória

alcançada.

Aos meus pais Elson e Angela

Por terem lutado junto comigo cada segundo.

As minhas irmãs Sara Souza e Livia Souza

Que me ajudaram muito que também passaram horas

acordadas comigo, que amo tanto quanto elas me amam.

A toda minha família

Que estiveram sempre do meu lado transmitindo boas

energias, sofrendo comigo e me apoiando em tudo.

A família Cordeiro

Por promover diversos churrascos e eu não poder ir =)

obrigada pela força, pelo carinho, pela paciência, pelo amor e por

me permitir estar com vocês em momentos maravilhosos.

A ele

Que contribuiu com muito incentivo, carinho, força, e

dedicação desde o momento do vestibular. Obrigada.

Aos meus amigos (as)

Que me deram a maior força no desenvolver do trabalho,

que me suportaram nos dias de nervoso, que me consolaram nos

dias mais tristes me incentivando a todo o momento e que me

socorreram nos momentos de desespero. Obrigada por me

permitirem fazer parte de suas vidas, sem vocês eu não teria

conseguido forças para a conclusão desse trabalho.

Ao José Roberto Scalfi

Um grande amigo que fiz no Programa Escola da Família,

5

nosso vice-diretor compreensivo, dedicado e justo me ajudou

muito, obrigada por compartilhar comigo seus conhecimentos e

por me ensinar a ter novos olhares.

Ao Programa Escola da Família

Que me permitiu crescer, dar mais valor a muita coisa que

temos e não enxergamos, pelas melhores amizades que fiz na

minha vida, pelos conhecimentos adquiridos, pela vivência e por

me permitir realizar um sonho.

A Família Lápis de Cor

Que me acolheu me cobriu de amor e alegria, que juntas se

mobilizaram para que eu pudesse concluir meu trabalho com

êxito. Obrigada, de coração.

Ao meu mais novo velho amigo de novo

Que pela terceira vez, faz parte da minha vida.

Aos Mestres

Por transmitir seus conhecimentos, pela amizade e por não

mover esforços para que pudéssemos aprender tudo o que nos será

necessário na nossa vida profissional.

Ao Prof. Me. José Médice

Que teve toda a paciência do mundo comigo, me indicando

os melhores caminhos, por me ensinar muita coisa e por não me

deixar desistir em nenhum momento. Obrigada pela melhor

orientação existente.

A Prof. Ma. Fátima Eliana Frigatto Bozzo

Pelas orientações técnicas, pela dedicação e por também ter

muita paciência não somente comigo, mas com a turma toda.

A todos que estão a minha volta torcendo por mim.

Meus sinceros agradecimentos.

6

EPÍGRAFE

Pensamentos e Ideias.

Cuidado com os pensamentos,

pois eles se tornam palavras;

As palavras podem se tornar ações;

As ações podem se tornar um hábito;

Os hábitos podem se tornar seu caráter;

O seu caráter se torna seu destino;

Enfim nos tornamos no que pensamos.

“A Dama de Ferro - Margareth Tatcher”.

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RESUMO

O presente trabalho trata das ações do gestor da escola voltadas para a inserção da comunidade no ambiente escolar. A pesquisa tem como objetivos a reflexão em relação às ações do gestor para que possam contribuir para o crescimento da unidade escolar junto da comunidade, localizar na legislação o espaço que a comunidade tem dentro da escola, analisar o papel do gestor para com a comunidade escolar, conhecer formas de participação da comunidade na escola, levantar argumentos que provem que o trabalho do Gestor é importante para o desenvolvimento da comunidade que rodeia a escola. A pesquisa é importante para a comunidade desvendar as ações que um gestor pode fazer para que a comunidade fique satisfeita com seu trabalho e descobrir como a comunidade pode fazer parte da escola ajudando seu gestor. A metodologia usada nessa pesquisa foi realizada de forma exploratória com levantamento bibliográfico e contato com pessoas que tenham experiência com o problema abordado que é desvendar qual perfil deve ter um gestor para se inserir na comunidade escolar e quais ações devem realizar. Todos os tópicos importantes para qualificar um bom gestor, o conduzem para que lidere da melhor forma. Traz também questões legais que insere a escola, e os benefícios que juntos podem conquistar. Os resultados após a pesquisa foi que tanto a comunidade quanto a escola ainda precisam se conhecer melhor, pois existem muitas ações da escola desconhecida pela comunidade e muita ideia da comunidade desconhecida pela escola, é evidente a falta de comunicação entre eles. A União da comunidade com o gestor traz para a escola uma maior qualidade no ensino e quantidade de pontos positivos. Juntos podem realizar o principal papel da escola que é formar sujeitos cidadãos capazes de serem inseridos na sociedade e fazer assim com que os objetivos e metas sejam alcançados. A conclusão foi que por mais distantes que ainda estejam escola da comunidade, o pouco que caminham junto mostra que essa parceria não é impossível e que os benefícios são reais, conclui se também que o gestor esta cumprindo com suas responsabilidades sociais na medida do possível e que a comunidade por mais que tenha um déficit de conhecimento também esta buscando seu espaço dentro da escola. Palavras-chave: Gestão escolar. Administrador. Comunidade Escolar.

8

ABSTRACT

The present work deals with the school manager's actions geared to the insertion of the community in the school environment. The research aims to reflection about the Manager's actions so that they can contribute to the growth of the school unit towards the community, locate in the legislation that the community has space inside the school, analyze the role of the Manager to the school community, meet forms of community participation in school, raise arguments to prove that the job of the Manager is important for the development of the community surrounding the school. The research is important for the community to unravel the actions that a manager can do for the community to be satisfied with their work and find out how the community can be a part of helping your school manager. The methodology used in this research was conducted in such a way with exploratory bibliographical and contact with people who have experience with the problem approached that is unraveling what profile must have a Manager to insert in the school community and which actions they perform. All topics important to qualify a good Manager, lead to that lead. Also brings legal issues that enters the school, and the benefits that together can conquer. The results after the research was that both the community and the school still need to know each other better, because there are many unknown school actions by the community and a lot of community idea unknown to the school, is evident the lack of communication between them. The Union of the community with the Manager brings to the school a higher quality in education and amount of positives. Together can accomplish the main role of the school is to train citizen subjects able to be inserted in society and do so with the goals and objectives are achieved. The conclusion was that no matter how far apart they are, the little community school who walks along shows that this partnership is not impossible and that the benefits are real, concludes that the Manager is sticking with their social responsibilities as far as possible and as much as the community has a knowledge deficit is also seeking their space within the school. Keywords: school management. Administrator. School Community.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Esforço Coletivo................................................................................21

Figura 2: Funções do Processo de Gestão......................................................22

Figura 3: Juntos Somos Fortes........................................................................27

Figura 4: resposta da pergunta nº 1 dos pais..................................................55

Figura 5: resposta da pergunta nº 2 dos pais..................................................56

Figura 6: resposta da pergunta nº 3 dos pais..................................................57

Figura 7: resposta da pergunta nº 4 dos pais..................................................58

Figura 8: resposta da pergunta nº 5 dos pais..................................................60

Figura 9: resposta da pergunta nº 6 dos pais..................................................61

Figura 10: resposta da pergunta nº 7 dos pais................................................62

Figura 11: resposta da pergunta nº 8 dos pais................................................63

Figura 12: resposta da pergunta nº 9 dos pais................................................64

Figura 13: resposta da pergunta nº 10 dos pais..............................................65

Figura 14: resposta da pergunta nº 11 dos pais..............................................66

Figura 15: resposta da pergunta nº 12 dos pais..............................................67

Figura 16: resposta da pergunta nº 13 dos pais..............................................68

Figura 17: resposta da pergunta nº 14 dos pais..............................................69

Figura 18: resposta da pergunta nº 15 dos pais..............................................70

Figura 19: resposta da pergunta nº 1 dos gestores.........................................71

Figura 20: resposta da pergunta nº 2 dos gestores.........................................72

Figura 21: resposta da pergunta nº 3 dos gestores.........................................73

Figura 22: resposta da pergunta nº 4 dos gestores.........................................74

Figura 23: resposta da pergunta nº 5 dos gestores.........................................75

Figura 24: resposta da pergunta nº 6 dos gestores.........................................76

Figura 25: resposta da pergunta nº 7 dos gestores.........................................77

Figura 26: resposta da pergunta nº 8 dos gestores.........................................78

Figura 27: resposta da pergunta nº 9 dos gestores.........................................79

Figura 28: resposta da pergunta nº 10 dos gestores.......................................80

10

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Etapas do Processo de Gestão......................................................34

Quadro 2: Tudo que o Diretor faz na Escola...................................................37

11

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: resposta nº 1 dos pais.......................................................................90

Tabela 2: resposta nº 2 dos pais.......................................................................90

Tabela 3: resposta nº 3 dos pais.......................................................................90

Tabela 4: resposta nº 4 dos pais.......................................................................90

Tabela 5: resposta nº 5 dos pais.......................................................................90

Tabela 6: resposta nº 6 dos pais.......................................................................91

Tabela 7: resposta nº 7 dos pais.......................................................................91

Tabela 8: resposta nº 8 dos pais.......................................................................91

Tabela 9: resposta nº 9 dos pais.......................................................................91

Tabela 10: resposta nº 10 dos pais...................................................................91

Tabela 11: resposta nº 11 dos pais...................................................................91

Tabela 12: resposta nº 12 dos pais...................................................................92

Tabela 13: resposta nº 13 dos pais...................................................................92

Tabela 14: resposta nº 14 dos pais...................................................................92

Tabela 15: resposta nº 15 dos pais...................................................................92

Tabela 16: resposta nº 1 dos gestores..............................................................92

Tabela 17: resposta nº 2 dos gestores..............................................................92

Tabela 18: resposta nº 3 dos gestores..............................................................93

Tabela 19: resposta nº 4 dos gestores..............................................................93

Tabela 20: resposta nº 5 dos gestores..............................................................93

Tabela 21: resposta nº 6 dos gestores..............................................................93

Tabela 22: resposta nº 7 dos gestores..............................................................93

Tabela 23: resposta nº 8 dos gestores..............................................................93

Tabela 24: resposta nº 9 dos gestores..............................................................93

Tabela 25: resposta nº 10 dos gestores............................................................94

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

APM: Associação de pais e mestres

ECA: Estatuto da Criança e do adolescente

LDB: Lei de Diretrizes e Bases

PDDE: Programa Dinheiro Direto na Escola

PEF: Programa Escola da Família

PPP: Projeto Político Pedagógico

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................. 15

CAPITULO I...................................................................................................... 17

ADMINISTRAÇÃO EM GERAL ........................................................................ 17

1 HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO ................................................................ 17

1.1 Conceitos de Administração ....................................................................... 19

1.2 História da Educação .................................................................................. 23

1.3 Administração Escolar ................................................................................ 24

CAPITULO II ..................................................................................................... 29

O GESTOR ESCOLAR E SUAS RESPONSABILIDADES SOCIAIS .............. 29

2 CONCEITO DE GESTOR DE ESCOLA ........................................................ 29

2.1 Responsabilidades do Gestor ..................................................................... 31

2.2 Competências e Habilidades do Gestor ...................................................... 35

2.3 Autodesenvolvimento .................................................................................. 38

2.4 Ética ............................................................................................................ 39

2.5 Motivação.................................................................................................... 40

2.6 Liderança .................................................................................................... 41

CAPITULO III .................................................................................................... 44

PORTAS DE ENTRADA DA COMUNIDADE NA ESCOLA ............................. 44

3 A ESCOLA E A COMUNIDADE .................................................................... 44

3.1 Associação de Pais e Mestres .................................................................... 49

3.2 Dos Colegiados ........................................................................................... 50

3.3 Projeto Político Pedagógico (PPP) ............................................................. 51

3.4 Programa Escola da Família. ...................................................................... 52

CAPITULO IV ................................................................................................... 54

A PESQUISA .................................................................................................... 54

4 METODOLOGIA ............................................................................................ 54

14

4.1 Questionários Dos Pais de Alunos. ............................................................. 54

4.2 Questionário dos Gestores. ........................................................................ 70

CONCLUSÃO ................................................................................................... 82

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 84

APÊNDICES ..................................................................................................... 86

ANEXOS ........................................................................................................... 95

15

INTRODUÇÃO

O presente trabalho abordou a relação do gestor e sua comunidade

escolar, lembrando que o trabalho de um não se dá sem a colaboração e o

trabalho do outro.

Ao se iniciar as pesquisas foram levantados problemas sobre o perfil que

deve ter um gestor para se inserir na comunidade escolar e quais ações pode o

gestor praticar, para provar que realmente está interessado na participação da

comunidade. Diante desses problemas elaborou-se a hipótese de que toda

escola, pelo simples fato de sua existência, pressupõe-se a necessidade do

contato do gestor com a comunidade.

O Gestor Escolar, pela natureza de suas funções, necessita do contato

com a comunidade para que suas ações possam se tornar realidade, tendo em

vista que o Gestor é o mediador desse relacionamento.

Este profissional tem que estar apto para executar esse papel

fundamental para o desenvolvimento da educação.

Para que essa ação pudesse ser comprovada foi realizada uma

pesquisa de campo. Com essa pesquisa buscou-se alcançar os objetivos de

localizar na legislação o espaço que a comunidade tem dentro da escola;

analisar o papel do gestor para com a comunidade escolar; conhecer formas de

participação da comunidade na escola; levantar argumentos que provem que o

trabalho do Gestor é importante para o desenvolvimento da comunidade que

rodeia a escola.

Foi feito uma revisão bibliográfica onde seus procedimentos de

realização foram através de livros, artigos científicos e levantamento de

informações onde foram realizadas interrogações em escolas de educação

infantil, ensino fundamental e Médio da cidade de Lins/SP. O questionário foi

feito com pessoas da comunidade da escola, com diretores e vices. Para a

coleta de dados foi utilizada a pesquisa de campo, realizada com 18 pessoas

no período entre agosto e setembro de 2013.

Assim o trabalho está estruturado:

O Capítulo I “Administração em Geral” aborda um pouco da história da

administração, suas evoluções e a importância de uma boa administração para

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se obter um bom trabalho e conceitos sobre o que é administração. Registra-se

também sobre a história da educação, o que nela foi modificado e da

administração escolar, englobando o trabalho do gestor.

O Capítulo II “O Gestor Escolar e suas Responsabilidades Sociais”

apresenta os conceitos de gestor escolar, suas responsabilidades sociais, as

competências e habilidades necessárias para um bom administrador, fala do

autodesenvolvimento de cada gestor, para que sempre estejam atualizados e

por dentro de todos os tipos de assunto. Trata também um pouco sobre a ética,

motivação para com seus funcionários e liderança dentro do ambiente escolar.

O Capítulo III “Portas de Entrada da Comunidade na Escola” mostra a

importância da união da comunidade com a escola, conceitua o que seria

comunidade escolar e quem nela esta envolvida. Traz conceitos de onde a

comunidade esta inserida, como APM, Colegiados e Projeto Político

Pedagógico. Fala da importância do papel da comunidade em cada um desses

segmentos.

O Capítulo IV “A Pesquisa” aborda a metodologia da pesquisa realizada,

as técnicas e métodos utilizados para que a mesma se efetuasse. Apresenta a

análise qualitativa dos dados recolhidos na pesquisa de campo por meio dos

questionários realizados com diretores, vice-diretores, coordenadores e pais de

alunos.

Apresentam-se também as considerações finais e a conclusão.

17

CAPITULO I

ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

1 HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO

A história da administração surgiu na Suméria em uma proposta de

resolver ali alguns problemas existentes. Da Suméria em diante, a arte de

administrar foi se expandindo, ajudando na criação de diversos projetos que

não existiriam sem a administração.

Na evolução da administração destacam se duas instituições: a igreja

católica e as organizações militares. Evoluíram em seu modo de pensar e de

administrar as ações e as pessoas que ali em volta delas estavam sempre.

O fenômeno que provocou o aparecimento da empresa e da moderna administração ocorreu no final do século XVIII e se estendeu ao longo do século XIX, chegando ao limiar do século XX. Esse fenômeno que trouxe rápidas e profundas mudanças econômicas, sociais e políticas, chamou-se Revolução Industrial. (MARQUES, 2009, p. 5).

A revolução industrial surgiu por conta de alguns acontecimentos, como

o de algumas empresas começarem a crescer de repente e de forma

acelerada, porém totalmente desorganizada, fazendo-se necessário uma

administração. E também a necessidade de maior produtividade e eficiência

para acompanhar a concorrência e competição que tem no mercado. Um dos

impasses era explicar a todos que tudo o que eles faziam de alguma forma era

administrar e que somente precisavam aperfeiçoar este trabalho.

Segundo Maximiano (2007), no século XX surge Taylor com as

seguintes propostas: planejamento, padronização, especialização, controle e

remuneração proporcionaram muitos avanços para a administração.

Em seguida Fayol relacionou seus princípios com o de Taylor e obteve

como funções da gerência administrativa: planejar, comandar, organizar,

controlar e coordenar. Fayol acredita que para gerenciar ou administrar

qualquer organização é preciso tudo isso.

Todos os que se submeteram a administração estão lutando de alguma

forma para que o trabalho dê certo. Cada potência administra de um modo,

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pois enxerga a administração de formas diferentes.

O trabalho era muito baseado em hipóteses e erros, através dessas

dificuldades é que criaram escolas de administração fundadas no final do

século XIX.

Durante o decorrer da história da administração, foram desenvolvidos

muitos conceitos e influências. Nesse tempo a falta de comunicação dificultou o

crescimento da administração. Somente com a revolução industrial que as

empresas deslancharam na quantidade e qualidade de produção. E ao

perceberem que pequenas mudanças fazem a maior diferença eles optaram

por buscar mais crescimento.

Na evolução do pensamento administrativo foram citados diversos meios

encontrados para se administrar, melhores soluções envolvendo o ato de

administrar, como administração sistemática vinda do pensamento de Adam

Smith, que acreditava que suas ideias ajudaram a sistematizar o que as

fábricas e empresas já tinham, pois apesar de algumas coisas ocorrerem bem

a coordenação deixava a desejar. Não aborda todas as questões de

administração, porém enfatiza as mais importantes para o trabalho.

Administração científica criada por Taylor descobriu uma falha vinda da

administração sistemática. Não usavam de todo o seu potencial, nem de todo o

recurso que tinham, ele acreditava que através de pesquisas cientificas se

encontravam a melhor forma de trabalhar. Propôs beneficiar os trabalhadores

com prêmios em dinheiro, aquele que cumprisse com as metas da empresa,

pensando que trabalharia duro para ganhar o prêmio e que a empresa

aumentaria a produtividade, tanto na quantidade quanto na qualidade.

A burocracia de Max Weber acreditava na inserção de regras para que

acontecesse a mudança de comportamentos e organização de cargos dentro

da administração.

Na gestão administrativa, nas quatro funções já existentes Fayol

acrescentou o controlar, afinal depois de tudo pronto se não controlarmos tudo

o que foi feito o trabalho será totalmente em vão. As relações humanas

surgiram através das ideias das outras administrações, nela se busca trabalhar

a relação dos funcionários e da satisfação ou não de cada um. Administração

quantitativa, nesta administração descobriu-se através da matemática que era

19

possível calcular os problemas e a partir daí tomar as melhores decisões

pensando na quantidade da produção.

Neste decorrer da história tiveram contato com a teoria da contingência,

onde o administrador precisa estar totalmente inteirado e levar em

consideração que várias coisas podem atrapalhar no desempenho. Para

solucionar determinados problemas convém buscar meios de solução

compatíveis a sua realidade.

Foram também estudadas as organizações inteligentes, onde

constantemente precisam se adaptar a mudanças, estar à frente delas, se

antecipar e buscar ideias criativas para solucionar os problemas que forem

aparecendo. E a reengenharia propõe que sejam realizadas diversas

mudanças ou até mesmo começar do zero pensando em desenvolver coisas

novas.

É importante conhecer a história da administração e tudo que fizeram

para torná-la possível e conhecida por todos. Entender que administração é

algo essencial na nossa vida, afinal, qualquer coisa que fazemos é de alguma

forma administrar.

“Administrar é necessário, proveitoso e imprescindível em qualquer

segmento, contexto ou situação na vida das pessoas, das empresas e das

entidades.” (ORGANIZAÇÃO, 2013, p. 48).

1.1 Conceitos de Administração

O administrador para ser bom, necessita de conhecimento teórico,

reconhecimento de suas funções e de experiência na área.

A sociedade hoje em dia se encontra com um número enorme de

instituições com diversas tarefas sendo realizadas. Estas, necessitam de um

meio de coordenar essas tarefas e os trabalhadores.

A administração acompanha a organização e o diretor é o responsável

pelas ações ali desenvolvidas. O objetivo da administração é, portanto, a

atividade organizacional. Assim, antes de tratar de administração escolar é

preciso conhecer o conceito geral de administração que foi entendido como é

hoje através de muito estudo e da evolução da história. “Administração é a

20

utilização racional de recursos para a realização de fins determinados.” (PARO

2006, p. 18).

Administração é uma atividade humana, pois têm objetivos a serem

cumpridos e a serem alcançados, contrário do animal que realiza atividades

diversas, mas agindo perante suas necessidades somente. Portanto a tarefa

básica da administração esta em fazer as coisas por meio das pessoas, com os

melhores resultados.

As atividades administrativas são exclusivas e necessárias para a vida

do ser humano. O homem só se destaca como homem, pois se propõe em

realizar determinados objetivos. Para administrar é necessário utilizar se dos

meios com razão.

Os objetivos do administrador devem estar sempre ligados as suas

ações para não se desviar da realização do mesmo.

Com o passar do tempo, porém, e como resultado de sua ação constante sobre a natureza e de suas relações recíprocas, os homens vão podendo acumular conhecimentos em quantidade cada vez mais significativa, o mesmo acontecendo com as técnicas que vão aos poucos se sofisticando e possibilitando o domínio cada vez mais efetivo sobre a natureza. (PARO, 2006, p. 21).

Na administração, o instrumento de trabalho também evolui, melhorando

o processo como o todo. Os recursos materiais e conceituais são importantes,

desde que sempre usados visando à questão dos objetivos. Sendo assim, o

homem age administrativamente mais do que ele imagina durante todo o seu

dia.

Administração se dá diante do esforço de todos, de um trabalho coletivo

onde um vai ajudar o outro. Na administração a palavra coordenação indica a

parte teórico prático da administração e também o contato que seria a relação

de uma pessoa com a outra, portanto, o esforço coletivo se dá quando estão

ambos pensando juntos em alcançar, cumprir o mesmo objetivo imposto na

escola.

Administrar é o processo de tomar realizar e alcançar ações que utilizam recursos para alcançar objetivos. Embora seja importante em qualquer escala de aplicação de recursos, a principal razão para o estudo da administração é seu impacto sobre o desempenho das organizações. É a forma como são administradas que torna as organizações mais ou menos capazes de utilizar corretamente seus recursos para atingir os objetivos corretos. (MAXIMIANO, 2000, p. 25).

21

Figura 1 - Esforço Coletivo.

Fonte: http://www.google.com.br/search?q=administração+escolar

Administração significa ação, é uma tomada de decisão e realização de

ações ligadas a processos administrativos ou também conhecidas como

funções administrativas: planejamento é a definição de objetivos, atividades e

ou recursos. Organização definição do trabalho a ser resolvido, quem e

quando, definição das responsabilidades e da distribuição dos recursos.

Execução ou direção, processo de realizar atividades utilizando se de recursos

para alcançar os objetivos, acionar os recursos que serão utilizados. Controle,

que é cuidar ou se assegurar dos que já foram realizados e analisar a

necessidade ou não de modificar algo. E liderança, que é saber agir em cima

de todos esses processos da melhor forma possível, visando benefícios para a

empresa e dependentes da mesma.

Qualquer pessoa que administre um conjunto de recursos é um

administrador.

Segundo Maximiano (2000), as funções que definem o ato de

administrar são: Prever, visualizar o futuro e traçar o programa de ação;

Organizar, constituir o duplo organismo da empresa, material e social;

Comandar, dirigir e orientar o pessoal; Coordenar, ligar, unir, harmonizar todos

os atos e todos os esforços coletivos; Controlar, verificar tudo de acordo com

as regras estabelecidas e ordens dadas. Considerada uma arte, a

administração é uma profissão de ação humana que depende de habilidades,

22

nesse sentido as competências e habilidades podem ser adquiridas ou

melhoradas com muita experiência e estudo.

O dia-a-dia das pessoas que passam o dia organizando festas,

selecionando, analisando situações, ou até uma dona de casa programando

uma viagem em família são exemplos e atitudes administrativas. Esses

profissionais de diversas áreas requerem ter habilidades, planejamento,

organização e controle, de tudo para que não se encontre nada de errado.

Decisões são escolhas que as pessoas fazem para enfrentar problemas e aproveitar oportunidades. Tomar decisões para enfrentar problemas e aproveitar oportunidades é um ingrediente importante do trabalho de administrar. (MAXIMIANO, 2000, p.139).

Todos são administradores e administram nas diversas áreas existentes

buscando alcançar determinados objetivos, tomando decisões utilizando se de

habilidades específicas para cada ação.

Figura 2 - Funções do Processo de Gestão

PLANEJAMENTO ORGANIZAÇÃO

LIDERANÇA

CONTROLE EXECUÇÃO

Fonte: Maximiano, 2007, p. 6.

Um bom gestor, para trabalhar, precisa estar atento a mudanças

constantes e se apropriar de novos conhecimentos sempre. “O processo de

criação de um novo conhecimento envolve as seguintes dimensões:

aprendizagem, externalização do conhecimento, lições aprendidas,

pensamento criativo, pesquisa, experimentação, descoberta e inovação.”

(SILVA; BENEDICTO, 2008, p. 47). Deve ser assim considerado, como mais

um desafio com inúmeras oportunidades.

Aplicar em seu trabalho os conhecimentos adquiridos desenvolve na

23

pessoa diversas competências. A gestão do conhecimento faz com que o

conhecimento individual torne um conhecimento coletivo, criando novas

competências e gerando mais oportunidades de inovar.

1.2 História da Educação

O homem é um ser histórico por ter suas ações e pensamentos

modificados com o tempo, conforme enfrenta problemas pessoais e coletivos.

Comecemos pela reflexão a cerca da história e da pedagogia, como teorias que tem por objetivo a ação humana. A história é a interpretação da ação transformadora do homem no tempo. A pedagogia é a teoria critica da educação, isto é da ação do homem quando transmite ou modifica a herança cultural. (ARANHA, p. 15, 1996.)

O trabalho proporciona no homem transformação no modo de pensar,

agir e sentir, concluindo nunca se permanece o mesmo depois de qualquer

atividade. Sendo assim, “pelo trabalho, o homem se auto produz ao mesmo

tempo em que produz sua própria cultura.” (ARANHA, p.15, 1996.).

Com educação um povo desenvolve condições de sobrevivência e

mantém viva a memória de cada um, educação é a mediadora da relação

indivíduo e sociedade. “Por isso dizemos que a educação é uma instância

mediadora que torna possível a reciprocidade entre individuo e sociedade.”

(ARANHA p. 15, 1996.).

A educação em uma determinada época passa a ser destinada somente

para a elite, para as outras classes a educação era considerada desnecessária,

pois a ela é destacado o trabalho braçal. Muitas das crianças pobres eram

impedidas de estudar e em vez de realmente falarem que elas eram impedidas

de estarem na escola, eles davam como explicações para todos que elas

haviam sido expulsas ou por repetência, evasão e exclusão, escondendo assim

os reais motivos.

“É compreendendo o passado que podemos dar sentido ao presente e

projetar o futuro.” (ARANHA p. 17, 1996). A educação se desenrola com o

tempo tornando-se parte da história geral. A educação não é um fenômeno

neutro no Brasil existem ainda diversas lacunas para se preencher.

24

1.3 Administração Escolar

Administração é necessária na vida humana, está presente em todas as

organizações sociais.

Administração escolar não se faz no vazio e sim no centro, núcleo da

sociedade.

É de extrema importância o envolvimento da sociedade nas funções

administrativas, para a transformação social.

Na administração de uma escola são aplicadas as mesmas técnicas,

princípios e funções que em uma empresa. Assim administração, de uma forma

geral, se adapta a qualquer organização. “A administração escolar é uma das

aplicações da administração geral; ambas tem aspectos, tipos, processos,

meios e objetivos semelhantes” (RIBEIRO, apud PARO, 2006, p. 124).

A administração escolar tem suas características especificas. A escola é

uma organização que lida diretamente com o elemento humano, os alunos são

os maiores beneficiários do serviço que ela presta e às vezes participantes da

elaboração de alguma ação. Os princípios, técnicas e métodos que beneficiam

uma empresa também são eficazes para a escola. Muitas vezes uma má

administração pode provocar danos grandiosos na estrutura da escola,

afetando a qualidade do ensino e a satisfação dos professores e demais

funcionários da escola.

A gerência está intrínseca na realidade das escolas, por ser uma função

de coordenação do esforço humano. Dentro das escolas é levada em

consideração a hierarquia onde cada um respeita seu posto e contribui para o

crescimento da vida da instituição.

“A ultima palavra deve ser dada por um diretor, colocado no topo dessa

hierarquia, visto como o representante da Lei e da Ordem e responsável pela

supervisão e controle atividades que aí se desenvolvem.” (PARO, 2006, p.

132).

Todo diretor de escola se vê totalmente dividido por duas situações

diferentes: de um lado tem os professores, funcionários da escola, pais e

alunos cobrando, reivindicando medidas de melhoria para a escola e para a

realização do trabalho de cada um. Do outro lado o diretor se depara com o

25

Estado que não dá nenhum retorno às reivindicações, e as cobranças e

responsabilidades que ele tem para com escola. Porém, o diretor sendo o

maior na hierarquia da escola, sabendo e conhecendo suas obrigações dentro

da escola se sente obrigado a buscar as autoridades responsáveis para a

resolução do mesmo, pensando no beneficio que viram para sua comunidade

escolar.

Entretanto em seu papel de gerente (é assim que ele é colocado diante do Estado), ele sente sobre si todo o peso de constituir-se no responsável último pelo cumprimento da Lei e da Ordem na escola e tem consciência de que poderá ser punido por qualquer irregularidade que aí se verifique. (PARO, 2006, p. 134).

Uma administração que esteja comprometida com a transformação

social deve buscar meios para que isso aconteça, precisam buscar na natureza

da própria escola e dos objetivos que se seguem os princípios, métodos e

técnicas para a realização da transformação.

Enquanto a empresa capitalista alcança com grande eficiência seu objetivo último de realizar a mais-valia, atendendo, assim, aos interesses de uma classe minoritária, que são antagônicos aos interesses da sociedade como um todo, a escola, pela sua ineficiência na busca de seus objetivos educacionais, acaba por colocar–se também contra os interesses gerais da sociedade, na medida em que mantém apenas na aparência sua função específica de distribuir a todos o saber historicamente acumulado. (PARO, 2006, p.135/136).

O aluno é de imediato beneficiário do processo de produção pedagógica,

porém é necessário que ele esteja presente no momento de produção para o

mesmo consumir os benefícios, pois caso não esteja, o processo não

acontece. Pois se ele não estiver presente o processo educativo deixa de

realizar - se. “Em outras palavras, é próprio da atividade educativa o fato de ela

não poder realizar–se a não ser com a participação do educando.” (PARO,

2006, p.141).

Tendo participação como objeto ou produtor da própria educação o

aluno é considerado o sujeito da educação.

A aula é uma atividade ou processo onde se buscam determinados

resultados. É um produto da escola no qual se realiza a aprendizagem, é

quando o educando aprende.

26

Faz-se necessária a presença do aluno no processo educativo, pois

esse processo traz de benefícios mudanças na pessoa, na personalidade e nos

pensamentos os direcionando a pensar em crescer, a realmente pensar na

vida. É um acréscimo para o aluno, ele sai totalmente diferente de quando

entrou, isso se a educação se efetivar.

Ou seja, partindo do aluno em determinado estágio de desenvolvimento pessoal, e mediante a ação desse mesmo aluno, do professor e das demais pessoas envolvidas na atividade educativa, a escola produz o “aluno educado”. Claro que esta expressão não pode referir-se a uma educação completa do aluno: por um lado, a educação do homem, pela própria natureza deste, é um processo que nunca se completa; por outro, a escola é apenas uma das instancias em que se realiza a educação que o aluno desenvolve durante sua vida. De qualquer forma, nessa educação (inacabada), há uma porção que foi realizada pela escola, e aí que se encontra o produto de sua ação. (PARO, 2006, p. 144).

As especificidades da administração são os objetivos que se buscam

alcançar na escola, e os processos que envolvem essa busca. Ambos estão

totalmente ligados.

Para uma transformação social ocorrer é preciso que os objetivos da

escola estejam voltados para esse propósito.

Procurar as especificidades da administração escolar é a mesma coisa

que buscar uma nova administração escolar fundamentada em objetivos

educacionais do interesse da sociedade.

[...] uma administração escolar preocupada com os interesses da comunidade precisa levar em conta essa situação. Se a racionalidade externa da escola depende de sua articulação com os interesses da classe trabalhadora, é preciso que esses interesses sejam conhecidos o mais rigorosamente possível. Daí a necessidade de a Administração Escolar, ao mesmo tempo em que crie mecanismos que possibilitem a expressão e participação dos membros da comunidade na escola, esteja também atenta no sentido de melhor compreender os interesses manifestados pela classe trabalhadora – e isso não apenas na instituição escolar, mas em todas as instâncias da sociedade. (PARO, 2006, p.154).

Para a administração escolar ser totalmente democrática é preciso que

todos os envolvidos e não envolvidos no processo escolar participem das

tomadas de decisões relacionadas à organização e funcionamento da unidade

escolar. É importante que para tudo isso ocorrer, demais pessoas sintam-se

27

responsabilizadas e mobilizadas, pensando no crescimento da escola, não

somente o diretor por ser o último responsável por tudo.

Figura 3 - Juntos Somos Fortes.

Fonte: http://www.google.com.br/search?q=administração+escolar

Administração escolar democrática se destaca pela participação ativa de

todos os setores da escola e da comunidade. É preciso deixar todos a par dos

acontecimentos e problemas, inclusive os alunos, fazendo com que os deixe

preocupados e envolvidos com as questões administrativas da escola. A

presença dos professores, coordenadores, ou orientadores também é muito

importante, afinal são eles que transmitem o conhecimento e são eles os

“produtores diretos” da educação escolar.

Administrar uma escola não é uma tarefa simples, é necessário que o

gestor tenha uma ampla visão do que pode ou não acontecer, do que ele pode

ou não fazer, precisa buscar novos conhecimentos, procurar se conhecer e dar

espaço para que as pessoas o conheçam também.

O gestor, para executar suas tarefas, deve possuir formação em

pedagogia conforme determina a Lei de diretrizes e Bases da Educação LDB

(Lei 9394/96) em seu Artigo 64.

Artigo 64 - A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação

28

educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional.(MARQUES, 2009).

Ser um gestor implica em ter muitas responsabilidades e deveres apesar

de ser o maior responsável por tudo, não administra sozinho toda à escola,

recebe ajuda de todos que o rodeia, afinal para administrar é necessário um

trabalho coletivo onde todos colaboram com uma parcela de habilidades e

competências.

29

CAPITULO II

O GESTOR ESCOLAR E SUAS RESPONSABILIDADES SOCIAIS

2 CONCEITO DE GESTOR DE ESCOLA

O gestor é a pessoa que realiza dentro da escola a liderança, ele

desenvolve e controla determinas atividades, coordenando demais funcionários

na atuação dos objetivos da instituição.

O diretor de uma escola exerce uma função muito complexa, o de

autoridade escolar, o de educador e o de administrador.

Enquanto autoridade escolar tem em suas mãos uma grande quantidade

de responsabilidades, ele é o responsável por tudo o que se passa na escola.

Como educador precisa ter diversos conhecimentos, precisa saber além

de muita prática, da teoria que estar por traz de tudo isso. O crescimento

educacional se dá também do contato e vivências com o diretor. O diretor ao

tomar uma decisão, ao exercer suas funções toma posição de educador, pois

antes de tudo ele preocupa se com o bem estar dos alunos.

O diretor é, por identidade, um educador e que, no papel de diretor, confere dimensão mais ampla ao seu desempenho como educador de educadores e, simultaneamente, que julgo inadequado e até um absurdo que alguém possa ser diretor sem ter sido professor. (GOMES, 2003 p. 40).

O diretor como administrador deve fazer de tudo para que os objetivos

da escola sejam alcançados e tomar providências diversas para promover o

máximo de eficiência em todas as situações e ambientes da escola.

Segundo Valerien (2005) existem diversos tipos/estilos de diretor. Tem o

autocrático, o democrático, o laissez-faire, o burocrático e o carismático. O

Autocrático é um diretor que se considera o melhor de todos, o que ele fala é

lei, e não se pode discutir com ele, se faz o que ele manda e mais nada, é o

tipo “manda quem pode obedece quem tem juízo”. O Democrático é um diretor

que valoriza as diversas opiniões de quem está a sua volta, seu trabalho se dá

com todo mundo da escola, permite que todos os professores e outros

participem de reuniões administrativas que vai decidir muitas coisas pela

30

escola. Laissez-Faire é o diretor que dá liberdade a todos, se ocupando

preferencialmente às questões administrativas e acontecimentos inesperados,

ele até orienta, mas os deixa livres, para realizar qualquer ação desde que

dentro das normalidades. O burocrático é o que realiza seu trabalho ao pé da

letra, não deixa nada para traz, e segue a risca cada lei, e fica em cima para

que tudo seja realizado da melhor forma. Procura manter a organização e o

bom funcionamento da escola. E o carismático é o diretor que tem facilidade de

atrair as pessoas para si, ele exerce sim sua autoridade, mas de uma forma

mais tranquila de modo que faz muitas amizades e administra a escola de uma

forma mais natural.

Admite - se como natural que as tarefas administrativas sejam confiadas a docentes; a direção de escola é um trabalho que constitui um prolongamento do trabalho do professor. Na realidade, considera - se a administração como mais uma etapa na carreira docente. (VALERIEN, 2005, p. 78).

A direção é um dos fatores mais importantes para a normalidade dos

trabalhos e consecução dos objetivos da escola. O diretor cumpre sua missão

na medida em que orienta, estimula e facilita o desempenho de professores,

funcionários e alunos dentro da escola.

A administração, porém, não é privilégio de uma pessoa, mas função

que se reparte entre todos os participantes do empreendimento, sob a

liderança do diretor. A liderança não cabe somente ao líder maior (gestor), mas

sim a todos que estão a sua volta. O esforço conjunto e harmônico pode levar a

escola a alcançar seus objetivos, assim o diretor não deve medir esforços para

que o que tiver que ser feito aconteça.

A formação dos diretores ocorre através do curso de Pedagogia,

Licenciatura Plena e habilitação em administração escolar.

O diretor/gestor deve cumprir e ter o conhecimento de algumas normas

como a LDB Lei Federal nº 9.394/96, as Constituições Federal e Estadual, o

Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei Federal nº 8069/90, dentre

eles alguns artigos sendo eles o 17, 18, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59 é importante

conhecer também Lei Orgânica do Município em que estiver trabalhando ou

atuando, os Conselhos Nacional, Estadual e Municipal de Educação, o

31

Regimento Escolar, a Proposta Político Pedagógica da escola em que tiver

exercício, o Regimento Interno, as Leis Trabalhistas para escolas particulares,

o Estatuto do Magistério para escolas públicas, o Estatuto do Funcionário

Público para escolas públicas também as Normas internas das Secretárias

Estadual ou Municipal de Educação para escolas públicas.

2.1 Responsabilidades do Gestor

O diretor/gestor é a pessoa de mais influência na escola, é o responsável

legal pela instituição, é o que garante o total funcionamento da mesma, nos

aspectos administrativos e pedagógicos.

É do diretor da escola a responsabilidade máxima quanto à consecução eficaz da política educacional do sistema e desenvolvimento pleno dos objetivos educacionais, organizando, dinamizando e coordenando todos os esforços nesse sentido e controlando todos os recursos para tal. Devido sua posição central na escola, o desempenho de seu papel exerce forte influência (tanto positiva, como negativa) sobre todos os setores pessoais da escola. (LUCK, 2004, p. 32).

De acordo com Sperb (1976) o Diretor em seu cargo recebe inúmeras

responsabilidades, elas que devem ser cumpridas de forma geral pensando no

bem de todos da comunidade escolar, sendo elas:

Organizar e dirigir situações de aprendizagem, como conhecer para

determinada disciplina os conteúdos a serem ensinados e sua tradução em

objetivo de aprendizagem. Envolver os professores e alunos em atividades de

pesquisa, em projetos de conhecimento.

Administrar a progressão das aprendizagens, resolvendo situações

diversas, ajustando problemas ao nível e possibilidades dos alunos. Adquirindo

uma visão longitudinal dos objetivos do ensino. Estabelecendo laços com as

teorias subjacentes às atividades de aprendizagem. Fazer balanços periódicos

de competências e tomar decisões de progressão.

Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação, administrando

a heterogeneidade do âmbito de uma turma, abrir, ampliar a gestão de classe

para um espaço mais vasto. Fornecer apoio integrado, trabalhar com pessoas

32

portadoras de grandes dificuldades, desenvolverem a cooperação entre os

funcionários, alunos e professores.

Envolver os professores em seu trabalho, verificar se o trabalho dos

professores com os alunos estão sendo devidamente realizados suscitando

seus desejos de aprender, explicitar a relação com o saber o sentido do

trabalho escolar e desenvolver na criança a capacidade de auto - avaliação.

Instituir e fazer funcionar um conselho de alunos (conselho de classe ou de

escola).

Incentivar o trabalho em equipe, dirigir o grupo conduzindo reuniões.

Formar e renovar sempre sua equipe pedagógica, enfrentar e analisar em

conjunto situações complexas, práticas e problemas profissionais. Administrar

crises e conflitos interpessoais.

Estimular a participação na administração da escola como, na

elaboração de um projeto da instituição, administração dos recursos da escola,

coordenar, dirigir a escola com todos os seus parceiros. Organizar e fazer

evoluir no âmbito da escola, a participação ativa de todos.

Informar e envolver os pais os levando a participar de reuniões, para

obterem informações e ou debates de determinados assuntos, realizar

entrevistas para conhecê-los melhor e envolve-los gradualmente na construção

dos saberes de seus filhos.

Utilizar novas tecnologias para aprimorar e facilitar seu trabalho.

Proporcionar capacitação adequada para seus funcionários saberem lidar com

todas essas novas tecnologias.

Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão, prevenindo a

violência na escola e fora dela. Lutar contra o preconceito e a discriminação

sexual, étnicas e sociais. Participar da criação de regras de vida comuns

referentes á disciplina na escola, as sanções e a apreciação da conduta.

Analisar a relação pedagógica, a autoridade, a comunicação em aula.

Desenvolver o senso de responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de

justiça.

Administrar sua própria formação contínua, manter - se atualizado e não

se deixar levar pelo tempo, buscar novos conhecimentos e práticas. Dentre

essas inúmeras responsabilidades o diretor tem como função social a total

33

integração da escola na comunidade e o aproveitamento integral das

instalações da unidade escolar.

O diretor é o representante do poder público na unidade escolar por isso

cabe a ele, programar com a equipe, as políticas educacionais. Atuar com

técnicas para que a escola cumpra com sua missão. Introduzir as inovações

necessárias com base na legislação. Mudanças baseadas nas modernas

teorias como a liderança nas decisões, participação, criatividade e iniciativa.

Cabe também ao diretor, acompanhar sua equipe os incentivando a dar

sempre um passo a frente, a buscar novas capacitações e estar sempre muito

atualizados, os ajudar em problemas diversos e os fazer a cada momento

refletir sobres suas práticas e possibilidades de conhecer algo novo, a estar

sempre se socializando com os colegas de trabalho dividindo experiências e

aprendendo uns com os outros.

O gestor precisa trabalhar em prol do progresso da escola onde todos

estão envolvidos, porém não podem se esquecer de que sua equipe não se

limita somente a funcionários, alunos e professores. Sua equipe é composta

também pelos pais dos alunos e por toda a comunidade em geral, e juntos

devem trabalhar visando à aprendizagem dos alunos.

A gestão relaciona se com a atividade de impulsionar uma organização.

Têm valores e objetivos educacionais, princípios para uma boa gestão escolar,

planejamento e integração com a comunidade. Cabe ao diretor buscar

satisfação do todo, usar boas e novas técnicas. Não se esquecer do professor

e utilizar se de critérios diferentes em situações diferentes.

No artigo 4º do Regimento das Escolas Estaduais (2013, p. 3) destaca

os princípios da gestão escolar nas unidades de ensino com a seguinte

redação.

Artigo 4º - A gestão democrática dessa escola, com observância dos princípios de autonomia, coerência, pluralismo de ideias e concepções pedagógicas e corresponsabilidade da comunidade escolar, far-se-á mediante a: I – participação de seus profissionais na elaboração, implementação e avaliação da proposta pedagógica; II – participação dos diferentes segmentos da comunidade escolar – direção, professores, pais, alunos e funcionários – nos processos consultivos e decisórios, através do Conselho de Escola e Conselhos de Classe e Série, Grêmio Estudantil e Associação de Pais e Mestres;

34

III – autonomia da gestão pedagógica, administrativa e financeira respeitadas as diretrizes e normas vigentes; IV – participação da comunidade escolar, através do Conselho de Escola, nos processos de escolha ou indicação de profissionais para e exercício de funções, respeitada a legislação vigente; V – administração dos recursos financeiros, através da elaboração execução e avaliação do respectivo plano de aplicação, devidamente aprovado pelos órgãos ou instituições escolares competentes, obedecido à legislação específica para gastos e prestação de contas de recursos públicos; VI – transparência nos procedimentos pedagógicos, administrativos e financeiros, garantindo-se a responsabilidade e o zelo comum na manutenção e otimização do uso, aplicação e distribuição adequada dos recursos públicos; VII – valorização da escola enquanto espaço privilegiado de execução do processo educacional.

Importante trabalhar com a realidade do aluno e da comunidade. Utilizar

como base o projeto político pedagógico e estar totalmente envolvido com o

processo de construção da proposta pedagógica. Deve ser mediador com

outros órgãos regionais e centrais.

É preciso que o diretor perceba as mudanças que entenda o social e

burocrático. Delegue funções para um melhor trabalho. E que possa convencer

de que a educação bem administrada leva a qualidade e a igualdade do ensino

e que educação é investimento seguro para um futuro melhor.

Para que de forma integral suas responsabilidades sejam realizadas e

seus objetivos sejam alcançados o Gestor precisa estar ligado às etapas do

processo de gestão onde se destacam o planejamento, a liderança,

organização e avaliação.

Quadro 1 – Etapas do Processo de Gestão (cont.)

Etapas do Processo de Gestão

Etapas

Normas Decorrentes dos Princípios

Elementos da

Organização

Planejamento

Formulação de objetivos organizacionais ótimos

e de planos eficazes de apoio.

Pessoas

Tomadas de decisões para otimizar o

desempenho organizacional.

Pessoas

Utilização de técnicas quantitativas para

otimizar a qualidade das decisões.

Pessoas e

Tecnologia

Tomada de decisões socialmente responsáveis. Pessoas

Antecipação das mudanças do ambiente por Pessoas e

35

meio das previsões. Tecnologia

Formulação de estratégias eficazes em resposta

as previsões.

Pessoas e

Tecnologia

Liderança

Criação de cargos de desafio para estimular os

empregados.

Estrutura

Criação de um ambiente agradável para

otimizar o desempenho dos trabalhadores.

Estrutura

Integração das necessidades e objetivos

individuais com os da organização.

Estrutura

Criação de um sistema de educação eficiente

para transferência rápida de informações.

Estrutura e

Tecnologia

Atribuição de recompensas baseadas no

desempenho.

Estrutura

Organização

Criação de atribuições de tarefas para

maximizar a produção dos empregados; alterar

a tarefa adaptando-a ao homem.

Estrutura, Tecnologia

e Tarefas.

Estabelecimento de relações de autoridades

claramente delineadas.

Estrutura

Delineamento claro das responsabilidades

individuais.

Estrutura

Avaliação

Instituição de avaliadores em pontos

estratégicos da organização, de modo a receber

informação rápida sem o desempenho em

áreas-chave.

Estrutura e

Tecnologia

Medida de desempenho, comparação com

padrões, correção de desvios.

Estrutura e

Tecnologia

Fonte: Nascimento; Reginato, 2007, p.44.

Processo é uma situação que tem começo, meio e ao invés de fim tem

se o aprimoramento de tudo o que já foi conquistado no começo e no meio.

Realizadas as etapas do processo de gestão a organização alcançará de forma

eficiente e eficaz os objetivos traçados.

2.2 Competências e Habilidades do Gestor

Uma pessoa sem competências ou habilidades, facilmente vai se

manter, ela viverá sempre na mesma. Muitas das escolhas que fazemos ecoam

36

em desafios para a vida, nos mostrando que não precisamos viver na mesmice,

pois o aprendizado vai além da escola, em todo lugar se aprende algo, se a

pessoa se permitir aprender.

De acordo com o filme “Tempos Modernos” de Chaplin, era muito mais

importante saber fazer do que conhecer. Isso hoje mudou muito, pois um

precisa do outro, é necessário saber fazer e conhecer o que se esta fazendo.

O termo competência vem desde “1970 para expressar características

da vida adulta no mundo do trabalho” (GOMES, 2003 p.24).

Competência é algo que nem todas as pessoas têm. Em 1980,

competente era a pessoa que tinha conhecimento de algo e tinha a capacidade

de aplicar esse seu conhecimento na prática sendo assim à junção do saber e

do saber fazer.

O diretor é o principal responsável pelos processos de mudanças. E uma

das suas primeiras habilidades é estimular a formação de diversas equipes de

trabalho, sendo elas de alunos ou professores e até mesmo de alunos e

professores trabalhando juntos em algum projeto que obviamente irá beneficiar

a todos. Tem como habilidades mediar situações diversas. Animar a

comunidade reservando tempo em sua agenda para caminhadas pelo pátio da

escola, conversar mais com os funcionários e professores para ouvi-los e

mostrar interesse por cada um deles e na opinião dos mesmos.

O diretor precisa estar acessível a todas as famílias e é preciso que seja fácil chegar ao diretor, o qual precisa demonstrar interesse em atender à demanda dos pais, retornando toda a comunicação, possivelmente, em um prazo máximo de 24 horas. Quando não for possível, nesse prazo, o encaminhamento da solicitação, a comunicação deve ser feita para fazer saber aos pais que há interesse institucional no encaminhamento do pedido. Esta demonstração, consistente, de interesse é fundamental para envolver os pais nas decisões que afetam a vida escolar de seus filhos. (GOMES, 2003 p. 51).

O gestor precisa manter uma comunicação ativa com os pais ou

responsáveis, que a mesma seja de mão dupla, onde um procure o outro para

dar devidas informações ou se interar sobre o desenvolvimento do aluno e/ou

alguns outros acontecimentos. Essa relação é importante, pois assim os pais

ou responsáveis ficarão cientes de tudo que a escola faz para promover uma

educação de qualidade para seus filhos.

37

Quadro 2 – Tudo que o Diretor faz na Escola.

Aplica Exerce

Aprova Expede

Articula Faz Cumprir

Assina Garante

Autoriza Gerencia

Compreende Implementa

Comunica Incentiva

Confere Informa

Conhece Lidera

Constrói Luta

Consulta Observa

Convoca Organiza

Coordena Otimiza

Cumpre Participa

Decide Possibilita

Define Preside

Delega Promove

Demonstra Propõe

Desempenha Providencia

Determina Registra

Domina Transmite

Estabelece Verifica

Estimula Zela

Fonte: Elaborado pela autora. (2013)

O Gestor no exercício do seu cargo, precisa se aprofundar nos

conhecimentos da escola e da comunidade precisa buscar o

autodesenvolvimento mantendo-se capacitado, evitando a obsolescência. E

para realizar as melhores atitudes, tem que saber com o que está trabalhando

e sobre o que é seu trabalho. Afinal uma pessoa que trabalha pensando

fielmente no que faz, com melhor intuito, ela faz com consciência mostrando

assim que o seu trabalho é sempre muito bem realizado.

38

2.3 Autodesenvolvimento

O autodesenvolvimento é como uma auto-avaliação do próprio trabalho

e desempenho, onde o diretor/gestor analisa suas práticas para detectar se

existe algo para ser revisto, alterado ou feito, melhor dito a práxis (ação –

reflexão - ação) e acontece também quando o gestor se preocupa com sua

apresentação pessoal. Afinal o gestor precisa ter uma aparência agradável

para despertar a confiança de quem esta a sua volta.

Precisa ter uma grande facilidade de relacionamento, promover sempre

um ambiente de harmonia durante todo o tempo, para que todos desenvolvam

suas atividades com maior produtividade.

Ter grandes habilidades na comunicação, demonstrar clareza em sua

comunicação permitindo que os problemas e conflitos sejam rapidamente

solucionados.

Ser ágil, ter o raciocínio rápido e decisão precisa, pois é importante

organizar diversas informações e tomar rápidas decisões, ter consciência de

que é parte de uma estrutura que depende de você e ter ciência de que um

detalhe pode prejudicar todo o processo de uma escola.

Criatividade é outro ponto importante, tem que saber inovar, melhorar

suas práticas de trabalho, buscar melhorias e coisas novas, pois aquele que

trabalha sempre do mesmo jeito fazendo sempre as mesmas ações, não esta

preparado para dar contribuições.

Liderança se torna cada dia mais importante, é uma situação

pertencente à pessoa que tem decisões a tomar. É importante neste momento

de liderança propor um ambiente onde tudo aconteça de forma natural com um

bom clima.

Dispor de uma capacidade de observação, considerada também como

visão crítica, onde o gestor tem a capacidade de enxergar situações diversas,

pontos que precisam ser melhorados ou aprimorados.

Persuasão, pois deve ser capaz de convencer outras pessoas do seu

ponto de vista, de forma clara e objetiva. Essa persuasão lhe da chance de

programar na unidade escolar projetos e soluções criativas, valorizando sua

imagem e posição dentro da instituição.

39

Determinação, não esperar nada pelos outros, estar sempre muito

antecipado, realizar seu trabalho com segurança e de forma independente

buscando na escola, confiança e respeito. A determinação é fazer o que se tem

que fazer da melhor forma possível, sendo em grupo ou individual.

Ser resistente a frustração, manter o equilíbrio emocional, procurar

resolver seus problemas por si só e buscar aprender o que não sabe fazer com

funcionários amigos e professores.

E assim obter o perfil do profissional com iniciativa, criatividade,

liderança, capacidade de aprendizado contínuo e multifuncional.

2.4 Ética

Toda ação humana é dividida por valores e princípios, que são de

beneficio da própria pessoa ou da sociedade. Toda sociedade tem um código

de conduta que se volta para objetivos específicos da vida humana.

“A ética, entendida como o estudo das finalidades últimas, ideais, dirige

a conduta humana para o máximo de harmonia, universalidade e excelência,

como o convívio fraterno e solidário em sociedade.” (RIBEIRO; MENIN, 2005

p.45).

Nos dias de hoje muitos profissionais, se atacam sem motivo, pode-se

encontrar em qualquer lugar um criticando o trabalho do outro, por motivos que

ainda não se sabe, afinal por que criticar o trabalho de um colega se ele está

se saindo muito bem, ou por que criticar um trabalho de um colega que talvez

não esteja tão bem, mas então por que não ajudá-lo. Muitas perguntas são

feitas muitas dúvidas ficam por ai, o que se sabe é que o gestor necessita de

habilidades para mediar todas essas situações, procurar estar por dentro de

tudo e fazer com que o ambiente de trabalho seja agradável e harmônico.

Ao Gestor também lhe cabe à postura de ser ético, com todos que

trabalham ao seu redor e com todos da comunidade, precisa ter um postura

tanto dentro como fora da escola. Ambos: professores, funcionários, alunos e

comunidade precisão ser respeitados, para poderem ali juntos realizar o

principal objetivo da escola, que é formar cidadãos, felizes, conscientes e

capazes.

40

2.5 Motivação

Motivação é um processo que ocorre a todo o momento na vida das

pessoas. E dentro da unidade escolar cabe ao diretor/gestor, identificar o que

motiva os professores, funcionários, alunos e comunidade levando em

consideração que todas as pessoas são únicas, diferentes, portanto o que os

leva a se motivar são questões diferentes.

É importante que o gestor saiba como despertar em todos de alguma

forma a motivação lembrando que o que me motiva não motiva o próximo.

De acordo com Vergara, (2009) motivação é uma força, uma energia

que nos impulsiona na direção de alguma coisa, é absolutamente intrínseca,

isto é esta dentro de nós, nasce de nossas necessidades interiores.

As pessoas são incentivadas e motivadas por alguém, existe todo um

processo para que a pessoa se sinta motivada, e dentro da escola o Gestor é

essa pessoa responsável por incentivar, estimular cada um a realizar da melhor

forma seu trabalho.

É fato de que ninguém motiva ninguém, o que ocorre são estímulos do

gestor para seus companheiros de trabalho, portanto motivação não se da sem

estímulos.

Muitos profissionais se acomodam tornando se assim desmotivados, por

inúmeros motivos, que em alguns momentos não são nem mencionados, o

gestor deve procurar dentro de cada pessoa o que os motiva para atuar em

cima disso. Muitos precisam se colocar no lugar de seus funcionários para

saberem o que estão passando, quem sabe assim não encontram o obstáculo

que esta causando a desmotivação em cada um.

No campo profissional da educação encontramos pessoas muito

desmotivadas, necessitando de apoio e outras muito motivadas que estão

sempre radiantes. Isso é normal, pois todas são diferentes, com bagagens

diferentes uma vida totalmente diferente e sentem que seus motivos para estar

ali também são diferentes.

Segundo Vergara (2009) lidar com essas diferenças é a arte e a magia

do gestor. É importante ter sensibilidade para compreender e aceitar as

diferenças. Provavelmente sua tarefa se tornará mais fácil, mais leve.

41

De acordo com Vergara, (2009) existem diversas coisas que um gestor

pode fazer pra provocar a motivação nas pessoas que estão sua volta sendo

elas:

Toda pessoa tem potencial para tudo, muitas só precisam de um

impulso, sendo desafiados fazendo com que mostrem seu melhor.

Explicitar tudo o que deseja que o outro faça, para não haver

desentendimentos na hora da realização do trabalho.

Procurar se comunicar muito bem com todos. Estimular sempre para que

sintam orgulho do que fazem aumentando assim a auto-estima de cada um.

Promover recompensas tanto individuais quanto grupais, mas deixar

claro que a mesma se dá através do esforço de cada pessoa.

Reconhecer o trabalho de cada um, e demonstrar que esta contente com

o que esta vendo.

Elogiar, incentivar, demonstrar bastante confiança. Respeitar os limites

de cada um e aceitar suas limitações. Fazer com que aprendam com o próprio

erro, abrir os olhos de cada um para encararem o erro como uma lição que não

farão novamente pensando no bem da organização.

Seja solidário, dê a eles o seu devido valor como todo ser humano

merece. Respeite o tempo de cada um. Outro termo bem importante é não

constranger as pessoas umas na frente das outras e permitir que expressem

seus sentimentos.

Todas essas dicas são extremamente importantes, mas não serão

válidas se o discurso do gestor não corresponder as suas ações. Portanto o

gestor deve agir de forma que sua palavra acompanhe suas ações ou vice e

versa.

2.6 Liderança

Quando se fala em liderança é importante saber que nem todo chefe é

líder e muito menos o líder um chefe. A quem diga que um chefe em alguns

momentos não exerce a liderança para com seus funcionários, o que muitos

dos funcionários fazem é obedecer às ordens, por diversos motivos menos pela

liderança exercida sobre eles.

42

Se a pessoa não nasce um líder ela pode aprender a ser um, no

decorrer de sua vida.

A liderança é uma relação, portanto não se da somente com a

participação do líder. Não é possível falar algo sobre líderes sem falar antes

dos que são liderados, pois eles são os responsáveis por maior parte do

andamento da organização.

Existem algumas capacidades sugeridas para que o Gestor/Líder

trabalhe ou se transforme em um profissional capacitado.

Compartilhar visão, missão, objetivos, metas, estruturas, tecnologias e estratégias; Perscrutar, monitorar o ambiente externo; Contribuir na formação de valores e crenças dignificantes; Ter habilidade na busca de clarificação de problemas; Ser criativo; Fazer da informação sua ferramenta de trabalho; Ter iniciativa, comprometimento, atitude sinérgica, ousadia; Visualizar o sucesso; Construir formas de auto-aprendizado; Conhecer seus pontos fortes e os fracos; Ouvir e ser ouvido; Reconhecer que todo mundo tem alguma coisa com que pode contribuir; Viabilizar a comunicação; Pensar globalmente e agir localmente; Reconhecer o trabalho das pessoas; Ter energia radiante; Ser ético.(VERGARA, 2009, p. 97-98).

Todas essas capacidades são adquiridas durante a vida toda, colocando

em prática toda a sua experiência do dia-a-dia, mas não é indispensável que o

líder busque novos conhecimentos e/ou aprimorar os que já têm.

No caminho de um líder são encontrados inúmeros desafios o de ter que

lidar com a cabeça das pessoas, para acrescentar e construir novos

conhecimentos. Enfrentar seus medos e ajudar as pessoas com os seus. Outro

é manter a tranquilidade ao que considerar bobagem ou contrário ao seu ponto

de vista. Deve ser criativo ouvir a todos e utilizar algo do que foi dito por algum

funcionário para engrandecer o ambiente de trabalho.

Um líder não tem subordinado ele tem parceiros que estão ali junto dele

dispostos a trabalhar de acordo com os objetivos da organização para que os

mesmos sejam alcançados com sucesso.

A liderança requerida nesses novos tempos é um processo de construção do ser, e essa construção é de responsabilidade de cada pessoa. Quando ela opta por, simplesmente, viver sua vida, expressando-se com plenitude e dignidade, suas ações ganham valor. E ela torna-se líder. (VERGARA, 2009, p.104).

Um líder é aquele que busca tudo o que tem de melhor não só para a

43

organização, mas sim para aqueles que estão a sua volta, participando de todo

o crescimento e fazendo com que as metas estipuladas sejam alcançadas.

44

CAPITULO III

PORTAS DE ENTRADA DA COMUNIDADE NA ESCOLA

3 A ESCOLA E A COMUNIDADE

A comunidade escolar é parte principal de todo o sistema educacional,

tem como princípios abraçar a missão da escola sendo como dela mesma, se

envolve na educação de todos em relação ao conhecer, ensinar e aprender.

Comunidade é um conjunto de pessoas, em que cada membro é um participante ativo, em que foi desenvolvido um sentido de pertença, onde a colaboração entre os membros é frequente e a diversidade dos membros é respeitada. Essas pessoas estão unidas por um conjunto de ideias e acabam desenvolvendo uma forte ligação entre si. De uma coleção inicial de “eus”, elas acabam transformando-se num coletivo de “nós”. Dessa forma, os participantes constituem uma bem integrada teia de relacionamentos significativos. Inicialmente os membros começam por dividir um espaço comum e, com o tempo, passam também a dividir sentimentos comuns e a construir tradições que se sustentam. (WATKINS, 2005, p. 21 apud, JULIATTO, 2007, p. 26).

Fazem parte da comunidade escolar os alunos e seus pais. A

comunidade tem como objetivo analisar o trabalho da escola e esperar sempre

pelo melhor do ensino que será transmitido em sala de aula.

Faz-se necessário o contato entre comunidade e escola, não somente

por que a comunidade traz benefícios para a escola, mas sim por que de

acordo com o Artigo 22 do Regimento das Escolas Estaduais (2013), os pais

de alunos têm direitos.

Artigo 22 – São direitos dos pais/responsáveis, como participantes do processo educativo: I – ter acesso a informações sobre a vida escolar dos seus filhos ou pupilos; II – ter ciência do processo pedagógico; III – participar da definição das propostas educacionais da escola.

Como dito na citação acima os pais devem ter total ciência de toda a

vida escolar de seus filhos, buscando sempre questionar, reclamar se em

algum momento sentirem que o trabalho não esta sendo realizado da forma

correta, se visam as particularidades dos alunos e se estão formando eles para

45

a inserção na sociedade.

A comunidade tem um bom envolvimento com a unidade escolar a partir

do momento em que se é permitido utilizar do espaço que lhe cabe por direito.

É importante ressaltar que se a comunidade não existisse a escola não

seria simplesmente nada, afinal quem leva o nome da escola não são os

professores ou diretor e sim a comunidade escolar.

A organização da escola é algo rico e deve sempre estar andando

baseada em ótimos objetivos e pensando em alcançar todas as metas

existentes. A organização interna só será comprometida se a comunidade

discordar de algo que a escola concorda. Assim, podemos ver a forte influência

que a comunidade tem na escola.

De acordo com Lenhard, (1973 p. 156), “os professores e funcionários

administrativos da escola, aí incluindo o próprio supervisor, são membros da

comunidade.” Espera-se muito mais deles, pois são exemplos para os alunos

da instituição.

Quando se fala da relação da comunidade com a escola devem-se

conhecer alguns pontos importantes e positivos, que nos mostram a

necessidade de haver uma ação conjunta da escola e da família.

A escola tornou-se necessária quando a sociedade começou a cobrar

dos indivíduos algumas exigências para a sua preparação de vida. Tornando

assim a escola responsável pela formação integral do indivíduo e a família

responsável por garantir se todo esse trabalho está sendo muito bem

desenvolvido e realizado.

Numa sociedade em mudança, a educação deve ser permanente. Todas as pessoas devem ter oportunidades de reciclagem, de adquirir novos conhecimentos, de frequentar cursos variados. Isto permite um alargamento de visão e seu envolvimento com agentes da própria história. (ANDRADE, 1976, p. 117).

Para que tudo isso aconteça, a escola deve proporcionar aos alunos e

membros da comunidade vivências inéditas para que possam mostrar um

pouco do seu trabalho e para que a comunidade perceba que a escola se

empenha, pensando sempre em melhorias para todos que ali estão.

Se o relacionamento não funciona é porque com certeza deve ocorrer

um problema por parte da escola, da comunidade (família), ou de ambas as

46

partes.

De acordo com Andrade, (1976), existem algumas abordagens que

podem ser utilizadas para se conseguir um bom relacionamento entre escola e

comunidade:

Comunicação entre escola e a família, pois todo o contato se da na

maior parte através de uma boa comunicação entre eles. Sabendo também que

se não tem comunicação não ocorre a troca, deixando assim de existir o

conhecimento que poderia ser transmitido de um para o outro.

Prestação de serviço da comunidade para a escola, pois é importante

para qualquer pessoa se sentir útil de alguma forma, e o mesmo cabe para a

comunidade que se sente bem quando solicitada para ajudar a escola em

alguns momentos, como participar da preparação e realização de festas e

comemorações, discutir e dar sugestões para solucionar alguns problemas

existentes na escola.

A presença da escola em algumas realizações da comunidade,

ressaltando que é necessário estar na unidade escolar para um determinado

fim não somente para marcar presença.

É importante também ressaltar a presença em palestras, reuniões,

serviços educativos que levam as pessoas a refletir, decidir, comprometer-se

executar, e avaliar a execução em função da conclusão de novas etapas dentro

da unidade escolar.

A comunidade escolar merece uma maior atenção do gestor. E cabe ao

diretor/gestor pensar na quantidade e qualidade de ideias, soluções, projetos e

mão de obra que a comunidade pode oferecer a escola.

De acordo com Sperb (1976), professores de todos os lugares alegam

que a baixa frequência é devido a falta de interesse da comunidade não vão a

escola em nenhum momento, não ajudam no trabalho educacional, deixando

assim de conhecer o ambiente da escola, diante de alguns fatos foi constatado

que alguns pais não conhecem os professores de seus filhos, não conhecem o

diretor/gestor ou até mesmo o pátio da escola, alguns até esperam não

aparecer tão cedo na escola, se recebem bilhete no mesmo momento ficam

perturbados, pois, já têm em mente que o bilhete é para tratar de reclamações

referente ao comportamento de seus filhos e não por um simples convite para

47

estarem vindo a escola.

Ao contrário da escola, os pais dizem que o interesse acontece, porém

eles não são ouvidos não são bem acolhidos, não lhes é permitido um espaço

adequado para conhecer o trabalho da escola ou transmitir algum

conhecimento para a escola. Na comunidade escolar existem alguns pais que

esperam que a escola cumpra com seu papel, pois, querem que seus filhos

tenham no mínimo a formação adequada que é a que eles não tiveram

enquanto jovens.

Juntos escola e comunidade precisam entender que são mais fortes do

que imaginam, ambos podem se ajudar quando deparados com um problema

existente em um dos lados, pode ser solucionado com a ajuda do outro lado, e

assim juntos, melhorar as condições dos alunos, trabalhar visando o que é

melhor para cada um e fazer com que a qualidade de tudo que há na escola

cresça. Essa união pode fazer inúmeras coisas acontecerem em benefício da

escola, dos alunos e também da comunidade, basta existir contato.

Enquanto o administrador não tomar a si a tarefa de aproximar a escola do lar, a escola existirá como uma organização encapsulada dentro da comunidade, ficando tanto a escola como a comunidade privadas dos benefícios que, pela colaboração, poderiam usufruir. (SPERB,1976,p.132).

Para que tudo isso ocorra faz-se necessário que o administrador da

escola se organize para se relacionar bem com a comunidade.

Vida em comunidade quer dizer ação. Comunidade é sinônimo de ação. Educar é ação. Assim vistos, os termos educar e comunidade possuem um elemento comum, através do qual se forma uma intensa associação. Educação exige socialização; não seria, portanto, possível sem a comunidade. (SPERB,1976,P.132).

Se a escola deseja aprender algo com a comunidade, precisam estar em

contato ativo. A escola é bem maior que a comunidade, porém, não quer dizer

que não necessite dela para nada. E a comunidade para crescer precisa da

escola, pois, algumas pessoas sem instrução nenhuma vão encontrar inúmeras

dificuldades, os que já têm alguma instrução através do contato com a escola

podem se desenvolver, crescer mais rápido.

48

“Aprendizagem exige participação, e quanto mais ativa a participação,

tanto mais completa a aprendizagem” (SPERB,1976,p.132). E nessa união

quando o trabalho é bem feito a tendência é só crescer. A escola é a vida de

cada um e tem como principal papel de preparar o aluno para situações que ele

vai enfrentar futuramente.

Nenhuma escola deve funcionar como entidade segregada da comunidade. Pelo contrário, a escola é a comunidade em miniatura, porquanto os alunos representam a comunidade, em todas as suas classes sociais, religiosas e raciais. A escola não prepara para a vida, mas sim é a vida. Não basta dizer às crianças quais serão seus papéis e deveres em sua vida de adultos. A escola deve oferecer desde já o ambiente em que a criança vive situações que lhe permitem a aprendizagem daquilo que, em nossa cultura, deve saber. Aprender fazendo. Viver situações para aprender. Aprender pela experiência. (SPERB, 1976, p. 133).

Uma escola não consegue realizar tudo isso sozinha, inserir o aluno na

sociedade, cuidar para que o melhor seja transmitido a ele, por isso a

importância da união da escola com a comunidade, para que uma ajude a

outra.

No momento de transmitir o ensino, a escola deve procurar adaptar o

currículo de acordo com a realidade de cada um para que aprendam de forma

mais significativa. A professora não vai deixar de trabalhar o currículo somente

vai mudar a sua metodologia, fazendo com que seus alunos compreendam

melhor os conteúdos, pois em muitas escolas por terem que seguir o currículo

a risca e não se prontificarem a inovar os alunos aprendem assuntos que não

lhes serviram de nada na vida.

Definitivamente a ação da escola para com os alunos mostra a

comunidade se ela tem ou não boas intenções, se ela está preparando ou não

cada um para a vida que os espera fora da escola.

Um exemplo de comunidade ativa é aquela que cobra o trabalho da

escola, fazendo com que a escola trabalhe sim o conteúdo pedido, mas

realizando comparações com a realidade da comunidade.

A comunidade oferece um suporte, mas a função de aproveitar o que

eles trazem é da gestão, que vai instruir os professores para ensinar seus

alunos da melhor forma possível. A escola ativa é aquela que trabalha em prol

do aluno, e a comunidade trabalha para que a escola realize sempre um bom

49

trabalho.

3.1 Associação de Pais e Mestres.

A Associação de Pais e Mestres (APM) é composta por no máximo cinco

pais de alunos, funcionários da escola e corpo docente. São feitas reuniões

constantes para avisar sobre a chegada da verba e deixar os membros cientes.

Quando se necessita comprar algo é comunicado para a APM, pois eles são os

responsáveis por tudo. A direção faz um levantamento do que precisa, são

feitos 3 orçamentos e antes de fechar a compra é apresentado os orçamentos

para a diretoria de ensino e depois mandado para São Paulo, se for aprovado 2

membros da APM assinam o cheque da compra, se vier reprovado tem que

refazer todos os orçamentos. Eles têm ciência de tudo o que chega e para que

fim, pois se o dinheiro que vem for para manutenção não se pode comprar

produto de limpeza somente para manutenção e assim por diante. Algumas

escolas fazem convênios com empresas onde as compras são efetuadas no

site sem a necessidade de fazer vários orçamentos.

As associações de pais e mestres têm como objetivo principal a defesa dos interesses morais e materiais da escola representam os pais em nível local junto aos poderes públicos e junto às autoridades de educação em particular, e por fim informam aos pais sobre tudo quanto diz respeito à escolaridade de seus filhos. (VALERIEN, 2005, p. 141 e 142).

A APM é composta por uma diretoria executiva, diretoria financeira,

conselho deliberativo e conselho fiscal. Sendo todos eles docentes, pais de

alunos, alunos maiores de idade e funcionários da escola.

Conforme chegam as verbas nelas vem escrito para qual finalidade está

designada, se são para material permanente, material de consumo, higiene,

produtos de limpeza ou pequenos reparos.

Nas reuniões da APM são discutidos diversos assuntos, sobre os

membros, o dinheiro que chega e para o que é, o que a escola necessita

comprar, ou arrumar, para apresentar notas fiscais entre outros, eles de um

modo geral se reúnem para tudo que envolva a verba. Por ano as verbas são

divididas pelo Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).

50

A ideia de criar a APM deve partir do gestor, não é fácil, mas as

recompensas valem à pena. É um meio de boas relações entre comunidade e

escola. Importante que o gestor convide os pais para reuniões lhes mostrando

a importância deles na escola. Alguns se assustam, mas é importante que

insistam para que ali estejam, “as primeiras reuniões na escola têm o objetivo

de conquistar a confiança dos pais, dando lhes à compreensão da verdadeira

finalidade de sua participação no currículo escolar.” (SPERB, 1976, p. 135).

O gestor deve tomar cuidado para que os pais não se sintam obrigados a

estarem na escola, as reuniões devem ser ministradas de forma simples, e

assim conseguir com que alguns deles se ofereçam de boa vontade.

3.2 Dos Colegiados

As escolas contam com os seguintes colegiados que ocupam um espaço

muito importante: Conselho de escola e Conselho de classe e série.

Essa participação pode ser espontânea, sugerida ou voluntária, o

importante é que aconteça, é claro que sempre da melhor forma estando bom

para ambos os lados, de acordo com a lei e com o bom senso de cada um.

De acordo com o Capítulo III, Sessão I e II do Regimento das Escolas

Estaduais (2013) destaca os colegiados nas unidades de ensino com a

seguinte redação.

Sessão I Do Conselho de Escola Artigo 9º- O Conselho de Escola, com composição e atribuições definidas em legislação específica articulado ao núcleo de direção, constituí-se em colegiado de natureza consultiva e deliberativa. Artigo 10 – O Conselho de Escola tomará suas decisões respeitando os princípios e diretrizes da política educacional, a proposta pedagógica da escola e a legislação vigente. Artigo 11 – O Conselho de Escola poderá ter um estatuto próprio, com observância do disposto no artigo anterior. Artigo 12 – Há nesta escola uma Comissão de Normas e Convivência cuja finalidade é garantir a observância das regras de convivência do ambiente escolar. Cabe a essa Comissão prioritariamente: I – fazer valer o pacto social vigente na escola; II – analisar e decidir sobre os pedidos de justificativa de faltas de alunos para fins de compensação de ausências; III – julgar todos os procedimentos que atentem contra as normas de convivência da escola. Artigo 13 – A Comissão de Normas e Convivência terá a seguinte composição: I - diretor de escola, que será seu presidente nato; II – vice - diretor;

51

III – professor coordenador; IV – um professor membro do Conselho de Classe e Série, indicado por seus colegas; V – um pai de aluno, escolhido por seus pares no Conselho de Escola. Artigo 14 – A Comissão de Normas e Convivência reunir-se-á sempre que necessário, e mediante convocação da direção, tomando suas decisões por maioria simples de votos. Sessão II Dos Conselhos de Classe e Série Artigo 15 – Os Conselhos de Classe e Série, enquanto colegiados responsáveis pelo processo coletivo de acompanhamento e avaliação do ensino e da aprendizagem organizar-se-ão de forma a: I – possibilitar a inter-relação entre profissionais e alunos, entre turnos e entre séries e turmas; II – propiciar o debate permanente sobre o processo de ensino e aprendizagem; III – favorecer a integração e sequência dos conteúdos curriculares de cada série/classe; IV – orientar o processo de gestão do ensino. Artigo 16 – Os Conselhos de Classe e Série serão constituídos por todos os professores da mesma classe ou series, além do professor coordenador, e contarão com a participação de um aluno de cada classe ou series, independentemente de sua idade, escolhido por seus pares. Parágrafo Único – Os alunos participarão de todas as reuniões, salvo as convocadas para decidir sobre promoção, retenção ou indicação de alunos a progressão parcial de estudos. Artigo 17 – Os Conselhos de Classe e Série deverão se reunir, ordinariamente, uma vez por bimestre, e, extraordinariamente, sempre que necessário, mediante convocação da direção.

O Conselho de Escola e o Conselho de Classe e Série é um meio de

comunicação entre pais e escola, o mesmo é uma boa solução para diversos

problemas existentes dentro da unidade escolar.

3.3 Projeto Político Pedagógico (PPP)

O Projeto Político Pedagógico (PPP) é um documento da escola,

elaborado pela equipe escolar e pela comunidade definido assim as intenções

da mesma. Nele constam os objetivos que se espera alcançar na escola e tudo

o que se pode fazer para conquistar cada um desses objetivos, no determinado

tempo e um trabalho de qualidade.

A lei 9.394/96 no inciso I do Artigo 12 estabelece que, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, os estabelecimentos de ensino terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica: o Projeto Político Pedagógico (PPP) O PPP, além de ser uma obrigação legal, deve traduzir a visão, a missão, os objetivos, as metas e as ações que determinam o caminho

52

do sucesso e da autonomia a ser trilhado pela instituição escolar. (FERREIRA, 2009, p. 1).

O Projeto é criado para estabelecer um planejamento e outros laços

afinal para que se efetue é preciso um trabalho em grupo onde cada um traz

uma parcela de contribuição para que o projeto pedagógico alcance as metas e

objetivos estabelecidos.

É projeto porque reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo. É político por considerar a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir. É pedagógico porque define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem. (LOPES, 2013, p. 1).

O projeto é elaborado pela direção, docentes, funcionários, APM,

conselho de escola, grêmio estudantil e pais de alunos.

3.4 Programa Escola da Família.

É outra porta aberta para a comunidade estar na escola. Proporcionado

pela Secretária da Educação do Estado de São Paulo, o programa já tem 10

anos e acontecem todos os finais de semana em escolas da rede estadual.

Ele permite a abertura de escolas da Rede Estadual de Ensino, aos finais de semana, com o objetivo de possibilitar o desenvolvimento de uma cultura de paz, despertar potencialidades e ampliar os horizontes culturais de seus participantes. Reunindo profissionais da educação, voluntários e universitários, o Programa oferece às comunidades paulistas atividades que contribuem para a inclusão social, tendo como foco o respeito à pluralidade cultural e a uma política de prevenção que concorra para uma qualidade de vida cada vez melhor. Cada escola organiza as atividades dentro de 4 eixos: Esporte, Cultura, Saúde e Trabalho. Em diversas regiões do Estado, as escolas públicas as constituem o principal, ou, muitas vezes, o único equipamento público comunitário, especialmente nas localidades em que há pouca ou nenhuma opção de lazer e cultura. Os espaços escolares, normalmente ociosos aos finais de semana, passam a ser ocupados com atividades endereçadas à comunidade, favorecendo-lhe o direito de conquistar e fortalecer sua identidade. Assim, responsavelmente, essa comunidade, apropriando-se desses espaços, agrega ao seu cotidiano valores essenciais para a edificação de uma cultura participativa. (SÃO PAULO, 2013, p.3).

53

Muitos estudantes dedicam seus finais de semana ao Programa Escola

da Família (PEF) e recebem uma bolsa que arca com os custos de seus cursos

superiores.

Todos que ali estão procuram desempenhar um maravilhoso trabalho

contribuindo para o crescimento e desenvolvimento da comunidade de forma

integral. Afinal o maior público é a comunidade local da escola.

São desenvolvidos diversos projetos de artesanato, culinária, esportes,

jogos e dinâmicas que envolvem crianças, jovens e adultos.

Juntos ao final de tudo comunidade, estagiários, gestores e voluntários,

vão adquirir uma experiência repleta de responsabilidade social e participação

comunitária.

O programa proporciona para as pessoas que o frequentam fazer novas

amizades, aprender diversos projetos e transmitir seus conhecimentos. Estar

ali é mais que aprendizado é uma vivência incomparável a qualquer outra.

54

CAPITULO IV

A PESQUISA

4 METODOLOGIA

A metodologia deste trabalho de Conclusão de Curso consistiu em

pesquisa bibliográfica e questionário entregue a 10 (dez) pais de alunos sendo

8 (oito) deles utilizados na pesquisa e 10 (dez) entregues a diretores vice-

diretores e coordenadores de escolas municipais, estaduais e particulares da

cidade de Lins/SP.

O questionário dos pais foi preparado com 15 questões dissertativas

referentes ao comportamento do gestor com sua comunidade escolar, o que é

oferecido para que a comunidade tenha uma participação ativa na escola.

Participaram dessa pesquisa pais de alunos do sexo feminino e masculino,

entre 29 e 38 anos de idade, 7 (sete) dos pais tem o filho matriculado na escola

a mais de 1 (um) ano e meio, e somente 1 (um) está na determinada escola a 6

(seis) meses.

O questionário dos diretores e coordenadores foi preparado com 10

questões dissertativas sobre o trabalho deles voltado para a comunidade

escolar, suas concepções do que é ser um gestor. Participaram dessa

pesquisa, profissionais do sexo feminino e masculino que estão nesse cargo a

mais de cinco anos e tem entre 33 a 47 anos de idade.

4.1 Questionários dos Pais de Alunos.

A primeira pergunta feita para os pais era se eles tinham algum

conhecimento sobre o projeto político pedagógico e se já participaram da

elaboração dele, obteve - se como resposta que alguns não conhecem o PPP,

outros sim e já até participaram da construção do mesmo. Aqui algumas

respostas dadas para a primeira pergunta referente ao PPP.

“Nunca participei de nenhum, nem sabia que existia na escola esse

projeto”.

55

“Sim, a partir do momento que matriculei meus filhos, a coordenação

encaminhou o projeto pedagógico escolar. Na participação das reuniões,

discutimos a política escolar”.

“Foi muito interessante e importante”.

Figura 4 – resposta da pergunta nº 1 dos pais.

1 - Você conhece o Projeto Político Pedagógico da escola de seu

filho? Já participou da construção do mesmo?

13%25%

62%

Sim conhecemas nãoparticipou daconstrução

Sim conhece e jáparticipou daconstrução.

Não conhece oPPP.

Fonte: elaborado pela pesquisadora (2013).

Ter ciência do Projeto Político Pedagógico é de extrema importância, ele

permite aos pais saberem o que a escola tem de bom para oferecer a seus

filhos e a eles próprios, o PPP está nas escolas à disposição de qualquer um

que queira vê-lo.

Saber o que nele consta é imprescindível para a formação de opiniões

sobre o trabalho da escola, objetivos e metas a serem alcançadas e participar

da construção do mesmo é fazer valer sua opinião e ajudar para que inovações

aconteçam dentro da unidade escolar. Quando 62% dos pais dizem que não

conhece o PPP, vemos que ainda existe muita coisa errada na educação, mas

cabe aos pais e gestores analisar o porquê desse afastamento de informações.

Os pais precisam conhecer para obter uma melhor visão da escola, porém se

eles não souberem que isso existe ficará muito difícil, então faz se necessário

56

que o gestor apresente o PPP para cada pai assim que ingressarem seus filhos

na escola começando nesta atitude uma ligação com os pais dos alunos.

Quando perguntado aos pais se tiveram a oportunidade de conhecer o

interior da escola de seus filhos as respostas foram bem positivas, pois todos

de alguma forma, sendo levados por professores, coordenadores ou pela

direção conheceram cada instalação do ambiente escolar.

“No momento que matriculei meus filhos, a direção da escola me

mostrou todo o complexo e estrutura, desde o corpo físico até o ideológico”.

“É uma excelente oportunidade, fiquei sabendo quais são as salas de

todas as atividades do meu filho”.

Figura 5 – resposta da pergunta nº 2 dos pais.

2 - Já teve a oportunidade de conhecer o interior da escola

de seu filho? Quem lhe propôs conhecer a escola?

49%

25%

13% 13% Sim, a diretora

Sim, eumesmo

Sim, ocoordenador

Sim, aprofessora

Fonte: elaborado pela pesquisadora. (2013)

A escola é o lugar onde os alunos passam boa parte do dia. Conhecer o

ambiente onde o próprio filho vai ficar é indispensável. O mesmo pode partir da

direção como vimos no gráfico 49%, dos professores 13%, coordenadores 13%

e dos pais 25%, lembrando que esse é um direito que cada pai tem ao

matricular seu filho na escola.

Quando esse passeio é oferecido e não cobrado pelos pais, a

57

credibilidade da escola aumenta, fazendo com que os pais percebam o quanto

esta sendo bem feito o trabalho da escola.

Quando perguntado aos pais se eles ficam cientes do que acontece na

escola ou se são convidados, obteve-se como respostas que sim alguns por

correspondência outros por agenda dos filhos, o importante é que o contato

acontece.

“Sim temos contato diário através da agenda, mas sinto liberdade total

para estar visitando a escola e para procurar os professores e direção”.

Figura 6 – resposta da pergunta nº 3 dos pais.

3 - Você fica ciente do que acontece ou vai acontecer de

eventos na escola? Você e sua familia são convidados pela

direção?

75%

25%Fica ciente e sãoconvidados.

Fica ciente masnão sãoconvidados.

Fonte: elaborado pela pesquisadora. (2013)

Festas e eventos da escola são de importância muito significativa para

os pais, pois gostam de estar ali prestigiando seus filhos, e quando a

comunicação do evento ocorre, mas não é convidado pelo fato de a festa ser

somente para os alunos ou qualquer outro motivo como nos mostra o gráfico

em 25% faz com que os pais se sintam excluídos de certa forma da vida

escolar de seus filhos e esse sentimento não faz bem para a relação do gestor

com a comunidade, os levando a pensar que de certa forma ele não quer os

pais na escola.

É importante esse convite para que a relação de ambos cresça de forma

58

positiva e assim como nos mostra o gráfico com 75% dos que são convidados

daí cabe ao pai decidir se vai ou não. O importante é que o trabalho esta sendo

realizado e que a comunidade tem sim um espaço especial na escola.

Quando perguntado aos pais se eles acompanham o que seu filho está

aprendendo, as respostas foram bem variadas percebendo assim o modo

como cada um lida com o desenvolvimento do filho, preocupam-se em saber

cada passo como eles estão se saindo e como alguns não dão valor para isso

deixando de lado seus filhos e uma parte muito importante da vida deles.

“Sim procuro ajudar nas tarefas e perguntar como foi seu dia e com isso

acabo sabendo através dele mesmo o que ele aprendeu”.

“Procuro o máximo acompanhar o desenvolvimento dos meus filhos,

sempre estou em contato com a coordenação ou secretaria, quando não posso

ir nas reuniões entro em contato com a coordenação da escola, procuro

dialogar com os professores discutimos e analisamos o desempenho e

desenvolvimento dos meus filhos”.

Figura 7 – resposta da pergunta nº4 dos pais.

4 - Você acompanha o que seu filho esta aprendendo na

escola? De que forma?

25%

49%

13%

13% Sim participando dereuniões.

Sim olhando sempreos cadernos.

Sim mantendo contatocom a coordenação eprofessores.

Não

Fonte: elaborado pela pesquisadora. (2013)

59

Acompanhar o que o filho realiza na escola e como está seu

desenvolvimento é uma das incumbências dos pais de acordo com o Artigo 22

do Regimento das Escolas estaduais. Esse olhar para o desenvolvimento do

filho é crucial e lhes permite ver onde seus filhos estão em grau de

desenvolvimento, como estão se saindo em relação aos estudos, o que estão

aprendendo ou não, se é acessível se parte da realidade deles ou não e a

partir disso buscar medidas e se necessário cobrar os responsáveis pelo não

avanço do aluno se isso estiver acontecendo.

Os meios de se obter informações do desenvolvimento são diversos,

como no gráfico acima, 25% acompanham através de reuniões bimestrais, e

outras quando convocados, 49% acompanham olhando sempre os cadernos

revisando a matéria e questionando o próprio filho sobre o que ele aprendeu,

13% procura manter um contato ativo com coordenação e secretaria. E

infelizmente 13% dos pais não acompanham em lugar nenhum, mostrando que

não se importam com seus filhos, pois como incentivo para os estudos os

alunos precisam do pai e/ou da mãe ou responsável para que se sintam

motivados a estar ali.

O percentual é pequeno, mas mesmo assim é preocupante, fazendo se

necessário que haja um trabalho da escola de conscientização dos pais para

essa importância de acompanhar o desenvolvimento do filho.

Quando perguntado aos pais quais ações realizadas na escola tem a

participação da comunidade, responderam-me diversas ações sendo alguma

delas reuniões de pais, de conselho, da APM, festas familiares e o Programa

Escola da Família.

“Uma das que eu conheço é o Programa Escola da Família”

“Quando tem reunião de pais ou quando tem eventos com participação

familiar.”

“Feira de ciências, festas como junina, dia das crianças e fim de ano,

assim como projetos de esportes aberta a comunidade como: dama, xadrez,

futsal e judô.”

60

Figura 8 – resposta da pergunta nº 5 dos pais.

5 - Quais são as ações realizadas na escola que tenha a

participação da comunidade escolar?

25%

25%

25%

25%Reunião de pais eda APM.

Programa Escolada Família.

FestasComemorativas.

Não sabe.

Fonte: elaborado pela pesquisadora. (2013)

De acordo com o gráfico acima cada tópico vem trazendo 25% são

pontos positivos e negativos ao mesmo tempo, pois dos dados aqui expostos

25% não sabe nem o que dizer, isso fica evidente o quanto a comunidade

precisa se interar mais do trabalho da escola e a escola procurarem buscar

mais ainda a comunidade para que esse percentual caia e para que ambas se

conheçam melhor.

Quando perguntado aos pais se o diretor da escola permite a entrada

deles para pegarem ou visitarem seus filhos durante os horários de aula as

respostas foram às seguintes:

“Nem sempre a direção da escola tem esse livre aceso para buscar

meus filhos, mas quando se trata de conhecer a sala de aula em que meu filho

estuda acompanhar o desenvolvimento do professor ou desempenho do aluno,

a direção aprova com muito êxito, pois coloca o pai a conhecer o trabalho do

docente e formação do discente.”

“Somente quando a criança tem algum compromisso como consulta

médica ou algum compromisso importante do contrário somente nos horários

de saída.”

61

Figura 9 – resposta da pergunta nº 6 dos pais.

6 - O diretor da escola permite que os pais tenham entrada

liberada para quando quiserem pegar seus filhos, ou fazer

uma visita ou até mesmo conhecer a sala de aula de seus

filhos?

50%

50%

Somente paraalgumcompromisocomo consultamédica.Sim entradaliberada.

Fonte: elaborado pela pesquisadora. (2013)

A entrada do pai na escola não deve ser limitada, eles devem ter o

direito de buscar seus filhos quando quiserem desde que estejam cientes do

que eles estão perdendo de aula. E quanto a conhecer a sala de aula é

importante que o próprio pai faça esse pedido para ele estar conhecendo o

ambiente que o filho dele estuda.

A partir do momento que o aluno é deixado na escola, a

responsabilidade por ele passa a ser totalmente da escola, mas quando o pai

está lá para buscá-lo independente do horário ele assume essa

responsabilidade e pode levá-lo sim, afinal, ele é o pai/responsável.

Quando perguntado aos pais que ações realizadas pela escola eles

participaram, responderam quase que todas as reuniões, dentre elas de pais

de conselho e da APM e festas de datas.

“Nas reuniões de pais e é nesse momento que tenho a oportunidade de

conhecer melhor o trabalho da escola.”

“Muitas festas sempre participo de todas”.

“Festas juninas”.

62

Figura 10 – resposta da pergunta nº 7 dos pais.

7 - De quais ações realizadas pela escola, dentre elas

reuniões de pais, reunião da APM, festas ou qualquer outro

evento você participou?

62%

38%

Reuniões de pais emestres.

Festas

Fonte: elaborado pela pesquisadora. (2013)

Estar por dentro das ações da escola e participar ativamente delas faz

com que o laço entre gestor e comunidade fique mais forte, ausentar-se não

implica somente ao afastamento, mas também ao aprendizado que

supostamente estaria adquirindo com o contato ativo.

Do total apenas 38% participam de festas que não ajudam a ter uma

noção de como seus filhos são na sala de aula. Estar em festas prestigiando os

filhos é importante, mas ir a reuniões também tem um significado muito crucial

e merece um cuidado especial. Demonstrando a criança o interesse do

pai/responsável por seu desempenho.

Quando afirmado aos pais que na escola a comunidade tem baixa

participação e perguntado o porquê as respostas divergem onde uns

concordavam e outros não.

“Acredito que seja pela falta de interesse dos pais em participar

ativamente da vida escolar e do ambiente escolar de seus filhos”.

“Sim, por que a cada dia que passa as pessoas está perdendo o

interesse em acompanhar seus filhos, isso tudo devido à falta de tempo e

muitas vezes de comodismo”.

“Não, eles tem muita participação”.

63

Figura 11 – resposta da pergunta nº 8 dos pais.

8 - Na escola a comunidade escolar tem baixa

participação. Porque eles não tem interesse ou por que

não lhes é oferecido um espaço pelo diretor da escola?

37%

38%

25%Por falta deinteresse.

Por não ter umespaçooferecido.Não tem baixaparticipação.

Fonte: elaborado pela pesquisadora. (2013)

De acordo com o gráfico 37% dos pais entrevistados dizem que a baixa

participação é por falta de interesse da comunidade em estar na escola,

fazendo com que perceba-se que essa porcentagem não tem nenhum

interesse sobre o próprio filho.

Se os levarmos a refletir sobre os benefícios de estar ali, teoricamente

esse percentual pode aumentar.

Já, 38% dizem que não lhes é oferecidos um espaço adequado para

estar ali agindo junto da escola. Sendo uma ação errada, pois a comunidade

tem direitos a esse espaço e para benefício de ambos os lados.

E o que marcou bastante esse gráfico foi à menor porcentagem de 25%

que discorda e diz que a comunidade não tem baixa participação, que estão ali

sempre e nos dão exemplos de que o contato acontece sempre que

necessário. E por mais que seja pouco mostra que alguns gestores estão

executando seus trabalhos da forma correta visando a importância da família

na escola.

Quando perguntado aos pais qual a opinião de cada um em relação ao

diretor e sua equipe gestora, obteve-se como resposta da presente pergunta as

seguintes:

“Eu acho a diretora excelente além de extremamente competente uma

pessoa e diretora que ama o que faz por isso acredito nas metas da escola. E

64

com relação aos professores e funcionários também os admiro muito.”

“Não tenho o que criticar, são eficientes.”

“No começo não gostei da direção, mas indo sempre a escola comecei

olhar a direção de outra maneira.”

Figura 12 – resposta da pergunta nº 9 dos pais.

9 - Qual a sua opinião em relação ao diretor da escola e

toda a sua equipe gestora?

75%

25% Excelenteadministradorae equipe.

Bomadministrador eboa equipe.

Fonte: elaborado pela pesquisadora. (2013)

Analisando o gráfico pode se ver que os gestores e toda a equipe estão

cumprindo com suas obrigações e responsabilidades, de forma que atinja muito

bem a comunidade, 75% diz que o diretor é excelente e a equipe também, e

25% dizem que o diretor é bom e a equipe também, porém se contentar com

esse bom é se contentar com pouco. Então cabe ao diretor e sua equipe

crescer, e melhorar ainda mais suas ações.

Quando perguntado aos pais por meio do questionário que sugestões

eles dariam para ter uma melhor relação com o diretor. Como respostas

disseram

“Não tenho o que reclamar a direção e a equipe são eficientes.”

“A relação parece boa, mas dá para ficar ainda melhor.”

65

Figura 13 – resposta da pergunta nº 10 dos pais.

10 - Que sugestões você daria para ter uma melhor relação

com o diretor da escola, o que precisa ser mudado?

87%

13%

Não precisamudar nada.

Dá para ficarmelhor.

Fonte: elaborado pela pesquisadora (2013).

Ter um momento onde lhe dêem a palavra para expor crítica ou opções

para mudanças, é importante e deve ser bem aproveitado pela comunidade

para que por ventura não venham a reclamar de algo que estava nas mãos

deles e não colaboraram para a mudança.

De acordo com o gráfico acima 13% dizem que dá pra ficar melhor o

trabalho do diretor, para com a escola, porém não sugerem nenhuma opção

para que essa melhoria inesperada aconteça. E isso faz com que a escola

fique de mãos atadas, pois não sabem onde estão falhando para poder

melhorar.

De total, 87% dos pais sem rodeios disseram que estão contentes e que

não há necessidade de mudança nenhuma na escola, fazendo uma amostra do

trabalho do Gestor, que por sinal esta sendo muito bem feito e visado por todos

que ali o rodeiam. Tudo isso é importante para que ambos tenham contato e

para que a escola ouça um pouco do lado da comunidade e venha a acatar

parte ou todas as sugestões que a mesma possa oferecer.

Quando perguntado aos pais se já tiveram algum problema com o diretor

da escola ou qualquer funcionário foi perguntado ainda se poderiam me dizer

qual era o problema se esse tivesse ocorrido responderam sim e também não

com bastante clareza e convicção dando as seguintes respostas:

66

“Nunca tivemos problemas com a direção da escola ou qualquer outro

funcionário, sempre que vou a escola sou bem recebido.”

“Sim meus filhos estavam sempre entrando em conflito com a diretora e

professor. São vários alunos que não tem muito interesse e tem sempre que

sobrar o problema na mão de alguém.”

Figura 14 – resposta da pergunta nº 11 dos pais.

11- Vocês já tiveram algum problema com o diretor da

escola ou qualquer outro funcionário? Qual foi se puder

dizer?

75%

25% Não

Sim

Fonte: elaborado pela pesquisadora. (2013)

Como sabemos, problemas acontecem sempre e vão acontecer na

medida em forem passando o tempo, sendo eles graves ou não. A escola deve

ter como suporte um trabalho muito bem estruturado para que nenhum

problema venha a ocorrer, assim como visto no gráfico com 25% que já tiveram

problemas na escola e se acontecer o gestor deve ser flexível quanto a como

solucionar o mesmo.

Ainda analisando o gráfico observa-se que a maior porcentagem é de

75% sendo eles os que não tiveram nenhum problema com a direção ou

funcionários, nos mostrando assim que o trabalho do gestor nessas escolas é

muito bem realizado.

Quando perguntado aos pais se o problema foi solucionado, obteve se

como resposta um dado positivo, pois foram todos resolvidos sim da melhor

67

forma.

Figura 15 – resposta da pergunta nº 12 dos pais.

12 - O problema foi solucionado?

25%

75%

Sim

Não houveproblema.

Fonte: elaborado pela pesquisadora. (2013)

Fazendo um paralelo com a pergunta anterior, vemos que de acordo

com o gráfico todos os problemas foram resolvidos no ato do ocorrido com as

melhores intervenções realizadas pelo gestor da escola e sua equipe. Visando

a realização e satisfação da comunidade de modo que venham a acreditar

sempre no trabalho do gestor e no compromisso que ele tem com todos os

alunos ali presentes na escola.

Quando perguntado aos pais qual nota dariam para a escola e

funcionários da mesma, responderam uma quantidade bem diversificada de

notas sendo elas 8, 9 e 10.

“A escola melhorou bastante e os funcionários também melhoraram, tem nota

8.”

“Nota 9 para a escola e para os funcionários pois todos tem um

comportamento excepcional.”

Figura 16 – resposta da pergunta nº 13 dos pais.

68

13 - Que nota você daria para a escola e funcionários?

37%38%

25% Nota 10

Nota 9

Nota 8

Fonte: elaborado pela pesquisadora. (2013)

O gráfico acima traz-nos 25% dos pais que deram nota 8, pois a escola

vem melhorando agora em muitas questões, o 8 se da pelo fato de ainda ter

muita coisa para fazer em prol da comunidade incluindo os pais e alunos. Dos

pais 38% diz que a escola e funcionários merecem nota 9 e 37% diz que

merecem nota 10, por ser uma ótima escola, e estarem implementando novas

melhorias para todos e por não deixar a comunidade de lado em nenhum

momento.

O cuidar da escola é uma questão de alto valor, nenhum pai aceita

qualquer coisa para seu filho querem sempre o melhor e nada menos que isso,

pois deixam seus filhos passarem grande parte do dia lá, cabe o gestor

trabalhar para que esse melhor seja sempre oferecido. Afinal pai nenhum vai

matricular seus filhos em qualquer escola com uma péssima estrutura e

funcionários não qualificados para estarem ali.

Quando perguntado aos pais que nota eles dariam para toda a equipe

gestora foi respondido diversas notas algumas com justificativas.

“9,5, pois são todos dotados de grande capacidade educativa.”

“Nota 8, pois acho que ela ainda falha em algumas situações.”

69

Figura 17 – resposta da pergunta nº 14 dos pais.

14 - Qual a nota que a equipe gestora, incluindo

professores mediador, coordenadoreres e professores

merecem ?

37%

13%13%

13%

24%

Nota 10

Nota 9,5

Nota 9

Nota 8,5

Nota 8

Fonte: elaborado pela pesquisadora. (2013)

Fazendo uma leitura do gráfico vemos que 24% deu nota 8, 13% deu

nota 8,5, 13% também deu nota 9, 13% mais uma vez deu nota 9,5 e 37% deu

a nota máxima que é 10, mostrando ai que a maioria esta contente com os

trabalhos realizados pela equipe gestora.

A diversidade de notas que se vê, ocorre pelo fato de algumas equipes

gestoras não estarem cumprindo com suas devidas funções. Sendo então

necessária a realização da análise da práxis onde vão identificar em que ponto

está errando, o que pode ser melhorado refeito ou realizado. A equipe é parte

fundamental da escola sem ela muita coisa não caminha para o seu devido

lugar.

Quando enfim perguntado aos pais que nota eles dariam para os

gestores/diretores e o porquê da nota foi visto que são poucos os que não

estão contentes com o que esta sendo feito, e mais da metade que acredita no

trabalho de cada diretor que esta a frente da escola do seu filho.

“10. Pois acredito que ela é uma pessoa competente, acima de tudo ama

as crianças e o que faz. Mantém a escola sempre a disposição para os pais e

comunidade. E mesmo com todas as dificuldades é sempre prestativa e

70

atenciosa.”

“9, pois é evidente o cuidado e a organização com o qual ela administra a

escola.”

Figura 18 – resposta da pergunta nº 15 dos pais.

15 - Qual nota de 0 a 10 que você daria para o diretor da

escola? Por quê?

37%

37%

13%13%

Nota 10 peloexcelentetrabalho.Nota 9 pelo bomtrabalho.

Nota 8

Nota 7 por deixarmuito a desejar.

Fonte: elaborado pela pesquisadora. (2013)

4.2 Questionário dos Gestores.

A primeira pergunta feita para os diretores/gestores foi qual o

posicionamento que cada um tem em relação à comunidade. Suas respostas

foram bem objetivas e claras, mostrando nos pontos fortes do seu trabalho.

“Cumpro com as normas e regras para agradar a todos, mas

infelizmente não conseguimos agradar todo mundo, principalmente com pais

de alunos problemas que não querem enxergar o que o filho faz.”

“Primeiro falta iniciativa por parte do governo para a criação de mais

programas que desperte o interesse da comunidade. Segundo, falta

participação por parte da comunidade nos poucos projetos oferecidos para

esta.”

71

“Procuro fazer um trabalho articulador entre escola e comunidade.”

Figura 19 – resposta da pergunta nº 1 dos gestores

1 - Qual o seu posicionamento em relação a comunidade?

40%10%

30%20%

Cumpre com as normase regras para agradar atodos.

Falta muito interesse dacomunidade pelosprojetos oferecidos.

Assume um papelarticulador entre escolae comunidade.

A comunidade relacionase com tudo o queocorre dentro da escola.

Fonte: elaborado pela pesquisadora. (2013)

O gráfico acima nos mostra a diversidade de formas pelo qual os

gestores olham para suas comunidades, 20% procuram cumprirem com as

normas e regras para agradar a todos, porém ressalta que não é possível

principalmente agradar alguns pais de alunos problemas, pois eles não

acreditam que o próprio filho tenha feito algo de errado, 40% dizem que falta

muito interesse da comunidade para com o que a escola oferece e também cita

que o governo poderia implementar mais programas que desperte o interesse

deles em estar na escola, 10% procura trabalhar de forma articulada entre

escola e comunidade, para que todos se beneficiem com o bom trabalho

realizado e 30% dizem que a relação é boa, onde poucos pais não querem

estar lá e que quando ocorre alguma divergência logo é resolvida.

Quando perguntado aos gestores o que realmente era ser um gestor,

recebi como respostas as seguintes conclusões:

“É ser um administrador, de maneira em que saiba estabelecer normas,

criar regras e claro as cumprir. É gerir a unidade escolar buscando a melhor

forma de lidar com os alunos, pais e funcionários incluindo a equipe docente.

72

Figura 20 – resposta da pergunta nº 2 dos gestores

2 - O que é ser um gestor?

50%50%

É ser umgerente.

É ser umadminitrador.

Fonte: elaborado pela pesquisadora. (2013)

O gráfico acima mostra que os gestores 50% acreditam serem

administradores e 50% gerentes, ambas as respostas estão corretas, o gestor

é tanto um administrador de toda a unidade escolar, e das ações que ali

acontecem quanto um gerente, que gerencia os espaços físicos a clientela e

tem conhecimentos de todos os documentos legais para o andamento do seu

trabalho. Ele também administra recursos financeiros e humanos dentro da

escola, estabelece regras, também as cumpre buscando o melhor para todos.

Tem inúmeras responsabilidades que fazem parte do seu dia, e cabe a ele

administrar tudo isso sem prejudicar ninguém, deve ser ágil tanto para

respostas, quanto para encontrar soluções.

Quando perguntado aos Gestores o que a escola proporciona na prática

para a comunidade, como resposta dentre algumas que o mais proporcionado

para a comunidade é o Programa Escola da Família que vem integrando

diversos projetos dentro de um só, é voltado para todas as idades, fazendo

com que todos da comunidade possam participar e nele encontrar algo que

lhes desperte o desejo de aprender.

“Programa Escola da Família aos sábados e domingos, que vem

suprindo as necessidades da escola regular. (segunda a sexta). Os outros

eventos como festas e palestras são fechados para os pais.”

73

“Palestras informativas, leituras, coral e oficinas.”

“O programa escola da família, as reuniões de pais e mestres e festas

que são para alunos e toda a família.”

Figura 21 – resposta da pergunta nº 3 dos gestores

3- O que a escola proporciona na prática para a

comunidade?

50%

30%

20%

Programa Escolada Família.

Palestrasinformativas efestas para afamília.

Reuniões de pais emestres.

Fonte: elaborado pela pesquisadora. (2013)

Como podemos ver no gráfico acima são poucas as opções que

comportam a comunidade dentro da escola, sendo necessário que os gestores

reformulem suas ações e modifiquem parte de suas práticas para que a

comunidade esteja dentro da escola em todos os momentos possíveis.

Assim, 50% das escolas proporcionam na prática para a comunidade o

Programa Escola da família, onde nele se pode participar de palestras, festas e

diversos projetos de artesanato, culinária, jogos e recreação, 30% das escolas

proporcionam palestras informativas e festas para toda a família e 20% na

prática trazem para a comunidade reuniões de pais e mestres para informa-los

da situação escolar de seus filhos.

Quando perguntado aos gestores se a comunidade tem participação

ativa ou não responderam alguns que sim e outros que não por seus devidos

motivos.

74

“Sim, ativa por que eles apóiam nossa prática.”

Figura 22 – resposta da pergunta nº 4 dos gestores

4 - A comunidade tem participação ativa ou não dentro

da escola? Por que ?

60%

40%

Não

Sim

Fonte: elaborado pela pesquisadora. (2013)

Como pode se observar 60% dos gestores respondeu que a comunidade

não é ativa por falta de interesse deles.

E 40% dizem que é ativa sim, afinal conhecem o modo com a escola

trabalha e como o gestor administra tudo.

É importante haver um contato ativo entre comunidade e escola para

que uma auxilie no trabalho da outra visando sempre o melhor para todos os

envolvidos nesse processo.

Quando perguntado aos gestores quantas vezes eles recebem alguém

da comunidade, foram bem sucintos, dizendo que recebem quando for preciso,

sempre que convocados.

“Quantas forem necessárias.”

“Muito raro, apenas aqueles que foram convocados para comparecer à

escola, agora eles virem por iniciativa própria é muito difícil, quase que

impossível.”

75

Figura 23 – resposta da pergunta nº 5 dos gestores

5 - Quantas vezes por semana ou dia você recebe

alguém da comunidade, para conversar sobre seus

filhos, receber reclamações e ou opiniões, dicas para a

melhoria do trabalho e beneficio do estudo dos alunos?

40%

20%

40%

Recebe de 3 a 6por dia.

Apenas quandosãoconvocados.

Quantas foremnecessárias.

Fonte: elaborado pela pesquisadora. (2013)

O gestor dentro de suas funções tem que reservar um tempo para

receber a comunidade, lembrando que sempre de braços abertos e prontos

para resolver o que a comunidade traz para eles.

Analisando o gráfico acima vê se que, 40% recebem na escola de 3 a 6

pais por dia para conversarem e resolver algumas pendências, conversarem

sobre a vida escolar de seus filhos, 20% dizem que os pais comparecem sim

quando convocados principalmente por motivos de indisciplina, caso contrário

nem assim eles vão a escola.

E os outros 40% dizem que recebem a comunidade quantas vezes

forem necessárias pelo tempo que for também, desde que satisfaça a

comunidade em tudo o que ela estiver indagando, e que seja para o beneficio

do desenvolvimento do aluno.

Quando perguntado aos gestores quais os momentos que a comunidade

era requisitada responderam assim:

“Sempre que precisamos de opiniões e decisões que lhe dizem

respeito.”

“Reunião de pais, reunião do conselho, reunião da APM, reunião do

SARESP e eventos da escola da família.”

76

Figura 24 – resposta da pergunta nº 6 dos gestores

6 - Em quais momentos a comunidade é requisitada

na escola?

30%

70%

Sempre queprecisa tomaralgumadescisão.

Reuniõesdiversas.

Fonte: elaborado pela pesquisadora. (2013)

É visto que a comunidade é requisitada na escola de acordo com 30%

dos gestores sempre que para ajudar na tomada de decisões e algum

planejamento. E 70% dizem que em reuniões diversas, da APM, SARESP, pais

e mestres, etc.

Lembrando que a presença da comunidade é importante, mas não pode

ser forçada deve ser de forma natural sem ninguém forçar ninguém.

Quando perguntado aos gestores de que forma a comunidade é ligada a

escola, responderam que de varias formas como palestras, reuniões e festas.

Há também quem diga que não esta ligada de forma nenhuma, pelo

contrário vêem a escola como deposito de crianças.

“Somente pelo fato de ter o filho matriculado na escola.”

“De todas as formas, com muita intensidade, pois a escola nada mais é

do que o alicerce da sociedade, sendo assim se faz necessário a presença dos

pais em tudo que envolve a escola.”

“Palestras, reuniões bimestrais e visitas a escola, sempre que algum pai

quiser, tanto para ver os filhos ou leva-lo para casa mais cedo.”

77

Figura 25 – resposta da pergunta nº 7 dos gestores

7 - De que forma a comunidade esta ligada com a

escola?

40%

50%

10%

Por ter os filhosmatriculados.

Palestras,reuniões evisitas naescola.De todas asformas.

Fonte: elaborado pela pesquisadora. (2013)

A comunidade deve estar ligada com a escola de todas as formas, assim

como se vê no gráfico onde 10% dos gestores que pensam assim de todas as

formas, 50% dizem que estão ligados pelas reuniões palestras e visitas

realizadas pela família na escola. Infelizmente 40% dos gestores dizem que a

única forma no qual estão ligados é pelo simples fato de ter os filhos ali

matriculados, fazendo assim da escola um depósito, onde deixam seus filhos e

os pegam horas mais tarde.

Esse pensamento deve ser quebrado, pois precisam ter consciência da

importância real da escola para todos, não somente para o aluno.

Quando perguntado aos gestores se a comunidade participa de algum

planejamento ou decisão responderam que de certa forma sim.

“De acordo com a Secretaria da Educação o projeto político pedagógico

vem pronto junto com as apostilas do aluno. Portanto não há participação da

comunidade nesse planejamento ou decisão. Já o regimento é construído na

escola, mas também não tem a participação da comunidade.”

“Sim, nas reuniões da APM e nas reuniões de pais, colaborando com

sugestões para a melhoria do ensino e do ambiente escolar de uma forma

geral.”

78

Figura 26 – resposta da pergunta nº 8 dos gestores

8 - A comunidade participa de algumas decisões ou

planejamento e a construção do projeto político

pedagógico? Como?

70%

30% Não

Sim

Fonte: elaborado pela pesquisadora. (2013)

A participação da comunidade nessas construções é essencial para o

crescimento de ambos os lados, escola e comunidade.

Como aponta no gráfico, 30% dos gestores recebem a comunidade para

a construção desses documentos, transmitindo, a importância deles estarem

ali, e criando laços de confiança sem contar no acréscimo de conhecimentos

muito importantes para a comunidade.

Dos 70% dos gestores não têm a participação da comunidade no

planejamento ou tomada de decisões, deixando assim de ter acesso a

conhecimentos raros que a mesma pode oferecer para o crescimento da

unidade escolar. Sem contar que é um direito deles poderem participar de tudo

isso.

Quando perguntado aos gestores se eles aceitam e acatam sugestões

da comunidade, responderam que acatariam sim se isso acontecesse, outros

disseram que somente escutam e não optam em nada.

“Sempre que possível, quando é para a melhoria da comunidade.”

“Isso não acontece, pois os pais não estão na escola para que isso

aconteça. Mas se tivesse com certeza seria acatada a ideia pensando na

melhoria e qualidade do ensino aprendizado.”

79

Figura 27 – resposta da pergunta nº 9 dos gestores

9 - Você aceita e acata as sugestões da comunidade?

40%

30%

30%

Sim acatamsugestões.

Isso não aconteçepois os pais nãoestão na escola.

Os pais não dãoopiniões so ficamcientes dos fatos.

Fonte: elaborado pela pesquisadora. (2013)

Analisando o gráfico somente uma pequena porcentagem acata às

sugestões da comunidade sendo ela 40% dos gestores, que mostram que o

trabalho da escola não se dá sem a participação ativa da comunidade em todos

os segmentos.

Já, 30% dizem que não acatam essas sugestões, pois não existe

comunidade na escola para dar essas ideias ou opiniões e ainda dizem que se

a comunidade ali estivesse seriam todas acatadas para o crescimento da

escola. Mas a comunidade de certa forma não esta na escola nem para saber

que eles têm voz ativa. O importante é fazer com que esse percentual venha

para a escola dar seus parecer para uma escola melhor, até mesmo para terem

algum direito de cobrança.

E 30% também dizem que os pais não optam em nada somente ficam

cientes nas reuniões de pais e mestres. Sendo assim uma ação errada, pois a

comunidade tem o direito de optar e não só ouvir o que a escola te pra dizer

em relação a mudanças realizadas.

Quando perguntado aos gestores se eles têm autonomia em seu

trabalho responderam com alguns exemplos.

“Não, pois sou impedido de realizar muitas coisas pelos meus

80

superiores. Afinal antes de realizar algo tem que passar pela mão deles é onde

não se aprova quase nada.”

“Sim, pois quando ao estabelecer as regras de convivências faço jus a

autonomia, porém esta, não é usada para me exaltar dentre os demais, apenas

para organizar e estruturar o ambiente escolar.”

Figura 28 – resposta da pergunta nº 10 dos gestores.

10 - Você tem autonomia no seu trabalho?

20%

80%

Não

Sim

Fonte: elaborado pela pesquisadora. (2013)

Ter autonomia no próprio trabalho é um ponto positivo para o gestor,

porém há sempre alguém que no último minuto não aprova sua ação, o

deixando desmotivado, cansado de estar sempre ali a frente e não poder

realizar nada.

Observando o gráfico acima pode se ver o quanto os gestores estão

com autonomia em seus trabalhos, resultando em ações positivas, estão eles

em uma porcentagem de 80%. Mas ainda tem uma pequena porcentagem de

20% que não tem autonomia pelo simples fato de serem vetados sempre.

O fato de o gestor estar ali a frente da escola ele tem direitos e

responsabilidades, para com a comunidade, se seus projetos estão sendo

vetados de alguma forma cabe ao gestor buscar analisar suas práticas e ver

onde possivelmente ele esteja errando e fazer de tudo para que isso seja

81

revertido e para que ele continue fazendo um bom trabalho, melhor do que

antes.

Concluindo a pesquisa foi visto que tanto o gestor quanto a comunidade

estão em débito um com o outro, uma porcentagem pequena, porém existente.

Ainda precisa se realizar muitos trabalhos para que ambos estejam

totalmente ligados. Fica claro que cada um na medida do possível está

cumprindo com suas responsabilidades, falhando em alguns pontos, mas estão

caminhando, para que o objetivo central da escola se concretize.

A gestão é um processo que se dá de forma coletiva, portanto não verá

conclusões no seu trabalho os gestores que não ingressarem a comunidade na

escola de forma efetiva. E a comunidade não verá o que o Gestor faz pela

unidade escolar se ela não estiver lá dentro o cobrando para que as melhores

ações aconteçam.

82

CONCLUSÃO

Este estudo procurou mostrar por meio de pesquisas bibliográficas o

trabalho do gestor para com a comunidade escolar, suas responsabilidades

sociais e o que pode ser feito para que um contato ativo aconteça entre escola

e comunidade. Esse contato é importante para o crescimento da escola e da

comunidade.

Foi realizado na pesquisa um questionário que foi respondido por pais

de alunos com os filhos devidamente matriculados e com gestores das escolas

da cidade de Lins/SP, no qual pode se analisar que o contato entre ambos não

ocorre de forma ativa, como se espera, uma das partes sempre deixa a desejar

em algum ponto.

Os pais na medida em que podem vão à escola, procuram saber do dia

escolar dos filhos, essa ação é importante pelo fato deles estarem preocupados

com a vida escolar de seus filhos, sendo assim não aceitam qualquer coisa, e

nem devem aceitar. Os gestores dentro das suas responsabilidades, está

procurando ingressar a comunidade em todas as ações existentes, para que

faça cumprir a legislação e para que a comunidade ajude na construção de

uma melhor escola.

São promovidos eventos na unidade escolar que muitas vezes são

fechados, mas é um dado que está para mudar, pois muitos estão começando

a enxergar a importância que é tanto para os pais quanto para os alunos terem

um ao outro ali em um determinado evento.

Ressalta também que a presença da comunidade na escola é de grande

importância, se fazendo necessária a todo o momento. E que o trabalho do

gestor é crucial, não devendo ter falhas sendo realizado com a maior cautela

pensando no bem da escola toda.

Fica evidente que não são todas as escolas que tem público muito alto

por causa da comunidade ir somente para deixar seus filhos, e não se importar

com nada. E por ter administradores que não sabem valorizar o que a

comunidade pode trazer de benefícios.

A pesquisa de certa forma foi destinada a encontrar onde que o gestor

estava errando em relação à comunidade, mas através da análise dos dados,

83

ficou claro que o gestor também faz muito pela comunidade, é ela que não

sabe aproveitar os benefícios que muitas escolas fornecem para a

comunidade. Encontrou-se também através da pesquisa que existem gestores

que não trabalham corretamente, permitindo ações erradas e esquecendo do

espaço que a comunidade tem direito na unidade escolar.

O gestor como o responsável que está a frente da escola toda deve

saber administrar muito bem seu trabalho, cuidando para não deixar de olhar

para algum setor, tem por obrigação conhecer todos os documentos legais que

fundamentam sua prática, ágil e saber se portar diante de qualquer problema

ou situação.

A escola tem um papel de formar cidadãos capazes, competentes e

independentes, mas isso será possível se juntos olharem para frente e

enxergar que um só não fará tudo isso sozinho, precisam caminhar juntos,

analisando cada passo a ser dado e trazendo novas ideias para complementar

as já existentes ou acrescentando com novas ações.

84

REFERÊNCIAS

ANDRADE Narcisa Veloso. Supervisão em Educação: um esforço para melhoria dos serviços educacionais. Rio de Janeiro, Fename, 1976. ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. São Paulo: Moderna, 1996. BENEDICTO, Gideon Carvalho, FILHO, Cândido Ferreira da Silva. Aprendizagem e Gestão do Conhecimento: fundamentos teóricos e experiências práticas. Campinas, SP: Alínea, 2008. FERREIRA, Isaac. Projeto Político Pedagógico. 2009. Disponível em: <http://www.sed.sc.gov.br/secretaria/ppp>. Acesso em: 03 de setembro, 2013. GOMES, Delarim Martins. Competências e habilidades do diretor. Campo Grande: UCDB, 2003. JULIATTO, Clemente Ivo. Parceiros educadores: estudantes, professores, colaboradores e dirigentes. Curitiba, Champagnat, 2007. LENHARD Rudolf. Fundamentos da Supervisão Escolar. São Paulo, Pioneira, 1973. LOPES, Noemia. O que é o projeto político pedagógico (PPP): O PPP define a identidade da escola e indica caminhos para ensinar com qualidade. Saiba como elaborar esse documento. Disponível em: <http://gestaoescolar. abril.com.br/aprendizagem/projeto-politico-pedagogico-ppp-pratica-610995.sht ml> . Acesso em: 05 de junho, 2013. LUCK, H. Ação integrada: administração, supervisão e orientação educacional. Petrópolis: Vozes, 2004. MARQUES, Wagner, Luiz. Administração da Produção. Paraná, 2009. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução à Administração. São Paulo: Atlas, 2000.

85

MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração: Da Revolução Urbana à Revolução Digital. São Paulo: Atlas, 2007. MENESES, J. G. de C. etal. Estrutura e Funcionamento da Educação Básica: leituras. São Paulo: Pioneira, 1999. NASCIMENTO, A. M.; REGINATO, L. Controladoria: um enfoque na eficácia organizacional. São Paulo: Atlas, 2007. ORGANIZAÇÃO de Uma Empresa. Disponível em: <http://www.simonsen.br /organizações>. Acesso em: 15 de junho, 2013. PARO, Vitor Henrique. Administração Escolar: Introdução Critica. São Paulo: Cortez, 2006. RIBEIRO, Arilda Inês Miranda; MENIN, Ana Maria Costa (Org.). Formação do gestor educacional: necessidades da ação coletiva e democrática. São Paulo, Arte & Ciência, 2005. Regimento da Escola Estadual. Disponível em: <http:www.udemo.org.br /regimento>. Acesso em : 02 de agosto, 2013. SÃO PAULO, Governo do Estado. Manual Operativo 2013 Programa Escola da Família. São Paulo, 2013. SPERB, Dalilla Clementina. Administração e Supervisão Escolar. Porto Alegre: Globo, 1976. VALERIEN, Jean. Gestão da Escola Fundamental. Adaptação (versão brasileira) José Augusto Dias. São Paulo, Cortez, 2005. VERGARA Sylvia Constant. Gestão de Pessoas. São Paulo, Atlas, 2009.

86

APÊNDICES

87

APÊNDICE A

Questionário dos Pais

1 Você conhece o Projeto Político Pedagógico da escola de seu filho? Já

participou da construção do mesmo?

2 Já teve a oportunidade de conhecer o interior da escola de seu filho? Quem

lhe propôs conhecer a escola?

3 Você fica ciente do que acontece ou vai acontecer de eventos na escola?

Você e sua família são convidados pela direção?

4 Você acompanha o que seu filho esta aprendendo na escola? De que forma?

5 Quais são as ações realizadas na escola que tenha a participação da

comunidade escolar?

6 O diretor da escola permite que os pais tenham entrada liberada para quando

quiserem pegar seus filhos, ou fazer uma visita ou até mesmo conhecer a sala

de aula de seus filhos?

7 De quais ações realizadas pela escola, dentre elas reuniões de pais, reunião

da APM, festas ou qualquer outro evento você participou?

8 Na escola a comunidade escolar tem baixa participação. Porque eles não têm

interesse ou por que não lhes é oferecido um espaço pelo diretor da escola?

9 Qual a sua opinião em relação ao diretor da escola e toda a sua equipe

gestora?

10 Que sugestões você daria para ter uma melhor relação com o diretor da

escola, o que precisa ser mudado?

88

11 Vocês já tiveram algum problema com o diretor da escola ou qualquer outro

funcionário? Qual foi se puder dizer.

12 O problema foi solucionado ou não?

13 Que nota você daria para a escola e funcionários?

14 Qual a nota que a equipe gestora, incluindo professores mediador,

coordenadores e Professores, merecem?

15 Qual a nota de 0 a 10 que você daria para o diretor da escola? Por quê?

89

APÊNDICE B

Questionário dos Gestores

1 Qual o seu posicionamento em relação a comunidade?

2 O que é ser um gestor?

3 O que a escola proporciona na prática para a comunidade?

4 A comunidade tem participação ativa ou não dentro da escola? Por quê?

5 Quantas vezes por semana ou dia você recebe alguém da comunidade, para

conversar sobre seus filhos, receber reclamações e ou opiniões, dicas para a

melhoria do trabalho e beneficio do estudo dos alunos?

6 Em quais momentos a comunidade é requisitada na escola?

7 De que forma a comunidade esta ligada com a escola?

8 A comunidade participa de algumas decisões ou planejamento e a

construção do projeto político pedagógico ? Como?

9 Você aceita e acata as sugestões da comunidade?

10 Você tem autonomia no seu trabalho?

90

APÊNDICE C

Tabelas Questionário dos Pais

1 Você conhece o Projeto Político Pedagógico da escola de seu filho? Já

participou da construção do mesmo?

Sim conhece, mas não

participa da construção

Sim conhece e já participou

da construção

Não conhece o PPP

1 2 5

2 Já teve a oportunidade de conhecer o interior da escola de seu filho? Quem

lhe propôs conhecer a escola?

Sim a diretora Sim eu mesmo Sim o coordenador Sim a professora

4 2 1 1

3 Você fica ciente do que acontece ou vai acontecer de eventos na escola?

Você e sua família são convidados pela direção?

Fica ciente e são convidados sim Ficam cientes, mas não são convidados

6 2

4 Você acompanha o que seu filho esta aprendendo na escola? De que forma?

Sim participando de

reuniões

Sim olhando sempre

os cadernos

Sim mantendo

contato com a

coordenação e

professores

Não

2 4 1 1

5 Quais são as ações realizadas na escola que tenha a participação da

comunidade escolar?

Reunião de pais e da

APM

Programa Escola da

Família

Festas

Comemorativas

Não sabe

2 2 2 2

91

6 O diretor da escola permite que os pais tenham entrada liberada para quando

quiserem pegar seus filhos, ou fazer uma visita ou até mesmo conhecer a sala

de aula de seus filhos?

Somente para algum compromisso como

consulta médica

Sim entrada liberada

4 4

7 De quais ações realizadas pela escola, dentre elas reuniões de pais, reunião

da APM, festas ou qualquer outro evento você participou?

Reunião de pais e mestres Festas

5 3

8 Na escola a comunidade escolar tem baixa participação. Porque eles não têm

interesse ou por que não lhes é oferecido um espaço pelo diretor da escola?

Por falta de interesse Por não ter um espaço

oferecido

Não tem baixa participação

3 3 2

9 Qual a sua opinião em relação ao diretor da escola e toda a sua equipe

gestora?

Excelente administrador e equipe Bom administrador e equipe

6 2

10 Que sugestões você daria para ter uma melhor relação com o diretor da

escola, o que precisa ser mudado?

Não precisa mudar nada Da pra ficar melhor

7 1

11 Vocês já tiveram algum problema com o diretor da escola ou qualquer outro

funcionário? Qual foi se puder dizer.

Não Sim

6 2

92

12 O problema foi solucionado ou não?

Sim Não ouve problema

2 6

13 Que nota você daria para a escola e funcionários?

Nota 10 Nota 9 Nota 8

3 3 2

14 Qual a nota que a equipe gestora, incluindo professores mediador,

coordenadores e Professores, merecem?

Nota 10 Nota 9,5 Nota 9 Nota 8,5 Nota 8

3 1 1 1 2

15 Qual a nota de 0 a 10 que você daria para o diretor da escola? Por quê?

Nota 10 pelo

excelente trabalho

Nota 9 pelo bom

trabalho

Nota 8 Nota 7 por deixar

muito a desejar

3 3 1 1

Tabelas Questionário dos Gestores

16 Qual o seu posicionamento em relação a comunidade?

Cumpre com as

normas e regras para

agradar a todos

Falta muito interesse

da comunidade pelos

projetos oferecidos

Assumem um papel

articulado entre

escola e comunidade

A comunidade

relaciona se com

tudo o que ocorre

dentro da escola

2 4 1 3

17 O que é ser um gestor?

É ser um gerente É ser um administrador

5 5

93

18 O que a escola proporciona na prática para a comunidade?

Programa Escola da Família Palestras informativas e

festas para a família

Reuniões de pais e mestres

5 3 2

19 A comunidade tem participação ativa ou não dentro da escola? Por quê?

Não Sim

6 4

20 Quantas vezes por semana ou dia você recebe alguém da comunidade,

para conversar sobre seus filhos, receber reclamações e ou opiniões, dicas

para a melhoria do trabalho e beneficio do estudo dos alunos?

Recebe de 3 a 6 por dia Apenas quando são

convocados

Quantas forem necessárias

4 2 4

21 Em quais momentos a comunidade é requisitada na escola?

Sempre que precisar tomar alguma decisão Reuniões diversas

3 7

22 De que forma a comunidade esta ligada com a escola?

Por ter os filhos matriculados Palestras, reuniões e visitas

na escola

De todas as formas

4 5 1

23 A comunidade participa de algumas decisões ou planejamento e a

construção do projeto político pedagógico ? Como?

Não Sim

7 3

24 Você aceita e acata as sugestões da comunidade?

Sim acatam sugestões Isso não acontece, pois os

pais não estão na escola

Os pais não dão opiniões só

ficam cientes dos fatos

94

4 3 3

25 Você tem autonomia no seu trabalho?

Não Sim

2 8

95

ANEXOS

96

ANEXO A

O AMULETO

Um granjeiro pediu certa vez a um sábio, que o ajudasse a melhorar sua

granja, que tinha baixo rendimento. O sábio escreveu algo em um pedaço de

papel e colocou em uma caixa, que fechou e entregou ao granjeiro, dizendo:

“Leva esta caixa por todos os lados da sua granja, três vezes ao dia, durante

um ano”.

Assim fez o granjeiro. Pela manhã, ao ir ao campo segurando a caixa,

encontrou um empregado dormindo, quando deveria estar trabalhando.

Acordou-o e chamou sua atenção. Ao meio dia, quando foi ao estábulo,

encontrou o gado sujo e os cavalos sem alimentar. E à noite, indo à cozinha

com a caixa, deu-se conta de que o cozinheiro estava desperdiçando os

gêneros.

A partir daí, todos os dias ao percorrer sua granja, de um lado para o

outro, com seu amuleto, encontrava coisas que deveriam ser corrigidas.

Ao final do ano, voltou a encontrar o sábio e lhe disse: “Deixa esta caixa

comigo por mais um ano; minha granja melhorou o rendimento desde que

estou com o amuleto”.

O sábio riu e, abrindo a caixa, disse:

- “Podes ter este amuleto pelo resto da sua vida”.

No papel havia escrito a seguinte frase:

“Se queres que as coisas melhorem deves acompanhá-las

constantemente”.

(autor desconhecido)